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O eco dos pesadelos

Escrito por: Miguel da Silva Leite (9 ano C)

Em uma noite fria e tempestuosa, a pequena vila de Blackwood estava


envolta em um silêncio sinistro. A chuva batia forte nas janelas das casas, como se
quisesse alertar os moradores sobre o mal que se aproximava. Na modesta casa da
colina, vivia Sarah, uma jovem de 16 anos que possuía um dom peculiar: a capacidade
de ouvir os ecos dos pesadelos das pessoas. A habilidade a atormentava desde a
infância, mas, naquela noite, os ecos tomaram um tom mais sombrio e perturbador.

Ao adormecer, Sarah foi envolvida por um pesadelo angustiante. Via-se em


uma floresta escura, onde sombras sinistras sussurravam seu nome. Tentando fugir,
ela deparou-se com um espelho antigo e rachado, refletindo sua própria imagem
distorcida e desfigurada. Assustada, acordou em seu quarto, tremendo e com o
coração acelerado. Mas algo não estava certo. A sensação de que algo espreitava nas
sombras a cercava. Ela ouvia risadas vazias e passos ecoando pelos corredores
vazios. Sarah levantou-se e foi investigar. Ao se aproximar da sala de estar, a lareira se
acendeu repentinamente, revelando um vulto sombrio. Uma figura espectral emergiu
das chamas, com olhos vazios e um sorriso macabro. Era o eco do pesadelo,
ganhando vida. O eco começou a murmurar os medos mais profundos de Sarah,
desencadeando um terror indescritível. Ela tentou fugir, mas a casa tornara-se um
labirinto assombrado. Cada porta que abria levava a outro corredor escuro e
apavorante. Os ecos dos pesadelos envolveram-na, revelando traumas e angústias
ocultos. O espelho quebrado do seu pesadelo surgiu diante dela, refletindo não apenas
seu rosto distorcido, mas suas piores lembranças e receios.

Sarah percebeu que o único meio de escapar era enfrentar seus medos e
aceitar sua própria escuridão. Com coragem, encarou o espelho, aceitando suas
fraquezas e superando-as. O eco do pesadelo desvaneceu, a casa voltou ao silêncio e
a chuva diminuiu. Sarah, agora mais forte, olhou pela janela, vendo uma lua surgindo
timidamente entre as nuvens. Ela havia vencido seus demônios, pelo menos naquela
noite. Mas ela sabia que o eco dos pesadelos sempre retornaria. A escuridão nunca
estava muito longe, mas agora, Sarah estava pronta para enfrentá-la.

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