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A PARÁBOLA DO SEMEADOR

(Miss. Vagner França)

TEXTO: Lucas 8:4-8

4 - Afluindo uma grande multidão e vindo ter com ele gente de todas as
cidades, disse Jesus por parábola:
5 - Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira
do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram.
6 - Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade.
7 - Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a
sufocaram.
8 - Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um.
Dizendo isto, clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

INTRODUÇÃO

Gosto muito desta passagem, pois quando estávamos no Togo, eu orava a


Deus buscando um nome para o nosso projeto. Em uma de minhas orações
veio o nome Gerando Sementes e gostei muito do nome, pois me lembrei
desta passagem que lemos nesta noite “Parábola do Semeador”.

Quando chegamos naquela nação, observamos a terra, preparamos


esta terra, lançamos as sementes na terra para que germinassem e elas
germinaram para a Glória de Deus, hoje estamos vendo os frutos sendo
colhidos, tivemos o batismo onde 14 pessoas desceram as águas, hoje temos:
uma igreja embaixo de uma árvore com 45 pessoas, um curso de preparação
de obreiros nativos e trabalho com jovens, adolescentes e crianças. É fácil?
Claro que não!

Mas Jesus nos alertou em João 16:33 “Estas coisas vos tenho dito para
que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo;” Teremos constantes dificuldades de falar e viver
o amor de Cristo, mas nós temos a segurança na vitória de Cristo Jesus!
Em Filipenses 4:7 o Apóstolo Paulo fala aos Filipenses “E a paz de
Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações em
Cristo Jesus”, em um mundo cheio de injustiça, crises, guerras e conflitos,
o evangelho de Cristo traz esta alegria e esta paz.

Na Palestina havia duas maneiras de semear.


 Podia-se semear lançando as sementes ao acaso,
 Colocava-se uma bolsa cheia de semente no lombo de um burro,
cortava-se uma ponta da bolsa e logo se punha a andar o animal de um
extremo a outro do terreno enquanto caía a semente.

[RA: “à beira do caminho”] Na Palestina os campos se dividiam em franjas


largas e estreitas. A terra entre uma franja e outra se podia transitar com
liberdade. Era usada como caminho e, portanto estava tão dura como cimento
pelo constante uso que as pessoas faziam. Se alguma semente caía ali, e sem
dúvida cairia, qualquer que fosse o método que se empregasse para semear,
não tinha mais oportunidade de penetrar na terra do que se tivesse caído sobre
a estrada.
O ouvinte de mente fechada. Existem aqueles em cuja mente a palavra tem
tão poucas possibilidades de penetrar como a semente que cai sobre um
terreno pisado por muita gente.

Os pedregais [RA: “solo rochoso”] não eram terrenos que estavam cobertos
de pedras. Tratava-se de algo que é muito comum na Palestina, uma fina capa
de terra sobre uma base de rocha calcária: a terra podia ter só alguns
centímetros antes de chegar à rocha. Sem dúvida a semente germinaria nessa
terra; e o faria com rapidez, porque esse terreno logo era aquecido pelo sol.
Mas a terra não era profunda e quando deitasse suas raízes para baixo em
busca de alimento e umidade, não encontraria mais que rocha e morreria de
fome, e ao mesmo tempo seria incapaz de tolerar o calor do sol.
O ouvinte cuja mente é semelhante aos pedregais. É o homem que se nega
a pensar nas coisas e pensá-las a fundo.
O solo cheio de espinhos [RA: “entre os espinhos”] era enganoso.
Quando o semeador pulverizasse a semente, o solo pareceria estar muito
limpo. É fácil fazer que um jardim pareça limpo, limitando-se a revolver a terra;
mas ficam as sementes dos cardos e os espinhos, prontos para voltar a sair.
Todos os jardineiros sabem que os espinhos crescem a um ritmo e com um
vigor que poucas plantas conseguem igualar. O resultado foi que a boa
semente e o joio que estavam adormecidos cresceram juntos. Mas os espinhos
eram tão fortes que afogaram a vida da semente e esta morreu, enquanto que
aqueles floresceram.
O ouvinte que tem tantos interesses na vida, e freqüentemente as mais
importantes não se deixam desenvolver. Sempre devemos tomar cuidado
em não fazer desaparecer a Jesus do lugar mais alto na vida.

A boa terra era profunda, limpa e suave. A semente podia penetrar, podia
encontrar alimento, podia crescer sem obstáculos e a boa terra produziu uma
colheita abundante.
O homem que é como a boa terra. Em sua recepção da Palavra se dão
quatro estágios. Como a boa terra:
1. SUA MENTE ESTÁ ABERTA. Sempre está desejando aprender.
2. ESTÁ DISPOSTO A OUVIR. Nunca é muito orgulhoso nem está
muito ocupado para ouvir.
3. COMPREENDE. Pensou todo o assunto e sabe o que significa para
ele, e está disposto a aceitá-lo.
4. TRADUZ EM AÇÃO O QUE OUVE. Produz o bom fruto da boa
semente. O ouvinte autêntico é aquele que ouve, que compreende e
que obedece.

Na geografia em estudos dos solos diz: “Quanto mais profundo é o


solo, mais desenvolvido ele é”. (quanto mais profundo for o nosso
relacionamento com Deus, mais desenvolvida será nossa fé). Mais
desenvolvido será o nosso ministério, mais desenvolvido será o nosso
relacionamento com nossos irmãos, mais desenvolvido será o nosso
relacionamento com nossa família.

CONCLUSÃO

Jesus também ensinou esta parábola a seus discípulos e lhes está


dizendo: "Todos os lavradores sabem que uma parte de sua semente se
perderá; não pode crescer toda. Mas isso não os desanima e nem os impede
de semear porque sabem que apesar de tudo sua colheita é segura." Está
dizendo a seus discípulos: "Sei que sofremos contrariedades e desilusões; sei
que temos nossos inimigos e opositores; mas, não desanimem; a colheita é
segura ao final."
De modo que esta parábola pode ser tanto um chamado de atenção sobre
como ouvimos e recebemos a palavra de Deus e um estímulo para afastar todo
desespero com a segurança de que todas as contrariedades não podem
arruinar a colheita final de Deus.

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