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ABNT/CB-003

PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5410


SET 2023

Instalações elétricas de baixa tensão

APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Instalações Elétricas
Projeto em Consulta Nacional

de Baixa Tensão (CE-003:064.001) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), nas


reuniões de:

20.02.2014 29.04.2014 10.06.2014

15.07/2014 12.08.2014 16.09.2014

14/10.2014 11.11.2014 10.02.2015

11.03.2015 15.04.2015 13.05.2015

10.06.2015 15.07.2015 12.08.2015

02.09.2015 07.10.2015 02.12.2015

03.02.2016 09.03.2016 13.04.2016

08.06.2016 13.07.2016 10.08.2016

14.09.2016 14.12.2016 08.02.2017

13.04.2017 10.05.2017 07.06.2017

12.07.2017 09.08.2017 12.09.2017

19.10.2017 07.11.2017 13.12.2017

07.03.2018 11.04.2018 09.05.2018

06.06.2018 11.07.2018 08.08.2018

12.09.2018 10.10.2018 07.11.2018

12.12.2018 13.02.2019 12.03.2019

10.04.2019 16.05.2019 12.06.2019

10.07.2019 14.08.2019 11.09.2019

09.10.2019 13.11.2019 11.12.2019

© ABNT 2023
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 5410
SET 2023

12.02.2020 11.03.2020 20.05.2020

10.06.2020 08.07.2020 12.08.2020

09.09.2020 07.10.2020 11.11.2020


Projeto em Consulta Nacional

09.12.2020 10.02.2021 10.03.2021

07.04.2021 12.05.2021 09.06.2021

07.07.2021 11.08.2021 08.09.2021

06.10.2021 10.11.2021 08.12.2021

09.02.2022 09.03.2022 13.04.2022

11.05.2022 08.06.2022 13.07.2022

10.08.2022 14.09.2022 05.10.2022

09.11.2022 14.12.2022 08.02.2023

08.03.2022 12.04.2023 10.05.2023

14.06.2023 09.08.2023

a) é previsto para cancelar e substituir a ABNT NBR 5410:2004 Versão corrigida: 2008, a
qual foi tecnicamente revisada, quando aprovado, sendo que, nesse ínterim, a referida
norma continua em vigor;

b) não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Analista ABNT – Newton Ferraz.

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Instalações elétricas de baixa tensão

Electrical installations of buildings — Low voltage


Projeto em Consulta Nacional

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 5410 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE-003:064.001). O Projeto de Revisão circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
A fim de permitir aos usuários da ABNT NBR 5410, prazo para adequação e atendimento aos seus
requisitos, é previsto que estes não sejam exigidos antes de 06 meses da publicação desta Norma. Isto
não significa, entretanto, impedimento à adequação e atendimento a esta Norma na sua íntegra por
quaisquer partes interessadas que se sintam aptas a utilizá-la a qualquer momento durante este período.
A ABNT NBR 5410:2023 cancela e substitui a ABNT NBR 5410:2004 Versão corrigida: 2008, a qual
foi tecnicamente revisada.
O Escopo em inglês da ABNT NBR 5410 é o seguinte:

Scope

1 Scope
This Standard establishes the conditions to which low voltage electrical installations must meet, in
order to provide for the safety of persons and livestock, the proper functioning of the installation and
the conservation of goods.

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1.1 This Standard is applicable to the design, erection, maintenance and verification of electrical
installations, and installations such as those of:

a) buildings for residential use;

b) buildings for commercial use;


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c) place with flow of persons;

d) industrial premises;

e) agricultural and horticultural premises;

f) prefabricated buildings;

g) trailer concentration areas, campgrounds and similar sites;

h) construction sites, exhibitions, fairs and other other installations for temporary purposes;

i) marinas;

j) external lighting and similar installations;

k) medical locations;

l) mobile or transportable units;

m) photovoltaic installations;

n) low voltage generator sets;

o) conductive compartments;

p) low voltage electrical installations on public roads, such as public lighting, traffic lights, signaling
systems, radars, cameras of various uses and the like.

NOTE “Premises” covers the land and all facilities including buildings and structures belonging to it.

1.2 This Standard is apply to:

a) circuits supplied at nominal voltages up to and including 1 000 V a.c. or 1 500 V d.c.;

NOTE For a.c., the preferred frequencies which are taken into account in this Standard are 50 Hz,
60 Hz and 400 Hz. The use of other frequencies for special purposes is not excluded

b) circuits, other than the internal wiring of apparatus, operating at voltages exceeding 1 000 V and
derived from an installation having a voltage not exceeding 1 000 V a.c., for example, discharge
lighting, electrostatic precipitators etc.;

c) wiring systems or cables not specifically covered by the Standards for appliances;

d) all consumer installations external to buildings;

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e) fixed wiring for information and communication technology, signalling, control and the like (excluding
internal wiring of apparatus);

NOTE Application to signal lines focuses on preventing risks arising from mutual influences between
these lines and the other electrical lines in the installation, especially from the point of view of safety against
electric shocks, safety against fire and harmful thermal effects, and of electromagnetic compatibility.
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f) to new installations and renovations to existing installations.

NOTE Modifications intended, for example, to accommodate new electrical equipment, including
signal equipment, or to replace existing equipment, do not necessarily characterize a general renovation
of the installation.

1.3 This Standard is not applicable to:

a) installation of electric traction equipment, including installations of railway vehicles and signaling
equipment;

b) installation of automobile electrical equipment, except mobile or transportable units and trailers;

c) electrical installations of vessels and offshore platforms, whether fixed or mobile;

d) aircraft electrical installations;

e) installations in extraction and production areas in mines and quarries, which may be subject to
special requirements;

f) radio interference mitigation components, unless they could compromise the safety of the
installations;

g) electric fences (see ABNT NBR IEC 60335-2-76);

h) protection against lightning of structures (see ABNT NBR 5419 series);

NOTE Atmospheric phenomena are dealt with in this Standard, but only with regard to the
consequences for the electrical installation (for example, selection of surge protection device – SPD).

i) installation of elevator equipment, after the general distribution board of power and command of
elevators;

j) machinery and electrical equipment.

1.4 This Standard does not apply to:

a) systems for distribution of energy to the public; or

b) power generation and transmission for such systems.

NOTE 1 This does not mean that it cannot be applied, in whole or in part, to such installations.

NOTE 2 For the design and the erection of electrical power installations in systems with nominal voltages
above 1kV a.c. and nominal frequency up to and including 60 Hz, based on ABNT NBR 14039 and IEC 61936-1,
low- voltage a.c. and d.c. protection and monitoring systems should be in accordance with this Standard.

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1.5 Electrical compounds are dealt with only so far as its selection and application in the installation
are concerned. This applies also to assemblies of electrical equipment complying with the relevant
standards.

1.6 The application of this Standard does not exempt from compliance with the regulations of public
bodies to which the installation must comply.
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1.7 The electrical installations covered in this Standard are also subject, insofar as relevant, to the
standards for energy supply established by regulatory authorities and electricity distribution companies.

1.8 The application of this Standard does not exempt compliance with other complementary standards,
applicable to specific premises and locations.

NOTE Examples of complementary standards to this Standard are ABNT NBR 13534, ABNT NBR 13570,
ABNT NBR IEC 60079-14, ABNT NBR 16819, ABNT NBR 17018, ABNT NBR 17019, ABNT NBR 17042
and ABNT NBR 17079.

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Instalações elétricas de baixa tensão

1 Escopo
Projeto em Consulta Nacional

Esta Norma estabelece as condições a serem satisfeitas pelas instalações elétricas de baixa tensão,
a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação
e a conservação dos bens.

1.1 Esta Norma é aplicável ao projeto, execução, manutenção e verificação das instalações elétricas,
podendo ser citadas como exemplo as instalações de:

a) edificações de uso residencial;

b) edificações de uso comercial;

c) locais de afluência de público;

d) estabelecimentos industriais;

e) estabelecimentos agrícolas e hortícolas;

f) edificações pré-fabricadas;

g) áreas de concentração de reboques, áreas de acampamento e instalações análogas;

h) canteiros de obras, exposições, feiras e outras instalações temporárias;

i) marinas;

j) iluminação externa e instalações análogas;

k) estabelecimentos assistenciais de saúde;

l) unidades móveis ou transportáveis;

m) instalações fotovoltaicas;

n) grupos geradores de baixa tensão;

o) compartimentos condutivos;

p) instalações elétricas de baixa tensão em vias públicas, tais como, iluminação pública, semáforos,
sistemas de sinalização, radares, câmeras de diversos usos e assemelhados.

NOTA Os “estabelecimentos” compreendem o terreno e todos os acessos às edificações e estruturas que


os compõem.

1.2 Esta Norma é aplicável:

a) aos circuitos alimentados sob uma tensão nominal no máximo igual a 1 000 V em corrente
alternada e a 1 500 V em corrente contínua;

NOTA Em corrente alternada, as frequências preferenciais levadas em conta nesta Norma são 50 Hz,
60 Hz e 400 Hz. Mas não se exclui a utilização de outras frequências, para aplicações particulares.

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b) aos circuitos, que não aqueles internos aos equipamentos, operando sob tensão superior a 1 000 V
derivada de uma instalação com tensão no máximo igual a 1 000 V em corrente alternada;

EXEMPLOS Circuitos de lâmpadas de descarga, de precipitadores eletrostáticos etc.

c) a toda fiação ou linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas dos equipamentos
de utilização;
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d) a toda instalação consumidora externa às edificações;

e) às linhas fixas de comunicação, de sinalização e de comando (à exceção dos circuitos internos


dos equipamentos);

NOTA A aplicação às linhas de sinal concentra-se na prevenção dos riscos decorrentes das
influências mútuas entre essas linhas e as demais linhas elétricas da instalação, sobretudo sob os
pontos de vista da segurança contra choques elétricos, da segurança contra incêndios e efeitos térmicos
prejudiciais e da compatibilidade.

f) as instalações novas e as reformas em instalações existentes.

NOTA Modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos elétricos, inclusive
de sinal, ou substituir equipamentos existentes, não caracterizam necessariamente uma reforma geral
da instalação.

1.3 Esta Norma não é aplicável a:

a) instalações de equipamentos de tração elétrica, incluindo as instalações dos veículos usados


em ferrovias e os equipamentos de sinalização;

b) instalações de equipamentos elétricos de automóveis, exceto unidades móveis ou transportáveis


e reboques;

c) instalações elétricas de embarcações e de plataformas marítimas, sejam fixas ou móveis;

d) instalações elétricas de aeronaves;

e) instalações nas áreas de extração e de produção em minas e pedreiras, as quais podem estar
sujeitas a requisitos especiais;

f) componentes de redução de radiointerferência, exceto se eles puderem comprometer a segurança


das instalações;

g) cercas elétricas (ver ABNT NBR IEC 60335-2-76);

h) proteção contra descargas atmosféricas de estruturas (ver série ABNT NBR 5419);

NOTA Os fenômenos atmosféricos são tratados nesta Norma, mas apenas no que se refere às
consequências para a instalação elétrica (por exemplo, seleção do dispositivo de proteção contra
surtos - DPS).

i) instalações dos equipamentos de elevadores, após o quadro geral de força e comando dos
elevadores;

j) máquinas e equipamentos elétricos.

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1.4 Esta Norma não é prevista para ser aplicável:

a) a redes de distribuição de energia; e

b) a instalações de geração e de transmissão.

NOTA 1 Isto não significa que ela não possa ser aplicada, total ou parcialmente, a tais instalações.
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NOTA 2 Para o projeto e a execução de instalações elétricas com tensão nominal superior a 1 kV em c.a.
e frequência nominal até 60 Hz, baseados nas ABNT NBR 14039 e IEC 61936-1, convém que os dispositivos
BT de proteção e de supervisão, c.a. e c.c., sejam conforme os requisitos desta Norma.

1.5 Os componentes da instalação são considerados apenas no que concerne à sua seleção
e condições de instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos em conformidade com as normas
a eles aplicáveis.

1.6 A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos regulamentos de órgãos públicos aos
quais a instalação deva satisfazer.

1.7 As instalações elétricas cobertas nesta Norma estão sujeitas também, naquilo que for pertinente,
às normas para fornecimento de energia estabelecidas pelas autoridades reguladoras e pelas
empresas distribuidoras de eletricidade.

1.8 A aplicação desta Norma não dispensa o atendimento a outras normas complementares,
aplicáveis a instalações e locais específicos.

NOTA São exemplos de normas complementares a esta Norma, as ABNT NBR 13534, ABNT NBR 13570
e ABNT NBR IEC 60079-14, ABNT NBR 16819, ABNT NBR 17018, ABNT NBR 17019, ABNT NBR 17042
e ABNT NBR 17079.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5349, Cabos nus de cobre mole para fins elétricos – Especificação

ABNT NBR 5419 (todas as partes), Proteção contra descargas atmosféricas

ABNT NBR 5419-1:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 1: Princípios gerais

ABNT NBR 5597, Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com revestimento protetor e rosca NPT –
Requisitos

ABNT NBR 5598, Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com revestimento protetor e rosca BSP –
Requisitos

ABNT NBR 5624, Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, com revestimento protetor e rosca
ABNT NBR 8133 – Requisitos

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ABNT NBR 6524, Fios e cabos de cobre duro e meio duro com ou sem cobertura protetora para
instalações aéreas

ABNT NBR 7117-1, Parâmetros do solo para projetos de aterramentos elétricos – Parte 1: Medição da
resistividade e modelagem geoelétrica
Projeto em Consulta Nacional

ABNT NBR 7270, Cabos de alumínio nus com alma de aço zincado para linhas aéreas – Especificação

ABNT NBR 7271, Cabos de alumínio nus para linhas aéreas – Especificação

ABNT NBR 7285, Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno termofixo (XLPE) para
tensão de 0,6/1 kV – Sem cobertura – Requisitos de desempenho

ABNT NBR 7286, Cabos de potência com isolação extrudada de borracha etilenopropileno (EPR,
HEPR ou EPR 105) para tensões de 1 kV a 35 kV – Requisitos de desempenho

ABNT NBR 7287, Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno reticulado (XLPE) para
tensões de 1 kV a 35 kV – Requisitos de desempenho

ABNT NBR 7288, Cabos de potência com isolação sólida extrudada de cloreto de polivinila (PVC) ou
polietileno (PE) para tensões de 1 kV a 6 kV – Especificação

ABNT NBR 8182, Cabos de potência multiplexados autossustentados com isolação extrudada de PE
ou XLPE, para tensões até 0,6/1 kV – Requisitos de desempenho

ABNT NBR 8661, Cabos de formato plano com isolação extrudada de cloreto de polivinila (PVC) para
tensão até 750V – Especificação

ABNT NBR 10298, Cabos de liga alumínio-magnésio-silício, nus, para linhas aéreas – Especificação

ABNT NBR 11301, Cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos isolados em regime
permanente (fator de carga 100 %) – Procedimento

ABNT NBR 13248, Cabos de potência e condutores isolados sem cobertura, não halogenados e com
baixa emissão de fumaça, para tensões até 1 kV - Requisitos de desempenho

ABNT NBR 13418, Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança – Requisitos de desempenho

ABNT NBR 13534, Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos específicos para instalação em
estabelecimentos assistenciais de saúde

ABNT NBR 13570, Instalações elétricas em locais de afluência de público – Requisitos específicos

ABNT NBR 14136, Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente
alternada – Padronização

ABNT NBR 15465, Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão –
Requisitos de desempenho

ABNT NBR 15717, Cordões torcidos flexíveis para tensões até 300 V – Especificação

ABNT NBR 15920, Cabos elétricos – Cálculo da corrente nominal – Condições de operação –
Otimização econômica das seções dos cabos de potência

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ABNT NBR 16019, Linhas elétricas pré-fabricadas (barramentos blindados) de baixa tensão –
Requisitos para instalação

ABNT NBR 17018, Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos para instalações em locais
especiais – Instalações para canteiros de obras de construção e de demolição

ABNT NBR 17088, Corrosão por exposição à névoa salina – Métodos de ensaio
Projeto em Consulta Nacional

ABNT NBR 17094 (todas as partes), Máquinas elétricas girantes

ABNT NBR IEC 60079 (todas as partes), Atmosferas explosivas

ABNT NBR IEC 60238, Porta-lâmpadas de rosca Edison

ABNT NBR IEC 60309-1, Plugues e tomadas para uso industrial – Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR IEC 60309-2, Plugues e tomadas para uso industrial – Parte 2: Requisitos de
intercambiabilidade dimensional para acessórios com pinos e contatos tubulares

ABNT NBR IEC 60309-4, Plugues e tomadas para uso industrial – Parte 4: Tomadas e tomadas
móveis com dispositivo de manobra, com ou sem dispositivo de intertravamento

ABNT NBR IEC 60335-2-76, Aparelhos eletrodomésticos e aparelhos elétricos similares – Segurança
Parte 2-76: Requisitos específicos para eletrificadores de cerca

ABNT NBR IEC 60529, Graus de proteção providos por invólucros (Códigos IP)

ABNT NBR IEC 60598-1, Luminárias – Parte 1: Requisitos gerais e ensaios

ABNT NBR IEC 60947-2, Dispositivo de manobra e comando de baixa tensão – Parte 2: Disjuntores

ABNT NBR IEC 60947-3, Dispositivos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 3: Interruptores,
seccionadores, interruptores-seccionadores e unidades combinadas com fusíveis

ABNT NBR IEC 61000-4-2:2002, Compatibilidade eletromagnética (EMC) – Parte 4-2: Ensaios
e técnicas de medição — Ensaio de imunidade de descarga eletrostática

ABNT NBR IEC 61000-4-3:2014, Compatibilidade eletromagnética (EMC) – Parte 4-3: Técnicas de
ensaios e medição – Ensaio de imunidade a campos eletromagnéticos de radiofrequências irradiados

ABNT NBR IEC 61000-4-4:2015, Compatibilidade eletromagnética (EMC) – Parte 4-4: Ensaios
e técnicas de medição – Ensaio de imunidade a transiente elétrico rápido/salva

ABNT NBR IEC 61000-4-6:2019, Compatibilidade eletromagnética (EMC) – Parte 4-6: Técnicas de
medição e ensaio – Imunidade a perturbação conduzida, induzida por campos de radiofrequência

ABNT NBR IEC 61008-2-1, Interruptores à corrente diferencial-residual para uso doméstico e similar
sem dispositivo de proteção de sobrecorrentes (IDR) – Parte 2-1: Aplicabilidade das regras gerais aos
IDR funcionalmente independentes da tensão de alimentação

ABNT NBR IEC 61009-2-1, Disjuntores à corrente diferencial-residual para uso doméstico e similar
com dispositivo de proteção contra sobrecorrentes incorporado, para instalações domésticas
e análogas (DDR) – Parte 2-1: Aplicabilidade das regras gerais aos DDR funcionalmente independentes
da tensão de alimentação

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ABNT NBR IEC 61439-1, Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 1: Regras gerais

ABNT NBR IEC 61439-2, Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 2: Conjuntos de
manobra e comando de potência

ABNT NBR IEC 61439-3, Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 3: Quadro de
distribuição destinado a ser utilizado por pessoas comuns (DBO)
Projeto em Consulta Nacional

ABNT NBR IEC 61439-4, Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 4: Requisitos
particulares para conjuntos para canteiro de obras (CCO)

ABNT NBR IEC 61439-5, Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 5: Conjuntos
para redes de distribuição pública

ABNT NBR IEC 61439-6, Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 6: Sistemas de
linhas elétricas pré-fabricadas

ABNT NBR IEC 61439-7, Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 7: Conjuntos
para instalações públicas específicas, como marinas, acampamentos, locais de eventos e estações
de recarga para veículos elétricos

ABNT NBR IEC 61557-12, Segurança elétrica em sistemas de distribuição de baixa tensão até 1 000 V
c.a. e até 1 500 V c.c. – Dispositivos para teste, medição ou de monitoramento de medição de proteção
Parte 12: Dispositivos de medição e de monitoramento de redes elétricas (PMD)

ABNT NBR IEC 61643-11, Dispositivos de proteção contra surtos de baixa tensão – Parte 11:
Dispositivos de proteção contra surtos conectados aos sistemas de baixa tensão ― Requisitos
e métodos de ensaio

ABNT NBR IEC 62423, Dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo B e do Tipo F, com e sem
proteção contra as sobrecorrentes incorporadas para utilização doméstica e análoga

ABNT NBR IEC 62606, Requisitos gerais dos dispositivos para a detecção de falhas por arcos

ABNT NBR ISO/CIE 8995-1, Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior

ABNT NBR NM IEC 60332-1, Métodos de ensaios em cabos elétricos sob condições de fogo – Parte 1:
Ensaio em um único condutor ou cabo isolado na posição vertical

ABNT NBR NM IEC 60332-3-22, Métodos de ensaio para cabos elétricos sob condições de fogo –
Parte 3-22: Ensaio de propagação vertical da chama em condutores ou cabos em feixes montados
verticalmente – Categoria A

ABNT NBR NM IEC 60332-3-23, Métodos de ensaios para cabos elétricos sob condições de fogo –
Parte 3-23: Ensaio de propagação vertical da chama em condutores ou cabos em feixes montados
verticalmente – Categoria B

ABNT NBR NM IEC 60332-3-24, Métodos de ensaios para cabos elétricos sob condições de fogo –
Parte 3-24: Ensaio de propagação vertical da chama em condutores ou cabos em feixes montados
verticalmente – Categoria C

ABNT NBR NM IEC 60332-3-25, Métodos de ensaios para cabos elétricos sob condições de fogo –
Parte 3-25: Ensaio de propagação vertical da chama em condutores ou cabos em feixes montados
verticalmente – Categoria D

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ABNT NBR NM 247-3, Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais
até 450/750 V, inclusive – Parte 3: Condutores isolado (sem cobertura) para instalações fixas
(IEC 60227-3, MOD)

ABNT NBR NM 247-5, Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais
até 450/750 V, inclusive – Parte 5: Cabos flexíveis (cordões) (IEC 60227-5, MOD)
Projeto em Consulta Nacional

ABNT NBR NM 60669-1, Interruptores para instalação elétricas fixas domésticas e análogas – Parte 1:
Requisitos gerais (IEC 60669-1:2000 MOD)

ABNT NBR NM 60884-1, Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo – Parte 1: Requisitos
gerais (IEC 60884-1:2006 MOD)

ABNT NBR NM 60898, Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas
e similares (IEC 60898:1995, MOD)

IEC 60038, IEC standard voltages

IEC 60068-2-11, Environmental testing – Part 2-11: Tests – Test Ka: Salt mist

IEC 60255-22-1, Measuring relays and protection equipment – Part 22-1: Electrical disturbance tests –
1 MHz burst immunity tests

IEC 60269-2, Low-voltage fuses – Part 2: Supplementary requirements for fuses for use by authorized
persons (fuses mainly for industrial application) – Examples of standardized systems of fuses A to K

IEC 60269-3, Low-voltage fuses – Part 3: Supplementary requirements for fuses for use by unskilled
persons (fuses mainly for household or similar applications) – Examples of standardized systems of
fuses A to F

IEC 60269-4, Low-voltage fuses – Part 4: Supplementary requirements forfuse-links for the protection
of semiconductor devices

IEC 60297 (all parts), Electric cables

IEC 60364-4-44:2007, Low-voltage electrical installations – Part 4-44: Protection for safety - Protection
against voltage disturbances and electromagnetic disturbances

IEC 60364-5-53, Low-Voltage electrical installations – Part 5-53: Selection and erection of electrical
equipment – Devices for protection for safety, isolation, switching, control and monitoring

IEC 60364-5-54:2002, Low-voltage electrical installations – Part 5-54: Selection and erection of
electrical equipment - Earthing arrangements and protective conductors

IEC 60598-2-18, Luminaires – Part 2-18: Particular requirements – Luminaires for swimming pools and
similar applications

IEC 60598-2-24, Luminaires – Part 2-24: Particular requirements – Luminaires with limited surface
temperatures

IEC 60950-1, Information technology equipment – Safety – Part 1: General requirements

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IEC/TR 61000-2-1, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 2: Environment – Section 1: Description


of the environment – Electromagnetic environment for low-frequency conducted disturbances and
signalling in public power supply system

IEC 61000-2-2, Electromagnetic compatibility (EMC) – Environment – Compatibility levels for low-
frequency conducted disturbances and signalling in public low-voltage power supply systems
Projeto em Consulta Nacional

IEC TR 61000-2-5, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 2-5: Environment – Description and
classification of electromagnetic environments

IEC 61000-4-8, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-8: Testing and measurement techniques –
Power frequency magnetic field immunity test

IEC 61000-4-12, Electromagnetic Compatibility (EMC) – Part 4-12: Testing and measurement
techniques – Ring wave immunity test

IEC 61140, Protection against electric shock – Common aspects for installation and equipment

IEC 61156 (all parts), Multicore and symmetrical pair/quad cables for digital communication

IEC 61196-7, Coaxial communication cables – Part 7: Sectional specification for cables for BCT cabling
in accordance with ISO/IEC 11801-4 – Indoor drop cables for systems operating at 5 MHz – 6 000 MHz

IEC 61534 (all parts), Powertrack systems

IEC 61557-6, Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V AC and 1 500 V DC –
Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures – Part 6: Effectiveness of
residual current devices (RCD) in TT, TN and IT systems

IEC 61557-8, Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V d.c. –
Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures – Part 8: Insulation monitoring
devices for IT systems

IEC 61557-9, Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V d.c. –
Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures – Part 9: Equipment for
insulation fault location in IT systems

IEC 61558-2-1, Safety of transformers, reactors, power supply units and combinations thereof

IEC 61936-1, Power installations exceeding 1 kV AC and 1,5 DC – Part 1: AC

ISO/IEC 11801-1, Information technology – Generic cabling for customer premises – Part 1: General
requirements

ISO/IEC 14763-2, Information technology – Implementation and operation of customer premises


cabling – Part 2: Planning and installation

ISO/IEC TR 29106, Information technology – Generic cabling – Introduction to the MICE environmental
classification

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
alimentação
Projeto em Consulta Nacional

fonte de reserva
alimentação ou fonte que substitui ou complementa a fonte normal

3.2
alimentação
fonte de segurança
alimentação ou fonte destinada a assegurar o fornecimento de energia elétrica a equipamentos
essenciais para os serviços de segurança

NOTA 1 O conceito de fonte de segurança está associado à função (serviços de segurança) desempenhada
por equipamentos que a fonte alimenta, enquanto o conceito de fonte de reserva está associado ao fato de
a fonte complementar a fonte normal ou suprir a sua falta. Como se trata de atributos distintos, que não são
incompatíveis, uma fonte pode ser ao mesmo tempo de segurança e de reserva, desde que reúna os dois
atributos. Mas uma fonte de reserva destinada a alimentar exclusivamente equipamentos outros que não
os de serviços de segurança pode não ser qualificada como de segurança.

NOTA 2 Uma alimentação de segurança pode eventualmente atender a outros equipamentos, além dos
essenciais aos serviços de segurança, observados os requisitos de 6.6.6.5.

NOTA 3 Esta Norma não inclui, nesta edição, prescrições específicas para alimentações destinadas
a outros serviços que não os de segurança.

3.3
alimentação
fonte normal
alimentação ou fonte responsável pelo fornecimento regular de energia elétrica

NOTA Uma determinada alimentação pode ser a “normal” durante certo período de tempo e não ser em
outro. Por exemplo, em uma instalação cujo consumo de energia elétrica é suprido pela rede de distribuição
pública durante certos períodos do dia, mas por geração própria em outros, a “fonte normal” pode ser a rede
pública ou a geração local, dependendo do período considerado.

3.4
arco
〈elétrico〉 descarga luminosa de eletricidade através de um meio isolante, geralmente acompanhada
de uma volatilidade parcial dos eletrodos

3.5
aterramento funcional
aterramento de um ponto de um sistema, de uma instalação ou de um equipamento, com finalidade
distinta da proteção contra choque elétrico

3.6
bandeja
suporte de cabos constituído por uma base contínua, com rebordos e sem cobertura

NOTA Uma bandeja pode ser lisa ou não.

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3.7
barramento de equipotencialidade funcional
condutor ou barra ligada ao terminal de aterramento principal, com o objetivo de facilitar o aterramento
funcional de equipamentos

3.8
Projeto em Consulta Nacional

barramento de equipotencialização principal


BEP
barramento destinado a servir de via de interligação de todos os elementos incluíveis na
equipotencialização principal

NOTA A designação “barramento” está associada ao papel de via de interligação e não a qualquer
configuração particular do elemento. Portanto, em princípio o BEP pode ser uma barra, uma chapa, um cabo etc.

3.9
barramento de equipotencialização suplementar ou barramento de equipotencialização local
BEL
barramento destinado a servir de via de interligação de todos os elementos incluíveis em uma
equipotencialização suplementar ou equipotencialização local

3.10
barreira
elemento que assegura proteção contra contatos diretos, em todas as direções habituais de acesso

3.11
bloco alveolado
bloco de construção com um ou mais furos que, por justaposição, formam um ou mais condutos

3.12
caixa de derivação
caixa utilizada para passagem e/ou ligação de condutores, entre si e/ou a dispositivos nela instalados

3.13
canaleta
elemento de linha elétrica instalado ou construído no solo ou no piso, ou acima do solo ou do piso,
aberto, ventilado ou fechado, com dimensões insuficientes para a entrada de pessoas, mas que
permitem o acesso aos condutores ou eletrodutos nele instalados, em toda a sua extensão, durante
e após a instalação

NOTA Uma canaleta pode ser parte, ou não, da construção da edificação.

3.14
capacidade de condução de corrente (de um condutor)
Iz
corrente máxima que pode ser conduzida continuamente por um condutor, em condições especificadas,
sem que a sua temperatura em regime permanente ultrapasse um valor especificado

3.15
choque elétrico
efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica, através de um corpo humano
ou de um animal

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3.16
circuito (elétrico) (de uma instalação)
conjunto de componentes da instalação alimentados a partir de uma mesma origem e protegidos
contra sobrecorrentes pelos mesmos dispositivos de proteção

3.17
Projeto em Consulta Nacional

circuito de distribuição (de uma edificação)


circuito que alimenta um ou mais quadros de distribuição

3.18
circuito terminal (de uma edificação)
circuito ligado diretamente a equipamentos de utilização e/ou a tomadas de corrente

3.19
comando funcional
ação destinada a garantir o desligamento, a ligação ou a variação da alimentação de energia elétrica
de parte ou de toda a instalação, para sua operação normal

3.20
combustão
ação de queimar ou arder. Estado de um corpo que queima, produzindo calor e luz. Oxidação forte
com produção de calor e normalmente de chama (não obrigatoriamente). Reação química que resulta
da combinação de um elemento combustível com o oxigênio (comburente), com intensa produção de
energia calorífica e, não obrigatoriamente, de chama.

3.21
combustível
toda substância (sólida, líquida ou gasosa) capaz de queimar e alimentar a combustão

3.22
componente
〈de uma instalação elétrica〉 termo geral que se refere a um equipamento, a uma linha ou a qualquer
outro elemento necessário ao funcionamento da instalação

3.23
componente não propagador de chama
componente que é suscetível de inflamar, quando da aplicação de uma chama, mas que não propaga
a chama e a extingue por si mesmo dentro de um tempo reduzido, após remoção da chama

3.24
condulete
caixa de derivação para linhas aparentes, dotada de tampa própria

3.25
conduto
〈elétrico〉 elemento de linha elétrica destinado a conter condutores elétricos

3.26
condutor de aterramento
condutor de proteção que liga o barramento de equipotencialização principal ao eletrodo de aterramento

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3.27
condutor de aterramento funcional
condutor utilizado para a realização de um aterramento funcional

3.28
condutor de equipotencialização em anel
Projeto em Consulta Nacional

condutor de equipotencialização instalado na configuração de um anel fechado

NOTA Geralmente, o condutor de equipotencialização em anel, como parte do sistema de


equipotencialização, tem múltiplas conexões com o sistema de equipotencialização comum, que melhora
seu desempenho.

3.29
condutor de equipotencialização
condutor de proteção que assegura uma ligação equipotencial

3.30
condutor de equipotencialização principal
condutor de equipotencialidade utilizado na ligação equipotencial principal

3.31
condutor de proteção
PE
condutor prescrito em certas medidas de proteção contra choques elétricos e destinado a interligar
eletricamente massas, elementos condutivos, terminal (ou barra) de aterramento e/ou pontos de
alimentação ligados à terra

3.32
condutor de proteção e de aterramento funcional
condutor que combina as funções de aterramento de proteção contra choque elétrico e de aterramento
funcional

3.33
condutor de proteção paralelo
condutor de proteção conectado em paralelo com as blindagens dos cabos de transmissão de sinal e/
ou dados, a fim de limitar a corrente que circula nas blindagens

3.34
condutor de proteção principal
condutor de proteção que interliga o barramento de equipotencialização principal, a um ou mais
terminais (ou barras) de aterramento

3.35
condutor neutro
N
condutor ligado ao neutro do sistema de alimentação e capaz de contribuir para o transporte de
energia elétrica

3.36
condutor PEN
condutor aterrado que combina as funções de condutor de proteção e de condutor neutro

NOTA A designação PEN resulta da combinação dos dois símbolos PE, para o condutor de proteção,
e N, para o condutor neutro.

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3.37
contato direto
contato de pessoas ou animais com partes vivas

3.38
contato indireto
Projeto em Consulta Nacional

contato de pessoas ou animais com uma massa que ficou sob tensão em condições de falta

3.39
controle
ação intencional sobre um elemento de instalação elétrica, por meio de dispositivo adequado, para
alcançar um objetivo especificado

3.40
corrente convencional de atuação
〈de um dispositivo de proteção〉 valor especificado de corrente que provoca a atuação de um dispositivo
de proteção, dentro de um tempo especificado (tempo convencional)

NOTA 1 Para os dispositivos fusíveis, esta corrente é denominada “corrente convencional de fusão”.

NOTA 2 A corrente convencional de atuação é superior à corrente nominal ou de ajuste, e o tempo


convencional varia de acordo com o tipo e a corrente nominal do dispositivo de proteção.

3.41
corrente convencional de não atuação
valor especificado de corrente que pode ser suportado por um dispositivo de proteção, durante um
tempo especificado (tempo convencional), sem provocar sua atuação

NOTA 1 Para os dispositivos fusíveis, essa corrente é denominada “corrente convencional de não fusão”.

NOTA 2 A corrente convencional de não atuação é superior à corrente nominal ou à corrente de ajuste, e o
tempo convencional varia de acordo de acordo com o tipo e a corrente nominal do dispositivo de proteção.

3.42
corrente de choque
corrente que atravessa o corpo de uma pessoa ou animal, tendo características suscetíveis de causar
efeitos patofisiológicos

3.43
corrente de curto-circuito (direto)
sobrecorrente que resulta de uma falta, de impedância desprezível, entre condutores vivos que
apresentam uma diferença de potencial em funcionamento normal

3.44
corrente de fuga
〈de uma instalação〉 corrente que, na ausência de falta, flui para a terra ou para elementos condutores
estranhos à instalação

NOTA Essa corrente pode ter um componente capacitivo, inclusive o que resulta da utilização de capacitores.

3.45
corrente de projeto (de um circuito)
Ib
corrente prevista para ser transportada por um circuito durante seu funcionamento normal

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 13/331


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3.46
corrente de sobrecarga (de um circuito)
sobrecorrente em um circuito, sem que haja falta elétrica

3.47
corrente diferencial-residual
Projeto em Consulta Nacional

soma algébrica dos valores instantâneos das correntes que percorrem todos os condutores vivos de
um circuito, em um dado ponto de uma instalação elétrica

3.48
corrente diferencial-residual de atuação nominal
para um dispositivo de proteção, é o valor especificado de corrente diferencial-residual que provoca a
atuação desse dispositivo, dentro de um tempo especificado

3.49
detecção de sobrecorrente
procedimento pelo qual se constata que a intensidade de corrente, em um dado circuito, excede um
valor especificado durante um tempo especificado

3.50
dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual (formas abreviadas: dispositivo a
corrente diferencial-residual, dispositivo diferencial, dispositivo DR)
dispositivo de seccionamento mecânico ou associação de dispositivos destinada a provocar a abertura
de contatos quando a corrente diferencial-residual atinge um valor dado em condições especificadas

NOTA Não convém entender o termo “dispositivo” como significando um produto particular, mas sim
qualquer forma possível de se implementar a proteção diferencial-residual. São exemplos de tais formas:
o interruptor, disjuntor ou tomada com proteção diferencial-residual incorporada, os blocos e módulos de
proteção diferencial-residual acopláveis a disjuntores, os relés e transformadores de corrente que se podem
associar a disjuntores etc.

3.51
dispositivo elétrico
equipamento destinado a ser ligado a um circuito elétrico, com o objetivo de desempenhar uma ou
mais das seguintes funções: proteção, comando, controle, conexão, seccionamento e manobra

3.52
dispositivo para a detecção de arcos
AFDD (Arc Fault Detection Device)
dispositivo destinado a atenuar os efeitos das falhas por arco desconectando o circuito quando a falha
por arco for detectada

3.53
elemento condutivo ou parte condutiva
elemento ou parte constituída por material condutor, pertencente ou não à instalação, mas que não é
destinada normalmente a conduzir corrente elétrica

3.54
eletrodo de aterramento
condutor ou conjunto de condutores enterrados no solo e eletricamente ligados à terra, para fazer um
aterramento

14/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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3.55
eletrodos de aterramento eletricamente independentes
eletrodos de aterramento localizados a distâncias entre si tais que, quando um deles é percorrido
pela corrente máxima para ele prevista, a variação do potencial dos demais não ultrapassa um valor
especificado
Projeto em Consulta Nacional

3.56
eletroduto
elemento de linha elétrica fechada, de seção circular ou não, destinado a conter condutores elétricos
providos de isolação, permitindo tanto a enfiação como a retirada destes

NOTA Os eletrodutos são fechados em toda sua extensão, de modo que os condutores só possam ser
instalados e/ou retirados por puxamento e não por inserção lateral.

3.57
ensaio
aplicação das medidas de avaliação de uma instalação elétrica por meio das quais sua eficácia é
comprovada

NOTA O ensaio compreende os valores seguros obtidos por meio de instrumentos de medição apropriados,
ou seja, estes valores não são detectáveis por inspeção.

3.58
equipamento de tecnologia da informação
ETI
equipamento concebido com o objetivo de:

a) receber dados de uma fonte externa (por exemplo, via linha de entrada de dados ou via teclado);

b) processar os dados recebidos (por exemplo, executando cálculos, transformando ou registrando


os dados, arquivando-os, triando-os, memorizando-os, transferindo-os); e

c) fornecer dados de saída (seja a outro equipamento, seja reproduzindo dados ou imagens).

NOTA Esta definição abrange uma ampla variedade de equipamentos, como, por exemplo: computadores;
equipamentos transceptores, concentradores e conversores de dados; equipamentos de telecomunicação e
de transmissão de dados; sistemas de alarme contra incêndio e intrusão; sistemas de controle e automação
predial etc.

3.59
equipamento de utilização
equipamento elétrico destinado a converter energia elétrica em outra forma de energia, por exemplo,
luminosa, térmica e mecânica

3.60
equipamento elétrico
unidade funcional, completa e distinta, que exerce uma ou mais funções elétricas relacionadas com
geração, conversão, transmissão, distribuição ou utilização de energia elétrica, incluindo máquinas,
transformadores, dispositivos elétricos, aparelhos de medição, componentes de linhas elétricas
e equipamentos de utilização

NOTA No Brasil, os componentes de linhas elétricas (cabos, condutos, suportes etc.), bem como as
linhas elétricas pré-fabricadas, não são considerados equipamentos.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 15/331


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3.61
equipamento estacionário
equipamento fixo, ou equipamento sem alça para transporte, com massa tal que não possa ser
movimentado facilmente

3.62
Projeto em Consulta Nacional

equipamento fixo
equipamento projetado para ser instalado permanentemente em um lugar determinado

3.63
equipamento manual
equipamento portátil projetado para ser suportado pelas mãos durante sua utilização normal e no qual
o motor elétrico de acionamento, se existente, é parte integrante do equipamento

3.64
equipamento portátil
equipamento elétrico que é movimentado quando em funcionamento, ou que pode ser facilmente
deslocado de um lugar para outro, mesmo quando ligado à fonte de alimentação

3.65
equipotencialização
procedimento que consiste na interligação de elementos especificados, visando obter a equipotencialidade
necessária para os fins desejados. Por extensão, a própria rede de elementos interligados resultante

NOTA A equipotencialização é um recurso usado na proteção contra choques elétricos e na proteção


contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas. Uma determinada equipotencialização pode ser
satisfatória para a proteção contra choques elétricos, mas insuficiente sob o ponto de vista da proteção
contra perturbações eletromagnéticas.

3.66
escada (para cabos)/leito (para cabos)
suporte de cabos constituído por uma base descontínua, formada por travessas ligadas rigidamente
a duas longarinas longitudinais, sem cobertura

3.67
espaço de construção
espaço existente na estrutura ou nos componentes de uma edificação, acessível apenas em determinados
pontos

NOTA Consideram-se espaços de construção as cavidades estruturais (como poços e galerias), os pisos
técnicos, os condutos formados por blocos alveolados, os pisos elevados, os forros falsos, as paredes ocas
(por exemplo dry wall) e os espaços internos existentes em certos tipos de divisórias, dentre outros.

3.68
espelho
peça que serve de tampa para uma caixa de derivação e/ou de suporte e remate, para dispositivos
de acesso externo instalados na caixa

3.69
falha por arco
arco não intencional perigoso

[FONTE: ABNT NBR IEC 62606]

16/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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3.70
fator de demanda de uma instalação ou de uma parte de uma instalação
razão entre a potência de alimentação, ou da parte considerada da instalação, e a respectiva potência
instalada

3.71
Projeto em Consulta Nacional

fator de demanda um conjunto de equipamentos de utilização


razão entre a soma das potências nominais dos equipamentos de um conjunto de equipamentos
de utilização, suscetíveis de funcionarem simultaneamente em um determinado instante, e a potência
instalada do conjunto

NOTA Geralmente, o instante considerado é o correspondente à demanda máxima da instalação ou da


parte da instalação que alimenta o conjunto.

3.72
fator de utilização (de um equipamento de utilização)
razão entre a potência efetivamente absorvida e a potência nominal

3.73
fogo
reação química de oxidação (processo de combustão), caracterizada pela emissão de calor, luz
e gases tóxicos. Para que o fogo exista, é necessária a presença de quatro elementos: combustível,
comburente (normalmente o oxigênio), calor e reação em cadeia

3.74
galeria
corredor cujas dimensões permitem que pessoas transitem livremente por ele em toda a sua extensão,
contendo estruturas de suporte para os condutores e suas junções e/ou outros elementos de linhas
elétricas

3.75
ignição
início da combustão

3.76
ignitabilidade
medida da facilidade com que uma amostra pode se inflamar devido à influência de uma fonte externa,
sob condições de ensaio especificadas

3.77
inflamabilidade
facilidade com que determinado material entra em processo de ignição, por contato com centelhamento
de várias origens, por exposição a uma fonte de alta temperatura, ou por contato com chama

3.78
inspeção
exame das instalações elétricas utilizando todos os sentidos apropriados, a fim de assegurar a seleção
correta e a montagem apropriada dos equipamentos elétricos

3.79
instalação elétrica fixa
instalação elétrica projetada para ser instalada permanentemente em lugar determinado.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 17/331


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3.80
instalação de alta tensão
instalação elétrica cuja tensão nominal é superior a 1 000 V, em corrente alternada, ou a 1 500 V, em
corrente contínua

3.81
Projeto em Consulta Nacional

instalação de baixa tensão


instalação elétrica cuja tensão nominal é igual ou inferior a 1 000 V, em corrente alternada, ou a 1 500 V,
em corrente contínua

3.82
instalação de extrabaixa tensão
instalação elétrica cuja tensão nominal é igual ou inferior a 50 V, em corrente alternada, ou a 120 V,
em corrente contínua

3.83
instalação de reparos
instalação temporária que substitui uma instalação permanente defeituosa

3.84
instalação de trabalho
instalação temporária que permite reparações ou modificações de uma instalação já existente, sem
interromper o funcionamento desta

3.85
instalação elétrica
〈de edificação〉 conjunto de componentes elétricos associados e com características coordenadas
entre si, constituído para uma finalidade determinada

3.86
instalação semipermanente
instalação temporária destinada a atividades não habituais ou que se repetem periodicamente

3.87
instalação temporária
instalação elétrica prevista para uma duração limitada às circunstâncias que a motivam

3.88
invólucro
elemento que assegura proteção de um equipamento contra determinadas influências externas
e proteção contra contatos diretos em qualquer direção

3.89
isolação básica
isolação aplicada às partes vivas para prover proteção básica contra choques elétricos

NOTA A isolação básica não inclui necessariamente a isolação usada exclusivamente para finalidades
funcionais.

3.90
isolação dupla
isolação que compreende ambas as isolações, básica e suplementar

18/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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3.91
isolação reforçada
isolação de partes vivas que assegura um grau de proteção contra choques elétricos equivalente ao
de uma isolação dupla

NOTA Uma isolação reforçada pode compreender várias camadas que não possam ser ensaiadas
separadamente como isolação básica ou isolação suplementar.
Projeto em Consulta Nacional

3.92
isolação suplementar
isolação independente e adicional à isolação básica, para assegurar proteção contra choques elétricos
em caso de falha da isolação básica

3.93
ligação equipotencial
ligação elétrica que coloca massas e elementos condutivos praticamente no mesmo potencial

3.94
ligação equipotencial principal
ligação equipotencial que, em cada edificação, deve reunir os condutores de proteção principais,
as canalizações metálicas não elétricas de abastecimento da edificação e os elementos metálicos
acessíveis da construção

3.95
linha elétrica
conjunto constituído por um ou mais condutores, com os elementos de sua fixação e suporte e, se for
o caso, de proteção mecânica, destinado a transportar energia elétrica ou a transmitir sinais elétricos

NOTA No Brasil, os componentes de linhas elétricas (cabos, condutos, suportes etc.), bem como as
linhas elétricas pré-fabricadas, não são considerados equipamentos.

3.96
linha elétrica de sinal
linha em que trafegam sinais eletrônicos, sejam eles de telecomunicações, de intercâmbio de dados,
de controle, de automação etc.

3.97
linha elétrica fixa
linha (elétrica) projetada para ser instalada permanentemente em lugar determinado.

NOTA 1 A linha elétrica fixa pode ser constituída por componentes rígidos e/ou flexíveis;

NOTA 2 São exemplos de linhas elétricas fixas aquelas constituídas por condutores isolados, cabos unipolares
ou multipolares instalados em eletrodutos, eletrocalhas, bandejas, leitos, enterrados etc.

3.98
linha elétrica flexível
linha elétrica que pode ser dobrada manualmente com uma força relativamente pequena, que pode
sofrer flexões ao longo de sua vida útil, porém não é projetada para ter mobilidade em condições
normais de utilização

NOTA 1 São exemplos de linha elétrica flexível aquelas constituídas por cabos uni ou multipolares flexíveis
ou condutores isolados flexíveis em eletroduto flexível que alimentam equipamentos estacionários.

NOTA 2 Não confundir linha flexível com linha móvel.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 19/331


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3.99
linha elétrica móvel
linha elétrica projetada para ter mobilidade em condições normais de utilização

NOTA São exemplos de linha elétrica móvel aquelas destinadas à ligação de equipamentos elétricos
móveis, como cortadores de grama, aspiradores de pó, pontes rolantes, máquinas para escavação
e perfuração utilizadas na indústria de mineração etc.
Projeto em Consulta Nacional

3.100
linha aberta
linha elétrica em que os condutores são circundados por ar ambiente não confinado

3.101
linha aérea
linha elétrica em que os condutores ficam elevados em relação ao solo e afastados de outras
superfícies, que não os respectivos suportes

3.102
linha aparente
linha elétrica em que os condutos ou os condutores não são embutidos

NOTA O termo aparente não significa necessariamente que a linha elétrica está exposta à vista, como
por exemplo, uma linha elétrica em espaço de construção.

3.103
linha em parede
linha elétrica aparente em que os condutores ficam na superfície de uma parede ou em sua proximidade
imediata, dentro ou fora de condutos

3.104
linha embutida
linha elétrica em que os condutos ou os condutores são incorporados (encerrados) de modo inseparável
nas paredes, pisos, lajes, pilares, vigas ou outros elementos estruturais da edificação, e acessível
apenas em pontos determinados

3.105
linha externa
linha que entra ou sai de uma edificação, seja a linha de energia, de sinal, uma tubulação de água, de
gás ou de qualquer outra utilidade

3.106
linha pré-fabricada
linha elétrica construída por peças de tamanhos padronizados, contendo condutores de seção maciça
com proteção mecânica, que se ajustam entre si no local da instalação

3.107
linha subterrânea
linha elétrica construída com cabos isolados, enterrados diretamente no solo ou instalados em condutos
enterrados no solo

3.108
local de serviço elétrico
recinto destinado à operação de uma instalação elétrica, com acesso permitido apenas às pessoas
qualificadas ou advertidas

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3.109
malha
〈de aterramento〉 eletrodo de aterramento constituído por um conjunto de elementos condutivos nus
interligados, de modo a formar uma malha quadriculada, enterrada no solo

3.110
Projeto em Consulta Nacional

manutenção
combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as ações de supervisão, destinadas
a manter ou a restaurar um estado que atenda uma função requerida

3.111
massa (parte condutiva exposta)
parte condutiva que pode ser tocada e que normalmente não é viva, mas pode tornar-se viva em
condições de falta

NOTA Uma parte condutiva de um equipamento que só pode tornar-se viva em condições de falta através
de uma massa ou de um elemento condutor estranho à instalação não é considerada massa.

3.112
moldura
conduto aparente, fixado ao longo de superfícies, compreendendo uma base fixa, com ranhuras para
a colocação de condutores e uma tampa desmontável

NOTA Quando fixada junto ao ângulo parede/piso, a moldura é também denominada “rodapé”.

3.113
obstáculo
elemento que impede um contato direto acidental, mas não impede o contato direto por ação deliberada

3.114
origem de uma instalação elétrica
ponto a partir do qual a instalação elétrica é alimentada

Para o caso de instalação elétrica de baixa tensão, tem-se que:

a) a origem de instalações alimentadas diretamente pela rede de distribuição pública em baixa


tensão, corresponde aos terminais de saída do dispositivo geral de comando e proteção; no
caso excepcional em que tal dispositivo se encontre antes do medidor, a origem corresponde aos
terminais de saída do medidor;

b) a origem de instalações alimentadas por subestação de transformação, corresponde aos terminais


de saída do transformador; se a subestação possuir vários transformadores não ligados em
paralelo, a cada transformador corresponderá uma origem, havendo tantas instalações quantos
forem os transformadores;

c) nas instalações alimentadas por fonte própria de energia em baixa tensão, a origem é considerada
de forma a incluir a fonte como parte da instalação.

3.115
parada de emergência
seccionamento de emergência destinado a parar um movimento que se tornou perigoso

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 21/331


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3.116
parte viva
condutor ou parte condutiva destinada a ser energizada em condições de uso normal, incluindo o
condutor neutro, mas, por convenção, não incluindo o condutor PEN

3.117
Projeto em Consulta Nacional

parte viva perigosa


parte viva que, em certas condições de influências externas, pode provocar um choque elétrico

3.118
partes simultaneamente acessíveis
condutores ou elementos condutivos que podem ser tocados simultaneamente por uma pessoa ou,
quando aplicável, por um animal

NOTA As partes simultaneamente acessíveis podem ser partes vivas, massas, elementos condutivos,
condutores de proteção e/ou eletrodos de aterramento.

3.119
perfilado
eletrocalha ou bandeja de dimensões transversais reduzidas

3.120
pessoa advertida
pessoa adequadamente informada, ou supervisionada por pessoas qualificadas, para habilitá-la a
evitar os perigos e prevenir os riscos que o uso da eletricidade possa criar

3.121
pessoa comum
pessoa que não é nem qualificada nem advertida

3.122
pessoa qualificada
pessoa que tem conhecimento e experiência suficientes para habilitá-la a evitar os perigos e prevenir
os riscos que o uso da eletricidade possa criar

3.123
plugue
dispositivo elétrico com bornes, ligados ou destinados a serem ligados permanentemente a condutores,
e que se introduz ou se retira de uma tomada de corrente, para alimentar ou desligar um aparelho de
utilização, respectivamente

3.124
poço
espaço de construção vertical, estendendo- se geralmente por todos os pavimentos da edificação

3.125
ponto de entrada
〈numa edificação〉 ponto em que uma linha externa penetra na edificação

Em particular, no caso das linhas elétricas de energia, não convém confundir “ponto de entrada”
com “ponto de entrega”. A referência fundamental do “ponto de entrada” é a edificação, ou seja, o
corpo principal ou cada um dos blocos de uma propriedade. No caso de edificações com pavimento
em pilotis (geralmente o térreo) e nas quais a entrada da linha elétrica externa se dá no nível do

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pavimento em pilotis, o “ponto de entrada” pode ser considerado como o ponto em que a linha penetra
no compartimento de acesso à edificação (hall de entrada). Além da edificação em si, outra referência
indissociável de “ponto de entrada” é o “barramento de equipotencialização principal” (BEP), localizado
junto ou bem próximo do ponto de entrada (ver 6.4.2.1).

3.126
Projeto em Consulta Nacional

ponto de entrega
ponto de conexão do sistema elétrico da empresa distribuidora de eletricidade com a instalação elétrica
da(s) unidade(s) consumidora(s) e que delimita as responsabilidades da distribuidora, definidas pela
autoridade reguladora

3.127
ponto de tomada
ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou equipamentos a serem alimentados
é realizada através de tomada de corrente

NOTA 1 Um ponto de tomada pode conter uma ou mais tomadas de corrente.

NOTA 2 Um ponto de tomada pode ser classificado, entre outros critérios, de acordo com a tensão do circuito
que o alimenta, o número de tomadas de corrente nele previsto, o tipo de equipamento a ser alimentado
(quando houver algum que tenha sido especialmente previsto para utilização do ponto) e a corrente nominal
da ou das tomadas de corrente nele utilizadas.

3.128
ponto de utilização
ponto de uma linha elétrica destinado à conexão de equipamento de utilização

NOTA 1 Um ponto de utilização pode ser classificado, entre outros critérios, de acordo com a tensão da
linha elétrica, a natureza da carga prevista (ponto de luz, ponto para aquecedor, ponto para aparelho de
ar-condicionado etc.) e o tipo de conexão previsto (ponto de tomada, ponto de ligação direta).

NOTA 2 Uma linha elétrica pode ter um ou mais pontos de utilização.

NOTA 3 Um mesmo ponto de utilização pode alimentar um ou mais equipamentos de utilização.

3.129
potência de alimentação (de uma instalação ou de uma parte de uma instalação)
soma das potências nominais de todos os equipamentos de utilização existentes ou previstos na
instalação, ou na parte considerada da instalação, suscetíveis de funcionarem simultaneamente

NOTA A potência de alimentação leva em conta, entre outros fatores, a demanda máxima presumida de
uma instalação, ou de uma parte da instalação, em um período especificado.

3.130
potência instalada (de uma instalação, de uma parte de uma instalação ou de um conjunto de
equipamentos de utilização)
soma das potências nominais de todos os equipamentos de utilização existentes ou previstos na
instalação, na parte considerada da instalação ou no conjunto de equipamentos considerado

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3.131
prateleira (para cabos)
suporte contínuo para condutores, engastado ou fixado em uma parede ou teto por um dos seus
lados, e com uma borda livre

3.132
Projeto em Consulta Nacional

proteção adicional
meio destinado a garantir a proteção contra choques elétricos em situações de maior risco de perda
ou anulação das medidas normalmente aplicáveis, de dificuldade no atendimento pleno das condições
de segurança associadas a determinada medida de proteção e/ou, ainda, em situações ou locais em
que os perigos do choque elétrico são particularmente graves

3.133
proteção básica
meio destinado a impedir contato com partes vivas perigosas em condições normais

3.134
proteção supletiva
meio destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando massas ou partes condutivas
acessíveis tornam-se acidentalmente vivas

3.135
protective extra-low voltage
PELV
sistema de extrabaixa tensão que não é eletricamente separado da terra mas que preenche, de modo
equivalente, todos os requisitos de um SELV

3.136
quadro (de distribuição) terminal
quadro de distribuição destinado a alimentar exclusivamente circuitos terminais

3.137
quadro de distribuição
equipamento elétrico destinado a receber energia elétrica, através de uma ou mais alimentações,
e a distribuí-la a um ou mais circuitos, podendo também desempenhar funções de proteção,
seccionamento, controle e/ou medição

3.138
quadro de distribuição principal
QDP
primeiro quadro de distribuição após a entrada da linha elétrica na edificação. Naturalmente, o termo
se aplica a todo quadro de distribuição que seja o único de uma edificação

3.139
rede de ligação em malha
rede de ligação em que as estruturas dos equipamentos associados, as gavetas e os invólucros
e geralmente o condutor de retorno em corrente contínua são conectados entre si e em múltiplos
pontos ao sistema de equipotencialização comum e que pode ter um formato de malha

NOTA A rede de ligação em malha amplia o sistema de equipotencialização comum.

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3.140
relatório
registro dos resultados de inspeção e de ensaios

3.141
resistência de aterramento total
Projeto em Consulta Nacional

resistência (elétrica) entre o barramento de equipotencialização principal de uma instalação elétrica


e a terra

3.142
rota de fuga
caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens
externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações
destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até
atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro

NOTA Em algumas publicações a rota de fuga é denominada como saída de emergência, rota de saída
ou saída, por exemplo na ABNT NBR 9077.

3.143
seccionamento
ação destinada a cortar a alimentação de toda ou de uma parte determinada de uma instalação
elétrica, separando-a de qualquer fonte de energia elétrica, por razões de segurança

3.144
seccionamento de emergência
seccionamento para suprimir, tão rapidamente quanto possível, uma alimentação elétrica, a fim de
eliminar um perigo que possa ter ocorrido de forma imprevista

3.145
seccionamento para manutenção mecânica
ação destinada a cortar a alimentação elétrica de um equipamento como um todo, ou de partes dele,
com o objetivo de evitar acidentes, que não os devidos a choques elétricos ou a arcos, quando da
realização de trabalhos não elétricos no equipamento

3.146
safety extra-low voltage
SELV
sistema de extrabaixa tensão que é eletricamente separado da terra, de outros sistemas e de tal modo
que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque elétrico

3.147
serviços de segurança
serviços essenciais, em uma edificação, para a segurança das pessoas e para evitar danos ao
ambiente ou aos bens

NOTA 1 São exemplos de serviços de segurança, iluminação de segurança, bombas de incêndio, elevadores
para brigada de incêndio e bombeiros, sistemas de alarme, como os de incêndio, fumaça, CO e intrusão,
sistemas de exaustão de fumaça, equipamentos médicos essenciais.

NOTA2 Embora não reconhecido pela ABNT NBR 5410, na norma do produto o termo utilizado para
“iluminação de segurança” é “iluminação de emergência”.

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3.148
sistema de alimentação elétrica de reserva
sistema de alimentação previsto para manter o funciona- mento da instalação, ou de parte, ou de partes
da instalação, no caso de interrupção da alimentação normal, por razões outras que a segurança das
pessoas
Projeto em Consulta Nacional

3.149
sistema de alimentação elétrica para serviços de segurança
sistema de alimentação previsto para manter o funcionamento de equipamentos e instalações essenciais:

— à segurança das pessoas e à salubridade; e/ou

— quando exigido pela legislação, para evitar danos significativos ao meio ambiente ou a outros
materiais.

NOTA O sistema de alimentação compreende a fonte e os circuitos até os terminais dos equipamentos
de utilização. Em certos casos, ele pode incluir também esses equipamentos.

3.150
sistema de equipotencialização
conjunto de partes condutivas interconectadas que fornece uma “blindagem eletromagnética” para
sistemas eletrônicos nas frequências compreendidas entre a corrente contínua e as de rádio de baixa
frequência

NOTA O termo “blindagem eletromagnética” é relativo a qualquer estrutura destinada a desviar, bloquear
ou impedir a passagem da energia eletromagnética.

3.151
sistema de equipotencialização comum
sistema de equipotencialização que assegura a ligação equipotencial de proteção e a ligação equipotencial
funcional

3.152
sistema de condutores pré-fabricados
conjunto de componentes de um sistema, incluindo um condutor pré-fabricado pelo qual dispositivos
elétricos podem ser conectados à rede elétrica em um ou mais pontos (pré-determinados ou não)
ao longo do condutor pré-fabricado

3.153
sobrecorrente
corrente cujo valor excede o valor nominal

NOTA Para condutores, o valor nominal é a capacidade de condução de corrente.

3.154
suportes horizontais
〈para cabos〉 conjunto constituído por peças horizontais, fixadas em uma das extremidades e espaçadas
entre si, sobre as quais os cabos são instalados

3.155
temperatura ambiente
temperatura do ar ou de outro meio no qual um componente da instalação elétrica é previsto para
ser instalado

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3.156
tensão de contato
tensão que aparece entre partes simultaneamente acessíveis, quando de uma falha de isolamento

NOTA 1 Por convenção, este termo só é utilizado em relação à proteção contra contatos indiretos.

NOTA 2 Em certos casos, o valor da tensão de contato pode ser influenciado substancialmente pela
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impedância da pessoa em contato com essas partes.

3.157
tensão de contato limite convencional
UL
valor máximo da tensão de contato que pode ser mantida indefinidamente, em condições especificadas
de influências externas

3.158
tensão de contato presumida
o mais alto valor da tensão de contato que pode surgir na instalação elétrica, no caso de se produzir
uma falta de impedância desprezível

3.159
tensão de falta
Uf
tensão que aparece, quando de uma falha de isolamento, entre massa e terra de referência

3.160
tensão de passo
tensão produzida por uma corrente que circula pela terra entre dois pontos de sua superfície, separados
por uma distância correspondente à largura do passo de uma pessoa

NOTA Para efeito de projeto e/ou de medição, considera-se uma distância de 1 m entre os dois pontos
considerados.

3.161
tensão de passo presumida
maior valor da tensão de passo que pode aparecer quando da circulação de corrente pela terra

3.162
tensão de serviço
tensão na origem da instalação

NOTA 1 A tensão de serviço pode diferir da tensão nominal, dentro de limites de tolerância permitidos.

NOTA 2 Podem ser usadas as tensões de fase e de linha, por exemplo, 127 V/220 V.

3.163
tensão nominal (de uma instalação)
tensão pela qual uma instalação, ou parte de uma instalação, é designada

NOTA A tensão real pode diferir da tensão nominal dentro de limites de tolerância admissíveis.

3.164
terra de referência
massa condutiva da terra cujo potencial elétrico, em qualquer ponto, é convencionalmente considerado
igual a zero

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3.165
tomada
〈de corrente〉 dispositivo elétrico com polos ligados permanentemente a uma fonte de energia elétrica
e destinado a alimentar um aparelho de utilização, através de um plugue

3.166
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verificação
todas as medidas por meio das quais a conformidade da instalação elétrica é verificada em relação
aos requisitos correspondentes desta Norma

NOTA A verificação compreende inspeção, ensaio e relatório.

3.167
zona de alcance normal
zona que se estende de qualquer ponto de uma superfície em que pessoas podem permanecer ou
se movimentar habitualmente, até os limites que uma pessoa pode alcançar com a mão, em qualquer
direção, sem recurso auxiliar

4 Princípios fundamentais e determinação das características gerais


4.1 Princípios fundamentais

Os princípios que orientam os objetivos e as prescrições desta Norma são relacionados em 4.1.1 a 4.1.16.

4.1.1 Proteção contra choques elétricos

As pessoas e os animais devem ser protegidos contra choques elétricos, seja o risco associado
a contato acidental com parte viva perigosa, seja a falhas que possam colocar uma massa
acidentalmente sob tensão.

4.1.2 Proteção contra efeitos térmicos

A instalação elétrica deve ser projetada e executada de maneira a minimizar em nível aceitável o risco
de dano ou de ignição de material inflamável, devido a temperaturas elevadas ou arcos elétricos. Além
disso, em serviço normal, as pessoas e os animais domésticos não podem correr risco de queimadura.

4.1.3 Proteção contra sobrecorrentes

As pessoas, os animais e os bens devem ser protegidos contra os efeitos negativos de temperaturas
ou solicitações eletromecânicas excessivas resultantes de sobrecorrentes a que os condutores vivos
possam ser submetidos.

4.1.4 Circulação de correntes de falta

Condutores que não os condutores vivos e outras partes destinadas a escoar correntes de falta devem
poder suportar essas correntes sem atingir temperaturas excessivas.

NOTA 1 Convém lembrar que tais partes estão sujeitas à circulação desde pequenas correntes de fuga
a correntes de falta direta à terra ou à massa, passando por correntes de falta de intensidade inferior à de
uma falta direta.

NOTA 2 No caso dos condutores vivos, considera-se que sua suportabilidade às correntes de falta
é assegurada mediante proteção contra sobrecorrentes, como enunciado em 4.1.3.

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4.1.5 Proteção contra sobretensões e influências eletromagnéticas

As pessoas, os animais e os bens devem ser protegidos contra as consequências prejudiciais de


ocorrências que possam resultar em sobretensões, como faltas entre partes vivas de circuitos sob
diferentes tensões, fenômenos atmosféricos e manobras. A instalação deve apresentar um nível
adequado de imunidade contra as perturbações eletromagnéticas, de modo a funcionar corretamente
Projeto em Consulta Nacional

em seu ambiente. O projeto da instalação deve levar em conta toda emissão eletromagnética prevista,
gerada pela instalação ou por equipamento instalado, que deve ser adequada aos equipamentos de
utilização ou conectados à instalação.

4.1.6 Serviços de segurança

Equipamentos destinados a funcionar em situações de emergência, como incêndios, devem ter seu
funcionamento assegurado a tempo e pelo tempo julgado necessário.

4.1.7 Desligamento de emergência

Sempre que forem previstas situações de perigo em que se faça necessário desenergizar um
circuito, devem ser providos dispositivos de desligamento de emergência, facilmente identificáveis
e rapidamente manobráveis.

4.1.8 Seccionamento

A alimentação da instalação elétrica, de seus circuitos e de seus equipamentos deve poder ser
seccionada para fins de manutenção, verificação, localização de defeitos e reparos.

4.1.9 Independência da instalação elétrica

A instalação elétrica deve ser concebida e construída livre de qualquer influência mútua prejudicial
entre instalações elétricas e não elétricas.

4.1.10 Acessibilidade dos componentes

Os componentes da instalação elétrica devem ser dispostos de modo a permitir espaço suficiente
tanto para a instalação inicial quanto para a substituição posterior de partes, bem como acessibilidade
para fins de operação, verificação, manutenção e reparos.

4.1.11 Seleção dos componentes

Os componentes da instalação elétrica devem ser conforme as normas técnicas aplicáveis e possuir
características compatíveis com as condições elétricas, operacionais e ambientais a que forem
submetidos. Se o componente selecionado não reunir, originalmente, essas características, devem
ser providas medidas compensatórias, capazes de compatibilizá-las com as exigências da aplicação.

4.1.12 Prevenção de efeitos danosos ou indesejados

Na seleção dos componentes, devem ser levados em consideração os efeitos danosos ou indesejados
que o componente possa apresentar, em serviço normal (incluindo operações de manobra), sobre
outros componentes ou na rede de alimentação. Entre as características e fenômenos suscetíveis de
gerar perturbações ou comprometer o desempenho satisfatório da instalação podem ser citados:

— o fator de potência;

— as correntes iniciais ou de energização;

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— o desequilíbrio de fases;

— as harmônicas;

— as sobretensões transitórias geradas por componentes da instalação.

4.1.13 Instalação dos componentes


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Toda instalação elétrica requer cuidadosa execução por pessoas qualificadas, de forma a assegurar,
entre outros objetivos, que:

— as características dos componentes da instalação, como indicado em 4.1.11 e 4.3, não sejam
comprometidas durante sua montagem;

— os componentes da instalação, e os condutores em particular, fiquem adequadamente identificados;

— nas conexões, o contato seja seguro e confiável;

— os componentes sejam instalados preservando-se as condições de resfriamento previstas;

— os componentes da instalação suscetíveis de produzir temperaturas elevadas ou arcos elétricos


fiquem dispostos ou abrigados de modo a eliminar o risco de ignição de materiais inflamáveis; e

— as partes externas de componentes sujeitas a atingir temperaturas capazes de lesionar pessoas


fiquem dispostas ou abrigadas de modo a garantir que as pessoas não corram risco de contatos
acidentais com essas partes.

4.1.14 Proteção contra as interrupções da alimentação

Se a interrupção da alimentação for suscetível de ocasionar perigo ou dano, devem ser adotadas
disposições adequadas no que se refere à instalação ou aos equipamentos instalados.

4.1.15 Verificação da instalação

As instalações elétricas devem ser inspecionadas e ensaiadas antes de sua entrada em funcionamento,
bem como após cada reforma, com vista a assegurar que elas foram executadas de acordo com
esta Norma.

NOTA Para a verificação de equipamentos e instalações elétricas em áreas classificadas contendo


atmosferas explosivas de gases inflamáveis ou poeiras combustíveis, ver ABNT NBR IEC 60079-17.

4.1.16 Qualificação profissional

O projeto, a execução, a verificação e a manutenção das instalações elétricas devem ser confiados
somente a pessoas qualificadas a conceber e executar os trabalhos em conformidade com esta Norma.

4.2 Projeto

4.2.1 Generalidades

No projeto da instalação elétrica, deve-se assegurar:

— a proteção das pessoas, dos animais domésticos e dos bens, conforme 4.1;

— o funcionamento adequado da instalação elétrica, em função da utilização prevista.

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As informações necessárias para o projeto da instalação elétrica são aquelas constantes de 4.2.2
a 4.2.4, já as exigências que o projeto deve atender são aquelas constantes de 4.2.5 a 4.2.8.

4.2.2 Parâmetros da fonte de alimentação

Para a elaboração do projeto das instalações elétricas é necessário considerar os parâmetros da fonte
de alimentação.
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Modificações nas características da fonte de alimentação podem afetar a segurança da instalação.


Em particular, no caso da alimentação pela rede pública, quando o operador da rede modificar
as características da rede, ele deve informar o consumidor.

4.2.2.1 Natureza da corrente

Corrente alternada e/ou corrente contínua.

4.2.2.2 Função dos condutores

a) corrente alternada:

— condutor de fase;

— condutor neutro;

— condutor de proteção.

b) corrente contínua:

— condutor de fase;

— condutor de ponto médio;

— condutor de proteção.

NOTA As funções de certos condutores podem ser associadas em um único condutor.

4.2.2.3 Valores e tolerâncias

— tensões e tolerâncias de tensão;

— interrupções, flutuações de tensão e afundamentos de tensão;

— frequência e tolerâncias de frequência;

— corrente máxima admissível;

— impedância do percurso da corrente de falta;

— corrente presumida de curto-circuito.

4.2.2.4 Medidas de proteção inerentes à alimentação

— aterramento do neutro ou do ponto médio é um exemplo de medida de proteção;

— requisitos particulares do distribuidor de energia elétrica.

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4.2.3 Utilização e demanda

4.2.3.1 A determinação da potência de alimentação é essencial para a concepção econômica


e segura de uma instalação, dentro de limites adequados de elevação de temperatura e de queda
de tensão.

4.2.3.2 Na determinação da potência de alimentação de uma instalação ou de parte de uma instalação


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devem ser considerados:

— os equipamentos de utilização a serem alimentados, conforme 4.5.2.1.1, com suas respectivas


potências nominais;

— as possibilidades de não-simultaneidade de funcionamento destes equipamentos;

— a capacidade de reserva para futuras ampliações;

— variação da utilização das cargas;

— qualquer condição especial, como, por exemplo, as harmônicas;

— exigências das instalações de comando, de sinalização, de telecomunicações etc.

4.2.4 Influências externas

O projeto de uma instalação elétrica deve levar em conta as influências externas às quais a instalação
for submetida.

4.2.5 Seção dos condutores

A seção dos condutores deve ser determinada para as condições de funcionamento normal e de
ocorrência de falta, levando-se em conta:

a) sua temperatura máxima admissível;

b) a queda de tensão admissível;

c) as solicitações eletromecânicas que podem ocorrer em caso de falta à terra e de curto-circuito;

d) quaisquer outras solicitações mecânicas a que os condutores possam ser submetidos;

e) o valor máximo da impedância que garante a atuação da proteção contra curtos-circuitos;

f) o método de instalação.

NOTA Os itens listados acima dizem respeito, fundamentalmente, à segurança das instalações elétricas.
Seções superiores àquelas requeridas pela segurança podem ser desejáveis para atender aspectos
de eficiência energética, conforme a ABNT NBR 15920.

4.2.6 Tipos de linhas elétricas e métodos de instalação

Na seleção do tipo de linha elétrica e do método de instalação, os seguintes critérios devem ser
levados em conta:

— as características do local;

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— as características dos elementos de construção que devem suportar a linha elétrica;

— a acessibilidade das linhas elétricas às pessoas e aos animais domésticos;

— a tensão elétrica;

— as solicitações eletromecânicas que podem ocorrer em caso de falta à terra e de curto-circuito;


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— as interferências eletromagnéticas;

— as outras solicitações às quais as linhas elétricas podem ser submetidas, durante a execução
da instalação elétrica e após sua conclusão.

4.2.7 Dispositivos de proteção

As características dos dispositivos de proteção devem ser determinadas conforme sua função, que
pode ser, por exemplo, a de proteção contra:

— sobrecorrentes (sobrecargas, curtos-circuitos);

— correntes de falta à terra;

— sobretensões;

— subtensões ou ausência de tensão.

Os dispositivos de proteção devem atuar com valores de corrente, de tensão e de tempo compatíveis
com as características dos circuitos e com os perigos possíveis.

4.2.8 Documentação da instalação elétrica

Qualquer instalação elétrica deve ser acompanhada da documentação adequada.

4.3 Seleção dos componentes

4.3.1 Generalidades

Cada componente utilizado nas instalações elétricas deve ser conforme as normas da ABNT e, na
falta destas, conforme as normas pertinentes da IEC. Se porventura não existir norma ABNT ou IEC
sobre o componente, ele pode ser selecionado mediante acordo particular entre as partes envolvidas

4.3.2 Características

Cada componente selecionado deve ter características compatíveis com os valores e as condições
do projeto da instalação elétrica (ver 4.2). Em particular, tais características devem satisfazer as
exigências listadas a seguir.

4.3.2.1 Tensão

Os componentes devem ser compatíveis com o valor máximo da tensão (valor eficaz quando em
corrente alternada) sob a qual são alimentados em serviço normal, bem como com as sobretensões
suscetíveis de ocorrer.

NOTA Para certos componentes pode ser necessário levar em consideração a menor ou maior tensão
elétrica que possa ocorrer em regime normal.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 33/331


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4.3.2.2 Corrente

Os componentes devem ser selecionados levando em conta o valor máximo da corrente (valor eficaz
quando em corrente alternada) que pode percorrê-los em serviço normal. É necessário também
considerar a corrente suscetível de percorrê-los em condições anormais, bem como sua duração (por
exemplo, a duração da passagem de tal corrente em função dos dispositivos de proteção, se existentes).
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4.3.2.3 Frequência

Se a frequência tiver influência sobre as características dos componentes, sua frequência nominal
deve corresponder à frequência suscetível de ocorrer no circuito pertinente.

4.3.2.4 Potência

Os componentes selecionados com base nas suas características de potência devem poder ser utilizados
na potência máxima que eles absorvem em serviço, levando em conta as condições de serviço.

4.3.3 Condições de instalação

Todos os componentes devem ser selecionados de modo a suportar, com toda segurança,
as solicitações e as influências externas (ver 4.2.4) particulares do local onde forem instalados.
Se porventura a construção do componente não for compatível com as influências externas vigentes
no local de sua instalação, ele pode ser utilizado desde que provido de proteção complementar,
adequada à instalação, que o torne apto a tais influências.

4.4 Verificação das instalações elétricas


As instalações elétricas devem ser submetidas a verificações periódicas.

NOTA Para verificações periódicas de equipamentos e instalações elétricas em áreas classificadas


contendo atmosferas explosivas de gases inflamáveis ou poeiras combustíveis, ver ABNT NBR IEC 60079-17.

4.5 Determinação das características gerais das instalações elétricas


4.5.1 Generalidades

Devem ser determinadas as seguintes características da instalação:

a) utilização prevista e demanda (ver 4.5.2);

b) esquema de aterramento (ver 4.5.2.2);

c) alimentações disponíveis (ver 4.5.2.3);

d) necessidade de serviços de segurança e de fontes apropriadas (ver 4.5.2.3.1.2);

e) exigências quanto à divisão da instalação (ver 4.5.2.4);

f) influências externas às quais a instalação for submetida (ver 4.5.2.5);

g) riscos de incompatibilidade e de interferências (ver 4.5.2.6);

h) requisitos de manutenção (ver 4.5.2.7).

NOTA 1 Além das características citadas nas alíneas a) à h) pode ser necessário consultar as IEC 60364-4-41,
IEC 60364-4-44, IEC 60364-5-51 e IEC 60364-5-55.

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NOTA 2 Para outros tipos de instalação, por exemplo, instalações de comunicação ou de automação
predial, devem ser consideradas as normas ABNT ou IEC pertinentes, bem como as respectivas publicações
da ITU-T e da ITU-R.

4.5.2 Objetivos, alimentações e estruturas

4.5.2.1 Utilização e demanda – Potência de alimentação


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4.5.2.1.1 Previsão de carga

A previsão de carga de uma instalação deve ser realizada obedecendo-se às prescrições de 4.5.2.1.2
a 4.5.2.1.4

4.5.2.1.2 Geral

a) a carga a considerar para um equipamento de utilização é a potência nominal por ele absorvida,
dada pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal, do fator de
potência e da taxa de distorção harmônica.

b) nos casos em que for dada a potência nominal fornecida pelo equipamento (potência de saída),
e não a absorvida, devem ser considerados o rendimento e o fator de potência.

4.5.2.1.3 Iluminação

a) as cargas de iluminação devem ser determinadas como resultado da aplicação da


ABNT NBR ISO/CIE 8995-1.

b) para os aparelhos fixos de iluminação, a potência nominal a ser considerada deve incluir a potência
das lâmpadas, as perdas, o fator de potência e a taxa de distorção harmônica dos equipamentos
auxiliares.

NOTA Em 9.5.2.1 são fixados critérios mínimos para pontos de iluminação em locais de habitação.

4.5.2.1.4 Pontos de tomada

a) em locais de habitação, os pontos de tomada devem ser determinados e dimensionados de acordo


com 9.5.2.2;

b) em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, como casas de máquinas,


salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada
de uso geral. Aos circuitos terminais respectivos devem ser atribuídos uma potência de no mínimo
1 000 VA;

c) quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída uma potência
igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou a soma das potências nominais dos
equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos não forem conhecidos, a potência
atribuída ao ponto de tomada deve seguir um dos dois seguintes critérios:

— potência ou soma das potências dos equipamentos mais potentes que o ponto pode vir
a alimentar, ou

— potência calculada com base na corrente de projeto e na tensão do circuito respectivo;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 35/331


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d) os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no máximo a 1,5 m do ponto
previsto para a localização do equipamento a ser alimentado;

e) os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento devem ser providos com
a quantidade adequada de tomadas.

NOTA Quando a conexão de luminárias é realizada por meio de tomadas de corrente, este ponto de
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utilização não é considerado como sendo um ponto de tomada para efeito das prescrições desta Norma.
É entendido que a tomada e o plugue nada mais são do que uma forma de conexão entre o circuito e a
luminária correspondente, como seria por meio de conectores, emendas, tomada e plugue móveis etc. (por
exemplo: conexão de luminárias em perfilados, rabichos com tomada e plugue etc.).

4.5.2.2 Disposição dos condutores vivos e esquema de aterramento

Devem ser determinadas as seguintes características:

— disposição dos condutores vivos em condições normais de operação;

— esquema de aterramento.

4.5.2.2.1 Esquema de condutores vivos

São considerados os seguintes esquemas de condutores vivos:

a) corrente alternada:

— monofásico a dois condutores (ver Figura 1);

— monofásico a três condutores (ver Figura 2);

— bifásico a três condutores (ver Figura 3);

— trifásico a três condutores (ver Figura 4);

— trifásico a quatro condutores (ver Figura 5);

b) corrente contínua:

— dois condutores (ver Figura 6);

— três condutores (ver Figura 7).

L1

L2 ou N

Figura 1 – Monofásico a dois condutores

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Figura 2 – Monofásico a três


Ângulo de fase 0° condutores

L1 L1 L1

N
L2 N

L2 N L2

Ângulo de fase 180° Ângulo de fase 90° Ângulo de fase 120°

Figura 3 – Bifásico a três condutores

L1
L1

L2 L2

L3
L3

Conexão estrela Conexão triângulo


Figura 4 – Trifásico a três condutores

c)
L1
L2

L3

N
Figura 5 – Trifásico a quatro condutores

Trifásico a quatro condutores, com condutor neutro ou condutor PEN. O condutor PEN não é, por
definição, um condutor vivo, mas nele circula corrente.

NOTA As disposições de condutores descritos em 4.5.2.2 não são exaustivas. Elas constituem exemplos
de disposições típicas.

4.5.2.2.2 Condutores vivos em circuitos a corrente contínua

Ver Figuras 6 e 7.

NOTA Os condutores PEL ou PEM não são condutores vivos; no caso do PEM, nele geralmente circula
corrente. Daí as denominações a dois condutores ou a três condutores.

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Figura 6 – Circuito c.c. a dois condutores

Figura 7 – Circuito c.c. a três condutores

4.5.2.2.3 Esquemas de aterramento

Nesta Norma são considerados os esquemas de aterramento descritos em 4.5.2.2.3.1 a 4.5.2.2.3.3,


cabendo as seguintes observações sobre as ilustrações e símbolos utilizados:

a) As Figuras 8 a 23, que ilustram os esquemas de aterramento, devem ser interpretadas de


forma genérica. As massas indicadas não simbolizam um único, mas sim qualquer número de
equipamentos elétricos. Além disso, as Figuras não podem ser vistas com conotação espacial
restrita. Deve-se notar, neste particular, que como uma mesma instalação pode eventualmente
abranger mais de uma edificação, as massas devem necessariamente compartilhar o mesmo
eletrodo de aterramento, se pertencentes a uma mesma edificação, mas podem, em princípio,
estar ligadas a eletrodos de aterramento distintos, se situadas em diferentes edificações, com
cada grupo de massas associado ao eletrodo de aterramento da edificação respectiva. Nas
Figuras são utilizados os seguintes símbolos:

Condutor neutro (N); condutor do ponto médio (M)

Condutor de proteção (PE)

Condutor combinando as funções de neutro e de condutor de proteção (PEN)

b) Na classificação dos esquemas de aterramento é utilizada a seguinte simbologia:

— primeira letra – Situação da alimentação em relação à terra:

T = um ponto diretamente aterrado;

I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através


de impedância;

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— segunda letra – Situação das massas da instalação elétrica em relação à terra:

T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto


da alimentação;

N = massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto


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aterrado é normalmente o ponto neutro);

NOTA 1 As Figuras 8 a 18 mostram exemplos de esquemas em corrente alternada comumente utilizados.


As Figuras 19 a 23 mostram exemplos de esquemas em corrente contínua comumente utilizados.

NOTA 2 As linhas tracejadas indicam partes da rede não cobertas por esta Norma, enquanto os traços
cheios indicam as partes cobertas por esta Norma.

NOTA 3 No caso de redes privadas, a fonte e/ou a rede de distribuição podem ser consideradas como parte
da instalação, no contexto desta Norma. Neste caso, as Figuras conteriam apenas traços cheios.

NOTA 4 Nos casos das Figuras 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17 e 18, que indicam dois eletrodos de aterramento
(fonte e instalação), para que os esquemas fiquem corretamente caracterizados, é necessário que os
eletrodos de aterramentos sejam eletricamente independentes (o termo “eletricamente independente” está
definido na Seção 3).

4.5.2.2.3.1 Esquemas TN

4.5.2.2.3.1.1 Esquemas com uma única fonte

Os esquemas TN possuem um ponto (BEP) diretamente ligado à terra (eletrodo de aterramento da


instalação) e as massas da instalação são ligadas direta ou indiretamente a este ponto por condutores
de equipotencialização ou de proteção. Existem três tipos de esquema TN, conforme a disposição do
condutor neutro e do condutor de proteção. São eles:

a) esquema TN-S, que se caracteriza pelo uso de condutor de proteção e condutor neutro (Figura 8)
ou condutor de fase aterrado (Figura 9) distintos ao longo de todo o esquema (ver Figuras 8, 9
e 10).

NOTA Sobre os símbolos, ver explicação em 4.5.2.2.3.

b) esquema TN-C, que se caracteriza pela combinação das funções de neutro e de proteção num
único condutor (condutor PEN) em parte do esquema (Figuras 11 e 12).

NOTA Sobre os símbolos, ver explicação que consta de 4.5.2.2.3.

c) esquema TN-C-S, que se caracteriza pela combinação das funções de neutro e de proteção num
único condutor (condutor PEN), em parte do esquema, sendo então separados a partir de certo
ponto (Figuras 11 e 12)

NOTA Sobre os símbolos, ver explicação que consta de 4.5.2.2.3.

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Figura 8 – Esquema TN-S com condutor neutro e condutor de


proteção separados entre a fonte e o ponto de entrada

NOTA Pode haver aterramento adicional do PE na instalação

Figura 9 – Esquema TN-S com condutor de fase aterrado e condutor de


proteção separado, ao longo de todo o esquema

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NOTA Pode haver aterramento adicional do PE na instalação

Figura 10 – Esquema TN-S com condutor de proteção aterrado, mas


sem condutor neutro ao longo do esquema

NOTA Pode haver aterramento adicional do PEN ou do PE na instalação

Figura 11 – Esquema TN-C-S trifásico, a quatro condutores, com o condutor


PEN separado em PE e N em determinado ponto da instalação

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 41/331


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As funções de condutor neutro e de condutor de proteção são combinadas em um único condutor em


parte do esquema.

NOTA Pode haver aterramento adicional do condutor PEN, na distribuição, e do PE, na instalação.

Figura 12 – Esquema TN-C-S monofásico a dois condutores, com


a separação do PEN em PE e N na origem da instalação

4.5.2.2.3.1.2 Esquemas com fontes múltiplas

No caso de instalações com fontes múltiplas que utilizem esquema TN, uma parte da corrente pode
circular em circuitos onde normalmente esta corrente não é prevista. Tais correntes podem causar:

— incêndio;

— corrosão;

— interferências eletromagnéticas.

Nestas situações, as regras essenciais são aquelas listadas de a) a d) na legenda da Figura 13.

Qualquer ampliação do esquema de aterramento deve ser considerada, tendo em vista a necessidade
de bom funcionamento das medidas de proteção.

Em instalações com cargas apenas bifásicas ou trifásicas, não é necessário prover condutor neutro
(Figura 14). Nestes casos, o condutor de proteção pode dispor de múltiplas conexões com a terra.

NOTA O esquema com fontes múltiplas é apresentado para esquemas TN e unicamente para garantir
compatibilidade eletromagnética. O arranjo não é apresentado para esquema IT ou TT, pois tais esquemas
são geralmente compatíveis em relação aos aspectos de compatibilidade eletromagnética.

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Legenda
a) Quando todas as fontes pertencerem à instalação, não é admitida ligação direta entre o centro estrela do
transformador ou do gerador e a terra. No caso de uma das fontes ser a rede pública de distribuição em
baixa tensão, a distribuidora de energia elétrica é a responsável pelo aterramento ou não do centro estrela
de seu transformador.
b) O condutor entre o centro estrela do transformador ou do gerador e o BEP deve ser isolado. Embora
constitua um condutor PEN, ele não pode ser conectado aos equipamentos de utilização.
c) Em toda a instalação, só se admite uma única conexão entre o condutor PEN e o BEP. Esta conexão deve
se situar no ponto de entrada da edificação.
d) Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.
No caso dos equipamentos de utilização, o condutor neutro e o condutor de proteção devem ser separados.

Figura 13 – Esquema TN-C-S com fontes múltiplas

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 43/331


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Legenda
a) Quando todas as fontes pertencerem à instalação, não é admitida ligação direta entre o centro estrela do
transformador ou do gerador e a terra. No caso de uma das fontes ser a rede pública de distribuição em
baixa tensão, a distribuidora de energia elétrica é a responsável pelo aterramento ou não do centro estrela
de seu transformador.
b) O condutor entre o centro estrela do transformador ou do gerador e o BEP deve ser isolado. Embora
constitua um condutor PEN, ele não pode ser conectado aos equipamentos de utilização.
c) Em toda a instalação, só se admite uma única conexão entre o condutor PEN e o BEP. Esta conexão deve
se situar no ponto de entrada da edificação.
d) Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.

Figura 14 – Esquema TN com fontes múltiplas e cargas bifásicas ou trifásicas


quando há condutor de proteção, mas não condutor neutro

4.5.2.2.3.2 Esquema TT

O esquema TT possui apenas um ponto da alimentação diretamente aterrado e as massas da


instalação elétrica são ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente independentes do eletrodo
de aterramento da alimentação (Figuras 15 e 16).

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NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação

Figura 15 – Esquema TT com condutor de proteção e condutor neutro distintos, ao longo


de todo o esquema

NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação

Figura 16 – Esquema TT com condutor de proteção, mas sem


condutor neutro ao longo do esquema

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 45/331


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4.5.2.2.3.3 Esquema IT

No esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é aterrado
através de impedância (Figuras 17 e 18). As massas da instalação são aterradas, verificando-se as
seguintes possibilidades:
Projeto em Consulta Nacional

— massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentação, se existente; e

— massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento próprio(s), seja porque não há eletrodo de


aterramento da alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento das massas é eletricamente
independente do eletrodo de aterramento da alimentação.

NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.

Legenda

1) O aterramento da fonte pode ser por meio de impedância suficientemente elevada. O ponto a ser aterrado
pode ser, por exemplo, o ponto neutro, um ponto neutro artificial ou um condutor de fase.
2) O condutor neutro pode ou não ser distribuído.

Figura 17 – Esquema IT com todas as massas interligadas


por condutor de proteção coletivamente aterrado

46/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.

Legenda

1) O aterramento da alimentação pode ser por meio de impedância suficientemente elevada


2) O condutor neutro pode ou não ser distribuído.

Figura 18 – Esquema IT com massas aterradas em grupo ou individualmente

4.5.2.2.3.4 Esquemas em corrente contínua

Quando as Figuras 19 a 23 indicam aterramento de uma polaridade específica, de um esquema a


corrente contínua a dois condutores, a decisão de aterrar a polaridade positiva ou negativa deve
ser fundamentada nas condições operacionais ou em circunstâncias como, por exemplo, a de evitar
corrosão eletroquímica dos condutores de linha ou os dispositivos de aterramento utilizados.

4.5.2.2.3.4.1 Esquema TN-S

Na Figura 19, arranjo a), o condutor vivo aterrado (por exemplo, L–) é separado do condutor de
proteção em toda a instalação. Da mesma forma, no arranjo b), o condutor de ponto médio (M),
aterrado, é separado do condutor de proteção em toda a instalação.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 47/331


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NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.

Arranjo a)

NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.

Arranjo b)

Figura 19 – Esquema TN-S em corrente contínua (c.c.)

48/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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4.5.2.2.3.4.2 Esquema TN-C

Na Figura 20, arranjo a), as funções do condutor vivo aterrado (por exemplo, L–) e do condutor de
proteção são combinadas em um único condutor (PEL) em toda a instalação. No arranjo b), o condutor
do ponto médio (M) e o condutor de proteção são combinados em um único condutor (PEM), em toda
a instalação.
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NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PEL na instalação.

Arranjo a)

NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PEM na instalação.

Arranjo b)

Figura 20 – Esquema TN-C em corrente contínua (c.c.)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 49/331


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4.5.2.2.3.4.3 Esquema TN-C-S


Na Figura 21, arranjo a), as funções do condutor vivo aterrado (por exemplo, L–) e do condutor
de proteção são combinadas em um único condutor (PEL) em parte da instalação. No esquema b),
as funções do condutor de ponto médio (M) e do condutor de proteção também são combinadas
em um único condutor (PEM) em parte da instalação.
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NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.


Arranjo a)

NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.


Arranjo b)

Figura 21 – Esquema TN-C-S em corrente contínua (c.c.)

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4.5.2.2.3.4.4 Esquema TT
O esquema TT possui apenas um ponto da alimentação diretamente aterrado e as massas da
instalação elétrica são ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente independentes do eletrodo
de aterramento da alimentação.
Na Figura 22, arranjo a), o condutor vivo aterrado (por exemplo, L–) é separado do condutor de
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proteção em toda a instalação. Da mesma forma, no arranjo b), o condutor de ponto médio (M),
aterrado, é separado do condutor de proteção em toda a instalação.

NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.


Arranjo a)

NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.


Arranjo b)

Figura 22 – Esquema TT em corrente contínua (c.c.)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 51/331


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4.5.2.2.3.4.5 Esquema IT

No esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é aterrado através
de impedância. As massas da instalação são aterradas, verificando-se as seguintes possibilidades:

— massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentação, se existente; e


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— massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento próprio(s), seja porque não há eletrodo de


aterramento da alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento das massas é eletricamente
independente do eletrodo de aterramento da alimentação.

Na Figura 23, arranjo a), o condutor vivo aterrado (por exemplo, L–) é separado do condutor de
proteção em toda a instalação. Da mesma forma, no arranjo b), o condutor de ponto médio (M),
aterrado, é separado do condutor de proteção em toda a instalação.

Legenda

1) O esquema pode ser aterrado por meio de impedância suficientemente elevada.


NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.

Arranjo a)

Figura 23 – Esquema IT em corrente contínua (c.c.) (continua)

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Legenda

1) O esquema pode ser aterrado por meio de impedância suficientemente elevada


NOTA Podem existir aterramentos adicionais do condutor PE na instalação.

Arranjo b)
Figura 23 (conclusão)
4.5.2.3 Alimentações

4.5.2.3.1 Geral

4.5.2.3.1.1 Características das alimentações

As seguintes características da(s) alimentação(ões), quaisquer que sejam a fonte e as tolerâncias


dessas características, devem ser determinadas por cálculo, medição, consulta ou inspeção:

a) o valor da(s) tensão(ões) nominal(ais);

b) a natureza da corrente e da frequência;

c) o valor de corrente de curto-circuito presumida;

d) a impedância do percurso da corrente de falta a montante;

e) a possibilidade de atender às exigências da instalação, incluindo a demanda máxima; e

f) o tipo e o ajuste do dispositivo de proteção contra sobrecorrentes a montante.

NOTA As faixas de tensão em corrente alternada ou contínua em que devem ser classificadas as instalações,
conforme a tensão nominal, são dadas no Anexo A.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 53/331


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Tais características devem ser obtidas com a empresa distribuidora de energia elétrica, no que se
refere ao suprimento via rede pública de distribuição, e devem ser determinadas, quando se tratar de
fonte própria. Elas são aplicáveis seja às alimentações principais, seja às alimentações de segurança
e de reserva.

4.5.2.3.1.2 Alimentações para os serviços de segurança e alimentações de reserva


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Quando os serviços de segurança são impostos pelas autoridades competentes ou quando as


alimentações de reserva são requeridas no projeto da instalação, as características das alimentações
para os serviços de segurança ou de reserva devem ser determinadas separadamente. Tais
alimentações devem ter capacidade, confiabilidade e disponibilidade adequadas à função especificada.

A subseção 6.6 especifica requisitos suplementares para a alimentação das instalações de segurança.
Esta Norma não contém requisitos particulares para as alimentações de reserva.

4.5.2.4 Divisão da instalação

4.5.2.4.1 A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, devendo cada
circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através
de outro circuito.

4.5.2.4.2 A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender, entre outras, às seguintes
exigências:

a) segurança – por exemplo:

— evitar que a falha em um circuito prive de alimentação toda uma área;

— impedir a energização indireta de um circuito destinado a ser seccionado.

b) conservação de energia – por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação e/ou de climatização
sejam acionadas na justa medida das necessidades;

c) funcionais – por exemplo:

— reduzir a possibilidade de desligamentos indesejáveis dos dispositivos DR, devidos à corrente


excessiva no condutor PE e não apenas devido à ocorrência de faltas;

— viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os necessários em auditórios, salas de


reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer etc.;

— reduzir os efeitos das interferências eletromagnéticas;

d) de produção – por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência;

e) de manutenção – por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção, ensaios e manutenção,


ver 5.6.4 e 5.6.5. (ver também IEC 60364-5-53)

4.5.2.4.3 Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que requeiram controle
específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros (por exemplo,
circuitos de supervisão predial).

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4.5.2.4.4 Na divisão da instalação devem ser consideradas também as necessidades futuras.


As ampliações previsíveis devem se refletir não só na potência de alimentação, como tratado em 4.2.3,
mas também na taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição.

4.5.2.4.5 Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de
utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos para pontos
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de iluminação e para pontos de tomada.

NOTA Para locais de habitação, ver também 9.5.3.

4.5.2.4.6 As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível.

4.5.2.4.7 Quando a instalação comportar mais de uma alimentação (rede pública, geração local etc.),
a distribuição associada especificamente a cada uma delas deve ser disposta separadamente e de
forma claramente diferenciada das demais. Em particular, não se admite que componentes vinculados
especificamente a uma determinada alimentação compartilhem, com elementos de outra alimentação,
quadros de distribuição e linhas, incluindo as caixas dessas linhas, salvo as seguintes exceções:

a) circuitos de sinalização e comando, no interior de quadros;

b) conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar o intercâmbio das fontes de alimentação;

c) linhas abertas e nas quais os condutores de uma e de outra alimentação sejam adequadamente
identificados.

4.5.2.5 Classificação das influências externas

Esta subseção estabelece uma classificação e uma codificação e os requisitos que os componentes
das influências externas que devem ser consideradas na concepção e na execução das instalações
elétricas.

4.5.2.5.1 Esta subseção estabelece uma classificação e uma codificação e os requisitos que os
componentes das influências externas que devem ser consideradas na concepção e na execução
das instalações elétricas.

4.5.2.5.2 Cada condição de influência externa é designada por um código que compreende sempre
um grupo de duas letras maiúsculas e um número, como descrito a seguir:

a) a primeira letra indica a categoria geral da influência externa:

— A = meio ambiente;

— B = utilização;

— C = construção das edificações;

b) a segunda letra (A, B, C, ...) indica a natureza da influência externa;

c) o número (1, 2, 3, ...) indica a classe de cada influência externa.

NOTA 1 A codificação indicada nesta subseção não é destinada à marcação dos componentes. Essa questão
(marcação dos componentes) é tratada nas normas dos próprios componentes e, de forma integrada, em
normas mais gerais como, por exemplo, a que define e classifica os graus de proteção providos por invólucros
(ver ABNT NBR IEC 60529) ou a que define as classes de proteção contra choques elétricos (ver IEC 61140).

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NOTA 2 Como há uma tendência de se associar a ideia de “influências externas” predominantemente


a fatores como temperatura ambiente, condições climáticas, presença de água e solicitações mecânicas,
é importante destacar que a classificação aqui apresentada cobre uma gama muito mais extensa de variáveis
de influência, todas tendo seu peso em aspectos como seleção dos componentes, adequação de medidas
de proteção etc. Por exemplo, a qualificação das pessoas (sua consciência e seu preparo para lidar com os
riscos da eletricidade), situações que reforçam ou prejudicam a resistência elétrica do corpo humano (pele
seca, pele molhada, imersão etc.) e o nível de contato das pessoas com o potencial da terra são “influências
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externas” que podem decidir se uma medida de proteção contra choques é ou não aceitável em determinado
local, dependendo de como essas condições de influências externas aí se apresentam.

4.5.2.6 Compatibilidade

4.5.2.6.1 Compatibilidade das características

Devem ser tomadas medidas apropriadas quando quaisquer características dos componentes da
instalação forem suscetíveis de produzir efeitos prejudiciais em outros componentes, em outros
serviços ou ao bom funcionamento da fonte de alimentação. Essas características dizem respeito, por
exemplo, a:

— sobretensões transitórias;

— quedas de tensão;

— cargas desequilibradas;

— variações rápidas de potência;

— correntes de partida;

— correntes harmônicas;

— componentes contínuas;

— oscilações de alta frequência;

— correntes de fuga;

— necessidade de aterramentos adicionais ou específicos;

— correntes excessivas no condutor de proteção, sem a existência de falta.

4.5.2.6.2 Compatibilidade eletromagnética

Todos os componentes da instalação elétrica devem atender as exigências de compatibilidade


eletromagnética e as normas aplicáveis.

Além disso devem ser observadas medidas destinadas a reduzir os efeitos dos distúrbios de tensões
induzidas e das perturbações eletromagnéticas em geral, como indicado em 5.4.

4.5.2.7 Manutenção

Devem-se estimar a frequência e a qualidade da manutenção com que a instalação pode contar, ao
longo de sua vida útil. Esse dado deve ser levado em conta na aplicação das prescrições das Seções 5,
6, 7 e 8, de forma que:

— toda verificação periódica, todo ensaio, toda manutenção e todo reparo necessários ao longo da
vida útil possa ser efetuado prontamente e de forma segura;

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— seja assegurada a eficácia das medidas de proteção destinadas a garantir a proteção;

— a confiabilidade dos componentes, sob o ponto de vista do correto funcionamento da instalação,


seja compatível com a vida útil prevista desta.

NOTA 1 Para a manutenção de equipamentos e instalações elétricas em áreas classificadas contendo


atmosferas explosivas de gases inflamáveis ou poeiras combustíveis, ver ABNT NBR IEC 60079-17.
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NOTA 2 Para o reparo e recuperação de equipamentos elétricos para áreas classificadas contendo
atmosferas explosivas de gases inflamáveis ou poeiras combustíveis, ver ABNT NBR IEC 60079-19.

4.5.2.8 Continuidade de serviço

Deve ser avaliada a continuidade de serviço para cada circuito considerado necessário durante a vida
útil da instalação. As seguintes características devem ser consideradas:

— seleção do esquema de aterramento;

— seleção dos dispositivos de proteção, de forma a garantir seletividade;

— quantidade de circuitos;

— alimentações múltiplas.

5 Proteção para garantir segurança


5.1 Proteção contra choques elétricos

5.1.1 Introdução

5.1.1.1 Princípio fundamental

O princípio que fundamenta as medidas de proteção contra choques especificadas nesta Norma pode
ser assim resumido:

a) partes vivas perigosas não podem ser acessíveis (proteção contra contato direto); e

b) massas ou partes condutivas acessíveis não podem oferecer perigo, seja em condições normais,
seja, em particular, em caso de alguma falha que as tornem acidentalmente vivas (proteção contra
contato indireto).

NOTA Os conceitos e princípios da proteção contra choques elétricos aqui adotados são tratados na
IEC 61140.

5.1.1.2 Regra geral

O princípio enunciado em 5.1.1.1 deve ser assegurado, como regra geral de proteção contra choques
elétricos, no mínimo, pelo provimento conjunto de proteção contra contato direto e de proteção contra
contato indireto, mediante combinação de meios independentes ou mediante aplicação de uma medida
capaz de prover ambas as proteções, simultaneamente.

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Exceções são previstas em 5.1.5 e 5.1.6, que indicam, respectivamente, os casos em que se admite
uma proteção apenas parcial e os casos em que se admite mesmo omitir qualquer proteção contra
choques elétricos.

NOTA 1 Os conceitos de proteção contra contato direto e de proteção contra contato indireto correspondem,
respectivamente, aos conceitos de proteção contra contato direto e de proteção contra contato indireto
vigentes até a edição de 2004 desta Norma.
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NOTA 2 Exemplos de proteção contra contato direto:

— isolação básica ou separação básica;

— uso de barreira ou invólucro;

— limitação da tensão.

NOTA 3 Exemplos de proteção contra contato indireto:

— equipotencialização e seccionamento automático da alimentação;

— isolação suplementar;

— separação elétrica.

NOTA 4 Na proteção contra choques elétricos também é considerada a classificação de influências externas.

5.1.1.3 Proteção adicional

Proteção adicional contra choques elétricos é requerida em casos específicos, conforme 5.1.3 e Seção 9.

5.1.2 Medidas de proteção

5.1.2.1 Generalidades

As medidas de proteção contra choques elétricos são apresentadas em 5.1.2.2 a 5.1.2.5. A aplicação
dessas medidas, em caráter geral, é tratada em 5.1.4. A aplicação dessas medidas em situações
ou locais específicos consta na Seção 9.

Quanto à proteção adicional, os meios de proteção são apresentados em 5.1.3, juntamente com
casos de caráter geral em que ela é obrigatória. A exigência de proteção adicional também figura,
implicitamente, em prescrições da Seção 9.

NOTA 1 Diferentes medidas podem coexistir numa mesma instalação.

NOTA 2 Nesta Norma, a expressão “medida de proteção contra choques”, o termo “medida” é usado para
designar expressamente providências que atendem à regra geral da proteção contra choques (5.1.1.2),
isto é, capazes de prover o correspondente à proteção contra contato direto mais proteção contra contato
indireto, pelo menos. O vocábulo “meio”, na expressão “meio de proteção”, é usado para qualificar um recurso
de proteção contra contato direto ou de proteção contra contato indireto.

Todo ensaio deve ser realizado de forma que sempre sejam colocados os componentes dentro
de seus invólucros para que ocorra a estabilização térmica. A elevação de temperatura não pode
ser superior a 35 K.

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5.1.2.1.1 Nesta subseção, as seguintes especificações das tensões são aplicadas, salvo especificações
contrárias:

a) as tensões em corrente alternada são eficazes;

b) as tensões em corrente contínua são lisas.


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O termo “lisa” é convencionalmente definido como uma taxa de ondulação (ripple) não superior a 10 %
em valor eficaz da componente contínua.

5.1.2.1.2 Uma medida de proteção deve consistir:

a) de uma combinação apropriada de uma medida de proteção contra contatos diretos e de uma
medida independente da proteção contra contatos indiretos, ou;

b) de uma medida de proteção reforçada que assegure uma proteção contra contatos diretos
e contatos indiretos.

Uma proteção adicional é definida como parte de uma medida de proteção em certas condições
de influências externas e em certos locais especiais.

NOTA 1 Para aplicações especiais, são permitidas medidas de proteção que não seguem os requisitos
acima (ver 6.1.2.1.5).

NOTA 2 Um exemplo de medida de proteção reforçada é uma isolação dupla ou reforçada.

5.1.2.1.3 Em cada parte da instalação, uma ou mais medidas de proteção devem ser aplicadas,
levando em consideração as condições das influências externas.

As seguintes medidas de proteção geralmente são permitidas:

a) seccionamento automático da alimentação (ver 5.1.2.2.4);

b) isolação dupla ou reforçada (ver 5.1.2.3);

c) separação elétrica para a alimentação de somente um de equipamento de utilização;

d) extra baixa tensão (SELV e PELV) (ver 5.1.2.5).

As medidas de proteção aplicadas na instalação devem ser consideradas na seleção e na instalação


dos equipamentos.

Para instalações específicas, ver 5.1.2.1.4 a 5.1.2.1.8.

5.1.2.1.4 Para as instalações e os locais especiais, as medidas de proteção específicas das normas
correspondentes devem ser aplicadas.

5.1.2.1.5 As medidas de proteção, especificadas no Anexo B, ou seja, por uso de obstáculos e

5.1.2.1.6 colocação fora do alcance, somente devem ser utilizadas em instalações acessíveis para:

a) pessoas qualificadas (BA4) ou advertidas (BA5), ou;

b) pessoas sob a supervisão de pessoas qualificadas (BA4) ou advertidas (BA5).

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5.1.2.1.7 Se certas condições de uma medida de proteção não forem atendidas, devem ser tomadas
disposições adicionais para assegurar que estas associações de medidas de proteção forneçam
o mesmo grau de proteção.

NOTA Um exemplo da aplicação desta regra é indicado em 5.1.2.5.

5.1.2.1.8 Medidas de proteção diferentes aplicadas na mesma instalação ou parte de uma instalação,
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ou em equipamento não podem influenciar uma sobre a outra, de maneira que a falha de uma medida
de proteção não possa prejudicar as outras medidas de proteção.

5.1.2.1.9 Uma medida de proteção contra contatos indiretos pode ser omitida para os seguintes
equipamentos:

a) suportes metálicos de isoladores de linhas aéreas fixados à edificação que estiverem fora da
zona de alcance normal;

b) postes de concreto armado em que a armadura não é acessível;

c) partes condutivas expostas que, por suas reduzidas dimensões (até aproximadamente
50 mm × 50 mm) ou por sua disposição, não possam ser agarradas ou estabelecer contato
significativo com parte do corpo humano, desde que a ligação a um condutor de proteção seja
difícil ou pouco confiável;

NOTA Isto se aplica, por exemplo, a parafusos, pinos, placas de identificação e grampos de fixação
de condutores.

d) invólucros metálicos de proteção de equipamentos, ver 5.1.2.3.

5.1.2.2 Equipotencialização e seccionamento automático da alimentação

5.1.2.2.1 A precondição de proteção contra contato direto deve ser assegurada por isolação das
partes vivas e/ou pelo uso de barreiras ou invólucros, conforme o Anexo B.

5.1.2.2.2 A proteção contra contato indireto deve ser assegurada, conjuntamente, por equipotencialização,
conforme 5.1.2.2.3, e pelo seccionamento automático da alimentação, conforme 5.1.2.2.4.

NOTA 1 A equipotencialização e o seccionamento automático da alimentação se completam, de forma


indissociável, porque quando a equipotencialidade não é o suficiente para impedir o aparecimento de tensões
de contato perigosas, entra em ação o recurso do seccionamento automático, promovendo o desligamento
do circuito em que se manifesta a tensão de contato perigosa.

NOTA 2 Sobre a aplicação dessa medida de proteção (equipotencialização e seccionamento automático


da alimentação), ver ainda as prescrições de 5.1.4 e a Seção 9.

5.1.2.2.3 Equipotencialização

As prescrições de 5.1.2.2.3.1 a 5.1.2.2.3.6 traduzem princípios básicos da equipotencialização


aplicada à proteção, contra choques elétricos, apresentados de forma pontual. Em situações concretas,
o atendimento de algum deles pode resultar automaticamente no atendimento de outro(s).

5.1.2.2.3.1 Todas as massas de uma instalação devem estar ligadas a condutores de proteção.

Partes condutivas acessíveis de componentes que sejam objeto de outra medida de proteção contra
choques elétricos (que não a proteção por equipotencialização e seccionamento automático) não

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podem ser ligadas a condutores de proteção, salvo se seu aterramento ou equipotencialização for
previsto por razões funcionais e isso não comprometer a segurança proporcionada pela medida de
proteção de que são objeto.

NOTA 1 São exemplos de partes condutivas acessíveis não aterráveis, como regra geral: invólucros
metálicos de componentes classe II (ver 5.1.2.3), massas de equipamentos objeto de separação elétrica
individual (ver 5.1.2.4) e massas de equipamentos classe III (alimentados por fonte SELV, ver 5.1.2.5). Sobre
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classificação dos componentes da instalação quanto à proteção contra choques elétricos (classes I, II e III),
ver IEC 61140.

NOTA 2 Sobre condutores de proteção, ver 6.4.3.

5.1.2.2.3.2 Em cada edificação deve ser realizada uma equipotencialização principal, nas condições
especificadas em 6.4.2.1, e tantas equipotencializações suplementares quantas forem necessárias.

NOTA Sobre equipotencializações suplementares, ver 5.1.3.1.

5.1.2.2.3.3 Todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação devem estar
vinculadas à equipotencialização principal da edificação e, dessa forma (ver 6.4.2.1), a um mesmo
e único eletrodo de aterramento. Isso sem prejuízo de equipotencializações adicionais que se façam
necessárias, para fins de proteção contra choques e/ou de compatibilidade eletromagnética.

5.1.2.2.3.4 Massas simultaneamente acessíveis devem estar vinculadas a um mesmo eletrodo de


aterramento, sem prejuízo de equipotencializações adicionais que se façam necessárias, para fins de
proteção contra choques e/ou de compatibilidade eletromagnética.

5.1.2.2.3.5 Massas protegidas contra choques elétricos por um mesmo dispositivo, dentro dos
requisitos da proteção por seccionamento automático da alimentação (5.1.2.2.4), devem estar
vinculadas a um mesmo eletrodo de aterramento, sem prejuízo de equipotencializações adicionais que
se façam necessárias, para fins de proteção contra choques e/ou de compatibilidade eletromagnética.

NOTA (comum às prescrições de 5.1.2.2.3.3 a 5.1.2.2.3.5) A vinculação referida não pode ser interpretada
com o sentido restrito de ligação direta ao eletrodo de aterramento. Na maioria dos casos práticos, aliás, essa
ligação é indireta, via condutores de proteção: graças à estrutura ramificada constituída pelos condutores de
proteção, cria-se uma interligação natural entre o eletrodo de aterramento e as massas, por mais distantes
que se situem.

5.1.2.2.3.6 Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão. Admite-se que
o condutor de proteção não seja instalado no trecho do circuito relativo a dispositivos de comando
(por exemplo: interruptores de iluminação) se isso for assumido como seguro sob o ponto de vista de
proteção contra choque elétrico (ausência de partes metálicas acessíveis que possam vir a se tornar
vivas acidentalmente). No entanto, as ramificações de circuito, como os pontos de comando que
tenham interruptores com placas metálicas, devem ter o condutor de proteção em seu circuito.

NOTA Um condutor de proteção pode ser comum a mais de um circuito, observado o disposto em 6.4.3.1.5.

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5.1.2.2.4 Seccionamento automático da alimentação

5.1.2.2.4.1 Generalidades

O princípio do seccionamento automático da alimentação, sua relação com os diferentes esquemas de


aterramento e aspectos gerais referentes à sua aplicação e as condições em que se torna necessária
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proteção adicional são descritos a seguir:

a) princípio do seccionamento automático – Um dispositivo de proteção deve seccionar


automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento por ele protegido sempre que uma falta
(entre parte viva e massa ou entre parte viva e condutor de proteção) no circuito ou equipamento
der origem a uma tensão de contato superior ao valor pertinente da tensão de contato limite UL;

NOTA 1 As tensões de contato limite para diferentes situações, em função das influências externas
dominantes, são dadas no Anexo C.

NOTA 2 No caso particular dos esquemas IT, em geral não é desejável nem imperioso o seccionamento
automático quando da ocorrência de uma primeira falta (ver 5.1.2.2.4.4-b)).

b) seccionamento automático e esquemas de aterramento – As condições a serem observadas no


seccionamento automático da alimentação, incluindo o tempo máximo admissível para atuação
do dispositivo de proteção, são aquelas estabelecidas em 5.1.2.2.4.2, para o esquema de
aterramento TN, em 5.1.2.2.4.3, para o esquema de aterramento TT, e em 5.1.2.2.4.4, para o
esquema de aterramento IT;

c) tempos de seccionamento maiores (I) – Independentemente do esquema de aterramento,


admite-se um tempo de seccionamento maior que os tratados na alínea b), mas não superior a
5 s, para circuitos de distribuição, bem como para circuitos terminais que alimentem unicamente
equipamentos fixos, desde que uma falta no circuito de distribuição, circuito terminal ou
equipamento fixo (para os quais esteja sendo considerado o tempo de seccionamento de até 5 s)
não propague, para equipamentos portáteis ou equipamentos móveis deslocados manualmente
em funcionamento, ligados a outros circuitos terminais da instalação, uma tensão de contato
superior ao valor pertinente de UL;

d) tempos de seccionamento maiores (II) – Da mesma forma, como indicado em 5.1.4.4, admitem-se
tempos de seccionamento maiores que os máximos impostos por uma determinada situação de
influência externa, se forem adotadas providências compensatórias;

e) proteção adicional – Se, na aplicação do seccionamento automático da alimentação, não for


possível atender, conforme o caso, aos tempos de seccionamento máximos de que tratam as
alíneas b), c) ou d), deve-se realizar uma equipotencialização suplementar conforme 5.1.3.1.

5.1.2.2.4.2 Esquema TN

No esquema TN a confiabilidade do aterramento da instalação depende da segurança das conexões


dos condutores PE ou PEN à terra.

O ponto neutro ou o ponto médio do sistema de alimentação deve ser aterrado. Se um ponto neutro
ou o ponto médio não estiver disponível ou acessível, um condutor de fase deve ser aterrado.

As partes condutivas expostas da instalação (massas) devem ser conectadas por um condutor de
proteção ao BEP, que deve ser conectado ao ponto de aterramento do sistema de alimentação.

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Se existir outras possibilidades eficazes de aterramento, recomenda-se que os condutores de proteção


também sejam conectados a estes pontos, sempre que possível. O aterramento em pontos múltiplos,
distribuídos tão uniformemente quanto possível, pode ser necessário para assegurar que o potencial
do condutor de proteção permaneça, em caso de falta, o mais próximo possível do terra.

Recomenda-se que os condutores de proteção (PE e PEN) sejam aterrados nos pontos em que
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entrarem em qualquer edificação, levando em consideração quaisquer correntes de ponto neutro


desviadas de condutores PEN aterrados em pontos múltiplos.

Devem ser obedecidas as prescrições descritas a seguir:

a) a equipotencialização via condutores de proteção, conforme 5.1.2.2.3, deve ser única e geral,
envolvendo todas as massas da instalação, e deve ser interligada com o ponto da alimentação
aterrado, geralmente o ponto neutro;

b) recomenda-se o aterramento dos condutores de proteção em tantos pontos quanto possível. Em


construções de porte, tais como edifícios de grande altura, a realização de equipotencializações
locais, entre condutores de proteção e elementos condutivos da edificação, cumpre o papel de
aterramento múltiplo do condutor de proteção;

c) o uso de um mesmo e único condutor para as funções de condutor de proteção e de condutor


neutro (condutor PEN) está sujeito ao disposto em 5.4.3.6, às prescrições de 6.4.6.2 e, além
disso, só é admitido em instalações fixas;

d) as características do dispositivo de proteção e a impedância do circuito devem ser tais que,


ocorrendo em qualquer ponto uma falta de impedância desprezível entre um condutor de fase
e o condutor de proteção ou uma massa, o seccionamento automático se efetue em um tempo
no máximo igual ao especificado na Tabela 1. Considera-se a prescrição atendida se a seguinte
condição for satisfeita:

Z s × Ia ≤ U o

onde

Zs é a impedância, expressa em ohms (Ω), do percurso da corrente de falta, composto da


fonte, do condutor vivo, até o ponto de ocorrência da falta, e do condutor de proteção,
do ponto de ocorrência da falta até a fonte (ver Anexo J);

Ia é a corrente, expressa em ampères (A), que assegura a atuação do dispositivo de


proteção em um tempo no máximo igual ao especificado na Tabela 1, ou a 5 s, nos
casos previstos em 5.1.2.2.4.1-c);

Uo é a tensão nominal, expressa em volts (v), entre fase e neutro, valor eficaz em corrente
alternada ou corrente contínua.

e) no esquema TN, no seccionamento automático visando proteção contra choques elétricos por
contato indireto, podem ser usados os seguintes dispositivos de proteção:

— dispositivos de proteção contra sobrecorrentes;

— dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (dispositivos DR), observado o que


estabelece a alínea f);

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f) não se admite, na variante TN-C do esquema TN, que a função de seccionamento automático
visando proteção contra choques elétricos seja atribuída aos dispositivos DR. No esquema TN-C-S
o condutor PEN não pode ser utilizado a jusante do dispositivo DR, caso este seja utilizado.

Para tornar possível o uso do dispositivo DR, o esquema TN-C deve ser convertido, imediatamente
a montante do ponto de instalação do dispositivo, em esquema TN-C-S. Isto é: o condutor PEN
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deve ser desmembrado em dois condutores distintos para as funções de neutro e de PE, sendo esta
separação feita do lado fonte do dispositivo DR, passando então o condutor neutro internamente
e o condutor PE externamente ao dispositivo.

Admite-se também que, na separação entre neutro e PE a que alude a NOTA 1, o condutor responsável
pela função PE não seja ligado ao PEN, do lado fonte do dispositivo DR, mas a um eletrodo de
aterramento qualquer cuja resistência seja compatível com a corrente de atuação do dispositivo.
Neste caso, porém, o circuito assim protegido deve ser então considerado como conforme o esquema
TT, aplicando-se as prescrições de 5.1.2.2.4.3.

Os tempos de seccionamento máximo definidos na Tabela 1 devem ser aplicados aos circuitos
terminais.

Tabela 1 – Tempos de seccionamento máximos no esquema TN


50 V < Uo ≤ 127 V 127 V < Uo ≤ 240 V 240 V < Uo ≤ 400 V Uo > 400 V
s s s s
c.a. c.c. c.a. c.c. c.a. c.c. c.a. c.c.
0,8 Nota 1 0,4 5 0,2 0,4 0,1 0,1
NOTA 1 Uo é a tensão nominal entre fase e neutro, valor eficaz em corrente alternada e em corrente contínua;
NOTA 2 Os tempos desta Tabela são aplicáveis independentemente das situações 1 e 2 descritas no Anexo C.
NOTA 3 Os tempos desta Tabela são aplicáveis quando UL ≤ Uo/2, onde UL é a tensão de contato limite
conforme o Anexo C.

5.1.2.2.4.3 Esquema TT

Todas as partes condutivas expostas protegidas coletivamente pelo mesmo dispositivo de proteção
devem ser conectadas por condutor de proteção a um eletrodo de aterramento comum a todas estas
partes.

Quando vários dispositivos de proteção são utilizados em série este requisito se aplica separadamente
a todas as partes condutivas expostas protegidas por cada dispositivo.

O neutro ou o ponto central do sistema de alimentação deve ser aterrado. Se o neutro ou um ponto
central não existir ou não estiver acessível, um condutor de fase deve ser aterrado.

Devem ser obedecidas as prescrições descritas a seguir:

a) no esquema TT, no seccionamento automático visando proteção contra choques elétricos, devem
ser usados dispositivos a corrente diferencial-residual (dispositivos DR);

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b) a seguinte equação deve ser atendida:


RA × I ∆n ≤ UL

onde

RA é a soma das resistências, expressa em ohms (Ω), do eletrodo de aterramento e dos


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condutores de proteção das massas;


RA × I ∆n ≤éUaLcorrente diferencial-residual nominal do dispositivo DR, expressa em ampères (A);

UL é a tensão de contato limite, expressa em volts (v).

As tensões de contato limite para diferentes situações, em função das influências externas
dominantes, são dadas no Anexo C. Quando, em uma mesma instalação, houver massas em
situações distintas (por exemplo, algumas massas sob influências externas caracterizáveis como
situação 1 e outras massas na situação 2) e vinculadas ao mesmo eletrodo de aterramento, deve
ser adotado o menor valor de UL.

5.1.2.2.4.4 Esquema IT

Devem ser obedecidas as prescrições descritas a seguir:

a) no esquema IT, como definido em 4.5.2.2.3.3, a alimentação é isolada da terra ou aterrada


através de uma impedância de valor suficientemente elevado. Neste caso, o ponto aterrado é o
ponto neutro da alimentação ou um ponto neutro artificial. Na hipótese de ponto neutro artificial,
pode-se ligá-lo diretamente à terra se sua impedância de sequência zero for alta o suficiente. Onde
o ponto neutro ou ponto central não existirem, um condutor fase pode ser conectado à terra por
meio de alta impedância.

A necessidade de reduzir sobretensões e amortecer as oscilações de tensão pode conduzir


a uma instalação IT com aterramento via impedância ou pontos neutros artificiais. As características
desse aterramento devem ser compatíveis com as da instalação.

b) em uma instalação IT, a corrente de falta, no caso de uma única falta à massa ou à terra,
é de pequena intensidade, não sendo imperativo o seccionamento automático da alimentação, se
satisfeita a condição da alínea c) Entretanto, devem ser tomadas providências para evitar o risco
de tensões de contato perigosas no caso da ocorrência de uma segunda falta, envolvendo outro
condutor vivo, conforme prescrito na alínea e);

Tendo em vista as razões que normalmente motivam a adoção do esquema IT, a primeira falta
deve ser localizada e eliminada o quanto antes.

c) para que não seja imperativo o seccionamento automático quando de uma primeira falta à terra
ou à massa, a seguinte condição deve ser satisfeita:

RA × Id ≤ UL

onde

RA é a resistência do eletrodo de aterramento das massas, expressa em ohms (Ω);

Id é a corrente de falta, expressa em ampères (A), resultante de uma primeira falta direta

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entre um condutor de fase e uma massa. O valor de Id leva em conta as correntes de


fuga naturais e a impedância global de aterramento da instalação;

UL é a tensão de contato limite.

As tensões de contato limite para diferentes situações, em função das influências externas
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dominantes, são dadas no Anexo C. Quando, em uma mesma instalação, houver massas em
situações distintas (por exemplo, algumas massas sob influências externas caracterizáveis como
situação 1 e outras massas na situação 2) e ligadas ao mesmo eletrodo de aterramento, deve ser
adotado o menor valor de UL.

d) Em esquemas IT os seguintes dispositivos de monitoramento e proteção podem ser utilizados:

— dispositivo supervisor de isolamento (DSI);

— dispositivo de monitoramento de corrente diferencial-residual;

— sistema de localização de falhas;

— dispositivo de proteção contra sobrecorrentes;

Se um dispositivo de proteção diferencial-residual for utilizado, o seu disparo em caso de primeira falta
não pode ser desconsiderado em razão da corrente capacitiva de fuga.

Deve ser previsto um dispositivo supervisor de isolamento (DSI), conforme a IEC 61557-8, para
indicar a ocorrência de uma primeira falta à massa ou à terra.

A primeira falta deve ser localizada e eliminada o mais rápido possível.

Exceto onde um dispositivo de proteção seja instalado para interromper o fornecimento no caso de
ocorrência da primeira falta à terra, um dispositivo de monitoramento de corrente diferencial-residual
ou um sistema de localização de falha deve estar disponível para indicar a falha à terra de uma parte
viva para partes condutivas expostas ou para a terra. Este dispositivo deve disparar um alarme sonoro
ou uma sinalização visual e continuar enquanto a falha persistir. Se houver os dois tipos, o alarme
sonoro pode ser cancelado, porém a sinalização visual deve continuar enquanto a falha persistir.

e) o seccionamento automático da alimentação visando proteção contra choques elétricos na


ocorrência de uma segunda falta em um condutor diferente da primeira falta deve ser equacionado
seguindo-se as regras definidas para o esquema TT ou TN, dependendo de como as massas
estão aterradas:

— caso A: quando a proteção envolver massas ou grupos de massas vinculadas a eletrodos de


aterramento distintos, as condições aplicáveis são aquelas prescritas para o esquema TT;

— caso B: quando a proteção envolver massas ou grupos de massas que estejam todas
interligadas por condutor de proteção (vinculadas todas ao mesmo eletrodo de aterramento),
as considerações aplicáveis são aquelas do esquema TN, sendo atendida a seguinte
condição, quando o neutro não for distribuído:

2 × Ia × Z s ≤ U

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ou então a seguinte condição, se o neutro for distribuído:


2 × Ia × Z ' s ≤ U o

onde

Zs é a impedância, expressa em ohms (Ω), do percurso da corrente de falta quando


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o neutro não é distribuído, composto do condutor de fase e do condutor de proteção


do circuito;

Z’s é a impedância, expressa em ohms (Ω), do percurso da corrente de falta quando


o neutro é distribuído, composto do condutor neutro e do condutor de proteção do
circuito;

U é a tensão nominal, expressa em volts (v), entre fases em corrente alternada (valor
eficaz) ou entre polos em corrente contínua, conforme o caso.

Uo é a tensão nominal, expressa em volts (v), entre fase e neutro em corrente alternada
(valor eficaz) ou entre polo e o ponto médio em corrente contínua, conforme o caso;

Ia é a corrente que assegura a atuação do dispositivo de proteção num tempo no máximo


igual ao especificado na Tabela 2, ou a 5 s, nos casos previstos em 5.1.2.2.4.1-c);

NOTA 1 O fator 2 indicado em 5.1.2.2.4.4-e) leva em conta que, em caso de ocorrência simultânea de
duas faltas, estas podem existir em diferentes circuitos.

Para a impedância do percurso da corrente de falta, deve-se levar em conta o caso mais desfavorável.
Por exemplo, uma falta em um condutor fase do lado da alimentação e, simultaneamente, uma
outra falta em um condutor neutro do circuito de um equipamento de utilização.

f) no esquema IT, no seccionamento automático visando proteção contra choques elétricos na


ocorrência de uma segunda falta (em um condutor vivo diferente), podem ser usados os seguintes
dispositivos de proteção:

— Dispositivos de proteção contra sobrecorrentes;

— Dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (dispositivos DR).

Tabela 2 – Tempos de seccionamento máximos no esquema IT (segunda falta)


50 V < Uo ≤ 127 V 127 V < Uo ≤ 240 V 240 V < Uo ≤ 400 V Uo > 400 V
Condição s s s s
(ver 5.1.2.2.4.4-e))
c.a. c.c. c.a. c.c. c.a. c.c. c.a. c.c.
Caso A 0,3 NOTA 1 0,2 0,4 0,07 0,2 0,04 0,1
Caso B 0,8 NOTA 1 0,4 5 0,2 0,4 0,1 0,1
NOTA 1 Uo é a tensão nominal entre fase e neutro, valor eficaz em corrente alternada e em corrente contínua;
NOTA 2 Os tempos desta Tabela são aplicáveis independentemente das situações 1 e 2 descritas no
Anexo C.
NOTA 3 Os tempos desta Tabela são aplicáveis quando Uc ≤ Uo/2, onde Uc é a tensão de contato.

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5.1.2.3 Isolação dupla ou reforçada

5.1.2.3.1 Generalidades

5.1.2.3.1.1 A isolação dupla ou a isolação reforçada são medidas em que:

a) na isolação dupla a proteção contra contato direto é provida por uma isolação básica e a proteção
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contra contato indireto por uma isolação suplementar; ou

b) na isolação reforçada as proteções contra contato direto e indireto, simultaneamente, são providas
por uma isolação reforçada entre partes vivas e partes acessíveis.

NOTA Esta medida de proteção é destinada a evitar o aparecimento de tensões perigosas nas partes
acessíveis do equipamento elétrico devido à falha na isolação básica.

5.1.2.3.1.2 A medida de proteção por isolação dupla ou reforçada é aplicável em todas as situações,
salvo alguma limitação apresentada na Seção 9 correspondente.

5.1.2.3.1.3 A aplicação desta medida como única medida de proteção (por exemplo, onde toda
a instalação ou o circuito é constituído inteiramente de equipamentos com dupla isolação ou com
isolação reforçada) só é admitida se forem tomadas todas as providências para garantir que eventuais
alterações posteriores não venham a colocar em risco a efetividade da medida. Além disso, não se
admite, em nenhuma circunstância, a aplicação da isolação dupla ou reforçada como única medida
de proteção em linhas que incluam pontos de tomada ou onde o usuário puder alterar partes do
equipamento sem autorização.

5.1.2.3.1.4 No uso da isolação dupla ou reforçada como medida de proteção, distinguem-se duas
possibilidades:

a) componentes já providos de origem (de fábrica) com isolação dupla ou reforçada;

b) componentes aos quais a isolação dupla ou reforçada é provida durante a execução da instalação.

No caso da alínea a), as prescrições pertinentes são as de 5.1.2.3.2; no caso da alínea b), as
de 5.1.2.3.3. No caso particular de linhas elétricas, devem ser observadas também as prescrições
de 5.1.2.3.4.

5.1.2.3.2 Isolação dupla ou reforçada de origem

5.1.2.3.2.1 Os componentes devem ter sido submetidos aos ensaios de tipo, marcados conforme as
normas aplicáveis e ser:

a) componentes com isolação dupla ou reforçada (equipamentos classe II); ou

b) componentes elétricos equivalentes à classe II, por exemplo: os conjuntos de manobra e controle
tendo isolação total (ver ABNT NBR IEC 61439-1 e ABNT NBR IEC 61439-2).

NOTA 1 Os componentes classe II são identificados pelo símbolo .

NOTA 2 Sobre classificação dos componentes da instalação quanto à proteção contra choques elétricos
(classes I, II e III), ver IEC 61140.

5.1.2.3.2.2 A instalação dos componentes (fixação, ligação dos condutores etc.) deve ser realizada
de modo a não prejudicar a proteção de origem a eles provida, de acordo com as respectivas normas.

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5.1.2.3.3 Isolação dupla ou reforçada provida na instalação

5.1.2.3.3.1 Uma isolação suplementar, no caso de componentes dotados de isolação básica, ou


uma isolação dupla ou reforçada, no caso de componentes sem qualquer isolação, deve ser provida
na forma de invólucros isolantes que satisfaçam os requisitos de 5.1.2.3.3.2 a 5.1.2.3.3.6. A isolação
suplementar, dupla ou reforçada provida deve resultar numa segurança equivalente à dos componentes
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conforme 5.1.2.3.2.1.

O símbolo deve ser fixado em posição visível no exterior e no interior do invólucro.

NOTA 1 Só se admite o uso de isolação reforçada, no caso de componentes sem qualquer isolação, se as
condições não permitirem o uso de isolação dupla.

5.1.2.3.3.2 O invólucro isolante destinado a prover isolação suplementar (caso de componentes


dotados de isolação básica de origem ou de componentes aos quais foi provida, preliminarmente,
isolação básica na fase de instalação) deve possuir grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X.

5.1.2.3.3.3 O invólucro isolante não pode ser atravessado por partes ou elementos condutivos
suscetíveis de propagar um potencial. O invólucro isolante não pode possuir parafusos de material
isolante cuja substituição por parafusos metálicos possa comprometer o isolamento proporcionado
pelo invólucro.

Quando o invólucro isolante tiver que ser atravessado por partes de acoplamentos mecânicos (por
exemplo, alavancas de comando de dispositivos ou equipamentos contidos no interior do invólucro),
estas devem ser arranjadas de forma a não comprometer a proteção (supletiva) proporcionada pelo
invólucro.

5.1.2.3.3.4 Quando o invólucro isolante comportar tampas ou portas que possam ser abertas sem
o auxílio de ferramenta ou chave, deve haver uma barreira isolante que impeça o contato acidental das
pessoas com partes condutivas que, de outra forma, sem a barreira, poderiam se tornar acessíveis
com a abertura da tampa ou porta. Essa barreira deve garantir grau de proteção no mínimo IPXXB ou
IP2X e só pode ser removida com o uso de ferramenta.

5.1.2.3.3.5 Partes condutivas situadas no interior do invólucro isolante não podem ser ligadas
a condutor de proteção. Caso seja necessária a travessia do invólucro isolante por condutores
de proteção integrantes de circuitos destinados a alimentar outros equipamentos, os condutores
de proteção em questão e suas conexões devem ser isolados como se fossem partes vivas e, além
disso, suas conexões devem ser adequadamente marcadas ou identificadas.

Da mesma forma, partes condutivas acessíveis e partes condutivas intermediárias não podem
ser ligadas a condutor de proteção, salvo se isso for solicitado e instruído nas especificações
do equipamento em questão, particularmente por razões que não a proteção contra choques.

5.1.2.3.3.6 O invólucro não pode prejudicar o funcionamento do equipamento por ele protegido.

5.1.2.3.4 Linhas elétricas

5.1.2.3.4.1 Admite-se que linhas elétricas que atendam às prescrições de 6.2 sejam realizadas
segundo o conceito de isolação dupla ou reforçada, se elas forem:

a) constituídas por cabos uni ou multipolares, dispostos ou não em condutos e, neste caso,
independentemente do tipo de conduto; ou

b) constituídas por condutores isolados dispostos em condutos fechados não metálicos.

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Entretanto, tais linhas elétricas não podem ser identificadas pelo símbolo , nem pelo símbolo .

5.1.2.3.4.2 A previsão de que um circuito elétrico se destina a alimentar equipamento(s) classe II não
dispensa a presença de condutor de proteção, inclusive nos casos em que a linha elétrica que contém
o circuito for realizada conforme 5.1.2.3.4.1.
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5.1.2.4 Uso de separação elétrica individual

5.1.2.4.1 A precondição de proteção contra contato direto, no circuito separado, deve ser assegurada
por isolação das partes vivas e/ou por barreiras ou invólucros, conforme Anexo B, não se excluindo
também, com mais razão, a isolação dupla ou reforçada, conforme 5.1.2.3.

5.1.2.4.2 A proteção contra contato indireto deve ser assegurada pelo preenchimento conjunto das
três condições seguintes:

a) separação entre o circuito objeto da medida (circuito separado) e qualquer outro circuito, incluindo
o circuito primário que o alimenta, na forma de separação de proteção;

b) isolação (básica) entre o circuito separado e a terra;

c) limitação da carga alimentada (pelo circuito separado) a um único equipamento.

Estas condições impõem, portanto, a existência de uma fonte de separação, que deve ser conforme os
requisitos de 5.1.2.4.3, e a observância dos cuidados pertinentes na realização do circuito separado,
conforme 5.1.2.4.4.

5.1.2.4.3 Fonte de separação

5.1.2.4.3.1 A fonte do circuito separado, consoante o estabelecido em 5.1.2.4.2, deve apresentar


separação de proteção. Isto significa que a fonte deve ser:

a) um transformador de separação conforme a IEC 61558-2-4 e/ou conforme outras normas específicas
da série IEC 61558, como a IEC 61558-2-5; ou

b) uma fonte que assegure um grau de segurança equivalente ao do transformador de separação


especificado acima, por exemplo um conjunto motor-gerador adequado.

5.1.2.4.3.2 As fontes de separação móveis devem ser conforme 5.1.2.3.

5.1.2.4.3.3 As fontes de separação fixas devem ser:

a) conforme 5.1.2.3; ou

b) tais que o circuito secundário esteja separado do circuito primário e do invólucro por uma isolação
que satisfaça às condições de 5.1.2.3.

5.1.2.4.3.4 A tensão do circuito separado não pode exceder 500 V.

5.1.2.4.4 Circuito separado

5.1.2.4.4.1 Partes vivas do circuito separado não podem ser conectadas, em nenhum ponto, a um
outro circuito, à terra ou a um condutor de proteção.

NOTA A isolação básica entre circuitos pressupõe um arranjo que garanta a característica da separação elétrica.

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Em particular, partes vivas de dispositivos como relés, contatores e chaves auxiliares devem manter,
em relação a qualquer parte de outros circuitos, incluindo aqueles com os quais estabelecem
acoplamento magnético, um grau de separação equivalente ao da separação de proteção.

5.1.2.4.4.2 Os cabos e cordões flexíveis devem ser visíveis ao longo de qualquer trecho sujeito
a danos mecânicos.
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5.1.2.4.4.3 Recomenda-se que o circuito separado constitua uma linha elétrica exclusiva, fisicamente
separada das linhas de outros circuitos. Caso seja inevitável o compartilhamento de uma mesma linha
elétrica pelos condutores do circuito separado e de outros circuitos, a linha deve ser constituída por:

a) condutores isolados em conduto fechado isolante; ou

b) cabo multipolar sem cobertura metálica (compartilhamento das veias de um cabo multipolar),
sendo todos os condutores isolados para a mais elevada tensão nominal presente, exigindo-se,
ainda, que cada circuito seja protegido contra sobrecorrentes.

5.1.2.4.4.4 As partes condutivas acessíveis (massas) do circuito separado não podem ser ligadas
a condutores de proteção, a massas de outros circuitos ou à terra.

NOTA Se as massas do circuito separado forem suscetíveis de entrar em contato, fortuita ou deliberadamente,
com massas de outros circuitos, a proteção contra choques elétricos não mais depende unicamente da proteção
provida pela separação elétrica, mas da medida de proteção de que as outras massas forem objeto.

5.1.2.5 Uso de extrabaixa tensão: SELV e PELV

NOTA 1 A utilização de SELV ou PELV é considerada uma medida de proteção em todas as situações.

NOTA 2 Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem massas aterradas. Os circuitos PELV
podem ser aterrados ou ter massas aterradas.

NOTA 3 Limites inferiores a 50 V c.a. ou 120 V c.c. são apresentados na Seção 9.

5.1.2.5.1 Dependendo da tensão nominal do sistema SELV ou PELV e das condições de uso,
a proteção contra contato direto é proporcionada por:

a) limitação da tensão; ou

b) isolação básica ou uso de barreiras ou invólucros.

Assim, as partes vivas de um sistema SELV ou PELV não precisam necessariamente ser inacessíveis,
podendo dispensar isolação básica, barreira ou invólucro, se:

a) a tensão nominal do sistema SELV ou PELV não for superior a 25 V, valor eficaz, em corrente
alternada, ou a 60 V em corrente contínua sem ondulação, e o sistema for usado sob condições
de influências externas cuja severidade, do ponto de vista da segurança contra choques elétricos,
não ultrapasse aquela correspondente à situação 1 definida no Anexo C; ou

b) a tensão nominal do sistema SELV ou PELV não for superior a 12 V, valor eficaz, em corrente
alternada, ou a 30 V em corrente contínua sem ondulação, e o sistema for usado sob condições
de influências externas cuja severidade, do ponto de vista da segurança contra choques elétricos,
não ultrapasse aquela correspondente à situação 2 definida no Anexo C; e

c) adicionalmente, no caso de sistemas PELV, se as massas e/ou partes vivas cujo aterramento for
previsto estiverem vinculadas, via condutores de proteção, à equipotencialização principal.

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Não sendo satisfeitas essas condições, as partes vivas do sistema SELV ou PELV devem ser providas
de isolação básica e/ou de barreiras ou invólucros, conforme Anexo B.

De todo modo, a tensão nominal do sistema SELV ou PELV não pode exceder o limite superior da
faixa I (ver Anexo A): 50 V em corrente alternada ou 120 V em corrente contínua sem ondulação.

NOTA Uma tensão contínua sem ondulação é convencionalmente definida como apresentando uma taxa
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de ondulação não superior a 10 % em valor eficaz; o valor de crista máximo não ultrapassa 140 V, para um
sistema em corrente contínua sem ondulação com 120 V nominais, ou 70 V para um sistema em corrente
contínua sem ondulação com 60 V nominais.

5.1.2.5.2 Nos sistemas SELV e PELV a proteção contra contato indireto é assegurada por:

a) separação de proteção entre o sistema SELV ou PELV e quaisquer outros circuitos que não sejam
SELV ou PELV, incluindo o circuito primário da fonte SELV ou PELV;

b) isolação básica entre o sistema SELV ou PELV e outros sistemas SELV ou PELV; e

c) especificamente no caso de sistemas SELV, isolação básica entre o sistema SELV e a terra.

A fonte do sistema SELV ou PELV deve ser conforme os requisitos de 5.1.2.5.3 e os circuitos SELV
e PELV conforme 5.1.2.5.4.

5.1.2.5.3 Fontes SELV ou PELV

5.1.2.5.3.1 São admitidas como fontes SELV ou PELV aquelas listadas em 5.1.2.5.3.2 a 5.1.2.5.3.5.

Se o sistema em extrabaixa tensão for alimentado, a partir de um sistema de tensão mais elevada, por
algo que não assegure pelo menos separação básica entre os dois sistemas, como ocorre no caso de
autotransformadores, dispositivos semicondutores etc., o circuito de saída é considerado como fazendo
parte do circuito de entrada e deve ser objeto da medida de proteção aplicada ao circuito de entrada.

Se o sistema em extrabaixa tensão for alimentado, a partir de um sistema de tensão mais elevada,
por um equipamento que assegure pelo menos separação básica entre os dois sistemas, mas não
preenche os requisitos das opções listadas em 5.1.2.5.3.2 a 5.1.2.5.3.5, ele pode ser classificado como
de extrabaixa tensão funcional, apenas (abreviadamente, FELV-Functional Extra Low Voltage). Mas
não é considerado como medida de proteção e, consequentemente, o sistema e sua fonte devem ser
objeto da medida de proteção aplicada ao sistema de tensão mais elevada do qual deriva, sendo esta
medida, geralmente, a proteção por equipotencialização de proteção e seccionamento automático da
alimentação.

5.1.2.5.3.2 O transformador de separação de segurança deve ser conforme a IEC 61558-2-6.

5.1.2.5.3.3 Fonte de corrente que garanta um grau de segurança equivalente ao do transformador


de separação de segurança especificado em 5.1.2.5.3.2 (por exemplo, um conjunto motor-gerador
com enrolamentos apresentando uma isolação equivalente).

NOTA Conversores a semicondutores que produzem extrabaixa tensões de saída em corrente contínua
(ver IEC 60146-2) requerem um circuito interno em tensão de corrente alternada para alimentar o estágio
retificador. Por razões físicas, essa tensão interna em corrente alternada excede a tensão em corrente
contínua de saída. Todavia, a separação de proteção requerida da fonte SELV ou PELV, entre o circuito de
saída em extrabaixa tensão e o circuito primário de tensão superior que o alimenta, não se aplica a esse
circuito interno em tensão de corrente alternada do conversor a semicondutor.

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5.1.2.5.3.4 Fonte eletroquímica (por exemplo, pilhas ou acumuladores) ou outra fonte que não
dependa de circuitos de tensão mais elevada (por exemplo, grupo motor gerador).

5.1.2.5.3.5 Certos dispositivos eletrônicos, conforme as normas aplicáveis, nos quais tenham sido
tomadas providências para assegurar que, mesmo em caso de falta interna, a tensão nos terminais
de saída não possa ser superior aos limites indicados em 5.1.2.5.1. Entretanto, valores mais elevados
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podem ser admitidos se for assegurado que, em caso de contato com uma parte viva ou de falta entre
uma parte viva e massa, a tensão nos terminais de saída seja imediatamente reduzida a um valor igual
ou inferior a esses limites.

NOTA 1 Equipamentos para ensaios de isolamento e dispositivos supervisores de isolamento são exemplos
de tais dispositivos.

NOTA 2 Mesmo que a tensão detectada nos terminais de saída seja mais elevada, a prescrição de
5.1.2.5.3.5 pode ser considerada atendida quando medida com um voltímetro com resistência interna mínima
de 3 000, a tensão nos terminais de saída se situar dentro dos limites especificados em 5.1.2.5.1

5.1.2.5.3.6 As versões móveis de fontes SELV ou PELV devem, adicionalmente, ser conforme 5.1.2.3.

5.1.2.5.4 Circuitos SELV e PELV

5.1.2.5.4.1 A separação de proteção a que se refere a prescrição de 5.1.2.5.2, entre as partes vivas
dos circuitos SELV ou PELV e partes vivas de outros circuitos que não sejam SELV ou PELV, deve ser
assegurada por:

a) isolação dupla ou reforçada, dimensionada para a tensão mais elevada presente; ou

b) isolação básica e blindagem de proteção, também dimensionada para a tensão mais elevada
presente.

Deve ser provida, entre as partes vivas de dispositivos como relés, contatores e chaves auxiliares
e quaisquer partes de um circuito de tensão mais elevada, uma separação de proteção pelo menos
equivalente àquela existente entre os enrolamentos primário e secundário de um transformador
de separação de segurança.

5.1.2.5.4.2 Consoante 5.1.2.5.2, deve ser provida isolação básica:

a) entre as partes vivas de um circuito SELV ou PELV e entre elas e as partes vivas de outros
circuitos SELV ou PELV;

b) entre as partes vivas de um circuito SELV e a terra.

5.1.2.5.4.3 As formas de separação de proteção relacionadas em 5.1.2.5.4.1 conduzem às seguintes


possibilidades de realização das linhas elétricas SELV ou PELV, sendo admitida qualquer uma delas:

a) condutores dos circuitos SELV e/ou PELV providos de cobertura não-metálica ou envolvidos por
um invólucro isolante, adicionalmente à sua isolação básica;

b) condutores dos circuitos SELV e/ou PELV providos de sua isolação básica, separados dos
condutores dos circuitos com tensões superiores às da faixa I do Anexo A por uma cobertura
metálica aterrada ou uma blindagem metálica aterrada;

c) compartilhamento pelo circuito SELV e/ou PELV e outros circuitos com tensões superiores às da
faixa I do Anexo A, de um mesmo cabo multipolar, desde que os condutores, em especial os dos
circuitos SELV e/ou PELV, sejam isolados para a tensão mais elevada presente;

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d) condutores SELV e/ou PELV e condutores de outros circuitos com tensões superiores às da faixa
I do Anexo A, todos providos de sua isolação básica, formando um agrupamento, desde que os
condutores, em especial os dos circuitos SELV e/ou PELV, sejam isolados para a tensão mais
elevada presente;

e) condutores de circuitos SELV e/ou PELV fisicamente separados dos condutores de qualquer
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outro circuito;

f) as linhas elétricas de outros circuitos sejam conforme 5.1.2.3.4.1.

5.1.2.5.4.4 Os plugues e as tomadas de corrente de circuitos SELV e PELV devem satisfazer as


seguintes prescrições:

a) não pode ser possível inserir o plugue SELV ou PELV em tomadas de outras tensões;

b) a tomada SELV ou PELV deve impedir a introdução de plugues referentes a outras tensões;

c) as tomadas do sistema SELV não podem possuir contato para condutor de proteção.

5.1.2.5.4.5 Partes vivas dos circuitos SELV não podem ser conectadas à terra ou a partes vivas ou
condutores de proteção de outros circuitos.

5.1.2.5.4.6 As massas dos circuitos SELV não podem ser intencionalmente conectadas:

a) à terra;

b) a condutores de proteção ou massas de outros circuitos; e/ou

c) a elementos condutivos, exceto, neste caso, se a conexão a elementos condutivos for uma
necessidade inerente à utilização do equipamento alimentado em SELV e desde que se possa
descartar o risco da propagação, para a massa SELV, de diferença de potencial superior à tensão
de contato limite válida para a situação de influências externas pertinente (ver Anexo C).

NOTA Se as massas dos circuitos SELV forem suscetíveis de entrar em contato, fortuita ou deliberadamente,
com massas de outros circuitos, a proteção contra choques não mais depende somente da proteção
proporcionada pelo sistema SELV, mas também da medida de proteção aplicada a esses outros circuitos.

5.1.2.5.4.7 Os sistemas PELV e/ou suas massas podem ser aterrados.

5.1.3 Proteção adicional

5.1.3.1 Equipotencialização suplementar

5.1.3.1.1 A equipotencialização suplementar deve ser realizada sempre que as condições associadas
à medida de proteção por equipotencialização e seccionamento automático da alimentação (ver 5.1.2.2)
não puderem ser integralmente satisfeitas e em todos os casos da Seção 9 em que for requerida.

NOTA 1 A equipotencialização suplementar não dispensa a necessidade de seccionamento da alimentação


por outras razões, por exemplo, proteção contra incêndio, sobreaquecimento do equipamento etc.

NOTA 2 A equipotencialização suplementar pode envolver toda a instalação, uma parte desta, um equipamento
ou um local.

NOTA 3 Requisitos adicionais podem ser necessários para locais específicos (ver Seção 9) ou para outras
finalidades.

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5.1.3.1.2 A equipotencialização suplementar deve abranger todos os elementos condutivos


simultaneamente acessíveis, sejam massas de equipamentos fixos, sejam elementos condutivos da
edificação ou de suas utilidades, incluindo as armaduras do concreto armado. A essa equipotencialização
devem ser conectados os condutores de proteção de todos os equipamentos, incluindo os condutores
de proteção das tomadas de corrente.
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Nenhuma ligação visando equipotencialização ou aterramento, incluindo as conexões às armaduras


do concreto, pode ser usada como alternativa aos condutores de proteção dos circuitos. Como
especificado em 6.1.2.2.3.6, todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão
(ver também 6.4.3.1.5).

5.1.3.1.3 Em caso de dúvida, a efetividade da equipotencialização suplementar deve ser


verificada assegurando-se que a resistência R entre qualquer massa e qualquer elemento condutivo
simultaneamente acessível (seja outra massa ou elemento condutivo não pertencente à instalação
elétrica) atenda à seguinte condição:

ü ≤ L a

onde

UL é a tensão de contato limite, expressa em volts (v);

Ia é a corrente de atuação do dispositivo de proteção, expressa em ampères (A), correspondendo a:


— IΔn para dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual;
— corrente de atuação em 5 s para dispositivos de proteção contra sobrecorrentes.

NOTA As tensões de contato limite, para diferentes situações, estão indicadas no Anexo C.

5.1.3.2 Uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade

NOTA Admite-se a não utilização do DR de alta sensibilidade em circuitos protegidos por separação elétrica.

5.1.3.2.1 Generalidades

5.1.3.2.1.1 O uso de dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual com corrente diferencial-


residual nominal In igual ou inferior a 30 mA é reconhecido como proteção adicional contra choques elétricos.

NOTA A proteção adicional provida pelo uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade visa
casos como os de falha de outros meios de proteção e de descuido ou imprudência do usuário.

5.1.3.2.1.2 A utilização de tais dispositivos não é reconhecida como constituindo em si uma medida
de proteção completa e não dispensa, em absoluto, o emprego de uma das medidas de proteção
estabelecidas em 5.1.2.2 a 5.1.2.5.

5.1.3.2.2 Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade como


proteção adicional é obrigatório

Além dos casos especificados na Seção 9, e qualquer que seja o esquema de aterramento, devem
ser objeto de proteção adicional por dispositivos a corrente diferencial-residual com corrente
diferencial-residual nominal In igual ou inferior a 30 mA:

a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro
(ver 9.1);

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b) os circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;

c) os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar
equipamentos portáteis ou móveis, até 32 A, nas áreas externas da edificação;

d) os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em


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cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em áreas internas


molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.

e) Os circuitos que sirvam a pontos de utilização em locais de habitação.

NOTA 1 Para definição de pontos de utilização ver 3.128.

NOTA 2 Quando o risco de desligamento por atuação intempestiva da proteção, associado à hipótese de
ausência prolongada de pessoas, significar perdas e/ou consequências sanitárias relevantes, recomenda-se
que as tomadas de corrente previstas para a alimentação de tais equipamentos sejam protegidas por
dispositivo DR com característica de alta imunidade a perturbações transitórias, que o próprio circuito de
alimentação seja, sempre que possível, independente e que, caso exista outro dispositivo DR a montante
do de alta imunidade, seja garantida seletividade entre os dispositivos (sobre seletividade entre dispositivos
DR, ver 6.3.6.3.2). Alternativamente, ao invés de dispositivo DR, a tomada destinada em questão pode ser
protegida por separação elétrica individual, recomendando-se que também aí o circuito seja independente
e que caso haja dispositivo DR a montante, este seja de um tipo imune a perturbações transitórias. Esta medida
pode ser útil em circuitos com tomadas destinadas, por exemplo, à geladeira, ao freezer e equipamentos de
refrigeração de alimentos e medicamentos entre outros.

5.1.3.2.3 No que se refere a tomadas de corrente, a exigência de proteção adicional por DR de alta
sensibilidade se aplica às tomadas com corrente nominal de até 32 A.

5.1.3.2.4 A exigência do uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade não se aplica


a circuitos ou setores da instalação concebidos em esquema IT, visando garantir continuidade
de serviço, quando essa continuidade for indispensável à segurança das pessoas e à preservação
de vidas, como, por exemplo, na alimentação de salas cirúrgicas ou de serviços de segurança.

5.1.3.2.5 A proteção dos circuitos pode ser realizada individualmente, por ponto de utilização ou por
circuito ou por grupo de circuitos.

5.1.4 Aplicação das medidas de proteção contra choques elétricos

5.1.4.1 Diferentes medidas de proteção contra choques elétricos podem ser aplicadas e coexistir
numa mesma instalação.

5.1.4.2 Medida de caráter geral a ser utilizada na proteção contra choques é a equipotencialização
e seccionamento automático da alimentação (ver 5.1.2.2). As outras medidas de proteção contra
choques elétricos descritas nesta Norma são admitidas ou mesmo requeridas em situações mais
pontuais, para compensar dificuldades no provimento da medida de caráter geral ou para compensar
sua insuficiência em locais ou situações em que os riscos de choque elétrico são maiores ou suas
consequências mais perigosas.

5.1.4.3 A medida de proteção por equipotencialização e seccionamento automático da alimentação


não é aplicável na situação 3 definida no Anexo C.

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5.1.4.4 Nos sistemas SELV ou PELV (ver 5.1.2.5) em que os circuitos SELV ou PELV são, total
ou parcialmente, partes vivas acessíveis, a tensão nominal do circuito SELV ou PELV não pode ser
superior a:

a) 25 V, valor eficaz, em corrente alternada, ou 60 V em corrente contínua sem ondulação, se o sistema


for usado na situação 1 definida no Anexo C; ou
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b) 12 V, valor eficaz, em corrente alternada, ou 30 V em corrente contínua sem ondulação, se


o sistema for usado na situação 2 definida no Anexo C.

5.1.4.5 As medidas de proteção contra choques a serem aplicadas em instalações ou locais


específicos são aquelas descritas nas subseções pertinentes da Seção 9. Isso inclui locais ou situações
em que as pessoas podem estar imersas (situação 3, conforme o Anexo C).

5.1.4.6 Se, na aplicação de uma medida de proteção, certas condições a ela associadas não
puderem ser satisfeitas, devem ser adotadas providências suplementares para garantir, no conjunto,
uma segurança equivalente à obtida caso a medida original seja integralmente aplicada.

5.1.4.7 Deve-se assegurar que não haja qualquer influência mútua prejudicial entre diferentes
medidas de proteção aplicadas numa mesma instalação, parte ou componente da instalação.

5.1.5 Proteção parcial contra choques elétricos

5.1.5.1 Generalidades

São considerados meios de proteção parcial contra choques elétricos o uso de obstáculos, conforme
5.1.5.3, e a colocação fora de alcance, conforme 5.1.5.4.

NOTA O uso de obstáculos e a colocação fora do alcance destinam-se a evitar contato com partes vivas
e são classificáveis, portanto, como meios de proteção contra contato direto. Além disso, a proteção contra
contato direto que proporcionam é considerada apenas parcial.

5.1.5.2 Casos em que se admite proteção parcial contra choques elétricos

Admite-se uma proteção parcial contra choques elétricos, mediante o uso de obstáculos e/ou colocação
fora de alcance, conforme 5.1.5.3 e 5.1.5.4, respectivamente, em locais acessíveis somente a pessoas
advertidas (BA4 –Tabela 8) ou qualificadas (BA5 – Tabela 8) e desde que:

a) a tensão nominal dos circuitos existentes nestes locais não seja superior aos limites da faixa de
tensões II (ver Anexo A); e

b) os locais sejam sinalizados de forma clara e visível por meio de indicações apropriadas.

5.1.5.3 Uso de obstáculos

NOTA Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o contato
que pode resultar de uma ação deliberada de ignorar ou contornar o obstáculo.

5.1.5.3.1 Os obstáculos devem impedir:

a) uma aproximação física não intencional das partes vivas; ou

b) contatos não intencionais com partes vivas durante atuações sobre o equipamento, estando
o equipamento em serviço normal.

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5.1.5.3.2 Os obstáculos podem ser removíveis sem auxílio de ferramenta ou chave, mas devem ser
fixados de forma a impedir qualquer remoção involuntária.

5.1.5.3.3 As distâncias mínimas a serem observadas nas passagens destinadas à operação e/ou
manutenção são aquelas indicadas na Tabela 3 e ilustradas na Figura 24.

NOTA Em circunstâncias particulares, pode ser desejável a adoção de valores maiores, visando a segurança.
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5.1.5.3.4 As passagens cuja extensão for superior a 20 m devem ser acessíveis nas duas
extremidades. Recomenda-se que passagens de serviço menores, mas com comprimento superior
a 6 m, também sejam acessíveis nas duas extremidades.

Tabela 3 – Distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas à operação


e/ou manutenção quando for assegurada proteção parcial por meio de obstáculos
Situação Distância
1) Distância entre obstáculos, entre manípulos de dispositivos elétricos
(punhos, volantes, alavancas etc.), entre obstáculos e parede ou entre 700 mm
manípulos e parede
2) Altura da passagem sob tela ou painel 2 000 mm
NOTA As distâncias indicadas são válidas considerando-se todas as partes dos painéis devidamente
montadas e fechadas.

Figura 24 – Passagens com proteção parcial por meio de obstáculos

5.1.5.4 Colocação fora de alcance

5.1.5.4.1 Partes simultaneamente acessíveis que apresentem potenciais diferentes devem se situar
fora da zona de alcance normal.

NOTA 1 Considera-se que duas partes são simultaneamente acessíveis quando o afastamento entre elas
não ultrapassa 2,50 m.

NOTA 2 Define-se como zona de alcance normal o volume indicado na Figura 25.

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onde
S é superfície sobre a qual se postam ou circulam pessoas

Figura 25 – Zona de alcance normal

5.1.5.4.2 Se, em espaços nos quais for prevista normalmente a presença ou circulação de pessoas
(qualificadas e/ou advertidas), houver obstáculo (por exemplo, corrimão ou tela) com grau de proteção
inferior a IPXXB ou IP2X, limitando a mobilidade no plano horizontal, a demarcação da zona de alcance
normal deve ser realizada a partir deste obstáculo. No plano vertical, a delimitação da zona de alcance
normal deve observar os 2,50 m da superfície S, como indicado na Figura 25, independentemente da
existência de qualquer obstáculo com grau de proteção inferior a IPXXB ou IP2X entre a superfície S
e as partes vivas.

NOTA Os afastamentos delimitadores da zona de alcance normal são válidos para a hipótese de risco
de as partes vivas serem tocadas diretamente com as mãos, sem considerar elementos como ferramentas
ou escadas.

5.1.5.4.3 Em locais onde objetos condutivos compridos ou volumosos forem manipulados habitualmente,
os afastamentos requeridos em 5.1.5.4.1 e 5.1.5.4.2 devem ser aumentados levando-se em conta
as dimensões de tais objetos.

5.1.6 Omissão da proteção contra choques elétricos

5.1.6.1 Admite-se omitir a proteção contra choques elétricos nos locais acessíveis somente
a pessoas advertidas (BA4 – Tabela 8) ou qualificadas (BA5 – Tabela 8) e se as condições de 5.1.6.2
a 5.1.6.7 forem simultaneamente satisfeitas.

5.1.6.2 A pessoa BA4 ou BA5 (Tabela 8) deve estar devidamente instruída com relação às condições
do local e às tarefas a serem nele executadas.

5.1.6.3 Os locais devem ser sinalizados de forma clara e visível, por meio de indicações apropriadas.

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5.1.6.4 Não pode ser possível ingressar nos locais sem o auxílio ou a liberação de algum dispositivo
especial.

5.1.6.5 As portas de acesso aos locais devem permitir a fácil saída das pessoas, abrindo no sentido
da fuga (abrindo para fora). A abertura das portas, pelo lado interno dos locais, deve ser possível sem
o uso de chaves, mesmo que as portas sejam fechadas a chave pelo lado de fora.
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5.1.6.6 As distâncias mínimas a serem observadas nas passagens destinadas à operação e/ou
manutenção são aquelas indicadas na Tabela 4 e ilustradas nas Figuras 26 e 27.

NOTA Em circunstâncias particulares, pode ser desejável a adoção de valores maiores, visando a segurança.

5.1.6.7 As passagens cuja extensão for superior a 20 m devem ser acessíveis nas duas extremidades.
Recomenda-se que passagens de serviço menores, mas com comprimento superior a 6 m, também
sejam acessíveis nas duas extremidades.

Tabela 4 – Distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas à operação


e/ou manutenção desprovidas de qualquer proteção contra contatos com partes vivas
Situação Distância
1. Apenas um dos lados da passagem apresenta partes vivas não protegidas
(ver Figura 26)
1.1 Largura da passagem entre parede e partes vivas 1 000 mm
1.2 Passagem livre defronte manípulos (punhos, volantes, alavancas etc.) de 700 mm
dispositivos elétricos
2. Os dois lados da passagem apresentam partes vivas (ver Figura 27)
2.1 Largura da passagem entre partes e/ou condutores vivos de cada lado:
a) passagem destinada exclusivamente à manutenção, prevendo-se 1 000 mm
que qualquer trabalho de manutenção seja precedido da colocação
de barreiras protetoras
b) passagem destinada exclusivamente à manutenção, não estando 1 500 mm
previsto que os trabalhos de manutenção sejam precedidos da
colocação de barreiras protetoras
c) passagem destinada tanto à operação quanto à manutenção, 1 200 mm
prevendo-se que todo trabalho de manutenção seja precedido da
colocação de barreiras protetoras
d) passagem destinada tanto à operação quanto à manutenção, não 1 500 mm
estando previsto que os trabalhos de manutenção sejam precedidos
da colocação de barreiras protetoras
2.2 Passagem livre defronte manípulos (punhos, volantes, alavancas etc.) de
dispositivos elétricos:
a) passagem destinada à manutenção 900 mm
b) passagem destinada à operação 1 100 mm
3. Altura das partes vivas acima do piso 2 300 mm
NOTA As distâncias indicadas são válidas considerando-se todas as partes dos painéis devidamente montadas
e fechadas.

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Figura 26 – Passagens sem proteção com partes vivas de um único lado

Legendas

1) Caso em que todo trabalho de manutenção é precedido da colocação de barreiras protetoras (ver 2.1-a)
e 2.1-c) da Tabela 4).
2) Caso em que os trabalhos de manutenção não são precedidos da colocação de barreiras protetoras
(ver 2.1-b) e 2.1- d) da Tabela 4).

Figura 27 – Passagens sem proteção com partes vivas dos dois lados

5.2 Proteção contra efeitos térmicos

5.2.1 Generalidades

As pessoas, animais domésticos, bem como os equipamentos e materiais fixos adjacentes aos componentes
da instalação elétrica, devem ser protegidos contra:

a) os efeitos térmicos, a combustão ou a degradação dos materiais e o risco de queimadura associado


aos componentes;

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b) a propagação de chamas, em caso de risco de incêndio propagado pelas instalações elétricas


a outros compartimentos com barreiras dispostas na proximidade; e

c) falha completa ou parcial dos componentes elétricos, incluindo os serviços de segurança.

NOTA A proteção contra as sobrecorrentes é tratada em 5.3.


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5.2.2 Proteção contra incêndio provocado por componente elétrico – Regras gerais

5.2.2.1 As pessoas, os animais domésticos e os bens devem ser protegidos contra danos
ou ferimentos provocados pelo calor ou fogo que pode ser gerado ou propagado pela instalação
elétrica, considerando os requisitos desta Norma e as instruções dos fabricantes de equipamentos.

O calor gerado pelos componentes elétricos não pode causar perigo ou efeitos danosos para
os materiais fixos vizinhos ou que podem ser previstos na proximidade de tais componentes.
Os componentes elétricos não podem apresentar perigo de incêndio para os materiais vizinhos.

NOTA Os danos, os ferimentos ou a ignição podem ser causados por efeitos como:

— acumulação de calor, radiação de calor, elementos quentes,

— redução das características de segurança do material elétrico, por exemplo, dispositivos de proteção como
disjuntores, termostatos, limitadores de temperatura, juntas de estanqueidade na penetração dos cabos e
sistemas de cabeamento,

— sobrecorrente,

— falhas de isolação e/ou arcos que provoquem perturbações,

— correntes harmônicas,

— descargas atmosféricas,

— sobretensões,

— seleção ou montagem inadequada dos materiais elétricos.

5.2.2.2 Quando as temperaturas externas dos equipamentos fixos puderem atingir valores suscetíveis
de causar risco de incêndio aos materiais vizinhos, o componente deve ser:

a) instalado sobre ou envolvidos por materiais que suportem tais temperaturas e possuam baixa
capacidade de condução térmica; ou

b) separado dos elementos de construção por materiais que suportem tais temperaturas e possuam
baixa capacidade de condução térmica; ou

c) instalado de modo a guardar afastamento suficiente de qualquer material cuja integridade possa
ser prejudicada por tais temperaturas e garantir uma segura dissipação de calor, aliado à utilização
de materiais de baixa capacidade de condução térmica.

5.2.2.3 Quando um componente da instalação, fixo ou estacionário, for suscetível de produzir, em


operação normal, arcos ou centelhamento, ele deve ser:

a) totalmente envolvido por material resistente a arco; ou

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b) separado, por materiais resistentes a arcos, de elementos construtivos da edificação sobre os


quais os arcos possam ter efeitos térmicos prejudiciais; ou

c) instalado a uma distância suficiente dos elementos construtivos sobre os quais os arcos possam
ter efeitos térmicos prejudiciais, de modo a permitir a segura extinção do arco.
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Os materiais resistentes a arcos mencionados devem ser incombustíveis, apresentar baixa capacidade
de condução térmica e possuir espessura capaz de assegurar estabilidade mecânica.

5.2.2.4 Os componentes fixos que produzem concentração de calor devem ser posicionados a uma
distância suficiente de qualquer objeto fixo ou elemento de construção, de tal forma que tais objetos ou
elementos não sejam submetidos, em condições normais, a uma temperatura perigosa – por exemplo,
uma temperatura superior à de sua ignição.

5.2.2.5 Componentes da instalação que contenham líquidos inflamáveis em volume significativo


devem ser objeto de precauções para evitar que, em caso de incêndio, o líquido inflamado, a chama,
a fumaça e gases se propaguem para outras partes da edificação.

NOTA 1 Tais precauções podem ser, por exemplo:

— construção de um fosso de drenagem, para coletar vazamentos do líquido e assegurar a extinção das
chamas, em caso de incêndio;

— instalação dos componentes numa câmara resistente ao fogo, ventilada apenas por atmosfera externa, e
previsão de soleiras, ou outros meios, para evitar que o líquido inflamado se propague para outras partes
da edificação.

NOTA 2 Em geral, considera-se “significativo” um volume igual ou superior a 25 L.

NOTA 3 Para volumes inferiores a 25 L, é suficiente alguma providência que evite o vazamento do líquido.

NOTA 4 É recomendável que a alimentação seja desligada tão logo um incêndio se inicie.

5.2.2.6 Os materiais de invólucros aplicados a componentes da instalação durante a execução


da obra devem suportar a maior temperatura que o componente possa vir a atingir. Só se admitem
invólucros de material combustível se forem tomadas medidas preventivas contra o risco de ignição,
como revestimento com material incombustível, ou de difícil combustão, e baixa capacidade
de condução térmica.

5.2.2.7 Recomenda-se que sejam tomadas medidas especiais para proteger contra os efeitos das
falhas por arco elétrico os seguintes circuitos de iluminação e força, que sirvam:

— locais utilizados como dormitórios;

— locais com riscos de incêndio devido à natureza dos materiais processados ou armazenados,
ou seja, locais BE2 (por exemplo, galpões, lojas de madeira, lojas de materiais combustíveis);

— locais com materiais construtivos combustíveis (locais CA2, por exemplo, edificações de madeira);

— locais com estruturas sujeitas a propagação de incêndio (locais CB2);

— locais que possuam bens considerados insubstituíveis.

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Em circuitos de corrente alternada, a utilização de dispositivos de detecção de falhas por arco (AFDD)
de acordo com a ABNT NBR IEC 62606 atende as recomendações acima mencionadas.

Se utilizado, um AFDD deve ser instalado na origem do circuito a ser protegido.

NOTA Ver a definição de AFDD na Seção 3.


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A utilização de AFDD não dispensa a aplicação de uma ou mais medidas previstas em outras seções
desta Norma.

5.2.3 Precauções em caso de riscos específicos de incêndio

5.2.3.1 Generalidades

5.2.3.1.1 A instalação de componentes elétricos deve ser restrita àqueles necessários para o uso do
local considerado, à exceção das linhas elétricas, conforme 5.2.2.4.

5.2.3.1.2 Os componentes elétricos devem ser selecionados e instalados de tal modo que sua
temperatura, em caso de uso normal e de aquecimento previsível em caso de falta, não dê origem
a um incêndio.

Estas disposições podem resultar da construção do componente ou das suas condições de instalação.

Nenhuma medida especial é necessária quando a temperatura das superfícies não for suscetível
de provocar a ignição dos materiais nas proximidades.

5.2.3.1.3 Os dispositivos de desligamento térmico devem permitir somente religamento manual.

5.2.3.1.4 Os requisitos de 5.2.2.3 a 5.2.2.6 são aplicáveis adicionalmente às generalidades de 5.2.2.2.

5.2.3.2 Proteção contra incêndio nas condições BD2, BD3 e BD4

NOTA 1 As condições BD2, BD3 e BD4, são dadas na Tabela 8.

NOTA 2 As prescrições desta subseção são aplicáveis, adicionalmente àquelas de 5.2.2.

NOTA 3 A legislação referente a edificações e à segurança contra incêndios pode conter disposições que
detalhem e regulamentem as condições BD ou análogas.

5.2.3.2.1 Nas condições BD2, BD3 e BD4, as linhas elétricas em rota de fuga devem atender aos
seguintes requisitos:

— serem dispostas de forma a não prejudicar a rota de fuga;

— serem dispostas fora da zona de alcance normal ou atenderem no mínimo a solicitação mecânica
AG3, conforme a Tabela 8.

— serem tão curtas quanto possível;

NOTA Sobre zona de alcance normal, ver Figura 25.

Quando aparentes, os condutos devem ser resistentes à chama, sob condições simuladas de incêndio,
não halogenados e com baixa emissão de fumaça e os cabos devem ser conforme as categorias CH2
e CP4.

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5.2.3.2.2 Nas condições BD2, BD3 e BD4, as linhas elétricas que alimentam circuitos de segurança
devem possuir uma resistência ao fogo durante o tempo prescrito pela regulamentação dos elementos
de construção ou então durante 2 h, na ausência de tal regulamentação.

5.2.3.2.3 Em áreas comuns, em áreas de circulação e em áreas de concentração de público, nas


condições BD2, BD3 e BD4, as linhas elétricas embutidas devem ser totalmente imersas em material
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incombustível, enquanto as linhas aparentes e as linhas no interior de espaços de construção devem


atender a uma das seguintes condições:

a) no caso de linhas constituídas por cabos fixados em paredes ou em tetos, os cabos devem ser
conforme as categorias CH2 e CP4;

b) no caso de linhas constituídas por condutos abertos, os cabos devem ser conforme as categorias
CH2 e CP4. Já os condutos, caso não sejam metálicos ou de outro material incombustível, devem
ser resistentes à chama, sob condições simuladas de incêndio, não halogenados e com baixa
emissão de fumaça;

c) no caso de linhas em condutos fechados, os condutos que não sejam metálicos ou de outro
material incombustível devem ser resistentes à chama, sob condições simuladas de incêndio, não
halogenados e com baixa emissão de fumaça. Na primeira hipótese (condutos metálicos ou de
outro material incombustível), podem ser usados condutores e cabos conforme a categoria CH2;
na segunda, devem ser usados condutores e cabos conforme as categorias CH2 e CP4.

NOTA 1 Para efeito desta prescrição, um poço (espaço de construção vertical) pode ser considerado linha
elétrica embutida quando possuir grau de proteção IP5X, no mínimo, for acessível somente através do uso
de chave ou ferramenta e observar os requisitos de 6.2.9.6.8.

NOTA 2 Sobre as categorias CH2 e CP4, ver as seções 6.2.3.4 e 6.2.3.5.

5.2.3.2.4 Nas condições BD2, BD3 e BD4, os dispositivos de comando e de proteção, exceto
interruptores de circuitos de iluminação e certos dispositivos que facilitam a fuga das pessoas, devem
ser acessíveis apenas a pessoas autorizadas. Se forem dispostos em áreas de circulação, devem ser
abrigados em invólucros constituídos por material incombustível ou de difícil combustão.

NOTA Tal requisito não proíbe o uso de invólucros plásticos que sejam de difícil combustão.

5.2.3.2.5 Não se admite, nas instalações elétricas nas condições BD3 ou BD4 e em rotas de fuga,
o uso de componentes contendo líquidos inflamáveis.

NOTA Os capacitores auxiliares incorporados aos equipamentos (por exemplo, capacitores de lâmpadas
de descarga e capacitores de partida de motores) não estão sujeitos a esta prescrição.

5.2.3.3 Proteção contra incêndio na condição BE2

A condição BE2, é dada na Tabela 8.

NOTA 1 A legislação de segurança contra incêndios, de segurança do trabalho, etc. pode conter disposições
que detalhem e regulamentem a quantidade de material combustível, a área ou o volume de locais BE2
e outros aspectos.

NOTA 2 Para locais com riscos de presença de atmosferas explosivas formadas por gases inflamáveis
ou poeiras combustíveis, como nas condições BE2 ou BE3, ver ABNT NBR IEC 60079-14.

NOTA 3 As prescrições desta subseção são aplicáveis, adicionalmente àquelas de 5.2.2.

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5.2.3.3.1 Em ambientes na condição BE2 não podem ser utilizados equipamentos elétricos além
daqueles indispensáveis a este ambiente. Admite-se, porém, que o local seja percorrido ou atravessado
por outras linhas elétricas, além daquelas destinadas a atender pontos situados no local, desde que
atendidas as condições descritas em 5.2.2.4.

5.2.3.3.2 As luminárias devem manter distância adequada dos materiais combustíveis. Na ausência
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de informações dos fabricantes, os spots e os projetores devem ser instalados a uma distância mínima
dos materiais combustíveis, conforme segue:

≤ 100 W: 0,5 m

> 100 W a 300 W: 0,8 m

> 300 W a 500 W: 1,0 m

> 500 W: distâncias maiores podem ser necessárias

Uma luminária com lâmpada que pode ejetar materiais inflamáveis em caso de falha deve ser instalada
com blindagem de proteção e de segurança para as lâmpadas, conforme as instruções do fabricante.

NOTA 1 Na ausência de instruções dos fabricantes, as distâncias acima referem se a todas as direções.

NOTA 2 As luminárias adequadas para montagem direta sobre superfícies normalmente inflamáveis eram
marcadas com o símbolo a seguir, conforme a ABNT NBR IEC 60598-1.

Com a publicação da ABNT NBR IEC 60598-1, as luminárias adequadas para montagem direta
deixaram de ter marcação específica e apenas as luminárias não adequadas para montagem sobre
superfícies normalmente inflamáveis são marcadas com os símbolos:

e/ou

NOTA Ver ABNT NBR IEC 60598-1:2010, Seção N.4, para mais detalhes.

5.2.3.3.3 Quando for previsto um acúmulo de substância combustível sobre os invólucros dos
componentes elétricos, capaz de suscitar risco de incêndio, devem ser tomadas precauções para
impedir que esses invólucros atinjam as temperaturas de autoignição da substância combustível.

5.2.3.3.4 Os componentes da instalação devem ser selecionados e instalados de modo tal que seu
aquecimento normal, bem como o sobreaquecimento previsível em caso de falta ou de operação
em sobrecarga, não possa provocar um incêndio. As providências pertinentes podem basear-se nas
características construtivas originais do componente ou em cuidados na sua instalação. Quando a
temperatura das superfícies dos componentes não for suscetível de provocar a combustão de materiais
situados nas proximidades, não é necessária nenhuma medida.

5.2.3.3.5 Os dispositivos de proteção, comando e seccionamento devem ser dispostos fora dos
locais BE2, a menos que eles sejam providos de invólucros com grau de proteção adequado a tais
locais: no mínimo IP4X; em presença de poeira, IP5X; em presença de poeiras condutivas, IPX6,
exceto se 5.2.3.3.12 for aplicável.

5.2.3.3.6 Quando as linhas elétricas não forem totalmente embutidas (imersas) em material
incombustível, devem ser tomadas precauções para garantir que elas não venham a propagar chama.

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Nos locais BE2 somente são admitidos condutores não propagantes de chama, independentemente
do método de instalação.

NOTA 1 A conformidade com o requisito anterior pode ser obtida usando os seguintes componentes:

— condutos metálicos ou de outro material incombustível


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— cabos que atendam as condições de ensaio ao fogo da série ABNT NBR NM IEC 60332.

— eletrodutos de seção circular não metálicos que atendam o ensaio de resistência à propagação de chama
especificado na ABNT NBR 15465;

— canaletas de seção não circular não metálicas que atendam o ensaio de resistência à propagação de
chama especificado na série ABNT NBR IEC 61084;

— bandejas e os leitos para cabos não metálicos para cabos que atendam o ensaio de resistência à propagação
de chama especificado na ABNT NBR IEC 61537;

— sistemas de condutores pré-fabricados que atendam o ensaio de resistência à propagação de chama


especificado na série IEC 61534.

— sistemas de barramento blindado que atendam o ensaio de resistência à propagação de chama especificado
na ABNT NBR IEC 61439-6.

NOTA 2 Os ensaios de propagação de chama para os sistemas de cabeamento são sempre efetuados em
configuração vertical.

5.2.3.3.7 As linhas elétricas que atravessem um local BE2, mas que não se destinem a atender
pontos aí situados, devem satisfazer as seguintes condições:

a) devem ser conforme 5.2.2.4;

b) não podem conter nenhuma conexão no trecho interno ao local, a menos que essas conexões
sejam contidas em invólucros resistentes ao fogo;

c) devem ser protegidas contra sobrecorrentes conforme 5.3;

d) não podem ser utilizados condutores nus.

5.2.3.3.8 Motores comandados automaticamente ou à distância, ou que não sejam continuamente


supervisionados, devem ser protegidos contra sobreaquecimento por sensores térmicos, a menos que
sejam construídos com limitação térmica inerente.

5.2.3.3.9 As luminárias devem:

a) ser adequadas aos locais; e

b) ser providas de invólucros que apresentem grau de proteção no mínimo IP4X; ou, em presença
de poeira, IP5X; ou ainda, em presença de poeira condutiva, IP6X; e

c) ter uma temperatura superficial limitada, conforme a IEC 60598-2-24; e

d) ser de concepção que evite que componentes da lâmpada caiam da luminária; e

e) ter proteção mecânica adequada aos eventuais impactos mecânicos previstos no local.

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Em locais sujeitos a risco de incêndio, devido a poeiras ou fibras, as luminárias devem ser instaladas
de modo a que a poeira ou fibra não se acumule em quantidade perigosa.

5.2.3.3.10 Os circuitos dos equipamentos de utilização do ambiente BE2 devem ser protegidos contra
as falhas de isolação como segue:
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a) em esquemas TN e TT, deve ser usado dispositivo DR com corrente de atuação residual nominal
I∆n ≤ 300 mA. Quando a ocorrência de uma falha em carga com elementos de aquecimento
resistivo puder originar um incêndio, a corrente de atuação residual nominal deve ser I∆n ≤ 30 mA;

NOTA A falha de isolação em alguns casos de carga resistiva, por exemplo fitas resistivas de um
sistema de aquecimento, pode levar a um aquecimento excessivo nesta carga resistiva, onde o uso de
um DR com corrente de atuação residual nominal I∆n ≤ 30 mA é mais apropriado.

b) em esquema IT, devem ser previstos dispositivos supervisores de isolamento (DSI) que monitorem
a instalação, integralmente, ou dispositivos supervisores de corrente residual (DSCR) nos
circuitos terminais, ambos com alarmes sonoros e visuais. Alternativamente, podem ser usados
dispositivos DR com corrente de atuação residual nominal citada em a). No caso de uma segunda
falta, ver 5.1.2.2.4.4 para os tempos de seccionamento.

Os cabos com isolação mineral e as linhas elétricas pré-fabricadas (barramento blindado) não são
considerados possível causa de incêndio e, consequentemente, não necessitam das proteções
prescritas em a) e b).

NOTA É recomendável o uso de cabos com cobertura metálica. Convém que esta cobertura metálica seja
conectada ao condutor de proteção.

5.2.3.3.11 Os circuitos que alimentam ou atravessam locais na condição BE2 devem ser protegidos
contra sobrecargas e contra curtos-circuitos por dispositivos de proteção localizados fora e a montante
de tais locais. Os circuitos que se originam de tais locais devem ser protegidos contra sobrecorrentes
por dispositivos de proteção dispostos na sua origem.

5.2.3.3.12 Nos circuitos alimentados por SELV ou PELV, independente dos requisitos de 5.1.2.5.1, as
partes vivas devem ser:

a) contidas em invólucros com grau de proteção IP2X ou IPXXB; ou

b) providas de isolação capaz de suportar uma tensão de ensaio de 500 V c.c. por 1 min
independentemente da tensão nominal do circuito.

5.2.3.3.13 Os condutores PEN não são admitidos em locais na condição BE2, com exceção dos
circuitos que apenas atravessem tais locais e não apresentem nenhuma conexão, em sua travessia,
entre o condutor PEN e qualquer parte condutiva de tais locais.

5.2.3.3.14 Quando for necessário limitar os riscos de incêndio suscitados pela presença de tensão
dos condutores vivos, cada circuito que alimenta equipamento elétrico em locais BE2 deve ser provido
de dispositivo de seccionamento que permita isolar todo condutor vivo da alimentação, de modo
a que nenhum condutor vivo da alimentação possa permanecer sob tensão quando um ou mais dos
condutores são seccionados. Independentemente do esquema de aterramento.

NOTA Este seccionamento pode ser realizado individualmente por circuito, ou por grupo de circuitos,
se as condições de serviço permitir.

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5.2.3.4 Proteção contra incêndio na condição CA2

A condição CA2, é dada na Tabela 8.

NOTA As prescrições desta subseção são aplicáveis, adicionalmente àquelas de 5.2.2.

5.2.3.4.1 Devem ser adotadas precauções para garantir que os componentes elétricos não possam
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provocar a combustão de paredes, pisos ou tetos. Isto pode ser obtido com uma correta concepção,
seleção e instalação dos componentes elétricos.

Para evitar a penetração de corpos sólidos, as caixas e invólucros instalados em paredes ocas,
suscetíveis de serem perfuradas quando da construção da parede, devem ter um grau de proteção de
no mínimo IP3X.

5.2.3.4.2 As luminárias devem manter distância adequada dos materiais combustíveis. Na ausência
de informações dos fabricantes, os spots e os projetores devem ser instalados a uma distância mínima
dos materiais combustíveis, conforme segue:

100 W: 0,5 m

100 W a 300 W: 0,8 m

300 W a 500 W: 1,0 m

500 W: distâncias maiores podem ser necessárias

5.2.3.4.3 As lâmpadas e outros componentes das luminárias devem ser protegidos contra as
solicitações mecânicas previsíveis. Tais meios de proteção não podem ser fixados aos porta-lâmpadas,
a menos que sejam parte integrante da luminária.

5.2.3.4.4 Uma luminária com lâmpada que pode ejetar materiais inflamáveis em caso de falha deve
ser instalada com blindagem de proteção e de segurança para as lâmpadas, conforme as instruções
do fabricante.

NOTA 1 Na ausência de instruções dos fabricantes, as distâncias de 5.2.3.4.2 referem se a todas as direções.

NOTA 2 As luminárias adequadas para montagem direta sobre superfícies normalmente inflamáveis eram
marcadas com o símbolo a seguir, conforme a ABNT NBR IEC 60598-1.

5.2.3.4.5 Com a publicação da ABNT NBR IEC 60598-1, as luminárias adequadas para montagem
direta deixaram de ter marcação específica e apenas as luminárias não adequadas para montagem
sobre superfícies normalmente inflamáveis são marcadas com os símbolos:

e/ou

NOTA Ver ABNT NBR IEC 60598 1 para mais explicações.

5.2.3.5 Proteção contra incêndio na condição CB2

5.2.3.5.1 A condição CB2, é dada na Tabela 8.

NOTA As prescrições desta subseção são aplicáveis, adicionalmente àquelas de 5.2.2.

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5.2.3.5.2 Nas estruturas cuja forma e dimensões facilitam a propagação de incêndio, devem ser
adotadas precauções para garantir que a instalação elétrica não venha a propagar incêndio (por
exemplo, efeito chaminé).

NOTA 1 Podem ser previstos detectores de incêndio para garantir a implementação de medidas que
impeçam à propagação de incêndio – por exemplo, o fechamento de barreiras corta fogo em dutos (por
exemplo “dampers”), espaços de construção e locais análogos.
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NOTA 2 Podem ser usadas caixas e invólucros conforme a ABNT NBR IEC 60670-1 para paredes ocas
e cabos conforme a série ABNT NBR NM IEC 60332-3. A ABNT NBR IEC 60670-1 inclui a marcação
do símbolo H para as caixas e invólucros para paredes ocas.

5.2.4 Proteção contra queimaduras

5.2.4.1 As partes acessíveis dos componentes elétricos dispostas dentro da zona de alcance normal
não podem atingir temperaturas que possam causar queimaduras às pessoas e devem satisfazer os
limites adequados, indicados na Tabela 5.

5.2.4.2 Todas as partes da instalação suscetíveis de atingir em serviço normal, mesmo durante curtos
períodos, temperaturas superiores aos limites da Tabela 5, devem ser protegidas contra qualquer
contato acidental. Estes requisitos não se aplicam a componentes cujos limites de temperatura das
superfícies acessíveis sejam fixados por norma específica.

Tabela 5 – Temperaturas máximas em serviço normal das partes acessíveis de


componentes elétricos posicionados dentro da zona de alcance normal
Material das Temperaturas
Partes acessíveis superfícies máximas
acessíveis ˚C
Meios de comando manual (por exemplo, Metálico 55
alavancas, volantes ou punhos de
dispositivos de manobra) Não metálico 65

Partes previstas para serem tocadas mas não Metálica 70


seguras com as mãos Não metálica 80

Partes não destinadas a serem tocadas em Metálica 80


serviço normal Não metálica 90
NOTA 1 A distinção entre superfícies metálicas e não metálicas depende da condutividade térmica da
superfície considerada. Camadas de tinta ou de verniz não são consideradas suficientes para modificar
a condutividade térmica da superfície. Por outro lado, certos revestimentos plásticos podem reduzir
sensivelmente a condutividade térmica de uma superfície metálica e permitir considerá-la como não metálica.
NOTA 2 Admitem-se temperaturas mais elevadas, no caso de dispositivos de manobra, se a parte em
questão for acessível somente após abertura do invólucro ou cobertura que a envolve e não for acionada
frequentemente.
NOTA 3 Sobre zona de alcance normal, ver Figura 25.

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5.3 Proteção contra sobrecorrentes

5.3.1 Generalidades

5.3.1.1 Os condutores vivos devem ser protegidos, por um ou mais dispositivos de seccionamento
automático contra sobrecargas e contra curtos-circuitos. Excetuam-se os casos em que as sobrecorrentes
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forem limitadas, previstos em 5.3.7, e os casos em que for possível ou mesmo recomendável omitir tais
proteções, tratados em 5.3.4.3, 5.3.4.4 e 5.3.5.3.

5.3.1.2 A proteção contra sobrecargas e a proteção contra curtos-circuitos devem ser coordenadas
conforme 5.3.6.

5.3.1.3 Os dispositivos previstos em 5.3.1.1 destinam-se a interromper sobrecorrentes antes que elas
se tornem perigosas, devido aos seus efeitos térmicos e mecânicos, ou resultem em uma elevação de
temperatura prejudicial à isolação, às conexões, às terminações e à circunvizinhança dos condutores.

NOTA A proteção dos condutores realizada de acordo com esta seção não garante necessariamente
a proteção dos equipamentos ligados a esses condutores.

5.3.2 Proteção de acordo com a natureza dos circuitos

5.3.2.1 Proteção dos condutores de fase

5.3.2.1.1 A detecção de sobrecorrentes deve ser prevista em todos os condutores de fase,


admitindo-se a exceção indicada em 5.3.2.1.2, e deve provocar o seccionamento do condutor em
que a sobrecorrente for detectada, não precisando, necessariamente, provocar o seccionamento dos
outros condutores vivos.

Se o seccionamento de uma só fase puder causar perigo, por exemplo, no caso de motores trifásicos,
devem ser tomadas precauções apropriadas.

NOTA No caso de locais de habitação, ver 9.5.4.

5.3.2.1.2 No esquema TT ou TN, nos circuitos alimentados entre fases e nos quais o condutor neutro
não seja distribuído, a detecção de sobrecorrente pode ser omitida em um dos condutores de fase,
desde que as seguintes condições sejam simultaneamente satisfeitas:

a) exista, no mesmo circuito ou a montante, uma proteção que detecte o desbalanceamento de cargas
e que provoque o seccionamento de todos os condutores de fase;

b) o condutor neutro não seja distribuído a partir de um ponto neutro artificial nos circuitos situados
a jusante do dispositivo que detecte o desbalanceamento de cargas citado na alínea anterior.

5.3.2.2 Proteção do condutor neutro

5.3.2.2.1 Esquema TT ou TN

5.3.2.2.1.1 Quando a seção do condutor neutro for pelo menos igual ou equivalente à dos condutores
de fase, e a corrente prevista no neutro não exceder a corrente de fase, não é necessário prever
detecção de sobrecorrente no condutor neutro, nem dispositivo de seccionamento nesse condutor.

5.3.2.2.1.2 Quando a seção do condutor neutro for inferior à dos condutores de fase, é necessário
prever detecção de sobrecorrente no condutor neutro, adequada à seção desse condutor. Essa
detecção deve provocar o seccionamento dos condutores de fase, mas não necessariamente do

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condutor neutro. No entanto, admite-se omitir a detecção de sobrecorrente no condutor neutro, se as


duas condições seguintes forem simultaneamente atendidas:

a) o condutor neutro estiver protegido contra curtos-circuitos pelo dispositivo de proteção dos condutores
de fase do circuito;
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b) a corrente máxima suscetível de percorrer o condutor neutro em serviço normal for claramente
inferior ao valor da capacidade de condução de corrente desse condutor.

Considera-se a condição da alínea b) satisfeita se a potência transportada pelo circuito for distribuída
tão uniformemente quanto possível entre as diferentes fases (por exemplo, se a soma das potências
absorvidas pelos equipamentos de utilização alimentados entre cada fase e o neutro for muito inferior
à potência total transportada pelo circuito em questão). A seção do condutor neutro deve ser no mínimo
igual aos valores especificados em 6.2.6.2.

5.3.2.2.2 Esquema IT

Nos esquemas IT, recomenda-se não distribuir o condutor neutro. No entanto, se ele for distribuído,
é necessário prever, em todos os circuitos, detecção de sobrecorrente no condutor neutro, que deve
seccionar todos os condutores vivos do circuito correspondente, incluindo o próprio condutor neutro.
Essa medida não é necessária, desde que:

a) o condutor neutro considerado seja efetivamente protegido contra sobrecorrentes por um dispositivo
de proteção instalado a montante, por ex. na origem da instalação; ou

b) o circuito considerado seja protegido por um dispositivo de proteção a corrente diferencial-


residual com uma corrente diferencial-residual nominal menor ou igual a 0,20 vez a capacidade
de condução de corrente do condutor neutro correspondente. Esse dispositivo deve seccionar
todos os condutores vivos do circuito correspondente, incluindo o condutor neutro. O dispositivo
deve ter capacidade de interrupção adequada para todos os polos.

5.3.2.2.3 Correntes harmônicas

Nos casos em que o conteúdo harmônico das correntes de fase de circuitos polifásicos possa causar
valores de corrente de neutro superiores à capacidade de condução de corrente deste condutor,
deve ser prevista detecção de sobrecarga no condutor neutro. A detecção de sobrecarga deve ser
compatível com a natureza da corrente do condutor neutro e deve seccionar os condutores de fase,
mas não necessariamente o condutor neutro. Para o seccionamento do neutro ver 5.3.2.2.1.

NOTA Para requisitos adicionais relativos à proteção do condutor neutro ver 6.3.

5.3.3 Natureza dos dispositivos de proteção

Os dispositivos de proteção devem ser escolhidos entre os indicados em 5.3.3.1 a 5.3.3.3.

5.3.3.1 Dispositivos capazes de prover simultaneamente proteção contra correntes de


sobrecarga e contra correntes de curto-circuito

Esses dispositivos de proteção devem poder interromper qualquer sobrecorrente inferior ou igual
à corrente de curto-circuito presumida no ponto em que o dispositivo for instalado. Eles devem
satisfazer as prescrições de 5.3.4 e de 5.3.5.5.1. Tais dispositivos podem ser:

a) disjuntores que incorporam as proteções de sobrecarga e curto-circuito;

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b) dispositivos fusíveis tipo gG;

c) disjuntores associados a dispositivos fusíveis.

NOTA 1 O termo dispositivo fusível compreende todas as partes constituintes do dispositivo de proteção.

NOTA 2 O uso de dispositivo com capacidade de interrupção inferior à corrente de curto-circuito presumida
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no ponto de instalação está sujeito às prescrições de 5.3.5.5.1.

5.3.3.2 Dispositivos capazes de prover apenas proteção contra correntes de sobrecarga

Tais dispositivos geralmente possuem característica de atuação a tempo inverso e podem apresentar
uma capacidade de interrupção inferior à corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação.
Devem satisfazer às prescrições de 5.3.4.

NOTA Os fusíveis tipo aM não protegem contra sobrecarga.

5.3.3.3 Dispositivos capazes de prover apenas proteção contra correntes de curto-circuito

Tais dispositivos podem ser utilizados quando a proteção contra sobrecargas for provida por outros
meios ou nos casos em que se admite omitir a proteção contra sobrecargas (ver 5.3.4.3). Esses
dispositivos devem poder interromper qualquer corrente de curto-circuito inferior ou igual à corrente de
curto-circuito presumida e devem satisfazer as prescrições de 5.3.5. Podem ser utilizados:

a) disjuntores com proteção somente de curto-circuito;

b) dispositivos fusíveis com fusíveis tipo gG, gM ou aM.

5.3.3.4 Características dos dispositivos de proteção

As características de operação dos dispositivos de proteção contra sobrecorrente devem


atender aos requisitos das normas ABNT ou IEC pertinentes, como a ABNT NBR NM 60898,
ABNT NBR IEC 60947-2, IEC 60947-6-2, ABNT NBR IEC 62423, ABNT NBR IEC 61009-2-1,
IEC 60269-2, IEC 60269-3, IEC 60269-4 ou ABNT NBR IEC 60947-3.

NOTA A utilização de outros dispositivos é admitida quando sua característica tempo/corrente fornece um
nível de proteção equivalente ao especificado nesta subseção.

5.3.4 Proteção contra correntes de sobrecarga

NOTA Os condutores vivos protegidos contra sobrecargas, conforme as prescrições desta seção, são
considerados igualmente protegidos contra qualquer falta capaz de produzir sobrecorrentes na faixa das
correntes de sobrecarga.

5.3.4.1 Coordenação entre condutores e dispositivos de proteção

Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas seja assegurada, as características de
atuação do dispositivo destinado a provê-la devem ser tais que:

a) lB ≤ ln ≤ l z , e

b) l 2 ≤ 1, 45 l z

onde

IB é a corrente de projeto do circuito;

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Iz é a capacidade de condução de corrente dos condutores, nas condições previstas para sua
instalação (ver 6.2.5);

In é a corrente nominal do dispositivo de proteção (ou corrente de ajuste, para dispositivos


ajustáveis), nas condições previstas para sua instalação;
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I2 é a corrente convencional de atuação, para disjuntores, ou corrente convencional de fusão,


para fusíveis, a qual deve ser fornecida pelo fabricante ou pela norma do produto.

A condição da alínea b) é aplicável quando for possível assumir que a temperatura limite de sobrecarga
dos condutores (ver Tabela 10) não venha a ser mantida por um tempo superior a 100 h durante
12 meses consecutivos, ou por 500 h ao longo da vida útil do condutor. Quando isso não ocorrer,
a condição da alínea b) deve ser substituída por: I2 ≤ Iz.

NOTA 1 A corrente l2 também é denominada It ou If de acordo com a norma do produto.

NOTA 2 As condições a) e b) acima são ilustradas no Anexo K.

5.3.4.2 Localização dos dispositivos que asseguram proteção contra sobrecargas

5.3.4.2.1 Devem ser providos dispositivos que assegurem proteção contra sobrecargas em todos
os pontos onde uma mudança (por exemplo, de seção, de natureza, de maneira de instalar ou de
constituição) resulte em redução do valor da capacidade de condução de corrente dos condutores.
As exceções a essa regra são indicadas em 5.3.4.2.2 e 5.3.4.3.

5.3.4.2.2 O dispositivo destinado a proteger uma linha elétrica contra sobrecargas pode não ser
posicionado exatamente no ponto especificado em 5.3.4.2.1, mas deslocado ao longo do percurso
da linha, se a parte da linha compreendida entre, de um lado, a mudança de seção, de influências
externas, de maneira de instalar ou de constituição e, do outro lado, o dispositivo de proteção, não
possuir derivação, tomada de corrente e atender a uma das duas condições seguintes:

a) estar protegida contra curtos-circuitos de acordo com as prescrições de 5.3.5;

b) seu comprimento não exceder 3 m, ser instalada de modo a reduzir ao mínimo o risco de curto-
circuito e reduzir ao mínimo o risco de incêndio ou perigo às pessoas (ver 5.3.5.5.1).

As possibilidades de deslocamento admitidas para esquemas IT são dadas em 5.3.4.3.3.

5.3.4.3 Omissão da proteção contra sobrecargas

5.3.4.3.1 As possibilidades de omissão da proteção contra sobrecargas enunciadas em 5.3.4.3.2


não são válidas para instalações em locais que apresentem riscos de incêndio ou de explosão
(condições BE2 e BE3, Tabela 8), instalações sujeitas a prescrições específicas que derroguem
ou não reconheçam essas possibilidades, e instalações conforme o esquema IT. As possibilidades
de omissão admitidas para esquemas IT são dadas em 5.3.4.3.3.

5.3.4.3.2 Admite-se omitir a proteção contra sobrecargas:

a) em linha que, situada a jusante de uma mudança de seção, de influências externas, de maneira
de instalar ou de constituição, seja efetivamente protegida contra sobrecargas por um dispositivo
de proteção localizado a montante;

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b) em linha não sujeita à circulação de correntes de sobrecarga, protegida contra curtos-circuitos de


acordo com as prescrições de 5.3.5 e que não possua derivação ou tomada de corrente;

c) nas linhas de sinal, incluindo circuitos de comando.

5.3.4.3.3 Em esquemas IT, admite-se deslocar ou omitir a proteção contra sobrecargas se o circuito
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em questão atender uma das condições seguintes:

a) utilizar as medidas de proteção de 5.1.2.3;

b) for protegido por dispositivo a corrente diferencial-residual que seguramente atue na ocorrência
de uma segunda falta;

c) utilizar monitoramento de isolamento, em sistemas supervisionados permanentemente, tal que:

— o circuito seja seccionado quando ocorrer a primeira falta, ou;

— forneça uma sinalização que indique a presença da falta. A falta deve ser corrigida de acordo
com os requisitos operacionais e levar em conta o risco de uma segunda falta.

NOTA É recomendado instalar um sistema de localização de falha de isolação de acordo com a


IEC 61557-9. Com a aplicação desse sistema é possível detectar e localizar a falha de isolação sem
a interrupção da alimentação.

Admite-se ainda, no caso particular de esquema IT sem distribuição do condutor neutro, que
o dispositivo de proteção contra sobrecargas seja omitido em uma das fases, se o circuito contar com
dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual.

5.3.4.4 Casos em que é recomendada a omissão da proteção contra sobrecargas por razões
de segurança

Recomenda-se omitir o dispositivo de proteção contra sobrecargas em circuitos que alimentem


equipamentos de utilização, nos casos em que o desligamento inesperado do circuito suscitar
uma situação de perigo ou, inversamente, desabilitar equipamentos indispensáveis numa situação
de perigo. São exemplos de tais casos:

a) circuitos de excitação de máquinas rotativas;

b) circuitos de alimentação de eletroímãs para elevação de cargas;

c) circuitos secundários de transformadores de corrente;

d) circuitos de motores usados em serviços de segurança (bombas de incêndio, sistemas de extração


de fumaça etc.).

NOTA Nesses casos pode ser interessante prever dispositivo de sinalização de sobrecargas.

5.3.4.5 Proteção contra sobrecargas de condutores em paralelo

5.3.4.5.1 Quando a proteção de condutores em paralelo contra sobrecargas for provida por dispositivo
único, os condutores não podem conter nenhuma derivação nem dispositivos de seccionamento
ou manobra.

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5.3.4.5.2 Quando a proteção de condutores em paralelo contra sobrecargas for provida por dispositivo
único e a corrente total se dividir igualmente entre esses condutores (condutores percorridos por
correntes de mesma intensidade), o valor de IZ a ser utilizado no equacionamento das condições
exigidas em 5.3.4.1 é a soma das capacidades de condução de corrente dos vários condutores.

NOTA Assume-se que os condutores em paralelo são percorridos por correntes de mesma intensidade
se os requisitos de 6.2.5.7 forem atendidos.
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5.3.4.5.3 Quando as correntes nos condutores em paralelo forem desiguais, a corrente de projeto e a
proteção contra sobrecargas devem ser equacionadas individualmente, para cada um dos condutores
em paralelo.

NOTA As correntes nos condutores em paralelo são consideradas desiguais quando a diferença entre
quaisquer duas delas for maior que 10 % da corrente que caberia a cada condutor se a corrente total (corrente
de projeto) se dividisse igualmente entre eles. O Anexo D traz orientação a respeito (ver Seção D.2).

5.3.5 Proteção contra correntes de curto-circuito

Esta Norma considera somente os casos de curto-circuito entre condutores do mesmo circuito.

5.3.5.1 Determinação das correntes de curto-circuito presumidas

As correntes de curto-circuito presumidas devem ser determinadas em todos os pontos da instalação


julgados necessários.

5.3.5.2 Localização dos dispositivos que asseguram proteção contra curtos-circuitos

5.3.5.2.1 Devem ser providos dispositivos que assegurem proteção contra curtos-circuitos em todos
os pontos onde uma mudança (por exemplo, redução de seção) resulte em alteração do valor da
capacidade de condução de corrente dos condutores. As exceções a essa regra são indicadas em
5.3.5.2.2 e 5.3.5.3.

5.3.5.2.2 O dispositivo destinado a prover proteção contra curtos-circuitos pode não ser posicionado
exatamente no ponto especificado em 5.3.5.2.1, se a parte da linha compreendida entre a redução de
seção ou outra mudança e a localização cogitada para o dispositivo, não possuir derivação, tomada
de corrente e atender a uma das duas condições seguintes:

a) não exceder 3 m de comprimento, for realizada de modo a reduzir ao mínimo o risco de um curto-
circuito (por exemplo, com uma proteção reforçada contra influências externas) de forma a reduzir
ao mínimo o risco de incêndio;

b) estiver protegida contra curtos-circuitos, atendendo-se aí ao disposto em 5.3.5.5.2, por um


dispositivo de proteção localizado a montante.

5.3.5.3 Casos em que se pode omitir a proteção contra curtos-circuitos

Admite-se omitir a proteção contra curtos-circuitos nos casos enumerados a seguir, desde que a linha seja
realizada de modo a reduzir ao mínimo o risco de curto-circuito (por exemplo, com uma proteção reforçada
contra influências externas) de forma a reduzir ao mínimo o risco de incêndio ou perigo às pessoas:

a) linhas ligando geradores, transformadores, retificadores e baterias de acumuladores aos quadros


de comando ou distribuição correspondentes, estando os dispositivos de proteção localizados
nesse quadro;

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b) circuitos cujo desligamento possa significar perigos para a instalação correspondente, tais como
os citados em 5.3.4.4;

c) certos circuitos de medição.

5.3.5.4 Proteção contra curtos-circuitos de condutores em paralelo


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Na proteção contra curtos-circuitos de condutores em paralelo pode ser usado um único dispositivo
de proteção, nas condições de 5.3.5.4.1 e 5.3.5.4.2, ou mais de um dispositivo, nas condições de
5.3.5.4.3.

5.3.5.4.1 Admite-se que a proteção de condutores em paralelo contra curtos-circuitos seja provida
por um único dispositivo, se as características desse dispositivo garantirem atuação efetiva mesmo
na situação mais adversa, como a de uma falta que venha a ocorrer no ponto mais desfavorável de
qualquer dos condutores em paralelo. Deve ser considerada a divisão da corrente de curto-circuito
entre os condutores em paralelo e, além disso, o fato de que uma falta pode ser alimentada por ambas
as extremidades de um condutor em paralelo.

5.3.5.4.2 Se a efetividade de atuação exigida em 5.3.5.4.1 não puder ser garantida, admite-se ainda
assim o uso de dispositivo único, se a linha for realizada de modo a reduzir ao mínimo o risco de
curto-circuito, em todos os condutores em paralelo (por exemplo, provendo-se proteção contra danos
mecânicos), de forma a reduzir ao mínimo o risco de incêndio ou perigo às pessoas.

5.3.5.4.3 Quando a proteção de condutores em paralelo contra curtos-circuitos for provida com o uso
de mais de um dispositivo, devem ser observados os seguintes critérios:

a) para dois condutores em paralelo, deve ser previsto um dispositivo de proteção contra curtos-
circuitos na origem de cada condutor em paralelo;

b) para mais de dois condutores em paralelo, deve ser previsto um dispositivo de proteção contra
curtos-circuitos em cada extremidade (extremidade “fonte” e extremidade “carga”) de cada
condutor em paralelo.

NOTA O Anexo D traz orientação a respeito (ver Seção D.3).

5.3.5.5 Características dos dispositivos destinados a prover proteção contra correntes de


curto-circuito

Todo dispositivo destinado a prover proteção contra curtos-circuitos deve atender às condições
especificadas em 5.3.5.5.1 e 5.3.5.5.2.

5.3.5.5.1 A capacidade de interrupção do dispositivo deve ser no mínimo igual à corrente de


curto-circuito presumida no ponto onde for instalado.

Só se admite um dispositivo com capacidade de interrupção inferior se houver, a montante, um outro


dispositivo com a capacidade de interrupção necessária; neste caso, as características dos dois
dispositivos devem ser coordenadas de tal forma que a energia que eles deixam passar não seja superior
à que podem suportar, sem danos, ao dispositivo situado a jusante e as linhas por eles protegidas.

NOTA Em certos casos pode ser necessário conferir as características do dispositivo de jusante quanto
a esforços dinâmicos e energia de arco. Detalhes das características que necessitam de coordenação,
convém que sejam obtidos com os fabricantes dos dispositivos.

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5.3.5.5.2 A integral de Joule que o dispositivo deixa passar deve ser inferior ou igual à integral
de Joule necessária para aquecer o condutor desde a temperatura máxima para serviço contínuo até
a temperatura limite de curto-circuito, o que pode ser indicado pela seguinte expressão:
t
∫0 i 2 dt ≤ k 2S 2
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onde

t
∫0 i 2 dt é a integral de Joule (energia) que o dispositivo de proteção deixa passar, expressa em
ampères quadrados-segundo;

k2S2 é a integral de Joule (energia) capaz de elevar a temperatura do condutor desde a temperatura
máxima para serviço contínuo até a temperatura de curto-circuito, supondo-se aquecimento
adiabático. O valor de k é indicado na Tabela 6 e S é a seção do condutor, expressa
em milímetros quadrados (mm2).

Para tempos de interrupção dos dispositivos de proteção < 0,1 s, onde a assimetria é significativa
e para os dispositivos limitadores de corrente, k2S2 deve ser igual ou superior ao valor da energia (I2t)
fornecida pelo fabricante do dispositivo de proteção.

Para curtos-circuitos de qualquer duração em que a assimetria da corrente não seja significativa,
e para curtos-circuitos assimétricos de duração 0,1 s ≤ t ≤ 5 s, pode-se escrever:

l 2 ⋅ t ≤ k 2 S2

onde

I é a corrente de curto-circuito presumida simétrica, expressa em ampères (A), valor eficaz;

S é a seção dos condutores, expressa em milímetros quadrados (mm2);

t é a duração do curto-circuito, expressa em segundos (s).

k é o fator que leva em consideração a resistividade, o coeficiente de temperatura e o limite


admissível de aquecimento do material do condutor, bem como as temperaturas iniciais
e finais. Para as isolações de condutores mais comuns, os valores de k para condutores de
fase são indicados na Tabela 6.

5.3.5.5.3 A corrente nominal do dispositivo destinado a prover proteção contra curtos-circuitos pode
ser superior à capacidade de condução de corrente dos condutores do circuito.

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Tabela 6 – Valores de k para condutores com isolação de PVC, EPR, XLPE composto não
halogenado e com baixa emissão de fumaça (com classificação CH2)
Isolação do condutor
PVC 70 °C / Composto 70 °C com EPR 90 °C /X LPE 90 °C /
classificação CH2 Composto 90 °C com
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≤ 300 mm2 > 300 mm2 classificação CH2


Material do condutor
Temperatura
Inicial Final Inicial Final Inicial Final
70 °C 160 °C 70 °C 140 °C 90 °C 250 °C
Cobre 115 103 143
Alumínio 76 68 94
Conexões soldadas com estanho
115 – –
nos condutores de cobre
NOTA 1 Outros valores de k estão em estudo para:
– outros tipos de conexões nos condutores;
– condutores nus;
NOTA 2 Os valores de k indicados na tabela são baseados na IEC 60724;
NOTA 3 Ver IEC 60364-5-54:2002, Anexo A, para o método de cálculo do fator k.

5.3.5.5.4 Para as linhas elétricas pré-fabricadas de acordo com a ABNT NBR IEC 61439-6 e os
condutores pré-fabricadas de acordo com a série IEC 61534, um dos seguintes requisitos deve ser
atendido:

a) A corrente nominal de curta duração admissível (ICW) e a corrente nominal de pico admissível de
um sistema de linhas elétricas pré-fabricadas ou de condutores pré-fabricados não podem ser,
respectivamente, inferiores à corrente eficaz de curto-circuito presumida e à corrente de pico de
curto-circuito presumida. O tempo máximo para o qual o ICW é definido para o sistema de linhas
elétricas pré-fabricadas ou de condutores pré-fabricados não pode ser inferior ao tempo máximo
de interrupção do dispositivo de proteção;

b) A corrente de curto-circuito nominal de um sistema de linhas elétricas pré-fabricadas ou de


condutores pré-fabricados não pode ser inferior à corrente de curto-circuito presumida.

5.3.6 Coordenação entre a proteção contra sobrecargas e a proteção contra curtos-circuitos

5.3.6.1 Proteções providas pelo mesmo dispositivo

O dispositivo destinado a prover proteção contra sobrecargas, selecionado de acordo com 5.3.4,
pode prover também a proteção contra curtos-circuitos da linha situada a jusante do ponto em que
for instalado se o dispositivo possuir uma capacidade de interrupção pelo menos igual à corrente de
curto-circuito presumida nesse ponto e atender ao disposto em 5.3.5.5.2.

5.3.6.2 Proteções providas por dispositivos distintos

No caso de a proteção contra sobrecargas ser provida por um dispositivo e a proteção contra curtos-
circuitos por outro dispositivo, distinto, aplicam-se ao primeiro as disposições de 5.3.4 e, ao segundo,

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as disposições de 5.3.5. Mas as características dos dois dispositivos devem ser coordenadas de tal
maneira que a energia que o dispositivo de proteção contra curtos-circuitos deixa passar, durante um
curto-circuito, não seja superior à que pode suportar, sem danos, o dispositivo de proteção contra
sobrecargas.

NOTA 1 Este requisito não exclui os tipos de coordenação especificados na ABNT NBR IEC 60947-4-1.
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NOTA 2 Detalhes das características que necessitam de coordenação são fornecidos pelos fabricantes dos
dispositivos.

5.3.7 Limitação das sobrecorrentes através das características da alimentação

São considerados naturalmente protegidos contra sobrecorrentes os condutores alimentados por


uma fonte cuja corrente máxima por ela fornecida não seja superior à capacidade de condução de
corrente dos condutores. É o caso, por exemplo, de certos transformadores para campainha, certos
transformadores de solda e certos geradores termoelétricos.

5.4 Proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas

5.4.1 Proteção contra sobretensões temporárias

5.4.1.1 Determinadas ocorrências podem fazer com que os circuitos fase–neutro sejam submetidos
a sobretensões que podem atingir o valor da tensão entre fases. Essas ocorrências são:

a) perda do condutor neutro em esquemas TN e TT, em sistemas trifásicos com neutro, bifásicos
com neutro e monofásicos a três condutores;

b) falta à terra envolvendo qualquer dos condutores de fase em um esquema IT.

No caso descrito na alínea b), os componentes da instalação elétrica devem ser selecionados de
forma a que sua tensão nominal de isolamento seja pelo menos igual ao valor da tensão nominal entre
fases da instalação (ver 6.1.3.1.1). No caso descrito na alínea a), deve-se adotar idêntica providência
quando tais sobretensões, associadas à probabilidade de ocorrência, constituírem um risco inaceitável.

NOTA Para mais informações sobre o assunto, consultar a IEC 60364-4-44:2007, Seção 442.

5.4.1.2 Em instalações segundo o esquema TT, deve-se verificar se as sobretensões temporárias


provocadas pela ocorrência de falta à terra na média tensão são compatíveis com a tensão suportável
à frequência industrial dos componentes da instalação BT. Esta condição é considerada atendida se:

a) R × Im ≤ 250 V, quando a falta à terra for eliminada pela proteção primária da subestação de
transformação MT/BT em um tempo superior a 5 s; ou

b) R × Im ≤ 1 200 V, quando a falta à terra for eliminada pela proteção primária da subestação de
transformação MT/BT em tempo inferior ou igual a 5 s,

onde

R é a resistência de aterramento das massas da subestação de transformação MT/BT;

Im é a parte da corrente de falta à terra na média tensão que circula pelo eletrodo de aterramento
das massas da subestação de transformação MT/BT.

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Em relação às subseções 5.4.1.1 e 5.4.1.2, na seleção dos dispositivos de proteção contra surtos
(DPS), o exame da máxima tensão de operação contínua a que eles estarão sujeitos, no ponto previsto
para sua instalação, deve levar em conta a probabilidade de sobretensões temporárias no ponto
em questão e sua magnitude. Ver 6.3.5.2.4-b.

5.4.1.3 A verificação prescrita em 5.4.1.2 pode se limitar aos equipamentos BT da subestação


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de transformação MT/BT se o eletrodo de aterramento do condutor neutro for eletricamente distinto


do eletrodo de aterramento das massas da subestação de transformação.

5.4.2 Proteção contra sobretensões transitórias

A proteção contra descargas atmosféricas conforme a série ABNT NBR 5419 deve ser considerada
no projeto de proteção contra sobretensões transitórias das instalações elétricas de baixa tensão.

5.4.2.1 Proteção contra sobretensões transitórias em linhas de energia

5.4.2.1.1 Deve ser provida proteção contra sobretensões transitórias, com o uso dos meios indicados
em 5.4.2.1.2, nos seguintes casos:

a) quando a instalação for alimentada por linha total ou parcialmente aérea, ou incluir ela própria
linha aérea, e se situar em região sob condições de influências externas AQ2 (mais de 2,3 raios/km2
por ano);

b) quando a instalação se situar em região sob condições de influências externas AQ3 (ver Tabela 8).

NOTA Admite-se que a proteção contra sobretensões exigida em 5.4.2.1.1 possa não ser provida se
as consequências dessa omissão, do ponto de vista estritamente material, constituírem um risco calculado
e assumido. Em nenhuma hipótese a proteção pode ser dispensada se essas consequências puderem
resultar em risco direto ou indireto à segurança e à saúde das pessoas.

5.4.2.1.2 A proteção contra sobretensões requerida em 5.4.2.1.1 deve ser provida:

a) por dispositivos de proteção contra surtos (DPS), conforme 6.3.5.2; ou

b) por medidas de proteção contra surtos (MPS), indicadas na ABNT NBR 5419-4, que garantam
uma atenuação das sobretensões no mínimo equivalente àquela obtida conforme a alínea a).

5.4.2.1.3 Para esquema de distribuição em delta aterrado a suportabilidade escolhida na Tabela 7


deve ser referente à coluna tensão de fase 220 V desta Tabela.

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Tabela 7 – Suportabilidade a impulso exigível dos componentes da instalação


Tensão nominal da
Tensão de impulso suportável requerida – Uw
instalação
kV
V
Categoria de produto
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Produto
Produto a ser
a ser utilizado em Produtos
Equipamentos
Tensão de utilizado na circuitos de especialmente
Tensão de de utilização
fase entrada da distribuição protegidos
linha
(fase/neutro instalação e circuitos
(fase/fase) terminais
ou fase/PE)
Categoria de suportabilidade a impulsos
IV III II I
110 a 127 220 a 254 4 2,5 1,5 0,8
220 a 254 380 a 480 6 4 2,5 1,5
380 a 480 658 a 830 8 6 4 2,5
NOTA 1 O anexo E traz orientação sobre esta tabela.
NOTA 2 Valores válidos especificamente para seccionadores e interruptores-seccionadores são dados
na Tabela 27.
NOTA 3 Para componentes associados a linhas de sinal utilizados na entrada da instalação (categoria IV
de suportabilidade), a tensão de impulso suportável mínima é de 1 500 V (ver IEC 61663-2).
NOTA 4 Para esquema de distribuição em delta aterrado, ver 5.4.2.1.3.

5.4.2.2 Proteção contra sobretensões transitórias em linhas de sinal

5.4.2.2.1 Toda linha elétrica de sinal, seja de telefonia, de comunicação de dados, de vídeo
ou qualquer outro sinal eletrônico, deve ser provida de proteção contra surtos nos pontos de entrada
e/ou saída da edificação, conforme 6.3.5.3.

NOTA 1 A prescrição é aplicável a linhas metálicas e abrange não apenas as linhas que se conectam a uma
rede pública, como, por exemplo, as de telefonia ou de TV por assinatura, mas também as linhas associadas
a antenas externas e as linhas de interligação com edificações vizinhas.

NOTA 2 Como indicado na nota de 6.4.2.1.3, é recomendado que as entradas das linhas externas de sinal
e de energia ocorram no mesmo ponto da edificação.

5.4.2.2.2 Além dos pontos de entrada/saída, conforme 5.4.2.2.1, pode ser necessário prover proteção
contra surtos também em outros pontos, ao longo da instalação interna e, em particular, junto aos
equipamentos mais sensíveis, quando não possuírem proteção incorporada.

5.4.2.3 Seleção dos componentes da instalação sob o critério de sua suportabilidade às


sobretensões transitórias

Os componentes da instalação devem ser selecionados de modo que o valor nominal de sua tensão
de impulso suportável não seja inferior àqueles indicados na Tabela 7.

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A tensão de impulso suportável caracteriza o nível de sobretensões transitórias que o isolamento de


um produto é capaz de suportar, sem disrupções. Esse valor deve ser informado pelo fabricante e que
seja igual ou superior ao prescrito pela norma do produto em questão. Os valores mínimos indicados
na Tabela 7 são os valores referenciais dados pela IEC 60664-1 (ver Anexo E).

5.4.3 Prevenção de influências eletromagnéticas nas instalações e seus componentes


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Os requisitos para a segurança das instalações elétricas em caso de perturbações eletromagnéticas


geradas por diferentes causas específicas são indicados no Anexo M.

5.5 Proteção contra quedas e faltas de tensão

5.5.1 Devem ser tomadas precauções para evitar que uma queda de tensão ou uma falta total de
tensão, associada ou não ao posterior restabelecimento desta tensão, venha a causar perigo para as
pessoas ou danos a uma parte da instalação, a equipamentos de utilização ou aos bens em geral.
O uso de dispositivos de proteção contra quedas e faltas de tensão pode não ser necessário se os
danos a que a instalação e os equipamentos estão sujeitos, nesse particular, representarem um risco
aceitável e desde que não haja perigo para as pessoas.

5.5.2 Para proteção contra quedas e faltas de tensão podem ser usados, por exemplo:

a) relés ou disparadores de subtensão atuando sobre contatores ou disjuntores;

b) contatores providos de contato auxiliar de autoalimentação.

5.5.3 A atuação dos dispositivos de proteção contra quedas e faltas de tensão pode ser temporizada,
se o equipamento protegido puder admitir, sem inconvenientes, uma falta ou queda de tensão de
curta duração.

5.5.4 Se forem utilizados contatores, a temporização na abertura ou no fechamento não pode,


em nenhuma circunstância, impedir o seccionamento instantâneo imposto pela atuação de outros
dispositivos de comando e proteção.

5.5.5 Quando o religamento de um dispositivo de proteção for suscetível de causar uma situação de
perigo, esse religamento não pode ser automático.

5.6 Seccionamento e comando

5.6.1 Introdução

Esta subseção trata das medidas de seccionamento e comando não-automático, local ou à distância,
destinadas a evitar ou eliminar perigos com as instalações elétricas ou com equipamentos e máquinas
por elas alimentados.

5.6.2 Generalidades

NOTA Sobre seleção e instalação dos dispositivos de seccionamento e de comando, ver 6.3.7.

5.6.2.1 As medidas descritas nesta subseção não são alternativas às medidas de proteção descritas
em 5.1 a 5.5, inclusive.

5.6.2.2 Qualquer que seja o esquema de aterramento, o condutor de proteção não pode ser
seccionado, incluindo o condutor PEN dos esquemas TN-C. No esquema TN-S, não é necessário
seccionar o condutor neutro.

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5.6.3 Seccionamento

5.6.3.1 Todos os condutores vivos, em todos os circuitos, devem poder ser seccionados, com exceção
daqueles especificados em 5.6.2.2. Um conjunto de circuitos pode compartilhar um dispositivo de
seccionamento comum, que pode ser ou não adicional aos meios de seccionamento de que cada
circuito for individualmente provido, desde que as condições de serviço permitam o seccionamento
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comum.

5.6.3.2 Devem ser previstas medidas adequadas para impedir a energização inadvertida de qualquer
equipamento.

NOTA 1 Essas precauções podem incluir uma ou mais das seguintes medidas:

— travamento do dispositivo de seccionamento com cadeado;

— afixação de placas de advertência;

— instalação em local ou invólucro fechado a chave.

NOTA 2 Como medida suplementar, as partes vivas podem ser curto-circuitadas e aterradas.

5.6.3.3 Quando um equipamento ou invólucro contiver partes vivas associadas a mais de uma
alimentação, deve ser afixado um aviso que alerte, em caso de acesso às partes vivas, sobre
a necessidade de seccionar as diferentes alimentações, a menos que exista um intertravamento que
assegure o seccionamento simultâneo de todas elas.

5.6.3.4 Devem ser previstos meios apropriados para assegurar a descarga de energia elétrica
armazenada, quando for o caso.

5.6.4 Seccionamento para manutenção mecânica

5.6.4.1 Devem ser previstos meios de seccionamento quando a manutenção mecânica envolver
risco de acidentes pessoais.

NOTA 1 A manutenção mecânica aqui referida é aquela realizada em equipamentos mecânicos acionados
por energia elétrica, incluindo máquinas rotativas, sistemas de aquecimento e equipamentos eletromagnéticos.
As prescrições não se aplicam, portanto, a sistemas ou máquinas cuja força motriz seja outra que não
a eletricidade (por exemplo, energia pneumática, hidráulica ou vapor). Nesses casos, o seccionamento
da alimentação das partes dependentes de eletricidade pode não ser precaução suficiente.

NOTA 2 São exemplos de instalações que requerem seccionamento para manutenção mecânica:

— guindastes;

— elevadores;

— escadas rolantes;

— correias transportadoras;

— máquinas-ferramentas;

— bombas.

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5.6.4.2 Devem ser previstas medidas apropriadas para impedir qualquer religamento inadvertido do
equipamento durante sua manutenção mecânica, a menos que o dispositivo de seccionamento esteja
permanentemente sob controle do pessoal encarregado dessa manutenção.

NOTA Essas precauções podem incluir uma ou mais das seguintes medidas:

— travamento do dispositivo de seccionamento com cadeado;


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— afixação de placas de advertência;

— instalação em local ou invólucro fechado a chave.

5.6.5 Seccionamento de emergência e parada de emergência

5.6.5.1 Devem ser providos meios de seccionamento de emergência a todas as partes da instalação
nas quais possa ser necessário desligar a alimentação a fim de eliminar um perigo inesperado.

NOTA São exemplos de instalações que requerem seccionamento de emergência (independentemente


da parada de emergência descrita em 5.6.5.5):

a) bombeamento de líquidos inflamáveis;

b) sistemas de ventilação;

c) computadores de grande porte;

d) lâmpadas de descarga alimentadas em alta tensão (por exemplo, luminosos de neon);

e) certas edificações de maior porte (por exemplo, lojas de departamentos);

f) laboratórios elétricos e plataformas de ensaios;

g) salas de caldeiras;

h) grandes cozinhas (industriais e comerciais).

5.6.5.2 O dispositivo de seccionamento de emergência deve seccionar todos os condutores vivos,


observadas as restrições de 5.6.2.2.

5.6.5.3 Os meios de seccionamento de emergência, inclusive a parada de emergência, devem atuar


tão diretamente quanto possível sobre os condutores de alimentação pertinentes e garantir que uma
única ação seja suficiente para realizar o seccionamento desses condutores.

5.6.5.4 O seccionamento de emergência deve ser concebido de modo que seu funcionamento não
introduza nenhum outro perigo nem interfira na operação completa necessária para eliminar o perigo.

5.6.5.5 Devem ser previstos meios de parada de emergência quando os movimentos produzidos por
acionamentos elétricos puderem causar perigo.

NOTA São exemplos de instalações que requerem parada de emergência:

— escadas rolantes;

— elevadores;

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— correias transportadoras;

— portas comandadas eletricamente;

— máquinas-ferramentas;

— instalações de lavagem de veículos.


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5.6.6 Comando funcional

5.6.6.1 Generalidades

5.6.6.1.1 Todo circuito ou parte de circuito que necessite ser comandado independentemente de
outras partes da instalação deve ser provido de dispositivo de comando funcional.

5.6.6.1.2 Os dispositivos de comando funcional não precisam seccionar necessariamente todos os


condutores vivos do circuito. Não se admite dispositivo de comando unipolar no condutor neutro.

NOTA Excluem-se os circuitos em que a não-interrupção de todos os condutores vivos possa suscitar
situações de risco ou de danos para as pessoas, componentes e equipamentos.

5.6.6.1.3 Todo equipamento de utilização deve ser provido de dispositivo de comando funcional.

Um mesmo dispositivo de comando funcional pode comandar vários equipamentos destinados a funcionar
simultaneamente.

O equipamento de utilização pode vir de fábrica com dispositivo de comando funcional incorporado
ou então o dispositivo deve ser provido na instalação.

5.6.6.1.4 Plugues e tomadas podem ser empregados como dispositivos de comando funcional,
desde que sua corrente nominal não seja superior a 20 A.

5.6.6.1.5 Dispositivos de comando funcional destinados a comutar fontes de alimentação devem


atuar sobre todos os condutores vivos e não podem permitir colocar as fontes em paralelo, a menos
que esta condição esteja prevista no projeto da instalação. Também nestes casos os condutores PEN
e de proteção não podem ser seccionados.

5.6.6.2 Circuitos de comando (circuitos auxiliares)

Os circuitos de comando devem ser concebidos, instalados e protegidos de modo a limitar os perigos
resultantes de uma falta entre esses circuitos e outras partes condutivas suscetíveis de comprometer
o funcionamento adequado (por exemplo, manobra inadvertida) do equipamento comandado.

6 Seleção e instalação dos componentes


6.1 Prescrições comuns a todos os componentes da instalação

6.1.1 Generalidades

Os componentes devem ser selecionados e instalados de forma a satisfazer as prescrições enunciadas


nesta seção, bem como as prescrições aplicáveis das outras seções desta Norma.

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6.1.2 Conformidade com as normas

6.1.2.1 Os componentes da instalação devem satisfazer as normas brasileiras que lhes sejam
aplicáveis e, na falta destas, as normas IEC e ISO.

6.1.2.2 Na inexistência de normas brasileiras, IEC ou ISO, os componentes devem ser selecionados
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mediante acordo especial entre o responsável pela obra na qual a instalação elétrica se insere
e o responsável pela instalação elétrica.

6.1.3 Condições de serviço e influências externas

6.1.3.1 Condições de serviço

6.1.3.1.1 Tensão

Os componentes devem ser adequados à tensão nominal (valor eficaz em corrente alternada) da
instalação. Se, no esquema IT, o condutor neutro for distribuído, os componentes ligados entre uma
fase e o neutro devem ser isolados para a tensão entre fases.

NOTA Para certos componentes pode ser necessário considerar a tensão mais alta ou a mais baixa que
possa ocorrer em regime normal.

6.1.3.1.2 Corrente

Os componentes devem ser selecionados considerando-se a corrente de projeto (valor eficaz


em corrente alternada) que deve percorrê-los em serviço normal. Deve-se igualmente considerar
a corrente suscetível de percorrê-los em condições anormais, levando-se em conta a duração da
passagem dessa corrente, em função das características de atuação dos dispositivos de proteção.

6.1.3.1.3 Frequência

Se a frequência tiver influência sobre as características dos componentes, a frequência nominal


do componente deve corresponder à frequência da corrente no circuito pertinente.

6.1.3.1.4 Potência

Os componentes selecionados devem considerar as condições de operação dos equipamentos de


utilização segundo suas características de potência, levando-se em conta o regime de funcionamento
a que eles devem ser submetidos.

6.1.3.1.5 Compatibilidade

A menos que a instalação dos componentes seja acompanhada de medidas compensatórias


adequadas, sua seleção deve ser tal que eles não causem, em serviço normal, incluindo manobras,
efeitos prejudiciais aos demais componentes nem comprometam o bom desempenho da alimentação.

6.1.3.2 Influências externas

6.1.3.2.1 Os componentes da instalação devem ser selecionados e instalados de acordo com as


prescrições da Tabela 8. Esta Tabela indica as características dos componentes em função das
influências externas a que estão sujeitos (ver 4.5.2.5). As características dos componentes são
determinadas por um grau de proteção ou por conformidade com ensaios.

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6.1.3.2.2 Quando um componente não possuir características construtivas compatíveis com as


influências externas presentes no local, ele pode ser utilizado sob a condição de que lhe seja provida,
na execução da instalação, uma proteção complementar apropriada. Esta proteção não pode afetar
as condições de funcionamento do componente.

6.1.3.2.3 Quando diferentes influências externas ocorrerem simultaneamente, seus efeitos podem
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ser independentes ou mútuos e os graus de proteção devem ser escolhidos adequadamente.

6.1.3.2.4 A escolha das características dos componentes em função das influências externas é
necessária não somente para seu funcionamento correto, mas também para garantir a confiabilidade
das medidas de proteção especificadas nesta Norma. As medidas de proteção associadas à construção
do componente são válidas para dadas condições de influências externas apenas se os ensaios
respectivos previstos nas normas do componente forem realizados sob tais condições.

NOTA 1 Para efeito desta Norma, são consideradas normais as seguintes classes de influências externas:

— AA (temperatura ambiente): AA4;

— AB (umidade atmosférica): AB4;

— outras condições ambientais (AC a AR): XX1 de cada parâmetro;

— condições de utilização e de construção das edificações (B e C): XX1 de cada parâmetro, exceto no caso
do parâmetro BC, que é BC2.

NOTA 2 A palavra normal que aparece na terceira coluna da Tabela 8 significa que um componente que
atenda aos requisitos das normas técnicas aplicáveis, dentro das condições de funcionamento por elas
definidas como normais, reúne as características necessárias para operar satisfatoriamente sob as influências
externas descritas.

108/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 – Características dos componentes da instalação em


função das influências externas (continua)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
Projeto em Consulta Nacional

componentes

A Condições ambientais

Temperatura ambiente
A temperatura ambiente é a
temperatura do ar ambiente em que o
componente deve ser instalado.
É assumido que esta temperatura leve
em consideração os efeitos de todos
os outros componentes instalados no
mesmo local.
A temperatura ambiente a ser
AA considerada para o componente da
instalação elétrica é a temperatura no
local em que este componente deve
ser instalado, resultante da influência
de todos os outros componentes
colocados no mesmo local e em
funcionamento, sem levar em
consideração a contribuição térmica do
componente considerado.
Limites inferiores e superiores das
faixas de temperatura ambiente:

- 60 °C + 5 °C
AA1 Componentes Câmaras frigoríficas Ver Nota 4
(Frigorífico)
projetados
- 40 °C + 5 °C especialmente
AA2 Ver Nota 4
(Muito frio) para a aplicação
ou medidas
- 25 °C + 5 °C
AA3 adequadasa Ver Nota 4
(Frio)

Normal (em certos


casos podem
– 5 °C + 40 °C
AA4 ser necessárias Ver Nota 4
(Temperado)
precauções
especiais)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 109/331


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Tabela 8 (continuação)

Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
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componentes
+ 5 °C + 40 °C
AA5 Normal Interior de edificações Ver Nota 4
(Quente)
Componentes
projetados
+ 5 °C + 60 °C especialmente
AA6 Ver Nota 4
(Muito quente) para a aplicação
ou medidas
adequadas a

- 25 °C + 55 °C
AA7 Ver Nota 4
(Extrema)

- 50 °C + 40 °C
As classes de temperatura ambiente são
aplicáveis apenas quando não houver
influência da umidade. Componentes
O valor médio em um período de 24 h não projetados
pode exceder o limite superior menos 5 °C. especialmente
para a aplicação
AA8 Para certos ambientes pode ser necessário Ver Nota 4
ou medidas
combinar duas faixas de temperatura. Por
adequadas a
exemplo, instalações ao ar livre podem ser
submetidas a temperaturas entre - 5 °C e
+ 50 °C, correspondentes a AA4 + AA6.
Instalações submetidas a temperaturas
diferentes das indicadas devem ser objeto
de prescrições particulares

Temperatura Umidade Umidade


Características
ambiente relativa absoluta
requeridas
°C % g/m3 Aplicações e
Código para seleção e Referências
exemplos
Limite instalação dos
componentes
Inf Sup Inf Sup Inf Sup

AB Condições climáticas do ambiente

Ambientes internos
0,0 Requer medidas e externos com
AB1 - 60 +5 3 100 7 adequadas c
Ver Nota 4
03 temperaturas
extremamente baixas

Ambientes internos
Requer medidas e externos com
AB2 - 40 +5 10 100 0,1 7 adequadas c
Ver Nota 4
temperaturas
extremamente baixas

110/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Temperatura Umidade Umidade
Características
ambiente relativa absoluta
requeridas
°C % g/m3 Aplicações e
Código para seleção e Referências
exemplos
Limite instalação dos
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componentes
Inf Sup Inf Sup Inf Sup

AB Condições climáticas do ambiente

Ambientes internos
Requer medidas e externos com
AB3 - 25 +5 10 100 0,5 7 Ver Nota 4
adequadas c temperaturas
extremamente baixas

Locais abrigados sem


controle da temperatura
e da umidade.
Um aquecedor pode
AB4 -5 + 40 5 95 1 29 Normal b ser utilizado para Ver Nota 4
aumentar a temperatura
ambiente.
Uso de calefação
possível.

Locais abrigados com


AB5 +5 + 40 5 85 1 25 Normal b temperatura ambiente Ver Nota 4
controlada

Ambientes internos
e externos com
temperaturas
extremamente altas.
Requer medidas
AB6 +5 + 60 10 100 1 35 protegidos contra Ver Nota 4
adequadas c
baixas temperaturas
ambientes.
Ocorrência de radiação
solar e de calor.

Ambientes internos e
abrigados sem controle
da temperatura e da
Requer medidas
AB7 - 25 + 55 10 100 0,5 29 umidade. Podem Ver Nota 4
adequadas c
ter aberturas para o
exterior e são sujeitos a
radiação solar

Ambientes externos e
sem proteção contra
Requer medidas
AB8 - 50 + 40 15 100 0,04 36 intempéries, sujeitos Ver Nota 4
adequadas c
a altas e baixas
temperaturas

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 111/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

AC Altitude

AC1 ≤ 2 000 m (Baixa) Normal b

Podem ser
necessárias
precauções
AC2 > 2 000 m (Alta)
especiais, como a
aplicação de fatores
de correção

AD Presença de água

Locais em que as
paredes geralmente
A probabilidade de não apresentam
presença de água é umidade, mas podem Ver Nota 4
AD1 Desprezível
desprezível apresentá-la durante ABNT NBR IEC 60529
IPX0 curtos períodos, e
secam rapidamente
com uma boa aeração

Locais em que a
umidade se condensa
Possibilidade de
ocasionalmente, sob
gotejamento de Ver Nota 4
AD2 Gotejamento forma de gotas de
água na vertical ABNT NBR IEC 60529
água, ou em que há
IPX1 ou IPX2
presença ocasional de
vapor de água

Possibilidade de
Locais em que a água
chuva caindo em
forma uma película Ver Nota 4
AD3 Aspersão de água ângulo máximo de
contínua nas paredes e/ ABNT NBR IEC 60529
60o com a vertical
ou pisos
IPX3

Ambientes expostos
a projeções de água;
Possibilidade são exemplos de
de projeção de componentes sujeitos
Ver Nota 4
AD4 Projeção de água água em todas as a projeções de água
direções ABNT NBR IEC 60529
certas luminárias de
IPX4 uso externo e painéis
elétricos de canteiros de
obras ao tempo

112/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Locais em que ocorrem


lavagens com jatos
Possibilidade de
de água sob pressão,
jatos de água, em Ver Nota 4
AD5 Jato de água como passeios
todas as direções ABNT NBR IEC 60529
públicos, áreas de
IPX5
lavagem de veículos
etc.

Possibilidade de
Locais situados à beira-
jatos potentes de Ver Nota 4
AD6 Jatos potentes mar, como praias, cais,
água ABNT NBR IEC 60529
ancoradouros, etc.
IPX6

Locais sujeitos a
inundação e/ou onde a
água possa se elevar
Possibilidade pelo menos a 15 cm
de imersão acima do ponto mais
AD7 Imersão temporária intermitente, parcial alto do componente ABNT NBR IEC 60529
ou total da água da instalação elétrica,
IPX7 estando sua parte mais
baixa a no máximo 1 m
abaixo da superfície da
água

Locais onde os
componentes da
Imersão total em instalação elétrica
água, de modo sejam totalmente
AD8 Imersão contínua ABNT NBR IEC 60529
permanente imersos em água, sob
IPX8 uma pressão superior
a 10 kPa (0,1 bar, ou
1 mca)

AE Presença de corpos sólidos ou de poeira

Ausência de poeira
em quantidade
Ver Nota 4
AE1 Desprezível apreciável e de
corpos estranhos ABNT NBR IEC 60529

IP0X

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 113/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Presença de
corpos sólidos
cuja menor
Ferramentas, material Ver Nota 4
AE2 Pequenos objetos (2,5 mm) dimensão seja
granulado, etc. ABNT NBR IEC 60529
igual ou superior a
2,5 mm
IP3X

Presença de
corpos sólidos
cuja menor
Fios metálicos, Ver Nota 4
AE3 Objetos muito pequenos (1 mm) dimensão seja
arames, etc. ABNT NBR IEC 60529
igual ou superior a
1 mm
IP4X

Presença de leve
deposição de
poeira:
Deposição de
poeira maior que
10 mg/m2 e no
máximo igual a
35 mg/m2 por dia
Ver Nota 4
AE4 Poeira leve IP5X caso a
ABNT NBR IEC 60529
penetração
de poeira não
prejudique o
funcionamento do
componente
IP6X caso a poeira
não deva penetrar
no componente

114/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Presença de
média deposição
de poeira:
Deposição de
poeira maior que
35 mg/m2 e no
máximo igual a
350 mg/m2 por dia
Ver Nota 4
AE5 Poeira moderada IP5X caso a
ABNT NBR IEC 60529
penetração
de poeira não
prejudique o
funcionamento do
componente
IP6X caso a poeira
não deva penetrar
no componente

Presença de
elevada deposição
de poeira:
Deposição de
poeira maior que Ver Nota 4
AE6 Poeira intensa
350 mg/m2 e no ABNT NBR IEC 60529
máximo igual a
1000 mg/m² por
dia
IP 6X

AF Presença de substâncias corrosivas ou poluentes

A quantidade ou
a natureza dos
agentes corrosivos
AF1 Desprezível ou poluentes Ver Nota 4
de origem
atmosférica
Normal b

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 115/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Presença
Instalações próximas
significativa de
da orla marítima ou
agentes corrosivos
de estabelecimentos
ou poluentes de
industriais que
origem atmosférica
produzam poluição
Dependendo
atmosférica
da natureza
significativa, tais como
AF2 Atmosféricos dos agentes Ver Nota 4
indústrias químicas,
(por exemplo,
fábricas de cimento etc.
conformidade com
Este tipo de poluição
o ensaio de névoa
provém principalmente
salina, de acordo
da emissão de poeiras
com a IEC 60068-
abrasivas, isolantes ou
2-11 ou com a
condutivas
ABNT NBR 17088)

Locais onde se
manipulam produtos
químicos em pequenas
Presença
quantidades e onde
intermitente ou
o contato desses
acidental de
produtos com os
produtos químicos
componentes da
corrosivos ou
instalação seja
poluentes de uso
AF3 Intermitente ou acidental meramente acidental. Ver Nota 4
corrente
Tais condições
Proteção
podem ocorrer em
contra corrosão
laboratórios de fábricas
definida pelas
e outros, ou em locais
especificações dos
onde se utilizam
componentes
hidrocarbonetos
(centrais de calefação,
garagem, oficinas, etc.)

116/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Presença
permanente de
produtos químicos
corrosivos ou
poluentes em
quantidades
significativas pode Indústrias químicas,
AF4 Permanente Ver Nota 4
ocorrer, por exemplo, etc.
na indústria química
Componentes
especialmente
concebidos,
conforme a natureza
dos agentes
AG Impactos mecânicos

Normal. Por
exemplo,
Locais domésticos,
componentes para
escritórios (condições
AG1 Fracos uso doméstico e
de uso doméstico e Ver Nota 4
análogo
análogas)
Impactos iguais ou
inferiores a 0,225 J

Componentes
para uso industrial,
quando aplicável,
Condições industriais
AG2 Médios ou proteção
normais
reforçada Ver Nota 4
Impactos iguais ou
inferiores a 2 J

Proteção reforçada
Condições industriais
AG3 Severos Impactos iguais ou Ver Nota 4
severas
inferiores a 20 J

AH Vibrações

Nenhuma
Condições domésticas
vibração(ões)
e análogas, onde os
eventual(ais)
AH1 Fracas efeitos das vibrações
sem influência Ver Nota 4
podem ser geralmente
significativa
desprezados
Normal a

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 117/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Vibrações com Condições industriais


frequências normais
compreendidas Componentes
AH2 Médias entre 10 Hz e projetados Ver Nota 4
50 Hz e amplitude especialmente para a
igual ou inferior a aplicação, ou medidas
0,15 mm adequadas

Vibrações com Condições industriais


frequências severas
compreendidas Componentes
AH3 Severas entre 10 Hz projetados Ver Nota 4
e 150 Hz e especialmente para a
amplitude igual ou aplicação, ou medidas
inferior a 0,35 mm adequadas

AK Presença de flora e/ou de mofo

Sem risco de
danos devidos à
AK1 Desprezível Ver Nota 4
flora e/ou ao mofo
Normal a

Os riscos dependem
das condições locais
e da natureza da flora.
Pode-se dividi-los
em riscos devidos
ao desenvolvimento
prejudicial da
vegetação e riscos
devidos à sua
Risco de efeitos abundância
prejudiciais devido Proteções especiais,
AK2 Riscos Ver Nota 4
a presença da tais como:
flora e/ou ao mofo
– grau de proteção
aumentado (ver AE)
– componentes
especiais ou
revestimentos
protegendo os
invólucros
– medidas para evitar
a presença de flora

118/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

AL Presença de fauna

Sem risco de
danos devidos à
AL1 Desprezível Ver Nota 4
fauna
Normal b

Os riscos dependem
da natureza da fauna.
Pode-se dividi-los em:
– perigos devido
a insetos em
quantidades
prejudiciais ou de
natureza agressiva;
– presença de
pequenos animais
ou de pássaros
em quantidades
prejudiciais ou de
Risco de efeitos natureza agressiva.
prejudiciais A proteção pode
AL2 Riscos devidos à fauna compreender: Ver Nota 4
(insetos, pássaros, – grau de proteção
pequenos animais) adequado contra a
penetração de corpos
sólidos (ver AE) ;
– resistência mecânica
suficiente (ver AG) ;
– precauções para
evitar a presença da
fauna (como limpeza,
uso de pesticidas);
– componentes
especiais ou
revestimentos
protegendo os
invólucros

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 119/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Influências eletromagnéticas, eletrostáticas ou ionizantes


AM
Fenômenos eletromagnéticos de baixa frequência (conduzidos ou irradiados)

AM1 Harmônicas e inter-harmônicas

Devem ser
tomadas
precauções para Aparelhos
De acordo com a
que a situação eletromédicos
AM1-1 Nível controlado IEC 61000-2-2:2018,
controlada não Instrumentos de
Tabela 1
seja prejudicada medição
Situação
controlada

Medidas especiais
no projeto da
Habitações, locais De acordo com a
instalação, tais
AM1-2 Nível normal comerciais, indústria IEC 61000-2-2:2018,
como filtros
leve Tabela 1
Redes de baixa
tensão

Medidas especiais Indústrias ou grandes


no projeto da prédios comerciais Localmente acima da
AM1-3 Nível alto instalação, tais alimentados por IEC 61000-2-2:2018,
como filtros transformação AT/BT Tabela 1
Redes poluídas dedicada

AM2 Tensões de sinalização (tensões sobrepostas para fins de telecomando)

Circuitos de
bloqueio, por Instalações protegidas
AM2-1 Nível controlado exemplo ou parte protegida de
Somente sinais uma instalação
residuais

Sem requisitos Inferior aos


adicionais Instalações especificados abaixo
Presença residenciais, IEC/TR 61000-2-1 e
AM2-2 Nível médio
de tensões comerciais e IEC 61000-2-2
de sinalização industriais
na rede

Requer medidas
AM2-3 Nível alto adequadas Casos especiais
Ressonância

120/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

AM3 Variações de amplitude da tensão

Cargas sensíveis,
Ver 5.4 e 5.5 como equipamentos
AM3-1 Nível controlado -
Uso de UPS de tecnologia da
informação

Flutuações de
tensão
Habitações, locais
AM3-2 Nível médio Afundamentos -
comerciais, indústrias
de tensão e
interrupções

AM4 Desequilíbrio de Tensão

De acordo com a
AM-4 Nível normal -
IEC 61000-2-2

AM-5 Variações de frequência fundamental

Pequenas
± 1 Hz de acordo com a
AM-5 Nível normal variações de Caso geral
IEC 61000-2-2
frequência

AM-6 Tensões induzidas de baixa frequência

Ver 5.4.3
Alta suportabilidade
dos sistemas
de sinalização
e comando de
AM-6 Sem classificação dispositivos de Caso geral ITU-T
manobra
Geradas
permanentemente
ou na ocorrência
de faltas

AM-7 Componentes contínuas em redes c.a

Medidas para
limitar seu nível
e duração nos
equipamentos de
AM-7 Sem classificação utilização ou em Caso geral
suas proximidades
Ocorrência de
falta a jusante de
retificadores

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 121/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Aplicações e
Código Influências externas para seleção e Referências
exemplos
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

AM-8 Campos magnéticos irradiados

Normal b
Produzidos por
linhas de energia,
transformadores Habitações, Locais
Nível 2 da IEC 61000-
AM-8-1 Nível médio e outros comerciais Indústrias
4-8
equipamentos leves
de frequência
industrial e suas
harmônicas

Proteção
por medidas
adequadas, tais
como blindagem e/ Indústrias pesadas,
ou separação Subestações AT/BT,
Nível 4 da IEC 61000-
AM-8-2 Nível alto Grande Quadros elétricos,
4-8
proximidade Proximidade de linhas
dos elementos ferroviárias
mencionados
acima ou de
outros similares

AM-9 Campos elétricos

AM-9-1 Nível desprezível Normal b

AM-9-2 Nível médio De acordo com o


valor da tensão Proximidade de linhas
AM-9-3 Nível alto
e da localização, aéreas de AT ou IEC/TR 61000-2-5
interna ou externa subestações de AT
AM-9-4 Nível muito alto
à edificação

Fenômenos eletromagnéticos de alta frequência conduzidos, induzidos ou irradiados (contínuos ou


transitórios)

Tensões ou correntes induzidas oscilantes


AM-21 ABNT NBR IEC 61000-
Sem classificação Normal b
4-6:2019

AM-22 Transitórios unidirecionais conduzidos, na faixa do nanossegundo

Nivel 1 da
AM- Requer medidas
Nível desprezível ABNT NBR IEC 61000-
22-1 de proteção
4-4:2015

122/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Nivel 2 da
AM- Requer medidas
Nível médio ABNT NBR IEC 61000-
22-2 de proteção
4-4:2015

Nivel 3 da
AM- Equipamento
Nível alto ABNT NBR IEC 61000-
22-3 normal
4-4:2015

Nivel 4 da
AM- Equipamento de
Nível muito alto ABNT NBR IEC 61000-
22-4 alta imunidade
4-4:2015

AM-23 Transitórios unidirecionais conduzidos, na faixa do micro ao milissegundo

Situações controladas
Circuitos ou instalações
AM- equipadas com
Nível controlado
23-1 dispositivos de proteção
contra sobretensões,
transformadores aterrados

Descargas atmosféricas
distantes de redes
subterrâneas
Suportabilidade Descarga atmosférica
a impulsos dos distante (mais de
componentes e 1 km): forma de onda
proteção contra 10 μs/1 000 μs e
AM- sobretensões, impedância da fonte
Nível médio
23-2 levando-se em 20 Ω – 300 Ω
5.4.2 e 6.3.5
conta a tensão Transitórios de
nominal da chaveamento (por
instalação e a exemplo, interrupção da
categoria de corrente de falta por um
suportabilidade, de fusível): forma de onda 0,1
acordo com 5.4.2 ms/1 ms e impedância da
fonte 50 Ω

Descargas atmosféricas
próximas de uma rede
aérea ou da edificação
AM- Descarga atmosférica
Nível alto
23-3 próxima (a menos de
1 km): forma de onda 1,2
μs/50 μs e impedância da
fonte 1 Ω – 10 Ω

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 123/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

AM-24 Transitórios oscilantes conduzidos

Fenômenos de
chaveamento
AM- presentes Locais residenciais,
Nível médio IEC 61000-4-12
24-1 normalmente em comerciais e industriais
instalações de
edificações

Fenômenos
AM- associados a
Nível alto Subestações AT/MT IEC 60255-22-1
24-2 chaveamentos/
manobras

AM-25 Fenômenos irradiados de alta frequência

Estações de rádio
AM- Residências e locais Nível 1 da ABNT NBR
Nível desprezível e televisão a mais
25-1 comerciais IEC 61000-4-3:2002
de 1 km

Normalb
AM- Transceptores Nível 2 da ABNT NBR
Nível médio Indústrias leves
25-2 portáteis a não IEC 61000-4-3:2002
menos de 1 m

Nível reforçado
Indústrias pesadas
AM- Transceptores de Nível 3 da ABNT NBR
Nível alto e aplicações de alta
25-3 alta potência nas IEC 61000-4-3:2002
confiabilidade
proximidades

124/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

AM-31 Descargas eletrostáticas

AM- Normal b Nível 1 da ABNT NBR


Nível baixo
31-1 Descargas geradas IEC 61000-4-2:2002

AM- particularmente Nível 2 da ABNT NBR


Nível médio por pessoas
31-2 IEC 61000-4-2:2002
caminhando sobre
carpetes sintéticos
AM- Nível dependente Nível 3 da ABNT NBR
Nível alto
31-3 do tipo de carpete e IEC 61000-4-2:2002
da umidade do ar
De acordo com a
Nível reforçado confiabilidade requerida
Descargas geradas
particularmente
por pessoas
AM- caminhando sobre Nível 4 da ABNT NBR
Nível muito alto
31-4 carpetes sintéticos IEC 61000-4-2:2002
Nível dependente
do tipo de carpete e
da umidade
do ar

AM-41 Radiações ionizantes

Proteções
especiais, tais
como:
– Distanciamento
da fonte
– Interposição
AM- de blindagens,
Sem classificação
41-1 invólucro de
materiais
especiais
Presença de
radiações
ionizantes
perigosas

AN Radiação solar

Intensidade ≤
AN1 Desprezível 500 W/m2 Ver Nota 4
Normal b

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 125/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

500 W/m2 <


intensidade ≤
AN2 Média 700 W/m2 Ver Nota 4
Requer medidas
adequadas c

700 W/m2 <


intensidade ≤
1 120 W/m2
Requer medidas
adequadas c,
como:
– componentes
AN3 Alta Ver Nota 4
resistentes
à radiação
ultravioleta
– revestimento de
cores especiais
– interposição de
anteparos

AP Efeitos sísmicos

Aceleração ≤ 30
Gal (1 Gal =
AP1 Desprezível
1 cm/s2)
Normal

30 Gal <
aceleração ≤
AP2 Baixa severidade
300 Gal
Em estudo na IEC.

300 Gal <


aceleração ≤
AP3 Média severidade
600 Gal
Em estudo na IEC.

126/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

600 Gal <


aceleração
Em estudo na IEC.
As vibrações que
podem causar
a destruição da
edificação não
fazem parte da
classificação
As frequências
não são levadas
em consideração
AP4 Alta severidade
na classificação;
no entanto, se a
onda sísmica entra
rem ressonância
com a edificação,
os efeitos sísmicos
devem ser
considerados.
Em geral, as
frequências
de aceleração
sísmica estão
entre 0 Hz e 10 Hz

AQ Descargas atmosféricas

≤ 25 dias por ano


ou análise de risco
de acordo com
AQ1 Desprezível a IEC 60364-4-
44:2007,
Seção 443
Normal

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 127/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

> 25 dias por ano


ou análise de risco
de acordo com a
da IEC 60364-4-
44:2007, Seção
443
Instalações alimentadas
AQ2 Indireta
Ver 5.4.2 e 6.3.5 por redes aéreas
Normal
Riscos
provenientes
da rede de
alimentação

Riscos
provenientes da
exposição dos
componentes da
instalação
Ver 5.4.2 e 6.3.5
Se a proteção Partes da instalação
AQ3 Direta contra as situadas no exterior das
descargas edificações
atmosféricas for
necessária, ela
deve ser realizada
de acordo com
os requisitos da
ABNT NBR 5419-1

AR Movimentação do ar

Velocidade ≤ 1 m/s
AR1 Desprezivel
Normal b

1 m/s < velocidade


≤ 5 m/s
AR2 Média
Requer medidas
adequadas c

5 m/s < velocidade


≤ 10 m/s
AR3 Forte
Requer medidas
adequadas c

128/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

AS Vento

Velocidade ≤ 20
AS1 Desprezivel m/s
Normal b

20 m/s <
velocidade ≤
AS2 Médio 30 m/s
Requer medidas
adequadas c

30 m/s <
velocidade ≤
AS3 Forte 50 m/s
Requer medidas
adequadas c

B Utilização

BA Competência das pessoas

Pessoas
BA1 Comuns inadvertidas
Normal b

Crianças em locais
a elas destinados d
Componente com
grau de proteção
superior a IP2X
As tomadas de
corrente devem
ser IP2X ou
IPXXB com
proteção reforçada
BA2 Crianças conforme a Creches, escolas
ABNT NBR
IEC 60529
Componentes com
temperaturas de
superfície externa
superiores a
80 °C (60 °C para
creches e locais
análogos) devem
ser inacessíveis

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 129/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Pessoas que
não dispõem
de completa
capacidade física Hospitais, casas de
BA3 Incapacitadas ou intelectual repouso, unidades de
(idosos, doentes) saúde
Conforme a
natureza da
deficiência

Pessoas
suficientemente
informadas ou
supervisionadas
por pessoas
qualificadas, de
tal forma que
lhes permite
evitar os perigos
da eletricidade
(pessoal de
BA4 Advertidas Locais de serviço elétrico
manutenção e/ou
operação)
Componentes
não protegidos
contra contatos
diretos admitidos
apenas em
locais de acesso
restrito a pessoas
devidamente
autorizadas

130/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Pessoas com
conhecimento
técnico ou
experiência tal
que lhes permite
evitar os perigos
da eletricidade
(engenheiros e
técnicos) Locais de serviço elétrico
BA5 Qualificadas
Componentes fechado
não protegidos
contra contatos
diretos admitidos
apenas em
locais de acesso
restrito a pessoas
devidamente
autorizadas

BB Resistência elétrica do corpo humano

Circunstâncias nas
Normal quais a pele está seca
BB1 Alta
Condições secas (nenhuma umidade,
inclusive suor)

Passagem da corrente
elétrica de uma mão à
outra ou de uma mão
Normal
BB2 Normal a um pé, com a pele
Condições úmidas
úmida de suor, sendo
a superfície de contato
significativa

Passagem da corrente
Medidas de
elétrica entre as duas
proteção
mãos e os dois pés,
adequadas (ver
estando as pessoas
BB3 Baixa 5.1, Seção 9 e
com os pés molhados
Anexo C)
ao ponto de se poder
Condições
desprezar a resistência
molhadas
da pele e dos pés

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 131/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Medidas de
proteção
adequadas (ver Pessoas imersas na
BB4 Muito baixa 5.1, Seção 9 e água, por exemplo em
Anexo C) banheiras e piscinas
Condições
imersas

BC Contatos das pessoas com o potencial da terra

Condição
excepcional, não
Locais cujo piso e
considerada,
paredes sejam isolantes
na prática, para
BC1 Nulo e que não possuam IEC 61140
seleção dos
nenhum elemento
componentes.
condutivo
Locais não-
condutivos

Componentes
classes I, II e III Locais cujo piso e
Em condições paredes sejam isolantes,
habituais, as com elementos
pessoas não condutivos em pequena
BC2 Raro estão em contato quantidade ou de
com elementos pequenas dimensões
condutivos ou e de tal forma que a
postadas sobre probabilidade de contato
superfícies possa ser desprezada
condutivas

Componentes
classes I, II e III
Locais cujo piso e
Pessoas em
paredes sejam condutivos
contato com
ou que possuam
BC3 Frequente elementos
elementos condutivos
condutivos ou
em quantidade ou de
postadas sobre
dimensões consideráveis
superfícies
condutivas

132/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Locais como caldeiras


ou vasos metálicos,
cujas dimensões sejam
Medidas especiais tais que as pessoas
Pessoas que neles penetrem
em contato estejam continuamente
permanente com em contato com as
BC4 Contínuo paredes metálicas paredes. A redução da
e com pequena liberdade de movimentos
possibilidade de das pessoas pode, por
poder interromper um lado, impedi-las de
o contato romper voluntariamente
o contato e, por outro,
aumentar os riscos de
contato involuntário

BD Condições de fuga das pessoas em emergências

Edificações residenciais
Baixa densidade com altura inferior a
de ocupação 80 m e edificações
BD1 Normal Percurso de fuga não-residenciais com
breve baixa densidade de
Normal ocupação e altura inferior
a 60 m

Edificações residenciais
Baixa densidade com altura igual ou
de ocupação superior a 80 m e
edificações
BD2 Longa Percurso de fuga
não-residenciais com
longo
baixa densidade de
Ver 5.2.3.3 ocupação e altura igual
ou superior a 60 m

Locais (Edificações)
de afluência de público
Alta densidade de (teatros, cinemas, lojas
ocupação de departamentos,
BD3 Tumultuada
Percurso de fuga escolas, etc.); edificações
breve não-residenciais com alta
densidade de ocupação
e altura inferior a 60 m

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 133/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
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Locais de afluência
de público de maior
porte (shopping
centers, grandes
hotéis e hospitais,
Alta densidade de estabelecimento de
ocupação ensino ocupando
BD4 Longa e tumultuada
Percurso de fuga diversos pavimentos de
longo uma edificação, etc.);
edificações
não-residenciais com alta
densidade de ocupação
e altura igual ou superior
a 60 m

BE Natureza dos materiais processados ou armazenados

BE1 Riscos desprezíveis Normal b

Presença de
substâncias
combustíveis,
como fibras e
líquidos com alto
ponto de fulgor
Componentes
Locais de processamento
constituídos por
ou armazenagem de
materiais não
papel, feno, palha, aparas
propagantes
BE2 Riscos de incêndio ou gravetos de madeira,
de chama.
fibras de algodão ou lã,
Precauções para
hidrocarbonetos, plásticos
que uma elevação
granulados
significativa da
temperatura ou
uma centelha
no componente
não possa
provocar incêndio
externamente

134/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

Componentes
adequados
para atmosferas
explosivas
Presença de
substâncias
inflamáveis, como Locais de processamento
líquidos com baixo e armazenagem de
ponto de fulgor, poeiras combustíveis
gases e vapores (incluindo soja, amido de
inflamáveis, milho, açúcar, farinhas,
poeiras resinas fenólicas,
BE3 Riscos de explosão
combustíveis plásticos, enxofre,
sujeitos a explosão alumínio, magnésio,
e substâncias etc.); indústrias químicas
inflamáveis e e de petróleo; usinas e
combustíveis depósitos de gás; fábricas
Requisitos para e depósitos de explosivos
equipamentos
elétricos para
atmosferas
explosivas (ver a
série ABNT NBR
IEC 60079)

Presença de
alimentos,
produtos
farmacêuticos
e análogos, sem
proteção Indústrias alimentícias,
grandes cozinhas. Certas
Medidas
precauções podem ser
adequadas, como:
necessárias para evitar
– proteção contra
BE4 Riscos de contaminação que os produtos em
fragmentos de
processamento sejam
lâmpadas e de
contaminados, por
outros objetos
exemplo, por fragmentos
frágeis
de lâmpadas
– anteparos
contra radiações
prejudiciais, como
infravermelhas e
ultravioletas

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 135/331


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Tabela 8 (continuação)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
Projeto em Consulta Nacional

C Construção das edificações

CA Materiais de construção

CA1 Não combustíveis Normal b

Edificações
construídas
Edificações de madeira e
CA2 Combustíveis predominantemente Ver 5.2.3.4
similares
com materiais
combustíveis

CB Estrutura das edificações

CB1 Riscos desprezíveis Normal b

Edificações cuja
forma e dimensões
facilitem a
propagação de Edificações de grande
incêndio (por altura (residencial com
exemplo, efeito altura igual ou superior
chaminé) a 80 metros e não
Sujeitas a propagação de
CB2 Componentes residencial com altura 5.2.3.5
incêndio
constituídos por igual ou superior a
materiais não 60 metros) ou edificações
propagantes de com sistemas de
chama, inclusive ventilação forçada
de origem não
elétrica. Barreiras
corta-fogo e

Riscos devidos,
por exemplo, a
deslocamentos
entre partes
distintas de uma
Edificações de
edificação ou entre
grande comprimento
esta e o solo;
CB3 Sujeitas a movimentação ou construídas
acomodação do
sobre terrenos não
terreno ou das
estabilizados
fundações
Juntas de
contração ou de
expansão nas
linhas elétricas

136/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 8 (conclusão)
Características
requeridas
Código Influências externas para seleção e Aplicações e exemplos Referências
instalação dos
componentes
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Estruturas frágeis
ou sujeitas a Tendas, estruturas
CB4 Flexíveis ou instáveis movimentos infláveis, divisórias
(por exemplo, removíveis, forros falsos
oscilação)
a Podem ser necessárias precauções suplementares (por exemplo, lubrificação especial).
b Significa que um componente comum funcionará de maneira segura nas condições de influências externas descritas. No entanto,
para certos componentes podem ser necessárias medidas especiais a partir de 1 000 m).
c Medidas especiais devem ser acordadas entre o projetista da instalação e o fabricante do componente, por exemplo, componentes
especialmente concebidos para a aplicação.
d Esta classificação não se aplica necessariamente a locais de habitação familiares.
e Podem ser previstos detectores de incêndio.

NOTA 1 Todos os valores especificados são valores máximos ou limites, com baixa probabilidade de serem excedidos.
NOTA 2 As umidades relativas altas e baixas são limitada pelas umidades absolutas altas e baixas, de maneira que para os parâmetros
ambientais a e c, ou b e d, os valores-limites não aparecem simultaneamente. A IEC 60364-5-51:2001, Anexo B traz informações sobre
a interdependência da temperatura do ar, umidade relativa e umidade absoluta para as classes de condições climáticas especificadas.
NOTA 3 As aplicações e exemplos destinam-se apenas a subsidiar a avaliação de situações reais, fornecendo elementos mais
qualitativos do que quantitativos. Os códigos locais de segurança contra incêndio e pânico podem conter parâmetros mais estritos.
Ver também ABNT NBR 13570.
NOTA 4 Para uma classificação mais específica do componente, que vá além daquelas indicadas nesta Tabela 8, ver as IEC 60721-3-3
e IEC 60721-3-4.

6.1.4 Acessibilidade

Os componentes, inclusive as linhas elétricas, devem ser dispostos de modo a facilitar sua operação,
inspeção, manutenção e o acesso a suas conexões. O acesso não pode ser significativamente
reduzido pela montagem dos componentes em invólucros ou compartimentos.

6.1.5 Identificação dos componentes

6.1.5.1 Generalidades

Placas, etiquetas e outros meios adequados de identificação devem identificar a finalidade dos
dispositivos de comando, manobra e/ou proteção, a menos que não exista nenhuma possibilidade
de confusão. Se a atuação de um dispositivo de comando, manobra e/ou proteção não puder ser
observada pelo operador e disso puder resultar perigo, deve ser provida alguma sinalização, à vista
do operador.

6.1.5.2 Linhas elétricas

As linhas elétricas devem ser dispostas ou marcadas de modo a permitir sua identificação quando da
realização de verificações, ensaios, reparos ou modificações na instalação

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 137/331


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6.1.5.3 Condutores

6.1.5.3.1 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor
neutro deve ser identificado conforme essa função, nos pontos visíveis ou acessíveis. Em caso de
identificação por cor, deve ser usada a cor azul-claro na isolação do condutor isolado ou da veia do
cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar. Quando for utilizada uma fita para identificação
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desta função, ela deve ter a cor azul-claro.

NOTA A veia com isolação azul-claro de um cabo multipolar pode ser usada para outras funções, que não
a de condutor neutro, se o circuito não possuir condutor neutro ou se o cabo possuir um condutor periférico
utilizado como neutro.

6.1.5.3.2 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como
condutor de proteção (PE), condutor de equipotencialização ou condutor de aterramento deve ser
identificado de acordo com essa função, nos pontos visíveis ou acessíveis. Em caso de identificação
por cor, deve ser usada a dupla coloração verde-amarela ou a cor verde (cores exclusivas da função
de proteção), na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo
unipolar. Quando for utilizada uma fita para identificação desta função, ela deve ter a dupla coloração
verde-amarela ou a cor verde.

6.1.5.3.3 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor
PEN deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser
usada a cor azul-claro, com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis, na isolação do
condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar. Quando for utilizada
uma fita para identificação desta função, ela deve ter a cor azul-claro, com anilhas verde-amarelo.

6.1.5.3.4 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor
de fase deve ser identificado de acordo com essa função, nos pontos visíveis ou acessíveis. Em caso
de identificação por cor, poder ser usada qualquer cor, observadas as restrições estabelecidas em
6.1.5.3.1, 6.1.5.3.2 e 6.1.5.3.3.

NOTA Por razões de segurança, não é recomendado que seja usada a cor de isolação exclusivamente
amarela onde existir o risco de confusão com a dupla coloração verde-amarela, cores exclusivas do condutor
de proteção.

6.1.5.3.5 Uma mesma instalação ou parte de instalação pode ter mais de um meio de identificação
de condutores (por exemplo cores, anilhas, fitas etc.), desde que devidamente indicados quais foram
os meios utilizados e a correspondente descrição da codificação utilizada.

6.1.5.4 Dispositivos de proteção

Os dispositivos de proteção devem ser dispostos e identificados de forma que seja fácil reconhecer
os respectivos circuitos protegidos.

6.1.6 Independência dos componentes

6.1.6.1 Os componentes devem ser escolhidos e dispostos de modo a impedir qualquer influência
prejudicial entre as instalações elétricas e as instalações não-elétricas, bem como entre as instalações
elétricas de energia e de sinal da edificação.

6.1.6.2 Quando os componentes a serem agrupados, num quadro de distribuição, painel, mesa de
comando ou conjunto similar, compuserem partes sob diferentes tensões ou percorridas por correntes
de natureza distinta, deve ser observada, entre os componentes desses diferentes subsistemas, uma
separação capaz de evitar qualquer influência mútua prejudicial.

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6.1.7 Compatibilidade eletromagnética

6.1.7.1 Os níveis de imunidade dos componentes da instalação devem ser especificados levando-se
em conta as influências eletromagnéticas (ver Tabela 8) que podem ocorrer durante o funcionamento
normal. Deve-se considerar também o nível de continuidade de serviço previsto ou desejado, tendo
em vista o uso da instalação.
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6.1.7.2 Devem ser selecionados componentes com níveis de emissão suficientemente baixos, de
modo que eles não venham a gerar interferências eletromagnéticas, por condução ou por propagação
no ar, com outros componentes situados interna ou externamente à edificação. Se necessário, devem
ser providos meios de atenuação, a fim de reduzir a emissão.

NOTA As ABNT NBR IEC/CISPR 11, ABNT NBR IEC/CISPR 12, IEC/CISPR 13, ABNT NBR IEC/CISPR 14-1,
ABNT NBR IEC/CISPR 14-2, ABNT NBR IEC/CISPR 15, ABNT NBR IEC/CISPR 32 e a série IEC 61000 trazem
prescrições relativas à compatibilidade eletromagnética que são, muitas delas, aplicáveis a componentes de
instalações elétricas.

6.1.8 Documentação da instalação

6.1.8.1 A instalação deve ser executada a partir de projeto específico, que deve conter, no mínimo:

a) plantas;

b) esquemas unifilares e outros, quando aplicáveis (finalidade dos circuitos e identificação dos
dispositivos de proteção, seccionamento e comando);

c) detalhes de montagem, quando necessários;

d) memorial descritivo da instalação;

e) especificação dos componentes (descrição, características nominais e normas que devem


atender);

f) parâmetros de projeto (correntes de curto-circuito, queda de tensão, fatores de demanda


considerados, temperatura ambiente etc.).

6.1.8.2 Após concluída a instalação, a documentação indicada em 6.1.8.1 deve ser revisada e
atualizada de forma a corresponder fielmente ao que foi executado (documentação “como construído”,
ou “as built”).

NOTA Esta atualização pode ser realizada pelo projetista, pelo executor ou por outro profissional,
conforme acordado previamente entre as partes.

6.1.8.3 As instalações para as quais não se prevê equipe permanente de operação, supervisão
e/ou manutenção, composta por pessoal advertido ou qualificado (BA4 ou BA5, Tabela 8), devem ser
entregues acompanhadas de um manual do usuário, redigido em linguagem acessível a leigos, que
contenha, no mínimo, os seguintes elementos:

a) esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação dos circuitos e respectivas finalidades,
incluindo relação dos pontos alimentados, no caso de circuitos terminais;

b) potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito terminal efetivamente disponível;

c) potências máximas previstas nos circuitos terminais deixados como reserva, quando for o caso;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 139/331


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d) recomendação explícita para que não sejam trocados, por tipos com características diferentes,
os dispositivos de proteção existentes no(s) quadro(s).

NOTA São exemplos de tais instalações as de unidades residenciais, de pequenos estabelecimentos


comerciais etc.

6.2 Seleção e instalação das linhas elétricas


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6.2.1 Generalidades

6.2.1.1 A seleção e a instalação de linhas elétricas devem levar em conta os princípios fundamentais,
enunciados em 4.1, que sejam aplicáveis aos condutores, suas terminações e emendas, aos suportes
e suspensões a eles associados e aos seus invólucros ou métodos de proteção contra influências
externas.

6.2.1.2 As prescrições apresentadas nas subseções 6.2.2 a 6.2.11 são aplicáveis, em particular, aos
condutores vivos (fases e neutro, no caso de circuitos em corrente alternada). Sobre condutores de
proteção, ver 6.4.3.

6.2.2 Tipos de linhas elétricas

6.2.2.1 Os tipos de linhas elétricas estão indicados na Tabela 9.

6.2.2.2 Outros tipos de linhas elétricas, além dos constantes na Tabela 9, podem ser utilizados,
desde que atendam às prescrições gerais desta seção.

NOTA Não são consideradas como linhas elétricas os produtos que não atendam a uma norma específica,
como fitas eletrificadas e fitas elétricas adesivas normalmente aplicadas diretamente em paredes para
alimentar ventiladores, tomadas, iluminação etc.

6.2.2.3 As linhas pré-fabricadas (barramentos blindados) devem atender à ABNT NBR IEC 61439-6,
ser instaladas de acordo com as instruções do fabricante (ver também a ABNT NBR 16019) e atender
às prescrições de 6.2.4, 6.2.7, 6.2.8 e 6.2.9. Os sistemas de condutores pré-fabricados devem atender
à série IEC 61534, ser instalados de acordo com as instruções do fabricante e levar em consideração
as influências externas.

6.2.3 Condutores

NOTA Como as prescrições desta Norma relativas à seleção e instalação das linhas elétricas estão
voltadas especificamente para as linhas de energia, os condutores envolvidos são, portanto, condutores
ou cabos de potência. Assim, para uma orientação específica sobre cabos de controle, de instrumentação
ou para outras linhas elétricas de sinal, recomenda-se a consulta às normas aplicáveis a esses produtos
e aos seus fabricantes.

6.2.3.1 Todos os condutores devem ser providos, no mínimo, de isolação, a não ser quando o uso
de condutores nus ou providos apenas de cobertura for expressamente permitido.

6.2.3.2 Os cabos uni e multipolares, os condutores isolados, os cabos nus e os cabos providos
apenas de cobertura previstos para instalação conforme esta Norma são:

a) cabos com isolação de EPR ou HEPR e cobertura de PVC, conforme a ABNT NBR 7286;

b) cabos com isolação de XLPE e cobertura de PVC, conforme a ABNT NBR 7287;

140/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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c) cabos com isolação de PVC e cobertura de PVC, conforme a ABNT NBR 7288;

d) cabos com baixa emissão de fumaça, gases tóxicos e halogênios, conforme a ABNT NBR 13248;

e) condutores isolados com baixa emissão de fumaça, gases tóxicos e halogênios, conforme
ABNT NBR 13248;
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f) condutores isolados em PVC, conforme a ABNT NBR NM 247-3;

g) condutores isolados em XLPE, conforme a ABNT NBR 7285;

h) condutores de cobre sem isolação (fios e cabos nus ou com cobertura protetora), conforme
ABNT NBR 6524;

i) cabos com isolação de PVC de formato plano, conforme a ABNT NBR 8661;

j) cabos resistentes ao fogo, conforme a ABNT NBR 13418.

k) cabos multiplexados autossustentados, conforme ABNT NBR 8182

l) cabos de alumínio nus, conforme a ABNT NBR 7271;

m) cabos de alumínio com alma de aço, conforme a ABNT NBR 7270;

n) cabos de alumínio-liga, conforme a ABNT NBR 10298;

o) cabos nus de cobre mole, conforme a ABNT NBR 5349.

NOTA Dada a espessura da isolação, os condutores da alínea g) são considerados cabos unipolares
e não condutores isolados, para os efeitos desta Norma

6.2.3.3 Os cabos em conformidade com a ABNT NBR NM 247-5 e a ABNT NBR 15717 não são
admitidos no âmbito desta Norma, tendo em vista que esses cabos se destinam tão somente a ligação
de equipamentos.

6.2.3.4 Os cabos unipolares e multipolares e os condutores isolados são classificados quanto


à resistência à propagação de chama como:

a) CP1 – Não é exigido nenhum requisito quanto à propagação de chama

b) CP2 – Resistente à propagação de chama conforme a ABNT NBR NM IEC 60332-1

c) CP3 – Resistente à propagação de chama conforme a ABNT NBR NM-IEC 60332-3-25 (categoria D
de queima)

d) CP4 – Resistente à propagação de chama conforme a ABNT NBR NM-IEC 60332-3-24 (categoria C
de queima)

e) CP5 – Resistente à propagação de chama conforme a ABNT NBR NM-IEC 60332-3-23 (categoria B
de queima)

f) CP6 – Resistente à propagação de chama conforme a ABNT NBR NM-IEC 60332-3-22 (categoria A
de queima)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 141/331


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NOTA As classificações mais elevadas englobam as anteriores (por exemplo, um cabo ou condutor CP3
também é CP2 e assim por diante).

6.2.3.5 Os cabos unipolares e multipolares e os condutores isolados são classificados quanto


à emissão de halogênios e fumaça como:

a) CH1 – Halogenado e com emissão de fumaça


Projeto em Consulta Nacional

b) CH2 – Não halogenado e com baixa emissão de fumaça, conforme a ABNT NBR 13248

6.2.3.6 Os cabos uni e multipolares são classificados quanto à resistência ao fogo como:

a) CR1 – Não resistente ao fogo

b) CR2 – Resistente ao fogo conforme a ABNT NBR 13418

6.2.3.7 Os condutores utilizados nas linhas elétricas devem ser de cobre ou alumínio, sendo que, no
caso do emprego de condutores de alumínio, devem ser atendidas as prescrições de 6.2.3.8.

6.2.3.8 O uso de condutores de alumínio só é admitido nas condições estabelecidas em 6.2.3.8.1


e 6.2.3.8.2.

NOTA 1 As restrições impostas ao uso de condutores de alumínio refletem o estado atual da técnica de
conexões no Brasil. Soluções técnicas de conexões que atendam à ABNT NBR 9326, e que alterem aquelas
restrições, convém ser consideradas em norma complementar e futuramente incorporadas a esta Norma.

NOTA 2 As restrições aqui apresentadas não se aplicam às linhas elétricas pré-fabricadas conforme as
ABNT NBR IEC 61439-6 e IEC 61534, ver 6.2.2.4.

6.2.3.8.1 Em instalações de estabelecimentos industriais podem ser utilizados condutores de


alumínio, desde que, simultaneamente:

a) a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 16 mm2,

b) a instalação seja alimentada diretamente por subestação de transformação ou transformador, a


partir de uma rede de alta tensão, ou possua fonte própria, e

c) a instalação e a manutenção sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5, Tabela 8).

6.2.3.8.2 Em instalações de estabelecimentos comerciais podem ser utilizados condutores de alumínio,


desde que, simultaneamente,

a) a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 50 mm2,

b) os locais sejam exclusivamente BD1 (ver Tabela 8), e

c) a instalação e a manutenção sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5, Tabela 8).

6.2.3.8.3 Em locais BD4 (ver Tabela 8) não é permitido, em nenhuma circunstância, o emprego de
condutores de alumínio.

142/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 9 – Tipos de linhas elétricas (continua)

Método de Método de
Esquema ilustrativo Descrição
instalação referência 1)

Condutores isolados ou cabos


Projeto em Consulta Nacional

unipolares em eletroduto de seção


1 Ambiente A1
interno circular embutido em parede
termicamente isolante 2)

Cabo multipolar em eletroduto de


Ambiente
2 interno seção circular embutido em parede A2
termicamente isolante 2)

Condutores isolados ou cabos


unipolares em eletroduto aparente
3 de seção circular sobre parede ou B1
espaçado desta menos de 0,3 vez o
diâmetro do eletroduto
Cabo multipolar em eletroduto aparente
de seção circular sobre parede ou
4 B2
espaçado desta menos de 0,3 vez o
diâmetro do eletroduto
Condutores isolados ou cabos
unipolares em eletroduto aparente de
5 B1
seção não-circular sobre parede, na
horizontal ou vertical

Cabo multipolar em eletroduto aparente


6 de seção não-circular sobre parede, na B2
horizontal ou vertical

Condutores isolados ou cabos


7 unipolares em eletroduto de seção B1
circular embutido em alvenaria

Cabo multipolar em eletroduto de seção


8 B2
circular embutido em alvenaria

Cabos unipolares ou cabo multipolar


11 sobre parede ou espaçado desta menos C
de 0,3 vez o diâmetro do cabo

Cabos unipolares ou cabo multipolar


fixado diretamente no teto ou
11A C
espaçados deste menos de 0,3 vez o
diâmetro do cabo

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 143/331


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Tabela 9 (continuação)

Método de Método de
Esquema ilustrativo Descrição
instalação referência 1)

Cabos unipolares afastados do teto


Projeto em Consulta Nacional

no mínimo 1 vez o diâmetro do cabo E (multipolar)


11B
ou cabo multipolar afastado do teto no F (unipolares)
mínimo 0,3 vez o diâmetro do cabo
> <
< 0,3 De

Cabos unipolares ou cabo multipolar


12 em bandeja não-perfurada, perfilado ou C
prateleira, horizontal ou vertical 3) 6)
> <
< 0,3 De

> <
≥ 0,3 De

Cabos unipolares ou cabo multipolar E (multipolar)


13 em bandeja perfurada, horizontal ou
vertical 4) 6) F (unipolares)

> < ≥ 0,3 De

> <
≥ 0,3 De

Cabos unipolares ou cabo multipolar E (multipolar)


14 sobre suportes horizontais, verticais,
bandeja aramada ou tela 6) F (unipolares)
> <
≥ 0,3 De

Cabos unipolares ou cabo multipolar E (multipolar)


15 afastado(s) da parede mais de 0,3 vez
o diâmetro do cabo F (unipolares)

Cabos unipolares ou cabo multipolar em E (multipolar)


16
leito F (unipolares)

Cabos unipolares ou cabo multipolar E (multipolar)


17 suspenso(s) por cabo de suporte,
incorporado ou não F (unipolares)

Condutores nus ou isolados sobre


18 G
isoladores

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Tabela 9 (continuação)

Método de Método de
Esquema ilustrativo Descrição
instalação referência 1)

Cabos unipolares ou cabos multipolares


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em espaço de construção 5), sejam 1,5 De ≤ V <


eles lançados diretamente sobre a 5 De
superfície do espaço de construção, B2
21
sejam instalados em suportes ou
condutos abertos (bandeja, prateleira, 5 De ≤ V < 20 De
tela ou leito) dispostos no espaço de B1
construção 5) 6)
1,5 De ≤ V <
Condutores isolados ou cabo unipolar 20 De
22 em eletroduto de seção circular em B2
espaço de construção 5) 7) V ≥ 20 De
B1

Cabo multipolar em eletroduto de seção


23 B2
circular em espaço de construção 5) 7)

1,5 De ≤ V <
Condutores isolados em eletroduto de 20 De
24 seção não-circular ou eletrocalha em B2
espaço de construção 5) 7) V ≥ 20 De
B1
Cabos unipolares ou cabo multipolar
25 em eletroduto de seção não-circular ou B2
eletrocalha em espaço de construção 5)
1,5 ≤ V < 5 De
Condutores isolados em eletroduto B2
26 de seção não-circular embutido em
alvenaria 6) 5 De ≤ V < 50 De
B1
Cabos unipolares ou cabo multipolar
27 em eletroduto de seção não-circular B2
embutido em alvenaria

31 Condutores isolados ou cabos unipolares


em eletrocalha sobre parede em B1
32 percurso horizontal ou vertical
31 32

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 145/331


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Tabela 9 (continuação)

Método de Método de
Esquema ilustrativo Descrição
instalação referência 1)
Projeto em Consulta Nacional

31A Cabo multipolar em eletrocalha sobre


B2
32A parede em percurso horizontal ou vertical

31A 32A

Condutores isolados ou cabos unipolares


33 B1
em canaleta fechada embutida no piso

Cabo multipolar em canaleta fechada


34 B2
embutida no piso

Condutores isolados ou cabos unipolares


35 B1
em eletrocalha ou perfilado suspensa(o)

Cabo multipolar em eletrocalha ou


36 B2
perfilado suspensa(o)

1,5 De £ V < 20
Condutores isolados ou cabos unipolares De
em eletroduto de seção circular contido B2
41
em canaleta fechada com percurso
horizontal ou vertical 7) V ³ 20 De
B1

Condutores isolados em eletroduto


42 de seção circular contido em canaleta B1
ventilada embutida no piso

Cabos unipolares ou cabo multipolar em


43 B1
canaleta ventilada embutida no piso

Cabo multipolar embutido diretamente


51 Ambiente A1
interno em parede termicamente isolante 2)

146/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 9 (continuação)

Método de Método de
Esquema ilustrativo Descrição
instalação referência 1)
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Cabos unipolares ou cabo multipolar


52 embutido(s) diretamente em alvenaria C
sem proteção mecânica adicional

Cabos unipolares ou cabo multipolar


53 embutido(s) diretamente em alvenaria C
com proteção mecânica adicional

Cabo multipolar em eletroduto (de seção


61 circular ou não) ou em canaleta não- D1
ventilada enterrado(a)

Cabos unipolares em eletroduto (de


61A seção circular ou não) ou em canaleta D1
não-ventilada enterrado(a) 8)

Cabos unipolares ou cabo multipolar


63 diretamente enterrado(s), com proteção D2
mecânica adicional

Cabos unipolares ou cabo multipolar


63A diretamente enterrado(s), sem proteção D2
mecânica adicional

Condutores isolados ou cabos unipolares


71 A1
em moldura

72 - Condutores isolados ou cabos


unipolares em canaleta provida de
72 B1
separações sobre parede
72A B2
72A - Cabo multipolar em canaleta
provida de separações sobre parede
72 72A
Condutores isolados em eletroduto,
73 cabos unipolares ou cabo multipolar A1
embutido(s) em caixilho de porta

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 147/331


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Tabela 9 (conclusão)

Método de Método de
Esquema ilustrativo Descrição
instalação referência 1)

Condutores isolados em eletroduto,


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74 cabos unipolares ou cabo multipolar A1


embutido(s) em caixilho de janela

75 - Condutores isolados ou cabos


unipolares em canaleta embutida em
75 B1
parede
75A B2
75A - Cabo multipolar em canaleta
embutida em parede
75 75A
Legenda
1) Método de referência a ser utilizado na determinação da capacidade de condução de corrente. Ver 6.2.5.2.2.
2) Assume-se que a face interna da parede apresenta uma condutância térmica não inferior a 10 W/m2.K.
3) Admitem-se também condutores isolados em perfilado, desde que nas condições definidas na nota de 6.2.11.4.1.
4) A capacidade de condução de corrente para bandeja perfurada foi determinada considerando-se que
os furos ocupassem no mínimo 30 % da área da bandeja. Se os furos ocuparem menos de 30 % da área
da bandeja, ela deve ser considerada como “não-perfurada”.
5) Conforme subseção 3.7.9, as cavidades estruturais (como poços e galerias), os pisos técnicos, os condutos
formados por blocos alveolados, os pisos elevados, os forros falsos, as paredes ocas (por exemplo drywall)
e os espaços internos existentes em certos tipos de divisórias são considerados espaços de construção.
6) De é o diâmetro externo do cabo, no caso de cabo multipolar. No caso de cabos unipolares ou condutores
isolados, distinguem-se duas situações:
— três cabos unipolares (ou condutores isolados) dispostos em trifólio: De deve ser tomado igual a
2,2 vezes o diâmetro do cabo unipolar ou condutor isolado;
— três cabos unipolares (ou condutores isolados) agrupados num mesmo plano: De deve ser tomado
igual a 3 vezes o diâmetro do cabo unipolar ou condutor isolado.
7) De é o diâmetro externo do eletroduto, quando de seção circular, ou altura/profundidade do eletroduto de
seção não-circular ou da eletrocalha.
8) Admite-se também o uso de condutores isolados, desde que nas condições definidas na nota de 6.2.11.6.1.
Em linhas ou trechos verticais, quando a ventilação for restrita, deve-se atentar para risco de aumento
considerável da temperatura ambiente no topo do trecho vertical.

6.2.4 Seleção e instalação de linhas elétricas em função das influências externas


O método de instalação selecionado deve assegurar a proteção contra as influências externas
esperadas em qualquer parte da linha elétrica. Deve ser atenção especial às mudanças de direção
e ao local em que o cabeamento entra no equipamento.
NOTA As prescrições relativas à seleção e instalação das linhas elétricas, sob o ponto de vista das
influências externas indicadas em 4.5.2.5, são apresentadas nesta subseção.

6.2.4.1 Temperatura ambiente (AA)

6.2.4.1.1 As linhas elétricas devem ser selecionadas e instaladas de maneira a serem apropriadas
a qualquer temperatura ambiente local entre a mais baixa e a mais alta; elas devem também ser

148/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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selecionadas e instaladas de maneira a garantir que a temperatura limite em funcionamento normal


indicada na Tabela 10 e que a temperatura limite em caso de falta não sejam excedidas.

NOTA “Temperatura limite” significa temperatura máxima em funcionamento contínuo.

6.2.4.1.2 Os componentes das linhas elétricas, incluindo os cabos e seus acessórios, devem ser
instalados ou manuseados somente dentro dos limites de temperatura definidos nas normas de
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produto correspondentes ou conforme indicado pelo fabricante.

6.2.4.1.3 Em locais AA1, AA2, AA3, AA4, AA5, AA6, AA7 e AA8, sob temperaturas inferiores a
- 10 °C, os condutores ou cabos com isolação e/ou cobertura de PVC, bem como os condutos de PVC
não podem ser manipulados nem submetidos a esforços mecânicos, visto que o PVC pode tornar-se
quebradiço. Adicionalmente, quando a temperatura ambiente (ou do solo) for superior aos valores
de referência (20 °C para linhas subterrâneas e 30 °C para as demais), as capacidades de condução
de corrente dos condutores e cabos isolados devem ser reduzidas de acordo com 6.2.5.3.3.

6.2.4.2 Fontes externas de calor

6.2.4.2.1 A fim de evitar os efeitos prejudiciais do calor emitido por fontes externas, um ou mais dos
seguintes métodos ou outros métodos também eficazes devem ser utilizados para proteger as linhas
elétricas:

a) blindagem de proteção térmica;

b) distanciamento suficientemente das fontes de calor;

c) seleção dos componentes da linha elétrica levando em consideração as elevações de temperatura


que podem ocorrer;

d) reforço local de material de isolação, por exemplo, por luvas isolantes resistentes ao calor.

NOTA O calor emitido por fontes externas pode ser transmitido por radiação, por convecção ou por
condução, proveniente, por exemplo:

— de redes de distribuição de água quente;

— da instalação de eletrodomésticos e luminárias;

— dos processos de fabricação;

— por meio da transmissão de calor por materiais condutores;

— da recuperação de calor solar da linha elétrica ou do meio ambiente.

6.2.4.3 Presença de água (AD) ou de umidade (AB)

6.2.4.3.1 As linhas elétricas devem ser selecionadas e instaladas de maneira que nenhum dano seja
causado por condensação ou por penetração de água. As linhas elétricas devem ser de acordo, após
montagem, com o grau de proteção IP correspondente ao local considerado.

NOTA Em geral, as luvas e os invólucros isolantes dos cabos para instalação fixa podem ser considerados,
quando não estão danificados, como protegidos contra a penetração de umidade. Considerações especiais
são necessárias para os cabos submetidos a frequentes respingos, imersões ou submersões.

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6.2.4.3.2 Quando a água pode se acumular ou se condensar nas linhas elétricas, disposições devem
ser tomadas para assegurar a sua drenagem

6.2.4.3.3 Os cabos uni e multipolares dotados de cobertura extrudada podem ser usados em qualquer
tipo de linha, mesmo com condutos metálicos.

6.2.4.3.4 Nos locais AD3 a AD6 só devem ser usadas linhas com proteção adicional à penetração de
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água, com os graus IP adequados, em princípio sem revestimento metálico externo.

6.2.4.3.5 Quando as linhas elétricas puderem ser submetidas a ondas (AD6), uma proteção contra
danos mecânicos deve ser fornecida por um ou mais dos métodos indicados em 6.2.4.6, 6.2.4.7
e 6.2.4.8.

6.2.4.3.6 O uso de molduras em madeira só é permitido em locais AD1.

6.2.4.3.7 Em locais AD7, deve ser utilizado cabos uni e multipolares com isolação resistente à água
(por exemplo, EPR e XLPE.

6.2.4.3.8 Em locais AD8, deve ser utilizado cabos especiais para uso submerso.

6.2.4.4 Presença de corpos sólidos estranhos (AE)

6.2.4.4.1 As linhas elétricas devem ser selecionadas e instaladas de maneira a minimizar os perigos
provenientes da penetração de corpos sólidos estranhos. As linhas elétricas devem ser de acordo,
após a montagem, com o grau de proteção IP correspondente ao local considerado.

6.2.4.4.2 Nos locais AE1 e AE3, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas
elétricas.

6.2.4.4.3 Nos locais AE2, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas elétricas
desde que não haja exposição a danos mecânicos.

6.2.4.4.4 Nos locais AE4, AE5 e AE6, podem ser necessárias precauções para evitar que a deposição
de poeira ou outras substâncias prejudique a dissipação térmica das linhas elétricas. Isso inclui
a seleção de um método de instalação que facilite a remoção da poeira.

6.2.4.5 Presença de substâncias corrosivas ou poluentes (AF)

6.2.4.5.1 Quando a presença de substâncias corrosivas ou poluentes, incluindo a água, puder


provocar corrosões ou deteriorações, as partes das linhas elétricas que podem ser afetadas devem
ser apropriadamente protegidas ou fabricadas com um material resistente a estas substâncias.

NOTA Fitas, tintas ou graxas apropriadas podem ser métodos apropriados que asseguram uma proteção
adicional durante a instalação. Convém coordenar estas medidas com o fabricante.

6.2.4.5.2 Metais diferentes, que possam formar pares eletrolíticos, não podem ser colocados
em contato uns com os outros, a menos que disposições especiais sejam feitas para evitar as
consequências deste contato.

6.2.4.5.3 Os materiais que podem causar deteriorações mútuas ou individuais ou degradações


perigosas não podem ser colocados em contato uns com os outros.

6.2.4.5.4 Nos locais AF1, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas elétricas.

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6.2.4.5.5 Nos locais AF2, AF3 e AF4, as linhas devem ser protegidas contra corrosão ou contra
agentes químicos; os cabos uni e multipolares com cobertura extrudada são considerados adequados;
os condutores isolados só podem ser usados em eletrodutos que apresentem resistência adequada
aos agentes presentes. Adicionalmente, Só é admitido o uso de cabos uni ou multipolares adequados
aos agentes químicos presentes.
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6.2.4.6 Impacto (AG)

6.2.4.6.1 As linhas elétricas devem ser selecionadas e instaladas de maneira a minimizar os danos
provenientes de esforços mecânicos como impacto, penetração ou compressão durante a instalação,
utilização ou a manutenção.

6.2.4.6.2 Nos locais AG1, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas elétricas.

6.2.4.6.3 Nas instalações fixas onde os impactos médios (AG2) ou severos (AG3) podem ocorrer,
a proteção deve ser assegurada por um dos seguintes meios:

a) as características mecânicas das linhas elétricas, ou

b) a escolha do local, ou

c) a disposição de uma proteção mecânica adicional, local ou geral, ou

d) por qualquer combinação destas medidas acima.

NOTA 1 Exemplos são indicados por áreas onde o piso pode ser perfurado e por áreas de circulação
de empilhadeiras.

NOTA 2 Uma proteção mecânica adicional pode ser obtida utilizando um sistema adequado de eletrodutos,
eletrodutos não circulares ou canaletas.

6.2.4.6.4 Nos locais AG2, para as linhas com proteção leve: os cabos uni e multipolares usuais são
considerados adequados; os condutores isolados podem ser usados em eletrodutos que atendam às
ABNT NBR 5624 e ABNT NBR 15465.

6.2.4.6.5 Nos locais AG3, para as linhas com proteção reforçada; os cabos uni e multipolares providos
de armação metálica são considerados adequados; os condutores isolados podem ser usados em
eletrodutos que atendam às ABNT NBR 5597 e ABNT NBR 5598.

6.2.4.6.6 Um cabo instalado embaixo do piso ou acima do teto deve ser instalado de forma a evitar
qualquer dano devido ao contato com o piso, teto ou suas fixações.

6.2.4.6.7 O grau de proteção do equipamento elétrico deve ser mantido após a instalação dos cabos
e condutores.

6.2.4.7 Vibração (AH)

6.2.4.7.1 Nos locais AH1, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas elétricas.

6.2.4.7.2 As linhas elétricas suportadas por ou fixadas nas estruturas ou de equipamentos sujeitos
a vibrações médias (AH2) ou severas (AH3) devem ser apropriadas para estas condições,
particularmente onde se trata de cabos e suas conexões.

6.2.4.7.3 Nos locais AH2, podem ser necessárias linhas flexíveis.

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6.2.4.7.4 Nos locais AH3, só podem ser utilizadas linhas flexíveis constituídas por cabos uni ou
multipolares flexíveis ou condutores isolados flexíveis em eletroduto flexível.

6.2.4.7.5 A instalação fixa de equipamentos elétricos suspensos como luminárias, devem ser
conectadas por cabos flexíveis. Quando nenhuma vibração ou movimento puderem ocorrer, os cabos
sólidos podem ser utilizados.
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6.2.4.8 Outros esforços mecânicos

6.2.4.8.1 As linhas elétricas devem ser selecionadas e instaladas de maneira a impedir, durante
a instalação, utilização e manutenção, qualquer dano aos condutores isolados, cabos e suas
extremidades.

Não é permitida a utilização de lubrificantes contendo óleo de silicone para inserir os cabos e condutores
em sistemas de eletrodutos, eletrodutos não circulares, canaletas, sistemas de eletrocalhas e de
escadas.

6.2.4.8.2 Os sistemas de eletrodutos ou sistemas de eletrodutos não circulares embutidos na


estrutura, diferentes dos eletrodutos pré-cabeados especificamente projetados para a instalação nas
paredes, devem ser completamente instalados entre cada ponto de acesso, para cada circuito, antes
que qualquer condutor isolado ou cabo seja inserido.

6.2.4.8.3 O raio de curvatura de uma linha elétrica deve ser tal que os condutores e os cabos não
sejam danificados, assim como as suas extremidades.

6.2.4.8.4 Quando os condutores e os cabos não forem suportados em todo seu comprimento por
suportes devido ao seu método de instalação, eles devem ser suportados por meios apropriados em
intervalos suficientes de maneira que os condutores e os cabos não sejam danificados por seu próprio
peso, ou por forças eletrodinâmicas resultantes da corrente de curto-circuito.

NOTA É necessário levar em consideração as forças eletrodinâmicas resultantes da corrente de curto-


circuito somente para os cabos unipolares com seção superior a 50 mm2.

6.2.4.8.5 Quando as linhas elétricas forem submetidas a uma tração permanente (por exemplo, em
razão de seu próprio peso em percurso vertical), um tipo apropriado de cabo ou de condutor com
seção e método de instalação apropriados, deve ser selecionado de maneira a evitar qualquer dano
aos cabos e aos seus suportes.

6.2.4.8.6 As linhas elétricas, nas quais os condutores ou os cabos devem ser puxados, devem ter
meios de acesso adequados para permitir o seu puxamento.

6.2.4.8.7 As linhas elétricas embutidas nos pisos devem ser suficientemente protegidas para evitar
danos causados pela utilização prevista do piso.

6.2.4.8.8 As linhas elétricas devem ser instaladas de maneira a evitar esforços mecânicos nos
condutores e conexões.

6.2.4.8.9 Os cabos, eletrodutos ou canaletas enterrados no solo devem possuir uma proteção
mecânica ou serem enterrados em profundidades suficientes. Os cabos enterrados devem ser
marcados por fitas ou identificação apropriadas. Os eletrodutos ou canaletas enterrados devem ser
devidamente identificados.

NOTA Uma proteção mecânica pode ser obtida utilizando, por exemplo, sistema de eletrodutos enterrados
cabos armados, placas de recobrimento ou outros métodos apropriados.

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6.2.4.8.10 Os suportes e invólucros dos cabos não podem ter arestas que possam danificar os cabos
ou condutores isolados.

6.2.4.8.11 Os cabos e condutores não podem ser danificados pelos meios de fixação.

6.2.4.8.12 Os cabos, linhas pré-fabricadas e outros condutores elétricos que passam através das
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juntas de dilatação devem ser selecionados e instaladas de maneira que os movimentos previstos não
causem danos ao equipamento elétrico, por exemplo, linhas elétricas flexíveis.

6.2.4.8.13 Onde o cabeamento passar por divisórias fixas, ele deve ser protegido contra danos
mecânicos, por exemplo, por telas metálicas, cabos armados, cabos multipolares ou pela utilização
de eletrodutos ou luvas flexíveis.

NOTA Convém que nenhuma linha elétrica penetre em um elemento de carga de construção da edificação,
a menos que a integridade deste elemento possa ser assegurada após a penetração.

6.2.4.9 Presença da flora e/ou mofo (AK)

6.2.4.9.1 Nos locais AK1, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas elétricas.

6.2.4.9.2 Quando as condições conhecidas ou previstas apresentam um risco (AK2), as linhas


elétricas devem ser selecionadas apropriadamente ou medidas de proteção especiais devem ser
adotadas.

NOTA 1 Um método de instalação que facilite a remoção de mofo pode ser necessário (ver Tabela 8).

NOTA 2 As possíveis medidas preventivas são de fechar as instalações (eletrodutos, eletrodutos


não circulares ou canaletas), de manter distância da flora e limpar regularmente das linhas elétricas
correspondentes.

6.2.4.9.3 Nos locais AK2, deve ser avaliada a necessidade de se utilizar:

— cabos providos de armação, se diretamente enterrados;

— condutores isolados em condutos com grau de proteção adequado;

— materiais especiais ou revestimento adequado protegendo cabos ou eletrodutos.

6.2.4.10 Presença da fauna (AL)

6.2.4.10.1 Nos locais AL1, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas elétricas.

6.2.4.10.2 Quando as condições conhecidas ou previstas apresentam risco (AL2), as linhas elétricas
devem ser selecionadas apropriadamente ou medidas de proteção especiais devem ser adotadas, como:

— as características mecânicas das linhas elétricas, ou

— o local selecionado, ou

— a disposição de uma proteção mecânica adicional, local ou geral, ou

— por qualquer combinação das medidas acima.

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6.2.4.10.3 Nos locais AL2, para as linhas com proteção especial, se existir risco devido à presença de
roedores e cupins, deve ser usada uma das soluções:

— cabos providos de armação;

— condutores isolados em condutos com grau de proteção adequado;


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— materiais especialmente aditivados ou revestimento adequado em cabos ou eletrodutos.

6.2.4.11 Radiação solar (AN) e radiação ultravioleta

6.2.4.11.1 Nos locais AN1, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas elétricas.

6.2.4.11.2 Quando as radiações solares médias (AN2 e superiores) ou radiações ultravioletas são
conhecidas ou previstas, as linhas elétricas apropriadas a estas condições devem ser selecionadas e
instaladas, ou uma blindagem adequada deve ser fornecida. Pode ser necessário tomar precauções
especiais para equipamentos sujeitos a radiações ionizantes.

6.2.4.11.3 Nos locais AN2 e AN3, os cabos ao ar livre ou em condutos abertos devem ser resistentes
às intempéries. A elevação da temperatura da superfície dos condutores ou cabos deve ser levada
em conta nos cálculos da capacidade de condução de corrente (ver 6.2.4.2.1, referente às elevações
de temperatura).

6.2.4.12 Efeitos sísmicos (AP)

6.2.4.12.1 As linhas elétricas devem ser selecionadas e instaladas levando em consideração as


condições de riscos sísmicos do local da instalação.

6.2.4.12.2 Quando os riscos sísmicos conhecidos são de baixa severidade (AP2) ou superior, atenção
especial deve ser dada ao seguinte:

— às fixações das linhas elétricas à estrutura da edificação;

— às conexões entre as linhas elétricas fixas e todos os equipamentos essenciais, como por exemplo,
instalações de segurança, que devem ser selecionados por suas propriedades de flexibilidade.

6.2.4.13 Vento (AR)

Ver 6.2.4.7, Vibração (AH) e 6.2.4.8 , Outros esforços mecânicos.

6.2.4.14 Natureza dos materiais processados ou armazenados (BE)

6.2.4.14.1 Ver a Seção 5.2.3, precauções em caso de riscos específicos de incêndio, e a Seção 6.2,
Seleção e instalação das linhas elétricas para minimizar a propagação do fogo.

6.2.4.14.2 Nos locais BE1, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas elétricas.

6.2.4.14.3 Nos locais BE2, ver 5.2.3.3.

6.2.4.14.4 Nos locais BE3 e BE4, devem ser utilizadas linhas protegidas por escolha adequada da
maneira de instalar (para BE3, ver ABNT NBR IEC 60079-0).

6.2.4.15 Estrutura das edificações (CB)

6.2.4.15.1 Nos locais CB1, não há qualquer limitação quanto a seleção e instalação das linhas elétricas.

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6.2.4.15.2 Nos locais CB2, ver 5.2.3.5.

6.2.4.15.3 Quando a estrutura das edificações apresentar riscos sujeitos a movimentação (CB3)
estrutural, os suportes de cabos e os sistemas de proteção devem permitir um movimento relativo de
maneira a evitar que os condutores e os cabos não sejam submetidos a esforços mecânicos excessivos.

6.2.4.15.4 Nos locais CB3, devem ser utilizadas linhas flexíveis ou contendo juntas de dilatação e de
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expansão.

6.2.4.15.5 Nos locais CB4, devem ser utilizadas linhas flexíveis.

6.2.5 Capacidades de condução de corrente

6.2.5.1 Introdução

As prescrições desta subseção são destinadas a garantir uma vida satisfatória a condutores e isolações
submetidos aos efeitos térmicos produzidos pela circulação de correntes equivalentes às suas
capacidades de condução de corrente durante períodos prolongados em serviço normal.

São considerados nesta subseção os condutores isolados, cabos unipolares e cabos multipolares
cuja tensão nominal não seja superior a 0,6/1 kV, excluídos os cabos armados. Para cabos armados,
a capacidade de condução de corrente deve ser determinada como indicado na ABNT NBR 11301.

6.2.5.2 Generalidades

6.2.5.2.1 A corrente transportada por qualquer condutor, durante períodos prolongados em


funcionamento normal, deve ser tal que a temperatura máxima para serviço contínuo fornecida na
Tabela 10 não seja ultrapassada. A capacidade de condução de corrente deve determinada conforme
6.2.5.2.2 ou conforme 6.2.5.2.3.

Tabela 10 – Temperaturas características dos condutores


Temperatura
Temperatura Temperatura
máxima
máxima de máxima de
para serviço
Tipo de isolação sobrecarga curto-circuito
contínuo
(condutor) a) (condutor) a)
(condutor) a)
°C °C
°C
Policloreto de vinila (PVC) até 300 mm2 70 100 160
Policloreto de vinila (PVC) maior que 300 mm2 70 100 140
Composto isolante poliolefínico não halogenado
70 100 160
(LSHF/A)

Borracha etileno-propileno (EPR e HEPR) 90 b) 130 b) 250 b)

Polietileno reticulado (XLPE) 90 b) 130 b) 250 b)


a As temperaturas máximas admissíveis dos condutores indicados nesta Tabela, nas quais se baseiam as
capacidades de condução de corrente, foram retiradas da ABNT NBR 6251 e ABNT NBR NM 247-3.
b Quando um condutor conduz a uma temperatura superior a 70 °C, deve-se verificar se o equipamento
conectado ao condutor é apropriado para a temperatura resultante na conexão.

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6.2.5.2.2 A prescrição de 6.2.5.2.1 é considerada atendida se a corrente nos condutores não for
superior às capacidades de condução de corrente adequadamente obtidas das Tabelas 11 a 14,
corrigidas, se for o caso, pelos fatores indicados nas Tabelas 15 a 22.

NOTA 1 As Tabelas 11 a 14 fornecem as capacidades de condução de corrente para os métodos de


referência A1, A2, B1, B2, C, D1, D2, E, F e G da Tabela 9.
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NOTA 2 As capacidades de condução de corrente dadas nas Tabelas 11 a 14 referem-se a funcionamento


contínuo em regime permanente (fator de carga 100 %), em corrente contínua ou em corrente alternada com
frequência de 50 Hz ou 60 Hz.

NOTA 3 Nos métodos de referência A1 e A2 da Tabela 9, a parede é formada por uma face externa estanque,
isolação térmica e uma face interna em madeira ou material análogo com condutância térmica de no mínimo
10 W/m2.K. O eletroduto, metálico ou de plástico, é fixado junto à face interna (não necessariamente em
contato físico com ela).

NOTA 4 Nos métodos de referência B1 e B2 da Tabela 9, o eletroduto, metálico ou de plástico, é montado


sobre uma parede de madeira, sendo a distância entre o eletroduto e a superfície da parede inferior a 0,3 vez
o diâmetro do eletroduto.

NOTA 5 No método de referência C da Tabela 9, a distância entre o cabo multipolar, ou qualquer cabo
unipolar, e a parede de madeira é inferior a 0,3 vez o diâmetro do cabo.

NOTA 6 Nos métodos de referência D1 e D2 da Tabela 9, o cabo é instalado diretamente enterrado ou em


eletroduto (seja metálico, de plástico ou de barro) enterrado em solo com resistividade térmica de 2,5 K.m/W,
a uma profundidade de 0,7 m.

NOTA 7 Nos métodos de referência E, F e G da Tabela 9, a distância entre o cabo multipolar ou qualquer
cabo unipolar e qualquer superfície adjacente é de no mínimo 0,3 vez o diâmetro externo do cabo, para
o cabo multipolar, ou no mínimo uma vez o diâmetro do cabo, para os cabos unipolares.

NOTA 8 No método de referência G da Tabela 9, o espaçamento entre os cabos unipolares é de no mínimo


uma vez o diâmetro externo do cabo.

6.2.5.2.3 Os valores de capacidade de condução de corrente podem também ser determinados


por cálculo como indicado na IEC 60287-1-1, IEC 60287-2-1 ou ABNT NBR 11301. Dependendo
do caso, pode ser necessário levar em conta as características da carga e, para os cabos enterrados,
a resistividade térmica real do solo.

Tabela 11 – Capacidades de condução de corrente, em ampères,


para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D (continua)
Métodos de referência indicados na Tabela 9
Seções A1 A2 B1 B2 C D1 D2
nominais
mm2 Número de condutores carregados
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15)
Cobre
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12

156/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 11 (continuação)
Métodos de referência indicados na Tabela 9
Seções A1 A2 B1 B2 C D1 D2
nominais
mm2 Número de condutores carregados
Projeto em Consulta Nacional

2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15)
Cobre
1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16,5 15 19,5 17,5 22 18 22 19
2,5 19,5 18 18,5 17,5 24 21 23 20 27 24 29 24 28 24
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 37 30 38 33
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 46 38 48 41
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 60 50 64 54
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 78 64 83 70
25 80 73 75 68 101 89 90 80 112 96 99 82 110 92
35 99 89 92 83 125 110 111 99 138 119 119 98 132 110
50 119 108 110 99 151 134 133 118 168 144 140 116 156 130
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 173 143 192 162
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 204 169 230 193
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 231 192 261 220
150 240 216 219 196 300 262 258 225 344 299 261 217 293 246
185 273 245 248 223 341 296 294 255 392 341 292 243 331 278
240 321 286 291 261 400 346 344 297 461 403 336 280 382 320
300 367 328 334 298 458 394 394 339 530 464 379 316 427 359
400 438 390 398 355 571 510 477 425 634 557 478 394
500 502 447 456 406 656 587 545 486 729 642 540 445
630 578 514 526 467 758 678 626 559 843 743 614 506
800 669 593 609 540 881 788 723 645 978 865 700 577
1 000 767 679 698 618 1 012 906 827 738 1 125 996 792 652
Alumínio
16 48 43 44 41 60 53 54 48 66 59 61 50 63 53
25 63 57 58 53 79 70 71 62 83 73 77 64 82 69
35 77 70 71 65 97 86 86 77 103 90 93 77 98 83
50 93 84 86 78 118 104 104 92 125 110 109 91 117 99

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 157/331


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Tabela 11 (conclusão)
Métodos de referência indicados na Tabela 9
Seções A1 A2 B1 B2 C D1 D2
nominais
mm2 Número de condutores carregados
Projeto em Consulta Nacional

2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15)
Alumínio
70 118 107 108 98 150 133 131 116 160 140 135 112 145 122
95 142 129 130 118 181 161 157 139 195 170 159 132 173 148
120 164 149 150 135 210 186 181 160 226 197 180 150 200 169
150 189 170 172 155 234 204 201 176 261 227 204 169 224 189
185 215 194 195 176 266 230 230 199 298 259 228 190 255 214
240 252 227 229 207 312 269 269 232 352 305 262 218 298 250
300 289 261 263 237 358 306 308 265 406 351 296 247 336 282
400 345 311 314 283 446 397 372 331 488 422 366 305
500 396 356 360 324 512 456 425 378 563 486 414 345
630 456 410 416 373 592 527 488 435 653 562 471 391
800 529 475 482 432 687 612 563 502 761 654 537 446
1 000 607 544 552 495 790 704 643 574 878 753 607 505
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC ou LSHF/A
Temperatura no condutor: 70 °C
Temperaturas de referência do ambiente: 30 °C (ar), 20 °C (solo)

Tabela 12 – Capacidades de condução de corrente, em ampères,


para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D (continua)
Métodos de referência indicados na Tabela 9
Seções A1 A2 B1 B2 C D1 D2
nominais
mm2 Número de condutores carregados
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15)
Cobre
0,5 10 9 10 9 12 10 11 10 12 11 14 12
0,75 12 11 12 11 15 13 15 13 16 14 18 15
1 15 13 14 13 18 16 17 15 19 17 21 17
1,5 19 17 18,5 16,5 23 20 22 19,5 24 22 25 21 27 23

158/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 12 (continuação)
Métodos de referência indicados na Tabela 9
Seções A1 A2 B1 B2 C D1 D2
nominais
mm2 Número de condutores carregados
Projeto em Consulta Nacional

2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15)
Cobre
2,5 26 23 25 22 31 28 30 26 33 30 33 28 35 30
4 35 31 33 30 42 37 40 35 45 40 43 36 46 39
6 45 40 42 38 54 48 51 44 58 52 53 44 58 49
10 61 54 57 51 75 66 69 60 80 71 71 58 77 65
16 81 73 76 68 100 88 91 80 107 96 91 75 100 84
25 106 95 99 89 133 117 119 105 138 119 116 96 129 107
35 131 117 121 109 164 144 146 128 171 147 139 115 155 129
50 158 141 145 130 198 175 175 154 209 179 164 135 183 153
70 200 179 183 164 253 222 221 194 269 229 203 167 225 188
95 241 216 220 197 306 269 265 233 328 278 239 197 270 226
120 278 249 253 227 354 312 305 268 382 322 271 223 306 257
150 318 285 290 259 393 342 334 300 441 371 306 251 343 287
185 362 324 329 295 449 384 384 340 506 424 343 281 387 324
240 424 380 386 346 528 450 459 398 599 500 395 324 448 375
300 486 435 442 396 603 514 532 455 693 576 446 365 502 419
400 579 519 527 472 751 661 628 552 835 692 555 464
500 664 595 604 541 864 760 718 631 966 797 627 525
630 765 685 696 623 998 879 825 725 1 122 923 711 596
800 885 792 805 721 1 158 1020 952 837 1 311 1 074 811 679
1 000 1 014 908 923 826 1332 1 173 1 088 957 1 515 1 237 916 767
Alumínio
16 64 58 60 55 79 71 72 64 84 76 71 59 76 64
25 84 76 78 71 105 93 94 84 101 90 90 75 98 82
35 103 94 96 87 130 116 115 103 126 112 108 90 117 98
50 125 113 115 104 157 140 138 124 154 136 128 106 139 117
70 158 142 145 131 200 179 175 156 198 174 158 130 170 144
95 191 171 175 157 242 217 210 188 241 211 186 154 204 172

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 159/331


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Tabela 12 (conclusão)
Métodos de referência indicados na Tabela 9
Seções A1 A2 B1 B2 C D1 D2
nominais
mm2 Número de condutores carregados
Projeto em Consulta Nacional

2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15)
Alumínio
120 220 197 201 180 281 251 242 216 280 245 211 174 233 197
150 253 226 230 206 307 267 261 240 324 283 238 197 261 220
185 288 256 262 233 351 300 300 272 371 323 267 220 296 250
240 338 300 307 273 412 351 358 318 439 382 307 253 343 290
300 387 344 352 313 471 402 415 364 508 440 346 286 386 326
400 462 409 421 372 597 536 500 448 612 529 426 361
500 530 468 483 426 687 617 573 513 707 610 482 408
630 611 538 556 490 794 714 658 590 821 707 547 464
800 708 622 644 566 922 830 760 682 958 824 624 529
1 000 812 712 739 648 1061 955 870 780 1108 950 706 598
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: EPR ou XLPE
Temperatura no condutor: 90 °C
Temperaturas de referência do ambiente: 30 °C (ar), 20 °C (solo)

160/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 13 – Capacidades de condução de corrente, em ampères,


para os métodos de referência E, F e G (continua)
Métodos de referência indicados Tabela 9
Cabos multipolares Cabos unipolares 1)
Três condutores carregados, no
Projeto em Consulta Nacional

Dois Três
Dois Três mesmo plano
condutores condutores
Seções condutores condutores
carregados, carregados, Espaçados
nominais carregados carregados
justapostos em trifólio Justapostos
dos Horizontal Vertical
condutores
Método E Método E Método F Método F Método F Método G Método G
mm2

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Cobre
0,5 11 9 11 8 9 12 10
0,75 14 12 14 11 11 16 13
1 17 14 17 13 14 19 16
1,5 22 18,5 22 17 18 24 21
2,5 30 25 31 24 25 34 29
4 40 34 41 33 34 45 39
6 51 43 53 43 45 59 51
10 70 60 73 60 63 81 71
16 94 80 99 82 85 110 97
25 119 101 131 110 114 146 130
35 148 126 162 137 143 181 162
50 180 153 196 167 174 219 197
70 232 196 251 216 225 281 254
95 282 238 304 264 275 341 311
120 328 276 352 308 321 396 362
150 379 319 406 356 372 456 419
185 434 364 463 409 427 521 480
240 514 430 546 485 507 615 569
300 593 497 629 561 587 709 659
400 715 597 754 656 689 852 795
500 826 689 868 749 789 982 920

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 161/331


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Tabela 13 (conclusão)
Métodos de referência indicados Tabela 9
Cabos multipolares Cabos unipolares 1)
Três condutores carregados, no
Dois Três
Dois Três mesmo plano
condutores condutores
Projeto em Consulta Nacional

Seções condutores condutores


carregados, carregados, Espaçados
nominais carregados carregados
justapostos em trifólio Justapostos
dos Horizontal Vertical
condutores
Método E Método E Método F Método F Método F Método G Método G
mm2

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Cobre
630 958 798 1005 855 905 1 138 1 070
800 1 118 930 1 169 971 1 119 1 325 1 251
1 000 1 292 1 073 1 346 1 079 1 296 1 528 1 448
Alumínio
16 73 61 73 62 65 84 73
25 89 78 98 84 87 112 99
35 111 96 122 105 109 139 124
50 135 117 149 128 133 169 152
70 173 150 192 166 173 217 196
95 210 183 235 203 212 265 241
120 244 212 273 237 247 308 282
150 282 245 316 274 287 356 327
185 322 280 363 315 330 407 376
240 380 330 430 375 392 482 447
300 439 381 497 434 455 557 519
400 528 458 600 526 552 671 629
500 608 528 694 610 640 775 730
630 705 613 808 711 640 775 730
800 822 714 944 832 875 1 050 1 000
1 000 948 823 1 092 965 1 015 1 213 1 161
1 Ou, ainda, condutores isolados, quando o método de instalação permitir.
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC ou LSHF/A
Temperatura no condutor: 70 °C
Temperatura ambiente de referência: 30 °C

162/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 14 – Capacidades de condução de corrente, em ampères,


para os métodos de referência E, F e G (continua)
Métodos de referência indicados Tabela 9
Cabos multipolares Cabos unipolares 1)
Três condutores carregados, no
Projeto em Consulta Nacional

Dois Três
Dois Três mesmo plano
Seções condutores condutores
condutores condutores
nominais carregados, carregados, Espaçados
carregados carregados Justapostos
dos justapostos em trifólio
Horizontal Vertical
condutores
mm2 Método E Método E Método F Método F Método F Método G Método G

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Cobre
0,5 13 12 13 10 10 15 12
0,75 17 15 17 13 14 19 16
1 21 18 21 16 17 23 19
1,5 26 23 27 21 22 30 25
2,5 36 32 37 29 30 41 35
4 49 42 50 40 42 56 48
6 63 54 65 53 55 73 63
10 86 75 90 74 77 101 88
16 115 100 121 101 105 137 120
25 149 127 161 135 141 182 161
35 185 158 200 169 176 226 201
50 225 192 242 207 216 275 246
70 289 246 310 268 279 353 318
95 352 298 377 328 342 430 389
120 410 346 437 383 400 500 454
150 473 399 504 444 464 577 527
185 542 456 575 510 533 661 605
240 641 538 679 607 634 781 719
300 741 621 783 703 736 902 833
400 892 745 940 823 868 1 085 1 008
500 1 030 859 1 083 946 998 1 253 1 169

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 163/331


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Tabela 14 (conclusão)
Métodos de referência indicados Tabela 9
Cabos multipolares Cabos unipolares 1)
Três condutores carregados, no
Dois Três
Dois Três mesmo plano
condutores condutores
Projeto em Consulta Nacional

Seções condutores condutores


carregados, carregados, Espaçados
nominais carregados carregados Justapostos
justapostos em trifólio
dos Horizontal Vertical
condutores
Método E Método E Método F Método F Método F Método G Método G
mm2

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Cobre
630 1 196 995 1 254 1 088 1 151 1 454 1 362
800 1 396 1 159 1 460 1 252 1 328 1 696 1 595
1 000 1 613 1 336 1 683 1 420 1 511 1 958 1 849
Alumínio
16 91 77 90 76 79 103 90
25 108 97 121 103 107 138 122
35 135 120 150 129 135 172 153
50 164 146 184 159 165 210 188
70 211 187 237 206 215 271 244
95 257 227 289 253 264 332 300
120 300 263 337 296 308 387 351
150 346 304 389 343 358 448 408
185 397 347 447 395 413 515 470
240 470 409 530 471 492 611 561
300 543 471 613 547 571 708 652
400 654 566 740 663 694 856 792
500 756 652 856 770 806 991 921
630 879 755 996 899 942 1 154 1 077
800 1 026 879 1 164 1 056 1 106 1 351 1 266
1 000 1 186 1 012 1 347 1 226 1 285 1 565 1 472
1 Ou, ainda, condutores isolados, quando o método de instalação permitir.
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: EPR ou XLPE
Temperatura no condutor: 90 °C
Temperatura ambiente de referência: 30 °C

164/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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6.2.5.3 Temperatura ambiente

6.2.5.3.1 O valor da temperatura ambiente a utilizar é o da temperatura do meio circundante quando


o condutor considerado não estiver carregado.

6.2.5.3.2 Os valores de capacidade de condução de corrente fornecidos pelas Tabelas 11 a 14 são


Projeto em Consulta Nacional

referidos a uma temperatura ambiente de 30 °C para todas as maneiras de instalar, exceto as linhas
enterradas, cujas capacidades são referidas a uma temperatura (no solo) de 20 °C.

6.2.5.3.3 Se os condutores forem instalados em ambiente cuja temperatura difira dos valores
indicados em 6.2.5.3.2, sua capacidade de condução de corrente deve ser determinada, usando-se
as Tabelas 11 a 14, com a aplicação dos fatores de correção dados na Tabela 15.

NOTA Os fatores de correção da Tabela 15 não consideram o aumento de temperatura devido à radiação
solar ou a outras radiações infravermelhas. Quando os condutores forem submetidos a tais radiações, as
capacidades de condução de corrente devem ser calculadas pelos métodos especificados na ABNT NBR 11301
ou na série IEC 60287.

Tabela 15 – Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30 °C para


linhas não-subterrâneas e de 20 °C (temperatura do solo) para linhas subterrâneas (continua)

Temperatura Isolação
°C PVC EPR ou XLPE
Ambiente
10 1,22 1,15
15 1,17 1,12
20 1,12 1,08
25 1,06 1,04
35 0,94 0,96
40 0,87 0,91
45 0,79 0,87
50 0,71 0,82
55 0,61 0,76
60 0,50 0,71
65 – 0,65
70 – 0,58
75 – 0,50
80 – 0,41
Do solo
10 1,10 1,07
15 1,05 1,04

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 165/331


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Tabela 15 (conclusão)

Temperatura Isolação
°C PVC EPR ou XLPE
Do solo
Projeto em Consulta Nacional

25 0,95 0,96
30 0,89 0,93
35 0,84 0,89
40 0,77 0,85
45 0,71 0,80
50 0,63 0,76
55 0,55 0,71
60 0,45 0,65
65 – 0,60
70 – 0,53
75 – 0,46
80 – 0,38

6.2.5.4 Resistividade térmica do solo

Nas Tabelas 11 e 12, as capacidades de condução de corrente indicadas para linhas subterrâneas
são válidas para uma resistividade térmica do solo de 2,5 K.m/W. Quando a resistividade térmica do
solo for superior a 2,5 K.m/W, caso de solos muito secos, os valores indicados nas Tabelas devem ser
adequadamente reduzidos, a menos que o solo na vizinhança imediata dos condutores seja substituído
por terra ou material equivalente com dissipação térmica mais favorável. A Tabela 16 fornece fatores
de correção para resistividades térmicas do solo diferentes de 2,5 K.m/W.

NOTA 1 O valor de 2,5 K.m/W é recomendado quando o tipo de solo e a localização geográfica não são
especificados.

NOTA 2 Os valores de capacidade de condução de corrente indicados nas Tabelas 11 e 12 para linhas
subterrâneas referem-se apenas a percursos no interior ou em torno das edificações. Para outras instalações,
quando for possível conhecer valores mais precisos da resistividade térmica do solo, em função da carga,
os valores de capacidade de condução de corrente podem ser calculados pelos métodos especificados
na ABNT NBR 11301 ou na série IEC 60287.

166/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 16 – Fatores de correção para linhas enterradas em solo com resistividade


térmica diferente de 2,5 K.m/W – Métodos de referência D1 e D2
Resistividade térmica K.m/W 0,5 0,7 1 1,5 2 2,5 3
Fator de correção para
cabos em eletroduto 1,28 1,20 1,18 1,1 1,05 1 0,96
Projeto em Consulta Nacional

enterrado
Fator de correção para
cabos diretamente 1,88 1,62 1,5 1,28 1,12 1 0,90
enterrados
NOTA 1 Os fatores de correção dados são valores médios para as seções nominais abrangidas nas Tabelas
11 e 12, com precisão de ±5 %.
NOTA 2 Os fatores de correção são aplicáveis a cabos em eletrodutos enterrados a uma profundidade de
até 0,8 m.
NOTA 3 É considerado que as propriedades do solo são uniformes, caso não sejam, os fatores podem ser
calculados pelos métodos da série IEC 60287.

6.2.5.5 Agrupamento de circuitos

6.2.5.5.1 Os valores de capacidade de condução de corrente fornecidos pelas Tabelas 11 a 14 são


válidos para o número de condutores carregados que se encontra indicado em cada uma de suas
colunas. Para linhas elétricas contendo um total de condutores superior às quantidades indicadas
nas Tabelas 11 a 14, a capacidade de condução de corrente dos condutores de cada circuito deve
ser determinada, usando-se as Tabelas 11 a 14, com a aplicação dos fatores de correção pertinentes
fornecidos nas Tabelas 17 a 22 (fatores de agrupamento).

NOTA 1 Sobre o número de condutores carregados a ser considerado, por circuito, ver 6.2.5.6.

NOTA 2 Os fatores de agrupamento das Tabelas 17 a 22 são aplicáveis a condutores com mesma
temperatura máxima para serviço contínuo. Para grupos contendo condutores com diferentes temperaturas
máximas para serviço contínuo, a determinação da capacidade de condução de corrente dos condutores,
para todos os circuitos do grupo, deve ser baseada não na temperatura máxima para serviço contínuo do
condutor considerado, mas na menor temperatura máxima admissível em serviço contínuo encontrada entre
os condutores do grupo, acompanhada da aplicação do fator de agrupamento incorrido.

6.2.5.5.2 Os condutores para os quais se prevê uma corrente de projeto não superior a 30 % de sua
capacidade de condução de corrente, já determinada observando-se o fator de agrupamento, podem
ser desconsiderados para efeito de cálculo do fator de correção aplicável ao restante do grupo.

6.2.5.5.3 As capacidades de condução de corrente indicadas nas Tabelas 11 e 12 são válidas para
maneiras de instalar que se enquadrem nos métodos de referência A1, A2, B1, B2, C, D1 e D2, e para:

a) dois condutores carregados (dois condutores isolados, dois cabos unipolares ou um cabo bipolar);

b) três condutores carregados (três condutores isolados, três cabos unipolares ou um cabo tripolar).

Para um número maior de condutores agrupados, devem ser aplicados os fatores de correção
especificados nas Tabelas 17 a 22.

NOTA 1 Os fatores de agrupamento foram calculados admitindo-se todos os condutores vivos


permanentemente carregados com 100 % de sua carga. Para condições de condutores permanentemente

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 167/331


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carregados com carregamento menor que 100 %, a capacidade de corrente pode ser calculada conforme
a IEC 60853-1.

NOTA 2 Os fatores de correção da Tabela 17 são aplicáveis a condutores agrupados em feixe, seja em
linhas abertas ou fechadas (os fatores pertinentes são os da linha 1 da Tabela 17), e a condutores agrupados
num mesmo plano e numa única camada (demais linhas da Tabela). Em algumas instalações pode ser
apropriado usar fatores calculados para casos específicos, por exemplo os que constam nas Tabelas 18
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e 19. Os fatores de correção da Tabela 18 podem ser aplicados a agrupamento de cabos multipolares em
camada única em um ou mais níveis de conduto e para alguns espaçamentos de cabos indicados, para
método de instalação “E” e os fatores de correção da Tabela 19 podem ser aplicados a grupos de um ou mais
circuitos de cabos unipolares em camada única ou trifólio em mais de um nível de conduto e para alguns
espaçamentos entre circuitos indicados, para método de instalação “F”. Já os fatores de correção da Tabela
20 são aplicáveis a agrupamentos consistindo em mais de uma camada de condutores. Assim, no caso de
agrupamentos em camadas, os fatores de correção aplicáveis são os das Tabelas 17, 18 ou 19 quando a
camada for única, ou os da Tabela 20, quando houver mais de uma camada.

NOTA 3 Os fatores de agrupamento das Tabelas 21 e 22 são aplicáveis a linhas subterrâneas: os da Tabela 21
a cabos diretamente enterrados e os da Tabela 22 a linhas em eletrodutos enterrados.

Tabela 17 – Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe


(em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados num
mesmo plano, em camada única (continua)
Número de circuitos ou de cabos multipolares Tabelas
Forma de dos
Ref. agrupamento 9a 12 a 16 a métodos
dos condutores 1 2 3 4 5 6 7 8 ≥ 20 de
11 15 19
referência

Em feixe: ao ar
livre ou sobre 11 a 14
1 superfície; 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 (Métodos
embutidos; em A a F)
conduto fechado

Camada única
sobre parede,
piso, ou em
2 1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70 11 e 12
bandeja não
perfurada ou (Método
prateleira C)

Camada única
3 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61
no teto

168/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabela 17 (conclusão)
Número de circuitos ou de cabos multipolares Tabelas
Forma de dos
Ref. agrupamento 9a 12 a 16 a métodos
dos condutores 1 2 3 4 5 6 7 8 ≥ 20 de
11 15 19
referência
Projeto em Consulta Nacional

Camada única
4 em bandeja 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72
perfurada 13 e 15
(Métodos
Camada única E e F)
5 sobre leito, 1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78
suporte etc.

Se o agrupamento for constituído, ao mesmo tempo, de cabos bipolares e tripolares, deve-se considerar o
número total de cabos como sendo o número de circuitos e, de posse do fator de agrupamento resultante,
a determinação das capacidades de condução de corrente, nas Tabelas 11 a 14, deve ser então efetuada:
— na coluna de dois condutores carregados, para os cabos bipolares; e
— na coluna de três condutores carregados, para os cabos tripolares.
NOTA 1 Esses fatores são aplicáveis a grupos semelhantes de cabos (ver 6.2.5.5.5), uniformemente
carregados.
NOTA 2 Quando a distância horizontal (a) entre cabos adjacentes for superior ao dobro de seu diâmetro
externo, não é necessário aplicar nenhum fator de redução.
Cabos multipolares:

a a
a a
Cabos unipolares:

a a

NOTA 3 O número de circuitos ou de cabos com o qual se consulta a tabela refere-se


— à quantidade de grupos de dois ou três condutores isolados ou cabos unipolares, cada grupo constituindo
um circuito (supondo-se um só condutor por fase, isto é, sem condutores em paralelo), e/ou
— à quantidade de cabos multipolares
que compõe o agrupamento, qualquer que seja essa composição (só condutores isolados, só cabos
unipolares, só cabos multipolares ou qualquer combinação).
NOTA 4 Um agrupamento com N condutores isolados, ou N cabos unipolares, pode ser considerado
composto tanto de N/2 circuitos com dois condutores carregados quanto de N/3 circuitos com três condutores
carregados.
NOTA 5 Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com dispersão geralmente
inferior a 5 %.
NOTA 6 Os fatores de correção dos itens 2, 4 e 5 são genéricos e podem não atender a situações específicas.
Nesses casos pode-se recorrer às Tabelas 18 e 19.

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Tabela 18 – Fator de correção para grupo de mais de um cabo multipolar a ser aplicado à
capacidade de condução de corrente de referência para cabos multipolares
ao ar livre – Método de instalação E nas Tabelas 13 e 14
Número de Número de cabos por conduto
Método de instalação da Tabela 9
condutos 1 2 3 4 6 9
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Justapostos
1 1,00 0,88 0,82 0,79 0,76 0,73
2 1,00 0,87 0,80 0,77 0,73 0,68
3 1,00 0,86 0,79 0,76 0,71 0,66
Bandejas
perfuradas 6 1,00 0,84 0,77 0,73 0,68 0,64
13 ≥ 20 mm
mm ≥ 300
300 mm

(NOTA 3) Espaçados
1 1,00 1,00 0,98 0,95 0,91 –
Dee
2 1,00 0,99 0,96 0,92 0,87 –
20 mm
≥ 20 mm
3 1,00 0,98 0,95 0,91 0,85 –

Justapostos

1 1,00 0,88 0,82 0,78 0,73 0,72



225 mm
225 2 1,00 0,88 0,81 0,76 0,71 0,70
Bandejas mm

verticais
13
perfuradas Espaçados
(NOTA 4)
1 1,00 0,91 0,89 0,88 0,87 –

225 mm
D
Dee 2 1,00 0,91 0,88 0,87 0,85 –
225
mm

Número de Número de cabos por conduto


Método de instalação da Tabela 9
condutos 1 2 3 4 6 9
Justapostos
1 1,00 0,87 0,82 0,80 0,79 0,78
Leitos, 2 1,00 0,86 0,80 0,78 0,76 0,73
suportes, 3 1,00 0,85 0,79 0,76 0,73 0,70
14
bandejas ≥20
20 mm 6 1,00 0,84 0,77 0,73 0,68 0,64
15 ≥300
300 mm
mm
aramadas
16 Espaçados
ou telas 1 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 –
Dee
D
(NOTA 3) 2 1,00 0,99 0,98 0,97 0,96 –
3 1,00 0,98 0,97 0,96 0,93 –
20mm
≥ 20 mm
NOTA 1 Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com dispersão geralmente
inferior a 5 %.
Para a aplicação desta Tabela devem ser feitas as seguintes considerações:
— Fatores aplicáveis a grupos de cabos em camada única conforme indicados acima não se aplicam
quando os cabos estão instalados em mais de uma camada justapostas. Valores para estas instalações
podem ser significativamente inferiores e devem ser determinados por um método apropriado ou utilizar
a Tabela 22.
— Os valores são dados para espaço vertical entre condutos de 300 mm e pelo menos 20 mm entre os
condutores e paredes. Para espaços menores os fatores devem ser reduzidos.
— Os valores são dados para espaço horizontal entre condutos de 225 mm com condutos montados na
forma “fundo a fundo”. Para espaços menores convém que os fatores devem ser reduzidos.

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Tabela 19 – Fatores de correção para grupos de um ou mais circuitos de cabos unipolares


a ser aplicado à capacidade de condução de corrente de referência de um circuito
de cabo unipolar ao ar livre – Método de instalação F nas Tabelas 13 e 14 (continua)
Número de circuitos Utilizar como
Número trifásicos por conduto multiplicador
Método de instalação da Tabela 9 de da capacidade
Projeto em Consulta Nacional

condutos 1 2 3 de condução de
corrente de
Justapostos

1 0,98 0,91 0,87 Três cabos


Bandelas
em formação
perfuradas 13 2 0,96 0,87 0,81
≥300
300 mm horizontal
(NOTA 3) 3 0,95 0,85 0,78 justapostos
≥ 20 mm

Justapostos
Bandejas
Três cabos em
verticais 1 0,96 0,86 –
13 ≥ formação vertical
perfuradas 225 mm
225 2 0,95 0,84 –
mm justapostos
(NOTA 3)

Leitos, Justapostos
suportes, Três cabos
14 1 1,00 0,97 0,96
bandejas em formação
15 2 0,98 0,93 0,89
aramadas ≥300
300 mm
mm horizontal
ou telas 16 3 0,97 0,90 0,86 justapostos
(NOTA 3) 20mm
≥ 20 mm

2Dee
≥ 2D
D
Dee
Bandejas 1 1,00 0,98 0,96
perfuradas 13 ≥300
300 mm
mm 2 0,97 0,93 0,89
(NOTA 3) 3 0,96 0,92 0,86
20mm
≥ 20 mm

Espaçados
Bandejas
verticais 2Dee
≥2D 1 1,00 0,91 0,89 Três cabos em
13 ≥
perfuradas 225 mm
225 2 1,00 0,90 0,86 trifólio
mm
(NOTA 4) Dee

Leitos, ≥ 2D
2Dee D
Dee
suportes,
14 1 1,00 1,00 1,00
bandejas
15 ≥300
300 mm
mm 2 0,97 0,95 0,93
aramadas
ou telas 16 3 0,96 0,94 0,90
(NOTA 3) 20mm
≥ 20 mm

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Tabela 19 (conclusão)
Número de circuitos Utilizar como
Número trifásicos por conduto multiplicador
Método de instalação da Tabela 9 de da capacidade
condutos 1 2 3 de condução de
corrente de
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NOTA 1 Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com dispersão geralmente inferior a 5 %.
Para aplicação desta Tabela devem ser feitas as seguintes considerações:
— Fatores aplicáveis a grupos de cabos em camada única conforme indicados acima não se aplicam quando os cabos
estão instalados em mais de uma camada justapostas. Valores para estas instalações podem ser significativamente
inferiores e devem ser determinados por um método apropriado ou utilizar a Tabela 22.
— Os valores são dados para espaço vertical entre condutos de 300 mm e pelo menos 20 mm entre os condutores e
paredes. Para espaços menores os fatores devem ser reduzidos.
— Os valores são dados para espaço horizontal entre condutos de 225 mm com condutos montados na forma “fundo
a fundo”. Para espaços menores os fatores devem ser reduzidos.
— Para circuitos contendo mais de um cabo em paralelo por fase, convém que cada conjunto trifásico de condutores
deve ser considerado como um circuito para o propósito desta tabela.
— Se um circuito consiste em “m” condutores paralelos por fase, então para a determinação do fator de agrupamento
este circuito deve ser considerado como “m” circuitos.

Tabela 20 – Fatores de correção aplicáveis a agrupamentos consistindo em mais de uma


camada de condutores – Métodos de referência C (Tabelas 11 e 12), E e F (Tabelas 13 e 14)
Quantidade de circuitos trifásicos ou de cabos multipolares
por camada
2 3 4 ou 5 6a8 9 e mais
2 0,68 0,62 0,60 0,58 0,56
3 0,62 0,57 0,55 0,53 0,51
Quantidade
4 ou 5 0,60 0,55 0,52 0,51 0,49
de camadas
6a8 0,58 0,53 0,51 0,49 0,48
9 e mais 0,56 0,51 0,49 0,48 0,46
NOTA 1 Os fatores são válidos independentemente da disposição da camada, se horizontal ou vertical.
NOTA 2 Sobre condutores agrupados em uma única camada, ver linhas 2 a 5 da Tabela 17, ou Tabelas 18 e 19.
NOTA 3 Se forem necessários valores mais precisos, recomenda-se recorrer à ABNT NBR 11301.
NOTA 4 Esta tabela é aplicada aos cabos multipolares conforme a Tabela 18 e aos cabos unipolares
a Tabela 19.

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Tabela 21 – Fatores de agrupamento para linhas com cabos diretamente enterrados


Distâncias entre cabos 1) (a)
Número de
circuitos Um diâmetro
Nula 0,125 m 0,25 m 0,5 m
de cabo
2 0,75 0,80 0,85 0,90 0,90
Projeto em Consulta Nacional

3 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85


4 0,60 0,60 0,70 0,75 0,80
5 0,55 0,55 0,65 0,70 0,80
6 0,50 0,55 0,60 0,70 0,80
7 0,45 0,51 0,59 0,67 0,76
8 0,43 0,48 0,57 0,65 0,75
9 0,41 0,46 0,55 0,63 0,74
12 0,36 0,42 0,51 0,59 0,71
16 0,32 0,38 0,47 0,56 0,68
20 0,29 0,35 0,44 0,53 0,66
1) Cabos multipolares: Cabos unipolares:

NOTA Os valores indicados são aplicáveis para uma profundidade de 0,7 m e uma resistividade térmica
do solo de 2,5 K.m/W. São valores médios para as dimensões de cabos abrangidas nas Tabelas 11 e 12.
Os valores médios arredondados podem apresentar erros de até ±10 % em certos casos. Se forem necessários
valores mais precisos, recomenda-se recorrer à ABNT NBR 11301.

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Tabela 22 – Fatores de agrupamento para linhas em eletrodutos enterrados2) (continua)


Cabos multipolares em eletrodutos – Um cabo por eletroduto

Número de Espaçamento entre eletrodutos 1)


cabos Nulo 0,25 m 0,5 m 1,0 m
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2 0,85 0,90 0,95 0,95


3 0,75 0,85 0,90 0,95
4 0,70 0,80 0,85 0,90
5 0,65 0,80 0,85 0,90
6 0,60 0,80 0,80 0,90
7 0,57 0,76 0,80 0,88
8 0,54 0,74 0,78 0,88
9 0,52 0,73 0,77 0,87
10 0,49 0,72 0,76 0,86
11 0,47 0,70 0,75 0,86
12 0,45 0,69 0,74 0,85
13 0,44 0,68 0,73 0,85
14 0,42 0,68 0,72 0,84
15 0,41 0,67 0,72 0,84
16 0,39 0,66 0,71 0,83
17 0,38 0,65 0,70 0,83
18 0,37 0,65 0,70 0,83
19 0,35 0,64 0,69 0,82
20 0,34 0,63 0,68 0,82
Condutores isolados ou cabos unipolares em eletrodutos 3) – Um condutor por eletroduto

Número de Espaçamento entre eletrodutos 1)


circuitos
(grupos de
dois ou três Nulo 0,25 m 0,5 m 1,0 m
condutores)
2 0,80 0,90 0,90 0,95
3 0,70 0,80 0,85 0,90
4 0,65 0,75 0,80 0,90
5 0,60 0,70 0,80 0,90
6 0,60 0,70 0,80 0,90
7 0,53 0,66 0,76 0,87
8 0,50 0,63 0,74 0,87
9 0,47 0,61 0,73 0,86
10 0,45 0,59 0,72 0,85
11 0,43 0,57 0,70 0,85
12 0,41 0,56 0,69 0,84
13 0,39 0,54 0,68 0,84
14 0,37 0,53 0,68 0,83
15 0,35 0,52 0,67 0,83

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Tabela 22 (conclusão)
Condutores isolados ou cabos unipolares em eletrodutos 3) – Um condutor por eletroduto
Número de Espaçamento entre eletrodutos 1)
circuitos
(grupos de
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dois ou três Nulo 0,25 m 0,5 m 1,0 m


condutores)

16 0,34 0,51 0,66 0,83


17 0,33 0,50 0,65 0,82
18 0,31 0,49 0,65 0,82
19 0,30 0,48 0,64 0,82
20 0,29 0,47 0,63 0,81
1) Cabos multipolares Cabos unipolares

2) Os valores indicados são aplicáveis para uma profundidade de 0,7 m e uma resistividade térmica do
solo de 2,5 K.m/W. São valores médios para as seções de condutores constantes nas Tabelas 11 e 12.
Os valores médios arredondados podem apresentar erros de até ±10 % em certos casos. Se forem
necessários valores mais precisos de capacidade de condução de corrente, recomenda´se recorrer
à ABNT NBR 11301 ou a série IEC 60287.
3) Deve-se atentar para as restrições e problemas que envolvem o uso de condutores isolados ou cabos
unipolares em eletrodutos metálicos quando se tem um único condutor por eletroduto. Ver 6.2.10.

6.2.5.5.4 As capacidades de condução de corrente indicadas nas Tabelas 13 e 14 são válidas para
maneiras de instalar que se enquadrem nos métodos de referência E, F e G, e para:

a) dois condutores carregados (dois condutores isolados, dois cabos unipolares ou um cabo bipolar);

b) três condutores carregados (três condutores isolados, três cabos unipolares ou um cabo tripolar).

Para um número maior de condutores, agrupados, devem ser aplicados os fatores de correção
especificados na Tabela 17, quando os condutores forem dispostos em feixe ou num mesmo plano,
em camada única; ou então os fatores de agrupamento da Tabela 20, quando os condutores forem
dispostos em mais de uma camada.

NOTA 1 (comuns a 6.2.5.5.3 e 6.2.5.5.4) Os fatores de redução para agrupamento de circuitos são valores
médios calculados para as dimensões de condutores, tipos de cabos e condições de instalação considerados.
Convém atentar para as notas de cada Tabela. Em alguns casos pode ser desejável um cálculo mais preciso.

NOTA 2 (comuns a 6.2.5.5.3 e 6.2.5.5.4) Os fatores de correção foram calculados admitindo-se um


agrupamento de condutores semelhantes igualmente carregados. Quando um grupo contiver condutores
de dimensões diferentes, recomenda-se que sejam tomadas precauções quanto ao carregamento dos
condutores de menor seção (ver 6.2.5.5.5).

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6.2.5.5.5 Os fatores de agrupamento indicados nas Tabelas 20 a 22 são válidos para grupos de
condutores semelhantes, igualmente carregados. São considerados condutores “semelhantes”
aqueles cujas capacidades de condução de corrente baseiam-se na mesma temperatura máxima para
serviço contínuo e cujas seções nominais estão contidas no intervalo de três seções normalizadas
sucessivas. Quando os condutores de um grupo não preencherem essa condição, os fatores de
agrupamento aplicáveis devem ser obtidos recorrendo-se a qualquer das duas alternativas seguintes:
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a) cálculo caso a caso, utilizando, por exemplo, a IEC 60287-1-1, IEC 60287-2-1 ou ABNT NBR 11301; ou

b) caso não seja viável um cálculo mais específico, adoção do fator F da equação:
1
F=
n
onde

F é o fator de correção;

n é o número de circuitos ou de cabos multipolares.

NOTA 1 O cálculo de fatores de correção para grupos contendo condutores das mais diferentes seções
nominais depende da quantidade total de condutores e da combinação de seções, o que torna virtualmente
inviável a elaboração de Tabelas de uso prático, tantas seriam as variáveis envolvidas.

NOTA 2 A expressão indicada na alínea b) está a favor da segurança e reduz os perigos de sobrecarga nos
condutores de menor seção nominal. Pode, no entanto, resultar no superdimensionamento dos condutores
de seções mais elevadas.

6.2.5.6 Número de condutores carregados

6.2.5.6.1 O número de condutores carregados a ser considerado é aquele indicado na Tabela 23, de
acordo com o esquema de condutores vivos do circuito. Em particular, no caso de circuito trifásico com
neutro, quando a circulação de corrente no neutro não for acompanhada de redução correspondente
na carga dos condutores de fase, o neutro deve ser computado como condutor carregado. É o que
acontece quando a corrente nos condutores de fase contém componentes harmônicas de ordem três
e múltiplos numa taxa superior a 15 %. Nessas condições, o circuito trifásico com neutro deve ser
considerado como constituído de quatro condutores carregados e a determinação da capacidade de
condução de corrente dos condutores deve ser afetada do “fator de correção devido ao carregamento
do neutro”. Tal fator, que em caráter geral é de 0,86, independentemente do método de instalação,
é aplicável então às capacidades de condução de corrente válidas para três condutores carregados.

As Tabelas de capacidade de condução de corrente (Tabelas 11 a 14) trazem colunas para dois e para
três condutores carregados, mas nenhuma coluna válida especificamente para quatro condutores
carregados. Por isso, a determinação da capacidade de condução de corrente para quatro condutores
carregados deve ser feita aplicando-se o fator de 0,86 às capacidades de condução de corrente
válidas para três condutores carregados – sem prejuízo dos demais fatores de correção eventualmente
aplicáveis, como os referentes a temperatura ambiente, resistividade térmica do solo e agrupamento
de circuitos.

Alternativamente, o fator de correção devido ao carregamento do neutro pode ser determinado caso
a caso, de acordo com o método de instalação, assumindo-se que quatro condutores carregados
correspondem a dois circuitos de dois condutores carregados cada. Nessas condições, o fator de
correção devido ao carregamento do neutro corresponde então ao fator de agrupamento válido para
dois circuitos e para o método de instalação considerado (os fatores de agrupamento são dados nas

176/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Tabelas 17 a 22, de acordo com o método de instalação), e é aplicável às capacidades de condução


de corrente válidas para dois condutores carregados.

NOTA 1 O fator de correção devido ao carregamento do neutro só é pertinente a circuitos trifásicos com
neutro.

NOTA 2 O fator de correção devido ao carregamento do neutro pode ser dispensado nos casos em que
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a definição da seção dos condutores embutir um sobredimensionamento dos condutores de fase, nos níveis
mencionados em F.2 e F.3.

NOTA 3 Sobre dimensionamento do condutor neutro, ver 6.2.6.2.

Tabela 23 – Número de condutores carregados a ser considerado,


em função do tipo de circuito
Esquema de condutores vivos Número de condutores carregados
do circuito (4.5.2.2.1) a ser adotado
Monofásico a dois condutores (Figura 1) 2
Monofásico a três condutores (Figura 2) 3
Bifásico a três condutores (Figura 3) 3
Trifásico a três condutores (Figura 4) 3
Trifásico a quatro condutores (Figura 5) 3 ou 4a
Dois condutores em corrente contínua (Figura 6) 2
Três condutores em corrente contínua (Figura 7) 3
a Ver 6.2.5.6.1.

6.2.5.6.2 Os condutores utilizados unicamente como condutores de proteção (PE) não são
considerados. Os condutores PEN são considerados como condutores neutros.

6.2.5.7 Condutores em paralelo

6.2.5.7.1 Quando dois ou mais condutores forem ligados em paralelo na mesma fase ou polaridade,
isso não pode comprometer o atendimento de 6.2.5.2.1. Para tanto:

a) devem ser tomadas medidas que garantam igual divisão de corrente entre os condutores em
paralelo, conforme 6.2.5.7.2; ou

b) realizado um estudo específico sobre a divisão da corrente entre os condutores em paralelo, de


modo que o atendimento de 6.2.5.2.1 possa ser equacionado para cada condutor, individualmente.

6.2.5.7.2 A exigência apresentada em 6.2.5.7.1-a) é considerada atendida se os condutores


em paralelo tiverem a mesma constituição, a mesma seção nominal, aproximadamente o mesmo
comprimento, não apresentarem derivações ao longo de seu percurso e, além disso, forem:

a) veias de cabos multipolares ou de cabos multiplexados, qualquer que seja a seção nominal, cada
cabo contendo todas as fases ou polaridades e o respectivo neutro, se existir; ou

b) condutores isolados ou cabos unipolares em trifólio, em formação plana ou em conduto fechado,


com seção igual ou inferior a 50 mm2 em cobre, ou 70 mm2 em alumínio, cada grupo ou conduto

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fechado contendo todas as fases ou polaridades e o respectivo neutro, se existir; ou, ainda,
cabos unipolares com seção superior a 50 mm2 em cobre, ou 70 mm2 em alumínio, agrupados
segundo configurações especiais adaptadas a cada caso, cada grupo contendo todas as fases
e o respectivo neutro, se existir, sendo as configurações definidas de modo a obter-se o maior
equilíbrio possível entre as impedâncias dos condutores de cada fase (ver Anexo L).
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6.2.5.8 Variações das condições de instalação num percurso

Quando forem identificadas, ao longo do percurso previsto de uma linha elétrica, diferentes condições
de resfriamento (dissipação de calor), as capacidades de condução de corrente dos seus condutores
devem ser determinadas com base nas condições mais desfavoráveis encontradas.

6.2.6 Condutores de fase e condutor neutro

6.2.6.1 Seção dos condutores de fase

6.2.6.1.1 A seção dos condutores de fase, em circuitos de corrente alternada, e dos condutores
vivos, em circuitos de corrente contínua, não pode ser inferior ao valor pertinente dado na Tabela 24.

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Tabela 24 – Seção mínima dos condutores


Seção mínima do condutor –
Instalação fixa Utilização do circuito material
mm2
1,5 Cu
Circuitos de iluminação 1)
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Condutores 16 Al
isolados,
2,5 Cu
cabos Circuitos de força 2)
16 Al
unipolares ou
Linhas fixas ou multipolares Circuitos de sinalização,
0,5 Cu 3)
flexíveis controle e comando
10Cu
Circuitos de força
Condutores 16 Al
nus Circuitos de sinalização,
4 Cu
controle e comando
Para um equipamento Como especificado na norma
específico do equipamento
Ligação direta de equipamento Para qualquer outra
0,75 Cu 4)
a uma linha fixa ou através aplicação
de linha móvel 4)
Circuitos a extrabaixa
tensão para aplicações 0,75 Cu
especiais
1) Os circuitos que atendem pontos de iluminação integrados com exaustores de pequena potência são
considerados circuitos de iluminação, como por exemplo, micro exaustores utilizados em banheiros
e lavabos.
2) Os circuitos de tomadas de corrente são considerados circuitos de força.
3) Em circuitos de sinalização e controle destinados a equipamentos eletrônicos é admitida uma seção
mínima de 0,1 mm2.
4) Em cabos multipolares flexíveis contendo sete ou mais veias é admitida uma seção mínima de 0,1 mm2.

6.2.6.1.2 A seção dos condutores deve ser determinada de forma tal que sejam atendidos, no
mínimo, todos os seguintes critérios:

a) capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser igual ou superior à corrente
de projeto do circuito, incluindo as componentes harmônicas, afetada dos fatores de correção
aplicáveis (ver 6.2.5);

b) a proteção contra sobrecargas, conforme 5.3.4 e 6.3.4.2;

c) a proteção contra curtos-circuitos e solicitações térmicas, conforme 5.3.5 e 6.3.4.3;

d) a proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimentação em esquemas


TN e IT, quando pertinente, conforme 5.1.2.2.4;

e) os limites de queda de tensão, conforme 6.2.7;

f) as seções mínimas indicadas em 6.2.6.1.1.

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6.2.6.1.3 Além das considerações de 6.2.6.1.2, os condutores podem também ser determinados
pela otimização econômica da seção conforme a ABNT NBR 15920, desde que a seção obtida pela
aplicação desta Norma não seja inferior à menor seção já obtida conforme 6.2.6.1.2.

6.2.6.2 Condutor neutro

6.2.6.2.1
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O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito.

6.2.6.2.2 O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a mesma seção do condutor de fase.

6.2.6.2.3 Quando, num circuito trifásico com neutro, a taxa de terceira harmônica e de seus múltiplos
for superior a 15 %, a seção do condutor neutro não pode ser inferior à dos condutores de fase,
podendo ser igual à dos condutores de fase se essa taxa não for superior a 33 %.

NOTA 1 Tais níveis de correntes harmônicas são encontrados, por exemplo, em circuitos que alimentam
luminárias com lâmpadas de descarga, incluindo as fluorescentes.

NOTA 2 As taxas superiores a 33 % são tratadas em 6.2.6.2.5.

6.2.6.2.4 A seção do condutor neutro de um circuito com duas fases e neutro não pode ser inferior
à seção dos condutores de fase, podendo ser igual à dos condutores de fase se a taxa de terceira
harmônica e de seus múltiplos não for superior a 33 %.

NOTA As taxas superiores a 33 % são tratadas em 6.2.6.2.5.

6.2.6.2.5 Quando, num circuito trifásico com neutro ou num circuito com duas fases e neutro, a taxa
de terceira harmônica e de seus múltiplos for superior a 33 %, pode ser necessário um condutor neutro
com seção superior à dos condutores de fase.

NOTA 1 Tais níveis de correntes harmônicas são encontrados, por exemplo, em circuitos que alimentam
principalmente computadores ou outros equipamentos de tecnologia de informação.

NOTA 2 Para se determinar a seção do condutor neutro, com confiança, é necessária uma estimativa
segura do conteúdo de terceira harmônica das correntes de fase e do comportamento imposto à corrente de
neutro pelas condições de desequilíbrio em que o circuito pode vir a operar. O Anexo F fornece subsídios
para esse dimensionamento.

6.2.6.2.6 Num circuito trifásico com neutro e cujos condutores de fase tenham uma seção superior
a 25 mm2, a seção do condutor neutro pode ser inferior à dos condutores de fase, sem ser inferior
aos valores indicados na Tabela 25, em função da seção dos condutores de fase, quando as três
condições seguintes forem simultaneamente atendidas:

a) o circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço normal;

b) a corrente das fases não contiver uma taxa de terceira harmônica e de seus múltiplos superior
a 15 %; e

c) o condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes conforme 5.3.2.2.

NOTA Os valores da Tabela 25 são aplicáveis quando os condutores de fase e o condutor neutro forem
do mesmo metal.

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Tabela 25 – Seção reduzida do condutor neutro1)


Seção dos condutores de fase Seção reduzida do condutor neutro
mm2 mm2
S ≤ 25 S
35 25
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50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
1) As condições de utilização desta tabela são dadas em 6.2.6.2.6.

6.2.7 Quedas de tensão

6.2.7.1 Em qualquer ponto de utilização da instalação, a queda de tensão verificada não pode ser
superior aos seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão nominal da instalação:

a) 7 %, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no caso de transformador


de propriedade da(s) unidade(s) consumidora(s);

b) 7 %, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da empresa distribuidora


de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado;

c) 5 %, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega com fornecimento
em tensão secundária de distribuição;

d) 7 %, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador próprio.

NOTA 1 Estes limites de queda de tensão são válidos quando a tensão nominal dos equipamentos de
utilização previstos for coincidente com a tensão nominal da instalação.

NOTA 2 Ver definição de “ponto de entrega” (3.126).

NOTA 3 Nos casos de 6.2.7.1-a), b) e d), quando as linhas principais da instalação tiverem um comprimento
superior a 100 m, as quedas de tensão podem ser aumentadas de 0,005 % por metro de linha superior
a 100 m, sem que, no entanto, essa suplementação seja superior a 0,5 %.

NOTA 4 Para circuitos de motores, ver também 6.5.1.2.1, 6.5.1.2.3 e 6.5.1.3.2.

6.2.7.2 Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4 %.

6.2.7.3 Quedas de tensão maiores que as indicadas em 6.2.7.1 são permitidas para equipamentos
com corrente de partida elevada, durante o período de partida.

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6.2.7.4 Para o cálculo da queda de tensão em um circuito deve ser utilizada a corrente de projeto
do circuito.

NOTA A corrente de projeto inclui as componentes harmônicas.

6.2.8 Conexões
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6.2.8.1 As conexões de condutores entre si e com outros componentes da instalação devem assegurar
continuidade elétrica durável, adequada suportabilidade mecânica e adequada proteção mecânica.

6.2.8.2 Na seleção dos meios de conexão devem ser considerados:

a) o material dos condutores, incluindo sua isolação;

b) a quantidade de fios e formato dos condutores;

c) a seção dos condutores;

d) o número de condutores a serem conectados conjuntamente.

É aconselhável evitar o uso de conexões soldadas em circuitos de energia. Se tais conexões forem
utilizadas, elas devem ter resistência à fluência e a solicitações mecânicas compatível com a aplicação.

6.2.8.3 As conexões devem ser acessíveis para verificação, ensaios e manutenção, exceto nos
seguintes casos:

a) emendas de cabos enterrados;

b) emendas imersas em compostos ou seladas.

6.2.8.4 Se necessário, devem ser tomadas precauções para que a temperatura atingida nas
conexões, em serviço normal, não afete a isolação das partes condutoras conectadas.

6.2.8.5 As conexões devem poder suportar os esforços impostos pelas correntes, seja em condições
normais, seja em condições de falta. Além disso, as conexões não podem sofrer modificações
inadmissíveis em decorrência de seu aquecimento, do envelhecimento dos isolantes e das vibrações
que ocorrem em serviço normal. Em particular, devem ser consideradas as influências da dilatação
térmica e das tensões eletroquímicas, que variam de metal para metal, bem como as influências da
temperatura que afetam a resistência mecânica dos materiais.

6.2.8.6 Devem ser tomadas precauções para evitar que partes condutoras de corrente energizem
partes metálicas normalmente isoladas de partes vivas ou a capa metálica dos cabos, quando existente.

6.2.8.7 Salvo nos casos de linhas aéreas e de linhas de contato alimentando equipamentos móveis,
as conexões de condutores entre si e com equipamentos não podem ser submetidas a nenhum esforço
de tração ou de torção.

6.2.8.8 Nas linhas elétricas constituídas por condutos fechados só se admitem conexões contidas
em invólucros apropriados, como caixas, quadros etc., que assegurem a necessária acessibilidade
e proteção mecânica.

NOTA Podem ser excluídas dessa exigência as linhas constituídas, por exemplo, por eletrocalha, cujas
conexões podem ser realizadas no interior da eletrocalha.

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6.2.8.9 As conexões devem ser realizadas de modo que a pressão de contato independa do material
isolante.

6.2.8.10 É vedada a aplicação de solda a estanho na terminação de condutores, para conectá-los


a bornes ou terminais de dispositivos ou equipamentos elétricos.

6.2.8.11 Os meios de conexão utilizados na ligação direta de condutores de alumínio a terminais de


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dispositivos ou equipamentos elétricos que admitam tal conexão devem atender aos requisitos das
normas aplicáveis a conexões para alumínio.

Na falta de meios de conexão adequados para conexão direta com alumínio, o condutor deve ser
emendado com um condutor de cobre, através de conector especial, e então ligado ao equipamento.

6.2.8.12 As conexões para alumínio com aperto por meio de parafuso devem ser executadas de
forma a assegurar pressão adequada sobre o condutor de alumínio. Esta pressão é assegurada pelo
controle de torque durante o aperto do parafuso. O torque adequado deve ser fornecido pelo fabricante
do conector ou do equipamento que inclua os conectores.

6.2.8.13 As conexões prensadas devem ser realizadas por meio de ferramentas adequadas ao tipo e
tamanho de conector utilizado, de acordo com as recomendações do fabricante do conector.

6.2.8.14 Em condutores de alumínio somente são admitidas emendas por meio de conectores por
compressão ou solda adequada.

6.2.8.15 A conexão entre cobre e alumínio deve ser realizada exclusivamente por meio de conectores
adequados a este fim.

6.2.9 Condições gerais de instalação

6.2.9.1 Proteção contra influências externas

A proteção contra influências externas conferida pela maneira de instalar deve ser assegurada de
maneira contínua.

6.2.9.2 Extremidades das linhas

A continuidade da proteção contra influências externas, referida em 6.2.9.1, deve incluir as


extremidades das linhas elétricas, especialmente os pontos em que elas penetram nos equipamentos,
assegurando-se a estanqueidade, quando necessária.

NOTA A estanqueidade pode ser provida, por exemplo, por prensa-cabos.

6.2.9.3 Travessias de paredes

Nas travessias de paredes, as linhas elétricas devem ser providas de proteção mecânica adicional,
exceto se sua robustez for o suficiente para garantir a integridade nos trechos de travessia.

6.2.9.4 Proximidade de linhas não elétricas

6.2.9.4.1 Quando as linhas elétricas se situarem nas proximidades de linhas não-elétricas,


o afastamento entre as superfícies externas de ambas deve assegurar que a intervenção em uma
delas não represente risco de danificação à outra.

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6.2.9.4.2 As linhas elétricas não podem ser dispostas nas proximidades de canalizações que
produzam calor, fumaça ou vapores cujos efeitos podem ser prejudiciais à instalação, a menos que
as linhas sejam protegidas contra esses efeitos, como, por exemplo, interpondo-se um anteparo
adequado entre a linha elétrica e aquelas canalizações.

6.2.9.4.3 Não se admitem linhas elétricas no interior de dutos de exaustão de fumaça ou de dutos
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de ventilação.

NOTA Forro rebaixado ou piso elevado não são considerados dutos, particularmente, quando utilizados
como pleno de ar condicionado.

6.2.9.4.4 Quando a linha elétrica, no todo ou em parte, seguir o mesmo percurso de canalizações que
possam gerar condensações (como tubulações de água e de vapor), ela não pode ser disposta abaixo
dessas canalizações, a menos que sejam tomadas precauções para protegê-la dos efeitos da condensação.

6.2.9.5 Proximidade de outras linhas elétricas

Circuitos sob tensões que se enquadrem uma(s) na faixa I e outra(s) na faixa II definidas no Anexo
A não podem compartilhar a mesma linha elétrica, a menos que todos os condutores sejam isolados
para a tensão mais elevada presente ou, então, que seja atendida uma das seguintes condições:

a) os condutores com isolação apenas suficiente para a aplicação a que se destinam forem instalados
em compartimentos separados do conduto a ser compartilhado;

b) forem utilizados eletrodutos separados.

NOTA Esses requisitos não levam em conta cuidados específicos visando compatibilidade eletromagnética.
Sobre proteção contra perturbações eletromagnéticas, ver 5.4 e 6.4.

6.2.9.6 Barreiras corta-fogo

6.2.9.6.1 Quando uma linha elétrica atravessar elementos da construção, como pisos, paredes,
coberturas, tetos etc., as aberturas remanescentes à passagem da linha devem ser obturadas de
modo a preservar a característica de resistência ao fogo de que o elemento for dotado.

NOTA No caso de linhas dispostas em poços verticais, ver 6.2.9.6.8.

6.2.9.6.2 Linhas elétricas tais como as constituídas por eletrodutos ou condutos fechados
equivalentes e as pré-fabricadas, que penetrem em elementos da construção cuja resistência ao fogo
seja conhecida e especificada, devem ser obturadas internamente, de forma a garantir pelo menos
o mesmo o grau de resistência ao fogo do elemento em questão, e também obturadas externamente,
conforme 6.2.9.6.1.

6.2.9.6.3 As prescrições de 6.2.9.6.1 e 6.2.9.6.2 são consideradas atendidas se a obturação provida


for de um modelo que tenha sido submetido a ensaio de tipo.

6.2.9.6.4 Os eletrodutos ou condutos fechados equivalentes que sejam não-propagantes de chama


e cuja área de seção transversal interna seja de no máximo 710 mm2 não precisam ser obturados
internamente, desde que:

a) os eletrodutos ou condutos equivalentes apresentem grau de proteção IP33;

b) todas as extremidades da linha que terminem em um compartimento construtivamente separado


do compartimento do qual ela provém satisfaçam o grau de proteção IP33.

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6.2.9.6.5 Toda obturação destinada a cumprir com 6.2.9.6.1 e/ou 6.2.9.6.2 deve atender às
prescrições das alíneas a) a c), bem como às prescrições de 6.2.9.6.6:

a) deve ser compatível com os materiais da linha elétrica com os quais tiver contato;

b) deve permitir as dilatações e contrações da linha elétrica sem que isso reduza sua efetividade
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como barreira corta-fogo;

c) deve apresentar estabilidade mecânica adequada, capaz de suportar os esforços que podem
sobrevir de danos causados pelo fogo aos meios de fixação e de suporte da linha elétrica.

NOTA Esta prescrição é considerada atendida:

a) se a fixação da linha elétrica for reforçada com grampos, abraçadeiras ou suportes, instalados a não mais
de 750 mm da obturação e capazes de suportar as cargas mecânicas esperadas em consequência da
ruptura dos suportes situados do lado da parede já atingido pelo fogo e de tal forma que nenhum esforço
seja transmitido à obturação; ou

b) se a concepção da própria obturação assegurar uma sustentação adequada, na situação considerada.

6.2.9.6.6 As obturações devem poder suportar as mesmas influências externas a que a linha elétrica
for submetida e, além disso:

a) devem ter uma resistência aos produtos de combustão equivalente à dos elementos da construção
nos quais forem aplicadas;

b) devem apresentar um grau de proteção contra penetração de água pelo menos igual ao requerido
dos elementos da construção nos quais forem aplicadas;

c) devem ser protegidas, tanto quanto as linhas, contra gotas de água que, escorrendo ao longo da
linha, possam vir a se concentrar no ponto obturado, a menos que os materiais utilizados sejam
todos resistentes à umidade, originalmente e/ou após finalizada a obturação.

6.2.9.6.7 Nos espaços de construção e nas galerias devem ser tomadas precauções adequadas
para evitar a propagação de um incêndio.

6.2.9.6.8 No caso de linhas elétricas dispostas em poços verticais atravessando diversos níveis,
cada travessia de piso deve ser obturada de modo a impedir a propagação de incêndio.

6.2.10 Disposição dos condutores

6.2.10.1 Os cabos multipolares só devem conter os condutores de um mesmo e único circuito.

6.2.10.2 Admite-se que os condutos fechados contenham condutores de mais de um circuito nos
seguintes casos:

a) quando as quatro condições seguintes forem simultaneamente atendidas:

— os circuitos pertencerem à mesma instalação, isto é, se originarem do mesmo dispositivo geral


de manobra e proteção;

NOTA Por exemplo, instalado logo após um mesmo transformador, ou mesmo gerador, ou mesmo
conjunto de transformadores em paralelo, ou mesmo conjunto de geradores em paralelo.

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— no caso de condutores isolados e cabos unipolares, as seções nominais dos condutores de fase
estiverem contidas dentro de um intervalo de três valores normalizados sucessivos;

— todos os condutores vivos tiverem à mesma temperatura máxima para serviço contínuo; e

— todos os condutores forem isolados para a maior tensão nominal presente; ou


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b) no caso dos circuitos de força, de comando e/ou sinalização de um mesmo equipamento.

6.2.10.3 Os condutores de um mesmo circuito, incluindo o condutor de proteção, devem estar nas
proximidades imediatas uns dos outros (ver 6.4.3.1.5 e 6.4.3.1.6).

6.2.10.4 Quando forem usados condutores em paralelo, eles devem ser reunidos em tantos grupos
quantos forem os condutores em paralelo, cada grupo contendo um condutor de cada fase ou
polaridade.

Os condutores de cada grupo devem estar instalados nas proximidades imediatas uns dos outros.

6.2.10.5 No caso de condutos fechados magnéticos, todos os condutores vivos de um mesmo circuito
e o condutor de proteção devem estar contidos em um mesmo conduto.

6.2.11 Prescrições para instalação

6.2.11.1 Eletrodutos

6.2.11.1.1 É vedado o uso, como eletroduto, de produtos que não sejam expressamente apresentados
e comercializados como tal.

NOTA Esta proibição inclui, por exemplo, produtos caracterizados por seus fabricantes como “mangueiras”.

6.2.11.1.2 Nas instalações elétricas aparentes somente são admitidos eletrodutos não-propagantes
de chama.

6.2.11.1.3 Só são admitidos em instalação embutida os eletrodutos que suportem os esforços de


deformação característicos da técnica construtiva utilizada.

6.2.11.1.4 Em qualquer situação, os eletrodutos devem suportar as solicitações mecânicas, químicas,


elétricas e térmicas a que forem submetidos nas condições da instalação.

6.2.11.1.5 Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou cabos
multipolares.

NOTA Isso não exclui o uso de eletrodutos para proteção mecânica, por exemplo, de condutores de
aterramento.

6.2.11.1.6 As dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões devem permitir que, após
montagem da linha, os condutores possam ser instalados e retirados com facilidade. Para tanto:

a) a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das áreas das seções
transversais dos condutores previstos, calculadas com base no diâmetro externo, e a área útil da
seção transversal do eletroduto, não pode ser superior a:

— 53 % no caso de um condutor;

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— 31 % no caso de dois condutores;

— 40 % no caso de três ou mais condutores;

b) os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou equipamentos, não podem


exceder 15 m de comprimento para linhas internas às edificações e 30 m para as linhas em áreas
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externas às edificações, se os trechos forem retilíneos. Se os trechos incluírem curvas, o limite de


15 m e o de 30 m devem ser reduzidos em 3 m para cada curva de 90°.

NOTA Quando não for possível evitar a passagem da linha por locais que impeçam, por algum motivo,
a colocação de caixa intermediária, o comprimento do trecho contínuo pode ser aumentado, desde que seja
utilizado um eletroduto de tamanho nominal imediatamente superior para cada 6 m, ou fração, de aumento
da distância máxima calculada segundo os critérios de 6.2.11.1.6-b). Assim, um aumento, por exemplo, de
9 m implica um eletroduto com tamanho dois degraus acima do inicialmente definido, com base na taxa de
ocupação máxima indicada em 6.2.11.1.6-a).

6.2.11.1.7 Em cada trecho de tubulação delimitado, de um lado e de outro, por caixa ou extremidade
de linha, qualquer que seja essa combinação (caixa-caixa, caixa-extremidade ou extremidade-
extremidade), podem ser instaladas no máximo três curvas de 90° ou seu equivalente até no máximo
270°. Em nenhuma hipótese devem ser instaladas curvas com deflexão superior a 90°.

6.2.11.1.8 As curvas, quando originadas do dobramento do eletroduto, sem o uso de acessório


específico, não podem resultar em redução das dimensões internas do eletroduto.

6.2.11.1.9 Devem ser empregadas caixas:

a) em todos os pontos da tubulação onde houver entrada ou saída de condutores, exceto nos pontos
de transição de uma linha aberta para a linha em eletrodutos, os quais, nestes casos, devem ser
rematados com buchas;

b) em todos os pontos de emenda ou de derivação de condutores;

c) sempre que for necessário segmentar a tubulação, para atendimento do disposto em 6.2.11.1.6-b).

6.2.11.1.10 A localização das caixas deve ser de modo a garantir que elas sejam facilmente acessíveis.

Elas devem ser providas de tampas ou, caso alojem interruptores, tomadas de corrente e congêneres,
fechadas com os espelhos que completam a instalação desses dispositivos. As caixas de saída
para alimentação de equipamentos podem ser fechadas com as placas destinadas à fixação desses
equipamentos.

NOTA Admite-se a ausência de tampa em caixas de derivação ou de passagem instaladas em forros


ou pisos falsos, desde que essas caixas efetivamente só se tornem acessíveis com a remoção das placas
do forro ou do piso falso e que se destinem exclusivamente a emenda e/ou derivação de condutores, sem
acomodar nenhum dispositivo ou equipamento.

6.2.11.1.11 Os condutores devem formar trechos contínuos entre as caixas, não se admitindo
emendas e derivações senão no interior das caixas. Condutores emendados ou cuja isolação tenha
sido danificada e recomposta com fita isolante ou outro material não podem ser enfiados em eletrodutos.

6.2.11.1.12 Na montagem das linhas a serem embutidas em concreto armado, os eletrodutos


devem ser dispostos de modo a evitar sua deformação durante a concretagem. As caixas, bem como
as bocas dos eletrodutos, devem ser fechadas com vedações apropriadas que impeçam a entrada de
argamassas ou nata de concreto durante a concretagem.

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6.2.11.1.13 As junções dos eletrodutos embutidos devem ser efetuadas com auxílio de acessórios
estanques aos materiais de construção.

6.2.11.1.14 Os eletrodutos só devem ser cortados perpendicularmente a seu eixo. Deve ser retirada
toda rebarba suscetível de danificar a isolação dos condutores.

6.2.11.1.15
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Nas juntas de dilatação, os eletrodutos rígidos devem ser seccionados, o que pode
exigir certas medidas compensatórias, como, por exemplo, o uso de luvas flexíveis ou cordoalhas
destinadas a garantir a continuidade elétrica de um eletroduto metálico.

6.2.11.1.16 Quando necessário, os eletrodutos rígidos isolantes devem ser providos de juntas de
expansão para compensar as variações térmicas.

6.2.11.1.17 A enfiação dos condutores só deve ser iniciada depois que a montagem dos eletrodutos
for concluída, não restar nenhum serviço de construção suscetível de danificá-los e a linha for
submetida a uma limpeza completa.

6.2.11.1.18 Para facilitar a enfiação dos condutores, podem ser utilizados:

a) guias de puxamento; e/ou

b) talco, parafina ou outros lubrificantes que não prejudiquem a isolação dos condutores.

Os guias de puxamento só devem ser introduzidos após finalizadas as tubulações, e não durante sua
execução.

6.2.11.2 Molduras

6.2.11.2.1 Nas molduras só devem ser instalados condutores isolados ou cabos unipolares.

Nas molduras não se admite a instalação de cabos nus juntamente com condutores dotados de
isolação e/ou cobertura.

6.2.11.2.2 As ranhuras das molduras devem possuir dimensões que facilitem o alojamento dos
condutores.

6.2.11.2.3 Cada ranhura deve ser ocupada apenas por um único e mesmo circuito.

6.2.11.2.4 As molduras não podem ser embutidas na alvenaria, nem cobertas por papel de parede,
tecido ou qualquer outro material, devendo permanecer aparentes.

6.2.11.3 Bandejas, leitos, prateleiras, suportes horizontais e fixação direta dos cabos em
paredes ou tetos

6.2.11.3.1 Nas linhas elétricas em que os condutos forem bandejas, leitos, prateleiras ou suportes
horizontais, e nas linhas em que os cabos forem diretamente fixados em paredes ou tetos, só devem
ser utilizados cabos unipolares ou cabos multipolares.

6.2.11.3.2 Para a fixação direta dos cabos em paredes ou tetos, podem ser usadas abraçadeiras,
argolas ou outros meios.

NOTA Não se recomenda o uso de materiais magnéticos quando estes estiverem sujeitos à indução
significativa de corrente.

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6.2.11.3.3 Os meios de fixação, as bandejas, leitos, prateleiras ou suportes devem ser escolhidos
e dispostos de maneira a não danificar os cabos nem comprometer seu desempenho. Eles devem
possuir propriedades que lhes permitam suportar sem danos as influências externas a que forem
submetidos.

6.2.11.3.4 Nos percursos verticais deve ser assegurado que o esforço de tração imposto pelo peso
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dos cabos não resulte em deformação ou ruptura dos condutores. Esse esforço de tração também não
pode recair sobre as conexões.

6.2.11.3.5 Nas bandejas, leitos e prateleiras, os cabos devem ser dispostos, preferencialmente, em
uma única camada.

NOTA Para efeitos desta prescrição, a disposição em trifólio pode ser considerada como sendo camada única.

6.2.11.3.6 Quando dispostos em mais de uma camada, os cabos de maior seção nominal devem ser
posicionados na(s) camada(s) inferior(es).

6.2.11.3.7 O aquecimento mútuo provocado pelo agrupamento adotado para os cabos deve ser
considerado no dimensionamento, de modo que nenhum cabo em nenhum momento tenha sua
temperatura máxima de operação em regime permanente ultrapassada.

6.2.11.3.8 A instalação das bandejas, leitos e prateleiras deve estar finalizada antes da instalação dos cabos.

6.2.11.3.9 Em nenhum caso o limite de peso suportável da bandeja, leito ou prateleira deve ser ultrapassado.

6.2.11.4 Canaletas e perfilados

6.2.11.4.1 Nas canaletas instaladas sobre paredes, em tetos ou suspensas e nos perfilados, podem
ser instalados condutores isolados, cabos unipolares e cabos multipolares. Os condutores isolados
só podem ser utilizados em canaletas ou perfilados de paredes não-perfuradas e com tampas que só
possam ser removidas com auxílio de ferramenta.

NOTA Admite-se o uso de condutores isolados em canaletas ou perfilados sem tampa ou com tampa
desmontável sem auxílio de ferramenta, ou em canaletas ou perfilados com paredes perfuradas, com ou sem
tampa, desde que estes condutos:

a) sejam instalados em locais só acessíveis a pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5),


conforme Tabela 8; ou

b) sejam instalados a uma altura mínima de 2,50 m do piso.

6.2.11.4.2 As canaletas instaladas sobre paredes, em tetos ou suspensas e os perfilados devem ser
escolhidos e dispostos de modo a não danificar os cabos nem comprometer seu desempenho. Eles
devem possuir propriedades que lhes permitam suportar sem danos as influências externas a que
forem submetidos.

6.2.11.4.3 Nas canaletas instaladas no solo podem ser utilizados cabos unipolares ou cabos multipolares.

6.2.11.4.4 Sob o ponto de vista das influências externas AD (presença de água, Tabela 8), as canaletas
instaladas no solo são classificadas como AD4.

6.2.11.4.5 Nas canaletas encaixadas no piso podem ser utilizados condutores isolados, cabos
unipolares ou cabos multipolares. Os condutores isolados só podem ser utilizados se contidos
em eletrodutos.

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6.2.11.5 Espaços de construção

Nos espaços de construção podem ser utilizados condutores isolados e cabos unipolares ou
multipolares, conforme os métodos de instalação 21, 22, 23, 24 e 25 da Tabela 9.

6.2.11.6 Linhas enterradas


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6.2.11.6.1 Em linhas enterradas (cabos diretamente enterrados ou contidos em eletrodutos


enterrados), só são admitidos cabos unipolares ou multipolares com ou sem armação. Admite-se o
uso de condutores isolados em eletroduto enterrado se, no trecho enterrado, não houver nenhuma
caixa de passagem e/ou derivação enterrada e for garantida a estanqueidade do eletroduto.

6.2.11.6.2 Os cabos devem ser protegidos contra as deteriorações causadas por movimentação de
terra, contato com corpos rígidos, choque de ferramentas em caso de escavações, bem como contra
umidade e ações químicas causadas pelos elementos do solo.

6.2.11.6.3 Como prevenção contra os efeitos de movimentação de terra, os cabos diretamente


enterrados devem ser instalados, em terreno normal, pelo menos a 0,70 m da superfície do solo.
Essa profundidade deve ser aumentada para 1 m na travessia de vias acessíveis a veículos, incluindo
uma faixa adicional de 0,50 m de largura de um lado e de outro dessas vias. Essas profundidades
podem ser reduzidas em terreno rochoso ou quando os cabos estiverem protegidos, por exemplo, por
eletrodutos que suportem sem danos as influências externas presentes.

6.2.11.6.4 Deve haver um afastamento mínimo de 0,20 m entre duas linhas elétricas enterradas que
venham a se cruzar.

6.2.11.6.5 Deve haver um afastamento mínimo de 0,20 m entre uma linha elétrica enterrada e qualquer
linha não elétrica cujo percurso se avizinhe ou cruze com o da linha elétrica. Esse afastamento,
medido entre os pontos mais próximos das duas linhas, pode ser reduzido se as linhas elétricas e as
não elétricas forem separadas por meios que proporcionem uma segurança equivalente.

6.2.11.6.6 As linhas elétricas enterradas devem ser sinalizadas, ao longo de toda a sua extensão,
por um elemento de advertência (por exemplo, fita colorida) não sujeito a deterioração, situado,
no mínimo, a 0,10 m acima da linha.

6.2.11.7 Linhas sobre isoladores

6.2.11.7.1 Nas linhas com condutores fixados sobre isoladores podem ser utilizados condutores nus,
condutores isolados, condutores isolados em feixe, cabos unipolares, cabos multipolares e barras.

O uso de barras deve ser limitado aos locais de serviço elétrico.

6.2.11.7.2 Essa maneira de instalar não é admitida em locais de habitação.

6.2.11.7.3 As linhas sobre isoladores devem obedecer às prescrições de 5.1.5.4.

6.2.11.7.4 Em edificações de uso comercial ou assemelhado, as linhas com condutores nus são
admitidas como linhas de contato alimentando lâmpadas ou equipamentos móveis, desde que
alimentadas em SELV.

6.2.11.7.5 O uso de condutores nus sobre isoladores em estabelecimentos industriais ou assemelhados


deve ser limitado aos locais de serviço elétrico ou a utilizações específicas (por exemplo, alimentação
de pontes rolantes).

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6.2.11.7.6 Na instalação de condutores nus ou barras sobre isoladores, devem ser considerados:

a) os esforços a que eles podem ser submetidos em serviço normal;

b) os esforços eletrodinâmicos a que eles podem ser submetidos em condições de curto-circuito;

c) a dilatação devida a variações de temperatura, que pode acarretar a flambagem dos condutores
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ou a destruição dos isoladores; pode ser necessário prever juntas de dilatação. Além disso,
deve-se tomar precauções contra vibrações excessivas dos condutores, utilizando suportes
suficientemente próximos.

6.2.11.8 Linhas aéreas externas

6.2.11.8.1 Nas linhas aéreas externas podem ser utilizados condutores nus ou providos de cobertura
resistente às intempéries, condutores isolados com isolação resistente às intempéries, ou cabos
multiplexados resistentes às intempéries montados sobre postes ou estruturas.

6.2.11.8.2 Quando uma linha aérea alimentar locais que apresentem riscos de explosão (BE3 –
Tabela 8), ela deve ser convertida em linha enterrada a uma distância mínima de 20 m do local de risco.

6.2.11.8.3 Os condutores nus devem ser instalados de forma que seu ponto mais baixo observe as
seguintes alturas mínimas em relação ao solo:

a) 5,50 m, onde houver tráfego de veículos pesados;

b) 4,50 m, onde houver tráfego de veículos leves;

c) 3,50 m, onde houver passagem exclusiva de pedestres.

6.2.11.8.4 Os condutores nus devem ficar fora do alcance de janelas, sacadas, escadas, saídas de
incêndio, terraços ou locais análogos. Para que esta prescrição seja satisfeita, os condutores devem
atender a uma das condições seguintes:

a) estar a uma distância horizontal igual ou superior a 1,20 m;

b) estar acima do nível superior das janelas;

c) estar a uma distância vertical igual ou superior a 3,50 m acima do piso de sacadas, terraços ou
varandas;

d) estar a uma distância vertical igual ou superior a 0,50 m abaixo do piso de sacadas, terraços ou
varandas.

6.2.11.9 Linhas pré-fabricadas

As linhas pré-fabricadas (barramentos blindados) devem ser instaladas de acordo com a ABNT NBR 16019.

Os invólucros ou coberturas das linhas pré-fabricadas devem assegurar proteção contra contatos
acidentais com partes vivas. Devem possuir grau de proteção no mínimo IP2X e atender às prescrições
de B.2.

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6.3 Dispositivos de proteção, seccionamento e comando

6.3.1 Generalidades

As prescrições desta subseção tratam da seleção e instalação dos dispositivos destinados a prover
as funções de proteção, seccionamento e comando requeridas e especificadas na Seção 5 e devem
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ser observadas em conjunto tanto com aquelas medidas quanto com as disposições de caráter geral
relativas à seleção e instalação dos componentes da instalação elétrica apresentadas em 6.1.

6.3.2 Prescrições comuns

6.3.2.1 Os contatos móveis de todos os polos de dispositivos multipolares devem estar acoplados
mecanicamente, de forma que eles se abram ou se fechem praticamente juntos; todavia, os contatos
destinados ao neutro podem se fechar antes e se abrir após os outros contatos.

6.3.2.2 Em circuitos polifásicos não podem ser inseridos dispositivos unipolares no condutor neutro,
com a exceção prevista em 6.3.7.2.7. Em circuitos monofásicos não podem ser inseridos dispositivos
unipolares no condutor neutro, a menos que exista, a montante, um dispositivo a corrente diferencial-
residual que atenda às regras de 5.1.2.2.

6.3.2.3 Dispositivos destinados a prover mais de uma função devem satisfazer todas as prescrições
desta subseção aplicáveis a cada uma das funções.

6.3.3 Dispositivos destinados a assegurar o seccionamento automático da alimentação


visando proteção contra choques elétricos

6.3.3.1 Dispositivos de proteção contra sobrecorrentes

6.3.3.1.1 Esquema TN

No esquema TN, os dispositivos de proteção contra sobrecorrente devem ser selecionados e instalados
de acordo com as prescrições de 5.1.2.2.4.2-d), 5.3.2, 5.3.5.2 e 6.3.4.3.

6.3.3.1.2 Esquema TT

No esquema TT, não se admite o emprego de dispositivo de proteção contra sobrecorrentes no


seccionamento automático visando proteção contra choques elétricos (ver 5.1.2.2.4.3-a)).

6.3.3.1.3 Esquema IT

No esquema IT, os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes destinados a prover proteção


no caso de uma segunda falta devem ser selecionados conforme as prescrições de 5.1.2.2.4.4-e)
e 6.3.3.1.1.

6.3.3.2 Dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (dispositivos DR)

O uso de dispositivos DR não dispensa, em nenhuma hipótese, o uso de condutor de proteção. Como
especificado em 5.1.2.2.3.6, todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão
(ver também 6.4.3.1.5).

6.3.3.2.1 Em circuitos de corrente contínua só devem ser usados dispositivos DR capazes de


detectar correntes diferenciais-residuais contínuas. Estes dispositivos devem ser capazes, também,
de interromper as correntes do circuito tanto em condições normais quanto em situações de falta.

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NOTA São exemplos de dispositivos DR aptos a detectar correntes diferenciais-residuais contínuas em


caso de falta em circuitos alimentados em corrente contínuas, os dispositivos DR conforme a IEC TR 63053.

6.3.3.2.2 Em circuitos de corrente alternada nos quais a corrente de falta pode conter componente
contínua só devem ser utilizados dispositivos DR capazes de detectar também correntes diferenciais-
residuais com essas características. Eles devem ser capazes, também, de interromper as correntes
do circuito tanto em condições normais quanto em situações de falta.
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NOTA São exemplos de dispositivos DR aptos a detectar correntes de falta em c.a. com componente
contínua, lisas e pulsantes, além de correntes de falta senoidais, os dispositivos DR do tipo A conforme as
ABNT NBR IEC 61008-1, ABNT NBR IEC 61008-2-1, ABNT NBR IEC 61009-1, ABNT NBR IEC 61009-2-1
e os dispositivos DR do tipo B e F conforme a ABNT NBR IEC 62423.

6.3.3.2.3 Em circuitos de corrente alternada nos quais não se preveem somente correntes de falta
que sejam senoidais, podem ser utilizados dispositivos DR capazes de detectar apenas correntes
diferenciais-residuais senoidais. Tais dispositivos podem ser utilizados também na proteção de circuitos
que possuam, a jusante, dispositivos DR capazes de detectar as correntes de falta não-senoidais que
os circuitos por eles protegidos possam apresentar.

NOTA São exemplos de dispositivos DR capazes de detectar correntes diferenciais-residuais senoidais,


apenas, os dispositivos DR do tipo AC conforme as ABNT NBR IEC 61008-1, ABNT NBR IEC 61008-2-1,
ABNT NBR IEC 61009-1 e ABNT NBR IEC 61009-2-1.

6.3.3.2.4 Os dispositivos DR devem garantir o seccionamento de todos os condutores vivos do


circuito protegido. No esquema TN-S, o condutor neutro pode não ser seccionado se as condições de
alimentação permitirem considerá-lo como apresentando, seguramente, o mesmo potencial da terra.

6.3.3.2.5 O circuito magnético dos dispositivos DR deve envolver todos os condutores vivos do
circuito, inclusive o neutro, mas nenhum condutor de proteção; todo condutor de proteção deve passar
exteriormente ao circuito magnético.

6.3.3.2.6 Os dispositivos DR devem ser selecionados e os circuitos elétricos divididos de tal forma
que as correntes de fuga à terra suscetíveis de circular durante o funcionamento normal das cargas
alimentadas não possam provocar a atuação intempestiva do dispositivo.

NOTA As normas de dispositivo DR, como a ABNT NBR IEC 61008-2-1 e ABNT NBR 61009-2-1,
estabelecem que um dispositivo DR seguramente atue para qualquer corrente igual ou superior à sua
corrente de disparo nominal; que ele não atue para correntes inferiores a 50 % da corrente de disparo
nominal; e que ele pode atuar com correntes entre 50 % e 100 % da corrente de disparo nominal. Assim,
visando a continuidade do serviço, a estruturação dos circuitos e a definição do número e características
dos dispositivos DR visam assegurar que nenhum circuito venha a apresentar corrente de fuga total, em
condições normais, superior a 50 % da corrente de disparo do dispositivo DR destinado a protegê-lo.

6.3.3.2.7 Admite-se o uso de dispositivos DR com fonte auxiliar que não atuem automaticamente no
caso de falha da fonte auxiliar se a instalação na qual o dispositivo for utilizado tiver sua operação,
supervisão e manutenção sob responsabilidade de pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5)
conforme Tabela 8.

NOTA A fonte auxiliar pode ser a própria rede de alimentação.

6.3.3.2.8 No esquema TN-S e no trecho TN-S do esquema TN-C-S, o dispositivo DR pode ser
utilizado normalmente na proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da
alimentação, tanto quanto o dispositivo de proteção contra sobrecorrentes, e pode constituir, ainda,
alternativa a dificuldades no atendimento de 5.1.2.2.4.2-d) com o uso de dispositivo de proteção

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contra sobrecorrentes. Equipamentos ou partes da instalação em que haja tal dificuldade podem
ser então protegidas por dispositivo DR. Caso não seja possível ligar as massas do circuito assim
protegido a condutor de proteção a montante do dispositivo DR, elas podem ser ligadas coletivamente
a algum eletrodo de aterramento cuja resistência de aterramento seja compatível com a corrente
de atuação do dispositivo DR. Mas o circuito em questão converte-se num esquema TT e deve ser
assim considerado, ficando sujeito às prescrições de 5.1.2.2.4.3, observando-se ainda as disposições
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pertinentes de 5.1.2.2.3, em particular os requisitos de 5.1.2.2.3.3, 5.1.2.2.3.4 e 5.1.2.2.3.5.

6.3.3.2.9 No esquema IT, quando a função de seccionamento automático visando proteção contra
choques elétricos for provida por dispositivo DR e o seccionamento na ocorrência de uma primeira
falta for indesejado, a corrente diferencial-residual de não-atuação do dispositivo deve ser superior
ou, no mínimo, igual à corrente de primeira falta, admitindo-se falta direta para a terra envolvendo
qualquer dos condutores de fase.

6.3.3.3 Dispositivos supervisores de isolamento (DSI)

O DSI previsto em 5.1.2.2.4.4-d) deve indicar qualquer redução significativa no nível de isolamento
da instalação, para que a causa desta redução seja encontrada antes da ocorrência da segunda
falta, evitando-se, assim, o desligamento da alimentação. Qualquer modificação no ajuste do DSI,
presumivelmente inferior ao valor indicado na Tabela 37, só deve ser possível mediante liberação de
mecanismo de bloqueio e por pessoal autorizado.

6.3.4 Dispositivos de proteção contra sobrecorrentes

6.3.4.1 Disposições gerais

6.3.4.1.1 Nos dispositivos fusíveis em que o porta-fusível é do tipo rosqueado, as conexões da base
devem ser de modo tal que o contato central se situe do lado “fonte”.

6.3.4.1.2 As bases de dispositivos fusíveis em que o porta-fusível é do tipo plugável devem ser
dispostas de modo a evitar que a manipulação do porta-fusível possa resultar em contato acidental
entre partes condutoras pertencentes a bases contíguas.

6.3.4.1.3 Os dispositivos fusíveis destinados a uso por pessoas que não sejam advertidas nem
qualificadas (ver Tabela 8), incluindo ações de substituição ou de retirada dos fusíveis, devem ter
características construtivas que atendam às prescrições de segurança da IEC 60269-3.

Admitem-se dispositivos fusíveis ou dispositivos combinados próprios para uso por pessoas advertidas
ou qualificadas (ver Tabela 8), e em situações nas quais a troca ou retirada dos fusíveis só possa ser
realizada por essas pessoas, se os dispositivos forem instalados de modo a garantir que a retirada ou
colocação do fusível seja feita sem qualquer risco de contato acidental com partes vivas.

6.3.4.1.4 Os disjuntores sujeitos a ações ou intervenções de pessoas que não sejam advertidas
nem qualificadas (ver Tabela 8) devem ter características construtivas ou ser instalados de modo
tal que não seja possível alterar o ajuste de seus disparadores de sobrecorrente senão mediante
ação voluntária que requeira o uso de chave ou ferramenta e que resulte em indicação visível de sua
ocorrência.

NOTA A violação de lacre é um exemplo do que se considera “indicação visível” de tais alterações.

6.3.4.1.5 Quando for utilizado disjuntor em circuito que requer proteção de mais de um condutor
vivo, o disjuntor deve ser multipolar. Disjuntores unipolares montados lado a lado, apenas com suas
alavancas de manobra acopladas, não são considerados dispositivos multipolares.

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6.3.4.2 Seleção dos dispositivos de proteção contra sobrecargas

A corrente nominal ou de ajuste do dispositivo de proteção deve ser selecionada conforme 5.3.4.1. No
caso de cargas cíclicas, os valores de In e de I2 devem ser selecionados com base nos valores de IB
e de Iz para cargas constantes termicamente equivalentes às cargas cíclicas.
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Em certos casos, para evitar atuação indesejada, deve ser considerado o valor de crista das correntes
de carga.

6.3.4.2.1 Dispositivos fusíveis

Para aplicação das prescrições de 5.3.5 a curtos-circuitos de duração no máximo igual a 5 s, os


dispositivos fusíveis devem atender à seguinte condição:

Ia ≤ Ikmín

onde

Ia é a corrente correspondente à intersecção das curvas C e F da Figura 28;

Ikmín é a corrente de curto-circuito mínima presumida.

Legenda

C curva de suportabilidade térmica do condutor;


F curva de fusão do fusível (limite superior da faixa de atuação).

Figura 28 – Interseção da curva de suportabilidade térmica do condutor com a


curva de fusão do fusível

6.3.4.2.2 Disjuntores

Para aplicação das prescrições de 5.3.5 a curtos-circuitos de duração no máximo igual a 5 s, os


disjuntores devem atender às duas condições a seguir:

Ia ≤ Ikmín

Ib ≥ Ik

onde

Ia é a corrente correspondente à interseção das curvas C e D1 da Figura 29;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 195/331


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Ikmín é a corrente de curto-circuito mínima presumida;

Ib é a corrente correspondente à interseção das curvas C’ e D2 da Figura 30;

Ik é a corrente de curto-circuito máxima presumida no ponto de instalação do disjuntor.


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Legenda

C curva de suportabilidade térmica do condutor;


D1 curva de atuação do disjuntor.

Figura 29 – Interseção da curva de suportabilidade térmica do condutor


com a curva de atuação do disjuntor

Legenda

C’ curva I2t admissível do condutor (trecho da curva);


D2 curva característica I2t do disjuntor (trecho da curva).

Figura 30 – Interseção da curva da integral de joule (I2t) suportável pelo condutor com a
curva da integral de joule (I2t) que o disjuntor deixa passar

NOTA 1 Para correntes de curto-circuito cuja duração seja superior a vários períodos, a integral de joule
I2t do dispositivo de proteção pode ser calculada multiplicando-se o quadrado do valor eficaz da corrente
de atuação I(t) do dispositivo de proteção pelo tempo de atuação t. Para correntes de curto-circuito de
duração menor, recomenda-se consultar as características I2t fornecidas pelo fabricante (comuns a 6.3.4.3.1
e 6.3.4.3.2).

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NOTA 2 Para efeito de verificação das condições especificadas em 6.3.4.3.1 e 6.3.4.3.2, considera-se a
corrente de curto-circuito mínima presumida como aquela correspondente a um curto-circuito de impedância
desprezível que ocorra no ponto mais distante da linha protegida (comuns a 6.3.4.3.1 e 6.3.4.3.2).

6.3.5 Dispositivos de proteção contra surtos (DPS)

6.3.5.1 Generalidades
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Esta subseção trata da seleção e instalação de dispositivos destinados a prover proteção contra
sobretensões transitórias nas instalações de edificações, cobrindo tanto as linhas de energia quanto
as linhas de sinal.

6.3.5.2 Proteção em linhas de energia

6.3.5.2.1 Uso e localização dos DPS

Nos casos em que for necessário o uso de DPS, como previsto em 5.4.2.1.1, e nos casos em que esse
uso for especificado, independentemente das considerações de 5.4.2.1.1, a disposição dos DPS deve
respeitar os seguintes critérios:

a) quando o objetivo for a proteção contra sobretensões de origem atmosférica transmitidas pela
linha externa de alimentação, bem como a proteção contra sobretensões de manobra, os DPS
devem ser instalados junto ao ponto de entrada da linha na edificação ou no quadro de distribuição
principal, localizado o mais próximo possível do ponto de entrada; ou

b) quando o objetivo for a proteção contra sobretensões provocadas por descargas atmosféricas
diretas sobre a edificação ou em suas proximidades, os DPS devem ser instalados no ponto de
entrada da linha na edificação (fronteira entre zonas de proteção contra raios 0B e 1, conforme
a série ABNT NBR 5419).

NOTA 1 Ver definição de “ponto de entrada (em uma edificação)” (ver 3.125) e de “quadro de distribuição
principal” (3.138).

NOTA 2 Excepcionalmente, no caso de instalações existentes, de unidades consumidoras em edificações


de uso individual atendidas pela rede pública de distribuição em baixa tensão, admite-se que os DPS sejam
dispostos junto à caixa de medição, desde que a barra PE aí usada para conexão dos DPS seja interligada
ao barramento de equipotencialização principal da edificação (BEP), conforme exigido em 6.4.2.1, e desde
que a caixa de medição não diste mais de 10 m do ponto de entrada na edificação.

NOTA 3 Podem ser necessários DPS adicionais, para a proteção de equipamentos sensíveis. Convém que
estes DPS sejam coordenados com os DPS a montante e a jusante (ver 6.3.5.2.4-f).

NOTA 4 Quando os DPS fizerem parte da instalação fixa, mas não estiverem alojados em quadros
de distribuição (por exemplo, incorporados a tomadas de corrente), recomenda-se que sua presença seja
indicada por meio de etiqueta, ou algum tipo de identificador similar, na origem ou o mais próximo possível
da origem do circuito no qual se encontra inserido.

NOTA 5 Para mais informações e orientações quanto aos princípios de seleção e aplicação de DPS, ver
a ABNT NBR IEC 61643-12.

NOTA 6 Para a seleção e aplicação dos DPS em sistemas fotovoltaicos, ver a ABNT NBR IEC 61643-32.

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6.3.5.2.2 Instalação dos DPS no ponto de entrada ou no quadro de distribuição principal


Quando os DPS forem instalados, conforme indicado em 6.3.5.2.1, junto ao ponto de entrada da linha
elétrica na edificação ou no quadro de distribuição principal, o mais próximo possível do ponto de
entrada, eles serão dispostos no mínimo como mostra a Figura 31.
NOTA A disposição dos DPS conforme a Figura 31 cobre essencialmente a proteção de modo comum, não
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excluindo, portanto, uma proteção complementar de modo diferencial (conexão de DPS entre condutores vivos).

Quando a edificação contiver mais de uma linha de energia externa, devem ser providos DPS no
mínimo no ponto de entrada ou de saída de cada linha.

Notas
a) A ligação ao BEP ou à barra PE depende de onde, exatamente, os DPS serão instalados e de como o BEP
é implementado, na prática. Assim, a ligação será no BEP quando:
— o BEP se situar a montante do quadro de distribuição principal (com o BEP localizado, como deve ser,
nas proximidades imediatas do ponto de entrada da linha na edificação) e os DPS forem instalados
então junto do BEP, e não no quadro; ou

Figura 31 – Esquemas de conexão dos DPS no ponto de entrada da linha de energia


ou no quadro de distribuição principal da edificação (continua)

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— os DPS forem instalados no quadro de distribuição principal da edificação e a barra PE do quadro


acumular a função de BEP.
Por consequência, a ligação será na barra PE, propriamente dita, quando os DPS forem instalados no
quadro de distribuição e a barra PE do quadro não acumular a função de BEP.
b) A hipótese configura um esquema que entra TN C e em seguida passa a TN S (ver Anexo M, subseção
M.6.2). O neutro de entrada, necessariamente PEN, deve ser aterrado no BEP, direta ou indiretamente (ver
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Figura G.2). A passagem do esquema TN C a TN S, com a separação do condutor PEN de chegada em


condutor neutro e condutor PE, seria feita no quadro de distribuição principal (globalmente, o esquema é
TN-C-S).
c) A hipótese configura três possibilidades de esquema de aterramento: TT (com neutro), IT com neutro e
linha que entra na edificação já em esquema TN S.
d) Há situações em que um dos dois esquemas se torna obrigatório, como a do caso descrito em 6.3.5.2.6-b).
Figura 31 (conclusão)

6.3.5.2.3 Conexão dos DPS em pontos ao longo da instalação

Quando, além dos DPS especificados em 6.3.5.2.2, forem necessários DPS adicionais, conforme
previsto na NOTA 3 de 6.3.5.2.1, esses DPS devem ser ligados, observando-se a mesma orientação
contida na Figura 31. Assim, os DPS devem ser ligados:

a) em esquema TN-S, esquema TT com neutro e esquema IT com neutro:

— entre cada fase e PE e entre neutro e PE (esquema de conexão 2); ou

— entre cada fase e neutro e entre neutro e PE (esquema de conexão 3);

b) em circuitos sem neutro, qualquer que seja o esquema de aterramento:

— entre cada fase e PE (esquema de conexão 1);

c) em esquema TN-C:

— entre cada fase e PE (PEN) (esquema de conexão 1).

NOTA A disposição dos DPS é aqui também considerada mínima, pois não exclui uma proteção
complementar de modo diferencial (conexão de DPS entre condutores vivos).

Todo DPS disposto ao longo da instalação deve ser coordenado com aqueles a montante e a jusante
(ver 6.3.5.2.4-f)).

6.3.5.2.4 Seleção dos DPS

Os DPS devem atender à ABNT NBR IEC 61643-11 e ser selecionados com base no mínimo nas
seguintes características: nível de proteção, máxima tensão de operação contínua, suportabilidade
a sobretensões temporárias, corrente nominal de descarga e/ou corrente de impulso e suportabilidade
à corrente de curto-circuito. Além disso, quando utilizados em mais de um ponto da instalação
(em cascata), os DPS devem ser selecionados levando-se em conta também sua coordenação.
As condições a serem satisfeitas, na seleção do DPS, são apresentadas nas alíneas a) a f) a seguir.

a) nível de proteção (Up) – O nível de proteção do DPS deve ser compatível com a categoria II de
suportabilidade a impulsos indicada na Tabela 7. No caso de conexões conforme o esquema
3 (ver Figura 31), o nível de proteção exigido refere-se ao nível global, isto é, entre fase e PE.

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Quando o nível de proteção exigido, qualquer que seja o esquema de conexão, não puder ser
atendido com um só conjunto de DPS, devem ser providos DPS suplementares, devidamente
coordenados, de modo que o nível de proteção requerido seja satisfeito.

A exigência de que o nível de proteção seja compatível com a categoria II de suportabilidade a


impulsos significa que em uma instalação com tensão nominal de, por exemplo, 220/380 V, o nível
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de proteção Up do DPS não pode ser superior a 2,5 kV. O requisito refere-se à proteção de modo
comum e é válido, em particular, quando o DPS é único, posicionado no ponto de entrada ou no
quadro de distribuição principal. Recomenda-se que os DPS adicionais e, em particular, aqueles
destinados à proteção de equipamentos alimentados entre fase e neutro (proteção diferencial),
devem ter um nível de proteção menor.

NOTA A efetividade da proteção provida por um DPS depende dos cuidados em sua instalação e,
portanto, da observância das prescrições pertinentes contidas nesta Norma. Este aspecto é ainda mais
crítico no caso de DPS conectado entre fase e neutro.

b) máxima tensão de operação contínua (Uc) – A tensão máxima de operação contínua (Uc) do DPS
deve ser igual ou superior aos valores indicados na Tabela 26.

Tabela 26 – Valor mínimo de Uc exigível do DPS, em função do esquema de aterramento


DPS conectado entre Esquema de aterramento
IT com IT sem
Fase Neutro PE PEN TT TN-C TN-S neutro neutro
distribuído distribuído
X X 1,1 Uo 1,1 Uo 1,1 Uo
X X 1,1 Uo 1,1 Uo √3 Uo U
X X 1,1 Uo
X X Uo Uo Uo
NOTA 1 Ausência de indicação significa que a conexão considerada não se aplica ao esquema de aterramento.
NOTA 2 Uo é a tensão fase-neutro.
NOTA 3 U é a tensão entre fases.
NOTA 4 Os valores adequados de Uc podem ser significativamente superiores aos valores mínimos desta tabela.

c) sobretensões temporárias – O DPS deve atender aos ensaios pertinentes especificados na


ABNT NBR IEC 61643-11.

NOTA A ABNT NBR IEC 61643-11 prevê que o DPS suporte as sobretensões temporárias decorrentes
de faltas na instalação BT e que os DPS conectáveis ao PE, e quando assim conectados, não ofereçam
nenhum risco à segurança em caso de destruição provocada por sobretensões temporárias devidas
a faltas na média tensão e por perda do neutro.

d) corrente nominal de descarga (In) e corrente de impulso (Iimp) – Na seleção da corrente nominal
de descarga e/ou da corrente de impulso do DPS, distinguem-se três situações:

— quando o DPS for destinado à proteção contra sobretensões de origem atmosférica


transmitidas pela linha externa de alimentação e contra sobretensões de manobra, sua
corrente nominal de descarga In não pode ser inferior a 5 kA (8/20 µs) para cada modo de
proteção. Todavia, In não pode ser inferior a 20 kA (8/20 µs) em redes trifásicas, ou a 10 kA

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(8/20 µs) em redes monofásicas, quando o DPS for usado entre neutro e PE, no esquema de
conexão 3 indicado na Figura 31;

— quando o DPS for destinado à proteção contra sobretensões provocadas por descargas
atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas proximidades, sua corrente de impulso
Iimp deve ser determinada com base na IEC 62305-4; se o valor da corrente não puder ser
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determinado, Iimp não pode ser inferior a 12,5 kA para cada modo de proteção. No caso
de DPS usado entre neutro e PE, no esquema de conexão 3 (ver Figura 31), Iimp também
deve ser determinada conforme a IEC 62305-4; ou, caso o valor da corrente não possa ser
determinado, Iimp não pode ser inferior a 50 kA para uma rede trifásica ou 25 kA para uma
rede monofásica;

NOTA O ensaio para a determinação da corrente de impulso (Iimp) de um DPS é baseado num valor
de crista de corrente, dado em kA, e num valor de carga, dado em coulombs (A.s). Não é fixada uma
forma de onda particular para a realização desse ensaio e, portanto, essa forma de onda pode ser
a 10/350 µs, a 10/700 µs, a 10/1 000 µs ou, ainda, a 8/20 µs, não se descartando outras. Também
não são fixadas restrições quanto ao tipo de DPS que pode ser submetido a tal ensaio — curto-
circuitante, não-curto-circuitante, ou combinado.

— quando o DPS for destinado, simultaneamente, à proteção contra todas as sobretensões


relacionadas nas duas situações anteriores, os valores de In e de Iimp do DPS devem ser
determinados, individualmente, como especificado acima nesta alínea d).

e) suportabilidade à corrente de curto-circuito – Tendo em vista a possibilidade de falha do DPS,


sua suportabilidade a correntes de curto-circuito, já levando em conta a ação do dispositivo
de proteção contra sobrecorrentes que o integrar ou for especificado pelo fabricante, deve ser
igual ou superior à corrente de curto-circuito presumida no ponto em que vier a ser instalado.
Além disso, quando o DPS incorporar centelhador(es), a capacidade de interrupção de corrente
subsequente declarada pelo fabricante deve ser igual ou superior à corrente de curto-circuito
presumida no ponto de instalação do dispositivo. Para os DPS a serem conectados entre neutro
e PE, a capacidade de interrupção de corrente subsequente deve ser de no mínimo 100 A, em
esquema TN ou TT, e deve ser a mesma dos DPS conectados entre fase e neutro, no caso de
esquema IT.

f) coordenação dos DPS – Os fabricantes de DPS devem fornecer, em sua documentação,


instruções claras e suficientes sobre como obter coordenação entre os DPS dispostos ao longo
da instalação.

6.3.5.2.5 Falha do DPS e proteção contra sobrecorrentes

A possibilidade de falha interna, fazendo com que o DPS entre em curto-circuito, impõe a necessidade
de dispositivo de proteção contra sobrecorrentes, para eliminar tal curto-circuito. As alíneas a) a c)
a seguir apresentam os cuidados a serem observados com vista ao risco de falha do DPS, bem
como as alternativas de arranjos que permitem, na hipótese de falha do DPS, priorizar a continuidade
do serviço ou a continuidade da proteção.

NOTA Para maior clareza e simplicidade, convencionou-se adotar, nesta subseção, a abreviação DP
para designar o dispositivo de proteção contra sobrecorrentes.

a) posicionamento do DP – A proteção contra sobrecorrentes destinada a eliminar um curto-circuito


que ocorra por falha do DPS pode ser disposta:

— na própria conexão do DPS, representada pelo DP da Figura 32 a), sendo que esse DP pode
ser inclusive o desligador interno que eventualmente integra o DPS;

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— no circuito ao qual está conectado o DPS, representado pelo DP da Figura 32 b), que
corresponde geralmente ao próprio dispositivo de proteção contra sobrecorrentes do circuito.

Supondo, como requer esta Norma, que todas as proteções contra sobrecorrentes da instalação sejam
devidamente coordenadas (seletivas), a primeira opção de posicionamento do DP (Figura 32 a))
assegura continuidade de serviço, mas significa ausência de proteção contra qualquer nova
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sobretensão que venha a ocorrer. Na segunda opção (Figura 32 b)), por sua vez, a continuidade
de serviço pode ser afetada, uma vez que a atuação do DP, devido à falha do DPS, interrompe
a alimentação do circuito, situação que perdura até a substituição do DPS.

Uma terceira opção, que oferece maior probabilidade de se obter tanto continuidade de serviço
quanto continuidade de proteção, é aquela descrita na Figura 32 c). Neste caso, são usados dois
DPS idênticos (DPS1 e DPS2), cada um protegido por um DP específico, inserido na conexão do DPS
respectivo, sendo os dois DP também idênticos. A maior confiabilidade do esquema decorre, portanto,
da redundância adotada.

NOTA Recomenda-se que cuidado especial seja tomado na adoção desta terceira opção quanto a garantia
de funcionamento, visto a dificuldade de coordenação de tensão entre as derivações das conexões.

b) seleção do DP – O DP destinado a eliminar um curto-circuito que ocorra por falha do DPS, seja
ele um DP especificamente previsto para tal (como o DP da Figura 32 a), seja ele o próprio DP
do circuito ao qual está conectado o DPS (dispositivo DP da Figura 32 b), deve possuir corrente
nominal inferior ou no máximo igual à indicada pelo fabricante do DPS. O DP deve possuir
especificação que garanta a coordenação de proteção contra sobrecorrentes, considerando
o próprio DPS e o circuito. Para a proteção do DPS, observar os requisitos do fabricante do
DPS. A capacidade de interrupção do DP deve ser determinada considerando-se a corrente de
curto-circuito presumida no seu ponto de conexão.

c) condutores de conexão – A seção nominal dos condutores destinados a conectar um DP


especificamente previsto para eliminar um curto-circuito que ocorra por falha do DPS (como o DP
da Figura 32 a) aos condutores de fase do circuito deve ser dimensionada levando-se em conta
a máxima corrente de curto-circuito suscetível de circular pela conexão.

Legendas

DP dispositivo de proteção contra sobrecorrentes


DPS dispositivo de proteção contra surtos
E/I equipamento ou instalação a ser protegido(a) contra sobretensões

Figura 32 – Possibilidades de posicionamento do dispositivo de


proteção contra sobrecorrentes

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6.3.5.2.6 Proteção contra choques elétricos e compatibilidade entre os DPS e dispositivos DR

Devem ser atendidas as prescrições a) e b) a seguir:

a) nenhuma falha do DPS, ainda que eventual, deve comprometer a efetividade da proteção contra
choques provida a um circuito ou à instalação;
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b) quando os DPS forem instalados, conforme indicado em 6.3.5.2.1, junto ao ponto de entrada da
linha elétrica na edificação ou no quadro de distribuição principal, o mais próximo possível do
ponto de entrada, e a instalação for aí dotada de um ou mais dispositivos DR, os DPS podem ser
posicionados a montante ou a jusante do(s) dispositivo(s) DR, respeitadas as seguintes condições:

— quando a instalação for TT e os DPS forem posicionados a montante do(s) dispositivo(s) DR,
os DPS devem ser conectados conforme o esquema 3 (ver Figura 31); sendo que o DPS
entre Neutro e BEP ou barra PE deve ser do tipo comutador de tensão;

— quando os DPS forem posicionados a jusante do(s) dispositivo(s) DR, estes dispositivos DR,
sejam eles instantâneos ou temporizados, devem possuir uma imunidade a correntes de
surto de no mínimo 3 kA (8/20 µs).

NOTA Os dispositivos tipo S conforme a ABNT NBR IEC 61008-2-1, ABNT NBR IEC 62423
e ABNT NBR 61009-2-1 constituem um exemplo de dispositivo DR que satisfaz tal requisito de imunidade.

6.3.5.2.7 Medição da resistência de isolamento

Os DPS podem ser desconectados para a realização da medição de resistência de isolamento


prevista em 7.3.3, caso eles sejam incompatíveis com a tensão de ensaio adotada. Isso exclui os DPS
incorporados a tomadas de corrente e conectados ao PE, que devem suportar tal ensaio.

6.3.5.2.8 Indicação do estado do DPS

Quando o DPS, devido à falha ou deficiência, deixar de cumprir sua função de proteção contra
sobretensões, esta condição deve ser evidenciada:

— por um indicador de estado; ou

— por um dispositivo de proteção à parte, como previsto em 6.3.5.2.5.

6.3.5.2.9 Condutores de conexão do DPS

O comprimento dos condutores destinados a conectar o DPS (ligações fase-DPS, neutro-DPS,


DPS-PE e/ou DPS-neutro, dependendo do esquema de conexão, (ver Figura 31) deve ser o mais curto
possível, sem curvas ou laços. De preferência, o comprimento total, como ilustrado na Figura 33 a),
não pode exceder 0,5 m. Se a distância a + b indicada na Figura 33 a) não puder ser inferior a 0,5 m,
pode-se adotar o esquema da Figura 33 b).

Em termos de seção nominal, o condutor das ligações DPS-PE, no caso de DPS instalados no ponto
de entrada da linha elétrica na edificação ou em suas proximidades, deve ter seção de no mínimo
6 mm2 em cobre ou equivalente. Quando esse DPS for destinado à proteção contra sobretensões
provocadas por descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas proximidades, a seção
nominal do condutor das ligações DPS-PE deve ser de no mínimo 16 mm2 em cobre ou equivalente.

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a) Ligação do DPS com condutores de conexão “a” e “b” b) Ligação do DPS com condutor de conexão “b”

Figura 33 – Comprimento máximo total dos condutores de conexão do DPS

6.3.5.3 Proteção em linhas de sinal

6.3.5.3.1 Localização dos DPS

A localização dos DPS destinados à proteção requerida em 5.4.2.2.1 deve ser como segue:

a) no caso de linha elétrica de sinal originária da rede pública, o DPS deve ser localizado no
distribuidor geral (DG) da edificação, situado junto ao BEP (ver Nota de 6.4.2.1.3);

b) no caso de linha externa originária de outra rede pública que não a de telefonia, o DPS deve ser
localizado junto ao BEP;

c) no caso de linha que se dirija a outra edificação ou a construções anexas e, ainda, no caso de
linha associada a antena externa ou a estruturas no topo da edificação, o DPS deve ser localizado
próximo ao BEL ou ao BEP, o que estiver mais próximo.

6.3.5.3.2 Conexão dos DPS

Os DPS requeridos em 5.4.2.2.1 e os previstos em 5.4.2.2.2 devem ser conectados entre a linha de
sinal e a referência de equipotencialização mais próxima.

NOTA Dependendo da localização do DPS, a referência de equipotencialização mais próxima pode ser o
BEP, a barra de terra do DG, BEL, barra PE ou, ainda, caso o DPS seja instalado junto a algum equipamento,
o terminal vinculado à massa desse equipamento.

6.3.5.3.3 Seleção do DPS

As alíneas a) a f) a seguir especificam as características exigíveis dos DPS destinados à proteção de


sinal, assumindo que o DPS venha a ser instalado no DG da edificação, como requerido em 6.3.5.3.1.
A alínea g), por fim, fixa as características exigíveis do DPS previsto em 5.4.3.2 e em 5.4.3.3, na
vinculação da blindagem ou capa metálica de um cabo de sinal a equipotencializações ou à massa de
um equipamento.

NOTA Os critérios para a seleção de DPS destinados à proteção de outros tipos de linha de sinal estão
em estudo.

a) tipo de DPS – O DPS deve ser do tipo curto-circuitante, simples ou combinado (incorporando
limitador de sobretensão em paralelo).

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b) tensão de disparo c.c. – O valor da tensão de disparo c.c. deve ser de no máximo 500 V e
no mínimo 200 V, quando a linha telefônica for balanceada aterrada, ou 300 V, quando a linha
telefônica for flutuante.

c) tensão de disparo impulsiva – O valor da tensão de disparo impulsiva do DPS deve ser de no
máximo 1 kV.
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d) corrente de impulso – A corrente de impulso do DPS deve ser obtida conforme a ABNT NBR 5419-1:2015,
Anexo E.

e) corrente de descarga c.a – O valor da corrente de descarga c.a. do DPS deve ser de no mínimo
10 A. Recomendam-se valores maiores em regiões críticas sob o ponto de vista da intensidade
dos raios.

f) protetor de sobrecorrente – Quando a linha telefônica for balanceada aterrada, o DPS deve
incorporar protetor de sobrecorrente, com corrente nominal entre 150 mA e 250 mA. Quando a
linha telefônica for flutuante, o DPS pode incorporar ou não protetor de sobrecorrente, mas caso o
DPS incorpore tal protetor, a corrente nominal do protetor deve se situar entre 150 mA e 250 mA.

g) DPS para blindagens e capas metálicas – Quando a blindagem ou capa metálica de uma linha
de sinal for conectada a equipotencializações ou vinculada à massa de um equipamento com
a interposição de DPS, como previsto em 5.4.3.2 e em 5.4.3.3, o DPS a ser utilizado deve ser
do tipo curto-circuitante, com tensão disruptiva c.c. entre 200 V e 300 V, corrente de descarga
impulsiva de no mínimo 10 kA (8/20 µs) e corrente de descarga c.a. de no mínimo 10 A (60 Hz/1 s).

6.3.5.3.4 Falha do DPS

O DPS deve ser do tipo “falha segura”, incorporando proteção contra sobreaquecimento.

NOTA A proteção contra sobreaquecimento de um DPS para linha de sinal atua curto-circuitando a linha
com a terra.

6.3.5.3.5 Condutores de conexão do DPS

As ligações do DPS devem ser as mais curtas e retilíneas possíveis e quando o DPS se destinar
à proteção específica de um equipamento, o conjunto DPS e equipamento deve ser referenciado
à terra em um único ponto.

6.3.6 Coordenação entre diferentes dispositivos de proteção

6.3.6.1 Seletividade entre dispositivos de proteção contra sobrecorrentes

Quando razões ditadas pela segurança e/ou pela utilização da instalação elétrica exigirem que
a continuidade de serviço não seja afetada senão minimamente pela ocorrência de uma falta,
os dispositivos situados em série devem ter suas características de atuação selecionadas, de forma
a assegurar que só o dispositivo responsável pela proteção do circuito onde ocorrer a falta venha
a atuar (seletividade).

6.3.6.2 Associação entre dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (DR)


e dispositivos de proteção contra sobrecorrentes

6.3.6.2.1 Quando um dispositivo DR for incorporado ou associado a um dispositivo de proteção


contra sobrecorrentes, as características do conjunto de dispositivos (capacidade de interrupção,

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características de atuação em função da corrente nominal) devem satisfazer as prescrições de 5.3,


6.3.4.2 e 6.3.4.3.

6.3.6.2.2 Quando um dispositivo DR não for incorporado nem associado a um dispositivo de proteção
contra sobrecorrentes:
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a) a proteção contra sobrecorrentes deve ser assegurada por dispositivos aptos à função, conforme
5.3;

b) o dispositivo DR deve poder suportar, sem danos, as solicitações térmicas e dinâmicas a que ele
estiver sujeito em caso de curto-circuito a jusante de seu ponto de instalação;

c) o dispositivo DR não pode ser danificado em situações de curto-circuito, mesmo que ele venha a
se abrir, em decorrência de um desequilíbrio de corrente ou da circulação de corrente para a terra.

NOTA As solicitações mencionadas dependem do valor da corrente de curto-circuito presumida no ponto


de instalação do DR e das características de atuação do dispositivo de proteção contra curtos-circuitos.

6.3.6.3 Seletividade entre dispositivos DR

6.3.6.3.1 A seletividade entre dispositivos DR em série pode ser exigida por razões de serviço,
notadamente quando a segurança estiver envolvida, de modo a manter a alimentação de partes da
instalação não diretamente afetadas pela ocorrência de uma falta.

6.3.6.3.2 Para assegurar a seletividade entre dois dispositivos DR em série, estes dispositivos devem
satisfazer, simultaneamente, as seguintes condições:

a) a característica tempo-corrente de não-atuação do dispositivo DR a montante deve se situar


acima da característica tempo-corrente de atuação do dispositivo DR a jusante;

b) a corrente diferencial-residual nominal de atuação do dispositivo DR a montante deve ser superior


à do dispositivo DR a jusante. No caso de dispositivos DR conforme a ABNT NBR IEC 61008-2-1
e a ABNT NBR IEC 61009-2-1, a corrente diferencial-residual nominal de atuação do dispositivo
DR a montante deve ser pelo menos três vezes o valor da corrente diferencial-residual nominal
de atuação do dispositivo DR a jusante.

NOTA Para dispositivos DR conforme a ABNT NBR IEC 61008-2-1 e a ABNT NBR IEC 61009-2-1,
a condição descrita em 6.3.6.3.2-a) pode ser atendida usando-se dispositivo de uso geral a jusante
e dispositivo tipo S a montante.

6.3.7 Dispositivos de seccionamento e de comando

6.3.7.1 Generalidades

Todo dispositivo de seccionamento ou de comando deve satisfazer as prescrições relativas à função


a que se destina, apresentadas em 5.6. Se o dispositivo for utilizado para mais de uma função, ele
deve satisfazer as prescrições de cada uma de suas funções.

NOTA Em certos casos podem ser necessárias prescrições suplementares para as funções combinadas.

6.3.7.2 Dispositivos de seccionamento

6.3.7.2.1 O dispositivo de seccionamento deve seccionar efetivamente todos os condutores vivos


de alimentação do circuito respectivo, observando-se o disposto em 5.6.2.2.

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6.3.7.2.2 Os seccionadores e interruptores-seccionadores devem satisfazer os requisitos de 6.3.7.2.3


a 6.3.7.2.8 e as duas condições apresentadas nas alíneas a) e b) a seguir:

a) na condição de novo, limpo e seco, e na posição aberta, suportar, entre os terminais de cada polo,
a tensão de impulso indicada na Tabela 27, de acordo com a tensão nominal da instalação;

NOTA Distâncias de abertura maiores que aquelas exigidas no ensaio de tensão de impulso
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suportável podem ser necessárias para atender a outros aspectos que não o seccionamento.

b) apresentar uma corrente de fuga entre polos abertos de no máximo:

— 0,5 mA por polo, na condição de novo, limpo e seco, e

— 6 mA no fim da vida útil do dispositivo, determinada de acordo com a norma aplicável, quando
ensaiado, entre os terminais de cada polo, com uma tensão igual a 110 % do valor da tensão
entre fase e neutro, referido à tensão nominal da instalação. Em caso de ensaio com corrente
contínua, o valor da tensão deve ser equivalente ao valor eficaz da tensão de ensaio em
corrente alternada.

Tabela 27 – Tensão de impulso suportável em função da tensão nominal


Tensão de impulso suportável para
Tensão nominal da instalação seccionadores e seccionadores-
interruptores
Sistemas
Categoria de Categoria de
Sistemas trifásicos monofásicos com
sobretensões III sobretensões IV
V neutro
kV kV
V
– 120 – 240 3 5
220/380, 230/400,
– 5 8
277/480
400/690, 577/1 000 – 8 10
NOTA 1 No que se refere a sobretensões atmosféricas, não é feita distinção entre sistemas aterrados
e não aterrados.
NOTA 2 As tensões de impulso suportável se referem a uma altitude de 2 000 m.
NOTA 3 As categorias de sobretensões, também referidas na Tabela 7, são explicadas no Anexo E. Os
valores de suportabilidade indicados na Tabela 7 são valores mínimos e de caráter geral, enquanto os desta
tabela referem-se especificamente a seccionadores e interruptores-seccionadores.

6.3.7.2.3 A distância de abertura entre os contatos do dispositivo deve ser visível ou ser clara
e confiavelmente indicada pela marcação “Desligado” ou “Aberto”. Tal indicação deve aparecer
somente quando a distância de abertura tiver sido atingida em todos os polos do dispositivo.

NOTA Essa marcação pode ser realizada com os símbolos “O” e “I” indicando as posições aberta
e fechada, respectivamente.

6.3.7.2.4 Dispositivos a semicondutores não podem ser utilizados como dispositivos de seccionamento.

6.3.7.2.5 Os dispositivos de seccionamento devem ser concebidos e/ou instalados de modo a impedir
qualquer fechamento inadvertido.

NOTA O fechamento inadvertido pode ser causado, por exemplo, por choques mecânicos ou por vibrações.

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6.3.7.2.6 Devem ser tomadas precauções para evitar que dispositivos de seccionamento próprios
para operação sem carga sejam acionados inadvertidamente ou sem autorização.

NOTA Esta prescrição pode ser atendida instalando-se o dispositivo em um local ou invólucro fechado
a chave, ou travando-o com cadeado. Uma alternativa seria intertravar o dispositivo de seccionamento com
outro próprio para operação sob carga.
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6.3.7.2.7 O seccionamento deve ser efetuado por um dispositivo multipolar que seccione todos
os polos da respectiva alimentação. Contudo, com exceção das aplicações prescritas em 6.3.7.3
(seccionamento para manutenção mecânica) e 6.3.7.4 (seccionamento de emergência e parada de
emergência), admite-se também o emprego de dispositivos unipolares justapostos, desde que todos
os polos da respectiva alimentação sejam seccionados.

NOTA O seccionamento pode ser realizado, por exemplo, por meio de:

a) seccionadores e interruptores-seccionadores, multipolares ou unipolares;

b) plugues e tomadas;

c) fusíveis (remoção de);

d) terminais especiais que dispensem a desconexão dos condutores.

6.3.7.2.8 Os dispositivos de seccionamento devem ser claramente identificados e indicar os circuitos


por eles seccionados.

6.3.7.3 Dispositivos de seccionamento para manutenção mecânica

6.3.7.3.1 Os dispositivos de seccionamento para manutenção mecânica devem ser dispostos, de


preferência, no circuito principal de alimentação. Quando forem utilizados interruptores para essa
função, eles devem poder interromper a corrente de plena carga da parte correspondente da instalação.
Os dispositivos devem seccionar todos os condutores vivos, respeitadas as disposições de 5.6.2.2.

A interrupção do circuito de comando de um motor como medida de seccionamento para manutenção


mecânica é admitida somente nos casos em que seguranças complementares, por exemplo travamento
mecânico, ou as Normas Brasileiras ou IEC dos dispositivos de comando utilizados assegurarem uma
condição equivalente ao seccionamento direto da alimentação principal.

NOTA O seccionamento para manutenção mecânica pode ser realizado, por exemplo, por meio de:

a) seccionadores multipolares;

b) interruptores-seccionadores multipolares;

c) disjuntores multipolares;

d) dispositivos de comando atuando sobre contatores;

e) plugues e tomadas.

6.3.7.3.2 Os dispositivos de seccionamento para manutenção mecânica, ou os respectivos dispositivos de


comando, devem ser de operação manual.

A distância de abertura entre os contatos do dispositivo deve ser visível ou ser clara e confiavelmente
indicada pela marcação “Desligado” ou “Aberto”. Tal indicação deve aparecer somente quando
a posição “Desligado” ou “Aberto” for alcançada em todos os polos do dispositivo.

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NOTA Essa marcação pode ser realizada com os símbolos “O” e “I” indicando as posições aberta e
fechada, respectivamente.

6.3.7.3.3 Os dispositivos de seccionamento para manutenção mecânica devem poder ser travados
na posição aberta e devem ser instalados de modo a impedir qualquer fechamento inadvertido.

NOTA O fechamento inadvertido pode ser causado, por exemplo, por choques mecânicos ou vibrações.
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6.3.7.3.4 Os dispositivos de seccionamento para manutenção mecânica devem ser localizados,


posicionados e identificados de tal forma que a localização e o posicionamento sejam os mais
convenientes para a função a que se destinam e que eles possam ser pronta e facilmente reconhecíveis.

6.3.7.4 Dispositivos de seccionamento de emergência e de parada de emergência

6.3.7.4.1 Os dispositivos de seccionamento de emergência devem poder interromper a corrente


de plena carga da parte correspondente da instalação, levando em conta, eventualmente, correntes
de rotor bloqueado.

6.3.7.4.2 Os meios de seccionamento de emergência podem ser constituídos por:

a) um dispositivo de seccionamento capaz de interromper diretamente a alimentação pertinente; ou

b) uma combinação de dispositivos, desde que acionados por uma única operação, que interrompa
a alimentação pertinente.

Em caso de parada de emergência, pode ser necessário manter a alimentação, por exemplo, para
a frenagem de partes móveis.

NOTA O seccionamento de emergência pode ser efetuado, por exemplo, por meio de:

a) interruptores multipolares;

b) disjuntores multipolares;

c) dispositivos de comando atuando sobre contatores.

6.3.7.4.3 No caso de seccionamento direto do circuito principal, deve ser dada preferência
a dispositivos com acionamento manual. Disjuntores, contatores e outros dispositivos acionados por
comando à distância devem abrir quando interrompida a alimentação das respectivas bobinas ou
disparadores, ou então devem ser empregadas outras técnicas que apresentem segurança equivalente.

6.3.7.4.4 Os elementos de comando (punhos, botoeiras etc.) dos dispositivos de seccionamento


de emergência devem ser claramente identificados, de preferência pela cor vermelha, com um fundo
contrastante.

6.3.7.4.5 Os elementos de comando devem ser facilmente acessíveis a partir dos locais onde possa
ocorrer um perigo e, adicionalmente, quando for o caso, de qualquer outro local de onde um perigo
possa ser eliminado à distância.

6.3.7.4.6 Os elementos de comando de um dispositivo de seccionamento de emergência devem poder


ser travados na posição aberta do dispositivo, a menos que esses elementos e os de reenergização
do circuito estejam ambos sob o controle da mesma pessoa.

A liberação de um seccionamento de emergência não pode realimentar a parte correspondente da


instalação.

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6.3.7.4.7 Os dispositivos de seccionamento de emergência, inclusive os de parada de emergência,


devem ser localizados, posicionados e identificados de tal forma que sua localização e disposição
sejam as mais convenientes para a função a que se destinam e que eles possam ser pronta
e facilmente reconhecíveis.

6.3.7.5 Dispositivos de comando funcional


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6.3.7.5.1 Os dispositivos de comando funcional devem ter características compatíveis com as


condições mais severas sob as quais possam funcionar.

6.3.7.5.2 Os dispositivos de comando funcional podem interromper a corrente sem necessariamente


abrir os respectivos polos.

NOTA 1 Dispositivos de comando a semicondutores são exemplos de dispositivos capazes de interromper


a corrente de um circuito sem abrir os respectivos polos.

NOTA 2 O comando funcional pode ser realizado, por exemplo, por meio de:

a) interruptores;

b) dispositivos a semicondutores;

c) disjuntores;

d) contatores;

e) telerruptores;

f) plugues e tomadas com corrente nominal de, no máximo, 20 A.

6.3.7.5.3 Seccionadores, dispositivos fusíveis e barras (links) não podem ser utilizados para comando
funcional.

6.4 Aterramento e equipotencialização

6.4.1 Aterramento

6.4.1.1 Eletrodos de aterramento

6.4.1.1.1 Toda edificação deve dispor de uma infraestrutura de aterramento, denominada “eletrodo
de aterramento”, sendo admitidas as seguintes opções:

a) preferencialmente, uso das próprias armaduras do concreto das fundações (ver 6.4.1.1.10); ou

b) uso de fitas, barras ou cabos metálicos, especialmente previstos, imersos no concreto das
fundações (ver 6.4.1.11); ou

c) uso de malhas metálicas enterradas, no nível das fundações, cobrindo a área da edificação e
complementadas, quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente
(“pés-de-galinha”); ou

d) no mínimo, uso de anel metálico enterrado a pelo menos 0,5 m de profundidade, circundando
externamente o perímetro da edificação, distante de 1 m das paredes externas e complementado,
quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente (“pés-de-galinha”).

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No caso da impossibilidade técnica da construção do anel externo à edificação, este pode ser
instalado internamente justaposto à parede. Para isto, devem ser tomadas medidas visando
minimizar os riscos causados por tensões superficiais devidas às descargas atmosféricas. Para
tanto, no mínimo, a resistividade da camada superficial do solo, desde a parede até 1 m do anel,
deve ser maior ou igual a 100 kΩ.m.
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6.4.1.1.2 Outras soluções de aterramento são admitidas quando a adoção de qualquer das
opções indicadas em 6.4.1.1.1 for impraticável. Esta alternativa pode ser aplicável, por exemplo,
em instalações temporárias; em instalações em áreas descobertas, como em pátios e jardins; em
locais de acampamento, marinas e instalações análogas; e na reforma de instalações de edificações
existentes.

6.4.1.1.3 A infraestrutura de aterramento prevista em 6.4.1.1.1 deve ser concebida de modo que:

a) seja confiável e satisfaça os requisitos de segurança das pessoas;

b) possa conduzir correntes de falta à terra sem risco de danos térmicos, termomecânicos e
eletromecânicos, ou de choques elétricos causados por essas correntes;

c) quando aplicável, atenda também aos requisitos funcionais da instalação.

6.4.1.1.4 Como as opções de eletrodos de aterramento indicadas em 6.4.1.1.1 são também


reconhecidas pela série ABNT NBR 5419, elas podem e devem ser usadas conjuntamente, pela proteção
contra descargas atmosféricas (PDA) da edificação, nas condições especificadas naquela norma.

6.4.1.1.5 Não se admite o uso de canalizações metálicas de água nem de outras utilidades como
eletrodo de aterramento, o que não exclui as medidas de equipotencialização prescritas em 6.4.2.

6.4.1.1.6 A infraestrutura de aterramento requerida em 6.4.1.1.1 deve ser acessível no mínimo


junto a cada ponto de entrada de condutores e utilidades e em outros pontos que forem necessários
à equipotencialização de que trata 6.4.2.

NOTA 1 Ver definição de “ponto de entrada (numa edificação)” (ver 3.125).

NOTA 2 No caso de eletrodo embutido no concreto das fundações, um exemplo de procedimento para
torná-lo acessível é descrito em 6.4.1.2.3.

6.4.1.1.7 Os materiais dos eletrodos de aterramento e as dimensões desses materiais devem ser
selecionados de modo a resistir à corrosão e apresentar resistência mecânica adequada. Sob o ponto de
vista destes requisitos, a Tabela 28 indica os materiais e as dimensões mínimas comumente utilizáveis.

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Tabela 28 – Materiais comumente utilizáveis em eletrodos de aterramento – Dimensões


mínimas do ponto de vista da corrosão e da resistência mecânica,
quando os eletrodos forem diretamente enterrados
Dimensões mínimas
Espessura
Espessura
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Material Superfície Forma Diâmetro Seção média do


do material
mm mm2 revestimento
mm
µm
Fita2) 100 3 70
Perfil 120 3 70
Haste de
Zincada a seção 15 70
quente1) circular3)
ou inoxidável1)
Cabo de
seção 95 50
Aço circular
Tubo 25 2 55
Haste de
Capa de cobre seção 15 2 000
circular3)
Revestida Haste de
de cobre por seção 15 254
eletrodeposição circular3)
Fita 50 2
Cabo de
seção 50
Nu1) circular
Cobre
1,8 (cada
Cordoalha 50
veio)
Tubo 20 2
Zincada Fita2) 50 2 40
1) Pode ser utilizado para embutir no concreto.
2) Fita com cantos arredondados.
3) Para eletrodo de profundidade.

6.4.1.1.8 Deve-se atentar para que alterações nas condições do solo (por exemplo, ressecamento) e
eventuais efeitos da corrosão não possam elevar a resistência de aterramento a valores incompatíveis
com a proteção contra choques elétricos (caso de esquemas TT e de esquemas IT comparáveis ao
esquema TT na situação de dupla falta).

6.4.1.1.9 Quando forem utilizados diferentes metais na infraestrutura de aterramento, devem ser
tomadas precauções contra os efeitos da corrosão eletrolítica.

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6.4.1.1.10 Nos casos em que a infraestrutura de aterramento da edificação for constituída pelas
próprias armaduras embutidas no concreto das fundações (armaduras de aço das estacas, dos blocos
de fundação e vigas baldrames), pode-se considerar que as interligações naturalmente existentes
entre estes elementos são suficientes para se obter um eletrodo de aterramento com características
elétricas adequadas, sendo dispensável qualquer medida suplementar.
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NOTA Existem técnicas construtivas que podem não apresentar continuidade elétrica adequada entre a
armadura metálica e a terra, comprometendo assim a utilização da fundação como eletrodo de aterramento.

6.4.1.1.11 Nas fundações onde não haja continuidade da armadura (por exemplo, em alvenaria, pedra
etc.), a infraestrutura de aterramento pode ser constituída por fita, barra ou cabo de aço galvanizado
imerso no concreto das fundações, formando um anel em todo o perímetro da edificação. A fita, barra
ou cabo deve ser envolvido por uma camada de concreto, sem composto corrosivo (por exemplo, cal),
de no mínimo 5 cm de espessura, a uma profundidade de no mínimo 0,5 m. As seções mínimas da
fita, barra ou cabo são aquelas indicadas na Tabela 28. Se utilizada fita de aço, ela deve ser imersa no
concreto na posição vertical. Esta camada de concreto deve prover proteção higroscópica que evite
o acúmulo excessivo de água na infraestrutura de aterramento, pois este acúmulo pode potencializar
a corrosão desta infraestrutura. Ver ABNT NBR 7117-1.

6.4.1.2 Condutores de aterramento

6.4.1.2.1 A seção dos condutores de aterramento deve ser dimensionada conforme 6.4.3.1.

Para condutores enterrados no solo, a seção não pode ser inferior às indicadas na Tabela 29.

Tabela 29 – Seções mínimas de condutores de aterramento enterrados no solo


Protegido contra danos Não protegido contra
mecânicos danos mecânicos
Cobre: 2,5 mm2 Cobre: 16 mm2
Protegido contra corrosão
Aço: 10 mm2 Aço: 16 mm2
Cobre: 50 mm2 (solos ácidos ou alcalinos)
Não protegido contra corrosão
Aço: 80 mm2

6.4.1.2.2 A conexão de um condutor de aterramento ao eletrodo de aterramento deve assegurar as


características elétricas e mecânicas requeridas.

As ligações ao eletrodo de aterramento, via condutores de aterramento, devem ser tantas quantas
necessárias à equipotencialização de que trata 6.4.2. Assim, dependendo das circunstâncias, elas
podem se resumir a uma única ligação, entre o barramento de equipotencialização principal referido em
6.4.2.1.3 e o eletrodo de aterramento, através do chamado “condutor de aterramento principal”; como
podem incluir outras, destinadas, por exemplo, à conexão de massas de linhas externas, elementos
condutivos de utilidades internas e elementos condutivos da edificação diretamente ao eletrodo
de aterramento, como exposto na Nota 1 de 6.4.2.1.3.

NOTA 1 Sobre conexão de condutor de aterramento a eletrodo de aterramento embutido no concreto das
fundações, ver 6.4.1.2.3.

6.4.1.2.3 A conexão de um condutor de aterramento a eletrodo de aterramento embutido no concreto


das fundações (a própria armadura do concreto ou, então, fita, barra ou cabo imerso no concreto,
ver 6.4.1.1.10 e 6.4.1.1.11) deve ser feita garantindo-se simultaneamente a continuidade elétrica,

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a capacidade de condução de corrente, a proteção contra corrosão, inclusive eletrolítica, e adequada


fixação mecânica. No caso de o eletrodo ser a armadura do concreto, essa armadura deve ter, no
ponto de conexão, uma seção não inferior a 50 mm2 e um diâmetro de preferência não inferior a 8 mm.
Essa conexão pode ser executada, por exemplo, recorrendo-se a dois elementos intermediários,
conforme descrito a seguir:
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a) o primeiro elemento, que realiza a derivação do eletrodo para fora do concreto, deve ser
constituído por barra de aço zincada, com diâmetro de no mínimo 10 mm, ou fita de aço zincada
de 25 mm × 4 mm e ligada ao eletrodo por solda elétrica. A barra ou fita deve ser protegida contra
corrosão;

b) o segundo elemento, destinado a servir como ponto de conexão do condutor de aterramento, deve
ser constituído por barra ou condutor de cobre, ligado ao primeiro elemento por solda exotérmica
(ou processo equivalente do ponto de vista elétrico e da corrosão).

NOTA 1 Em alternativa às soldas elétrica e exotérmica, podem ser utilizados conectores adequados,
instalados conforme instruções do fabricante e de modo a assegurar uma conexão equivalente, sem danificar
o eletrodo nem o condutor de aterramento.

NOTA 2 Conexões com solda de estanho não asseguram resistência mecânica adequada.

6.4.2 Equipotencialização

6.4.2.1 Equipotencialização principal

6.4.2.1.1 Em cada edificação deve ser realizada uma equipotencialização principal, reunindo os
seguintes elementos:

a) as armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas da edificação;

b) as tubulações metálicas de água, de gás combustível, de esgoto, de sistemas de ar-condicionado,


de gases industriais, de ar comprimido, de vapor etc. bem como os elementos estruturais metálicos
a elas associados;

c) os condutos metálicos das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificação;

d) as blindagens, armações, coberturas e capas metálicas de cabos das linhas de energia e de sinal
que entram e/ou saem da edificação;

e) os condutores de proteção das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificação;

f) os condutores de interligação provenientes de outros eletrodos de aterramento porventura


existentes ou previstos no entorno da edificação;

g) os condutores de interligação provenientes de eletrodos de aterramento de edificações vizinhas,


nos casos em que essa interligação for necessária ou recomendável;

h) o condutor neutro da alimentação elétrica, salvo se não existente ou se a edificação tiver que ser
alimentada, por qualquer motivo, em esquema TT ou IT (ver 6.4.3.4.3);

i) o(s) condutor(es) de proteção principal(is) da instalação elétrica (interna) da edificação.

NOTA A série ABNT NBR 5419 determina o uso de centelhador, no caso de tubulação metálica de gás,
quando for requerida a inserção de luva isolante. A luva isolante pode ser necessária para evitar problemas
de corrosão ou, de todo modo, especificada pela distribuidora de gás (ver Anexo G).

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6.4.2.1.2 Em uma propriedade deve haver tantas equipotencializações principais quantas forem
as edificações que a compõem. Admite-se que edículas ou construções adjacentes distantes não
mais de 10 m da edificação principal sejam consideradas como eletricamente integradas a esta, se
as linhas elétricas de energia e de sinal e as linhas de utilidades a elas destinadas tiverem origem na
edificação principal e se a infraestrutura de aterramento do local não se limitar à edificação principal,
mas se estender também às áreas das construções anexas; ou, então, se o eletrodo de aterramento
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da edificação principal e o(s) das construções anexas forem interligados. Caso contrário, todas as
dependências separadas da edificação principal devem também ser providas, individualmente, de
uma equipotencialização principal.

6.4.2.1.3 Todos os elementos relacionados em 6.4.2.1.1 que forem associados a linhas externas
devem ser conectados à equipotencialização principal junto ao ponto de entrada ou de saída da
edificação. Quando não for possível conectar as linhas externas junto ao ponto de entrada ou de
saída da edificação, deve-se utilizar uma proteção contra surtos com características mais exigentes
do que aquela prevista para ser utilizada quando as conexões mencionadas forem realizadas no ponto
de entrada ou de saída da edificação (ver 6.3.5.2.2 e ABNT NBR 5419-1:2015, Anexo E).

NOTA 1 Recomenda-se que, na edificação, as entradas e saídas de linhas externas sejam concentradas,
sempre que possível, em um mesmo ponto.

NOTA 2 Recomenda-se que seja analisado a incorporação de mastros de antenas ao SPDA, conforme
a série ABNT NBR 5419.

6.4.2.1.4 Junto ao ponto de entrada da alimentação elétrica deve ser provido um barramento,
denominado “barramento de equipotencialização principal” (BEP), ao qual todos os elementos
relacionados em 6.4.2.1.1 devem ser conectados, direta ou indiretamente. Quando não for possível
localizar o BEP junto ao ponto de entrada da edificação, admite-se que a barra PE do quadro de
distribuição principal da edificação acumule a função de BEP. Para tanto, este quadro deve ser
localizado o mais próximo possível do ponto de entrada da linha elétrica na edificação. Nesse caso,
deve-se utilizar uma proteção contra surtos com características mais exigentes do que aquela prevista
para ser utilizada quando o BEP estiver localizado no ponto de entrada da linha elétrica na edificação
(ver 6.3.5.2.2 e ABNT NBR 5419-1:2015, Anexo E).

NOTA Se as demais linhas externas da edificação convergirem para esse mesmo ponto, como
recomendado na nota de 6.4.2.1.3, e se os elementos condutivos das utilidades internas estiverem aí
acessíveis, a equipotencialização principal pode ser implementada, por exemplo, como mostra a Figura G.1:
os elementos condutivos das utilidades internas e das linhas externas são ligadas diretamente ao BEP, via
condutores de equipotencialização, e o BEP é ligado ao eletrodo de aterramento da edificação, via condutor
de aterramento principal. Caso as entradas das diferentes linhas externas não sejam convergentes, e
eventualmente também afastadas das utilidades internas, a equipotencialização principal pode resultar em
um arranjo semelhante, por exemplo, ao da Figura G.3.

6.4.2.1.5 O BEP deve prover uma conexão mecânica e eletricamente confiável. Todos os condutores
conectados ao BEP devem ser desconectáveis individualmente, exclusivamente por meio de ferramenta.

6.4.2.1.6 Nos pontos de conexão dos condutores de equipotencialização aos elementos indicados
em 6.4.2.1.1-a) e b) deve ser provida etiqueta ou plaqueta com a seguinte inscrição: “Conexão de
segurança – Não remova”. Quando diretamente acessíveis, o próprio BEP e os pontos de conexão
com os eletrodos indicados em 6.4.2.1.1-f) e g) também devem ser providos da mesma advertência.
A etiqueta ou plaqueta não pode ser facilmente removível.

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6.4.2.2 Equipotencializações locais (incluindo equipotencializações suplementares)

A realização de equipotencializações locais (suplementares) pode ser necessária por razões de


proteção contra choques, conforme previsto em 5.1.2.2, ou por razões funcionais, incluindo prevenção
contra perturbações eletromagnéticas, conforme previsto em 5.4.3.5.

6.4.2.3 Equipotencialização suplementar visando proteção contra choques elétricos


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Os casos em que se exige ou se recomenda a realização de equipotencializações locais com vista


à proteção contra choques são tratados em 5.1.3.1 e na Seção 9.

NOTA Para equipotencialização por razões funcionais, ver 6.4.5.

6.4.2.4 Prescrições para os condutores das equipotencializações principal e local

NOTA O dimensionamento do condutor de equipotencialização suplementar segue as mesmas prescrições


utilizadas para o dimensionamento do condutor de equipotencialização local.

Os condutores de aterramento e os condutores de equipotencialização devem atender às prescrições


de 6.4.1.2 e de 6.4.4, respectivamente. Os condutores de interligação de eletrodos de aterramento
são considerados condutores de equipotencialização.

6.4.3 Condutores de proteção (PE)

NOTA 1 Para condutores de aterramento, ver 6.4.1.2.

NOTA 2 Para condutores de equipotencialização, ver 6.4.4.

6.4.3.1 Seções mínimas

6.4.3.1.1 A seção de qualquer condutor de proteção deve satisfazer as condições estabelecidas em


5.1.2.2 e ser capaz de suportar a corrente de falta presumida.

A seção dos condutores de proteção deve ser calculada conforme 6.4.3.1.2, ou selecionada de acordo
com 6.4.3.1.3. Em ambos os casos devem ser considerados os requisitos de 6.4.3.1.4.

Os terminais destinados aos condutores de proteção devem ser compatíveis com as seções
dimensionadas pelos critérios aqui estabelecidos.

6.4.3.1.2 A seção dos condutores de proteção não pode ser inferior ao valor determinado pela
equação seguinte, aplicável apenas para tempos de seccionamento que não excedam 5 s:
l 2t
S=
k
onde

S é a seção do condutor, expresso em milímetros quadrados (mm2);

I é o valor eficaz, expresso em ampères (A), da corrente de falta presumida, considerando falta
direta;

t é o tempo de atuação do dispositivo de proteção responsável pelo seccionamento automático,


expresso em segundos (s);

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k é um fator que depende do material do condutor de proteção, de sua isolação e outras partes,
e das temperaturas inicial e final do condutor. As Tabelas 30 a 34 indicam valores de k para
diferentes tipos de condutores de proteção.

Caso a aplicação da expressão resulte em seções não padronizadas, devem ser utilizados condutores
com a seção padronizada imediatamente superior.
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O efeito limitador de corrente das impedâncias do circuito e a capacidade limitadora do dispositivo de


proteção devem ser levados em conta no cálculo da seção.

NOTA 1 Para limitações de temperatura em atmosferas explosivas, ver ABNT NBR IEC 60079-0.

NOTA 2 Os limites de temperatura para os diversos tipos de isolação são dados na Tabela 10 (ver também
IEC 60724).

Tabela 30 – Fator k para condutor de proteção isolado não incorporado a


cabo multipolar e não enfeixado com outros cabos
Isolação
Material do condutor
PVC 1 EPR ou XLPE
Cobre 143/133 176
Alumínio 95/88 116
Aço 52/49 64
1 O valor mais baixo aplica-se a condutores com seção maior que 300 mm2 .
NOTA 1 A temperatura inicial considerada é de 30 °C.
NOTA 2 A temperatura final considerada é:
– PVC até 300 mm2: 160 °C;
– PVC maior que 300 mm2: 140 °C;
– EPR e XLPE: 250 ºC.

Tabela 31 – Fator k para condutor de proteção nu em contato com a


cobertura de cabo, mas não enfeixado com outros cabos
Cobertura do cabo
Material do condutor
PVC Polietileno
Cobre 159 138
Alumínio 105 91
Aço 58 50
NOTA 1 A temperatura inicial considerada é de 30 ºC.
NOTA 2 A temperatura final considerada é de 200 ºC para o PVC e 150 ºC para o polietileno.

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Tabela 32 – Fator k para condutor de proteção constituído por veia de cabo multipolar ou
enfeixado com outros cabos ou condutores isolados
Isolação
Material do condutor
PVC 1 EPR ou XLPE
Cobre 115/103 143
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Alumínio 76/68 94
Aço 42/37 52
1 O valor mais baixo aplica-se a condutores com seção maior que 300 mm2.
NOTA 1 A temperatura inicial considerada é de 70 °C para o PVC e 90 ºC para o EPR e o XLPE.
NOTA 2 A temperatura final considerada é:
– PVC até 300 mm2: 160 ºC;
– PVC maior que 300 mm2: 140 °C;
– EPR e XLPE: 250 °C.

Tabela 33 – Fator k para condutor de proteção constituído pela armação,


capa metálica ou condutor concêntrico de um cabo
Isolação
Material do condutor
PVC EPR ou XLPE
Cobre 141 128
Alumínio 93 85
Chumbo 26 23
Aço 51 46
NOTA 1 A temperatura inicial considerada é de 60 °C para o PVC e 80 °C para o EPR e o XLPE.
NOTA 2 A temperatura final considerada é de 200 °C para o PVC, EPR e XLPE.

Tabela 34 – Fator k para condutor de proteção nu onde não houver risco de que as
temperaturas indicadas possam danificar qualquer material adjacente
Material do condutor
Cobre Alumínio Aço
Temperatura Temperatura Temperatura Temperatura
Fator Fator Fator
Condições inicial máxima máxima máxima
k k k
°C °C °C °C
Visível e em
30 228 500 125 300 82 500
áreas restritas
Condições
30 159 200 105 200 58 200
normais
Risco de
30 138 150 91 150 50 150
incêndio

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6.4.3.1.3 Em alternativa ao método de cálculo de 6.4.3.1.2, a seção do condutor de proteção


pode ser determinada através da Tabela 35. Quando a aplicação da tabela conduzir a seções não
padronizadas, devem ser escolhidos condutores com a seção padronizada mais próxima. A Tabela 35
é válida apenas se o condutor de proteção for constituído do mesmo metal que os condutores de fase.
Quando este não for o caso, ver IEC 60364-5-54.
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Tabela 35 – Seção mínima do condutor de proteção


Seção mínima do condutor de proteção
Seção dos condutores de fase S
correspondente
mm2
mm2
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2

6.4.3.1.4 A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou não
esteja contido no mesmo conduto fechado que os condutores de fase não pode ser inferior a:

a) 2,5 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se for provida proteção contra danos mecânicos;

b) 4 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se não for provida proteção contra danos mecânicos.

6.4.3.1.5 Um condutor de proteção pode ser comum a dois ou mais circuitos, desde que esteja
instalado preferencialmente no mesmo conduto que os respectivos condutores de fase e sua seção
seja dimensionada conforme as seguintes opções:

a) calculada de acordo com 6.4.3.1.2, para a mais severa corrente de falta presumida e o mais longo
tempo de atuação do dispositivo de seccionamento automático verificados nesses circuitos; ou

b) selecionada conforme a Tabela 35, com base na maior seção de condutor de fase desses circuitos.

6.4.3.1.6 Em alternativa a 6.4.3.1.5, um condutor de proteção pode não ser instalado no mesmo
conduto que os respectivos condutores de fase, desde que atenda simultaneamente aos requisitos
a seguir:

a) todos os condutos devem ser não magnéticos;

b) o condutor de proteção deve ser posicionado o mais próximo possível do centro geométrico do
arranjo de condutos;

c) a seção nominal do condutor de proteção deve ser determinada em 6.4.3.1.5-a) e b);

d) a corrente de falta fase-massa deve ser determinada considerando a reatância resultante da


distância existente entre os condutores de fase de cada conduto e o condutor de proteção comum.

6.4.3.2 Tipos de condutores de proteção

6.4.3.2.1 Podem ser usados como condutores de proteção:

a) veias de cabos multipolares;

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b) condutores isolados, cabos unipolares ou condutores nus em conduto comum com os condutores
vivos;

c) armações, coberturas metálicas ou blindagens de cabos;

d) eletrodutos metálicos e outros condutos metálicos, desde que atendam às condições definidas
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em 6.4.3.2.2-a) e b).

6.4.3.2.2 Quando a instalação contiver linhas pré-fabricadas (barramentos blindados), com invólucros
metálicos, esses invólucros podem ser usados como condutores de proteção, desde que satisfaçam
simultaneamente as três prescrições seguintes:

a) sua continuidade elétrica deve ser assegurada por disposições construtivas ou conexões
adequadas, que constituam proteção contra deteriorações de natureza mecânica, química ou
eletroquímica;

b) sua condutância seja pelo menos igual à resultante da aplicação de 6.4.3.1;

c) permitam a conexão de outros condutores de proteção em todos os pontos de derivação


predeterminados.

6.4.3.2.3 Os seguintes elementos metálicos não são admitidos como condutor de proteção:

a) tubulações de água;

b) tubulações de gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis;

c) elementos de construção sujeitos a esforços mecânicos em serviço normal;

d) eletrodutos flexíveis, exceto quando concebidos para esse fim;

e) partes metálicas flexíveis;

f) armadura do concreto (ver Nota);

g) estruturas e elementos metálicos da edificação (ver Nota).

Nenhuma ligação visando equipotencialização ou aterramento, incluindo as conexões às armaduras


do concreto, pode ser usada como alternativa aos condutores de proteção dos circuitos. Como
especificado em 5.1.2.2.3.6, todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda a sua extensão
(ver também 6.4.3.1.5).

6.4.3.3 Continuidade elétrica dos condutores de proteção

6.4.3.3.1 Os condutores de proteção devem ser adequadamente protegidos contra danos mecânicos,
deterioração química ou eletroquímica, bem como esforços eletrodinâmicos e termodinâmicos.

6.4.3.3.2 As conexões devem ser acessíveis para verificações e ensaios, com exceção daquelas
contidas em emendas moldadas ou encapsuladas.

6.4.3.3.3 É vedada a inserção de dispositivos de manobra ou comando nos condutores de proteção.


Admitem-se apenas, e para fins de ensaio, junções desconectáveis por meio de ferramenta.

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6.4.3.3.4 Caso seja utilizada supervisão da continuidade de aterramento, as bobinas ou sensores


associados não podem ser inseridos no condutor de proteção.

6.4.3.3.5 Não se admite o uso da massa de um equipamento como condutor de proteção ou como
parte de condutor de proteção para outro equipamento, exceto o caso previsto em 6.4.3.2.2.

6.4.3.4 Condutores PEN


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6.4.3.4.1 O uso de condutor PEN só é admitido em instalações fixas, desde que sua seção não
seja inferior a 10 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio e observado o disposto no Anexo M,
subseção N.6.2.

NOTA A seção mínima é ditada por razões mecânicas.

6.4.3.4.2 A isolação de um condutor PEN deve ser compatível com a tensão mais alta a que ele
possa ser submetido.

6.4.3.4.3 Se, em um ponto qualquer da instalação, as funções de neutro e de condutor de proteção


forem separadas, com a transformação do condutor PEN em dois condutores distintos, um destinado
a neutro e o outro a condutor de proteção, não se admite que o condutor neutro, a partir desse ponto,
venha a ser ligado a qualquer ponto aterrado da instalação. Por isso mesmo, esse condutor neutro
não pode ser religado ao condutor PE que resultou da separação do condutor PEN original.

O condutor PEN da linha de energia que chega a uma edificação deve ser incluído na equipotencialização
principal, conforme exigido em 6.4.2.1.1, e, portanto, conectado ao BEP, direta ou indiretamente.

6.4.3.4.4 No ponto de separação referido em 6.4.3.4.3 devem ser previstos terminais ou barras
distintas para o condutor de proteção e o condutor neutro, devendo o condutor PEN ser ligado ao
terminal ou barra destinada ao condutor de proteção. De um condutor PEN podem derivar um ou mais
condutores de proteção, assim como um ou mais condutores neutros.

6.4.3.4.5 Não se admite o uso de elementos condutivos como condutor PEN.

6.4.3.5 Disposição dos condutores de proteção

Quando forem utilizados dispositivos de proteção contra sobrecorrentes na proteção contra choques
elétricos por equipotencialização e seccionamento automático, o condutor PE de todo circuito assim
protegido deve estar incorporado à mesma linha elétrica que contém os condutores vivos ou situado
em sua proximidade imediata, sem interposição de elementos ferromagnéticos.

6.4.4 Condutores de equipotencialização

6.4.4.1 Seções mínimas

6.4.4.1.1 Condutores de equipotencialização principal

A seção dos condutores da equipotencialização principal prescrita em 6.4.2.1 não pode ser inferior à
metade da seção do condutor de proteção de maior seção da instalação, com um mínimo de 6 mm2
em cobre, 16 mm2 em alumínio ou 50 mm2 em aço. Todavia, a seção pode ser limitada a 25 mm2,
se o condutor for de cobre, ou a seção equivalente, se for de outro metal.

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6.4.4.1.2 Condutores de equipotencialização local (suplementar)

NOTA O dimensionamento do condutor de equipotencialização suplementar segue as mesmas prescrições


utilizadas para o dimensionamento do condutor de equipotencialização local.

Nas equipotencializações locais (suplementares), a seção mínima do condutor utilizado para essa
finalidade deve ser como segue:
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a) o condutor, destinado a equipotencializar duas massas da instalação elétrica, deve possuir uma
condutância igual ou superior à do condutor PE de menor seção ligado a essas massas;

b) o condutor, destinado a equipotencializar uma massa da instalação elétrica e um elemento


condutivo não pertencente à instalação elétrica, deve possuir uma condutância igual ou superior
à metade da do condutor de proteção ligado a essa massa;

c) em qualquer dos casos a) ou b) anteriores, o condutor deve satisfazer o disposto em 6.4.3.1.4.

6.4.4.2 Tipos de condutores de equipotencialização

Os seguintes elementos metálicos não são admitidos como condutor de equipotencialização:

a) tubulações de água;

b) tubulações de gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis;

c) elementos de construção sujeitos a esforços mecânicos em serviço normal;

d) eletrodutos flexíveis, exceto quando concebidos para esse fim;

e) partes metálicas flexíveis.

6.4.5 Equipotencialização funcional

NOTA O termo “funcional” é aqui utilizado com o sentido de caracterizar o aterramento e a equipotencialização
destinados a assegurar o bom funcionamento dos circuitos de sinal e a compatibilidade eletromagnética.

6.4.5.1 O barramento de equipotencialização principal (BEP) da edificação pode ser utilizado para
fins de aterramento funcional e, para tanto, ele pode ser prolongado, por meio de um condutor de
baixa impedância. No caso de edificações com uso extensivo de equipamentos de tecnologia da
informação (ETI), esse barramento de equipotencialização funcional deve constituir preferencialmente
um anel fechado, internamente ao perímetro da edificação.

NOTA A prescrição refere-se, mais exatamente, à possibilidade de utilização direta do BEP para fins de
aterramento funcional. Portanto, ela não significa, em absoluto, que se admite aterramento funcional separado,
independente. Qualquer elemento que vier a servir de via comum para aterramento ou equipotencialização
funcional deve ser interligado, direta ou indiretamente, ao BEP.

6.4.5.2 Ao barramento de equipotencialização funcional podem ser ligados:

a) quaisquer dos elementos que devam ser ligados ao BEP da edificação (ver 6.4.2.1);

b) condutores de aterramento de dispositivos de proteção contra sobretensão;

c) condutores de aterramento de antenas de radiocomunicação;

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d) condutor de aterramento do polo aterrado de fontes de corrente contínua para os ETI;

e) condutores de aterramento funcional;

f) condutores de equipotencialização suplementares.

NOTA A série ABNT NBR 5419 apresenta os métodos de como incluir as armaduras do concreto da
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edificação na equipotencialização funcional.

6.4.5.3 O barramento de equipotencialização funcional, de preferência em cobre, pode ser nu ou


isolado e deve ser acessível em toda a sua extensão – por exemplo, sobre superfícies ou em eletrocalha
ou canaleta. Condutores nus devem ser isolados nos suportes e na travessia de paredes, para evitar
corrosão.

6.4.5.4 A seção do barramento de equipotencialização funcional deve ser dimensionada como um


condutor de equipotencialização principal, de acordo com 6.4.4.1.1.

6.4.5.5 Os condutores de equipotencialização funcional devem ser conforme 6.4.4.1.2.

6.4.6 Aterramento por razões funcionais

6.4.6.1 Os circuitos PELV e massas de equipamentos classes II e III que forem aterrados por razões
funcionais, devem estar interligados ao BEP da instalação.

6.4.6.2 Quando condutores de aterramento funcional conduzirem corrente contínua, devem ser
tomadas precauções para impedir corrosão eletrolítica nos condutores e nas partes metálicas próximas
(ver também 6.4.7.3).

6.4.6.3 No dimensionamento da seção dos condutores de aterramento funcional, devem ser


consideradas possíveis correntes de falta e, quando o condutor de aterramento funcional for também
utilizado como condutor de retorno, a corrente de funcionamento em regime normal e a queda de tensão.
Se os dados pertinentes não estiverem disponíveis, deve ser consultado o fabricante do equipamento.

6.4.7 Aterramento combinado (funcional e de proteção)

6.4.7.1 Condutores destinados a servir simultaneamente como condutor de proteção e condutor de


aterramento funcional devem, no mínimo, satisfazer as prescrições relativas a condutor de proteção
em toda a sua extensão (ver 6.4.3), bem como o disposto em 6.4.6.3.

6.4.7.2 O condutor de retorno da alimentação em corrente contínua de um ETI pode ser usado como
condutor de proteção e aterramento funcional desde que, na eventualidade da abertura do circuito em
questão, a tensão entre duas partes condutivas simultaneamente acessíveis não exceda o valor da
tensão de contato limite (ver Anexo C).

6.4.7.3 Se as correntes da alimentação em corrente contínua e de sinal produzirem no condutor


de proteção e aterramento funcional uma queda de tensão que possa resultar numa diferença de
potencial permanente na instalação, a seção do condutor deve ser tal que a queda de tensão seja
limitada a 1 V.

NOTA 1 O principal objetivo desta prescrição é restringir a corrosão.

NOTA 2 No cálculo da queda de tensão deve ser ignorado o efeito dos percursos paralelos.

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6.4.7.4 Os tipos de condutores que podem ser usados como condutores de proteção e aterramento
funcional são aqueles indicados em 6.4.3.2.

6.4.7.5 Partes condutivas estruturais de ETI podem ser usadas como condutores de proteção
e aterramento funcional, desde que sejam atendidas, simultaneamente, as seguintes condições:
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a) a continuidade elétrica do percurso seja garantida pelo tipo de construção ou pela utilização
de técnicas de conexão que impeçam a degradação causada por efeitos mecânicos, químicos
e eletroquímicos;

NOTA Essas técnicas compreendem, por exemplo, solda, compressão, rebitagem e fixação por
parafusos autotravantes.

b) a condutividade atenda às prescrições de 6.4.3.1;

c) quando uma parte de um equipamento puder ser removida, a equipotencialização entre as partes
restantes deste equipamento não pode ser interrompida, a menos que a alimentação elétrica
dessas partes seja previamente seccionada;

d) no caso de painel ou conjunto de painéis com 10 m ou mais de comprimento, os condutores de


proteção e aterramento funcional devem ser conectados, em ambas as extremidades, à malha ou
barramento de equipotencialização.

6.5 Outros componentes

6.5.1 Motores elétricos

6.5.1.1 Generalidades

As prescrições desta subseção tratam especificamente de circuitos que alimentam motores em


aplicações industriais e similares normais. São consideradas aplicações industriais e similares normais
aquelas que envolvem motores de indução com rotor de gaiola, de potência nominal unitária não
superior a 150 kW, operados em regime S1, excluídas as aplicações de motores com potência não
superior a 1,5 kW que acionem aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais. Assume-se que as
características dos motores, bem como do regime S1, são aquelas definidas na série ABNT NBR 17094.

6.5.1.2 Limitação das perturbações devidas à partida de motores

6.5.1.2.1 Para evitar perturbações que comprometam a rede de distribuição, a própria instalação
e o funcionamento das demais cargas por ela alimentadas, devem ser observados:

a) as restrições impostas pela empresa distribuidora de energia elétrica à partida de motores;

NOTA Para partida direta de motores com potência acima de 3,7 kW (5 CV), em instalações
alimentadas diretamente pela rede de distribuição pública em baixa tensão, recomenda-se que seja
consultada a empresa distribuidora local.

b) durante a partida dos motores, a queda de tensão em cada ponto de utilização da instalação deve
ser tal que seja mantida a adequada operacionalidade das cargas conectadas a estes pontos
de utilização.

Para satisfazer os requisitos de 6.5.1.2.1-a) e b), pode ser necessário empregar dispositivos que
limitem a corrente de partida do motor.

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6.5.1.2.2 Em instalações contendo diversos motores, deve-se considerar a possibilidade de partida


simultânea de dois ou mais motores.

6.5.1.2.3 Durante a partida do motor, a queda de tensão nos terminais de entrada do dispositivo
de partida deve ser, no máximo, 10 % da tensão nominal da instalação, ou da tensão nominal no
terminal de entrada do dispositivo de partida. Em certas aplicações, a queda de tensão nos terminais
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de entrada do dispositivo de partida do motor pode ser superior a 10 % da respectiva tensão nominal,
mantendo-se a adequada operacionalidade dos demais pontos de utilização da instalação.

NOTA 1 Para cálculo da queda de tensão na partida, o fator de potência do motor com rotor bloqueado
pode ser considerado igual a 0,3, na falta de informação específica.

NOTA 2 Para proteção contra quedas ou faltas de tensão, ver 5.5.

6.5.1.3 Dimensionamento dos circuitos de motores

6.5.1.3.1 Capacidade de condução de corrente

No dimensionamento dos condutores do circuito terminal que alimenta exclusivamente um motor,


deve ser considerada uma corrente de projeto IB no mínimo igual à corrente nominal do motor, nas
condições de utilização.

NOTA 1 Se o motor possuir fator de serviço declarado pelo fabricante e se for prevista a utilização do
motor explorando-se este fator, recomenda-se que a corrente de projeto seja considerada no mínimo igual à
corrente nominal do motor, nas condições de utilização, multiplicada pelo fator de serviço. O fator de serviço
é sempre maior ou igual a um.

NOTA 2 Para motores com mais de uma potência e/ou velocidade nominais, a corrente nominal do motor
a ser considerada é a que corresponde à maior potência e/ou velocidade.

6.5.1.3.2 Queda de tensão em regime permanente

O dimensionamento dos condutores que alimentam motores deve ser tal que, em regime permanente,
as quedas de tensão nos terminais do motor e em outros pontos de utilização da instalação não
ultrapassem os limites estabelecidos em 6.2.7.1.

6.5.1.4 Proteção contra correntes de sobrecarga

A proteção contra correntes de sobrecarga de circuitos que alimentam motores pode ser provida por
um dos seguintes meios:

a) dispositivos de proteção integrados ao motor, sensíveis à temperatura dos enrolamentos;

b) dispositivos de proteção externos ao motor, sensíveis à corrente do respectivo circuito.

6.5.1.5 Proteção contra correntes de curto-circuito

Quando os condutores dos circuitos que alimentam motores forem protegidos contra correntes
de sobrecarga por dispositivos que se limitem a essa proteção, como relés térmicos, a proteção
contra correntes de curto-circuito, conforme 5.3.5, pode ser assegurada por dispositivo de proteção
exclusivamente contra curtos-circuitos, observadas as disposições de 6.3.4.3.

NOTA Dispositivos que proveem proteção exclusivamente contra curtos-circuitos podem ser disjuntores equipados
apenas com disparadores de sobrecorrente instantâneos ou dispositivos fusíveis com característica gM ou aM.

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6.5.1.6 Circuitos de comando de motor

6.5.1.6.1 Os circuitos de comando de motor devem ser concebidos de modo a impedir o religamento
automático do motor após parada decorrente de uma queda ou falta de tensão, caso esse religamento
possa causar algum perigo.

6.5.1.6.2 Quando um motor for equipado com frenagem por contracorrente, devem ser tomadas
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precauções para evitar a inversão do sentido de rotação do motor ao término da frenagem, caso essa
inversão possa causar algum perigo.

6.5.1.6.3 Nos casos em que a segurança dependa do sentido de rotação do motor, devem ser adotadas
medidas para evitar a inversão do sentido de rotação, causada, por exemplo, por uma inversão de fases.

6.5.1.6.4 Devem ser também considerados os riscos que possam decorrer da falta de uma fase.

NOTA Para seccionamento de emergência e parada de emergência, ver 5.6.5 e 6.3.7.4.

6.5.2 Bateria de acumuladores

6.5.2.1 Acumuladores portáteis ou móveis

A carga de acumuladores portáteis ou móveis deve ser efetuada em locais onde respingos do eletrólito
e o contato com seus vapores não sejam prejudiciais. Devem ser asseguradas uma ventilação
suficiente e a inexistência de chama nas proximidades.

6.5.2.2 Acumuladores fixos

6.5.2.2.1 Os acumuladores fixos devem ser instalados em locais de serviço elétrico ou em cubículos
fechados, cujo acesso seja autorizado apenas ao pessoal de operação e manutenção.

6.5.2.2.2 Quando a tensão nominal das baterias de acumuladores for superior a 150 V, deve ser
previsto um piso de serviço não-derrapante, isolado do solo e concebido de forma que não seja
possível tocar simultaneamente o solo, ou um elemento condutivo ligado ao solo, e um dos elementos
da bateria.

6.5.2.2.3 Os isolantes utilizados nas proximidades imediatas das baterias devem ser não-hidrófilos
por natureza ou por tratamento.

6.5.3 Tomadas de corrente e extensões

6.5.3.1 Todas as tomadas de corrente fixas das instalações devem ser do tipo com contato de
aterramento (PE). As tomadas de corrente de uso residencial e análogo devem ser conforme a
ABNT NBR NM 60884-1 e ABNT NBR 14136, e as tomadas de corrente de uso industrial devem ser
conforme a ABNT NBR IEC 60309 (Partes 1, 2 e 4).

6.5.3.2 Devem ser tomados cuidados para prevenir conexões indevidas entre plugues e tomadas que
não sejam compatíveis . Em particular, quando houver circuitos de tomadas com diferentes tensões,
as tomadas fixas dos circuitos de tensão mais elevada, pelo menos, devem ser claramente marcadas
com a tensão a elas provida. Essa marcação pode ser feita por placa ou adesivo, fixado no espelho
da tomada. Não pode ser possível remover facilmente essa marcação. No caso de sistemas SELV,
devem ser atendidas as prescrições de 5.1.2.5.4.4.

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6.5.4 Conjuntos de proteção, manobra e comando

NOTA Os quadros de distribuição são considerados como conjuntos de proteção, manobra e comando.

6.5.4.1 Os conjuntos montados devem atender à ABNT NBR IEC 61439-1 e ABNT NBR IEC 61439-2.

NOTA Enquadram-se também os conjuntos fornecidos na forma de kits que sejam conforme ou derivados
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de protótipos (projetos de referência) conforme a ABNT NBR IEC 61439-1 e ABNT NBR IEC 61439-2 e que
tenham sido submetidos com sucesso aos ensaios de tipo pertinentes.

6.5.4.2 Conjuntos outros que não os especificados em 6.5.4.1 devem resultar em níveis de
desempenho e segurança equivalentes aos definidos nas seguintes normas:

a) ABNT NBR IEC 61439-1;

b) ABNT NBR IEC 61439-3;

c) ABNT NBR IEC 61439-4;

d) ABNT NBR IEC 61439-5;

e) ABNT NBR IEC 61439-7.

6.5.4.3 Os conjuntos devem ser especificados, montados e instalados atendendo-se às prescrições


de segurança desta Norma, principalmente aquelas indicadas em 5.1, 5.3 e 6.4.

6.5.4.4 O grau de proteção do conjunto deve ser compatível com as influências externas previstas.

6.5.4.5 Os dispositivos de proteção, manobra e comando devem ser instalados e ligados segundo as
instruções fornecidas pelo fabricante, respeitadas as prescrições de 6.1.4, 6.1.5, 6.1.6 e 6.3.

6.5.4.6 Os condutores de alimentação dos componentes e instrumentos fixados nas portas ou


tampas devem ser dispostos de tal forma que os movimentos das portas ou tampas não possam
causar danos a esses condutores.

6.5.4.7 Nos quadros de distribuição, deve ser previsto espaço de reserva para ampliações futuras,
com base no número de circuitos com que o quadro for efetivamente equipado, conforme Tabela 36.

Tabela 36 – Quadros de distribuição – Espaço de reserva


Quantidade de circuitos efetivamente
Espaço mínimo destinado a reserva
disponível
(em número de circuitos)
N
até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N >30 0,15 N
A capacidade de reserva deve ser considerada no cálculo do alimentador do respectivo quadro de distribuição.

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6.5.4.8 Os conjuntos, em especial os quadros de distribuição, devem ser instalados em local de fácil
acesso e ser providos de identificação do lado externo, legível e não facilmente removível.

6.5.4.9 Todos os componentes de um conjunto devem ser identificados, e de tal forma que
a correspondência entre componente e respectivo circuito possa ser prontamente reconhecida.
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Essa identificação deve ser legível, indelével, posicionada de forma a evitar qualquer risco de confusão
e, além disso, corresponder à notação adotada no projeto (esquemas e demais documentos).

6.5.4.10 Os quadros de distribuição destinados a instalações residenciais e análogas devem ser


entregues com a seguinte advertência:

ADVERTÊNCIA

1. Quando um disjuntor ou fusível atua, desligando algum circuito ou a instalação inteira, a causa pode ser
uma sobrecarga ou um curto-circuito. Desligamentos frequentes são sinal de sobrecarga. Por isso, NUNCA
troque seus disjuntores ou fusíveis por outros de maior corrente (maior amperagem) simplesmente. Como
regra, a troca de um disjuntor ou fusível por outro de maior corrente requer, antes, a troca dos fios e cabos
elétricos, por outros de maior seção (bitola).
2. Da mesma forma, NUNCA desative ou remova a chave automática de proteção contra choques elétricos
(dispositivo DR), mesmo em caso de desligamentos sem causa aparente. Se os desligamentos forem
frequentes e, principalmente, se as tentativas de religar a chave não tiverem êxito, isso significa, muito
provavelmente, que a instalação elétrica apresenta anomalias internas, que só podem ser identificadas
e corrigidas por profissionais qualificados. A DESATIVAÇÃO OU REMOÇÃO DA CHAVE SIGNIFICA A
ELIMINAÇÃO DE MEDIDA PROTETORA CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E RISCO DE VIDA PARA
OS USUÁRIOS DA INSTALAÇÃO.

6.5.4.11 A advertência de que trata 6.5.4.10 pode vir de fábrica ou ser provida no local, antes de
a instalação ser entregue ao usuário, e não pode ser facilmente removível.

6.5.5 Equipamentos de utilização

6.5.5.1 Ligação dos equipamentos às instalações

A ligação dos equipamentos à instalação pode ser:

a) diretamente a uma linha fixa (6.5.5.1.1); ou

b) através de uma linha móvel (6.5.5.1.2).

6.5.5.1.1 Ligação direta dos equipamentos a uma linha fixa

As conexões de um equipamento aos condutores da linha fixa não podem ser submetidas a esforços
de tração nem de torção. Na ligação do equipamento à linha fixa devem ser observadas as prescrições
de 6.2.7 e 6.2.8.

6.5.5.1.2 Ligação dos equipamentos através de uma linha móvel

NOTA São exemplos de linhas móveis os cordões prolongadores e montagens que cumpram função similar.

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A ligação dos equipamentos através de uma linha móvel deve obedecer às prescrições descritas
a seguir:

a) as linhas móveis devem conter o número necessário de condutores, adequadamente agrupados,


inclusive o condutor de proteção;

NOTA Só se admitem linhas móveis desprovidas de condutor de proteção se elas se destinarem


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exclusivamente à alimentação de equipamentos classe II ou classe III (sobre classificação dos


componentes da instalação quanto à proteção contra choques elétricos, ver IEC 61140).

b) as linhas móveis devem satisfazer as prescrições pertinentes de 6.2;

c) o condutor de proteção de uma linha móvel deve ser identificado pela dupla coloração verde-
amarela ou pela cor verde. Quando o circuito incluir neutro, o condutor respectivo deve ser
identificado pela cor azul-clara. Nos casos em que o circuito não incluir neutro, o condutor azul-
claro de uma linha móvel pode ser utilizado como condutor de fase, mas em nenhuma hipótese
como condutor de proteção.

6.5.5.2 Equipamentos de iluminação

6.5.5.2.1 Os equipamentos de iluminação destinados a locais molhados ou úmidos devem ser


especialmente concebidos para tal uso, não permitindo que a água se acumule nos condutores,
porta-lâmpadas ou outras partes elétricas.

6.5.5.2.2 Os equipamentos de iluminação devem ser firmemente fixados. Em particular, a fixação de


equipamentos de iluminação pendentes deve ser tal que:

a) rotações repetidas no mesmo sentido não possam causar danos aos meios de sustentação;

b) a sustentação não recaia sobre os condutores de alimentação.

6.5.5.2.3 Os porta-lâmpadas devem ser selecionados levando-se em conta tanto a corrente quanto
a potência absorvida pelas lâmpadas previstas.

6.5.5.2.4 O contato lateral dos porta-lâmpadas com rosca deve ser ligado ao condutor neutro, quando
existente.

6.5.5.2.5 Em instalações residenciais e assemelhadas só podem ser usados porta-lâmpadas


devidamente protegidos contra riscos de contatos acidentais com partes vivas ou equipamentos de
iluminação que confiram ao porta-lâmpada, quando não protegido por construção, uma proteção
equivalente. Esta mesma prescrição se aplica a qualquer outro tipo de instalação em que a colocação,
retirada e/ou substituição de lâmpadas possam vir a ser efetuadas por pessoas que não sejam
advertidas (BA4) nem qualificadas (BA5), conforme Tabela 8.

6.5.5.3 Aparelhos de aquecimento elétrico de água

A instalação de aquecedores elétricos de água em banheiros deve obedecer às prescrições de 9.1.

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6.5.5.4 Equipamentos de aquecimento industriais

6.5.5.4.1 Equipamentos de aquecimento em geral

Aplicam-se as prescrições descritas a seguir:

a) os equipamentos de aquecimento fixos devem ser instalados de forma a assegurar que o fluxo de
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calor por eles fornecido se escoe como previsto no projeto;

b) os equipamentos de aquecimento que comportam elementos incandescentes abertos ou


expostos não podem ser instalados em locais que apresentem riscos de explosão (BE3 – Tabela 8).
O uso de tais equipamentos só é admitido se forem tomadas todas as precauções para evitar
que substâncias inflamáveis, inclusive vapores e gases, venham a entrar em contato com os
elementos incandescentes;

c) os equipamentos de aquecimento que, por sua natureza, processem materiais combustíveis (para
BE2 – Tabela 8), como estufas e secadores, devem ser dotados de limitador de temperatura que
interrompa ou reduza o aquecimento antes que uma temperatura perigosa seja atingida, ou então
devem ser construídos de forma a não causar perigo para as pessoas, ou danos para objetos
próximos, em caso de sobreaquecimento dos materiais combustíveis contidos no equipamento;

d) nas instalações de aquecimento a ar forçado (geradores de ar quente), os elementos aquecedores


só devem poder ser energizados após estabelecido o fluxo de ar previsto e devem ser
automaticamente desenergizados quando o fluxo de ar for interrompido. Além disso, a instalação
deve incluir dois limitadores de temperatura independentes, que impeçam que a temperatura nos
condutos de ar ultrapasse os limites admissíveis.

6.6 Serviços de segurança

6.6.1 Generalidades

Esta subseção trata dos serviços de segurança, abrangendo prescrições relativas às fontes
de segurança e aos circuitos e componentes elétricos dos serviços de segurança. Ela não inclui
prescrições específicas para alimentações de reserva destinadas a outros serviços que não os de
segurança. Em tudo que não for disposto diferentemente, permanecem válidas e aplicáveis as demais
prescrições desta Norma que sejam pertinentes.

As instalações de segurança devem observar também, no que for pertinente, a legislação referente
a edificações, os códigos de segurança contra incêndio e pânico e outros códigos de segurança aos
quais a edificação e/ou as atividades nela desenvolvidas possam estar sujeitas.

6.6.2 Alimentação

6.6.2.1 A alimentação para serviços de segurança pode ser:

a) Não-automática, quando sua entrada em serviço depende da ação de um operador;

b) automática, quando sua entrada em serviço não depende da ação de um operador.

6.6.2.2 Uma alimentação automática é classificada como segue, em função do tempo de comutação:

a) sem interrupção: alimentação automática capaz de assegurar suprimento contínuo de energia,


sendo o suprimento durante o instante de comutação sob condições especificadas – por exemplo,
com uma dada variação de tensão e/ou de frequência;

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b) com interrupção muito breve: alimentação automática disponível em até 0,15 s;

c) com interrupção breve: alimentação automática disponível em até 0,5 s;

d) com interrupção média: alimentação automática disponível em até 15 s;

e) com interrupção longa: alimentação automática disponível em mais de 15 s.


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6.6.3 Condições de incêndio

Para os serviços de segurança destinados a funcionar em condições de incêndio, as prescrições seguintes


devem ser atendidas:

a) deve ser selecionada uma fonte de segurança que possa manter a alimentação pelo tempo
adequado (ver 6.7);

b) todos os componentes devem apresentar adequada resistência ao fogo, seja construtivamente,


seja por meio de disposições equivalentes quando de sua instalação.

6.6.4 Condições quanto ao choque elétrico

No que se refere à proteção contra choques elétricos, a parte da instalação representada pelos
serviços de segurança (fontes, linhas e equipamentos alimentados) deve ser, preferencialmente, objeto
de medida que não implique seccionamento automático da alimentação na ocorrência de uma falta.
Se os serviços de segurança forem concebidos, eletricamente, como um esquema IT, o conjunto deve
ser provido de dispositivo supervisor de isolamento (DSI), como exigido em 5.1.2.2.4.4-d).

6.6.5 Disposição dos componentes

Os componentes devem ser dispostos de modo a facilitar a inspeção periódica, os ensaios e a manutenção.

6.6.6 Fontes de segurança

6.6.6.1 Podem ser usadas como fontes de segurança:

a) baterias de acumuladores;

b) geradores independentes da fonte normal;

c) alimentação derivada da rede pública de distribuição e efetivamente independente da fonte normal.

NOTA A alimentação independente referida em 6.6.6.1-c) pode ser uma entrada efetivamente separada
ou derivação de uma mesma entrada. E como a própria alimentação normal geralmente provém da rede
pública de distribuição, a independência exigida pressupõe que a falha ou indisponibilidade simultânea de
ambas as fontes, a normal e a de segurança, seja uma ocorrência altamente improvável.

6.6.6.2 As fontes de segurança devem ser instaladas da mesma forma que um equipamento fixo e
de tal maneira que não possam ser afetadas por falha da fonte normal.

6.6.6.3 As fontes de segurança devem ser acessíveis apenas às pessoas advertidas ou qualificadas
(BA4 ou BA5), conforme Tabela 8.

6.6.6.4 Na instalação das fontes de segurança devem ser garantidas exaustão e ventilação
adequadas, de modo a impedir que eventuais gases ou fumaça delas emanados venham a penetrar

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áreas ocupadas por funcionamento das fontes em paralelo. Podem ser necessárias precauções para
limitar a circulação de corrente entre os pontos neutros das fontes. Essas precauções têm em vista,
em particular, os efeitos da terceira harmônica.

6.6.6.5 Uma fonte de segurança só pode ser utilizada para outros serviços que não os de segurança
se isso não comprometer sua disponibilidade para os serviços de segurança. Além dos requisitos
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de 6.9.2, qualquer falta ou perturbação que venha a ocorrer em circuito não destinado a alimentar
serviços de segurança não pode provocar a abertura de nenhum circuito que alimente serviços
de segurança.

NOTA Em situações de emergência, e quando o serviço de segurança envolvido assim exigir, pode ser
necessário o desligamento automático de cargas não vinculadas a serviços de segurança.

6.6.6.6 As prescrições de 6.6.6.2 a 6.6.6.5 não se aplicam a equipamentos alimentados individualmente


por baterias autônomas.

NOTA Entende-se por “bateria autônoma” o conjunto constituído de bateria isenta de manutenção,
carregador e dispositivo de teste.

6.6.6.7 Prescrições específicas para serviços de segurança em que as fontes não podem funcionar
em paralelo:

6.6.6.7.1 Devem ser tomadas todas as precauções para evitar o paralelismo das fontes – por
exemplo, com intertravamentos mecânicos.

6.6.6.7.2 A proteção contra curtos-circuitos e a proteção contra choques elétricos devem ser
garantidas qualquer que seja a fonte em funcionamento.

6.6.6.8 Prescrições específicas para serviços de segurança em que as fontes podem funcionar
em paralelo.

NOTA O funcionamento em paralelo de fontes independentes geralmente requer a concordância da


empresa distribuidora de energia elétrica, que pode exigir dispositivos especiais, por exemplo, para evitar
reversão de potência.

A proteção contra curtos-circuitos e a proteção contra choques elétricos devem ser garantidas qualquer
que seja a fonte em funcionamento.

6.6.7 Circuitos de segurança

6.6.7.1 Os circuitos dos serviços de segurança devem ser independentes de outros circuitos.

NOTA 1 Isso significa que nenhuma falta, intervenção ou modificação em circuito não pertencente aos
serviços de segurança possa afetar o funcionamento do(s) circuito(s) dos serviços de segurança. Para tanto,
pode ser necessário separar os circuitos dos serviços de segurança dos demais circuitos, mediante materiais
resistentes ao fogo, condutos e/ou percursos distintos.

NOTA 2 No caso de equipamentos alimentados individualmente por baterias autônomas, a alimentação para
carga da bateria autônoma não precisa ser independente da alimentação de outros circuitos. Entende-se por
“bateria autônoma” o conjunto constituído de bateria isenta de manutenção, carregador e dispositivo de teste.

6.6.7.2 As linhas elétricas contendo circuitos de serviços de segurança não podem atravessar locais
com riscos de incêndio (BE2 – Tabela 8), a menos que elas sejam resistentes ao fogo. As linhas não
podem atravessar, em nenhuma hipótese, locais com riscos de explosão (BE3 – Tabela 8).

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NOTA Recomenda-se, sempre que possível, evitar que as linhas contendo circuitos de segurança
atravessem locais onde haja algum risco de incêndio, mesmo que elas sejam resistentes ao fogo.

6.6.7.3 A proteção contra sobrecargas pode ser omitida, se a perda da alimentação representar um
perigo maior. Caso esta proteção seja omitida, deve-se monitorar a ocorrência de sobrecargas.

6.6.7.4 Os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes devem ser selecionados e instalados de


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modo a evitar que a sobrecorrente em um circuito prejudique o funcionamento correto dos demais
circuitos dos serviços de segurança.

6.6.7.5 Os dispositivos de proteção, manobra e controle, incluindo os controles da iluminação


de segurança, devem ser claramente identificados e acessíveis apenas a pessoas advertidas ou
qualificadas (BA4 ou BA5), conforme Tabela 8.

6.6.8 Equipamentos de utilização

6.6.8.1 Nos sistemas de iluminação, o tipo de lâmpada deve ser compatível com o tempo de
comutação da fonte, para que a iluminância especificada possa ser mantida.

NOTA Sobre luminárias para iluminação de segurança, ver ABNT NBR IEC 60598-2-22.

6.6.8.2 Em um equipamento alimentado por dois circuitos distintos, uma falta em um dos circuitos não
pode prejudicar a proteção contra choques elétricos, nem o funcionamento correto do outro circuito.
O equipamento deve ser ligado aos condutores de proteção dos dois circuitos, a menos que a proteção
contra choques elétricos de que o equipamento for dotado não envolva o uso de condutor de proteção.

7 Verificação
7.1 Prescrições gerais

7.1.1 Esta subseção especifica os requisitos para a verificação inicial e periódica de uma instalação
elétrica.

7.1.2 As especificações de 7.2 fornecem os requisitos aplicáveis para a verificação inicial, por inspeção
e por ensaio, de uma instalação elétrica para determinar, na medida do possível, a conformidade aos
requisitos desta Norma. Tratam também dos requisitos para o relatório dos resultados da verificação
inicial. A verificação inicial ocorre após a conclusão de uma instalação elétrica nova, ou após
a conclusão de uma extensão ou de uma modificação de uma instalação elétrica existente.

7.1.3 As especificações de 7.8 fornecem os requisitos aplicáveis para a verificação periódica de


uma instalação elétrica para determinar, na medida do possível, se a instalação elétrica e todos os
seus componentes estão em condições satisfatórias de utilização. Tratam também dos requisitos para
o relatório dos resultados da verificação periódica.

7.2 Verificação inicial

7.2.1 Qualquer instalação elétrica nova, extensão ou modificação deve ser verificada, na medida do
possível, durante a montagem e quando concluída, antes de ser colocada em serviço, de forma a se
verificar a conformidade com as prescrições desta Norma.

7.2.2 A documentação da instalação requerida em 6.1.8 deve ser fornecida ao pessoal encarregado
da verificação. Essa documentação, como especificado em 6.1.8.2, deve refletir a instalação “como
construída” (“as built”).

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7.2.3 A verificação inicial deve incluir a comparação dos resultados com os critérios pertinentes para
confirmar que os requisitos desta Norma foram atendidos.

7.2.4 Devem ser tomadas precauções para assegurar que a verificação não cause perigo para as
pessoas ou animais, e que não provoque danos aos bens e aos equipamentos, mesmo se o circuito
estiver com defeito.
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7.2.5 Deve-se verificar se a extensão ou modificação de uma instalação elétrica existente atende aos
requisitos desta Norma e não prejudica a segurança desta instalação elétrica, e que a segurança da
nova instalação não comprometa a instalação elétrica existente. Em caso de extensão ou modificação,
deve ser verificado também se ela não compromete a segurança da instalação existente.

7.2.6 As verificações devem ser realizadas por profissionais qualificados, com experiência e competência
em inspeções.

7.3 Inspeção

7.3.1 A inspeção visual deve preceder os ensaios e ser efetuada normalmente com a instalação
desenergizada.

7.3.2 A inspeção visual é destinada a verificar se os componentes que constituem a instalação fixa
permanente:

a) são conforme as normas aplicáveis;

NOTA Isto pode ser verificado por marca de conformidade, certificação ou informação declarada
pelo fornecedor.

b) foram corretamente selecionados e instalados de acordo com esta Norma e com as instruções
dos fabricantes;

c) não apresentam danos aparentes que possam comprometer seu funcionamento adequado
e a segurança.

7.3.3 A inspeção deve compreender pelo menos a verificação das condições a seguir, quando
aplicáveis:

a) as medidas de proteção contra os choques elétricos (ver 5.1);

b) a presença de barreiras corta-fogo e de outras disposições para limitar a propagação de fogo


e a proteção contra os efeitos térmicos (ver 5.2);

c) a seleção dos condutores em relação às capacidades de condução de corrente (ver 6.2);

d) a seleção, localização, ajuste, seletividade e coordenação dos dispositivos de proteção e dos


dispositivos monitoramento (ver 6.3);

e) a seleção, localização e instalação dos dispositivos de proteção contra as sobretensões (DPS)


apropriados, quando especificado (ver 6.3);

f) a seleção, localização e instalação de dispositivos de seccionamento e de interrupção apropriados


(ver 6.3);

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g) a seleção dos componentes e das medidas de proteção apropriados às influências externas e aos
esforços mecânicos (ver 5.2.2, 6.1.3.2 ,6.2.4, Seção 9 e Anexo C);

h) a identificação dos condutores neutro e de proteção (ver 6.1.5);

i) a presença de esquemas, avisos de advertência ou informações análogas;


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j) a identificação dos circuitos, dispositivos de proteção contra as sobrecorrentes, interruptores,


bornes etc. (ver 6.1.5);

k) a adequação das terminações e das conexões dos cabos e condutores (ver 6.2.8);

l) a seleção e instalação do sistema de aterramento, dos condutores de proteção e suas conexões


(ver 6.4);

m) a acessibilidade dos equipamentos para seus adequados funcionamento, identificação e manutenção


(ver 4.1.10 e 6.1.4);

n) as medidas contra as perturbações eletromagnéticas (ver 6.1.7);

o) as massas estão conectadas ao sistema de aterramento (ver 5.1.2);

p) a seleção e instalação das linhas elétricas (ver 6.2).

A inspeção deve compreender todos os requisitos específicos relativos às instalações ou aos locais
específicos.

7.4 Ensaios

7.4.1 Os métodos de ensaio aqui descritos devem ser vistos como métodos de referência. Isso
significa que outros métodos podem ser utilizados, desde que, comprovadamente, produzam
resultados não menos confiáveis.

7.4.2 Os instrumentos de medição e os equipamentos e métodos de monitoramento devem ser


selecionados de acordo com a ABNT NBR IEC 61557-12 e as partes correspondentes da série
IEC 61557. Se outros equipamentos de medição forem utilizados, seus níveis de desempenho e de
segurança devem ser igualmente seguros.

7.4.3 Os seguintes ensaios devem ser realizados, quando pertinentes, e, preferivelmente, na


sequência apresentada:

a) ensaio de continuidade dos condutores (ver 7.5);

b) ensaio de resistência de isolamento da instalação elétrica (ver 7.6);

c) ensaio de resistência de isolamento para confirmar a eficácia da proteção por SELV, PELV ou
separação elétrica (ver 7.7);

d) ensaio de polaridade (ver 7.8);

e) ensaio para confirmar a eficácia do seccionamento automático da alimentação (ver 7.9);

f) ensaio para confirmar a eficácia da proteção suplementar (ver 7.12);

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g) ensaio de sequência de fases (ver 7.13);

h) ensaios de funcionamento (ver 7.14);

i) ensaio de verificação da queda de tensão (ver 7.15).

7.4.4 No caso de não-conformidade, o ensaio deve ser repetido, após a correção do problema, bem
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como todos os ensaios precedentes que possam ter sido influenciados.

7.4.5 Ao ensaiar em uma atmosfera potencialmente explosiva, precauções de segurança apropriadas


são necessárias de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-17.

7.5 Ensaio de continuidade dos condutores


A continuidade dos condutores e a conexão às massas, se existirem, devem ser verificadas por
medição da resistência:

a) dos condutores de proteção, incluindo os condutores de equipotencialização;

b) das massas;

c) dos condutores vivos, no caso de circuitos terminais em anel.

7.6 Ensaio de resistência de isolamento da instalação elétrica


7.6.1 A resistência de isolamento deve ser medida entre:

a) condutores vivos, tomados dois a dois;

b) condutores vivos e os condutores de proteção conectados ao sistema de aterramento.

7.6.2 Durante esta medição, os condutores vivos podem ser conectados entre si. Na prática, pode
ser necessário realizar esta medição durante a instalação, antes da conexão dos equipamentos.

7.6.3 Quando o circuito incluir equipamentos que possam influenciar os resultados ou serem danificados,
somente uma medição deve ser realizada entre os condutores vivos conectados entre si e a terra.

7.6.4 A resistência de isolamento medida com as tensões de ensaio indicadas na Tabela 37 deve ser
considerada como atendida, se o dispositivo de seccionamento geral e cada circuito de distribuição
ensaiado separadamente, com todos os seus circuitos terminais conectados, exceto os equipamentos
que circulam corrente, tiverem uma resistência de isolamento não inferior ao valor apropriado indicado
na Tabela 37.

Tabela 37 – Valores mínimos de resistência de isolamento


Tensão de ensaio em Resistência de isolamento
Tensão nominal do circuito
corrente contínua mínimo
V
V MΩ
SELV e PELV 250 0.5
Até 500 V inclusive 500 1
Acima de 500 V 1 000 1

7.6.5 Quando os dispositivos de proteção contra surtos (DPS) ou outros componentes podem

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influenciar o ensaio de verificação, ou serem danificados, estes componentes devem ser desconectados
antes de realizar o ensaio de resistência de isolamento.

7.6.6 Quando não for razoavelmente praticável desconectar estes componentes (por exemplo, no
caso de tomadas de corrente fixas incorporando DPS), a tensão de ensaio, para um circuito específico,
pode ser reduzida para 250 V em corrente contínua, mas a resistência de isolamento deve ter um valor
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de, pelo menos, 1 MΩ.

7.6.7 Para facilitar a medição, o condutor neutro deve ser desconectado do barramento de
equipotencialização principal (BEP).

7.6.8 Nos esquemas TN-C, convém realizar uma medição entre os condutores vivos e o condutor PEN.

7.6.9 Os valores de resistência de isolamento são geralmente muito maiores do que os da Tabela 37.
Quando os valores medidos apresentam diferenças evidentes entre os circuitos, a identificação das
razões destas diferenças requer uma investigação adicional.

7.7 Ensaio de resistência de isolamento para confirmar a eficácia do SELV, PELV


ou separação elétrica
A separação dos circuitos deve ser de acordo com 7.7.1 no caso de proteção por SELV, com 7.7.2
no caso de proteção por PELV e com 7.7.3 no caso de proteção por separação elétrica.

O valor da resistência indicada em 7.7.1, 7.7.2 e 7.7.3 deve ser pelo menos àquela do circuito com
a maior tensão presente de acordo com a Tabela 37.

7.7.1 Proteção por SELV

A separação das partes vivas entre outros circuitos e a terra, de acordo com 5.1.2.5, deve ser verificada
pela medição da resistência de isolamento.

7.7.2 Proteção por PELV

A separação das partes vivas em acordo com 5.1.2.5, deve ser verificada pela medição da resistência
de isolamento.

7.7.3 Proteção por separação elétrica

A separação entre as partes vivas, diferentes de outros circuitos e a terra, de acordo com 5.1.2.4, deve
ser verificada pela medição da resistência de isolamento.

7.8 Ensaio de polaridade


7.8.1 Quando aplicável, a polaridade da alimentação na origem da instalação elétrica deve ser
verificada antes da instalação ser energizada.

7.8.2 Quando os dispositivos de interrupção unipolares não forem permitidos no condutor neutro, um
ensaio deve ser realizado para verificar que todos estes dispositivos estão conectados somente ao(s)
condutor(es) de linha.

7.8.3 Convém que o ensaio de polaridade, verifique que:

a) os fusíveis e os dispositivos de comando e de proteção unipolares estão conectados somente ao


condutor de linha;

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b) exceto para os porta-lâmpadas E14 e E27, de acordo com a ABNT NBR IEC 60238, nos circuitos
onde o condutor neutro é aterrado no contato central da baioneta e para os porta lâmpadas com
rosca Edson, os contatos externos ou aparafusados são conectados ao condutor neutro;

c) as conexões às tomadas de corrente e acessórios similares estão corretas.


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7.9 Ensaio para confirmar a eficácia do seccionamento automático da alimentação

NOTA Quando os dispositivos DR forem também utilizados para a proteção contra incêndio, a verificação
das condições de proteção por seccionamento automático da alimentação pode ser considerada como
abrangendo os requisitos aplicáveis de 5.2.3.3.

7.9.1 Generalidades

A verificação da eficácia das medidas de proteção contra faltas por seccionamento automático
da alimentação é realizada conforme 7.9.2 a 7.9.4.

7.9.2 Para um esquema TN

A conformidade com os requisitos de 5.1.2.2.4.2-d) deve ser verificada por:

a) Medição da impedância do percurso da corrente de falta sempre que possível (ver 7.11).

— Alternativamente, onde a medição da impedância do percurso da corrente de falta não


for possível, a verificação da continuidade elétrica dos condutores de proteção (ver 7.5)
é suficiente, desde que os cálculos da impedância do percurso da corrente de falta ou da
resistência do condutor de proteção estejam disponíveis.

b) Verificação das características e/ou eficácia do dispositivo de proteção associado. Esta verificação
deve ser realizada:

— para os dispositivos de proteção contra as sobrecorrentes, por inspeção visual ou outros


métodos apropriados (ou seja, ajuste do disparo instantâneo ou de retardo dos disjuntores,
corrente nominal e tipo de fusíveis);

— por inspeção visual e ensaio para os dispositivos DR.

A eficácia do seccionamento automático por dispositivos DR deve ser verificada por meio
de equipamentos de ensaio apropriados, de acordo com a IEC 61557-6, confirmando que
os requisitos correspondentes indicados em 5.1.2.2.4.2-d) são atendidos, considerando as
características de funcionamento do dispositivo. A eficácia da medida de proteção é verificada
no caso de o seccionamento ocorrer com uma corrente de falta inferior ou igual à corrente
diferencial residual nominal I∆n.

É recomendado verificar os tempos de seccionamento requeridos por 5.1.2.2.4.2-d). No


entanto, os requisitos relativos aos tempos de seccionamento devem ser verificados no caso
de extensões e de modificações de uma instalação existente, quando os dispositivos DR
existentes também forem utilizados como dispositivos de secionamento para este tipos de
extensões e de modificações.

Quando a eficácia da medida de proteção foi confirmada em um ponto localizado a jusante de um


dispositivo DR, a proteção da instalação a jusante deste ponto pode ser comprovada pela confirmação
da continuidade dos condutores de proteção.

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7.9.3 Para um esquema TT

A conformidade com os requisitos de 5.1.2.2.4.3-b) deve ser verificada por:

a) Medição da resistência RA do aterramento das massas da instalação (ver 7.10).

Quando uma medição de RA não for praticável, o valor medido da impedância do percurso de falta
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à terra pode ser utilizado (ver Anexo H, Métodos H2 e H3).

b) Verificação das características e/ou eficácia do dispositivo de proteção associado. Esta verificação
deve ser realizada por inspeção visual e ensaio para os dispositivos DR.

A eficácia do seccionamento automático por dispositivos DR deve ser verificada por meio de
equipamentos de ensaio apropriados, de acordo com a IEC 61557-6, confirmando que os requisitos
correspondentes indicados em 5.1.2.2.4.3-b) são atendidos, considerando as características de
funcionamento do dispositivo. A eficácia da medida de proteção é verificada no caso de o seccionamento
ocorrer com uma corrente de falta inferior ou igual à corrente diferencial residual nominal I∆n.

Onde a eficácia da medida de proteção foi confirmada em um ponto localizado a jusante de um


dispositivo DR, a proteção da instalação a jusante deste ponto pode ser comprovada pela confirmação
da continuidade dos condutores de proteção.

7.9.4 Para um esquema IT

A conformidade com os requisitos de 5.1.2.2.4.4 deve ser verificada por cálculo ou medição da corrente
Id no caso de uma primeira falta de um condutor vivo.

A medição é realizada somente se o cálculo não for possível, porque todos os parâmetros não
são conhecidos. Devem ser tomadas precauções durante a medição para evitar os perigos devido
a uma dupla falta.

No caso de uma dupla falta à terra, a impedância do percurso da corrente de falta deve ser verificada
por cálculos ou medições. Quando as condições forem similares àquelas de um esquema TT (ver
5.1.2.2.4.3), a verificação deve ser realizada nas mesmas condições que aquelas aplicáveis para
um esquema TT (ver 7.9.3). Quando as condições forem similares àquelas de um esquema TN (ver
5.1.2.2.4.2), a verificação por medição deve ser realizada como a seguir:

— Para instalações IT alimentadas por um transformador local, a impedância do percurso da corrente


de falta é medida inserindo uma conexão com impedância desprezível entre um condutor vivo e
a terra no ponto de origem da instalação. A impedância percurso da corrente de falta é medida
entre um segundo condutor vivo e o condutor de proteção no final do circuito. A verificação é
obtida se o valor medido for ≤ 50 % da impedância máxima permitida do laço.

Para os esquemas IT conectados a uma rede pública, a verificação da impedância do percurso da


corrente de falta consiste em assegurar a verificação da continuidade do condutor de proteção e
pela medição da impedância do laço entre dois condutores vivos no final do circuito. A verificação
é obtida se o valor medido for ≤ 50 % da impedância máxima permitida do laço. Medições mais
detalhadas são necessárias se a verificação não for concluída.

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7.10 Medição da resistência de aterramento das massas as instalação

A medição da resistência de aterramento, quando prescrita , deve ser realizada por um método apropriado.
Quando não for possível medir a resistência, ela pode ser calculada utilizando os valores aplicáveis.

NOTA 1 O Anexo H, Método HI1 descreve, como exemplo, um método de medição utilizando dois eletrodos
de aterramentos auxiliares e as condições a serem atendidas.
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NOTA 2 Quando a localização da instalação (por exemplo, em cidades) for de maneira que não seja possível,
na prática, dispor de dois eletrodos de aterramento auxiliares, a medição da impedância do percurso da
corrente de falta, de acordo com 7.11, ou Anexo I, Métodos H2 e H3, indicam um valor aproximado aceitável.

7.11 Medição da impedância do percurso da corrente de falta

7.11.1 Um ensaio de continuidade elétrica dos condutores deve ser realizado de acordo com 7.5
antes de realizar a medição da impedância do percurso da corrente de falta.

7.11.2 A impedância do percurso da corrente de falta medida deve atender 5.1.2.2.4.2 alínea d), para
o esquema TN, e 5.1.2.2.4.4 alínea e) para o esquema IT (ver Anexo J).

7.11.3 Quando os requisitos de 7.10 não forem atendidos, ou em caso de dúvida e quando for
aplicada uma equipotencialização suplementar, a eficácia desta ligação deve ser verificada de acordo
com 5.1.3.1.3.

7.12 Ensaio para confirmar a eficácia da proteção suplementar

7.12.1 A confirmação da eficácia das medidas aplicadas para a proteção adicional, conforme 5.1.3
e Seção 9, é realizada por inspeção visual e ensaio.

7.12.2 Quando a proteção suplementar requer um dispositivo DR, a eficácia do seccionamento


automático da alimentação por dispositivo DR deve ser verificada por meio de equipamentos de ensaio
apropriados de acordo com a IEC 61557-6.

7.12.3 Quando a proteção adicional é assegurada por equipotencialização suplementar, a eficácia


desta ligação deve ser verificada de acordo com 5.1.3.1.

7.13 Ensaio de sequência de fases

No caso de circuitos polifásicos, deve-se verificar que a ordem das fases é mantida.

7.14 Ensaios de funcionamento

7.14.1 Os equipamentos devem ser submetidos aos ensaios de funcionamento destinados a verificar
se estão corretamente montados, ajustados e instalados de acordo com os requisitos desta Norma.

Exemplos destes equipamentos são:

a) conjuntos de manobra e comando, acionamentos, comandos e intertravamentos;

b) sistemas de desligamento de emergência e de parada de emergência;

c) monitoramento de isolamento.

NOTA Esta lista não é exaustiva.

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7.14.2 Os dispositivos de proteção devem ser submetidos a ensaio de funcionamento, se necessário,


para verificar se estão devidamente instalados e ajustados. Quando for necessário que um dispositivo
DR assegure a proteção em caso de falta e/ou de proteção adicional, a eficácia do teste incorporado
no dispositivo DR deve ser verificada.

7.15 Verificação da queda de tensão


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7.15.1 Quando a verificação da conformidade com 6.2.7 for requerida, a queda de tensão deve ser
avaliada por medição ou cálculo.

7.15.2 A medição pode ser realizada:

a) pela comparação da diferença entre a tensão com e sem a carga de projeto conectada, ou

b) pela comparação da diferença entre a tensão com e sem uma carga conhecida conectada
e recalculada de acordo com a carga de projeto, ou

c) pelos valores das impedâncias do circuito.

7.16 Relatórios para a verificação inicial

7.16.1 Após a conclusão da verificação de uma nova instalação, de extensões ou de modificações


de uma instalação existente, um relatório de verificação da instalação elétrica deve ser fornecido.
Esta documentação deve incluir detalhes da instalação abrangida pelo relatório, juntamente com
um registro da inspeção e os resultados dos ensaios.

7.16.2 Quaisquer defeitos ou omissões detectados durante a verificação da instalação devem


ser corrigidos antes que a pessoa que realiza a verificação declare a conformidade da instalação
de acordo com esta Norma.

7.16.3 No caso de uma verificação inicial das extensões ou modificações de instalações existentes,
se for o caso, o relatório poderá conter recomendações de reparos e melhorias.

7.16.4 O relatório inicial deve incluir os seguintes elementos:

a) inspeções;

b) circuitos ensaiados e resultados dos ensaios.

7.16.5 Os registros dos detalhes do circuito e dos resultados dos ensaios devem identificar cada um
dos circuitos, incluindo seu(s) dispositivo(s) de proteção associado(s) e devem incluir os resultados
dos ensaios e as medições apropriadas.

7.16.6 A pessoa responsável pelo projeto, construção e verificação da instalação deve fornecer
o relatório, considerando suas respectivas responsabilidades, juntamente com os registros mencionados
em 7.16.7.

7.16.7 Convém que o relatório inicial da instalação elétrica indique uma recomendação para o período
entre a verificação inicial e a primeira verificação periódica.

7.16.8 Os relatórios devem ser compilados e assinados por uma ou mais pessoas qualificadas
no escopo da verificação.

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7.17 Verificação periódica

7.17.1 Generalidades

7.17.1.1 Quando for requerida, a verificação periódica de cada instalação elétrica deve ser realizada
de acordo com as especificações de 7.17.1.2 a 7.17.1.10
Projeto em Consulta Nacional

7.17.1.2 Sempre que possível, os registros e as recomendações de verificações anteriores devem ser
considerados.

7.17.1.3 Na ausência de relatório anterior, é necessária a realização de um levantamento preliminar.

7.17.1.4 A verificação periódica deve ser realizada sem desmontagem, ou com desmontagem
parcial, conforme requerido, complementada por ensaios e medições apropriados, conforme 7.4, para
assegurar:

a) a segurança de pessoas e dos animais contra os efeitos dos choques elétricos e queimaduras;

b) proteção contra danos materiais devido a um incêndio e ao aumento de temperatura devido a um


de defeito da instalação elétrica;

c) confirmação de valores nominais e de valores de ajuste corretos dos dispositivos de proteção


requeridos por esta Norma;

d) confirmação de valores nominais e de valores de ajuste corretos dos dispositivos de proteção


e monitoramento;

e) confirmação de que a instalação não está danificada ou deteriorada de modo que prejudique
a segurança;

f) identificação dos defeitos da instalação e dos desvios em relação aos requisitos das partes
correspondentes desta Norma, que possam levar a perigo.

7.17.1.5 Quando um circuito for monitorado permanentemente por um RCM (dispositivo de


monitoramento à corrente diferencial residual, de acordo com a IEC 62020-1) ou por um DSI (dispositivo
supervisor de isolamento, de acordo com a IEC 61557-8), a medição da resistência de isolamento não
é necessária, se o funcionamento do DSI ou do RCM estiver correto.

7.17.1.6 O funcionamento do RCM ou do DSI deve ser verificado.

NOTA As instalações existentes podem ter sido projetadas e instaladas de acordo com as edições
anteriores da ABNT NBR 5410 aplicáveis no momento de seu projeto e instalação. Isto não significa
necessariamente que estas instalações são inseguras.

7.17.1.7 Precauções devem ser tomadas para assegurar que a verificação periódica não apresente
perigo para as pessoas ou animais e não provoque danos aos bens e aos equipamentos, mesmo se
o circuito estiver com defeito.

7.17.1.8 Os instrumentos de medição e equipamentos de monitoramento e os métodos devem ser


escolhidos de acordo com a ABNT NBR IEC 61557-12 e as partes correspondentes da série IEC 61557.
Se outros equipamentos de medição forem utilizados, o nível de desempenho e de segurança não
podem ser reduzidos.

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7.17.1.9 Os detalhes de qualquer dano, deterioração, defeitos ou condições perigosas devem ser
registrados no relatório.

7.17.1.10 A verificação deve ser realizada por pessoa qualificada, competente no escopo da verificação.

7.17.2 Frequência da verificação periódica


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7.17.2.1 A frequência da verificação periódica de uma instalação deve ser determinada considerando
o tipo de instalação e dos equipamentos, a sua utilização e funcionamento, a frequência e a qualidade
da manutenção e as influências externas às quais estará sujeita.

7.17.2.2 O intervalo máximo entre verificações periódicas pode ser estabelecido por regulamentos
públicos ou, quando estes não existirem, pode ser conveniente aplicar o descrito em 7.17.2.3
a 7.17.2.6.

7.17.2.3 O intervalo entre verificações pode ser de vários anos (por exemplo, quatro anos), com
exceção dos seguintes casos em que pode existir um risco mais elevado e períodos mais curtos
podem ser necessários:

a) locais de trabalho ou locais onde existem riscos de choque elétrico, incêndio ou explosão devido
à degradação;

b) locais de trabalho ou locais onde existam simultaneamente instalações de baixa e alta tensão;

c) instalações em locais de afluência de público (ver ABNT NBR 13570);

d) canteiros de obras (ver ABNT NBR 17018);

e) instalações de segurança (por exemplo, luminárias para iluminação de emergência).

7.17.2.4 Para os locais de habitação, podem ser considerados períodos mais longos de intervalo
entre as verificações (por exemplo, 10 anos). No entanto, independentemente do período fixado,
quando ocorrer a mudança de pessoas para uma habitação (por exemplo, por aluguel do imóvel),
é fortemente recomendada uma verificação da instalação elétrica antes da sua ocupação.

7.17.2.5 Convém também considerar os resultados e as recomendações dos relatórios anteriores.

7.17.2.6 No caso de uma instalação abrangida por um sistema de gestão comprovadamente eficaz
para a manutenção preventiva em utilização normal, a verificação periódica pode ser substituída por
um programa apropriado de monitoramento e de manutenção permanentes da instalação e de todos
os seus componentes constituintes, desde que o programa seja aplicado por pessoas qualificadas.
Os registros apropriados devem ser mantidos.

7.17.3 Relatórios de verificação periódica

7.17.3.1 Após a conclusão da verificação periódica de uma instalação existente, um relatório das
condições da instalação elétrica deve ser fornecido.

7.17.3.2 O relatório deve incluir os seguintes elementos:

a) detalhes das partes da instalação que foram inspecionadas;

b) eventuais restrições relativas à inspeção e aos ensaios;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 243/331


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c) danos, deteriorações, defeitos ou condições perigosas observados;

d) qualquer não conformidade com os requisitos desta Norma que possa ser perigosa;

e) as listas das inspeções realizadas;

f) as listas dos resultados dos ensaios apropriados detalhados em 7.4.


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7.17.3.3 Se for o caso, o relatório pode conter recomendações para os reparos e as melhorias, como
a modernização da instalação para atender às normas vigentes.

7.17.3.4 O relatório deve conter uma recomendação para o intervalo até a próxima inspeção periódica.

7.17.3.5 O relatório deve ser compilado e assinado por uma ou mais pessoas qualificadas no escopo
da verificação.

7.17.3.6 O relatório deve ser fornecido pela pessoa responsável pela verificação, ou pessoa autorizada
a agir em seu nome, para a pessoa que solicitou a verificação.

8 Manutenção
8.1 Periodicidade

A periodicidade da manutenção deve ser adequada a cada tipo de instalação. Por exemplo, essa
periodicidade deve ser tanto menor quanto maior a complexidade da instalação (quantidade e diversidade
de equipamentos), sua importância para as atividades desenvolvidas no local e a severidade das
influências externas a que a instalação está sujeita.

8.2 Qualificação do pessoal

Verificações e intervenções nas instalações elétricas devem ser executadas somente por pessoas
advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5), conforme Tabela 8.

8.3 Verificações de rotina – Manutenção preventiva

Sempre que possível, as verificações devem ser realizadas com a instalação desenergizada.

Invólucros, tampas e outros meios destinados a garantir proteção contra contatos com partes vivas
podem ser removidos para fins de verificação ou manutenção, mas devem ser completa e prontamente
restabelecidos ao término destes procedimentos.

8.3.1 Condutores

Deve ser inspecionado o estado da isolação dos condutores e de seus elementos de conexão, fixação
e suporte, com vista a detectar sinais de aquecimento excessivo, rachaduras e ressecamentos,
verificando-se também se a fixação, identificação e limpeza se encontram em boas condições.

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8.3.2 Quadros de distribuição e painéis

8.3.2.1 Estrutura

Deve ser verificada a estrutura dos quadros e painéis, observando-se seu estado geral quanto a
fixação, integridade mecânica, pintura, corrosão, fechaduras e dobradiças. Deve ser verificado o
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estado geral dos condutores e cordoalhas de aterramento

8.3.2.2 Componentes

No caso de componentes com partes móveis, como contatores, relés, chaves seccionadoras, disjuntores
etc., devem ser inspecionados, quando o componente permitir, o estado dos contatos e das câmaras
de arco, sinais de aquecimento, limpeza, fixação, ajustes e calibrações. Se possível, o componente
deve ser acionado umas tantas vezes, para se verificar suas condições de funcionamento.

No caso de componentes sem partes móveis, como fusíveis, condutores, barramentos, calhas, canaletas,
conectores, terminais, transformadores etc., deve ser inspecionado o estado geral, verificando-se a
existência de sinais de aquecimento e de ressecamentos, além da fixação, identificação e limpeza.

No caso de sinalizadores, deve ser verificada a integridade das bases, fixação e limpeza interna e externa.

NOTA Recomenda-se que o reaperto das conexões seja feito no máximo 90 dias após a entrada em
operação da instalação elétrica e repetido em intervalos regulares.

8.3.3 Equipamentos móveis

As linhas flexíveis que alimentam equipamentos móveis devem ser verificadas conforme 8.3.1, bem
como a sua adequada articulação.

8.3.4 Ensaios

Devem ser efetuados os ensaios descritos em 7.3.2 a 7.3.5, além de 7.3.7, levando em consideração
as prescrições de 7.3.1.1 e 7.3.1.2.

8.3.5 Ensaio geral

Ao término das verificações, deve ser efetuado um ensaio geral de funcionamento, simulando-se pelo
menos as situações que poderiam resultar em maior perigo.

Deve ser verificado se os níveis da tensão de operação estão adequados.

8.4 Manutenção corretiva

Toda instalação ou parte que, como resultado das verificações indicadas em 8.3, for considerada
insegura deve ser imediatamente desenergizada, no todo ou na parte afetada, e somente deve ser
recolocada em serviço após correção dos problemas detectados.

Toda falha ou anormalidade constatada no funcionamento da instalação ou em qualquer de seus


componentes, sobretudo os casos de atuação dos dispositivos de proteção sem causa conhecida,
deve ser comunicada a uma pessoa advertida (BA4) ou qualificada (BA5), providenciando-se a correção
do problema.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 245/331


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9 Requisitos complementares para instalações ou locais específicos


As prescrições desta seção complementam, modificam ou substituem as prescrições gerais contidas
em todas as seções anteriores desta Norma. Em tudo que não for disposto diferentemente, permanecem
válidas e aplicáveis as prescrições gerais pertinentes.
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9.1 Locais contendo banheira ou chuveiro ou ducha

9.1.1 Campo de aplicação

Esta subseção contém prescrições complementares aplicáveis a locais contendo banheiras, piso-boxes,
boxes e outros compartimentos para banho. Nesses locais o risco de choque elétrico aumenta, devido
à redução da resistência do corpo humano e ao contato com o potencial da terra. Para cabines
de banho pré-fabricadas, os volumes são aplicados na situação da posição prevista da banheira
ou do chuveiro ou ducha. As prescrições não se aplicam às instalações de emergência, como chuveiros
de emergência em áreas industriais ou laboratórios.

Cortinas de banheiro ou materiais flexíveis equivalentes não podem ser utilizados para limitar os volumes.

Quando o chuveiro ou ducha estiver localizado no volume 1 de uma banheira, aplicam-se os volumes
para a banheira.

Quando o chuveiro ou ducha tiver mais do que uma saída de água, o limite dos volumes a serem
considerados são os dados pela combinação dos volumes.

NOTA Para salas de balneoterapia podem ser necessárias prescrições especiais.

9.1.2 Determinação das características gerais

9.1.2.1 Classificação dos volumes

Para efeito de aplicação de prescrições desta subseção, os locais contendo banheira ou chuveiro ou
ducha são divididos em três volumes (ver Figuras 34 a 37):

9.1.2.1.1 O volume 0 é limitado:

a) pelo interior da banheira (ver Figura 34), do piso-boxe ou do rebaixo do boxe (local inundável em
uso normal) (ver Figura 35);

b) para chuveiros ou duchas:

— por um plano horizontal com altura de 0,10 m, a partir do nível mais baixo do piso acabado;

— por uma superfície virtual circunscrita vertical situada a uma distância de 1,2 m, do centro do
chuveiro ou ducha, limitada por paredes divisórias fixas que impeçam a água de entrar na
área do outro lado da parede divisória (ver Figura 37);

— As portas dos chuveiros ou duchas destinadas a serem fechadas durante o banho, delimitam
o volume 0 (ver Figura 36).

246/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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9.1.2.1.2 O volume 1 é limitado:

a) para a banheira (ver Figura 34):

— pelo nível do piso embaixo da banheira, do piso do boxe (ver Figura 35) ou, de modo geral,
da superfície onde as pessoas possam se postar para o banho;
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— pelo plano horizontal situado 2,25 m acima do nível do piso embaixo da banheira, do piso
do boxe (ver Figura 35) ou, de modo geral, da superfície onde as pessoas possam se postar
para o banho; ou por um plano horizontal correspondente ao chuveiro ou ducha, se existir,
o que for mais alto;

— pela superfície virtual vertical que circunscreve a banheira;

— pelo volume 0;

b) para chuveiros ou duchas (ver Figura 37):

— pelo nível mais baixo do piso acabado;

— por um plano horizontal correspondendo ao chuveiro mais alto ou ducha mais alta, ou por um
plano horizontal situado 2,25 m acima do nível mais baixo do piso acabado, o que for maior;

— pela superfície virtual circunscrita vertical a uma distância de 1,20 m, do centro do chuveiro
ou ducha, limitada por paredes divisórias fixas que impeçam a água de entrar na área do
outro lado da parede divisória;

— as portas dos chuveiros ou duchas destinadas a serem fechadas durante o banho, delimitam
o volume 0 (ver Figura 36);

— pelo volume 0.

9.1.2.1.3 O volume 2 é limitado:

a) para a banheira (ver Figura 34):

— pelo nível mais baixo do piso acabado;

— por um plano horizontal correspondendo ao chuveiro mais alto ou ducha mais alta, ou por um
plano horizontal situado 2,25 m acima do nível mais baixo do piso acabado, o que for maior;

— pela superfície virtual vertical no limite do volume 1 e a superfície virtual vertical paralela
situada a uma distância de 0,60 m ao redor da superfície vertical externa do volume 1;

— pelo volume 1.

b) para chuveiros ou duchas, não existe volume 2 (ver Figura 37):

NOTA 1 Como ilustrado nas Figuras 34 a 37, as dimensões dos volumes são medidas levando-se em conta
paredes e divisórias fixas.

NOTA 2 O espaço situado sob a banheira é considerado volume 1, se aberto. O mesmo se aplica ao
espaço sob o piso-boxe.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 247/331


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a) Sem parede divisória fixa b) Com parede divisória fixa

Figura 34 – Dimensões dos volumes – Banheira (continua)

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c) Vista lateral

Legenda

0 Volume 0
1 Volume 1 (Ver nota 2 de 9.1.2.1)
2 Volume 2
P Parede divisória fixa
T Distância fora de alcance
Figura 34 (conclusão)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 249/331


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a) Sem parede divisória fixa b) Com parede divisória fixa

c) Vista lateral

Legenda

0 Volume 0
1 Volume 1
2 Volume 2
(*) Ver Nota 2 de 9.1.2.1.

Figura 35 – Dimensões dos volumes – Chuveiro ou ducha, com piso-boxe

250/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Legenda

1 Volume 0 e volume 1
A Portas de chuveiros ou duchas abertas
C Portas de chuveiros ou duchas quando forem utilizadas
B Portas de chuveiros ou duchas quando não forem utilizadas
S Chuveiro ou ducha

Figura 36 – Exemplo de volume para chuveiro ou ducha com portas

a) Chuveiro ou ducha no canto sem parede b) Chuveiro ou ducha distante do canto sem
divisória fixa parede divisória fixa

Figura 37 – Dimensões dos volumes – Chuveiro ou ducha, sem piso-boxe ou rebaixo (continua)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 251/331


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c) Chuveiro ou ducha com parede divisória fixa d) Chuveiro ou ducha sem parede divisória fixa

e) Chuveiro ou ducha com parede divisória fixa

Figura 37 (continuação)

252/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Legenda

0 Volume 0
1 Volume 1
P Parede divisória fixa
T Distância fora de alcance
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S Chuveiro ou ducha
Figura 37 (conclusão)

9.1.3 Proteção para garantir segurança

9.1.3.1 Proteção contra choques elétricos

9.1.3.1.1 No volume 0, admite-se apenas o uso de SELV (ver 5.1.2.5) com tensão nominal não
superior a 12 V em corrente alternada ou 30 V em corrente contínua, sendo que:

a) as partes vivas do sistema SELV, qualquer que seja sua tensão nominal, devem ser providas:

— de isolação básica capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500 V c.a. durante 1 min.; ou

— de barreiras ou invólucros com grau de proteção pelo menos IP2X ou IPXXB;

b) a fonte de segurança deve ser instalada fora do volume 0.

9.1.3.1.2 No volume 2, os componentes instalados devem ser providos:

— de isolação básica capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500 V c.a. durante 1 min.; ou

— de barreiras ou invólucros com grau de proteção pelo menos IP2X ou IPXXB.

9.1.4 Seleção e instalação dos componentes

9.1.4.1 Prescrições comuns

Os componentes da instalação elétrica devem possuir pelo menos os seguintes graus de proteção:

a) no volume 0: IPX7;

b) no volume 1: IPX4;

c) no volume 2: IPX4.

9.1.4.1.1 Equipamentos elétricos que possam ser expostos a jatos de água (por exemplo, para fins
de limpeza) devem ter um grau de proteção de pelo menos IPX5. Um grau de proteção superior deve
ser considerado se condições mais severas forem previstas.

9.1.4.1.2 Quando o equipamento elétrico se estende por mais de um volume, aplicam-se os requisitos
do volume com os requisitos mais severos.

EXEMPLO Para uma luminária que se estende do volume 1 para o volume 2, aplicam-se os requisitos
do volume 1.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 253/331


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9.1.4.2 Linhas elétricas

9.1.4.2.1 Nos volumes 0, 1 e 2, as linhas devem ser limitadas às necessárias à alimentação de


equipamentos situados nesses volumes.

9.1.4.2.2 Nos volumes 0, 1 e 2, as linhas aparentes ou embutidas até uma profundidade de 5 cm


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devem ser conforme 5.1.2.3.4.

9.1.4.2.3 Exceto para os circuitos com medidas de proteção “SELV ou PELV” ou “proteção por
separação elétrica”, a proteção adicional pela utilização de um ou vários dispositivos DR com corrente
nominal diferencial residual não excedendo 30 mA deve ser assegurada para circuitos que atendem
ao local contendo banheira e/ou chuveiro ou ducha;

9.1.4.2.4 Nos volumes 0, 1 e 2, as únicas caixas de derivação admitidas são aquelas destinadas às
ligações dos equipamentos contidos nestes volumes.

9.1.4.3 Dispositivos de proteção, seccionamento e comando (incluindo tomadas de corrente)

9.1.4.3.1 Os requisitos para instalação de dispositivos de proteção, seccionamento e comando


funcional nos Volumes 0, 1 e 2, devem ser conforme a seguir:

a) Nos Volumes 0 e 1 não se admite o uso de tomada de corrente.

b) Nos Volumes 0 e 1 admite-se apenas o uso de dispositivo de comando desde que atenda uma
das opções a seguir:

— cordões isolantes de interruptores acionados a cordão, desde que atendam aos requisitos
da ABNT NBR NM 60669-1;

— elementos de comando (circuitos auxiliares) alimentados em SELV ou funcionando por


radiofrequência, infravermelho ou outro meio que ofereça grau de segurança equivalente.

c) No Volume 2 admite-se o uso de dispositivo de comando, desde que:

— atenda o disposto na alínea b, anterior; ou

— seja do tipo interruptor que atenda aos requisitos da ABNT NBR NM 60669-1, o circuito
possua tensão não superior a 240 V e esteja protegido por dispositivo DR com corrente
diferencial-residual nominal não superior a 30 mA.

d) No volume 2 admite-se o uso de tomada de corrente, desde que o circuito possua tensão não
superior a 240 V e esteja protegido por dispositivo DR com corrente diferencial-residual nominal
não superior a 30 mA.

e) Nos volumes 0, 1 e 2 não são admitidos o uso de dispositivos de proteção e/ou seccionamento.

9.1.4.3.2 Nenhum interruptor ou tomada de corrente deve ser instalado a menos de 0,60 m da porta
aberta de uma cabine de banho pré-fabricada (Figura 38).

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Figura 38 – Cabine de banho pré-fabricada

9.1.4.4 Outros componentes fixos

Estas prescrições não se aplicam a aparelhos alimentados em SELV nas condições de 5.1.2.5
e 9.1.3.1.1, os quais são permitidos em qualquer volume.

9.1.4.4.1 No volume 0, são admitidos somente equipamentos especialmente previstos para uso
em banheira.

9.1.4.4.2 Nos volumes 1 e 2 somente podem ser instalados equipamentos classe I ou II, como
aquecedores de água elétricos, aquecedores para toalha (toalheiro), desembaçadores de espelho,
equipamentos de exaustão, hidromassagem dentre outros.

NOTA (comum à prescrição de 9.1.4.4.2) – Sobre classificação dos componentes da instalação quanto
à proteção contra choques elétricos (classes I, II e III), ver IEC 61140.

9.2 Piscinas e fontes

9.2.1 Campo de aplicação

As prescrições complementares desta subseção são aplicáveis aos reservatórios de água de piscinas,
incluindo os lava-pés, fontes e às áreas adjacentes a estes locais.

NOTA 1 Nesta subseção, é utilizada apenas a palavra “piscina”, porém, as prescrições também se aplicam
aos lava-pés.

NOTA 2 Nesta subseção, “fonte” e “chafariz” são sinônimos, porém, é utilizada apenas a palavra “fonte”.

Nesses locais, o risco de choque elétrico aumenta, devido à redução da resistência elétrica do corpo
humano e ao contato com o potencial de terra.

Para piscinas de uso medicinal podem ser necessárias prescrições específicas.

Esta Norma não é aplicável à utilização de equipamentos móveis, por exemplo, equipamentos para
limpeza de piscinas.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 255/331


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9.2.2 Determinação das características gerais – Classificação dos volumes

Para efeito de aplicação de prescrições desta subseção, as piscinas, fontes e áreas adjacentes são
divididas em três volumes (ver Figuras 39, 40 e 41).

Os requisitos para piscinas também se aplicam às piscinas infantis.


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Para as bacias de fontes destinadas à utilização das pessoas, aplicam-se as especificações e os


requisitos para volume 0 e volume 1 de piscinas.

Para a instalação de piscina pré-fabricada, aplicam-se os requisitos desta Norma.

a) o volume 0 é o volume interior do reservatório (da piscina e das fontes), dos jatos de água ou
cascatas, bem como no espaço debaixo deles (ver Figura 40);

b) o volume 1 é limitado:

— pelo volume 0;

— pela superfície vertical situada a 2 m das bordas do reservatório;

— pelo piso ou superfície na qual as pessoas possam vir a se postar;

— pelo plano horizontal situado 2,5 m acima do piso ou superfície na qual as pessoas possam
vir a se postar.

Quando a piscina possuir plataformas de salto, trampolins, blocos de partida, escorregadores ou outros
elementos nos quais as pessoas possam vir a se postar, o volume 1 deve incluir o volume delimitado
pela superfície vertical situada 1,50 m ao redor da plataforma, do trampolim, dos blocos de partida, do
escorregador e/ou dos outros elementos nos quais as pessoas possam vir a se postar e pelo plano
horizontal situado 2,5 m acima da superfície mais elevada na qual as pessoas possam vir a se postar.

a) o volume 2 é limitado:

— de um lado, pela superfície vertical externa do volume 1 e uma superfície paralela situada
a 1,50 m desta última;

— por outro lado, pelo piso ou superfície na qual as pessoas possam vir a se postar e o plano
horizontal situado a 2,50 m acima desta última.

Não existe volume 2 para as fontes.

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NOTA As dimensões podem ser medidas levando-se em conta paredes e divisões fixas.

Figura 39 – Dimensões dos volumes para reservatórios de piscinas e lava-pés

NOTA As dimensões podem ser medidas levando-se em conta paredes e divisões fixas.

Figura 40 – Dimensões dos volumes para reservatórios acima do solo

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 257/331


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Figura 41 – Exemplo de determinação dos volumes de uma fonte (vista lateral)

9.2.3 Proteção para garantir segurança – Proteção contra choques elétricos

9.2.3.1 Nos volumes 0 e 1 de piscinas, admite-se apenas o uso de SELV com tensão nominal não
superior a 12 V em corrente alternada, ou 30 V em corrente contínua, sendo que:

a) as partes vivas do sistema SELV, qualquer que seja sua tensão nominal, devem ser providas de:

— isolação básica capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500 V c.a durante 1 min; ou

— barreiras ou invólucros com grau de proteção pelo menos IP2X ou IPXXB;

b) a fonte de segurança deve ser instalada fora dos volumes 0, 1 e 2.

NOTA Ver também 5.1.2.5.

Nos volumes 0 e 1 de fontes, são admitidas uma ou mais das seguintes medidas de proteção:

a) SELV (ver 5.1.2.5), sendo a fonte de segurança instalada fora dos volumes 0 e 1;

b) equipotencialização e seccionamento automático da alimentação (ver 5.1.2.2), sendo o


seccionamento automático provido por dispositivo DR com corrente diferencial-residual nominal
não superior a 30 mA;

c) separação elétrica individual (ver 5.1.2.4), sendo a fonte de separação instalada fora dos volumes
0 e 1.

9.2.3.2 No volume 2 de piscinas, são admitidas uma ou mais das seguintes medidas de proteção:

a) SELV (ver 5.1.2.5), sendo a fonte de segurança instalada fora dos volumes 0, 1 e 2;

258/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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b) equipotencialização e seccionamento automático da alimentação (ver 5.1.2.2), sendo o seccionamento


automático provido por dispositivo DR com corrente diferencial-residual nominal não superior
a 30 mA;

c) separação elétrica individual (ver 5.1.2.4), sendo a fonte de separação instalada fora dos volumes 0,
1 e 2.
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Não existe volume 2 para as fontes.

9.2.3.3 Admite-se que equipamentos protegidos conforme 9.2.3.2 possam ser utilizados no volume 1,
para serviços em que isso seja necessário, apenas e tão somente durante a realização do serviço e
desde que a piscina não esteja sendo utilizada por nenhuma pessoa. Tais equipamentos, bem como
as tomadas de corrente às quais eles possam ser conectados e os dispositivos de comando externos
aos quais seu funcionamento possa estar subordinado, devem ser providos de advertência que alerte
o usuário para o fato de que os equipamentos só podem ser utilizados quando não houver nenhuma
pessoa na piscina.

9.2.3.4 As medidas de proteção por meio de obstáculos ou por colocação fora de alcance não são
permitidas.

9.2.4 Seleção e instalação dos componentes

9.2.4.1 Influências externas

Os componentes da instalação elétrica devem possuir pelo menos os graus de proteção, conforme
a ABNT NBR IEC 60529, indicados na Tabela 38.

Tabela 38 – Grau de proteção mínimo para os volumes


Ao tempo, com Abrigado, com
jatos de água Ao tempo, sem jatos de água Abrigado, sem
Volume
durante o serviço jatos de água durante o serviço jatos de água
de limpeza de limpeza
0 IPX5/IPX8 IPX8 IPX5/IPX8 IPX8
1 IPX5 IPX4 IPX5 IPX4
2 IPX5 IPX4 IPX5 IPX2

9.2.4.2 Linhas elétricas

NOTA As prescrições de 9.2.4.2.1 a 9.2.4.2.3 são aplicáveis a linhas aparentes e a linhas embutidas até
uma profundidade de 5 cm.

9.2.4.2.1 Nos volumes 0 e 1, as linhas devem ser limitadas às necessárias à alimentação dos
equipamentos situados nesses volumes.

9.2.4.2.2 Nos volumes 0, 1 e 2, as linhas não podem comportar nenhum revestimento metálico
acessível. Os revestimentos metálicos não acessíveis devem ser incluídos na equipotencialização
suplementar exigida em 9.2.3.1.4.

NOTA De preferência, as linhas devem ser conforme 5.1.2.3.4.

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9.2.4.2.3 Nos volumes 0 e 1 não são admitidas caixas de derivação, exceto aquelas situadas no
volume 1 destinadas especificamente a circuitos SELV.

9.2.4.3 Dispositivos de proteção, seccionamento e comando (incluindo tomadas de corrente)

9.2.4.3.1 Nos volumes 0 e 1 não se admite nenhum dispositivo de proteção, seccionamento e


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comando, incluindo tomadas de corrente, com exceção do caso especificado em 9.2.4.3.2.

9.2.4.3.2 Em pequenas piscinas onde a instalação de tomadas de corrente fora do volume 1 não
for possível, admite-se sua instalação no volume 1, desde que as tomadas não possuam corpo e/ou
cobertura metálica, sejam posicionadas fora do alcance da mão (distância igual ou superior a 1,25 m),
a partir do limite do volume 0, e no mínimo a 0,3 m acima do piso. Além disso, as tomadas devem ser:

a) alimentadas em SELV (ver 5.1.2.5) sob tensão nominal não superior a 25 V em corrente alternada
ou 60 V em corrente contínua e sendo a fonte de segurança instalada fora dos volumes 0 e 1; ou

b) protegidas por dispositivo DR com corrente diferencial-residual nominal não superior a 30 mA; ou

c) protegidas por separação elétrica individual (ver 5.1.2.4), sendo as fontes de separação, tantas
quantas forem as tomadas, instaladas fora dos volumes 0 e 1.

9.2.4.3.3 No volume 2, admitem-se tomadas de corrente e interruptores, desde que:

a) os circuitos correspondentes sejam alimentados em SELV (ver 5.1.2.5), sendo a fonte de segurança
instalada fora dos volumes 0, 1 e 2; ou

b) os circuitos correspondentes sejam protegidos por dispositivo DR com corrente diferencial-residual


nominal não superior a 30 mA; ou

c) cada tomada seja protegida por separação elétrica individual (ver 5.1.2.4), sendo a fonte de separação
instalada fora dos volumes 0, 1 e 2.

9.2.4.4 Outros componentes

9.2.4.4.1 As luminárias subaquáticas ou sujeitas a contato com água devem ser conforme a
IEC 60598-2-18. Os aparelhos de iluminação subaquáticos instalados em nichos, atrás de vigias
estanques, e alimentados pela parte traseira, devem ser conforme as prescrições pertinentes da
IEC 60598-2-18 e devem ser montados de modo que não haja nenhum risco de contato entre massas
do aparelho ou de seus acessórios de fixação e partes condutivas das vigias.

9.2.4.4.2 No volume 1, admitem-se equipamentos fixos expressamente destinados a uso em piscinas


(por exemplo, grupos de filtração, hidromassagem), alimentados em tensão que não SELV, limitada
a 12 V c.a. ou 30 V c.c., se as condições a) a d) a seguir forem simultaneamente atendidas:

a) os equipamentos devem ser providos, por disposição construtiva ou quando de sua instalação,
de invólucro cuja isolação seja equivalente a uma isolação suplementar e que garanta proteção
mecânica AG2;

NOTA Essa prescrição é aplicável independentemente de o equipamento ser classe II ou classe I,


não dispensando, portanto, a ligação da massa do equipamento a condutor de proteção se o equipamento
for classe I (sobre classificação dos componentes da instalação quanto à proteção contra choques
elétricos, ver IEC 61140).

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b) o acesso ao equipamento só deve ser possível através de tampa ou porta cuja abertura requeira
chave ou ferramenta e que, ao ser aberta, provoque o seccionamento de todos os condutores
vivos.

O dispositivo responsável pelo seccionamento e a linha de alimentação devem ser de classe II ou


providos de proteção equivalente, seja por disposição construtiva, seja na sua instalação;
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c) uma vez aberta a tampa ou porta, o grau de proteção apresentado pelo equipamento deve ser
IPXXB, no mínimo;

d) a alimentação do equipamento deve ser:

— em SELV (ver 5.1.2.5) sob tensão não superior a 25 V c.a. ou 60 V c.c., sendo a fonte de
segurança instalada fora dos volumes 0, 1 e 2; ou

— protegida por dispositivo DR com corrente diferencial-residual nominal não superior a 30 mA; ou

— protegida por separação elétrica individual (ver 5.1.2.4), sendo a fonte de separação instalada
fora dos volumes 0, 1 e 2.

9.2.4.4.3 Em pequenas piscinas onde a instalação de luminárias fora do volume 1 não for possível,
admite-se sua instalação no volume 1, desde que elas fiquem posicionadas fora de alcance (1,25 m)
a partir do volume 0 e possuam invólucro que assegure isolação classe II (ou equivalente) e proteção
mecânica AG2. Além disso, as luminárias devem ser:

a) alimentadas em SELV (ver 5.1.2.5); ou

b) protegidas por dispositivo DR com corrente diferencial-residual nominal não superior a 30 mA; ou

c) protegidas por separação elétrica individual (ver 5.1.2.4), sendo as fontes de separação, tantas
quantas forem as luminárias, instaladas fora dos volumes 0 e 1.

9.3 Compartimentos condutivos

9.3.1 Campo de aplicação

Esta subseção contém prescrições complementares aplicáveis às instalações em compartimentos


condutivos e à alimentação dos equipamentos no interior destes compartimentos.

NOTA Compartimento condutivo é um local cujas paredes são constituídas essencialmente de partes
metálicas ou condutivas e cujo espaço interno é geralmente limitado, fazendo com que a probabilidade de
contato de uma pessoa com as partes condutivas circundantes seja elevada, envolva parte considerável
do corpo e, além disso, se dê em circunstâncias nas quais a possibilidade de interrupção desse contato
é limitada.

9.3.2 Alimentação de ferramentas portáteis e de aparelhos de medição portáteis

Em compartimentos condutivos, a alimentação de ferramentas portáteis e de aparelhos de medição


portáteis deve ser provida com o uso de:

a) SELV (ver 5.1.2.5), observadas as restrições de 9.3.5; ou

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b) separação elétrica individual (ver 5.1.2.4), observado o disposto em 9.3.6. Deve ser dada
preferência ao uso de equipamentos classe II, mas caso seja utilizado um equipamento classe I,
este deve possuir pelo menos punhos de material isolante ou punhos com revestimento isolante.

NOTA Sobre classificação dos componentes da instalação quanto à proteção contra choques elétricos
(classes I, II e III), ver IEC 61140.
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9.3.3 Alimentação de lâmpadas portáteis

Em compartimentos condutivos, a alimentação de lâmpadas portáteis deve ser provida com o uso de:

a) SELV (5.1.2.5), observadas as restrições de 9.3.5. Admite-se também luminária fluorescente com
transformador de dois enrolamentos incorporado alimentado em SELV; ou

b) separação elétrica individual (5.1.2.4), observado o disposto em 9.3.6. A luminária deve ser classe II.

9.3.4 Alimentação dos equipamentos fixos

Em compartimentos condutivos, os equipamentos fixos podem ser alimentados:

a) por circuitos protegidos por equipotencialização e seccionamento automático da alimentação (ver


5.1.2.2), complementada com a realização de uma equipotencialização suplementar, reunindo as
massas dos equipamentos fixos e as partes condutivas do compartimento; ou

b) em SELV (ver 5.1.2.5), observadas as restrições de 9.3.5; ou

c) com o uso de separação elétrica individual (ver 5.1.2.4), observado o disposto em 9.3.6.

9.3.5 SELV

Em compartimentos condutivos, o uso de SELV, conforme 5.1.2.5, deve atender às duas condições
seguintes:

a) as partes vivas do sistema SELV, qualquer que seja sua tensão nominal, devem ser providas de:

— isolação capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500 Vc.a durante 1 min; ou

— barreiras ou invólucros com grau de proteção pelo menos IP2X ou IPXXB.

b) a fonte de segurança deve ser instalada fora do compartimento condutivo.

Se certos equipamentos fixos, como aparelhos de medição e de controle, necessitarem de aterramento


funcional, implicando assim o uso de PELV, deve ser realizada uma equipotencialização envolvendo
todas as massas, todos os elementos condutivos no interior do compartimento e o aterramento
funcional.

9.4 Locais contendo aquecedores de sauna

9.4.1 Campo de aplicação

Esta subseção trata de aspectos específicos da instalação elétrica no âmbito de recintos ou locais
a serem usados como sauna e nos quais se prevê, portanto, a instalação de aquecedor para tal fim.

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9.4.2 Classificação dos volumes

Para efeito de aplicação de prescrições desta subseção, os locais destinados a sauna são divididos
em três volumes, conforme especificado em 9.4.2.1, 9.4.2.2, 9.4.2.3 e Figura 42.

9.4.2.1 Descrição do volume 1


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O volume 1 é o local que contém o aquecedor de sauna, limitado pelo piso, pela parede fria do
isolamento térmico do teto e uma superfície vertical que circunda o aquecedor de sauna a uma
distância de 0,5 m da superfície do aquecedor de sauna. Se o aquecedor de sauna estiver localizado
a menos de 0,5 m de uma parede, então o volume 1 é limitado pela parede fria do isolamento térmico
desta parede.

9.4.2.2 Descrição do volume 2

O volume 2 é o volume externo ao volume 1, limitado pelo piso, pela parede fria do isolamento térmico
das paredes e por uma superfície horizontal situada a 1,0 m acima do piso.

9.4.2.3 Descrição do volume 3

O volume 3 é o volume externo ao volume 1, limitado pela parede fria do isolamento térmico do teto
e as paredes e por uma superfície horizontal situada a 1,0 m acima do piso.

9.4.3 Proteção para garantir segurança

9.4.3.1 Proteção contra choques elétricos

Em locais destinados a sauna, quando for usada SELV ou PELV, conforme 5.1.2.5, as partes vivas
do sistema SELV ou PELV, qualquer que seja sua tensão nominal, devem ser providas de:

a) isolação capaz de suportar ensaio de tensão aplicada de 500 Vc.a. durante 1 min; ou

b) barreiras ou invólucros com grau de proteção pelo menos IP2X ou IPXXB.

9.4.3.2 Proteção contra os contatos diretos

9.4.3.2.1 A proteção contra os contatos diretos por meio de obstáculos não é permitida.

9.4.3.2.2 A proteção contra os contatos diretos por colocação fora de alcance não é permitida.

9.4.3.3 Proteção adicional por dispositivo de proteção à corrente diferencial-residual de alta


sensibilidade

A proteção adicional deve ser prevista para todos os circuitos da sauna, pela utilização de um ou mais
dispositivos de proteção à corrente diferencial residual com corrente diferencial residual nominal não
superior a 30 mA.

9.4.4 Seleção e instalação dos componentes

9.4.4.1 Prescrições comuns

9.4.4.1.1 Os componentes da instalação elétrica devem possuir grau de proteção no mínimo IP24.

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9.4.4.1.2 Se a limpeza com jatos de água puder ser razoavelmente prevista, os componentes da
instalação elétrica devem ter pelo menos o grau de proteção IPX5.

9.4.4.1.3 No volume 1 (ver Figura 42), devem ser instalados somente equipamentos pertencentes
ao aquecedor de sauna.

9.4.4.1.4 No volume 2 (ver Figura 42), nenhum requisito especial é requerido quanto à resistência
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ao calor do equipamento.

9.4.4.1.5 No volume 3 (ver Figura 42), os componentes devem ser capazes de suportar, em serviço
contínuo, uma temperatura de no mínimo 125 °C. Os condutores e cabos, em particular, devem possuir
isolação capaz de suportar, em serviço contínuo, uma temperatura de no mínimo 170 °C.

9.4.4.2 Linhas elétricas

As linhas elétricas devem ser conforme 5.1.2.3.4.

Convém que as linhas elétricas sejam preferencialmente instaladas fora dos volumes, ou seja,
na parede fria do isolamento térmico. Se as linhas elétricas forem instaladas nos volumes 1 ou 3,
ou seja, na superfície quente do isolamento térmico, elas devem ser resistentes ao calor de acordo
com 9.4.4.1. Revestimentos metálicas e eletrodutos metálicos não podem ser acessíveis em utilização
normal.

9.4.4.3 Dispositivos de proteção, comando e manobra (incluindo tomadas de corrente)

9.4.4.3.1 Os dispositivos de proteção, comando e manobra que fazem parte do aquecedor de sauna
ou de outro equipamento fixo instalado no volume 2 podem ser instalados dentro da sala ou cabine
de sauna de acordo com as instruções do fabricante. Outros dispositivos de proteção, comando
e manobra, por exemplo, como iluminação, devem ser colocados fora da sala ou cabine de sauna.

9.4.4.3.2 Não são admitidas tomadas de corrente, em nenhum volume, dentro do local da sauna.

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Volume 3 Volume 1

Volume 2 0,5 m
1m

0,5 m

Volume 1
0,5 m

Isolação térmica
b Caixa de ligação

Figura 42 – Volumes de uma sauna

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9.5 Locais de habitação

9.5.1 Campo de aplicação

Esta subseção contém prescrições específicas aplicáveis a locais utilizados como habitação, fixa ou
temporária, compreendendo as unidades residenciais como um todo e, no caso de hotéis, motéis, flats,
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apart-hotéis, casas de repouso, condomínios, alojamentos e similares, as acomodações destinadas


aos hóspedes, aos internos e a servir de moradia a trabalhadores do estabelecimento.

9.5.2 Previsão de carga

9.5.2.1 Iluminação

9.5.2.1.1 Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no
teto, centralizado, comandado por interruptor.

NOTA 1 Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de luz fixo no teto por
tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede.

NOTA 2 Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto na parede em espaços sob
escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde que de pequenas dimensões e onde a colocação
do ponto no teto seja de difícil execução ou não conveniente.

9.5.2.1.2 Os interruptores para uso doméstico e análogo, devem atender a ABNT NBR NM 60669-1.

9.5.2.1.3 Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa à aplicação da


ABNT NBR ISO/CIE 8995-1, conforme prescrito em 4.5.2.1.2-a), pode ser adotado o seguinte critério:

a) em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2, deve ser prevista uma carga
mínima de 100 VA;

b) em cômodo ou dependências com área superior a 6 m2, deve ser prevista uma carga mínima de
100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 50 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros.

NOTA Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação para efeito de dimensionamento
dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas.

9.5.2.2 Pontos de tomada

9.5.2.2.1 Número de pontos de tomada

O número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação do local e dos
equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados, observando-se no mínimo os seguintes critérios:

a) em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao lavatório, atendidas
as restrições de 9.1;

b) em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, lavanderias


e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração,
de perímetro, sendo que acima da bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas
de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos;

c) em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;

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NOTA Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas próximo ao seu
acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o ponto de tomada, quando sua área
for inferior a 2 m2 ou, ainda, quando sua profundidade for inferior a 0,80 m.

d) em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou
fração, de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível
ou distribuídos de acordo com a disposição do mobiliário;
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NOTA Particularmente no caso de salas de estar, recomenda-se atentar para a possibilidade de


que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de mais de um equipamento, sendo
recomendável equipá-lo, portanto, com a quantidade de tomadas julgada adequada.

e) em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser previstos pelo menos:

— um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 2,25 m2.
Admite-se que esse ponto seja posicionado externamente ao cômodo ou dependência, a até
0,80 m no máximo de sua porta de acesso;

— um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m2 e igual ou


inferior a 6 m2;

— um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo ou


dependência for superior a 6 m2, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente
quanto possível ou distribuídos de acordo com a disposição do mobiliário.

9.5.2.2.2 Potências atribuíveis aos pontos de tomada

A potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos equipamentos que ele pode vir
a alimentar e não pode ser inferior aos seguintes valores mínimos:

a) em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos,


no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes,
considerando-se cada um desses ambientes separadamente. Quando o total de tomadas no
conjunto desses ambientes for superior a seis pontos, admite-se que o critério de atribuição de
potências seja de no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto
para os excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente;

b) nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.

9.5.2.2.3 Aquecimento elétrico de água

A conexão do aquecedor elétrico de água ao ponto de utilização deve ser direta, sem uso de tomada
de corrente.

9.5.3 Divisão da instalação

9.5.3.1 Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado,
equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito independente.

9.5.3.2 Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias


e locais análogos devem ser atendidos por circuitos exclusivamente destinados à alimentação de
tomadas desses locais.

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9.5.3.3 Em locais de habitação, admite-se, como exceção à regra geral de 4.5.2.4.5, que pontos de
tomada, exceto aqueles indicados em 9.5.3.2, e pontos de iluminação possam ser alimentados por
circuito comum, desde que as seguintes condições sejam simultaneamente atendidas:

a) a corrente de projeto (IB) do circuito comum (iluminação mais tomadas) não pode ser superior
a 16 A;
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b) os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse
circuito seja comum (iluminação mais tomadas);

c) os pontos de tomadas, já excluídos os indicados em 9.5.3.2, não sejam alimentados, em sua


totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas).

9.5.4 Proteção contra sobrecorrentes

Todo circuito terminal deve ser protegido contra sobrecorrentes por dispositivo que assegure
o seccionamento simultâneo de todos os condutores de fase.

Isso significa que o dispositivo de proteção deve ser multipolar, quando o circuito for constituído
de mais de uma fase. Dispositivos unipolares montados lado a lado, apenas com suas alavancas
de manobra acopladas, não são considerados dispositivos multipolares.

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Anexo A
(normativo)

Faixas de tensão
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Unidade em volts
Sistemas não diretamente
Sistemas diretamente aterrados
aterrados
Corrente Corrente
Faixa Corrente alternada Corrente contínua
alternada contínua
Entre fase Entre polo e
Entre fases Entre polos Entre fases Entre polos
e terra terra
I U ≤ 50 U ≤ 50 U ≤ 120 U ≤ 120 U ≤ 50 U ≤ 120
120 < U ≤ 120 < U ≤
II 50 < U ≤ 600 50 < U ≤ 1 000 120 < U ≤ 900 50 < U ≤ 1 000
1 500 1 500
NOTA 1 Nos sistemas não diretamente aterrados, se o neutro (ou compensador) for distribuído, os equipamentos
alimentados entre fase e neutro (ou entre polo e compensador) devem ser escolhidos de forma que sua isolação
corresponda à tensão entre fases (ou entre polos).
NOTA 2 Esta classificação das faixas de tensão não exclui a possibilidade de serem introduzidos limites intermediários
para certas prescrições de instalação.

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Anexo B
(normativo)

Meios de proteção básica (contra choques elétricos)


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B.1 Isolação (básica) das partes vivas


B.1.1 A isolação (básica) das partes vivas, como meio de proteção básica, destina-se a impedir
qualquer contato com partes vivas.

NOTA A isolação básica, que não aquela expressamente destinada a impedir o contato com partes vivas,
pode ser também uma providência indispensável à consecução das condições de segurança no caso de
determinadas medidas de proteção contra choques elétricos. É o caso da exigência de isolação básica
entre circuito separado e a terra, prevista na separação elétrica individual (5.1.2.4) e nos sistemas SELV
e PELV (5.1.2.5).

B.1.2 As partes vivas devem ser completamente recobertas por uma isolação que só possa ser
removida através de sua destruição. Distinguem-se, nesse caso, os componentes montados em
fábrica e os componentes ou partes cuja isolação deve ser provida, completada ou restaurada quando
da execução da instalação elétrica:

a) para os componentes montados em fábrica, a isolação deve atender às prescrições relativas


a esses componentes;

b) para os demais componentes, a isolação deve ser capaz de suportar as solicitações mecânicas,
químicas, elétricas e térmicas às quais possa ser submetida. As tintas, vernizes, lacas e produtos
análogos não são considerados, geralmente, como provendo uma isolação suficiente para garantir
proteção básica.

NOTA 1 Embora o teor desta prescrição possa induzir a ideia de uma isolação, em especial aquela
aplicada durante a instalação, na forma de resinas e outros materiais de isolação sólida, incluindo fitas
de enfaixamento, recomenda-se que o sentido de “isolação” seja encarado sempre de modo abrangente.
Há várias formas de se prover isolação (básica) a uma parte viva, mesmo porque uma isolação pode ser
sólida, líquida, a gás (por exemplo, o ar) ou qualquer combinação. Uma dessas formas é envolver a parte
viva com um invólucro (ver B.2). Assim, é natural que os dois meios de proteção, isolação (básica) das partes
vivas (B.1) e uso de barreiras ou invólucros (B.2) muitas vezes se confundam.

NOTA 2 Quando a isolação for provida durante a execução da instalação, essa isolação deve ser verificada
através de ensaios análogos aos destinados a verificar a qualidade da isolação de componentes similares
industrializados.

B.2 Uso de barreiras ou invólucros


B.2.1 O uso de barreiras ou invólucros, como meio de proteção básica, destina-se a impedir
qualquer contato com partes vivas.

B.2.2 As partes vivas devem ser confinadas no interior de invólucros ou atrás de barreiras que
garantam grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X. Admite-se que aberturas maiores possam
ocorrer, durante a substituição de partes (como na troca de lâmpadas ou fusíveis), ou serem necessárias

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ao funcionamento adequado de um equipamento ou componente, conforme as especificações a ele


aplicáveis, se forem adotadas as seguintes providências:

a) devem ser tomadas precauções para impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as
partes vivas;
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b) deve-se garantir, na medida do possível, que as pessoas sejam advertidas de que as partes
acessíveis através da abertura são vivas e não podem ser tocadas intencionalmente;

c) a abertura deve ser a mínima compatível com a necessidade de substituição da parte consumível
ou de funcionamento adequado do componente ou equipamento.

B.2.3 Quando o invólucro ou barreira compreender superfícies superiores, horizontais, que sejam
diretamente acessíveis, elas devem garantir grau de proteção no mínimo IPXXD ou IP4X.

B.2.4 As barreiras e invólucros devem ser fixados firmemente e apresentar robustez e durabilidade
suficientes para preservar os graus de proteção exigidos e a separação adequada das partes vivas,
nas condições de serviço normais previstas, levando-se em conta as condições de influências externas
pertinentes.

B.2.5 Quando for necessário remover as barreiras, abrir os invólucros ou remover partes dos
invólucros, tal ação só deve ser possível:

a) com a ajuda de chave ou ferramenta; ou

b) após desenergização das partes vivas protegidas pelas barreiras ou invólucros em questão,
exigindo-se ainda que a tensão só possa ser restabelecida após recolocação das barreiras
ou invólucros; ou

c) se houver ou for interposta uma segunda barreira, entre a barreira ou parte a ser removida
e a parte viva, exigindo-se ainda que essa segunda barreira apresente grau de proteção no
mínimo IPXXB ou IP2X, impeça qualquer contato com as partes vivas e só possa ser removida
com o uso de chave ou ferramenta.

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Anexo C
(normativo)

Influências externas e proteção contra choques elétricos


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C.1 Influências externas determinantes


No quadro da proteção contra choques elétricos, as seguintes condições de influências externas são
determinantes:

a) BA = competência das pessoas (Tabela 8);

b) BB = resistência elétrica do corpo humano (Tabela 8);

c) BC = contato das pessoas com o potencial da terra (Tabela 8).

NOTA As outras condições de influências externas praticamente não têm influência no quadro da proteção
contra choques elétricos, mas são particularmente consideradas no que diz respeito à seleção dos componentes.

C.2 Situações 1, 2 e 3
Definem-se, em função das influências externas BB (Tabela 8) e BC (Tabela 8), as situações 1, 2 e 3
caracterizadas na Tabela C.1. Para uma combinação de influências externas BB e BC, a situação a ser
considerada é a mais severa ditada por qualquer das influências externas (BB ou BC) isoladamente.

Tabela C.1 – Situações 1, 2 e 3


Condição de influência externa Situação
BB1, BB2 Situação 1
BC1, BC2, BC3 Situação 1
BB3 Situação 2
BC4 Situação 2
BB4 Situação 3
NOTA 1 Alguns exemplos da situação 2:
— áreas externas (jardins, feiras etc.);
— canteiros de obras;
— estabelecimentos agropecuários;
— áreas de acampamento e de estacionamento de veículos especiais e reboques (trailers);
— volume 1 de banheiros e piscinas (ver 9.1 e 9.2);
— compartimentos condutivos;
— dependências interiores molhadas em uso normal.
NOTA 2 Um exemplo da situação 3, que corresponde aos casos de corpo imerso, é o do volume zero de
banheiros e piscinas (ver 9.1 e 9.2).

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C.3 Tensão de contato limite


Os valores da tensão de contato limite (UL) nas situações 1, 2 e 3 são indicados na Tabela C.2. Aos
limites indicados aplicam-se as tolerâncias definidas pela IEC 60038.

Tabela C.2 – Valores da tensão de contato limite UL (V)


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Natureza da corrente Situação 1 Situação 2 Situação 3


Alternada, 15 Hz – 1 000 Hz 50 25 12
Contínua sem ondulação a 120 60 30
a Uma tensão contínua “sem ondulação” é convencionalmente definida como apresentando uma taxa de
ondulação não superior a 10 % em valor eficaz; o valor de crista máximo não pode ultrapassar 140 V,
para um sistema em corrente contínua sem ondulação com 120 V nominais, ou 70 V para um sistema em
corrente contínua sem ondulação com 60 V nominais.

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Anexo D
(informativo)

Proteção de condutores em paralelo contra sobrecorrentes


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D.1 Introdução
Na proteção contra sobrecorrentes de condutores em paralelo, todos eles devem ser adequadamente
protegidos. Para dois condutores de mesma seção nominal, mesmo comprimento, mesma maneira
de instalar e percorridos por correntes aproximadamente iguais, os requisitos para essa proteção são
as usuais. Arranjos mais complexos demandam considerações mais detalhadas, que passam pelos
casos de divisão desigual de corrente entre os condutores e de corrente de falta fluindo por múltiplos
percursos. Este anexo fornece subsídios para isso.

NOTA A IEC 60287-1-3 apresenta métodos mais detalhados para cálculo das correntes nos condutores
em paralelo.

D.2 Proteção contra sobrecarga de condutores em paralelo


Ocorrendo uma sobrecarga em um circuito com condutores em paralelo, a corrente em cada condutor
aumenta na mesma proporção da sobrecarga. Se a corrente total se dividir igualmente entre os
condutores em paralelo, pode-se utilizar um único dispositivo para a proteção de todos os condutores.
Neste caso, a capacidade de condução de corrente (Iz) total dos condutores em paralelo é a soma de
suas capacidades de condução de corrente individuais, devidamente corrigidas com a aplicação dos
fatores pertinentes (fator de correção por agrupamento e outros que sejam aplicáveis).

A divisão de corrente entre condutores em paralelo é função da sua impedância. Para cabos unipolares
de grande seção, a componente reativa da impedância é maior que a componente resistiva e terá um
efeito significativo na divisão de corrente. A componente reativa depende da posição física relativa de
cada cabo. Por exemplo, em um circuito composto de dois cabos de grande seção por fase – de mesmo
comprimento, construção e seção nominal –, a divisão de correntes pode ser 70 %/30 %, ao invés de
50 %/50 %, se a disposição dos cabos for desfavorável (por exemplo, cabos de mesma fase agrupados).

Quando a divisão de corrente entre condutores em paralelo for desigual (por exemplo, uma diferença
superior a 10 %), a corrente de projeto e os requisitos da proteção contra sobrecargas devem ser
analisados individualmente, para cada condutor.

A corrente de projeto de cada condutor pode ser calculada a partir da carga total e da impedância de
cada condutor.

Para um total de m condutores em paralelo, a corrente de projeto IBk de um condutor k é dada por:
IB
IBk =
Z
 k Zk Z Z Z Z 
 + +…+ k + k + k +…+ k 
Z1 Z2 Zk −1 Zk Zk +1 Zm 
onde

IB é a corrente de projeto do circuito;

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IBk é a corrente no condutor k;

Zk é a impedância do condutor k;

Z1 e Zm são as impedâncias dos condutores 1 e m, respectivamente.

No caso de cabos unipolares, a impedância depende das posições relativas dos cabos, bem como
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do projeto do cabo (por exemplo, com ou sem armação). A IEC 60287-1-3 apresenta métodos para
cálculo das impedâncias. Recomenda-se que a divisão de corrente entre cabos em paralelo seja
verificada por medição.

No equacionamento da proteção contra sobrecargas de condutores em paralelo, a condição a) de


5.3.4.1 pode ser então reescrita de duas formas, dependendo de como esses condutores forem
protegidos (dispositivos de proteção individuais, para cada condutor, ou dispositivo de proteção único):

a) dispositivos de proteção individuais, para cada condutor (ver Figura D.1):

IBk ≤ Ink ≤ Izk

b) dispositivo de proteção único para todos os condutores em paralelo (ver Figura D.2):

IB ≤ In ≤ ∑Izk
onde

Ink é a corrente nominal do dispositivo de proteção do condutor k;

Izk é a capacidade de condução de corrente do condutor k;

In é a corrente nominal do dispositivo de proteção (dispositivo de proteção único);

IB ≤ In ≤ ∑Izk é a soma das capacidades de condução de corrente dos m condutores em paralelo.

NOTA Para as linhas elétricas pré-fabricadas, os parâmetros são fornecidos pelo fabricante ou obtidos na
ABNT NBR IEC 61439-6.

Consequentemente, o valor de Iz a ser utilizado em 5.3.4.1-b) passa a ser Izk , no caso da alínea a)
acima,
IB ≤ Inou ∑
≤ Izk , no caso da alínea a) acima.

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Figura D.1 – Circuito com dispositivos de proteção contra sobrecarga individuais, para cada
um dos m condutores em paralelo

Figura D.2 – Circuito com um único dispositivo de proteção contra sobrecarga para os m
condutores em paralelo

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D.3 Proteção contra curtos-circuitos de condutores em paralelo


Quando condutores são ligados em paralelo, deve-se considerar a possibilidade de curto-circuito entre
esses condutores.

Para dois condutores em paralelo, e caso a atuação efetiva de um dispositivo de proteção único não
possa ser assegurada, cada condutor deve ser protegido individualmente.
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Quando três ou mais condutores são ligados em paralelo, podem surgir múltiplos percursos de corrente
de falta. Neste caso pode ser necessário prover proteção contra curtos-circuitos em cada uma das
extremidades de cada condutor em paralelo, conforme ilustrado nas Figuras D.3 e D.4.

Figura D.3 – Fluxo de corrente no início da falta

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Figura D.4 – Fluxo de corrente após a atuação do dispositivo de proteção cs


A Figura D.3 mostra que, ocorrendo uma falta no condutor c, no ponto X, a corrente de falta flui através
de todos os três condutores, a, b e c. A parcela da corrente de falta que flui através de cada um dos
dispositivos de proteção do condutor c (dispositivos cs e cl ) depende da localização da falta, ao longo
do condutor c. No exemplo, supõe-se que a maior parte da corrente de falta flui através de cs, fazendo
com que ele atue antes de cl. Mas, como mostra a Figura D.4, a atuação de cs não é o suficiente para
eliminar a falta, pois ela continua sendo alimentada, via condutores a e b, pela extremidade “carga” do
condutor c. Devido ao paralelismo dos condutores a e b, a corrente que flui através dos dispositivos as
e bs pode não ser suficiente para fazê-los atuar, no tempo adequado. Daí a necessidade do dispositivo
cl. O mesmo raciocínio seria válido se a falta no condutor c ocorresse mais próximo de cl, fazendo com
que este dispositivo atuasse antes de cs. Analogamente, a situação seria a mesma se a falta ocorresse
no condutor a ou no condutor b, mostrando a necessidade dos dispositivos de proteção al e bl.

Uma alternativa para os seis dispositivos de proteção seria um dispositivo de proteção intertravado,
instalado na origem do circuito, de modo a interromper simultaneamente a alimentação de todos os
condutores (ver Figura D.5). O emprego desse dispositivo apresenta duas vantagens em relação
ao esquema com proteção individual nas extremidades de cada condutor em paralelo. A primeira é
que, no caso dos dispositivos individuais, se uma falta em x fosse eliminada pela atuação de cs e cl,
o circuito continuaria operando, com a corrente sendo conduzida pelos condutores a e b. Como o
circuito continua em operação, a falta e a condição de sobrecarga (em a e b) dela decorrente poderiam
não ser percebidas. Segundo, em caso de atuação apenas do dispositivo cs, a falta em x pode causar
a queima do circuito aberto no lado de cl, deixando um lado da falta vivo e sem detecção; a falta
continuaria sendo alimentada através de cl, submetendo os condutores a, b e c (do lado de cl) a uma
sobrecorrente não detectada.

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as bs cs
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Figura D.5 – Exemplo de intertravamento de dispositivos de proteção

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 279/331


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Anexo E
(informativo)

Categorias de suportabilidade a impulsos (categorias de sobretensões


ou níveis de proteção contra surtos)
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E.1 Introdução
A Tabela 7, cuja origem é a IEC 60664-1, especifica valores que, por constituírem uma referência
comum, podem ser identificados segundo três aspectos.

O primeiro é aquele formalmente adotado na tabela: os valores referem-se à tensão suportável de


impulso (valor mínimo) que um material de instalação ou equipamento de utilização deve apresentar,
denotando, em outras palavras, a categoria de suportabilidade a impulsos desse produto.

O segundo ângulo antecede conceitualmente o primeiro: os valores referem-se a categorias de


sobretensões, isto é, a níveis de sobretensão transitória que podem ser esperados em uma instalação
elétrica de edificação, alimentada por uma rede externa, numa situação estatisticamente arbitrada.
E isso em diferentes pontos ao longo de sua extensão. Daí por que esse ângulo antecede o primeiro: como
se trata de uma sobretensão previsível, os componentes da instalação deveriam então poder suportá-la.

O terceiro ângulo fecha o círculo: os valores da tabela traduzem, individualmente, o nível de proteção
que um dispositivo contra surtos (DPS) deve minimamente atender para que essa proteção seja
compatível com a suportabilidade do(s) equipamento(s) protegido(s). Isto é, a tensão residual que
o DPS deixa passar, devidamente instalado, deve ser igual ou menor que a suportabilidade do(s)
equipamento(s) protegido(s).

E.2 As categorias
As quatro categorias indicadas na Tabela 7 (I, II, III e IV) representam suportabilidades crescentes
nessa ordem.

Os produtos com suportabilidade a impulsos categoria II são produtos destinados a serem conectados
à instalação elétrica fixa da edificação. São, essencialmente, equipamentos de utilização como
aparelhos eletrodomésticos, aparelhos eletroprofissionais, ferramentas portáteis e cargas análogas.

Os produtos com suportabilidade a impulsos categoria I também são destinados a serem conectados
a uma instalação fixa de edificação, mas providos de alguma proteção específica, que se assume
externa ao equipamento – e situada, portanto, em algum ponto da instalação fixa ou entre a instalação
fixa e o produto, limitando as sobretensões transitórias a um nível especificado.

Os produtos com suportabilidade a impulsos categoria III são componentes da instalação fixa
propriamente dita e outros produtos dos quais se exige um maior nível de confiabilidade. Aqui podem ser
citados, como exemplo, quadros de distribuição, disjuntores, linhas elétricas (o que inclui condutores,
barramentos, caixas de derivação, interruptores e tomadas de corrente) e outros elementos da
instalação fixa, bem como produtos de uso industrial e equipamentos, como motores elétricos, que
estejam unidos à instalação fixa através de uma conexão permanente.

280/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Por fim, os produtos com suportabilidade categoria IV são aqueles utilizados na entrada da instalação ou
próximo da entrada, a montante do quadro de distribuição principal. Exemplos: medidores de energia,
dispositivos gerais de seccionamento e proteção e outros itens usados tipicamente na interface da
instalação elétrica com a rede pública de distribuição.
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NÃO TEM VALOR NORMATIVO 281/331


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Anexo F
(informativo)

Seção do condutor neutro quando o conteúdo de terceira harmônica


das correntes de fase for superior a 33 %
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F.1 Determinação da corrente de neutro


Quando, em um circuito trifásico com neutro ou em um circuito com duas fases e neutro, a taxa
de terceira harmônica e seus múltiplos for superior a 33 %, a corrente que circula pelo neutro, em
serviço normal, é superior à corrente das fases. A seção do condutor neutro pode ser determinada
calculando-se a corrente no neutro sob a forma:

lN = fhlB

onde

lB = l12 + li2 + l j2 + … + ln2

sendo

I1 é o valor eficaz da componente fundamental, ou componente de 60 Hz;

Ii , Ij , ... In são os valores eficazes das componentes harmônicas de ordem i ,j , ... n presentes na
corrente de fase;

fh é o fator pertinente dado na Tabela F.1, em função da taxa de terceira harmônica


e do tipo de circuito (circuito trifásico com neutro ou circuito com duas fases e neutro).
Na falta de uma estimativa mais precisa da taxa de terceira harmônica esperada,
recomenda-se a adoção de um fh igual a 1,73 no caso de circuito trifásico com neutro
e igual a 1,41 no caso de circuito com duas fases e neutro.

Tabela F.1 – Fator fh para a determinação da corrente de neutro (continua)

Taxa de terceira fd
harmônica Circuito trifásico com neutro Circuito com duas fases e neutro
33 % a 35 % 1,15 1,15
36 % a 40 % 1,19 1,19
41 % a 45 % 1,24 1,23
46 % a 50 % 1,35 1,27
51 % a 55 % 1,45 1,30
56 % a 60 % 1,55 1,34
61 % a 65 % 1,64 1,38
≥ 66 % 1,73 1,41

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F.2 Caso de condutores isolados ou cabos unipolares


Quando o circuito for constituído de condutores isolados ou de cabos unipolares, a determinação
da corrente de neutro conforme F.1 pode significar, em muitos casos, uma seção de neutro maior que
a das fases.

As seções do neutro e das fases ocasionalmente serão iguais quando, na determinação da capacidade
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de condução de corrente, a menor seção de condutor que atende a corrente de fase atender também
a corrente de neutro; ou, ainda, quando se quiser, por algum motivo, igualar a seção dos condutores
de fase à do neutro, que é a prevalecente. Neste último caso (sobredimensionamento dos condutores
de fase), a aplicação do fator de correção devido ao carregamento do neutro (ver 6.2.5.6.1), num
circuito trifásico com neutro, torna-se dispensável quando o cálculo tiver sido feito considerando uma
taxa de terceira harmônica superior a 45 %.

F.3 Caso de cabos tetra e pentapolares


Quando um circuito trifásico com neutro for constituído de cabo multipolar, cujos condutores, por
razões construtivas, geralmente são todos de mesma seção nominal, a corrente de neutro conforme
F.1 pode, em muitos casos, ser determinante na definição da seção dos condutores e, por isso mesmo,
do próprio cabo tetra ou pentapolar. Quando a definição do cabo multipolar, com todos os condutores
de mesma seção, tiver sido baseada numa taxa de terceira harmônica superior a 45 %, torna-se
dispensável a aplicação do fator de correção (devido ao carregamento do neutro) especificado
em 6.2.5.6.1.

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Anexo G
(informativo)

Equipotencialização principal
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As Figuras G.1 a G.3 destinam-se apenas a ilustrar as prescrições referentes a aterramento


e equipotencialização e, como tal, devem ser entendidas de forma genérica.

Legenda

BEP Barramento de equipotencialização principal


EC Condutores de equipotencialização
1 Eletrodo de aterramento (embutido nas fundações)
2 Armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas da edificação
3 Tubulações metálicas de utilidades, bem como os elementos estruturais metálicos a elas associados.

Por exemplo:

3.a água
3.b gás
(*) luva isolante (ver 6.4.2.1.1-Nota 2)
3.c esgoto

Figura G.1 – Equipotencialização principal numa situação hipotética em que todos os


elementos nela incluíveis concentram-se aproximadamente num mesmo ponto

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3.d ar-condicionado
4 Condutos metálicos, blindagens, armações, coberturas e capas metálicas de cabos
4.a Linha elétrica de energia
4.b Linha elétrica de sinal
5 Condutor de aterramento principal
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(**) Ver Figura G.2.


NOTA As linhas externas convergem para um ponto e os outros elementos da edificação são também aí
acessíveis.

Figura G.1 (conclusão)

NOTA 1 A Figura G.2 é essencialmente ilustrativa. Se o quadro de distribuição principal se situar junto
ou bem próximo do ponto de entrada da linha na edificação, sua barra PE, caso não haja outras restrições,
poderia acumular a função de BEP.

NOTA 2 O detalhe relativo ao esquema TN-C-S ilustra situação conforme Anexo M, subseção M.6.2.

Figura G.2 – Conexões da alimentação elétrica à equipotencialização principal, em função do


esquema de aterramento

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Figura G.3 – Exemplo de equipotencialização principal em que os elementos nela incluíveis


não se concentram ou não são acessíveis num mesmo ponto da edificação

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Anexo H
(informativo)

Medição da resistência de aterramento do eletrodo – Métodos H1, H2 e H3


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H.1 Método H1 – Medição da resistência de aterramento do eletrodo utilizando


instrumento de ensaio
H.1.1 O procedimento a seguir pode ser adotado quando for necessário medir a resistência
aterramento.

H.1.2 Uma corrente alternada de valor constante circula entre o eletrodo de aterramento sob
medição, E, e o eletrodo de aterramento auxiliar temporário, H, colocado a uma distância de E de
maneira que não haja influência mútua entre E e H.

H.1.3 Um segundo eletrodo de aterramento auxiliar temporário, S, que pode ser uma pequena
haste metálica cravada no solo, é então inserido a meio caminho entre E e H, e a queda de tensão
entre E e S é medida. Na maioria dos casos, convém colocar S a uma distância de aproximadamente
20 m de E e H. Os eletrodos de aterramentos podem ser dispostos em uma formação linear (ver
Figura H.1-a)) ou triangular (ver Figura H.1-b)) para se adequarem ao espaço disponível.

H.1.4 A resistência do eletrodo de aterramento é então calculada como sendo a tensão entre E e S
dividida pela corrente que circula entre E e H, desde que não haja influência mútua entre os eletrodos.

H.1.5 Para verificar se a resistência do eletrodo de aterramento é um valor verdadeiro, duas


leituras adicionais são realizadas, deslocando da posição original o segundo eletrodo de aterramento,
S, aproximadamente 10 % da distância linear entre E e H, para um lado e para o outro. Quando os
três resultados forem substancialmente semelhantes, a média das três leituras é tomada como sendo
a resistência de aterramento do eletrodo E. Do contrário, os ensaios são repetidos com o aumento da
distância entre E e H.

a) Eletrodos dispostos em formação linear

Figura H.1 – Medição da resistência de aterramento do eletrodo

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b) Eletrodos dispostos em formação triangular

Legenda

1 Instrumento de ensaio para resistência de aterramento de acordo com a IEC 61557-5


RE Resistência do eletrodo de aterramento
Rs Resistência do eletrodo de aterramento auxiliar temporário (tensão)
RH Resistência do eletrodo de aterramento auxiliar temporário (corrente)
Figura H.1 (conclusão)

H.2 Método H2 – Medição da resistência de aterramento do eletrodo utilizando


um instrumento de ensaio de medição da impedância do percurso da corrente
de falta
H.2.1 A impedância do percurso da corrente de falta no ponto de origem da instalação elétrica pode
ser medida com um instrumento de ensaio de acordo com a IEC 61557-3.

H.2.2 Convém realizar o ensaio na parte viva do interruptor principal, com a alimentação da
instalação interrompida e o condutor de aterramento temporariamente desconectado do barramento
de equipotencialização principal (BEP).

H.2.3 Convém ajustar o instrumento de ensaio em uma faixa apropriada para o valor de impedância
do percurso da corrente de falta que possa ser obtido para um dado sistema de aterramento (geralmente
na faixa de 0 Ω a 20 Ω).

H.2.4 Convém conectar o instrumento de ensaio como indicado na Figura H.2. Em caso de dúvida,
convém conectar o instrumento como descrito nas instruções do fabricante.

H.2.5 Somente um pequeno porcentual de impedância do percurso da corrente de falta medida


é devido a outras partes do laço que não o próprio eletrodo e, portanto, o resultado obtido com este
ensaio pode ser considerado um valor aproximado da resistência de aterramento do eletrodo.

H.2.6 Convém que o resultado do ensaio não exceda o produto de 50 V/I∆n.

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H.2.7 É importante que o condutor de aterramento seja reconectado ao BEP da instalação antes
de restabelecer a alimentação.
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Legenda

1 Desconexão temporária do condutor de aterramento ao barramento de equipotencialização principal (BEP).

Figura H.2 – Medição da resistência do eletrodo de aterramento utilizando um instrumento


de ensaio de medição da impedância do percurso da corrente de falta

H.3 Método H3 – Medição da resistência de aterramento do eletrodo utilizando


pinças de corrente
H.3.1 Alternativamente, o seguinte procedimento pode ser adotado para a medição da resistência
de aterramento.

H.3.2 Com referência à Figura H.3, a primeira pinça induz uma tensão de medição U no laço e a
segunda pinça mede a corrente I no laço. A resistência do laço é calculada dividindo a tensão U pela
corrente I.

H.3.3 Como o valor resultante das resistências paralelas R1 … Rn é normalmente desprezível, a


resistência do eletrodo sob ensaio é igual à resistência medida do laço ou a um valor ligeiramente
inferior.

H.3.4 As bobinas de tensão e de corrente podem estar situadas nas pinças individuais conectadas
separadamente a um instrumento ou em uma pinça combinada simples.

H.3.5 Este método é diretamente aplicável aos esquemas TN e nos laços de malha de esquemas TT.

H.3.6 Nos esquemas TT, onde somente a conexão à terra sob ensaio está disponível, o laço pode
ser fechado realizando uma conexão temporária entre o eletrodo de aterramento e o condutor neutro
(quase um esquema TN) durante a medição.

H.3.7 Para evitar possíveis riscos devido às correntes indutivas por diferenças de potencial entre
o neutro e a terra, convém interromper a rede durante a conexão e desconexão.

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H.3.8 Convém notar que os valores de resistência obtidos utilizando o Método H3 são, geralmente,
mais elevados do que aqueles obtidos utilizando o Método H1 devido à medição do laço de terra.
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Figura H.3 – Medição da resistência de aterramento do eletrodo utilizando as pinças


de corrente

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Anexo I
(informativo)
Orientação sobre a aplicação das prescrições da Seção 7 – Verificação
inicial
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A numeração das seções e subseções deste Anexo segue a numeração da Seção 7.

A ausência de referência às seções e subseções significa que nenhuma explicação adicional é dada
a elas.

7.3 Inspeção

7.3.2 Esta inspeção também é destinada a verificar se os componentes foram instalados conforme
as instruções do fabricante, para que seu funcionamento não seja prejudicado.

7.3.3

b) presença de barreiras corta-fogo e outras disposições que limitem a propagação do fogo e


proteção contra os efeitos térmicos

— presença de barreiras corta-fogo (ver 6.2.9.6)

A instalação das vedações é verificada para assegurar a conformidade com as instruções de


instalação associadas ao ensaio de tipo para o produto apropriado.

Nenhum outro ensaio é requerido após esta verificação.

— proteção contra os efeitos térmicos (ver 5.2 )

Os requisitos desta Norma relativos à proteção contra os efeitos térmicos são aplicáveis para
um funcionamento normal, ou seja, na ausência de falta.

A proteção contra as sobrecorrentes deve ser de acordo com 5.3.

O funcionamento de um dispositivo de proteção devido a uma falta, incluindo curtos-circuitos


ou sobrecargas, é considerado como serviço normal.

— proteção contra incêndio (ver 5.2.2)

Os requisitos relativos aos locais com risco de incêndio pressupõem que a proteção contra
as sobrecorrentes atende aos requisitos desta Norma.

c) e d) seleção dos condutores de acordo com a capacidade de corrente, e escolha, ajuste, seletividade
e coordenação dos dispositivos de proteção e dos dispositivos de monitoramento

A seleção dos condutores, incluindo seus materiais constituintes, instalação seção nominal
e ajuste dos dispositivos de proteção é verificada de acordo com os cálculos do projetista da
instalação conforme com os requisitos desta Norma.

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i) presença de esquemas, avisos ou informações similares

Um esquema é particularmente necessário quando a instalação compreende vários quadros de


distribuição.

k) adequação da terminação e da conexão de cabos e condutores


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Esta verificação tem como objetivo verificar que os meios de fixação são apropriados para os
condutores a serem conectados e que estas conexões são corretamente realizadas.

Em caso de dúvida, é recomendado medir a resistência das conexões. Convém que esta
resistência não exceda a resistência de um condutor com comprimento de 1 m e de seção igual
a menor das seções dos condutores conectados.

m) acessibilidade dos equipamentos para adequado funcionamento, identificação e manutenção.

Deve-se verificar que os dispositivos em funcionamento estão dispostos de maneira que sejam
facilmente acessíveis pelo operador.

Para os dispositivos de seccionamento de emergência, ver 6.3.7.4.

Para os dispositivos de seccionamento para a manutenção mecânica, ver 6.3.7.3.

7.4 Ensaios

7.5 Ensaio de continuidade dos condutores

Este ensaio é requerido para a verificação das condições de proteção por meio de secionamento
automático da alimentação (ver 7.9) e é considerado satisfatório se o dispositivo utilizado para
o ensaio apresentar uma indicação apropriada.

7.6 Ensaio de resistência de isolamento da instalação elétrica

As medições devem ser realizadas com a instalação desligada.

Geralmente, a medição do isolamento é realizada no ponto de origem da instalação.

Se o valor medido for inferior ao especificado na Tabela 37, a instalação pode ser dividida em vários
grupos de circuitos e convém medir a resistência de isolamento de cada grupo.

Quando alguns circuitos ou partes de circuitos são desconectados por dispositivos de mínima tensão
(por exemplo, contatores) interrompendo todos os condutores vivos, a resistência de isolamento
destes circuitos ou parte de circuitos é medida separadamente.

7.7.5 Proteção por separação elétrica

Quando o equipamento inclui um circuito separado e outros circuitos, o isolamento requerido é obtido
pela construção do equipamento de acordo com os requisitos de segurança das normas apropriadas.

292/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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7.9 Ensaio para confirmar a eficácia do seccionamento automático da alimentação

7.9.1 Generalidades

De acordo com a esta Norma, quando um dispositivo DR assegura o seccionamento automático


da alimentação, o tempo de seccionamento de um dispositivo DR se refere às correntes de falta
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diferencial residual presumida bem mais elevadas do que a corrente diferencial residual nominal
(geralmente 5 I∆n). O ensaio a uma corrente I∆n pode ser suficiente.

7.11 Medição da impedância do percurso da corrente de falta

Consideração do aumento da resistência dos condutores com a elevação da temperatura.

Como as medições são realizadas em temperatura ambiente, com baixas correntes, o procedimento
descrito aqui pode ser seguido para considerar o aumento da resistência dos condutores devido
à elevação da temperatura devido a faltas, a fim de verificar, para esquemas TN, a conformidade
do valor medido da impedância do percurso da corrente de falta com os requisitos desta Norma.

Os requisitos são considerados atendidos quando o valor medido da impedância do percurso


da corrente de falta atende a seguinte equação:
2 U0
Zs ( m ) ≤ ×
3 Ia
onde

Zs(m) é a impedância medida do percurso da corrente de falta que começa e termina no ponto
de falta, expressa em ohms (Ω);

U0 é a tensão entre fase e neutro aterrado, expressa em volts (V);

Ia é a corrente que assegura o seccionamento automático do dispositivo de proteção no


tempo indicado nesta Norma.

Quando o valor medido da impedância do percurso da corrente de falta exceder 2U0/3Ia, uma
avaliação mais precisa da conformidade com esta Norma, pode ser realizada pela medição do valor
da impedância do percurso da corrente de falta de acordo com o seguinte procedimento:

a) a impedância do laço formado pelo condutor de fase e o condutor neutro aterrado da alimentação,
Ze, é medido primeiro na origem da instalação;

b) a resistência do condutor de fase e do condutor de proteção do(s) circuito(s) de distribuição são


então medidos;

c) a resistência do condutor de fase e do condutor de proteção do circuito terminal são então medidos;

d) os valores da resistência medidos de acordo com b) e c) são aumentados em função da elevação


da temperatura, considerando o caso de correntes de falta e a energia que passa pelo dispositivo
de proteção;

e) os valores da resistência aumentada de acordo com d) são finalmente adicionados ao valor da


impedância do laço formado pelo condutor de fase e o condutor neutro aterrado da alimentação,
Ze, obtendo-se assim um valor realista de Zs nas condições de falta.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 293/331


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Anexo J
(normativo)

Medição da resistência dos condutores de proteção


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J.1 A medição da resistência dos condutores de proteção pode ser utilizada, em lugar da medição
da impedância do percurso da corrente de falta, para verificar se a proteção por seccionamento
automático da alimentação provida a um circuito preenche as condições pertinentes especificadas
em 5.1.2.2. O método, que consiste em medir a resistência R entre uma massa qualquer e o ponto
de equipotencialização geral mais próximo, no sentido a montante, é válido nas seguintes condições:

a) o condutor de proteção se encontra incorporado à mesma linha que contém os condutores de


fase, sem interposição de elementos ferromagnéticos (o que permite desconsiderar a reatância),
ou é o próprio conduto metálico que acomoda os condutores;

b) a seção dos condutores PE não é superior a 95 mm2, em cobre.

J.2 Recomenda-se que as medições sejam realizadas com fonte cuja tensão em vazio se situe
entre 4 V e 24 V, em corrente alternada ou contínua, e que forneça uma corrente de ensaio de no
mínimo 0,2 A.

J.3 A resistência R medida deve satisfazer as seguintes condições:


m U
R ≤ 0, 8 × × o em esquema TN
m + 1 la

m U
R ≤ 0, 8 × × em esquema IT sem neutro distribuído
m + 1 2la

m U
R ≤ 0, 8 × × o em esquema IT com neutro distribuído
m + 1 2la

onde

Uo é a tensão nominal entre fase e neutro, em volts;

U é a tensão nominal entre fases, em volts;

Ia é a corrente que garante a atuação do dispositivo de proteção:

— no tempo de seccionamento máximo admissível dado pela Tabela 1, no caso de esquemas


TN; ou

— no tempo de seccionamento máximo admissível dado pela Tabela 2, no caso de esquemas


IT; ou

— no máximo em 5 s, nas condições definidas em 5.1.2.2.4.1-c);

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m é a relação entre R e Rϕ, isto é:


R
m=
R∅
onde

Rϕ é a resistência do condutor de fase; e


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R é a resistência do condutor de proteção entre uma massa qualquer e o ponto de equipotencialização


geral mais próximo, a montante.

O fator 0,8 é um valor convencional usado para refletir a relação entre a impedância do circuito
protegido e a impedância total do percurso da corrente de falta. A experiência tem demonstrado que o
fator 0,8 é válido na maioria dos casos. Quando a impedância da fonte puder ser desprezada, o fator
é igual a 1 e, nos demais casos, quando o valor real da relação entre impedância do circuito protegido
e impedância do percurso da corrente de falta for conhecido, o fator 0,8 deve ser substituído por esse
valor real.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 295/331


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Anexo K
(informativo)

Coordenação entre condutores e dispositivos de proteção –


condições a e b de 5.3.4.1
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Capacidade de
Corrente de projeto IB condução de corrente IZ

1,45  IZ

Valores de referência
para condutores

I (A)
Características do
Dispositivo de proteção

Corrente nominal ou Corrente convencional


Corrente de ajuste In de atuação I2

Figura K.1 – Ilustração das condições a e b de 5.3.4.1

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Anexo L
(informativo)

Exemplos de configurações de cabos em paralelo


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As configurações especiais indicadas em 6.2.5.7 podem ser:

a) para quatro cabos tripolares do esquema de conexão: L 1L 2L 3, L 1L 2L 3, L 1L 2L 3, L 1L 2L 3, os


cabos podem ser unidos;

b) para seis cabos unipolares:

— em plano horizontal, ver a Figura L.1,

— um acima do outro, ver a Figura L.2,

— em trifólio, ver a Figura L.3;

c) para nove cabos unipolares:

— em plano horizontal, ver a Figura L.4,

— um acima do outro, ver a Figura L.5,

— em trifólio, ver a Figura L.6;

d) para 12 cabos unipolares:

— em plano horizontal, ver a Figura L.7,

— um acima do outro, ver a Figura L.8,

— em trifólio, ver a Figura L.9;

As distâncias nestas Figuras devem ser mantidas.

NOTA As diferenças de impedância entre fases são, se possível, também são limitadas nas configurações
especiais.

N1 L1 L2 L3 L3 L2 L1 N2

Figura L.1 – Configuração especial para 6 cabos unipolares em paralelo,


em plano horizontal (ver 6.2.5.7)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 297/331


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N1 L1 L2 L3

N2 L3 L2 L1
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Figura L.2 – Configuração especial para 6 cabos unipolares em paralelo,


um acima do outro (ver 6.2.5.7)

Figura L.3 – Configuração especial para 6 cabos unipolares em paralelo,


em trifólio (ver 6.2.5.7)

≥ 2De ≥ 2De

L1 L2 L3 N1 L3 L2 L1 N2 L1 L2 L3 De

NOTA De é o diâmetro externo do cabo.

Figura L.4 – Configuração especial para 9 cabos unipolares em paralelo,


em plano horizontal (ver 6.2.5.7)

L1 L2 L3 N1

≥ 300 mm
L3 L2 L1 N2

≥ 300 mm
L1 L2 L3 N3

Figura L.5 – Configuração especial para 9 cabos unipolares em paralelo,


um acima do outro (ver 6.2.5.7)

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≥ 2De ≥ 2De
L3 L3 L3

L1 L2 N1 L1 L2 N2 L1 L2 N3 De
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NOTA De é o diâmetro externo do cabo.

Figura L.6 – Configuração especial para 9 cabos unipolares em paralelo,


em trifólio (ver 6.2.5.7)

Figura L.7 – Configuração especial para 12 cabos unipolares em paralelo,


em plano horizontal (ver 6.2.5.7)

N1 L1 L2 L3 L3 L2 L1 N2

≥ 300 mm
N3 L1 L2 L3 L3 L2 L1 N4

Figura L.8 – Configuração especial para 12 cabos unipolares em paralelo,


um acima do outro (ver 6.2.5.7)

L3 L3 L3 L3

N1 L1 L2 L2 L1 N2 N3 L1 L2 L2 L1 N4

Figura L.9 – Configuração especial para 12 cabos unipolares em paralelo,


em trifólio (ver 6.2.5.7)

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 299/331


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Anexo M
(normativo)

Proteção contra as perturbações eletromagnéticas nas instalações


e seus componentes
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M.1 Escopo
M.1.1 Este Anexo fornece os requisitos para a segurança das instalações elétricas em caso de
perturbações de tensão e eletromagnéticas geradas por diferentes causas específicas.

M.1.2 Este Anexo não se aplica às redes públicas de distribuição de energia ou à geração
e transmissão de energia (ver Seção 1), embora tais perturbações possam ser conduzidas para o
interior de uma instalação elétrica ou conduzidas entre diferentes instalações elétricas por estas redes.

M.2 Proteção contra as perturbações eletromagnéticas – Generalidades


M.2.1 Esta Seção fornece as recomendações essenciais para a atenuação das perturbações
eletromagnéticas. As interferências eletromagnéticas podem perturbar ou danificar os sistemas de
tecnologia da informação ou os equipamentos de tecnologia da informação bem como os equipamentos
que contêm componentes ou circuitos eletrônicos. As correntes causadas por descargas atmosféricas,
manobras, curtos-circuitos e outros fenômenos eletromagnéticos podem gerar sobretensões
e interferências eletromagnéticas.

M.2.2 Estes efeitos são mais severos:

a) quando existem grandes laços metálicos; e

b) quando diferentes linhas elétricas são instaladas nos mesmos percursos, por exemplo, linhas de
sinal e de energia no interior de uma edificação.

M.2.3 Os valores das tensões induzidas dependem da taxa de variação (di/dt) da corrente que
causa interferência e das dimensões do laço.

M.2.4 Os cabos de potência que conduzem elevadas correntes com uma alta taxa de variação
di/dt (por exemplo, corrente de partida de elevador ou correntes controladas por retificadores) podem
induzir as sobretensões nos cabos dos sistemas de tecnologia da informação, que podem influenciar
ou danificar os equipamentos de tecnologia da informação ou equipamentos elétricos similares.

M.2.5 Nos locais de utilização médica, ou próximos deles, os campos elétricos ou magnéticos
originados nas instalações elétricas podem perturbar os equipamentos eletromédicos.

M.2.6 Esta Seção fornece informações para os arquitetos, projetistas e instaladores de instalações
elétricas sobre alguns conceitos de instalação que limitam as influências eletromagnéticas.
As considerações essenciais são indicadas aqui para atenuar estas influências que podem gerar
as perturbações.

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M.3 Medidas de atenuação das interferências eletromagnéticas


M.3.1 O projetista e o instalador de uma instalação elétrica devem levar em consideração as medidas
descritas abaixo para reduzir os efeitos das perturbações eletromagnéticas nos equipamentos elétricos.

M.3.2 Somente os equipamentos elétricos que atendem os requisitos das normas de EMC
apropriadas ou os requisitos de EMC da norma de produto aplicável devem ser utilizados.
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M.4 Fontes das interferências eletromagnéticas


Convém que os equipamentos elétricos sensíveis não estejam localizados próximos de fontes
potenciais de emissões eletromagnéticas, como:

a) dispositivos de comutação de cargas indutivas;

b) motores elétricos;

c) iluminação de lâmpadas fluorescentes;

d) máquinas de solda;

e) computadores;

f) retificadores;

g) fontes chaveadas;

h) conversores/inversores de frequência;

i) elevadores;

j) transformadores;

k) dispositivos de manobra;

l) linhas elétricas pré-fabricadas de distribuição de potência.

M.5 Medidas para redução das interferências eletromagnéticas


As medidas a seguir reduzem as interferências eletromagnéticas:

a) para os equipamentos elétricos sensíveis às interferências eletromagnéticas, DPS e/ou filtros


de linha são recomendados para melhorar a compatibilidade eletromagnética com relação às
emissões eletromagnéticas conduzidas;

b) convém conectar as blindagens metálicas dos cabos e invólucros metálicos ao sistema de


equipotencialização comum;

c) convém evitar os grandes laços indutivos através da escolha de um mesmo caminho para as
linhas de potência, de sinal e de dados;

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 301/331


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d) convém separar os circuitos de potência e de sinal e, se possível, que eles sejam cruzados em
ângulos retos (ver M.26.3);

e) utilizar cabos com condutores concêntricos para reduzir as correntes induzidas no condutor de
proteção;
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f) utilizar cabos multipolares simétricos (por exemplo, cabos blindados contendo condutores de
proteção separados) para as conexões entre os inversores de frequência e os motores;

g) utilizar cabos de transmissão de sinal e dados de acordo com as instruções relativas a EMC dos
fabricantes;

h) se um sistema de proteção contra descargas atmosféricas for instalado:

— os cabos de potência e de sinal devem ser separados dos condutores de descida do SPDA
por uma distância mínima ou serem blindados. A distância mínima deve ser determinada pelo
projetista do SPDA de acordo com a ABNT NBR 5419-3;

— convém que as coberturas ou blindagens metálicas dos cabos de potência e de sinal sejam
aterrados e atendam os requisitos da ABNT NBR 5419-3 e ABNT NBR 5419-4.

i) Se forem utilizados cabos de sinal ou de dados blindados, convém limitar a corrente de falta dos
sistemas de potência que circulam pelas blindagens e núcleos dos cabos de sinal ou de dados,
que são aterrados. Podem ser necessários condutores adicionais, por exemplo, um condutor de
equipotencialização em paralelo para reforço da blindagem; ver a Figura M.1.

Ifalta

Condutor paralelo para reforço da blindagem

NOTA A implementação de um condutor de equipotencialização em paralelo próximo à blindagem de um


cabo de sinal ou de transmissão de dados também reduz o laço associado ao equipamento, que é conectado
por um único condutor PE à terra. Esta prática reduz consideravelmente os efeitos eletromagnéticos
do impulso eletromagnético da descarga (IED).

Figura M.1 – Condutor paralelo para reforço da blindagem para assegurar um sistema
de equipotencialização comum
j) Se os cabos de transmissão de sinal ou cabos de transmissão de dados blindados forem comuns
a várias edificações alimentadas no esquema TT, convém utilizar um condutor de equipotencialização
em paralelo (ver Figura M.2) com seção mínima de 16 mm2 de cobre ou equivalente.

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L1

L2
L3

N
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Edificação1 Edificação 2 Edificação 3

Condutor de proteção em
paralelo

Cabo de sinal blindado

NOTA 1 Se uma blindagem de cabo for utilizada como condutor de retorno à terra, um cabo duplo coaxial
pode ser utilizado.

NOTA 2 Os problemas de diferenças de potencial nas redes públicas de telecomunicação são de


responsabilidade das operadoras, que podem utilizar outros métodos.

Figura M.2 – Exemplo de condutor de proteção em paralelo no esquema TT


k) Convém que as ligações equipotenciais tenham a menor impedância possível:

— sendo as mais curtas possíveis;

— tendo uma seção com baixa reatância indutiva e baixa impedância por metro, por exemplo,
uma fita com uma relação comprimento/espessura inferior a 5.1.

l) Se o barramento de equipotencialização for previsto para atender o sistema de equipotencialização


de uma instalação de tecnologia da informação muito importante em uma edificação, ela pode ser
realizada na forma de um anel fechado;

NOTA Esta medida é utilizada preferencialmente nas edificações do setor de telecomunicações.

m) disposição adequada das fontes potenciais de perturbações em relação aos equipamentos


sensíveis;

n) disposição adequada dos equipamentos sensíveis em relação a circuitos e equipamentos com


altas correntes como, por exemplo, barramentos de distribuição e elevadores;

o) linhas com condutores separados (por exemplo, condutores isolados ou cabos unipolares)
contidas em condutos metálicos aterrados ou equivalentes;

p) evitar o esquema TN-C, conforme disposto em M.6.2;

q) concentrar as entradas e/ou saídas das linhas externas em um mesmo ponto da edificação
(ver NOTA de 6.4.2.1.3);

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 303/331


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r) utilizar enlaces de fibra óptica sem revestimento metálico ou enlaces de comunicação sem fio
na interligação de redes de sinal dispostas em áreas com equipotencializações separadas,
sem interligação.

M.6 Esquema TN
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M.6.1 Nas edificações existentes ou novas, que provavelmente receberão quantidades significativas
de equipamentos de tecnologia da informação, alimentados pela rede de distribuição pública de baixa
tensão ou por fonte própria, deve ser utilizado o esquema TN-S a jusante da origem da instalação
(ver Figuras M.3 e M.4).
Condutor de L
equipotencialização, N
PE
se necessário

PE, N, L

Equipamento 1

1) Cabo de transmissão
U
de sinais e de dados
2)
PE, N, L

Equipamento 2

Rede pública

1) A queda de tensão ∆U é evitada ao longo do PE em funcionamento normal;


2) Laço de área restrita formado por cabos de transmissão de sinais ou de dados.

Figura M.3 – Eliminação das correntes do condutor neutro em uma estrutura alimentada com
esquema TN-S a partir da origem da rede pública até e inclusive os circuitos terminais
no interior da edificação

304/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Condutor de L
equipotencialização, se N
necessário PE

PE, N, L
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Equipamento 1

1) Cabo de transmissião
∆U
de sinais e de dados
2)
PE, N, L

Equipamento 2

1) A queda de tensão ∆U é evitada ao longo do PE em funcionamento normal;


2) Laços de área restrita formado por cabos de transmissão de sinal ou de dados.

Figura M.4 – Eliminação das correntes do condutor neutro em uma estrutura alimentada no
esquema TN-S a jusante do transformador da fonte de alimentação privada do consumidor

M.6.2 Em toda edificação alimentada por linha elétrica em esquema TN-C, o condutor PEN deve
ser separado, a partir do ponto de entrada da linha na edificação, ou a partir do quadro de distribuição
principal, em condutores distintos para as funções de neutro e de condutor de proteção. A alimentação
elétrica, até aí TN-C, passa então a um esquema TN-S (globalmente, o esquema é TN-C-S).

NOTA O condutor PEN da linha de energia que chega a uma edificação é incluído na equipotencialização
principal, conforme exigido em 6.4.2.1.1.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 305/331


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M.7 Esquema TT
Em um esquema TT, conforme indicado na Figura M.5, convém levar em consideração as sobretensões
que podem ocorrer entre as partes vivas e as massas, se as massas de diferentes edificações forem
conectadas a diferentes eletrodos de aterramento.
Projeto em Consulta Nacional

Condutor de equipotencialização,
se necessário
L
N
PE, N, L
PE

Equipamento 1

U 1) Cabo de transmissão
de sinais e de dados
2)

PE, N, L

Equipamento 2

1) A queda de tensão ∆U é evitada ao longo do PE em operação normal;


2) Laço de área restrita formado por cabos de transmissão de sinal ou de dados.

Figura M.5 – Esquema TT em uma edificação

M.8 Esquema IT
Em um esquema IT trifásico, conforme indicado na Figura M.6, a tensão entre um condutor vivo sem
falha e uma massa pode se tornar a tensão de linha no caso de uma simples falta entre um condutor
vivo e a massa; este caso deve ser considerado.

NOTA Convém que um equipamento eletrônico alimentado diretamente entre a fase e o neutro seja
previsto para suportar a tensão entre um condutor vivo e a massa (ver os requisitos correspondentes da
IEC 60950-1 para equipamentos de tecnologia da informação).

306/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Condutor de equipotencialização,
se necessário
i é i L
N PE, N, L
PE
Projeto em Consulta Nacional

Equipamento 1

U 1) Cabo de transmissão
de sinais e de dados
2)

PE, N, L

Equipamento 2

1) A queda de tensão ∆U é evitada ao longo do PE em funcionamento normal;


2) circuito/anel de área restrita formado por cabos de transmissão de sinal ou de dados.

Figura M.6 – Esquema IT em uma edificação

M.9 Alimentação por múltiplas fontes


M.9.1 Para as alimentações múltiplas, as disposições de M.10 e de M.11 devem ser aplicadas.

NOTA Se vários aterramentos dos pontos estrela das fontes de alimentação forem realizados,
as correntes no condutor neutro podem retornar ao ponto estrela correspondente, não somente pelo neutro,
mas também pelo condutor de proteção, conforme indicado na Figura M.7. Por este motivo, a soma das
correntes parciais que circulam na instalação deixa de ser zero e um campo magnético é criado, similar
ao de um cabo unipolar.

M.9.2 No caso de cabos unipolares, que conduzem corrente alternada, um campo eletromagnético
circular é criado em torno do condutor que pode perturbar os equipamentos eletrônicos. As correntes
harmônicas geram campos eletromagnéticos similares, mas eles se atenuam mais rapidamente
do que aqueles produzidos pelas correntes fundamentais.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 307/331


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Fonte 1 Instalação Fonte 2


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PE

Massas

Figura M.7 – Esquema TN alimentado por múltiplas fontes com uma conexão múltipla não
apropriada entre o PEN e a terra

M.10 Esquema TN alimentado por múltiplas fontes


No caso de esquema TN alimentado por múltiplas fontes, os pontos estrela das diversas alimentações
devem ser conectados por um condutor isolado conectado em somente um ponto de terra, por razões
de EMC, (ver Figura M.8).

308/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Fonte n
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Fonte 2

a)

L1

L2
L3

Fonte 1 N
PE
a)
c)
d)
b)

Aterramento das
fontes Massas

Instalação

a) Uma conexão direta entre os pontos neutros dos transformadores ou entre pontos estrela dos geradores
e a terra não é permitida;
b) O condutor de conexão entre os pontos neutros dos transformadores ou entre os pontos estrela dos geradores
deve ser isolado. Este condutor é similar a um condutor PEN e pode ser marcado como tal; no entanto, ele
não pode ser conectado ao equipamento de utilização, e para este efeito, um aviso de advertência deve ser
anexado, ou colocado ao lado;
c) Somente uma conexão entre os pontos neutros interconectados das fontes e o PE deve ser prevista. Esta
conexão deve estar localizada dentro do quadro principal de distribuição;
d) Um aterramento adicional do PE na instalação pode ser previsto.

Figura M.8 – Esquema TN alimentado por múltiplas fontes com pontos estrela conectados
somente em um e mesmo ponto de terra

M.11 Esquema TT alimentado por múltiplas fontes


No caso de esquema TT alimentado por múltiplas fontes, convém que os pontos estrela das diversas
alimentações sejam conectados a somente um e mesmo ponto de terra, por razões de EMC,
(ver Figura M.9).

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 309/331


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Fonte n
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Fonte 2

a)

L1

Fonte 1 L2

L3

a) c)

b)

Massas
Aterramento das
fontes
Instalação

a) Uma conexão direta entre os pontos estrela dos transformadores ou entre pontos estrela dos geradores
e a terra não é permitida;
b) O condutor de conexão entre os pontos estrela dos transformadores ou entre os pontos estrela dos geradores
deve ser isolado. No entanto, ele não pode ser conectado ao equipamento de utilização, e para este efeito
um aviso de advertência deve ser anexado, ou colocado ao lado;
c) Somente uma conexão entre os pontos estrela interconectados das fontes e o PE deve ser prevista. Esta
conexão deve estar localizada dentro do quadro principal de distribuição.

Figura M.9 – Esquema TT alimentado por múltiplas fontes com pontos estrela conectados
em somente um e mesmo ponto de terra

M.12 Comutação da alimentação


Em esquemas TN, a comutação da alimentação normal para uma alimentação de segurança deve ser
realizada por meio de um dispositivo de manobra, que comuta todos os condutores vivos e o neutro,
se existir (ver Figuras M.10, M.11 e M.12).

NOTA Este método evita os campos eletromagnéticos devido às correntes parasitas na alimentação
principal de uma instalação. É fato que a soma das correntes em um cabo seja nula. Isto assegura
a circulação da corrente de neutro em somente um condutor neutro do circuito em funcionamento.
A 3ª harmônica (180 Hz) dos condutores de fase será adicionada à corrente do condutor neutro com o mesmo
ângulo de fase.

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Alimentação 1 Alimentação 2

L1 L1
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L2 L2
L3 L3
N
PE

Equipamento de utilização

NOTA Uma alimentação trifásica com um dispositivo de manobra tripolar como alternativa não apropriada
causa correntes de circulação indesejadas, que geram campos eletromagnéticos.

Figura M.10 – Alimentação trifásica com dispositivo de manobra tetrapolar

L1
L2
L3
N
PE

Figura M.11 – Circulação de corrente no condutor neutro em uma alimentação trifásica


com um dispositivo de manobra tripolar alternativo e não apropriado

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 311/331


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L
N
PE
Projeto em Consulta Nacional

Sistema-UPS

Equipamento
de utilização

NOTA A conexão à terra do circuito secundário de um sistema UPS não é obrigatória. Se a conexão não
for realizada, a alimentação no modo UPS é um esquema IT e, no modo by-pass, o esquema é o mesmo que
o da alimentação em baixa tensão.

Figura M.12 – Alimentação monofásica com dispositivo de manobra bipolar

M.13 Entrada de linhas de serviços em uma edificação


M.13.1 Convém que as tubulações metálicas (por exemplo, para água, gás ou incêndio) e os cabos
de potência e de sinal entrem, de preferência, em um mesmo ponto da edificação. As blindagens,
armações, coberturas e capas metálicas das linhas externas, bem como os condutos de tais linhas,
quando metálicos, devem ser incluídos na equipotencialização principal ou local, a que estiver mais
próxima, conforme 6.4.2.1.1, por meio de condutores de baixa impedância (ver Figura M.13).

NOTA 1 A interconexão somente é permitida com o consentimento da operadora do serviço externo.

NOTA 2 Dependendo do caso, a vinculação dos revestimentos metálicos da linha à equipotencialização


principal não precisa ser mediante ligação direta ao BEP, podendo ser indireta – por exemplo, mediante
ligação ao BEL mais próximo do ponto em que a linha entra ou sai da edificação ou mediante ligação direta ao
eletrodo de aterramento da edificação (como ilustrado, conceitual e genericamente, na Figura G.3 do anexo G).
É o caso de uma linha de energia que sai da edificação para alimentar outra edificação, vizinha, ou para
alimentar estruturas ou construções anexas; de uma linha de sinal que também se dirija a edificação vizinha;
e de linha de sinal associada a uma antena externa.

NOTA 3 As equipotencializações locais (BEL) de uma edificação devem incluir a armadura do concreto.

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Telefone
Eletrodo de aterramento
Alimentação elétrica da fundação

BEP
I
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V
Cabo da
antena
I

Água, gás, incêndio, água


usada

BEP Barramento de equipotencialização principal


I Corrente induzida
NOTA Um ponto de entrada comum é preferível, U ≅ 0 V.

Figura M.13 – Exemplo de entrada de cabos blindados e de tubulações metálicas nas


edificações (exemplos)
M.13.2 No caso de linhas de sinal, quando a conexão da blindagem ou capa metálica à
equipotencialização, conforme P.13.1, puder suscitar ruído ou corrosão eletrolítica, essa conexão
pode ser efetuada com a interposição de DPS do tipo comutador de tensão.

M.13.3 Da mesma forma, na instalação interna à edificação, quando a blindagem ou capa metálica
de uma linha de sinal for conectada a uma equipotencialização local ou a terminal vinculado à massa
de um equipamento e essa conexão puder suscitar ruído ou corrosão eletrolítica, ela pode ser efetuada
com a interposição de DPS do tipo comutador de tensão. Esta conexão deve se restringir a uma das
extremidades da linha de sinal.

M.13.4 Por razões de EMC, convém reservar as partes da instalação elétrica nos espaços de
construção fechados exclusivamente para os equipamentos elétricos e eletrônicos (por exemplo,
dispositivos de monitoramento, comando, dispositivos de proteção, blocos de conexão etc.) e o acesso
deve ser previsto para sua manutenção.

M.14 Edificações separadas


M.14.1 Toda linha metálica de sinal que interligue edificações separadas deve dispor de condutor
de equipotencialização paralelo, acompanhando todo seu trajeto, sendo esse condutor conectado
às equipotencializações, de uma e de outra edificação, às quais a linha de sinal se acha vinculada.

M.14.2 Se edificações diferentes tiverem equipotencializações separadas, a transmissão dos sinais


e de dados pode ser realizada por fibras ópticas sem metal ou por outras redes não condutoras,
por exemplo, transformador de sinal de micro-ondas para isolamento de acordo com a IEC 61558-2-1,
IEC 61558-2-4, IEC 61558-2-6, IEC 61558-2-15 e IEC 60950-1.

NOTA 1 O problema das diferenças de tensão à terra em grandes redes públicas de telecomunicações
é de responsabilidade da operadora da rede, que pode utilizar outros métodos.

NOTA 2 No caso de sistemas não condutores de transmissão de dados, a utilização de um condutor de


equipotencialização paralelo não é necessária.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 313/331


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M.15 Instalações internas nas edificações


Nas instalações existentes, no caso de existir problemas devido às interferências eletromagnéticas,
as seguintes medidas podem melhorar a situação (ver Figura M.14).
Projeto em Consulta Nacional

1) a utilização de cabos de fibra óptica não metálicos para os circuitos de transmissão de sinal e de dados,
ver M.14;
2) utilização de equipamentos de Classe II;
3) utilização de transformadores com dois enrolamentos de acordo com a IEC 61558-2-1, ou IEC 61558-2-4,
ou IEC 61558-2-6, ou IEC 61558-2-15. O enrolamento secundário é de preferência conectado a um esquema
TN-S, mas um esquema IT pode ser utilizado para aplicações específicas.

Figura M.14 – Medidas para instalações existentes (continua)

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Subseção/
Referência Descrição das medidas representadas
Norma
1) Cabos e eletrodutos metálicos entrando na edificação no mesmo local
M.13
2) Encaminhamento comum das tubulações com separações adequadas M.5
que evitem os laços
Projeto em Consulta Nacional

3) Ligações mais curtas possíveis e utilização de condutores de IEC 61000-2-5;


equipotencialização paralelos M.5
4) Cabos de sinal blindados e/ou condutores de pares trançados M.17
5) Utilização de transformadores com enrolamentos separados M.15
6) Sistema de equipotencialização horizontal local M.20
7) Utilização de equipamento de classe II M.15

Figura M.14 (conclusão)

M.16 Dispositivos de proteção


Convém que sejam escolhidos dispositivos de proteção com funcionalidades apropriadas para impedir
disparos indesejados devido às correntes transitórias elevadas, por exemplo, dispositivos com retardos
de tempo e filtros.

M.17 Cabos de sinal


Convém utilizar cabos blindados e/ou cabos de par trançado para os circuitos de sinal.

M.18 Aterramento e ligações equipotenciais

M.18.1 Interconexão dos eletrodos de aterramento

M.18.1.1 Para várias edificações, o conceito de eletrodos de aterramentos dedicados e independentes


conectados a uma rede de condutores de equipotencialização pode não ser adequado, quando os
equipamentos eletrônicos forem utilizados para a troca de comunicação e de dados entre as diferentes
edificações, pelas seguintes razões:

a) existe um acoplamento, de fato, entre estes diferentes eletrodos de aterramentos, o que resulta
em aumento descontrolado da tensão aplicada sobre o equipamento;

b) equipamentos interconectados podem ter referências de terra diferentes;

c) existe o risco de choque elétrico, especificamente no caso de sobretensões de origem atmosférica.

M.18.1.2 Portanto, convém que todos os condutores de proteção de segurança e de proteção


funcionais sejam conectados em um único barramento de equipotencialização principal (BEP).

M.18.1.3 No caso de várias edificações, se a interligação dos eletrodos de aterramentos não puder
ser realizada, recomenda-se a aplicação da separação galvânica das redes de comunicação, por
exemplo, pelo uso de ligações com fibra óptica; ver também M.15.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 315/331


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M.18.1.4 As conexões dos condutores de proteção e de aterramento funcional devem ser conectadas
individualmente ao barramento de equipotencialização principal, de maneira que, se um condutor for
desconectado, as conexões de todos os outros condutores permaneçam seguras.

M.18.2 Interconexão das redes de entrada e disposições de aterramento


Projeto em Consulta Nacional

M.18.2.1 As massas dos equipamentos eletrônicos e de tecnologia da informação no interior de uma


edificação devem ser interconectadas por meio de condutores de equipotencialização.

M.18.2.2 Para os locais de habitação, onde os equipamentos eletrônicos são limitados, uma rede de
condutores de equipotencialização no arranjo em estrela pode ser suficiente (ver Figura M.15).

M.18.2.3 Para as edificações comerciais e industriais ou similares contendo várias aplicações


eletrônicas, uma rede de equipotencialização comum, constituída por condutores de equipotencialização
e de proteção, é útil para atender os requisitos de EMC dos diferentes tipos de equipamento
(ver Figura M.17).

M.19 Diferentes estruturas para a rede dos condutores de equipotencialização


As quatro estruturas básicas descritas nas subseções a seguir podem ser utilizadas, dependendo da
importância e vulnerabilidade dos equipamentos.

M.19.1 Condutores de equipotencialização conectados a um condutor de equipotencialização


em anel

Uma rede de equipotencialização comum é instalada por meio de um condutor de equipotencialização


em anel (ver Figura M.18) no último pavimento da estrutura. Convém que este anel seja feito de cobre,
nu ou isolado, e instalado de maneira que seja acessível em todo seu comprimento, por exemplo,
utilizando uma eletrocalha ou um eletroduto de material magnético, com montagem aparente na
superfície ou em canaletas. Todos os condutores de equipotencialização e de aterramento funcional
podem ser conectados no condutor de equipotencialização em anel.

M.19.2 Rede de condutores de proteção equipotencialização em estrela

Este tipo de rede é aplicável às pequenas instalações (residenciais, comerciais etc.), e, de uma
maneira geral, aos equipamentos que não estão interconectados por cabos de sinal (ver Figura M.15).

Quadro de
distribuição

Equipamento
de utilização

Barramento de
equipotencialização
principal (BEP)

Condutor de aterramento

Condutor de proteção

Figura M.15 – Exemplos de rede de condutores de equipotencialização em estrela

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M.19.3 Rede de condutores de equipotencialização em estrela com malhas múltiplas

Este tipo de rede é aplicável às pequenas instalações com diferentes grupos pequenos de equipamentos
de comunicação interconectados. Em particular, esta rede permite dispersar localmente as correntes
causadas por interferência eletromagnética (ver Figura M.16).
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Figura M.16 – Exemplo de rede em estrela com malhas múltiplas

M.19.4 Rede de condutores de equipotencialização em estrela com malha comum

M.19.4.1 Este tipo de rede é aplicável às instalações com alta densidade de equipamentos de
comunicação correspondendo às utilizações críticas (ver Figura M.17).

M.19.4.2 Uma rede de equipotencialização em malha aproveita as estruturas metálicas existentes da


edificação, sendo complementada por condutores que formam a malha.

M.19.4.3 A dimensão da malha depende do nível selecionado de proteção contra as descargas


atmosféricas, do nível de imunidade dos equipamentos de utilização e das frequências utilizadas para
a transmissão de dados.

M.19.4.4 As dimensões das malhas devem ser adaptadas às dimensões da instalação a ser
protegida, mas não pode exceder 2 m × 2 m em áreas onde equipamentos sensíveis às interferências
eletromagnéticas estão instalados.

M.19.4.5 Esta rede é adequada, por exemplo, para a proteção de equipamentos de central telefônica
privada (PABX) e sistemas centralizados de processamento de dados.

M.19.4.6 Em alguns casos, partes desta rede podem ter malhas com dimensões mais reduzidas para
atender a requisitos específicos.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 317/331


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NOTA O tamanho da malha se refere às dimensões das superfícies quadradas delimitadas pelos
condutores que formam a malha.

Figura M.17 – Exemplo de uma rede em estrela com malha comum

M.20 Redes de equipotencialização nas edificações com vários pavimentos


É recomendável que as edificações com vários pavimentos comportem, em cada pavimento, um sistema de
equipotencialização em anel; ver Figura M.18 para exemplos comuns de sistema de equipotencialização
em anel, cada pavimento sendo um tipo de rede. Convém que as redes de equipotencialização dos
diferentes pavimentos sejam interconectadas por meio de condutores, em pelo menos dois pontos.

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Rede de
equipotencialização
em anel
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Rede em estrela
com malha
comum

Rede em estrela
com malha
múltipla

Barramento de
equipotencialização
principal (BEP)
Rede em estrela

Eletrodo de
aterramento Estrutura metálica
(fundação)

Figura M.18 – Exemplo de redes de equipotencialização nas estruturas sem SPDA

M.21 Condutor de equipotencialização funcional


M.21.1 Alguns equipamentos eletrônicos requerem uma tensão de referência próxima ao potencial de terra
para funcionar corretamente; esta tensão de referência é fornecida pelo condutor de equipotencialização
funcional.

M.21.2 Os condutores de equipotencialização funcionais podem ser fitas metálicas, cordoalhas


e cabos com seção transversal circular.

M.21.3 Para os equipamentos funcionando em altas frequências, as fitas metálicas ou cordoalhas


são preferidas e as conexões devem ser mantidas as mais curtas possíveis.

M.21.4 Para os equipamentos que funcionam em baixas frequências, as seções indicadas em 6.4.4
desta Norma são consideradas satisfatórias, independentemente da forma do condutor; ver M.5-b)
e M.5-k).

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 319/331


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M.22 Edificações comerciais ou industriais com quantidade significativa de


equipamentos de tecnologia da informação
M.22.1 As medidas adicionais a seguir têm como objetivo reduzir as influências das perturbações
eletromagnéticas no funcionamento dos equipamentos de tecnologia da informação.
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M.22.2 Em ambientes eletromagnéticos severos, é recomendado adotar a rede em estrela com


malha comum descrita em M.19.3.

M.23 Dimensionamento e instalação de condutores de equipotencialização em anel


M.23.1 O condutor de equipotencialização em anel deve ter as seguintes dimensões mínimas:

a) seção de cobre em formato plano: 30 mm × 2 mm;

b) em cobre com formato redondo: diâmetro: 8 mm.

M.23.2 Os condutores de equipotencialização em anel, se forem nus, devem ser protegidos contra
corrosão em seus suportes e na passagem através das paredes.

M.24 Conexões para o sistema de equipotencialização em anel


M.24.1 Os seguintes condutores também devem ser conectados ao sistema de equipotencialização
em anel:

a) telas condutivas, blindagens ou armaduras condutivas de cabos de transmissão de dados ou de


equipamentos de tecnologia da informação;

b) condutores de aterramento de sistemas de antena;

c) condutores de aterramento do polo aterrado da alimentação em CC para equipamentos de


tecnologia da informação;

d) condutores de proteção funcional.

M.25 Disposições de aterramento e ligações equipotenciais dos equipamentos


da tecnologia de informação para fins funcionais

M.25.1 Barramento de terra

Se um barramento de terra for requerido para fins funcionais, o barramento de equipotencialização


principal (BEP) da edificação pode ser prolongado por meio de um condutor de baixa impedância,
de maneira que os equipamentos da tecnologia de informação sejam conectados pelo caminho mais
curto de qualquer ponto da edificação. Se o condutor de baixa impedância for instalado para uma rede
de equipotencialização estendida de equipamentos da tecnologia de informação na edificação, ele
pode constituir um sistema de equipotencialização em anel (ver Figura M.18).

NOTA 1 O condutor de baixa impedância pode ser nu ou isolado.

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NOTA 2 O condutor de baixa impedância convém ser instalado de maneira que seja acessível em todo
o seu comprimento, por exemplo. sobre um perfil. Para evitar a corrosão, pode ser necessário proteger os
condutores nus nos suportes e onde eles passam pelas paredes.

M.25.2 Seção do condutor de baixa impedância


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M.25.2.1 A eficácia do condutor de baixa impedância depende do encaminhamento e da impedância


dos condutores utilizados. Para as instalações em que a corrente de alimentação é, pelo menos,
igual a 200 A por fase, um condutor com seção não inferior a 50 mm2 de cobre deve ser previsto
e dimensionado de acordo com M.5 k).

NOTA Esta regra é válida para as frequências de até 10 MHz.

M.25.2.2 Se o condutor de baixa impedância for utilizado como condutor de retorno em corrente
contínua, sua seção deve ser dimensionada de acordo com as correntes de retorno em corrente
contínua previstas. A queda de tensão máxima em corrente contínua ao longo de cada condutor de
baixa impedância dedicado a um condutor de retorno em corrente contínua deve ser inferior a 1 V.

M.26 Separação dos circuitos

M.26.1 Generalidades

P.26.1.1 Os condutores de alimentação elétrica e os cabos dedicados à tecnologia da informação e da


comunicação que compartilham a mesma linha elétrica ou o mesma percurso, devem ser instalados
de acordo com os requisitos descritos a seguir.

NOTA Para os efeitos desta subseção, as linhas elétricas também incluem as linhas pré-fabricadas
(ABNT NBR 61439-6) e os sistemas de condutores pré-fabricados (IEC 61534).

M.26.2 Requisitos de projeto

M.26.2.1 Os requisitos a seguir se aplicam, a menos que M.26.3 seja aplicável.

M.26.2.2 No caso em que a especificação e/ou a aplicação prevista do cabo dedicado à tecnologia
da informação e da comunicação não estejam disponíveis, a distância de separação entre os cabos
de energia e os de tecnologia da informação e da comunicação não pode ser inferior a 200 mm ao ar
livre, desde que:

a) a corrente total percorrida em conduzida por um cabo em BT ou em um feixe de cabos em BT


não exceda 600 A,

b) as aplicações suportadas pelo cabeamento são projetadas para funcionar por meio de cabos
dedicados à tecnologia da informação e da comunicação instalados ou a serem instalados, e

c) os cabos dedicados à tecnologia da informação e da comunicação são:

— cabos de pares trançados cujo desempenho de imunidade eletromagnética é de acordo com


a série IEC 61156 para Categoria 5 e superior, ou

— cabos coaxiais cujo desempenho de imunidade eletromagnética é de acordo com a IEC 61196-7.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 321/331


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M.26.2.3 Em todos os outros casos, os requisitos e as recomendações da ISO/IEC14763-2:2012,


7.9.2, se aplicam.

M.26.2.4 A distância de separação de 200 mm pode ser reduzida de acordo com a Tabela M.1.

M.26.2.5 No caso em que o cabo de energia blindado for utilizado, a distância de separação pode ser
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reduzida de acordo com a especificação fornecida pelo fabricante do cabo de energia blindado, desde
que a blindagem seja aterrada nas duas extremidades.

M.26.2.6 Os cabos de energia que também conduzem as aplicações da tecnologia de informação e da


comunicação não são considerados cabos dedicados à tecnologia da informação e da comunicação.

Tabela M.1 – Resumo das distâncias de separação mínimas no caso em que a especificação
e/ou a aplicação prevista do cabo dedicado às tecnologias da informação e da comunicação
não estão disponíveis
Invólucro aplicado ao cabeamento da alimentação elétrica
Separação Invólucro de Invólucro de material
Invólucro de material
sem barreira material magnético magnético sólido
magnético abertoa
eletromagnética perfuradob (liso)c
200 mm 150 mm 100 mm 0 mm
a Aplicável ao invólucro em que o desempenho da blindagem (CC-100 MHz) é equivalente a uma cesta de
malha de aço soldada com malha de 50 mm x 100 mm. Este desempenho da blindagem é também obtido
com as linhas elétricas em aço, mesmo se a espessura da parede for inferior a 1,0 mm e/ou a superfície
perfurada distribuída uniformemente for superior a 20 %.
b Aplicável ao invólucro em que o desempenho da blindagem (CC-100 MHz) é equivalente a uma linha
elétrica em aço, com parede de pelo menos 1,0 mm e tendo no máximo 20 % de superfície perfurada
distribuída uniformemente. As blindagens ou as armaduras dos cabos de energia são consideradas como
um invólucro de material magnético perfurado, se não corresponderem a este equivalente de construção
de invólucro de material magnético sólido.
c Aplicável ao invólucro em que o desempenho da blindagem (CC-100 MHz) é equivalente a um eletroduto
de aço com uma espessura de parede de pelo menos 1,5 mm.

M.26.2.7 A separação mínima entre os cabos de tecnologia da informação e da comunicação e os


cabos de alimentação elétrica deve incluir todas as tolerâncias para o movimento dos cabos entre
seus pontos de fixação (ver exemplo na Figura M.19).

Figura M.19 – Exemplo de distância de separação dos cabos

322/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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M.26.2.8 O requisito de separação mínima se aplica em um espaço tridimensional. No entanto,


quando os cabos de tecnologia da informação e da comunicação e os cabos de alimentação elétrica
são obrigados a se cruzar e a separação mínima requerida não puder ser mantida, então o ângulo
de cruzamento deve ser mantido em aproximadamente 90° nos dois lados a uma distância não inferior
à requerida de separação mínima aplicável.
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M.26.3 Condições de ausência de separação

M.26.3.1 Nenhuma separação é requerida entre o cabeamento dedicado à tecnologia da informação


e da comunicação e o cabeamento de alimentação elétrica (outro diferente daquele requerido pela
regulamentação nacional ou local ou ABNT NBR 5410), desde que o cabeamento dedicado à tecnologia
da informação e da comunicação seja específico a uma ou mais aplicações e que a(s) aplicação(ões)
suporte(m) a ausência de separação.

M.26.3.2 Nenhuma separação é requerida entre o cabeamento dedicado à tecnologia da informação


e da comunicação e o cabeamento de alimentação elétrica, se o conjunto das seguintes condições
forem atendidas:

a) os cabos dedicados à tecnologia da informação e da comunicação são de acordo com a série


IEC 61156 para a Categoria 5 e superior, ou são cabos coaxiais, em que o desempenho
de imunidade eletromagnética é acordo com IEC 61196-7,

b) a classe ambiental do espaço que contém o cabeamento dedicado à tecnologia da informação


e da comunicação é conforme a classificação eletromagnética E1 da ISO/IEC TR 29106
(ou ISO/IEC 11801-1), e

c) os condutores da alimentação elétrica compreendendo um circuito:

— são instalados no interior de uma blindagem comum e conduzem uma corrente total não
superior a 100 A, ou

— são torcidos, amarrados ou agrupados e fornecem uma potência total não superior a 10 kVA.

M.27 Linhas elétricas

M.27.1 Generalidades

As linhas elétricas são disponíveis em materiais metálicos e não metálicos. Os sistemas metálicos
oferecem vários graus de proteção reforçados contra as perturbações eletromagnéticas, desde que
sejam instalados de acordo com M.27.3.

M.27.2 Recomendações de projeto

M.27.2.1 A escolha e a forma das linhas elétricas dependem dos seguintes parâmetros:

a) a intensidade dos campos eletromagnéticos ao longo do encaminhamento (proximidade de fontes


de perturbações conduzidas e irradiadas);

b) o nível permitido de emissões conduzidas e irradiadas;

c) o tipo de cabo (blindado, trançado, fibra óptica);

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 323/331


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d) a imunidade dos equipamentos conectados ao sistema de cabeamento da tecnologia de informação


e da comunicação;

e) outras influências externas devidas ao ambiente (químicas, mecânicas, climáticas, incêndio etc.);

f) qualquer futura extensão do sistema de cabeamento da tecnologia de informação e da


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comunicação.

M.27.2.2 As linhas elétricas não metálicas são adequadas nos seguintes casos:

a) ambiente eletromagnético com níveis permanentemente baixos de perturbação;

b) cabeamento com baixo nível de emissão;

c) cabeamento de fibra óptica.

M.27.2.3 Para componentes metálicos de sistemas de suporte de cabos, o formato (plano, em U,


tubular etc.), mais do que a seção transversal, determinará a impedância característica da linha
elétrica. Os formatos fechados são melhores, pois reduzem o acoplamento de modo comum.

M.27.2.4 Convém que o espaço disponível em uma linha elétrica permita a instalação de cabos
adicionais. A altura dos feixes de cabos deve ser inferior à altura das paredes laterais do conduto,
conforme indicado na Figura M.20. A utilização de tampas melhora o desempenho de compatibilidade
eletromagnética.

M.27.2.5 Para o formato em U, o campo magnético diminui em ambos os cantos. Por esta razão,
paredes laterais de grande altura são preferidas (ver Figura M.20).

NOTA Convém que a altura da parede lateral seja pelo menos igual a duas vezes a seção nominal do
cabo de maior seção.

Não recomendado Preferível

Figura M.20 – Disposição de cabos em bandeja metálica

M.27.3 Regras de instalação

M.27.3.1 Linhas elétricas de materiais magnéticos ou de materiais compostos previstas para


serem utilizadas para fins de compatibilidade eletromagnética

M.27.3.1.1 As linhas elétricas de materiais magnéticos ou de materiais compostos previstas para


serem utilizadas para fins de EMC devem sempre ser aterradas em ambas as extremidades. Para
longos comprimentos, por exemplo, superiores a 50 m, conexões adicionais são recomendadas.
Todas as conexões devem ser tão curtas quanto possível. Se uma linha elétrica for constituída
de vários elementos, convém assegurar a continuidade do suporte por meio de uma interconexão
adequada entre estes elementos. Convém que os elementos sejam de preferência, soldados em
todo o seu perímetro. As conexões rebitadas, por porcas ou parafusos são permitidas, desde que as
superfícies em contato sejam bons condutores (sem pintura ou revestimento isolante), e protegidas
contra corrosão, permitindo assim um bom contato elétrico entre os elementos adjacentes.

324/331 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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M.27.3.1.2 Convém manter o formato da seção metálica em todo o seu comprimento. As interconexões
devem ser de baixa impedância. Uma simples conexão curta entre duas partes de uma linha elétrica
resultará em uma alta impedância local e, consequentemente, a degradação de seu desempenho
quanto a compatibilidade eletromagnética (ver Figura M.21).
Projeto em Consulta Nacional

Pobre

Não recomendado

Recomendado

Figura M.21 – Continuidade dos suportes metálicos


M.27.3.1.3 A partir de frequências da ordem de alguns MHz, uma ligação com comprimento de
10 cm entre duas partes, realizadas por uma cordoalha, degradará o efeito de blindagem em um fator
de pelo menos 10.

M.27.3.1.4 Se os ajustes ou extensões são realizados, é essencial verificar as recomendações de


EMC (por exemplo, não substituindo um eletroduto metálico por um plástico).

M.27.3.1.5 Os elementos metálicos das edificações podem contribuir com os objetivos da


compatibilidade eletromagnética. As vigas de aço em formato de L, H, U ou T oferecem uma estrutura
contínua aterrada, que contém grandes seções e superfícies com muitas conexões intermediárias
à terra. Os cabos são, de preferência, colocados sobre estas vigas. Os cantos internos são preferidos
às superfícies externas (ver Figura M.22).

Recomendado

Não recomendado

Pobre

Figura M.22 – Localização dos cabos nos elementos de construção metálicos


M.27.3.1.6 As tampas das eletrocalhas metálicas devem atender aos mesmos requisitos das
eletrocalhas. Uma tampa com muitos contatos em todo o comprimento é preferível. Se isto não
for possível, convém que as tampas sejam conectadas à eletrocalha pelo menos em ambas as
extremidades, por conexões curtas inferiores a 10 cm (por exemplo, cordoalhas).

M.27.3.1.7 Se uma linha elétrica de material magnético ou de material composto, especialmente


projetada para fins de compatibilidade eletromagnética, é interrompida quando atravessar uma parede
(por exemplo, barreiras antifogo), as duas seções metálicas devem ser interconectadas por conexões
de baixa impedância (por exemplo, malhas ou cordoalhas)(ver Figura M.23).

NÃO TEM VALOR NORMATIVO 325/331


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a) Pobre b) Bom c) Melhor

Figura M.23 – Conexão de seções metálicas


M.27.3.2 Linhas elétricas de materiais não magnéticos

M.27.3.2.1 Se os equipamentos conectados à rede por cabos não blindados não são afetados
por perturbações de baixa frequência, para melhorar a EMC das linhas elétricas de materiais não
magnéticos convém que somente um condutor, como um condutor de equipotencialização em anel,
seja adicionado à linha elétrica de material não magnético. As conexões devem ser feitas de maneira
segura ao sistema de aterramento do equipamento em ambas as extremidades (por exemplo, paredes
metálicas do invólucro do equipamento).

M.27.3.2.2 O condutor de equipotencialidade em anel deve ser previsto para suportar elevadas
correntes de modo comum e as correntes de falta.

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Anexo N
(informativo)

Relação entre as numerações das Tabelas da ABNT NBR 5410:202X


e da ABNT NBR 5410:2004
Projeto em Consulta Nacional

Tabela N.1 – Relação entre as numerações das Tabelas da ABNT NBR 5410:202X e da
ABNT NBR 5410:2004
ABNT NBR 5410:202X ABNT NBR 5410:2004
Tabela 1 – Tempos de seccionamento máximos no Tabela 25 – Tempos de seccionamento máximos
esquema TN no esquema TN
Tabela 2 – Tempos de seccionamento máximos no Tabela 26 – Tempos de seccionamento máximos
esquema IT no esquema IT (segunda falta)
Tabela 3 – Distâncias mínimas a serem obedecidas Tabela 27 – Distâncias mínimas a serem
nas passagens destinadas à operação e/ou obedecidas nas passagens destinadas à operação
manutenção quando for assegurada proteção parcial e/ou manutenção quando for assegurada proteção
por meio de obstáculos parcial por meio de obstáculos
Tabela 4 – Distâncias mínimas a serem obedecidas Tabela 28 – Distâncias mínimas a serem
nas passagens destinadas à operação e/ou obedecidas nas passagens destinadas à operação
manutenção desprovidas de qualquer proteção e/ou manutenção desprovidas de qualquer
contra contatos com partes vivas proteção contra contatos com partes vivas
Tabela 5 – Temperaturas máximas em serviço normal Tabela 29 – Temperaturas máximas, em serviço normal,
das partes acessíveis de componentes elétricos das partes acessíveis de componentes da instalação
posicionados dentro da zona de alcance normal posicionados dentro da zona de alcance normal
Tabela 6 – Valores de k para condutores com Tabela 30 – Valores de k para condutores com
isolação de PVC, EPR ou XLPE isolação de PVC, EPR ou XLPE
Tabela 7 – Suportabilidade a impulso exigível dos Tabela 31 – Suportabilidade a impulso exigível dos
componentes da instalação componentes da instalação
Tabela 8 – Características dos componentes da
Tabelas 1 a 24 e Tabela 32
instalação em função das influências externas
Tabela 9 – Tipos de linhas elétricas Tabela 33 – Tipos de linhas elétricas
Tabela 34 – Seleção e instalação de linhas
–-–
elétricas em função das influências externas
Tabela 10 – Temperaturas características dos Tabela 35 – Temperaturas características dos
condutores condutores
Tabela 11 – Capacidades de condução de corrente, Tabela 36 – Capacidades de condução de
em ampères, para os métodos de referência A1, A2, corrente, em ampères, para os métodos de
B1, B2, C e D referência A1, A2, B1, B2, C e D
Tabela 12 – Capacidades de condução de corrente, Tabela 37 – Capacidades de condução de
em ampères, para os métodos de referência A1, A2, corrente, em ampères, para os métodos de
B1, B2, C e D referência A1, A2, B1, B2, C e D

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Tabela N.1 (conclusão)


ABNT NBR 5410:202X ABNT NBR 5410:2004
Tabela 38 – Capacidades de condução de
Tabela 13 – Capacidades de condução de corrente,
corrente, em ampères, para os métodos de
em ampères, para os métodos de referência E, F e G
referência E, F e G
Projeto em Consulta Nacional

Tabela 39 – Capacidades de condução de


Tabela 14 – Capacidades de condução de corrente,
corrente, em ampères, para os métodos de
em ampères, para os métodos de referência E, F e G
referência E, F e G
Tabela 15 – Fatores de correção para temperaturas Tabela 40 – Fatores de correção para
ambientes diferentes de 30ºC para linhas temperaturas ambientes diferentes de 30ºC para
não – subterrâneas e de 20ºC (temperatura do solo) linhas não – subterrâneas e de 20ºC (temperatura
para linhas subterrâneas do solo) para linhas subterrâneas
Tabela 16 – Fatores de correção para linhas
Tabela 41 – Fatores de correção para linhas
enterradas em solo com resistividade térmica
subterrâneas em solo com resistividade térmica
diferente de 2,5 K.m/W – Métodos de referência D1
diferente de 2,5 K.m/W
e D2
Tabela 17 – Fatores de correção aplicáveis a Tabela 42 – Fatores de correção aplicáveis a
condutores agrupados em feixe (em linhas abertas condutores agrupados em feixe (em linhas abertas
ou fechadas) e a condutores agrupados num mesmo ou fechadas) e a condutores agrupados num
plano, em camada única mesmo plano, em camada única
Tabela 18 – Fator de correção para grupo de mais
de um cabo multipolar a ser aplicado à capacidade
de condução de corrente de referência para cabos Origem: Tabela B.52.20 da IEC 60364 – 5 – 52
multipolares ao ar livre – Método de instalação E nas
Tabelas 14 e 15.
Tabela 19 – Fatores de correção para grupos de um
ou mais circuitos de cabos unipolares a ser aplicado
à capacidade de condução de corrente de referência Origem: Tabela B.52.21 da IEC 60364 – 5 – 52
de um circuito de cabo unipolar ao ar livre – Método
de instalação F nas Tabelas 14 e 15.
Tabela 20 – Fatores de correção aplicáveis a Tabela 43 – Fatores de correção aplicáveis a
agrupamentos consistindo em mais de uma camada agrupamentos consistindo em mais de uma
de condutores – Métodos de referência C (Tabelas 12 camada de condutores – Métodos de referência C
e 13), E e F (Tabelas 14 e 15) (tabelas 36 e 37), E e F (tabelas 38 e 39)
Tabela 21 – Fatores de agrupamento para linhas com Tabela 44 – Fatores de agrupamento para linhas
cabos diretamente enterrados com cabos diretamente enterrados
Tabela 22 – Fatores de agrupamento para linhas em Tabela 45 – Fatores de agrupamento para linhas
eletrodutos enterrados) em eletrodutos enterrados1)
Tabela 23 – Número de condutores carregados a ser Tabela 46 – Número de condutores carregados a
considerado, em função do tipo de circuito ser considerado, em função do tipo de circuito
Tabela 24 – Seção mínima dos condutores Tabela 47 – Seção mínima dos condutores
Tabela 25 – Seção reduzida do condutor neutro1 Tabela 48 – Seção reduzida do condutor neutro1
Tabela 26 – Valor mínimo de Uc exigível do DPS, em Tabela 49 – Valor mínimo de Uc exigível do DPS,
função do esquema de aterramento em função do esquema de aterramento

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Tabela N.1 (conclusão)


ABNT NBR 5410:202X ABNT NBR 5410:2004
Tabela 27 – Tensão de impulso suportável em função Tabela 50 – Tensão de impulso suportável em
da tensão nominal função da tensão nominal
Tabela 51 – Materiais comumente utilizáveis em
Projeto em Consulta Nacional

Tabela 28 – Materiais comumente utilizáveis em


eletrodos de aterramento – Dimensões mínimas
eletrodos de aterramento – Dimensões mínimas do
do ponto de vista da corrosão e da resistência
ponto de vista da corrosão e da resistência mecânica,
mecânica, quando os eletrodos forem diretamente
quando os eletrodos forem diretamente enterrados
enterrados
Tabela 29 – Seções mínimas de condutores de Tabela 52 – Seções mínimas de condutores de
aterramento enterrados no solo aterramento enterrados no solo
Tabela 30 – Fator k para condutor de proteção Tabela 53 – Fator k para condutor de proteção
isolado não incorporado a cabo multipolar e não isolado não incorporado a cabo multipolar e não
enfeixado com outros cabos enfeixado com outros cabos
Tabela 31 – Fator k para condutor de proteção nu em Tabela 54 – Fator k para condutor de proteção
contato com a cobertura de cabo, mas não enfeixado nu em contato com a cobertura de cabo, mas não
com outros cabos enfeixado com outros cabos
Tabela 32 – Fator k para condutor de proteção Tabela 55 – Fator k para condutor de proteção
constituído por constituído por
veia de cabo multipolar ou enfeixado com outros veia de cabo multipolar ou enfeixado com outros
cabos ou condutores isolados cabos ou condutores isolados
Tabela 33 – Fator k para condutor de proteção Tabela 56 – Fator k para condutor de proteção
constituído constituído
pela armação, capa metálica ou condutor concêntrico pela armação, capa metálica ou condutor
de um cabo concêntrico de um cabo
Tabela 34 – Fator k para condutor de proteção nu Tabela 57 – Fator k para condutor de proteção nu
onde não houver risco de que as temperaturas onde não houver risco de que as temperaturas
indicadas possam danificar qualquer material indicadas possam danificar qualquer material
adjacente adjacente
Tabela 58 – Seção mínima do condutor de
Tabela 35 – Seção mínima do condutor de proteção
proteção
Tabela 36 – Quadros de distribuição – Espaço de Tabela 59 – Quadros de distribuição – Espaço de
reserva reserva
Tabela 37 – Valores mínimos de resistência de Tabela 60 – Valores mínimos de resistência de
isolamento isolamento
Tabela 38 – Grau de proteção mínimo para os
–-–
volumes
Tabela N.1 – Relação entre as numerações
das Tabelas da ABNT NBR 5410:202X e da –-–
ABNT NBR 5410:2004

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR 9077, Saídas de emergência em edifícios


Projeto em Consulta Nacional

[2]  ABNT NBR 9326, Conectores para cabos de potência – Ensaios de ciclos térmicos e
curtos-circuitos

[3]  ABNT NBR 9513, Emendas para cabos de potência isolados para tensões até 750 V – Requisitos
e métodos de ensaio

[4]  ABNT NBR 16819, Instalações elétricas de baixa tensão – Eficiência energética

[5]  ABNT NBR 17019, Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos para instalações em locais
especiais – Alimentação de veículos elétricos

[6]  ABNT NBR 17042, Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos para instalações em locais
especiais – Marinas e locais similares

[7]  ABNT NBR 17079, Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos para instalações em locais
especiais – Mobiliários

[8]  ABNT NBR IEC 60079-0, Atmosferas explosivas – Parte 0: Equipamentos – Requisitos gerais

[9]  ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem
de instalações elétricas

[10]  ABNT NBR IEC 60079-17, Atmosferas explosivas – Parte 17: Inspeção e manutenção
de instalações elétricas

[11]  ABNT NBR IEC 60079-19, Atmosferas explosivas – Parte 19: Reparo, revisão e recuperação
de equipamentos

[12]  ABNT NBR IEC 60598-2-22, Luminaires – Part 2-22: Particular requirements – Luminaires for
emergency lighting

[13]  ABNT NBR IEC 60670-1, Caixas e invólucros para acessórios elétricos para instalações elétricas
fixas domésticas e análogas – Parte 1: Requisitos gerais

[14]  IEC 60364-4-41, Low-voltage electrical installations – Part 4-41: Protection for safety – Protection
against electric shock

[15]  IEC 60364-5-51:2001, Electrical installations off buildings – Part 5-51: Selection and erection
of electrical equipment – Common rules

[16]  IEC 60364-5-52, Low-voltage electrical installations – Part 5-52: Selection and erection of electrical
equipment – Wiring systems

[17]  IEC 60364-5-55, Electrical installations of buildings – Part 5-55: Selection and erection of electrical
equipment – Other equipment

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ABNT/CB-003
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SET 2023

[18]  IEC 60721-3-3, Classification of environmental conditions – Part 3-3: Classification of groups of
environmental parameters and their severities – Stationary use at weatherprotected locations

[19]  IEC 60721-3-4, Classification of environmental conditions – Part 3-4: Classification of groups of
environmental parameters and their severities – Stationary use at non-weatherprotected locations
Projeto em Consulta Nacional

[20]  IEC 60724, Short-circuit temperature limits of electric cables with rated voltages of 1 kV (Um = 1,2 kV)
and 3 kV (Um = 3,6 kV)

[21]  IEC 61557-3, Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V AC and
1 500 V DC - Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures – Part 3:
Loop impedance

[22]  IEC 61557-5, Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V AC and 1 500 V DC –
Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures – Part 5: Resistance to earth

[23]  ABNT NBR IEC 61008-1, Interruptores à corrente diferencial-residual para uso doméstico
e similar sem dispositivo de proteção de sobrecorrentes (IDR) – Parte 1: Regras gerais

[24]  ABNT NBR IEC 61009-1, Disjuntores à corrente diferencial-residual para uso doméstico e similar
com dispositivo de proteção de sobrecorrentes (DDR) – Parte 1: Regras gerais

[25]  ABNT NBR IEC 61084 (todas as partes), Sistemas de canaletas e eletrodutos não circulares para
instalações elétricas

[26]  ABNT IEC/TR 61439-0, Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 0: Diretrizes
para especificação dos conjuntos

[27]  ABNT NBR IEC 61537, Encaminhamento de cabos – Sistemas de eletrocalhas para cabos
e sistemas de leitos para cabos

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