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De súbito, abre-se a porta do púlpito e aparece o Anjo, de olhitos brilhantes, misto

de inocência e temor, e de rosas muito vermelhas no rosto.


Um ah!... acompanhado dum sorriso, sai de todos os lábios.
O Mensageiro abre os bracitos, fixa o povo e espera que os cantores terminem.

Cantores:
Ei-lo de novo acolá,
O bom Anjo do Senhor.
Repete o que nos disseste
do Messias, Salvador. (14)

Então o Anjo abre a boquita e, como rouxinol ao luar, trina.

Anjo:
Mandou-me Deus ter convosco,
que sois simples, piedosos,
para vos anunciar
seus desígnios amorosos. (14)

Toda a Igreja estremece.


É o povo que canta, que pergunta ao Anjo:

Povo:

«Que será? O que será?


Ora, pois; o que há-de ser?
É por certo o Deus Menino,
que acaba de nascer».

E a anunciação continua, com o mesmo calor, dialogada pelo Anjo e povo, que
canta o mesmo estribilho.

Anjo:

Participo-vos, pastores,
a maior das alegrias,

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