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3- Boa tarde

1- Nosso grupo é composto por mim, Amanda Bessa Siqueira.


2- Eu, Danilo Lopes Martins.
3- Eu, Letícia Sayonara Castilho de Sousa.
4- Eu, Loiziane Franciely Oliveira da Silva..
2- A escrava Isaura e Lucíola são dois livros pertencentes ao estilo de época
romantismo.
1- Por quê?
4- Coube a nós a tarefa de responder a essa pergunta
3- mostrando as características presentes nos dois livros que fazem com que os
dois pertençam, com certeza, ao estilo de época romantismo.
2- E simultaneando os trechos de A escrava Isaura e Lucíola que mostram essas
características

*vira vira (...) ¬¬ *

2- Características... Esse é o único fator que define a que estilo de época o texto
pertence?
3- sim
1- A época em que ele foi escrito não influencia.
4- Uma vez que, um texto escrito em uma época x, pode perfeitamente pertencer a
um estilo de época y.
3- E quais são as características presentes nos livros, que fazem com que eles
pertençam ao estilo de época romantismo?
2- Sentimentalismo, egocentrismo ou ânsia de glória, idealização da mulher
4- Culto à natureza, exagero, sonho, subjetivismo
1- pessimismo, evasão ou escapismo, fé, supervalorização do amor...
3- Ceeeerto, vamos por partes... O exagero, consiste em quê?
2- Exagero nas emoções, nos sentimentos, nas figuras do herói e do vilão,
4- Exagero que se manifesta nas características já listadas.
1- O escritor romântico, principalmente o romancista, no afã de criar personagens
perfeitas, cai no exagero.
4- Característica essa que pode estar presente em quaisquer uma das outras
citadas anteriormente.
2- Como no trecho em que Leôncio e/ou demais personagens do sexo masculino
descrevem Isaura sem poupar adjetivos.
3- Em A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, Isaura é perfeita, sem um defeito
sequer. Em contrapartida, Leôncio, o vilão, atravessa toda a história sem nos
mostrar uma única qualidade.
1- Ou mesmo nas partes em que as escravas descrevem o feitor como um homen
sem escrúpulos.
4- Em Lucíola, o exagero, assim como o senso do mistério, imaginação e fantasia e
o culto à natureza, se faz presente
3- mas eles são de importância secundária.
2- Um dos fragmentos do livro em que detecta-se a presença do exagero é o
seguinte:
4- “se compunha de um vestido escarlate com largos folhos de renda preta,
bastante decotado para deixar ver as suas belas espáduas, de um filó alvo e
transparente que flutuava-lhe pelo seio cingindo o colo, e de uma profusão de
brilhantes magníficos capaz de tentar Eva, se ela tivesse resistido ao fruto proibido.
3- Vê-se o exagero explícito ao descrever a beleza irradiante de Lucia.

(Isaura sentada como se estivesse tocando piano)

1- "Acha-se ali sozinha e sentada ao piano uma bela e nobre figura de moça, as
linhas do perfil desenham-se distintamente entre o ébano da caixa do piano e as
bastas madeiras ainda mais negras do que ele. São tão puras e suaves essas
linhas, que fascinam os olhos, enlevam a mente, e paralisam toda a análise".
2- “O rosto cândido e diáfano, que tanto me impressionou à doce claridade da lua,
se transformara completamente: tinha agora uns toques ardentes e um fulgor
estranho que o iluminava. Os lábios finos e delicados pareciam túmidos dos desejos
que incubavam. Havia um abismo de sensualidade nas asas transparentes da
narina que tremiam com o anélito do respiro curto e sibilante, e também nos fogos
surdos que incendiavam a pupila negra.”
1- Anjo ou prostituta, a figura da mulher é sempre idealizada.
4- A mulher, objeto do amor romântico, é divinizada, cultuada, pura,
2- corporificada, sensual, desejada,
1- Vista de maneira material ou imaterial.
3- No caso de Isaura, ela é vista como um anjo do inicio ao fim do livro.
4- Já no caso de Lucíola, como já é de conhecimento da turma, no início ela é tida
como prostituta,
1- Mas no final, sua figura já é de um anjo, como vemos no trecho em que Paulo a
descreve.
3- Se eu ainda tivesse junto de mim todos os entes queridos que perdi, veria
morrer um a um diante de meus olhos, e não salvaria por tal preço. Tive força para
sacrificar-lhes outrora o meu corpo virgem; hoje, depois de cinco anos de infâmia,
sinto que não teria coragem de profanar a castidade de minha alma. Não sei o que
sou, sei que começo a viver; que ressuscitei agora. Ainda duvidará de mim?
2- “Tu és um anjo, minha Lúcia!”
4- O mundo do romântico gira em torno de seu "eu": do que ele sente, do que ele
pensa, do que ele quer.
1- Isso é subjetivismo.
3- Por isso o poeta e o personagem na ficção romântica estão em contínua
desarmonia com os valores e imposições da sociedade e/ou da família.
2- Em Lucíola encontram-se pelo menos duas grandes manifestações desse
subjetivismo romântico.
1- A primeira grande manifestação de subjetivismo está na própria estrutura
narrativa do romance.
4- Trata-se de um romance de "primeira pessoa", em que a história é narrada do
ponto de vista de uma só pessoa.
2- No caso, Paulo. Tudo gira em torno do que ele viu, pensou e sentiu junto à Lúcia.
Tudo, portanto, muito individual.
3- Já no início da carta, Paulo esclarece que escreveu essas páginas para se
justificar perante uma senhora que estranhou "a minha (dele) excessiva indulgência
pelas criaturas infelizes, que escandalizam a sociedade com a ostentação do seu
luxo e extravagância.
1- “Para isso, "escrevi as páginas que lhe envio, às quais a senhora dará um título e
o destino que merecerem. É um "perfil de mulher" apenas esboçado.”
4- A segunda considerável manifestação de subjetivismo está na oposição indivíduo
x sociedade.
2- No romance, Paulo e Lúcia ora se insurgem contra as convenções sociais: "Que
me importa o que pensam a meu respeito?", ora satisfazem essas mesmas
convenções, embora sempre reafirmando o próprio "eu" e fazendo a sua
personalidade.
3- "... Há certas vidas que não se pertencem, mas à sociedade onde existem. Tu és
uma celebridade pela beleza. O público, em troca do favor e admiração e que cerca
os seus ídolos, pede-lhes conta de todas as suas ações. Quer saber por que agora
andas tão retirada."
1- "Ah! esquecia que uma mulher como eu não se pertence; é uma coisa pública,
um carro de praça que não pode recusar quem chega..."

____________lucia vista
Sentimentalismo
- O artista romântico vale-se dos sentimentos, por acreditar que só assim consegue
traduzir tudo aquilo que ocorre no seu interior.
- Por isso, é o sentimento de cada um que define a importância ou não das coisas
- Assim agindo, o escritor pretende atingir mais a emoção do que a razão do leitor
- Como vemos em A escrava Isaura, na parte em que Henrique demonstra todo o
se amor por Isaura e oferece-lhe, além da liberdade, tudo que ela desejar.
- Em Lucíola, um dos lugares em que encontramos isso
- É no dia em que Lúcia e Paulo ‘fazem amor’ pela primeira vez.
- Paulo deixa escapar discursos de prazer e emoção incontida.

Culto à natureza
- A natureza adquire especial significado no mundo romântico.
- Testemunha e companheira das almas sensíveis, é, também, refúgio, proteção,
mãe acolhedora.
- Costuma-se afirmar que, para os românticos, a natureza foi também personagem,
- Com papel ativo na trama
- “ Era um domingo. O novo ano tinha começado. A bonança que sucedera às
grandes chuvas trouxera um dos sorrisos de primavera, como costumam
desabrochar no Rio de Janeiro entre as fortes trovoadas do estio. As árvores
cobriam-se da nova folhagem de um verde tenro; o campo aveludava a macia
pelúcia da relva, e as frutas dos cajueiros se douravam aos raios do sol.
Uma brisa ligeira, ainda impregnada das evaporações das águas, refrescava a
atmosfera Os lábios aspiravam com delícias o sabor desses puros bafejos, que
lavavam os pulmões fatigados de uma respiração árida e miasmática. Os olhos se
recreavam na festa campestre e matutina da natureza fluminense, da qual as
belezas de todos os climas são convivas.”
- “Corria um belo tempo. A vegetação reanimada por moderadas chuvas ostentava-
se fresca, viçosa e luxuante, a água do rio ainda não turvada pelas grandes
enchentes, rolando com majestosa lentidão, refletia em toda pureza, os esplêndidos
coloridos do horizonte, e o nítido verdor das selvosas ribanceiras”

Egocentrismo

-Como o nome já diz, é a colocação do seu ego no centro de tudo.


-Vários artistas românticos colocam, em seus poemas, os seus sentimentos acima
de tudo, destacando-os no texto.
-Pode-se dizer que o egocentrismo é um subjetivismo exagerado.

-“ Lembra-te, escrava ingrata e rebelde, que me corpo e alma me pertences, a mim


só e a mais ninguém. És propriedade minha, um vaso, que tenho entre as minhas
maos, e que posso usar dele ou depedaçá-lo a meu sabor.”

Ilogismo
- O ilogismo, na literatura romântica, leva, inclusive, a uma instabilidade emocional
traduzida em atitudes antitéticas ou paradoxais:
- alegria e tristeza, entusiasmo e depressão.
- Tal ilogismo parece ser um dos pontos altos de LUCÍOLA.
- Os paradoxos; o comportamento ora excêntrico ora dúbio de Lúcia, ora virtuoso,
ora pecaminoso que vai lançando Paulo numa dúvida angustiante:
- a própria duplicidade comportamental de Paulo, generoso e mesquinho,
compreensivo e intransigente, correto e pilantra;
- tudo isso dá à intriga do romance um atrativo todo especial que, por sua vez, ora
atrai ora aborrece o leitor.
- Há ainda outras manifestações de Romantismo no romance, tais como,
imaginação e fantasia, culto da natureza, senso do mistério, exagero. Mas são de
importância secundária.

Visão Maniqueísta
-Sendo a disputa entre o bem e o mal, apresentaremos, os respectivos nas duas
obras: o que representa o bem e o que representa o mal.
-Álvaro e Leôncio

Sonho
- Revela-se na idealização do mundo
-na busca por verdades diferentes daquelas conhecidas,
-na revelação de anseios.

“ Ah! Meu querido pai!... Como vossemecê é bom para sua filha! Se soubesse
quantos hoje já me vieram oferecer a liberdade! Mas por que preço! Meu Deus!...
Nem me atrevo a lhe contar. Meu coração adivinhava; eu não devia receber a
liberdade senão das mãos daquele que me deu a vida!...”


-É a fé que conduz o movimento:
- crença na própria verdade, crença na justiça procurada, crença nos sentimentos
revelados,
-crença nos ideais perseguidos,
-Não se pode esquecer a profunda influência do medievalismo na construção do
mundo romântico, dele fazendo parte a religiosidade cristã.

- ““... Já nenhuma esperança nos rsta!...


-“ Quem sabe minha filha! Não desanimes, grande é o poder de Deus!...”

Pessimismo
-A melancolia do poeta inglês Lord Byron se faz presente em todas as literaturas,
portanto há a presença do individualismo e do egocentrismo adquirem traços
doentios de adaptação.
-O “mal do século” ou tédio de viver conduz:
-a morte (como última solução)
-é a predisposição do personagem em sofrer por amor,
-se preciso for, até morrer por ele.

Evasão
-O escapismo romântico manifesta-se tanto nos processos de idealização da
realidade circundante como na fuga para mundos imaginários.
- Quando acompanhado de desesperança, sucumbe ao chamado da morte,
companheira desejada por muitos e tema recorrente em grande número de poetas.

- “Eu morreria de dor se me visse forçado a largar mão da jóia inestimável que o
céu parece ter-me destinado, e que eu há tanto tempo rodeio dos mais ardentes
anelos de minha alma...”

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