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TURMA 83
Sherlock está sentado em seu escritório com Watson. A luz do teatro acende,
batidas soam aos fundos.
WATSON- Sr. Holmes, temos visitas.
Merrilow entra.
HOLMES- Está é a sra. Merrilow, Watson.
MERRILOW- Primeiramente, sr. Holmes, gostaria que esta conversa ficasse entre
nós. Trago a história da minha Inquilina. Nossa leiteira vira de relance, uma vez, e
derrubou todo o leite. Quando a vi, ela cobriu o rosto rapidamente. Peço, no entanto,
que essa história fique longe da polícia. A sra. Ronder é uma inquilina que não
posso perder, pois preciso deste dinheiro. Ela já mora lá há cerca de sete anos, e o
que me preocupa é sua saúde mental. Durante a noite, ela grita coisas sem sentido,
´´ASSASSINO!´´, ´´COVARDE!``.
HOLMES- Certo. Pelas três da tarde visitaremos sua inquilina, sra. Merrilow.
Merrilow retira-se do palco.
HOLMES- Já ouviu falar na tragédia de Abbas Parva, Dr. Watson?
WATSON- Já ouvi falar de algumas coisas, mas não conheço o caso
completamente.
HOLMES- Sr. e Sra. Ronder costumavam ser donos de um circo, onde sua principal
atração era um leão. Certa noite, quando foram alimentar o animal, diz-se que
escutaram gritos e, ao checar a situação, o Sr. Ronder já estava morto e sua esposa
por pouco escapou.
Música Concerto for 2 violins in D Minor, BWM 1043: I. Vivace toca do segundo 01
até 25.
CENA 1 - ATO 2
Música Prokofiev: Romeo and Juliet, Op. 64, Act 1, Scene 2: Dance of the Knights
do segundo 01 até minuto 2.
NARRADOR- Meu antigo marido, Ronder, era extremamente abusivo e me traia
diariamente. Então acabei me apaixonando por uma mulher, seu nome era
Catherine, com ela me sentia viva e amada como nunca. Ele já estava quase me
matando em casa, conversei com Catherine e decidimos chegar ao máximo,
queriamos matá-lo… O plano era simples apesar de cruel, Catherine tinha um
cérebro engenhoso e inventivo, ela acabou planejando tudo. Ela criou uma clava
com pregos de aço, com o objetivo de dar a Ronder um golpe mortal. Na época
tínhamos um circo, sua principal atração era um leão. Na noite do ocorrido, fomos
alimentar a fera. Catherine esperava escondida em um canto, e quando passamos,
pude ouvir, até sentir a pancada da clava quebrando o crânio de meu marido.
Logo em seguida, soltei o cadeado que selava a jaula do leão. Foi aí que
aconteceu a coisa medonha: A fera, atiçada pelo cheiro do sangue pulou em mim.
Catherine podia ter me salvado, mas ela perdeu a calma: ouvi-a gritar, tomada de
terror, logo antes de fugir. Os dentes do leão cravaram-se em meu rosto, enquanto
gritava por socorro. Alguns integrantes do circo vieram me ajudar, e vi meu marido
morto ao meu lado e minha filha, ainda criança, chorando ao fundo, e essa foi a
última cena que guardei do acontecimento. Desde então, venho me escondendo do
mundo.
CENA 2 - ATO 2