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Turma: 6º ano
(EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense,
mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre
outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos
da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo,
espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados,
empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os
discursos direto e indireto.
Objetivos:
● Leitura e compreensão do mito de Cástor e Pólux;
● Compreender a intertextualidade presente nos dois textos (Castor e Pólux e Ibejis);
● Compreensão de elementos narrativos.
Práticas de Linguagem: Leitura e Produção Textual.
Plano de aula: O plano de aula visa realizar a narração do mito de Castor e Pólux, seguida de
um exercício de produção textual.
Antes de iniciar a leitura dos mitos, o professor deve perguntar aos alunos o que eles
entendem sobre as histórias por trás das constelações. Em seguida, pergunte se conhecem a
constelação de gêmeos. Se possível, leve uma imagem da constelação. Feito isso, faça a
leitura do mito adaptado.
Em seguida, informe aos alunos que outras culturas também possuem suas próprias
narrativas orais sobre as constelações e que nesta aula eles farão a leitura do mito de Ibejis, da
cultura africana. Pergunte se eles conhecem algum mito que se associe a culturas africanas ou
outras culturas.
Hoje irei contar a história mitológica por trás da constelação de gêmeos, mas, para
isso, precisamos voltar no tempo e viajar até a Grécia onde existiam os Dióscuros, garotos de
Zeus. Eu sou Pólux, um lutador do que vocês chamam de Boxe, e essa é a minha história e de
meu irmão Castor, um formidável guerreiro.
Eu sou filho de Leda e Zeus, meu irmão é filho de Leda e Tíndaro, ou seja, somos
meio irmãos. Certa vez, eu e meu irmão fomos convidados para as bodas de Idas e Linceu
com as irmãs Febe e Hilaíra. Quando vimos as moças, tão lindas em suas vestes
matrimoniais, caímos de amores. Caros amigos, sei que foi um ato inconsequente, sei que
deveríamos ter conversado com elas e esperado o consentimento ou não. Sempre perguntem
antes, crianças, aprendam com nosso erro e lembrem-se de que "não" é "não". Mas, levados
pelo sentimento, não agimos com a razão e raptamos as duas mulheres, esse foi nosso maior
equívoco. Quando descobriram, Idas e Linceu foram atrás de nós prontos para a guerra com o
intuito de recuperar as mulheres prometidas a eles. Travamos uma batalha, não queríamos
vencer fugindo porque, naquela época, vencer por fuga era vergonhoso, hoje sei que teria sido
melhor nos resolvermos de forma pacífica, pois, no meio da batalha, Castor, meu querido
irmão, foi morto por Idas. Assistindo àquela cena senti uma dor imensa! Eu não queria perder
meu irmão, então fiz uma coisa muito feia: lembrei-me daquele ditado "olho por olho, dente
por dente" e matei Linceu, o irmão de nosso opositor. No meio da briga acabei me ferindo, a
cena na minha frente era violenta. Foi então que meu pai, Zeus, apareceu e fulminou Idas e
me levou para o céu, mas meu irmão Castor desceu aos infernos. Crianças, eu cresci com
meu irmão, vivemos juntos muitas aventuras e ter sido imortalizado enquanto ele estava lá
sofrendo no mundo inferior me doeu demais. Zeus, vendo que neguei a benção, pois não
queria me separar de meu irmão, permitiu que fôssemos imortalizados juntos no céu como a
Constelação de Gêmeos. Desde então nos alternamos no céu e vivemos juntos entre as
estrelas.
Pós-leitura:
Após a exposição dos mitos e a discussão em sala, o professor deverá propor uma
interpretação dos textos lidos (modelo abaixo). Além disso, serão trabalhados elementos
textuais.
Título
Personagens
Cenário
Conflito
Resolução
b) Texto 2:
Como atividade prática final, o(a) professor(a) deverá propor aos alunos a produção de um
mito, com base nos textos trabalhados nas aulas anteriores. Peça aos alunos que escolham um
personagem central e escreva um diário fictício que apresente o ponto de vista desse
personagem (isso ajudará a trabalhar o foco narrativo e a produção escrita).
Referências Bibliográficas:
PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás; Ilustrações de Rafael Pedro - São Paulo:
Companhia das Letras, 2001.