Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Pedagógica
Chimoio
2015
Abrange Alberto Mavimbele
Universidade pedagógica
Chimoio
2015
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 4
6. Conclusão.................................................................................................................................. 29
7. Bibliografia ............................................................................................................................... 30
RESOLUÇÃO DE TRIÂNGULOS
1. Introdução
Exemplo 1:
Resolva o ΔABC rectângulo em A, sabendo que B = 30 0
. A amplitude do ângulo A é 90 0
B C 900
. A medida do cateto x será:
C 900 B
C 900 300 AC
sen B
BC
C 600
x
sen 300
10
1 x
2 10
2 x 10
x 5 cm
AB
cos B
BC
y
cos 300
10
3 y
2 10
2 y 10 3
y 5 3 cm
Exemplo 2:
Num triângulo ABC rectângulo em A, conhece-se |BC| = 20 cm e |AC| = 7 cm.
Determine a medida do lado AB e amplitude dos ângulos B e C.
BC 20 cm
AC 7 cm
A 900
.Calculo de B : . Calculo de C . Calculo de AB :
AC
sen B C B 900 AB AC BC
2 2 2
BC
7
sen B C 900 B AB BC AC
2 2 2
20
C 690 30
2
sen B 0,35 AB 20 2 7 2
B 200 30
2
AB 400 49 351 AB 18,73 cm
Exercícios
Determina o valor de x em cada uma das alíneas:
Solução:
x 3
Temos que: sen 600 x 800. x 692,8 R: a altura é aproximadamente
800 2
692,8 m.
Exemplo 2:
Suponha que, quando o foguete do exemplo 1 estiver a 750 m de altura, uma pessoa, do
chão, veja-o exatamente no prumo.
Solução:
Exemplo 3: Uma pessoa está na margem de um rio, onde existe duas árvores B e C. Na
outra margem, em frente a B, existe outra árvore A, vista de C segundo um ângulo de 30
graus, com a relação a B. Se a distância de B a C é 150 m, qual é a largura do rio, nesse
trecho?
Solução:
x 1
Temos: tg 300 x 150. x 86,7
150 3
x
b sen A x b. sen A a b
x b. sen A a . sen B (1)
sen B x a .sen B sen A sen B
a
y
c sen B y c. sen B c b
y c. sen B sen C (2)
sen C y b. sen C sen C sen B
b
a b c
(lei dos senos)
sen A sen B sen C
x y 10
0
0
sen 45 sen 60 sen 750
a 2 b 2 c 2 2 . b . c . cos A
Mais adiante, no momento oportuno, você verá como aplica-la num triângulo qualquer.
a 2 b 2 n 2 , ouseja :
No triângulo rectângulo CHB, pelo teorema de Pitágoras, teremos
a 2 b 2 (c m) 2
h
sen A b , entao h b. sen A
Como
m
cos A , entao m b. cos A
b
b 2 a 2 c 2 2. a. c. cos B e c 2 a 2 b 2 2. a. b. cos C
Exemplo 2:
Uma equipe de trabalho parte de um ponto P, em linha recta, abrindo uma estrada de 1200m
que forma um ângulo de 60 0 com a recta r ( ver a figura abaixo). Uma segunda equipe
está em Q a 1639,23m da primeira e deve iniciar uma segunda estrada que ligará Q e L.
sob que ângulo deve seguir a segunda equipe e qual o comprimento da estrada?
Solução:
3. Fórmulas de transformação
Vamos fazer o uso da roda-gigante, com o intuito de que ela nos auxilie a entender um
novo assunto.
A roda-gigante, que tem 8 metros de raio (indicaremos por r), e na qual nos iremos rodar a
partir do ponto A, é mostrada a figura.
Se a roda girar por exemplo, 30 0 , é fácil saber qual será a sua altura em relação ao nível.
A figura mostra isso. Nela, chamando de x a sua altura em relação ao nível, vemos que:
x
sen 300 x r sen 300
r
1
Agora é só trocar r por 8 m e sen 300 por , e obtemos o valor da altura, que é 4 m.
2
Se a roda tivesse girado 450 , no lugar de 30 0 , ainda seria fácil encontrar a sua altura em
relação ao nível. A figura mostra isso. Nela chamado de y a sua altura em relação ao nível,
vemos que:
y
sen 450 y r sen 450
r
2
Agora, é só trocar r por 8 m e sen 450 por , e obtemos o valor de altura, que é 4. 2
2
m.
Imagine agora que você desejasse saber a altura em relação ao nível, se a roda, a partir de
A, girasse 30 0 e em seguida, mais 450 , ou seja, tivesse girado 750 .
Para isso, vamos sobrepor os dois triângulos da última figura. Ver a figura abaixo, que
desejamos na verdade encontrar altura do ponto D em relação ao nível.
Vamos colocar mais alguns elementos na figura, veja que LE foi traçado paralelo a HM
^
, assim temos: HL ME (1) vejamos ainda na figura que o ângulo A D E também mede
^
30 0 , pois os seus lados são perpendiculares aos do ângulo M O E , que mede 30 0 .
Encontro de LD
O triângulo rectângulo LDE nos mostra que:
LD
0
cos 30 0 LD r.sen 450. cos 30 0 ( 2)
r.sen 45
Encontro de HL
No triângulo rectângulo OME, temos:
OE
cos 450 OE r. cos 450
r
E do triângulo OME temos:
ME
0
sen 30 0 ME r. sen 300. cos 450
r. cos 45
Como de (1) temos que: HL = ME, então:
r. sen (300 450 ) r . sen 300. cos 450 sen 450. cos300
Dividindo os dois membros por r, encontramos que:
sen (300 450 ) sen 300. cos 450 sen 450. cos300
Esta última sentença pode ser generalizada para dois arcos cujas medidas sejam a e b
quaisquer.
Teremos dessa forma descoberto uma fórmula que fornece o seno do arco da medida
a b, desde que se conheçam as funções trigonométricas do arco a e do arco de medida
b.
Como, cos( b) cos b e sen (b) sen b , substituindo encontramos a fórmula que dá o
seno do arco diferença de a com b:
Temos que:
cos(a b ) sen a b sen a b
2 2
cos(a b ) sen a . cos b sen b . cos a como sen a cos a e
2 2 2
cos a sen a , vem:
2
Sabemos que cos(a b) cosa b, podemos então aplicar a fórmula (7)
Exemplo 1:
Solução:
Como sen (600 450 ) sen 600. cos 450 sen 450. cos 600 , então:
3 2 2 1 6 2
sen1050 . . sen1050
2 2 2 2 2
2 6
Como exercício, calcule o valor de cos1050 , e verifique que a resposta será
2
Exemplo 2:
a) (a + b)
b) (a - b)
Solução:
3 1
sen a , com a do primeiro quadrante, e cos b , com b do segundo quadrante.
5 2
9 16
sen2 a cos2 b 1 cos2 a 1 cos2 a
25 25
4
cos a
5
1 3
sen2 b 1 cos2 b sen2 b 1 sen2 b
4 4
3
sen b dessa forma temos:
2
3 1 3 4 3 4. 3
sen (a b) . . sen (a b) (positivo)
5 2 2 5 10
4 1 3 3 4 3. 3
cos (a b) . . cos (a b) (negativo)
5 2 5 2 10
Como cos(𝑎 + 𝑏) é positive e cos(𝑎 + 𝑏)é negative, concluímos que o arco que mede
(𝑎 + 𝑏) tem sua extremidade no segundo quadrante.
b) (𝑎 − 𝑏)
3 1 3 4 34 3
sen (a b) sen a. cos b sen b. cos a sen (a b) . . sen (a b) (negativo)
5 2 2 5 10
4 1 3 3 4 3. 3
cos (a b) cos a. cos b sen a.sen b cos (a b) . . cos (a b) (positivo)
5 2 5 2 10
Como 𝑠𝑒𝑛(𝑎 − 𝑏) é negativo e cos(𝑎 − 𝑏) é positivo, concluímos que o arco de medida
(𝑎 − 𝑏) tem extremidade no quarto quadrante.
sen (a b) sen a. cos b sen b. cos a sen (a a ) sena. cos a sena. cos a sen 2a 2. sen a. cos a
cos (a b) cos a. cos b sen a.sen b cos (a a) cos a. cos a sen a. sena cos 2a cos2 a sen2 a
tga tgb tga tga 2tga
tg (a b) tg (a a) tg 2a .; a k
1 tga.tgb 1 tga .tga 1 tg a
2
4
⏞
Exemplo: Na figura abaixo vemos um ciclo trigonométrico. Nele é mostrado um arco 𝐴𝑀
que mede a.
Determinar:
a) 𝑠𝑒𝑛 2𝑎
b) cos 2𝑎
c) Em quadrante está o arco que mede 2 a.
d) 𝑠𝑒𝑛 3𝑎
e) 𝑠𝑒𝑛2𝑎
Sabemos que sen 2a 2 . sen a . cos a
3
Sabemos ainda que sen a , com a do 2º quadrante.
5
9 16
sen2 a cos2 a 1 cos2 a 1 cos2 a
25 25
4
Com a é do 2º quadrante, seu cosseno é negativo. Então: cos a =
5
Dessa forma:
3 4 24
sen 2a 2 . . sen 2a
5 5 25
b) cos 2a.
como cos 2a cos2 a sen2 a, temos :
16 9 7
cos 2a cos 2a
25 25 25
como sen 2a 0 e cos 2a 0, Concluímos que o arco que mede 2 a tem extremidade no
4º quadrante.
d) sen 3a.
24 4 3 7 117
sen 3a . . sen 3a
25 5 5 25 125
a a
cos a cos2 sen2 (I)
2 2
a a
Como cos2 1 sen2 , temos:
2 2
a a a a 1 cos a
cos a 1 sen2 sen2 2 sen2 1 cos a sen2
2 2 2 2 2
a 1 cos a
sen
2 2
a a
Se em (I) substituirmos sen2 por 1 cos2 , obteremos:
2 2
a a a a 1 cos a
cos a cos2 1 cos2 cos a 2 cos2 1 cos2
2 2 2 2 2
a 1 cos 2
cos
2 2
a
sen
tg
a
2 com a k . , k , temos :
cos
2 a 2 2
Como 2
a 1 cos a
tg
2 1 cos a
Exemplo:
1
Sabendo que cos a , com a do 1º quadrante, determinar:
2
a a a
a) sen b) cos c) tg
2 2 2
Solução:
a 1
sen sen 300
2 2
a 3
cos cos 300
2 2
1
a 1 3
tg tg 300 2
2 3 3 3
2
No entanto, iremos calcular novamente esses valores fazendo uso das fórmulas vistas.
a
a) sen
2
a
Temos que é do 1º quadrante, portanto seu seno será positivo. Assim:
2
1
1
a 2 1 1
sen
2 2 2 2
a
b) cos
2
a
Como está no 1º quadrante, seu cosseno também é positivo. Assim:
2
1
1
a 2 3 3
cos
2 2 4 2
a
c) tg
2
a a
Também o valor da tg é positivo, pois é do 1º quadrante. Assim:
2 2
1 1
1
a 2 2 1 1 3
tg
2 1 3 2 3 3
1
2 2
a b p
a b q
pq
2a p q a
2
pq 2p p q pq
Portanto: b p b b
2 2 2
pq pq
sen p sen q 2 . sen . cos
2 2
pq pq
sen p sen q 2. sen. . cos
2 2
pq pq
cos p cos q 2 . cos . cos
2 2
pq pq
cos p cos q 2 sen . sen
2 2
Exemplo:
Transformar em produto:
a) N sen 4 x sen 6 x
b) N 1 sen 4 x
c) N 1 cos x
d ) N cos 8 x cos 2 x
Solução
a ) N sen 4 x sen 6 x
4x 6x 4x 6x
N 2 . sen . cos N 2 . sen (5 x) . cos ( x) N 2 . sen 5 x . cos x
2 2
b) N 1 sen 4 x
substituindo 1 por sen , obtemos : N sen sen 4 x
2 2
4x 4x
N 2 . sen 2 . cos 2 N 2 . sen 2 x . cos 2 x
2 2 4 4
c) N 1 cos x
substituindo 1 por cos 0, obtemos : N cos 0 cos x
0 x 0 x x x
N 2 cos . cos N 2 . cos . cos
2 2 2 2
x x x x x
como cos cos , teremos : N 2 . cos . cos N 2 . cos2 .
2 2 2 2 2
d ) N cos 8 x cos 2 x
8x 2 x 8x 2 x
N 2 . sen . sen N 2 . sen 5 x . sen 3x
2 2
cos( ) cos . cos sen .sen cos( ) cos . cos sen .sen
2.tg 1 cos
tg ( 2 ) tg
1 tg 2 2 1 cos
Fórmulas de Transformação
sen sen 2.sen . cos sen sen 2.sen .sen
2 2 2 2
cos cos 2. cos . cos cos cos 2.sen .sen
2 2 2 2
sen sen( )
tg tg tg tg
cos . cos cos . cos
6. Conclusão
Depois de uma profunda leitura conclui-se que na esmagadora aplicações trigonométricas
relacionam-se os comprimentos dos lados de um triângulo recorrendo a determinadas
relações dependentes dos ângulos internos. E que aplicação da trigonometria é vasta, não
se limita apenas nos triângulos rectângulos, o caso concreto disso são as leis dos senos e
dos cossenos.
A primeira relação na qual consideramos fundamental é a fórmula da soma e diferença,
considerou-se fundamental pois os restantes (ângulos duplos, Bissecção de ângulos,
fórmula do produto e da soma) são consequências dessa primeira (fórmula da soma e
diferença).
Para a produção do presente trabalho recorreu-se à várias consultas bibliográficas de vários
autores que versam sobre o tema. O autor do presente trabalho apela à todos que terão
privilégio de apreciar o presente trabalho, que em caso de falhas/erros contacta-se
urgentemente o autor deste trabalho para o bem da ciência.
7. Bibliografia
MIRANDA, Clarice Borges. Trabalho de conclusão de curso. Fevereiro de 2003,
Florianópolis-sc.
BATISTA, João. Revisões de Trigonometria. 1ª Edição, volume 1, Novembro - 2000.
NEVES, Maria Augusta et ALVES, Alfredo Gomes. Matemática – 10o ano de
escolaridade. 3ª Edição, Volume 2, Porto Editora. Porto, 1991
NHÊNZE, Ismael Cassamo & JOAO, Rafael; Matemática 10a classe; DINAME; Maputo;
1999.