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Meus Doces Monstros

LIVRO 1
Milla Borges

Este é o meu primeiro conto e eu dedico a todas vocês que


pegaram ele apenas por curiosidade ou por um trecho legal em
algum vídeo das redes vizinhas, espero que gostem dos
personagens e me perdoem por qualquer problema que
encontrarem. Espero que gostem e que se divirtam.
INFORMATIVOS:

Dark Romance é um subgênero advindo dos romances eróticos,


e que tem características peculiares e muitas vezes perturbadoras,
ao abordar temas pesados ​e ter protagonistas que vão contra o
usual. Não há uma regra aqui e nem um limite sobre o que pode ou
não ser usado nos romances sombrios. Temas como sequestro,
abuso, vício em drogas, crime e tortura são apenas alguns
exemplos do que podemos encontrar. Normalmente, uma mocinha
ou mocinho se envolve com personagens de moral duvidosa e se vê
em meio a situações perigosas e angustiantes.

Este livro é um Dark Romance e contém temas fortes como:


Manipulação, abuso psicológico, sequestro, mortes, palavras de
baixo calão e cenas sexuais taboo.

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS, MILLA BORGES, 2023

Todos os direitos reservados. Direitos reservados em língua portuguesa, no Brasil, por


Milla Borges. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer
forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou
arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da autora.
SINOPSE
O que fazer quando roubam o seu diário e descobrem o seu
segredo mais sujo?
É isso que Anna vai ter que descobrir. Depois que seus pais
leem o seu diário que contém todas os seus sonhos insanos com
monstros de caudas e chifres, eles decidem interna-la em um
hospital psiquiátrico, Anna se vê sem saída e mergulha mais ainda
nos mistérios desses monstros que para ela só existem na sua
cabeça, mas ela não poderia estar mais enganada.

Matteo, Zade e Nino vão fazer a sua cabeça rodar com todas as
revelações que eles tem para a sua companheira, que por sinal não
aceita muito bem o fato deles não serem apenas seres imaginários
da sua cabeça.

Um conto com hots de molhar a calcinha e deixar você querendo


aqueles homens com você, venha se aventura nessa deliciosa e
divertida história.
ANNA
Aí está uma boa maneira de começar o ano, estou internada em
um hospital psiquiátrico e vendo coisas que pessoas normais não
deveriam ver, vocês devem estar se perguntando: "Nossa Anna,
como isso tudo aconteceu ?"
Vvou contar para vocês a minha história.

Tudo começou quando meus pais leram a porra do meu diário.


Que bela ideia idiota que eu tive de começar um a escrever um
diário, mas a minha psicóloga disse que isso seria "bom" pra mim,
tão bom que agora estou nesse inferno, mas enfim, vamos aos
fatos.

Tenho que começar contado pra vocês que eu tenho uns sonhos
e uns desejos meio esquisitos, na maioria das vezes eu sonho com
três homens que não são bem homens, estão mais para três
monstros enormes, com caudas grossas e línguas bifurcadas
gigantes que parece que vão até o meu útero quando eles me
chupam. E em todos esses sonhos eles estão fazendo de tudo para
me comer, no sentido mais sujo da palavra, eles me fodem com
suas caudas, seus paus, seus dedos ou qualquer coisa que eles
tiverem em mente e me fazem gozar tantas vezes que eu esqueço
quem eu sou, fico viajando num estado onde parece que o prazer é
eterno e sempre acordo molhada e com tantas dores no corpo como
se realmente tivesse feito todas aquelas coisas insanas, mas isso é
praticamente impossível, não é?

Bom, meu maldito problema provavelmente é escrever todas


essas coisas que eu não consigo dizer para ninguém, todas as
coisas sujas que eles fazem e as que eu desejo que eles façam,
coisas que eu nunca esperava que alguém fosse ler, muito menos a
porra dos meus pais!
Em uma bela sexta feira a tarde, eu estava voltando do meu
trabalho em um necrotério (melhor emprego da minha vida) e o dia
tinha sido bem tranquilo, nada de bizarro como sempre acontece.
Cheguei em casa e minha intenção era ir diretamente para o quarto
tomar um banho e ir para a academia, mas quando eu estava
passando pela cozinha notei uma movimentação diferente, ouvi
vozes sussurradas na cozinha e fui investigar o que estava
acontecendo.

"Mãe, você está aí?" - gritei enquanto largava minhas coisas no


corredor.
"Anna, venha aqui na cozinha agora.” - disse minha mãe com um
tom de voz ríspido. Eu sempre me senti meio rejeitada por ela, mas
me receber assim era estranho pra caralho até pra ela.
Chegando na cozinha me deparo com uma cena que não vejo a
anos, minha mãe, meu pai e minha irmã sentados a mesa com
caras que variavam entre tristeza (minha irmã), raiva (meu pai) e
nojo (minha mãe) e em cima da porra da mesa estava o meu diário
vermelho cheio de corações.
Naquela hora senti o meu sangue gelando, por um momento eu
tinha esquecido de como se respirava e parecia que meu coração
iria sair voando do meu peito, sendo que eu sou muito linda e nova
para morrer de ataque cardíaco, porra.

Perguntei para eles com a maior indiferença possível - "O que


vocês pensam que estão fazendo?" - olhei na cara de cada um
esperando intimidá-los com a minha reação.

"Sua putinha suja, sempre soube que você só traria desgosto pra
gente! Olha tudo o que fizemos por você! Você não dá a porra de
um valor a nada que você tem! Você é uma nojenta e merece tudo o
que vai acontecer de agora em diante." - disse o meu pai enquanto
cuspia falando, como se eu esperasse alguma coisa boa vindo dele.

"Como você pode, Anna? Meu Deus, estou tão assustada com
tudo isso" - disse minha irmã Giovanna segurando o meu diário -
"Porque você não procurou ajuda? Porque não me ligou? Essas...
Essas coisas que você escreveu não são normais! Pessoas normais
não falam em ter paus de duas cabeças entrando em você enquanto
você chupa a cauda de outro monstro! Você tem noção das coisas
horríveis que você escreve?" - disse a minha irmã com lágrimas
escorrendo pelo rosto, não esperava nada menos da minha irmã
mais velha e certinha, mas ainda sim senti como se uma parte
minha estivesse morrendo naquela hora por ela pensar e falar assim
de mim.
Agora só faltava o meu último monstro real, a minha mãe.
Olhei para ela esperando que ela fizesse o seu discurso como os
outros, mas a única coisa que recebi foi um sorriso de escárnio e
então a campainha tocou e o sorriso dela aumentou para algo
bizarro que me fez arrepiar até o pelo do cu. Então minha irmã saiu
da cozinha (imagino que tenha ido atender a porta).
- "O showzinho de vocês já acabou? Devo lembrar a vocês que
já sou uma mulher maior de idade e que só estou esperando o
apartamento ficar pronto para a dar o fora dessa casa ? Não
gostaram do que leram ? Ótimo! Aprendam a não mexer na porra
das minhas coisas! E se me acham maluca ou que eu tenho algum
problema, agradeçam a vocês mesmos que me foderam tanto
psicologicamente que hoje em dia eu sou assim!" - berrei todas
essas palavras que estavam guardadas a muito tempo me
corroendo por dentro, eles gostam de agir como bons pais e
pessoas perfeitas, mas não tem ideia do estrago que fizeram em
mim e na minha irmã com as suas disputas ridículas pelo afeto e
reconhecimento deles.
Me senti mais leve depois de despejar aquilo tudo e foi aí que
escutei um som de vários passos vindo pelo corredor e pensei -
ótimo Giovanna, convide pessoas para entrar no meio de uma crise
familiar, o que pode dar errado? - mas eu que estava
completamente errada, não eram pessoas comuns que estavam
entrando na cozinha, eram quatro mamutes enormes vestidos de
branco e com cara de poucos amigos.
- " QUE PORRA É ESSA" - eu berrei para qualquer um que
quisesse me responder, mas só consegui silêncio enquanto um
deles se aproximava de mim calmamente enquanto o outro olhava
para a minha mãe e perguntava como se eu não estivesse ali -
"Quer se despedir primeiro senhora ou já fizeram isso?" - foi nesse
momento que a minha ficha caiu, eles literalmente estavam falando
sobre mim.
- " O que você quer dizer com o 'Já se despediu’? Não aja e não
fale de mim como se eu não estivesse aqui " - eu rosnei para o
mamute um, mas continuei olhando fixamente para o mamute dois
que continuava vindo na minha direção enquanto os mamutes três e
quatro se posicionavam nas saídas.
"Só vou precisar de um segundo, Pierre." - disse a minha mãe
para o mamute um, enquanto ela se aproximava de mim como se
fosse me abraçar. Ela parou bem na minha frente e a única coisa
que eu consegui ler no seu rosto foi felicidade e prazer com toda
aquela situação, ela chegou bem perto do meu ouvido e sussurrou
para que somente eu escutasse.
- "Esse é só o começo do que você vai receber Anna, acho bom
se preparar sua puta barata. Espero que você saiba que eu nunca
quis você e que você é o maior arrependimento que eu tive na
minha vida." - ela disse isso e se afastou de mim olhando fixamente
nos meus olhos, senti como se eu tivesse recebido uma facada bem
no meu peito, como pode doer tanto ouvir palavras duras de alguém
que eu sempre soube que não me amava? Pensei que eu já tivesse
criado uma resistência a ela, mas doeu como se meu coração
tivesse se partido em mil pedaços.
- "Podem levá-la agora." - disse a minha mãe sem olhar para
mim novamente.
O que aconteceu em seguida é como um borrão na minha cabeça,
mal consigo me lembrar dos soluços da minha e irmã e dos meus
gritos até sentir uma picada forte no pescoço e tudo ficou preto.

Bom, agora que vocês já me conhecem e já sabem um pouco da


minha história fodida posso atualizar do que está acontecendo
agora. Hoje fazem 30 dias que eu estou presa nesse inferno, sendo
drogada diariamente e fazendo reuniões em grupo com um bando
de lunáticos.
Eu literalmente fui internada no pior hospital psiquiátrico
possível, aqui só ficam pessoas do tipo assassinas, eu me cago de
medo da minha própria sombra, mesmo depois dos meus homens
me assegurarem que nada vai acontecer comigo, mas como eles só
existem na minha cabeça eu sei que eles não poderão fazer nada
por mim se eu precisar.
Assim que cheguei aqui fui diagnosticada com esquizofrenia e
bipolaridade aguda, tomo tantos remédios por dia que eu sinto
vontade de ficar jogada na cama o dia inteiro, mas aqueles idiotas
botam um alarme tão alto que até os defuntos devem levantar nesse
inferno.

Hoje é mais um desses dias, levanto na base do ódio e pronta


pra arrumar confusão com o primeiro enfermeiro que me encher o
saco, até porque eu não sou doida de arrumar confusão com os
pacientes. "Bom dia Raio de Sol," - diz o mamute 1 com um sorriso
safado no rosto e a propósito o nome dele é Pierre, ele sempre vem
com umas piadinhas e cantadas mixurucas achando que eu vou cair
no papinho dele.

"Bom dia idiota" - respondi com o sorriso mais doce do mundo.


- "Dormiu bem pelo visto meu amor, deu pra escutar seus
gemidos do corredor, acho que até ouvi o meu nome umas duas
vezes " - disse ele rindo e cutucando o mamute 4 enquanto eu
passava por eles sem nem me dar o trabalho de responder.
Fui direto para o refeitório e já encontrei aquele lugar cheio de
lunáticos gritando e brincando com as suas comidas. - " Que nojo
Paula, não lambe isso do chão não, usa um prato porra" - eu disse
para uma das psicopatas que eu sei que não vai me matar.

Fora a perturbação do mamute 1 o dia acabou transcorrendo


como sempre, tomei o café da manhã que consiste em um mingau
aguado e um café com leite sem açúcar, pois isso interfere nos
remédios de alguns pacientes, depois fui tomar meu banho, fiz
minhas necessidades, após isso fiquei sentada no meu banquinho
da janela com um livro na mão até o horário do almoço e depois
disso tudo se repetiu e eu voltei para o meu banco sem ter nenhuma
outra interação até a hora de dormir. Quando eu durmo é que a
mágica acontece.

Acordei no mesmo lugar de sempre, o sonho sempre se passa


nesse lugar que eu nunca conheci, não sabia que a mente era tão
poderosa assim. É um quarto com paredes todas cinzas, com vários
elementos que eu gosto, com prateleiras de livros e uma cama
enorme onde cabe nós quatro perfeitamente, com uma janela que
dá para uma vista paradisíaca de um jardim e ao fundo parece ser o
início de uma praia, nunca tive a oportunidade de sair do quarto pois
sempre que chego tudo começa e sempre acordo quando tudo
acaba. A única coisa de diferente foi que dessa vez quando acordei
os meus monstros estavam discutindo entre si e nem me notaram .
– "Eu acho muito cedo, isso não vai dar certo." - disse o meu
monstro vermelho, ele era de um tom tão profundo que parecia
quase um vinho, tinha uns olhos azuis mais escuros que eu já vi,
uma cauda grossa com uma ponta cilíndrica que fica perfeita na
minha minha buceta, com chifres grandes e lustrosos que sempre
ficam sensíveis quando eu passo a mão, na verdade isso acontece
com todos eles, são bem sensíveis com as suas caudas e chifres.
Mas aparência o que mais se destaca é o terceiro e também
acredito que ele seja o líder, ele é todo preto e tem os olhos tão
negros que nem parece ter íris, sua cauda tem várias bolhas que
estouram quando entram em atrito com a minha buceta o que gera
uma sensação tão gostosa que só de lembrar eu fico molhada.
E o meu último homem é o azul, ele tem os olhos mais calorosos
de todos, só de olhar para ele eu já consigo sentir todo carinho que
ele tem por mim, as vezes fico pensando se a falta de afeto da
minha infância não me faz projetar nele esses sentimentos, mas
enfim, a cauda dele é a mais fina, porém parece que ela entra em
mim e alcança coisas que os outros não conseguem pelo fato das
suas serem mais grossas, e o jeito que ele usa ela pra me me
enforcar enquanto eu cavalgo em um dos seus irmãos me deixa
louca de tesão.
Acho que já divaguei demais devorando eles com os olhos, volto
a prestar atenção na conversa deles e não entendo o que está
acontecendo – “Ela é nossa e essa porra já está acontecendo a
muito tempo, está na hora dela aprender” – disse o meu pretinho – “
Eu concordo com o Matteo “ – disse o meu azulão se referindo ao
meu pretinho.
Finalmente eu descobri o nome de um deles, sempre que eu
chego aqui vamos direto pra ação e não acontece nenhuma
conversa, se bem que era só eu ter imaginado antes né, mas como
não tenho controle de nada disso vou continuar de ouvido em pé.
Mas como alegria de fodido dura pouco eles logo me notaram –
“Olha quem acabou de chegar aqui e ficou bem quietinha escutando
irmãos “ – disse o meu monstro vermelho, todos se viraram pra mim
e vieram na minha direção com a cara mais safada possível, fiquei
tensa de antecipação e molhada só de imaginar as coisas que
faríamos essa noite.
O Matteo (meu pretinho) cheirou fundo o ar e exalou – “Porra, eu
adoro como você sempre está pronta pra gente, baby. Mas
infelizmente hoje temos coisas sérias a tratar,” – ele parou na minha
frente com os seus irmãos o ladeando – “ Eu sei que você acredita
que tudo isso é um sonho e que não somos reais, que as pessoas
do seu mundo são treinadas para pensar assim, mas você é nossa
e esse pau que entra em você todos os dias são reais pra caralho “
– disse ele super serio e achando que estava arrasando.
Olhei para a cara dele com o maior deboche possível e bufei – “
Ah, claro! Bota o pau pra fora aí, chega de falar, eu vim aqui para
relaxar” – depois dessa eu estou começando a achar que eu
realmente sou maluca, olha as coisas que a minha cabeça inventa!
O meu Azulão soltou uma gargalhada alta que tremeu o corpo
dele inteiro – “Essa mulher um dia vai me matar, puta que pariu “ –
disse ele sorrindo e me olhando daquele jeito caloroso.
“Vamos dar a ela o que ela quer então, mas depois vamos ter
uma conversa muito séria antes de você ir embora, o que vocês
acham disso irmãos?” – perguntou o meu monstro vermelho e o
meu favorito do momento.
Todos assentiram com a cabeça e então sem esperar pra nada o
meu monstro vermelho me segurou pelo pescoço e me empurrou
em direção a parede, o azul se colocou entre eu e a parede e me
abraçou por trás beijando o meu pescoço, enquanto o seu irmão
beijava a minha boca, parei de beijar o meu monstro para chamar
Matteo que nos comia com os olhos com uma fome tão grande
vendo os seus irmãos me possuírem daquela forma.
Ele veio na minha direção e empurrou seu irmão pro lado
enquanto se ajoelhada na minha frente e rasgava a minha calcinha,
que misteriosamente era a única coisa que eu estava usando
naquele momento.
Comecei a me sentir pingando só de imaginar aquela língua
dentro da minha buceta, enquanto seus irmãos brincavam com meu
pescoço e meus seios. Assim que a língua do meu pretinho entrou
em contato com a minha boceta eu dei um grito – “Porraaa” – a
língua dele é enorme e só com ela ele consegue socar bem la no
fundo, aquela porra de língua me lambendo e me deixando
totalmente molhada, ele sugava meu clitóris e depois ia pra minha
entrada socar bem fundo num ritmo alucinante, quando eu estava
quase gozando ele parou apenas para o meu Azulão enfiar a cauda
dele tão fundo que parecia que estava no meu útero, nunca senti
tanto prazer na vida como eu sinto com esse homens, me virei para
o meu vermelho enquanto seus irmãos ainda trabalhavam na minha
boceta.
- “ Me beija, por favor. Eu quero gozar com a sua língua na
minha boca.” – ele rosnou de puro tesão e tomou minha boca com
aquela língua enorme fazendo coisas alucinantes comigo, quando
senti outra cauda entrando em mim foi a minha perdição, não sei
nem de qual deles que foi, só sei que a sensação foi muito gostosa,
enquanto a boca de Matteo estava no meu clitóris, a cauda do meu
azul na minha boceta e a cauda de algum deles no meu cu,
enquanto o meu vermelho me devorava com a sua boca gostosa e
experiente, eu quebrei com um grito sufocado de pura agonia
enquanto eles continuavam me torturando.
– “Aaaaah, caralho! Eu não aguento mais, por favor” – eu
implorei sem saber pelo que estava pedindo. Meus monstros
começaram a rir e pararam o que estavam fazendo, me dando um
minuto para descansar.
- “ Não aguenta, baby? Nós só começamos com você, porra!
Vamos te dar tudo o que você pediu até te quebrar e você não olhar
pra nenhum outro homem, só nos que vamos te saciar, só o nosso
pau vai matar a fome dessa sua boceta gananciosa.” – disse Matteo
enquanto segurava o meu queixo firmemente e selou o que disse
dando uma lambida na minha bochecha que me deixou tremendo e
querendo mais.
– “Agora vai para a cama, boneca que a brincadeira vai começar
“- disse o meu Azulão tocando uma enquanto me olhava.
Me deitei na cama com as pernas bem abertas mostrando tudo o
que eles estavam perdendo por demorar tanto, minha boceta estava
pingando meu gozo e toda babada com a saliva de Matteo. Eles
ficaram olhando para ela como se fosse um prato de comida e eles
estivessem morrendo de fome, os três vieram de uma vez na
mesma formação de sempre.
MATTEO
Porra, essa mulher vai acabar com a gente um dia, só de olhar
para aquela bocetinha moreninha, raspadinha e pingando pra gente,
minha boca encheu de agua e eu fiquei com vontade de cair de
boca nela novamente e pela forma como meus irmãos estão
avançando sobre ela da pra perceber que eles se sentem do mesmo
jeito.
“ Essa boceta foi feita pra mim minha gostosa, quero entrar em
você nunca mais sair. Caralho, só de imaginar minhas bolas doem.”
- disse Zade respirando pesadamente (ele é o de pele vermelha,
caso você esteja se perguntando) enquanto a segunda cabeça do
seu pau aparecia de tanto tesão.
Ele subiu na cama e foi logo dando um beijo na boceta dela
enquanto eu ficava olhando e Nino (ou Azulão como a Anna
costuma chamar) ia em direção a boca dela com o pau duro e
pulsando.
“Meu grelo daqui a pouco vai cair do tanto que vocês chupam,
puta que pariu. Mas não quero que parem nunca.” – Anna gemeu
com a voz rouca mais gostosa do mundo. – “ Abre a boca pra mim
boneca, quero que você tome o meu pau inteiro em você “ – disse
meu irmão Nino, enquanto eu olhava eles se deliciando com ela eu
batia uma me preparando para entrar naquela boceta gloriosa.
“Assim mesmo, aaaah! Vou gozar de novo porra.” – só com esse
gemido dela senti meu pau ficando molhado do pré sêmen que saiu
e eu aprovei para lambuzar a cabeça com ele.
“Levanta baby, eu quero você sentando com esse cuzinho
apertado no meu pau.” – E assim ela fez, levantou e eu me
acomodei embaixo dela, aproveitei a lubrificação da sua boceta e
passei no seu cuzinho e comecei e entrar bem devagar no início
para que ela se acostumasse com o meu tamanho.
Enquanto isso Nino saiu saiu da boca dela e veio em direção a
sua boceta, com o pau pingando de saliva e o Zade tomou o seu
lugar lambuzando suas duas cabeças com a saliva dela – “Cospe no
meu pau minha puta, deixa ele todo babadinho porque depois eu
que vou atrás de vocês, será que você aguenta gostosa?” – meu
irmão perguntou com a voz rouca enquanto bombeava na boca
dela.
-“Porra Azulão, assim eu vou gozar de novo, eu não aguento
mais, que pau gostoso, me enforca mais, por favor!” – ela implorou
enquanto lágrimas se formavam nos seus olhos e voltou a chupar o
meu irmão. Eu acho muito engraçado essa forma que ela começou
a nos chamar, não sei porque ela nunca nos perguntou os nossos
nomes, mas não nos importamos dela nos chamar assim.
Eu continuo metendo bem fundo no cuzinho dela enquanto uso a
minha cauda para apertar os seios delas, até deixar eles bem
vermelhos e sensíveis e então Nino se abaixa e chupa enquanto ela
grita uma série de palavras que não existem em nenhum idioma que
eu conheço.
Porra, essa mulher gostosa demais, sinto como se já estivesse
na borda prestes a gozar, mas vou levar ela e meus irmãos comigo.
–“ Vamos dar a essa putinha o que ela merece irmãos “ – eu digo
enquanto acelero meus movimentos assim como meus irmãos, ela
começa a gritar tanto que meus ouvidos doem e minha cauda fica
mais descontrolada, assim que eu sinto ela se quebrando eu gozo
também e meus irmãos me acompanham as coisas que sentimos
com ela é diferente de qualquer outra experiência que já tivermos,
com ela parece certo pra caralho.
Mas antes que ela perca todo o nosso sêmen eu levanto e enfio
meus dedos dentro dela, para que ela guarde a porra de todos nós e
saiba a quem ela pertence.
Assim que olhei para ela novamente percebi que ela já estava
quase caindo no sono e indo embora, dei dois tapinhas leves no seu
rosto – “ Esqueceu que ainda temos que conversar, baby? Não
dorme não, levanta.” – Eu disse com uma voz suave.
Ela me olhou com aqueles olhos castanhos pesados de sono
deu um bocejo –“ Eu estou exausta, que tal nós conversarmos
amanhã?” – Ela perguntou com um sorriso sonolento no rosto.
“Nada disso gostosa, pode levantando agora.” – Disse Zade
puxando ela pelo braço e a colocando em pés incertos. – “Tem
certeza que você não quer saber os segredos que escondemos de
você “ – Disse ele com uma sobrancelha arqueada e com isso
despertando a curiosidade da nossa monstrinha.
“ Que segredos vocês podem esconder de mim se vocês só
existem na minha cabeça “- disse ela com um olhar debochado e
um sorrisinho de canto, essa é outra coisa sobre ela, simplesmente
não aceita o fato da nossa existência, pra ela apenas existimos na
cabeça dela e não temos nenhum poder no seu mundinho, se ela ao
menos soubesse a verdade sobre nós e a sobre a sua família não
iria ter essa carinha de presunção agora.
“ Agora é a hora de falar sério Anna Beatriz, senta essa bunda
gostosa na cama e ouve o que temos para falar e é melhor acreditar
em tudo que vamos te contar boneca.” – Disse Nino super sério,
uma coisa que não veio com tanta frequência, de nós três ele é o
mais receptivo e brincalhão.
Ela olhou pra ele com os dois olhos castanhos arregalados e
com uma carinha de surpresa, até ela estranhou essa atitude dele –“
Baby, tudo que você pensa que sabe sobre a gente está errado, não
somos apenas fruto da sua imaginação, somos seres reais de outro
mundo e você é nossa.” – Eu disse sério olhando bem nos olhos
dela.
Mas como já se era de esperar ela não acreditou, por mais que
tentasse não transparecer o que estivesse sentindo de verdade, era
nítido naquele olhar que ela estava fazendo. Sem mais ideia do que
falar para convencer essa mulher eu deixei Nino assumir, pelo visto
ele ela leva a sério quando fala.
Olhei para ele e acenei com a cabeça enquanto ele tomava a
frente da conversa “ Anna, nós somos seres do submundo, somos
os príncipes do nosso planeta, isso aqui que você vê pela janela é o
portal por onde nós sempre entramos para te chamar, aqui onde
você está é um limbo entre os dois mundos. Sei que isso tudo é
muita informação para ser jogada de uma vez, mas nosso pai está
morrendo e quando ele morrer nós vamos assumir o poder e não
poderemos mais visitar você aqui no limbo, mas precisamos de você
assim como você precisa do ar, por isso estamos te contando tudo
agora.” – Eu consiga sentir a emoção que carregava cada palavra
que Nino dizia.
Anna ficou simplesmente muda olhando para cada um de nós,
pulando de pessoa em pessoa sem conseguir se concentrar em um
de nós.
“ Anna, sei que isso deve estar fritando seu cérebro, porra eu
nem imagino como iria me sentir se tivesse o meu mundo virado de
ponta cabeça assim, eu sinto muito mesmo por você ter que
descobrir tudo assim, nosso plano era te introduzir a verdade aos
poucos meu amor, nos perdoe princesa” – Disse Zade como se
sentisse que fosse impotente nessa situação.
“ Eu simplesmente não consigo acreditar em vocês, caralho olha
que coisa maluca que vocês estão me dizendo, vocês nunca nem
tentaram conversar comigo, eu tenho que chamar vocês por nomes
totalmente ridículos porque não se deram nem ao trabalho de me
dizer seus nomes e agora vocês vem me dizer que não são frutos
da minha imaginação fértil e sim monstros reais ? Puta que pariu eu
devo estar doida pra caralho.” – Ela disse enquanto se levantava
exaltada, dava pra ver a veia de seu pescoço pulsando.
“ Porra Anna, eu entendo que esse momento está sendo difícil
pra caralho pra você, mas a porra do nosso pai está morrendo,
enquanto se passam horas no seu mundo, no nosso se passam
semanas e essas semanas são mais tempo longe do nosso pai,
então me desculpe se estamos jogando essa porra assim no seu
colo, mas não temos o que fazer”- Disse Zade com a sua voz se
quebrando de pura dor e agonia.
“ ENTÃO POR QUE ESTÃO AQUI? POR QUE ESTÃO
COMIGO? Eu não consigo entender esse motivo, não é como se
isso fosse algo além de sexo.” – Se ela me desse um tapa teria
doido muito menos do que ouvir aquela palavra, ela era a porra da
nossa parceira, será que ela não consegue sentir a ligação que
existe entre a gente, ela literalmente nasceu para ser nossa e seria
se não fosse pela sua mãe.
“Porque você é nossa companheira Anna, o amor das nossas
vidas é você, você é o ar que respiramos e o maior motivo de
acordarmos todos os dias procurando sermos melhores que ontem,
por você e pelos nossos futuros filhos.” – Disse Nino com a voz
quebrada pela dor das palavras dela.
“Co- como assim companheira? Do que vocês falando?” - Disse
ela com os olhos arregalados e dando um passo para trás tentando
se afastar de nós –“ Do que vocês estão falando porra? Eu sou
humana, isso nem faz sentido!” -
“ Sinto muito Anna”- Disse Zade olhando para o chão sem
conseguir manter contato. Resolvi assumir a conversa pois
conseguia sentir que meus irmãos já estavam esgotados
psicologicamente.
“ Baby, a sua mãe mentiu pra você durante todos esses anos” –
Joguei a bomba que vai ser mais difícil para ela aceitar. – “ Eu sinto
muito mesmo amor, mas a sua mãe é uma cobra asquerosa e
mentirosa que não vale o chão que você pisa.”
“ Ela mentiu sobre o que?” – Disse ela em um sussurro que eu
mal escutei.
“ Sua mãe era uma das servas do meu pai, a guerreira mais leal
que ele tinha, ou assim ele pensava. Foi concedida a ela a honra de
gerar a próxima rainha da nossa espécie, mas ela traiu meu pai e
assim que a sua benção foi concedida ela fugiu para o seu mundo e
–“
“ Espera porra”- Disse ela me interrompendo –“Vamos recapitular
um pouquinho, eu ainda estou travada na parte de vocês serem
reais e você está me dizendo que minha mãe é como vocês, ou
seja, que EU sou como vocês, isso não faz nenhum sentido” –
“ Senta na cama Anna, vamos te explicar tudo desde o início “ –
Eu disse tentando acalmá-la enquanto meus irmãos me olhavam
com uma pergunta nos olhos. Porra eu realmente não queria fazer
isso, mas se ela não entender mesmo depois de toda a explicação
vou ter que fazer isso que vai contra tudo que eu sinto. Eu
realmente não queria que ela descobrisse tudo dessa forma, mas
depois que nosso planeta foi atacado e meu pai ficou gravemente
ferido, tudo mudou.
ANNA
Não é possível! Nada do que eles estão me dizendo faz sentido,
como eles podem ser reais ? Como eles são de outro planeta? Eles
são tipo ET ? PORRA, EU LITERALMENTE NÃO ESTOU
FODENDO COM ETS!!!!
“ Você está me escutando Anna?” – Disse meu Azulão com um
olhar preocupado e estalando os dedos na frente do meu rosto. –“
Meu pai é o Rei do nosso planeta, então obviamente eu, Matteo e
Zade somos os príncipes herdeiros e futuros Reis de Bonder, sua
mãe era a guerreira mais leal do meu pai, travou diversas batalhas
em seu nome e lutou lado a lado com ele contra o nosso maior
inimigo, com isso meu pai decidiu agraciar ela com a maior honra
que qualquer cidadão do nosso reino poderia receber, a benção de
carregar a futura rainha. Mas... “- Nesse momento eu tive que
interrompê-lo.
“ Se o que você está dizendo é verdade, como eu sou a
companheira de vocês? Acho que vocês pegaram a garota errada,
eu sou a irmã mais nova. Não tem... “ – Essa foi a vez de Zade
(Descobri mais um nome hehe) me interromper.
“Se você deixar o Nino continuar você vai entender, por favor,
isso é importante demais. Eu te peço que escutei tudo primeiro para
depois tirar suas dúvidas, se elas ainda existirem” – Eu acenei com
a cabeça e fiquei esperando o próximo continuar a me explicar o
que está acontecendo.
“ Mas para ela isso não foi o suficiente, meu pai não sabia na
época, mas depois descobriu que a sua mãe tinha uma sede de
poder enorme e carregar a futura rainha era pouco, ela queria o
trono para ela e passou a te odiar pelo simples motivo de você ter
direito a algo que ela sempre quis e com isso decidiu dar um golpe
na coroa. No dia em que ela recebeu a benção, ela fugiu para o seu
planeta e fez uma coisa horrível. “- Nino parou de falar olhando para
mim com um olhar de pena.
Ele tomou uma respiração e continuou –“Por sermos demônios
nós temos poderes no meu planeta, a quantidade de poder varia de
acordo com o nossa influência dentro do reino, como eu disse antes,
a sua mãe tinha uma patente muito alta e com isso os poderes dela
também são bem fortes, um deles é o controle total da mente de
todos que estão abaixo dela. E foi assim que ela conseguiu
sequestrar a sua família e implantar memórias neles” – Quando ele
disse isso o meu mundo parou por um momento, não pode ser real
o que ele disse, por mais horrível que a minha mãe seja comigo, ela
nunca agiu assim com meu pai ou com a minha irmã, não tem
como ela ter feito uma coisa dessas.
Eu simplesmente fiquei olhando para ele muda de tanto choque,
não conseguia formar um pensamento coerente ou dar uma
resposta descente para o que ele disse e ele tomou o meu silêncio
como um consentimento para prosseguir.
“ A mãe verdadeira daquela família foi morta assim que a sua
mãe decidiu ficar com seu pai, ela substituiu todas s memórias que
ele tinha dela por ela, as memórias da sua irmã e de todos que
vivem ao seu redor, ninguém do seu planeta tinha como desconfiar,
era o plano perfeito. Punir meu pai pelo amor que ele nunca
correspondeu tirando você da gente, seu planeta seria o único lugar
que não iríamos procurar” – Ele falou olhando nos meus olhos
enquanto Matteo veio para o meu lado me abraçar e Zade
acariciava o meu rosto.
“ Nós apenas descobrimos a alguns anos atrás por pura sorte,
desde que ela fugiu nós procurávamos por você. Só viemos ao seu
planeta por conta de negócios e assim que colocamos o pé aqui
sentimos você e ficamos em um estado alucinado para pegar pegar
você, mas não podíamos por conta dela.” – Ele falou se agachando
para ficar na altura dos meus olhos.
“Se soubéssemos antes das coisas que ela fazia você passar,
nós nunca teríamos deixado você aqui, assim que descobrimos uma
forma de nos aproximar de você sem que ela percebesse, nós o
fizemos. Através dos sonhos ela não conseguiria te sentir e não
conseguiria te levar para longe da gente. Quando ela leu o seu
diário ela não imaginou que fosse conosco que você estava se
encontrando, ela achou que fosse o laço falando mais alto na sua
cabeça e por isso te enviou para cá, para tentar sufocar você. “ –
Ele disse esse final com os punhos cerrados e em um rosnando de
raiva.
Eu sentia como se tudo isso fosse demais pra mim, minha vida
foi uma mentira... O que aquele monstro fez para aquela pobre
família... O ódio que eu estava sentindo dela e o pesar por todas
aquelas pessoas que ela machucou, óbvio que ninguém gostava de
mim! Ela sempre envenenou todo mundo, sempre fomos marionetes
na mão dela, o sentimento de impotência que eu estava sentindo
era enorme, como uma nuvem escura e pesada estivesse em cima
de mim.
“ Fala alguma coisa Baby “- Ouvi Matteo me chamando, mas a
voz dele parecia tão longe, tudo estava um caos dentro de mim, eu
não sabia o que pensar, o que sentir ou o que falar. Sentia que se
eu abrisse a boca agora eu começaria a derramar tudo o que eu
sempre senti, toda a dor da rejeição, todo o rancor, tristeza e não sei
se iria conseguir parar. Então apenas me levantei da ponta da cama
e subi até a parte de cima, não querendo mais saber de nada do
mundo real, nada do que estava acontecendo ou do que ela fez. Eu
queria apenas esquecer de tudo.
“Eu não consigo mais, não aguento mais ouvir nada disso, não
quero mais saber o que ela fez. Eu só quero esquecer que isso tudo
aconteceu, esquecer da existência dela e do mal que ela me
causou, se vocês continuarem falando eu sei que não vou
aguentar...” – Eu disse conforme a minha voz se quebrava ao final
da frase.
Meus monstros me olharam com uma cara de preocupação, mas
respeitaram a minha decisão, eles apenas vieram para o meu lado
e me cercaram em um casulo quentinho de compreensão e tudo
ficou preto pra mim.
NINO
Quando ela dormiu eu senti uma sensação de alívio enorme,
como se um peso tivesse saído do meu peito. Eu sinto que a amo
mesmo que não seja correspondido e dizer todas aquelas coisas
duras para ela não me fez bem. Só de lembrar daquele olhar
perdido no rosto dela o meu coração já se aperta. Agora que ela
está dormindo eu preciso conversar com os meus irmãos, mas só
de pensar em sair do lado dela eu já não me sinto bem, mas temos
que decidir algumas coisas antes que ela acorde.
Começo a me levantar sem fazer muito barulho, olho para os
meus irmãos e percebo que eles já estão fazendo a mesma coisa
que eu. Espero que essa conversa seja fácil, mas com o jeito
cabeça dura de Zade e o mandão de Matteo sinto que será bem
difícil, os dois quase nunca concordam com nada e eu tenho que
ficar intermediando as coisas entre nós.
Levantamos e vamos para o canto do quarto mais afastado da
cama para que ela não acorde com o nosso barulho. Olho nos olhos
dos meus irmãos e puxo uma longa respiração antes que a briga
comece.
“ Eu acredito que devemos levar ela antes que ela acorde,
quanto mais tempo demoramos aqui, mais tempo o nosso planeta
está sem proteção”- Disse Zade com um olhar determinado olhando
diretamente apara Matteo pois ele sabe quem vai ser o seu
verdadeiro oponente nessa conversa.
“Não.”- Diz Matteo curto e grosso como eu já esperava -"Não
acho que sequestra-la vai ser uma boa forma de começar a nossa
relação e eu não acho que isso é o certo a se fazer, já jogamos uma
porrada de coisas em cima dela e isso só pioraria tudo, fora que ela
nem sabe de tudo ainda imagina quando ela souber que as fêmeas
morrem depois de dar a luz aos seus filhos? Não, sequestrar ela
definitivamente não é uma boa ideia.”
“Eu sinto muito Zade, mas nessa você está sozinho. Não me
senti bem falando sobre tudo aquilo que aconteceu no passado,
imagina sequestrando ela e a levando sem nem saber se ela
realmente quer isso? Não conseguiria ficar bem comigo se eu
fizesse isso”- Eu digo firme e sem dar espaço para ele pensar que
pode me convencer.
“Mas que porra? Vocês sempre são assim! Nunca escutam meus
argumentos antes de refutarem a minha ideia. Óbvio que eu
também não quero fazer nenhum mal a ela, mas vocês se
esquecem de que não temos tempo porra” – Diz Zade com um
semblante de ódio e mal contendo a voz –“ Vocês acham que
vamos poder explicar tudo para ela sem que ela surte novamente?
Sem que ela desligue totalmente como fez agora ? Seres Humanos
são fracos e frágeis, ela nem entende a porra da nossa ligação e
você vem me falar de explicar a ela sobre bebês e morte?”
“ Então Zade, você sugere que a levemos contra a vontade dela
e depois o que? Você acha que ela vai querer ouvir alguma coisa da
nossa boca depois disso? Nosso planeta está desarmado enquanto
estamos aqui, eu acredito que devemos deixar ela digerir essa
informação por alguns dias terrestres e depois voltar aqui.” – Matteo
diz com os punhos se fechando enquanto fala cara a cara com
Zade.
“ Se acalmem porra ou vocês vão acordá-la!”- Eu digo rosnando
para os dois –“ Eu estava pensando a mesma coisa que Matteo,
olha a porra da realidade de merda na qual ela vive Zade! Você
realmente acha que ela vai preferir viver em um hospital psiquiátrico
do que vir conosco? Ela pode não entender da nossa ligação ou
qualquer coisa do tipo, mas ela sente alguma coisa pela gente, isso
é óbvio porra!”- Eu digo me esforçando para conter a voz.
Pela forma que Zade me olha eu sei que ele não está feliz com a
situação, mas infelizmente eu não posso fazer nada. De nós três o
Zade sempre foi o mais esquentado e o mais brigão, o Matteo
sempre foi um líder natural e o mais certinho e eu sempre fui o mais
gostoso, é claro.
Depois da nossa pequena discussão sobre o que fazer nós
bolamos um plano sobre como dar a notícia ao nosso povo de que
encontramos a nossa futura esposa e que ela iria voltar para casa
conosco. Não sei se voltar anunciando isso vai ser a melhor coisa,
mas vamos tentar ver no que dá.
Agora eu só quero voltar para os braços dela e me aconchegar
dentro daquela boceta quente e perfeita. Porra, eu quero muito estar
dentro dela antes de ir embora novamente, sinto isso como uma
necessidade física, como beber água ou me alimentar. Eu sei que
quando ela aceitar quem ela é e o que nós somos tudo vai se
resolver, eu a amo e sei que meus irmãos se sentem da mesma
forma, mas tem mais dificuldade de assumir seus sentimentos.
Enquanto Zade e Matteo discutem os movimentos táticos eu
volto para a cama e para a minha princesa, mas vejo que seus olhos
castanhos já estão abertos e que sua boca carnuda está puxando
uma careta de confusão muito fofinha no rosto dela.
“Acordou minha princesa?” – Eu pergunto olhando para ela
enquanto eu deito ao seu lado, ela corre os olhos ao redor do quarto
e os fixa em mim.
“Nossa, parece que um caminhão passou por cima de mim,
parece que levei uma surra de pau por um dia e uma noite, estou
exausta.”- Ela diz com uma voz grossa de sono enquanto pisca para
focar a visão.
“ A surra de pau você levou mesmo, no meu planeta todo o sexo
de hoje deve ter durado umas 2 semanas” – Eu bufo uma risada
safada enquanto digo para ela. Anna arregala dois olhos enormes
para mim e cai na gargalhada também.
“ Aaaaah, tá explicado então. Não aceito nada menos que 4
semanas da próxima vez então “- Diz ela me olhando com aquela
carinha de safada enquanto enrola uma mecha do seu cabelo
cacheado no dedo.
“ Sou apenas seu servo milady e o seu desejo é uma ordem para
mim”- Eu digo a ela enquanto avanço na cama até estar bem em
cima dela a olhando.
“ Já que meus desejos são uma ordem eu vou ser uma ditadora
bem cruel com vocês por não terem me revelado seus nomes
antes”- Ela diz enquanto envolve suas pernas em volta do meu
quadril e me puxa mais para baixo.
Eu pressiono a minha ereção bem no centro dela e esfrego
arrancando um gemido dela, sinto no meu pau o quão molhada ela
já está e isso faz o meu pau pulsar com mais vontade. Deslizo a
minha cauda por ela como se fosse a minha mão passando pelo seu
corpo, aperto seu seios e provoco os seus mamilos duros enquanto
ela geme meu nome, avanço para a sua boceta enquanto continuo
dando atenção aos seus seios com a minha boca.
Deslizo a minha cauda por entre as dobras molhadas da sua
boceta e começo a provocá-la enfiando a pontinha e tirando,
enquanto volto a mexer no seu clitóris, depois enfio somente a
pontinha da minha cauda, quase mergulhando dentro dela, mas
nunca fazendo isso só para deixar ela louca de tesão. Chupo os
bicos dos seus seios enquanto ela geme o meu nome, sussurro no
ouvido dela as coisas que eu quero fazer com ela enquanto meus
irmãos assistem e continuo provocando a buceta dela com a minha
cauda até que nem eu aguento mais e em um momento rápido
enrolo a cauda no pescoço dela e empurro fundo em sua boceta,
preenchendo ela totalmente.
“Aaaaaaah” – Ela grita conforme eu disparo em um ritmo
alucinado sem deixar ela se acostumar com o meu tamanho,
enfiando meu pau totalmente na buceta dela e a enforcando com a
minha cauda até ela ficar quase ao ponto de desmaiar que é quando
a endorfina é liberada e o prazer fica mais intenso.
Nessa hora que meus irmãos chegam, os dois massageando
seus paus enquanto olham para ela sendo fodida. Já consigo ver a
gota de pré sêmen que sai do pau de cada um e isso me dá uma
ideia que eu nunca tentei, chamo Zade e Matteo com um olhar e
eles vem para ficar cada um de um lado da cabeça dela, eu alcanço
o pau de Matteo e começo a masturba-lo enquanto Anna olha com
os olhos arregalados e solta um gemido mais alto de tesão.
Zade não perde tempo e se enfia dentro da boca aberta dela.
Matteo olha para mim confuso enquanto eu o masturbo, mas não
me impede, muito pelo contrário, ele começa a aumentar as
estocadas na minha mão enquanto geme me vendo foder a nossa
mulher.
No primeiro gemido que Matteo solta eu sinto Anna se
quebrando embaixo de mim, acho que a nossa menina gosta de ver
a gente se tocando também. Zade empurra cada vez mais fundo
dentro da garganta dela buscando a sua libertação também,
enquanto Matteo se aproxima mais de mim e põe a mão no meu
ombro enquanto eu cuspo no seu pau e o masturbo mais rápido.
Logo depois ele vem na minha mão e eu a esfrego bem nos peito da
nossa mulher que nos olha com a cara mais safada do mundo.
Nesse momento também ouço o som do prazer de Zade
enquanto ele goza bem no fundo da garganta de Anna e ela engole
tudo como a boa putinha que é.
“ Você está gostando do que está vendo minha putinha” – Eu
pergunto sem fôlego enquanto continuo acelerando os ritmos das
minhas estocadas, consigo sentir as paredes dela se fechando ao
redor do meu pau como se fosse um punho bem apertado e isso é
bom pra caralho.
“ Goza dentro de mim Nino, enche a minha boceta com a sua
porra!” – Ela grita enquanto eu acelero cada vez mais em um ritmo
insano, assim que eu sinto ela se quebrando embaixo de mim
novamente eu não consigo me segurar e gozo dentro da boceta
dela, nunca gozei tanto como aconteceu agora, sinto a minha porra
escorrendo da boceta dela enquanto eu desacelero meus
movimentos.
Assim que eu saio da sua boceta Zade se ajoelha na frente dela
e começa a chupar a sua boceta sem se importar com o meu gozo
escorrendo dela, consigo ver tudo o que ele faz com a sua língua
enquanto ela geme o seu nome. Vejo a língua dele voltar branca
com a minha porra, mas isso parece o instigar a ir ainda mais fundo
pegando tudo o que pode até ela se quebrar novamente com um
grito satisfeito.
ANNA
Porra isso era tudo o que eu precisava nesse momento, apenas
relaxar e não pensar em nada, não estou com cabeça para pensar
em tudo que aconteceu até agora, fico muito feliz por eles terem
respeitado o meu desejo e terem adorado o meu corpo desse jeito.
“ Obrigada, por terem... vocês sabem...” – Eu falo em um
sussurro baixo –“ Tudo isso é insano demais e eu preciso pensar
com calma, mas não agora, enfim...”
“ De nada por ter te dado o melhor orgasmo da sua vida, minha
gostosa”- Diz Zade com um sorriso safado no rosto enquanto afaga
a minha cabeça com carinho
“ Aaah claro, o melhor orgasmo da vida dela foi eu que dei,
caralho. Ela ficou um tempo sem reagir até voltar pra terra”- Nino se
vangloria rindo da cara de Zade.
“ Não comecem a contar dos meus orgasmos como se eu não
estivesse aqui não, nem vem com isso, é constrangedor demais”- eu
exclamo rindo enquanto reviro os olhos para os meus meninos. Mas
percebo que Matteo está quieto e pensativo –“ O que está
acontecendo Baby?”- Ele sorri ao perceber que usei o apelido que
ele me deu.
"Não aconteceu nada, estou apenas pensando em casa.”- Ele
diz com um olhar distante e sinto como se ele estivesse preocupado
também.
“ Acho que está na hora de voltar”- Eu digo enquanto sento na
cama me desembaraçando dos meus homens –“ Vou ver vocês
novamente?”- Eu odeio a insegurança que escuto na minha própria
voz.
Nino me puxa para os seus braços novamente e inspira no meu
pescoço causando arrepios –“ Nem se você quisesse você iria
embora boneca, você é nossa e aí de quem tentar tirar você da
gente” – Eu consigo sentir o toque de ameaça na voz dele sendo
dirigida a qualquer ser superior que esteja nos ouvindo.
Meu coração se incha ao ouvir aquilo, nunca me senti protegida
por ninguém ou amada e aquela sensação é totalmente diferente,
nunca imaginei que meus sentimentos iriam mudar tão rápido e de
forma tão intensa.
“Nada vai tirar nossa companheira da gente, baby. Eu te prometo
isso.” - Garante Matteo enquanto acaricia o meu rosto com um olhar
determinado.
“ Vão ter que passar por cima de mim até chegarem em você
porra, vou destruir e massacrar quem entrar no meu caminho”- Zade
garante com um rosnando enquanto segura minha coxa
possessivamente.
Meus olhos começam a arder com a vontade de chorar por essa
demonstração de afeto, mas me seguro pois não quero fazer disso
um melodrama. Então eu me levanto e cruzo os braços olhando
para eles, não sei uma forma de sair daqui sem ser a dormindo
depois de ficar exausta do sexo.
“ Como exatamente eu saio daqui sem ser dormindo?” – Eu
pergunto olhando para cada um deles.
Nino solta uma risada –“ Era assim que você pensava que
saia?”- Ele questiona enquanto seus irmãos me olhando com um
sorriso zombeteiro no rosto.
“ Sempre aconteceu dessa forma, como eu iria imaginar que não
era assim gênio?” – Eu pergunto enquanto reviro os olhos para ele.
“ Você dormir só ajudava o seu processo para ir para o seu
mundo, mas nós sempre liberamos você daqui. Claro que tem como
você ir embora por vontade própria, se estiver querendo muito, mas
você nunca quis realmente se afastar de nós, nem mesmo nos seus
sonhos.”- Diz Matteo com um olhar confiante e um sorrisinho safado
no rosto.
“Okaaay, então como funciona essa parte de vocês liberarem?
Vocês estalam os dedos e eu simplesmente sumo ou eu tenho que
bater os sapatinhos três vezes e desejar voltar pra casa?” – Eu
pergunto ironicamente para eles.
“Você está aqui porque nós a trouxemos com um simples
pensamento, então você pode ir embora da mesma forma. Assim
que estiver preparada é só nós dizer que nós iremos te mandar para
a Terra.” – Informa Matteo enquanto Zade se levanta e vem até mim.
Ele me pega em um abraço apertado e eu consigo sentir a
protuberância em suas calças enquanto ele me aperta. –“ Vamos te
dar dois dias na Terra para você conseguir processar tudo o que
vem acontecendo e decidir se vai querer viver conosco no nosso
planeta ou não”- Ele diz com a cabeça pressionada no topo da
minha cabeça.
Todos eles são muito mais altos que eu, então ele meio que fica
curvado em uma posição que provavelmente não é nada
confortável, mas eu me sinto em casa nos seus braços.
Acho que eu ainda não contei para vocês como eu sou, eu sou
bem linda (tenham isso em mente), amor próprio é tudo. Tenho 1,65
de altura, não sou magra como as outras meninas, nada de barriga
negativa aqui, a minha está bem positiva. Tenho os olhos castanhos
e redondos, não acho a minha boca super carnuda, ela é uma boca
normal. Meu cabelo é literalmente a minha obsessão, ele é
castanho, cacheado e é até a bunda, as pontas estão um pouco
ressecadas por conta do inferno onde estou morando atualmente,
eles não liberam nem um shampoo descente lá.
Minhas coxas são grossas então eu sempre fico assada e
minhas calças sempre rasgam por causa do atrito, não sou padrão,
mas eu sou muito gata.
Eu era um pouco complexada com a minha aparência quando
era mais nova, acredito que todas as meninas que não são padrões
escutam desde novas que só serão interessantes para os outros se
forem padrões, comigo não foi diferente. Eu sempre ouvia da minha
mãe que só seria atraente se fosse magrinha como ela ou a minha
irmã, que eu não podia comer as mesmas coisas que a minha irmã
porque depois de alguns anos eu iria me ‘arrepender’ , que eu não
poderia me vestir com roupas como as dela porque em mim não
ficaria bonito e várias outras coisas.
Enfim, mais uma coisa da série de péssimas coisas que minha
mãe me disse quando eu era criança. Pra vocês terem noção ela já
tentou me abandonar em um supermercado quando eu tinha apenas
4 anos de idade.
“ Ei, você está aí?” – Percebo que Zade está parado me olhando
enquanto estala os dedos já frente dos meus olhos, acho que fiquei
divagando por muito tempo.
“ Desculpa estava pensando em coisas do passado.”- Eu digo
enquanto me aproximo dos outros que já levantaram e estão um
pouco atrás de Zade. – “Já estou pronta para ir” – Eu digo depois de
dar um abraço em cada um deles.
De repente eu acordo suada e embolada nos cobertores do meu
quarto no hospital psiquiátrico, quatro paredes brancas me
rodeando, um armário de concreto branco na parede e uma porta
branca para o banheiro. As vezes sinto que posso ficar louca por
estar rodeada por tanto branco, não aguento ficar aqui dentro por
muito tempo.
Levanto e vou fazer a minha rotina matinal, vou ao banheiro,
tomo um banho e faço minhas necessidades, com relação a roupa
eu não tenho muita escolha pois é apenas o que o hospital permite.
Roupas sem cordões, sapatos sem cadarço, nenhum acessório e
nada que não seja aprovado para a higiene pessoal.
Sinto meu estômago doer de fome e vou em direção ao
refeitório. Já dou de cara com o mamute um e ele me olha daquele
jeito que faz o meu estômago embrulhar de nojo.
“Bom dia, meu amor” – Diz ele com uma voz melosa enquanto
me devorava com os olhos – “ Essa noite você não gritou tanto, se
quiser ajuda é só me chamar que eu te faço gritar muito amor” – Diz
ele enquanto aperta aquele pau nojento de forma bem sugestiva.
“Vai se foder porra, nem se você fosse o último homem do
mundo eu iria querer ter esse seu pau minúsculo perto de mim” – Eu
digo com nojo transparecendo na minha voz e no meu rosto.
Ele me segura pelo braço quando tento passar e cola a boca no
meu ouvido fazendo com que meu estômago se revire de tanto nojo
–“ Se eu fosse você tomaria muito cuidado como fala comigo, nunca
se sabe que tipos de remédio podem parar na sua comida, amor .”
Ele diz enquanto arrasta o nariz pelo meu pescoço, inspirando o
meu cheiro.
“ Se você encostar a porra do seu dedo gorduroso em mim
novamente você vai ver o que vai acontecer com você, seu merda!”-
Eu grito enquanto arranco meu braço do seu aperto, quem a porra
desse filho da puta pensa que é?
Ele começa a gargalhar enquanto eu me afasto, assim que saio
da vista dele me permito sentir o medo reprimi naquele momento.
Com a adrenalina saindo do meu corpo minhas mãos começam a
tremer, minha cabeça fica pesada e meus pulmões não conseguem
sugar ar o suficiente, parece que quanto mais eu inspiro mais o ar
vai embora.
Me sento na primeira mesa vazia que encontro e encosto a testa
na mesa fria, enquanto tomo grandes goles de respiração tentando
me acalmar. Eu preciso dar o fora daqui urgentemente, a cada
minuto a proposta dos meus monstros fica mais tentadora, mas
preciso pensar nisso com calma primeiro.
Assim que me sinto melhor eu levanto e vou até a mulher que
distribui as refeições, ela é uma mulher ranzinza, mal humorada e
angustiada. Desde que cheguei nunca respondeu ao meu bom dia,
mas não me importo pois não pretendo passar muito tempo nesse
muquifo.
Pego a bandeja com aquele mingau de procedência suspeita e
me sento na mesa em que estava antes. Agora tem um homem que
eu nunca vi no final dela, mas não me importei e comecei a comer o
meu mingau, que a propósito tem um gosto pior do que a cara.
Mas diferente da maioria dos dias ouço alguém me chamando
–“Psiuuuu” - Diz o homem sentado no final da mesa e que agora
está me encarando fixamente. Era só o que me faltava, um doido
pra me perturbar.
Tento ignorar ele e continuar comendo o meu mingau o mais
rápido possível para sair de perto dele, mas infelizmente ele se
levanta e se senta na minha frente.
“Acho que você não percebeu que eu te chamei” – Disse o
homem com um sorriso de canto. Ele era moreno, com olhos
castanhos, com cabelos castanhos e compridos até os ombros,
aparentava ser magro, mas musculoso e era bem atraente.
“Ouvi, mas não estou interessada em conversar.” – Respondi
seca e sem olhar em sua direção.
Ele soltou um bufo divertido –“ Não sabia que eu iria ficar tão
diferente a ponto da minha boneca não me reconhecer.” – Eu virei
minha cabeça rapidamente em sua direção e arregalei os olhos com
surpresa.
“Nino?” - Eu disse levantando da cadeira e dando a volta na
mesa para me aproximar dele – “Como assim? O que você está
fazendo aqui? Cadê os seus irmãos? O que...”
“Calma boneca, respira. Me faz uma pergunta de cada vez” –
Disse ele rindo depois de me interromper – “Eu estou aqui para ficar
de olho em você, tem muitas coisas acontecendo que você ainda
não sabe, era para eu ficar disfarçado e dar o seu tempo para
pensar, mas não consegui ficar longe de você.”
“Seus irmãos estão por aqui também?” – Eu questiono enquanto
procuro eles pelo refeitório, mas não vejo ninguém me encarando
em lugar nenhum.
“Não, mas mesmo se estivessem você não iria conseguir
encontra-los amor, você só me reconheceu quando eu te disse
quem eu era” – Ele diz tirando onda com a minha cara.
“Entendi, então você vai ficar comigo nesses dois dias?” – Eu
questiono esperançosa pela noite com ele e o seu corpo.
“Não, como eu disse esses dois dias são para você pensar e eu
não vou atrapalhar em nada. Eu acabei de chegar aqui e estou te
avisando que sou eu para que você saiba que está segura e que
nenhum mal vai te acontecer.” – Ele me informa sério.
“Que tipo de mal? Do que você está falando? Eu sempre fiquei
aqui normalmente depois que vocês foram embora e nunca precisei
de nenhuma escolta.” – Eu reviro os olhos.
“Sim, mas meus irmãos já fizeram o comunicado de que te
achamos, ficar aqui sozinha enquanto você decide se nos quer ou
não é perigoso para você nós temos muitos inimigos e pessoas
infiltradas no nosso reino” – ele me informa.
“Agora que você já sabe que estou aqui, vou voltar a me
camuflar, mas saiba que se precisar de mim é só gritar o meu nome
que eu irei aparecer na hora” – Ele me diz enquanto acaricia o meu
rosto.
“Tudo bem.” – Eu digo e o vejo se afastar e partir.
NINO
Tudo aqui é apagado, as cores não são tão vibrantes, o cheiro
parece fraco, a beleza parece morta e não entendo como um mundo
assim pode ser visto como um lar. Tantos problemas estruturais que
seriam facilmente resolvidos, não consigo entender a Terra e nem
as pessoas da Terra, depois ainda dizem que os demônios que são
maus. Será que eles não percebem que eles fazem coisas que até
para gente é errado? No nosso planeta várias coisas são permitidas,
mas deixar o seu povo passando fome não é, querendo ou não
somos um fronte unida e isso é uma coisa inadmissível para nós.
O antigo inferno passou por várias mudanças, acho que na Terra
ainda pensam que ele é igual e ainda acreditam que ele fica
embaixo do solo, sempre que me lembro disso morro de rir.
O “inferno” se dividiu em oito planetas, cada um com o seu
comandante. Cada comandante representa um pecado e no meu,
por exemplo, é a luxúria e o oitavo planeta é comandado por Lúcifer
e também é o maior planeta, atualmente é para lá que os humanos
são mandados. Essa divisão teve que acontecer por conta das
guerras que acontecem no meio do nosso povo, rixas antigas entre
seus comandantes resultaram em guerras que dizimaram muito o
nosso planeta.
Meu pai tem uma rixa direta com o líder de Goulard, que
representa o pecado da gula, ele e meu pai são extremos opostos,
enquanto o líder de Goulard quer voltar ao que era antes, meu pai
prefere como está hoje em dia e abaixo de Lúcifer eles são os
líderes mais influentes, por isso que nossos planetas entram em
guerra constantemente, Goulard quer nos devorar com sua fome
insaciável, ele quer tomar o poder do nosso planeta e dar um golpe
em Lúcifer, mas não vamos deixar que isso aconteça, somos mais
fortes do que ele pensa, somos alimentados diariamente pelo sexo
que todos os planetas produzem, não existe um momento em que
estamos fracos.
Lúcifer não acredita que ele seja uma ameaça real para o seu
reinado, ele nunca aceitaria que alguém pode ser páreo para ele.
Afinal, ele é o próprio Diabo e quem criou todos nós, mas as coisas
mudaram e se ele continuar assim e não se unir com a gente vai
acabar perdendo o seu trono e eu me preocupo com o que poderá
acontecer...

Algumas horas mais tarde...

Estou deitado no quarto ao lado do dela, consigo ouvir tudo que


acontece lá dentro, até mesmo o som dela escovando os dentes
para dormir.
Espero que ela escolha nos dar uma chance porque vai ser
muito difícil manter ela em segurança se ela não o fizer. Mesmo se
ela nos rejeitar ela sempre vai ser o nosso ponto fraco, nossos
inimigos sempre terão ela como alvo.
Zade nos disse para sequestra-la caso ela não queira ir, mas não
sei se na hora eu iria conseguir fazer isso com ela, o sentimento de
proteção que eu tenho por ela é tão grande que eu sei que iria
contra os meus irmãos por ela.
Meus irmãos são tudo o que eu tenho, mas meu instinto vai
muito além da minha razão e isso pode se tornar um problema
enorme se chegar ao ponto de ter que forçá-la a fazer alguma coisa.
Ouço um barulho vindo do quarto dela que me tira do meu
diálogo interno.
Ouço a porta dela sendo aberta e em seguida um suspiro
assustado vindo da minha Anna, ouço passos pesados e uma voz
grossa dizendo: “Eu te disse para ser uma boa cadela, mas você
não quis me ouvir. Vamos ver se agora você aprende a sua lição.” –
Anna faz um som estrangulado e de repente eu não enxergo mais
nada.
Minha visão fica totalmente vermelha enquanto eu corro em
direção ao quarto dela. Consigo ouvir sons dos estalos dos meus
ossos durante a transformação, mas não sinto nenhuma dor.
Apenas o ódio me domina.
Se esse merda pensou que iria tocar na minha mulher e que iria
sair vivo, ele está enganado pra caralho!
Assim que toco na porta percebo que meus dedos já são garras
e acabo tirando ela do lugar com a minha força. Quando entro no
quarto e procuro por Anna, a vejo caída na cama com um
brutamontes em cima dela e não enxergo mais nada, só sinto um
líquido molhado se espalhar pelas minhas garras e dentes.
Tudo ficou escuro e o demônio tomou conta.
ANNA
Enquanto eu lutava com aquele mamute para tirar ele de cima de
mim, ouvi um barulho muito alto da porta se estilhaçado, quando
olhei em direção a ela vi um monstro entrando com tudo dentro do
quarto.
Ele era enorme, tinha chifres longos e meio curvados, um
focinho alongado como de um lobo, a boca era enorme e cheia de
dentes pontiagudos, totalmente musculoso e torneado, os dedos
dos pés e das mãos eram garras enormes e super afiadas. Mas ele
tinha inconfundíveis olhos castanhos, porém dessa vez com um anel
dourado em volta.
Eu sabia que era Nino vindo em meu auxílio, ele iria me proteger.
Senti aquele mamute sendo arranca de cima de mim e o que eu vi
vai ficar pra sempre gravado em minha memória.
Nino agarrou ele como se aquele homem não pesasse nada,
lançou ele na parede oposta do quarto e foi em cima dele com tudo.
Nino era tão grande que a maioria das coisas que ele fez com o
corpo de Pierre eu não consegui enxergar, mas o pouco que eu vi
foi o suficiente pra saber que eu nunca iria querer irritar aquele
monstro adormecido.
Ele enfiou as garras enormes nos olhos de Pierre enquanto ele
gritava por ajuda e arrancou cada olho de uma vez, em seguida
enfiou as garras no tórax dele, arrancou seu coração ainda pulsando
e o comeu.
Logo em seguida ele partiu para o corpo flácido de Pierre e o
destroçou, separou todos os membros e deixou o pênis dele em
migalhas minúsculas.
Quando terminou ele sequer arfava e se virou para mim. Pude
sentir a raiva emanando dele em ondas, mas vi em seu olhar que
ele me reconheceu.
Ele veio em minha direção e enquanto caminhava a sua forma ia
mudando de monstro para humano mais uma vez, até parar na
minha frente totalmente na forma humana.
Ele me segurou pelos ombros e me olhou de cima embaixo para
ver se eu estava ferida ou machucada, quando constatou que
estava tudo bem ele me embalou em seu abraço e sussurrou no
meu ouvido: “Me perdoe meu amor”
Logo em seguida o meu mundo ficou preto.
ZADE
“Porra Matteo, eu ainda sou a favor da gente levar ela de lá. As coisas vão ficar difíceis
demais depois que assumirmos a liderança de Bonder e não consigo confiar em mais
ninguém para proteger o que é meu.” – Eu digo a Matteo que está sentado com um uma
careta pensativa – “Eu sei que ela vai ficar muito puta e por muito tempo, mas temos a
eternidade toda aqui, ela é meio demônio também e em algum momento vai ter que aceitar
o laço da parceria. Não posso suportar pensar em algo acontecendo com ela. “
Enquanto na Terra só se passou um dia, aqui já se passaram várias semanas e o
comunicado já foi feito ao nosso povo, eles entraram em alvoroço com a novidade, mas
assim como eles gostaram, os nossos inimigos também gostaram disso.
Não contamos aonde ela está escondida atualmente, mas sei que é uma questão de
tempo até eles localizarem ela através de Nino e eu temo que meu irmão sozinho não seja
páreo para todos os nossos inimigos que irão atrás deles.
Matteo da um longo suspiro e se levanta indo em direção a janela – “Vamos ver o que
ela vai decidir sozinha, a partir disso vamos decidir o que fazer, não quero tomar essa
escolha dela, mas temos que fazer o que é melhor para a sua segurança, nosso mundo é
muito novo para ela compreender os riscos que ela está assumindo.”
“Sim porra, eu sei disso tudo! Mas quanto mais tempo leva para ela decidir, mais
tempo nossos inimigos tem para localizar ela” – Eu digo fervendo só de imaginar alguém
encostando um dedo nela.
“Calma Zade, vamos esperar até Nino voltar com a resposta. Você sabe que ele é
muito mais afetado por ela que a gente. Faz parte de quem ele é.” – Matteo diz pensativo.
“Nino vai ser...” – De repente sou interrompido por um barulho vindo da sala do portal,
saio em disparada para lá com Matteo e chamo reforços pelo nosso comunicador.
Se for mais uma invasão vamos estar fudidos pois nós três somos muito mais fortes
juntos, sem Nino aqui sinto como se estivesse uma parte de mim faltando.
Chegamos na sala a tempo de ver Nino completamente ensanguentado e na forma
humana passando pelo portal, com a nossa parceira no colo e desmaiada.
Mas que porra...
Escuto Matteo cancelando os reforços enquanto vou em direção a Nino com todo ódio
que eu sinto, se alguma coisa aconteceu com ela...
EU VOU MATAR ALGUÉM PORRA!
“Que porra está acontecendo?” – Matteo diz enquanto pega Anna no colo e aninha a
sua cabeça no seu pescoço.
Eu estou tão puto que tenho medo de chegar perto dela e a fazer algum mal, humanos
são tão fracos porra.
“Enquanto eu estava matando o filho da puta que tentou encostar nela, pude ouvir uma
invasão acontecendo, eles nos acharam e eram muitos. Sei que não conseguiria dar conta
de todos e tive que abrir um portal pra cá correndo, mas...” – Ele para de falar quando
ouvimos um som vindo do portal – “Mas não consegui fechar antes vir.”
De repente tudo explode na nossa cara e só temos tempo de ir em direção a Matteo
para proteger Anna com nossos corpos.

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