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O primeiro canta o «Glória in excelsis Deo», que, na noite de Natal, cantaram os

anjos em Belém, e chama os pastores.


O coro dos cantores orienta o auto e desenrola o seu tema.
O povo canta os estribilhos, que exprimem os sentimentos dos assistentes.
Vai começar o Auto.
Junto do presépio, já está sentado, na cadeira paroquial, o Senhor Vigário.
Ladeia o altar o grupo dos anjos.
Dentro do templo, silêncio e expectativa.
Fora da porta, preparam-se os pastores, para a entrada.
No berço do presépio, coberto por um véu de fina renda, dorme o Menino Deus, sob
o olhar terno da Virgem e de S. José, e aquecido pelo bafo da vaca e do burrico.

CENA I

As Profecias

Como poderiam ser esquecidos os anseios messiânicos dos patriarcas e profetas da


Antiga Lei?
Se todo o ano esperaram ansiosamente os fieis por esta noite bendita, como
poderiam esquecer aqueles, que esperaram a vida inteira e não viram o que eles
vêm?

Por isso os cantores cantam:


«Deus de Abrão, Deus de Jacob,
Vós prometeste, Senhor,
a nossos primeiros pais,
para um dia, o Redentor.

O povo rompe, em toda a Igreja, com o estribilho.

Vinde, vinde, o desejado.


Vinde, vinde, nosso Rei.
Vinde, vinde, ó Pai amado.
Vinde guiar vossa grei.

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