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Olá! Livro feito por diversão.

Eu não quero me apaixonar! -Lu<3

Oi, sou Yuri, tenho 18 anos e estou fazendo faculdade de design e arte. Amo editar vídeos,
ler livros e escrever histórias variadas. A rotina na minha faculdade é bem complicada, mas já
me acostumei, estou a 2 anos nela. Tenho origem japonesa da minha mãe mas meu pai é
brasileiro. Eu tenho olhos puxados mas sou bem pálido mas meu cabelo é cor dos olhos é igual
de meu pai.

Não gosto muito de fazer amizades, gosto de ficar no meu mundo sem ninguém perto. Meu
próprio mundo. Por causa disso um grupo de idiotas enchem o meu saco com brincadeiras
relacionadas a minha altura, jeito, roupas. São insuportáveis. Me atormentam desde o meu
primeiro ano lá, eu não ligo muito. Eu só faço oque pedem por que se eu não fizer eu ganho
roxos e sangue.

Esse ano chegou uma pessoa nova. Um menino rico foi para a nossa faculdade por que a
faculdade dos riquinhos pegou fogo e eles foram transferidos para outros lugares aleatórios.
Ele foi levado pelo grupo dos idiotas e ele anda com eles. O nome dele é Michael Lenoox. Tem
origem americana e é muito bonito.

Mais um dia normal e eu desenhando em meu caderno/diário o grupo de incompetentes


chegou. Eles me empurraram da cadeira e pegaram meu caderno. Eu entrei em desespero,
naquele caderno tinha desde frases normais aleatórias a desenhos totalmente NSFW e
histórias de romances pesadas.

Uma das meninas do grupo, Patrícia, abriu em uma folha aleatória e começou a ler.

-Ah, vou ler. -Patrícia diz.

-Não! Por favor não leia! -Eu gritei desesperado.

-“Me abraçaria a noite toda? Me beijaria até perder o fôlego? Me deixaria “marcas” em
lugares variados? Me faria querer mais? Eu não sei garoto mas eu quero você e”... -Ela foi
interrompida por Michael que puxou o caderno da mão dela e me entregou.

-Deixe ele em paz! -Ele disse com sua voz grossa, até eu senti medo, o grupo inteiro correu.

-Oque foi aquilo? -Ele perguntou.

-Não interessa. -Eu disse meio que sussurrando.

-Tanto faz, achei essa “história” até que bem feita, você escreve a quanto tempo?

-4 anos. -Eu me levantei do chão. -Vou embora, não me procure mais.

Ele segurou no meu ombro.

-Poderia fazer algo por quem te ajudou? Eu te salvei de ter todos seus segredos vazados.
-Oque quer?

-Me passe seu número.

Eu suspirei fundo e mostrei meu número a ele. Não sei suas intenções.

-Obrigado. -Eu cochichei e saí correndo.

Eu não sabia oque tinha acabado de acontecer, alguém se interessou por mim? Pelas minhas
histórias?

É diferente, bem diferente. Sempre fui o excluído que ninguém gostava e agora estou sendo
defendido por algum riquinho que entrou agora na escola, muito respeitado a sinal.

Eu simplesmente estava sem palavras...

No meio de meus questionamentos e pensamentos alguém me manda uma mensagem, é o


Michael, pedindo para que eu escrevesse um trecho de um romance, uma descrição.

Meio do nada mais eu passei um tempo pensando e escrevi:

Eu não quero me apaixonar- Yuri-G

Um garoto chamado Tomioko entra em uma universidade bem complicada e lá gera uma
briga depois de seus livros misteriosamente desaparecerem, nessa briga ele conhece Harry
Lizards.

Ele respondeu com “Está incrível, por favor, me deixe roubar sua ideia?”

Ele gostou de uma ideia que eu criei em menos de 10 minutos? Eu o dei a ideia e ele ficou
bem feliz, pelo menos parece.

Estava satisfeito por ele ter falado que estava incrível. Mesmo eu tendo feito em menos 10
minutos.

Depois disso eu voltei ao meu normal e comecei a comer doces, desenhar e falar com
amigos em chat, minha rotina.

Minha rotina era essa mas nos sábados eu ia a academia. Eu sou bem magro. Nos outros
dias eu não fazia quase nada. Eu sou inútil.

Eu não gosto de manter contato com parentes, meus parentes, a maioria, são
extremamente racistas e preconceituosos. Se soubessem que eu gosto de homens iriam surtar
comigo. Odeio eles.

Eu nasci e cresci uma criança isolada e diferente de todos nesse mundo. Desde pequeno
mecho mãos e pés para demonstrar alegria ou ansiedade, eu nunca gostei de ficar perto de
outras pessoas desconhecidas. Sinto elas me julgando mesmo nem estando olhando para mim.
Eu tinha gostos estranhos, amava ficar olhando velas e luzes. Fascinado com luzes.
Agora que estou mais velho repito as vezes isso das chamas e mexer/balançar mãos e pés.
Eu agora escrevo livros sem vontade de nem levantar ou “viver”, essa é minha própria forma
de viver nessa sociedade de “certos”. Eu só quero escrever ou editar vídeos sem vontade de
fazer nada, ficar em meu canto sem ninguém me atrapalhando ou me avisando “vá comer”.
Agora tenho minha própria casa, minhas regras.

Em fim. Eu sou assim. Inútil para sempre, até todos nesse planeta morrerem.

Eu tenho meu jeito de aproveitar e viver. Meu próprio jeito. Ninguém nunca vai mudar isso.

Fiquei desenhando por 3 horas, já eram 23:54 e eu estava desenhando NSFW e gore,
escrevendo histórias para cada personagem que eu desenhava. Aqui estão alguns: Luna:
Sempre foi um terror para seus parentes e foi expulsa de casa com 15 anos depois de se meter
em uma briga política que gerou um prejuízo de alguns mil. Jack: Assassino canibal que desde
pequeno estudava cada veia de um ser humano. Com 12 anos ele fugiu de casa e nunca mais
voltou, agora ele segue uma vida assustadora e desafiadora com drogas e remédios para
esquizofrenia. Millie: Louca que amava o fogo a seguindo a cada dia. Com 7 anos era maluca o
suficiente para ver seus pais mortos e formas de como os matar Fugiu com 19 anos do hospital
psiquiátrico e morreu depois de 6 horas depois de fugir, ela se jogou de um penhasco de cerca
de 10 metros. Silly: Gênio de 10 anos que tinha t.a, sua cabeça com vozes que falavam para
não comer mais que isso ou não coma isso, se olhe no espelho, veja o quanto pesa, não
importo-me se está com fome. Se mate Silly, ninguém te ama. As vozes o mataram com 11
anos. Por último criei um personagem misterioso. ... : An? Quem eu sou? Por que estão
chorando. Quem são eles. Quem...sou...eu.

Eu criei esses personagens, dariam um bom livro. Agora estou cansado. Eu fui dormir 00:12,
estava com insônia. Eu dormi? Não. Eu me levantei logo depois de passar 10 minutos tentando
dormir em diferentes posições, eu não conseguia, eu só penso em como vai ser o meu
amanhã, todos estarão lá de novo, de novo terei minhas informações roubadas? E se acharem
partes de meu diário, eu não quero que isso aconteça.

E lá estava eu 00:32 escutando nirvana no volume máximo tentando adivinhar o amanhã, já


era o amanhã. São 2 da madrugada e deu um pouco de sono, eu vou aproveitar muito essas 3
horas de descanso.

Eu acordei com meu despertador tocando, já era hora de acordar mas eu queria dormir bem
mais, só me entregar ao céu ou ao inferno depois da minha morte e dormir infinitamente sem
ninguém para me atrapalhar a querer dormir infinitamente.

Eu estava quase dormindo em uma aula a tarde mas senti que alguém pegou meu livro, eu
estava o usando de almofada até que sinto um puxão e acordei desorientado. Patrícia ria de
mim junto com outros. Eu só queria parar de existir dali para sempre. Ela estava folheando
meu diário. Eu não queria que isso acontecesse mas eu estava sem forças para tudo. Eu só
abaixei minha cabeça e comecei a chorar abafado em meu casaco.

Eu ouvi um grito, era Michael, ele gritava com tudo e todos. Em 5 minutos não tinha mais
ninguém na sala, só eu chorando e ele ao meu lado querendo que eu falasse algo. Eu caí em
seus braços e ele caiu para trás me abraçando, ele conseguiu me acalmar, passava sua mão
gelada em meu rosto cheio de lágrimas. Abraçava-me com força, eu queria aquilo bem mais.
Não tinha motivos para chorar? Acho que sim. Eu só liguei uma torneira que liberou todas as
lágrimas que eu não derramei por toda a minha vida.
Eu não queria ninguém ao meu lado mas Michael mudou isso, seu abraço e preocupação por
mim fez eu querer ele ao meu lado. Ele estava assustado, ele não demonstrava mas eu sentia.
Ele está preocupado comigo.

-Yuri, olhe em meus olhos e diga oque está sentindo. O que te fez chorar. Diga-me e eu vou
te ajudar. -Ele tocou em meu rosto. -Talvez seja difícil mas você precisa me explicar oque está
passando com você. Eu quero te ajudar, Yuri!

Teve um silêncio, eu ainda soluçava um pouco. Estava com medo de me abrir, eu sempre
sofri calado.

-Eu...foi impulso...eu do nada chorei...eu...sou inútil...né? -Falava com algumas pausas, eu


não queria manter contato com ninguém, só com ele.

-Yuri, você não é inútil, você acha que é e por isso esconde seu talento, e seja qual for esse
talento se você se considerar inútil você nunca vai o despertar.

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