Você está na página 1de 8

Fenômenos Estatísticos Fenômenos Estatísticos

Classificam-se em: Quanto à forma como se manifestam, podem ser:


¾ Fenômenos Coletivos ou de Massa - Não
podem ser definidos por uma simples ¾Fenômenos Típicos - São aqueles que
observação (natalidade, mortalidade, preço se manifestam de forma regular,
médio de veículos usados em Curitiba, etc.).
revelando um comportamento definido.
¾ Fenômenos Individuais ou Particulares -
Aqueles que irão compor os fenômenos
coletivos (cada nascimento, cada falecimento,
preço de determinado veículo usado vendido ¾Fenômenos Atípicos - São aqueles cuja
em Curitiba, etc.). manifestação se dá por meio de um
¾ Fenômenos de Multidão - Aqueles nos quais as comportamento irregular, não revelando
características observadas para a massa não
se verificam para o indivíduo isoladamente uma tendência definida. “Cuidado!”
(histeria coletiva).

Estatística =
Análise de Dados de Observação Inferência Estatística
¾Trata-se de processo de generalização
¾Descrição dos Fenômenos a partir de resultados particulares.
= Estatística Descritiva. ¾Consiste em obter e generalizar
conclusões (inferir propriedades) para
¾Conclusões acerca dos Fenômenos o todo (geral) com base na parte
(particular).
= Estatística Indutiva ou Inferência
Estatística.
**Estatística
EstatísticaDescritiva
Descritiva--Função
Funçãocujo
cujoobjetivo
objetivoééaaobservação
observaçãode
defenômenos
fenômenosde de
mesma
mesmanatureza,
natureza,com
comaaconseqüente
conseqüentecoleta
coletade
dedados
dadosnuméricos,
numéricos,sua
sua
organização, classificação e apresentação (por meio de gráficos e tabelas), além
organização, classificação e apresentação (por meio de gráficos e tabelas), além
do
docálculo
cálculodedecoeficientes
coeficientesque
quepermitam
permitamdescrevê-los
descrevê-losresumidamente.
resumidamente.

Inferência Estatística Inferência Estatística

¾População ou Universo - É o conjunto ¾Uma vez que se fará inferência sobre o


da totalidade dos indivíduos sobre os todo (população) a partir de apenas
quais se faz uma inferência (juízo). uma porção dele (amostra), a base do
processo de generalização
¾Amostra - É um subconjunto, uma (característica do método indutivo) é a
parte selecionada da totalidade de informação incompleta.
observações abrangidas pela ¾Dessa forma à generalização está
população, sobre cujas características associada sempre uma margem de
se faz uma inferência (juízo). incerteza (risco de amostragem).

1
Inferência Estatística Amostragem Estatística

¾ A incerteza (risco de amostragem) deve- ¾ Amostragem Estatística ou Probabilística -


se ao fato de que a conclusão que se É aquela que baseia-se em amostras
pretende obter para o conjunto de todos representativas.
os indivíduos analisados (população), ¾ Quando um teste de auditoria é aplicado
quanto a determinadas características em uma amostra representativa seu
comuns, baseia-se na observação de uma resultado pode ser inferido para a
população da qual foi extraída a amostra,
parcela do total de indivíduos (amostra).
dentro do grau de confiança estipulado.
¾ A medida da incerteza é tratada mediante
técnicas e métodos que se fundamentam AA Amostra
AmostraRepresentativa
Representativa ééaquela
aquelaem
emque
quecada
cadaindivíduo
indivíduo
da
dapopulação
populaçãoda
daqual
qualse
seoriginou
originouaaamostra
amostra teve
teve aamesma
mesma
na Teoria da Probabilidade.
chance
chancede
deser
serselecionado.
selecionado.

Características das Tipos de Amostragens


Amostragens Estatísticas Estatísticas
¾ É recomendável quando os itens da ¾ Amostragem Aleatória ou Randômica -
população apresentam características
homogêneas. É aquela que utiliza fórmulas e tabelas
¾ Permite a seleção pontual e por intervalo, para estabelecer o tamanho das
¾ Viabiliza o controle do erro, amostras e estimativas, de acordo com
o tamanho da população, o nível de
¾ É vantajosa quando o objetivo é a obtenção
de estimativas para a população, confiabilidade desejável, o índice de
¾ Permite trabalhar amostras de tamanho precisão escolhido, o grau de
reduzido em níveis de significância e dispersão da população e a taxa de
confiabilidade adequados para assegurar a ocorrência esperada para o atributo em
precisão desejada. prova.

Tipos de Amostragens Tipos de Amostragens


Estatísticas Estatísticas
¾ Amostragem Sistemática ou por Intervalo - ¾ Amostragem por Estratificação - É
É aquela em que procede-se à seleção de
itens de maneira que haja sempre um aquela usada para o exame de itens cujo
intervalo constante entre cada item valor apresenta grande variedade.
selecionado. ¾ Estabelecem-se estratos de modo que a
¾ É necessário que o primeiro item dessa variância do valor do item seja a menor
amostra seja selecionado aleatoriamente e possível dentro de cada estrato, ou seja,
que os itens da população não sejam a amostra é dividida em subgrupos,
ordenados de modo a prejudicar a cujos itens têm características
casualidade de sua escolha. homogêneas.

2
Tipos de Amostragens Tipos de Amostragens
Estatísticas Estatísticas
¾ Amostragem Exploratória - É aquela que
¾Amostragem por Conglomerado – utiliza tabelas especiais que mostram as
É também usada para o exame de probabilidades de se encontrar pelo menos
itens cujo valor apresenta grande uma ocorrência, em amostra de tamanho
preestabelecido, extraída de população
variedade. Porém, neste caso, a
que possua um índice especificado de
amostra é dividida em subgrupos, ocorrências. Muito utilizada quando o
cujos itens têm características objetivo é a detecção de fraudes,
heterogêneas. presumindo que haja indícios (erro
esperado).

Amostragem Não- Características das


Estatística Amostragens Não-Estatísticas
¾ Amostragem Não Estatística ou Não- ¾ É utilizada quando não há necessidade de
Probabilística ou Por Julgamento ou Subjetiva inferir para a população os resultados dos
ou Casual - É aquela que baseia-se no exames sobre a amostra.
julgamento pessoal do Auditor.
¾ É utilizada quando há indicativo de fraude
¾ A seleção da amostra neste caso é realizada ou quando a população é muito pequena.
subjetivamente, fundamentada essencialmente
na experiência profissional do Auditor. ¾ Exemplo: Circularização dos devedores
baseada nas posições em atraso e
Como
Comoaaamostra
amostra por
porjulgamento
julgamentonão
nãoéérepresentativa,
representativa, realizada sob motivação de suspeita de
não
nãoééaceitável
aceitávelque
queos
osresultados
resultadosdos
dostestes
testesaplicados
aplicados irregularidades.
sobre
sobreela
elasejam
sejam projetados
projetadospara
paraformar
formaruma
umaopinião
opinião
global
globalaarespeito
respeitodo
doassunto
assuntoexaminado.
examinado.

Características das Planejamento da


Amostragens Não-Estatísticas Amostra
Alguns Critérios de Seleção das Amostras Critérios para a seleção da amostra
Não- Estatísticas: (11.11.2.1.2):
¾ Vulnerabilidade, risco potencial e ¾ Objetivos específicos da auditoria;
importância relativa dos itens. ¾ População objeto da Amostra,
¾ Itens com características inovadoras, ¾ Estratificação da População,
pouco usuais, ou com grande
complexidade. ¾ Tamanho da Amostra,
¾ Itens em que ocorreram mudanças em ¾ Risco da Amostragem,
sua natureza, extensão, prazo ou custo ¾ Erro Tolerável,
original. ¾ Erro Esperado.

3
Planejamento da Planejamento da
Amostra Amostra
¾Erro Tolerável é o erro máximo na ¾ Nos testes de observância, o erro tolerável
é a taxa máxima de desvio de um
população que o auditor está procedimento de controle estabelecido que
disposto a aceitar e, ainda assim, o Auditor está disposto a aceitar, baseado
concluir que o resultado da na avaliação preliminar de risco de controle.
amostra é satisfatório. Quanto ¾ Nos testes substantivos, o erro tolerável é o
menor o erro tolerável, maior o erro monetário máximo que o Auditor está
disposto a aceitar para, ainda assim,
tamanho da amostra. concluir, com segurança razoável, que as
Demonstrações Contábeis não contêm
distorções relevantes.

Planejamento da
Amostra Risco de Amostragem

¾Erro Esperado é o erro que o ¾É a possibilidade de que a conclusão


Auditor espera que a população do Auditor, com base em uma
contenha e, nesses casos, é amostra, possa ser diferente da
necessário examinar uma amostra conclusão que seria alcançada se
maior do que quando não se espera toda a população estivesse sujeita ao
erro para concluir que o erro real da mesmo procedimento de auditoria.
população não excede o erro (NBC T 11.11.2.6.1.)
tolerável planejado.

Risco de Amostragem Risco de Amostragem


¾ Nos Testes de Observância, o risco de
¾O risco de amostragem que o auditor amostragem é o risco de que a confiabilidade
dos controles internos seja mal avaliada (de duas
está disposto a aceitar afeta de formas):
maneira inversamente proporcional o ¾ Risco de Subavaliação da Confiabilidade – é o
tamanho da amostra (NBC T 11.11.2.6.4.). risco de que, embora o resultado dos exames
sobre a amostra não seja satisfatório, o restante
¾O Auditor está sujeito ao risco de da população possua menor nível de erro do que
amostragem tanto nos testes de foi detectado na amostra.
¾ Risco de Superavaliação da Confiabilidade - é o
observância quanto nos testes risco de que, embora o resultado dos exames
substantivos. sobre a amostra seja satisfatório, o restante da
população possua maior nível de erro do que foi
detectado na amostra.

4
Risco de Amostragem Risco de Amostragem

¾ Nos Testes Substantivos, o risco de amostragem Perda de Eficiência da Auditoria:


é o risco de que a inferência para a população
dos resultados obtidos nos exames sobre a
amostra seja incorreta (de duas formas):
¾ Risco de Rejeição Incorreta – é o risco de que, ¾Subavaliação da Confiabilidade.
embora o resultado dos exames sobre a amostra
leve à conclusão de que um saldo registrado está ¾Rejeição Incorreta.
distorcido, efetivamente não está.
¾ Risco de Aceitação Incorreta – é o risco de que,
embora o resultado dos exames sobre a amostra
leve à conclusão de que um saldo registrado não
está distorcido, efetivamente está.

Estabelecimento de Níveis
Risco de Amostragem
de Representatividade
Perda de Eficácia da Auditoria: ¾O Auditor, com base na avaliação dos
controles internos da Entidade,
seleciona as amostras a serem
¾Superavaliação da Confiabilidade.
examinadas, a fim de obter elementos
¾Aceitação Incorreta. de convicção que sejam válidos para
o todo.

Exemplo: Nível de Segurança de 95%


Estabelecimento de Níveis de (risco de amostragem de 5% = margem de erro
Representatividade aceitável)
Tam anho da Tam anho Erro Erro
Exemplo Prático: População da Am ostra Tolerável Esperado
11-19 11 1 0
¾ Amostragem, por área, para exames em que
20-50 13 1 0
a população alvo é superior a 10. 51-100 20 2 1
¾ O erro tolerável é o número máximo de 101-200 35 3 2
ocorrências, até o qual os controles da área 201-500 42 4 3
são considerados aceitáveis. 501-1000 55 5 3

¾ Detectadas distorções/inconsistências em 1001-2000 70 6 4


2001-5000 90 12 8
número superior ao índice da faixa, há
5001-10000 150 24 18
indicativos de que os controles internos não
10001-20000 220 36 24
são adequados (frágeis ou inadequados) e é
20001-50000 280 48 36
rejeitada a amostra. Maior que 50001 350 60 48
5001-1

5
Avaliação dos Resultados da Reavaliação do Risco de
Amostra Amostragem
¾Analisar qualquer erro detectado na ¾Quando o erro projetado exceder o erro
amostra; tolerável, o Auditor deve reconsiderar
¾Extrapolar os erros encontrados na sua avaliação anterior do risco de
amostra para a população; e amostragem e, se esse risco for
inaceitável, considerar a possibilidade
¾Reavaliar o risco de amostragem.
de ampliar o procedimento de auditoria
ou executar procedimentos de auditoria
alternativos.

Papéis de Trabalho Papéis de Trabalho


NBC T 11.3
Objetivo:
¾ Processo organizado de registro de ¾Proporcionar evidência.
evidências da auditoria.
¾Dar suporte para a formação de
¾ Documentação preparada pelo
opinião.
Auditor (apontamentos) ou fornecida
a ele (em papel ou meios ¾Fundamentar o Parecer.
eletrônicos). ¾Comprovar que a auditoria foi
¾ Evidenciação da execução dos realizada de acordo com as normas.
exames.

Propriedade dos PT Confidencialidade dos PT

¾A confidencialidade dos Papéis de


¾Os Papéis de Trabalho pertencem
Trabalho é dever permanente do
exclusivamente ao Auditor (o
Auditor.
profissional autônomo ou a empresa
contratada). ¾Os Papéis de Trabalho somente
podem ser disponibilizados a
¾Partes ou excertos desses podem, a
terceiros com autorização formal
critério do Auditor, ser postos à
da Entidade auditada.
disposição da Entidade.

6
Aspectos Fundamentais dos
Custódia dos PT
PT
¾ Completabilidade = Auto-suficiência. Começo,
¾Cinco anos a partir da data da
meio e fim do trabalho realizado.
emissão do Parecer de Auditoria. ¾ Objetividade = Registram apenas os aspectos
relevantes dos exames.
Os ¾ Concisão = Clareza. Devem ser inteligíveis
Os 55 anos
anos aa partir
partir da
da emissão
emissão do do Parecer
Parecer
valem para outrem.
valem como
como prazo
prazo para
para aa guarda
guarda dede toda
toda aa
documentação
documentação de de auditoria,
auditoria, isto
isto é,
é, além
além dos
dos ¾ Lógica = Fatos registrados na seqüência
papéis
papéis dede trabalho
trabalho propriamente
propriamente ditos,
ditos, natural do seu acontecimento.
também
também dosdos relatórios
relatórios ee demais
demais documentos
documentos ¾ Limpeza = Despojados de imperfeições e de
relacionados
relacionados com com os
os serviços
serviços realizados.
realizados. incorreções.

Divisão dos PT Divisão dos PT


¾ Papéis de Trabalho Permanentes – ¾Papéis de Trabalho Correntes -
Contemplam informações que serão Contêm informações sobre a auditoria
em andamento. Têm validade exclusiva
necessárias em mais de um trabalho e,
para a auditoria em curso. É o próprio
desde que atualizados, podem ser registro dos trabalhos executados.
reutilizados em auditorias sucessivas.
Exemplos: programa de trabalho, controle de
Exemplos: manuais de normas e procedimentos, horas despendidas nos exames, registro das
dados históricos, informações sobre o controle informações obtidas, registro das confirmações
interno, dados contratuais, informações sobre realizadas, relação de todos os documentos
planejamento de longo prazo, etc. examinados, etc.

Organização dos PT Organização dos PT


¾ Padronização dos PT - Aumenta a eficácia ¾ Papel de Trabalho Mestre - Resume as
dos trabalhos pois sua utilização facilita a tarefas executadas. É sintético.
delegação de tarefas e proporciona meio ¾ Papel de Trabalho Subsidiário – Contém
adicional de controle de qualidade. o detalhamento das informações do PT
¾ Codificação dos PT - É convencionada de Mestre. É analítico.
acordo com as circunstâncias e peculiaridades ¾ Referências Cruzadas – Fazem a
de cada auditoria. Geralmente são utilizadas “amarração” dos PT quando há evidências
letras maiúsculas, subsidiadas por números, complementares levantadas em vários
todos grafados em cor diferenciada para maior exames. Todo cruzamento de referências
ênfase visual. deve ser feito em ambas as direções e
marcado em cor distinta.

7
Organização dos PT Tipos de PT
Indicação da realização dos exames por meio de: ¾ Lançamento de Ajuste e/ou Reclassificação
¾ Tiques Explicativos - Sinais peculiares
utilizados para indicar a realização do exame ¾ Lista de verificação de procedimentos
(conferido, somado, etc.). ¾ Carta de confirmação,
¾ Letras Explicativas - Letras minúsculas
utilizadas para indicar um exame realizado cujos ¾ Termo de inspeção física
resultados necessitam de comentário adicional ¾ Balancete de Trabalho
específico.
¾ Notas Explicativas - São informações ou ¾ Análise
comentários de caráter geral a respeito do ¾ Conciliação
andamento dos exames realizados (menção aos
critérios de seleção ou aos procedimentos ¾ Ponto para Recomendação
utilizados, amostras selecionadas, etc.) ¾ Programa de Auditoria

Revisão dos PT

¾ Ao revisar os Papéis de Trabalho


o Supervisor assume a
responsabilidade de que os exames
foram cumpridos a contento e que
os objetivos propostos foram
atingidos.

Você também pode gostar