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Aula 1 3

Conjuntos Numéricos: 3
Operações com conjuntos: 3
Subconjuntos: 3
Pertinência e inclusão 4
Notação conjuntos: 4
Aula 2 5
Diagrama de Venn 5
Propriedades em Diagramas de Venn 7
Leis de Morgan 7
Aula 3 8
Princípio Aditivo 8
Princípio da Inclusão-Exclusão 8
Aula 4 8
Princípio de Indução Finita ou Indução Matemática 8
Princípio de Indução Forte 9
Aula 5 10
Sequência de Fibonacci 10
Aula 6 12
Princípio Fundamental da Contagem 12
Aula 7 á aula 12 12
Arranjo 13
Arranjo com repetição 13
Permutação 14
Permutação com Repetição 14
Permutação Circular 15
Combinações 15
Combinação com Repetição 16
Aula 13 17
Binômio de Newton 17
Termo Geral do Binômio de Newton 18
Binômio complementares 19
Propriedades Binômio 19
Termo médio ou termo central 19
Termo independente 19
Quanto te pede a soma dos coeficientes dos termos desenvolvimento 19
Propriedades Do Triângulo De Pascal 19
Aula 14 20
Teorema de Binomial 20
Aula 15 21
Relação de Recorrência 21
Aula 16 a 19 24
Grafos 24
definições básicas da teoria dos grafos e suas notações: 24
Grafos Geométricos 26
Vizinhança 27
Grafo complementar 27
Subgrafos 28
Subgrafo Induzido 28
Subgrafo Gerador 29
Grafo Completo 29
Clique 30
Grafo Nulo 30
Conjunto Independente 31
Grau de Vértices 31
Grau Regular 32
Soma Dos Graus De Um Grafo 33
Teorema do Aperto de Mãos 33
Sequência De Grau 34
Grau Isomorfos 35
Problema de grau isomorfos 36
Grau Isomorfos Formalizado 37
Representação De Grafos Por Matrizes 38
As matrizes de adjacência e de incidência possuem algumas propriedades
importantes: 40
Aula 20 41
Caminho em um grafo: 41
Ciclo em um grafo: 41
Passeio 42
Trajeto E Caminho 42
Passeio Fechado E Grafo 42
Conexidade 43
Distância 44
Grafos Especiais 45
Caracterização De Grafos Bipartido 45
Aula 21 46
Árvores 46
Caracterização 47
Relação Ao Número De Vértices E Arestas 47
Centro 48
Geradora 49
Enraizada 50
Aula 22 51
Grafos Euleriano 51
Caracterização 51
Grafos Hamiltoniano 52
Teorema De Dirac 52
Teorema de Ore 53
Problema Do Caixeiro Viajante 54
Aula 23 55
Grafos planares 55
Teorema de Kuratowski 56
Aula 24 57
Grafo Direcionado 57
Representação Geométrica 58
Conceitos Basicos E Nometratura 58
Representação Por Matrizes 59
Aula 1

Conjuntos Numéricos:
N -> são os números naturais que são {0,1,2,3,4,5,6…}
Z -> são os números inteiros que são {...-3,-2,-1,0,1,2,3…}
Q -> são os números racionais que pode transformado em fração exemplos:
0,3 0/5
I -> são são os números irracionais que não pode transformado em fração
exemplos: V2 pi
R -> são os números reais que conjunto contém todos os outros conjuntos
dentro dele.
Observação: Quando tempos um desses conjuntos com o sinal *, quer dizer que
nesse conjunto não teremos o elemento 0.

Operações com conjuntos:


União (U): É usado para unir dois conjuntos ou mais, assim formando um conjunto
onde não vai entrar os elementos que se repetem de um conjunto para o outro.
Interseção(∩): É usado para pegar os elementos que se repetem em dois conjuntos
ou mais, assim formando um conjunto das interseções dos conjuntos.
Diferença(-): É pegar os elementos do conjunto que não se repete no outro conjunto,
isso é se A-B, vai pegar os elementos de A que não tem quem B.
Complementar: A-B

Subconjuntos:
São os conjuntos que tem dentro de um conjunto, sendo ele mostrado conjunto ou
fica subentendido que existe esse subconjuntos.
Pode calcular quantos subconjuntos a em um conjunto pela fórmula de 2n , onde n
representa o número de elementos que compõem o conjunto.
Observação: Todo conjunto tem um subconjunto {} ou ∅, que é o subconjunto nulo.
Pertinência e inclusão
∈ = pertence é usado para saber se um elemento pertence ao conjunto
∉ = não pertence é usado para saber se um elemento não pertence ao conjunto
⊂ = contido é usado para saber se um subconjunto ou conjunto está contido ao conjunto
⊄ = não contido é usado para saber se um subconjunto ou conjunto não está contido ao
conjunto
⊃ = contém é usado para saber se um subconjunto ou conjunto está contém ao conjunto
⊅ = não contém é usado para saber se um subconjunto ou conjunto não está contém ao
conjunto

Exemplos verdadeiro ou falso:


A = {1,2{3},4}
{2} ∈ A (F) Pois pertence só pode verificar um elemento pertence ao conjunto é não pode ocorre
aqui.
2 ∈ A (V) Pois pertence só pode verificar um elemento pertence ao conjunto.
{2} ⊂ A(V) Pois contido só pode verificar um subconjunto ou conjunto está contido ao conjunto.
{3} ∈ A(V) Pois pertence só pode verificar um elemento pertence ao conjunto.
{{3}} ⊂ A(V) Pois contido só pode verificar um subconjunto ou conjunto está contido ao conjunto.
Ø ∈ A(F) Pois nulo, não é um elemento, mas sim um subconjunto
Ø ⊂ A(V) Pois nulo é um subconjunto está contido em todos conjuntos.
A ⊃ 1(F) Pois 1 elemento não um subconjunto para contem pode verificar
A ⊃ Ø(V) Pois nulo é um subconjunto que contém em todos conjuntos.
A ⊃ {4}(V) Pois contém verificar subconjunto ou conjunto está contém ao conjunto.

Obs:
1:elementos são exatamente a forma que nos é apresentado o conjunto.
2: subconjuntos são representados {valor}, porém se conjunto tem elemento com no
exemplo {3} só será um subconjunto quanto ele estiver representado assim {{3}}.

Notação conjuntos:
Primeiro temos que aprender algumas coisas sobre notações onde vamos usar a
pertinência e inclusão.
Que todo conjunto está contêm a um conjunto universo, que conjunto universo é
representado por U.
A notação é representada por uma conjunto(exemplo: A) que está constituído ou
igual(exemplo: A =) que recebe uma expressão(exemplo: A = {x ∈ U}) tal que(exemplo: A =
{x ∈ U | }) que vem uma afirmativa que pode ou não está correta(exemplo: A = {x ∈ U |
P(x)}).
Obs: P(x) que significa proposição ou propriedade de x
Aula 2

Diagrama de Venn
Nada mais é que uma forma gráfica de mostrar conjuntos, abaixo temos imagens
representando o conjuntos no diagrama de venn, com o objetivo de facilitar o entendimento
das operações básicas de conjuntos.

Para os cálculos básicos iremos usar os conjuntos com interseção. Onde sempre iremos
primeiro fornecer a interseção de todos os conjuntos, depois indo para as sub interseções
dos conjuntos. Depois das interseções preenchidas podemos preencher o restante do
conjunto que falta ser preenchido. Exemplos abaixo melhor exemplificar:

1)Em um curso com 2 idiomas:


● 150 estudam inglês
● 95 estudam espanhol
● 30 estudam inglês e espanhol
Quantos alunos estudam:
a) Somente inglês?
b) Apenas um idioma?
c) Inglês ou espanhol?

a) Como lemos acima, temos que primeiro fazer a


interseção, onde neste exemplo iremos
preencher com o valor 30, pois é o valor de
alunos que estudam inglês e estanho. Como
sabemos temos 150 alunos inglês, porém já
sabemos que desses 150 alunos temos 30 que
fazem espanhol também, logo para saber
quantos alunos fazem só inglês vamos fazer a
diferença entre 150 e 30. 150-30 = 120

Resposta: A 120 alunos que estudam somente inglês.


b) Iremos fazer o mesmo processo de cima, só que agora
do lado de espanhol também. Então teremos 95 alunos
de espanhol menos 30 alunos que faz ambas as aulas.
95-30 = 65

O que a pergunta é quantos alunos fazem só um


idioma, logo iremos somar os alunos que fazem só
inglês(120) ou somente espanhol(65). 120+65 = 185

Resposta: 185 alunos que estudam somente inglês ou


somente espanhol.

c) Essa questão temos que perceber que “ou” quer dizer que querem os alunos que
somente estudam inglês mais os alunos de inglês e espanhol e os alunos que
somente estudam inglês e espanhol. Também poderia ter sido perguntado quantos
alunos estudam nesse curso, que fazemos a mesma conta.
Como com as questões anteriores, já sabemos os valore então vamos de quantos
alunos a cada curso agora vamos somar. 120 inglês + 30 inglês e espanhol + 65
espanhol = 215

Resposta: 215 alunos que estudam nos cursos.

2) Uma pesquisa foi feita com 500 pessoas


● 300 gostam de futebol
● 280 gostam de basquete
● 50 não gostam desses esportes
Quantas pessoas gostam de futebol e basquete?

Para responder essa pergunta temos que perceber que não foi nos dados a interseção,
porém foi nos dados todos os outros elementos, que com eles podemos usar para achar a
interseção.
1: Temos que entender que não conhecemos o valor da interseção, logo teremos uma
incógnita que iremos apresentar de alguma forma gráfica, nesse
caso eu escolhi a letra X. Então colocamos a letra X na posição
de interseção.
2: Sabemos que 300 gostam de futebol, mas também sabemos
que o conjunto de futebol já tem o valor X, então o restante do
conjunto tem o valor de 300-X.
3: Sabemos que 280 gostam de basquete, mas também
sabemos que o conjunto de basquete já tem o valor X, então o
restante do conjunto tem o valor de 280-X.
4: Sabemos que ao todo temos 500 pessoas entrevistadas,
dessas sabemos 50 não gosta de nenhum esporte.
5: Como esses dados podemos montar uma equação de primeiro grau para achar o valor
da interseção. Onde temos 500 como valor total da expressão que é igual a 300-X, que é o
valor que só gosta de só futebol, que é somado com a interseção e ela é somada com
280-X, que é o valor das pessoas que só gostam de só basquete, que é somado com 50
pessoas que não gostam desses esportes.
Então fica a expressão assim:
500 = 300-x+x+280-x+50
500 = 300(-x+x = 0)+280-x+50
500 = 300+280-x+50
500 = 630-x
x = 630 - 500
x = 130

Resposta: 130 pessoas gostam de futebol e basquete


Obs: A partir que achamos a interseção podemos responder todas as perguntas feitas na 1
questão, quantos só gostam de um esportes e se realmente são 500 pessoas que
participam da pesquisa, etc.

Propriedades em Diagramas de Venn


Propriedades:
Associativa ->Temos uma expressão de conjuntos com o mesmo operador, logo
podem ser colocados todos juntos sem a necessidade de parentes.
Ex1: A U (BUC) = (AUB)U(AUC) =AUBUC
Ex2: A ∩ (B∩C) = B∩(A∩C) = A∩B∩C

Distributiva -> temos conjunto com uma operação de conjunto e temos entre
parentes um outro conjunto com uma operação, Então distribuímos o conjunto com a
primeira operação dentro dos parentes.Veja abaixo graficamente com que funciona.U ∩
Ex1: A U (B∩C) = (AUB)∩(AUC)
Ex2: A ∩ (BUC) = (A∩B)U(A∩C)

Leis de Morgan
Os conjuntos são representados como vimos anteriormente no diagrama de Vann, porém
nas leis de Morgan representaremos só por letras, como A, B, C, etc.
Também temos o termos complementar de um conjunto que nada mais é que todos os
elementos tirando o conjunto referido, complemento de Ā (completar é representado pelo
conjunto ou expressão com um lista em cima ou til), isto quer dizer que vamos pegar todos
os elementos do conjunto exceto os que estão em A.

Leis de De Morgan:
1 lei: (AuB)C = AC∩BC(C é complementar)
2 lei: (A∩B)C = ACuBC

Forma alternativa de escrever a Diferença: A-B = A∩BC


Aula 3

Princípio Aditivo
Tem como função somar o número de elementos dos conjuntos que esse conjunto forma o
conjunto diferença, só pode ser usado em operações de união.
Número de elementos são representados n(conjunto ou expressão)
Ex: n(AuB) = n(A) + n(B)

Princípio da Inclusão-Exclusão
Tem como função calcular o número de elementos dentro de uniões dentro de conjuntos,
sendo esse conjunto de interseção. Onde vamos ter n(AuB) = n(A) + n(B) - n(A∩B)
A fórmula é contar todos os conjuntos e tirar todas as interações que se repetem, verificar
se ficou algum elemento para ser contado por último e se algum elemento ainda tem que
ser retirado.
Ex: n(A U B U C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A ∩ B) – n(A ∩ C) – n(B ∩ C) + n(A U B U C)

Aula 4

Princípio de Indução Finita ou Indução Matemática


Utilizamos a indução finita quando queremos comprovar que uma propriedade funciona
para todo número igual a n.
Primeiro verificamos se formular funciona para o primeiro termo, caso seja verdadeira
vamos para segunda parte.
A segunda parte tem como princípio verificar n+1 é verdadeiro, logo pressupondo que N é
vedadeiro.
Ex: P(n)->1+3+5+...+2n-1=n2, ∀ n ⋲ |N*

1) Se P(1): (n0=1)
2n-1=n2 -> 2(1)-1 = 12 -> 2-1 = 1 -> 1 = 1 (Verdadeiro)

2) SeP(n) é verdadeira, n⋲|N*, então P(n+1) é verdadeira?


P(n+1)->1+3+5+...+2n-1+2(n+1)-1=(n+1)2
Como sabemos que 1+3+5+...+2n-1=n2, então podemos substituir na fórmula acima
n2+2(n+1)-1=(n+1)2
Vamos desenvolver o (n+1)2 = n2+2n+1 então fica
n2+2(n+1)-1=n2+2n+1 -> n2+2n+2-1=n2+2n+1 -> n2+2n+1 = n2+2n+1 (Verdadeiro)
Princípio de Indução Forte
A indução forte é uma variação da indução matemática clássica, que pode ser chamada de
indução fraca. Geralmente, a indução forte é utilizada quando não podemos demonstrar
facilmente utilizando a indução fraca. Essencialmente, elas diferem no passo de indução.
Em uma demonstração de indução fraca, no passo indutivo temos que mostrar que toda vez
que P(n-1) é verdadeira, P(n) também será verdadeira. Observe que na indução fraca,
utilizamos apenas uma instância da hipótese de indução. Em uma demonstração de
indução forte, no passo indutivo temos que mostrar que toda vez que P(k) é verdadeiro para
todo k <= n-1 então P(n) também será verdadeiro. Observe na indução forte, podemos
aplicar várias instâncias da hipótese de indução e/ou não restringe a aplicação da hipótese
de indução em uma única instância da hipótese indutiva.

Ex:
Mostre que P(n) é válida para n >= 8
P(n) = é possível obter qualquer valor n centavos ou mais usando apenas moedas
de 3 ou 5 centavos

Caso Base
P(8),P(9),P(10) é verdadeiro
8 = 3+5
9 = 3+3+3
10 = 5+5

Hipótese de Indução
P(k) é verdadeira para todo 8<=k<=n-1 em que n-1>=10.

Passo de Indução
Vamos mostrar que P(n) é verdadeiro para n>=11.
Por hipótese de indução, temos que P(n-3) é verdadeiro, porque n-3>=8. Logo,
n-3 = 3a+5b , a Neb N
Assim, temos
n-3+3 = 3(a+1)+5b
n = 3(a+1)+5b

Para obter n centavos usando moedas de 3 ou 5, basta saber como obter n-3
centavos usando moedas de 3 ou 5 e adicionar uma moeda de 3.
Aula 5

Sequência de Fibonacci
A sequência de fibonacci é uma fórmula muito usada na matemática que também é muito
encontrada na natureza. Para resolvermos a sequência temos que primeiro saber que para
ela teremos que usar a indução forte, pois temos dois termos iniciais para poder usar a
propriedade de fibonacci.

Sequência de Fibonacci:
n1 = 1
n2 = 1
n3 = n1+n2 = 1+1 = 2

Essa fórmula de somar os dois números anteriores da sequência gera o novo número da
sequência.
𝑛 𝑛
1 1+ √5 1 1− 5
Temos a afirmação de que 𝐹(𝑛) = √5
( 2
) − √5
( 2
) 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 ≥ 1
Como é indução forte temos que ver quantos temos temos que verificar, nesse caso vamos
verificar os 2 termos inicialmente para partir para segunda parte que é comprovar n e n+1.

1)
2)
Aula 6

Princípio Fundamental da Contagem


O princípio da contagem pode ser dividido em dois tipos: os Multiplicativos e os Aditivos.
Onde você vai identificar se colocando na posição de quem está no problema tendo que
fazer ação. Você vai usar o princípio multiplicativo quando tiver algo e(multiplicação) outra
coisa, já o aditivo é quando tiver algo ou(Adição) outro algo, é sempre em ambos os caso
respeita as restrições que a questão apresenta e fazer restrições primeiro. Nos exemplos
abaixo fica mais fácil de entender.

Ex1: De quantos modos distintos posso chegar ao cinema do shopping sabendo que nele
tem 3 portas de entradas, 2 escadas rolantes e 5 bilheterias.
Então temos a possibilidade de passar entre 3 portas de entradas e em 2 escadas rolantes
e 5 bilheterias do cinema.

A conta ficaria: 3 * 2 * 5 = 30 possibilidades de entrar no cinema.

Ex2: Uma pessoa quer sair A para a cidade C. Veja abaixo as rotas possiveis.

De quantas maneiras é possível chegar da cidade A à cidade C?


A para B: 3
B para C: 2
A para C: 2

Da cidade A tem 3 entradas para cidade B e da cidade B para cidade C tem 2 estradas.
3*2 = 6
Ou invés de irmos da A a para B, vamos da cidade A para C, temos mais 2 estradas para
irmos.
6+2=8

Temos ao todo 8 possibilidades de rotas da cidade A para cidade C.


Aula 7 á aula 12

Arranjo
No arranjo temos um número de elementos maiores que o número de posições disponíveis.
Fórmula:

Exemplo:
Como exemplo de arranjo, podemos pensar na votação para escolher um representante e
um vice-representante de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o
representante e o segundo mais votado o vice-representante.

Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá ser feita? Observe que nesse
caso, a ordem é importante, visto que altera o resultado.

ou 20 * 19 = 380

Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes.

Arranjo com repetição


No arranjo temos um número de elementos maiores que o número de posições disponíveis
e a ordem desses elementos importam então não pode haver repetição no arranjo.
Fórmula: ARn,k = nk
AR → arranjo com repetição ou arranjo completo;
n → quantidade de elementos no conjunto;
k → quantidade de elementos em cada agrupamento.

Exemplo:

Em determinado servidor de um jogo online, na fase teste os jogadores são identificados


por uma sequência de 3 símbolos, distintos ou não, dentre os seguintes: @, $, #, !, Σ, ∞.
Qual é a quantidade máxima de jogadores que podem entrar no servidor durante a fase
teste?

Note que os símbolos podem ser distintos ou não, então o arranjo de um jogador pode ter
repetições. Além disso, como estamos formando sequências, a ordem é importante. Logo,
se trata de um arranjo completo de 6 elementos tomados de 3 em 3.
AR6,3 = 6³
AR6,3= 216

Dessa forma, há 216 identificações possíveis.


Permutação
Na permutação temos um número de elementos iguais ao número de posições disponíveis.
Fórmula:

Exemplo:
Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras diferentes 6 pessoas podem se
sentar em um banco com 6 lugares.

Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número de lugares é igual ao número
de pessoas, iremos usar a permutação:

ou 6 *5 * 4 * 3 * 2 * 1 = 720

Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas sentarem neste banco.

Permutação com Repetição


Na permutação com repetição temos um número de elementos iguais ao número de
posições disponíveis, porém a ordem desses elementos importam, logo não queremos
permutações repetidas.
Fórmula:

é o número de permutações de n elementos.


são os números de elementos de cada tipo que se repetem.
é o fatorial do número total de elementos n.
Exemplo:

Vamos determinar quantas permutações existem para a palavra OVO. Para facilitar vamos
colorir as letras. Vejamos os anagramas da palavra OVO.

O número de permutações simples com 3 elementos é dada por


No entanto, algumas permutações se repetem e não podemos contá-las duas vezes. Para
isso devemos dividir o valor de (pois a palavra possui três letras), por (pois a letra O
se repete duas vezes).

Dessa forma, o número de permutações para as letras da palavra OVO é igual a 3.

Permutação Circular
Na permutação circular temos um número de elementos iguais ao número de posições
disponíveis. Mas como estamos utilizando um círculo a ordem importa, se não teremos
permutação repetidas.
Fórmula:

Exemplo:
Uma família é composta por seis pessoas: o pai, a mãe e quatro filhos. Num restaurante,
essa família vai ocupar uma mesa redonda. Em quantas disposições diferentes essas
pessoas podem se sentar em torno da mesa?

Essas pessoas podem sentar de 120 maneiras diferentes em volta da mesa.

Combinações
A combinação é quando a ordem importa, então não é permitido a repetição dos elementos
formando a mesma combinação em ordem diferentes.
Fórmula:

Exemplo:
A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de 3 membros para formar uma
comissão organizadora de um evento, dentre as 10 pessoas que se candidataram.

De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser formada?

Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem dos elementos não é
relevante. Isso quer dizer que escolher: Maria, João e José, é equivalente a escolher: João,
José e Maria.
Observe que para simplificar os cálculos, transformamos o fatorial de 10 em produto, mas
conservamos o fatorial de 7, pois, desta forma, foi possível simplificar com o fatorial de 7 do
denominador.

Assim, existem 120 maneiras distintas de formar a comissão.

Combinação com Repetição


A combinação com repetição é quando a ordem não importa, então não é permitido que se
repetição os elementos formando a mesma combinação.
Fórmula:

CR: combinação com repetição


n: quantidade de elementos no conjunto
k: quantidade de elementos em cada reagrupamento"

Exemplo:
Calcularemos o total de combinações com repetição, em que o cliente escolherá 2 sabores
entre {abacaxi, laranja, manga, tamarindo}.

Temos 4 opções tomadas de 2 em 2, então, substituindo na fórmula, temos que:


Aula 13

Binômio de Newton
Binômio são expressões com duas ou mais incógnitas onde eles se soma ou diminui e essa
expressão está sempre elevada a um número natural. Nada mais é que uma forma diferente
de escrever a análise combinatória simples.
Exemplo de um binômio de Newton: (a+b)0

O desenvolvimento do binômio de Newton em alguns casos é bastante simples. Podendo


ser feita multiplicando-se diretamente todos os termos.
Contudo, nem sempre é conveniente utilizar esse método, pois de acordo com o expoente,
os cálculos ficarão extremamente trabalhosos.

Ex:

Fórmula do Binômio de Newton:


(a + b)n = Cn0 b0 an + Cn1 b1 an - 1+ Cn2 b2 an - 2 +... + Cnn bn a0
ou

Sendo que podemos traz essa fórmula em um analise combinatoria de combinação

Cnp : número de combinações de n elementos tomados p a p.

n! : fatorial de n. É calculado como n = n (n - 1)(n - 2) . ... . 3 . 2 . 1


p! : fatorial de p
(n - p)! : fatorial de (n - p)
Exemplo: Calcule o binômio de Newton (a+b) elevado à quarta potência.

1º passo: escrever o polinômio utilizando a fórmula.

2º passo: calcular as combinações.

Substituindo as combinações, o polinômio encontrado será:

Termo Geral do Binômio de Newton


O termo geral do binômio de Newton é dado por:

Exemplo

Qual é o 5º termo do desenvolvimento de (x + 2)5, de acordo com as potências


decrescentes de x?

Como queremos T5 (5º termo), então 5 = k +1 ⇒ k = 4.

Substituindo os valores no termo geral, temos:


Binômio complementares
São complementares se as bases p+q = n. Os complementares são iguais

Propriedades Binômio
𝑛
(0) = 1
𝑛
(𝑛) = 1
𝑛
(1) = 𝑛
𝑛
( 𝑛−1 ) = 𝑛

Termo médio ou termo central


Nada mais é que o terno que fica no meio.Sempre lembrando que o números de ternos é
determinado por n+1. Para descobrir sempre vamos usar a fórmula de termo geral do
binômio Newton.

Termo independente
O termo independente nada mais é que o termo onde não temos o X ou X0.
A quantidade de termos está ligada n+1. Para descobrir sempre vamos usar a fórmula de
termo geral do binômio Newton.

Quanto te pede a soma dos coeficientes dos termos desenvolvimento


Vamos trocar as incógnitas por 1 é resolver a expressão e a forma mais rápida de se
resolver.

Propriedades Do Triângulo De Pascal


Os números de binômio de Newton, podem ser coordenados para o triângulo de Pascal.(
𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎
)
𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎

Propriedade:
1 - Todos os elementos da primeira coluna tem o valor 1.
2 - O Último elemento de cada linha tem o valor 1
3 - Todo elemento que tenha a mesma distância em uma linha qualquer tem o
𝑛 𝑛
mesmo valor. assim sendo
𝑝
= 𝑞
ou seja p=q ou então p+q=n
4 - Relação de stiff, que quando se soma dois elementos seguidos de uma linha seu
resultado aparece na linha de baixo do triângulo na posição do último número somado,
𝑛 𝑛 𝑛+1
assim fazendo um espécie de um L. Assim sendo,
𝑝
+ 𝑝+1 = 𝑝+1
5 - Somando todos os n de um linha vai ser igual a 2n, em outras palavras se quero
saber o somatório do numerador da linha 5, isso é igual a 25.
6 - A soma de coluna é igual ao elemento que está a baixo e a direita desta coluna
somada coluna.
7 - A soma de diagonal é igual ao valor que está abaixo do último elemento da
diagonal.

Aula 14

Teorema de Binomial
Como sabemos é muito complicado montar o binomial de Newton, mas tem fórmula
𝑛
𝑛 𝑛 𝑛−𝑘 𝑘
matemática para ajudar nesses casos que é (𝑥 + 𝑦) = ∑ ( 𝑘 )𝑥 𝑦
𝑘=0
𝑛
Onde ∑ quer dizer que vamos substituir o K pelo valor de 0 até n. Para melhor exemplificar
𝑘=0
vamos considerar que (x+y)4.

𝑛
𝑛 𝑛 𝑛−𝑘 𝑘
(𝑥 + 𝑦) = ∑ ( 𝑘 )𝑥 𝑦
𝑘=0

O método mais útil é utilizando o teorema de pascal para pegar os números e colocando os
A elevado a n e ir decaindo o n, a cada A que parece, já o B vamos elevar partindo do 0 até
chegar no n, a cada B que aparece. E se for soma vc coloca só sinal de +, já subtração vai
começar sinal de mais e depois o de menos e depois o de mais e assim por diante até
terminar.
Aula 15

Relação de Recorrência
Recorrência nada mais é que fórmula de descobrir um termo qualquer em um sequência.
A sequência é importante na ordem, mesmo que tenha os mesmos elementos, mas em
ordem diferente temos duas sequências.
As sequências podem ser formadas aleatoriamente ou por um lei de formação.
Com a lei de formação, conseguimos determinar qual elemento irá aparecer em um
determinado termo.
As leis de formação podem aparecer na fórmula fechada ou na fórmula recursiva.
Com a fórmula fechada podemos saber o valor de qualquer termo sem a necessidade de
calcular os seus antecessores, mas já na fórmula recursiva a essa necessidade de calcular
os seus antecessores.
Como pode ocorrer de uma mesma fórmula recursiva pode representar mais de uma
sequência, logo para evitar isso é normal informar qual é o primeiro termo da sequência.
Entre as sequência temos a sequência aritmética que é quando de um termo para o outro
vamos somando sempre o mesmo valor(razão), com exceção do primeiro termo.
Sequência aritmética fórmula recursiva:

Entre as sequências temos a sequência geométrica que é quando de um termo para o


outro vamos multiplicando sempre o mesmo valor(razão), com exceção do primeiro termo.
Sequência geométrica fórmula recursiva:

Também ocorre das sequências que são formadas pela lei de formação recursiva onde se
precisa de mais de um termo para poder gerar os termos posteriores a eles.
Como a sequência de fibonacci é uma das sequências mais conhecidas do mundo, ela
também tem sua fórmula recursiva.

Para algumas lei de formação de recorrência pode haver alguma restrição para o N.

Também temos o jogo Torre de Hanói que é muito famoso quando falamos de recorrência,
onde nele temos algumas regras onde só se pode mover um disco da torre por vez e só
pode um disco ficar por cima do outro caso o disco de baixo seja maior que o disco que vai
ser posto por cima.
A fórmula recorrente para a torre de Hanói:

Recorrências lineares de primeira ordem


É quando temos uma fórmula de recorrência que só informa o primeiro terno. Assim
podemos passar de recorrência para fórmula fechada.
Exemplo:
Recorrências lineares de primeira ordem
É quando temos uma fórmula de recorrência que é diferente. Temos que igualar eles
para que na hora da soma possamos cortar os termos.

Recorrências lineares homogêneas com coeficientes constantes


O que isso quer dizer é que a recorrência é linear quando não temos seus termos
não estão elevados e homogêneo quando só temos a expressão simples, x = algo (2x), com
exemplo. Coeficientes constantes é quando temos o números que se repete conforme a
recorrência vai recorrendo com exemplo x = 2x, o 2 vai sempre aparecer.
Recorrência é sua ordens
As recorrências têm suas ordens definidas pela quantidade de termos que é
necessário para a inicialização da recorrência.

Recorrência da substituição
É um método onde a gente vai usar o método de indução para resolver a
recorrência.

Aula 16 a 19
Grafos
Um grafo é uma estrutura matemática usada para representar relacionamentos entre
objetos. Esses objetos são chamados de vértices e os relacionamentos são chamados de
arestas.
Por exemplo, considere um conjunto de cidades interligadas por rodovias. Podemos
representar esse conjunto de cidades e rodovias por um grafo, onde cada cidade é um
vértice e cada rodovia é uma aresta que conecta duas cidades.

Veja um exemplo de grafo abaixo:


(A)----(B)
| |
| |
(C)----(D)

Este é um grafo simples que consiste em quatro vértices (A, B, C e D) e quatro arestas.
Cada vértice é representado por um ponto e cada aresta é representada por uma linha que
conecta dois vértices. Os vértices podem ser rotulados de diferentes maneiras, por
exemplo, podemos rotular os vértices deste grafo com as letras A, B, C e D.

Neste exemplo, cada aresta representa uma relação entre dois vértices. Por exemplo, a
aresta que conecta o vértice A ao vértice B indica que há uma conexão entre esses dois
vértices. Da mesma forma, a aresta que conecta os vértices B e D indica uma conexão
entre esses dois vértices.

Os grafos são usados em muitos campos da ciência da computação, incluindo algoritmos


de busca e otimização, sistemas de rede, representação de dados e muito mais.

definições básicas da teoria dos grafos e suas notações:


1. Grafo: Um grafo é uma coleção de pontos (vértices) conectados por linhas (arestas).

2. Vértice: Um vértice é um ponto em um grafo. Os vértices são geralmente rotulados com


números ou letras.

3. Aresta: Uma aresta é uma linha que conecta dois vértices em um grafo. As arestas
podem ser direcionadas (indicando uma relação de direção entre os vértices) ou
não-direcionadas (indicando uma relação simétrica entre os vértices).
4. Grau de um vértice: O grau de um vértice em um grafo não-direcionado é o número de
arestas que se conectam a esse vértice. No caso de grafos direcionados, existem dois tipos
de graus: grau de entrada (número de arestas que entram no vértice) e grau de saída
(número de arestas que saem do vértice).

5. Caminho: Um caminho em um grafo é uma sequência de vértices conectados por


arestas. O comprimento de um caminho é o número de arestas que ele contém.

6. Ciclo: Um ciclo é um caminho fechado em um grafo, ou seja, um caminho que começa e


termina no mesmo vértice.

Notações:
- Grafos são frequentemente representados por diagramas em que os vértices são
representados por pontos e as arestas são representadas por linhas que conectam os
pontos.
- Os vértices de um grafo podem ser rotulados com números ou letras.
- Notação V: A notação V é usada para denotar o conjunto de vértices de um grafo. Esse
conjunto pode ser finito ou infinito, dependendo do grafo em questão. Por exemplo, o
conjunto V = {A, B, C, D} representa um grafo com quatro vértices denominados A, B, C e
D.
- Notação G: A notação G é usada para denotar o grafo completo, incluindo os conjuntos de
vértices e arestas. A notação G é escrita na forma G = (V, E), onde V é o conjunto de
vértices do grafo e E é o conjunto de arestas. Por exemplo, um grafo com vértices A, B, C e
D e arestas AB, AC, AD, BC e CD pode ser representado por G = ({A, B, C, D}, {AB, AC,
AD, BC, CD}).
- Grau de um vértice: O grau de um vértice em um grafo é o número de arestas que estão
conectadas a esse vértice. No caso de um grafo direcionado, pode haver um grau de
entrada e um grau de saída, dependendo da direção das arestas. O grau de um vértice
pode ser denotado por deg(v), onde v é o vértice em questão. Por exemplo, no grafo abaixo,
o vértice A tem um grau de saída de 1 e um grau de entrada de 1:

Aqui está um exemplo simples para ilustrar essas definições:

Considere o seguinte grafo não-direcionado:


A -- B
| |
| |
D -- C

- Vértices: Os vértices deste grafo são A, B, C e D.


- Arestas: As arestas deste grafo são AB, BC, CD e DA.
- Grau de um vértice: O vértice A tem grau 2, o vértice B tem grau 2, o vértice C tem grau 2
e o vértice D tem grau 2.
- Caminho: Um caminho de A para C neste grafo é AB, BC.
- Ciclo: Este grafo contém um ciclo AB, BC, CD, DA.
Um exemplo simples de grafo não-direcionado é o seguinte:
A
/\
/ \
B-C

Este grafo possui três vértices, A, B e C, e três arestas: AB, BC e AC. Como é um grafo
não-direcionado, as arestas não têm direção e podem ser percorridas em ambas as
direções. Por exemplo, a aresta AB conecta os vértices A e B e pode ser percorrida tanto de
A para B quanto de B para A. O mesmo vale para as outras arestas.

Este grafo é simples, pois não possui arestas paralelas (ou seja, duas arestas distintas
conectando os mesmos dois vértices) e nem laços (arestas que conectam um vértice a si
mesmo). É um grafo conexo, pois é possível alcançar qualquer vértice a partir de qualquer
outro vértice seguindo um caminho ao longo das arestas. O grau dos vértices deste grafo é
2, pois cada vértice é incidente a duas arestas.

- Vértices: A, B, C
- Arestas: AB, BC, AC
- Grau de um vértice: é o número de arestas incidentes a um vértice. No grafo acima, o grau
de cada vértice é 2, pois cada vértice é incidente a duas arestas.
- Caminhos: alguns exemplos de caminhos neste grafo são AB, BC, AC, ABC, BCA, CAB. O
comprimento do caminho é o número de arestas que ele contém.
- Ciclos: há três ciclos de tamanho 3, que são as seguintes sequências de vértices: ABC,
BCA e CAB.

Grafos Geométricos
Sim, ao relaxar a definição de grafo simples para permitir a existência de arestas paralelas e
laços, obtemos uma estrutura chamada de multigrafo. No multigrafo, duas ou mais arestas
podem ligar o mesmo par de vértices, e um vértice pode ser ligado a si mesmo através de
um laço.

Por exemplo, o seguinte é um exemplo de multigrafo:


A -- B -- C
| | |
| | |
D -- A B

Este multigrafo possui arestas paralelas entre os vértices A e B (duas arestas ligando esses
vértices) e um laço no vértice A (uma aresta que liga A a si mesmo).

Os multigrafos são uma generalização dos grafos simples, e são usados em diversas áreas
da matemática, ciência da computação e engenharia para modelar situações em que
podem ocorrer múltiplas conexões entre pares de objetos.
Vizinhança
O termo "vizinhança" em grafos se refere aos vértices que estão diretamente conectados a
um determinado vértice por meio de uma aresta. A vizinhança de um vértice é um conjunto
de vértices que são adjacentes a ele.

Por exemplo, considere o seguinte grafo:


A -- B -- C
| |
D -- E

A vizinhança de A é o conjunto {B, D}, pois A é adjacente a B e D.


A vizinhança de B é o conjunto {A, C, E}, pois B é adjacente a A, C e E.
A vizinhança de C é o conjunto {B}.
A vizinhança de D é o conjunto {A, E}, pois D é adjacente a A e E.
A vizinhança de E é o conjunto {B, E}, pois E é adjacente a B e D.

A vizinhança pode ser dividida em dois tipos: vizinhança aberta e vizinhança fechada. A
vizinhança aberta de um vértice é o conjunto de vértices que são adjacentes a ele,
excluindo o próprio vértice. Já a vizinhança fechada de um vértice é o conjunto de vértices
que são adjacentes a ele, incluindo o próprio vértice.

Por exemplo, a vizinhança aberta de A é o conjunto {B, D}, enquanto a vizinhança fechada
de A é o conjunto {A, B, D}. A vizinhança aberta de B é o conjunto {A, C, E}, enquanto a
vizinhança fechada de B é o conjunto {A, B, C, E}.

A vizinhança é uma propriedade importante em grafos, pois pode ser usada para definir
conceitos como grau de um vértice e subgrafos induzidos.

Grafo complementar
O grafo complementar é um conceito na teoria dos grafos que se refere ao grafo que possui
todas as arestas não presentes no grafo original, mas que conectam todos os vértices não
adjacentes ao grafo original. Em outras palavras, se um grafo tem n vértices, o seu grafo
complementar também tem n vértices, mas todas as arestas que não estavam presentes no
grafo original agora estarão presentes, e todas as arestas que estavam presentes no grafo
original não estarão mais presentes no grafo complementar.

Por exemplo, considere o seguinte grafo:


A -- B -- C
| |
D -- E
O grafo complementar deste grafo terá as mesmas vértices, mas as seguintes arestas
adicionais:
A -- D
A -- E
B -- D
B -- E
C -- D
C -- E

Note que as arestas que estavam presentes no grafo original, como A--B, não estão mais
presentes no grafo complementar, mas todas as outras arestas, que não estavam presentes
no grafo original, agora estão presentes no grafo complementar.

O grafo complementar é frequentemente utilizado para estudar propriedades de grafos e


suas relações com outros grafos.

Subgrafos
Um subgrafo é um grafo que pode ser obtido a partir de outro grafo ao remover alguns
vértices e/ou arestas. Formalmente, seja G = (V, E) um grafo, um subgrafo H = (V', E') é
obtido de G ao escolher um conjunto V' de vértices de V e um conjunto E' de arestas de E,
tal que todas as arestas em E' conectam vértices em V' e nenhum vértice em V' está
conectado a um vértice fora de V'.

Por exemplo, no grafo abaixo, podemos obter o subgrafo H = (V', E') selecionando os
vértices {A, B, D} e as arestas {AB, BD}:
A --- B --- C
| |
D --- E

O subgrafo H é então:
A --- B
|
D

Em um subgrafo, é possível ter um conjunto menor de vértices e arestas, e esses vértices e


arestas podem ser escolhidos a partir do grafo original de várias maneiras diferentes. Além
disso, um subgrafo pode manter certas propriedades do grafo original, como ser bipartido
ou conexo, ou pode ter suas próprias propriedades exclusivas.

Subgrafo Induzido
Um subgrafo induzido de um grafo é aquele que é obtido a partir de um subconjunto de
vértices do grafo original, juntamente com todas as arestas entre esses vértices. Em outras
palavras, um subgrafo induzido preserva as arestas entre os vértices selecionados e
descarta as arestas que conectam vértices dentro do subconjunto, mas não fazem parte
dele.
Por exemplo, considere o seguinte grafo:
A -- B -- C
| | |
D -- E -- F

Se escolhermos o subconjunto de vértices {A, B, D, E}, o subgrafo induzido correspondente


seria:
A -- B
| |
D -- E

Observe que o subgrafo induzido preserva todas as arestas entre os vértices escolhidos e
descarta todas as outras arestas. Em outras palavras, o subgrafo induzido é um grafo
resultante da interseção entre os vértices escolhidos e o grafo original.

Subgrafo Gerador
Um subgrafo gerador de um grafo G é um subgrafo que contém um conjunto de vértices
que podem gerar todo o grafo G. Em outras palavras, um subgrafo gerador é um
subconjunto dos vértices de G que, juntamente com as arestas que conectam esses
vértices, formam um subgrafo que é isomorfo a um subgrafo de G.

Por exemplo, considere o seguinte grafo G:


A --- B --- C
| | |
D --- E --- F

O subgrafo gerador H = {A, B, C} contém os vértices A, B e C e todas as arestas que


conectam esses vértices em G. O subgrafo gerador H = {B, D, E, F} contém os vértices B,
D, E e F e todas as arestas que conectam esses vértices em G. Ambos os subgrafos
geradores contêm um conjunto de vértices que podem gerar todo o grafo G.

Grafo Completo
Um grafo completo é um grafo simples em que todos os pares distintos de vértices são
adjacentes, ou seja, todos os vértices estão conectados uns aos outros. Isso significa que
cada vértice tem grau igual a n-1, onde n é o número de vértices no grafo.

Um grafo completo com n vértices é denotado por K_n, onde K significa "completo" e n é o
número de vértices. Por exemplo, K_3 é um grafo completo com 3 vértices e 3 arestas,
como mostrado abaixo:
1
/\
/ \
2---3
O grafo K_n tem n(n-1)/2 arestas. Por exemplo, o grafo completo K_4 tem 6 arestas, como
mostrado abaixo:
1----2
|\/ |
| X |
|/ \ |
3---4

Grafos completos são frequentemente usados em teoria dos grafos como exemplos padrão
ou para estabelecer limites superiores e inferiores em problemas relacionados a grafos.

Clique
Um grafo completo clique, ou simplesmente clique, é um tipo de grafo em que todos os
vértices estão conectados uns aos outros por uma aresta. Em outras palavras, um clique é
um subconjunto de vértices de um grafo simples, em que todos os vértices são adjacentes
entre si.

Um clique com n vértices é denotado por Kn. O número de arestas em um clique com n
vértices é dado por n(n-1)/2.

Por exemplo, o grafo abaixo é um clique de quatro vértices, denotado por K4:

o---o
| \ |
o---o

Este é o menor clique possível, já que é necessário no mínimo 2 vértices para que haja uma
aresta, e no mínimo 3 vértices para que haja um triângulo completo (K3). Cada vértice de
um clique é adjacente a todos os outros vértices, e portanto o grau de cada vértice em um
clique é igual a n-1.

Grafo Nulo
Um grafo nulo é um grafo sem vértices e sem arestas, ou seja, é o grafo vazio.
Matematicamente, ele é representado por G = (V, E), onde V é o conjunto vazio e E também
é o conjunto vazio. É importante destacar que, por definição, um grafo nulo não pode ter
arestas, já que não há vértices para conectá-las.

Visualmente, podemos representar o grafo nulo por um ponto sem conexões, já que ele não
possui vértices nem arestas. Além disso, ele também pode ser representado pela notação G
= ({}, {}), em que as chaves vazias indicam que não há elementos nos conjuntos de vértices
e arestas.

O grafo nulo é um caso especial de grafo e não é muito utilizado em aplicações práticas,
mas é importante para a teoria dos grafos, pois é um ponto de partida para outras
definições e conceitos.
Conjunto Independente
Um grafo é chamado de conjunto independente se não houver nenhuma aresta entre seus
vértices, ou seja, todos os pares de vértices são desconexos.

Formalmente, um conjunto independente em um grafo não-direcionado G é um subconjunto


S de V(G) tal que, para todo u, v em S, não há uma aresta {u, v} em E(G).

Um exemplo simples de grafo conjunto independente é um conjunto de vértices isolados, ou


seja, um grafo sem arestas, como o grafo nulo. Outro exemplo seria um grafo onde cada
vértice é conectado apenas a si mesmo, formando um conjunto de vértices independentes.

Por outro lado, o complemento de um grafo clique é um exemplo de grafo conjunto


independente, já que cada vértice no grafo complementar não possui arestas com seus
vizinhos.

Grau de Vértices
O grau de um vértice em um grafo é o número de arestas que estão conectadas a ele. Em
outras palavras, é a quantidade de arestas que incidem em um vértice específico.

Vamos imaginar um exemplo para facilitar o entendimento. Considere um grafo simples com
alguns vértices e arestas:

A
/ \
B---C
/ \/ \
D--E--F

Neste exemplo, o vértice A tem grau 2, pois existem duas arestas conectadas a ele. O
vértice B também tem grau 2, pois existem duas arestas conectadas a ele. O vértice C tem
grau 3, pois existem três arestas conectadas a ele. O vértice D tem grau 2, pois existem
duas arestas conectadas a ele. O vértice E tem grau 4, pois existem quatro arestas
conectadas a ele. O vértice F tem grau 2, pois existem duas arestas conectadas a ele.

O grau de um vértice pode variar de acordo com a complexidade do grafo. Em alguns


casos, pode haver vértices com grau zero, que são chamados de vértices isolados, pois não
têm nenhuma aresta conectada a eles. Por exemplo, se houvesse um vértice isolado G no
grafo acima, ele teria grau zero.

O grau de um vértice é importante para entender a estrutura e propriedades de um grafo.


Por exemplo, no contexto de redes sociais, o grau de um vértice pode representar o número
de amigos ou conexões que uma pessoa possui. Em um mapa de estradas, o grau de um
vértice pode indicar o número de estradas que se encontram em uma interseção.
Em resumo, o grau de um vértice é a contagem de arestas conectadas a ele em um grafo.
Ele fornece informações sobre a conectividade e a importância relativa de um vértice dentro
do grafo.

Grau Regular
O grau regular de um grafo é uma propriedade que indica que todos os vértices do grafo
possuem o mesmo grau. Em outras palavras, em um grafo com grau regular, todos os
vértices têm o mesmo número de arestas conectadas a eles.

Vamos considerar alguns exemplos para facilitar o entendimento:

1. Grafo regular não direcionado:


A ---B
/\ |
| \ |
| \ |
\ \ |
C ---D
Neste exemplo, todos os vértices têm grau 2, pois cada vértice está conectado a
exatamente duas arestas. Portanto, é um grafo regular de grau 2.

2. Grafo regular direcionado:


A ---> B
| |
| |
V V
C ---> D
Neste exemplo, todos os vértices têm grau de saída igual a 1 e grau de entrada igual a 1.
Portanto, é um grafo regular direcionado de grau 1.

3. Grafo não regular:


A ---B
/\ |
| \ |
| \ |
\ \ |
C ---D
Neste exemplo, os vértices A e D têm grau 3, enquanto os vértices B e C têm grau 4.
Portanto, não é um grafo regular, pois os vértices têm graus diferentes.

O grau regular é uma propriedade importante em teoria dos grafos, pois fornece
informações sobre a conectividade e a estrutura do grafo. Em alguns casos, um grafo
regular pode indicar um padrão ou uma simetria interessante em um sistema ou conjunto de
dados modelado pelo grafo.
Em resumo, o grau regular de um grafo significa que todos os vértices têm o mesmo grau,
ou seja, o mesmo número de arestas conectadas a eles. É uma propriedade que pode ser
útil para análise e compreensão da estrutura do grafo.

Soma Dos Graus De Um Grafo


A soma dos graus de um grafo é a soma de todos os graus dos vértices presentes no grafo.
Em outras palavras, é a soma do número de arestas conectadas a cada vértice do grafo.

Vamos considerar um exemplo para facilitar o entendimento:


A ---- B
| |
| |
| |
C ---- D
Neste exemplo, temos quatro vértices (A, B, C, D) e cinco arestas. Agora, vamos calcular a
soma dos graus:

- O vértice A tem grau 2, pois está conectado às arestas AB e AC.


- O vértice B tem grau 2, pois está conectado às arestas AB e BD.
- O vértice C tem grau 2, pois está conectado às arestas AC e CD.
- O vértice D tem grau 2, pois está conectado às arestas BD e CD.

Agora, somamos os graus de todos os vértices: 2 + 2 + 2 + 2 = 8.

Portanto, a soma dos graus desse grafo é igual a 8.

A soma dos graus de um grafo é uma propriedade importante, pois está diretamente
relacionada ao número total de arestas presentes no grafo. De fato, a soma dos graus de
um grafo é sempre igual ao dobro do número de arestas, pois cada aresta contribui com
dois graus (um para cada vértice que ela conecta).

Em fórmula, podemos dizer que a soma dos graus (S) de um grafo é igual a 2E, onde E é o
número de arestas.

Em resumo, a soma dos graus de um grafo é a soma de todos os graus dos vértices, o que
está relacionado ao número total de arestas presentes no grafo.

Teorema do Aperto de Mãos


O Teorema do Aperto de Mãos, também conhecido como Teorema do Handshake, é um
resultado matemático básico que estabelece uma relação entre o número de pessoas em
um grupo e o número total de apertos de mãos trocados neste grupo.

O teorema afirma que, em qualquer grupo de pessoas, a soma dos graus de cada indivíduo,
representando o número de apertos de mãos que ele fez, será igual ao dobro do número
total de apertos de mãos ocorridos.
De forma mais precisa, se houver n pessoas em um grupo e cada pessoa cumprimentar
todas as outras com um aperto de mão, então a soma dos graus de cada pessoa será igual
a 2 vezes o número total de apertos de mãos. Matematicamente, podemos expressar isso
da seguinte maneira:

Soma dos graus = 2 * número total de apertos de mãos

Esse teorema é frequentemente aplicado em problemas de combinatória e em situações


que envolvem redes sociais, cumprimentos em eventos ou qualquer contexto em que seja
necessário contar o número de apertos de mãos trocados.

Vamos considerar um exemplo simples para ilustrar o Teorema do Aperto de Mãos:

Suponha que em uma festa haja 10 pessoas e cada pessoa cumprimente todas as outras
com um aperto de mão. Quantos apertos de mãos ocorrerão no total?

Para resolver isso, podemos usar o teorema. Sabemos que cada pessoa cumprimentará as
outras 9 pessoas, resultando em um grau de 9 para cada pessoa. Portanto, a soma dos
graus será:

Soma dos graus = 10 * 9 = 90

Mas, de acordo com o teorema, essa soma deve ser igual a 2 vezes o número total de
apertos de mãos. Assim, temos:

2 * número total de apertos de mãos = 90

Dividindo ambos os lados da equação por 2, encontramos o número total de apertos de


mãos:

Número total de apertos de mãos = 45

Portanto, nessa festa com 10 pessoas, ocorrerão um total de 45 apertos de mãos.

Em resumo, o Teorema do Aperto de Mãos é uma ferramenta matemática simples e útil


para determinar a relação entre o número de pessoas em um grupo e o número total de
apertos de mãos trocados neste grupo.

Sequência De Grau
Uma sequência de grau, em um contexto de teoria dos grafos, é uma lista ordenada dos
graus dos vértices de um grafo. Essa sequência fornece informações sobre a distribuição
dos graus dentro do grafo e é uma ferramenta importante para analisar suas propriedades
estruturais.

Vamos considerar um exemplo para facilitar o entendimento:


Considere o seguinte grafo não direcionado:

A --- B
/ \ /
C D --- E

Neste exemplo, os graus dos vértices são os seguintes:

● O vértice A tem grau 2, pois está conectado às arestas AB e AC.


● O vértice B tem grau 3, pois está conectado às arestas AB, BD e BE.
● O vértice C tem grau 1, pois está conectado à aresta AC.
● O vértice D tem grau 3, pois está conectado às arestas BD, DE e DC.
● O vértice E tem grau 2, pois está conectado às arestas BE e DE.

A sequência de grau deste grafo é: 2, 3, 1, 3, 2.

A sequência de grau é uma representação ordenada dos graus dos vértices, onde os graus
são listados de forma crescente ou decrescente. No exemplo acima, a sequência de grau
está em ordem irregular.

As sequências de grau podem ter diversas formas e padrões, dependendo da estrutura do


grafo. Alguns exemplos comuns são:

- Sequência de grau regular: Todos os vértices têm o mesmo grau. Por exemplo, a
sequência de grau de um grafo regular de grau 3 será 3, 3, 3, ...
- Sequência de grau crescente: Os graus dos vértices aumentam à medida que
percorremos a sequência. Por exemplo, 1, 2, 3, 4, ...
- Sequência de grau decrescente: Os graus dos vértices diminuem à medida que
percorremos a sequência. Por exemplo, 5, 4, 3, 2, 1.
- Sequência de grau irregular: Os graus dos vértices não seguem um padrão específico.

A sequência de grau é uma ferramenta valiosa para entender a estrutura de um grafo,


identificar vértices com graus extremos (mínimo e máximo), analisar a conectividade e até
mesmo determinar a existência de certos tipos de ciclos ou propriedades no grafo.

Em resumo, uma sequência de grau é uma lista ordenada dos graus dos vértices de um
grafo. Ela fornece informações sobre a distribuição dos graus e é útil para analisar a
estrutura do grafo.

Grau Isomorfos
Graus isomorfos referem-se a grafos que possuem a mesma sequência de grau, mas
podem ter diferentes configurações de arestas e vértices. Vamos explicar esse conceito de
maneira completa e fácil de entender, com exemplos.
Dois grafos são considerados isomorfos se eles tiverem a mesma sequência de grau, ou
seja, se os graus de seus vértices forem os mesmos, mesmo que os vértices em si e as
conexões entre eles sejam diferentes.

Por exemplo, considere os seguintes dois grafos:

Grafo 1:
1----2
|\ /|
| \/ |
| /\ |
|/ \|
4----3

Grafo 2:
A
/|\
/D\
/ / \\
C-----B

No Grafo 1, os vértices A e C têm grau 2, o vértice B tem grau 3 e o vértice D tem grau 1.
Portanto, a sequência de grau desse grafo é 2, 3, 2, 1.

No Grafo 2, os vértices X e Z têm grau 2, o vértice Y tem grau 3 e o vértice W tem grau 1. A
sequência de grau desse grafo também é 2, 3, 2, 1.

Embora os grafos tenham configurações diferentes de vértices e conexões, eles possuem a


mesma sequência de grau. Portanto, esses dois grafos são considerados isomorfos.

Em resumo, grafos com graus isomorfos têm a mesma sequência de grau, mas podem ter
diferentes configurações de vértices e arestas. A comparação das sequências de grau é útil
para identificar grafos isomorfos e entender suas propriedades estruturais.

Problema de grau isomorfos

Quando estamos lidando com grafos, o grau de um vértice é o número de arestas que estão
conectadas a ele. A sequência de grau de um grafo é a lista ordenada dos graus de todos
os seus vértices.

O problema de grau isomorfos envolve comparar a sequência de grau de dois grafos para
determinar se eles são isomorfos em termos de grau. Se os dois grafos possuírem a mesma
sequência de grau, eles são chamados de grafos com graus isomorfos.

Por exemplo, vamos considerar dois grafos:

Grafo 1:
A --- B
/ /\
C --- D E

Grafo 2:
X --- Y
/ /\
Z --- W V

No Grafo 1, os vértices A e C têm grau 2, o vértice B tem grau 3, e os vértices D e E têm


grau 1. Portanto, a sequência de grau desse grafo é 2, 3, 1, 1, 2.

No Grafo 2, os vértices X e Z têm grau 2, os vértices Y e V têm grau 3, e o vértice W tem


grau 1. A sequência de grau desse grafo é 2, 3, 1, 1, 2.

Nesse caso, os dois grafos possuem a mesma sequência de grau: 2, 3, 1, 1, 2. Apesar de


possuírem configurações diferentes de vértices e arestas, eles são considerados grafos
com graus isomorfos devido à igualdade de suas sequências de grau.

O problema de grau isomorfos é importante para a comparação e análise de grafos. Ele


permite identificar grafos que, apesar de terem diferentes configurações de vértices e
arestas, compartilham a mesma sequência de grau, o que pode indicar propriedades
estruturais semelhantes.

Em resumo, o problema de grau isomorfos consiste em comparar a sequência de grau de


dois grafos para determinar se eles são isomorfos em termos de grau. Dois grafos são
considerados com graus isomorfos se possuírem a mesma sequência de grau.

Grau Isomorfos Formalizado

Dado dois grafos G1 e G2, queremos determinar se eles são isomorfos em termos de grau,
ou seja, se possuem a mesma sequência de grau.

A sequência de grau de um grafo é uma lista ordenada dos graus de todos os seus vértices.
Para determinar se dois grafos possuem graus isomorfos, precisamos comparar as
sequências de grau de ambos os grafos.

Formalmente, podemos descrever o problema de grau isomorfos como:

Dados dois grafos G1 = (V1, E1) e G2 = (V2, E2), onde V1 e V2 são os conjuntos de
vértices e E1 e E2 são os conjuntos de arestas, queremos verificar se existe uma
correspondência biunívoca entre os vértices de G1 e G2 que preserve a sequência de grau.

Essa correspondência biunívoca, também conhecida como isomorfismo, deve garantir que
para cada par de vértices (u, v) em G1, o grau de u seja igual ao grau do vértice
correspondente em G2.
Para ilustrar com um exemplo, considere os seguintes grafos:

Grafo 1:
A --- B
/ /\
C --- D E

Grafo 2:
X --- Y
/ /\
Z --- W V

Para verificar se esses grafos possuem graus isomorfos, precisamos comparar as


sequências de grau de cada um:

Sequência de grau do Grafo 1: 2, 3, 1, 1, 2


Sequência de grau do Grafo 2: 2, 3, 1, 1, 2

Nesse caso, as sequências de grau dos dois grafos são idênticas. Portanto, concluímos que
esses grafos possuem graus isomorfos.

O problema de grau isomorfos é importante para a análise de grafos, pois nos permite
identificar grafos que possuem a mesma distribuição de grau, mesmo que suas
configurações de vértices e arestas sejam diferentes.

Espero que isso esclareça como o problema de grau isomorfos é formalizado. Se você tiver
mais dúvidas, sinta-se à vontade para perguntar.

Representação De Grafos Por Matrizes


A representação de grafos por matrizes é uma maneira comum de visualizar e analisar
grafos utilizando estruturas matriciais. Existem duas formas principais de representar grafos
por matrizes: a matriz de adjacência e a matriz de incidência.

1. Matriz de Adjacência:
A matriz de adjacência é uma matriz quadrada onde as linhas e colunas representam os
vértices do grafo. Os elementos da matriz indicam se há uma aresta entre dois vértices. Se
um grafo possui N vértices, a matriz de adjacência terá dimensões NxN.

Para preencher a matriz de adjacência, atribuímos o valor 1 quando há uma aresta entre os
vértices correspondentes e o valor 0 quando não há aresta. Dependendo do tipo de grafo, a
matriz pode ser simétrica (em grafos não direcionados) ou não (em grafos direcionados).

Exemplo:
Considere o seguinte grafo não direcionado com 4 vértices e 5 arestas:
A --- B
|\ |
| \ |
| \ |
| \|
C --- D

A matriz de adjacência para esse grafo seria:


A B C D

A 0 1 1 0

B 1 0 1 0

C 1 1 0 1

D 0 0 1 0

2. Matriz de Incidência:
A matriz de incidência é uma matriz retangular onde as linhas representam os vértices do
grafo e as colunas representam as arestas. Os elementos da matriz indicam a relação entre
os vértices e as arestas: o valor 1 indica que o vértice está conectado à aresta, o valor -1
indica que o vértice está conectado à aresta, mas em direção oposta, e o valor 0 indica que
o vértice não está conectado à aresta.

Para preencher a matriz de incidência, atribuímos os valores adequados de acordo com a


conexão entre vértices e arestas. Em grafos não direcionados, cada aresta conecta dois
vértices, enquanto em grafos direcionados, cada aresta possui uma direção específica.

Exemplo:
Considere o seguinte grafo direcionado com 4 vértices e 5 arestas:
A --> B
| /|
| / |
V / |
C <-- D

A matriz de incidência para esse grafo seria:


E1 E2 E3 E4 E5

A 1 0 0 -1 0

B -1 1 0 1 0

C 0 -1 1 0 0

D 0 0 -1 0 1
Essas são as principais formas de representar grafos utilizando matrizes. Cada tipo de
representação tem suas vantagens e é útil em diferentes situações, dependendo do tipo de
análise que se deseja realizar no grafo.

Espero que isso tenha esclarecido como os grafos podem ser representados por matrizes.
Se você

As matrizes de adjacência e de incidência possuem algumas


propriedades importantes:
Propriedades da Matriz de Adjacência:
1. Simetria (em grafos não direcionados): Para um grafo não direcionado, a matriz de
adjacência é simétrica em relação à diagonal principal. Isso significa que se há uma aresta
que conecta o vértice A ao vértice B, então também há uma aresta que conecta o vértice B
ao vértice A. Portanto, a matriz de adjacência de um grafo não direcionado é uma matriz
simétrica.

2. Valores binários: Na matriz de adjacência, os elementos têm valores binários, geralmente


0 e 1. O valor 1 indica a presença de uma aresta entre dois vértices, enquanto o valor 0
indica a ausência de uma aresta.

Propriedades da Matriz de Incidência:


1. Dimensões: A matriz de incidência tem dimensões V x E, onde V é o número de vértices
e E é o número de arestas do grafo.

2. Relação vértice-aresta: Cada coluna da matriz representa uma aresta e cada linha
representa um vértice. Os elementos da matriz indicam a relação entre vértices e arestas,
onde 1 indica que o vértice está conectado à aresta, -1 indica que o vértice está conectado
à aresta, mas em direção oposta, e 0 indica que o vértice não está conectado à aresta.

3. Consistência: A matriz de incidência deve ser consistente, o que significa que não deve
haver duas arestas que conectam exatamente os mesmos vértices na mesma direção. Em
outras palavras, cada par de vértices deve ter no máximo uma aresta que os conecta na
mesma direção.

Essas são algumas das principais propriedades das matrizes de adjacência e de incidência.
Essas propriedades podem variar dependendo do tipo de grafo (direcionado, não
direcionado, ponderado) e das convenções adotadas na representação dos grafos em
matrizes.
Aula 20

Caminho em um grafo:
Um caminho em um grafo é uma sequência de vértices conectados por arestas, onde cada
vértice no caminho é alcançável a partir do vértice anterior através de uma aresta. Em
outras palavras, é uma rota que percorre os vértices e as arestas do grafo, sem repetir
vértices ao longo do caminho.

Exemplo:
Considere o seguinte grafo:
A --- B --- C
| |
D --- E --- F

Um exemplo de caminho neste grafo pode ser: A -> B -> C -> F. Neste caminho,
percorremos as arestas (A, B), (B, C) e (C, F), conectando os vértices A, B, C e F.

Ciclo em um grafo:
Um ciclo em um grafo é um caminho que começa e termina no mesmo vértice, percorrendo
diferentes vértices e arestas ao longo do caminho. É uma sequência de vértices e arestas
que forma um circuito fechado no grafo.

Exemplo:
Considere o seguinte grafo:
A --- B --- C
| |
D --- E --- F

Um exemplo de ciclo neste grafo pode ser: A -> B -> C -> F -> E -> D -> A. Neste ciclo,
começamos e terminamos no vértice A, passando por diferentes vértices e arestas ao longo
do caminho.

É importante notar que em um grafo direcionado, os caminhos e ciclos devem seguir a


direção das arestas, enquanto em um grafo não direcionado, os caminhos e ciclos podem
percorrer as arestas em qualquer direção.

Essas são as explicações básicas sobre caminho e ciclo em um grafo. Eles são conceitos
fundamentais na teoria dos grafos e têm diversas aplicações em áreas como redes,
algoritmos e ciência da computação.
Passeio
Em um grafo, um passeio é uma sequência de vértices e arestas que percorre o grafo,
permitindo repetições de vértices e arestas. Em outras palavras, é um trajeto que passa por
vértices e arestas do grafo, sem a restrição de não repetir vértices ou arestas.

Um passeio pode ser visto como uma generalização de um caminho, pois um caminho é um
tipo específico de passeio que não repete vértices. No entanto, em um passeio, é possível
percorrer vértices ou arestas repetidas vezes.

Os passeios podem ser úteis para explorar e analisar a conectividade e a estrutura de um


grafo de maneira mais flexível do que os caminhos ou ciclos. Eles permitem percorrer várias
vezes os mesmos vértices ou seguir um trajeto que passa várias vezes pela mesma aresta.

É importante notar que em um passeio, as arestas devem estar conectadas aos vértices
consecutivos do passeio. Por exemplo, se tivermos um passeio que vai do vértice A para o
vértice B por meio de uma aresta (A, B), não podemos considerar uma outra aresta (A, C)
como parte do passeio, a menos que haja um vértice intermediário entre A e C no passeio.

Em resumo, um passeio em um grafo é uma sequência de vértices e arestas que percorre o


grafo, permitindo repetições de vértices e arestas. É uma forma flexível de explorar a
estrutura e conectividade do grafo, abrindo possibilidades para diferentes trajetos e
análises.

Trajeto E Caminho
Não, trajeto e caminho são termos diferentes quando se trata de grafos.

- Trajeto (ou passeio): É uma sequência de vértices e arestas que percorre o grafo,
permitindo repetições de vértices e arestas.

- Caminho: É um tipo específico de trajeto que não repete vértices. Em outras palavras, é
um trajeto que passa por vértices distintos, sem repetições.

Portanto, todo caminho é um trajeto, mas nem todo trajeto é um caminho. Um caminho não
pode passar duas vezes pelo mesmo vértice, enquanto um trajeto pode repetir vértices ao
longo do percurso.

Vale ressaltar que, em algumas fontes ou contextos, os termos "trajeto" e "caminho" podem
ser utilizados de forma intercambiável, o que pode gerar alguma confusão. No entanto, a
definição mais precisa e comumente aceita é a que diferencia os dois conceitos conforme
mencionado acima.

Passeio Fechado E Grafo


Um passeio fechado em um grafo é um tipo de passeio que começa e termina no mesmo
vértice, percorrendo vértices e arestas sem repetições de vértices, mas permitindo
repetições de arestas. Ou seja, é um trajeto que forma um circuito fechado no grafo,
começando e terminando no mesmo vértice.

Por exemplo, considerando o seguinte grafo não direcionado:


A --- B --- C
| |
D --- E --- F

Um exemplo de passeio fechado seria: A -> B -> C -> F -> E -> D -> A. Nesse passeio,
percorremos as arestas (A, B), (B, C), (C, F), (F, E), (E, D) e (D, A), formando um ciclo
fechado.

Por outro lado, um ciclo em um grafo é um tipo específico de passeio fechado que não
repete vértices ou arestas, exceto o vértice de partida/retorno. É um trajeto que começa e
termina no mesmo vértice, percorrendo vértices e arestas diferentes ao longo do ciclo.

Seguindo o mesmo exemplo de grafo, um exemplo de ciclo seria: A -> B -> C -> F -> E -> D
-> A. Nesse ciclo, não repetimos nenhum vértice ou aresta, exceto o vértice A, que é o
ponto de partida e retorno.

Em resumo, um passeio fechado é um trajeto que começa e termina no mesmo vértice,


permitindo repetições de arestas, enquanto um ciclo é um passeio fechado que não repete
vértices ou arestas, exceto o vértice de partida/retorno.

Conexidade
A conectividade em um grafo refere-se à propriedade de existir pelo menos um caminho
entre qualquer par de vértices do grafo. É uma medida da capacidade do grafo de permitir a
conexão entre seus vértices.

Um grafo é considerado conexo quando existe pelo menos um caminho entre qualquer par
de vértices. Isso significa que é possível chegar de qualquer vértice a qualquer outro vértice
do grafo, mesmo que seja necessário percorrer várias arestas e vértices intermediários.

Por exemplo, considere o seguinte grafo conexo:


A --- B --- C
| |
D --- E --- F

Neste grafo, é possível traçar um caminho entre qualquer par de vértices. Por exemplo,
podemos ir de A para F através dos vértices A, B, C e F, ou podemos ir de D para E através
dos vértices D, E. Em qualquer caso, existe um caminho que conecta os vértices.

Em contraste, um grafo desconexo é aquele em que existem vértices que não podem ser
alcançados a partir de outros vértices. Ou seja, existem grupos de vértices isolados que não
estão conectados ao resto do grafo.

Por exemplo, considere o seguinte grafo desconexo:


A --- B C --- D

Neste caso, não há um caminho direto entre os vértices A e C, nem entre B e D. O grafo
está dividido em dois componentes isolados, onde não há conectividade entre eles.

Em resumo, a conectividade em um grafo refere-se à capacidade do grafo de permitir a


conexão entre seus vértices. Um grafo conexo possui pelo menos um caminho entre
qualquer par de vértices, enquanto um grafo desconexo possui grupos de vértices isolados
que não estão conectados ao resto do grafo.

Distância

Distância em um grafo é a medida do número mínimo de arestas ao longo de um caminho


entre dois vértices. A distância entre dois vértices é determinada pelo menor número de
arestas que devem ser percorridas para ir de um vértice ao outro.

Excentricidade de um vértice em um grafo é a distância máxima entre esse vértice e


qualquer outro vértice do grafo. Em outras palavras, é o maior número de arestas em
qualquer caminho que conecta o vértice em questão a algum outro vértice do grafo.

O diâmetro de um grafo é o máximo das excentricidades de todos os vértices do grafo. Ele


representa a maior distância entre quaisquer dois vértices do grafo. Em termos simples, é o
comprimento do caminho mais longo que pode ser percorrido entre dois vértices quaisquer
do grafo.

O centro de um grafo é o conjunto de vértices cuja excentricidade é a menor possível. Em


outras palavras, são os vértices que estão mais próximos de todos os outros vértices do
grafo. O centro é determinado pelos vértices que possuem a menor excentricidade.

Por exemplo, considere o seguinte grafo:


A
/ \
B C
/\ /\
D-E-F-G

- A distância entre os vértices A e G é 2, pois há um caminho direto com duas arestas entre
eles.
- A excentricidade do vértice A é 2, pois é a maior distância entre A e qualquer outro vértice
(G).
- O diâmetro do grafo é 2, pois é a maior excentricidade entre todos os vértices.
- O centro do grafo é {C, F}, pois são os vértices com a menor excentricidade possível.

Em resumo, a distância é a medida do número mínimo de arestas entre dois vértices, a


excentricidade é a maior distância de um vértice a qualquer outro vértice, o diâmetro é o
máximo das excentricidades de todos os vértices, e o centro é o conjunto de vértices com a
menor excentricidade possível.
Grafos Especiais
Os grafos especiais são categorias específicas de grafos que possuem propriedades
particulares e características distintas. Essas categorias são definidas com base em certas
características estruturais, conexões entre vértices ou propriedades matemáticas. Alguns
exemplos de grafos especiais incluem:

1. Grafos completos: São grafos em que todos os pares de vértices estão conectados por
uma aresta. Ou seja, cada vértice está diretamente ligado a todos os outros vértices do
grafo. O grafo completo com n vértices é denotado por K_n.

2. Grafos bipartidos: São grafos em que os vértices podem ser divididos em dois conjuntos
distintos, de forma que todas as arestas conectam um vértice de um conjunto ao outro. Não
há arestas que conectam vértices do mesmo conjunto.

3. Grafos cíclicos: São grafos que contém ciclos, ou seja, caminhos fechados que permitem
voltar ao vértice inicial. O exemplo mais simples é o ciclo de três vértices, denotado por
C_3.

4. Árvores: São grafos acíclicos e conexos, ou seja, não contém ciclos e há um único
caminho entre cada par de vértices. Uma árvore com n vértices é conhecida como uma
árvore de ordem n.

5. Grafos planares: São grafos que podem ser desenhados em um plano sem que as
arestas se cruzem. Em outras palavras, é possível representar o grafo em um plano sem
sobreposição de arestas.

Esses são apenas alguns exemplos de grafos especiais. Existem muitos outros tipos de
grafos com propriedades específicas e aplicações em diferentes áreas da matemática,
ciência da computação e outros campos. O estudo dos grafos especiais é importante para
entender suas características distintas e aplicar essas propriedades em problemas
específicos.

Caracterização De Grafos Bipartido


Um grafo bipartido é um tipo especial de grafo em que seus vértices podem ser divididos
em dois conjuntos distintos de tal forma que todas as arestas do grafo conectam um vértice
de um conjunto ao outro, ou seja, não existem arestas que conectam vértices do mesmo
conjunto. Essa divisão dos vértices em conjuntos distintos é chamada de bipartição do
grafo.

A caracterização de um grafo bipartido pode ser feita de diferentes formas:


1. Conjuntos de vértices: Um grafo é bipartido se e somente se seus vértices podem ser
particionados em dois conjuntos disjuntos de tal forma que todas as arestas do grafo
conectem um vértice de um conjunto ao outro.

2. Ciclos ímpares: Um grafo é bipartido se e somente se não contiver ciclos de comprimento


ímpar. Em outras palavras, se for possível percorrer qualquer ciclo no grafo e o número de
arestas percorridas for sempre par, então o grafo é bipartido.

3. Grafos de cobertura de vértices: Um grafo é bipartido se e somente se todos os seus


ciclos são de tamanho par.

Essas características ajudam a identificar e caracterizar grafos bipartidos. A bipartição de


vértices é uma propriedade fundamental desses grafos, permitindo uma clara divisão dos
vértices em dois conjuntos independentes. Essa propriedade é útil em várias aplicações,
como modelagem de relacionamentos, alocação de recursos, problemas de coloração de
grafos e muitos outros.

Aula 21

Árvores
Uma árvore em teoria dos grafos é um tipo especial de grafo não direcionado, conexo,
acíclico e sem arestas múltiplas. Ela possui uma estrutura hierárquica, semelhante a uma
árvore real, com um vértice raiz e ramos que se estendem a partir dele para os demais
vértices.

Vejamos um exemplo de uma árvore simples com 5 vértices:


A
/\
BC
/ \
D E

Nesse exemplo, o vértice A é o vértice raiz da árvore. Os vértices B, C, D e E são


chamados de filhos de A, pois estão diretamente conectados a ele. Por sua vez, A é o pai
de B, C é o pai de E, e assim por diante.

Uma característica importante das árvores é que elas não possuem ciclos. Isso significa que
não é possível percorrer uma sequência de arestas e retornar ao vértice inicial. Por
exemplo, na árvore acima, não é possível percorrer um caminho de A para B, depois para
C, e finalmente voltar para A sem passar por nenhum vértice mais de uma vez.

Além disso, o número de arestas em uma árvore é sempre igual ao número de vértices
menos um. Nesse exemplo, temos 5 vértices e 4 arestas, o que confirma essa relação.
O centro de uma árvore é o vértice ou os vértices que têm a menor distância máxima para
todos os outros vértices da árvore. No exemplo dado, o vértice A é o centro da árvore, pois
a distância máxima entre A e qualquer outro vértice é a menor possível.

Uma árvore também pode ser representada como uma árvore geradora de um grafo maior.
Isso significa que podemos escolher um subconjunto de arestas desse grafo maior de forma
que ainda seja uma árvore que conecta todos os vértices.

Além disso, podemos enraizar uma árvore escolhendo um vértice como a raiz. Isso nos
permite organizar os vértices em níveis hierárquicos, com base na distância em relação à
raiz. Essa estrutura enraizada é comumente usada em algoritmos e estruturas de dados
para representar hierarquias.

Caracterização
Em teoria dos grafos, a caracterização de árvores refere-se a uma descrição ou conjunto de
propriedades que podem ser usadas para identificar e distinguir as árvores de outros tipos
de grafos. Essas características ajudam a estabelecer critérios claros para determinar se
um grafo é uma árvore ou não.

A principal caracterização das árvores é que elas são grafos acíclicos e conexos. Isso
significa que uma árvore não contém ciclos (caminhos fechados) e que existe um caminho
entre qualquer par de vértices na árvore. Essas propriedades são fundamentais para definir
e identificar árvores.

Outra caracterização importante é o fato de que uma árvore com n vértices sempre terá
exatamente n-1 arestas. Essa relação é uma propriedade intrínseca das árvores e pode ser
facilmente verificada. Portanto, contar o número de vértices e arestas de um grafo pode
ajudar a determinar se ele é uma árvore.

Além disso, as árvores não podem conter vértices isolados. Todos os vértices devem estar
interligados por meio de arestas. Isso está relacionado à propriedade de conexidade das
árvores.

Essas são algumas das características que podem ser usadas para caracterizar as árvores
em grafos. No entanto, vale ressaltar que existem diferentes tipos de árvores com
propriedades adicionais, como árvores binárias, árvores balanceadas, entre outras. Cada
tipo de árvore possui suas próprias características específicas que o diferenciam.

A caracterização das árvores é útil porque permite identificar e classificar os grafos de


acordo com suas propriedades estruturais. Isso é fundamental para a compreensão e
análise de problemas e algoritmos que envolvem estruturas de árvore.

Relação Ao Número De Vértices E Arestas


Em relação ao número de vértices e arestas, as árvores seguem uma característica
distintiva. Em uma árvore com n vértices, sempre haverá exatamente n-1 arestas.
Essa relação entre o número de vértices e arestas é uma propriedade fundamental das
árvores e é conhecida como o "Teorema das Árvores". Essa relação pode ser facilmente
verificada e é verdadeira para todas as árvores, independentemente da sua forma ou
estrutura.

Por exemplo, se uma árvore possui 5 vértices, então ela terá exatamente 5-1 = 4 arestas.
Da mesma forma, uma árvore com 10 vértices terá 10-1 = 9 arestas, e assim por diante.

Essa relação é importante porque permite calcular o número de arestas em uma árvore com
base no número de vértices, ou vice-versa. Além disso, essa relação também é útil para
verificar se um grafo é uma árvore, já que se o número de arestas não estiver de acordo
com n-1, então o grafo não pode ser uma árvore.

Essa relação entre o número de vértices e arestas em árvores é uma propriedade geral que
se aplica a todas as árvores, independentemente de seu formato, tamanho ou orientação. É
uma das características distintivas que ajudam a identificar e distinguir as árvores de outros
tipos de grafos.

Centro
O "centro" de uma árvore é um conceito que se refere a um vértice ou conjunto de vértices
que estão no meio da árvore, ou seja, são os vértices mais próximos de todos os outros
vértices da árvore. Esses vértices centrais são os de menor excentricidade na árvore.

Para entender melhor, vamos considerar a excentricidade de um vértice em uma árvore. A


excentricidade de um vértice é a maior distância entre esse vértice e qualquer outro vértice
na árvore. Em outras palavras, é a distância máxima que o vértice precisa percorrer para
alcançar qualquer outro vértice na árvore.

O centro de uma árvore é um ou mais vértices que possuem a menor excentricidade


possível em relação a todos os outros vértices da árvore. Em uma árvore com um único
centro, esse vértice está equidistante de todos os outros vértices. Em uma árvore com
múltiplos centros, esses vértices estão no mesmo nível de proximidade em relação aos
outros vértices.

Para visualizar isso, vamos considerar o seguinte exemplo:


A
/|\
BCD
|
E

Neste exemplo, a árvore possui um único centro, que é o vértice C. A excentricidade de C é


a menor em relação a todos os outros vértices da árvore. Em outras palavras, C está no
meio da árvore e é o vértice mais próximo de todos os outros.
É importante ressaltar que nem todas as árvores têm um único centro. Algumas árvores
podem ter múltiplos centros, especialmente aquelas com estruturas ramificadas ou
simétricas. Em tais casos, cada centro é considerado um centro válido na árvore.

O conceito de centro é útil para compreender a estrutura e a organização de uma árvore.


Ele fornece informações sobre os vértices que estão mais centralizados e influentes na
árvore, pois estão mais próximos de todos os outros vértices.

Geradora
Em relação aos grafos e árvores, o termo "geradora" refere-se a uma subárvore que
abrange todos os vértices do grafo original. Uma árvore geradora é uma árvore que contém
todos os vértices do grafo original, mas apenas algumas das arestas.

Mais formalmente, uma árvore geradora de um grafo é um subgrafo que é uma árvore e
contém todos os vértices do grafo original. Isso significa que, em uma árvore geradora,
todos os vértices do grafo original são alcançáveis a partir de qualquer outro vértice por
meio de um caminho ao longo das arestas da árvore.

Uma árvore geradora pode ser obtida a partir de um grafo conectado, removendo-se
algumas das arestas para formar uma estrutura em forma de árvore. É importante destacar
que diferentes árvores geradoras podem ser obtidas a partir do mesmo grafo, dependendo
das arestas que são selecionadas ou removidas.

Uma aplicação comum das árvores geradoras é o algoritmo de Kruskal, que é usado para
encontrar a árvore geradora mínima em um grafo ponderado. A árvore geradora mínima é
aquela que possui a menor soma dos pesos das arestas selecionadas.

Em resumo, uma árvore geradora em um grafo é uma subárvore que contém todos os
vértices do grafo original, proporcionando uma estrutura em forma de árvore que conecta
todos os vértices. A seleção das arestas para formar a árvore geradora depende do
contexto e dos critérios específicos, como o peso das arestas no caso de um grafo
ponderado.

Um exemplo para ilustrar o conceito de árvore geradora.

Considere o seguinte grafo não direcionado e não ponderado:


A -- B -- C
| | |
D -- E -- F

Neste grafo, temos seis vértices (A, B, C, D, E, F) e seis arestas que os conectam. Agora,
vamos construir uma árvore geradora a partir deste grafo.

Uma possível árvore geradora para esse grafo é a seguinte:


A -- B
| |
D -- E
Nesta árvore geradora, todos os vértices do grafo original (A, B, C, D, E, F) estão presentes,
mas apenas três das seis arestas foram selecionadas para formar a árvore. Essa árvore
geradora é uma subárvore que conecta todos os vértices e não contém ciclos.

Observe que existem várias árvores geradoras possíveis para este grafo, dependendo das
arestas selecionadas. Por exemplo, poderíamos ter selecionado outras três arestas para
formar uma árvore geradora diferente:

B -- C
| |
E -- F

Essa é outra árvore geradora válida para o mesmo grafo original. O importante é que todas
as árvores geradoras contenham todos os vértices e não contenham ciclos.

Enraizada
Uma árvore enraizada, também conhecida como árvore radicada, é uma árvore em que um
dos vértices é designado como a raiz da árvore. A raiz é um vértice especial que é
selecionado como ponto de partida ou referência para a estrutura da árvore.

Ao enraizar a árvore, atribuímos uma direção às arestas, saindo da raiz em direção aos
outros vértices da árvore. Essa direção indica uma relação hierárquica, onde a raiz é o
vértice superior e os outros vértices são seus descendentes diretos ou indiretos.

A árvore enraizada é frequentemente usada para representar hierarquias ou estruturas de


organização, como árvores genealógicas, estruturas de diretórios de arquivos em um
sistema operacional ou estruturas de categorização em algoritmos de classificação.

Um exemplo visual de uma árvore enraizada é o seguinte:


A
/ \
B C
/ \ \
D E F

Neste exemplo, o vértice A é escolhido como a raiz da árvore. As arestas são direcionadas
de cima para baixo, partindo da raiz em direção aos outros vértices. Isso cria uma estrutura
hierárquica onde a raiz (A) é o vértice superior e os vértices B, C, D, E e F são seus
descendentes diretos.

A árvore enraizada oferece uma forma de visualizar a hierarquia e as relações entre os


vértices de uma árvore de maneira clara e organizada.
Aula 22

Grafos Euleriano
Um grafo euleriano é um tipo especial de grafo que contém um ciclo euleriano, ou seja, um
caminho fechado que percorre todas as arestas do grafo uma única vez, passando por
todos os vértices. Esse ciclo é chamado de ciclo euleriano porque foi estudado pelo
matemático suíço Leonhard Euler no século XVIII.

Existem algumas propriedades importantes dos grafos eulerianos:

1. Grau dos vértices: Em um grafo euleriano, todos os vértices têm grau par, exceto no
máximo dois vértices, que podem ter grau ímpar. Esses dois vértices são chamados
de vértices de partida e chegada do ciclo euleriano. Se um grafo euleriano tiver
exatamente dois vértices de grau ímpar, o ciclo euleriano começará em um desses
vértices e terminará no outro.
2. Conectividade: Um grafo euleriano deve ser conexo, o que significa que deve haver
um caminho entre qualquer par de vértices. Se houver mais de um componente no
grafo, cada componente deve ser euleriano separadamente.
3. Existência de ciclos: Além do ciclo euleriano principal, um grafo euleriano também
pode conter outros ciclos que não percorrem todas as arestas do grafo. Esses ciclos
adicionais podem surgir de vértices que não fazem parte do ciclo euleriano principal.

Um exemplo de grafo euleriano é o seguinte:

A---B---C---D---A

Neste exemplo, todos os vértices têm grau par, então o grafo satisfaz a primeira
propriedade dos grafos eulerianos. Também é possível percorrer todas as arestas do grafo
em um único ciclo euleriano, passando por todos os vértices uma vez.

Uma curiosidade sobre os grafos eulerianos é o Teorema de Euler, que estabelece uma
relação entre o número de vértices, o número de arestas e o grau dos vértices em um grafo
euleriano. Segundo o teorema, em um grafo conexo, o número de arestas é igual ao dobro
do número de vértices de grau ímpar.

Espero que esta explicação tenha ajudado a compreender o conceito de grafos eulerianos.
Se você tiver mais perguntas, fique à vontade para perguntar.

Caracterização
● Um grafo euleriano fechado é um grafo euleriano em que o ciclo euleriano começa e
termina no mesmo vértice.
● Um grafo euleriano aberto é um grafo euleriano em que o ciclo euleriano não é um
ciclo fechado, ou seja, não começa e termina no mesmo vértice.
● Um grafo euleriano semiaberto é um grafo euleriano em que o ciclo euleriano
começa em um vértice de grau ímpar e termina em outro vértice de grau ímpar.
Essas características ajudam a caracterizar e identificar um grafo euleriano. Lembrando que
todas as condições mencionadas devem ser satisfeitas para que um grafo seja considerado
euleriano.

Grafos Hamiltoniano
Um grafo hamiltoniano é um tipo especial de grafo que possui um caminho hamiltoniano, ou
seja, um caminho que passa por todos os vértices do grafo uma única vez, visitando cada
vértice exatamente uma vez e retornando ao vértice inicial. Vamos explorar a definição e
algumas características dos grafos hamiltonianos:

1. Caminho Hamiltoniano: Um caminho hamiltoniano é um caminho que visita todos os


vértices do grafo exatamente uma vez. Em outras palavras, é um percurso que passa por
todos os vértices do grafo sem repetição, permitindo que cada vértice seja visitado uma
única vez.

2. Ciclo Hamiltoniano: Um ciclo hamiltoniano é um caminho hamiltoniano que forma um ciclo


fechado, ou seja, começa e termina no mesmo vértice. Nesse caso, todos os vértices são
visitados exatamente uma vez, com exceção do vértice inicial/final que é visitado duas
vezes.

3. Caracterização: Não existe uma caracterização simples e geral para os grafos


hamiltonianos. Diferentemente dos grafos eulerianos, não há uma condição única que
determine a existência de um caminho ou ciclo hamiltoniano em um grafo. A verificação da
existência de caminhos ou ciclos hamiltonianos em um grafo geralmente é um problema
complexo, e diferentes técnicas e abordagens podem ser necessárias.

Aqui está um exemplo de um grafo hamiltoniano com um caminho hamiltoniano:


A---B---C---D
| |
E---F---G---H

Neste exemplo, podemos traçar um caminho hamiltoniano começando em qualquer vértice,


passando por todos os vértices uma vez e retornando ao vértice inicial.

É importante ressaltar que nem todos os grafos possuem caminhos ou ciclos hamiltonianos.
A determinação da existência de um caminho ou ciclo hamiltoniano em um grafo geralmente
requer a aplicação de técnicas e algoritmos específicos.

Teorema De Dirac
O Teorema de Dirac é uma propriedade que fornece uma condição suficiente para a
existência de um ciclo hamiltoniano em um grafo. Vamos entender o teorema de maneira
mais completa:

Teorema de Dirac: Seja G um grafo simples com n ≥ 3 vértices, onde o grau de cada vértice
é pelo menos n/2, então G contém um ciclo hamiltoniano.
Em outras palavras, se todos os vértices de um grafo G tiverem um grau igual ou maior que
a metade do número total de vértices, então o grafo G possui um ciclo hamiltoniano.

Vamos analisar um exemplo para ilustrar o Teorema de Dirac:

Considere o seguinte grafo:


A---B
| |
C---D

Neste caso, temos 4 vértices (n = 4). Cada vértice possui um grau de 2, que é igual ou
maior que n/2 (2 ≥ 4/2). Portanto, de acordo com o Teorema de Dirac, esse grafo contém
um ciclo hamiltoniano.

É importante ressaltar que o Teorema de Dirac fornece apenas uma condição suficiente
para a existência de um ciclo hamiltoniano, ou seja, se a condição é satisfeita, então um
ciclo hamiltoniano está garantido. No entanto, nem todos os grafos que não atendem a essa
condição estão isentos de ciclos hamiltonianos.

Além do Teorema de Dirac, existem outras propriedades e critérios que podem ser
aplicados para determinar a existência de ciclos hamiltonianos em grafos, como o Teorema
de Ore e o Teorema de Bondy-Chvátal.

Teorema de Ore
O Teorema de Ore é uma propriedade que fornece uma condição suficiente para a
existência de um ciclo hamiltoniano em um grafo. Vamos entender o teorema de maneira
mais completa:

Teorema de Ore: Seja G um grafo simples com n ≥ 3 vértices, onde para cada par não
adjacente de vértices u e v, a soma dos graus de u e v é maior ou igual a n. Em outras
palavras, se para todos os pares de vértices não adjacentes u e v, a soma dos graus de u e
v é pelo menos n, então G contém um ciclo hamiltoniano.

Em termos mais simples, se a soma dos graus de quaisquer dois vértices não adjacentes
em um grafo G é maior ou igual ao número total de vértices, então o grafo G possui um ciclo
hamiltoniano.

Vamos analisar um exemplo para ilustrar o Teorema de Ore:

Considere o seguinte grafo:


A---B
| |
C---D
Neste caso, temos 4 vértices (n = 4). Para cada par de vértices não adjacentes, a soma dos
graus é 2 + 1 = 4, que é maior ou igual a n. Portanto, de acordo com o Teorema de Ore,
esse grafo contém um ciclo hamiltoniano.

Assim como o Teorema de Dirac, o Teorema de Ore fornece uma condição suficiente para a
existência de um ciclo hamiltoniano. No entanto, nem todos os grafos que não atendem a
essa condição estão isentos de ciclos hamiltonianos.

Existem outras propriedades e critérios, como o Teorema de Dirac e o Teorema de


Bondy-Chvátal, que também podem ser aplicados para determinar a existência de ciclos
hamiltonianos em grafos.

Problema Do Caixeiro Viajante


O problema do caixeiro viajante é um problema clássico da teoria dos grafos e da
otimização combinatória. O objetivo desse problema é encontrar o menor caminho possível
que um caixeiro viajante deve percorrer para visitar um conjunto de cidades uma vez,
voltando à cidade de origem.

Formalmente, dado um grafo ponderado completo, onde os vértices representam as


cidades e as arestas representam as conexões entre elas, o objetivo é encontrar o caminho
hamiltoniano (um caminho que visita cada vértice exatamente uma vez) de menor custo.

O problema do caixeiro viajante pertence à classe de problemas NP-difíceis, o que significa


que não existe um algoritmo conhecido que possa resolver todos os casos em tempo
polinomial. Portanto, para um número grande de cidades, a solução exata pode ser
computacionalmente inviável. Nesses casos, são utilizadas abordagens heurísticas e
algoritmos aproximados para encontrar soluções subótimas.

Vejamos um exemplo para ilustrar o problema do caixeiro viajante:

Considere o seguinte conjunto de cidades, representadas por vértices em um grafo:


A---B
| |
C---D

Suponha que queremos encontrar o menor caminho para o caixeiro viajante percorrer todas
as cidades. O grafo é completo, ou seja, todas as cidades estão conectadas diretamente
entre si.

Uma possível solução seria o caminho A → B → D → C → A, que visita cada cidade


exatamente uma vez e retorna à cidade de origem. No entanto, é necessário calcular o
custo total desse caminho somando as distâncias das arestas correspondentes:
- A → B: custo 2
- B → D: custo 3
- D → C: custo 1
- C → A: custo 4
Portanto, o custo total desse caminho é 2 + 3 + 1 + 4 = 10.

O problema do caixeiro viajante busca encontrar o caminho de menor custo possível entre
todas as cidades, levando em consideração todas as possíveis combinações. Para um
número maior de cidades, o cálculo do caminho ótimo pode se tornar computacionalmente
desafiador.

Aula 23
Grafos planares
Grafos planares são grafos que podem ser desenhados em um plano de tal forma que suas
arestas não se cruzem. Em outras palavras, é possível representar o grafo em um plano
sem que as arestas se sobreponham.

Um exemplo de um grafo planar simples é o grafo do tipo "estrela". Consiste em um vértice


central conectado a todos os outros vértices:
A
/|\
/|\
B|C
\|/
\|/
D

Neste exemplo, é possível desenhar o grafo em um plano sem que as arestas se cruzem.

No entanto, nem todos os grafos são planares. Por exemplo, considere o grafo completo
com 4 vértices (K4):
A---B
| |
C---D

Não é possível desenhar esse grafo em um plano sem que as arestas se cruzem. Portanto,
ele não é um grafo planar.

Existem várias características e propriedades dos grafos planares. Alguns conceitos


importantes incluem:

1. Região: É uma área limitada por arestas do grafo. Por exemplo, no exemplo da estrela,
há uma única região externa e várias regiões internas.

2. Grau de enfrentamento: É o número de arestas que compartilham um mesmo vértice. Em


um grafo planar, o grau de enfrentamento de cada vértice é menor ou igual a 5.
3. Fórmula de Euler: Estabelece uma relação entre o número de vértices (V), o número de
arestas (E) e o número de regiões (R) de um grafo planar. A fórmula é dada por V - E + R =
2.

Determinar se um grafo é planar ou não pode ser feito de várias maneiras, incluindo o uso
do teorema de Kuratowski, que estabelece condições para identificar grafos não planares.

Os grafos planares possuem aplicações em diversas áreas, como redes de computadores,


transporte e circuitos eletrônicos, onde a sobreposição de conexões é indesejada.

Teorema de Kuratowski
O Teorema de Kuratowski é um resultado importante em teoria dos grafos que fornece
condições necessárias e suficientes para determinar se um grafo é planar. O teorema
estabelece que um grafo é não planar se e somente se contém um subgrafo "contratível"
que é isomorfo a um grafo completo K5 (grafo com 5 vértices) ou a um grafo bipartido
completo K3,3 (grafo com 3 vértices em um conjunto e 3 vértices em outro conjunto, onde
todos os vértices de um conjunto estão conectados a todos os vértices do outro conjunto,
mas não há conexões dentro do mesmo conjunto).

Em outras palavras, se um grafo possui um subgrafo que pode ser transformado em um K5


ou K3,3 por meio de uma sequência finita de operações chamadas "contrações de arestas",
então esse grafo não é planar. A contração de arestas é o processo de fundir dois vértices
adjacentes em um único vértice e remover a aresta correspondente.

Vamos ver um exemplo para ilustrar o Teorema de Kuratowski:

Considere o seguinte grafo:


A---B
/\ /\
E--C--D

Podemos aplicar uma série de contrações de arestas para obter um subgrafo isomorfo a um
K5:
A-B
\ /\
C--D
\/
E

Portanto, podemos concluir que o grafo original não é planar.

Da mesma forma, se tivermos o seguinte grafo:


A---B--C
/\ /\ /\
D-E---F--G
Podemos aplicar contrações de arestas para obter um subgrafo isomorfo a um K3,3:
A---B---C
/ \
D G
\ /
E---F

Portanto, também podemos concluir que esse grafo não é planar.

O Teorema de Kuratowski é útil para determinar se um grafo é planar ou não, pois nos
permite identificar subgrafos específicos que indicam a impossibilidade de serem
desenhados em um plano sem cruzamento de arestas.

Aula 24

Grafo Direcionado
Um grafo direcionado, também conhecido como digrafo, é um tipo de grafo em que as
arestas possuem uma direção associada. Em outras palavras, as conexões entre os
vértices têm um sentido específico, indicando uma relação unidirecional. Cada aresta em
um grafo direcionado é representada por uma seta, que indica a direção do fluxo.

Diferentemente de um grafo não direcionado, em que as arestas não têm uma orientação
definida, um grafo direcionado permite representar relações assimétricas, como fluxos de
informação, relações de dependência ou hierarquia. Essa orientação nas arestas faz com
que o grafo direcionado seja adequado para modelar uma ampla gama de fenômenos e
situações do mundo real.

Vejamos um exemplo de um grafo direcionado:


A -> B
/ |
V V
C -> D

Nesse exemplo, temos quatro vértices: A, B, C e D. As arestas têm direção, indicando o


fluxo de um vértice para outro. Por exemplo, a aresta de A para B indica que há uma
conexão direcionada de A para B, mas não o contrário. Da mesma forma, a aresta de C
para D indica uma relação direcional de C para D.

Além disso, é possível ter arestas direcionadas que formam ciclos em um grafo direcionado.
Por exemplo:
A -> B
^ |
| V
D <- C
Nesse caso, temos um ciclo no grafo direcionado, pois podemos percorrer as arestas e
voltar ao vértice de origem seguindo a direção das setas.

Em resumo, um grafo direcionado é um tipo de grafo em que as arestas possuem uma


orientação ou direção associada. Ele é usado para representar relações unidirecionais,
fluxos de informação, dependências e hierarquias. A direção das arestas fornece
informações adicionais sobre a relação entre os vértices.

Representação Geométrica
A representação geométrica de um grafo direcionado refere-se à atribuição de coordenadas
a seus vértices de forma a representá-los visualmente em um plano ou espaço
tridimensional. Essa representação é conhecida como grafo direcionado planar ou grafo
direcionado espacial, dependendo do número de dimensões consideradas.

Em um grafo direcionado planar, os vértices são representados como pontos em um plano,


e as arestas são desenhadas como segmentos de reta com uma direção específica. A
orientação das setas indica a direção do fluxo entre os vértices. A representação planar é
comumente utilizada para visualizar grafos direcionados com um número menor de vértices
e arestas, facilitando a compreensão das relações e conexões.

No caso de um grafo direcionado espacial, os vértices são posicionados em um espaço


tridimensional, atribuindo-se coordenadas x, y e z a cada um deles. As arestas são
desenhadas como segmentos de linha com uma direção específica, representando as
conexões direcionadas entre os vértices no espaço tridimensional. Essa representação é
utilizada quando se deseja visualizar grafos direcionados mais complexos, com múltiplas
conexões e relações.

A representação geométrica de um grafo direcionado é uma forma visual de apresentar as


informações contidas no grafo, permitindo uma melhor compreensão das relações
direcionadas entre os vértices. Essa representação pode ser útil em várias áreas, como
redes de computadores, circuitos elétricos, logística e sistemas de transporte, entre outros.

É importante ressaltar que a representação geométrica de um grafo direcionado é uma


forma visual de apresentação e não afeta as propriedades e características do grafo em si.
As conexões direcionadas entre os vértices e a estrutura do grafo continuam as mesmas,
independentemente da forma como são representadas geometricamente.

Conceitos Basicos E Nometratura


Em grafos direcionados, também conhecidos como digrafos, existem alguns conceitos
básicos e terminologia que são importantes de se entender. Aqui estão alguns deles:

1. Vértices (ou nós): São os elementos básicos de um grafo direcionado. Cada vértice
representa uma entidade ou um ponto do grafo. Eles podem ser representados por letras,
números ou qualquer outro símbolo.
2. Arestas (ou arcos): São as conexões direcionadas entre os vértices. Cada aresta possui
uma direção, indicando a relação entre dois vértices. As arestas são geralmente
representadas por setas que apontam da origem (vértice de partida) para o destino (vértice
de chegada).

3. Grau de entrada: Refere-se ao número de arestas que entram em um vértice específico.


É a quantidade de conexões direcionadas que apontam para o vértice.

4. Grau de saída: Refere-se ao número de arestas que saem de um vértice específico. É a


quantidade de conexões direcionadas que partem do vértice.

5. Ciclo: É uma sequência de vértices e arestas em um grafo direcionado que permite


percorrer um caminho fechado, onde o vértice final é igual ao vértice inicial. Em outras
palavras, é possível percorrer um ciclo e retornar ao mesmo vértice seguindo as direções
das arestas.

6. Componentes fortemente conectados: São conjuntos de vértices em que é possível


alcançar qualquer vértice a partir de qualquer outro vértice por meio de caminhos
direcionados.

7. Grafo acíclico direcionado (DAG): É um grafo direcionado que não possui ciclos. Em um
DAG, não é possível percorrer um caminho fechado seguindo as direções das arestas e
retornar ao mesmo vértice.

8. Nomenclatura: A nomenclatura de um grafo direcionado pode variar, mas geralmente


usa-se uma letra maiúscula para representar os vértices (por exemplo, A, B, C) e uma letra
minúscula para representar as arestas (por exemplo, a, b, c). Também é comum usar
notação de seta para indicar a direção das arestas.

Esses são apenas alguns conceitos básicos e terminologia associados a grafos


direcionados. Eles ajudam a descrever e entender as propriedades e relações presentes
nesse tipo de grafo.

Representação Por Matrizes


A representação de grafos direcionados por meio de matrizes é uma forma conveniente de
visualizar e analisar as relações entre os vértices. Existem duas matrizes comumente
usadas para representar grafos direcionados: a matriz de adjacência e a matriz de
incidência.

1. Matriz de adjacência: É uma matriz quadrada que indica as conexões entre os vértices do
grafo. Seja G um grafo direcionado com n vértices. A matriz de adjacência A do grafo G é
uma matriz n x n, em que cada elemento A[i][j] indica a presença ou ausência de uma
aresta direcionada do vértice i para o vértice j. Geralmente, utiliza-se o valor 1 para indicar a
existência de uma aresta e o valor 0 para indicar a ausência de uma aresta. Por exemplo,
se existir uma aresta direcionada do vértice i para o vértice j, o elemento A[i][j] será igual a
1.
2. Matriz de incidência: É uma matriz retangular que representa as relações entre os
vértices e as arestas do grafo direcionado. Seja G um grafo direcionado com n vértices e m
arestas. A matriz de incidência M do grafo G é uma matriz n x m, em que cada elemento
M[i][j] indica a relação entre o vértice i e a aresta j. Geralmente, utiliza-se o valor 1 para
indicar que o vértice i é o vértice de partida da aresta j, o valor -1 para indicar que o vértice i
é o vértice de chegada da aresta j, e o valor 0 para indicar que o vértice i não está
conectado à aresta j.

Essas matrizes proporcionam uma representação visual das relações entre os vértices e as
arestas em um grafo direcionado. Elas são úteis para realizar cálculos e análises mais
complexas, como encontrar caminhos, verificar a conectividade entre vértices e identificar
ciclos, entre outras propriedades do grafo direcionado.

Alguns exemplos para ilustrar:


Vamos considerar o seguinte grafo direcionado com 4 vértices e 5 arestas:

A --> B
| |
V V
C <-- D

Podemos representar esse grafo por meio da matriz de adjacência e da matriz de


incidência.

1. Matriz de adjacência:
A matriz de adjacência para esse grafo direcionado é:

A B C D

A 0 1 0 0

B 0 0 0 0

C 0 0 0 1

D 0 0 1 0

Cada elemento da matriz indica se há uma aresta direcionada do vértice i para o vértice j.
Por exemplo, o elemento A[1][2] é igual a 1, indicando que há uma aresta direcionada de A
para B.
2. Matriz de incidência:
A matriz de incidência para esse grafo direcionado é:

E1 E2 E3 E4 E5

A 1 0 0 0 0

B -1 1 0 0 0

C 0 -1 0 0 0

D 0 0 0 1 -1

Cada coluna da matriz representa uma aresta e cada linha representa um vértice. Os
valores 1 e -1 indicam o vértice de partida e o vértice de chegada da respectiva aresta. Por
exemplo, na coluna e1, o valor 1 na linha A indica que A é o vértice de partida da aresta e1,
e o valor -1 na linha B indica que B é o vértice de chegada da aresta e1.

Esses exemplos ilustram como as matrizes de adjacência e de incidência podem


representar grafos direcionados, fornecendo informações sobre as conexões entre vértices
e arestas.

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