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PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA

O assunto possui tanto significado que a ANVISA criou


regulamentações para controle e fiscalização. Para isso, faz-se
necessário o cumprimento de algumas regras nos serviços de estética e
beleza.
Todos os profissionais da beleza e alunos em preparação para
atuação posterior, deverão atender todas a normas e orientações
previstas nesse protocolo, sob pena de: advertência verbal, advertência
por escrito, e penalização jurídica em cumprimento à Lei Federal 13.352 e
às normas previstas no manual da ANVISA.
A falta de qualquer EPI - Equipamento de Proteção Individual e/ou
qualquer ação que infrinja às normas, prejudicando a si ou a outrem
implicará às sanções mencionadas acima.
Abaixo, seguem algumas obrigatoriedades relacionadas às normas
impostas pela ANVISA.
 Todos profissionais e alunos devem estar com as vacinas de
Hepatite B e Antitetânica em dia para atuar no mercado da estética
e beleza. Essas vacinas devem ser reforçadas a cada dez anos.
 Antes da esterilização os materiais não descartáveis deverão ser
higienizados e desinfetados com detergente enzimático, ou produto
que o substitua.
 Todos os materiais que não são descartáveis devem ser
esterilizados.
Atualmente, existem dois métodos de esterilização: químico e físico:
- Esterilização química: com o uso de produtos químicos
específicos (óxido de etileno, ozone, cloro, glutaraldeído, formoaldeído,
aldeído, peróxido de hidrogênio e prata), que podem se apresentar nas
formas líquida e gasosa.
- Esterilização física: feito com autoclave ou estufa. Sendo que a
autoclave utiliza calor e umidade sob pressão, e a estufa utiliza apenas o
calor.
OBS: Nos casos de materiais de aço inoxidável deve ser realizado a
esterilização em autoclave e materiais em aço carbono em estufa. Vale
lembrar que existem poucas estufas recomendadas pela ANVISA, a maior
parte das estufas são certificadas apenas pelo INMETRO. A presença do
selo do Inmetro atesta que o produto foi fabricado de forma a respeitar e
atender aos requisitos de uma norma ou regulamento técnico.
OBS: Os materiais que não suportam o calor da esterilização física devem
ser realizados somente a esterilização química.

PASSO A PASSO DE DESINFECÇÃO PRÉ ESTERILIZAÇÃO:


 Verificar se existe resíduo biológico no instrumento, Caso sim, é
necessário lavar com água, sabão e escova. EX: alicate com
resíduo de cutícula.
 Em um recipiente adicionar 1 litro de água e colocar 1 ml de
detergente enzimático.
O detergente enzimático contém enzimas, que ajudam a decompor micro-
organismos presentes em matérias orgânicas (tecidos corpóreos, muco,
pus e sangue, cutículas).
 Colocar os instrumentos contaminados imersos nessa solução e
deixar por 15 minutos.
 Após tempo de pausa retirar e enxaguar em água corrente retirando
todo resíduo com auxílio de uma escovinha (sempre realizar esse
processo de luvas).
 Secar bem com auxílio de papel toalha.

EM CASO DE ESTERILIZAÇÃO APENAS COM PRODUTOS QUÍMICOS,
SEGUIR RIGOROSAMENTE TOAAS AS ORIENTAÇÕES DO FABRICANTE
DOS PRODUTOS.
GERMICIDAS DE ALTO NÍVEL: - Denominados de ESTERILIZANTES são -
Formaldeídos (8 – 20 %), Óxido de etileno (15%). Amônia 1% x 30 min.
Glutaraldeído (2%) x 10 h. A esterilização química, expõe o profissional
aos gases liberados pelos produtos durante a manipulação, é mais
comum em setor hospitalar e laboratórios.
PASSO A PASSO – ESTERELIZAÇÃO FÍSICA
 Colocar os instrumentos já devidamente higienizados e
desinfetados no envelope de papel grau cirúrgico (se for em
autoclave) ou envolver no papel alumínio (se for em estufa).
 Respeitar sempre o ciclo de esterilização conforme indicação de
cada fabricante.
 Nunca abrir a estufa DURANTE o tempo de esterilização, se for
interrompido deverá ser reiniciado.
 Abrir o envelope sempre frente da cliente:
Importante: A esterilização tem validade de 7 dias.
EPI’S – Equipamentos de Proteção Individual
Como o nome já diz é de uso INDIVIDUAL, não sendo permitido o
seu compartilhamento. Seja de luvas, toucas, máscaras ou jalecos e
aventais.
O uso de EPI’S é obrigatório e indispensável, para segurança do
cliente e profissional. Além de que a utilização dos mesmos previne
contra: vírus, fungos, algas, protozoários (micro organismos), doenças
transmissíveis como: Hepatite B e C, HIV, Covid-19, entre outras.

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO:
- Realizar assepsia do local de atendimento (bancada, cadeira, maca,
cirandinha);
- Organizar os materiais;
- Checar se os materiais estão devidamente esterilizados (esterilização
físico, químico ou ambas);
- Entregar ficha de anamnese para o cliente preencher;
- Lavar as mãos;
- Paramentação (vestimenta dos epi’s);
- Higienizar as mãos da cliente com álcool em gel ou 70%.
- Realizar o descarte adequado de cada material.

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