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RESOLVE:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art.1º Dispor sobre os procedimentos e critérios para a inscrição, renovação, suspensão, reativação,
cancelamento do Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais do Estado do Pará -
CEPROF-PA e para a operacionalização do Sistema de Comercialização e Transporte dos Produtos
Florestais do Estado do Pará - SISFLORA-PA, e dá outras providências.
I – atividades florestais: atividades exercidas por pessoas físicas ou jurídicas para fins de extração, coleta,
beneficiamento, transporte, industrialização, comercialização, armazenamento ou consumo de produtos,
subprodutos ou matéria-prima de qualquer formação florestal, inclusive de plantios dentro da área de
Reserva Legal, plantios de espécies nativas e aquelas destinadas à fonte de energia;
II - certificação digital: é a identidade eletrônica da pessoa física ou jurídica, feita por meio de uma chave
de acesso que garante a autenticidade, integridade e a validade jurídica de documentos em forma
eletrônica e permite a realização de transações eletrônicas seguras;
III - dados cadastrais: toda e qualquer informação e/ou documentação, referente ao empreendimento e
às pessoas físicas e jurídicas, inserida no SISFLORA-PA e no CEPROF-PA;
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IV – perfil de acesso: uma ou mais permissões atribuídas a cada usuário, para acesso e utilização das
diversas funcionalidades do sistema, de acordo com as atribuições que lhes são conferidas por lei,
regulamentos ou instrumentos procuratórios;
V – representante legal: pessoa física nomeada em ato constitutivo para representar a empresa, com
poderes para nomear terceiros para exercer determinadas tarefas em nome da empresa.
VI – responsável legal: pessoa física com legitimidade para representar o empreendimento junto ao
CEPROF-PA e ao SISFLORA-PA;
VII - responsável operacional: pessoa física com legitimidade para operacionalizar o SISFLORA-PA e o
CEPROF-PA;
VIII - responsável técnico: pessoa física designada como responsável pelas atividades desenvolvidas no
empreendimento, com poderes específicos para operar o SISFLORA-PA; e
Art.3º As atividades florestais a serem exercidas por pessoa física ou jurídica que, por norma específica,
necessitem de licença ou autorização do órgão ambiental competente, deverão ser cadastradas e
homologadas no CEPROF-PA, por meio do SISFLORA-PA, disponibilizado no sítio oficial da SEMAS na rede
mundial de computadores.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Instrução Normativa, as atividades florestais a que se refere o
caput deverão ser cadastradas no SISFLORA-PA como empreendimento.
Art.4º O usuário que inserir, cadastrar, registrar informação e/ou documentação total ou parcialmente
falsa, enganosa ou omissa no CEPROF-PA e no SISFLORA-PA, estará sujeito a responsabilidade civil, penal
e administrativa.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES
Art.5º Para os efeitos desta normativa, caberá à Diretoria Agrossilvipastoril, através da Coordenadoria de
Gestão Florestal-COGEF e Gerência de Cadastro, Transporte e Comercialização de Produtos e
Subprodutos Florestais -GESFLORA, além de outras atribuições legais:
II – efetuar:
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a) suspensão, reativação e cancelamento de cadastros no CEPROF-PA; e
VII – adotar as ações necessárias para fins de controle e fiscalização dos dados cadastrais inseridos no
CEPROF-PA e SISFLORA-PA.
CAPÍTULO III
DO ACESSO AO SISFLORA-PA
§1º A certificação digital de que trata o caput deste artigo, refere-se ao Token e-CPF, cujo dispositivo
eletrônico é pessoal e intransferível e sua utilização por terceiros será de total responsabilidade do
proprietário, que assumirá todas as responsabilidades civis, penais e administrativas, pelo uso indevido
do login e senha para acesso ao sistema.
§2º No primeiro acesso ao SISFLORA-PA, o próprio usuário criará seu login e senha para obter sua chave
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de acesso ao sistema.
Seção I
Do cadastramento do Responsável Técnico
Art.7º O responsável técnico interessado em obter seu registro no SISFLORA-PA, deverá acessar o
sistema, preencher as informações em campo específico e efetuar o upload dos seguintes documentos;
Art. 8º O cadastro do responsável técnico será homologado pela SEMAS somente após a constatação de
regularidade dos dados cadastrais.
CAPÍTULO IV
DO CADASTRO DOS EXPLORADORES E CONSUMIDORES DE PRODUTOS FLORESTAIS
Seção I
Dos requisitos gerais para inscrição no CEPROF-PA
Art.9º Para obter registro no CEPROF-PA, a pessoa física ou jurídica deverá atender aos seguintes
requisitos:
Parágrafo único. Ficam dispensados do cadastro de responsável técnico, de que trata o inciso II, os
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empreendimentos que por lei ou regulamentos são isentos de inscrição no CEPROF-PA e os que:
I - exercem atividades:
a) de consumo;
c) de pátio de armazenamento, localizado dentro da propriedade, exceto quando houver porto de apoio.
II - utilizem produtos florestais não madeiráveis, que coletem ou extraiam produtos como frutas, cipós,
raízes, flores, seivas, resinas, látex e demais produtos.
Seção II
Do cadastramento do empreendimento
Art.10. Para a inscrição no CEPROF-PA, o usuário deverá acessar o SISFLORA-PA e preencher os dados
referentes às pessoas físicas e jurídicas vinculadas ao empreendimento, assim como classificar o ramo de
atividade, nos termos desta normativa.
§1º Para o cadastro das pessoas físicas e jurídicas deverá ser efetuado o upload dos seguintes
documentos:
§2º Além dos dados cadastrais dispostos no §1º, o usuário deverá efetuar o cadastro do
empreendimento e realizar o upload dos seguintes documentos:
III - Termo de Autorização de Uso emitida pela Superintendência de Patrimônio da União - SPU, órgão
fundiário ou Poder Público Municipal competente pela circunscrição do imóvel rural e a Declaração de
Responsabilidade Técnica, quando a atividade for desenvolvida por ribeirinhos.
§3º Após o cadastro das pessoas físicas e/ou jurídicas, o usuário deverá indicar o perfil de acesso,
conforme disponibilizado no sistema.
§4º A classificação do empreendimento, de que trata o caput, deverá ser efetuada isoladamente,
observando os segmentos produtivos, definidos para os fins desta normativa, a seguir:
I - beneficiamento: atividade que refere à madeira que se encontra semielaborada, não estando ainda
pronta para o consumo final, portanto, passível de nova transformação de produtos derivados da
exploração florestal;
III - coleta: atividade de extrativismo de produtos de origem florestal oriundos de Planos de Manejo
Florestal Sustentável e de outros planos de exploração florestal;
IV - comércio: atividade de compra e/ou venda dos produtos relativos aos itens I, VII e XI, vedada a
comercialização de toras de madeiras nativas e de carvão para carvoarias, devendo ser informado, no
momento do cadastro, se realizará comércio exterior;
V - consumo: atividade que se destina à aquisição e uso final de produtos e subprodutos florestais
oriundos da exploração, coleta, produção, desdobro, laminação e industrialização, para fins de insumo e/
ou fonte de energia;
VIII - pátio de armazenamento: atividade que se destina a estocagem de produtos oriundos dos itens III,
VI e X deste artigo;
IX – picador ou triturador de madeira: atividade de picar ou triturar madeira para gerar cavaco e/ou
resíduos florestais;
XII – siderurgia: atividade industrial que utiliza carvão vegetal ou outra biomassa como matéria-prima,
para produção de produtos metálicos e não-metálicos.
§5º Deverá constar no CNPJ todas as atividades exercidas, inclusive quando se tratar de comércio
exterior.
§6º Os empreendimentos classificados como comércio, deverão ser submetidos à vistoria prévia, cuja
atividade não poderá utilizar maquinários, com exceção da máquina de bitolagem.
Art.11. Poderão ser cadastradas cumulativamente em um único CEPROF-PA, por se tratem de atividades
complementares:
III - as atividades de produção e de carvoaria, desde que o reflorestamento com espécie exótica ou
nativa esteja localizado dentro do próprio imóvel rural onde é feita a carbonização.
I - vinculado ao mesmo CPF, quando se tratar de atividades de extração, pátio de armazenamento, coleta
e produção; e
Art.13. Concluídas as fases de cadastramento pelo usuário, os dados cadastrais inseridos no sistema
serão analisados pela GESFLORA, para fins de homologação e registro no CEPROF-PA.
Parágrafo único. A SEMAS priorizará a análise dos pedidos de inscrição no CEPROF-PA cujos
empreendimentos estejam com todos os dados cadastrais preenchidos.
Art.14. Constatada a regularidade dos dados cadastrais inseridos pelo usuário, o cadastro será
homologado e o número de inscrição no CEPROF-PA será gerado automaticamente.
§1º O usuário deverá ser notificado para prestar esclarecimentos quando constatada:
I - inconsistência ou desconformidade nos dados cadastrais inseridos, cujos esclarecimentos deverão ser
prestados no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de indeferimento da solicitação de inscrição no CEPROF-
PA; e
II - irregularidades nos dados cadastrais inseridos pelo usuário, cujos esclarecimentos deverão ser
prestados no prazo de 5 (cinco) dias.
Art.15. A SEMAS poderá solicitar, a qualquer tempo, informações ao órgão ambiental licenciador, bem
como indeferirá a inscrição no CEPROF-PA, quando constatada alguma ilegalidade decorrente do
processo de licenciamento ambiental, cientificando ao interessado e ao respectivo ente municipal da
decisão.
CAPÍTULO V
DA RENOVAÇÃO E ATUALIZAÇÃO CADASTRAL
Art.17. A solicitação da renovação cadastral deverá ser feita pelo usuário com, no mínimo, 30 (trinta)
dias de antecedência do vencimento do cadastro, sob pena de suspensão do CEPROF-PA.
§1º Requerida a renovação cadastral no prazo previsto no caput deste artigo, a validade do cadastro
ficará prorrogada automaticamente até a manifestação definitiva do setor competente.
§2º No ato da solicitação de renovação o usuário efetuará a atualização dos dados cadastrais, caso
couber.
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§3º Nos casos de desconformidade ou indícios de irregularidade dos dados cadastrais alterados, aplica-
se o disposto nos incisos I e II do §1º do art. 14, desta normativa, sem prejuízo das sanções cabíveis.
CAPÍTULO VI
DA SUSPENSÃO, REATIVAÇÃO E CANCELAMENTO DO CEPROF-PA NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Art.19. Nos processos de licenciamento ambiental, a SEMAS poderá, a qualquer tempo, mediante
decisão motivada, determinar a suspensão, reativação e cancelamento do CEPROF-PA, nos termos
previstos nesta normativa.
Parágrafo único. Os casos de suspensão ou cancelamento não excluem a aplicação de outras medidas
punitivas e/ou restritivas de direitos pela SEMAS, devendo o interessado ser notificado de imediato,
assegurando-se a ampla defesa e o contraditório.
Seção I
Da suspensão
III - ausência de atualização dos dados quando necessária, nos prazos determinados;
VII – não habilitação do empreendimento perante a Secretaria de Estado de Fazenda do Pará – SEFA/PA;
XIII – realização de venda de produtos florestais para empreendimento que, embora necessite, não
possua cadastro no sistema; e
§1º Nos casos de cadastros suspensos, o usuário poderá acessar apenas as informações referentes ao
cadastro do empreendimento e solicitar a renovação e/ou alteração cadastral.
§2º Ocorrerá a suspensão automática do CEPROF-PA, quando constatada a ocorrência das hipóteses
previstas nos incisos II, IV e V.
I - com base no vencimento da licença, quando caracterizada a prorrogação automática de que trata o §
4º do art. 14 da Lei Complementar 140, de 8 de dezembro de 2011, devendo o usuário efetuar o upload
do pedido de renovação da licença ambiental municipal, quando do pedido de inscrição, renovação ou
alteração do CEPROF-PA; ou
§5º A suspensão do CEPROF-PA será devidamente registrada no SISFLORA-PA, cuja motivação deverá
constar no sistema para conhecimento do interessado, como garantia da ampla defesa e do
contraditório.
Seção II
Da reativação
Art.21. O pedido de reativação do CEPROF-PA deverá ser solicitado pelo usuário, acompanhado de todas
as informações e documentações que comprovem a regularidade do empreendimento.
Art.22. Caberá à GESFLORA, a análise, a aprovação, ou não, dos pedidos de reativação do CEPROF-PA,
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quando tratar-se de medidas de complementação documental, de pagamento de reposição florestal e de
cumprimento de condicionantes, devendo o interessado ser notificado da decisão.
§1º O CEPROF-PA será reativado quando constatada a regularidade de todos os dados cadastrais e/ou
quando sanada a condição adversa que ensejou a suspensão.
§2º No caso de cumprimento de condicionantes de natureza técnica, somente após análise favorável do
setor de licenciamento poderá ser efetivada a reativação do CEPROF-PA.
Seção III
Do cancelamento
I – de ofício, quando:
a) o cadastro permanecer suspenso por mais de 90 (noventa) dias, caso não sanada a condição adversa
que ensejou a suspensão;
b) o cadastro permanecer sem movimentação, após 90 (noventa) dias da suspensão, por ausência de
cumprimento de deveres e obrigações de responsabilidade do empreendimento; e
a) houver comprovação de comércio de produtos florestais por empresa que não possui base física; e
Art.25. O usuário poderá solicitar o cancelamento do registro do CEPROF-PA, desde que efetue o upload
dos seguintes documentos:
III – cópia do pedido de cancelamento das Licenças Ambientais ou Autorizações, junto ao órgão
ambiental competente, exceto quando se tratar de atividades de manejo, supressão e reflorestamento.
Art.26. O cancelamento será autorizado pela Diretoria Agrossilvipastoril e efetivado pelo setor
competente, após análise documental, devendo o interessado ser comunicado do cancelamento.
Parágrafo único. Após análise documental, o cadastro poderá ser cancelado, desde que não haja
pendência no cumprimento de obrigações impostas em processos administrativos de apuração de
infrações ambientais.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art.27. Todas as solicitações referentes ao CEPROF-PA serão feitas por meio do SISFLORA-PA e deverão
ser analisadas pelo setor agrossilvipastoril no prazo máximo de 30 (trinta) dias, ressalvado os casos em
que for necessária vistoria em campo.
§1º O prazo de análise, de que trata o caput, poderá ser prorrogado uma única vez por igual período.
§2º As solicitações poderão ser apresentadas no setor de protocolo da SEMAS e formalizadas, via
SIMLAM, enquanto o SISFLORA-PA não operacionalizar tal procedimento.
Art.29. Os atos de comunicação feitos aos usuários serão realizados, via SISFLORA-PA, por meio de
notificações administrativas.
Parágrafo único. Presumir-se-á notificado o interessado 10(dez) dias após a data em que este efetuar o
acesso ao SISFLORA-PA.
Art.31. O tipo de dispositivo eletrônico exigido para Certificação Digital, de que trata o art. 6º, poderá
ser modificado, a qualquer tempo, pela SEMAS.
Art.32. A SEMAS manterá disponível, no SISFLORA-PA, os dados cadastrais do CEPROF cancelado, assim
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como o histórico dos estornos e lançamentos de créditos efetuados, para eventuais consultas
necessárias.
Art.33. Aplica-se aos casos omissos desta Instrução Normativa, por analogia, o disposto em normativos
específicos do IBAMA que tratam sobre o sistema e o controle de produtos e subprodutos de origem
florestal.
Art.34. Os empreendimentos licenciados ou autorizados pela SEMAS com medidas restritivas impostas
por outros órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -SISNAMA, deverão ser
analisadas pela Secretaria, nos termos do art. 17 da Lei Complementar nº 140, de 2011.
Art. 36. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.