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SUMÁRIO

NOÇÕES BÁSICAS DA CALCULADORA FINANCEIRA ........................................................................................... 2

TECLAS MAIS UTILIZADAS................................................................................................................................. 2

PILHA OPERACIONAL ........................................................................................................................................ 4

CÁLCULO COM DATAS ...................................................................................................................................... 8

LIMPEZA DE REGISTROS ................................................................................................................................... 9

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA FINANCEIRA ............................................................................................. 11

REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO ......................................................................................................................... 14

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS ......................................................................................................... 31

PAYBACK SIMPLES .......................................................................................................................................... 32

PAYBACK SIMPLES PARA PERÍODOS FRACIONADOS ....................................................................................... 33

PAYBACK DESCONTADO ................................................................................................................................. 34

VALOR PRESENTE LÍQUIDO ............................................................................................................................. 36

PERPETUIDADES ............................................................................................................................................. 38

CUSTO DE CAPITAL ......................................................................................................................................... 39

TAXA INTERNA DE RETORNO.......................................................................................................................... 44

CONFLITO VPL X TIR ....................................................................................................................................... 46

COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS .............................................................................................................. 48

EXERCÍCIOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA .................................................................................................... 50

EXERCÍCIOS VIABILIDADE ............................................................................................................................... 53

Análise de Viabilidade de Projetos


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NOÇÕES BÁSICAS DA CALCULADORA FINANCEIRA

Este capítulo tem como finalidade familiarizar o estudante com as principais


teclas da calculadora HP 12C.
Antes de iniciar o aprendizado das noções gerais da calculadora deve-se
observar que a HP 12C trabalha com método de cálculo RPN (Notação Polonesa Reversa),
onde primeiro são inseridos os dados, separados pela tecla [ENTER], e depois as
operações. Este sistema faz com que a solução de cálculos mais extensos seja realizada
com mais rapidez.
Atualmente pode-se encontrar modelo HP 12C platinum, o qual permite que
se escolha entre o método comum e o RPN. Para utilizar o método normal deve-se digitar
[f] [EEX] enquanto para mudar para o RPN digita-se [f] [CHS].

TECLAS MAIS UTILIZADAS

Tecla [ON]

Esta tecla tem a função tanto de ligar quanto de desligar a calculadora.


Caso o usuário a deixe ligada por um período de aproximadamente 7 ou 8
minutos, esta se desliga automaticamente.

Tecla [ . ]

Esta calculadora apresenta a possibilidade de trabalhar tanto padrão de


moeda brasileira, quanto americano, como segue:

R$ 1.000,00
US$ 1,000.00

Para que se realize a modificação entre os modos, deve-se:

I) Mantenha a calculadora desligada


II) Pressione a tecla [ . ] e segure
III) Pressione a tecla [ON] e solte

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Uma característica da calculadora HP 12C é a multifuncionalidade das teclas, ou


seja, as teclas apresentam mais de uma função dependendo dos procedimentos que estão
sendo adotados.

A Tecla [f]

Esta tecla, que aparece em amarelo, apresenta duas funções básicas:

a. Uma vez pressionada pode-se acessar todas as funções em amarelo da


calculadora
b. Pressionando esta tecla seguida de um número, a calculadora irá alterar
para este número a quantidade de casas decimais do visor.

Exemplo:

Quando digitado o número 3,789438799, pode-se visualizá-lo da seguinte maneira:

Teclas Visor
[f] e [4] 3,7894
[f] e [1] 3,8
[f] e [7] 3,7894388
[f] e [9] 3,789438799

A Tecla [g]

Utilizando-se a tecla [g] podem-se acessar todas as funções da calculadora que


aparecem em azul.

Teclas brancas

Todas as teclas possuem informações que aparecem em branco na calculadora, as


quais não necessitam de outras teclas para serem utilizadas (teclas amarela e azul)

Tecla [CHS] “Change Signal”

Tem a função de trocar o sinal de um número

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PILHA OPERACIONAL

A HP 12C possui um conjunto de 4 registradores (X, Y, Z, T), que automaticamente


irão guardar os resultados intermediários dos cálculos que estiverem sendo efetuados.
Para rotacionar a pilha (registradores X  Y  Z  T) deve-se utilizar a tecla R.

Tecla [STO] “Store”

A calculadora HP 12C possui 20 memórias, sendo dez nas teclas de “0” a “9” e mais
dez através de “.0” a “.9”.
Para gravar um número em alguma das memórias, deve-se:

a) digitar o número que se quer gravar


b) digitar [STO]
c) digitar o número da memória que se quer gravar

Tecla [RCL] “Recall”

Esta tecla tem a função de buscar os números gravados nas memórias descritas no
item anterior. Os seguintes procedimentos devem ser seguidos:

a) Digitar [RCL]
b) Digitar a memória que se quer resgatar

Tecla [Yx]

Pode ser utilizada para efetuar operações de potenciação e radiciação.

Exemplo de operação de potenciação:

I) 32

a) 3 [ENTER]
b) 2 [Yx]

Exemplo de operação de radiciação:

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II) 1,58/3

a) 1,5 [ENTER]
b) 8 [ENTER]
c) 3 [:][Yx]

Tecla [1/X]

Esta tecla é utilizada para calcular o inverso de um número.

Exemplo:

I) 1/5

5 [1/X]

Teclas [%T] e [X><Y]

Estas teclas usadas em conjunto servem para calcular o percentual de um total,


sendo que [%T] calcula o percentual e [X><Y] recupera o valor total base.

Exemplo:

Numa prova aplicada a um total de 40 alunos, obtiveram-se os seguintes


resultados:

Notas menores que 3 5 alunos

Notas maiores ou iguais a 3 e menores que 5 10 alunos

Notas maiores ou iguais a 5 e menores que 7 15 alunos

Notas maiores ou iguais a 7 10 alunos

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Calcular o percentual de alunos por categoria de notas.

PROCEDIMENTOS RESULTADOS

40 [ENTER]

5 [%T] 12,5%

[X><Y] 10 [%T] 25%

[X><Y] 15[%T] 37,5%

[X><Y] 10 [%T] 25%

Tecla [∆%]

Tem a função de calcular a variação percentual entre dois números.

Exemplo:

Qual a variação percentual do preço da gasolina, a qual passou de R$ 1,9/L para


R$ 2,1/L?

Solução:

a) 1,9 [ENTER}

b) 2,1 [∆%]

Resultado: 10,5263%

Tecla [%]

Tem a função de efetuar cálculos percentuais.

Exemplo:

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10% de R$ 20.250,00

a) 20.250 [ENTER]

b) 10 [%]

Resposta: R$ 2.025,00

Efetuando cálculos em seqüência

I) Soma

2+3+5 = 10

2[ENTER] 3[ENTER] [+] 5 [+]

Para guardar na memória 1 [STO] 1

II) Subtração

5-1-2 = 2

5[ENTER] 1 [-] 2[-]

Para guardar na memória 2 [STO] 2

III) Multiplicação

3x2x4 = 24

3[ENTER] 2 [x] 4 [x]

Para guardar na memória 3 [STO] 3

IV) Divisão

24 : 3 : 2 = 4

24 [ENTER] 3 [:] 2 [:]

Para guardar na memória 4 [STO] 4

V) Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão

[RCL] 1

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[RCL] 2 [-]

[RCL] 3 [x]

[RCL] 4 [:]

Resposta: 48

CÁLCULO COM DATAS

Existem duas formas de apresentação de datas, a americana (mês, dia e ano) e a


brasileira (dia, mês e ano).

Para alterar do modo brasileiro para o americano deve-se pressionar [g] [M.DY] e
para o contrário [g] [D.MY].

Utilizando-se o modo brasileiro, o procedimento para inserção de datas é


DD.MMYYYY, ou seja, o dia com dois dígitos seguido de ponto, o mês com dois dígitos e o
ano com quatro dígitos (deve-se observar que apenas após o dia se insere ponto).

Exemplo:

12/05/04 = 12.052004

Para se calcular o número de dias entre datas, os seguintes passos devem ser
seguidos:

I) [f] [reg]

II) digitar a primeira data [ENTER]

III)digitar a segunda data

IV) [g] [∆DYS]

Caso se queira calcular o número de dias pelo ano comercial, deve-se digitar em
seguida:

V) [X≥Y]

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LIMPEZA DE REGISTROS

A calculadora HP 12C, visando uma maior rapidez na execução dos cálculos, registra
em sua memória as informações inseridas em cada tecla de função. Esta característica faz
com que seja necessário que a cada início de novo procedimento os registros anteriores
sejam apagados.
A seguir serão apresentadas as principais formas de limpeza de registros ou
informações armazenadas.

Limpeza total (utilizando as teclas [ON] e [-])

Este procedimento deve ser utilizado com cuidado, pois irá apagar todos os registros
da calculadora, inclusive eventuais programas que tenham sido inseridos.

I) Manter a calculadora desligada


II) Pressionar a tecla [ON] e segurar
III) Pressionar a tecla [-] e segurar
IV) Soltar a tecla [ON]
V) Soltar a tecla [-]

Uma vez terminado este procedimento, a seguinte mensagem deverá aparecer no


visor “ PR ERROR”.

Limpeza do visor

Para se apagar os registros que aparecem no visor basta pressionar a tecla [CLX].

Limpeza dos registros estatísticos (“0” a “6”)

Para se apagar os registros estatísticos, os quais ficam armazenados na tecla de


[1] a [6], basta pressionar as teclas [f] e [ ∑ ].

Limpeza de programa

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Esta calculadora permite que pequenos programas sejam inseridos de modo a


facilitar alguns tipos de cálculos.
Para apagar um programa inserido, deve-se:

I) Pressione as teclas [F] [P/R], de modo a entrar no modo de programação


II) Pressione as teclas [F] [PRGM] para limpar o programa
III) Pressione as teclas [F] [P/R] ou [ON] para sair do modo de programação

Limpeza de registros financeiros

Os registros financeiros a que esta função se refere se encontram nas teclas:

a) [PV] = Valor Presente


b) [FV] = Valor Futuro
c) [PMT] = Prestação ou pagamentos
d) [N] = Prazo
e) [i] = Taxa

Para apagar estes registros devem-se pressionar as teclas [F] [FIN].

Limpeza de todos os registros

A calculadora HP 12C permite que valores sejam armazenados em todas as teclas


numéricas (de [0] a [9]).
Pressionando-se as teclas [F] [REG] é possível apagar tantos os registros
financeiros quanto os valores armazenados nas teclas numéricas.

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FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA FINANCEIRA

Conceitos Básicos
A matemática financeira em seu princípio tem como objetivo o estudo do valor do
dinheiro, levando-se em conta o decurso do tempo.

A necessidade de ter conhecimento de seus princípios e dominar seus conceitos


provém do fato de que receber ou pagar uma quantia de dinheiro hoje é diferente de pagar
a mesma quantia um ano depois.

Havendo esta diferença para valores iguais, como saber qual a melhor alternativa
entre várias possibilidades de valores e prazos?

É através dos conceitos matemáticos desta matéria que se podem efetuar análises
deste tipo, comparações de fluxos de caixa, calcular valores e assuntos semelhantes.

A matemática financeira está diretamente relacionada ao conceito de juros, os quais


são cobrados ou pagos mediante a realização de operações financeira. Juros podem ser
entendidos de diversas maneiras, entre elas como sendo um prêmio pela postergação de
consumo, uma remuneração pela capital empregado ou mesmo a diferença entre o
montante alcançado e o capital inicialmente investido.

No mercado financeiro, diversas operações são realizadas mediante a intermediação


de instituições financeira que fazem a ligação entre poupadores de recursos (que tem a
intenção de realizar investimentos) e tomadores de recursos (que pretendem investir, mas
não possuem o capital suficiente).

As instituições financeiras têm o papel de intermediação financeira, captando


recursos dos poupadores e pagando juros na forma de rendimentos e emprestando os
mesmos recursos para os tomadores, e conseqüentemente cobrando juros sobre o valor
emprestado. No entanto, o valor cobrado pelo empréstimo realizado é maior que o valor
pago para os poupadores, gerando desta diferença o ganho da instituição por intermediar
a negociação entre poupador e tomador. Esta diferença, que representa o ganho da
instituição é chamada de “spread”.

Diagrama de Fluxo de Caixa


Existem diversas operações financeiras que, devido a sua complexidade, se tornam
difíceis de serem analisadas, pois podem envolver várias entradas e saídas de caixa, ou
mesmo a combinação entre diversas aplicações e captações ao mesmo tempo.

Para que as operações sejam melhor entendidas, utiliza-se o chamado DIAGRAMA


DE FLUXO DE CAIXA.

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Os componentes do diagrama são:

Linha do tempo: uma reta onde são apresentados todos os períodos do fluxo

Entradas de caixa: setas que saem da linha do tempo em cada período, de baixo
para cima.

Saídas de caixa: setas que saem da linha do tempo em cada período, de cima para
baixo.

Assim, um diagrama de fluxo de caixa pode ter a seguinte apresentação:

500 500 500

(1.000)

Deve-se ter uma atenção para a montagem de diagramas onde em determinados


períodos se tenha mais de uma entrada e saída de caixa. Neste caso, no diagrama deve-
se assinalar apenas a resultante da combinação, ou seja, se num determinado período
houver uma entrada de 1.000 e uma saída de 200, deverá ser apresentada uma seta para
cima no valor de 800.

Apresentação das Taxas


Existem duas formas de apresentar as taxas, percentual e decimal, conforme
exemplos abaixo:

TAXA PERCENTUAL TAXA DECIMAL

30% 0,30

47% 0,47

5% ,05

0,3% 0,003

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Para cálculos com a HP 12C deverá ser utilizada a forma percentual, no entanto, na
utilização de fórmulas a forma decimal deverá ser usada.

Equivalência Financeira

A equivalência financeira envolve o conceito básico do raciocínio financeiro.


Segundo ele, valores são equivalentes financeiramente quando a uma determinada taxa
comum e em uma data específica apresentam o mesmo resultado.

Exemplo:

Pode-se dizer que R$ 100,00 hoje são equivalentes a R$ 120,00 há daqui um mês
a uma taxa de 20% a.m.

Isto se deve ao fato de que aplicando os R$ 100 a taxa de 20% a.m. durante um
mês se obterá ao final do período os R$ 120,00. Por outro lado, descontando dos R$ 120,00
o juros de 1 mês, tem-se R$ 100,00. Esta igualdade de valores em uma determinada data
ajustada por uma taxa define o conceito de equivalência financeira.

Valor Presente e Valor Futuro


Conforme estudado no item anterior, pode-se, mediante uma determinada taxa de
juros, encontrar valores equivalentes em diferentes momentos de um fluxo de caixa, seja
através de uma antecipação ou postergação.

Quando realizamos uma antecipação de valores, mediante o cálculo de um valor


equivalente para a data antecipada, encontramos o chamado Valor Presente de um fluxo.
Da mesma maneira, quando realizamos uma postergação de um fluxo mediante a
identificação de um valor equivalente na data futura, estamos calculando o chamado Valor
Futuro, conforme figura abaixo:
VF - Valor Futuro

VP – Valor Presente

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REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO

Existem dois tipos de regimes de capitalização, o SIMPLES e o COMPOSTO. No


primeiro caso, os juros de cada período incidem apenas sobre o capital inicial, sendo que
no segundo caso, os juros incidem sobre o capital inicial acrescido dos juros dos períodos
anteriores (incidência de juros sobre juros).

Para melhor visualização das diferenças de cada método, comparem as duas formas
para uma mesma aplicação, com capital de R$ 3.000,00, taxa de 5% a.m. e período de 3
meses.

Capitalização através de juros simples

N JUROS VALOR ACUMULADO

1 R$ 3.000,00 x 5% = R$ 150,00 R$ 3.150,00

2 R$ 3.000,00 x 5% = R$ 150,00 R$ 3.300,00

3 R$ 3.000,00 x 5% = R$ 150,00 R$ 3.450,00

Capitalização através de juros compostos

N JUROS VALOR ACUMULADO

1 R$ 3.000,00 x 5% = R$ 150,00 R$ 3.150,00

2 R$ 3.150,00 x 5% = R$ 157,50 R$ 3.307,50

3 R$ 3.307,50 x 5% = R$ 165,38 R$ 3.472,88

Fórmulas de juros simples


O cálculo dos juros simples é feito através da seguinte expressão:

J = C x i x n

Onde:

J = juros

C = Capital

Análise de Viabilidade de Projetos


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i = taxa de juros

n = períodos

Através da simples dedução algébrica podem-se calcular todas as variáveis da


formula:

C=J/(ixn)

I=J/(Cxn)

n=J/(Cxi)

Calculando juros simples com a HP 12C

A calculadora HP 12C oferece a possibilidade de calcular os juros simples com suas


funções financeiras, no entanto, para isso deve-se informar a taxa de juros ao ano e o
período em dias.

A tecla para efetuar o calculo é [f] [INT].

Exemplos:

1) Um capital de R$150.000 é aplicado durante 4 meses à taxa de juros simples de


3%am. Determine o valor dos juros acumulados neste período.

C = 150.000

i = 3% a.m. (0,03)

n = 4 meses

J=?

J=Cxixn

J = 150.000 x 0,03 x 4

J = 18.000

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Com a utilização da HP 12C:

Para se utilizar a função financeira da HP 12 C deve-se inicialmente converter a taxa


mensal de 3% para anual. Como os juros são simples apenas multiplica-se por 12, tendo
36% ao ano.

Assim:

a) 150.000 [CHS] [PV]

b) 120 [n] (4 meses em dias)

c) 36 [i] (taxa anual)

d) [f] [INT]

2) Calcule o valor de um empréstimo que foi tomado à taxa de 5% a.m. durante 8


meses, sendo que ao final do período foi calculado um total de juros de R$ 250.000.

C=?

i = 5% a.m. (0,05)

n = 8 meses

J = R$ 250.000

C=J/(ixn)

C = 250.000/(0,05x8)

C = 625.000

3) Calcule a taxa de juros de um empréstimo de R$ 80.000 o qual após 12 meses produziu


uma despesa financeira de R$ 24.000.

C = 80.000

i=?

n = 12 meses

J = 24.000

i=J/(Cxn)

Análise de Viabilidade de Projetos


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i = 24.000/(80.000x12)

i = 2,5%

4) Um empréstimo de R$ 450.000, com taxa de juros de 2,3%a.m. produz ao final de um


período uma despesa financeira de R$ 103.500. Calcule o prazo da aplicação.

C = 450.000

i = 2,3% (0,023)

n=?

J = 103.500

n=J/(Cxi)

n = 103.500/(450.000x0,023)

n = 10

Taxa proporcional

Em diversas operações as taxas de juros são apresentadas em um período enquanto


a operação é realizada em outro. Por exemplo, pode-se ter um empréstimo contratado
com taxa de juros anual, enquanto a duração da operação é de apenas alguns meses.

Nestes casos, as taxas devem ser convertidas para o período que se está utilizando,
ou seja, mensal, semanal ou mesmo diário.

Dividindo-se a taxa de juros considerada pelo número de períodos existentes, tem-


se a chamada taxa proporcional.

Exemplo:

A taxa proporcional mensal de 24% a.a. é de:

24%/12 = 2%

Juros Compostos

Análise de Viabilidade de Projetos


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O sistema de capitalização por juros compostos considera que os juros em cada


período são acrescidos ao principal, sendo que os juros do período seguinte passam a
incidir sobre ambos. Esta forma é comumente chamada de “juros sobre juros”.

A forma de calculo de juros pode ser visualizada abaixo:

Capitalização através de juros compostos

N JUROS VALOR ACUMULADO

1 R$ 3.000,00 x 5% = R$ 150,00 R$ 3.150,00

2 R$ 3.150,00 x 5% = R$ 157,50 R$ 3.307,50

3 R$ 3.307,50 x 5% = R$ 165,38 R$ 3.472,88

O cálculo do valor futuro pelo sistema de juros compostos é feito através da


seguinte expressão:

n
VF = VP x ( 1+ i )

Onde:

VF = Valor Futuro

VP = Valor Presente

i = taxa de juros

n = períodos

Através da simples dedução algébrica pode-se encontrar também a formula para


calcular o valor presente:

n
PV = FV/ ( 1+ i )

Para realizar cálculos que envolvem juros compostos na HP 12C, deve-se utilizar as
teclas financeiras localizadas na parte de cima da calculadora [n], [i], [PV], [PMT], [FV] e
[CHS].

Exemplo 1:

Análise de Viabilidade de Projetos


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Calcular o montante de um capital de R$ 10.000,00, aplicado à taxa de 8% a.m.,


durante 10 meses.

Solução

FV = 10.000 x (1+ 0,08)^10

FV = 10.000 x 1,08^10

FV = 10.000 x 2,15892

FV = 21.589,25

Solução HP 12 C

I) [f] [FIN]

II) 10.000 [CHS] [PV]

III) 8 [i]

IV) 10 [n]

V) [FV]

VI) 21.589,25

Exemplo 2:

Calcular qual o valor aplicado a um taxa de 4%a.m. sendo que após 3 meses foi
resgatado um valor total de $ 5.624,32.

Solução 1:

PV = 5.624,32 / (1+,04)^3

Análise de Viabilidade de Projetos


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PV = 5.624,32 / 1,04^3

PV = 5.624,32 / 1,12486

PV = 5.000,00

Solução HP 12 C

I) [f] [FIN]

II) 5.624,32 [FV]

III) 4 [i]

IV) 3 [n]

V) [PV]

VI) 5.000,00

Juro Comercial e Exato

Em diversas operações de curto prazo é comum a apresentação do prazo em


número de dias, enquanto as taxas são disponibilizadas em outros períodos maiores como
anos ou meses.

Para efetuar os cálculos em situações como estas se faz necessária a conversão


para a taxa diária proporcional. No entanto, existem duas formas para se calcular os juros
diários:

a) exato: utilizando efetivamente o calendário civil, ou seja, 365 dias

b) comercial: utilizando como critério o mês com 30 dias e o ano com 360

Exemplo:

A taxa diária proporcional a 24%a.a pode ser:

a) juro exato: 24%/365 = 0,06575342%

Análise de Viabilidade de Projetos


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b) juro comercial: 24%/360 = 0,06666667%

Para se calcular na HP 12C os juros exatos e o comercial deve-se seguir os seguintes


passos:

I) Digite o prazo em dias e pressione a tecla [n]

II) Digite a taxa anual e pressione a tecla [i]

III) Digite o valor da aplicação e pressione [CHS] [PV]

IV) Pressione [f] [INT] (para calcular o juro comercial)

V) Pressione [R↓] [X><Y] (para calcular os juros exatos)

VI) Pressionar a tecla [+] para obter o valor futuro

Exemplo:

Calcular o juro comercial e exato para uma aplicação de $ 100.000 durante 160
dias e taxa 24% a.a.

I) 160 [n]

II) 24 [i]

III) 100000 [CHS] [PV]

IV) [f] [INT] (para calcular o juro comercial)

V) [R↓] [X><Y] (para calcular os juros exatos)

Respostas: Comercial = $ 10.666,67 Exato = $ 10.520,55

Taxas Equivalentes a Juros Compostos

O Cálculo de taxas equivalentes a juros compostos não é tão simples e direta como
o calculo da taxa proporcional a juros simples, pois, neste caso, tem-se a aplicação de
juros sobre juros.

A fórmula para se efetuar tais cálculos é a seguinte:

Análise de Viabilidade de Projetos


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I = {(FV/PV)^(pp/pa)-1}x100

Onde:

pp = Prazo proposto

pp = Prazo atual

Exemplo:

Uma mercadoria com valor de $ 20.421,44 foi financiada através de um pagamento


único de $ 29.041,36, no final de 200 dias. Calcule a taxa mensal cobrada pela loja.

Solução:

i = {(29.041,36/20.421,44)^(30/200)-1}x100

i = (1,4221^0,15-1)x100

i = (1,05424 -1)x100

i = 0,05424 x 100

i = 5,424 % a.m.

Calculando a taxa equivalente de juros compostos


através da programação da HP 12C

Para programar a HP 12C, os seguintes passos básicos devem ser seguidos:

a) Inicialmente deve-se colocar a calculadora no modo de programação (PRGM),


através das teclas [f] [R/S]. Uma vez a calculadora estando neste modo, a
mesma estará pronta para armazenar as instruções a serem executadas
futuramente.

Análise de Viabilidade de Projetos


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Quando a calculadora estiver neste módulo, a indicação PRGM aparecerá no seu


visor. Para sair deste modo, basta pressionar novamente [f] [R/S].

b) Para limpar a memória de programas introduzidos anteriormente, deve-se


pressionar [f] [R↓].

c) Uma vez com a memória limpa, pode-se inserir a seqüência desejada

d) Terminada a inserção deve-se fechar o módulo através das teclas [f] [R/S]

Para calcular através de programação as taxas equivalentes com juros compostos


deve-se inserir o seguinte programa:

[f] [CLX]

[f] [R/S]

[f] [R↓]

[STO] 0

[RCL] [i]

[%]

[+]

[RCL] 0

[RCL] [n]

[:]

[Yx]

[-]

Análise de Viabilidade de Projetos


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[x]

[g] [R↓] 00

[f] [R/S]

Observações:

1) Tendo sido introduzido o programa, o dados da calculadora podem ser


apagado pelas teclas [f] [CLX], sem que o programa seja apagado.

2) Para limpar todos os programas deve-se pressionar:

[f] [R/S]

[f] [R↓]

[f] [R/S]

Exemplo:

Qual a taxa mensal equivalente a juros de 300% a.a.?

Solução pelo programa:

[f] [CLX]

300 [i]

360 [n]

30 [R/S]

Resposta: 12,2462%

Séries Uniformes de Pagamentos (Anuidades)

Existem operações financeiras que geram fluxos de caixa composto por parcelas
iguais e sucessivas durante um determinado período de tempo. Estes fluxos são chamados
de anuidades.

Análise de Viabilidade de Projetos


25

Prestações Iguais Postecipadas

Quando se contrata um financiamento a ser liquidado em várias parcelas, podem


existir dois tipos de negociação. A primeira delas seria com o primeiro pagamento
postecipado, ou seja, a primeira parcela vence no final do primeiro período, e a segunda
com o primeiro pagamento antecipado, com a primeira parcela vencendo na data da
contratação do financiamento (entrada).

Para calcular o valor de um pagamento conhecendo-se o PV e o número de


prestações, utiliza-se a seguinte fórmula:

((1 + i)^n) x
PMT = PV x
i
((1+ i )^n) -
1

Exemplo:

Uma TV está anunciada por $ 400,00 para pagamento a vista ou em quatro


prestações iguais e mensais, sendo a primeira paga 30 dias após a compra (postecipado).
Calcular o valor das prestações sabendo que a taxa de juros é de 4% a.m.

Solução:

PMT = 400 x {((1 + 0,04)^4 x 0,04)/((1+0,04)^4 -1)}

PMT = 400 x {(1,04^4 x 0,04)/(1,04^4 – 1)}

PMT = 400 x {(1,1699 x 0,04) / (1,1699 – 1)}

PMT = 400 x {0,0468/0,1699}

PMT = 400 x 0,2755

PMT = 110,196

Análise de Viabilidade de Projetos


26

A HP 12 C pode resolver tanto problemas com séries antecipadas quanto


postecipadas, sendo necessário apenas selecionar a modalidade desejada através das
teclas [g] [END] para séries postecipadas e [g] [BEG] para série antecipadas.

Solucionando o exemplo pela HP 12 C:

1) [f] [CLX]

2) [g] [END]

3) 400 [CHS] [PV]

4) 4 [i]

5) 4 [n]

6) [PMT]

Resposta: 110,196

Para encontrar o PV sabendo-se apenas o valor do pagamento, a taxa e o período,


a seguinte fórmula deve ser utilizada:

((1 + i)^n) -
PV = PMT x
1
((1+ i )^n)
x1

Exemplo:

Qual o preço a de um computador que foi comprado em 5 prestações iguais


de $ 2.000,00, a uma taxa de 2% ao mês, sendo que a primeira vence no final do primeiro
mês?

Solução:

PV = 2.000 x { ((1 + 0,02)^5 – 1) / ((1 + 0,02)^5 x 0,02)}

PV = 2.000 x { (1,02^5 -1) / ( 1,02^5 x 0,02)}

PV = 2.000 x { (1,1041 – 1) / (1,1041 x 0,02)}

PV = 2.000 x {0,1041 / 0,0221 }

Análise de Viabilidade de Projetos


27

PV = 2.000 x 4,7135

PV = 9.426,919

Solucionando o exemplo pela HP 12 C:

1) [f] [CLX]

2) [g] [END]

3) 2000 [PMT]

4) 2 [i]

5) 5 [n]

6) [PV]

Resposta: 9.426,919

Por fim, para encontrar o montante (FV) sabendo-se o valor dos pagamentos (PMT),
o número de parcelas (n) e a taxa de juros (i), utiliza-se a seguinte fórmula:

((1 + i)^n) -
FV = PMT x
1
I

Exemplo:

Qual o valor resgatado de um aplicação de 6 pagamentos mensais de $ 1.200,00,


a uma taxa de 1%, considerando os pagamentos postecipados?

Solução:

FV = 1.200 x (( 1+ 0,01 )^6 -1) / 0,01

FV = 1.200 x (1,01^6 -1) / 0,01

FV = 1.200 x 6,152

FV = 7.382,4181

Análise de Viabilidade de Projetos


28

Solucionando o exemplo pela HP 12 C:

1) [f] [CLX]

2) [g] [END]

3) 1.200 [PMT]

4) 1 [i]

5) 6 [n]

6) [FV]

Resposta: 7.382,4181

Prestações Iguais Antecipadas

Como explicado no item anterior existem financiamentos que são contratados


através de pagamentos uniformes, mas com a primeira parcela vencendo na data da
contratação (entrada).

As fórmulas para cálculos com este tipo de situação são as seguintes:

((1 + i)^n) x __1__


PMT = PV x x
i
((1+ i)^n) - (1 + i)
1

((1 + i)^n) -
PV = PMT x x (1 + i)
i
((1+ i)^n) x
i

((1 + i)^n) -
FV = PMT x x (1 + i)
1
I

Análise de Viabilidade de Projetos


29

Apesar das fórmulas para cálculo das operações antecipadas serem muito diferentes
das utilizadas para cálculo de operações antecipadas, com a utilização da HP 12 C, basta
que seja modificada do modo END (pagamentos postecipados) para BEGIN (pagamentos
antecipados) através das teclas [g] [BEG], sendo os passos a seguir exatamente os
mesmos para ambos os modos.

Considere os mesmos exemplos do item anterior, mas com pagamento antecipado:

1) Uma TV está anunciada por $ 400,00 para pagamento a vista ou em quatro prestações
iguais e mensais, sendo a primeira paga a vista (antecipado). Calcular o valor das
prestações sabendo que a taxa de juros é de 4% a.m.

Solução:

PMT = 400 x {((1 + 0,04)^4 x 0,04)/((1+0,04)^4 -1)} x ( 1 / ( 1 + 0,04)

PMT = 400 x {(1,04^4 x 0,04)/(1,04^4 – 1)} x ( 1 / 1,04)

PMT = 400 x {(1,1699 x 0,04) / (1,1699 – 1)} x 0,9615

PMT = 400 x {0,0468/0,1699} x 0,9615

PMT = 400 x 0,2755 x 0,9615

PMT = 105,9577

Solucionando o exemplo pela HP 12 C:

1) [f] [CLX]

2) [g] [BEG]

3) 400 [CHS] [PV]

4) 4 [i]

5) 4 [n]

6) [PMT]

Resposta: 105,9577

Análise de Viabilidade de Projetos


30

2) Qual o preço a de um computador que foi comprado em 5 prestações iguais de $


2.000,00, a uma taxa de 2% ao mês, sendo que a primeira vence no a vista?

Solução:

PV = 2.000 x { ((1 + 0,02)^5 – 1) / ((1 + 0,02)^5 x 0,02)} x ( 1 + 0,02 )

PV = 2.000 x { (1,02^5 -1) / ( 1,02^5 x 0,02)} x 1,02

PV = 2.000 x { (1,1041 – 1) / (1,1041 x 0,02)} x 1,02

PV = 2.000 x { 0,1041 / 0,0221 } x 1,02

PV = 2.000 x 4,7135 x 1,02

PV = 9.615,4574

Solucionando o exemplo pela HP 12 C:

1) [f] [CLX]

2) [g] [BEG]

3) 2000 [PMT]

4) 2 [i]

5) 5 [n]

6) [PV]

Resposta: 9.615,4574

3) Qual o valor resgatado de uma aplicação de 6 pagamentos mensais de $ 1.200,00, a


uma taxa de 1%, considerando os pagamentos antecipados?

Solução:

FV = PMT x {(( 1 + i )^n – 1)/ i} x ( 1 + i )

FV = 1.200 x {(( 1+ 0,01 )^6 -1) / 0,01} x ( 1 + 0,01 )

Análise de Viabilidade de Projetos


31

FV = 1.200 x (1,01^6 -1) / 0,01 x 1,01

FV = 1.200 x 6,152 x 1,01

FV = 7.456,2423

Solucionando o exemplo pela HP 12 C:

1) [f] [CLX]

2) [g] [BEG]

3) 1.200 [PMT]

4) 1 [i]

5) 6 [n]

6) [FV]

Resposta: 7.456,2423

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS

Todo projeto, empresa, empreendimento comercial, etc., pode ser representado


resumidamente como um fluxo de caixa, sendo a sua natureza o fator determinante de
sua viabilidade financeira.
A avaliação da viabilidade de projetos consiste basicamente na análise de seus
fluxos de caixa utilizando os conceitos de matemática financeira e, principalmente, na
interpretação de seus resultados de forma adequada.
Nesta disciplina serão estudadas diversas ferramentas de análise financeira de
projetos, avaliando as suas particularidades e possíveis análises a serem realizadas.

Análise de Viabilidade de Projetos


32

PAYBACK SIMPLES

Suponha que um investidor esteja diante da necessidade de escolher entre dois


empreendimentos a serem realizados, sendo cada dos seus fluxos de caixa representados
abaixo:

Projeto A Projeto B
0 (1.000) 0 (2.000)
1 200 1 1.200
2 300 2 1.000
3 400 3 800
4 500 4 300
5 600 5 200

Uma forma simples de comparar os projetos acima é identificar qual deles fará com
que o capital aplicado pelo investidor retorne de forma mais rápida para o mesmo. Como
forma de melhor visualização desta situação pode-se montar uma coluna adicional em cada
um deles, de modo a calcular o saldo acumulado dos períodos, conforme figura:

Projeto A Saldo Projeto B Saldo


Acumulado Acumulado
0 (1.000) (1.000) 0 (2.500) (2.500)

1 200 (800) 1 1.200 (1.300)

2 300 (500) 2 1.000 (300)

3 400 (100) 3 800 500

4 500 400 4 300 800

5 600 1.000 5 200 1.000

Análise de Viabilidade de Projetos


33

Observando-se os saldos acumulados de cada fluxo, percebe-se que o projeto A


torna-se positivo no período 4 enquanto o projeto B no período 3. Assim, pode-se chegar
à conclusão de que o primeiro projeto leva quatro períodos para fazer com que o valor
investido retorne para o investidor, enquanto o segundo apenas 3. Este prazo é chamado
de período de payback, sendo que nesta situação período de payback do projeto A é 4
enquanto o do projeto B é 3.
Quando se utiliza o período de payback para avaliar projetos, deve-se estabelecer
um parâmetro para avaliação, como por exemplo, a premissa de aprovação de projetos
que apresentem no máximo período de payback igual a 3. Neste caso, apenas o projeto B
deveria ser executado.
Caso o parâmetro de avaliação fosse aprovar apenas projetos com payback no
máximo igual a 4, podem-se encontrar duas possibilidades. A primeira seria a situação
onde a escolha de um projeto significaria a exclusão da alternativa de execução do segundo
(projetos mutuamente excludentes) e a segunda possibilidade seria a execução de ambos,
desde que satisfizessem os requisitos necessários para a aprovação (projetos
independentes).
Para aplicar o método do Payback Simples é necessário que:

• O primeiro FC seja um investimento


• Os demais FC's do investimento apresentem uma única mudança de sinal
em relação ao FC inicial.
• Seja definido o parâmetro de avaliação (máximo paypack tolerado) pela
empresa para recuperar o capital investido.

Comparando-se o período de payback simples (PBS) com o parâmetro fornecido


(TMT – Tempo Máximo Tolerado), pode-se fazer a seguinte avaliação:

• Se PBS ≤ TMT, então o projeto de investimento deve ser aceito.


• Se PBS >TMT, então o projeto de investimento não deve ser aceito.

PAYBACK SIMPLES PARA PERÍODOS FRACIONADOS

Analisando-se o fluxo do projeto A, observou-se que o mesmo passa a apresentar


saldo acumulado positivo a partir do quarto período, sendo o seu payback simples igual a
4. No entanto, neste período o seu saldo é maior que zero, ou seja, o recurso retornou e
sobrou um valor adicional, podendo-se considerar, desta forma, que o tempo necessário

Análise de Viabilidade de Projetos


34

para que o capital investido retornasse para o investidor seja menor que 4 períodos
inteiros.
Uma forma de calcular este período fracionado seria dividir o saldo negativo do
período anterior pelo valor da entrada de caixa do período em que o fluxo se torna positivo.
Assim, para o fluxo do projeto A poderia se calcular:

Projeto A Saldo
Acumulad
o
0 (1.000) (1.000)
Saldo negativo no final do período 3: (100)
Valor de entrada no período 4 : 500
1 200 (800)

2 300 (500)
Assim, o payback simples seria:

3 400 (100) 3 + 100/500 = 3,2

4 500 400

5 600 1.000

Seguindo este raciocínio, o payback deste projeto seria composto por 3 períodos
inteiros acrescidos de 0,2 período, ou seja, 3,2.
No entanto, o payback simples fracionado considera que os valores das entradas de
caixa são gerados linearmente durante o fluxo, o que geralmente não representa a
realidade. Desta forma, este indicador apesar de apresentar um cálculo preciso, não pode
ser considerado exato.

PAYBACK DESCONTADO

Um dos grandes problemas do payback simples se refere ao fato dos valores dos
fluxos analisados estarem distribuídos no tempo, e, portanto os seus poderes aquisitivos
não serem comparáveis.
Para resolver este problema, surge o payback descontado. Este índice é calculado
da mesma forma que o payback simples, apresentando como diferença o fato de que antes
de realizar o cálculo dos saldos acumulados devem-se trazer os fluxos a valor presente,
conforme tabela abaixo:

Análise de Viabilidade de Projetos


35

Proj. A Fluxo a Saldo a Proj. B Fluxo a Saldo a


VP (tx VP VP (tx VP
8% a.p.) 8% a.p.)
0 (2.000) (2.000,00) (2.000,00) 0 (2.000) (2.000,00) (2.000,00)
1 400 370,37 (1.629,63) 1 400 370,37 (1.629,63)
2 500 428,67 (1.200,96) 2 700 600,14 (1.029,49)
3 300 238,15 (962,81) 3 600 476,30 (553,19)
4 400 294,01 (668,80) 4 200 147,01 (406,19)
5 600 408,35 (260,45) 5 300 204,17 (202,01)
6 600 378,10 117,65 6 300 189,05 (12,96)
7 700 408,44 526,10 7 400 233,40 220,43
8 800 432,22 958,31 8 1400 756,38 976,81

Assim, trazendo os fluxos dos projetos A e B a valor presente, pode-se observar


que os saldos acumulados se tornam positivos nos períodos 6 e 7 respectivamente, sendo
estes os valores dos paybacks descontados.
Para aplicar o método do Payback Descontado (PBD) é necessário que:

o O primeiro FC seja um investimento;


o Os demais FC's do investimento apresentem uma única mudança de sinal
em relação ao FC inicial;
o Definir o tempo máximo tolerado (TMT) definido pela empresa para
recuperar o capital investido.

Desta forma, comparando-se o PBD do projeto com o TMT definido pode-se realizar
as seguintes avaliações:

o Se PBD ≤ TMT, então o projeto de investimento deve ser aceito.


o Se PBD > TMT, então o projeto de investimento não deve ser aceito.

Análise de Viabilidade de Projetos


36

VALOR PRESENTE LÍQUIDO

Apesar do método do Payback descontado resolver o problema dos valores com


poderes aquisitivos diferentes durante o fluxo de caixa, o mesmo ainda apresenta
problemas para uma boa análise de viabilidade.
Sua grande dificuldade se refere ao fato de que o mesmo se baseia exclusivamente
no período em que o capital investido retorna para o investidor, não levando em
consideração os fluxos de caixa futuros que possam existir no projeto. Assim, ao escolher
entre dois projetos utilizando exclusivamente o payback descontado pode-se deixar de
investir em outro que tenha a grande parcela de seu ganho distribuído após o período em
que o capital retorna para o investidor.
Assim, o ideal seria avaliar o fluxo de caixa de forma completa, considerando todos
os fluxos (tanto de entrada quanto de saída) a valor presente de modo que a soma dos
mesmos represente o quanto o projeto está agregando de ganho ou perda especificamente
na data de avaliação. Na verdade, este é o conceito da metodologia de Valor Presente
Líquido (VPL), ou seja, a soma dos valores presentes de todos os fluxos de caixa de um
projeto, o que pode ser descrito pela fórmula abaixo:

VPL = FC0 + FC1 + FC2 + ... + FCn


(1+i) (1+i)^2 (1+i)^n
Onde:

FC = Fluxo de Caixa Líquido


i = Taxa de juros

Para se utilizar o VPL alguns pontos relevantes devem ser observados:

✓ quanto foi investido


✓ quanto ele gera em termos de fluxo de caixa
✓ o instante de ocorrência de cada fluxo de caixa
✓ risco associado a cada fluxo de caixa

Análise de Viabilidade de Projetos


37

Deve-se observar que o valor do VPL é totalmente dependente da taxa de juros


aplicada no cálculo dos valores presentes dos fluxos de caixa, sendo que quanto maior a
taxa aplicada, menor o seu valor, podendo se tornar até negativo, conforme gráfico abaixo:

R$ 600.000,00
R$ 500.000,00
R$ 400.000,00
R$ 300.000,00
R$ 200.000,00
VPL

R$ 100.000,00
R$ 0,00
(R$ 100.000,00) 0% 10% 20% 30% 40% 50%
(R$ 200.000,00)
(R$ 300.000,00)
Taxa de Juros

As vantagens existentes na utilização do VPL como base para a análise de


viabilidade de projetos são:

✓ Considera todos os FC´s do projeto;


✓ Pode ser aplicado a qualquer tipo de projeto de investimento, independentemente
de das características de seu fluxo de caixa;
✓ Fornece a geração ou destruição de valor para o investidor;
✓ Permite a comparação entre projetos com fluxos de caixa distintos.

A calculadora HP 12C permite a inserção de um fluxo de caixa, de modo a calcular


o seu VPL.
Suponha o fluxo abaixo e uma taxa de juros de 3% a.p.:

T0 (1.000)
T1 500
T2 200
T3 600
T4 600

Os passos para se calcular o VPL na HP 12C, serão:

Análise de Viabilidade de Projetos


38

1000 CHS G Cfo

500 G Cfj

200 G Cfj

600 G Cfj

2 G Nj

3 i

F NPV

Resp: 756,13

PERPETUIDADES

Dentre os diversos tipos de fluxos de caixa existentes, pode-se encontrar um que


apresenta a característica de possuir parcelas iguais e infinitas, sendo chamado de
perpetuidade.
Para se calcular o valor presente de uma perpetuidade, basta dividir o valor do
pagamento pela taxa de juros de desconto, ou seja:

VP = PMT / i

Onde,
VP = Valor Presente
PMT = Valor do Pagamento
i = Taxa de desconto

Exemplo:

Análise de Viabilidade de Projetos


39

Qual o valor presente de uma perpetuidade de pagamentos mensais de R$ 2.000


considerando uma taxa de juros de 2%a.m.?

VP = PMT / i
VP = 2.000 / 0,02
VP = 100.000

CUSTO DE CAPITAL

Conforme estudado no item anterior, o VPL tem como metodologia trazer a valor
presente todos os fluxos de um projeto de modo a avaliar a sua viabilidade. Ao usar este
conceito, há a necessidade de utilizar uma taxa de juros para realizar os cálculos.
Esta taxa de juros pode ser o custo de oportunidade de um projeto (a rentabilidade
esperada pela melhor alternativa deixada de se aproveitar), o custo de captação de
recursos exclusivos para o mesmo, ou o custo dos recursos existentes na empresa.
Uma empresa pode ter duas fontes de recursos, ou seja, capital de terceiros ou
capital próprio, situação que pode ser observada na figura abaixo:

Capital de
Terceiros

Capital
Aplicação Origem
Próprio
de de
Recursos Recursos

Uma companhia pode se financiar através de qualquer uma das origens citadas ou
através da combinação entre elas. No entanto, os recursos captados, ao entrarem na

Análise de Viabilidade de Projetos


40

mesma, são misturados ao seu montante total não existindo a separação entre as diversas
fontes. Com isso, o custo dos recursos de uma companhia é uma média ponderada dos
custos de todas as entradas pela participação de cada uma delas em seu total, sendo este
resultado chamado de Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC).
Assim, suponha uma empresa com as seguintes origens de recursos:

Participação de
Empréstimo 3.000 Capital de Terceiros
30%
Custo 15%

Participação de
Patr. Liquido 7.000 Capital de Próprio
70%
Custo 17%

Total 10.000 100%

A empresa acima apresenta duas fontes de recursos (patrimônio líquido e


empréstimo) sendo que a participação do primeiro é de 70% (7.000/10.000) com custo de
17% e a do segundo 30% (3.000/10.000) com custo de 15%.
Nesta situação, o CMPC desta empresa seria calculado da seguinte forma:

CMPC = Part. Cap. Terc. X CT + Part. Cap. Próprio x CP


CMPC = 30% x 15% + 70% x 17%
CMPC = 4,5% + 11,9%
CMPC = 16,4%

Este valor encontrado representa o custo do dinheiro utilizado pela empresa e pode
ser utilizado para os cálculos de VPL e outras metodologias de análise financeira de
projetos.
Deve-se observar que a ponderação será realizada pela quantidade de fontes de
recursos com custos distintos, não se limitando apenas a duas.
Diante das três possibilidades de utilização de taxa para se calcular o VPL (custo de
oportunidade, custo de financiamento ou custo médio ponderado de capital) surge a dúvida
sobre o que fazer em situações onde o VPL de um projeto seja igual a zero.
Para cada um dos tipos de taxas, a análise se torna um pouco diferente na situação
de VPL igual a zero:

Análise de Viabilidade de Projetos


41

• Custo de Financiamento:

VPL = 0, Não se deve aprovar o projeto a não ser que seja necessária a realização,
pois o mesmo apenas gera recursos para recuperar o capital investido e remunerar o custo
do financiamento.

• Custo de Médio Ponderado de Capital

VPL = 0, Deve-se aprovar o projeto pois o mesmo remunera tanto o custo do


financiamento quanto o capital próprio na sua taxa estipulada como sendo adequada para
o proprietário.

• Custo de Oportunidade

VPL = 0, pode-se escolher entre o projeto e a oportunidade. Neste caso seria melhor
avaliar segundo outras taxas.

Sabendo-se que o Custo Médio Ponderado de Capital é calculado com base no custo
de capital de terceiros e próprio, surge a dúvida de saber como se calcular a taxa adequada
para cada um dos tipos de fontes.
No caso de capital de terceiros, as captações são realizadas através da assinatura
de contratos onde as taxas cobradas são especificadas. No entanto, um contrato de
financiamento com terceiros gera uma despesa financeira na DRE, o que faz com que a
apuração do lucro final se modifique devido a uma diminuição do total de tributos a ser
pago pela empresa. Esta diminuição ocorre devido à diminuição da base de cálculo dos
tributos incidentes sobre o lucro, conforme figura abaixo:

Análise de Viabilidade de Projetos


42

Sem Com
Empréstimo Empréstimo

Receita 9.000 9.000


Custo (3.000) (3.000)
Lucro Bruto 6.000 6.000

Despesas (1.000) (1.000)

Despesas Financeiras (2.000)


Economia
Lucro Antes Imp. 5.000 3.000
de Tributos
IR (25%) (1.250) (750) 500

Lucro Líquido 3.750 2.250

A conseqüência desta situação é que a empresa paga o valor contratual para o


fornecedor de recursos, mas o seu custo total deve levar em consideração esta diminuição
dos valores de tributos a serem pagos.
Assim, a forma de cálculo do custo do capital de terceiros deve ser feita da seguinte
maneira:

Valor do Empréstimo 20.000


Juros Contratuais 2.000
Economia de Tributos (500)
Valor Líquido Desembolsado 1.500
Custo Real do Empréstimo 1.500/20.000 = 7,5%

Com isso a fórmula para cálculo do custo do capital de terceiros é a seguinte:

CT = Taxa Contratual x (1 – Taxa IR)

Podendo o mesmo exemplo acima ser calculado conforme abaixo:

CT = 10% x (1 – 25%)
CT = 7,5%

Análise de Viabilidade de Projetos


43

Já o custo de capital próprio pode utilizar como forma de apuração de sua taxa o
conceito do CAPM (da sigla Capital Asset Pricing Model, que significa modelo de precificação
de ativos).
Segundo este conceito, as ações das empresas (que representam o seu capital) ao
serem negociadas diariamente na bolsa sofrem variações das mais diversas, sendo que a
comparação entre estas variações com as da carteira de mercado (Ibovespa, por exemplo)
refletiria o risco da mesma em relação o mercado.
Esta variação pode ser medida pela correlação histórica entre as variações ocorridas
na carteira de mercado (Ibovespa) e as da ação isoladamente, recebendo a sigla de β
(Beta).
Outra premissa deste conceito é que o investimento mais seguro de um país seria
os títulos de seu governo e que um investidor apenas deixaria de aplicar seus recursos nos
mesmos para investir na carteira de mercado por que esta ofereceria uma remuneração
adicional pelo risco corrido, sendo a remuneração adicional chamada de prêmio pelo risco.
Assim, o cálculo do retorno esperado por um investidor pela aplicação na carteira
de mercado seria:

Re = Rf + Prêmio pelo Risco

Re = Retorno esperado de um titulo


Rf = Taxa livre de risco
.
Para um investidor colocar seus recursos na carteira de mercado haveria
necessidade do mercado remunerar na mesma taxa que os títulos do governo acrescido
do prêmio pelo risco.
Por fim, um título isoladamente se mostra mais arriscado que a carteira de mercado,
pois este apresenta fatores particulares à própria empresa, o qual é diluído quando o
investimento é realizado em diversas empresas. Este risco seria representado pelo β (Beta)
descrito acima. Se um titulo apresenta um beta igual a 1 significa que historicamente se a
carteira de mercado varia 1% a ação isolada tende a sofrer a variação na mesma
intensidade, e se, por outro lado o β (Beta) for igual a 0,5, se a carteira de mercado sofrer
uma variação de 3%, a ação tende a variar 0,5 deste percentual, ou seja, 1,5%. Desta
forma, se a carteira de mercado recebe um prêmio pelo risco, uma ação que apresente
metade do risco da carteira de mercado deva remunerar metade do prêmio pelo risco da
carteira de mercado, chegando-se a equação do CAPM:

Re = Rf + b x (Rm - Rf)

Análise de Viabilidade de Projetos


44

Onde:

Re = Retorno esperado de um titulo


Rm = Retorno da carteira de mercado
Rf = Taxa livre de risco
b = Medida de risco do titulo

Deve-se observar que ao calcular “RM – RF” encontra-se o prêmio pelo risco da
carteira de mercado, citado anteriormente.

Este retorno esperado calculado para uma ação representaria o mínimo que um
investidor estaria disposto a receber de remuneração para investir em determinada ação,
representando assim o custo do capital próprio.
Para empresas de capital fechado que tenham necessidade utilizar o CAPM para
realizar algum tipo de avaliação pode-se procurar empresas semelhantes que tenham
ações em bolsa e considerar os dados como equivalentes.

TAXA INTERNA DE RETORNO

A taxa interna de retorno é a taxa de juros que faz com que o VPL de um
determinado fluxo de caixa seja igual a zero, podendo ser entendida como a taxa de
rentabilidade de um projeto.
Assim, a equação para se calcular a TIR é:

0 = Fco + Fc1 + Fc2 + ... + Fcn


(1+i)^1 (1+i)^2 (1+i)^n

Onde:
FC = Fluxo de Caixa Líquido
Graficamente, a TIR pode se visualizada da seguinte maneira:

Análise de Viabilidade de Projetos


45

750

600

450

300
TIR
VPL

150

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%


-150

-300

-450
Taxa

Para se avaliar a viabilidade de projetos de investimentos baseado no método da


TIR, deve-se seguir o seguinte raciocínio:

✓ Se a taxa requerida for menor ou igual à TIR, então o projeto deve ser
aprovado;
✓ Se a taxa requerida for maior que a TIR, então o projeto não deve ser
aprovado.

A TIR pode ser calculada utilizando a HP 12C. Suponha o seguinte fluxo de caixa:
T0 (2.000)
T1 200
T2 200
T3 2.200

Para se calcular a TIR deste fluxo utilizando a HP 12c devem-se seguir os seguintes
passos:

Análise de Viabilidade de Projetos


46

CONFLITO VPL X TIR

Ao realizar a análise de viabilidade de projetos mutuamente excludentes podem-se


encontrar situações particulares, como a do exemplo abaixo:

Projeto A Projeto B
(US$ Milhões) (US$ Milhões)

0 (1.800) 0 (1.800)

1 1.100 1 720

2 920 2 500

3 720 3 1800
Tx
20%a.p
VPL 172,22 VPL 188,89

TIR 26,51% TIR 25,56%

Neste caso pode-se observar a existência de conflito entre as indicações de


aprovação apontada pelo VPL e pela TIR. Enquanto o primeiro apresenta como melhor
alternativa o projeto B (maior VPL) o segundo indica o projeto A (maior TIR).
A TIR tem como premissa de cálculo que os fluxos intermediários são aplicados à
própria a taxa da própria TIR, enquanto o VPL tem como conceito a utilização da taxa
aplicada para o desconto, geralmente o custo de capital.
Não é incomum as empresas se depararem com projetos que apresentam uma
rentabilidade elevadíssima, o que tornaria inviável a premissa de aplicação dos recursos
gerados em outros projetos tenham a mesma rentabilidade.
Assim, a premissa de que os fluxos são reinvestidos a própria TIR se apresenta
como irreal e menos eficiente que o conceito utilizado pelo VPL. Portanto, em caso de
conflito deve-se utilizar para efeito de escolha entre projetos a indicação fornecida pelo
VPL.
Se analisarmos um gráfico da VPL X Taxa de juros dois projetos citados acima,
podemos encontrar a seguinte situação:

Análise de Viabilidade de Projetos


47

VPL ($)

1.220 (B)

940 (A)

taxa de desconto
0 (%)
25,56 26,51

Pode-se verificar a existência um ponto, chamado de interseção de Fischer, onde


os VPLs são iguais considerando uma determinada taxa. Este ponto mostra o divisor de
taxas em que haverá conflito na análise TIR X VPL.
Sempre que a taxa de análise for maior que a apresentada pela interseção de
Fischer não haverá conflito, ou seja, o projeto que apresentar o maior VPL também terá a
maior TIR.
Por outro lado, sempre que a taxa for menor que a interseção, haverá conflito, ou
seja, o projeto com maior VPL apresentará menor TIR e vice-versa.
Para se descobrir qual a taxa que representa esta interseção, deve-se calcular um
fluxo que represente a diferença entre os valores dos dois fluxos e em seguida calcular a
sua TIR. Esta taxa será a da interseção de Fischer.
No exemplo o procedimento seria:

Projeto A Projeto B <>

0 (1.800) (1.800) 0

1 1.100 720 380

2 920 500 420

3 720 1800 (1.080)

Análise de Viabilidade de Projetos


48

Ao calcular a TIR do fluxo diferencial encontra-se o valor de 22,15% o que seria a


taxa da interseção de Fischer.

COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS

De uma forma genérica pode-se dizer que um investimento, quando tratado de forma
individual, é considerado viável quando apresentar um VPL maior que zero, ou uma TIR pelo menos
igual à taxa mínima requerida pelo investidor, ou um IL maior (ou igual) a 1,0.
Conforme já discutido, o método do VPL se sobressai sobre os outros métodos sendo o
preferencial para a escolha entre diversas possibilidades.
Quando os projetos em análise são mutuamente excludentes (a escolha de um resulta em
abandono do outro) a análise dos diversos indicadores em conjunto pode demandar um pouco mais
de atenção. Analisemos alguns fluxos de caixa:

Investimento Ano 0 Ano 1 Ano 2 TIR VPL

A - $1.500 $1.950 $300 43,9% $333,33

B - $1.500 $240 $2.460 36,3% $408,33

Neste caso, pode-se observar que o investimento realizado em ambos os projetos são iguais,
mas a Taxas Internas de Retorno e o Valor Presente de cada uma são diferentes. Além disso, há a
situação de conflito na indicação do método TIR em comparação com o método do VPL.
Em situações como esta, prevalece a escolha do projeto que apresenta maior VPL, pois este
método representa o quanto de riqueza acima do investimento será agregada ao investidor em
valores de hoje. Portanto, escolher um projeto com maior VPL significa escolher a opção que gera
maior riqueza.

Outro tipo de situação que pode ser observada é a representada nos fluxos de caixa abaixo:

Investimento Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 VPL IL

C - 600 280 320 400 187,00 177,22 1,295

D - 1.200 440 300 1.230,40 187,00 177,22 1,148

Análise de Viabilidade de Projetos


49

Neste caso, os dois projetos apresentam o mesmo valor de VPL, ou seja, aumentam de forma
igual a riqueza dos investidores. No entanto o valor investido no projeto C é metade do projeto D.
Esta situação pode ser visualizada através da análise do índice de lucratividade de ambos os projetos,
onde o primeiro é de 1,295 (para cada real de investimento o projeto gera 1,295 valor) e o segundo
1,148 (para cada real de investimento o projeto gera 1,148 de valor). Desta forma, deve-se escolher
o projeto C ao invés do A, mesmo que o valor do VPL se apresente como sendo o mesmo.
A análise anterior foi baseada no conceito de que os projetos são mutuamente excludentes
e na premissa de que o investidor iria realizar apenas um projeto. Mas digamos que no caso, haja a
possibilidade de realizar mais de uma vez o mesmo projeto.
Nesta situação, outra forma de realizar a analise seria considerar que o valor a ser empregado
no projeto D permitiria realizar duas vezes o projeto C, o que faria com o que o ganho (VPL) fosse
dobrado para o investimento. Esta situação também está refletida no IL do projeto C que se
apresenta maior que o do projeto D.

Análise de Viabilidade de Projetos


50

EXERCÍCIOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

JUROS COMPOSTOS

1. Qual o valor de resgate relativo à aplicação de uma capital de $ 1.000,00, por três
meses, a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês?

2. Uma pessoa irá necessitar de $ 12.000,00 daqui a 7 meses. Quanto deverá ela
depositar hoje numa conta de poupança, para resgatar o valor desejado no prazo,
admitindo uma taxa de juros compostos de 3,5% a.m.

3. Uma loja está oferecendo uma mercadoria no valor $ 900,00 com desconto de 5%
para pagamento a vista. Outra opção de compra é o pagamento de $ 900,00 após
30 dias sem desconto. Calcular a taxa mensal de juros cobrada pela loja.

4. Qual a taxa mensal de juros compostos cobrada na venda a prazo de um veículo,


para pagamento nas seguintes condições:

* Valor a vista do veículo $ 13.200,00; ou

* a prazo: $ 5.200,00 de entrada, mas uma parcela de $ 9.000,00 a ser


paga em 60 dias.

5. Para um poupador que deseja ganhar 2,5% ao mês, o que é mais interessante: a)
receber $ 18.500,00 daqui a 4 meses ou b) $ 25.500,00 daqui a 12 meses.

6. Uma loja esta anunciando uma geladeira por R$ 1.444,00 a vista ou em três
pagamentos de R$ 480,00, sendo a primeira parcela a vista, a segunda após 1 mês
e a terceira após 2 meses. Considerando que a taxa de juros compostos seja de
1,2% a.m., quanto esta loja poderia dar de desconto caso o pagamento fosse a
vista?

7. No início do mês de setembro de 2008, apliquei uma determinada quantia a taxa


de 4% a.m. (juros compostos). Depois de cinco meses, com a elevação da taxa de
juros para 5% a.m., o meu capital continuou empregado por mais três meses a
essa nova taxa, quando resgatei R$ 170.930,97.

• Qual o valor do capital aplicado inicialmente?


• Qual a taxa média mensal que o capital ficou aplicado?

8. Um investidor efetuou no passado uma aplicação em um título cujo vencimento se


dará daqui a 4 meses, sendo seu montante de R$ 36.670,00. O banco procura o
aplicador e oferece trocar este título por outro vencível daqui a 9 meses,
apresentando valor de resgate de R$ 41.400,00. Sendo de 2,1% a.m. a taxa
corrente de juros de mercado, é interessante para o investidor a troca de títulos.
Qual a rentabilidade da nova aplicação proposta pelo banco?

Análise de Viabilidade de Projetos


51

9. Uma pessoa deve a outra a importância de R$ 12.400,00. Para a liquidação da


dívida, propõe os seguintes pagamentos: R$ 3.500,00 ao final de 2 meses; R$
4.000,00 ao final de 5 meses; R$ 1.700,00 ao final de 7 meses e o restante em um
ano. Sendo que a taxa de juros de 3% a.m., pede-se calcular o valor do último
pagamento.

10. (AFRF 2005) Em janeiro de 2005, uma empresa assumiu uma dívida no regime de
juros compostos que deveria ser quitada em duas parcelas, todas com vencimento
durante o ano de 2005. Uma parcela de R$ 2.000,00 com vencimento no final de
junho e outra de R$ 5.000,00 com vencimento no final de setembro. A taxa de juros
cobrada pelo credor é de 5% ao mês. No final de fevereiro, a empresa decidiu pagar
50% do total da dívida e o restante no final de dezembro do mesmo ano. Assim,
desconsiderando os centavos, o valor que a empresa deverá pagar no final de
dezembro é igual a:

a) R$ 4.634,00
b) R$ 4.334,00
c) R$ 4.434,00
d) R$ 4.234,00
e) R$ 5.234,00

11. Calcular o valor do montante tanto em juros simples quanto em juros compostos
considerando um investimento de R$ 200.000 a taxa de 12% a.a., para os
seguintes períodos:

a) 1,5 anos
b) 1,0 ano
c) 0,5 ano

TAXA REAL, ANUIDADE E PERPETUIDADE

12. Calcular o valor presente e o valor futuro do fluxo de caixa abaixo, sabendo-se
tratar de uma anuidade postecipada e que a taxa de atratividade é de 5% ao
período.

PMT 1 PMT 2 PMT3 PMT4 PMT5


300 300 300 300 300

13. Calcular o valor presente e o valor futuro do fluxo de caixa abaixo, sabendo-se
tratar de uma anuidade antecipada e que a taxa de atratividade é de 7% ao período.

Análise de Viabilidade de Projetos


52

PMT 1 PMT 2 PMT3 PMT4 PMT5


400 400 400 400 400

14. Uma loja está vendendo um produto em 5 parcelas mensais de R$ 120,00, sendo
a primeira a vista e as outras com cheques pré-datados. Um cliente faz uma
proposta de adquirir o produto, mas através de um pagamento a vista de R$
560,00. Considerando que a loja desconta seus cheques pré-datados a uma taxa
de 3% ao mês, a proposta deve ser aceita?

15. (TRF 2005) Desejo trocar uma anuidade de oito pagamentos mensais de R$
1.000,00 vencendo o primeiro pagamento ao fim de um mês por outra anuidade
equivalente de dezesseis pagamentos vencendo também o primeiro pagamento ao
fim de um mês. Calcule o valor mais próximo do valor do pagamento mensal da
segunda anuidade considerando a taxa de juros compostos de 3% ao mês.

a) R$ 500,00
b) R$ 535,00
c) R$542,00
d) R$559,00
e) R$ 588,00

TAXAS EQUIVALENTES, CONVENÇÕES

16. Calcular a taxa equivalente composta a 34% ao ano para os seguintes prazos:

a) 1 mês

b) 1 quadrimestre

c) 1 semestre

d) 5 meses

e) 10 meses

Análise de Viabilidade de Projetos


53

EXERCÍCIOS VIABILIDADE

PAYBACK SIMPLES

1) (Lemes Jr., Rigo, Cherobim, pg 198) Qual o payback do projeto que apresenta o fluxo
de caixa a seguir?

0 1 2 3 4 5
-10.000 3.000 4.000 1.000 7.000 8.000

Análise de Viabilidade de Projetos


54

2) (Gitman, pag. 326) - A Dallas Tool tem um período de payback máximo aceitável de 5
anos. A empresa esta considerando a compra de uma nova máquina e deve escolher entre
as duas alternativas. A primeira máquina exige um investimento inicial de $ 14 mil e gera
fluxos de entrada de caixa após os impostos de $ 3 mil para cada um dos próximos 7 anos.
A segunda máquina exige um investimento inicial de $ 16 mil e proporciona um fluxo de
entrada de caixa após os impostos de $ 4 mil por 6 anos.

A. Determine o período de payback para cada máquina


B. Qual máquina a empresa deve aceitar? Por quê?

Análise de Viabilidade de Projetos


55

3) Um investidor esta avaliando a possibilidade de investimento em dois projetos. Para


isso, ele projetou os fluxos de caixa esperados para cada um deles, conforme os fluxos
abaixo. Considerando que apenas um dos projetos pode ser aprovado, qual dos dois deverá
ser escolhido?

Ano Projeto A Projeto B

0 (2.000) (2.000)
1 100 500
2 200 500
3 300 400
4 400 300
5 500 200
6 500 100
7 700 900
8 900 100

Análise de Viabilidade de Projetos


56

PAYBACK DESCONTADO

4) A empresa Y está escolhendo entre dois projetos, com os seguintes fluxos de caixa:

Ano Fluxo de Caixa A Fluxo de Caixa B


0 -360.000 -150.000
1 195.000 96.000
2 195.000 96.000
3 195.000 60.000
4 195.000 60.000

A. Calcule o payback descontado de cada projeto, considerando um custo de capital


de 12% a.a. (Utilize o método de Valor Presente)
B. Decida sobre qual projeto a empresa deve investir. Justifique tecnicamente.

Análise de Viabilidade de Projetos


57

5) Um investidor esta avaliando a possibilidade de investimento em dois projetos, os quais


apresentam os seguintes fluxos de caixa esperados:

Ano Projeto A Projeto B

0 (4.000) (4.000)
1 1.200 2.800
2 2.500 1.200
3 1.200 1.400
4 1.300 1.600
5 1.800 800
6 2.000 400
7 2.200 200

A. Calcule o payback descontado de cada projeto, considerando um custo de capital


de 12% a.a. (Utilize o método de Valor Presente)
B. Decida sobre qual projeto a empresa deve investir. Justifique tecnicamente.

Análise de Viabilidade de Projetos


58

VPL

6) (Gitman, pg. 327) A Chery, Beauty está considerando uma nova máquina para mistura
de fragrâncias. A máquina exige um investimento inicial de $ 24 mil e vai gerar fluxos de
entrada de caixa após o imposto de renda de $ 5 mil ao ano, por 8 anos. Para cada um
dos custos de capital listados (1) calcule o valor presente líquido (VPL), e (2) indique se
deve aceitar ou rejeitar a máquina e (3) explique sua decisão.

A. O custo de capital é de 10%


B. O custo de capital é de 12%
C. O custo de capital é de 14%

Análise de Viabilidade de Projetos


59

7) A Minas Explosão Ltda. de Crato no Ceará está analisando a aquisição de equipamento


para explorar uma jazida de minério localizada em área sobre a qual detém direitos de
exploração. Foi feita uma análise de custos e de engenharia e espera-se que a abertura e
a operação da mina produzam o seguinte fluxo de caixa:

Custo do novo equipamento (a vista) 275.000


Capital de giro (a vista) 100.000
Recebimento liquido anual (a partir do ano 1) 120.000*
Custo de construção de novas rodovias, no 40.000
terceiro ano
Valor residual do equipamento a ser recebido no 65.000
quarto ano
*recebimento de venda de minério, menos custos incrementais de salários, serviços de
utilidade publica, seguro e outros

Estima-se que a jazida estará exaurida após 04 (quatro) anos de exploração. A essa altura,
o capital de giro será liberado para reinvestimento em outro lugar. A taxa de desconto da
companhia é de 20%

Pede-se (ignore o IR)


Qual o valor presente liquido do projeto de mineração? O projeto deve ser aceito? Explique.

Análise de Viabilidade de Projetos


60

8) A corporação Clayton está cogitando a fabricação de um novo produto, o Autodial. Os


dados de mercado indicam que a empresa será capaz de vender 35.000 unidades ao ano
a $35 cada. O produto será fabricado em uma área de uma fábrica já existente que,
atualmente, não se encontra em uso.
Para produzir o Autodial, a empresa precisa comprar uma máquina que custa $310.000 a
vista. A máquina tem uma expectativa de vida útil de cinco anos e terá valor residual, ao
final do período, de $10.000 (isento de imposto de renda). A empresa depreciará a
máquina em cinco anos usando o método linear para fins de demonstração financeira e
fiscal.
Além do custo da máquina, a empresa incorrerá anualmente em custos de produção
adicionais de $300.000 em peças dos componentes, $400.000 em MOD e $180.000 em
custos diversos. Além disso, a empresa planeja gastar $130.000 anualmente, na
propaganda da Autodial. A empresa tem uma alíquota de impostos de 40% calculando
sobre o lucro antes dos tributos e sua taxa de retorno exigida é de 14%a.a..

Pergunta-se:

a) Valor Presente Liquido


b) A empresa deve fazer o investimento na fabricação do produto?

Análise de Viabilidade de Projetos


61

PERPETUIDADE

9) Um investidor esta interessado em adquirir uma empresa que fabrica apenas um


produto e contratou os serviços de uma consultoria para avaliar o seu valor. A consultoria
realizou as seguintes projeções:

➢ Preço de venda estimado do produto nos próximos 5 anos:

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


10 11 12 13 14

➢ Quantidade estimada de venda por ano (Unid. Mil)

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


200 210 220 230 240

➢ Custos e despesas estimadas ($ Mil)

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


1.000 1.100 1.200 1.300 1.400

Como a empresa tem estimativa de duração infinita, a partir do último ano da projeção a
consultoria considerou como repetidos todos os valores do ano 5.
Suponha uma taxa mínima requerida pelo investidor de 6% a.a., e apure o valor que o
mesmo estaria disposto a investir no negócio utilizando como base o VPL.

Observação: Calcule o valor para T0, considerando a ocorrência dos fluxos no final de cada
ano.

Análise de Viabilidade de Projetos


62

CMPC

10) Calcule o custo médio ponderado de capital para a empresa abaixo, considerando um
custo de empréstimos de 10% ao mês e um custo de capital próprio de 15% ao mês:

Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixa 50.000 Empréstimos 800.000
Estoques 500.000
DPL a Rec 300.000

Não Circulante Patrimonio Liquido


Imobilizado 350.000 Capital 400.000

Total 1.200.000 Total 1.200.000

Análise de Viabilidade de Projetos


63

11) Um grupo de investidores está avaliando a possibilidade de investir em um novo


projeto. Para a sua execução esta prevista a criação de uma nova empresa específica para
o projeto onde serão aportados R$ 10 milhões pelos sócios e também a captação de R$ 5
milhões de empréstimos bancários para compor a necessidade de recursos com um custo
final de 15% a.a..
O estudo deste projeto considera que o mesmo apresentará uma receita em seu primeiro
ano no valor R$ 4 milhões com um crescimento de 20% ao ano até a sua finalização. O
prazo deste projeto é de 7 anos.
Além disso, espera-se a um gasto com despesas de R$ 1 milhão no primeiro ano do projeto
com um crescimento de 5% ao ano até o final do mesmo.
Considerando que o custo do capital próprio seria de 20%a.a., analisar a viabilidade do
projeto.

Análise de Viabilidade de Projetos


64

CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS

12) Uma empresa de lucro real capta um financiamento de R$ 100.000 a uma taxa
contratual de 5% ao mês. Considerando que a empresa tem uma taxa de imposto de renda
de 25%, pede-se calcular o custo deste financiamento.

Análise de Viabilidade de Projetos


65

CAPM

13) Dois sócios aplicaram R$ 100 mil cada, para abrir uma empresa, de lucro real.
Tomaram ainda um empréstimo de R$ 50.000, com taxa contratual de 15%a.a.. Calcule o
seu custo médio ponderado de capital, considerando:

a) Taxa IR = 20%
b) Taxa Títulos do governo = 12%
c) Rentabilidade do índice bovespa = 20%
d) Beta de empresa similar = 1,3

Análise de Viabilidade de Projetos


66

14) A Cia Z está avaliado a possibilidade de investir em um novo projeto. O seu


departamento de planejamento prevê o seguinte fluxo de caixa:

T0 -800.000
T1 260.000
T2 230.000
T3 220.000
T4 240.000
T5 220.000

Atualmente a empresa apresenta em seus relatórios contábeis um total de origens de


recursos de terceiros de R$ 1.600.000 e de capital próprio R$ 800.000.
Através de uma avaliação de mercado atribui-se o beta da empresa como sendo de 1,5, o
retorno da carteira de mercado 16%a.a e os juros pagos pelos títulos do governo 12%
a.a..
Os empréstimos foram realizados em um único contrato com uma instituição financeira,
sendo a sua taxa contratual de 15% a.a.. Sabendo-se que a empresa tem um regime
tributário de lucro real, sendo a sua alíquota de IR de 25%, decidir sobre a viabilidade do
projeto.

Análise de Viabilidade de Projetos


67

VALOR DO PROJETO

15) Uma empresa pretende realizar um novo projeto que envolve a criação de um novo
produto. Um investidor se mostrou interessado em adquirir 30% de participação no novo
empreendimento. Para dar início às negociações uma consultoria foi contratada para
avaliar o valor da participação a ser negociada. Os dados de mercado indicam que a
empresa será capaz de vender 35.000 unidades no próximo ano, com um crescimento de
2.000 unidades ao ano a partir do segundo ano até o quinto. O preço médio de venda
unitário de seu produto é R$45, e a previsão é de que haja um acréscimo de R$ 1,00 por
ano, a partir do segundo até o quinto ano.
A empresa incorrerá em custos anuais de produção adicionais de $17 por unidade em peças
dos componentes (com crescimento previsto de R$ 1 por ano, a partir do segundo até o
quinto ano), $410.000 anuais em mão de obra direta e $170.000 anuais em custos diversos
(não há previsão de crescimento nestes últimos dois itens). Além disso, a empresa planeja
gastar $120.000 anualmente em propaganda despesas administrativas adicionais.
O valor da depreciação anual dos equipamentos a serem utilizados no projeto é de $
70.000.
A empresa está sujeita à uma alíquota de imposto de renda de 40% e possui o seguinte
patrimonial:

Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixa 100.000 Empréstimos 1.000.000
Estoques 1.000.000
DPL a Rec 600.000

Não Circulante Patrimonio Liquido


Imobilizado 800.000 Capital 1.500.000

Total 2.500.000 Total 2.500.000

Através de uma avaliação de mercado atribui-se o beta da empresa como sendo de 1,4, o
retorno da carteira de mercado 15%a.a e os juros pagos pelos títulos do governo 11%
a.a..
Os empréstimos foram realizados em um único contrato com uma instituição financeira,
sendo a sua taxa contratual de 15% a.a..
Calcule o valor da participação a ser adquirida considerando a empresa como sendo de
lucro real, e que os resultados do novo empreendimento a partir do quinto ano irão se
repetir indefinidamente.

Análise de Viabilidade de Projetos


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TIR

16) (Houston, pg . 401) O projeto K tem um custo de $ 52.125 e se espera que as entradas
líquidas de caixa sejam de $ 12.000 por ano durante oito anos.

a. O custo de capital é de 12 por cento. Qual o VPL do projeto?


b. Qual é a TIR do projeto?
c. Construa o gráfico do VPL do projeto

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17) (Tosi, pg.260) Uma empresa adquiriu um equipamento no valor de $ 65.000,00, para
pagamento nas seguintes condições: entrada de $ 8.000,00, mais 9 parcelas mensais e
consecutivas, vencendo a primeira 30 dias após a entrada, sendo as três primeiras de $
11.000,00 cada, a quarta de $ 6.000,00 e o restante das parcelas de $ 10.000,00 cada.
Determine a taxa mensal de juros compostos cobrada nesta venda.

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18) Há alguns meses atrás você resolveu financiar um carro, tendo assumido 36 prestações
mensais de R$ 513,23. Nos últimos anos as suas economias aumentaram tornando possível
a quitação do veículo. Ao entrar em contato com a financiadora, esta lhe informou que o
valor para a quitação de todas as suas parcelas a vencer é de R$ 9.432,50. Sabendo-se
que existem 21 prestações a pagar, sendo a próxima no mês seguinte, e que a
rentabilidade média de seus investimentos é de 0,75%a.m., decida se a proposta deve ser
aceita e justifique.

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