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A Maldição de Nabel (Livro Encontrado na Cabana)

A noite caía densa e sombria sobre a pequena aldeia de Nabel. Não havia lua no céu, nem
estrelas para iluminar o caminho dos moradores, que, com corações pesados, recolhiam-se em
suas casas. As histórias sobre o Culto da Penumbra eram sussurradas em cantos escuros, mas
poucos ousavam pronunciar seu nome em voz alta.

Numa cabana isolada, não muito longe do centro da vila, morava uma jovem chamada Elara.
Seu coração estava cheio de medo, pois ouvira boatos sobre os sequestros brutais que o culto
estava realizando nas redondezas. As noites eram preenchidas pelos gritos agudos daqueles
que desapareciam, e Elara estava determinada a descobrir a verdade.

Certa noite, enquanto o silêncio se espalhava pela aldeia, Elara vestiu-se furtivamente e deixou
sua casa. Com uma tocha na mão e uma faca escondida em seu manto, ela se aventurou na
escuridão. Seu coração batia forte, mas ela estava determinada a encontrar os culpados por
trás dos sequestros.

A floresta ao redor da aldeia estava envolta em trevas profundas, e o vento sussurrava como
um lamento nas árvores. Elara seguia um rastro de pistas obscuras, um caminho que a levou a
uma clareira onde uma figura encapuzada realizava um ritual sombrio.

O cultista estava de pé diante de um altar improvisado, onde um corpo sem vida estava
estendido. O chão estava coberto de símbolos profanos desenhados com sangue. Elara se
escondeu nas sombras, observando horrorizada enquanto o cultista recitava palavras imundas
e lançava feitiços sombrios.

Ela não pôde evitar soltar um grito silencioso quando o cultista começou a drenar a essência
vital da vítima, transformando-a em uma criatura horrível e grotesca. O corpo antes inerte
agora se contorcia e se retorcia em agonia, enquanto sua alma era arrancada e corrompida.

Com um misto de terror e determinação, Elara avançou silenciosamente em direção ao cultista.


Com a faca em punho, ela lançou-se sobre ele e desferiu um golpe certeiro em seu peito. O
cultista caiu ao chão, morto antes mesmo de perceber o que havia acontecido.

Elara se ajoelhou ao lado do corpo da vítima, cujos olhos vazios agora estavam livres da
agonia. Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela lamentava a vida que fora perdida. Ela
sabia que o Culto da Penumbra não pararia até que fossem detidos.

No entanto, sua vitória foi curta. Enquanto ela permanecia ajoelhada ao lado do corpo, um
membro do culto emergiu das sombras e desferiu um golpe mortal contra Elara. Seu corpo caiu
no chão, sem vida, e sua alma foi aprisionada pelo cultista.
O cultista então realizou um ritual macabro, transformando Elara em uma maldição que
assombraria a aldeia para sempre. Sua voz ecoaria durante a noite, causando pesadelos
terríveis e aflição nos moradores. A aldeia de Nabel nunca mais seria a mesma, pois agora
estava amaldiçoada pela coragem de Elara em enfrentar o Culto da Penumbra.

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