ESGHT -eUAlg

4. Contingência Associação

Estatística I

4. Contingência e Associação

Lara Noronha Ferreira

Lnferrei@ualg.pt

Estatística I 1 Lara N. Ferreira

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4.1. Introdução

Apesar das análises univariadas serem extremamente

importantes na descrição e sintetização dos dados...

Exemplo:
- Estimar o preço médio dos produtos da concorrência;
- Estimar o número total de consumidores no mercado alvo;
- Analisar as características dos consumidores que gostaram
do protótipo do novo produto;
- Etc.

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4.1. Introdução
... na maior parte dos estudos pretende-se identificar relações
entre 2 variáveis!

Exemplo:
- Medir o interesse na compra do nosso produto depois da
exposição a uma campanha publicitária;
- Estudar se o género do cliente influencia as suas compras dos
nossos produtos;
- Estimar se a satisfação dos clientes é diferente de região para
região;
- Etc.
Estatística I 3 Lara N. Ferreira
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4.2. Tabela de Contingência
A análise da associação entre duas variáveis qualitativas pode
(deve) começar com a construção de uma tabela de
contingência.

Tabela de Contingência: Trata-se de uma tabela de dupla entrada,

na qual uma variável é colocada em linha e a outra em coluna.

A análise das frequências relativas em linha e em coluna, permite a

identificação da existência, ou não, de uma associação entre as
variáveis.

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4.2. Tabela de Contingência
Considerem-se duas características (ou variáveis):
- A com l modalidades (A1, A2, …, Al);
- B com c modalidades (B1, B2, …, Bc).

Atributo B
Atributo A B1 B2 … Bc Total
A1 n11 n12 … n1c n1.
A2 n21 n22 … n2c n2.
… … … … … …
Al nl1 nl2 … nlc nl.
Total n.1 n.2 … n.c n

Estatística I 5 Lara N. Ferreira

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4.2. Tabela de Contingência

Onde:

njk – frequência de observações que representam conjuntamente Aj e Bk

n.k e nj. – frequências marginais

c
Tem-se também que:
n j . =  n jk
k =1
l
n.k =  n jk
j =1
l c l c
n =   n jk =  n j . =  n.k
j =1 k =1 j =1 k =1
Estatística I 6 Lara N. Ferreira
 4. Contingência e Associação
4.2. Tabela de Contingência
Exemplo: Foi recolhida uma amostra de 100 clientes com o objectivo
de verificar a existência de diferença entre os clientes ingleses e
alemães na satisfação com a estadia num Hotel. Nessa amostra, 60%
dos 55 ingleses declararam-se satisfeitos com a estadia, enquanto que
nos 45 clientes alemães essa percentagem foi apenas de 38%.

Satisfação
Nacionalidade Sim Não Total

Inglesa 33 (60%) 22 (40%) 55 (100%)

Alemã 17 (38%) 28 (62%) 45 (100%)
Total 50 (50%) 50 (50%) 100 (100%)

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4.3. Independência
Valor do Qui-Quadrado de Pearson: é uma grandeza que
avalia a independência das características A e B ou o
afastamento da independência.

 = 
2
l c (n jk −n )
* 2
jk

j =1 k =1 n*jk
Onde:
n j . n.k
n =
*
jk j = 1,2,.., l ; k = 1,2,..., c
n
São as frequências esperadas na situação de independência das
características A e B.
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 4. Contingência e Associação
4.3. Independência

▪ Quando as variáveis estão numa situação próxima da

independência, o valor do Qui-Quadrado é próximo de
zero;

▪ Quanto maior o afastamento da independência, maior

será o valor do Qui-Quadrado.

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4.4. Associação

Apesar do valor do Qui-Quadrado avaliar a existência de uma

associação entre duas variáveis qualitativas, nada se pode
afirmar sobre a força dessa associação.

A intensidade da associação entre duas variáveis qualitativas

é medida através de coeficientes de associação.

São as escalas de medida das variáveis que determinam

qual o tipo de coeficiente de associação/correlação utilizar.

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4.4. Associação
Escala Nominal

Coeficiente V de Crámer: 2
V=
0 ≤ V ≤1 n(q − 1)

Independência Associação
perfeita
2
Coeficiente de Contingência: C=
2 +n

Verificando a dupla desigualdade: 0C  (q −1) q , q = min l , c

Independência Associação
perfeita
Estatística I 11 Lara N. Ferreira
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4.4. Associação
Escala Nominal

Coeficiente Lambda: =  m−m o

n − mo

onde mo é a frequência modal global, m é a soma das frequências

das modas e n é a dimensão da amostra.

0 ≤  ≤1

Associação
perfeita

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4.5. Tabela de Contingência 2×2
Em tabelas 22:

Variável B
Variável A B1 B2 Total
A1 A B A+B
A2 C D C+D
Total A+C B+D n

n( AD − BC )
2
Valor do Qui-Quadrado
 =
2
de Pearson: ( A + B )(C + D )( A + C )(B + D )
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4.5. Tabela de Contingência 2×2
Medidas de associação para tabelas 2×2:
AD − BC
Coeficiente  de Pearson:  =
-1 ≤  ≤ 1
( A + B )( A + C )(B + D )(C + D )

AD − BC
Coeficiente de associação de Yule: Q=
AD + BC
-1 ≤ Q ≤ 1

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4.4. Associação
Escala Ordinal n

Coeficiente de Spearman:
6  d i2
 = 1− i =1

-1 ≤  ≤ 1 n −n3

onde di é a diferença entre os números de ordem de cada par de

observações xi e yi

Coeficiente tau-b de Kendall:

-1 ≤  ≤ 1
-1 0 +1
Associação Ausência Associação
Coeficiente Gamma: perfeita de perfeita
-1 ≤  ≤ 1 negativa associação positiva
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4.4. Associação
SPSS:
A construção de uma tabela de contingência em SPSS é feita em:

Analyze – Descriptive Statistics – Crosstabs…

E depois:

1. Seleccionar uma variável para Row(s)

2. Seleccionar uma variável para Columns(s)

3. Clicar em Statistics…

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4.4. Associação
4. Seleccionar Chi-square

5. Seleccionar um coeficiente

6. Clicar em Continue

7. Clicar em Cells…
8. Clicar em Row e/ou Column
9. Clicar em Continue
10. Clicar em Ok
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