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28/03/2022

Noções Básicas de Estatística

Pro f ª Mich elle R ig o

INTRODUÇÃO A ESTATÍSTICA
Estatística é a ciência que fornece os princípios e os métodos para coleta, organização,
resumo, análise e interpretação de informações. É também baseada na teoria das
probabilidades, cujo objetivo principal é auxiliar a tomada de decisões e conclusões a partir de
informações numéricas.

DECISÕES

TIPOS DE ANÁLISE ESTATÍSTICA


DESCRITIVA: procedimentos visando a coleta, tabulação e descrição do conjunto de observações,
sejam elas quantitativas ou qualitativas.

Métodos que buscam somente descrever e analisar certo grupo de


Do geral para o particular dados, independentemente de serem extraídos de uma amostra
ou de toda a população

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TIPOS DE ANÁLISE ESTATÍSTICA

INFERENCIAL: Visam testar hipóteses e estimar características populacionais com dados de uma
amostra.

Do específico para o geral

• Busca inferir, induzir ou estimar


sobre a característica do todo (a
população) com base nos dados
da parte (amostra).

• Usa técnicas para generalizar um


fato particular tendo como
referência uma amostra

Definições Básicas Iniciais


DADO → é a informação coletada e registrada, referente a uma variável.

Qualitativo: bom; ruim; feliz; frequente; nunca


Dado
Quantitativo: 55 Kg; 15 °C; 1,75 m

Dado Unidade
(estatura)

Quantitativo Qualitativo
1,52 m; 2,03 m ???; ???

Definições Básicas Iniciais


VARIÁVEL → é uma condição ou característica das unidades da população.

As variáveis assumem valores diferentes em unidades diferentes. Se você perguntar as idades das pessoas de sua família,
obterá valores diferentes entre si, embora todos se refiram à mesma variável: idade. Cada pessoa fornecerá um só dado.
Por exemplo, uma de suas tias poderá dizer que tem 37 anos.

➢ Toda característica que varia de uma unidade (sujeito) para outra

➢ A característica em si - o que será medido

➢ Ex.: estatura, idade, gênero, força muscular, traço de personalidade

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Definições Básicas Iniciais

POPULAÇÃO População é o conjunto de elementos sobre os


quais o pesquisador quer informações.

AMOSTRA

Amostra é todo subconjunto de elementos


retirado da população para obter as
informações que o pesquisador está
procurando.

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Definições Básicas Iniciais


EXEMPLO

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Definições Básicas Iniciais


AMOSTRA

As razões que levam os pesquisadores a trabalhar com amostras e não com toda a
população são poucas, mas absolutamente relevantes.

• Custo e demora dos censos


• Populações muito grandes
• Impossibilidade física de examinar toda a população
• Comprovado valor científico das informações coletadas por meio de amostras

A amostra fornece estatísticas; só a população fornece parâmetros.

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ESTATÍSTICA DESCRITIVA
E agora? O que fazemos com as informações que coletamos?

As estatísticas descritivas apenas "descrevem" os dados, elas não representam generalizações da amostra
para a população. A técnica utilizada para estender conclusões da amostra para a população é a
inferência.

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ESTATÍSTICA DESCRITIVA

VARIÁVEL

CATEGÓRICA NUMÉRICA
(qualitativa) (quantitativa)
As três principais características são:
----------------------------
--------------------------- São representados
São representados ➢ Um valor representativo do conjunto de dados.
por média, ±desvio
por porcentagem Ex.: uma média
Padrão ou mediana
(intervalo entre
Quartis), etc ➢ Uma medida de dispersão ou variação. Ex: Desvio
padrão

➢ A natureza ou forma da distribuição dos dados. Ex:


uniforme, assimétrica.

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ESTATÍSTICA DESCRITIVA
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS

• Um agrupamento de dados em classes, de tal forma que contabilizamos o número de ocorrências em cada
classe.
• O número de ocorrências de uma determinada classe recebe o nome de frequência absoluta.

O objetivo é apresentar os dados de uma maneira mais concisa e que nos permita extrair informação sobre
seu comportamento

Frequência absoluta (ƒi): É o número de observações correspondente a cada classe. A frequência absoluta é, geralmente, chamada
apenas de frequência.
Frequência relativa (ƒri): É o quociente entre a frequência absoluta da classe correspondente e a soma das frequências (total observado),
isto é, onde n representa o número total de observações.

Frequência percentual (pi): É obtida multiplicando a frequência relativa por 100%.

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➢ Frequência absoluta:
Tabela 1. Número de nascimentos no estado de Pernambuco em 2008.

Sexo (variável) Frequencia


Masculino 15.333
Feminino 11.652
Total 26.985
Fonte. Dados não reais

➢ Frequências relativa
Tabela 1. Número de nascimentos no estado de Pernambuco em 2008.

Sexo (variável) Frequencia Frequência relativa


Masculino 15.333 56,8%
Feminino 11.652 43,2%
Total 26.985 100%
Fonte. Dados não reais

ƒri (frequência relativa)= ƒi (frequência absoluta)


/ Soma da frequência i
ƒri = 15.333/26.985 = 0,568 x 100 = 56,8 % → pi

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Exemplo de frequência de uma variável

Pesquisa realizada com os 200 alunos de uma universidade buscava identificar as preferências por esportes.
Foram fornecidas as seguintes de opções esportivas: futebol, vôlei, basquete, natação, tênis e ciclismo. Observe
os resultados:

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ESTATÍSTICA DESCRITIVA
variáveis quantitativas
Medidas de Tendência Central ou Posição

Medidas de tendência central (ou de locação ou também de posição) são valores calculados com o objetivo de
representar os dados de uma forma ainda mais condensada.

➢ Moda, Média, Mediana

Medidas de Dispersão

Mostrar a diversidade de desempenho de ambos, necessita-se de um valor que meça a dispersão ou a


variabilidade dos valores nos dois casos.

➢ Mínimo, Máximo, Amplitude


➢ Desvio Padrão, Variância

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MEDIDA DE TENDÊNCIA CENTRAL

MÉDIA = 𝑥ҧ
➢ É o valor que indica o centro de equilíbrio de uma variável quantitativa.
➢ É obtida somando-se todos os dados e dividindo-se o resultado da soma pelo número deles.
➢ Centro do conjunto de dados – ponto de equilíbrio.

➢ A mais importante medida de tendência central

Exemplo: Peso de alguns alunos : 50kg, 62 kg, 76 kg, 78 kg, 92 kg

(5+62+76+78+92) = 71, 6 kg
=
5

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MEDIDA DE TENDÊNCIA CENTRAL


MEDIANA
➢É o valor que ocupa a posição central de uma série de observações ordenadas em ordem crescente ou
decrescente.
➢Para calcular a mediana devemos, em primeiro lugar, ordenar os dados do menor para o maior valor. Se
o número de observações for ímpar, a mediana será a observação central. Se o número de observações
for par, a mediana será a média aritmética das duas observações centrais.

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Número de
observações for
ímpar

Número de
observações for
par

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MEDIDA DE TENDÊNCIA CENTRAL


MODA
• A moda é o valor que ocorre com mais frequência entre todas as observações de uma amostra.
EXEMPLO

Ginecologia Considere a amostra de intervalos de tempo entre períodos menstruais sucessivos para
um grupo de 500 universitárias entre 18 e 21 anos de idade, mostrada na Tabela 2.4. A coluna de
frequência dá o número de mulheres que relataram cada uma das respectivas durações.

A moda é 28 porque é o valor mais recorrente.

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MEDIDAS DE DISPERSÃO
Determina a característica de variação de um conjunto de dados:

➢ Amplitude
➢ Variância
➢ Desvio padrão
➢ Quartis

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MEDIDAS DE DISPERSÃO
Para verificar a dispersão entre os valores em um conjunto de dados, podemos utilizar
duas importantes medidas: a variância e o desvio padrão.

Variância

Calcular a dispersão utilizando todas as observações é através da medição da distância


entre cada variável em relação à média do conjunto de variáveis

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MEDIDAS DE DISPERSÃO
Variância
• Se os desvios forem pequenos, os
dados estão aglomerados em torno
da média; logo, a variabilidade é
pequena. Por outro lado, desvios
grandes significam observações
dispersas em torno da média e,
portanto, variabilidade grande.

1. Calcula a média.
2. Calcula a diferença entre cada variáveis
e a média.
3. SOMATÓRIO DAS DIFERENÇAS SEMPRE
IGUAL A ZERO!!!

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MEDIDAS DE DISPERSÃO
Variância
Para obter uma medida de variabilidade usando os desvios em relação à média, é preciso eliminar os
sinais, antes de somar.

OBS: A variância populacional é representada pela letra grega “σ2 ”, enquanto a variância amostral é
representada pela letra “s2 ”

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MEDIDAS DE DISPERSÃO
Variância

Meus dados estão variando da média que é a


posição central 5 (para mais ou para menos)

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ATIVIDADE 1:

Suponha que você trabalhe em um hemocentro e está responsável por verificar a quantidade média de sangue
em um conjunto de três bolsas. Após medi-las, você constatou que elas possuem respectivamente 110 ml, 120
ml e 160 ml.

Considerando que as três bolsas de sangue representam uma amostra, faça o cálculo da variância amostral:

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MEDIDAS DE DISPERSÃO
Desvio Padrão
• É a medida de dispersão mais utilizada.
• Consiste na raiz quadrada da variância.

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MEDIDAS DE DISPERSÃO
Desvio Padrão

2
5= 2,23

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MEDIDAS DE DISPERSÃO
Desvio Padrão

DESVIO-PADRÃO: 𝑽𝑨𝑹𝑰Â𝑵𝑪𝑰𝑨
Para obter uma medida de variabilidade na mesma unidade de
medida dos dados, extrai-se a raiz quadrada da variância. Obtém-
DP = 𝟏𝟎 = 𝟑, 𝟏𝟕 se, assim, o desvio padrão.

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COEFICIENTE DE VARIAÇÃO
EXEMPLO

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BIBLIOGRAFIA
VIEIRA, SONIA. Fundamentos de estatística. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2019. (biblioteca virtual)
ROSNER, BERNARD. Fundamentos de bioestatística. tradução: Noveritis do Brasil ; revisão técnica: Magda
Pires. – São Paulo, SP : Cengage Learning, 2016. (biblioteca virtual).
CLIFFORD, BLAIR R. Bioestatística para ciências da saúde. Tradução Daniel Vieira; revisão técnica Jorge Alves
de Souza. São Paulo: Perason Education do Brasil, 2013.
Portal Action:
http://www.portalaction.com.br/estatistica-basica/estatisticas-descritivas

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