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Nota da tradução: Esta fic está sendo traduzida com a devida


autorização do autor. Esta história pertence ao autor, e
os feedbacks deverão ser enviados para ele, de preferência
em inglês. Caso você não saiba escrever em inglês, terei o
prazer de traduzir seu feedback, e passá-lo para o autor,
e caso ele responda, te devolver este e-mail.
Edna Barros (ednabarros@uol.com.br)
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Translation's notes: This fic is being translated with the


due the author's authorization. This storie belongs to the
author, and the feedbacks should be correspondents for him
(her), preferably in English. In case you don't know how to
write in English, I will have the pleasure to translate your
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to return your e-mail.
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TITULO: EMBRANCING (ABRAÇANDO)


POR: X-Phan
xphan1013@yahoo.com

NC-17 para sexo, violência

CLASSIFICAÇÃO: SR STORY/ROMANCE

ADVERTÊNCIA DE SPOILER: Antes da oitava temporada, mas nada


sério.

PALAVRAS CHAVES: Universo alternativo. Romance de Mulder e


Scully.

RESUMO: X-Files/Kindred: Crossover, mas não de todo.

AVALIAÇÃO: Por favor mandem-me e-mail com qualquer comentário


ou críticas construtivas e idéias para continuação da história.

DEDICAÇÃO: Para todas essas mentes criativas que nos inspiram


a explorar nossas próprias imaginações.

RETRATAÇÃO: Os arquivos X e os personagens Mulder e Scully


pertencem a Chris Carter, 1013 Productions e Fox, e estão
sendo usados sem permissão. Não há infração de direitos
autorais planejada aqui, e nem lucro. O mesmo vale para
Kindred. Nenhuma das idéias aqui são minhas. Elas me foram
ditas por Luthor e Ferdinand, os alienígenas de cinco
polegadas que vivem debaixo da minha escrivaninha. Em troca
destas idéias, eu dei permissão para eles comerem qualquer
bola de pó que eles encontrarem ali embaixo.
INSPIRAÇÃO PARA ESTA HISTÓRIA: Morder o pescoço de Scully
claro, e qualquer um que diga que nunca imaginaram como isso
iria ser gostoso, é um mentiroso e tanto.
__________________________________________________

Arquivos X: EMBRANCING
(ou "Mordidas de Amor" "Bites of Love", eu não pude decidir)
por X-Phan

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Mas à noite ele acordou e a segurou com força, como se ela


fosse toda sua vida, e estava sendo levada dele. Ele tinha
certeza de que ela era tudo que havia na vida, e era verdade.
Ernest Hemingway
"Por Quem os Sinos Tocam"

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

"Eu posso salvá-lo." disse uma das mulheres que o observava.

"Como?" Scully gritou. "Nós estamos no meio de lugar nenhum,


não podemos voltar para o nosso carro, e ele está sangrando
até a morte por causa de um tiro, e eu não posso fazer nada
para parar a hemorragia. Ele nem mesmo sabe que eu... eu nunca
disse pra ele... ele não pode morrer." ela chorou.

Scully se ajoelhou sobre o corpo de Mulder, segurando sua


mão. Ambos estavam cobertos com o sangue dele, e ele estava
entrando e saindo da consciência.

"Não posso perdê-lo. Não posso. Não agora, não dessa maneira"
ela falou.

Madelyn falou de novo. "Se você tem certeza de que é isso


que ele iria querer, eu digo que posso salvá-lo, mas temos
que agir rapidamente, pois se ele perder todo o sangue, vai
ser tarde demais."

"O que você pode fazer, que eu não posso?"

"Eu posso 'abraçá-lo', fazê-lo como eu, eu sou daqueles como


meu amigo. Se você quiser, eu faço isso, mas é uma decisão
muito séria, e você vai ter que ajudar" ela respondeu.

"Você realmente espera que eu acredite que você é um vampiro


e que pode salvar Mulder, fazendo dele um vampiro também?"

"Não é assim que nós nos chamamos, mas sim, é isso que estou
oferecendo. Então, confie em mim, ou diga adeus para ele, e
deixe-o ir."

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Desde o princípio.

Mais cedo naquela manhã de quinta-feira:


Mulder estava sentado na cadeira dele no escritório do porão,
no prédio Hoover, excitado depois de ler um novo caso e
esperando sua parceira chegar. A chegada dela poucos minutos
depois o fez sorrir ainda mais. Isso era algo que acontecia
com mais freqüência recentemente, mas ele se recusava a
enfatizar qualquer reação que isso pudesse ter.

"Ei Scully, você já viu Oklahoma na primeira?" ele sorriu,


esperando a resposta engenhosa.

"Se eu dissesse que sim, você encontraria um Arquivo X numa


bonita e quente praia no Havaí?" Scully devolveu.

"Você usaria qualquer desculpa para me ver de sunga, não é?"

Ele recebeu o sorriso que esperava mas ficou surpreso quando


ela respondeu a insinuação dele.

"Não, Mulder, obrigada. Eu já tenho muitos pesadelos com o


Flukeman e o mutante que come fígados e não preciso acrescer
essa imagem em particular nos meus sonhos."

<Toma essa.> Ela pensou, pintando Mulder naquele Speedo.


Ele estava a ponto de responder quando notou que ela olhava
para ele de um jeito engraçado.

"Hmm, de qualquer maneira, nós temos um relatório aqui de


um grupo rural dizendo que eles pegaram um vampiro e o
queimaram. O xerife local foi fazer uma investigação de
assassinato mas não encontrou nenhum resto humano, e os
moradores juram que eles deixaram tudo onde queimou, e estão
orgulhosos por fazerem isso, e assim o xerife não tem certeza
o que está acontecendo."

"Podem haver milhares de explicações sobre o motivo para não


se encontrar um corpo. Além disso, eu achava que fogueiras
eram para bruxas, e que vampiros eram mortos por estacas de
madeira. Estou surpresa por eles não terem feito churrasco
de um lobisomem, embora não seja difícil de acreditar que
um bando de arruaceiros poderia querer matar um pobre coitado
só porque eles achavam que o cara era um vampiro só porque
ele tinha dentes grandes. Porém, o fato que permanece é:
eles não poderiam ter queimado um vampiro, simplesmente
porque vampiros não existem" ela terminou a declaração, e
respirou fundo.

Ele já estava esperando por isso.

"Você não se lembra, Scully, do nosso amigo, o xerife com


dentes saltados, e da sua cidade, que sumiu com ele? Todos
eles eram vampiros."

"Não existem coisas como vampiros, Mulder... e ele não tinha


dentes saltados."

"Bem, não vamos saber até chegarmos lá, e sim, ele tinha,
pois se ele não era um vampiro, com certeza era parente de
um castor. Vá pra casa e faça as malas, Scully, eu te pego
em uma hora... ah, e não se esqueça de levar sua estaca de
madeira."

"Não se preocupe. Vai estar bem do lado das minhas balas de


prata." Ela sorriu enquanto saía do escritório.

Ele teve que rir disso. <Scully estava em forma rara hoje.
Isso ia ser divertido.>

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Alguns horas depois eles no avião, em pleno ar. Mulder estava


dormindo quando Scully terminou de ler a pouca informação
sobre o caso. Ela aproveitava este tempo para olhar para
Mulder sem ele saber, enquanto suas defesas estavam desarmadas.
A relação entre eles tinha ficado bem íntima. Foi por isso
que ela não hesitou em responder à insinuação sexual dele e
participar da luta verbal, pois ela gostava disso tanto quanto
ele. Ela desejava que ele parasse de falar, e agisse um pouco
mais. Enquanto isso, Mulder estava tendo um de seus sonhos
favoritos, sobre uma Scully nua e muitos gritos e gemidos.
E isso produziu a reação padrão no colo dele. Scully estava
pensando mais uma vez no Speedo de Mulder quando ela o ouviu
gemendo.

"Scuuuuuuuuuuuuuuhhhhhh."

Agora ele tinha sua atenção completa. Ele estava chegando na


melhor parte do sonho quando acordou de repente.

"Scully" ele falou, e virou para olhar para ela.

"Sim, Mulder" ela disse docemente, sorrindo de orelha a


orelha, e corando profundamente.

<Oh não. O que ela ouviu? O que ela ouviu?>

Ele seguiu o olhar dela até o colo dele. <Oh, droga.>

"Ahh, entendi" de novo ela lhe deu um doce sorriso. Ela


não podia deixar esta oportunidade passar. "Você só ficou
surpreso por ver que eu estou usando todas as minhas roupas."

Ela observou a expressão chocada e envergonhada dele, e lhe


deu outro sorriso incrível, e voltou a ler o arquivo em suas
mãos. Mulder demorou um momento para recuperar sua compostura,
e perceber que ela não estava furiosa com ele, mas divertida.
Nesse caso ele não poderia deixá-la ter a última palavra. Ele
tinha orgulho. Então ele se inclinou e sussurrou na orelha
dela.

"Eu só fiquei surpreso por você ter gritado no ápice da paixão


que você nunca precisaria usá-las novamente."

Ela arregalou os olhos e eles passaram o resto do vôo olhando


pra frente, e sorrindo como idiotas.

Quando o avião pousou, eles alugaram um carro e dirigiram


para a delegacia para ver o que o xerife local tinha a dizer.
Ele se apresentou como xerife Thompson e ficou contente em
passar a investigação para eles. Ele não tinha conseguido
nada, e estava pronto para fechar o caso. O xerife concordou
em levá-los para o local do fogo. Estava nos limites da
cidade, e era uma pequena fogueira com nada mais que um
pouco de madeira queimada e cinza no meio.

"O que você acha, Scully? Será que as cinzas podem ser o
resto de um corpo?" Mulder perguntou.

"É quase impossível que a temperatura de uma fogueira ao ar


livre como essa tenha sido alta o suficiente para dizimar
um corpo tão completamente. Não tem ossos, dentes, nem nada
aqui. Se o corpo foi arrastado enquanto estava sendo queimado,
isso deixaria rastros, mas nem isso."

Xerife Thompson falou, "Já mostrei pra vocês o relatório


sobre as cinzas e os técnicos disseram que não acharam nada
humano naquilo."

Mulder olhou de volta para o xerife "É provável que não haja
nenhum corpo e que isso seja uma brincadeira inventada por
algum fazendeiro bêbado, mas já que estamos aqui, gostaria
de checar a cabana mencionada pela testemunha, declarando
onde eles acham que o vampiro vivia."

"Claro. Sem problema - eu mostro onde fica. Já fui lá e não


encontrei nenhuma pista sobre a identidade de ninguém, só
que parecia que alguém morava lá." Depois de descerem pela
estrada, o xerife encostou e Mulder seguiu. Ele saiu do
carro e mostrou um caminho que conduzia aos bosques.

"Você não pode entrar de carro lá, mas siga por aqui e vocês
vão dar direto na cabana. Podem ficar à vontade, mas eu tenho
que voltar para a cidade."

Eles agradeceram o xerife e ele saiu de carro. Foi uma


caminhada curta, de duas milhas, para a cabana de troncos,
e Mulder bateu na porta, não esperando resposta. Depois de
um minuto, eles entraram para dar uma olhada. A cabana estava
equipada como se alguém fosse voltar a qualquer momento, e
haviam roupas de homem numa cômoda, mas nada para lhes contar
o que aconteceu. Então, Mulder encontrou uma mancha pequena
no chão.

"Ei Scully, você acha que isso pode ser sangue?"

Antes que ela pudesse responder, eles ouviram uma batida na


porta.

"Alô. Tem alguém aqui? A porta estava aberta" disse a mulher


de cabelos escuros que entrou no quarto. Ela era alta,
atraente, e parecia ter uns trinta anos.

"Agentes Mulder e Scully, FBI." Mulder a cumprimentou


gesticulando dele para sua parceira. "Posso perguntar quem
é você?"
"Meu nome é Madelyn", ela respondeu.

"Você sabe quem mora aqui e onde possa estar essa pessoa?"
Scully indagou.

Ela parecia hesitante em responder, mas falou assim mesmo.


"Um amigo meu morava aqui, mas acho que ele foi embora. O
nome dele é Robert mas não sei qual é seu sobrenome. Não
tenho notícias dele há algum tempo, então pensei em visitá-lo."

"Alguma coisa pode ter acontecido com ele, senhora, e é por


isso que estamos investigando seu desaparecimento. Então,
se você souber de qualquer coisa que possa nos ajudar, nós
agradeceríamos." Mulder disse.

"Bem, eu parei mais cedo hoje e não achei ninguém aqui,


então eu voltei para a cidade para perguntar se alguém o
viu. Tudo que recebi foram olhares estranhos de todo mundo
que perguntei." Madelyn respondeu.

Então eles ouviram um grito do lado de fora.

"Qualquer amigo de um vampiro é nosso inimigo!"

Mulder viu algo mover fora da janela ao mesmo tempo em que


um tiro foi dado, pegando no braço de Madelyn e Mulder caiu
sobre ela quando outro tiro foi dado. Scully já estava
abaixada perto da janela.

Ela gritou, "Agentes Federais! Soltem as armas ou nós vamos


devolver os tiros!"

Quando não houve resposta, ela atirou pela janela duas vezes,
e isso deve ter assustado os assaltantes quando eles ouviram
alguém correndo pelos bosques.

"Mulder, vamos atrás deles" Scully disse enquanto ia para a


porta. "Mulder."

Ela olhou para trás e percebeu o motivo dele não ter seguido.
Ele ainda estava sobre Madelyn. Havia um buraco nas costas do
casaco dele, e um círculo de sangue que crescia a cada segundo.
Onde o tiro o atingiu.

"Mulder! Você levou um tiro!"

"Parece que sim" ele coaxou. "Dói respirar, Scully.... 'tá


muito ruim?"

"Não se mexa, Mulder. Tenho que colocar pressão na ferida


para tentar parar a hemorragia."

"'Tá ruim?"

"A julgar pelo tamanho da entrada da bala, tem que ter sido
um rifle de grosso calibre."
"'Tá ruim?"

"Sim, Mulder. Está muito ruim." Scully sussurrou, tentando


se lembrar de algum caso onde uma ferida como essa não tenha
sido fatal.

Ele já tinha perdido muito sangue, e ela sabia que se não


parasse isso logo, ele não duraria uma hora. Ela tentou usar
o celular, sabendo que não teria chance de conseguir sinal
num local como este, e não havia telefone na cabana.

"Mulder, não posso pedir ajuda, você não vai conseguir ir


pro carro, e se nós te movermos, você vai sangrar ainda mais,
e eu não posso parar o sangramento..." Scully estava quase
histérica.

"Tá tudo bem... não chora... acho que sabemos o que aconteceu
com aquele cara. Ei... tá meio frio aqui..." Mulder falou
antes de perder a consciência.

Madelyn tinha conseguido sair de debaixo de Mulder, e estava


de pé, sobre eles.

"Eu vou pegar algumas mantas pra ele" ela falou mas Scully
não escutou. Ela estava encarando as próprias mãos, que
estavam tentando parar o fluxo de sangue que saturava tudo
que tocava. Madelyn colocou mantas sobre ele, e observou
Scully brigar para impedir a vida dele - e dela - de ir
embora.

---------------------------------------------------------

"Eu posso salvá-lo." disse uma das mulheres que o observava.

"Como?" Scully gritou. "Nós estamos no meio de lugar nenhum,


não podemos voltar para o nosso carro, e ele está sangrando
até a morte por causa de um tiro, e eu não posso fazer nada
para parar a hemorragia. Ele nem mesmo sabe que eu... eu
nunca disse pra ele... ele não pode morrer." ela chorou.

Scully se ajoelhou sobre o corpo de Mulder, segurando sua


mão. Ambos estavam cobertos com o sangue dele, e ele estava
entrando e saindo da consciência.

"Não posso perdê-lo. Não posso. Não agora, não dessa maneira"
ela falou.

Madelyn falou de novo. "Se você tem certeza de que é isso


que ele iria querer, eu digo que posso salvá-lo, mas temos
que agir rapidamente, pois se ele perder todo o sangue, vai
ser tarde demais."

"O que você pode fazer, que eu não posso?"

"Eu posso 'abraçá-lo', fazê-lo como eu, eu sou daqueles como


meu amigo. Se você quiser, eu faço isso, mas é uma decisão
muito séria, e você vai ter que ajudar" ela respondeu.
"Você realmente espera que eu acredite que você é um vampiro
e que pode salvar Mulder, fazendo dele um vampiro também?"

"Não é assim que nós nos chamamos, mas sim, é isso que estou
oferecendo. Então, confie em mim, ou diga adeus para ele, e
deixe-o ir."

---------------------------------------------------------

"Você pode... você pode salvar a vida dele?"

"Bem, eu posso impedir que ele deixe este mundo, e vá para


o outro lado. Morte é mais uma área cinza para nós, do que
para vocês."

"Qualquer coisa... eu faço qualquer coisa para salvá-lo"


Scully chorou baixinhho.

"Tudo bem, se você tem certeza disso..." Madelyn disse.


"Rápido. Vire-o de costas. Não se preocupe - vou levar o
mínimo que puder."

Madelyn se ajoelhou e então mordeu o pescoço de Mulder,


ficando ali por um minuto. Então se ela afastou, abriu o
pulso com dentes afiados e segurou o braço dela na boca de
Mulder.

"Segure a cabeça dele, e faça com que ele engula tudo, pois
ele não vai gostar disso" Madelyn ordenou.

Normalmente, isso teria horrorizado Scully, mas o pensamento


racional tinha deixado ela, assim como o sangue de seu
parceiro, então ela fez o que lhe foi ordenado.

"Vamos lá, Mulder, fique acordado, fique comigo mais um


pouquinho" Scully implorou.

Isso continuou por alguns minutos quando Madelyn tirou o


braço dela, e lambeu. Quando terminou, a ferida no pulso
tinha desaparecido, assim como o ferimento anterior, que
a bala provocou.

"E agora? Ele vai morrer?" Scully sussurrou.

"Espero que não. Agora temos que esperar ele mudar" foi a
resposta. Elas ficaram quietas, em silêncio, com a cabeça
de Mulder no colo de Scully.

"Você o ama, não é?"

"Sim, claro! Ele é meu parceiro, e meu melhor amigo."

"O que eu quis dizer é que você está apaixonada por ele."

Scully suspirou e acenou com a cabeça. "Eu nunca disse a ele;


estava com muito medo de... tudo. Com medo de que ele não me
amaria de volta... com medo de que ele iria. Nunca me senti
assim com mais ninguém. Ele é minha vida, e se ele morrer,
eu não vou querer mais viver" ela olhou pra ele. "Eu te amo,
Mulder. Eu te amo. Por favor, volte pra mim. Eu te amo."

Mais alguns minutos agonizantes se passaram, e Mulder se


mexeu, mas não abriu os olhos. A batida de seu coração quase
não existia. Ele gemeu, e apertou o estômago com a mão.

"O que está acontecendo?" Scully perguntou.

"Está quase terminando. Ele está sentindo a fome. A primeira


vez é a pior. Ele vai precisar de sangue humano fresco para
substituir o que perdeu, e para poder curar de um ferimento
tão grave. Você é a única por perto, então tem que ser você.
Não tudo - só o suficiente para curá-lo. Coloque seu pulso
na boca dele, como eu fiz."

Scully fez como ela disse, sem hesitar, e imediatamente


dentes afiados penetraram diretamente na pele dela, direto
na veia, enquanto ele começava a tragar o sangue dela. Era
uma sensação estranha, e feria menos do que ela pensou, e
o ato era vagamente erótico.

"Por que você fez isto por ele?" Scully perguntou.

Madelyn pensou durante um segundo, e então respondeu.

"Normalmente eu não teria feito, pois vocês são estranhos,


não são do meu clã. Eu também sou responsável no caso dele
se transformar num monstro e atacar pessoas inocentes para
satisfazer sua fome. Mas ele salvou a minha vida, e ele não
é uma ameaça para ninguém. Mas esta não é a única razão por
eu ter feito isso para vocês."

"O que você quer dizer com isso?"

"Me lembro de olhar para um homem, há muito tempo atrás,


assim como você olha pra ele, e como eu tenho o poder de
salvar seu parceiro, eu tinha que fazer isso."

"Obrigada" foi tudo que Scully podia dizer. "O que você é,
exatamente?"

"Nós nos chamamos de Família. Estamos aqui há tanto tempo


quanto vocês."

O cientista dentro de Scully falou. "Eu sei que a porfiria,


uma doença do sangue, começou como história de vampiro.
Você tem algo assim?"

Madelyn riu. "Talvez da mesma maneira como o inglês considera


ser irlandês uma doença de sangue. Nós apenas somos o que
somos."

"Sinto muito, não queria dizer isso, é só que..."

"Não. Está tudo bem. Sem ofensa. Bem, de qualquer maneira,


este sangue é o suficiente para ele sobreviver. Ele deve
curar rápido."

Madelyn ajudou Scully a remover o braço dela do aperto de


Mulder, que protestou, e ela cuidou do pulso o melhor que
conseguiu. Ambas sabiam que eles tinham que ir embora,
assim que Mulder pudesse se mover, já que não era seguro
ficar na cabana. Enquanto Mulder descansava, elas ficaram
conversando mais um pouco.

"Me conte mais sobre o que você é... não posso acreditar
que estou aceitando isso, e sobre o que ele é agora." Scully
disse.

"Bem, não somos imortais como os vampiros fictícios, mas


podemos viver mais do que os humanos. Eu tenho duzentos e
setenta e quatro anos, mas existem outros muito mais velhos
do que eu. Temos os sentidos aguçados, e somos mais fortes
e mais rápidos do que os humanos normais. Alguns clãs podem
até mesmo mudar suas formas para lobos, mas os meus não
podem. Cada clã tem suas forças e fraquezas diferentes. Bem
de qualquer maneira, estacas de madeiras são para barracas
e alho é bom para cozinha, já que não nos machucam. O mesmo
vale para a luz do sol, mas vocês não vão nos encontrar
morando no deserto. Quando temos que lutar um com o outro,
costumamos usar facas, ou espingardas. Fazemos assim pois
podemos ser destruídos se sangrarmos até a morte; mas isso
normalmente acontece quando a cabeça é removida, e também
através do fogo. Então, nada de jantares românticos à luz
de velas. Lanternas são mais seguras."

Scully riu ao ouvir isso. "É bem irônico. Mulder tem medo do
fogo."

"Agora ele tem um bom motivo." Madelyn riu também.

Então Scully deixou de sorrir. "As pessoas da cidade disseram


que queimaram os vampiros que moravam aqui, mas não haviam
restos humanos."

"Não tenho muito a dizer sobre isso" Madelyn falou, triste.

"Eu sinto muito por seu amigo."

"Obrigada. Você deveria saber, agente Scully. Agora que ele


provou do seu sangue, ele sempre vai querer mais dele, pois
ele será capaz de cheirar, e ouvir o sangue em suas veias.
Mas ele vai poder se conter, mesmo desejando. Embora vocês
possam se amar, vai ser difícil vocês ficarem juntos agora
que são tão diferentes."

"Ele não podia me 'abraçar', como você fez com ele, e assim
poderíamos ficar juntos?" Scully quase implorou.

"Sim. Assim vocês poderão satisfazer seus desejos para o


sangue do outro, sem se machucarem. Se é o que querem, tudo
bem, mas esta é uma decisão que vai alterar a vida de vocês.
Em primeiro lugar, vocês nunca poderão ter filhos. Este é
um dos preços mais altos. Também existe um empecilho em
relação ao tempo em que vocês ficarem num lugar antes que
seus amigos e familiares notarem que vocês não envelheceram,
e vocês poderão ficar dez ou quinze anos num lugar, e então
terão que ir embora, ou serão descobertos."

Scully suspirou, "Não posso ter crianças mesmo... mas entendo


o que você quer dizer. Vou ter que pensar antes."

"Ele vai acordar logo, então, se prepare - lave o que puder


do sangue antes de partir - está escuro ainda, e a noite vai
esconder o sangue. É melhor manter isso em segredo, senão
pessoas ignorantes como essas vão começar a caçar todos nós."

"Não se preocupe" Scully assegurou. "Não existem vampiros


aqui. Só alguns fazendeiros malucos - é isso que o nosso
relatório vai dizer."

Assim que se limparam, Mulder abriu os olhos.

"Scully..."

"Mulder! Graças a Deus você acordou. Eu tinha certeza de


que te perderia desta vez!"

Ele se sentou e eles se abraçaram com força, não querendo


se soltar. Algumas lágrimas perdidas se misturaram ao sangue
manchado nas roupas.

"Mmmmmm... Scully, eu ainda posso te provar nos meus lábios."

"Você sabe o que aconteceu, Mulder?" Scully perguntou.

"Yeah, acho que sim. Ouvi quase tudo. Eu só pensava que


fosse um sonho. Você me salvou, Scully, como sempre."

"Não, Mulder. Madelyn te salvou."

"Foi você, Scully. Foi você que deu o pulo de fé por mim.
Você confiou em algo que não acreditava, só para salvar
minha vida, e, Scully..." ele sussurrou na orelha dela.
"Eu te amo também."

Ela ofegou, "Você me ouviu?"

Ele somente sorriu, e contemplou os olhos azuis, ambos


vendo finalmente o amor que sempre existiu entre eles.
Naquele momento, todos os seus medos irracionais ficaram
fracos em comparação à força da ligação entre eles.

"Então, agora, eu sou oficialmente um chupa-cabras... bem,


traga as cobras!" Mulder riu.

"Você já ouviu falar dele?" Madelyn exclamou.

"Oh, yeah, nós somos grandes fãs deles." Mulder continuou


a rir.

"Espere um minuto - o chupa-cabra - ele é um de vocês?"


Scully perguntou para Madelyn.

Ela encolheu os ombros. "Todo grupo de pessoas tem os


seus excêntricos. Vamos dar o fora daqui."

Scully checou as costas de Mulder, e viu que o tiro estava


quase totalmente curado. Eles saíram dali, e foram rapidamente
para o carro. Antes de se separarem, Madelyn deu um cartão
para Scully.

"Agente Scully, se você precisar entrar em contato comigo,


ou quiser conversar sobre algumas coisas, deixe uma mensagem
neste número, e eu entro em contato com você."

"Obrigada, Madelyn. Por tudo. Se você precisar da nossa


ajuda, nós estamos em D.C. Aqui está o meu cartão."

"Boa sorte para vocês dois" ela entrou no carro dela, e


foi embora.

"Entre, Mulder. Vamos procurar um quarto na cidade mais


próxima. Podemos falar com o xerife pela manhã, e então
irmos pra casa."

"Por mim, tudo bem. Eu preciso de um banho."

Scully conseguiu alugar quartos adjacentes num Motel 6


decente, sem que alguém notasse as roupas manchadas de
sangue. Ambos entraram em seus quartos, para tomarem
banho, e quando acabaram, ambos saíram usando seus pijamas
de viagem, Mulder de camiseta e calça de moletom, e Scully
em pijama de seda. Eles se encontraram no quarto de Scully
e jogaram suas roupas arruinadas numa bolsa de lixo para
queimar.

"Salvei a meia e a minha gravata favorita, aquela do Marvin,


o Marciano."

"Bem, eu ainda tenho meus sapatos, casaco, e roupa íntima,


mas perdi o resto das roupas, inclusive minha caríssima
blusa de seda. Você tem muito sangue dentro do seu corpo,
Mulder."

"Sorte minha."

"Sorte nossa."

Scully contou para Mulder a maior parte do que Madelyn disse


pra ela sobre ser um da família. Quando terminou, eles
ficaram sentados, perto um do outro, pensando, em silêncio,
sobre o que tinha acontecido. De alguma maneira, eles acabaram
abraçados, se agarrando com força, se lembrando do que quase
tinham perdido.

"Isso foi muito perto, Mulder. Provavelmente o pior até agora."


Scully segurou um soluço.

"Mas nós conseguimos vencer, porque quando estamos juntos,


somos invencíveis."

Eles se seguraram e quase não podiam respirar devido ao


abraço forte, e ainda assim isso não era o bastante.

"Então, como você se sente?"

"Não sei... é meio estranho, diferente. Eu me sinto poderoso.


Posso ouvir, ver e sentir coisas que não podia antes. Posso
sentir a batida do seu coração, como se fosse o meu... como
está o seu pulso?"

Ele queria se desculpar mas sabia que ela não queria que ele
se sentisse culpado, então Mulder ficou de boca fechada, e
sentiu culpa do mesmo jeito, mesmo sabendo que isso foi feito
para salvar a própria vida dele. Ele tinha machucado a mulher
que amava.

"Está melhor. Coloquei novas bandagens e nem mesmo dói. É um


preço muito pequeno para pagar."

"Eu sou um vampiro, Scully! Isso é muito legal!" ele sorriu.

"Sem dúvida, Mulder. É bem legal mesmo."

"Ei, queria saber se eu tenho que dormir."

Isso fez ele ganhar um riso dela. "Você não dormia quando
era humano."

"Isso é verdade. Mas você ainda precisa dormir, então eu


acho que te vejo amanhã."

Ele fez um movimento para se levantar, mas ela o levou até


a cama.

"Não vá... fique aqui, se quiser."

"Eu quero."

Eles sorriram um para o outro, rastejaram pra cima da cama


e puxaram as cobertas sobre eles. Ele a puxou pra perto,
costas contra peito, com o braço ao redor da cintura dela,
protetor. Scully dormiu logo, sem sonhos. Exausta. Mas
Mulder ficou acordado quase a noite toda, só contemplando
a maravilha que era Dana Scully. Isso era algo que ele nunca
iria se cansar de fazer. Eventualmente, o ritmo calmante
do coração dela o acalmou, e ele dormiu.

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Eles acordaram, descansados, no outro dia, nos braços um


do outro. Eles se levantaram, se vestiram e foram encontrar
o xerife. E depois, iriam pra casa, para ambientes mais
familiares, para explorarem as revelações sobre a relação
entre eles, que estava ficando mais profunda. Eles pararam
num dinner local, para tomar café da manhã. Mulder pediu
suco de tomate e deixou um pouco escorrer pela boca, fazendo
Scully rir. Depois de terminaram, eles foram ver o xerife.

"Estou surpreso por ver vocês dois ainda aqui." o xerife


Thompson disse. "Bem, acharam alguma coisa nova?"

"Infelizmente não. Não temos um corpo, nem humano, e nem


vampiro. Parece que você tem alguns fazendeiros lunáticos
por aqui, xerife, mas fique de olhos neles. Se eles tiverem
armas, eles podem se tornar perigosos." Scully falou.

"Bem, tudo bem. Obrigado pela ajuda. Acho que vou fechar o
caso."

Eles se despediram e foram para o aeroporto, ambos ansiosos


e nervosos sobre o que aconteceria quando eles chegassem em
casa. Mas durante o vôo, ficaram sorrindo um para o outro,
como idiotas, e só soltaram as mãos quando o avião pousou.
Quando chegaram no prédio Hoover, eles escreveram os relatórios
falando que a história sobre vampiros era uma brincadeira,
e enviaram a papelada para Skinner, que, só porque Mulder
não o incomodou durante dois dias, os dispensou para o fim
de semana.

Era tarde de sexta-feira, quatro horas da tarde, e eles


tinham mais uma hora. Estavam prontos para sair do porão
quando Scully foi até Mulder, e disse as palavras mágicas.

"Meu apartamento, cinco horas, traga comida, e algumas roupas,


porque - ei, quem sabe o que vai acontecer no futuro?"

<Oh boy, oh boy, boy.> Mulder não podia acreditar no que


estava ouvindo.

Enquanto saía, ela ainda jogou pra ele. "E é melhor que a
comida esteja morta, Mulder."

"Completamente morta?" ele devolveu imediatamente. Piadas


de vampiros iam ser divertidas.

<Casa. Comida. Roupas. Scully. Oh boy. Oh boy. Oh boy>

A viagem no carro para suas respectivas casas não foram


feitas obedecendo as leis de trânsito. Às 4:57 Mulder bateu
duas vezes na porta dela, que se abriu, revelando sua parceira
ruiva. Eles ficaram de pé, sorrindo um para o outro, como
idiotas. Mulder estava usando calça jeans preta e um pulôver
preto. Ele estava segurando uma caixa de pizza, uma garrafa
nas mãos, e uma bolsa atirada sobre o ombro.

<Ela está usando o suéter de casimira rosa, e essas leggings


pretas apertadas e ela está descalça! Oh boy!>

"Entre. Coloque sua bolsa ali e leve a comida para a sala


de estar."

"Ei, Scully, eu não sabia que tipo de vinho combina com


pizza, então eu trouxe champagne."
"E por que, Mulder? Você vai me deixar de pilequinho para
poder se aproveitar de mim?"

"Se tudo sair conforme o planejado..."

"Então, boa sorte."

Brincadeiras era um território familiar para eles, e isso os


ajudou a relaxarem um pouco. Eles comeram a pizza, tomando
goles de champagne, se olhando, famintos.

"Acho que devemos falar sobre algumas coisas antes de...


antes de nós..."

"Rasgarmos as roupas um do outro" Mulder sugeriu, solícito.

"Yeah, isso mesmo. Bem, a parte mais difícil terminou, pois


já admitimos o que sentimos um pelo outro, então agora nós
temos que decidir que queremos ter ou não uma relação."
Scully falou, nervosa.

"Eu quero isso mais do que qualquer coisa, Scully. Quero


te amar todos os dias, pelo resto da minha vida, ou o que
quer que ela seja. Eu te amo há tanto tempo, Scully...
sempre foi você."

"Eu sinto a mesma coisa, mas e sobre nosso trabalho, e


sobre Eles?"

"No que se refere a eles, eles já sabem que podem usar um


de nós para ter o outro, então, isso não muda. Agora, quanto
ao trabalho, metade do FBI acha que já estamos juntos, e
contanto que isso não interfira no nosso desempenho, ou
esfreguemos isso na cara do Skinner, de maneira que ele
seja forçado a lidar com isso... não pergunte, não diga.
Só isso?"

"Yeah, acho que sim. O que você quer dizer 'não esfregar
na cara dele'?"

"Como não ter sexo na mesa dele, a menos, claro, que ele
tenha saído por alguns minutos" Mulder olhou de lado.

"Parece uma boa idéia essa coisa da mesa. Talvez num fim
de semana."

"O que importa é o que te fizer feliz, Scully."

"É você que me faz feliz" ela fala, sem hesitar. "Mulder,
nós nem mesmo nos beijamos ainda."

"Então podemos fazer isso agora."

"Ok."

Ele estava sobre ela em menos de um segundo. Seus lábios


se apertaram, línguas batalhando na paixão que os consumiam.
Depois de um minuto, Scully se afastou. Oxigênio não era
preocupação para Mulder agora, então ele se ocupou em
beijar e lamber o rosto e pescoço dela.

"Oh meu..." ela sussurrou, "Que dentes afiados você tem..."

Ele rosnou debaixo da orelha dela. "Só o melhor pra te


comer."

Isso enviou um calafrio delicioso de medo pela espinha


dela, pois ela não tinha certeza se ele estava brincando
ou não. Mais uma vez ele a reivindicou e empurrou a língua
dentro da boca dela. O invasor era forte demais, e Scully
não teve escolha, a não ser se submeter. Só de pensar
nisso, ela gemeu dentro da boca de Mulder. Ele deslizou
uma mão debaixo do suéter dela, lentamente, passando a
mão sobre a barriga dela, até o peito, e a outra mão
descendo por dentro da calça para apertar-lhe as nádegas.
Ele fez uma divertida descoberta, que o fez resmungar de
novo na orelha dela.

"Minha Scullyzinha malcriada não está usando roupa íntima..."

Ela não podia responder, só gemer. Eles se moeram um contra


o outro, tão forte, que o sofá balançava. Finalmente ele
se afastou, só para tirar as roupas dela.

Quando Scully estava nua diante dele, ele mergulhou a boca


sobre os seios macios, lambendo e chupando a carne tenra,
mordendo um pouco os mamilos forte o bastante para picar.
Quando Mulder deslizou a mão abaixo dos cachos vermelhos,
ele descobriu que ela estava gotejando, molhada, e pulsando
forte.

Então, ele empurrou fundo três dedos dentro dela, que


arqueou pra trás, contra a mão dele. Mulder queria prová-la
primeiro, mas ele não podia esperar tanto, então ele resolveu
lamber os próprios dedos. Nada nunca foi tão gostoso. Bem,
só uma coisa, mas ele nunca poderia fazer isso com ela de
novo.

Ela se torceu em doce agonia. "Agora, por favor, em mim."

Não havia tempo para tirar a camisa, apenas abrir a calça


e conduzir sua ereção dura como pedra para dentro dela.
Ambos gemeram, satisfeitos, quando ele entrou polegada
após polegada. Ela era tão pequena e apertada que ele se
sentia como um gigante dentro dela. Quando Mulder estava
completamente enterrado, ele pegou a cabeça dela entre
suas mãos.

"Abra seus olhos Scully, e olhe para mim."

Ela abriu os olhos e olhou para ele enquanto Mulder


entrava e saía de dentro dela.

"Mais rápido" ela implorou. "Mais rápido."

Com cada empurrão, a camisa dele raspava nos seios sensíveis.


Mesmo assim, ela tentou fitar os olhos profundos de Mulder,
mas estava perdendo o foco. Depois de alguns empurrões mais
fundos, ela gozou, gritando o nome dele, e apertando seu
pênis tão forte que ele quase não podia se mover dentro
dela. Ele a seguiu, soltando sua semente dentro do corpo
dela, pelo que pareciam horas.

"Eu te amo, Scully. Eu te amo tanto... tanto..."

Ela murmurou algo em resposta mas logo estava dormindo.


Foi demais para eles dois. Tudo que Mulder podia fazer
era tirar as roupas dele, e a levar para o quarto, onde
ele os cobriu com a coberta, e logo a uniu em sono. Mulder
acordou durante a noite, a necessidade para acasalar muito
mais urgente do que dormir. Por que ele deveria ficar
contente em sonhar com Scully, quando ele poderia tê-la
enquanto estava acordado?

Considerando que a primeira vez deles foi uma necessidade


frenética para liberação, agora ele se sentia como se
forçado a ser uma parte dela. Scully estava dormindo de
costas, os cabelos ruivos espalhados pelo travesseiro.
Mulder se moveu pra cima dela, mas não a tocou, se
segurando sobre os cotovelos. Lentamente ele se abaixou
para beijar a pele cremosa do pescoço, suave, lambendo,
beliscando, deixando um rastro até chegar aos seios dela.

Finalmente ela acordou para ver seu parceiro engolfar um


seio, chupando o mamilo com vigor antes de ir para o outro.
Ela sorriu, e o puxou para um beijo longo, que terminou
com ela mordendo o lábio inferior dele, como tinha imaginado
fazer tantas vezes.

"E eu que pensava ser o vampiro aqui" ele sorriu pra ela.

"Isso não quer dizer que você é o único que gosta de afundar
os dentes em algo gostoso."

Mulder deixou o peso dele prendê-la na cama, e Scully sentiu


sua ereção apertando de novo no estômago dela, então ela
passou as pernas ao redor da cintura dele, para lhe dar
mais acesso. Ele deslizou a mão entre os corpos, dentro
do sexo úmido dela, para beliscar o clit entre seus dedos
lisos. Isso tirou dela o gemido que ele esperava.

Scully estava fazendo ruídos e gemidos que nunca tinha feito


antes para seus amantes anteriores, mas ela queria deixar
Mulder ver e ouvir o quanto ele a afetava. E ela nunca
pensou em esconder suas reações para ele. A brincadeira
de Mulder a fez se torcer e se empurrar contra a mão dele.
Quando ele viu que ela estava pronta de novo, ele guiou
seu pênis para a entrada inchada, e entrou. Ambos ficaram
olhando para baixo, até ele entrar completamente.

"Isso é tão bom... Como pudemos esperar tanto tempo?"


ela perguntou em voz baixa.

Ele não tinha uma resposta pra ela, então ele apenas começou
a se mover dentro dela. No começo foi lento, e a velocidade
aumentou gradualmente enquanto eles se derretiam um no outro.
Scully o abraçou pelo pescoço, beijando e lambendo qualquer
pele que pudesse alcançar. Isso durou bastante tempo. Mulder
se sentia incansável e totalmente controlado.

Ele a empurrou com força, até que finalmente ela gozou,


choramingando, mas ele nunca reduziu a velocidade. Logo
depois do formigamento que ela sentiu depois do orgasmo,
ele continuou num passo fixo mas crescente, determinado
a deixá-la louca de prazer.

"Oh, Mulderrrrr..... eu estou....." ela gemeu quando


gozou de novo.

Quando Scully conseguiu respirar, ele ainda estava parado,


observando-a com carinho e fascinação nos olhos.

"Goze em mim, Mulder. Solte tudo."

Scully olhou para ele. Depois de alguns empurrões rasos,


ele entrou de novo, e gemeu, derramando dentro dela, e se
segurando lá, tentando fazer isso durar o máximo possível.
Então, ele a abraçou e deitou de costas, para que ela
ficasse sobre ele. Desta vez ele a ouviu claramente.

"Eu te amo, Mulder." ela falou antes de dormir.

Mulder beijou sobre a cabeça dela, e relaxou debaixo do


peso confortante do corpo morno dela, esperando o sono
levá-lo.

xxxxxxxxxxxxxxxxx

Mulder acordou no sábado de manhã com uma língua quente e


molhada em sua orelha. Ele notou quase ao mesmo tempo que
havia algo igualmente quente e molhada envolvendo seu pênis
rígido.

"Bom dia, amor" foi sussurrado na mesma orelha que estava


desfrutando o toque da língua.

"Gosto do som disso." Mulder disse.

"Eu também" disse a dona da língua. "Não posso acreditar


que você ainda está duro. Fiquei um pouco preocupada
ontem à noite quando vi que você não ia parar, e acabou
me exaurindo. Eu sei que vou lamentar mais tarde quando
a sua cabeça não passar pela porta de tão inchada, mas
acho que este foi o melhor sexo que já tive em toda minha
vida.

"Queria poder levar todo o crédito, Scully, mas acho que


não tenho tanta força assim desde quando tinha dezoito
anos, e eu não perdi minha ereção desde que estávamos no
sofá. Eu acho que vampiros tem poderes sexuais. Se você
soubesse o que estava perdendo com aquele xerife de dentes
saltados, nunca mais eu iria te ver de novo."
Ele ganhou um riso maravilhoso dela, enquanto Scully sentava
sobre seus quadris, forçando o pênis entrar até a última
polegada. Desde que fazia tempo que ela fazia isso, Scully
estava bem dolorida, mas não conseguia parar, mesmo se ela
andasse de maneira engraçada, ela teria que tê-lo novamente.

"Agora é a minha vez de me divertir com você. Só fique


deitado, e relaxe." ela ronronou.

"Oooo, minha Scully favorita - gatinha sexual. Será que


ela pode sair mais, e brincar com mais freqüência?" Mulder
brincou.

"Com certeza."

Ela correu as mãos sobre o estômago dele, e pelo tórax


liso. Então se curvou para dar aos mamilos dele o mesmo
tratamento que os dela receberam na noite anterior. Ela
começou a mover os quadris bem pouquinho, provocando.
Scully beijou-lhe o queixo, o rosto, e depois o pescoço.

"Faça isso, Scully", ele disse numa voz rouca. "Me marque.
Me faça seu. Você não pode me machucar."

Ela pensou nas palavras dele por um momento, e então mordeu


com força, até cortar a pele. Lambendo a gota de sangue,
ela se afastou para olhar a marca curar e desaparecer. E
teve que admitir que um lado escuro dentro dela achou muito
erótico provar o sangue de seu amante, e ela não era o
vampiro! Mulder parecia gostar muito disso, e gemeu no
cabelo dela.

"Oh, Scully, você não sabe o que faz comigo."

"Eu tenho alguma idéia", ela disse enquanto começava a se


mover, mais forte, e mais rápido. Ela apoiou as mãos sobre
os ombros de Mulder e se empurrou contra ele, que empurrava
contra ela também. Eles ficaram assim por mais algum tempo,
com Mulder agarrando algum seio e apertá-lo.

Logo os movimentos de Scully ficaram frenéticos e Mulder


alcançou entre as pernas dela, para esfregar seu clit.
Quando ela gozou, ela gelou, com exceção dos músculos
da vagina, e gemeu ruidosamente. Isso provocou o orgasmo
dele, fazendo-o segurá-la no lugar até que ele estivesse
vazio. Finalmente ela caiu sobre seu tórax, enquanto
as respirações voltavam ao normal. Eles estavam saciados
por enquanto, e até mesmo o pênis de Mulder voltou ao
normal. Quando se recuperaram, Scully se levantou e saiu
da cama.

"Mulder, eu vou fazer o seu café da manhã favorito e trazer


pra cá para podermos comer na cama" Scully prometeu.

Mulder sorriu, divertido. Ele estava curioso para ver se


ela sabia mesmo qual era o café da manhã favorito dele.
Ele não teve que esperar muito tempo. Scully voltou com
uma bandeja contendo dois copos grandes de suco de laranja,
e pizza fria. Desta vez, ele estava sorrindo como um bobo.

"Oh, Scully, eu amo você."

"Aposto que você fala isso para qualquer mulher nua que
esteja com uma pizza" ela brincou.

"Você conhece outra mulher que faça isso? Nós poderíamos


convidá-la..." ele devolveu.

"Acho que pedi essa resposta, não é?"

"Pode apostar."

Scully escalou sobre a cama e eles desfrutaram o café da


manhã favorito de Mulder. Eles terminaram, e Scully pegou
a bandeja.

"Acho que precisamos tomar um banho relaxante e agradável."


Scully disse enquanto puxava Mulder pra fora da cama, e
para o banheiro. Então ela parou e olhou para os próprio pés.

E perguntou em voz muito baixa. "Você lavaria meu cabelo?"

Mulder demorou um segundo para se lembrar do que isso


significava para ela, e a coragem que Scully teve para
lhe perguntar. Como algo tão inocente poderia apavorá-la,
principalmente depois do que Pfaster fez pra ela, e quase
fez, machucando o próprio Mulder mais do que uma surra.
Aquele monstro poderia ter ido embora, mas ele nunca mais
seria esquecido.

"Oh Scully." ele sussurrou enquanto abraçava seu amor num


abraço esmagador.

"Eu sei que estarei sempre segura nos seus braços."

"Sempre."

Eles foram de mãos dadas até o banheiro, e Scully abriu a


água.

"Posso colocar alguns sais de banho? Que tal 'chuva lilás'?"


ela perguntou.

"Você não teria alguma coisa mais másculo aí não? Você


sabe... algo parecido com o cheiro de um vestiário depois
de uma partida de futebol americanos..." Mulder disse,
sabendo imediatamente qual seria a resposta dela. Ele
estava determinado a trazer o humor de volta, e não ficou
desapontado.

"Yeah, tenho sim - e ele está sentado em cima do vaso" ela


disse com um sorriso.

"Acho que pedi por isso, não é?"


"Pode apostar... obrigada pela tentativa, Mulder."

<Queria saber se ela lê meus pensamentos>

Ele recebeu uma sobrancelha dela dizendo 'quem sabe?'. Eles


observaram a banheira enchendo com água, e quando estava alto
o suficiente, Mulder se sentou, e Scully sentou no meio das
pernas dele, descansando contra seu peito. Ela relaxou na
água quente, deixando o calor amaciar seus músculos doloridos.

"Você não está nem um pouco dolorido, não é, Mulder?"

"Você quer uma mentira?"

"Huh Uh." ela concordou.

"Bem, nesse caso... mal posso me mexer. Você me chupou até


o osso, e acho que nem vou poder pensar em sexo durante uma
semana, acho que até um mês."

Mas o pênis dele contava uma história diferente.

"Malditos vampiros presumidos."

O pobre Mulder não viu o sorriso de puro mau que cruzou o


rosto dela quando Scully alcançou atrás dela. Ele ainda
estava se sentindo bem presumido até que ela pegou os dois
amiguinhos dele.

"Você acha que eles vão crescer de novo depois que eu


cortá-los fora?" a 'gatinha sexual' Scully ronronou.

Pela primeira vez na vida Mulder não tinha uma resposta


inteligente, e ele nem abriria a boca acaso uma tivesse
aparecido em sua mente.

"O olhar... (ela riu) da sua cara... (mais risos) é inestimável.


Se eu soubesse que pra calar a sua boca bastava ter feito
isso, eu teria agido há muito mais tempo (então mais risadas).
Nunca mais vou agarrar suas bolas de novo sem me lembrar do
dia em que fiz o espertinho do Fox William Mulder, ficar
mudo (finalmente, um riso histérico.)

E ela ainda não tinha soltado ele.

"Devolva eles, Scully."

"Ok... mas primeiro você tem que dizer: eu, Fox Mulder,
acho que a Princesa Dana Scully é a mulher mais inteligente
e a mais bonita de todo o mundo, e que essa deveria ser a
regra para todo o Universo."

Ela sabia que estava correndo perigo aqui, mas precisava


aproveitar esta oportunidade única em sua vida. Era muito
divertido.

"Quantas vezes o velho Bill recitou essa fala?" ele perguntou.


"Vamos dizer que ele tinha isso de memória."

Mais perigo. Ela apertou. E ele ganiu.

"Eu, Fox Mulder, acho que a Princesa Dana Scully é uma mulher
mais inteligente do que eu, e a mulher mais bonita do mundo
todo, e que esta deveria ser uma regra em todo Universo."
Ele falou.

No momento em que ela o soltou, Scully estava perdida. Foi


a vez dela ganir porque, de repente, ele agarrou os dois
braços dela, e a virou, prendendo os braços dela contra a
parede, usando apenas uma mão, com força sobre-humana. Ao
mesmo tempo em que ele a prendeu, ele prendeu as pernas dela
entre as dele, deixando-a completamente indefesa. Ela lutou.
E foi a vez dele rir.

"Não se esqueça, Mulder" ela falou no melhor tom de advertência


que possuía. "Você vai querer 'brincar' comigo depois."

Ele parou de sorrir por um minuto, só para deixá-la pensar


que podia escapar, mas nada neste mundo ou no outro iria
impedi-lo de vingar seus dois meninos. Ele voltou a sorrir.

"Eu quero brincar contigo agora!"

Com isso ele começou a fazer-lhe cócegas, sem piedade. Ela


trilhou, gritou, implorou, e chorou. E soltou o corpo quando
ele parou. Mulder se curvou e sussurrou na orelha dela,
enquanto ela tentava pegar a respiração de volta.

Ela hesitou brevemente, e depois falou, "Eu, Dana Scully,


juro solenemente, que nunca mais vou segurar, afagar, apertar
ou torcer os testículos do meu parceiro para qualquer outro
propósito exceto o de sua satisfação sexual, debaixo de pena
de morte ou cócegas, ou pior (ela pausou)."

"Boa garota. Você está perdoada."

Mulder a soltou e ela entrou em seus braços. Mas ela o bateu


nas nádegas.

"Agora é você que está perdoado."

Ele a puxou para um beijo.

"A justiça da minha Scully é dura, mas justa."

"A água está ficando fria, Mulder. Vamos tomar uma ducha."

Então eles deixaram a água sair pelo ralo, e ficaram de pé


debaixo do chuveiro. Ela fechou os olhos quando Mulder pegou
xampu e começou a fazer espuma no cabelo dela. Ela suspirou
contente enquanto ele, cheio de amor, massageava o couro
cabeludo dela, e a levava para baixo do chuveiro para lavar.
Ele repetiu o processo com o condicionador dela.

Logo, ele achou o sabonete líquido que ela usava, e cheirou,


vertendo um pouco sobre um paninho. Ele começou a lavar seu
rosto, tendo o cuidado para não colocar sabão nos olhos azuis.
Então, ele desceu pelo pescoço, massageando os músculos. Ele
fez ela se virar, e limpou os seios e estômago dela. Ele
lavou cada braço com cuidado, e evitou o pulso com o curativo.

Depois ele foi para as pernas, e massageou-os até que ela


estava tão relaxada que era difícil ficar em pé. Ele até
mesmo ergueu cada uma das pernas para levar as solas dos
pés pequenos. Finalmente, ele abriu as coxas dela para passar
o pano sobre as dobras delicadas. Ela manteve os olhos
fechados o tempo todo, até mesmo no enxágüe.

A devoção única de Mulder para tudo era incrível, especialmente


quando era dirigido para ela. Ela nunca se sentiu tão amada,
tão adorada. Quando ele terminou, Mulder beijou-lhe a testa.

"Uau, Mulder... isso foi maravilhoso."

"Estou contente que você tenha gostado. Faz tempo que eu


queria fazer isso."

"Ok. Agora é minha vez."

Ela tentou começar pelos cabelos, e precisou ficar na ponta


dos pés para alcançar sobre a cabeça de Mulder.

"Quer que eu pegue uma escada de mão?" ele caçoou.

"Cala a boca e fique de joelhos."

"Oooo, sim, mestre" logo ele estava no mesmo nível dos seios
dela. "A visão é bem melhor daqui de baixo."

Depois de massagear e enxaguar o cabelo dele, Scully deu


para o rosto, pescoço, ombros e tórax a mesma atenção que
ele esbanjou nela. Ela o fez ficar de pé para poder lavar
as costas, sobre as nádegas firmes e os braços fortes. Ela
agachou para poder limpar as pernas, e acariciar seu pênis.

Ela o enxaguou antes de resolver ficar ali, e levar a ereção


em sua boca, cumprindo outra fantasia para eles dois. Isso
pegou Mulder desprevenido, fazendo-o gemer ruidosamente, e
agarrar as paredes para buscar apoio.

"Oh Scully, você não tem que fazer isso." ele coaxou.

Ela somente zumbiu como resposta. Scully levou na boca o


quanto conseguiu, e passou uma mão ao redor do cabo dele,
empurrando e chupando. Ela lambeu a cabeça com a língua
molhada e quente. Pra cima e pra baixo, todo o comprimento.
Ela repetiu as ações, descobrindo do que ele mais gostava,
só de ouvir os gemidos vindo de seu parceiro.

Então, parando durante um segundo, ela chupou cada uma das


bolas em sua boca antes de deslizar os lábios de volta. Ela
desfrutou a sensação de sentir a batida do coração dele ali
mesmo. Agora, Mulder corria uma mão desesperada pelo cabelo
dela, tentando ficar de pé e evitando de se empurrar na boca
dela.

Scully podia perceber pelos movimentos dos quadris de Mulder


que ele estava quase gozando, então ela insistiu, e logo
Mulder não podia mais agüentar, e gozou dentro da boca de
Scully. Ela tragou cada jato de sêmen até que ele parou e
começou a amolecer. Scully ficou de pé, muito contente consigo
mesma, e lambeu os lábios só para o benefício dele.

"Nossa, Scully - isso foi incrível! Isso não é algo que eles
ensinam na escola católica, não é?"

"Não nas classes" ela sorriu maliciosamente.

"Então, agora você precisa se confessar?"

"Acho que vou ter que esperar um pouco mais para poder confessar
tudo de uma vez."

Ele a abraçou, e a tirou do chão, empurrando-a contra a


parede e enfiando a língua no pescoço dela. Quando ela
começou a lutar, ele a soltou um pouco para ela poder
respirar, antes que cada um tentasse chupar o outro. Um
tempo depois, Mulder se afastou com um olhar lascivo e
predatório nos olhos.

"Isso só me lembrou de que eu ainda não te provei corretamente."

"Oh, Mulder... acho que não posso mais gozar tão cedo."

"Bem, você não vai morrer tentando."

Mantendo-a firme contra a parede, ele abriu suas pernas e a


sustentou pelas coxas. Tudo que Scully podia fazer era agarrar
a vara da cortina para se firmar. Mulder ficou de joelhos, se
ajustando até que suas mãos estavam debaixo das nádegas dela
para apoiá-la, e ele jogou as pernas dela sobre os ombros dele.
Os pés dela não estavam mais tocando o chão, oscilando no ar.

Finalmente ele estava pronto. Ele enfiou o nariz na coberta


de cachos macios do sexo dela, inalando o cheiro almiscarado
de uma mulher excitada. Ele mergulhou, lambendo, chupando e
beliscando a pele sensível dos lábios dela, e enfiou a língua
dentro da vagina. E saboreou os fluidos penetrantes que
entravam em sua boca.

"Você é deliciosa" ele resmungou contra o corpo dela, que


se torcia, antes de voltar dentro das pernas dela para levar
outra prova.

"Não pare, Mulder. Oh... assim... assim mesmo..."

Ele puxou e brincou com os dentes dele na carne quente,


fazendo ela choramingar. Então ele passou a língua.
Ocasionalmente ele brincaria com o clit dela depressa, mas
não o suficiente para satisfazê-la. Ela tentou se forçar
contra o rosto dele, mas não tinha nenhum apoio, e ela
estava à mercê dele. Estava ficando difícil para ele alcançar
tudo que queria, então ele se afastou um pouco.

"Scully, use seus dedos para se abrir pra mim."

Ela fez como foi pedido e abriu-se o máximo que pôde, expondo
a carne brilhante e rosa para a língua dele. Quando ele começou
a chupar seu clit, ela gritou o nome dele sem parar.

"Oh... isso é tão bom... mais forte, chupe minha b****a mais
forte."

Ele queria perguntar pra ela se ela beijava sua mãe com aquela
boca suja mas ele pensou que ela não gostaria que ele parasse.
Ela foi ficando cada vez mais escandalosa enquanto ficava mais
próximo do clímax, e quando ele mordeu no clit dela, Scully
gozou. Ela apertou a cabeça dele entre as coxas fortes, tendo
certeza de que ele não pararia. Mulder ainda estava lambendo
ela quando Scully finalmente se acalmou.

"Mulder, pare... não consigo... não posso mais..." ela


choramingou.

Ele a desceu da parede, em pernas coxas, e lhe deu um sorriso


presumido. os sucos dela ainda estavam gotejando pelo queixo
dele. Mulder esfregou o rosto e a beijou para que ela visse
como ela provava nos lábios dele.

"Uau, Mulder... não posso acreditar que você me segurou lá em


cima o tempo todo. Força e poder... acho que posso ficar com
você por algum tempo."

"Estou contente que você gostou."

Ele dirigiu o spray de água entre as pernas dela para lavá-la


completamente e então eles saíram do chuveiro. Com a ajuda de
Mulder ela refez o curativo do pulso. Eles se secaram um ao
outro, e escovaram seus dentes. Scully até tinha uma escova
esperando por Mulder dentro do armário dela. Ela estava a
ponto de colocar um pouco de maquiagem quando Mulder agarrou
a mão dela.

"Hoje não. Só estamos nós dois aqui, e eu gosto de você do


jeitinho que você é."

Ela teve que sorrir ao ouvir isso. Ele podia ser tão doce...
Scully foi para o quarto para se vestir. Mulder pegou um
short e calça jeans da bolsa dele, e os vestiu. Ele levou
a bolsa para o quarto e estava a ponto de colocar isso num
canto quando uma Scully sem sutiã pegou a bolsa dele, e
puxou uma camisa da academia do FBI de dentro. Ela vestiu
a camisa por sobre a cabeça.

"Se você não vai usar sua camisa, eu posso usá-la."

Mulder sorriu. Isso era tão novo e tão maravilhoso que ele
não conseguia nem começar a absorver tudo. Ela vestiu uma
calça jeans e eles foram para a sala de estar limpar a prova
da luxuria incontrolável de ontem à noite. Quando suas roupas
para lavar foram recolhidas, eles se sentaram no sofá para
ficarem se abraçando e beijando, preguiçosamente.

"Acho que preciso dormir..." Scully bocejou.

"Então durma."

Mulder a apertou nos braços e a puxou sobre si enquanto


deitava no sofá. Scully ficou deitada sobre ele, o pequeno
e morno corpo dela esticado sobre o dele. Ela dormiu rápido,
quase ronronando, satisfeita. Ele não podia se lembrar de
quando foi tão feliz. E dormiu em paz.

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Mulder acordou um tempo depois quando Scully se mexeu


sobre ele. Ele se lembrou de ter um sonho estranho, mas
só conseguia se lembrar de alguns flashs, e sensações,
algo sobre a noite... bosques... correndo... perseguindo
alguma coisa. Ele não conseguiu voltar a dormir, então,
contente, ele assistiu Scully dormindo.

Até ontem, fazer isso era um prazer culpado para ele, pois
parecia ilícito. Agora ele era livre para fazer isso a hora
que quisesse, confiante por saber que ela o queria ali, e
não contestaria seus motivos.

Meia hora depois ela se mexeu. Quando ela ficou consciente


o bastante para perceber onde estava, Scully sorriu e beijou
o tórax de Mulder. Tirando um momento para observá-lo, ela
queria se aquecer na antecipação de ver o amor nos olhos
dele. Quando finalmente ela encontrou o olhar dele, mil
'Eu amo você' passaram entre eles num momento.

"Você sabia que vamos ter que falar com minha mãe, não é?
Ela vai ficar tão feliz... Acho que ela tem esperado que
fiquemos juntos há muito tempo." Scully disse.

"Então, você vai falar com Bill. Quem sabe não vamos ter
sorte, e ele vai explodir a cabeça quando souber disso?"
Mulder riu.

"É uma possibilidade bem difícil. Você tem certeza que sabe
onde está se metendo, Mulder? Você vai passar o Natal com
Bill, Ação de Graças com Bill, Páscoa com Bill..."

"Tudo o que importa é que eu vou conseguir passar isso tudo


com você. Eu te amo tanto, Scully, que me sinto como se
fosse estourar."

"O mesmo aqui" foi tudo que ela conseguiu falar antes de
beijá-lo freneticamente.

Eles dormiram e passaram a hora do almoço, o que foi


evidente pelo rosnar do estômago do Mulder.

"Ei, Scully, que tal se, ao invés de lancharmos de noite,


eu te levar para um restaurante fino para jantarmos e
celebrarmos o fato de que eu finalmente consegui te levar
pra cama?"

"Mas que romântico!" ela escarneceu. "Isso é o que toda


menina que ouvir."

"É melhor acreditar nisso, neném. Eu sou tão romântico que


até tenho um espelho sobre a minha cama, assim nós podemos
nos olhar enquanto nós transamos" Mulder falou na melhor voz
de diretor de pornô.

Scully ergueu as duas sobrancelhas, mas se recuperou depressa.


"Bem, então, eu sou toda sua."

"Pode apostar nisso. Espere aqui - vou fazer as reservas."

Mulder se levantou e foi para o quarto para dar o telefonema.


Ele escolheu um lugar tão fino que ele quase não conseguia
pronunciar o nome - mas nada poderia ser menos para a Scully
dele. Depois, eles relaxaram no sofá, comendo sanduíches,
vendo televisão, se abraçando, beijando, e provocando um
ao outro. Às 5h30, eles se levantaram para Scully se vestir.

A única concessão de maquiagem que ele permitiu foi um


pouco de batom que ele planejava lamber e tirar na primeira
oportunidade. Ele gostava de observá-la se preparando e
até choramingou quando ela vestiu a roupa íntima. Scully
prendeu o cabelo à francesa, colocou brincos, e, claro, a
cruz de ouro.

Por último, e não menos atordoante, ela colocou o vestido


verde esmeralda, com sapatos combinando, e uma bolsa grande
o suficiente para colocar a Sig Sauer dela. Ela nunca saía
de casa sem a arma. Se afagando muito, eles conseguiram sair
de casa e ir para o apartamento de Mulder, para ele poder
se vestir. Lá, Scully escolheu o terno cinza escuro que ela
mais gostava, um Armani, para Mulder, o qual ele vestiu entre
muitos assobios. Scully notou a cama.

"Você não estava brincando sobre o espelho."

"Posso tirá-lo, se você quiser."

"Não, não faça isso. É só que estou um pouco surpresa,


Mulder. Você não parece o tipo de usar uma coisa dessas."

"Você não está mais surpresa do que eu. Isso apareceu do


nada. Eu até conferi para ver se estava no apartamento certo.
Acho que isso foi uma pegadinha ou uma mensagem dos nossos
amigos paranóicos, mesmo que eles neguem de pés juntos. Mas,
de qualquer maneira, depois eu pensei: Ei! Cama grátis!"

"Mal posso esperar para experimentá-la" ela imitou o olhar


lascivo dele.

"Você vai estar algemada a esta cama em três segundos se


continuar me olhando assim."
Ele mostrou as algemas pra ela, e Scully teve uma sensação
de déjà vu.

"Promessas, promessas" Scully falou sobre o ombro, enquanto


saía do quarto.

Eles chegaram ao restaurante com dez minutos de antecedência.

Um aperto de mão cheio de notas de vinte conseguiu uma mesa


muito íntima e agradável num canto.

"Quanto você deu pra ele, Mulder?"

"Algo entre um dólar e o salário de uma semana, mas não se


preocupe com isso. Esta noite é nossa."

"E eu aprecio isso, Mulder, mas olhe para estes preços -


dez dólares por um pão? Por favor!"

"Não gosto de falar de dinheiro, mas eu, uh, não tenho muita
preocupação com isso. Recebi uma herança do meu pai e minha
mãe, inclusive bens imóveis. A maior parte foi vendida e
colocada no mercado de valores e coisas assim. Ouvir sobre
o tamanho da minha... bolsa, te excita?" ele terminou com
um olhar lascivo.

"Bem, eu sabia que sua família tinha um pouco de dinheiro,


mas eu nunca pensei muito sobre para onde foi."

"Eu nunca tive ninguém com quem gastar antes, e agora, eu


vou esbanjar em você, com tudo que você merece. É tudo seu
mesmo - você é minha herdeira na apólice de seguros que
tenho, então se você decidir me matar, você seria uma mulher
muito rica."

"Vou me lembrar disso no caso de você começar a roubas todas


as cobertas."

"Essa é a minha Scully."

O garçom veio para pegar os pedidos. Mulder não resistiu


e pediu bife quase cru. Isso fez ele ganhar uma
'sobrancelha-Scully', pela qual ele respondeu mostrando
os caninos pra ela. Ela lhe deu um olhar de advertência
e um chute debaixo da mesa. Quando a comida chegou eles
roubaram a comida um do prato do outro, o que não era tão
incomum.

Para sobremesa, eles comeram sundae. Scully teve o fel de


provocá-lo, estourando uma cereja na boca. Ele não teve
escolha a não ser mergulhar atrás da cereja. Até ele
abandonar a 'busca', Scully não tinha mais batom nos
lábios - apenas um olhar ofuscado no rosto. A audiência
que eles chamaram rapidamente se dispersou com um clarão
de Mulder.
Ele a puxou para dançar, e eles ficaram se movendo ao
ritmo da música lenta, e logo os movimentos deles estavam
beirando ao atentado ao pudor.

Scully sussurrou numa voz rouca. "Me leve pra casa."

Mulder colocou sobre a mesa dinheiro mais do que suficiente


para pagar a conta, e logo eles estavam na porta. Não
havia necessidade para saber onde era 'casa'. Mulder nunca
se sentiu tão em casa do que quando estava na casa dela,
cercado por lembranças incontáveis de Scully. Era o santuário
dela do mundo escuro e perigoso na qual eles moravam, e
Mulder estava honrado por ser permitido entrar.

Para ele, casa seria qualquer quatro paredes onde Dana


Scully estava. Eles voltaram pra casa como se tivessem
voado, e não dirigido, de mãos dadas, sorrindo. Conseguiram
chegar, e Scully estava tendo dificuldade em colocar a
chave na porta, pois Mulder estava colocando a língua dele
em sua orelha, mas ela conseguiu. Assim que entraram, Mulder
a pegou nos braços e levou-a direto pro quarto, jogando-a
na cama.

"O que você está fazendo, Mulder? Só porque você pagou o


jantar, não pense que vai conseguir o que quer. Eu não
sou tão fácil assim."

"Claro que você é. E vou te fazer gritar de êxtase em vinte


minutos."

"Tudo bem, eu sou fácil - só não conte pra ninguém."

"Seu segredo está seguro comigo" ele falou antes de saltar


sobre ela.

Eles rasgaram as roupas um do outro e logo estavam batendo


a cabeceira da cama contra a parede. E fiel à sua palavra,
dezenove minutos depois, Scully gozou, gritando o nome dele.
Ainda muito forte, Mulder a virou de bruços e entrou nela
de novo. Ele se movimentou dentro dela mais algum tempo,
até que Scully gozou de novo, grunhindo e gemendo desta vez.

"Não desmaie, Scully, ou isso não vai ser tão divertido."

"Malditos vampiros presumidos. Mulder, certo, já chega.


Você tem que parar agora. Ainda estou dolorida de ontem
à noite. Por que você não tenta... um.... relacionamento
anal?"

Isso o fez parar.

"Você está falando sério?"

"Yeah, claro. Gostaria de fazer isso com você, mas você tem
que saber que alguém tentou antes, e não foi bem sucedido.
Eu acho que eu tenho que ser... uhmm... preparada. E acho
que vai ser a minha primeira vez" ela disse, esperando saber
no que ela estava se metendo, mas precisando que ele parasse
o que estava fazendo com ela, caso ela quisesse andar amanhã.

Mulder só pensava <Oh, boy, oh boy, oh boy.>

"Tudo bem. Podemos tentar, se você tem certeza."

"Eu sei que você vai ter cuidado."

Com certeza ele queria tentar isso, e tinha várias outras


fantasias sobre aquele traseiro espetacular de Dana Scully,
mas ele não queria machucá-la. Isso significava que ele
tinha que ir bem devagar para não feri-la. Ele saiu de dentro
dela, e se ajoelhou sobre ela. Ele pegou um travesseiro e
colocou debaixo dos quadris macios e então abriu as pernas
dela o máximo possível, de modo que ela não ficasse
desconfortável.

Mulder primeiro a preparou com os dedos, molhando-os primeiro


dentro da vagina dela. Aplicando uma pressão suave, ele
conseguiu deslizar dentro do objetivo. Ela estava muito
apertada, mas relaxada, e isso ajudou bastante. Ele enfiou
um segundo dedo, e isso fez Scully choramingar, e ela
começou a se torcer debaixo dele.

"Por favor Scully, se você não gosta, é só dizer, que eu


paro."

"Não, a sensação é boa. Não pare."

Ele continuou até pensar que ela estava tão pronta quanto
possível. Enfiando o pênis duro mais uma vez na vagina dela,
ele se preparou para entrar no local proibido. Ele insistiu
um pouco, e permitiu que os músculos dela o aceitassem.
Parando com freqüência para que ela pudesse relaxar e ajustar
ao seu tamanho, Mulder apertou com mais força até que finalmente
seus quadris descansaram sobre as nádegas firmes dela. Ambos
soltaram um gemido a esta sensação.

"Oh, Mulder, você está tão fundo... nunca me senti tão cheia,
e não dói nada."

Ele descansou um pouco do corpo sobre as costas dela, e beijou


seus ombros e pescoço.

"Scully, você é incrível - eu te amo..."

"Aposto que você diz isso para todas as mulheres onde seu
pênis está enterrado" ela falou, esperando que ele repetisse
a resposta dele daquela manhã.

"Não, Scully, só você. Você é a primeira, a última e a única


mulher que eu vou amar. De verdade."

"Eu também, Mulder. Eu também."

Ela ergueu a cabeça pra trás, para que pudessem se beijar.


Ele começou a se mover dentro dela, puxando e empurrando.
Ele precisou se controlar para não gozar imediatamente. Ela
era a coisa mais quente e apertada que ele já esteve dentro,
e Mulder podia senti-la se apertando ao redor dele a cada
segundo. Num instante, ela estava devolvendo os movimentos,
grunhindo, com esforço e prazer.

"Sim, sim, eu amo isso, continue... mais forte, mais rápido"


ela arquejou.

Ele estava quase no ponto sem retorno. Mulder tinha que


fazê-la gozar com ele. Ele deslizou a mão sobre o estômago
dela, até encontrar o clit inchado e gordo. Ela pinoteou
mais forte quando ele rodou o clit entre seus dedos, sem
parar. E logo ele estava lá, gozando, se enterrando, sentindo
a semente quente dele entrar nela. Isso fez Scully gozar,
e segurá-lo até o ponto de dor. Eles caíram na cama, numa
confusão suada de braços e pernas. Mulder rolou de lado para
não esmagá-la com seu peso.

"Uau, Mulder... isso foi... fantástico. Não posso acreditar


que gozei tanto. Nunca fiquei tão excitada..."

As próximas palavras dela estariam sempre guardadas dentro


de sua memória fotográfica, perto de 'Um pequeno passo para
o homem...', entre outras.

"Nós definitivamente temos que fazer isso de novo" Scully


ronronou.

"Oh, Scully, acho que você esmagou a Raposinha até a morte,


mas, nossa, que maneira de morrer! Se eu soubesse que custava
tão pouco para transformar uma ruiva num demônio do sexo eu
não teria desperdiçado minha vida perseguindo alienígenas."

"Se EU soubesse que custava tão pouco para eu me transformar


num demônio de sexo eu não teria desperdiçado a MINHA vida
perseguindo você, que ficava perseguindo alienígenas."

"Talvez encontremos alguma maneira de perseguir alienígenas


enquanto tivermos sexo. Isso resolveria tudo."

"A idéia merece uma pesquisa adicional, sem dúvida nenhuma."

Ele puxou o travesseiro de debaixo deles, e fez um movimento


para se afastar dela.

"Pare, Mulder. Fique dentro de mim. É tão bom..."

"Tudo bem" ele sorriu. "Só tenha certeza de devolver quando


você acabar com ele."

Pegando um lençol, ele os cobriu, e a puxou num abraço ao


redor da cintura, e eles dormiram.

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Mulder acordou no domingo de manhã e viu, um pouco desapontado,


que eles se separaram em algum momento durante a noite.
Beijando a testa de Scully, ele a deixou descansar mais,
um descanso muito precisado. Ela devia estar exausta da
noite apaixonada e selvagem deles - ele pensou, com um
orgulho varonil. Então, é verdade quando dizem que você
pode tirar o homem da selva, mas não tira a selva de
dentro do homem.

Ele tomou banho, se vestiu, e foi fazer café. Seu próximo


passo foi executar um de seus passatempos favoritos -
fuçar a geladeira de Scully, procurando todas as sobras
maravilhosas - e comestíveis - que estavam lá, diferente
das sobras no apartamento dele.

Ele achou uma caçarola de atum e bolo de chocolate - o


café da manhã dos campeões. Ele tinha que recuperar a
força depois de ter satisfeito a mulher dele ontem à
noite. Mulder riu mais uma vez a esta idéia. Ele levou
os tesouros surrupiados para o sofá, e ficou surfando
entre os canais. Uma hora depois, quando ele ouviu a
âncora de um jornal avisar que eram onze horas, o telefone
tocou. Mulder tinha visto muitas comédias ruins para
saber que não deveria atender o telefone de Scully, para
que quem quer que estivesse ligando não pudesse deduzir
algo sobre a relação deles, devido à sua presença ali.

Se Scully não atendesse, a secretária iria gravar a


mensagem. Alguns toques depois, a máquina atendeu.

"Dana, é sua mãe, querida." disse a voz de Maggie Scully.


"Estou ligando para confirmar nosso almoço ao meio-dia.
Se você não retornar minha ligação, vou presumir que
você está viajando. Tchau."

Mulder foi para o quarto e encontrou Scully ainda


dormindo. Isso ia ser divertido - ele tinha que contar
que a mãe dela ligou, mas ele estava num humor muito
bom só para bater no ombro dela. Então, ele decidiu
criar uma lista em sua mente, com o título: 'Maneiras
criativas que eu tenho para acordar Scully'.

O item número um estava bem na cara dele, ou melhor,


saindo de debaixo das cobertas. Aqueles pezinhos
bonitinhos eram um alvo muito bom para deixar passar em
branco. E com as unhas pintadas de vermelho, ela estava
pedindo por isso. Scully acordou com um grito agudo.
Missão cumprida.

"Mulder!"

Ele sorriu, satisfeito consigo mesmo. 'Item número um


checado - chupar os dedos do pé de Scully.'

"Não ponha meu pé na sua boca - eu não sei onde coloquei


ele."

"Estou ferido."

"Espero que seja fatal. Agora, o que eu fiz para ter um


despertador tão especial?"

"Sua mãe deixou uma mensagem na secretária para você ligar


pra ela, e confirmar o almoço."

"Ah, é. Você não se importa se eu for e te deixar sozinho


aqui por algumas horas, não é?"

"Não - vou ter a chance para fuçar o seu apartamento, e


tocar em toda sua roupa íntima."

"A coisa triste é que eu sei que você não está brincando.
Só não convide Frohike para vir aqui."

"Claro que não, Scully, Eu não ia querer que ele soubesse


sobre o presente de natal dele, ou de sua fonte. Se não
fosse sua gaveta de calcinhas, eu não sei onde faria
compras pra ele."

"Eu sei que vou perder esta conversa, então estou desistindo
e vou ligar pra minha mãe."

"Então, onde você vai almoçar?"

"No lugar de sempre - aquele café na rua perto da livraria."

"Acho que isso vai te dar oportunidade para contar pra ela
as notícias - de que você está comprometida" ele sorriu
pra ela. "Já que ela vai começar a fazer os planos, fique
certa de avisar a ela que nós queremos um tema de ficção
científica no casamento, e um ministro vestido como Elvis
Presley executando o casamento."

"Sobre o meu cadáver."

"Mas, Scully... ele é o Rei, o REI!"

Ela suspirou e apanhou o telefone. Batendo o número dois,


ela chamou sua mãe. A idéia de que ele era o número um no
telefone dela fez Mulder absurdamente feliz.

"Oi, mãe... sou eu. Sim, estou na cidade... não, você não
me acordou." ela luziu pra Mulder, mas ele estava muito
ocupado fitando os dedinhos do pé dela.

Ele só era humano - mais ou menos - e os dedinhos eram


tão gostosos... Ela gritou de maneira linda quando ele
enfiou um na boca, e ela tentou puxar, mas ele segurava
com força.

"Eu estou bem mãe. É que tem um inseto me incomodando


aqui... estou tentando me livrar dele... yeah, eu queria
ter um jornal aqui pra bater nele..."

Mulder deu pra ela o olhar 'filhote de cachorro' número 3


dele, mas ela não estava engolindo isso. No momento em que
ela colocou o telefone no gancho, ele estava correndo pela
porta, com Scully atrás dele. Ela o cercou no sofá.
"Sua mãe não te ensinou a não incomodar os adultos quando
eles estão no telefone?" ela ferveu.

"Mas, Scu-leee..." ele lamentou, "Os seus dedinhos estavam


tão bonitinhos, pedindo pra serem chupados, que eu não
consegui resistir."

Hora para as grandes armas. Ele fechou os olhos por um


segundo antes de lançar o olhar 'filhote de cachorro
triste' número cinco, com biquinho e tudo. Ha-ha, agüente
isso - ele podia ouvi-la rachar como um ovo.

Bingo - alvo destruído, capitão.

"Droga, Mulder... e esse seu olhar de cachorrinho também"


ela falou antes de saltar pelo sofá, e nos braços dele.

Eles rolaram pelo chão durante alguns minutos.

"Scully, sua mãe... você tem que tomar banho e se vestir."

"Não quero. Eu quero ficar aqui com você."

"Vamos lá, seja uma boa menina e eu vou te dar uma massagem
quando você voltar. Eu sei que você deve estar dolorida
depois da noite magnífica que eu te dei ontem à noite. Você
sabe - a noite em que eu arruinei você para todos os outros
homens, pelo resto de sua vida."

Ele sorriu maliciosamente, e ela gemeu. Ela tinha criado


um monstro - literalmente, e no sentido figurado. Ela ficou
de pé, depressa, bebeu um pouco de café, e tomou banho.
Vestiu-se rapidamente e estava saindo, mas não antes de
dar um beijo de adeus e alguns toques no escuro.

Assim que ela saiu, Mulder pegou a lista telefônica e fez


uma ligação, recitando o numero do cartão de crédito dele
de cor. Feito isso, estava na hora da velha bisbilhotice.
Não tinha nada a ver com invasão de privacidade; ele estava
totalmente fascinado sobre qualquer coisa que lhe desse uma
pista da mente complexa e surpreendente de Scully.

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Quando Scully chegou ao café, sua mãe já a esperava.

"Oi, querida. Como foi a semana?"

Scully teve que rir ao ouvir a pergunta.

"Interessante."

"Mas eu aposto que você não pode me contar nada sobre isso."

"Nope."

"Bem, você está rindo do que? É sobre Fox?"


"Por que você diz isso?" Scully perguntou.

"E sempre não é?" Maggie respondeu.

Um homem de entregas veio para a mesa. "Você é Dana Scully?"

"Sim. Em que posso ajudar?"

"Estas flores são para você" ele falou enquanto lhe dava
uma dúzia de rosas brancas, e se afastou.

Maggie só ficou olhando, com cara de espera, enquanto


Scully pegava o cartão.

Dizia:

Tive a esperança de que estas flores


poderiam te ajudar a dar as notícias, mas,
elas nunca poderiam ter a esperança
de possuir uma mera fração da sua beleza.
XO XO XO XO

Todo meu amor


-M

"Oh, 'brother', eu deveria saber... Aqui, mãe - leia o


cartão - isso explica tudo."

Maggie pegou o cartão e riu.

"Nossa, pobrezinho! Ele está fisgado! Isso explica o seu


sorriso, Dana, e eu posso ver um brilho de satisfação?"

"Mãe!" ela corou.

"Bem, parabéns para vocês dois. Diga isso pra ele. Então,
o que você está fazendo aqui, já que Fox está esperando
por você?"

"Oh, ele vai estar ocupando durante algum tempo, e eu só


queria ficar mais tranqüila sobre meu apartamento e um
Mulder curioso solto dentro. Vamos pedir nossa comida."

Elas fizeram os pedidos, e logo estavam aproveitando o


almoço.

"Então, me conta - como aconteceu?"

"Outra situação de risco. E eu quase o perdi nessa situação.


Não sabia que ele podia me ouvir falando o quanto eu o amava,
mas ele ouviu, e me disse que me amava também. O resto é
história."

"Estou tão contente que vocês tenham se declarado. Viva


cada minuto de sua vida amando, querida. A vida é curta
demais para desperdiçar sozinha, quando você tem a chance
da felicidade."
"Obrigada, mãe."

Elas terminaram de comer e conversaram durante mais algum


tempo. Dana só estava meio que escutando Maggie falando
sobre os netos e o resto da família.

"Então, Dana, o Papa veio me visitar em casa outro dia."

"Oh, sim, que legal. Como estão os filhos dele?"

Maggie riu.

"Certo, já entendi. Acho que já tomei muito do seu tempo.


Você parece estar um pouco preocupada, talvez com um bonito
amigo - e muito cavalheiro - seu. Por que eu não te ligo
depois, e te deixo ir embora agora?"

"Está bem, mãe."

"Até mais ver, querida. Não se esqueça das flores."

"Você não quer levá-las? Se eu conheço Mulder, e eu temo


que conheço, ele não faz nada pela metade, o que significava
que quando eu voltar pra casa, vou ter mais flores do que
poderei lidar."

"Você deve ter razão. Você é uma mulher de sorte, Dana.


Bem, não se preocupe - vou molhá-las todos os dias. Tchau,
querida."

"Tchau, mãe."

Elas se abraçaram e voltaram para seus carros.

Embora eles estivessem separados por apenas uma hora e


quarenta e cinco minutos, Scully dirigiu pra casa um pouco
mais rápido que o normal. Ela chegou ao prédio e correu
pelos degraus. Abrindo a porta, ela não ficou desapontada
- haviam uma dúzia de rosas amarelas na mesa de centro,
outra dúzia de rosas vermelhas no balcão da cozinha e
outra dúzia de rosas 'rosas' na mesa da cozinha, mas
nenhum sinal de Mulder.

"Mulder, você está em casa?"

Ela não teve resposta e checou o quarto. Havia uma grande


toalha na cama dela, mas nada de Mulder. Ela foi para o
banheiro, e o encontrou sorrindo de orelha a orelha. Ele
estava de pé, de frente à banheira, que estava cheia, com
óleos de banho e qualquer outra coisa que ele tenha achado.
Ele até colocou música clássica de fundo. Ela teve que
sorrir de volta.

"Como foi o almoço com a sua mãe?"

"Tudo bem. Obrigada pelas flores, funcionou muito bem.


Eu dei o cartão pra ela, que entendeu tudo sozinha. Ela
não parou de sorrir, e me pediu para te contar como ela
está feliz por isso."

"Então você está feliz, agente Scully?"

"Ah, sim, e acho que estou a ponto de ficar mais feliz


ainda. Vejo que você esteve bem ocupado."

"Achei outras maneiras para me divertir. Por que você


não tira essas roupas? Seu banho a espera."

Scully prendeu o cabelo e tirou as roupas. Oferecendo a


mão, ele a ajudou a entrar. Quando ela estava dentro, e
descansando contra a banheira, ele tirou a bandagem do
pulso dela.

"Acho que você não precisa mais disso. Está quase curado."

Ele beijou o lugar onde os dentes dele tinham penetrado


a pele delicada e abaixou o braço dela na água.

"Posso te deixar sozinha, se você quiser." ele disse.

"Não. Fique aqui. Fale comigo."

"Sobre o que você gostaria de falar?"

"Bem, por que tudo isso?"

"Eu te prometi uma massagem, e eu queria fazer da maneira


certa."

"Já te disse o quanto te amo?"

"Posso ouvir de novo - não tem problema."

"Eu te amo, Mulder - com todo meu coração."

"Eu também."

Ele se agachou e a beijou suavemente. Mulder alcançou debaixo


da água e segurou a mão dela. Eles ficaram sentados e quietos
durante algum tempo, só desfrutando a presença um do outro.

"A água está começando a esfriar" Scully disse.

Mulder soltou o tampão e se moveu para Scully ficar de pé.


Então, ele pegou uma toalha, e embrulhou ao redor dela,
pegando ela no colo diretamente da banheira. Sem esforço,
ele a levou para o quarto e a colocou sobre a toalha que
ele já tinha preparado.

Secando-a depressa, Mulder fez Scully rolar de bruços para


poder começar a massagem. Ele pegou uma das loções de pele,
perfumadas, e começou a passar no ombro, costas e pescoço.
Os músculos relaxaram e ela descansou debaixo das mãos
quentes, respirando lentamente.
Ele não se esqueceu dos braços, e teve a certeza de fazer
um bom trabalho nas nádegas e coxas, e então as canelas.
Uma boa meia hora depois, ele terminou com os pés, escutando
o tempo todo, os suspiros contentes dela.

"Isso foi maravilhoso, Mulder. Obrigada."

"Vivo para servir."

"Acho que vou ter que me levantar e me vestir, senão não


farei nada a não ser ficar neste quarto."

"Agente Scully, é melhor você não estar insinuando que seu


estado nu vai influenciar minha atitude de cavalheiro."

"Não, claro que não. Só estou dizendo que se você me ver


nua por muito tempo, você vai saltar em mim, e tentar me
deixar inconsciente de tanto..."

"Ah, entendi. Neste caso, você tem razão."

Scully vestiu uma calcinha e uma camisa, provocando Mulder


o tempo todo. Eles viram TV por algum tempo, então ficaram
com fome, e pediram comida chinesa, relaxando no sofá.

"Então, o que você quer fazer hoje à noite, Scully?"

Ela pensou durante um minuto e sorriu.

"Tenho uma idéia. Quando acabarmos, por que você não faz
uma pipoca?"

"Filminho, Scully? Espero que seja algo sacana." Ele


balançou as sobrancelhas sugestivamente.

"Posso te garantir que não vai ter loiras peitudas


gritando 'me bata - eu fui malcriada'" ela devolveu.

"Nem umazinha? Que tipo de filme é esse?"

"Você vai ver."

Depois de limparem a louça, Mulder foi fazer a pipoca, não


muito otimista sobre a noite de entretenimento. Ele tinha
visto a coleção de vídeo de Scully e tremeu em pensar que
'Flores de Aço' era o menos censurável.

Scully foi para o quarto dela pegar o filme, sabendo que


Mulder seria pego de surpresa. Ela ouviu a pipoca estourando,
deu mais um tempo, e voltou pra sala de estar.

"Tudo bem Mulder. Não consegui escolher entre Titanic ou


'Tomates Verdes Fritos', então eu trouxe isso."

Mulder ficou muito surpreso; na verdade, ele brilhou como


uma árvore de Natal.

"Uau, Scully, 'A Corrida de Logan'. Como você escolheu este


filme? Você não sabia que este é um dos filmes de ficção
científica mais erótico que já foi feito?"

"Sim. Na verdade, me passou pela cabeça - quando eu vi


aquela garota correndo de um lado para o outro usando uma
gaze verde tão fina como vestido, que você podia ver que
ela não estava usando nada por baixo - que isso poderia
atrair a atenção da maioria dos homens."

"Você ainda não me disse por que você o escolheu"

Ela corou.

"Bem, você quer ver ou não?"

"Ah, não! Agora eu tenho que saber."

"Tudo bem - comprei o filme só de capricho - pensando que


eu poderia usar isso pra te seduzir - ok?"

"Tenho que te dizer, Scully, que está dando certo."

"Não tenho dúvidas."

"Você percebeu que, vendo isso comigo, agora, você declarou


e concordou que eu vou ter alguma ação assim que os créditos
do filme estiverem passando na tela."

"Percebo que isso é uma conseqüência inevitável, sim."

"E você também vai ter que aceitar o fato que, durante a
'ação', eu vou estar fantasiando sobre a garota com a coisa
verde." ele provocou.

"Por mim, tudo bem. Vou estar fantasiando sobre o robô."


ela devolveu na hora.

Eles se sentaram enquanto o filme começava, e comeram a


pipoca. Mulder pararia para lamber o sal e manteiga dos
dedos dele, e até com mais freqüência, os dedos dela.
Quando eles chegaram na melhor parte, Scully teve que
interromper.

"Agora me diga por que ela está tirando todas as roupas


dela por nenhuma razão aparente."

"Shhhhhh. Faz parte do enredo."

"Oh, 'brother'."

Quando o filme terminou, Mulder sussurrou na orelha dela,


"Se fôssemos nós naquele filme, você teria ficado muito bem
dentro daquela coisa verde."

"Mulder, se fôssemos nós naquele filme, eles teriam nos matado


mais cedo."

"Você sempre estraga a diversão."


"Você sabe como eu sou. Mas eu tenho que perguntar: valeu
a pena ver o filme todo, só por causa de dez segundos de
peitos?"

"Você vai ter que me responder isso mais tarde" ele disse
enquanto a beijava e rolava sobre ela, apertando sua óbvia
ereção sobre o quadril dela.

Mulder desligou a TV e levou Scully para o quarto. Depois,


ela iria, grunhindo, admitir que valeu a pena assistir o
filme.

xxxxxxxxxxxx

Ambos acordaram na manhã de segunda ao som do despertador


de Scully. Mulder apertou o botão soneca. Da segunda vez
que tocou de novo, Scully ficou de pé e desligou. Ela meio
que gingou ao banheiro, xingando sobre malditos vampiros
presumidos e seus poderes sexuais sobrenaturais o caminho
todo. Depois de colocar o café pra fazer, ela foi se vestir.

"Vamos lá, Mulder. Vamos levantar, temos que trabalhar."

Ele continuou roncando, então ela puxou as cobertas pra


fora da cama.

"Ei, estou acordado, estou acordado!"

"Então, se arrume."

Ele tomou uma ducha rápida e estava vestindo um terno


ligeiramente enrugado que estava em sua bolsa.

"Uh, Mulder, eu gosto muito de ter você aqui, mas já que


temos uma regra para não deixar nossa vida pessoal afetar
nosso trabalho, poderia ser uma boa idéia você só dormir
aqui nos fins de semana, pelo menos por enquanto."

"Yeah, acho que você tem razão. Eu posso ter pelo menos um
beijinho de bom dia?"

"Claro."

"De língua?"

"Ok" ela disse e o beijou. "Agora, rápido - tem café na


cozinha."

Depois de um último beijo na porta da frente, eles entraram


em seus carros e foram trabalhar. O dia foi cheio de papelada,
como sempre, relatórios de despesa e procurando por possíveis
casos. O enfado de Mulder estava evidente devido ao número de
lápis no teto do escritório. Quando deu 12h, Mulder saiu da
mesa e foi para Scully, cheirando na orelha dela.

"Acho que não adianta tentar te persuadir a dar uma rapidinha."


"Mulder..."

"Tudo bem. Que tal um almoço?"

"Tudo bem."

Depois do almoço, eles voltaram e trabalharam até as 5h. Se


despediram e foram para suas casas, fazer as outras tarefas
da semana. Antes das 11h, Mulder estava vendo tevê, sozinho,
desejando que fosse fim de semana, e Scully estava na casa
dela, se virando na cama fria, querendo que fosse sexta.
Ambos dormiram de madrugada.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

No próximo dia, eles chegaram muito cedo ao trabalho, menos


descansados que o dia anterior. Mulder estava lá primeiro,
esperando Scully, como sempre.

"Bom dia, Scully."

"Bom dia, Mulder."

"Você, uh, dormiu bem?"

"Não muito. E você?"

"Nada."

O dia foi bem parecido com o anterior, trabalho, almoço


e mais trabalho, e então, casa. Antes das 8h, Mulder já
tinha alimentado o peixe, pelo menos os que ainda estavam
vivos, comeu, correu, tomou banho e estava jogando a bola
de basquete contra a parede, quando o telefone tocou.

<Por favor deixe ser ela.>

"Mulder, sou eu. Você se lembra do que eu disse sobre as


regras e só dormirmos juntos no fim de semana?"

"Yeah."

"Quer mandar as regras pro espaço, e vir pra cá?"

"Oh, yeah. Já estou indo pra aí."

"Não se esqueça de trazer alguns ternos."

Ainda bem que ela o lembrou, pois ele iria do jeito que
estava. Mulder jogou algumas coisas na bolsa, e estava
correndo para a porta. Quanto mais perto ele chegava do
apartamento dela, melhor ele se sentia. Ele chegou lá sem
incidentes, e bateu na porta, como na sexta. Ela o deixou
entrar com a mesma expressão no rosto, igual a dele. Mulder
não conseguiu resistir, e a abraçou com ferocidade.

"Olhe pra nós, Mulder. Não agüentei duas noites sem estar
ao seu lado, imagine uma semana!"
"Co-dependência, Scully. É uma coisa muito bonita."

"Pensei que seria bom nós termos um tempo sozinhos, mas


assim que acabei com minhas tarefas, fiquei entediada. E
de noite eu não conseguia dormir sem você. Não sei porque
deveríamos nos fazer sofrer." Scully admitiu.

"Já fiquei sozinho muito tempo em minha vida."

"Então você gostava de vir todas as noites?"

"Com certeza!" Mulder irradiou.

"Você não tem que vir pra cama agora mesmo, mas eu estou
exausta e já vou dormir."

"Yeah, eu também."

Eles se prepararam para cama e se enfiaram debaixo das


cobertas, e Mulder colocou o braço ao redor de Scully,
como sempre. Ela dormiu depressa, e Mulder foi em seguida.
Naquela noite, ele teve o sonho de novo, só que, desta vez,
quando ele acordou, ele estava suando frio, e se lembrava
de cada vívido detalhe.

Ele estava passando pelo bosque, à noite. Tudo estava preto,


quase sem lugar, mas ele podia ver tudo claramente. Ele
sentiu uma fome tão forte, que parecia dor física. Estava
urgindo para que ele fosse mais rápido, corresse mais
rápido, e estava dentro dele. Estava roendo ele por dentro.

Tudo que ele podia pensar era em satisfazer a fome. Isso


era tudo que importava. Era por isso que ele corria. Ele
estava perseguindo alguma coisa, sua presa. Ele correu mais
forte, vendo movimento à sua frente. Ele estava quase lá,
e deu a volta, evitando as raízes e pedras. Sua respiração
estava alta demais, e ele continuou a correr.

Agora, ele estava perto o bastante para ver sua presa,


que se aproximava dele. Era uma mulher de cabelos ruivos,
brilhantes, o cabelo sendo um farol na floresta negra.
Havia algo especial na mulher, e que ele sabia que o
satisfaria como a mais ninguém.

Ela tropeçou numa raiz e caiu de joelhos. Não ousando olhar


pra trás, ela se levantou e continuou correndo, mas era
tarde demais. Ele estava sobre ela, jogando ao chão. Ela
tentou lutar, mas ele pegou a cabeça e puxou de lado,
exibindo-lhe o pescoço, afundando os dentes no pescoço
dela. Ele ignorou a luta fraca, até que ela parou de se
mexer.

"Mulder, o que foi?" Scully bocejou.

Ele devia ter gritado no sono. "Nada não. Só um pesadelo.


Volte a dormir."
"Mmmm'kay."

Ele não dormiu mais naquela noite. Sempre que fechava os


olhos, ele via o olhar de terror absoluto no rosto dela
enquanto ele a atacava.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Na manhã seguinte ele saiu cedo da cama, e preparou o café


antes dela acordar. Scully acordou, surpresa ao vê-lo de
banho tomado e barba feita.

"O que te fez acordar tão cedo, Mulder?"

"Não consegui dormir. Acho que não estou curado da minha


insônia, ainda."

Eles foram trabalhar, com sempre, e antes da tarde, Mulder


estava convencido de que o sonho aconteceu por causa da
tensão, e se esqueceu disso. Naquela noite ele chegou no
apartamento de Scully por volta das 7h com uma pizza. Eles
comeram e viram televisão, até que as notícias terminaram.
Scully saiu do colo dele, e começou a beijar seu pescoço.

"Faça amor comigo" foi tudo que ela precisou dizer para
levá-los ao quarto.

Num instante as roupas deles estavam no chão do quarto, e


ele estava se empurrando dentro dela. Eles gozaram depressa,
e Mulder estava deitado sobre ela, preguiçoso, beijando-lhe
o rosto e pescoço. Ele beliscou o pescoço dela suavemente e
sentiu uma poderosa urgência para penetrar os dentes na
carne macia. Ele ofegou e se levantou quando percebeu o
que estava fazendo.

"Qual o problema, Mulder? Você está bem?"

"Eu quase te mordi" ele parecia atordoado.

"Não se preocupe com isso. Está tudo bem. Não me importaria


se você quisesse provar um pouco. Posso me acostumar com
isso."

"Não, Scully! Nunca mais diga isso!"

Ele saltou da cama. Ela não podia entender a súbita raiva.


Então ele falou, baixo e perigoso.

"Não brinque com isso. Você não sabe o que está oferecendo."

"Mulder, fale comigo. De onde está vindo tudo isso? Qual o


problema?"

"O problema é que se eu te der um mínimo corte, como o de


papel, acho que não vou poder parar até ter todo seu sangue.
Que eu poderia acordar numa manhã, coberto com seu sangue,
com seu corpo morto nos meus braços - é esse o problema!"
Ela suspirou, "Mulder, eu não acredito nisso, e nem você.
Você ainda é você mesmo, e nunca me machucaria. Agora,
volte pra cama."

Ele quis ter tanta certeza assim. Ele queria, mais do que
nunca, voltar aos braços dela, e escutá-la dizendo que tudo
estava bem. Respirando fundo, ele rastejou de volta na cama,
para os braços dela, que o esperavam.

"Sinto muito ter gritado com você, Scully. Eu não queria.


É só que... é só que..."

"Eu sei, Mulder. Eu sei. Shhhh, está tudo bem."

"Eu te amo, Scully."

"Eu te amo também, Mulder."

Logo ele estava dormindo nos braços dela. Foi a vez dela
olhar pra ele, e pensar em que tipo de demônio estava
torturando seu amor. Ela teve um péssimo sono naquela
noite. O dele não foi melhor do que o dela, mas pelo
menos ele não sonhou.

xxxxxxxxxxxx

Na manhã seguinte nada foi dito sobre a noite. Ambos queriam


esquecer o que tinha acontecido. Eles estavam começando uma

rotina. Mulder chegou mais cedo naquela noite. Scully notou,


mas não disse nada, pois queria vê-lo mais cedo também. Eles
comeram juntos, lavaram os pratos e roupa. As tarefas mais
comuns ficaram divertidas pois eles as faziam juntos, rindo
e caçoando um do outro o tempo todo. Naquela noite, eles
dormiram costas contra peito, sem preocupações. Porém, naquela
noite, Mulder teve o sonho de novo, igualzinho, só que desta
vez ela gritou e implorou por sua própria vida. O resultado
foi horrível.

"Scully!" Mulder acordou num susto, ainda respirando com


dificuldade, como se tivesse corrido.

Ela se sentou, assustada.

"Mulder, qual o problema?"

Ele respondeu depois de um minuto.

"Tive aquele sonho de novo."

"Que sonho? Conte-me sobre ele. Nós sempre poderemos


confortar um ao outro depois de pesadelos."

"Eu estava correndo pelos bosques, perseguindo alguém, à


noite, porque eu estava com fome, e tinha que parar a
apetência. Eu consegui pegar a pessoa, e bebi o sangue dela.
Era bom, revigorante e maravilhoso. Agora, eu sinto vontade
de vomitar."
Ela massageou as costas dele enquanto ele se sentava com a
cabeça entre os joelhos.

"Você viu quem estava perseguindo? Você conhecia a pessoa?"

Depois de um minuto ele acenou com a cabeça, muito devagar,


mas Scully percebeu. Parecia que ele não queria contar, mas
não queria mentir também.

"E quem era?"

Ele não respondeu. Ela pensou que o ouviu sussurrando 'eu


sinto muito' enquanto respirava.

"Mulder, está tudo bem, está tudo bem. Eu estou aqui."

Ela o abraçou, e ele se virou para pegá-la no colo. Eles


se seguraram com tanta força, assim como no hotel, na
primeira noite em que ele levou o tiro.

"Não sei o que fazer, Scully. E se os sonhos forem um


presságio do que me tornarei, ou se eu não puder me
controlar enquanto durmo? E se eu não puder me impedir
de te atacar?"

Ele começou a chorar quietamente depois de dizer isso.

"Tenho fé em você, Mulder. Sei que você controla suas


ações, e eu nunca deixei de me sentir segura com você.
Vamos procurar ajuda. Vamos lidar com isso. Você não se
lembra? Juntos, somos invencíveis."

"Eu quero acreditar." Ele papagueou o cartaz dele.

Ela lhe deu um sorriso. "Então acredite."

Scully decidiu que ela ligaria para Madelyn no dia seguinte,


pedindo alguns conselhos, e perguntar sobre o que ele estava
passando. Eles continuaram juntos, íntimos, até que dormiram.

xxxxxxxx

Na sexta de manhã Mulder e Scully estavam se sentindo


emocionalmente exaustos. Não sabendo o que fazer, eles se
levantaram e foram para o trabalho. A caminho do escritório,
Scully deixou uma mensagem no número que Madelyn tinha dado,
dizendo para ela ligar para o telefone do apartamento de
Scully, depois das 5h30.

Foi um longo dia, e os dois estavam gratos pela tediosa


papelada que tirou seus pensamentos do problema. Scully
até mesmo sugeriu para Mulder e ela irem embora mais cedo,
mas ele recusou. Mas ela sabia que ele queria falar, e
ela o fez levá-la para almoçar. Quando eles chegaram no
dinner local, eles sentaram na mesa de sempre, e pediram
café.
"Diga-me o que você está sentindo, Mulder."

"Vinil barato" ele tentou brincar, mas não adiantou.

"Vamos lá. A verdade."

"Assustado... que eu estou a ponto de perder tudo, que


talvez eu já tenha perdido. Nunca passou pela minha cabeça
que eu poderia ser capaz de perder minha humanidade. E se
fosse melhor eu morrer como um homem comum? Quanto de mim
morreu naquela cabana, Scully? Eu ainda sou aquela pessoa
que você ama, ou a sombra dele? Queria que você pudesse me
prometer que tudo vai dar certo, mas se eu perder o meu
controle, e então deixar de ser Fox William Mulder?"

"Mulder, você nunca poderia perder sua humanidade. Olhe pra


si mesmo! Você não tem o desejo para matar as pessoas....
não, claro que não. Todo mundo tem sonhos ruins, especialmente
nós, e nunca vamos deixar eles nos controlarem, e nos deixar
amedrontados de nossas próprias vidas."

"Você está certa, Scully. Parece que eu não tenho vontade


de morder ninguém, a não ser você, e isso me faz sentir bem
melhor. Acredite em mim quando eu te digo que esta semana
foi a melhor em toda minha vida. Estar com você significa
tudo para mim, mas se eu for uma ameaça para você, eu vou
embora, mesmo que eu morra ao fazer isso."

Agora ela estava aborrecida.

"Nossa, Mulder, você se acha o tal, hein? Você foi uma


ameaça pra mim desde que entrei no escritório naquele
primeiro dia, mas você não conseguiu se livrar de mim,
e nem vai. Aprecio a abnegação de mártir, e eu sei que
você só quer o melhor pra mim, mas não gosto quando você
faz isso. Da última vez que eu chequei, esta ainda é a
minha vida, e se eu decidir que vou correr atrás de
homenzinhos cinzas, e dormir perto de um vampiro chupador
de sangue, então eu vou fazer isso. Vou ser bem clara:
se você está numa agitação assassina, pode deixar que
eu vou te caçar, assim nós podemos nos matar, porque
neste momento, Mulder, eu te seguiria até o inferno,
mesmo que seja por despeito!"

"Uau, Scully, eu também te amo. Obrigado - eu me sinto


muito melhor."

"Bem, estou contente, mas agora eu estou irritada. Você


me cansou ao me fazer trabalhar nessa sua esponha de
auto-piedade. O que você vai fazer para consertar isso?"

"Que tal se eu te comprasse uma daquelas coisinhas de


chocolate que você adora?"

"Não é bom o bastante, mas tem que ser sorvete de verdade,


com calda de chocolate bem grossa, e quente, e creme."

"Então é isso que você vai ter. Vamos."


Ele deixou o dinheiro na mesa e saíram para satisfazer o
desejo dela com deleites açucarados e calóricos. Mulder
andou sobre ovos durante o resto do dia. Ela estava mais
calma depois de se encher de sorvete, mas ainda era perigosa,
se fosse provocada. Vinte minutos depois que Scully chegou
em casa, ela recebeu uma ligação de Madelyn. "É bom ter
notícias suas, Agente Scully. Como estão as coisas?"

"Por favor, me chame de Dana. Tem sido uma semana e tanto.


Te liguei porque queremos descobrir mais sobre o que está
acontecendo com Mulder, e o que podemos fazer sobre isso."

Ela contou tudo sobre o que Mulder disse que estava sentindo,
sobre os sonhos perturbadores, e como isso estava afetando
a nova relação entre eles. Madelyn escutou atentamente, até
que Scully terminasse.

"Dana, posso te assegurar, a ambos, que ele é capaz de se


controlar se quiser, e se ele dormir os desejos dele não
vão controlá-lo enquanto ele estiver dormindo, e fazê-lo
fazer algo contra a vontade dele, inconscientemente. O que
não posso fazer é te dar uma maneira fácil de fazer os
desejos dele pararem, pois eles não vão. Se ele não provar
seu sangue de novo, depois de muitos anos, o desejo dele
pelo seu sangue vai enfraquecer, mas nunca sumir completamente.
O fato de que você é a companheira dele só vai fortalecer
a fome que ele tem. Foi por este motivo que eu te avisei
sobre as diferenças de vocês dois agora."

"Eu já pensei nisso, sobre Mulder me abraçar. Nada do que


eu poderia ter que deixar pra trás no futuro pode se
comparar com o que eu vou sentir falta sem ele. Somos a
família um do outro, e melhores amigos. Nunca houve dúvidas
sobre fazermos o impossível para ficarmos juntos. Ainda
tenho que falar com ele sobre isso, mas tenho certeza do
que eu quero."

"Por que você não diz a ele o que te contei, isso, e fale
tudo mesmo, e eu te ligo de volta, amanhã, para ver como
estão as coisas. Vocês podem decidir o que fazer, depois."

"Tudo bem. Vou fazer isso. Obrigada de novo."

"Tchau" Madelyn disse.

"Tchau." ela disse e desligou.

Naquela noite, no jantar, Scully disse para Mulder o que


Madelyn tinha dito sobre ele estar em controle das próprias
ações. Isso o fez se sentir melhor, mas cada vez que ele
pensava no sonho, ele tremia. Ela também disse que Madelyn
ligaria de manhã.

"Não foi só sobre isso que falamos, Mulder. Eu disse a ela


que quero estar com você, não importa como. Eu disse a ela
que eu quero que você me abrace."
"O que?!" ele disse, atordoado.

"Me escute. Eu já tenho pensado nisso. Madelyn me disse o


preço, e estou disposta a pagá-lo, porque eu te amo, porque
nós nos amamos. Ela disse que nunca poderíamos ter filhos,
e já que eu sei que não posso..."

"Scully, sempre existe esperança."

"Por favor, Mulder, escute: não vou repetir nossa discussão


no dinner. Demorou, mas finalmente eu aceitei que nunca
poderei ter filhos. E eu também entendi que nunca poderemos
ficar no mesmo lugar, senão poderemos ser descobertos. Sei
que teria que dizer adeus para minha vida atual, e até mesmo
para a minha família. Mas você sabe por que eu faria isso?
Porque VOCÊ é o meu amigo, e minha família. Vale a pena
deixar tudo por você... e por nós."

Mulder ficou calado por um momento.

"Tudo bem. Entendo porque você iria. Agora, me diga por


que você precisa. Por que não podemos continuar do jeito
que estamos?"

"Em primeiro lugar, poderíamos parar de nos preocupar


sobre você querer meu sangue. Poderíamos satisfazer nossas
necessidades um do outro, sem ter medo de ferir alguém.
Você poderia beber de mim, e eu de você. Mas, principalmente,
eu nunca iria querer te deixar. Você quer me ver ficando
velhinha, diante de seus olhos, e morrer enquanto você não
envelheceu nada? Eu não quero isso. Não quero te deixar
nunca e eu vejo isso como uma oportunidade que a maioria
das pessoas nunca vai ter. É uma chance de ficarmos juntos
durante muito tempo. Como eu poderia desistir disso?"

"Você pensou muito nisso, e parece que você tomou sua


decisão."

"Sim."

"Você realmente quer me agüentar pra sempre, hein? Acho


que essa é a coisa mais gentil que alguém já me disse."

Ele a puxou num abraço. Nenhuma palavra foi dita, mas ela
ouviu o 'eu amo você' dele, e ele ouviu dela. Naquela noite,
o amor deles foi lento e sensual. Mulder queria fazer isso
durar para sempre, para ele poder memorizar cada detalhe
dela como ela estava neste momento. Ao longo da noite eles
se seguraram e se contemplaram até não poderem mais manter
os olhos abertos, finalmente cedendo ao sono.

xxxxxxxxxxxxxxxxx

A manhã chegou, e eles ainda estavam dormindo um nos braços


do outro. Foram acordados quando o telefone tocou. Era
Madelyn. Scully atendeu o telefone e Mulder foi pegar o
outro para poderem escutarem juntos a conversa.
"Bom dia, Dana. Como você está?"

"Estou ótima. Eu falei com ele sobre tudo."

"Seu parceiro está aí?"

"Sim, eu estou aqui. Scully me contou o que você disse


ontem, então, obrigado pelas boas notícias."

"Bem, então eu vou perguntar: o que vocês decidiram?"

"Nunca houve dúvida" Scully disse. "Nós temos que ficar


juntos. Mulder concordou em me abraçar."

"Achei que você diria isso. Pude perceber que vocês foram
feitos um para o outro assim que os conheci."

Mulder falou. "Tem alguma coisa que eu deva saber antes


de fazermos isso?"

Madelyn respondeu, "Vai ser como eu fiz pra você. Morda o


pescoço dela, e leve o bastante para ela virar. Você vai
saber o quanto precisa. Então, depressa, antes que ela fique
fraca demais, abra as veias do seu braço e faça ela beber
o que puder. Então, você vai ter que esperar. Ela vai estar
sedenta quando mudar completamente, então, deixe ela beber
o quanto ela quiser."

"Entendi" Mulder respondeu.

"Acho melhor desligar. Desejo o melhor para vocês, e prometo


visitá-los daqui a algum tempo."

"Obrigada por tudo, Madelyn. Você não só salvou as nossas


vidas, mas nos deu uma chance para encontrarmos a felicidade.
Nós nunca poderemos te pagar."

Eles se despediram e desligaram os telefones. Tomaram café


da manhã na cama de Scully, só parando para se beijaram
de vez em quando.

"Então, você acha que pode ser hoje à noite?"

Ela acenou com a cabeça. Eles se levantaram, tomaram uma


ducha lenta, juntos, e se vestiram.

"Scully, tenho que cuidar de algo importante. Garanto que


não é relacionado ao trabalho então, por favor, não me
pergunte o que é, já que você sabe que não vou conseguir
mentir pra você. Só confie em mim."

"Tudo bem" ela falou, erguendo uma sobrancelha, curiosa.

"Não vou demorar, e quando eu voltar, poderemos fazer


qualquer coisa que você quiser durante seu último dia
como uma humana mortal."

Ela sorriu e o beijou antes dele sair. Mulder sabia exatamente


o que queria então ele não demorou. Noites incontáveis de
insônia e enfado geraram muitas horas na Internet, folheando
e pesquisando seus muitos pensamentos e fantasias. Scully
não sabia o que ele estava armando, mas ela iria descobrir
logo.

Ela passou duas horas limpando a casa, e pensando no que


eles poderiam fazer durante o dia. Quando ele voltou,
estava com um sorriso no rosto, mas se recusou a contar
o que estava fazendo.

Scully tinha decidido que ela queria ver o oceano, então


eles pegaram o carro de Mulder e foram para a praia. Quando
chegaram lá, eles pegaram uma toalha e se sentaram, vendo
a água. Scully estava embrulhada com firmeza no abraço
protetor de Mulder, sentada em seu colo, contida em seus
braços. Não havia outro lugar onde ela preferia estar. Ela
quebrou o silêncio gostoso.

"Adoro encarar o oceano. É tão calmo, e bonito."

"Em algum dia, Scully, vou comprar uma casa na praia, para
nós, com janelas grandes, sacadas, e uma visão inteira do
quarto."

"Parece maravilhoso, especialmente a parte sobre nós dois


aproveitando isso juntos."

Um tempo depois, eles se levantaram, tiraram os sapatos e


andaram pela praia de mãos dadas, na beirada da água. Quando
o sol começou a baixar, eles pegaram suas coisas e voltaram
para o carro. Fazia muito tempo desde que eles comeram alguma
coisa, então eles pararam num restaurante perto para jantar
antes de voltarem para casa. Quando chegaram ao apartamento
de Scully, ela abriu a porta e fez Mulder parar na sala.

"Me dê cinco minutos antes de entrar no quarto" Scully


sussurrou na orelha dele.

Isso lhe deu algum tempo para pegar algo importante. Quando
o tempo acabou, ele entrou no quarto dela. Scully estava de
pé, perto da cama, usando uma camisola de cetim vermelho.
Ela ardia na luz fraca. A beleza elegante dela fez Mulder
perder a respiração, e ele ficou encarando-a por um minuto.
Respirando fundo, ele foi para ela, e a beijou. Ele enfiou
a mão no bolso, e ofereceu algo para ela. Uma caixinha preta,
de jóia. Ela abriu e ofegou.

"Oh, Mulder...."

Dentro estava um anel de ouro com um diamante azul enorme


no centro. Ela tirou isso da caixa, e viu que havia uma
corrente delicada de ouro também.

"Tem uma inscrição" ele falou suavemente.

Ela olhou pra dentro do anel, e podia ver as minúsculas


letras. E sorriu. Era uma fração, e dizia, simplesmente:
1/5.000.000.000

"Minha única em cinco bilhões."

"É perfeito" Scully disse, "Mas, por que a corrente?"

"Porque não está na hora disto ainda, mesmo eu querendo


que você usasse agora. Você sabe que eu me renderia de boa
vontade em desistir da busca da verdade, e me estabelecer
com você, mas eu sei que você não gostaria disso. Nós temos
um trabalho que precisa ser feito, e respostas para encontrar,
então não podemos perder nossos trabalhos ou nossa parceria
indo a público com a nossa relação. Um dia, quando encontrarmos
a verdade, e nosso trabalho estiver feito, você pode usar
este anel, colocá-lo em seu dedo, e deixar lá para sempre.
Por enquanto, ele é uma promessa do nosso futuro."

"Posso usá-lo esta noite?"

Ele sorriu ao olhar de excitação infantil na face dela,


como se ela tivesse mais uma vez cinco anos e perguntando
se ela podia abrir os presente na véspera de Natal. Ele
nunca poderia negar nada para ela.

"Claro."

Ela tirou o anel do cordão, e o colocou no dedo. E não


ficou surpresa ao ver que ajustou perfeitamente. Ela
brilhou com orgulho. Scully colocou a caixa e o cordão
na cômoda e mais uma vez se colocou nos braços dele.

"Faça amor comigo" ela sussurrou.

Ele correu as mãos pelo corpo coberto de cetim, até os


ombros. Mulder deslizou as alcinhas do vestido, que pousou
no chão numa poça de cetim, deixando-a nua diante dele.
Ele a pegou nos braços, e a deitou na cama. Ele tirou a
própria roupa e se juntou a ela. Eles se beijaram
profundamente por um momento, e então ele começou a descer
pelo corpo macio.

As mãos foram primeiro, viajando pela pele macia; tocando e


provocando cada lugar que ele sabia, a faria torcer. A boca
seguia logo depois, provando e beijando o mesmo caminho.

Scully não foi passiva enquanto ele lhe beijava o corpo:


ela acariciou os ombros, costas e peito. Ela correu os
dedos pelo cabelo sedoso, agarrando sua cabeça e o puxando
mais perto quando ele encontrava um local particularmente
sensível. Ele foi para os seios dela, parando em cada mamilo
para esbanjar uma atenção merecida. Ele chupou e beliscou
até que ela gemeu.

Mulder continuou descendo pelo estômago plano e enfiou a


língua no umbigo. Ela riu enquanto tentava sair. Ele desceu
até ficar no nível dos cachos vermelhos, e abriu-lhe as
pernas, para se ajeitar entre elas, e assim ele podia
cheirar a paixão dela, e olhar para Scully com luxúria
queimando em seus olhos.

Colocando as mãos nas nádegas dela, ele ergueu o corpo


pequeno para encontrar a boca dele. Com lambidas firmes
da língua, ele cobriu o sexo dela, que clamou ao sentir
a sensação e curvou as costas, se empurrando em sua boca.

Mulder alternou em lamber e chupar, saboreando o delicioso


gosto da inundação fluida que entrou em sua boca. Depois
de acabar com as preliminares, ele atacou o clit e Scully
apertou os músculos para segurar o próprio orgasmo.

"Pare, Mulder", ela empurrou a cabeça dele, "Preciso de


você dentro de mim, AGORA."

Ele nunca poderia lhe negar nada. Subindo no corpo dela,


ele se posicionou e deslizou dentro dela com um empurrão.
Eles gemeram em harmonia e ele teve que parar um segundo
para se controlar. Os dois já estavam bem excitados, e em
nenhum humor para irem devagar. Mulder começou a se dirigir
dentro e fora dela, depressa. Scully encontrou cada empurrão,
os olhos fechados em concentração.

Ela passou as unhas contra as costas dele. Ela gozou primeiro,


chorando o nome dele e o agarrando com força. Quando ele
sentiu a liberação dela, ele gozou também, esguichando
profundamente dentro dela. Então, assim que eles terminaram,
Scully sussurrou na orelha dele.

"Faça agora."

Ele olhou nos olhos dela e não achou dúvidas, só resolução.


Ele a beijou apaixonadamente. E então, virou o pescoço dela,
e mergulhou os dentes em sua veia. Ela clamou em dor, mas
ele não pararia agora, e chupou. A cada batida do coração
dela, o sangue pulsava pra ele. Mulder podia sentir a vida
escoando pra fora do corpo dela.

Era a experiência mais poderosa em toda sua vida, não só


pelo ato, mas por ela se entregar a ele de boa vontade.
Quando ele levou o suficiente, Mulder precisou de uma
incrível força para pegar apenas o que precisava. Ele abriu
o pulso com os dentes, como Madelyn fez antes, e levou à
boca dela.

Scully aceitou o gesto passivamente, e tragou o sangue


pingando. Quando ela teve o bastante, ele lambeu a própria
ferida e a apertou nos braços. Os olhos dela não estavam
fechados totalmente, mas estavam escuros e sem foco. Ele
podia sentir a batida lenta do coração - quase nenhuma. E
então, ele a segurou mais apertado.

"Por favor, Scully, meu amor, volta pra mim."

Depois de longos minutos ela se mexeu. A batida do coração


dela estava mais fixa, e a respiração mais profunda. Ela
finalmente abriu os olhos e viu um Mulder sorridente, que
lhe beijou a testa.

"Você deve estar com sede."

Ele trouxe a cabeça dela para o próprio pescoço e sentiu


ela o morder. Scully ficou mais forte aos poucos, e de
repente os rodou, e agora ela o estava prendendo à cama,
segurando as mãos dele sobre a cabeça de Mulder. Ela ficou
sobre o pescoço dele por mais um tempo, e então se sentou,
sorrindo pra ele com lindos dentinhos.

"Como você está se sentindo?" ele perguntou.

"Perigosa" ela ronronou.

"Você sempre foi perigosa" ele respondeu. "Nossa, que


dentinhos afiados que você tem."

"Só o melhor para chupar o seu sangue."

Eles se beijaram com ímpeto e se moeram um contra o outro,


cada vez mais excitados. Mulder virou ela de costas na
cama, e entrou mais uma vez dentro dela. Eles fizeram amor
a noite toda, com cada vez mais desejo.

Cada vez que gozavam, eles se mordiam nos ombros um do


outro, e então lamberiam as mordidas. Quando o sono chegou,
Mulder teve o sonho de novo. Porém, desta vez, ele sentiu uma
mudança. Ele não estava mais espiando a presa, mas caçando
a sua companheira. Quando ele a encontrou, ele a puxou e
extinguiu sua sede pelo sangue dela, mas depois ela fez
o mesmo.

FIM

Epílogo

Um mês depois:

"Sou eu!! Abra a porta!!!" Mulder chutou a porta da toca


dos pistoleiros.

Frohike se levantou e abriu a porta, se deparando à pior


visão que ele poderia ter imaginado. Scully, inconsciente
nos braços de Mulder, coberta com o que parece ser cada
gota do sangue dela, e um pouco mais. Mulder atropelou o
atordoado homenzinho.

"Ela levou um tiro" foi só isso que Mulder explicou.

"Posso ver isso. Por que diabos você não levou ela pra um
hospital? O que você está fazendo aqui?"

"Não podemos ir para um hospital. Este é o único lugar onde


eu achei que tem o que ela precisa."

Mulder a derrubou no sofá.


"O que você quer dizer? Não temos primeiros socorros para
algo assim", Frohike gritou.

"Onde está todo mundo?" Mulder perguntou.

"Eles saíram."

"Então eu acho que isso significa que você vai conseguir


ser o herói."

"O que eu posso fazer e que você não pode?" a voz de


Frohike estava cada vez mais agitada.

"Escute, você a ama, não é? Você faria qualquer coisa para


poder salvá-la, não é?"

"Sim, claro. O que você quer que eu faça?"

"Confie em mim e venha aqui."

Mulder bateu de leve no rosto de Scully.

"Acorde Scully e prepare-se."

Ela abriu os olhos um pouco, mas não respondeu.

"Me dê seu braço, Frohike. Agora."

O homenzinho assustado fez como foi dito. Mulder abriu


a boca dela, tirou a faca do bolso, e abriu a faca. Ele
agarrou o braço de Frohike, e fatiou seu pulso.

"Mas que diabos... me solta."

Um chocado Frohike tentou se livrar, mas o aperto de


Mulder era como aço. Mulder levou o braço sangrento até
a boca de Scully.

"Vamos lá, chupe" ele disse e ela começou.

"O que você está fazendo, Mulder? Ficou maluco?"

"Acalme-se, meu amigo. Ela só precisa de sangue fresco


humano para substituir um pouco o que ela perdeu. Ela
deve ficar bem logo, logo. Não vamos te chupar todo, e
depois, é só tomar um suquinho de laranja, e tudo vai
ficar bem."

"Sangue fresco humano? Então, ela é um vampiro, assim,


de repente?"

"Não tão de repente. Faz mais de um mês."

Ele virou para um Frohike de olhos arregalados, e mostrou


os caninos.

"Este foi um tipo de recordação de um Arquivo X que


investigamos. Espero que vocês aqui possam manter um
segredo. Olhe dessa maneira - Scully está deitada em
seu sofá, com um pedaço seu na boca dela, e ela está
chupando. É a coisa mais íntima de uma experiência sexual
que você vai ter com ela."

O homenzinho não pôde impedir um sorriso a isso, e começou


a pensar em maneiras de brincar com Scully sobre isso.
Depois que o choque inicial passou, ele achou que se ele
acreditava em alienígenas, ele poderia dar o braço inteiro
dele se isso pudesse ajudá-la. Então, os outros dois
Pistoleiros abriram a porta e entraram. O primeiro viu
Scully deitada no sofá, com sangue por toda parte.

"Agente Scully", Byers exclamou. "O que aconteceu? Ela


está bem?"

"Ela levou uns dois tiros, e eu não vi o atirador. Alguém


abriu fogo contra uma testemunha nossa, e a matou, e atingiu
Scully. Ela não deveria estar mal, mas pela quantidade de
perda de sangue, uma bala deve ter atingido a artéria. Mas
ela está curando, e a hemorragia parou." Mulder respondeu.

"Mas não se preocupem, pessoal, ela vai ficar bem" Frohike


inseriu. "Ela só precisava de um pouco de sangue fresco
humano. Parece que nossos amigos agentes especiais aqui
são vampiros chupa-sangue. Que legal, não é?"

"Você está falando sério?" Byers perguntou, um pouco


preocupado.

"Mostra pra eles, Mulder" Frohike falou.

Mulder virou para Byers e Langly e lhes deu um sorriso


dentudo. Eles pularam pra trás, chocados.

"Wow, cuidado com esses dentes aí, neném. Eu vou querer


esse braço de volta quando você terminar com ele."

"Oh, minha nossa, Frohike, você vai deixá-la te comer?


Nós somos os próximos?"

"Ninguém vai ser o próximo, só relaxe" Mulder falou.

Scully gemeu um pouco, mas permaneceu inconsciente. Quando


ela teve o que precisava, Mulder tirou o pulso de Frohike
e fez com que Byers fizesse um curativo até Scully poder
olhar direito.

"Dê algo para Frohike beber, mas nada de álcool. Então,


faça ele se sentar."

Eles deixaram Scully descansar enquanto ela se recuperava.

"Se você não se importar com a minha pergunta, agente


Mulder, como isso aconteceu?" Byers perguntou.

"Nós estávamos investigando um assassinato de um possível


vampiro por algumas pessoas do interior, em Oklahoma, e
quando eu protegi a amiga da vítima, levei um tiro. Eu
teria morrido, mas ela ofereceu a Scully uma escolha. Disse
que poderia me salvar, mas eu me tornaria como ela. Ela nos
disse que faz parte de um grupo que se autodenomina família.
Eles são vampiros, mas não exatamente aos da literatura.
Então, ela me abraçou e aqui estou eu."

"Mas isso não explica a agente Scully."

"Scully meio que me convenceu a abraçá-la."

"Ei, Mulder, se ela me mordeu, eu não vou virar como um


de vocês?" Frohike estava alarmado.

"Não funciona assim, Frohike. Para abraçar, você teria


que beber o sangue dela, depois que ela chupar quase todo
o seu."

"Ainda bem. Embora a idéia de chupar no pescoço da adorável


agente Scully tenha sua atração, eu gosto muito de ser um
ser humano."

Pouco tempo depois, Scully abriu os olhos para um homenzinho


que sorria amplamente.

"Então, agente Scully, como você se sente depois de ter um


sangue 'cem por cento' A Frohike dentro de você? Eu deduzo,
por aquele monte de gemidos, que você gostou muito."

"Você está acordada, graças a Deus" Mulder disse.

Ele empurrou Frohike de lado, se inclinou e a beijou em


cheio nos lábios.

"Mmmm, Mulder..."

"Você está bem, não é? Você me deu um baita susto."

"Yeah, acho que sim." ela colocou a mão na blusa manchada


de sangue. "As feridas das balas parecem ter se fechado."
ela olhou para as expressões surpresas dos rapazes. "Acho
que eles sabem de tudo agora."

"Oops" Mulder falou.

"Não se preocupe com isso." ela sorriu, e lhe deu um


rápido beijo de volta. "Eu tenho que tirar estas roupas."

Enquanto ela estava longe, Frohike se aproximou de Mulder


com uma expressão ligeiramente triste em sua face.

"Acho que vocês dois estão juntos, não é?"

"Yeah, sinto muito você ter descoberto assim."

"Tudo bem. Vocês foram feitos um para o outro, e eu estou


feliz por vocês, mas ainda assim..."
"Eu sei."

Scully saiu do banheiro dez minutos depois numa camiseta


do Metallica emprestada, e a calça, ligeiramente manchada.

"Perdi outra blusa, acho que outro terno, e minha lavanderia


a seco vai ter que fazer um milagre com meu casaco, mas
ainda é bom estar viva. Venha aqui, Frohike. Deixe-me dar
uma olhar nesse pulso."

"Bem, agente Scully" ele disse, sorrindo um pouco. "Acho


que vou sentir saudades de nossas noites apaixonadas e
selvagens, mas eu sempre soube que era um substituto para
outro homem."

"Eu não terminei ainda com você, Frohike. Mulder não pode
estar em casa o tempo todo. Eu te ligo" ela disse, sorrindo.

Isso surpreendeu o homenzinho - ela nunca respondeu às


brincadeiras dele. Ele virou para Mulder.

"Não sei quem ela é, e o que ela fez com a agente Scully,
mas se eu fosse você, cara, eu ficaria com ela."

Ela tirou o curativo, limpou com anti-séptico, e então


refez o curativo.

"No dia em que você estiver disposta a um lanche da meia


noite, minha querida, você sabe onde me encontrar." ele
olhou para ela de lado.

"Tudo bem, tudo bem.... vocês já estão me apavorando"


Langly chorou. "No minuto em que vocês dois me olharem
como se eu fosse um hambúrguer, estou dando o fora daqui."

Scully foi pra cima dele, o apertando contra uma mesa.

"Não se preocupe, Langly. Você é nosso amigo - não comeríamos


você" ela se virou e então andou, parou, e olhou por cima
do ombro, mostrando os dentinhos dela só um pouco. "A menos,
claro, que você fosse gostoso."

Todos riram quando ele soltou um grito de mocinha e fugiu


da sala. Isso sentenciou o infeliz hippi a acordar todos
os próximos dias com dentes de vampiros de cera colados
no pescoço dele.

Mulder colocou um braço ao redor dela. "Vamos, Scully. Vamos


pra casa."

Eles se viraram pra partir. Scully parou, virando-se para


Frohike, agora séria.

"Obrigada, Melvin. Você é meu herói."

"O prazer foi todo meu" ele falou enquanto se curvava.

Mulder e Scully saíam pela porta quando Frohike e Byers


falaram.

"Boa sorte vocês dois."

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Traduzido em 24 de maio de 2003.

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