Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2023
Imagens: Freepik
O final chegou…
Vitória passou por muita coisa até chegar aqui, a morte da sua mãe, a
morte da sua melhor amiga.
Descobriu que tinha um poder que poderia mudar o mundo dos vampiros e
humanos, para sempre.
Ela enfrentou tudo que foi colocado na sua frente, mas agora, estava
chegando ao fim.
Escolhas terão de ser feitas, amizades retornarão, e a pessoa que ela tanto
odiava, se tornará alguém essencial para a guerra que estava chegando.
Vitória finalmente poderá ser feliz. Ela vai aceitar o que o seu coração
tanto anseia?
Eu tentei me soltar dos braços do Damon sem acordá-lo, mas meu esforço
é em vão. Ele aperta seu abraço e murmura algo incoerente, fazendo minha mente
entrar em pânico.
Segurei no seu braço devagar, neste momento ouço a sua voz próxima do
meu ouvido.
— Preparada para o seu primeiro dia sendo treinada por mim? Você sabe
que não vou pegar leve com você, a treinarei sem me importar que você é uma
mulher.
Eu não estava preparada, porque a única coisa que eu conseguia pensar, era
nos seus braços em volta do meu corpo, me sentia tão confusa, porque quando ele
se afastou, lá no fundo, eu queria pedir para que ele voltasse a me abraçar? O
meu rosto começou a ficar quente.
— Estou sim. — A mentira saiu tão fácil, a verdade era que eu estava
apavorada por ter que ser treinada por ele, e não era medo de me machucar. Era o
pânico de não poder me controlar, se ele tocasse o meu corpo daquele jeito
novamente.
Damon me levou até um espaço que ele usava para treinar, observei o
local, se parecia com o que eu treinava na resistência, só por me lembrar disso, a
imagem do Derek veio na minha memória, respirei fundo, eu precisava focar em
mim, não devia pensar nele, mas, ao olhar o Damon na minha frente, com uma
roupa toda preta, a sua marca registrada, deixei minha mente divagar.
Foca Vitória... balancei a cabeça, apenas fique focada no que você tem que
fazer; 1 treinar; 2 ficar mais forte; 3 controlar os seus poderes; 4 matar
especificamente, dois vampiros. Engolindo em seco, encarei o Damon, com seus
cabelos bagunçados me observando. E... 5; não pensar no que eu senti nessa
manhã, quando ele me abraçou.
— Eu entendi.
— Pelo que me lembro, você tem um poder, mas voltado para telecinesia.
Isso mesmo, a telecinesia é uma das habilidades que você possui. Você pode ser
capaz de mover objetos com a força do pensamento. Mas, assim como com os
outros poderes, é preciso treinar para desenvolver esse controle.
Ele caminhou até uma pequena mesa próxima a nós. Sobre ela, havia um
pequeno objeto, um copo vazio. Ele me observou atentamente.
— Então, a primeira coisa que você precisa aprender é como controlar seus
poderes conscientemente. Isso significa ter controle sobre quando e como utilizá-
los, em vez de apenas deixar que se manifestem em momentos de desespero. —
Ele pausou por um momento, me observando atentamente. — Como está se
sentindo agora? Medo? Raiva? Concentre-se nesses sentimentos e tente canalizá-
los para dentro de você.
Eu já conseguia mover objetos sem estar com medo ou raiva, mas não
conseguia usar aquela força capaz de destruir as coisas, tentei focar no medo e na
raiva que sentia, tentando controlá-los e fazer com que se tornassem uma energia
interna.
Aos poucos, senti algo mudando dentro de mim, como se uma força
poderosa estivesse despertando. O meu corpo tremeu, uma sensação que conhecia
muito bem.
O encarei, e se eu o machucasse?
Damon sorriu ao perceber onde os meus pensamentos estavam me levando.
— Você tem que parar de pensar que pode machucar alguém, onde está a
garota que vivia falando que iria me matar? — O encarei. — E vamos combinar,
Vitória, você não conseguiria me machucar mesmo se quisesse. — Fechei os
olhos de ódio.
Filho de uma…
Ele foi jogado para trás com a força do impacto, batendo na parede, o
barulho foi alto, só não foi mais alto do que o som dos batimentos do meu
coração, a parede tinha um buraco, o meu peito subia e descia rapidamente,
Damon se levantou, a sua roupa toda suja, ele batia a mão na roupa tentando
retirar os pequenos pedaços de pedra presos nela, ele andou em minha direção,
visivelmente impressionado.
— Agora, quero que tente canalizar seu poder para criar um escudo, uma
barreira de proteção ao seu redor. Você precisa ser capaz de se defender, de se
proteger dos ataques físicos, eu não vou parar de atacá-la. Concentre-se!
Com minha mente ainda turva pela dor, tentei me concentrar na criação do
escudo. Busquei a energia que fluía dentro de mim e a direcionei em volta do
meu corpo. Imaginava uma barreira de luz se formando, como se criasse um
casulo de proteção.
Por um breve momento, senti algo ao meu redor, um fraco brilho no ar.
Mas logo desmoronou, minha concentração falhou e o escudo desapareceu.
Consegui manter o escudo ao meu redor por um tempo maior, testando sua
resistência e minha própria concentração.
Tentei respirar fundo, mas só de fazer isso doía como nunca, os meus olhos
arderam, ele tinha quebrado o meu nariz! Aquele infeliz!
Damon se aproximou, ao tentar me levantar, as minhas pernas falharam e
me sentei novamente, minha mão estava toda suja pelo sangue que ainda saia.
Damon balançou a cabeça ao ficar de joelhos na minha frente.
Mas a vontade de tirar aquele sorriso de ironia do seu rosto, dominava cada
parte de mim.
Capítulo 03
Vitória
Após tomar um banho, me sentei no sofá, meu corpo estava todo dorido,
meu estômago fechando de dor. Damon curou só o meu rosto, não curou o meu
estômago, eu não ia pedir que ele fizesse isso, afinal, ele sabia que tinha acertado
no treinamento.
Já era umas oito da noite, quando ele apareceu no quarto, eu ainda estava
no sofá, na verdade, não estava conseguindo me mover normalmente, cada vez
que eu tentava sentia a dor no estômago voltando, ele se aproximou ficando na
minha frente.
Ele se virou e saiu, depois de uns vinte minutos trouxeram o meu jantar,
quando estava sozinha, me levantei sentindo as pontadas de dor, com cuidado me
sentei na cadeira, olhei para a comida, estava com fome, mas sabia que não
conseguir comer muito.
— O que você está fazendo... — minha voz saiu quase como um sussurro,
cheia de incertezas.
Eu não conseguia negar a reação que meu corpo tinha aos toques de
Damon. Era uma mistura de medo, excitação e curiosidade. Aquela atração
proibida me deixava confusa, lutando contra meus próprios sentimentos.
Com um esforço tremendo, abri os olhos e afastei sua mão de meu rosto.
Encarei-o com determinação, minha voz saindo um pouco trêmula.
— A dor já passou.
A atração que sentia por Damon era inegável, mas sabia que não podia
ceder a ela. Era um jogo perigoso, era algo que eu não queria continuar
alimentando.
— De novo!
— Ninguém vai te dar uns minutos quando estiver lutando pela sua vida
Vitória.
Eu entendia o que ele estava falando, mas não estava conseguindo ficar em
pé, não era uma desculpa para não treinar.
— Espera! — Falei tentando dar uns passos em sua direção, parecia que eu
tinha sido espancada por horas. Damon parou e logo virou na minha direção.
Abrir a porta e não tinha ninguém no quarto, então saí, ao dar um passo,
vejo a porta do quarto se abrindo, Damon entrou, o meu corpo congelou no lugar,
ele entrou e quando me viu, levantou uma sobrancelha olhando para mim, engoli
em seco ordenando as minhas pernas a se movimentarem, mas as infelizes não
obedeceram.
— O que você está fazendo? — Olhei para ele, que pergunta mais idiota,
como assim o que eu estava fazendo, revirei os olhos.
— Eu preciso de um remédio.
Damon andou até estar do lado da cama e se sentou, ele parecia exausto,
algo que não era normal vindo dele, será que tinha acontecido alguma coisa?
— Eu quero. — Afirmei.
Ele me encarou.
— A última vez que você tomou aquele remédio, você ficou praticamente
a semana toda na cama quase morrendo.
— Tem certeza?
— Eu quero o remédio!
Damon olhou para mim e depois para os livros, mas a sua expressão não
mudou, continuava sentado olhando uns papéis, andei em sua direção batendo a
duas mãos na mesa de madeira, fazendo um barulho alto, ele levantou a cabeça e
me encarou.
Mas nem em mil anos eu me perdoaria de ter esquecido que estava só com
uma toalha enrolada no meu corpo, quando eu senti a toalha caindo, o meu
sangue gelou.
As minhas mãos tremeram no momento que olhei para baixo e vejo o meu
corpo nu, a situação parecia ainda pior, eu estava segurando na camisa do
Damon, mas ele estava sentado, seu rosto estava na altura dos meus seios.
Acabei ficando tonta pela batida forte, ia cair no chão quando ele segurou a
minha cintura impedindo que isso acontecesse.
— Eu retiro o que eu disse, te ver, nessa posição, é mil vez melhor do que
a da ioga.
Ele tinha um sorriso no rosto, olhei para ele com o rosto em chamas de
vergonha. Eu quero morrer, eu realmente quero morrer agora!
Capítulo 05
Vitória
As minhas mãos tremeram, saindo dos seus braços e peguei a toalha o mais
rápido que consegui. Enrolei a toalha no meu corpo, o meu coração estava
martelando no peito. Eu não estava acreditando no que acabou de acontecer nesta
biblioteca.
Fiquei naquele banheiro por um bom tempo, já tinha vestido a roupa, mas
permaneci no chão, não tendo coragem de sair daquele lugar.
Apertei a minha mão em punho, tudo culpa daquele infeliz! Se ele não
tivesse negado aquela droga do remédio, nada disso teria acontecido, miserável!
Infeliz! Vampiro do demônio!
Levantei a minha mão pronta para acertar bem no seu nariz perfeito, isso
também seria uma vingança por ele ter quebrado o meu nariz, se ele pensa que eu
me esqueci disso, ele estava muito enganado.
Eu sabia que podia fazer isso, na verdade eu já fiz uma vez, mas... mesmo
assim, quando isso aconteceu, estava sentindo apenas ódio, só queria sair daquele
lugar o mais rápido possível, que não consegui aproveitar nada, não me lembro
da sensação, e agora que eu posso fazer isso, confesso que estou com um pouco
de medo.
Ele me encarou.
— Então por qual motivo fica trancada nesse quarto, só saindo quando vai
treinar.
Fiquei em silêncio. Eu sabia que poderia sair a hora que eu quisesse, eu
sabia disso, mas… engoli em seco, ainda pensava no que aconteceu, no Derek, no
Alastor, e no Daniel, eu sabia que não estava conseguindo usar cem por cento do
meu poder, mas poderia me defender, mesmo assim, ainda sentia uma certa
angústia.
Damon não acreditou em uma palavra que eu falei, dava para ver no seu
rosto.
Ele sorriu.
— Eu não quero te dar esse remédio, porque não temos garantia que você
vá ficar bem, estamos treinando todos os dias Vitória, não podemos parar só por
isso, e sinceramente, não entendo o seu motivo para tomar esse remédio. Às
vezes acho que você esqueceu que consegue matar um vampiro tranquilamente,
se esse for o seu desejo, você acha mesmo que correria algum perigo aqui se não
tomar este remédio?
Estava comendo quando uma moça apareceu com uma garrafa de vinho do
meu lado e despejou uma quantidade na minha taça. Encarei o líquido vermelho
na minha frente, levantei o olhar e vejo o Damon me encarando.
Não respondi, apenas peguei a taça e bebi um pouco, era uma delícia,
como se fosse um suco de uva mais forte, realmente gostei, bebi o restante do
conteúdo rapidamente.
— Você sabe que isso é vinho, não é? Não é suco Vitória. — Ele me
repreendeu.
Eu por outro lado, prestei atenção no vinho, e ignorei o prato que eu mal
tinha tocado.
— Nada! — Tentava não sorrir, coloquei a minha mão na boca para tentar
me conter.
Damon se aproximou ficando na minha frente, ele olhou para o meu rosto
e balançou a cabeça. Parecia que ele estava tentando se controlar para não xingar.
— Você está bêbada? — Ele perguntou levantando uma sobrancelha.
Mas quando ele fez isso, as minhas pernas falharam, o que estava
acontecendo? Eu estava mais feliz, era como se eu estivesse andando sobre algo
macio como uma nuvem. Olhei para o Damon e sorri para ele, Damon me
encarou, e vejo o seu rosto levemente vermelho.
— Eu estou exagerando? Não tem nem três horas que você ficou nua na
minha frente, detalhe, ainda bateu a cabeça na mesa.
Era uma sensação tão diferente, uma leveza no corpo, eu não pensava nos
problemas, no meu sangue, em dois vampiros miseráveis que eu ia matar, na
decepção que foi o Derek. Era como se uma felicidade tomasse o meu corpo, essa
foi a primeira vez que eu estava leve, sentia uma grande vontade de dançar,
fechei os olhos um pouco.
Damon sorriu.
— Você realmente está muito bêbada. Não foi você que quase me matou
porque eu te fiz dançar uma música comigo?
— Claro que mudou. — Olhei para o teto, pela primeira vez observei o
lustre de cristal que estava em cima de mim, os cristais brilhavam como se
fossem diamantes. Levantei a minha mão para o alto como se conseguisse tocá-
los. — E além do mais, se você tentasse alguma coisa, eu poderia matá-lo. — O
meu rosto se virou na sua direção.
Ele sorriu, os seus olhos tinham um brilho diferente, como se ele estivesse
gostando do que estava vendo.
— É melhor você tomar um banho e ir dormir Vitória.
— Não. Você não quer, a única coisa que você vai fazer é tomar um banho
e ir dormir.
Levantei a minha mão em sua direção, visualizei ele vindo até mim.
Damon se virou e rapidamente estava na minha frente me encarando.
Na verdade, eu nem sei como eu fiz isso, ele me encarava como se não
estivesse acreditando.
Ele sorriu.
— Se você quer tanto assim dançar comigo, ok, irei dançar com você.
Ele ainda estava com a mão na minha cintura, olhei para o Damon, assim
de perto era tão diferente, os seus olhos azuis brilhavam, o seu cabelo preto
jogado no rosto, e sua boca…. Engoli em seco, eu precisava tentar me controlar,
mas ao olhar para o rosto dele, eu realmente queria senti-lo com as minhas mãos.
Estava em uma batalha tão grande dentro de mim, por um lado, tinha tudo
que aconteceu entre mim e o Damon, aquele começo complicado, mas também
tinha esse Damon que estava aqui na minha frente, alguém que eu nunca pensei
que existisse.
Damon ficou parado olhando para mim, parecia que não estava respirando.
Passei as pontas dos meus dedos pelo seu rosto, era tão macio, ao olhar em seus
olhos o vejo me encarando.
— O que você está fazendo? — Ele perguntou, mas não respondi, levei a
minha mão até os seus cabelos, sempre tive essa curiosidade sobre a textura do
seu cabelo.
— Por que você queria fazer isso? — Ele me perguntou, ainda estava com
a mão nos seus cabelos, percebendo que estava indo longe demais, abaixei a
minha mão sentindo um calor subindo pelo meu pescoço.
Ao olhar para ele tão próximo de mim, sentia sua respiração se misturando
com a minha, sentir o seu corpo encostado no meu. Ali com ele tão próximo, eu
queria arriscar, poderia me arrepender amanhã de manhã, com certeza me
arrependeria amanhã de manhã, mesmo assim eu queria.
Segurei no seu pescoço e correspondi aquele beijo, sinto o sabor dos lábios
do Damon nos meus, ele apertava a minha cintura, eu segurava no seu pescoço,
passava a mão pelos seus cabelos.
Damon apertava com força a minha cintura, soltei um suspiro, ele beijou o
canto da minha boca e quando os seus lábios foram para o meu pescoço, meu
coração acelerou, eu estava sentindo tantas coisas novas, eu não conseguia
decifrar.
A minha pele parecia estar em chamas, segurei no seu rosto trazendo a sua
boca novamente para a minha, Eu senti o meu corpo em contato com a maciez da
cama, não sabia o que estava acontecendo comigo, poderia ser efeito do álcool
que ainda estava no meu corpo, só percebi o que estava fazendo, quando Damon
se afastou olhando para mim, as minhas mãos estavam na sua blusa desabotoando
os botões um por um, eu podia ver o seu peitoral, Damon me encarava.
— Por quê?
Ele suspirou.
— Eu não estou…
Ele deu as costas para mim e foi em direção a biblioteca, o meu corpo
ainda estava em chamas, meu coração martelava no meu peito, mas ao menos eu
sentia um bolo se formando na minha garganta.
Por que estou decepcionada? Eu deveria estar feliz que ele não fez nada,
sim eu deveria, nas infelizmente não estava.
Capítulo 07
Vitória
Me sentei na cama, ao olhar para o meu lado vejo a cama vazia. Tudo o
que aconteceu ontem veio como uma avalanche de informações, levei as minhas
mãos ao rosto sentindo a vergonha dominando cada parte de mim. Merda! O que
eu fui fazer?!
Amarrei o meu cabelo, as minhas mãos tremiam, mas, mesmo assim, fui
treinar mais uma vez com ele. Ao chegar na sala de treino vejo o Damon perto de
uma parede, era como se ele estivesse perdido em seus próprios pensamentos,
engolindo em seco me aproximei.
Olhei para ele, Damon me encarou, acho que estava esperando alguma
coisa, mas eu não sabia o que fazer, na verdade eu não estava conseguindo nem
olhar no seu rosto.
— Vamos começar!
Ouço a sua voz, ao olhar para ele já o vejo se afastando na direção do meio
da sala.
Meu coração acelerou quando ele não deu nem tempo para que eu me
preparasse, ele se aproximou naquela velocidade impressionante, por pouco não
acertando o meu rosto, desviei no último segundo o meu coração acelerou
quando vi que ele tentou me acertar com um chute.
Cruzei os braços na frente do meu corpo não momento exato, mesmo com
o escudo na minha frente, o golpe foi tão forte que me fez ser arremessada contra
a parede, o ar saiu dos meus pulmões, se a minha cabeça já estava doendo, agora
estava mil vezes pior. Sinto o gosto do sangue na minha boca. Me levantei ainda
sentindo o meu corpo tremendo.
Estava tão perdida nos meus pensamentos que só percebi quando caí no
chão com muita força, sinto a sua mão na minha garganta, os meus olhos ardiam,
o meu corpo estava doendo.
Fechei os meus olhos ao sentir a minha cabeça latejando no local que foi
batida no chão com força.
— Que inferno Vitória! Se fosse uma luta real, você já estaria morta, para
de ficar perdida enquanto treinamos.
Me sentei no chão, apoiei as minhas mãos no chão, eu sabia que ele estava
certo, eu sabia disso.
Tentei fazer a minha voz ficar mais grossa, mas não deu muito certo.
O meu coração acelerou mais e mais nas horas seguidas, eu conseguia me
defender bem mais rápido, mas parecia que não era rápido o suficiente, o lado
esquerdo do meu corpo estava latejando, a cabeça doendo, o suor no meu rosto,
respirei profundamente quando ele veio mais uma vez, as minhas mãos na frente
do meu corpo, Damon bateu novamente na parede invisível que eu projetei ao
meu redor.
O poder impregnando cada parte de mim. Eu precisava ser mais forte, mais
forte..., mais forte..., mais forte, esse era o único pensamento.
— Lenta demais.
Como ele chegou atrás de mim? Fui me virar, para tentar me defender, mas
Damon segurou os meus dois braços para trás, gritei no momento que ele os
puxou com força, abaixei a cabeça sentindo toda a dor.
Os meus olhos ardiam, porque ele estava falando deles, Damon nunca mais
falou sobre eles, o meu corpo tremeu de ódio, só de lembrar o que aconteceu
naquele quarto, o quanto eu fui usada.
Gritei quando ele puxou ainda mais os meus braços, abaixei a cabeça, os
meus cabelos foram para frente como uma cortina.
Consegui ficar em pé, o meu peito subia e descia rápido, me virei olhando
para o Damon, ele apenas me observava daquele jeito irônico. — Eu preferiria
morrer a ser usado por qualquer um. E você vitória, o que prefere?
Engoli em seco.
Ele sorriu.
— Será as suas únicas opções se você não melhorar. Está querendo ser
usada novamente? — Fechei a minha mão em punho de ódio — Quer que o seu
amado pai se alimente de você? — Encarei o Damon sem conseguir respirar
direito. — Do mesmo jeito que ele usou a sua mãe?
Damon sorriu antes de atacar, ele tenta acertar novamente, mas nada passa
pela barreira, quando ele estava perto, acertei o seu peito com tudo, vejo o seu
corpo atravessando o salão e batendo na parede, o barulho alto, a poeira e um
buraco de todo tamanho atrás dele.
— Miserável!
Fui descendo até que os meus pés encontraram o chão, olhei para o Damon
e vi uma expressão de orgulho no seu rosto, ele olhava para mim.
Agora que a adrenalina passou, eu podia sentir cada parte do meu corpo
que estava doendo, sangue começou a sair pelo meu nariz, a minha cabeça doía,
na verdade eu não sabia que parte doía mais.
A mão dele estava na minha cabeça, e aos poucos, eu não sinto mais
aquela dor agonizante. Estamos no quarto, estou sentada na beirada da cama
observando-o curar cada parte machucada do meu corpo, ainda não acreditava
que finalmente pude usar melhor o meu poder.
— Acho que você precisa ler isso. — Ele falou e logo em seguida me
entregou uns papéis, os peguei em minhas mãos, eram três no total.
— O que é isso? — Questionei o encarando.
Dessas três cartas, uma voz no fundo da minha mente murmurava. Olhei
para Damon novamente e vi uma mistura de preocupação e compreensão em seu
olhar.
— Por que ele enviaria essas cartas para mim agora? — Minha voz falhou
no final da frase, revelando minha vulnerabilidade. Damon colocou uma mão
firme em meu ombro.
— Não sei ao certo. Mas acho que é importante que você leia, para
descobrir o que Alastor tem a dizer — respondeu ele, sua voz calma e
reconfortante.
— Alastor e Daniel, estão formando um exército, a cada dia que passa eles
estão conquistando mais território.
— Um exército?
— Ele não conseguiria invadir esse lugar sem um exército, ele sabe muito
bem disso.
— Vitória, até meia hora atrás, você não conseguia usar nem vinte por
cento do que seu poder é capaz, o que você faria se soubesse que eles estão
formando um exército?
Fiquei em silêncio por um momento, uma mistura de medo e raiva
percorrendo meu corpo. Damon tinha razão, eu não estava pronta para enfrentar
essa realidade. Mas isso não significava que eu queria ser mantida no escuro.
Olhei para as cartas em minhas mãos, sentindo meu coração apertar ainda
mais. Eu estava cercada por inimigos que estavam cada vez mais perto de destruir
tudo o que eu amava. E agora, não tinha mais escolha a não ser enfrentar essa
realidade de frente.
Abri minha boca várias vezes tentando encontrar a minha voz, mas não
estava conseguindo, minha garganta se fechou, o que eu poderia fazer?!
— Vejo que percebeu. Você não conseguiria fazer nada. Sem aprender a
usar os seus poderes.
Levantei a cabeça.
Encarei as cartas nas minhas mãos, engoli em seco, só de saber que foi ele
quem as enviou, sentia nojo.
Cada dia que passa eu estou com mais saudades, mas pode ficar tranquila,
o momento que eu finalmente estarei com você novamente, está mais perto do
que possamos imaginar.
Tudo que eu passei naquela semana veio com tudo, apertei a minha mão
em punho de ódio. Peguei a terceira carta.
Estou muito feliz, hoje finalmente ficou pronto o presente que estava
preparando para você, finalmente pude ver a linda gaiola de ouro que eu mandei
fazer, cada detalhe foi feito especialmente pensando em você, cada rosa
vermelha, como o seu lindo cabelo, colocada no lugar certo, eu precisava te
falar deste presente. Eu queria que fosse surpresa, mas não consegui me
controlar.
Eu precisava te contar, coloquei uma linda cama no meio dela, tudo está
pronto, só esperando a sua dona chegar.
Há uma semana, quando encontrei uma moça parecida com você, eu quase
fiquei louco, ela tinha a pele branca como a sua, o mesmo olhar de medo no
rosto, aquilo me encantou, então eu a trouxe para o meu lado. A única diferença
entre você e ela, eram os cabelos, ela tinha os cabelos loiros como o sol, mas eu
dei um jeito naquele detalhe.
Eu lhe enviei um lindo presente, quando você o vir, vai saber exatamente o
que irei fazer com você. Mas por favor minha adorável Vitória, não se preocupe;
com você será diferente, irei me alimentar do seu sangue, usarei o corpo como eu
sempre imaginei, mas você é diferente, eu curarei todas as vezes que machucarei
o seu perfeito corpo, você é especial, você é minha!
Com meu coração acelerado, ao olhar para ele, fechei os olhos com muita
força. Sim, eu vou matar aqueles dois.
— Encontramos uma garota perto da cidade, ela estava nua com o corpo
todo machucado, ela tinha sido torturada, os seus cabelos estavam pintados de um
ruivo estranho, no seu pescoço tinha uma coleira de couro e ouro com o nome
Vitória escrito, e essa carta estava debaixo do corpo dela.
— Eu enterrei.
Abri os olhos.
O meu coração estava acelerado, esse sonho novamente, era a terceira vez
que eu tenho pesadelos com o Alastor, e em todos as vezes era eu naquela cama,
engoli em seco, olhei para o meu lado e percebo que o Damon não estava aqui,
quando eu fui dormir ele não estava, será que tinha acontecido alguma coisa?
Ouço a porta do quarto se abrindo, vejo Damon entrando, ele não acendeu
a luz, mas dava para vê-lo perfeitamente com a luz da lua que entrava pela parede
de vidro, meu coração acelerou, ele segurava algo nas mãos, eu pude sentir um
cheiro de fumaça, Damon foi direto para a biblioteca.
Será que aconteceu alguma coisa? Ele estava com um cheiro forte de
fumaça.
Não! Eu não vou me intrometer. Depois de uns minutos ele foi para o
banheiro, eu pude ouvir o som do barulho da água do chuveiro caindo.
Um tempo depois ele saiu, Damon sempre dormia só com uma calça de
tecido mais confiável, eu estava deitada só com a cabeça sem cobrir, olhando
disfarçadamente para ele.
Damon se deitou, ele respirou fundo fechado os olhos, olhei para o seu
rosto, deveria ser pecado um rosto como aquele, ele era tão bonito, o meu
coração acelerou, o seu cabelo ainda estava molhado, algumas mechas jogadas no
seu rosto, eu queria tirar aquelas mechas do seu rosto.
Desde o dia que eu correspondi ao seu beijo, não falamos mais sobre isso,
estava na cara que ele estava cansado, mas eu entendo, ele me treinar de seis a
oito horas por dia, tem as obrigações como o novo rei, tem o irmão e o miserável
do Daniel querendo matá-lo e querendo o meu sangue, e com certeza, a
resistência também deve estar se movimentando.
Era tanta coisa que eu não sei como ele está suportando, eu queria
perguntar como ele estava, mas não sabia se ele iria me responder, respirei
fundo.
— Já estava acordada.
Estava olhando para o seu rosto, e aos poucos a minha atenção foi para a
sua boca me lembrando de como foi o nosso beijo.
— O que está passando por essa sua cabeça, para você me encarar desse
jeito?
Ele sorriu.
— Eu não acredito em você. — A sua voz era baixa, ter o Damon tão perto
do meu rosto só me deixava com mais vontade de lembrar o sabor dos seus
lábios, os nossos olhares se encontraram.
Um calor foi subindo pelo meu pescoço, o quarto estava ficando mais
quente.
— Você sabe que se quiser qualquer coisa é só me pedir. — Ele tocou nos
meus lábios. — Não sabe?
Ele não estava falando sobre coisas materiais, apesar de saber que se eu
pedisse algo assim, ele me daria, não... não era isso que Damon estava falando,
eu poderia ignorar aquela pergunta e me virar naquele instante, mas eu não
queria, eu realmente queria beijá-lo.
Não respondi, fiquei olhando para ele, tomando uma coragem que eu não
fazia ideia de onde tinha vindo, me aproximei do seu rosto, Damon não se
aproximou, ficou parado como se estivesse esperando até onde eu iria, com ele
tão próximo do meu corpo, eu não sabia até que ponto eu poderia chegar, eu não
fazia ideia, mas algo eu tinha certeza, iria beijá-lo.
Segurei no seu rosto e aproximei a minha boca da dele, senti o sabor da sua
boca na minha, Damon segurou no meu pescoço me trazendo para mais perto do
seu corpo, a sua mão apertava a minha cintura.
Sua boca era macia e suave, ele correspondeu ao beijo, me sentia tão
diferente quando estava nos braços dele, parecia que aquele sempre foi o meu
lugar.
Damon apertou a minha cintura, começou com um beijo calmo, mas logo
se transformou em algo totalmente fora do meu controle.
Minha mão foi na direção da sua nuca, quando encontrou os seus cabelos
os puxando de leve. O beijo estava cada vez mais intenso e excitante, nossos
corpos colados um no outro, sentindo a energia e o desejo queimando entre nós.
Damon começou a percorrer suas mãos pelo meu corpo, explorando cada
curva. Suas mãos deslizaram para a minha cintura, apertando com força,
enquanto eu arranhava de leve suas costas, sentindo a pele arrepiar sob o toque
dos meus dedos.
Eu estava com uma calça de flanela e uma camisa, sentir a sua boca no
meu pescoço era algo tão intenso.
A sua mão foi percorrendo a minha barriga por baixo da camiseta, meu
corpo se arrepiou, sentia a sua boca no meu pescoço, explorando, distribuindo
beijos por cada centímetro de pele exposta.
Era uma sensação tão mágica ter o seu corpo colado ao meu, mas também
sabia que aquele não era o momento, eu precisava me controlar.
— Como quiser.
Ele se afastou do meu corpo, deitando-se novamente do meu lado, apertei
uma mão em punho tentando me controlar quando eu não senti o calor do seu
corpo no meu, me controlei para não me jogar nos seus braços novamente.
Capítulo 10
Vitória
Fiquei quieta, enrolada nas cobertas macias naquela cama, eu sabia que se
tivesse ficado calada no momento que ele me perguntou aquilo, nós teríamos
terminado o que eu comecei, apertei o travesseiro com força, seria tão horrível
assim se tivéssemos terminado?
Respirei fundo, e por mais estranho que seja, o ódio que eu sentia pela
Brace tinha se dissipado, afinal, ela é apenas uma irmã mais velha tentando
manter o seu irmão em segurança, eu não poderia culpá-la por fazer isso.
Ao sair daquele quarto fui na direção do salão onde tomamos café, alguns
vampiros passaram por mim, eu percebi os seus olhares em minha direção, o meu
poder deslizava por todo o meu corpo em alerta, apenas um comando e ele estaria
nas minhas mãos, eu esperei por algo, mas isso não aconteceu, eles
permaneceram caminhando pelo corredor.
— Tenho um lugar para ir logo depois de terminar aqui, hoje não vai dar
para treiná-la. — O meu peito se apertou de decepção, eu estava decepcionada
porque não ia ficar perto dele naquela manhã? Respirei fundo me lembrando dos
momentos que tivemos juntos. Eu estava sentindo falta de estar com ele, eu
estava sentindo falta de sentir o seu corpo junto ao meu.
Fiquei a semana toda treinando, Damon estava tão ocupado que eu só o via
de manhã, e nem isso às vezes, descobri que estava tendo mais invasões no
território dele, Alastor e Daniel estavam agindo com mais frequência, eu treinava
mais e mais, beirando a exaustão, precisava estar preparada para o que estava por
vir.
Terminei de vestir uma calça jeans e um suéter preto quentinho. E fui para
a frente do espelho dar um jeito nos meus cabelos, só de olhar para a minha
imagem no espelho dava um certo desânimo, respirei fundo e comecei a penteá-
lo.
Os meus cabelos estavam tão grandes, olhando para eles me deu uma
grande vontade de cortar um pouco, tinha tanto tempo que eu não cortava. Um
sorriso já estava nos meus lábios ao lembrar que sempre falava para a minha mãe
que ia cortar, e ela sempre sorria falando que eu nunca cortava, desistia sempre
no último momento, mas a verdade, era que eles estavam chegando bem abaixo
da minha cintura.
Damon saiu, e eu o segui pelos corredores daquele lugar. Ele estava tão
sério, era como se estivesse tentando se controlar, ou seja, tinha acontecido
alguma coisa com toda a certeza.
Mil ideias surgiram na minha cabeça, será algo com a resistência? Algo
com o Alastor ou com o Daniel? Ou será que aconteceu algo com as garotas que
estavam vivendo na fazenda? Balancei a cabeça. Não! Se fosse algo com elas, ele
já teria falado.
Damon se aproximou de uma mesa mais ao fundo, fui atrás dele até estar
ao seu lado. olhei em cima da mesa e vejo um notebook, tinha tanto tempo que eu
não via um, olhei para o Damon que estava do meu lado.
— Então fui pessoalmente com outra equipe, ao chegar lá, quase todo
lugar estava em chamas, eles colocaram fogo no lugar para encobrir o que estava
acontecendo, mas encontramos computadores que ainda estavam intactos, foi
graças a isso que agora sabemos o que estava acontecendo naquele lugar.
O rosto do Damon estava com uma expressão tão fria, sinto um arrepio
passando por todo o meu corpo.
Olhei para a tela, mas eu não conseguia prestar atenção, eles me colocaram
em coma induzido só para me estudar mais, eu não precisava ficar duas semanas
daquele jeito? Apertei a minha mão em punho de puro ódio.
Então era por isso que a minha perna estava totalmente cicatrizada quando
eu acordei! Os meus olhos ardiam sem parar.
A filmagem mudou, agora era uma sala bem maior, vejo cinco macas com
vários aparelhos ligados em cada pessoa que estavam deitados nelas, e um por
um, a miserável da médica injeta um líquido azul nas bolsas de soro daquelas
pessoas.
O vídeo acabou, os meus olhos ardiam sem parar, eu tinha prometido não
chorar, mas diante de tudo que eu estava vendo era impossível, miseráveis!
— Se controle Vitória, agora além dos problemas que já temos, ainda tem
isso, precisamos descobrir onde fica os outros laboratórios, eles não podem
permanecer com esse soro em mãos, é perigoso demais, se isso continua…
— Eu tenho certeza que se eu falasse não, você não iria me ouvir. — Ele
levantou uma sobrancelha olhando para mim.
A minha voz saiu baixa, o meu peito subia e descia rapidamente, Damon
sorriu olhando para mim.
Olhei para as lápides da minha mãe e da minha amiga, uma lágrima desceu
pelo meu rosto, eu sentia tantas saudades delas, eu queria que elas estivessem
comigo, mas sabia que era impossível, as pétalas das flores de cerejeiras cobriam
o chão ao meu redor, fiquei sentada naquele lugar e falei tudo que eu queria, era
como se eu estivesse retirando um peso sobre os meus ombros, mas eu precisava
disso, eu precisava estar naquele lugar calmo e sereno.
Ficar ali, me trazia uma paz tão grande, fechei os olhos e respirei
profundamente sentindo o cheiro novamente das flores me invadir.
— Está cedo ainda. — Olhei para o céu e vejo o sol começando a se pôr no
horizonte. — Se você quiser podemos ficar mais um pouco. — A sua voz era
calma e serena, dei um pequeno sorriso antes de responder.
Ele assentiu, sua expressão tranquila. Sabíamos que havia uma longa
jornada à nossa frente, repleta de desafios e perigos, mas também sabia da
importância de momentos como aquele para restaurar nosso equilíbrio emocional.
Damon não ficou muito tempo no quarto, ele entrou na biblioteca e ficou lá
dentro por uns minutos, logo em seguida saiu segurando uns papéis, às vezes me
esqueço o que ele é, afinal ele é o rei.
Inevitavelmente veio uma pergunta, será que o Derek sabia disso? Eu sei
que é burrice pensar em uma pessoa que tinha um plano desde o começo, que fez
tudo o que fez para mim, não passando de uma missão, eu sei disso, mas lá no
fundo eu ainda queria que ele não soubesse dessa parte, porque se ele souber
disso, o meu coração vai se quebrar novamente, o restante, o pouco de carinho
que infelizmente eu ainda tenho por ele, se tornará ódio. Eu já odeio tantas
pessoas, não queria odiar mais alguém.
— Vitória!
Abri os olhos e vejo a parede de vidro na minha frente, uma lua enorme
iluminava o céu. Olhei para o meu lado e vejo o Damon parado me encarando, a
sua roupa era diferente, continuava a mesma cor, preta, era a única cor que ele
usava, mas essa parecia mais justa no corpo, algumas partes tinham uma espécie
de couro, não sei explicar muito bem, mas parecia que em algumas partes tinham
uma estrutura mais rígida.
— A médica que apareceu nas filmagens está aqui, será uma ótima
oportunidade de descobrir mais alguma coisa dela, no mais é só isso que eu sei,
na verdade, eu não faço ideia do que encontraremos assim que passarmos por
essa porta, por isso estou te avisando para se controlar no que for que esteja aqui.
A médica está aqui! Respirei fundo, ela é uma das pessoas responsáveis
por tudo isso. Ela ajudou.
— Vamos!
Andei ao seu lado, o lugar era todo iluminado, andamos por corredores até
chegarmos até um grande salão, vejo vampiros observando várias pessoas que
estão no chão sentados com a cabeça baixa.
— O líder da resistência, ele só quer poder, nada mais que isso. Parece que
esse experimento era uma forma de testar os limites do soro nos corpos mais
jovens. Ele tem sede de poder e não hesita em ir além dos limites da moralidade
para alcançá-lo.
— Nós precisamos acabar com isso, Damon. Não podemos permitir que
mais vidas inocentes sejam perdidas e que essa crueldade continue. — Olhei
novamente para a médica que compactuava com isso, fechei os olhos tentando
me manter no controle, era algo tão irracional. — Eu quero ver as crianças.
— Você não precisa fazer isso, vou dar um jeito delas terem um enterro
decente.
Chegamos na sala, e ali, diante dos meus olhos vejo várias macas
espalhadas pelo local, e em cima de cada uma, um lençol branco encobria um
corpo pequeno demais, um corpo frágil demais. As lágrimas tomaram o meu
rosto, me aproximei de uma maca, segurei a ponta do lençol branco, pronta para
levantá-lo.
— Você não precisa fazer isso. — A sua voz tinha uma mistura de algo que
eu não conseguia decifrar, eu sei que o Damon não machuca crianças, que ele
tenta protegê-las também, para ele, ver esses corpos também não deve estar sendo
fácil.
— Vamos encontrar quem fez isso, Vitória. Eles pagarão pelo que fizeram.
— Sua voz era um sussurro de determinação.
Fiquei nos seus braços por um tempo que eu não fazia ideia, o meu peito se
encheu de uma única coisa. Vingança! Eu precisava vingar a morte dessas
crianças, eu devia isso a elas.
Não haveria perdão para aqueles que roubaram a vida dessas crianças
inocentes. A chama da vingança ardeu dentro de mim como nunca. Eu já estava
no limite de tudo isso.
Com apenas um pensamento eu a fiz vir até mim, a médica olhava para o
meu rosto, eu podia ver o desespero no seu olhar, o seu corpo tremia
violentamente, imaginei como aquelas crianças sofreram nas mãos dela.
— Como você pode fazer algo tão cruel a aquelas crianças? — A minha
voz parecia um rugido, ela ficou em silêncio. — Responda! — Eu gritei, não
suportando mais o seu silêncio.
— Um bem maior? Você ficou louca? Matou crianças por algo que você
julga ajudar a humanidade. VOCÊ MATOU CRIANÇAS!
E com essas palavras levantei a minha mão, a médica olhava para mim. E
com um movimento da minha mão o poder transbordou do meu corpo, em um
segundo ela estava olhando para mim, no outro a sua cabeça estava em um
ângulo totalmente errado, o seu pescoço estava torto, e o corpo sem vida da
médica caiu no chão em um baque seco.
Saí daquele lugar, o vento gelado da noite bateu no meu rosto, inspirei com
rapidez sentindo o ar entrando em meus pulmões, eu tinha matado uma pessoa!
Essa constatação fez o meu coração acelerar, eu podia sentir a presença do
Damon nas minhas costas. Me virei olhando para ele.
O encarei, ainda tinha algo que eu precisava fazer, tinha a pessoa que
ordenou tudo isso, tinha outra pessoa que precisava morrer essa noite.
Damon me encarou.
— Eu compreendo, só se cuide.
Entrei novamente no lugar que eu tinha jurado não pisar, o meu único
pensamento era encontrar o miserável do chefe da resistência, ele tinha que pagar
pelas vidas que ele tirou por causa deste experimento medonho.
Ouço passos apressados, parei quando estava quase chegando no refeitório,
uns dez homens armados me encaravam, na verdade eu conhecia vários daqueles
rostos.
O escudo estava ao redor de todo o meu corpo, e não seria idiota de achar
que algum deles não fosse atirar em mim, eu não era tão estúpida assim.
Eles levantaram as armas, ouço o som dos tiros vindos em minha direção,
levantei às minhas mãos e as balas pararam no mesmo momento, em seguida elas
caíram no chão uma por uma, cada um naquele lugar olhou para a cena como se
não estivesse acreditando, olhei para eles, e em seguida todo estavam sendo
arremessados contra as paredes, reuni todas as armas em um único lugar, era
como se tivesse uma mão enorme e invisível, apertando todas elas, quando as
armas caíram, elas pareciam com qualquer coisa, menos com armas que eram a
um minuto atrás.
Derek parecia que tinha emagrecido, ele cortou os cabelos bem mais curtos
do que eu me lembrava, o meu coração traidor acelerou no momento que eu o vi.
— Onde está o seu pai? — Por incrível que pareça a minha voz não falhou,
Derek levantou uma sobrancelha e me encarou.
— Eu vim aqui para matar o seu pai. — Afirmei, vejo o choque no rosto
do Derek ao ouvir essas palavras. Mas em momento nenhum eu desejei retirá-las.
Porque a única coisa que veio à minha mente, foram as crianças nas macas e os
lençóis brancos cobrindo os pequenos corpos sem vida.
— O que aconteceu com você Vitória? Eu não vejo a garota que eu amava,
quando eu olho para você.
Eu sorri não acreditando na sua audácia.
Derek levantou a mão para tocar no meu rosto, mas eu não deixei, me
afastei do seu toque como se fosse me queimar a qualquer instante
— Não se esforce para tentar me convencer, nada do que você possa falar
vai mudar o que aconteceu, nada do que você falar vai mudar o que eu sinto
Derek. Eu vim aqui para matar o seu pai, e é isso que eu irei fazer!
— Onde ele está? — Perguntei já sem paciência, Derek deu uma rizada
olhando para mim.
— Você acha mesmo que vou te contar onde o meu pai está?
— O seu pai autorizou aquela infeliz da médica a usar o meu sangue para
fazer um soro capaz de mudar um humano para sempre. Por isso várias crianças
estão morrendo, vítimas dele.
Falei a verdade esperando uma coisa, mas ao olhar para o seu rosto, não foi
essa expressão que eu imaginei vendo.
Mas eu não estava preparada para o que aconteceu a seguir, dei um passo
para trás, o meu peito doía sem parar.
— Você sabia?... — A minha voz baixa, eu não queria acreditar nas minhas
próprias palavras, como? Por quê? — Eram crianças, CRIANÇAS!
— Todos temos que fazer sacrifícios para o bem maior, aquelas crianças
não serão esquecidas.
A minha mão apertava o seu pescoço com força, o meu corpo estava
tremendo, meus olhos ardiam só de olhar para ele. Ele sabia, ele sabia das
crianças, ele sabia que eles fizeram experiências comigo, ela sabia de tudo.
Mas o que mais me deixava em pedaços foi perceber como eu fui burra,
acreditando em pessoas que eu nunca deveria ter acreditado, doía tanto, mas
tanto, que por um momento eu pensei em gritar, apenas gritar, valeria mesmo a
pena salvar essas pessoas? Eu não sei, sinceramente não sei.
Minha mão em seu pescoço, o aperto se intensificando a cada segundo,
vejo os olhos do Derek em minha direção, ele tentava mover o corpo para
escapar, mas eu não deixei, o mobilizei.
Sinto um aperto no meu ombro, virei o meu rosto e vejo o Léo parado,
olhando para mim, o meu peito subia e descia tão rapidamente, será que ele
também fazia parte de tudo isso, será que ninguém se salvava, eu queria que pelo
menos uma pessoa fosse honesta, pelo menos uma.
— Você sabia? Você sabia o que eles estavam fazendo? — A minha voz
saiu rouca, eu estava chorando, sentia o meu rosto todo molhado pelas lágrimas
que saiam sem parar.
— Eu não sabia disso, fiquei sabendo agora que ouvi a sua conversa.
Algo no meu peito se acendeu, pelo menos um, pelo menos um.
— Eu não posso, ele também fez parte disso Léo, você não viu o que eu vi,
eram tantas crianças, os corpos. — Balancei a cabeça. — Todas mortas, em parte
por culpa dele.
— Você não é assim Vitória, eu sei que se você fizer isso, nunca vai se
perdoar, por favor não faça isso.
Encarei o Derek.
— É melhor você entrar. — Afirmei ainda não olhando para ele, porque eu
sabia que se eu olhasse, não poderia suportar.
Sinto o choque das suas palavras, e mesmo sabendo que não deveria, me
virei na direção do meu único amigo.
O meu peito doía, ele balançou a cabeça como se estivesse negando para
ele mesmo.
— Podemos sim, você não precisa ficar com aquele vampiro, vamos fugir.
— Eu não posso Léo, tenho muitas coisas para finalizar aqui, eu sei que o
Damon é um vampiro, mas estar ao lado dele é o melhor para mim, eu preciso
acabar com essa guerra que está para começar, eu te aconselho a fugir deste lugar,
a resistência é tudo, menos, boa, principalmente para você.
Me afastei.
— Eu não fazia ideia de tudo que estava acontecendo aqui. — Ele abaixou
a cabeça com vergonha. — Me desculpa, se eu soubesse, eu teria tentado impedir,
eu teria tentado te ajudar.
— Eu sei disso, você foi a única pessoa que valeu a pena ter conhecido. —
Olhei mais uma vez para a sua irmã pronta para tentar defender o irmão. — Avisa
para a sua irmã, que eu não tenho rancor dela, na verdade, tenho certeza de que
faria o mesmo no seu lugar.
E com isso eu saí daquele lugar, o meu coração estava em pedaços, mas
pelo menos eu pude ver o Léo pela última vez, o céu está estrelado, a lua
iluminava o céu, o vento estava gelado, hora de votar para ele.
Capítulo 13
Vitória
Enrolei o meu corpo em uma toalha, estou olhando para o meu reflexo no
espelho, o meu rosto estava tão cansado, eu estou tão cansada.
Mas porque essa luta dentro de mim? Porque era tão difícil escolher. Eu
deveria só fazer o que eu quero, eu deveria tentar ser feliz ou pelo menos fazer o
que está dentro de mim, levantei a cabeça, e o que eu quero é entrar naquela
biblioteca e sentir as mãos do Damon em cada parte do meu corpo.
Ele me encarou.
— Entendo. Então me diga Vitória, porque você está na minha frente,
apenas com uma toalha enrolada no corpo?
— Eu quero que você me foda! — Parecia que não era a minha voz
naquele momento, eu nunca tinha falado essa palavra, mas após dita, percebi que
gostava dela, gostava até demais.
— Não me peça uma coisa que você não está preparada para fazer.
— É o que eu mais quero, mas eu tenho certeza de que você não sabe o
verdadeiro significado da frase " Eu quero que você me foda". — Levantei uma
sobrancelha olhando para ele. — Porque se eu fizer o que você está querendo, te
garanto que não vai conseguir se levantar amanhã.
O meu coração acelerou de uma forma que parecia não ser real, eu
acreditei nas palavras do Damon, ele não estava brincando, não sobre isso.
Mesmo assim, eu queria provocá-lo.
— Por quê? Você acha que não consegue? — O desafiei, o infeliz sorriu
colocando delicadamente a caneta que estava na sua mão em cima da mesa, sem
tirar os olhos de cima de mim, com ele olhando para mim desse jeito, me senti
uma presa indefesa na sua frente, pronta para ser comida, apertei uma perna na
outra sentindo uma pressão se formando.
Damon se levantou graciosamente ficando na minha frente, engoli em
seco, as minhas mãos tremiam.
— Eu sei que essa seria a sua primeira vez, não quero te machucar mais do
que o necessário.
Damon segurou na minha cintura trazendo o meu corpo para perto do dele.
Segurei no seu pescoço, sentindo todo o meu corpo vibrando com as suas
mãos explorando cada parte de mim.
Segurei na sua blusa e desabotoei os botões, não sei como consegui com as
minhas mãos tremendo como estavam, a boca do Damon estava no meu pescoço,
passei a minha mão explorando seu corpo, cada músculo explorado por mim.
Damon, com rapidez, passou a mão pela mesa retirando todos os objetivos
de cima, a minha boca ainda estava inchada pelos seus beijos, só processei o que
ele estava fazendo quando ele segurou na minha cintura me levantando, ele me
colocou sentada na mesa, sinto o frio da madeira em contato com a minha pele.
Seus olhos não saíram de cima de mim, meu corpo estava pegando fogo.
Ele segurou o meu seio com força o apertando, abri os olhos no mesmo
momento que ele distribuía beijos pelo meu seio, ele encostou os lábios no bico
que já estava rígido de tanto prazer, e o abocanhou, me fazendo soltar um
pequeno grito, Damon passava a língua sem pressa nenhuma, eu sentia o meu
corpo respondendo a cada toque. Joguei a minha cabeça para trás no momento
que ele mordeu.
Eu nunca senti isso em toda a minha vida, parecia que o meu corpo ia
entrar em choque a qualquer momento, o meu coração martelava de um jeito
forte no meu peito.
Ele continuou a sua exploração, distribuindo beijos por todo o meu corpo,
pelos meus seios, pela minha barriga, eu olhava sem acreditar no que estava
vendo, as minhas mãos tremeram quando eu percebi para onde a sua boca estava
indo. Damon segurou as minhas pernas e as colocou no seu ombro, o meu rosto
estava ardendo de vergonha, eu estava completamente exposta para ele.
Damon beijou o interior das minhas pernas, a sua mão foi para o meio
delas, e quando eu senti a sua mão na minha boceta eu estremeci.
A excitação pulsou cada músculo do meu corpo quando eu senti sua boca
no meio das minhas pernas, joguei a minha cabeça para trás, a sua língua era
delicada, ele passava por toda a minha boceta, apertei a minha mão em punho não
conseguindo mais me conter, e quando ele focou apenas em um ponto, eu pensei
que poderia morrer naquele mesmo instante.
Meu corpo tremeu, eu sentia uma pequena corrente elétrica nas pontas dos
meus dedos, era como se ela fosse percorrendo toda as minhas pernas até chegar
no ponto que o Damon movia a língua em um ritmo que estava me deixando
completamente louca.
Damon beijou o meu pescoço, o seu corpo estava em cima do meu, segurei
nos seus cabelos sentindo a maciez de cada fio.
Levantei o seu rosto e o beijei, o sabor da sua boca na minha, as suas mãos
no meu corpo, cada toque, cada carícia.
O seu pau estava na minha entrada, não irei mentir, estava um pouco
nervosa, eu sabia que iria doer, é normal doer, mas algo me dizia que iria doer
muito mais por ele ser tão grande.
Levantei uma sobrancelha olhando para ele, é lógico que eu sabia, respirei
fundo e decidi o provocar bem agora, com certeza me arrependerei depois.
Damon olhou para mim e um sorriso malicioso estava nos seus lábios, eu
gritei quando em uma única estocada ele se colocou todo dentro de mim, as
minhas unhas cravaram nas suas costas com força.
O meu coração ainda martelava no meu peito, mas aos poucos eu fui me
acostumando.
Beijei o seu pescoço, vejo o seu corpo se arrepiando com esse gesto,
continuei explorando o seu pescoço com a boca, o vejo engolindo em seco,
Damon segurou nos dois lados da minha cintura, e com força se retirou e estocou
com força dentro de mim, fechei os olhos sentindo dor, ele era grande demais, o
sentia indo fundo, as minhas mãos em volta dos seus ombros.
Cada estocada me levava mais perto de ter outro orgasmo, quando ele
percebeu isso, começou a se movimentar mais rapidamente, e mesmo com o
prazer se misturando com a dor, eu acabei tendo outro orgasmo.
Damon continuou estocando o seu pau dentro de mim até que ele também
gozou. Ficamos em silêncio depois que acabou, eu estava tão cansada, o meu
corpo todo doía, os meus olhos estavam fechados, mesmo assim, eu o sinto
cobrindo os nossos corpos com um cobertor tão macio.
O toque dele, o gosto dele, a forma como me fez sentir... Era tudo como eu
imaginava e muito mais.
Naquele momento, nada existia além de nós dois, entregues ao prazer que
havia entre nós. E assim, juntos, navegamos nas ondas arrebatadoras de uma
experiência que eu jamais esquecerei.
Capítulo 14
Damon
A verdade era que eu estava completamente perdido, após ter o seu corpo
completamente só para mim, eu sabia que nunca mais eu me esquecerei de cada
suspiro, de como o seu rosto ficou quanto eu a vi tendo um orgasmo, em meus
mais de mil anos, eu nunca vi algo mais lindo do que aquilo
Eu nunca me importei com ninguém, nunca quis tanto preservar uma vida
como eu quero preservar a dela, fui por meios obscuros para conseguir isso, não
irei negar, mas sinceramente não me importaria em exterminar todos os vampiros
e humanos desse planeta para salvá-la, eu não pensaria duas vezes em fazer isso,
para mim, a única pessoa que importa é ela, só ela, e mais ninguém.
Segurei na sua cintura com mais força, o meu pau completamente duro,
encostando na sua bunda.
Ela se mexeu, sinto o seu corpo ficando tenso quando percebeu o meu pau
encostando no seu corpo, eu não precisava ver seu rosto para saber que
provavelmente estava vermelho de vergonha, ela ficava ainda mais linda com o
rosto nessa tonalidade.
Encostei o meu rosto no seu pescoço, os pelos do seu corpo se arrepiaram
completamente quando a minha boca começou a beijar delicadamente perto da
sua orelha.
— Um pouco.
Eu sabia que era mentira, provavelmente ela estava bem mais machucada
do que estava falando.
— Que pena. — Apertei a sua cintura com força, encostando ainda mais o
meu pau na sua bundinha empinada.
Eu sorri passando a minha mão pela sua barriga reta, descendo devagar até
encontrar o que eu tanto queria.
Levei a minha mão até sentir sua boceta, ela estremeceu no momento que
comecei a pressionar o seu clitóris, ouço o seu suspiro, ela já estava molhada,
completamente pronta para mim, me ajeitei atrás do seu corpo fazendo a cabeça
do meu pau encostar na sua entrada.
Ouço um pequeno gemido vindo dela, pressionei com mais força o seu
clitóris.
— Eu não estou tão machucada assim. — Suas palavras me levaram para a
escuridão que eu conhecia tão bem.
— Tem certeza? — Perguntei mais uma vez, dando a chance para que ela
repensasse na sua resposta.
— Sim. Eu tenho.
— Nessa posição será melhor, assim poderá ditar o ritmo que for melhor
para você. — Respirei fundo. — Na verdade, se continuássemos naquela posição,
você se machucaria ainda mais.
O seu rosto ficou ainda mais vermelho depois que entendeu as minhas
palavras.
Vê-la com vergonha desse jeito, me fez sentir como um animal enjaulado,
pronto para sair atrás de uma vítima, sorri a encarando.
— Você pode cavalgar no meu pau do jeito que você quiser. — Eu sei que
sou um infeliz, por falar assim com ela, mas era delicioso ver o seu rosto
mudando de vergonha para raiva em apenas um instante.
Ela segurou com delicadeza e o levou até a sua entrada, essa era visão mais
maravilhosa que eu puder ter, vê-la descendo devagar, sentir o meu pau entrando
centímetro por centímetro dentro dela, era simplesmente perfeito.
Eu queria segurar na sua cintura e estocar com muita força em seu interior,
fechei os olhos tentando me controlar, afinal foi ideia minha colocá-la nessa
posição, mas vejo que o único que vai sofrer serei eu, abri os olhos e a vejo me
encarando, o meu pau estava a metade dentro dela, a suas pequenas mãos vão até
o meu rosto, os seus olhos brilhavam, na verdade todo o seu lindo rosto brilhava.
— Estou fazendo certo?
Ela perguntou beijando o meu rosto, assim já era covardia, segurei na sua
cintura, mas não forcei para dentro dela, só precisava de um lugar para colocar as
minhas mãos, porque percebi que elas tremiam.
Ela ia devagar, me torturando pouco a pouco, mas cada vez que ela se
abaixava, era mais um pouco do meu pau dentro dela.
Beijei o seu pescoço, apertei o seu seio com força, e com a outra mão
apertei o outro seio, segurei o bico com o polegar e indicador e apertei com um
pouco de força, olhei para o seu rosto e vejo os seus olhos ficando negros de
prazer.
Era perfeito demais, e quando eu percebi que ela iria ter um orgasmo, eu
ditei o ritmo, me colocando com força dentro dela. Vitória gritou quando o
orgasmo veio, as minhas mãos ainda estavam na sua cintura quando eu gozei me
derramando dentro dela.
Ela colocou a cabeça no meu ombro, o seu corpo pesado, passei a mão
pelos seus cabelos retirando as mechas que estavam no seu rosto. A sua
respiração estava alterada.
Saí daquele quarto, eu tinha uma reunião com o novo conselho, ao chegar
no antigo escritório do meu pai, eu só o usava para essas reuniões, vejo Alice, a
vampira que eu coloquei no meu lugar como general do exército, me esperando.
Ela me encarou.
— Ótimo!
Entrei e vejo todos sentados, ao me ver, abaixaram levemente a cabeça.
— Estamos cientes do problema que o seu irmão está causando, você tem
algum plano para acabar com isso?
Cain era o único vampiro que permaneceu depois daquele dia no salão.
Acho que estar em um quarto trepando com alguém, acabou salvando a sua vida.
Cain olhou para Alice e torceu o nariz, o que não era de estranhar, além
dela ser a nova general, era também uma ótima conselheira.
— Damon!
Ouço a voz da Alice do meu lado, eu sei que não posso matar os membros
do conselho todas as vezes que eles me irritavam, mas era bem difícil,
principalmente quando eles têm a coragem de simplesmente pensar em usar a
Vitória.
— Que bom, ficamos mais tranquilos por saber que você pessoalmente irá
resolver esse assunto. Quando você irá? — O encarei.
O seu lindo rosto ficou mais vermelho do que nunca, ela abaixou o rosto, e
eu sorri.
— Eu tinha uma reunião com o novo conselho, por isso não deu para te ver
antes, me desculpa, deveria ter te avisado. Mas você estava dormindo tão
tranquilamente quando eu saí.
Segurei na sua cintura com mais força, a minha outra mão segurava no seu
pescoço intensificando o beijo. Eu realmente gostava do sabor dos seus lábios, de
sentir as nossas línguas começarem uma dança intensa.
Porra! Eu queria colocá-la na cama e ficar fazendo sexo por horas e horas.
Mas infelizmente eu não podia, em menos de uma hora eu teria que sair,
provavelmente, ficarei por pelo menos uma semana longe dela.
Ela sorriu.
Já tinha se passado uma semana, desde que o Damon foi fazer a viagem,
mesmo sabendo que ele podia se defender muito bem, acabei ficando
preocupada, senti um aperto no meu peito.
Eu não sei o que fazer, porque no fundo eu não sei o que eu quero.
Respirei fundo tentando me controlar, não conversamos depois daquele
dia, ele teve que sair em uma missão logo em seguida, talvez se ele tivesse
ficado, eu saberia como agir, e não precisaria ficar quase louca como agora.
Observei a cidade pela parede de vidro, já era fim de tarde, eu achava que
ele poderia chegar hoje, mas não era certo, afinal, ele não me deu certeza alguma,
apenas me disse que provavelmente duraria uma semana.
— Que bom.
Dei um sorriso sem graça em sua direção, por que ele se afastou? Me
perguntei sentindo as minhas mãos suarem mais.
— Eu ficarei esperando.
— Eu tenho que ver se não aconteceu nada durante a minha ausência, mas
venho te pegar na hora do baile.
Terminei de tomar o banho, mesmo sabendo que ele não estaria no quarto
me esperando, eu abri a porta devagar, acabei levando um susto ao ver as duas
mulheres em pé no meio do quarto me esperando.
Sinto o cheiro gostoso do óleo que a mais nova passava pelo meu corpo,
era um cheiro tão gostoso. Me fazia lembrar o cheiro de frutas vermelhas e
baunilha.
— Vocês são perfeitas, nem parece ser eu ali. — Falei apontando para o
espelho.
Elas sorriram.
A mais nova olhou para mim e logo em seguida para a senhora, eu fiquei
com vergonha, será que tinha feito algo de errado, mas logo em seguida as duas
sorriram.
— O meu nome é Flora, e essa é minha filha Isabel. — Cada uma delas me
cumprimentou com um pequeno sorriso no rosto.
Encarei a Flora.
— Sua majestade?
Ela sorriu.
— Foi ele que escolheu os dois vestidos, este e o outro que a senhorita
usou.
— Eu não sabia.
Elas sorriram.
Os meus cabelos estavam soltos, uma pequena tiara com pedras vermelhas
brilhava no alto da minha cabeça, quem não me conhecesse poderia pensar que
eu era uma princesa. O meu rosto ficou vermelho, um interessante contraste com
o batom vermelho que estava nos meus lábios.
Sorri o encarando.
— Vamos!
Cada passo que eu dava do seu lado, fazia o meu coração acelerar ainda
mais.
Dava para ouvir o som vindo de dentro daquele lugar, respirei fundo.
— Mentirosa.
A música preencheu os meus sentidos, eu não consegui responder a ele,
Damon me conduziu delicadamente ao som daquela melodia, os seus olhos não
saíram do meu rosto em nenhum momento.
Eu me perdi olhando para ele, em como uma mecha do seu cabelo insistia
em ficar na frente dos seus olhos, em como o contorno dos seus lábios eram
perfeitos, em como o calor da sua mão na minha cintura fazia o meu corpo
estremecer, ele estava certo, eu fugi, eu fugi porque sabia que se ficasse perto
dele mais um segundo naquele quarto, eu terminaria a noite nos seus braços mais
uma vez.
Mas sinceramente, era tão errado assim gostar de ficar nos seus braços?
Era errado sentir o que eu estava sentindo?
Ficamos no salão por um tempo, um rapaz estava perto com uma bandeja
nas mãos, peguei uma taça de champanhe e a virei de uma vez como se fosse
água, eu sabia que era fraca para bebidas, mas eu precisava disso, precisava me
sentir no controle, precisava acalmar o meu coração.
Damon passou a mão pela minha cintura me fazendo sentar mais encostada
no seu corpo, o meu coração martelava no peito, no momento que eu sinto algo
duro pressionando a minha bunda.
Eu acabei dando um pequeno sorriso, que coragem era essa? De onde ela
veio? Mas eu estava gostando. Principalmente de provocar o Damon, que sempre
tentava se manter no controle.
Meu coração acelerou, o meu rosto estava pegando fogo com as suas
palavras.
— Eles iriam ver um verdadeiro show neste trono, mas não se engane,
nenhum vampiro ou humano que esteja neste salão agora, sairia vivo para contar
a história, depois de ver como o seu lindo rosto fica quando está tendo um
orgasmo. Este prazer é somente meu!
Passei as mãos pelo seu corpo. Como eu queria isso, eu realmente queria
sentir o seu corpo.
— Eu quero que você me foda! — Por incrível que pareça, minha voz não
falhou, Damon me encarava com uma sobrancelha erguida, e logo um pequeno
sorriso já estava nos seus lábios.
— Para de ficar pedindo isso para mim Vitória, você vai acabar se
arrependendo dos seus pedidos. — A sua voz era grossa.
Naquela cama com ele, era o que eu queria, era onde eu queria estar.
— Não foi você que me pediu para que eu te fodesse! — Ele questionou,
como se tivesse certeza de que eu nunca faria o que ele mandou, e no momento
que eu lentamente comecei a tirar a minha roupa, olhando diretamente para ele,
eu vejo um pequeno sorriso nos seus lábios.
— Você pediu por isso! Não se arrependa depois — Ele sussurrou no meu
ouvido. — Mas pode ficar tranquila, você se lembrará do que vai acontecer neste
quarto, cada vez que se sentar amanhã de manhã. — E com essa ameaça velada,
ele beijou o meu pescoço.
O meu corpo estava em chamas de expectativa do que viria a seguir.
Damon passava a mão por toda a minha pele exposta, acariciando cada detalhe,
eu tentei não gritar no momento que ele colocou dois dedos dentro da minha
boceta.
O meu corpo vibrava pela invasão. A sua boca explorava o meu corpo
distribuindo beijos, ele beijava os meus ombros, beijava as minhas costas sem
pressa alguma, me torturando lentamente.
Não estava preparada para o momento que Damon em uma única estocada,
se colocaria dentro de mim de uma vez.
Acabei gritando.
Ele intensificou o aperto nos meus cabelos, a minha cabeça inclinada para
trás, Damon se aproximou do meu ouvido, sentia a sua respiração quente fazendo
todo o meu corpo tremer.
— Não tem Deus algum dentro deste quarto Vitória. — Abri a boca, no
momento que ele estocou com força, me causando dor e prazer ao mesmo tempo.
— Tem somente você! Que pediu para ser fodida por mim. E eu, um demônio
que está apreciando cada segundo, foder a sua boceta com força, do jeitinho que
você queria.
E com essas palavras, Damon continuou segurando com uma mão os meus
cabelos, e com a outra mão o meu ombro, e como ele prometeu, estocou com
tanta força que eu gritei cada vez que se colocava dentro de mim.
Ele não era pequeno, no momento que eu o vi pela primeira vez sem roupa,
me perguntei se aquilo ia dar certo, o seu pau era muito grande e grosso, eu tinha
certeza de que nunca que aquilo fosse caber dentro de mim, eu queria que a
Vitória de uma semana atrás pudesse ver o que estava acontecendo naquela cama
agora.
Quando ele saiu de dentro de mim, eu senti dor, afinal, se parasse para
pensar, essa era a terceira vez que eu me entregava a ele, ouço os seus passos
indo na direção do banheiro, o meu corpo ainda tremiam quando desabei em cima
daquela cama, o meu peito subia e descia, a respiração acelerada, devagar me
ajeitei na cama, o meu corpo estava esgotado, puxei as cobertas escondendo a
minha nudez, eu sabia que ele já tinha me visto sem roupa, mas mesmo assim me
cobri.
Ouço os seus passos, vindo em minha direção, Damon estava com uma
calça escura, se aproximou da cama e se deitou, eu podia ver o seu peito subindo
e descendo rapidamente, pelo menos não era somente eu que estava esgotada.
— Tem certeza?
Engoli em seco.
— Tenho sim. — Era uma mentira tão óbvia, no meio das minhas pernas,
parecia que estava em carne viva, virei para o outro lado, não querendo mais
olhar para ele, e naquele momento me lembrei do meu pedido. " Eu quero que
você me foda".
Na manhã seguinte, Damon não estava na cama, me levantei com um
pouco de dificuldade, andando um pouco sem jeito até chegar no banheiro, tomei
um banho, e fiquei parada no banheiro depois de vestir uma roupa, uma pergunta
na mente, será que tinha alguma pomada ou algo do tipo aqui?
Ao sair, tentei andar normalmente, mas estava difícil, cada passo que eu
dava sentia a sensibilidade no meio das minhas pernas, ao chegar no salão que
tomávamos café, vejo o Damon sentado, ao me ver entrando, me encarou,
naquele momento percebi que não queria mostrar que estava machucada e
sensível, respirei fundo e fui andando devagar até chegar na cadeira que estava ao
seu lado, me sentei com cautela.
Ele ainda me encarava, mas quando percebeu que essa atitude estava me
deixando sem graça, desviou o olhar. Levantei o braço para poder pegar o copo
de suco, com esse gesto sinto a sensibilidade aumentando, engoli em seco
fazendo uma pequena careta de dor.
Disfarçadamente abaixei o meu braço, até estar do lado das minhas pernas,
devagar coloquei a minha mão abaixo da minha bunda, como se fosse uma
proteção, mas logo desisti quando vejo o Damon olhando para mim. Retirei a
minha mão completamente sem graça.
O meu rosto ficou tão quente com as suas palavras, que tenho certeza de
que deve estar de várias cores diferentes, estava morrendo de vergonha. Abaixei a
cabeça tentando me controlar.
— Tem certeza?
" — Você pediu por isso! Não se arrependa depois — Ele sussurrou no
meu ouvido. — Mas pode ficar tranquila, você se lembrará do que vai acontecer
neste quarto, cada vez que se sentar amanhã de manhã. "
Capítulo 17
Vitória
Respirei fundo tentando me manter calma, mas estava com uma grande
vontade de matá-lo neste instante.
— Parece que você está sensível, mas prefere não me deixar curá-la. —
Ele se levantou ainda me observando. — O que é uma bobagem, afinal eu já te vi
sem roupa.
Um calor começou a subir pelo meu pescoço.
— Eu não quero ficar aqui falando sobre isso. — Fui andando devagar na
direção da porta, mas acabei me lembrando de algo, parei perto da porta e me
virei novamente na direção dele. — Você vai treinar hoje?
Damon encarou o meu corpo de cima a baixo, desta vez ele não tinha um
sorriso irônico no rosto.
Retornei para o quarto, eu estava tão cansada, mas sabia que não
conseguiria treinar normalmente, me deitei na cama, eu estava com tanto sono.
Abracei o travesseiro com força, estou aqui toda sensível, por que eu tinha que
pedir aquilo para ele? Balancei a cabeça. Eu e a minha boca grande.
— Me desculpa.
O encarei.
— Por que você está pedindo desculpas? — Perguntei curiosa. Ele sorriu.
— Não devia ter feito aqueles comentários, foi rude da minha parte. — O
meu rosto ficou vermelho, meu coração acelerou.— Você quer que eu peça algo
para você comer?
Fiquei olhando para ele por um bom tempo até que eu acabei adormecendo
novamente, sentindo o toque delicado da sua mão no meu rosto.
Capítulo 18
Vitória
Já tinha se passado quase uma semana, desde que tudo aconteceu, respirei
fundo ao observar Damon na minha frente, estávamos treinando a quase duas
horas.
— Você era horrível, na verdade, eu fui até bom com você no começo.
— Culpa sua.
Segurei no seu pescoço com força, os lábios do Damon estava nos meus no
momento seguinte, as nossas bocas se encontrando em um beijo intenso e
apaixonado. Minhas mãos corriam pelos seus cabelos, enquanto seu corpo
pressionava o meu contra o chão.
— Eu não acho que eu consiga ficar muito perto de você, sem te beijar —
ele disse, me puxando para mais um beijo.
Eu conheço essa voz. Me afastei do Damon para ver quem era, o meu
coração acelerou no momento que eu olhei para a porta e vejo o Léo com uma
moça de cabelos negros, eles olhavam para nós dois.
A Alice, que por sinal eu não conhecia, percebi que era uma vampira,
balancei a cabeça tentando me concentrar no meu amigo que estava na minha
frente, olhando para mim com um grande sorriso no rosto.
Leo me encarou.
— Depois da sua visita, decidi não ajudar mais, pessoas que deveriam
proteger a raça humana, mas que estavam fazendo experimentos com crianças, a
minha irmã veio comigo.
Olhei na direção da porta para ver se eu via a Brace com aquela cara
emburrada de sempre, mas ela não estava ali, olhei para o Léo.
— Ela não veio para o castelo comigo, ficou na cidade, você sabe que ela
não se dá muito bem com vampiros, eu por outro lado estou achando que vou
gostar bastante daqui. — Leo observou a vampira que permanecia na porta com
um leve sorriso no rosto, já a Alice revirou os olhos para ele.
O sem noção do meu amigo se aproximou dele colocando uma mão no seu
ombro.
Ele respondeu com um sorriso irônico no rosto, essa era a primeira vez que
eu vejo uma veia saltando no pescoço do Damon, me aproximei rapidamente
deles, retirando a mão do Léo que ainda estava no ombro do Damon, me coloquei
no meio dos dois, meu coração estava acelerado quando puxei o meu amigo para
o lado, o mais distante possível de um Damon que parecia estar congelado no
lugar, eu tenho certeza de que ele deve estar pensando em mil maneiras diferentes
de matar o Léo.
— Vi, eu já sou maior de idade, não preciso que a minha irmã aceite nada,
eu quero te ajudar, pode ficar tranquila, não vou dar trabalho algum, só queria te
proteger mesmo.
A Alice, que por sinal eu nem sabia que existia a dez minutos antes,
observava aquela cena com atenção.
— Pode até não precisar de proteção, mas tenho certeza de que precisa de
um amigo. Pode falar, você estava morrendo de saudades de mim?
Idiota! Acabei sorrindo para a cara que ele estava fazendo, mas ao olhar
para o Damon o meu sorriso morreu.
Damon me encarou, logo em seguida olhou para a Alice que ainda estava
no mesmo lugar.
— Sim senhor.
Me aproximei do Léo.
— Vai com ela por um momento, daqui a pouco eu vou ao seu encontro.
Ele olhou para o Damon e logo em seguida para mim.
Ele saiu acompanhado com a Alice, respirei fundo olhando para o Damon
que também me encarava.
Respirei fundo.
A minha garganta ficou seca, Damon tirou o elástico que estava mantendo
os meus cabelos presos.
— Por que você não toma um banho comigo? — O meu corpo vibrou ao
ouvir a sua voz no meu ouvido.
O encarei.
A minha respiração estava irregular, ele sorriu, miserável! Esse era o seu
plano.
— Damon!
— Pode falar. — O encarei não sabendo para onde olhar, a minha vontade
era olhar para um lugar em específico, mas o meu bom senso me impedia de
fazer isso, o calor se intensificava a cada segundo.
— Podemos fazer algo muito melhor do que conversar, eu queria que você
tomasse um banho comigo.
Tentei desviar o olhar, mas meus olhos teimavam em fixar naquele lugar
em específico. Meus pensamentos estavam confusos, uma mistura de desejo e
insegurança. Eu sabia que ceder seria um passo arriscado, mas a tentação era tão
forte que me sentia à beira de perder o controle.
Olhei para o seu rosto tão perto, a sua respiração se misturando com a
minha, eu deveria resistir, mas não consegui, segurei no seu pescoço e o beijei.
O banho conjunto que antes parecia apenas uma sugestão tentadora, agora
se tornava uma realidade. Damon me guiou até a banheira, onde a água quente
envolvia os nossos corpos.
Damon me abraçou por trás, seu corpo pressionado contra o meu na água
quente. Nossos corpos deslizavam um contra o outro enquanto nos entregávamos
àquele momento de intimidade e prazer.
Suas mãos deslizaram suavemente pela minha pele, explorando cada curva
e contorno com uma delicadeza que me deixava arrepiada. Cada toque era um
convite para me entregar ainda mais àquela conexão intensa que
compartilhávamos.
Enquanto a água escorria pelo nosso corpo, o calor que emanava entre nós
só aumentava, consumindo-nos por completo. Cada carícia, cada beijo, cada
movimento era uma expressão do nosso desejo incontrolável, levando-nos a
alturas inimagináveis de prazer.
Éramos envolvidos por uma bolha de luxúria, onde só existíamos nós dois,
unidos em um momento íntimo e inesquecível.
Com suas mãos no meu corpo, entrelacei as minhas pernas na sua cintura,
sua respiração quente no meu pescoço, os nossos corpos em uma dança tão
intensa, que estava me levando ao limite de tudo, eu tocava os seus cabelos
delicadamente.
Ele colocou a sua mão entre nossos corpos e em seguida eu senti a pressão
no meio das minhas pernas. E em uma estocada, ele se colocou dentro de mim,
fechei os olhos sentindo as suas mãos segurando a minha cintura, ditando o
ritmo. Eu segurava no seu pescoço tentava me controlar, mas era praticamente
impossível, principalmente com a sua boca no meu pescoço beijando cada parte.
Ele estocava com rapidez, era tão perfeito, tão intenso estes momentos
entre nós dois, não era só o encontro de dois corpos, era algo muito mais intenso.
Ele acelerou o ritmo quando percebeu que eu estava no limite do meu
prazer, quando uma explosão de cores dominou toda a minha visão.
Eu sabia que aquele momento não era o certo para isso, mas precisávamos
conversar sobre isso.
Eu sorri o abraçando.
— Eu vou achar outro lugar para ele ficar, pode ficar tranquilo. — Damon
correspondeu ao meu abraço. — Ele é uma boa pessoa, você vai ver.
— Se você está feliz, estou mais do que satisfeito.
Me afastei o encarando.
Damon ainda estava com a mão passando pelo meu rosto tão perto da
minha boca.
— Ela era a minha tenente, depois que virei rei, a nomeei general do
exército. Você não tinha a visto antes porque estava organizando o exercício por
isso, Alice é muito boa, um excelente soldado, e ótima para dar conselhos, por
enquanto ela está aqui no castelo, Alastor está juntando o exército dele, por isso
estou organizando uma defensiva aqui na capital.
— Sim. Ele está, mas pode ficar tranquila, ele não tocará em você, eu
prefiro morrer a deixar que isso aconteça.
O encarei em choque, essa era a primeira vez que ele falava isso para mim,
meu coração acelerou, vejo o choque também no rosto do Damon, acho que ele
também percebeu o peso das palavras que acabaram de sair da sua boca.
Capítulo 20
Vitória
Entrei no quarto que a Alice colocou o Léo, o vejo perto da enorme janela
que tinha no local. Quando ele me viu, veio ao meu encontro.
Ele suspirou.
— Eu não gosto que você fique neste lugar, mas entendo que é a melhor
opção por enquanto. — Ele me encarou. — Então você está com o rei agora?
Sinto o meu rosto se esquentando com a sua pergunta, engoli em seco não
suportando mais olhar no seu rosto.
— É um pouco complicado, não temos um nome para o que está
acontecendo.
Era estranho parar para pensar no que estava acontecendo entre mim e
Damon, na verdade, eu evitava ficar pensando sobre isso, estou apenas deixando
me levar pelo que estou sentindo no momento.
— Tem é? — O encarei.
— Eu não acredito que você está aqui. — Ele sorriu segurando a minha
mão, meu coração acelerou, ficar aqui era solitário, mas já estava me
acostumando, agora com o Léo do meu lado, parecia que algo tinha se encaixado
no lugar, eu pensei que não poderia sentir isso por outra pessoa depois da morte
da minha amiga, mas agora estou aqui, com um grande sorriso no rosto com ele
ao meu lado.
— Eu treino todos os dias, as vezes tem bailes e hoje vou em uma fazenda
onde as garotas que viviam aqui como escravas vivem
Leo me encarou surpreso, eu sorri começando a explicar sobre a fazenda.
— Ele fez isso tudo? — Léo balançou a cabeça como se não acreditasse
nas minhas palavras.
— Será que é efeito do seu sangue? — Léo sabia tudo sobre o meu sangue
e o que ele foi capaz de fazer pelo Damon.
— Eu gostaria de conhecer.
Não falei. Fechei os olhos imaginando como o Damon está querendo matá-
lo novamente.
— Você tem a mesma idade que eu, idiota. — Afirmei tentando não piorar
a situação.
— Pelo menos isso, não é mesmo? Porque eu tenho certeza que o vampiro
que está do seu lado poderia ser o nosso tataravô, na verdade, não sei quantos
tatará seria. Afinal quantos anos você tem? — O infeliz do meu amigo perguntou
encarando um Damon revoltado.
— Eu espero que você esteja se cuidando, não quero ser tio agora, sou
muito novo para isso. — A minha boca se abriu em choque, não acreditando nas
suas palavras. — Bem, acho que se você engravidasse, o meu sobrinho seria um
vampiro, ou um meio vampiro, agora estou em dúvidas?
— Sim você está certa, mas até uns meses atrás vampiros não podiam sair
sobre a luz do sol, e olha agora do seu lado, um vampiro tomando o solzinho da
tarde, o que me garante que o seu sangue não reviveu os esper...
— Elas não vão querer sair deste lugar, dei a ideia de todas ficarem no
castelo por um tempo, até resolver os problemas que o meu irmão está nos dando,
mas elas se recusaram, então tive que reforçar a segurança, mas na verdade, não
me sinto bem com isso.
Saímos, Léo olhava para todos os cantos admirado, não dava para julgar,
afinal, era um lugar lindo, o cheiro de rosas invadiu a nossa volta, estava andando
ao lado do Damon.
— É a melhor opção, já conversei com elas, mas elas insistem que estão
em segurança neste lugar.
Seus olhos ficaram negros por um instante, fazendo todos os pelos do meu
corpo se arrepiar.
O encarei.
Ele olhou para o Léo que estava logo atrás de nós. Meu amigo levantou
uma sobrancelha olhando para mim.
Damon o encarou.
Meu amigo sorriu passando na nossa frente, vejo a Lua andando na nossa
direção, fui ao seu encontro dando um abraço apertado nela.
— Vitória, que bom que você veio nos visitar. — Ela me soltou. — Eu
estava com saudades de você.
Lua olhou para o Léo, que estava com um sorriso no rosto observando nós
duas. Sorri.
— Quem é você?
Parece que não foi só eu que achou estranho, porque vejo uma loira que eu
conhecia muito bem dando um tapa na cabeça do irmão.
— Porra Brace, isso dói. — Ele passava a mão pela cabeça, eu acabei rindo
da cena, Brace revirou os olhos para ele.
— Eu estou bem.
Um bolo delicioso foi colocado na nossa frente com uma jarra de suco.
— Que bom que gostou. Mas me diga, por que não veio antes?
— Eu sei disso, mas as mais velhas não querem ir, o senhor Damon tem
nos visitado três vezes na semana, acho que ele também está tentando convencê-
las a sair daqui por um tempo, mas elas estão relutantes em sair.
Suspirei desanimada.
— Tem que ter um jeito de convencê-las a saírem.
— Eu duvido Vitória, elas estão neste lugar a anos e anos sem saírem para
nada, duvido que vão fazer isso agora.
— Mas elas precisam, tem crianças aqui, Lua. Se eles vierem aqui. —
Balancei a cabeça imaginando o que poderia acontecer. – Será um massacre.
Vejo as mãos da minha amiga tremerem de medo. Segurei na sua mão com
força.
— Fica tranquila, eu não vou deixar que nada aconteça com vocês.
Ela abaixou a cabeça, mas pude ver os seus olhos cheios de lágrimas.
— Eu não sei o que fazer, elas nos ajudaram tanto, são umas pessoas muito
boas, mas também são cabeças duras, eu não quero ir contra elas, seria perfeito se
elas apenas aceitassem sair.
— Sim, seria. Você acha que se eu conversasse com elas poderia ter algum
efeito?
— Isso é verdade. Preciso dar um jeito nisso. Mas não se preocupe, eu vou
tentar.
Ela sorriu.
— Obrigada Vitória.
— Não tem outro jeito, me fala, você conseguiu algo com a conversa?
— Não, mas isso não significa que a melhor escolha seja você ficar aqui
para tentar persuadi-las.
Ele me encarava, e quando eu senti a sua mão no meu rosto o meu corpo
estremeceu com o seu toque.
— Me responda?
Eu sabia que era mentira, ele fez isso para me proteger, o meu coração
acelerou.
— Você não precisava fazer isso.
— Eu acho que você não entendeu, não iria sair de perto de você sem ter
certeza de que estaria em segurança.
Não conseguia responder, apenas olhava para ele sentindo que a qualquer
momento eu poderia desaparecer na sua frente, era algo tão intenso, algo que eu
não conseguia descrever, mas eu só queria ficar perto dele, abraçá-lo para
sempre, sinto um calor subindo pelo meu pescoço, de repente, o carro tinha
ficado pequeno demais.
— Eu te darei um dia.
— Se você fizer isso, elas não vão confiar em você nunca mais.
— A única pessoa que eu quero que confie em mim está na minha frente.
Segurei ainda mais forte no pescoço dele, como se não quisesse deixá-lo
escapar. Queria sentir seu calor e sua presença ao meu lado pelo máximo de
tempo possível. Era algo que estava queimando no meu peito, uma necessidade
de tocá-lo. Me afastei e segurei na sua mão.
E eu estava pronta para enfrentar tudo isso, desde que fosse ao lado de
Damon. Naquele momento, me perguntei em que momento tudo mudou, em que
momento eu estava sentindo isso, era algo tão forte e intenso, mas ao encará-lo,
me perguntei se ele sentia o mesmo que eu.
Ele me encarou.
O encarei tentando saber de que garota ele estava falando, será que era a
Brace, ela era a única além de mim que sabia.
Ele me encarou.
— Acho que é esse o nome dela, a irmã do idiota que eu imagino matando
cada segundo que eu passo ao seu lado.
Eu sorri.
— Ela sabe usar, o Léo também. — Afirmei olhando mais uma vez para a
bolsa.
— Eu não teria tanta certeza, ele me parece mais uma pessoa que atiraria
no próprio pé.
— Imaginei.
Quando ele levou a bolsa para o quarto que eu iria ocupar com a Brace, me
observou.
— Você acha uma boa ideia ficar em um quarto com a pessoa que tentou te
matar uma vez?
Sorri observando o quarto, era simples, tinha duas camas de solteiro e uma
janela grande que dava para o jardim de rosas.
— Não seria a primeira vez que eu fico em um quarto com alguém que
tentou me matar. — Os nossos olhares se encontraram.
— Do jeito que você está falando, parece que eu só faço coisas estúpidas.
E com isso nos despedimos, eu tinha um dia para tentar fazê-las mudarem
de ideia, bom… respirei fundo. É hora de começar.
Capítulo 23
Vitória
— Você conhece o seu irmão melhor do que ninguém, acho que já sabe a
resposta. — Ela suspirou passando por mim.
— Pode ficar tranquila, eu nunca deixaria ninguém fazer nada contra ele.
Leo é um amigo.
— No momento que você foi embora daquele jeito da resistência, ele teve
uma briga com o Derek, na verdade, poucas pessoas sabiam sobre os
laboratórios. — Levantei uma sobrancelha a encarando, ela sorriu. — Eu não
sabia, se é essa a sua dúvida. — Brace levantou a mão para tocar as pétalas das
rosas vermelhas. — Meu irmão tem um senso de lealdade impressionante, eu sei
que foi difícil deixar o Derek para trás. — Ela me encarou. — Mas ele fez isso
por você, na fé cega que ele depositou em você desde o momento que ajudou a te
salvar. — Ela sorriu balançando a cabeça, o meu rosto estava ficando quente de
vergonha. — Às vezes me pergunto porque ele acredita tanto em uma pessoa que
ele mal conhece, sinceramente não sei, a minha única preocupação era mantê-lo
vivo, acho que às vezes eu me esqueço que ele não tem mais sete anos, uma
criança que precisava de alguém para protegê-lo. Sabe Vitória. Você sabe que eu
não gosto de você, te acho uma pessoa chata. Mas se ele acredita tanto, que você
pode tornar esse mundo mais tolerável, eu escolhi acreditar em você também.
Ela saiu, não esperou que eu respondesse, mas também não sei o que iria
responder. Respirei fundo, eles colocam uma fé em mim, que eu mesmo não sei
se deveriam.
Tem a Lua que acredita que posso mudar a cabeça das mulheres daqui, tem
o Léo, e agora a irmã que acredita que eu posso mudar esse mundo onde
vampiros se alimentam dos humanos. Tem o Damon que acredita que eu sou
incrível, que com esses poderes vou nivelar essa guerra.
Olhei para o céu, o sol já não estava mais no horizonte, respirei fundo
olhando para a casa, hora da minha conversa com aquelas duas.
Respirei fundo.
— Se vocês não saírem deste lugar, vão acabar morrendo. — Fui dura com
as minhas palavras, mas era a mais pura verdade.
— Não vamos mudar de ideia, independente das suas palavras. — Agatha
respondeu sem tirar os olhos de mim.
— Este lugar é o nosso lar, aqui foi onde encontramos um motivo para
viver, é um refúgio para todas as pessoas que realmente precisam, se
simplesmente irmos a qualquer menção de perigo, o que seríamos? Nada, não
seríamos nada.
— Alastor e Daniel não são uma simples menção de perigo, eles são
perigosos ao extremo, vocês não fazem ideia do que este lugar vai virar se eles
atacarem, todas essas pessoas morrerão, inclusive vocês, eu já tenho sangue
suficiente, mas minhas mãos, não quero mais.
Ester me encarou, eu vejo algo de diferente no seu olhar, ela abre a boca
para falar algo, mas quando olhou para a sua companheira se calou abaixando a
cabeça.
— Você pode ir embora a hora que quiser, ninguém está te prendendo aqui
senhorita Vitória, a minha resposta continua sendo não.
Apertei a minha mão em punho de raiva, porque ela não entende que é a
melhor opção, porque tem que ser tão teimosa. Respirei fundo tentando me
controlar.
Dei as costas indo na direção da porta, mas parei quando ouço a voz da
Agatha.
Saí sentindo todo o meu corpo pesado, fui na direção do quarto que estou
dividindo com a Brace, ao abrir a porta, vejo o Léo e ela sentados na cama, ao me
ver, me encararam.
— Você realmente não entende por que elas são assim? De todas, eu
pensei que você entenderia.
A encarei.
— Eu ouvi conversas que aquelas duas eram escravas do antigo rei, como
a sua amiga era também, dá para imaginar o que elas passaram na mão dele, elas
não querem voltar para aquele castelo, acho que entendo, voltar para um lugar
que você foi torturada, não é uma boa ideia. Aquela tal de Agatha, acho que é
esse o nome dela, teve um caso com um guarda na época que era escrava do rei,
ficando grávida, sabe o que aconteceu quando o rei descobriu?
— Mas eu poderia falar com o Damon para levar elas para outro lugar. —
Ela sorriu balançando a cabeça.
— Acho que você ainda não entendeu. Elas aceitaram a ajuda do seu
vampiro de estimação, só porque não tinham outra escolha, era isso ou morrer
naquele castelo, não significa que elas gostem dele, afinal, ele é filho do vampiro
que destruiu a vida delas.
— Você acha mesmo que ele nunca matou uma escrava de sangue no
passado? — O meu coração acelerou. — Só porque ele está mudado agora, só
porque ele construiu este lugar, não quer dizer que ele seja a melhor pessoa do
mundo, ele continua sendo um vampiro, independente se está ou não apaixonado
por você
Abri a boca em choque com as suas palavras.
— Sério? Vai me dizer que não percebeu que aquele vampiro está
apaixonado por você? — Ela sorriu, vejo o rosto do meu amigo do meu lado
vermelho. — Você é o ser mais poderoso deste mundo, mas parece que continua
como antes, você não viu que a resistência estava te usando, e agora não percebeu
que aquele vampiro beija o chão que você pisa, acho que se você pedisse para
que ele mate todos deste mundo, ele mataria sem questionar.
Fiquei calada ainda absorvendo as palavras dela, eu sei que tirá-las deste
lugar vai ser quase impossível, e se o Damon usar a força, este lugar perderá o
que mais importa, elas não se sentirão seguras aqui. Merda! O que eu posso
fazer?
Capítulo 24
Vitória
Já era quase uma da manhã, eu dei as armas para Brace e para o Léo, fiquei
só com uma faca que estava presa a minha perna.
Olhei para o céu estrelado imaginando dar um passeio por um tempo para
clarear os meus pensamentos.
Foi graças a isso que eu vejo uma fumaça negra no horizonte, não muito
distante daqui meu corpo ficou em alerta no mesmo instante.
— Vou atrás do Léo, você vai atrás daquela garota de cabelos pretos e fala
para ela levar as crianças e todos os outros para o porão.
— Lua, temos que levar as crianças e todos para o porão agora! Eles estão
atacando a fazenda, não temos tempo a perder!
Ela olhou para mim, assustada, mas confiou nas minhas palavras. Ela
assentiu e começamos a correr juntas, passando pelos corredores e alertando as
outras. Vejo a Agatha e Ester, as duas de camisolas ajudando a tirar as crianças
dos quartos, segurei a garotinha loira que eu tinha conhecido a primeira vez que
estive aqui, nos braços, os olhos dela estavam em Pânico, me equilibrei quando o
chão tremeu, o cheiro de fumaça impregnava o local.
— Droga! Praguejei me equilibrando para descer as escadas sem cair. Ao
chegar no porão, eu vejo vários rostos conhecidos, coloquei a menina no chão e a
Ester segurou na sua mão.
— Você fica aqui, eu vou lá em cima ver se não tem mais ninguém.
A fazenda estava sendo atacada por vários vampiros, dava para ouvir os
barulhos do lado de fora. Eu sabia que cada minuto contava e precisava encontrar
o Léo, que estava lidando com a situação lá fora.
Ela estava prestando atenção na frente, que não viu três vampiros correndo
em uma velocidade impressionante indo em sua direção.
Ela me encarou por um segundo, mas não disse nada, eu também não
esperei ela falar.
Usando cada gota de poder que tinha, lancei ataques rápidos e precisos
contra ele. Nossos golpes se encontravam no ar, faíscas voando a cada colisão.
Respirei fundo.
Olhei para o vampiro que tentou destruir minha vida, o pai que eu nunca
pedi para ter. Toda a dor e raiva se misturava dentro de mim, mas eu sabia que
não poderia deixar que esses sentimentos me consumissem.
— Você é minha filha. — Sangue saia pela sua boca, me aproximei o
segurando pelo pescoço, o fazendo ficar de pé, o meu coração martelava no meu
peito em um ritmo rápido.
— Isso é pela minha mãe. — O seu corpo estava imobilizado, ele não
conseguia se mexer, dei um soco com toda a minha força no seu peito, destruindo
carne e músculos, até que a minha mão atravessasse o seu corpo, segurei o seu
coração na minha mão o apertando. Finalmente eu tive a minha vingança.
Deixei seu corpo cair no chão, soltando um suspiro pesado. Olhei para
minhas mãos manchadas de sangue, uma lembrança vívida de tudo o que
aconteceu.
Percebi que, apesar de ter alcançado minha vingança, a dor e a raiva não
desapareceriam de uma vez por todas. Elas estariam sempre presentes, mas agora
eu tinha encontrado uma maneira de controlá-las, de usá-las para proteger aqueles
que acreditavam em mim.
Meu corpo estava pesado, vejo a Brace lutando do outro lado, corri em sua
direção a ajudando, ela estava ofegante como eu, a encarei.
Vejo o rosto do meu amigo todo machucado, sangue saindo da sua boca e
do seu nariz, o ódio dominou todas as partes do meu corpo, olhar para o homem
que foi o líder da resistência, agora como um cachorro desse vampiro, me
causava nojo.
Lancei o meu poder na direção do seu corpo mas ele desviou facilmente,
como se não fosse nada, o meu coração acelerou, rapidamente ele estava do meu
lado, tentei acerta-lo, mas foi inútil.
Eu olhava para ele e para o meu amigo, que mal conseguia ficar em pé.
Minha mente estava em turbilhão. Eu precisava agir rápido, antes que algo
pior acontecesse. Concentrei meu poder e projetei um escudo ao redor de mim,
bloqueando qualquer ataque vindo deles.
Alastor riu mais uma vez, sua risada ecoando pelo local. O pai do Derek
olhava para mim, seus olhos cheios de ódio.
— Você não tem ideia do que está lidando, garota tola. — Ele rosnou.
Desde quando ele estava trabalhando com estes vampiros? E por mais que eu não
quisesse admitir, me perguntei se o seu filho também estava neste plano.
Empurrei meu poder com força total, fazendo um raio de energia derrubá-
lo. Ele soltou o Léo e caiu no chão. Corri até meu amigo, ajudando-o a se
levantar.
— Está tudo bem, Léo, eu estou aqui. — sussurrei.
Alice era como uma sombra no meio da batalha varrendo qualquer um que
estava no seu caminho.
Eu olhei para Léo, ao meu lado, ele ainda estava se recuperando dos
ferimentos. Prometi a mim mesma que faria de tudo para mantê-lo a salvo.
— Brace, leve seu irmão para um lugar seguro! — Gritei acima do barulho
da batalha.
Ela assentiu com determinação, mas ela não conseguia passar pelos
vampiros. Eu me concentrei novamente nas hordas de vampiros que avançavam
em nossa direção, meu poder se intensificando dentro de mim.
Quando vejo que uns vampiros iriam atacá-los com armas em punho, eu
projetei o meu escudo ao redor dos dois, estava tão empenhada em protegê-los
que não vi o momento que o pai do Derek se aproximou de mim, injetando algo
no meu pescoço, dei um soco no seu peito o fazendo cair no chão.
Brace olhou para mim, e em choque tirei o que ele injetou do meu pescoço.
— Desgraçado!
Retirei a faca que estava presa a minha perna, as minhas mãos tremiam, a
perna doía a cada movimento que eu dava, mas a adrenalina era tão grande, que
não me importei, avancei em sua direção e com rapidez, retirei a arma das suas
mãos, a vejo caindo no chão.
Capítulo 26
Vitória
Eu caí no chão, tonta e com visão turva, eu estava cansada e com dor mas
eu precisava levantar. Conseguia sentir o sangue escorrendo pela ferida em
minha perna, mas ignorei a dor e me levantei, segurando a faca com firmeza.
Com um último golpe, acertei a faca no seu pescoço, vejo os seus olhos em
minha direção, a minha respiração estava irregular. Ele caiu pesadamente no
chão.
Olhei para onde a Alice estava e vejo um rastro de destruição por onde ela
passava, e mais vampiros apareceram, me preparei para continuar a lutar, mas aos
poucos percebi que eram do exército do Damon.
— Você está bem? — Ele perguntou preocupado. Sua voz soava rouca,
mostrando o esforço que ele havia feito.
Damon me olhou nos olhos, segurando o meu rosto com cuidado. Pude
sentir o calor reconfortante da sua pele, mesmo em meio ao caos que nos cercava.
Um sorriso fraco se formou em meus lábios. Eu sabia que aquilo ainda não
tinha acabado, que enfrentaríamos mais desafios pela frente. Mas, naquele
momento, tudo o que importava era que estávamos juntos e que tínhamos
vencido aquela batalha.
— Você precisa ajudar o Léo. – Falei sentindo todo o meu corpo fraquejar.
Olhei para a minha perna e vejo o sangue saindo, estava pronta para aceitar
o que ele falou, quando eu vejo um grupo de pessoas se aproximando, Damon
ficou em alerta sua mão ainda no meu braço.
— Você sabe muito bem que eu odeio os vampiros, nunca ajudaria eles.
Quando descobri o que o meu pai estava fazendo, vim para tentar impedi-lo. —
Ele olhou para o corpo do pai no chão. — Mas foi tarde demais. — Derek me
encarou, eu via tristeza no seu olhar. — Eu posso levar o corpo dele?
A sua voz era tão triste, mesmo sabendo o que aconteceu conosco, mesmo
assim, eu sentia uma pressão no peito.
Derek chamou duas pessoas que estavam atrás dele e essas pessoas
pegaram o corpo do seu pai e o levaram embora. Ele me encarou.
— Mesmo que tudo isso tenha acontecido, mesmo eu sabendo que você
nunca vai me perdoar eu quero que você saiba que foi real Vitória, eu realmente
te amei. — As minhas mãos tremeram, Derek olhou para o Léo e a Brace por um
momento, e depois para mim. — Venha comigo! Eu vou reconstruir a resistência,
e juntos poderemos ter um final feliz.
Eu não fazia mais parte daquele lugar, e ele sabia disso, fiquei em silêncio
o encarando, ele sorriu balançando a cabeça.
Ele deu mais uma olhada nos amigos que estavam no chão, logo em
seguida deu as costas e saiu.
Ele me colocou no chão, sinto o meu corpo todo doendo. A sua mão estava
no local que eu tinha levado o tiro, um calor enchendo o meu corpo.
— O que você faria se eu tivesse aceitado ir com ele? — Damon levantou
a cabeça olhando para mim.
Léo estava sentado no sofá da casa, tinha pedaços de madeira para todos os
lados, o cheiro de fumaça impregnava o local, então me aproximei dele.
Léo me encarou.
— Não precisa me agradecer por isso, você é meu amigo Léo, faria tudo de
novo.
— Eu sei disso, mesmo assim, não posso deixar de te agradecer. Você
arriscou sua vida por mim e não tenho palavras para expressar minha gratidão.
Eu assenti, entendendo o que ele queria dizer. Nossa amizade era forte e eu
faria qualquer coisa para protegê-lo. Ao olhar para ele do meu lado eu senti o
meu peito se aquecendo, no final eu consegui salvar a vida de um amigo.
— Não encontramos mais ninguém aqui dentro. Mas a casa vai precisar de
uma reforma, vou conversar com a Ágatha para ver se eles podem ir para outro
lugar enquanto isso.
— Pode esquecer, elas não vão querer sair. — Depois de saber o motivo
que elas não querem sair deste lugar, eu compreendo. — Acho que dá para
arrumar com elas aqui.
Vejo a Lua perto das crianças, quando ela me viu, veio ao meu encontro.
— Nada grave, pode ficar tranquila. — Lua olhou para as minhas roupas.
Eu sabia que estava uma verdadeira bagunça, só deu tempo de lavar as mãos e o
rosto rapidamente, as minhas roupas estavam rasgadas e sujas de terra e sangue, a
calça rasgada não ajudava muito. — Eu estou mais preocupada com você.
— É apenas a roupa que está neste estado, vou me preocupar com isso
depois, primeiro temos que dar um jeito neste lugar.
Ela assentiu, e durante todo o dia eu fiquei do seu lado tentando organizar,
arrumar o que estava quebrado para que elas pudessem voltar para a casa.
Leo decidiu ficar na fazenda até que tudo estivesse arrumado, agora estou
aqui, de volta ao quarto que eu conheço tão bem suspirei sentindo cada músculo
do meu corpo reclamar.
Ele suspirou.
Era verdade eu não tinha comido nada, mas estava tão focada em ajudar
que acabei me esquecendo.
Sentir a sua mão em meu corpo era algo tão bom, eu sentia a sua
respiração no meu pescoço.
Eu dei um pequeno sorriso, mas sim, estava tão cansada, que só dele
massagear os meus ombros já estava deixando o meu corpo mole.
Minha respiração ficou um pouco mais acelerada ao sentir seu olhar sobre
mim, mas ao mesmo tempo, senti uma conexão especial entre nós. Eu permiti que
ele envolvesse meu corpo com a toalha cuidadosamente, me secando.
Minhas bochechas coraram, mas eu não neguei. A atração entre nós era
palpável e, naquele momento, eu não queria mais resistir a ela.
— Você tem certeza disso? Acho que você deveria descansar. — A sua voz
era calma, segurei no seu rosto trazendo o seu corpo para perto do meu.
— Eu não quero mais apenas transar com você, Vitória. Eu quero te amar,
quero construir algo sério e duradouro entre nós. Sinto algo muito especial por
você, algo que vai além da atração física. Quero compartilhar momentos, risadas,
conversas e, é claro, também o prazer. Mas principalmente, quero te amar e
cuidar de você.
As minhas mãos tremeram diante das suas palavras, o meu coração parecia
que ia sair do meu peito a qualquer momento, eu pensei que seria apenas algo
carnal, apenas sexo, eu repetia para mim mesma, mas quem eu queria enganar, eu
estava apaixonada por ele, mas também tinha muito medo deste sentimento
dentro do meu peito que me consumia todos os dias.
— Eu não sou uma pessoa que merece ser amada. — A minha voz saiu
baixa, eu não conseguia falar em voz alta.
Fechei os olhos tentando controlar as lágrimas que rolaram pelo meu rosto.
— Te amar foi algo que eu nunca planejei, mas aconteceu de forma tão
intensa e natural. Você despertou em mim algo tão profundo e verdadeiro que
nunca pensei ser possível.
Damon segurou meu rosto com suas mãos quentes, seus olhos cheios de
ternura.
Ele me encarava.
— Então me ame.
Segurei com tanta força no seu pescoço, Damon beijava o meu pescoço
sem pressa nenhuma me torturando mais e mais.
Ele sorriu beijando o meu rosto, eu sentia o seu pau entre as minhas
pernas, e em uma única estocada ele já estava dentro de mim.
— A comida provavelmente está fria, você quer que eu peça que prepare
outra coisa?
Ele suspirou.
Essa era a primeira vez que eu estava ouvindo sobre isso, o encarei.
Damon passou a mão pelo meu rosto, o seu dedo delicadamente pelo
contorno dos meus lábios.
— Não tem mais setores, todos vão ser do um. Os portões ficarão abertos
para quem quiser ir ou ficar aqui. Eles terão mais liberdade. Estou fazendo uma
nova lei sobre a obrigação de ser guarda ou escrava de sangue, quando alguém
completar dezoito anos. — Damon suspirou. — Não vai ser fácil mudar a cabeça
do conselho e dos vampiros, sobre as novas leis, mas será melhor. Estou tentando
fazer as mudanças de pouco em pouco, não quero outra guerra nas minhas mãos.
Um mês depois...
A fazenda tinha sido completamente restaurada, Brace decidiu ficar lá,
ajudando em tudo que elas precisavam, mas o Léo ficou no castelo comigo,
mesmo a relação dele com o Damon não sendo das melhores, eu me divirto com
o meu amigo, mas eu acho que o Damon está começando a gostar dele, porém,
como sempre, não admite isso de jeito nenhum.
— Você está linda neste vestido! — Ouço a voz do meu amigo do meu
lado, sorri ao olhar para ele.
Agora não era mais dividido em setores, as pessoas não precisavam mais
mendigar comida, não estava perfeito, mas estava melhor do que antes, um passo
de cada vez.
— Muito obrigada! Você está muito elegante também. — Léo fez uma leve
reverência se curvando na minha frente e logo em seguida sorriu.
— Eu estou muito lindo com essa roupa. — Acabei dando um leve soco no
seu braço. — Onde está o seu vampiro? — O encarei.
— Ele tem nome sabia? — Léo ficou levemente constrangido, o seu rosto
ficou vermelho de vergonha.
Olhei em volta.
— Ela não gosta deste tipo de coisa, preferiu ficar com as garotas na
fazenda.
Eu tentei convencer a Lua e as outras garotas a virem, mas elas não
quiseram, eu entendo, voltar para este lugar deve ser difícil.
— Eu entendo.
Eu sorri.
Vejo uma comoção do lado esquerdo, olhei na direção e vejo ele andando
em nossa direção, o meu coração parecia que ia sair pela minha boca a qualquer
momento, os nossos olhares se encontraram. Eu não conseguia me acostumar
com a beleza e a elegância dele, era algo surreal.
— Você demorou.
O meu rosto ficou vermelho. As pessoas passavam por nós, mas naquele
momento parecia que tinha só eu e ele naquele lugar, só o céu repleto de estrelas
como testemunha.
Estava parada em frente a parede com aquele vidro, já era tarde, mas me
encantava olhar para o céu, as estrelas e a lua iluminando tudo, era algo tão
mágico, tão único.
— Estou sem sono, a lua está tão bonita que resolvi apreciá-la um
momento.
Senti meu coração se acelerando enquanto virava meu corpo para encará-
lo. Seus olhos brilhavam na penumbra, refletindo o brilho das estrelas.
— Damon…
Ao nos separar eu ainda olhava para ele sentindo cada parte do meu corpo
ansiando por mais e mais.
— Eu te amo…
Quando eu finalmente falei isso, eu senti que poderia morrer bem naquele
momento sem arrependimento algum, eu o queria, eu o amava.
E ali, naquele abraço apertado e naquele beijo ardente, eu soube que meu
coração tinha encontrado o seu verdadeiro lar. Eu pertencia a Damon, assim
como ele pertencia a mim.
Eu não precisava pensar duas vezes para dar a minha resposta. Meus olhos
se encheram de lágrimas de alegria enquanto eu olhava nos olhos de Damon. Eu
não queria estar em outro lugar que não fosse ao lado dele.
— Sim, sim, mil vezes sim! Eu quero passar o resto da minha vida ao seu
lado.
Um sorriso radiante se formou no rosto dele, e ele me abraçou com força.
Eu estava tão feliz, as lágrimas desciam pelo meu rosto, no passado eu nunca me
imaginei casando algum dia, mas agora eu não me via casando se não fosse com
ele.
Ali nos seus braços, algo veio à minha mente, me separei dos seus braços,
Damon me encarou. O meu coração estava acelerado.
Fim
Epílogo
Vitória
— Sim, o seu controle está perfeito, ainda me lembro do desastre que era
te treinar no começo.
— Eu não era tão ruim assim. — Afirmei, andávamos lado a lado indo na
direção da porta.
Ele levantou uma sobrancelha zombando de mim, revirei os olhos para ele.
— Você sabe que eu te amo, mas sim, você era muito ruim.
— Muito ruim é um exagero. — Ele sorriu.
— Não.
— Você sabe que isso é impossível para um rei não sabe? — Ele sorriu,
aquele sorriso que fazia o meu coração acelerar.
— Estou falando sério, é só você dizer que sim, e darei um jeito de fazer
acontecer, não estou me importando se alguém vai ficar com raiva, a única coisa
que realmente importa é você.
— Por que você está chorando? — As suas mãos seguravam o meu rosto
com delicadeza.
— Não é nada.
Eu não sabia se ele tinha acreditado nas minhas palavras, mas a sua
expressão se suavizou um pouco.
Damon segurou na minha cintura trazendo o meu corpo para mais perto do
seu, eu sentia o meu coração martelando no meu peito, segurei no seu pescoço
intensificando o beijo. Quando me afastei, fiquei a centímetros do seu rosto,
nossas respirações ofegantes.
— Eu adoraria, mas sabemos que não vai dar, eu tenho que ir ver como
está ficando a reforma do prédio para que as crianças comecem a estudar no mês
que vem.
— O Léo.
— Ele é uma boa pessoa, e é o meu melhor amigo, vocês deveriam se dar
bem, afinal, eu amo vocês dois.
Damon suspirou depositando um beijo no meu rosto.
Tem dias que eu não estou me sentindo bem, mas não falei para ninguém,
não queria preocupá-los, provavelmente é o estresse por saber que o casamento
está próximo.
— Você desmaiou Vitória, por isso te trouxe até o hospital. — Olhei para
os lados e vejo as paredes brancas, já tinha um mês que tínhamos um hospital, eu
fiquei tão feliz com a inauguração.
—- Eu estou aliviado que agora você está bem, o Damon já deve estar
chegando.
O encarei.
— Ela acordou doutor. — O médico olhou para o Léo e depois para mim.
— Bem… Os exames indicam que você está grávida, isso explica o seu
mal-estar.
Eu estava em choque, ao olhar para o idiota do meu amigo, ele sorria como
uma hiena louca.
Parei de prestar atenção nele quando vejo o Damon correndo até chegar até
mim, ele perguntava algo, mas eu não conseguia ouvir, as palavras do médico
ficavam se repetindo sem parar. O meu coração disparava no meu peito, vejo o
Damon olhando para mim, e depois para o idiota do meu amigo que ainda tinha
um grande sorriso no rosto.
Eu queria falar, mas não estava conseguindo, parecia que o meu cérebro
tinha ficado em branco.
— Eu estava dando a notícia para ela que os exames indicam que ela está
grávida. Acho que ela entrou em choque.
Damon ficou calado, ele olhava para mim com o rosto branco como um
papel.
Não foi uma boa ideia quando o Léo segurou no ombro do Damon e soltou
uma piada. Ele não aprendia com os seus próprios erros.
Damon encarou o meu amigo com um olhar mortal, só isso foi o suficiente
para ele tirar a mão que ainda permanecia no seu ombro.
— Eu estou feliz, afinal, vou ser tio. — Léo me encarou com um pequeno
sorriso nos lábios, se aproximou beijando o meu rosto. — Eu estou muito feliz
por você. — Ele se virou olhando para o Damon que continuava me encarando.
— Depois eu vou te visitar, acho que estou atrapalhando. — Damon respirou
fundo como se fosse óbvio.
— Você está vendo Alice, vamos ser tios, agora me fala, que dia você vai
aceitar o meu pedido para sair comigo?
— Eu estou bem.
Ele suspirou.
— Eu sei que você está com medo, mas tudo vai ficar bem, eu prometo.
O encarei.
— Não precisa ter medo Vitória, eu vou sempre estar do seu lado. — Ele
encarou a minha barriga. Damon repousou a mão delicadamente em cima da
minha barriga. — E ao lado do nosso filho, eu posso não ter tido nenhum
exemplo de como ser um bom pai, mas te prometo que serei o melhor para você e
o nosso filho.
— Você será um ótimo pai Damon, eu tenho certeza disso. — Ele sorriu
me abraçando.
Estou grávida.
Ainda estava tentando assimilar essa informação, mas sabia que no final,
tudo ficaria bem. Eu amava o Damon, e já amava essa criança que estava
crescendo dentro de mim.
Com amor...
Sequestrada por um Vampiro
Parte 01
LINK NA IMAGEM
Sinopse:
Mas tudo em sua vida muda quando elas decidem fugir, quando ela é pega
só tem uma saída decidi ser escrava de sangue sem direito algum no castelo da
família real de vampiros ou a morte.
Vitória descobrirá que também sabe lutar, algo no seu sangue faz com que
ela seja capaz de fazer coisas impossíveis, e usará isso para matar todos os
vampiros.
Mas o que ela vai fazer quando descobre que realmente se sente em casa
na escuridão do príncipe vampiro?
Sequestrada por um Vampiro
Parte 02
LINK NA IMAGEM
Sinopse:
" Uma árvore não chega ao céu, sem que suas raízes toquem o
inferno. "
Damon
Ele vai fazer de tudo para tê-la novamente, nem que para isso ele
tenha que colocar fogo em todo o mundo…
O seu coração está dividido, novas revelações mostram que ela não
conhece o Damon como julgava conhecer.