Você está na página 1de 80

MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

UNIDADE I: Introdução ao cálculo diferencial II. Primitivas.

1. Logaritmos. Noções e propriedades.


1.1 Definição de logaritmo de um n° real positivo.
Definição: Chama-se logaritmo de um n° a na base b, o expoente 𝒙 que se deve dar à base b
para obter esse n°, sendo a e b nos reais positivos, com b ≠ 1. Simbolicamente
escreve-se:
log 𝑏 𝑎 = 𝑥 ⟺ 𝑏 𝑥 = 𝑎, com 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ+ , 0 < 𝑏 ≠ 1 𝑒 𝑎 > 0.
Na expressão, log 𝑏 𝑎 = 𝑥 temos: 𝒃 – é a base do logaritmo;
𝒂 – é o logarimando;
𝒙 – é o logaritmo.
Como calcular um logaritmo?
Como acabamos de ver, o logaritmo é um n° real e representa um dado expoente.
Podemos calcular um logaritmo aplicando directamente a definição.
Exemplo: Qual o logaritmo de log 3 81?
Segundo a definição, log 3 81 = 𝑥 ⟺ 3𝑥 = 81
Para encontrar esse valor 𝑥, pode factorar o n° 81, conforme indicação abaixo:

81 3 Substituímos o n° 81 pela sua forma factorada na equação


anterior: 3𝑥 = 34 . Como as bases são iguais e para que as
27 3 potências sejam iguais temos que ter os mesmos expoentes.
9 3 Sendo assim, 𝑥 = 4.

3 3 Portanto, a resposta é: log 3 81 = 4, porque 34 = 81.

81 = 34
Outros exemplos: log 4 64 = 3, porque 43 = 64;
log 5 625 = 4, porque 54 = 625;
5 5
log 8 32 = , porque 83 = 32.
3

1.2 Condição de existência dos logaritmos.


A existência do logaritmo de um n° real positivo (log 𝒃 𝒂), impõe as seguintes condições:
𝒂 > 0; (logaritmando maior que zero)
{ .
𝒃 > 0 ⋀ 𝒃 ≠ 1. (base maior que zero e diferente de um)

1
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
Exemplo 1: Verifique a condição de existência dos logaritmos.
64 > 0;
a) log 2 64; Temos: { Satisfaz a condição de existência.
2 > 0 ⋀ 2 ≠ 1.
9 > 0;
b) log1 9; { Não satisfaz a condição de existência porque a base é 1.
1 > 0 ⋀ 1 = 1.
25 > 0;
c) log (−5) 25; { Não satisfaz a condição de exist. porque a base é negativa.
−5 < 0.
Exemplo 2: Determine o(s) valor(es) de 𝑥 para que exista o logaritmo das expressões.
3 > 0; 𝑥>4
a) log (𝑥−4) 3 ; Condição de existência: { 𝑥 − 4 > 0 ⟺ { ⋀
𝑥−4≠1 𝑥 ≠ 5.
Portanto, a solução da condição de existência é o conjunto: 𝑺 = ]4; 5[ ∪ ]5; +∞[.
𝑥+2>0
b) log 4 (𝑥 + 2) ; Condição de existência: { ⟺ 𝑥 > −2.
4>0 ⋀ 4≠1
A solução da condição de existência é o conjunto: 𝑺 = ]−2; +∞[.

𝑥+2>0 𝑥 > −2,


c) log (𝑥+1) (𝑥 + 2) ; Condição de existência: { 𝑥 + 1 > 0 ⟺ { 𝑥 > −1 ⋀
𝑥+1≠1 𝑥 ≠ 0.
A solução da condição de existência é o conjunto: 𝑺 = ]−1; 0[ ∪ ]0; +∞[.

1.3 Propriedades decorrentes da definição.


Decorrem da definição de logaritmos as seguintes propriedades:
1ª O logaritmo da unidade em qualquer base é igual à zero, isto é, 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝟏 = 𝟎, pois 𝑏0 = 1.
2ª O logaritmo da base em qualquer base é igual à unidade, isto é, 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒃 = 𝟏, pois 𝑏1 = 𝑏.
3ª A potência de base 𝑎 e expoente log 𝑎 𝑏 é igual à 𝑏, isto é, 𝒂𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒃 = 𝒃.
4ª Dois logaritmos em uma mesma base são iguais se, e somente se, os logaritmandos são
iguais, isto é, 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒄 ⟺ 𝒂 = 𝒄.

10.3.5 Propriedades operatórias dos logaritmos.


Os logaritmos permitem transformar multiplicações em somas, divisões em subtracções e
outras alterações que visam facilitar o tratamento dos números.

2
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

1º Logaritmo do produto
Em qualquer base b(0 < 𝑏 ≠ 1), o logaritmo do produto de dois factores reais positivos é
igual a soma dos logaritmos dos factores. Em símbolos:
Se 0 < 𝑏 ≠ 1, 𝑎 > 0 e 𝑐 > 0, então: 𝐥𝐨𝐠 𝒃 (𝒂. 𝒄) = 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂 + 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒄
Esta propriedade é extensiva para o logaritmo do produto de 𝑛 (𝑛 ≥ 3) factores reais
positivos: 𝐥𝐨𝐠 𝒃 (𝒂𝟏 . 𝒂𝟐 . 𝒂𝟑 … 𝒂𝒏 ) = 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂𝟏 + 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂𝟐 + 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂𝟑 + ⋯ + 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂𝒏
2º Logaritmo do quociente
Em qualquer base b (0 < 𝑏 ≠ 1), o logaritmo do quociente de dois n°s reais positivos é
igual a diferença entre o logaritmo do dividendo e logaritmo do divisor. Em símbolos:
Se 0 < 𝑏 ≠ 1, 𝑎 > 0 e 𝑐 > 0, então:
𝒂
𝐥𝐨𝐠 𝒃 ( ) = 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂 − 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒄
𝒄
Nota: ˗ As propriedades apresentadas não se aplicam no logaritmo da soma log 𝑏 (𝑎 + 𝑐) ou
no logaritmo da diferença log 𝑏 (𝑎 − 𝑐).
- O oposto do logaritmo de 𝒂 na base 𝒃 (𝑎, 𝑏 ∈ ℝ, 𝑎 > 0 𝑒 0 < 𝑏 ≠ 1) denomina-se
cologaritmo, ou seja: − 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂 = 𝒄𝒐𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂
1
(− log 𝑏 𝑎) = 0 − log 𝑏 𝑎 = log 𝑏 1 − log 𝑏 𝑎 = log 𝑏 = 𝑐𝑜log 𝑏 𝑎 ∎
𝑎
3º Logaritmo da potência
Em qualquer base b (0 < 𝑏 ≠ 1), o logaritmo de uma potência de base real positiva (𝜶
expoente real) é igual ao produto do expoente pelo logaritmo da base da potência, ou seja:
se 0 < 𝑏 ≠ 1, 𝑎 > 0 e 𝛼 ∈ ℝ, então,
𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂𝜶 = 𝜶. 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂
Esta propriedade é extensiva ao logaritmo do radical. Deste modo, o logaritmo do radical
(radicando real positivo) é igual ao produto do inverso do índice pelo logaritmo do
radicando, ou seja:
𝒏
𝟏 𝟏 𝒏 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂
𝐥𝐨𝐠 𝒃 √𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂𝒏 = . 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂 𝑜𝑢 𝐥𝐨𝐠 𝒃 √𝒂 = , 𝑛 ∈ ℕ 𝑒 𝑎 ∈ ℝ+ .
𝒏 𝒏

10.3.5 Mudança de base de um logaritmo


Em algumas situações, podemos encontrar no cálculo vários logaritmos em bases diferentes.
Como as propriedades logarítmicas só valem para logaritmos numa mesma base, é
necessário fazer antes a conversão, chamada mudança de base.
Para fazer a mudança de uma base 𝒂 para uma base 𝒃, usa-se a expressão:
𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒙
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙 = , com 𝑎, 𝑏, 𝑥 ∈ ℝ∗+ , 𝑎 ≠ 1, 𝑏 ≠ 1
𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂

3
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Exemplos:
1° Transformar log 3 5 para base 2.
log 2 5
log 3 5 =
log 2 3
2° Transformar log 4 9 para base 10.
log10 9 log 9
log 4 9 = =
log10 4 log 4
3° Transformar log100 81 para base 9.
log 9 81 4. log 9 3
log100 81 = =
log 9 100 2. log 9 10
𝟏
Nota: Segundo a mudança de base tem-se, 𝐥𝐨𝐠 𝒃𝜶 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂.
𝜶

Bases Especiais:
No estudo e na aplicabilidade prática dos logaritmos destacam-se duas bases importantes,
que são: a base dez (10) e a base Euler (𝒆).
Quando um logaritmo apresenta a base dez, dizemos se tratar de um logaritmo decimal. A
base dez por convenção, não precisa ser escrita.
Exemplo: log10 8 = log 8 ; log10 5 = log 5.

O n° 𝒆, é conhecido como número de Euler e vale aproxidamente 2,718 …


Quando um logaritmo possui base 𝒆, é chamado de logaritmo neperiano ou logaritmo
natural, e representa-se por 𝐥𝐧 𝒂: log 𝑒 𝑎 = ln 𝑎.

Exercícios de Aplicação
1° Segundo a definição, calcule os seguintes logaritmos:
1 1
𝑎) log 5 625 ; 𝑏) log 4 8 ; 𝑐) log 3 ; 𝑑) log 0,2 25 ; 𝑒) log 7 ; 𝑓) log 1 8 ;
9 7 2
1
𝑔) log 9 ; ℎ) log 0,25 8 ; 𝑖) log 0,01 0,001 ; 𝑗) log1,25 25 ; 𝑘) log 2 √2 ;
27
3 4 3
𝑙) log 3√7 49 ; 𝑚) log √8 √32 ; 𝑛) log √27 √9 ; 𝑜) log 3√5 √5 ; 𝑝) log 4√3 3 .
√3
2° Aplique as propriedades e calcule as seguintes somas:
4
𝑎) 𝑆 = log100 0,001 + log1,5 − log1,25 0,64 ; 𝑏) 𝑆 = log 8 √2 + log √2 8 − log √2 √8 ;
9

1 6
𝑐) 𝑆 = log 3√9 √ − log 3√0,5 √8 + log √100 √0,1 ;
27

4
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝑑) 𝑆 = log 4 (log 3 9) + log 2 (log 81 3) + log 0,8 (log16 32)

3° Desenvolve as expressões logarítmicas aplicando as propriedades (𝑎. 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ+ ):

2𝑎𝑏 𝑎3 𝑏2 𝑎3 𝑎2 √𝑏
𝑎) log ( ); 𝑏) log 3 4 ; 𝑐) log ( ); 𝑑) log 2 ( 3 ).
𝑐 𝑐 𝑏2√𝑐 √𝑐
4° Qual a expressão cujo desenvolvimento logaritmo é:
1 1
𝑎) 1 + log 2 𝑏 − 2 log 2 𝑐 ; 𝑏) log 𝑎 − 2 log 𝑏 − log 𝑐 ;
2 3
1 1
𝑐) 2 − log 3 𝑎 + 3 log 3 𝑏 − 2 log 3 𝑐 ; 𝑑) log(𝑎2 + 𝑏 2 ) − [ log(𝑎 + 𝑏) − log(𝑎 − 𝑏)].
2 3
5° Determine o(s) valor(es) de 𝑥 para os quais se cumpre a condição de existência dos
seguintes logaritmos:
𝑎) log (𝑥−1) 5 ; 𝑏) log100 𝑥 ; 𝑐) log 𝑥 (𝑥 − 1) ;
𝑑) log (𝑥+2) (𝑥 2 − 4) ; 𝑒) log (𝑥+2) (𝑥 2 − 4) ; 𝑓) log √𝑥 (𝑥 2 − 5𝑥 + 6).

6° Calcule 𝑥 aplicando logaritmos:


42 . 24 0,001. √(0,1)3 . 1000
𝑎) 𝑥 = 32 . 9−2 . 27; 𝑏) 𝑥 = ; 𝑐) 𝑥 = 1 1 .
82 . 16 (10)4 . 100. (0,1)2

7° Admitindo satisfeitas as condições de existência, obtenha log 𝑦, usando as propriedades


operatórias:
𝑚. 𝑛 3𝑚2 (𝑛 + 1)2
𝑎) 𝑦 = ; 𝑏) 𝑦 = .
𝑝. 𝑞 (𝑛 − 1)(𝑛 + 2)3
1
8° Se log 𝑎 (𝑥 + √𝑥 2 − 1) = 𝑏, mostre que 𝑥 = (𝑎𝑏 + 𝑎−𝑏 ).
2

Aplicação dos logaritmos


O estudo do logaritmo surgiu, sobretudo, como auxílio na solução de equações
exponenciais. Ele está presente, também, em modelos matemáticos utilizados em várias
áreas. Em Química, por exemplo, ele está presente no cálculo de pH (potencial
hidrogeniónico) e pOH (potencial hidroxiliónico), destinados a medir os níveis de acidez e
alcalinidade das soluções. A escala de Richter, por exemplo, é uma escala logarítmica
arbitrária, de base 10, utilizada para quantificar a magnitude de um terramoto. Em
Electrónica e Telecomunicações, por exemplo, o decibel (dB) é uma unidade de medida
logarítmica usada para medir o nível de intensidade sonora.
Segue-se alguns exercícios propostos sobre aplicação dos logaritmos:

5
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
1) Numa experiência para se obter clorecto de sódio (sal de cozinha), colocou-se num
recipiente uma certa quantidade de água do mar e expôs-se o recipiente a uma fonte
de calor para que a água evapore lentamente. A experiência termina quando toda
água se evapora. Em cada instante 𝑡, a quantidade de água existente no recipiente
(em litros) é dada pela expressão:
Q(t) – quantidade de água no recipiente;
10𝑘 k – constante positiva;
𝑄(𝑡) = log ( );
𝑡+1 t – tempo em horas.
a) Sabendo que havia inicialmente 1 litro de água no recipiente, determine a
constante 𝑘. (𝑅: 𝑘 = 1)
b) Ao fim de quanto tempo a experiência termina? (𝑅: 𝑡 = 9ℎ)
2) A intensidade M de um terramoto medido na escala de Richter é um nº que varia de
M = 0 (nenhum um tremor) até 𝑀 = 8,9 (maior tremor conhecido). O valor de M é
dado pela fórmula ímpirica:
2 𝐸 𝐸 – energia liberada no terramoto (em kwh);
M= log ( ) ; 𝐸 – constante que vale 7. 10−3 kwh.
3 𝐸0 0
a) Qual a energia liberada num terramoto de magnitude 𝑀 = 6.
b) Uma cidade de cerca de 300.000 habitantes, consome cerca de 3,5. 106 𝑘𝑤ℎ de
energia eléctrica por dia. Se a energia de um terramoto pudesse ser convertida em
energia eléctrica, quantos dias de fornecimento de energia para esta cidade seriam
produzidos por um terramoto de magnitude M = 8? (𝑅: 2000 dias)
3) O pH de uma solução (potencial hidrogeniónico) é definida por:
1
pH = log ou pH = − log[H + ],
[H + ]
sendo [H + ] a concentração de hidrogénio em ions-grama por litro de solução. Calcule
o pH de uma solução que tem [H+ ] = 12. 10−8 ions-grama por litro.
(use log 2 = 0,30 𝑒 log 3 = 0,48)
4) A concentração molar por litro do suco gástrico é [10−1 ] mole/l. Qual seria o seu pH?
5) O pH de uma solução salina é definido pela fórmula: pH = − log[H + ], onde [H + ] é a
concentração, em moles por litro de ião de hidrogénio.
a) Qual o pH da água pura, sabendo que sua concentração de [H+ ] vale 1,00 × 10−7 ?
b) Uma solução é ácida se sua concentração de [H + ] é maior que a água pura, e
básica (ou alcalina) se sua concentração de [H+ ] é menor que a água pura. Quais
os valores de pH caracterizam soluções ácidas e básicas? (pH varia de 0 á 14)
c) Identifique a solução ou meio cuja concentração de [H+ ] é 2,00 × 10−6 mole/l.
Obs.: Potencial hidroxiliónico: pOH = − log[OH − ], onde [OH − ] é a concentração de OH − ;
Sempre: pH + pOH = 14.

6
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
6) Determine o nível de intensidade sonora quando uma fonte emite uma intensidade
sonora I = 10−10 w/m2 . O nível de intensidade sonora é definido pela fórmula:
I
β = 10. log 𝑜𝑢 β = 120 + 10. log I ;
I0
β − nível de intensidade sonora (𝑑𝐵 − decibel);
I − intensidade de som emitida por uma fonte sonora (w/m2 );
I0 − limiar de audibilidade ou intensidade de referencia de audibilidade:
I0 = 10−12 w/m2 .
7) Em um cinema foram medidos os níveis sonoros β1 e β2 de dois filmes diferentes,
com intensidades I1 e I2 , respectivamente. Sabendo que β1 − β2 = 40 𝑑𝐵, calcule a
I
razão 1 .
I2

7
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

2. Funções exponenciais. Propriedades e gráficos.


Definição: Dado um nº real 𝒂, tal que, 0 < 𝑎 ≠ 1, chamamos função exponencial de base 𝒂
a função 𝑓 de ℝ em ℝ+ que associa a cada 𝑥 real o nº 𝑎 𝑥 .
Em símbolos: 𝑓: ℝ ⟶ ℝ+
𝑥 ⟶ 𝑎𝑥 , 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎 𝑥 , 0 < 𝑎 ≠ 1.
Exemplos de funções exponenciais em ℝ:
𝑥
1 𝑥 𝑥
𝑎) 𝑓 (𝑥) = 2 ; 𝑏) 𝑔(𝑥) = ( ) ; 𝑐) 𝑝(𝑥) = 10𝑥 ; 𝑑) 𝑟(𝑥) = (√2) .
2
Ao definir a função exponencial, impôs-se a restrição, 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1, vejamos porquê:
- Se 𝑎 < 0, 𝑓 (𝑥) = 𝑎 𝑥 nem sempre existe para determinados valores de 𝑥. Por
1 1
exemplo, se 𝑎 = −4 e 𝑥 = , 𝑓 (𝑥) = (−4)2 = √−4 ∉ ℝ.
2

- Se 𝑎 = 1, 𝑓 (𝑥) = 1𝑥 = 1, para todo 𝑥 ∈ ℝ, então 𝑓(𝑥) = 1 é uma função constante


o que contradiz também a definição.
- Se 𝑎 = 0, 𝑓 (𝑥) = 0𝑥 é uma indeterminação para qualquer que seja 𝑥 ∈ ℝ.
1
Exemplo, 𝑥 = −2, 𝑓 (𝑥) = 0−2 = 2 , não tem significado em ℝ.
0

2.1 Propriedades e gráficos da função exponencial


A função exponencial, 𝑓: ℝ ⟶ ℝ+ definida por 𝑓 (𝑥) = 𝑎 𝑥 , com 𝑎 ∈ ℝ+ e 𝑎 ≠ 1 apresenta
as seguintes propriedades:
1º. 𝐷𝑓 = ℝ = ]−∞; +∞[. O domínio da função exponencial determina-se tendo em
conta a natureza do exponente, neste caso, o expoente é 𝑥 - função polinomial (ou
função algébrica racional inteira).
2º. 𝐼𝑚 (𝑓) = ℝ∗+ = ]0; +∞[. As imagens da função são positivas, ou seja, a curva
representativa (gráfico) da função está toda definida acima de todo eixo dos X.
3º. Interceptos:
- A função 𝑓 (𝑥) = 𝑎 𝑥 tem o ponto (0; 1), isto é, 𝑓 (0) = 1. A função intercepta o
eixo dos Y.
- A função 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 não tem zeros, ou seja, 𝑓 (𝑥) ≠ 0, ∀𝑥 ∈ ℝ. A função não
intercepta o eixo dos X.
4º. Limites nos extremos:
- Se 𝑎 > 1, a função é crescente em todo seu domínio.
lim 𝑎 𝑥 = +∞; lim 𝑎 𝑥 = 0.
𝑥→+∞ 𝑥→−∞
- Se 0 < 𝑎 < 1, a função é decrescente ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 .
lim 𝑎 𝑥 = 0; lim 𝑎 𝑥 = +∞.
𝑥→+∞ 𝑥→−∞

8
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
5º. Assímptotas:
- A. Vertical: a recta 𝒙 = 𝒂 é A.V. ⟺ lim± 𝑓(𝑥) = ±∞;
𝑥→𝑎
- A. não Vertical: a recta 𝒚 = 𝒃 é A. Horizontal ⟺ lim 𝑓(𝑥) = 𝑏;
𝑥→±∞
𝑓(𝑥)
a recta 𝒚 = 𝒎𝒙 + 𝒃 é A. Oblíqua ⟺ 𝑚 = lim ∧
𝑥→±∞ 𝑥

𝑏 = [ lim 𝑓 (𝑥) − 𝑚𝑥]


𝑥→±∞
𝑥
Obs: A função 𝑓(𝑥) = 𝑎 tem assímptota horizontal a recta 𝑦 = 0.
6º. Quando definida de ℝ em ℝ∗+ , a função é:
- Injectiva, porque ∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ ℝ: 𝑥1 ≠ 𝑥2 ⟹ 𝑓(𝑥1 ) ≠ 𝑓(𝑥2 ).
- Sobrejectiva, porque ∀𝑦 ∈ ℝ∗+ , ∃𝑥 ∈ ℝ: 𝑦 = 𝑓(𝑥).
- bijectiva, por ser injectiva e sobrejectiva (∀𝑦 ∈ ℝ∗+ , ∃! 𝑥 ∈ ℝ: 𝑦 = 𝑓 (𝑥)) e,
portanto, admite função inversa que é função logarítmica, isto é: 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 ⟺
𝑓 −1 (𝑥) = log 𝑎 𝑥.
Gráficos da função 𝑓 (𝑥) = 𝑎 𝑥 :
Para 𝑎 > 1: Para 0 < 𝑎 < 1:
y y

𝒙 𝒙

Função crescente, isto é: Função decrescente, isto é:


∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ ℝ: 𝑥1 > 𝑥2 ⟹ 𝑓 (𝑥1 ) > 𝑓 (𝑥2 ) ∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ ℝ: 𝑥1 > 𝑥2 ⟹ 𝑓 (𝑥1 ) < 𝑓(𝑥2 )

Exemplo: Faça o estudo analítico e represente o gráfico das funções, 𝑓 (𝑥) = 2𝑥 e 𝑓 (𝑥) =
1 𝑥
( ) .
2

Resolução: 𝑓(𝑥) = 2𝑥
1. Domínio: 𝐷𝑓 = ℝ 𝑜𝑢 𝐷𝑓 = 𝑥 ∈ ]−∞; +∞[ ;
2. Contradomínio: 𝐶𝑓 = ℝ∗+ 𝑜𝑢 𝐶𝑓 = 𝑦 ∈ ]0; +∞[;
3. Interceptos: 𝑥 = 0 ⟹ 𝑦 = 20 ⟹ 𝑦 = 1. A função intercepta dos eixo Y em (0; 1).
𝑦 = 0 ⟹ 0 = 2𝑥 , ∄𝑥 ∈ ℝ. f não tem zeros, não intercepta o eixo dos X.
4. Limites nos extremos:
lim 2𝑥 = 2+∞ = +∞; lim 2𝑥 = 2−∞ = 0.
𝑥→+∞ 𝑥→−∞

9
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
5. Assímptota:
lim 2𝑥 = 2−∞ = 0 ⟹ A recta 𝑦 = 0 é uma A. H.
𝑥→−∞
6. Função bijectiva, porque ∀𝑦 ∈ ℝ∗+ , ∃! 𝑥 ∈ ℝ: 𝑦 = 𝑓 (𝑥).
7. Representação gráfica:
𝑓 (𝑥) = 2𝑥 ⟹ 𝑎 = 2 > 1 (função crescente)
1º Atribuir valores a 𝑥 pertencentes 𝒚
ao domínio; x 2x f(x)

2º Substituir o valor atribuído a 𝑥 -3 2-3 1/8


na função e encontrar o valor da -2 2-2 1/4
função neste ponto, ou seja, o
valor de 𝑦; -1 2-1 1/2
3º Representar os pares ordenados 0 20 1
(𝑥; 𝑦) encontrados, no sistema de
1 21 2
coordenadas cartesianas e traçar o
gráfico. 2 22 4
3 23 8 𝒙

Resolução:
1 𝑥
𝑓(𝑥) = ( )
2
1. Domínio: 𝐷𝑓 = ℝ 𝑜𝑢 𝐷𝑓 = 𝑥 ∈ ]−∞; +∞[ ;
2. Contradomínio: 𝐶𝑓 = ℝ∗+ 𝑜𝑢 𝐶𝑓 = 𝑦 ∈ ]0; +∞[;
1 0
3. Interceptos: 𝑥 = 0 ⟹ 𝑦 = ( ) ⟹ 𝑦 = 1. A função intercepta o eixo dos Y no
2
ponto (0; 1).
1 𝑥
𝑦 = 0 ⟹ 0 = ( ) , ∄𝑥 ∈ ℝ. A função não tem zeros, logo, não
2
intercepta o eixo dos X.
4. Limites nos extremos:
𝑥 +∞ 𝑥 −∞
1 1 1 1
lim ( ) = ( ) = 0; lim ( ) = ( ) = +∞.
𝑥→+∞ 2 2 𝑥→−∞ 2 2
5. Assímptota:
𝑥 +∞
1 1
lim ( ) = ( ) = 0 ⟹ A recta 𝑦 = 0 é uma A. H.
𝑥→+∞ 2 2
6. Função bijectiva, porque ∀𝑦 ∈ ℝ∗+ , ∃! 𝑥 ∈ ℝ: 𝑦 = 𝑓 (𝑥).
7. Representação gráfica:
1 𝑥 1 1
𝑓 (𝑥 ) = ( ) ⟹ 𝑎 = ( ) ; 0 < ( ) < 1 (função decrescente)
2 2 2

10
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

1 𝑥 𝒚
x (2) f(x)
-3 (1/2)-3 8
-2 (1/2)-2 4
-1 (1/2)-1 2
0 (1/2)0 1
1 (1/2)1 1/2
2 (1/2)2 1/4
𝒙
3 (1/2)3 1/8

Exercícios:
1. Classifique as funções seguintes em crescentes ou decrescentes.
1 𝑥 1 𝑥
𝑎) 𝑓(𝑥) = ( ) ; 𝑐) 𝑓(𝑥) = ( ) ;
3 √3
𝑥 3 −𝑥
𝑏) 𝑓(𝑥) = (√2) ; 𝑑) 𝑓(𝑥) = ( ) .
5
Resolução:
1 𝑥
𝑎) 𝑓 (𝑥) = ( )
3
1 1
𝑎= e 0 < < 1 ⟹ A função é decrescente.
3 3
𝑥
𝑏) 𝑓(𝑥) = (√2)
𝑎 = √2 e √2 > 1 ⟹ A função é crescente.
2. Determine o domínio das seguintes funções exponenciais:
2
𝑎) 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 𝑒 𝑥 +1 ; 𝑏) 𝑓(𝑥) = 𝑒 √𝑥−1 ;
3 2 +𝑥−1
𝑐) 𝑓 (𝑥) = 3(𝑥+√𝑥−2) ; 𝑑) 𝑓 (𝑥) = 𝑒 √𝑥 .

Resolução:
2
𝑎) 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 𝑒 𝑥 +1
O expoente é uma função polinomial, como o domínio da função
polinomial é ℝ, logo, o domínio da função é:
𝑫𝒇 = ℝ = ]−∞; +∞[. ∎

11
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝑏) 𝑓 (𝑥) = 𝑒 √𝑥−1
O expoente é uma função irracional de índice par, portanto, o domínio
são todos valores reais que tornam o radicando maior ou igual á zero,
ou seja: 𝑥 − 1 ≥ 0 ⟹ 𝑥 ≥ 1. 𝑫𝒇 = 𝑥 ∈ [1; +∞[. ∎

𝑐) 𝑓 (𝑥) = 3(𝑥+√𝑥−2)
O expoente é a soma de um polinómio e uma função irracional de
índice par. Portanto, o domínio é a intersecção dos dois domínios, ou
seja: ℝ ∩ (𝑥 − 2 ≥ 0). 𝑫𝒇 = 𝑥 ∈ [2; +∞[. ∎
3 2 +𝑥−1
𝑑) 𝑓 (𝑥) = 𝑒 √𝑥
O expoente é uma função irracional de índice ímpar e radicando
inteiro. O domínio é: 𝑫𝒇 = ℝ. ∎
3. Determine o domínio das seguintes funções:
2 +1+ 4−𝑥) 2 −𝑥+3
𝑎) 𝑓(𝑥) = 2(𝑥 √ ; 𝑏) 𝑓(𝑥) = 4𝑥 ;
3 𝑥−1
.
𝑐) 𝑓 (𝑥) = 3( √𝑥−1+√2+𝑥) ; 𝑑) 𝑓 (𝑥) = 2 𝑥+2

4. Faça o estudo analítico e a representação gráfica das funções:


𝑎) 𝑦 = 4𝑥 ; 𝑏) 𝑦 = 3|𝑋−1| ; 𝐶) 𝑦 = −1 + 3𝑥−2 .
5. Constrói o gráfico das seguintes funções:
1 𝑥 1 𝑥−1
𝑎) 𝑦 = 3. 2𝑥 ; 𝑏) 𝑦 = ( ) − 2; 𝑐) 𝑦 = ( ) − 1; 𝑑) 𝑦 = −1 + 2𝑥−2 ;
2 2
3
𝑒) 𝑓(𝑥) = 3|𝑥−1| ; 𝑓) 𝑓(𝑥) = 2|𝑥| ; 𝑔) 𝑦 = 3√𝑥 ; ℎ) 𝑦 = 2 + 4 √𝑥 .

3. Função logarítmica. Propriedades e gráficos.


Definição: Dado um nº real 𝒂 (0 < 𝑎 ≠ 1), chamamos função logarítmica de base 𝒂 a
função 𝑓 de ℝ∗+ em ℝ que associa a cada 𝑥 o nº log 𝑎 𝑥.
Em símbolos: 𝑓: ℝ∗+ ⟶ ℝ
𝑥 ⟶ log 𝑎 𝑥 , 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 , 0 < 𝑎 ≠ 1 𝑒 𝑥 > 0.
𝑥 2 +1
Exemplos: 𝑓(𝑥) = log 2 (𝑥 + 1) ; 𝑓(𝑥) = log ; 𝑓(𝑥) = ln √𝑥.
𝑥

Vimos que a função exponencial é definida de ℝ em ℝ∗+ e a função logarítmica é definida de


ℝ∗+ em ℝ, e portanto, são inversas uma da outra, ou seja:
𝑓 (𝑥) = 𝒂𝒙 definida de ℝ em ℝ∗+ ;
𝑓 −1 (𝑥) = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙 definida de ℝ∗+ em ℝ.

12
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

3.1 Propriedades e gráficos da função logarítmica


A função logarítmica, 𝑓: ℝ∗+ ⟶ ℝ, definida por 𝑓 (𝑥) = log 𝑎 𝑥 , (𝑥 > 0, 0 < 𝑎 ≠ 1)
apresenta as seguintes propriedades:
1º. 𝐷𝑓 = ℝ∗+ = ]0; +∞[. O domínio da função logarítmica determina-se a partir das
condições de existência.
2º. 𝐶𝑓 = ℝ = ]−∞; +∞[. O gráfico da função situa-se a direita de todo eixo dos Y.
3º. Interceptos:
─ A função 𝑓 (𝑥) = log 𝑎 𝑥 não admite o valor 𝑥 = 0, pois 0 ∉ 𝐷𝑓 , logo, a função
não intercepta o eixo dos Y.
─ A função 𝑓 (𝑥) = log 𝑎 𝑥, tem como zero 𝑥 = 1, logo, a curva da função
intercepta o eixo dos X no ponto (1; 0).
4º. Limites nos extremos:
─ Se 𝑎 > 1, a função é crescente em todo seu domínio.
lim+ log 𝑎 𝑥 = −∞; lim log 𝑎 𝑥 = +∞.
𝑥→0 𝑥→+∞
─ Se 0 < 𝑎 < 1, a função é decrescente ∀𝑥 ∈ 𝐷𝑓 .
lim+ log 𝑎 𝑥 = +∞; lim log 𝑎 𝑥 = −∞.
𝑥→0 𝑥→+∞

5º. Assímptotas
─ A. Vertical: a recta 𝒙 = 𝒂 é A.V. ⟺ lim± 𝑓(𝑥) = ±∞;
𝑥→𝑎
─ A. não Vertical: a recta 𝒚 = 𝒃 é A. Horizontal ⟺ lim 𝑓(𝑥) = 𝑏;
𝑥→±∞
𝑓(𝑥)
a recta 𝒚 = 𝒎𝒙 + 𝒃 é A. Oblíqua ⟺ 𝑚 = lim ∧
𝑥→±∞ 𝑥

𝑏 = [ lim 𝑓(𝑥) − 𝑚𝑥]


𝑥→±∞

Obs: A função 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥 tem assímptota vertical a recta 𝑥 = 0.


6º. Quando definida de ℝ∗+ em ℝ, a função é:
─ Injectiva, porque ∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ 𝐷𝑓 : 𝑥1 ≠ 𝑥2 ⟹ 𝑓(𝑥1 ) ≠ 𝑓(𝑥2 ).
─ Sobrejectiva, porque ∀𝑦 ∈ ℝ, ∃𝑥 ∈ 𝐷𝑓 : 𝑦 = 𝑓(𝑥).
─ bijectiva, por ser injectiva e sobrejectiva (∀𝑦 ∈ ℝ, ∃! 𝑥 ∈ 𝐷𝑓 : 𝑦 = 𝑓 (𝑥)) e,
portanto, admite função inversa que é função exponencial, isto é:
𝑓 (𝑥) = log 𝑎 𝑥 ⟺ 𝑓 −1 (𝑥) = 𝑎 𝑥 .
7º. Gráficos da função 𝑓 (𝑥) = log 𝑎 𝑥:
Para 𝑎 > 1: Para 0 < 𝑎 < 1:
Função crescente, isto é: Função decrescente, isto é:
∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ ℝ: 𝑥1 > 𝑥2 ⟹ 𝑓 (𝑥1 ) > 𝑓 (𝑥2 ) ∀𝑥1 , 𝑥2 ∈ ℝ: 𝑥1 > 𝑥2 ⟹ 𝑓 (𝑥1 ) < 𝑓(𝑥2 )

13
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝟎<𝒂<1
𝒂>1
𝒇(𝒙) 𝒇(𝒙)

Exemplo: Faça o estudo analítico e represente o gráfico das funções, 𝑓 (𝑥) = log 2 𝑥 e
𝑓 (𝑥) = log 1 𝑥.
2

Resolução: 𝑓(𝑥) = log 2 𝑥


1. Domínio: 𝐷𝑓 = ℝ∗+ ou 𝐷𝑓 = 𝑥 ∈ ]0; +∞[ ;
2. Contradomínio: 𝐶𝑓 = ℝ ou 𝐶𝑓 = 𝑦 ∈ ]−∞; +∞[;
3. Interceptos: 𝑥 = 0 ∉ 𝐷𝑓 , logo, a função não intercepta o eixo dos 𝑌;
𝑦 = 0 ⟹ 0 = log 2 𝑥 ⟺ 𝑥 = 1. f intercepta o eixo dos X em (1; 0).
4. Limites nos extremos:
lim+ log 2 𝑥 = log 2 (0+ ) = −∞; lim log 2 𝑥 = log 2 (+∞) = +∞.
𝑥→0 𝑥→+∞

5. Assímptota:
lim+ log 2 𝑥 = log 2 (0+ ) = −∞ ⟹ 𝐴 recta 𝑥 = 0 é uma A. V.
𝑥→0

6. Função bijectiva, porque ∀𝑦 ∈ ℝ∗+ , ∃! 𝑥 ∈ ℝ: 𝑦 = 𝑓 (𝑥).


7. Representação gráfica:
𝑓 (𝑥) = log 2 𝑥 ⟹ 𝑎 = 2 > 1 (função crescente)
𝒚
x log 2 𝑥 f(x)

1/8 log 2 (1/8) -3


1/4 log 2 (1/4) -2
1/2 log 2 (1/2) -1
𝒙
1 log 2 1 0
2 log 2 2 1
4 log 2 4 2
8 log 2 8 3

14
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Resolução:
𝑓(𝑥) = log 1 𝑥
2

1. Domínio: 𝐷𝑓 = ℝ∗+ ou 𝐷𝑓 = 𝑥 ∈ ]0; +∞[ ;


2. Contradomínio: 𝐶𝑓 = ℝ ou 𝐶𝑓 = 𝑦 ∈ ]−∞; +∞[;
3. Interceptos: 𝑥 = 0 ∉ 𝐷𝑓 , logo, a função não intercepta o eixo dos Y;
𝑦 = 0 ⟹ 0 = log 1 𝑥 ⟺ 𝑥 = 1, é o zero da função, intercepto (1; 0).
2
4. Limites nos extremos:
lim+ log 1 𝑥 = log 1 (0+ ) = +∞; lim log 1 𝑥 = log 1 (+∞) = −∞.
𝑥→0 2 2 𝑥→+∞ 2 2
5. Assímptota:
lim+ log 1 𝑥 = log 1 (0+ ) = +∞ ⟹ A recta 𝑥 = 0 é uma A. V.
𝑥→0 2 2
6. Função bijectiva, porque ∀𝑦 ∈ ℝ∗+ , ∃! 𝑥 ∈ ℝ: 𝑦 = 𝑓 (𝑥).
7. Representação gráfica:
1 1
𝑓 (𝑥) = log 1 𝑥 ⟹ 𝑎 = ; (0 < < 1). A função é decrescente.
2 2 2
𝒚
x log1/2 𝑥 f(x)

1/8 log1/2 (1/8) 3


1/4 log1/2 (1/4) 2
1/2 log1/2 (1/2) 1
1 log1/2 1 0
2 log1/2 2 -1
4 log1/2 4 -2 𝒙

8 log1/2 8 -3

Exercícios:
1. Determine o domínio das seguintes funções logarítmicas:
𝑎) 𝑓 (𝑥) = log 3 (𝑥 − 2) ; 𝑏) 𝑓(𝑥) = log 1 (𝑥 2 − 4𝑥 + 3) ; 𝑐) 𝑦 = log 𝑥 (2 − 𝑥) ;
2
𝑑) 𝑦 = ln(5𝑥 + 2) − ln(1 − 𝑥) ; 𝑒) 𝑓(𝑥) = log (𝑥−2) (−𝑥 2 + 3𝑥) ;
8
𝑓) 𝑓(𝑥) = log 𝑥 (4 − 𝑥 2 ) ; 𝑔) 𝑓(𝑥) = √log 𝑥 ; ℎ) 𝑦 = √log (𝑥 2 − 𝑥).
3

15
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Resolução: 𝑎) 𝑓(𝑥) = log 3 (𝑥 − 2)


Determinar o domínio de uma função logarítmica, consiste na verificação das
condições de existência:
𝑥 − 2 > 0 ⟺ 𝑥 > 2 ⟹ 𝑫𝒇 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > 2}. ∎

Resolução: 𝑏) 𝑓 (𝑥) = log 1 (𝑥 2 − 4𝑥 + 3)


2 −∞ 𝟏 𝟑 +∞
𝑥 2 − 4𝑥 + 3 > 0 ⟺ (𝑥 − 1)(𝑥 − 3) > 0 𝑥 2 − 4. 𝑥 + 3 (+) (-) (+)
𝑫𝒇 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 < 1 ∨ 𝑥 > 3} ou 𝑫𝒇 = 𝑥 ∈ ]−∞; 1[ ∪ ]3; +∞[ . ∎

Resolução: 𝑐) 𝑦 = log 𝑥 (2 − 𝑥)
2−𝑥 >0 𝑥<2 ⋀
{ 𝑥>0 ⟹ {𝑥 >0 ⋀
𝑥≠1 𝑥 ≠ 1.
𝑫𝒇 = {𝑥 ∈ ℝ: 0 < 𝑥 < 2 ∧ 𝑥 ≠ 1} ou 𝑫𝒇 = 𝑥 ∈ ]0; 1[ ∪ ]1; 2[. ∎

Resolução: 𝑑) 𝑦 = ln(5𝑥 + 2) − ln(1 − 𝑥)


5𝑥 + 2 > 0 2 2
{ ⟹ { 𝑥 > −
5 ⟹ 𝑫𝒇 = {𝑥 ∈ ℝ: − 5 < 𝑥 < 1} . ∎
1−𝑥 >0 𝑥<1
2. Faça o estudo analítico e represente o gráfico das funções:
𝑎) 𝑦 = log 3 (3 − 𝑥) ; 𝑏) 𝑦 = log 1 √𝑥 ; 𝑐) 𝑦 = log 2 (−3𝑥) ;
2
𝑑) 𝑦 = log 2 (𝑥 2 − 3𝑥 − 4) ; 𝑒) 𝑦 = 1 + log 2𝑥 ; 𝑓) 𝑦 = ln(𝑥 2 − 1).

Resolução: 𝑎) 𝑦 = log 3 (3 − 𝑥)
1. Domínio: 𝑫𝒇 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 < 3} ou 𝑫𝒇 = 𝑥 ∈ ]−∞; 3[ ;
2. Contradomínio: Como a função é bijectiva, logo, o contradomínio é igual ao domínio
da função inversa. 𝑦 = log 3 (3 − 𝑥) ⟹ 𝑥 = 3 − 3𝑦
A função inversa é: 𝑓 −1 (𝑥) = 3−3𝑥 ⟹ 𝑪𝒇 = ℝ ou 𝑪𝒇 = 𝑦 ∈ ]−∞; +∞[;
3. Interceptos: 𝑥 = 0 ⟹ 𝑦 = log 3 (3 − 0) ⟹ 𝑦 = 1. No eixo dos Y (0; 1).
𝑦 = 0 ⟹ 0 = log 3 (3 − 𝑥) ⟹ 𝑥 = 2. No eixo dos X (2; 0).
4. Limites nos extremos:
lim log 3 (3 − 𝑥) = log 3 [3 − (−∞)] = +∞;
𝑥→−∞

lim log 3 (3 − 𝑥) = lim log 3 (3 − 𝑥) = lim log 3 [3 − (3 − 𝜀)] = log 3 [lim(+𝜀)]


𝑥→3− 𝑥=3−𝜀 𝜀→0 𝜀→0

= log 3 (0+ ) = −∞.

16
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
5. Assímptota:
lim log 3 (3 − 𝑥) = log 3 (3 − 3− ) = log 3 (0+ ) = − ∞;
𝑥→3−
⟹ A recta 𝒙 = 𝟑 é uma A. V.
6. Função bijectiva, porque ∀𝑦 ∈ ℝ, ∃! 𝑥 ∈ 𝐷𝑓 : 𝑦 = 𝑓 (𝑥).
7. Representação gráfica: 𝒚

𝑓 (𝑥) = log3 (3 − 𝑥)

𝒙 -2 0 2
𝒚 1,46 1 0
𝒙

⟹ função decrescente

Resolução: 𝒃) 𝑦 = log 1 √𝑥
2

1. Domínio: 𝑫𝒇 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > 0} ou 𝑫𝒇 = 𝑥 ∈ ]0; +∞[ ;


2. Contradomínio: A função é bijectiva, logo, a sua função inversa é:
𝑓 −1 (𝑥) = 2−2𝑥 ⟹ 𝑪𝒇 = ℝ ou 𝑪𝒇 = 𝑦 ∈ ]−∞; +∞[;
3. Interceptos: 𝑥 = 0 ∉ 𝐷𝑓 , não tem intercepto com eixo dos Y.
𝑦 = 0 ⟹ 0 = log 1 √𝑥 ⟹ 𝑥 = 1, intercepta o eixo dos X (1; 0).
2

4. Limites nos extremos:

lim [log 1 √𝑥] = log 1 [ lim+√𝑥] = log 1 √0+ = +∞;


𝑥→0+ 2 2 𝑥→0 2

lim [log 1 √𝑥] = log 1 [ lim √𝑥] = log 1 √(+∞) = −∞.


𝑥→+∞ 2 2 𝑥→+∞ 2

5. Assímptota:

lim [log 1 √𝑥] = +∞ ⟹ A recta 𝒙 = 𝟎 é uma A. V. unilateral a direita.


𝑥→0+ 2

6. Função bijectiva, porque ∀𝑦 ∈ ℝ, ∃! 𝑥 ∈ 𝐷𝑓 : 𝑦 = 𝑓 (𝑥).


𝒚
7. Representação gráfica:
𝑓 (𝑥) = log 1 √𝑥
2
1 1
𝑎= ; 0< <1
2 2
⟹ função decrescente.
𝒙

17
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

4. Equações exponenciais e logarítmicas


4.1 Equações exponenciais
Definição: equações exponenciais são equações que envolvem potências, e cuja incógnita
figura no expoente, ou seja, é uma equação da forma: 𝑎 𝑥 = 𝑏, sendo 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠
1.
Exemplos:
𝑥
2 𝑥
𝑎) 3 = 81; 𝑏) ( ) = 2,25; 𝑐) 4𝑥 − 2𝑥 − 2 = 0; 𝑑) 2𝑥+3 = 32.
3
A resolução de uma equação exponencial na forma 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑔(𝑥) , basea-se no facto de que
nesta expressão é equivalente a equação 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥), ou seja:
𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑔(𝑥) ⟺ 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥).
As regras operatórias de potenciação também são válidas na resolução de equações
exponenciais:
1
1) 𝑎0 = 1; 2) 𝑎−𝑛 = 𝑛 ; 3) 𝑎𝑛 . 𝑎𝑚 = 𝑎𝑛+𝑚 ; 4) 𝑎𝑛 . 𝑏𝑛 = (𝑎. 𝑏)𝑛 ;
𝑎
𝑎𝑛 𝑎𝑛 𝑎 𝑛 𝑛
𝑚
5) = (𝑎)𝑛−𝑚 ; 6) = ( ) ; 7) (𝑎𝑛 )𝑚 = 𝑎𝑛.𝑚 ; 8) 𝑎𝑚 = √𝑎𝑛 .
𝑎𝑚 𝑏𝑛 𝑏

Exemplo: Resolva as equações exponenciais.


1
𝒂) 2𝑥 = 128 𝒃) 3𝑥 =
81
1° PASSO: Igualar as bases. 128 2 Resolução:
Neste caso, devemos transformar 64 2 1
128 numa potência de base 2, 3𝑥 = ⟹ 3𝑥 = 3−4
isto é, 128 = 27 . 32 2 34

16 2 ⟹ 𝑥 = −4.
2° PASSO: Substituir a potência
encontrada na equação, 2𝑥 = 27 . 8 2 𝑺 = {−4} ∎
3° PASSO: Tendo as bases
4 2
iguais, igualamos os expoentes,
𝒄) 2𝑥 = 0,25
𝑥 = 7. Esta é a solução da 2 2
equação. Resolução:
1
25 1
2 𝑥 = 27 ⇔ 𝑥 = 7 128 = 27 2𝑥 = ⟹ 2𝑥 =
100 4
𝑆𝑜𝑙𝑢çã𝑜: 𝑺 = {7} ∎ ⟹ 2𝑥 = 2−2 ⟹ 𝑥 = −2

𝑺 = {−2} ∎

18
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝒅) 8𝑥+1 = 4𝑥+2
Resolução: Não é possível representar ambas as potências na base 4 ou base 8, porém,
transformar estes dois números em potências que tenham a mesma base.
8 = 23 ; 4 = 22 . 𝒆) 3𝑥 = 6𝑥

8𝑥+1 = 4𝑥+2 ⟺ (23 )𝑥+1 = (22 )𝑥+2 Resolução:

⟺ 23(𝑥+1) = 22(𝑥+2) ⟺ 23𝑥+3 = 22𝑥+4 3𝑥 6𝑥 3𝑥


= ⟺ =1
6𝑥 6𝑥 6𝑥
⟹ 3𝑥 + 3 = 2𝑥 + 4
3 𝑥 3 0
⟺( ) =( )
⟹𝑥=1 6 6
𝑺 = {1} ∎ ⟹ 𝑥 = 0.
𝑺 = {0} ∎
𝒇) 2𝑥 + 2𝑥+1 + 2𝑥+3 = 22
𝒈) 2𝑥−1 + 2𝑥−2 + 2𝑥−3 = 7
Resolução:
Resolução:
𝑥 𝑥 𝑥 3
2 + 2 . 2 + 2 . 2 = 22
2𝑥 2𝑥 2𝑥 2𝑥 2𝑥 2𝑥
𝑥 𝑥 𝑥 + 2+ 3=7⟹ + + =7
⟹ 2 + 2. 2 + 8. 2 = 22 2 2 2 2 4 8
⟹ 2𝑥 (1 + 2 + 8) = 22 1 1 1 4+2+1
⟹ 2𝑥 . ( + + ) = 7 ⟹ 2𝑥 . ( )=7
2 4 8 8
22
⟹ 2𝑥 (11) = 22 ⟹ 2𝑥 = =2 7 8
11 ⟹ 2𝑥 . ( ) = 7 ⟹ 2𝑥 = 7.
8 7
⟹ 2𝑥 = 21 ⟺ 𝑥 = 1
⟹ 2 𝑥 = 8 ⟹ 2 𝑥 = 23 ⟺ 𝑥 = 3
𝑺 = {1} ∎
𝑺 = { 3} ∎

EXERCÍCIOS
Encontre a solução das equações exponenciais:
2 −1
𝑎) 3𝑥 = 9𝑥+1 ; 𝑏) 32𝑥 + 3𝑥+1 + 2 = 0; 𝑏) 4𝑥 + 2𝑥 − 2 = 0;
2 −1
𝑐) 22𝑥+1 − 3. 2𝑥 + 1 = 0; 𝑑) 8𝑥 = 4𝑥+1 ; 𝑒) 5𝑥−2 − 5𝑥 + 5𝑥+1 = 505.

4.2 Equações logarítmicas


Definição: Equações logarítmicas são equações que envolvem logaritmos e cuja incógnita
figura no logaritmando ou na base.
Existem dois métodos para resolver equações logarítmicas:

19
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
1° Utilizando a definição de logaritmo e as condições de existência;
2° Utilizando as propriedades e as condições de existência.
Obs.: O conjunto solução determina-se fazendo a intersecção entre as duas primeiras
soluções, uma que resulta das condições de existência e outra que resulta da
equação dada.
Exemplos: Determine o conjunto solução das seguintes equações
𝒂) log 𝑥 (2𝑥 + 3) = 2
Resolução:
- Condição de existência
3
2𝑥 + 3 > 0 𝑥>− ,
2
{ ⟹{
𝑥>0 ∧ 𝑥≠1 𝑥 > 0 ∧ 𝑥 ≠ 1.
3
𝑺𝟏 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > − ∧ 𝑥 > 0 ∧ 𝑥 ≠ 1} = {𝑥 > 0 ∧ 𝑥 ≠ 1}
2
- Calcular o logaritmo
log 𝑥 (2𝑥 + 3) = 2 ⟹ 𝑥 2 = 2𝑥 + 3
⟹ 𝑥 2 − 2𝑥 − 3 = 0 ⟺ (𝑥 − 3)(𝑥 + 1) = 0
⟺ 𝑥 = 3 ⋁ 𝑥 = −1.
𝑺𝟐 = {−1; 3}.
- Solução da equação
A solução, são somente os de valores de 𝑆2 que também fazem parte da condição de
existência (𝑆1 ), ou seja:
𝑥 = −1, não satisfaz a condição de existência, −1 ∉ 𝑆1 ;
𝑥 = 3, satisfaz a condição de existência, 3 ∈ 𝑆1 .
𝑺 = 𝑺𝟐 ⋂𝑺𝟏 = {−1; 3} ∩ {𝑥 > 0 ⋀ 𝑥 ≠ 1} = {3}.
Solução: 𝑺 = {3}. ∎

𝒃) log 2 (𝑥 − 1) + log 2 𝑥 = 1
Resolução:
- Condição de existência
𝑥−1>0
{ ⟹ 𝑥 > 1 ∧ 𝑥 > 0.
𝑥>0

20
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝑺𝟏 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > 1 ∧ 𝑥 > 0} = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > 1}


- Calcular o logaritmo
log 2 (𝑥 − 1) + log 2 𝑥 = 1 ⟹ log 2 (𝑥 − 1) . 𝑥 = 1
⟺ (𝑥 − 1). 𝑥 = 21 ⇔ 𝑥 2 − 𝑥 − 2 = 0
⟺ 𝑥 = −1 ⋁ 𝑥 = 2. 𝑺𝟐 = {−1; 2}.
- Solução da equação
O conjunto da solução da equação, são os valores de 𝑆2 que satifazem 𝑆1 :
𝑥 = −1, não satisfaz a condição de existência, −1 ∉ 𝑆1 ;
𝑥 = 2, satisfaz a condição de existência, 2 ∈ 𝑆1 .
𝑺 = 𝑺𝟐 ⋂𝑺𝟏 = {−1; 2} ∩ {𝑥 > 1} = {2}.
Solução: 𝑺 = {2}. ∎

𝒄) log16 𝑥 + log 4 𝑥 + log 2 𝑥 = 7


Resolução:
- Condição de existência: 𝑥 > 0 ⟹ 𝑺𝟏 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > 0}.
As bases (16, 4 𝑒 2) satisfazem as condições de existência
(> 0 𝑒 ≠ 1).
- Calcular o logaritmo
log16 𝑥 + log 4 𝑥 + log 2 𝑥 = 7 ⟹ log 24 𝑥 + log 22 𝑥 + log 2 𝑥 = 7
1 1
⟹ . log 2 𝑥 + . log 2 𝑥 + log 2 𝑥 = 7
4 2
1 1
⟹ ( + + 1) . log 2 𝑥 = 7
4 2
7
⟹ . log 2 𝑥 = 7 ⟹ log 2 𝑥 = 4
4
⟺ 𝑥 = 24 ⟺ 𝑥 = 16. 𝑺𝟐 = {16}.
- Solução da equação
𝑥 = 16, satisfaz a condição de existência, 16 > 0.
𝑺 = 𝑺𝟐 ⋂𝑺𝟏 = {16} ∩ {𝑥 > 0 } = {16}.
Solução: 𝑺 = {16}. ∎

21
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝒅) log 3 (𝑥 2 − 𝑥 − 6) = log 3 4 + log 3 (𝑥 − 3)


Resolução:
- Condição de existência
𝑥2 − 𝑥 − 6 > 0 𝑥 < −2 ∨ 𝑥 > 3
{ ⟹ { ⟹ (𝑥 < −2 ∨ 𝑥 > 3) ∧ 𝑥 > 0.
𝑥−3>0 𝑥>0
𝑺𝟏 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > 3}.
- Calcular o logaritmo
log 3 (𝑥 2 − 𝑥 − 6) = log 3 4 + log 3 (𝑥 − 3)
⟹ log 3 (𝑥 2 − 𝑥 − 6) = log 3 4.(𝑥 − 3)
⟺ 𝑥 2 − 𝑥 − 6 = 4. (𝑥 − 3) ⟺ 𝑥 2 − 𝑥 − 6 = 4𝑥 − 12
⟺ 𝑥 2 − 5𝑥 + 6 = 0 ⟺ 𝑥 = 3 ∨ 𝑥 = 2. 𝑺𝟐 = {2; 3}.
- Solução da equação
Para 𝑥 = 2, não satisfaz a condição de existência (𝑥 > 3);
Para 𝑥 = 3, não satisfaz igualmente a condição de existência (𝑥 > 3).
Portanto, nem 𝑥 = 2, nem 𝑥 = 3, satisfaz a condição de existência, logo, a equação
não tem solução. 𝑺 = {∅}. ∎

𝒆) 2. log 2 𝑥 − 5. log 𝑥 + 2 = 0
Resolução:
- Condição de existência
𝑺𝟏 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 > 0}.
- Calcular o logaritmo
2. log 2 𝑥 − 5. log 𝑥 + 2 = 0 ⟹ 2. (log 𝑥 )2 − 5. log 𝑥 + 2 = 0; Fazendo: log 𝑥 = 𝑡
1
2. 𝑡 2 − 5. 𝑡 + 2 = 0 ⟺ 𝑡 = 2 ∨ 𝑡 =
2
Para 𝑡 = 2: log 𝑥 = 𝑡 ⟹ log 𝑥 = 2 ⟺ 𝑥 = 102 ⟺ 𝑥 = 100.
1 1 1
Para 𝑡 = : log 𝑥 = 𝑡 ⟹ log 𝑥 = ⟺ 𝑥 = 102 ⟺ 𝑥 = √10.
2 2

𝑺𝟐 = {√10; 100}.
- Solução da equação
Os dois valores de 𝑆2 satifazem a condição de existência. 𝑺 = {√10; 100}. ∎

22
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
Obs.: Para resolver este tipo de equações, não é necessário seguir a ordem
apresentada nos exemplos, desde que, resolve o logaritmo e como solução, atribui somente
os valores que satisfazem a condição de existência.

EXERCÍCIOS
1. Determine a solução das seguintes equações:
1
𝐚) log 3 (𝑥 + 2) = 1 + log 1 𝑥 ; 𝐛) log 3 𝑥 + = 2;
3 log 3𝑥 9
𝐜) log 9 (𝑥 − 1) = log 3 √10𝑥 − 4 − log 3 (𝑥 + 2) ; 𝐝) log (𝑥−3) 4𝑥 = 2;
1
𝐞) log 27 log 2 log 2 (𝑥 − 1) = ; 𝐟) log 0,3 (𝑥 2 + 3𝑥 + 7) = log 0,3 11.
3
2. Se a equação 𝑥 2 + 8𝑥 + 2 log 𝒂 = 0 possui duas raízes reais e iguais, então
calcule 𝒂.
3. Se 𝑘 = log 5 (6 + √35), então calcule 5𝑘 + 5−𝑘 .
4. Seja 𝑘, a solução da equação log 4 (log 2 𝑥 ) = −1. Calcule o valor de 𝑘 4 .

5. Inequações exponenciais e logarítmicas


10.3 Inequações exponenciais
Definição: Inequações exponenciais são inequações cuja incógnita figura no expoente.
1 1 𝑥
Exemplo: 5𝑥 > 20; 3−𝑥 < ; 4𝑥 − 6. 2𝑥 + 8 ≥ 0; ( ) ≤ 32.
81 2

Como resolver uma inequação exponencial?


Resolve-se procedendo do seguinte modo:
1º Reduzir os dois membros da inequação a mesma base.
2º Comparar os expoentes:
- Dá-se o mesmo sinal da inequação, se 𝑎 > 1 (base > 1);
- Dá-se o sinal contrário da inequação, se 0 < 𝑎 < 1 (base entre 0 e 1).
Obs.: Em alguns casos a inequação é resolvida com aplicação de logaritmos.
Exemplos: Resolve em ℝ as seguintes inequações exponenciais.
a) 32𝑥+3 > 729
Resolução: 32𝑥+3 > 729 ⟹ 32𝑥+3 > 36
A base da inequação é 3 (maior que 1), devemos conservar o sinal da
inequação para comparar os expoentes.
3 3
32𝑥+3 > 36 ⟺ 2𝑥 + 3 > 6 ⟺ 2𝑥 > 3 ⟺ 𝑥 > 𝑺 = 𝑥 ∈ ] ; +∞[ . ∎
2 2

23
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

b) (0,3)𝑥−5 ≤ (0,09)2𝑥+3
Resolução: (0,3)𝑥−5 ≤ (0,09)2𝑥+3 ⟹ (0,3)𝑥−5 ≤ (0,3)2(2𝑥+3)
⟹ (0,3)𝑥−5 ≤ (0,3)4𝑥+6
A base é 0,3 (0 < 0,3 < 1), inverte-se o sinal da inequação para comparar os
expoentes.
(0,3)𝑥−5 ≤ (0,3)4𝑥+6 ⟺ 𝑥 − 5 ≥ 4𝑥 + 6 ⟺ −3𝑥 ≥ 11
11 11
⟺𝑥≤− . 𝑺 = 𝑥 ∈ ]−∞; − ]. ∎
3 3

c) 4𝑥 − 6. 2𝑥 + 8 < 0
Resolução: 4𝑥 − 6. 2𝑥 + 8 < 0 ⟹ (22 )𝑥 − 6. 2𝑥 + 8 < 0
⟹ (2𝑥 )2 − 6. 2𝑥 + 8 < 0. Fazendo 2𝑥 = 𝑦, temos:
𝑦 2 − 6. 𝑦 + 8 < 0. Determinar as raizes:
𝑦 2 − 6. 𝑦 + 8 = 0 ⇔ (𝑦 − 2)(𝑦 − 4) = 0 ⇔ 𝑦 = 2 ⋁ 𝑦 = 4.
Fazer o estudo do sinal da função: 𝑦 2 − 6. 𝑦 + 8 < 0
−∞ 𝟐 𝟒 +∞
𝑦 2 − 6. 𝑦 + 8 (+) (-) (+) 𝑦 ∈ ]2; 4[.

Para 𝑦 > 2 ⟹ 2𝑥 > 2 ⟹ 2𝑥 > 21 ⟺ 𝑥 > 1;


Para 𝑦 < 4 ⟹ 2𝑥 < 4 ⟹ 2𝑥 < 22 ⟺ 𝑥 < 2;
𝑺 = 𝑥 ∈ ]1; 2[.
Ou, 2 < 𝑦 < 4 ⟹ 2 < 2𝑥 < 4 ⟹ 21 < 2𝑥 < 22 ⟺ 1 < 𝑥 < 2. ∎

d) 3𝑥 < 5
Resolução: Aplicamos logaritmo de base 3 nos dois membros da desigualdade.
3𝑥 < 5 ⟹ log 3 3𝑥 < log 3 5 ⟹ 𝑥. log 3 3 < log 3 5
⟹ 𝑥. 1 < log 3 5 ⟹ 𝑥 < log 3 5
𝑺 = 𝑥 ∈ ]−∞; log 3 5[. ∎

1 1
e) ≤ 2𝑥−3 ≤
4 2
Resolução: As inequações duplas podem ser decompostas simultaneamente em duas
inequações, ou seja, em um sistema de duas inequações.
1
2𝑥−3 ≥ 2𝑥−3 ≥ 2−2 𝑥 − 3 ≥ −2 𝑥≥1
{ 4 ⟹{ ⟺ { ⟺ {
1
2𝑥−3 ≤ 2𝑥−3 ≤ 2−1 𝑥 − 3 ≤ −1 𝑥≤2
2

24
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝑺 = 𝑥 ∈ [1; 2]. ∎

Exercícios: Resolve as seguintes inequações exponenciais

𝑥
3 𝑥 125 3 𝑥 4
𝑎) 2 > 128; 𝑏) ( ) ≥ ; 𝑐) (√2) < √8;
5 27

1
𝑑) (3𝑥 )3𝑥+1 > ; 𝑒) 0,0001 ≤ (0,1)𝑥 < 0,01; 𝑓) 3.4𝑥 < 60;
27

𝑥−5 2𝑥+3 𝑥+3


3 𝑥 125
𝑔) (0,3) ≤ (0,9) ≤ (0,3) ; ℎ) ( ) ≥ ;
5 27

2 −4𝑥+3
𝑖) 1 ≤ 7𝑥 ≤ 343; 𝑗) 32𝑥+1 − 9𝑥 − 32𝑥−1 − 9𝑥−1 ≤ 42;

1 3𝑥+1 1+2𝑥−𝑥2 1 𝑥−1 𝑥−1 𝑥+1


𝑘) ( 𝑥 ) .4 ≥( ) ; 𝑙) √7𝑥+1 ÷ √7𝑥−1 < √343;
2 8

𝑚) 3.22𝑥+5 − 9.22𝑥+3 − 5. 4𝑥+1 + 7. 22𝑥+1 − 3. 4𝑥 < 60;

2 2 +1 2 +2 2 +3 2 +4
𝑛) 3𝑥 + 5. 3𝑥 + 2. 3𝑥 − 4. 3𝑥 + 3𝑥 < 63.

25
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

10.3 Inequações logarítmicas


Definição: São inequações que envolvem logaritmos, cuja incógnita figura no logaritmando
ou na base.

Exemplos: log 2 (2𝑥 − 5) > log 2 (𝑥 + 3) ; log 3 (𝑥 2 − 4𝑥) < log √3 3√5 ;
log 𝑥 (𝑥 − 1) ≥ log (𝑥−1) 2 ; log 0,25 (3𝑥 − 8) ≤ log 0,25 (𝑥 + 4).
Como resolver uma equação logarítmica?
Podemos proceder da seguinte forma:
1º Reduzir os dois membros da inequação á logaritmos da mesma base;
2º Comparar os logaritmos usando as seguintes implicações:
- se 𝒂 > 1, log 𝑎 𝑥1 > log 𝑎 𝑥2 ⟹ 𝑥1 > 𝑥2 . Base maior que um, mantém-se o sinal.
- se 0 < 𝒂 < 1, log 𝑎 𝑥1 > log 𝑎 𝑥2 ⟹ 𝑥1 < 𝑥2 . Base entre 0 e 1, inverte-se o sinal.
3º O conjunto solução determina-se fazendo a intersecção entre as duas primeiras
soluções, uma que resulta das condições de existência e outra que resulta da
inequação dada.
Exemplos: Determine o conjunto solução das seguintes inequações logarítmicas.
a) log 2 (2𝑥 − 5) > log 2 (𝑥 + 3)
Resolução:
5
2𝑥 − 5 > 0 𝑥> 5
Cond. exist. { ⟹{ 2 ⟹ 𝑺𝟏 = 𝑥 ∈ ] ; +∞[.
𝑥+3>0 2
𝑥 > −3
log 2 (2𝑥 − 5) > log 2 (𝑥 + 3) Como a base é 2 (2 > 1), mantém-se o sinal da
inequação.
log 2 (2𝑥 − 5) > log 2 (𝑥 + 3) ⟺ 2𝑥 − 5 > 𝑥 + 3 ⟺ 𝑥 > 8. 𝑺𝟐 = 𝑥 ∈ ]8; +∞[
𝑺 = 𝑺𝟐 ⋂𝑺𝟏 = 𝑥 ∈ ]8; +∞[. ∎

1
b) log 5 (𝑥 − 2) + > log 5 2
log(𝑥−3) 5
Resolução:
𝑥−2>0 𝑥>2
𝑥>3
Cond. exist. { 𝑥 − 3 > 0 ⟹ { 𝑥 > 3 ⟹ { ⟹ 𝑺𝟏 = 𝑥 ∈ ]3; 4[ ∪ ]4; +∞[.
𝑥≠4
𝑥−3≠1 𝑥≠4
1
log 5 (𝑥 − 2) + > log 5 2 ⟹ log 5 (𝑥 − 2) + log 5 (𝑥 − 3) > log 5 2
log (𝑥−3) 5
log 5 5
Aplicou − se a mudança de base: log (𝑥−3) 5 =
log 5 (𝑥 − 3)
⟹ log 5 [(𝑥 − 2)(𝑥 − 3)] > log 5 2 ⟺ (𝑥 − 2)(𝑥 − 3) > 2

26
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

⟺ 𝑥 2 − 5𝑥 + 6 − 2 > 0 ⟺ 𝑥 2 − 5𝑥 + 4 > 0
Achar as raízes: 𝑥 2 − 5𝑥 + 4 = 0 ⟺ (𝑥 − 1)(𝑥 − 4) = 0 ⟺ 𝑥 = 1 ⋁ 𝑥 = 4.
Estudo do sinal da função: 𝑥 2 − 5𝑥 + 4 > 0
−∞ 𝟏 𝟒 +∞
2
𝑥 − 5𝑥 + 4 (+) (-) (+)

𝑺𝟐 = 𝑥 ∈ ]−∞; 1[ ∪ ]4; +∞[


𝑺 = 𝑺𝟐 ⋂𝑺𝟏 = 𝑥 ∈ ]4; +∞[. ∎

c) log 2 (𝑥 − 1) ≤ log (𝑥−1) 2


Resolução:
𝑥−1>0 𝑥>1
Cond. de exist.: { ⟹{ ⟹ 𝑺𝟏 = 𝑥 ∈ ]1; 2[ ∪ ]2; +∞[.
𝑥−1≠1 𝑥≠2
1
log 2 (𝑥 − 1) ≤ log (𝑥−1) 2 ⟹ log 2 (𝑥 − 1) ≤
log 2 (𝑥 − 1)
Fazendo log 2 (𝑥 − 1) = 𝑦, temos:
1 1 𝑦2 − 1
𝑦≤ ⟹𝑦− ≤0⟹ ≤0
𝑦 𝑦 𝑦
Analisar separadamente os zeros do numerador e do denominador, e recordar que os zeros
do denominador nunca devem fazer parte do conjunto solução da inequação:
Numerador: 𝑦 2 − 1 = 0 ⟹ 𝑦 = 1 ⋁ 𝑦 = −1;
Denominador: 𝑦 = 0.
Construir uma tabela de sinais e determinar o conjunto solução:
−∞ −𝟏 𝟎 𝟏 +∞
2
𝑦 −1=0 (+) (-) (-) (+)
𝑦 (-) (-) (+) (+)
𝑓(𝑦) (-) (+) (-) (+)

𝑦2 − 1
≤ 0 ⟹ 𝑦 ∈ ]−∞; −1] ∪ ]0; 1]
𝑦
1 3
Para 𝑦 ≤ −1 ⟹ log 2 (𝑥 − 1) ≤ −1 ⟹ 𝑥 − 1 ≤ 2−1 ⟹ 𝑥 − 1 ≤ ⟹ 𝑥 ≤ ;
2 2

Para 0 < 𝑦 ≤ 1 ⟹ 0 < log 2 (𝑥 − 1) ≤ 1 ⟹ 20 < 𝑥 − 1 ≤ 21 ⟹ 2 < 𝑥 ≤ 3;


3
𝑺𝟐 = 𝑥 ∈ ]−∞; ] ∪ ]2; 3]
2
3
𝑺 = 𝑺𝟐 ⋂𝑺𝟏 = 𝑥 ∈ ]1; ] ∪ ]2; 3]. ∎
2

27
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

EXERCÍCIOS: Determine o conjunto solução das seguintes inequações logarítmicas.

1. log 2 (𝑥 − 4) − log 4 (𝑥 + 4) ≤ 1; 𝟕. [log 𝑥 ]2 − log 𝑥 > 0;

2. log 3 (𝑥 + 4) − log 9 (𝑥 + 4) ≤ 1; 𝟖. 2[log 𝑥 ]2 − log 𝑥 > 6;

3. 1 ≤ log(𝑥 − 1) ≤ 2; 𝟗. log 2 [log 1 (𝑥 2 − 2𝑥 + 1)] < 0 ;


4

1 1
4. log 2 (2 − 𝑥) < log 1 (𝑥 + 1) ; 𝟏𝟎. ≤ ;
2 log2 𝑥 log2 √𝑥+2

3
5. log 5 (2𝑥 2 − 𝑥 − ) ≥ 1 ; 𝟏𝟏. 2 < log 2 (3 − 2𝑥) ≤ 3;
8 8

1
6. < log 1 2𝑥 < 1; 𝟏𝟐. |log 3 (𝑥 − 3)| ≥ 2.
2 2

28
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

6. Sistemas de equações exponenciais e logarítmicas


A resolução de um sistema de equações exponencial e logarítmica, baseia-se na aplicação
das propriedades e métodos já estudados (substituição, redução, misto, Cramer, etc.).
Exemplo: Resolve os seguintes sistemas de equações
𝑥+𝑦 =6 4𝑥−𝑦 = 8
𝒂) { 𝒃) {
log 2 𝑥 + log 2 𝑦 = log 2 8 log 2 𝑥 − log 2 𝑦 = 2

3𝑥 . 5𝑦 = 75 10 ln 𝑥 = 5 + log 𝑒 𝑦
𝒄) { 𝒅) {
5𝑥 . 3𝑦 = 45 ln 𝑦 − 5 log 𝑒 𝑥 = 5

2𝑥 2 + 𝑦 = 75 2√𝑥+√𝑦 = 512
𝒆) { 𝒇) {
2 log 𝑥 − log 𝑦 = 2 log 2 + log 3 log √𝑥𝑦 = 1 + log 2

log1 (𝑥+𝑦)
𝑥 2 + 𝑦 2 = 425 2 = 5log5(𝑥−𝑦)
2
𝒈) { 𝒉) { 1
log 𝑥 + log 𝑦 = 2 log 2 𝑥 + log 2 𝑦 =
2
5
𝑥 2 + 4𝑦 3 = 96 𝑦. 𝑥 log𝑦 𝑥 = 𝑥 2
𝒊) { 𝒋) {
log 𝑦 2 2 = log 𝑥𝑦 4 log 4 𝑦 . log 𝑦 (𝑦 − 3𝑥) = 1
5
𝑥. log 2 𝑦 . log 1 2 = 𝑦. √𝑦(1 − log 𝑥 2) 𝑦. 𝑥 log𝑦 𝑥 = 𝑥 2
𝑥
𝒌) { 𝒍) {
log 𝑦 3 2. log √2 𝑥 = 1 log 4 𝑦 . log 𝑦 (𝑦 − 3𝑥) = 1

125𝑥 = 625𝑦
2 log 𝑥 − log 𝑦 = 1
𝒎) { 𝑥 𝑦 𝒏) {
log 3 ( + ) = 2 log 𝑥 + 3 log 𝑦 = 11
2 2

𝑥 12
log ( 3 ) = 12 2𝑥 = 8(𝑦+1) 3(𝑥+1) = 9𝑦
𝒐) { 𝑦 𝒑) { 𝒒) {
9𝑦 = 3(𝑥−9) 2(𝑦+2) = 8𝑥
log(𝑥 8 . log 𝑦) = 20

𝑥
log 2 ( 2 ) = −1 4(𝑥−2) = 4𝑦 2𝑥 = 16(𝑦+1)
𝒓) { 𝑦 𝒔) { 𝒕) {
log 2 (𝑥 3 . 𝑦) = 4 2(2𝑥+𝑦) = 2 3𝑦 = 27(𝑥−3)

𝑥+𝑦=9 log √𝑥 − log 𝑦 = log 3


𝒖) { 𝒗) {
log 2 𝑥 + log 2 𝑦 = 3 9𝑦 3 − 𝑥 2 = 90𝑦

29
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Resolução:

𝑥+𝑦=6
𝑎) { ⟹ Condição de exist. : 𝑥 > 0 ∧ 𝑦 > 0
log 2 𝑥 + log 2 𝑦 = log 2 8

𝑥+𝑦 =6 𝑥 =6−𝑦 𝑥 =6−𝑦


{ ⟺ { ⟺ {
log 2 𝑥 + log 2 𝑦 = log 2 8 log 2 (𝑥𝑦) = log 2 8 𝑥𝑦 = 8

𝑥 =6−𝑦 𝑥 =6−𝑦 𝑥 =6−𝑦


⟺ { ⟺ { ⟺ {
(6 − 𝑦)𝑦 = 8 𝑦 2 − 6𝑦 + 8 = 0 (𝑥 − 2)(𝑥 − 4)

𝑥 =6−𝑦 𝑥1 = 2 ∧ 𝑦1 = 4
⟺ { ⟺ { ⟹ 𝑺 = {(2; 4), (4; 2)} ∎
𝑥 =2 ∨𝑥 =4 𝑥2 = 4 ∧ 𝑦2 = 2

Resolução:

4𝑥−𝑦 = 8
𝑏) { ⟹ Condição de exist. : 𝑥 > 0 ∧ 𝑦 > 0
log 2 𝑥 − log 2 𝑦 = 2

4𝑥−𝑦 = 8 22(𝑥−𝑦) = 23 2𝑥 − 2𝑦 = 3
{ ⟺ { 𝑥 ⟺ {𝑥=4
log 2 𝑥 − log 2 𝑦 = 2 log 2 ( ) = 2
𝑦 𝑦

3 3
𝑥= +𝑦 +𝑦 𝑥=2 𝑥= 1
⟺ { 2
⟺ { 2 ⟺ { 1 ⟹ 𝑺 = {(2; )} ∎
3 1 𝑦= 2
+ 𝑦 = 4𝑦 𝑦= 2
2 2

Aplicar propriedades para sistemas equivalentes


Resolução:
de equações:
3𝑥 . 5𝑦 = 75 Multiplicar as duas equações, membro a
3𝑥 . 5𝑦 = 3. 52
𝑐) { ⟺ { membro (I);
5𝑥 . 3𝑦 = 45 5 𝑥 . 3 𝑦 = 32 . 5 Dividir igualmente, membro a membro (II).
(𝑰) 3𝑥+𝑦 . 5𝑦+𝑥 = 31+2 . 52+1 ⟺ (3.5)𝑥+𝑦 = (3.5)3 ⟺ 15𝑥+𝑦 = 153

𝑥−𝑦 𝑦−𝑥 1−2 2−1 𝑥−𝑦 −(𝑥−𝑦) −1


3 𝑥−𝑦 5
(𝑰𝑰) 3 .5 =3 .5 ⟺ (3) .5 = 3 .5 ⟺ ( ) =
5 3
A partir de (I) e (II) obtém-se o novo sistema equivalente de equações:

15𝑥+𝑦 = 153 𝑥+𝑦=3


{ 3 𝑥−𝑦 3 −1 ⟺ { ⟺ 𝑥 = 1 ∧ 𝑦 = 2 ⟹ 𝑺 = {(1; 2)} ∎
( ) =( ) 𝑥 − 𝑦 = −1
5 5

30
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

7. Limite de funções exponenciais, logaritmicas e trigonométricas


Definição (Limite de uma função): Seja I um intervalo aberto ao qual pertence o número
real 𝒂 e 𝒇 uma função definida em I, não necessariamente em 𝒂. Diz-se que o
limite de 𝒇(𝒙), quando 𝒙 tende para 𝒂, é L e escreve-se:
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, se para todo 𝜀 > 0, existir um 𝛿 > 0 tal que, se
𝑥→𝑎

0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿 então |𝑓(𝑥) − 𝐿| < 𝜀.


Em símbolos:
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 ⟺ (∀𝜀 > 0, ∃𝛿 > 0: 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿 ⟹ |𝑓 (𝑥) − 𝐿| < 𝜀).
𝑥→𝑎

𝐄𝐱𝐩. 𝟏: Prove segundo a definção que lim(2𝑥 − 4) = 2


𝑥→3

Considerando a definição, lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, neste caso 𝒂 = 3, 𝑓 (𝑥) = 2𝑥 − 4, e 𝐿 = 2.


𝑥→𝑎
Assim, deve-se provar que dado qualquer 𝜀 > 0, existe 𝛿 > 0, tal que se 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓) e 0 <
|𝑥 − 3| < 𝛿 então |(2𝑥 − 4) − 2| < 𝜀.
Obtemos o delta (𝛿) a partir da equação:
|(2𝑥 − 4) − 2| = |2𝑥 − 6| = |2. (𝑥 − 3)| = |2| ∙ |𝑥 − 3| = 2 ∙ |𝑥 − 3|,
𝜀
pois, como 0 < |𝑥 − 3| < 𝛿, então, 2 ∙ |𝑥 − 3| < 2 ∙ 𝛿. Escolhendo 𝛿 = ∶
2
𝜀
|(2𝑥 − 4) − 2| = 2 ∙ |𝑥 − 3| < 2 ∙ 𝛿 = 2 ∙ = 𝜀. Portanto, |(2𝑥 − 4) − 2| < 𝜀.
2
𝜀
Logo, dado qualquer 𝜀 > 0, existe 𝛿 = tal que se 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓) e 0 < |𝑥 − 3| < 𝛿 então
2
|(2𝑥 − 4) − 2| < 𝜀, que é justamente a definição de limite.
Assim provamos que, lim(2𝑥 − 4) = 2 ∎
𝑥→3

𝐄𝐱𝐩. 𝟐: Prove formalmente que lim 𝑥 2 = 4


𝑥→2
Devemos provar que dado um 𝜀 > 0, existe 𝛿 > 0, tal que se 𝑥 ∈ Df e 0 < |𝑥 − 2| < 𝛿
|𝑥 2 − 4| < 𝜀. Factorando: |𝑥 2 − 4| = |𝑥 − 2| ∙ |𝑥 + 2|.
É preciso determinar uma desigualdade envolvendo |𝑥 + 2| e um valor constate. Como
|𝑥 − 2| < 𝛿, então, supondo 𝛿 = 1 (pois, o módulo é sempre positivo ou nulo), tem-se
|𝑥 − 2| < 1. Portanto:
−1 < 𝑥 − 2 < 1 ⟹ −1 + 2 < 𝑥 < 1 + 2 ⟹ 1 < 𝑥 < 3.
Pretendemos obter uma desigualdade que envolve |𝑥 + 2|, para tal, basta somar a expressão
toda por 2:
1 < 𝑥 < 3 ⟹ 1 + 2 < 𝑥 + 2 < 3 + 2 ⟹ 3 < 𝑥 + 2 < 5.
Como |𝑥 − 2| < 𝛿 e |𝑥 + 2| < 5, então |𝑥 − 2| ∙ |𝑥 + 2| < 5 ∙ 𝛿. Assim, escolhendo 𝛿 =
𝜀 𝜀
min {1; }, ou seja, o menor entre os valores 1 e , tem-se:
5 5

31
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
𝜀
|𝑥 − 2| ∙ |𝑥 + 2| < 5 ∙ 𝛿 ⟹ |𝑥 2 − 4| < 5 ∙ ⟹ |𝑥 2 − 4| < 𝜀.
5
𝜀
Logo, dado qualquer 𝜀 > 0, existe 𝛿 = , tal que |𝑥 − 2| < 𝛿 sempre que |𝑥 2 − 4| < 𝜀.
5
2
Portanto, lim 𝑥 = 4. ∎
𝑥→2

𝐄𝐱𝐩. 𝟑: Considere que lim 𝑥 2 = 4. Dado 𝜀 = 0,05 determine 𝛿 > 0, tal que
𝑥→2
|𝑥 − 2| < 𝛿 sempre |𝑥 2 − 4| < 𝜀.
𝜀
No exemplo anterior, foi visto que escolhendo 𝛿 = min {1; } obtém-se a definição do
5
limite para este caso. Como 𝜀 = 0,05, então:
0.05 1 1
𝛿 = min {1; } = min {1; }= ⟹ 𝛿 = 0,01.
5 100 100
Assim, |𝑥 − 2| < 0,01 sempre que |𝑥 2 − 4| < 0,05 ∎

Limites Laterais
Ao determinar o lim 𝑓(𝑥), nem sempre é possível calcular directamente, se esse limite
𝑥→𝑎
existe, ou não, e mesmo se existir, é necessário esclarecer o que se passa na vizinhança de 𝒂,
quer a direita de 𝒂, quer a esquerda de 𝒂.
Assim sendo, o lim 𝑓(𝑥) desdobra-se em dois limites, chamados limites laterais, que se
𝑥→𝑎
indicam por:
lim 𝑓(𝑥) ou lim 𝑓(𝑥) , limite a esquerda de 𝒂;
𝑥→𝑎− 𝑥=𝑎−𝜀

lim 𝑓(𝑥) ou lim 𝑓(𝑥) , limite a direita de 𝒂.


𝑥→𝑎+ 𝑥=𝑎+𝜀

Se, lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) , diz − se que ∃ lim 𝑓(𝑥) no ponto 𝑥 = 𝒂
𝑥→𝑎 𝑥=𝑎 𝑥→𝑎

Se, lim− 𝑓(𝑥) ≠ lim+ 𝑓(𝑥) , diz − se que ∄ lim 𝑓(𝑥) no ponto 𝑥 = 𝒂
𝑥→𝑎 𝑥=𝑎 𝑥→𝑎

Ao calcular o lim 𝑓(𝑥), recorrer-se aos limites laterais nas seguintes casos:
𝑥→𝑎

𝐚) se, resulta num limite infinito;


0
𝐛) se, resulta numa indeterminaçao do tipo , em certos casos;
0
𝐜) se, a função é definida por mais de uma expressão analítica;
|𝑥|
𝐝) se, na função aparece módulos, por exemplo, 𝑦 = .
𝑥
Exemplos:
𝑥+1
𝟏. Calcule o limite se existe, lim
𝑥→3 𝑥 − 3

32
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
𝑥+1 3+1 4
𝐑𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨: lim = = =∞
𝑥→3 𝑥 − 3 3−3 0
A fim de esclarecer, se 𝑥 ao tender para 3, a função tende para (+∞) ou (−∞), temos que
recorrer aos limites laterais.
𝑥+1 (3 − ε) + 1 3−ε+1 4−ε 4
lim = lim = lim = lim = = −∞
𝑥→3−𝜀 𝑥 − 3 ε→0 (3 − ε) − 3 ε→0 3 − ε − 3 ε→0 −ε −0
𝑥+1 (3 + ε) + 1 3+ε+1 4+ε 4
lim = lim = lim = lim = = +∞
𝑥→3+𝜀 𝑥 − 3 ε→0 (3 + ε) − 3 ε→0 3 + ε − 3 ε→0 +ε +0
𝑥+1
Os limites laterais são diferentes, ou seja, lim− 𝑓(𝑥) ≠ lim+ 𝑓(𝑥) , então, ∄ lim ∎
𝑥→𝑎 𝑥=𝑎 𝑥→3 𝑥 − 3

𝑥 − 2 , 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 3
𝟐. Calcule o limite de 𝑓 (𝑥), sabendo que 𝑓 (𝑥) = { 𝑥 2 − 2𝑥
, 𝑠𝑒 𝑥 > 3
3
Resolução: Com a função está definida por mais de uma expressão analítica, devemos
recorrer aos limites laterais.
lim (𝑥 − 2) = lim[(3 − ε) − 2] = lim[3 − ε − 2] = lim(1 − ε) = 1 − 0 = 1
𝑥→3−𝜀 ε→0 ε→0 ε→0

𝑥 2 − 2𝑥 (3 + 𝜀)2 − 2(3 + 𝜀) 9 + 6𝜀 + 𝜀 2 − 6 − 2𝜀 3
lim = lim = lim = =1
𝑥→3+𝜀 3 ε→0 3 ε→0 3 3
Como lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) = 1, então, ∃ lim 𝑓(𝑥) , e lim 𝑓(𝑥) = 1. ∎
𝑥→𝑎 𝑥=𝑎 𝑥→3 𝑥→3

Propriedades dos Limites de Funções


Sejam as funções 𝑓 (𝑥) e 𝑔(𝑥), definidas em certo domínio D, tais que lim 𝑓(𝑥) = 𝐿1 e
𝑥→𝑎
lim 𝑔(𝑥) = 𝐿2 , (𝑎, 𝐿1 , 𝐿2 ∈ ℝ), então tem-se:
𝑥→𝑎

1. Limite de uma constante


lim 𝑘 = 𝑘, 𝑘 − constante
𝑥→𝑎

2. Limite da soma ou diferença


lim [𝑓 (𝑥) ± 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓 (𝑥) ± lim 𝑔(𝑥) = 𝐿1 ± 𝐿2
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

3. Limite do produto
lim [𝑓 (𝑥) . 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) . lim 𝑔(𝑥) = 𝐿1 . 𝐿2
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

4. Limite do quociente

33
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝑓 (𝑥 ) lim 𝑓(𝑥) 𝐿
𝑥→𝑎 1
lim [ ]= = , 𝐿2 ≠ 0
𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥 ) lim 𝑔(𝑥) 𝐿2
𝑥→𝑎

5. Limite de uma potência


𝑛
lim [𝑓(𝑥)]𝑛 = [lim 𝑓 (𝑥)] = (𝐿1 )𝑛 , 𝑛 ∈ ℕ
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

6. Limite da raiz
𝑛
lim √𝑓(𝑥) = 𝑛√ lim 𝑓(𝑥) = 𝑛√𝐿1 , 𝑛 ∈ ℕ
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

7. Limite da exponencial
lim 𝑓(𝑥)
lim 𝑘 𝑓(𝑥) = (𝑘 )𝑥→𝑎 = 𝑘 𝐿1 , 𝑘 ∈ ℝ∗
𝑥→𝑎

8. Limite do logaritmo
lim [log 𝑓(𝑥)] = log [lim 𝑓(𝑥)] = log(𝐿1 )
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

9. Limite da exponencial potência


lim 𝑔(𝑥)
lim [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥) = [lim 𝑓(𝑥)]𝑥→𝑎 = (𝐿1 )𝐿2
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Limites notáveis:
1. Limite fundamental trigonométrico
sen𝑥 1
lim = 1; lim 𝑥. sen ( ) = 1.
𝑥→0 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥
2. Limite fundamental de Euler
1 1 𝑥
lim(1 + 𝑥) = 𝑒;
𝑥 lim (1 + ) = 𝑒.
𝑥→0 𝑥→+∞ 𝑥
3. Outros limites
𝑎𝑥 − 1 𝑒𝑥 − 1
lim = ln𝑎; lim = 1.
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥
1 𝑥
lim 𝑥. ln (1 + ) = 1; lim 𝑥. ( √𝑒 − 1) = 1.
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞

Teoria de infinitésimos:
Se 𝑓 é uma função da variável 𝑥 e 𝑓(𝑥) ⟶ 0 quando 𝑥 ⟶ 0, então:
𝟏. 𝑎 𝑓(𝑥) − 1 ≈ 𝑓 (𝑥)ln𝑎; 𝟐. 𝑒 𝑓(𝑥) − 1 ≈ 𝑓(𝑥); 𝟑. log 𝑎 [1 + 𝑓(𝑥)] ≈ 𝑓(𝑥);
𝟒. sen[𝑓(𝑥)] ≈ 𝑓 (𝑥); 𝟓. tg[𝑓(𝑥)] ≈ 𝑓 (𝑥); 𝟔. arcsen[𝑓 (𝑥)] ≈ 𝑓(𝑥).

34
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

10.3 Limite de funções exponenciais


lim 𝑓(𝑥)
lim 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥→𝑘 , com 𝑎 > 0 𝑒 𝑎 ≠ 1.
𝑥→𝑘

A função exponencial 𝑦 = 𝑎 𝑥 , com 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1, apresenta os seguintes limites nos


extremo:
1º Se 𝑎 > 1, a função é crescente.
y
y
lim 𝑎 𝑥 = 0;
𝑥→−∞

lim 𝑎 𝑥 = +∞.
𝑥→+∞

2º Se 0 < 𝑎 < 1, a função é decrescente.


y

lim 𝑎 𝑥 = +∞;
𝑥→−∞

lim 𝑎 𝑥 = 0.
𝑥→+∞

De forma geral, se 𝑓 é uma função da variável 𝑥, e 𝑓 (𝑥) ⟶ 0 quando 𝑥 ⟶ 𝑘, então:


𝑎 𝑓(𝑥) − 1 𝑒 𝑓(𝑥) − 1
𝟏. lim = ln𝑎; 𝟐. lim = 1.
𝑥→𝑘 𝑓(𝑥) 𝑥→𝑘 𝑓(𝑥)

2𝑥+3 − 1 𝑒 7𝑥 − 1
𝐄𝐱𝐩. : a) lim = ln2; b) lim = ln𝑒 = 1.
𝑥→−3 𝑥 + 3 𝑥→0 7𝑥

Se 𝑘 = 0 e 𝑓(𝑥) ≡ 𝑥, então:
𝑎𝑥 − 1 𝑒𝑥 − 1
𝟏. lim = ln𝑎; 𝟐. lim = ln𝑒 = 1.
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥
𝑎𝑥 −1
Demonstração do limite fundamental: lim = ln𝑎:
𝑥→0 𝑥

35
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
Obs.: transformar no limite fundamental de Euler
1 1 𝑥
lim(1 + 𝑥) = 𝑒 ou lim (1 + ) = 𝑒 ≅ 2,715 …
𝑥
𝑥→0 𝑥→+∞ 𝑥
𝑥 0
𝑎 −1 𝑎 −1 1−1 0
lim = = = (indeterminação)
𝑥→0 𝑥 0 0 0
Fazendo 𝑎 𝑥 − 1 = 𝑦 ⟹ 𝑎 𝑥 = 𝑦 + 1 ⟹ 𝑥 = log 𝑎 (𝑦 + 1)
Como 𝑥 ⟶ 0, então 𝑦 = 𝑎 𝑥 − 1 ⟶ 0
𝑎𝑥 − 1 𝑦 1 1 lim 1
𝑦→0
lim = lim = lim log (1+𝑦) = lim 1 = 1
𝑥→0 𝑥 𝑦→0 log 𝑎 (1 + 𝑦) 𝑦→0 𝑎 𝑦→0 log (1 + 𝑦)
𝑎 lim log 𝑎 (1 + 𝑦)
𝑦 𝑦 𝑦→0 𝑦

lim 1 1 1 1
𝑦→0
= 1 = 1 = 1 = = log 𝑒 𝑎 = ln𝑎 ∎
lim log 𝑎 (1 + 𝑦) log 𝑎 𝑒
𝑦→0 𝑦 lim log 𝑎 (1 + 𝑦) 𝑦 log 𝑎 [lim(1 + 𝑦) ] 𝑦
𝑦→0 𝑦→0

Exercícios:
1. Calcular os seguintes limites:
𝑥2 +𝑥−1
𝐚) lim 3 𝑥+1
𝑥→+∞
𝑥2 +𝑥−1 𝑥2 +𝑥−1 𝑥2
lim lim lim 𝑥
lim 3 𝑥+1 = 3𝑥→+∞ 𝑥+1 = 3𝑥→+∞ 𝑥 = 3𝑥→+∞ = 3+∞ = +∞; (base: 3 > 1) ∎
𝑥→+∞
2𝑥4 −1
1 𝑥
𝐛) lim ( )
𝑥→−∞ √2
2𝑥4 −1 2𝑥4 −1 2𝑥4
lim lim lim (2𝑥 3 )
1 𝑥 1 𝑥→−∞ 𝑥 1 𝑥→−∞ 𝑥 1 𝑥→−∞
lim ( ) =( ) =( ) =( )
𝑥→−∞ √2 √2 √2 √2
−∞
1 1 1
= ( ) = +∞ (base: , 0< < 1) ∎
√2 √2 √2
𝑒 7𝑥 − 1
𝐜) lim
𝑥→0 𝑥
𝑒 7𝑥 − 1 𝑒 7.0 − 1 𝑒 0 − 1 1 − 1 0
lim = = = = (indeterminação)
𝑥→0 𝑥 0 0 0 0
𝑒 7𝑥 − 1 𝑒 7𝑥 − 1 𝑒 7𝑥 − 1 𝑒 7𝑥 − 1
lim = lim 7 = lim 7. = 7. lim = 7.1 = 7 ∎
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 .𝑥 𝑥→0 7𝑥 𝑥→0 7𝑥
7
𝑦
ou ainda, fazendo: 7𝑥 = 𝑦 ⟹ 𝑥 = , quando 𝑥 ⟶ 0 então 𝑦 = 7𝑥 ⟶ 0
𝑥

36
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝑒 7𝑥 − 1 𝑒𝑦 − 1 7(𝑒 𝑦 − 1) 𝑒𝑦 − 1
lim = lim 𝑦 = lim = 7. lim 7.1 = 7 ∎
𝑥→0 𝑥 𝑦→0 𝑦→0 𝑦 𝑦→0 𝑦
7

𝑥 0
3 5 − 1 3 5 − 1 30 − 1 1 − 1 0
𝐝) lim = = = = (indeterminação)
𝑥→0 𝑥 0 0 0 0
𝑥 𝑥
fazendo: = 𝑦 ⟹ 𝑥 = 5𝑦, quando 𝑥 ⟶ 0 então 𝑦 = ⟶ 0
5 5
𝑥
35 − 1 3𝑦 − 1 1 3𝑦 − 1 1 ln3
lim = lim = . lim = ln3 = ∎
𝑥→0 𝑥 𝑦→0 5𝑦 5 𝑦→0 𝑦 5 5

5 5 5
1 − √𝑒 𝑥 1 − √𝑒 0 1 − √𝑒 0 0
𝐞) lim = = = (indeterminação)
𝑥→0 𝑥 0 0 0
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
5
1 − √𝑒 𝑥 1 − 𝑒5 − (𝑒 5 − 1) 𝑒5 − 1 𝑒5 − 1
lim = lim = lim = − lim = − lim 5
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 .𝑥
5
𝑥
1 𝑒 −1 1 1 5
= − . lim 𝑥 = − .1 = − ∎
5 𝑥→0 5 5
5

7𝑥 𝑒 8𝑥 𝑒 7𝑥
𝑒 8𝑥 − 𝑒 7𝑥 𝑒 ( − ) 𝑒 7𝑥 (𝑒 8𝑥−7𝑥 − 1) 𝑒 7𝑥 (𝑒 𝑥 − 1)
𝑒 7𝑥 𝑒 7𝑥
𝐟) lim = lim = lim = lim
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥
7𝑥
𝑒𝑥 − 1
= lim 𝑒 . lim = 𝑒 7.0 . 1 = 𝑒 0 . 1 = 1.1 = 1 ∎
𝑥→0 𝑥→0 𝑥

5𝑥 − 25 52 − 25 0
𝐠) lim = = (indeterminação)
𝑥→2 𝑥 − 2 2−2 0
fazendo: 𝑥 − 2 = 𝑦 ⟹ 𝑥 = 𝑦 + 2, quando 𝑥 ⟶ 2 então 𝑦 = 𝑥 − 2 ⟶ 0
5𝑥 − 25 5𝑦+2 − 25 52 . (5𝑦 − 1) 2
5𝑦 − 1
lim = lim = lim = 5 . lim = 25. ln5 ∎
𝑥→2 𝑥 − 2 𝑦→0 𝑦 𝑦→0 𝑦 𝑦→0 𝑦

3𝑥 + 5 ∞
𝐡) lim 𝑥 = (indeterminação)
𝑥→+∞ 5 + 2 ∞
3𝑥 +5 3𝑥 5 5 5
3𝑥 + 5 𝑥 𝑥
+ 𝑥 1+ 𝑥 1 + +∞
lim 𝑥 = lim 5𝑥3+2 = lim 35𝑥 32 = lim 𝑥
3
= 3
𝑥→+∞ 5 + 2 𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 5 2 5 +∞ 2
+ 𝑥 ( ) + 𝑥 ( ) + +∞
3𝑥 3𝑥 3 3 3 3 3
1+0 1
= = =0 ∎
+∞ + 0 +∞

37
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

1. Calcule os limites seguintes


𝑥+3
4−1 5 𝑒 𝑥 − 𝑒 −𝑥 52𝑥 − 1 8𝑥 − 7𝑥
𝐚) lim ; 𝐛) lim ; 𝐜) lim 𝑥 ; 𝐝) lim 𝑥 ;
𝑥→3 𝑥 + 3 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 3 − 1 𝑥→0 6 − 5𝑥

𝑎 𝑥+ℎ + 𝑎 𝑥−ℎ − 2𝑎 𝑥 𝑥 + 3 𝑥+4 𝑒 𝑥−1 − 𝑎 𝑥−1


𝐞) lim ; 𝐟) lim ( ) ; 𝐠) lim ;
ℎ→0 ℎ 𝑥→+∞ 𝑥 − 1 𝑥→1 𝑥2 − 1
7
√𝑒 𝑥 + 𝑥 − 1 𝑥 2 − 3𝑥 𝑒 2𝑥−1 − 4𝑥 2 𝑥
𝐡) lim ; 𝐢) lim ; 𝐣) lim1 ; 𝐤) lim √1 − 3𝑥 ;
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑒 𝑥 − 1 𝑥→ 2𝑥 − 1 𝑥→0
2

1 − 4√𝑥 2𝑥+2 + 3 𝑒 sen 𝑥 − 𝑒 cos 𝑥 𝑥 − sen 𝑥


𝐥) lim ; 𝐦) lim ; 𝐧) lim𝜋 ; 𝐨) lim 𝑥 .
𝑥→0 𝑥 𝑥→+∞ 3𝑥+1 + 7 𝑥→ sen 𝑥 − cos 𝑥 𝑥→+∞ 𝑒 − 𝑒 sen 𝑥
4

10.3 Limite de funções logaritmicas

lim log 𝑎 𝑓(𝑥) = log 𝑎 [lim 𝑓(𝑥)] , com lim 𝑓(𝑥) > 0 𝑒 0 < 𝑎 ≠ 1.
𝑥→𝑘 𝑥→𝑘 𝑥→𝑘

A função logarítmica 𝑦 = log 𝑎 𝑥, com 𝑥 > 0, 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1, apresenta os seguintes limites


nos extremos:
1º Se 𝑎 > 1, a função é crescente. 2º Se 0 < 𝑎 < 1, a função é decrescente.

lim log 𝑎 𝑥 = +∞; lim log 𝑎 𝑥 = −∞;


𝑥→+∞ 𝑥→+∞

lim log 𝑎 𝑥 = −∞. lim log 𝑎 𝑥 = +∞.


𝑥→0+ 𝑥→0+

De forma geral, se 𝑓 é uma função da variável 𝑥, e 𝑓(𝑥) ⟶ 0 quando 𝑥 ⟶ 𝑘, então:

38
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
log 𝑎 [1 + 𝑓(𝑥)] 1 ln[1 + 𝑓(𝑥)]
𝟏. lim = ; 𝟐. lim = 1.
𝑥→𝑘 𝑓(𝑥) ln𝑎 𝑥→𝑘 𝑓(𝑥)

Se 𝑘 = 0 e 𝑓(𝑥) ≡ 𝑥, então:
log 𝑎 (1 + 𝑥) 1 ln(1 + 𝑥)
𝟏. lim = ; 𝟐. lim = 1.
𝑥→0 𝑥 ln𝑎 𝑥→0 𝑥
log𝑎 (1+𝑥) 1
Demonstração do limite fundamental: lim = :
𝑥→0 𝑥 ln𝑎

Usar as propriedades e transformar no limite fundamental de Euler.


1 1 𝑥
(lim(1 + 𝑥) = 𝑒 ou lim (1 + ) = 𝑒)
𝑥
𝑥→0 𝑥→+∞ 𝑥
log 𝑎 (1 + 𝑥) 1 1
lim = lim . log 𝑎 (1 + 𝑥) = lim [log 𝑎 (1 + 𝑥)𝑥 ]
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0

1 1 1
= log 𝑎 [lim(1 + 𝑥)𝑥 ] = log 𝑎 𝑒 = = ∎
𝑥→0 log 𝑒 𝑎 ln𝑎

EXERCÍCIOS
Resolve os seguintes limites:
1 1 1
𝐚) lim log 3 2
= log 3 [lim 2 ] = log 3 ( 2 ) = log 3 (+∞) = +∞ (base: 3 > 1) ∎
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 0

1 1 1 1 1
𝐛) lim log 1 = log 1 [lim ] = log 1( ) = log 1 (+∞) = −∞ (base : 0 < < 1) ∎
3 3 3
𝑥→0 2𝑥 2 𝑥→0 𝑥 2 0 2 2 2

2𝑥 4 + 𝑥 + 1 2𝑥 4 + 𝑥 + 1 2𝑥 4
𝐜) lim log 3 = log 3 [ lim ] = log 3 [ lim ] = log 3 [ lim 2𝑥 3 ]
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞

= log 3 [ lim 2. (+∞)3 ] = log 3 (+∞) = +∞ ∎


𝑥→+∞

𝑥2 + 1 𝑥2 + 1 𝑥2 1 1
𝐝) lim log 1 4
= log 1 [ lim 4
] = log 1 [ lim 4 ] = log 1 [ lim 2 ] = log 1 2
𝑥→+∞ 4 𝑥 4 𝑥→+∞ 𝑥 4 𝑥→+∞ 𝑥 4 𝑥→+∞ 𝑥 2 (+∞)

= log 1 (0+ ) = +∞
2

𝐞) lim [ln(3𝑥 + 2) − ln(𝑥 + 1)] = ∞ − ∞ (indeterminação)


𝑥→+∞

39
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
3𝑥 + 2 3𝑥 + 2 3𝑥
lim [ln(3𝑥 + 2) − ln(𝑥 + 1)] = lim ln ( ) = ln [ lim ] = ln [ lim ]
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥+1 x→+∞ 𝑥 + 1 x→+∞ 𝑥

= ln [ lim 3] = ln3 ∎
𝑥→+∞

𝐟) lim 𝑥[ln(𝑥 + 1) − ln(𝑥)] = ∞ − ∞ (indeterminação)


𝑥→+∞
𝑥+1 1 𝑥
lim 𝑥[ln(𝑥 + 1) − ln(𝑥)] = lim 𝑥 . ln ( ) = lim ln (1 + ) = ln𝑒 = 1 ∎
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥
1
𝐠) lim 𝑥. ln (1 + ) = 0. ∞ (indeterminação)
𝑥→+∞ 𝑥
1 1 𝑥 1 𝑥
(1
lim 𝑥 ln + ) (1
= lim ln + ) [
= ln lim (1 + ) ] = ln 𝑒 = 1 ∎
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥

log 5 (1 + 8𝑥) log 5 (1 + 8.0) log 5 1 0


𝐡) lim = = = (indeterminação)
𝑥→0 𝑥 0 0 0
log 5 (1 + 8𝑥) log 5 (1 + 8𝑥) log 5 (1 + 8𝑥) 8
lim = lim 8 = 8. lim [ ] = 8. log5 𝑒 = ∎
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 .𝑥 𝑥→0 8𝑥 ln 5
8

ln(𝑥 + 2) − ln 2 ln(0 + 2) − ln 2 0
𝐢) lim = = (indeterminação)
𝑥→0 𝑥 0 0
(𝑥+2) 𝑥 𝑥
ln(𝑥 + 2) − ln 2 ln ln (1 + ) ln (1 + )
2 2 2
lim = lim = lim = lim 2
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 .𝑥
2
𝑥
1 ln (1 + ) 1 1
2
= . lim [ 𝑥 ] = .1 = ∎
2 𝑥→0 2 2
2

ln 𝑥 − ln 5 ln 5 − ln 5 0
𝐣) lim = = (indeterminação)
𝑥→5 𝑥−5 5−5 0
fazendo: 𝑥 − 5 = 𝑦 ⟹ 𝑥 = 𝑦 + 5, quando 𝑥 ⟶ 5 então 𝑦 = 𝑥 − 5 ⟶ 0
𝑦+5 𝑦 𝑦
ln(𝑦 + 5) − ln 5 ln ln (1 + ) 1 ln (1 + ) 1 1
5 5 5
lim = lim = lim 5 = . lim 𝑦 = . 1 = ∎
𝑥→5 𝑥−5 𝑦→0 𝑦 𝑦→0 .𝑦 5 𝑦→0 5 5
5 5

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1. Calcule os limites seguintes

40
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

ln(5 − 𝑥) 1 1+𝑥 𝑥2 − 1
𝐚) lim ; 𝐛) lim . ln √ ; 𝐜) lim ;
𝑥→4 𝑥 − 4 𝑥→0 𝑥 1−𝑥 𝑥→1 ln 𝑥

ln(𝑥 2 + 1)
𝐝) lim [𝑥 − ln(3𝑒 𝑥 − 1)] ; 𝐞) lim .
𝑥→+∞ 𝑥→0 1 − √𝑥 2 + 1

10.3 Limite de funções trigonométricas


De uma maneira geral a resolução dos limites trigonométricos tem como base o seguinte
conhecimento:
─ O limite do seno de um ângulo a dividir pelo próprio ângulo, quando o seno e o ângulo
são infinitésimos é igual á unidade (1).
Seja 𝑓(𝑥), e 𝑓(𝑥) ⟶ 0 quando 𝑥 ⟶ 𝑎 ∈ ℝ. Então:
sen[𝑓(𝑥)] sen𝑥
lim = 1; lim = 1 ⇒ Limite fundamental trigonométrico
𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) 𝑥→0 𝑥

Exemplos:
𝜋
sen(4𝑥) sen (𝑥 − )
2
lim = 1; lim𝜋 𝜋 = 1.
𝑥→0 4𝑥 𝑥→
2
𝑥−
2

EXERCÍCIOS: Calcule os seguintes limites


sen(3𝑥) sen(3.0) sen 0 0
1) lim = = =
𝑥→0 𝑥 0 0 0
Para obter o seno de um ângulo a dividir pelo próprio ângulo, multiplicamos e dividimos
a função por 3:
sen(3𝑥) sen(3𝑥) 3 sen(3𝑥)
lim = lim . = 3. lim = 3.1 = 3 ∎
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 3 𝑥→0 3𝑥

sen(5𝑥) sen(5.0) sen 0 0


2) lim = = =
𝑥→0 7𝑥 7.0 0 0
sen(5𝑥) sen(5𝑥) 5 5 sen(5𝑥) 5 5
lim = lim . = . lim = .1 = ∎
𝑥→0 7𝑥 𝑥→0 7𝑥 5 7 𝑥→0 5𝑥 7 7

sen(3𝑥) sen(3.0) sen 0 0


3) lim = = =
𝑥→0 sen(5𝑥) sen(5.0) sen 0 0
sen(3𝑥) sen(3𝑥) sen(3𝑥)
sen(3𝑥) lim 3. lim
3 𝑥→0 3.1 3
𝑥 𝑥→0 3𝑥 3𝑥
lim = lim sen(5𝑥) = sen(5𝑥)
= . = = ∎
𝑥→0 sen(5𝑥) 𝑥→0 lim 5. 5 lim sen(5𝑥) 5.1 5
𝑥 𝑥→0 5𝑥 𝑥→0 5𝑥

41
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

sen 𝑥 + sen 3𝑥 0
4) lim =
𝑥→0 sen 3𝑥 + sen 5𝑥 0
A resolução de limites de funções trigonométricas em alguns casos requer aplicação de
fórmulas trigonométricas, como por exemplo, transformar a soma ou diferença em
produto:
𝛼+𝛽 𝛼−𝛽
sen 𝛼 + sen 𝛽 = 2. sen ( ) . cos ( )
2 2
𝛼−𝛽 𝛼+𝛽
sen 𝛼 − sen 𝛽 = 2. sen ( ) . cos ( )
2 2
𝛼+𝛽 𝛼−𝛽
cos 𝛼 + cos 𝛽 = 2. cos ( ) . cos ( )
2 2
𝛼+𝛽 𝛼−𝛽
cos 𝛼 − cos 𝛽 = −2. sen ( ) . sen ( )
2 2
Levantamento da indeterminação:
𝑥+3𝑥 𝑥−3𝑥
sen 𝑥 + sen 3𝑥 2. sen ( ) . cos ( ) 2. sen(2𝑥). cos(−𝑥)
2 2
lim = lim 3𝑥+5𝑥 3𝑥−5𝑥
= lim
𝑥→0 sen 3𝑥 + sen 5𝑥 𝑥→0
2. sen ( ) . cos ( ) 𝑥→0 2. sen(4𝑥) . cos(−𝑥)
2 2
1 sen(2𝑥)
sen(2𝑥) sen(2𝑥) 4𝑥 2 . 𝑥→0
lim
2𝑥 1
= lim = lim . = sen(4𝑥)
= ∎
𝑥→0 sen(4𝑥) 𝑥→0 sen(4𝑥) 4𝑥 lim 2
𝑥→0 4𝑥

𝐎𝐛𝐬. : ou usar a transformação sen(4𝑥) = 2. sen(2𝑥) . cos(2𝑥)


sen(2𝑥) sen(2𝑥) 1 1 1
lim = lim = . lim = ∎
𝑥→0 sen(4𝑥) 𝑥→0 2. sen(2𝑥 ). cos(2𝑥) 2 𝑥→0 cos(2𝑥) 2

sen 𝑥 − sen 𝑎 0
5) lim =
𝑥→𝑎 𝑥−𝑎 0
𝑥−𝑎 𝑥+𝑎 𝑥−𝑎
sen 𝑥 − sen 𝑎 2. sen ( ) . cos ( ) sen ( ) 𝑥+𝑎
2 2 2
lim = lim = lim 𝑥−𝑎 . lim cos ( )
𝑥→𝑎 𝑥−𝑎 𝑥→𝑎 𝑥−𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 2
2
𝑎+𝑎
= 1. cos ( ) = 1. cos 𝑎 = cos 𝑎 ∎
2

1 − cos 𝑥 1 − cos 0 1 − 1 0
6) lim = = =
𝑥→0 𝑥2 0 0 0
0+𝑥 0−𝑥
1 − cos 𝑥 cos 0 − cos 𝑥 −2. sen ( ) . sen ( )
2 2
lim = lim = lim
𝑥→0 𝑥2 𝑥→0 𝑥2 𝑥→0 𝑥2

42
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
𝑥 −𝑥 𝑥 𝑥
sen ( ) . sen ( ) sen ( ) . [− sen ( )]
2 2 2 2
= −2. lim = − lim 𝑥
𝑥→0 𝑥2 𝑥→0 .𝑥
2
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
sen ( ) sen ( ) sen ( ) 1 sen ( ) 1 1
2 2 2 2
= lim 𝑥 . lim 2 = 1. lim 𝑥 = . lim 𝑥 = .1 = ∎
𝑥→0 𝑥→0 .𝑥 𝑥→0 2. 2 𝑥→0 2 2
2 2 2 2

ou usar a transformação: 1 − cos 𝑥 = 2. sen2 𝑥


𝑥 𝑥 𝑥
1 − cos 𝑥 2. sen2 ( ) sen2 ( ) 1 sen2 ( ) 1
2 2 2
lim 2
= lim 2
= lim 2 = . 𝑥→0
lim 2 =
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 2 𝑥 2
2. ( ) ( )
2 2
3𝜋 𝜋
cos(3𝑥) − cos 𝑥 cos − cos 0−0 0
2 2
7) lim𝜋 = 5𝜋 3𝜋 = =
𝑥→ cos(5𝑥) − cos(3𝑥) cos − cos 0 − 0 0
2
2 2
3𝑥+𝑥 3𝑥−𝑥
cos(3𝑥) − cos 𝑥 −2. sen ( ) . sen ( ) −2. sen(2𝑥) . sen 𝑥
2 2
lim𝜋 = lim𝜋 = lim
) 𝑥→2 −2. sen(4𝑥) . sen 𝑥
5𝑥+3𝑥 5𝑥−3𝑥
𝑥→ cos(5𝑥) − cos(3𝑥)
𝜋
𝑥→ −2. sen ( ) . sen (
2 2
2 2

sen(2𝑥) sen(2𝑥) 1 1 1 1 1
= lim𝜋 = lim𝜋 = . lim𝜋 = . = −
𝑥→ sen(4𝑥 ) 𝑥→ 2. sen(2𝑥 ). cos(2𝑥 ) 2 𝑥→ 2 cos(2𝑥) 2 cos (2. 𝜋) 2
2 2
2
sen(4𝑥) sen(4.0) 0
8) lim = =
𝑥→0 tg(2𝑥) tg(2.0) 0
sen(4𝑥) sen(4𝑥) sin(2𝑥) . sen(4𝑥) sen(4𝑥)
lim = lim sen(2𝑥) = lim = lim cos(2𝑥) . lim
𝑥→0 tg(2𝑥) 𝑥→0 𝑥→0 sen 2𝑥 𝑥→0 𝑥→0 sen(2𝑥)
cos(2𝑥)
sen(4𝑥)
4. 4
4𝑥
= 1. lim sen(2𝑥)
= =2
𝑥→0 2. 2
2𝑥

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
Calcule os limites
sen 3𝑥 + sen 𝑥 cos 𝑥 − sen 𝑥
𝟏. lim ; 𝟐. lim 𝑥. cotg 𝑥 ; 𝟑. lim ;
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥→0 1 − tg 𝑥
cos 𝑥 − cos 5 cos 𝑥 − cos 3𝑥 sen 𝑥 − cos 𝑥
𝟒. lim ; 𝟓. lim ; 𝟔. lim𝜋 ;
𝑥→0 𝑥−5 𝑥→0 𝑥2 𝑥→
2
cos 2𝑥
1 − cos 2𝑥 tg 𝑥 − sen 𝑥 1 − √cos 𝑥
𝟕. lim ; 𝟖. lim ; 𝟗. lim ;
𝑥→0 cos 7𝑥 − cos 3𝑥 𝑥→0 𝑥(1 − cos 𝑥) 𝑥→0 𝑥2

43
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

√1 + sen 𝑥 − √1 − sen 𝑥 1 − sen3 𝑥 6𝑥 + sen 2𝑥


𝟏𝟎. lim ; 𝟏𝟏. lim𝜋 ; 𝟏𝟐. lim .
𝑥→0 𝑥 𝑥→ cos 1 − sen 𝑥
2
𝑥→0 2𝑥 + 3 sin 4𝑥

8. Continuidade de uma função num ponto (Revisão)


Definição: Seja 𝒂 um ponto do domínio de uma função 𝑓. Dizemos que 𝑓 é contínua no
ponto 𝑥 = 𝒂, se e somente se:
𝟏) 𝑓(𝑎) existe e é finito;
𝟐) lim+ 𝑓(𝑥) = lim− 𝑓(𝑥) = 𝑓 (𝑎).
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Nota: Se uma das condições não se verificar para 𝑥 = 𝒂, a função diz-se descontínua nesse
ponto.
As descontinuidades classificam-se em:
Descontinuidade de 𝟏ª espécie, se 𝑓 (𝑎) = ∞
Descontinuidade de 𝟐ª 𝐞𝐬𝐩é𝐜𝐢𝐞, se lim− 𝑓(𝑥) ≠ lim+ 𝑓(𝑥)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Descontinuidade 𝐫𝐞𝐦𝐨𝐯í𝐯𝐞𝐥 𝐨𝐮 𝐞𝐯𝐢𝐭á𝐯𝐞𝐥, se lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) ≠ 𝑓(𝑎)


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎

Exemplo 1: Analise a continuidade das funções.


𝑥−1
𝐚) 𝑓(𝑥) = , no ponto 𝑥 = 2
𝑥−2
2−1 1
𝐑𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨: 𝟏) 𝑓(2) = = = ∞. 𝑓(2) não é finito.
2−2 0
A função é descontínua no ponto 𝑥 = 2. Descontinuidade de 1ª espécie.

2𝑥 2 + 1 , 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 1
𝐛) 𝑓 (𝑥) = { , no ponto 𝑥 = 1
3, 𝑠𝑒 𝑥 = 1
𝐑𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨: 𝟏) 𝑓(1) = 3. 𝑓(1) existe e é finito;
𝟐) Vamos recorrer aos limites laterais, embora esse caso não fosse necessário
(mesma função definida a direita e a esquerda de 1):
lim (2𝑥 2 + 1) = lim[2(1 − 𝜀)2 + 1] = lim[2 − 4𝜀 + 2𝜀 2 + 1] = 3;
𝑥→1−𝜀 𝜀→0 𝜀→0
lim (2𝑥 2 + 1) = lim[2(1 + 𝜀)2 + 1] = lim[2 + 4𝜀 + 2𝜀 2 + 1] = 3;
𝑥→1+𝜀 𝜀→0 𝜀→0
Como, lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑓(𝑥) = 𝑓 (1), concluimos que 𝑓 é contínua no ponto 𝑥 = 1.
𝑥→1−𝜀 𝑥→1+𝜀

𝐜) 𝑓(𝑥) = |𝑥 + 2|, no ponto 𝑥 = −2


𝐑𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨: Aplicando a definição de módulo na função 𝑓 (𝑥) = |𝑥 − 2|, temos:
𝑥+2, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ −2
𝑓 (𝑥 ) = {
−𝑥 − 2 , 𝑠𝑒 𝑥 < −2

44
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝟏) 𝑓(−2) = −2 + 2 = 0. 𝑓(−2) existe e é finito;


𝟐) lim (−𝑥 − 2) = lim[−(−2 − 𝜀) − 2] = lim[2 + 𝜀 − 2] = 0
𝑥→−2−𝜀 𝜀→0 𝜀→0

lim (𝑥 + 2) = lim[(−2 + 𝜀) + 2] = lim[−2 + 𝜀 + 2] = 0


𝑥→−2+𝜀 𝜀→0 𝜀→0

Como, lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(−2), então 𝑓 é contínua no ponto 𝑥 = −2.
𝑥→1−𝜀 𝑥→1+𝜀

Exemplo 2: Pesquise a continuidade da função 𝑓(𝑥) no ponto 𝑥 = 𝑎.


sen 𝑥 − sen 𝑎
, se 𝑥 ≠ 𝑎
𝑓 (𝑥 ) = { 𝑥−𝑎
cos(𝑎) , se 𝑥 = 𝑎
𝐑𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨: 𝟏) 𝑓(𝑎) = cos 𝑎 . 𝑓(𝑎) existe e é finito;
𝑥−𝑎 𝑥+𝑎 𝑥+𝑎 𝑥−𝑎
sen 𝑥 − sen 𝑎 2. sen ( ) . cos ( ) sen ( ) . cos ( )
2 2 2 2
𝟐) lim = lim = lim 𝑥−𝑎
𝑥→𝑎 𝑥−𝑎 𝑥→𝑎 𝑥−𝑎 𝑥→𝑎
2
𝑥−𝑎
sen ( ) 𝑥+𝑎 2𝑎
2
= lim 𝑥−𝑎 . lim cos ( ) = 1. cos ( ) = cos(𝑎)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 2 𝑎
2

Como, lim 𝑓(𝑥) = 𝑓 (𝑎), então 𝑓 é contínua no ponto 𝑥 = 𝑎.


𝑥→𝑎

Exemplo 3: Estude a continuidade da função.


1
(𝑥 − 1). , se 𝑥 ≠ 1
𝑓 (𝑥 ) = { 𝑒 𝑥−1
0, se 𝑥 = 1
𝐑𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨: 𝟏) 𝑓(1) = 0. 𝑓(1) existe e é finito;
1
𝟐) A função 𝑓(𝑥) = (𝑥 − 1). 𝑥−1 está defida a direita e a esqueda de 1.
𝑒
1 1 1
lim(𝑥 − 1). 𝑥−1 = (1 − 1). 1−1 = 0. 0 = 0;
𝑥→1 𝑒 𝑒 𝑒
lim 𝑓(𝑥) = 𝑓 (1). A função é contínua no ponto 𝑥 = 1.
𝑥→1

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1. Determine o valor de 𝑘 para que a função seja contínua.
𝑒 4𝑥 , se 𝑥 ≠ 0
𝑓 (𝑥 ) = { seja contínua em 𝑥 = 0.
𝑘 3 − 7 , se 𝑥 = 0

45
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Teorema de Bolsano: Uma função real de variável real 𝑓(𝑥), contínua em todos os pontos
do intervalo limitado e fechado [𝑎 , 𝑏], e tal que 𝑓(𝑎) × 𝑓 (𝑏) < 0, admite pelo menos um
zero em [𝑎 , 𝑏].
Exemplo 1: Considere a função definida da seguinte forma:

𝑥 2 − 3𝑥 + 1 , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 < 2
𝑓 (𝑥 ) = { 𝑥
, 𝑠𝑒 2 ≤ 𝑥 ≤ 3
𝑥−4
Verifique se a função 𝑓(𝑥) está nas condições do teorema de Bolsano. Se possível,
determine um zero de 𝑓(𝑥).
Resolução: A função 𝑓(𝑥) para estar nas condições do teorema de Bolsano, tem que ser
contínua no intervalo [0 , 3]. Vamos fazer o estudo da função no ponto 𝑥 = 2
(ponto de ligação dos dois ramos).
2
𝑓 (2) = = −1
2−4
lim 𝑓(𝑥) = lim (𝑥 2 − 3𝑥 + 1) = lim[(2 − 𝜀)2 − 3(2 − 𝜀) + 1] = 4 − 6 + 1 = −1
𝑥=2−𝜀 𝑥=2−𝜀 𝜀→0
𝑥 2+𝜀 2+𝜀 2+0
lim 𝑓(𝑥) = lim = lim = lim = = −1
𝑥=2+𝜀 𝑥=2+𝜀 𝑥 − 4 𝜀→0 (2 + 𝜀) − 4 𝜀→0 2 + 𝜀 − 4 2+0−4
A função é contínua no ponto 𝑥 = 2.
A função é contínua no intervalo [0 , 3], portanto, cumpre as condições do teorema de
Bolsano.
Agora, verifica o valor da função nos extremos do intervalo:
3
𝑓(0) = 02 − 3.0 + 1 = 1 > 0; 𝑓 (3) = = −1 < 0.
3−4
Como 𝑓 (0) × 𝑓 (3) < 0, então existe pelo menos um ponto do intervalo [0 , 3], onde a
função é igual a zero (sempre que possível, buscar o intervalo de menor amplitude).
Como 𝑓 (1) = −1 < 0, podemos garantir que existe pelo menos um zero da função 𝑥 2 −
3𝑥 + 1 em [0 , 1]. Igualando esta função zero:
3 ± √5 0,8 5,2
𝑥 2 − 3𝑥 + 1 = 0 ⟹ 𝑥 = ⟺ 𝑥≅ ∨ 𝑥≅ .
2 2 2

Exemplo 2: Considere a função, 𝑓 (𝑥) = −𝑥 3 + 3𝑥 − 5, e prove segundo o teorema de


Bolsano que a função admite pelo menos um zero. Diga se o zero é positivo ou negativo.

46
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Resolução: A função é definida de ]−∞ ; +∞[. Agora determinar o sinal que a função tem
nos extremos do intervalo.
𝑓(−∞) > 0 ; 𝑓 (+∞) < 0, portanto, 𝑓(−∞) × 𝑓 (+∞) < 0, logo existe pelo
menos um zero neste intervalo.
Para sabermos se o zero é positivo ou negativo vamos calcular 𝑓(0).
𝑓 (0) = −5 < 0. 𝑓(−∞). 𝑓(0) < 0, existe um zero no intervalo ]−∞ ; 0]. A função
admite um zero negativo.
9. Derivadas de funções exponenciais, logaritmicas e trigonométricas
Derivada de uma função num ponto (declive de uma curva num ponto)
Definição: A derivada de uma função 𝑦 = 𝑓 (𝑥) no ponto 𝑥 = 𝑥0 , é o declive da tangente à
curva nesse ponto (tangente trigonométrica do ângulo 𝛼), ou o limite da razão incremental
quando o acréscimo dado à variável independente tende para zero (se esse limite existir,
finito ou infinito com sinal determinado).
A derivada de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) no ponto 𝑥 = 𝑥0 , é representada pelos símbolos:
𝑑𝑦
𝑦 ′ (𝑥0 ), 𝑓 ′ (𝑥0 ), ( ) ,…
𝑑𝑥 𝑥=𝑥0
𝑓(𝑥) − função (curva da função);
̅̅̅̅ − recta secante á curva da função;
𝑃𝑄
𝑠 − recta tangente á curva da função no ponto P;
∆𝑥 − incremento dado a variável independente;
∆𝑦 − incremento que resulta para função;
∆𝑦 𝑓(𝑥1 ) − 𝑓(𝑥0 )
= − declive da secante ̅̅̅̅
PQ;
∆𝑥 𝑥1 − 𝑥0

Portanto, a derivada da função no ponto 𝑥 = 𝑥0 , é dada pela expressão:


𝑓(𝑥1 ) − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim = tg 𝛼
𝑥1 →𝑥0 𝑥1 − 𝑥0

Fazendo: 𝑥1 − 𝑥0 = ℎ ⟹ 𝑥1 = 𝑥0 + ℎ, como 𝑥1 ⟶ 𝑥0 ⟹ ℎ ⟶ 0, sendo assim,


𝑓(𝑥0 + ℎ) − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim = tg 𝛼
ℎ→0 ℎ

47
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Nota: Se 𝑦 = 𝑓 (𝑥) é uma função contínua no intervalo [𝑎 ; 𝑏] e admite derivada finita ou


infinita com sinal determinado no intervalo ]𝑎 ; 𝑏[, então, a derivada genérica desta
função, para todo e qualquer 𝑥 pertencente a este intervalo, é a dada pela expressão:
𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = lim
ℎ→0 ℎ

Regras de derivação
1. Derivada de uma função constante:
Se 𝑓 (𝑥) = 𝑘, 𝑘 é uma constante real, então 𝑓 ′ (𝑥) = 0.
𝑓 ( 𝑥 + ℎ ) − 𝑓 (𝑥 ) 𝑘−𝑘
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim = lim 0 = 0
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0

2. Derivada da variável independente:


Se 𝑓 (𝑥) = 𝑥, então 𝑓 ′ (𝑥) = 1.
𝑓 ( 𝑥 + ℎ ) − 𝑓 (𝑥 ) 𝑥+ℎ−𝑥 ℎ
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim = lim = 1.
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

3. Derivada de uma soma de funções:


Se 𝑓 (𝑥) = 𝑔(𝑥) + 𝑚(𝑥), então, 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑔′ (𝑥) + 𝑚′ (𝑥).
𝑓 ( 𝑥 + ℎ ) − 𝑓 (𝑥 ) 𝑔 (𝑥 + ℎ ) + 𝑚 (𝑥 + ℎ ) − 𝑔 (𝑥 ) − 𝑚 (𝑥 )
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
𝑔 ( 𝑥 + ℎ ) − 𝑔 (𝑥 ) 𝑚 ( 𝑥 + ℎ ) − 𝑚 (𝑥 )
= lim + lim = 𝑔 ′ (𝑥 ) + 𝑚 ′ (𝑥 )
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

Na generalidade, se 𝑦 = 𝑢 + 𝑣, 𝑢 = 𝑢(𝑥) 𝑒 𝑣 = 𝑣(𝑥), então: 𝑦 ′ = 𝑢 ′ + 𝑣 ′

4. Derivada do produto de uma constante pela variável independente:


Se 𝑓 (𝑥) = 𝑘𝑥 (𝑘 constante), então: 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑘.
𝑘 (𝑥 + ℎ) − 𝑘𝑥 𝑘𝑥 + 𝑘ℎ − 𝑘𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim = 𝑘.
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

5. Derivada do produto de uma constante por uma função:


Se 𝑓 (𝑥) = 𝑘. 𝑢 (𝑘 constante, 𝑢 função de 𝑥), então: 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑘. 𝑢′
𝑘. 𝑢(𝑥 + ℎ) − 𝑘. 𝑢(𝑥) 𝑘[𝑢(𝑥 + ℎ) − 𝑢(𝑥)]
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim = 𝑘. 𝑢′
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

6. Derivada do produto:

48
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Se 𝑓 (𝑥) = 𝑔(𝑥). 𝑚(𝑥), então: 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑔′ (𝑥). 𝑚(𝑥) + 𝑔(𝑥). 𝑚′ (𝑥)


𝑔(𝑥 + ℎ). 𝑚(𝑥 + ℎ) − 𝑔(𝑥). 𝑚(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = lim
ℎ→0 ℎ
Subtraindo e somando, 𝑚(𝑥 + ℎ). 𝑔(𝑥):
𝑔(𝑥 + ℎ). 𝑚(𝑥 + ℎ) − 𝑚(𝑥 + ℎ). 𝑔(𝑥) + 𝑚(𝑥 + ℎ). 𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑥). 𝑚(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = lim
ℎ→0 ℎ
𝑔 (𝑥 + ℎ ) − 𝑔 (𝑥 ) 𝑚 (𝑥 + ℎ ) − 𝑚 (𝑥 )
= lim . 𝑚(𝑥 + ℎ) + lim 𝑔(𝑥).
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
= 𝑔 ′ (𝑥 ). 𝑚 (𝑥 ) + 𝑔 (𝑥 ) . 𝑚 ′ (𝑥 )
Fazendo 𝑦 = 𝑢. 𝑣, 𝑢 = 𝑢(𝑥) 𝑒 𝑣 = (𝑥), então: 𝑦 ′ = 𝑢′ . 𝑣 + 𝑢. 𝑣 ′
De igual modo, 𝑦 = 𝑢. 𝑣. 𝑤, então: 𝑦 ′ = 𝑢′ . 𝑣. 𝑤 + 𝑢. 𝑣 ′ . 𝑤 + 𝑢. 𝑣. 𝑤 ′

7. Derivada do quociente:
𝑢 𝑢′ . 𝑣 − 𝑢. 𝑣 ′
Se 𝑦 = , 𝑢 = 𝑢 (𝑥) e 𝑣 = 𝑣 (𝑥), então: 𝑦 ′ =
𝑣 𝑣2

8. Derivada de uma potência de expoente natural.


Se 𝑦 = 𝑢𝑛 , 𝑛 ∈ ℕ , então: 𝑦 ′ = 𝑛. 𝑢𝑛−1 . 𝑢′ ; 𝑦 = 𝑥 𝑛 ,, então 𝑦 ′ = 𝑛𝑥 𝑛−1

9. Derivada da função irracional (potência de expoente fraccionário):


𝑛
1

𝑢′ 𝑛 1
𝑦 = √𝑢 = 𝑢 , então: 𝑦 =
𝑛
𝑛 ; 𝑦 = √𝑥 , então: 𝑦 ′ = 𝑛
𝑛. √𝑢𝑛−1 𝑛. √𝑥 𝑛−1
𝑛 1 𝑛 𝑝. 𝑢′
𝑦 = √𝑥 , então: 𝑦 ′ = 𝑛 ; 𝑦 = √𝑢𝑝 , então: 𝑦 ′ = 𝑛
𝑛. √𝑥 𝑛−1 𝑛. √𝑢𝑛−𝑝

10. Derivada da função composta (regra da cadeia):


𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑢
𝑦 ′ (𝑥 ) = 𝑦 ′ (𝑢 ). 𝑢 ′ (𝑥 ) ; ou 𝑦 = 𝑢(𝑥), então: = .
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥

11. Derivada da função inversa:


Seja 𝑦 = 𝑓(𝑥), função injectiva e diferenciável num intervalo, então, 𝑥 = 𝑓 −1 (𝑦) é a
função inversa. A derivada da função inversa:
1 𝑑𝑥 1
[𝑓 −1 (𝑦)]′ = ou [𝑓 −1 (𝑦)]′ = = 𝑑𝑦
𝑓 ′ (𝑥) 𝑑𝑦
𝑑𝑥

12. Outras derivadas:

49
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝐈. 𝑦 = 𝑒 𝑥 , então: 𝑦 ′ = 𝑒 𝑥 ; 𝑦 = 𝑎 𝑥 , então: 𝑦 ′ = 𝑎 𝑥 . ln 𝑎
𝑦 = 𝑢𝑣 , (𝑢 𝑒 𝑣 funções de 𝑥), então: 𝑦 ′ = 𝑢𝑣 . 𝑣 ′ . ln 𝑢 + 𝑣. 𝑢𝑣−1 . 𝑢′

𝑢′ ′
1
𝐈𝐈. 𝑦 = ln 𝑢 , u > 0, então: 𝑦 = ; 𝑦 = ln 𝑥 , então: 𝑦 ′ =
𝑢 𝑥
′ ′
1 𝑢 𝑢
𝑦 = log10 𝑢 , então: 𝑦 ′ = . =
ln 10 𝑢 𝑢. ln 10

𝐈𝐈𝐈. 𝑦 = sen 𝑢 , então: 𝑦 ′ = 𝑢′ . cos 𝑢 ; 𝑦 = cos 𝑢 , então: 𝑦 ′ = −𝑢′ . sen 𝑢


𝑦 = tg 𝑢 , então: 𝑦 ′ = 𝑢′ . sec 2 𝑢 ; 𝑦 = cotg 𝑢 , então: 𝑦 ′ = −𝑢′ . cosec 2 𝑢

′ ′ ′
𝑢′
𝑦 = sec 𝑢 , então: 𝑦 = 𝑢 . sec 𝑢 . tg 𝑢 ; 𝑦 = arcsen 𝑢 , então: 𝑦 =
√1 − 𝑢2
𝑢′

𝑢′
𝑦 = arctg 𝑢 , então: 𝑦 = ; 𝑦 = arcsec 𝑢 , então: 𝑦 ′ =
1 + 𝑢2 |𝑢|. √𝑢2 − 1

𝑢′
𝑦 = arccossec 𝑢 , então: 𝑦 = − ; |𝑢| > 1.
|𝑢|. √𝑢2 − 1
𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥 ′
𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥
𝑦 = cosh 𝑥 = , então: 𝑦 = = senh 𝑥
2 2
𝑦 = cosh 𝑢 , então: 𝑦 ′ = 𝑢′ . senh 𝑢
𝑒 𝑥 − 𝑒 −𝑥 𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥
𝑦 = senh 𝑥 = , então: 𝑦 ′ = = cosh 𝑥
2 2
𝑦 = senh 𝑢 , então: 𝑦 ′ = 𝑢′ . cosh 𝑢

10.3 Derivada da função exponencial


Proposição: se 𝑓 (𝑥) = 𝑎 𝑥 , (𝑎 > 0 𝑒 𝑎 ≠ 1), então: 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑎 𝑥 . ln 𝑎
Pelas propriedades e regras de derivação temos:
𝑦 = 𝑎 𝑥 ⟹ ln 𝑦 = ln 𝑎 𝑥
(ln 𝑦)′ = (ln 𝑎 𝑥 )′ ⟹ (ln 𝑦)′ = (𝑥. ln 𝑎)′
𝑦′ 𝑦′
= 𝑥 ′ . ln 𝑎 + 𝑥. (ln 𝑎)′ ⟹ = 1. ln 𝑎 + 𝑥. 0
𝑦 𝑦
𝑦′
= ln 𝑎 ⟹ 𝑦 ′ = 𝑦. ln 𝑎 ⟹ 𝑦 ′ = 𝑎 𝑥 . ln 𝑎
𝑦

Segundo a definição:

50
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

′(
𝑎 𝑥+ℎ − 𝑎 𝑥 𝑎 𝑥 (𝑎ℎ − 1) 𝑥
𝑎ℎ − 1
𝑓 𝑥) = lim = lim = lim 𝑎 . lim = 𝑎 𝑥 . ln 𝑎
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ→0 ℎ
Caso particular: se 𝑓 (𝑥) = 𝑒 𝑥 , então: 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑒 𝑥 . ln 𝑒 = 𝑒 𝑥

𝑎𝑥 − 1
𝐍𝐨𝐭𝐚: lim = ln 𝑎 , é uma consequência do limite fundamental trigonométrico.
𝑥→0 𝑥

10.3 Derivada da função logarítmica


1
𝐏𝐫𝐨𝐩𝐨𝐬𝐢çã𝐨: Se 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 , (𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1), então: 𝑓 ′ (𝑥) = .
𝑥. ln 𝑎
Aplicando as propriedades e regras de derivação, temos:
def.
𝑦 = log 𝑎 𝑥 ⇒ 𝑎 𝑦 = 𝑥 ⟹ ln 𝑎 𝑦 = ln 𝑥
1
(ln 𝑎 𝑦 )′ = (ln 𝑥)′ ⟹ (𝑦. ln 𝑎)′ = (ln 𝑥)′ ⟹ 𝑦 ′ . ln 𝑎 + 𝑦. (ln 𝑎)′ =
𝑥
1 1
𝑦 ′ . ln 𝑎 = ⟹ 𝑦′ =
𝑥 𝑥. ln 𝑎
𝑢′
se 𝑦 = log 𝑎 𝑢 , 𝑢 = 𝑢(𝑥) então: 𝑦 ′ =
𝑢. ln 𝑎
Ou ainda:
𝑦 = 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 , é função inversa da função exponencial, 𝑥 = 𝑓 −1 (𝑦) = 𝑎 𝑦
Usando o resultado da derivada da função inversa, calculamos 𝑓 ′ (𝑥):
1 1 1
𝑓 ′ (𝑥 ) = = =
(𝑓 −1 )′ (𝑦) 𝑎 𝑦 . ln 𝑎 𝑥. ln 𝑎
Pela definição:
𝑥+ℎ
log 𝑎 (𝑥 + ℎ) − log 𝑎 𝑥 log 𝑎 ( ) 1 𝑥+ℎ
′( ) 𝑥
𝑓 𝑥 = lim = lim = lim . log 𝑎 ( )
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ 𝑥
1 1
𝑥+ℎ ℎ ℎ ℎ 1 1 1
= lim log 𝑎 ( ) = log 𝑎 [lim (1 + ) ] = log 𝑎 𝑒 𝑥 = . log 𝑎 𝑒 =
ℎ→0 𝑥 ℎ→0 𝑥 𝑥 𝑥. ln 𝑎

𝑥′ ′( ′
𝑥′ 1
Caso particular: se 𝑓(𝑥) = ln 𝑥 , então: 𝑓 𝑥) = ⟹ 𝑓 (𝑥 ) = =
𝑥. ln 𝑒 𝑥 𝑥

51
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

10.3 Derivada de funções trigonométricas


𝐏𝐫𝐨𝐩𝐨𝐬𝐢çã𝐨:
1. 𝑦 = sen 𝑥 , então: 𝑦 ′ = 𝑥 ′ . cos 𝑥 = 1. cos 𝑥 = cos 𝑥
Aplicando a definição:
𝑥+ℎ−𝑥 𝑥+ℎ+𝑥
sen(𝑥 + ℎ) − sen 𝑥 2. sen ( ) . cos ( )
2 2
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
ℎ 2𝑥+ℎ ℎ
2. sen ( ) . cos ( ) sen ( ) 2𝑥 + ℎ
2 2 2
= lim == lim ℎ . lim cos ( )
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ→0 2
2
= 1. cos 𝑥 = cos 𝑥
2. 𝑦 = cos 𝑥 , então: 𝑦 ′ = 𝑥 ′ . (−sen 𝑥) = 1. (−sen 𝑥) = − sen 𝑥
Aplicando a definição:
𝑥+ℎ−𝑥 𝑥+ℎ+𝑥
cos(𝑥 + ℎ) − cos 𝑥 −2. sen ( ) . sen ( )
′( ) 2 2
𝑓 𝑥 = lim = lim
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
ℎ 2𝑥+ℎ ℎ
2. sen ( ) . sen ( ) sen ( ) 2𝑥 + ℎ
2 2 2
= − lim = − lim ℎ . sen ( )
ℎ→0 ℎ ℎ→0 2
2
= −1. sen 𝑥 = − sen 𝑥

sen 𝑥
3. 𝑦 = tg 𝑥 = , aplicando regras de derivação:
cos 𝑥

(sen 𝑥)′ . cos 𝑥 − sen 𝑥 . (cos 𝑥)′ cos2 𝑥 + sen2 𝑥 1


𝑦′ = 2
= 2
= 2
= sec 2 𝑥
cos 𝑥 cos 𝑥 cos 𝑥

cos 𝑥
4. 𝑦 = cotg 𝑥 = , aplicando regras de derivação:
sen 𝑥


(cos 𝑥)′ . sen 𝑥 − cos 𝑥 . (sen 𝑥)′ − sen2 𝑥 − cos 2 𝑥 1
𝑦 = = = −
sen2 𝑥 sen2 𝑥 sen2 𝑥
= − cossec 2 𝑥

1
5. 𝑦 = sec 𝑥 = , aplicando regras de derivação:
cos 𝑥


(1)′ . cos 𝑥 − 1. (cos 𝑥)′ 0. cos 𝑥 − 1. (−sen) 𝑥 1 sen 𝑥
𝑦 = = = .
cos2 𝑥 cos2 𝑥 cos 𝑥 cos 𝑥
= sec(𝑥). tg(𝑥)

6. 𝑦 = arcsen 𝑥 ⟹ sen 𝑦 = 𝑥, então: (sen 𝑦)′ = 𝑥 ′ ⟹ 𝑦 ′ . cos 𝑦 = 1

52
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
1 1 1
𝑦′ = = = (aplicação da derivada da função inversa)
cos 𝑦 √1 − sen2 𝑦 √1 − 𝑥 2

7. 𝑦 = arccos 𝑥 ⟹ cos 𝑦 = 𝑥, então: (cos 𝑦)′ = 𝑥 ′ ⟹ −𝑦 ′ . sen 𝑦 = 1


1 1 1
𝑦′ = − =− =−
sen 𝑦 √1 − cos2 𝑦 √1 − 𝑥 2

8. 𝑦 = arctg 𝑥 ⟹ tg 𝑦 = 𝑥, então: (tg 𝑦)′ = 𝑥 ′ ⟹ 𝑦 ′ . sec 2 𝑦 = 1


1 1 1 1 1
𝑦′ = = 1 = cos2 y+sen2 𝑦
= =
sec 2 𝑦 1 + tg 𝑦 1 + 𝑥 2
2
cos2 𝑦 cos2 𝑦

Exemplos:
Calcule as seguintes derivadas, por regra e por definição.
1. 𝑦 = 𝑒 3𝑥
Por regra: fazendo 𝑢 = 3𝑥 ⟹ 𝑦 = 𝑒 𝑢 (regra da função composta)
𝑑𝑦 𝑑𝑢 𝑑𝑦 𝑑𝑢
𝑦′ = . , como = 𝑒𝑢 e =3
𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑑𝑢
𝑦′ = . = 𝑒 𝑢 . 3 ⟹ 𝑦 ′ = 3. 𝑒 3𝑥
𝑑𝑢 𝑑𝑥
Pela definição:

′(
𝑒 3(𝑥+ℎ) − 𝑒 3𝑥 𝑒 3𝑥 (𝑒 3ℎ − 1) 3𝑥
𝑒 3ℎ − 1
𝑓 𝑥) = lim = lim = lim 𝑒 . lim 3ℎ = 3. 𝑒 3𝑥
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ→0
3

𝑥2 +1
2. 𝑦 = 𝑒 3

𝑥 2 +1
Por regra: fazendo 𝑢 = ⟹ 𝑦 = 𝑒 𝑢 (regra da função composta)
3
𝑑𝑦 𝑑𝑢 1
= 𝑒𝑢 e = . (2𝑥)
𝑑𝑢 𝑑𝑥 3
𝑥2 +1
𝑑𝑦 𝑑𝑢 2𝑥 2𝑥 𝑥2 +1 2𝑥. 𝑒 3
𝑦′ = . = 𝑒𝑢. ⟹ 𝑦′ = .𝑒 3 =
𝑑𝑢 𝑑𝑥 3 3 3
Pela definição:
(𝑥+ℎ)2 +1 𝑥2 +1 𝑥2 +1 2𝑥ℎ+ℎ2 𝑥2 +1 2𝑥ℎ+ℎ2
𝑒 3 −𝑒 3 𝑒 3 . (𝑒 3 − 1) 𝑒 3 . (𝑒 3 − 1)
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim = lim 2𝑥+ℎ
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0
3
ℎ. 2𝑥+ℎ
3

53
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
2
𝑥2 +1 2𝑥 + ℎ 𝑒 2𝑥ℎ+ℎ − 1 2𝑥 𝑥2+1
= lim [𝑒 3 .( )] . lim = .𝑒 3
ℎ→0 3 ℎ→0 2𝑥ℎ + ℎ2 3

3. 𝑦 = 2𝑥+1
1
Por regra: 𝑓 ′ (𝑥) = (𝑓−1)′ (regra da função inversa)
(𝑦)
ln(𝑦) − 1
ln 𝑦 = ln 2𝑥+1 ⟹ ln 𝑦 = (𝑥 + 1). ln 2 ⟹ 𝑥 = = 𝑓 −1 (𝑦)
ln 2

−1 ′
( )
ln 𝑦 − 1 [ln 𝑦 − 1] ln(2) − [ln 𝑦) − 1](ln 2)′
( ) ′ (
(𝑓 ) (𝑦 ) = ( ) = (quociente)
ln 2 [ln 2]2
1
( − 0) . ln(2) − [ln(𝑦) − 1]. 0 1
𝑦
(𝑓 −1 )′ (𝑦) = =
ln2 (2) 𝑦. ln 2
1 1
𝑓 ′ (𝑥 ) = = 1 = 𝑦. ln 2 ⟹ 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥+1 . ln 2
(𝑓 −1 )′ (𝑦)
𝑦.ln 2

Pela definição:
2(𝑥+ℎ)+1 − 2𝑥+1 2𝑥+1 . (2ℎ − 1) 2ℎ − 1
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim = 2𝑥+1 . lim = 2𝑥+1 . ln 2
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

𝑥+1
4. 𝑦 = ln ( )
𝑥−1
𝑥+1
Por regra: 𝑦 = ln ( ) , (regra da função logarítmica)
𝑥−1
𝑥+1 ′ (𝑥+1)′ .(𝑥−1)−(𝑥+1).(𝑥−1)′
( ) (𝑥−1)2 1. (𝑥 − 1) − (𝑥 + 1). 1 −2
𝑥−1
𝑓 ′ (𝑥 ) = = 𝑥+1 = =
(
𝑥+1
) . ln 𝑒 𝑥2 − 1 𝑥2 − 1
𝑥−1 𝑥−1

Ou ainda:
1
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑓−1)′ (regra da função inversa)
(𝑦)

𝑥+1 𝑥+1 𝑥+1


𝑦 = ln ( ) ⟹ 𝑒 𝑦 = 𝑒 ln(𝑥−1) ⟹ 𝑒 𝑦 = ⟹ 𝑥. 𝑒 𝑦 − 𝑒 𝑦 − 𝑥 = 1
𝑥−1 𝑥−1
𝑦
1 + 𝑒𝑦𝑦
⟹ 𝑥. (𝑒 − 1) = 1 + 𝑒 ⟹ 𝑥 = 𝑦 = 𝑓 −1 (𝑦)
𝑒 −1
(1 + 𝑒 𝑦 )′ . ( 𝑒 𝑦 − 1) − (1 + 𝑒 𝑦 ). (𝑒 𝑦 − 1)′ 𝑒 𝑦 . (𝑒 𝑦 − 1) − ( 𝑒 𝑦 + 1). 𝑒 𝑦
(𝑓 −1 )′ (𝑦) = =
(𝑒 𝑦 − 1)2 (𝑒 𝑦 − 1)2

−1 )′ (
𝑒 2𝑦 − 𝑒 𝑦 − 𝑒 2𝑦 − 𝑒 𝑦 2𝑒 𝑦
(𝑓 𝑦) = =− 𝑦
(𝑒 𝑦 − 1)2 (𝑒 − 1)2

54
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
𝑥+1 𝑥+1 2 2 2
ln( ) 2 ( − 1) ( )
1 1 (𝑒 𝑥−1 − 1) 𝑥−1 𝑥−1 −2
𝑓 ′ (𝑥 ) = = =− =− =− =
(𝑓 −1 )′ (𝑦) − 2𝑒 𝑦 ln(
𝑥+1
) 2.
𝑥+1 𝑥+1
2. 𝑥2 − 1
(𝑒 𝑦 −1)2 2𝑒 𝑥−1
𝑥−1 𝑥−1

Pela definição:
𝑥+ℎ+1
(𝑥+ℎ)+1 𝑥+ℎ−1 (𝑥+ℎ+1) (𝑥−1)
ln [(𝑥+ℎ)−1] − ln (
𝑥+1
) ln ( 𝑥+1 ) ln [ . ]
′( 𝑥−1 𝑥−1 (𝑥+1) (𝑥+ℎ−1)
𝑓 𝑥) = lim = lim = lim
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
𝑥+1+ℎ 𝑥−1 𝑥+1+ℎ 𝑥−1+ℎ −1
ln ( ) + ln ( ) ln ( ) + ln ( )
𝑥+1 𝑥−1+ℎ 𝑥+1 𝑥−1
= lim = lim
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
ℎ ℎ −1
ln (1 +
𝑥+1
) + ln (1 +
𝑥−1
) 1 ℎ 1 ℎ −1
= lim = lim . ln (1 + ) + lim . ln (1 + )
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ 𝑥+1 ℎ→0 ℎ 𝑥−1
1 1 −1
ℎ ℎ ℎ ℎ 1 1 −1
( )
= ln [lim (1 + ) ] + ln [lim (1 + ) ] = ln 𝑒 𝑥+1 + ln [𝑒 𝑥+1 ]
ℎ→0 𝑥+1 ℎ→0 𝑥−1

1 1 1 1 1 2
=( ) . ln 𝑒 − ( ) . ln 𝑒 (𝑥+1) = − =− 2
𝑥+1 𝑥+1 𝑥+1 𝑥−1 𝑥 −1

5. 𝑦 = 40. log 2 5𝑥
Por regra: 𝑦 ′ = 𝑢′ . 𝑣 + 𝑢. 𝑣 ′ (regra do produto)
(5𝑥)′ 40
𝑓 𝑥) = (40)′ . log 2 (5𝑥) + 40. [log 2 (5𝑥)]′ = 0. log 2 (5𝑥) + 40.
′(
=
5𝑥. ln 2 𝑥. ln 2
Pela definição:
5𝑥+5ℎ
40. log 2 5(𝑥 + ℎ) − 40 log 2 5𝑥 log 2 ( )
5𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = lim = 40. lim
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
1
1 ℎ ℎ ℎ 1 1
= 40. lim . log 2 (1 + ) = 40. log 2 [lim (1 + ) ] = 40. log 2 𝑒 𝑥 = 40. log 2 𝑒
ℎ→0 ℎ 𝑥 ℎ→0 𝑥 𝑥

1 1 log 𝑒 𝑒 1 1 40
= 40. log 2 𝑒 = 40. . = 40. . =
𝑥 𝑥 log 𝑒 2 𝑥 ln 2 𝑥. ln 2

cos 𝑥
6. 𝑦 =
𝑥
𝑢′ .𝑣+𝑢.𝑣 ′
Por regra: 𝑦 ′ = (regra do quociente)
𝑣2

55
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

′(
(cos 𝑥)′ . 𝑥 − (cos 𝑥 ). 𝑥 ′ (− sen 𝑥 ). 𝑥 − (cos 𝑥 ). 1 𝑥. sen 𝑥 + cos 𝑥
𝑓 𝑥) = = = −
𝑥2 𝑥2 𝑥2
Pela definição:
cos(𝑥+ℎ) cos 𝑥
− 𝑥. cos(𝑥 + ℎ) − (𝑥 + ℎ). cos 𝑥
𝑥+ℎ 𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = lim = lim
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ. (𝑥 + ℎ). 𝑥
𝑥. cos(𝑥 + ℎ) − 𝑥. cos(𝑥) − ℎ. cos(𝑥) 𝑥. [cos(𝑥 + ℎ) − cos 𝑥 ] − ℎ. cos 𝑥
= lim = lim
ℎ→0 ℎ. (𝑥 + ℎ). 𝑥 ℎ→0 ℎ. (𝑥 + ℎ). 𝑥
𝑥+ℎ−𝑥 𝑥+ℎ+𝑥
𝑥. [−2 sen ( ) . sen ( )] ℎ. cos 𝑥
2 2
= lim − lim
ℎ→0 𝑥. ℎ. (𝑥 + ℎ) ℎ→0 ℎ. (𝑥 + ℎ). 𝑥

ℎ ℎ
𝑥 sen ( ) sen (𝑥 + ) ℎ cos 𝑥 sin 𝑥 cos 𝑥
2 2
= − . lim ℎ . lim − . lim = −1. − 2
𝑥 ℎ→0 ℎ→0 (𝑥 + ℎ) ℎ ℎ→0 𝑥 2 + ℎ 𝑥 𝑥
2
sin 𝑥 cos 𝑥 𝑥. sin 𝑥 + cos 𝑥
𝑓 ′ (𝑥 ) = − − 2 =−
𝑥 𝑥 𝑥2

𝑒𝑥
7. 𝑦 = ln ( )
𝑥+1
𝑒𝑥 ′ (𝑒 𝑥 )′ .(𝑥+1)−𝑒 𝑥 .(𝑥+1)′ 𝑒 𝑥 .(𝑥+1)−𝑒 𝑥 .1
( ) (𝑥+1)2 (𝑥+1)2 𝑒 𝑥 . (𝑥 + 1) 𝑥
′ 𝑥+1
𝑦 = 𝑒𝑥
= 𝑒𝑥
= 𝑒𝑥
= 𝑥 =
𝑒 . (𝑥 + 1)2 𝑥 + 1
𝑥+1 𝑥+1 𝑥+1

8. 𝑦 = ln(cos2 𝑥) ;
(cos2 𝑥 )′ −2. sen(𝑥) . cos(𝑥)

𝑦 = = = −2 tg 𝑥
cos2 (𝑥) cos2 (𝑥)

9. 𝑦 = log 2 (3𝑥 − cos 2𝑥)



1 (3𝑥 − cos 2𝑥 )′ 1 3 + 2. sen 2𝑥
𝑦 = . = .
ln(2) 3𝑥 − cos 2𝑥 ln(2) 3𝑥 − cos 2𝑥

3
10. 𝑦 = ln( √𝑥 ) − 𝑒 3𝑥


( 3√𝑥 ) 3𝑥 ′
1 3𝑥
1 − 9𝑥. 𝑒 3𝑥
𝑦 = 3 − (𝑒 ) = − 3. 𝑒 =
√𝑥 3
3. √𝑥 2 . √𝑥
3 3𝑥

11. 𝑦 = ln2 (3𝑥 2 − 5)


𝑦 ′ = [ln(3𝑥 2 − 5)]′ . ln(3𝑥 2 − 5) + ln(3𝑥 2 − 5) . [ln(3𝑥 2 − 5)]′

56
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

(3𝑥 2 − 5)′ 2 2
(3𝑥 2 − 5)′
= . ln(3𝑥 − 5) + ln(3𝑥 − 5) .
3𝑥 2 − 5 3𝑥 2 − 5
(3𝑥 2 − 5)′ 6𝑥 12𝑥
= 2. [ln(3𝑥 2 − 5)]. 2
= 2. [ ln( 3𝑥 2
− 5 )] . 2
= 2
. ln(3𝑥 2 − 5)
3𝑥 − 5 3𝑥 − 5 3𝑥 − 5
Ou
𝑦 ′ = {[ln(3𝑥 2 − 5)]2 }′ = 2. ln(3𝑥 2 − 5) [ln(3𝑥 2 − 5)]′

2
(3𝑥 2 − 5)′ 2
3𝑥
= 2. [ln(3𝑥 − 5)]. = 2. [ ln ( 3𝑥 − 5 )] .
3𝑥 2 − 5 3𝑥 2 − 5
12𝑥
𝑦′ = 2 . ln(3𝑥 2 − 5)
3𝑥 − 5
12. 𝑦 = ln(√𝑥 + 4 − √𝑥 + 1)
′ (√𝑥 + 4)′ (√𝑥 + 1)′ 1 1
𝑦 ′ = [ln(√𝑥 + 4 − √𝑥 + 1)] = − = −
√𝑥 + 4 √𝑥 + 1 2. √𝑥 + 4 2. √𝑥 + 1
2. √𝑥 + 1 − 2. √𝑥 + 4 √𝑥 + 1 − √𝑥 + 4
= =
4. √(𝑥 + 4). (𝑥 + 1) 2. √(𝑥 + 4). (𝑥 + 1)

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1. Calcule a derivada das seguintes funções:
1 − 𝑥2 1 1
𝐚) 𝑦 = 2 ; 𝐛) 𝑦 = 𝑒 𝑥 + ; 𝐜) 𝑦 = 3𝑥 2 . 𝑒 5𝑥+1
𝑒𝑥 𝑒𝑥
𝑥+1 𝑥2 − 1 𝑒𝑥
𝐝) 𝑦 = 𝑒 𝑥−1 ; 𝐞) 𝑦 = ln ( 3 ) ; 𝐟) 𝑦 = ln ( );
𝑥 𝑥+1
𝐠) 𝑦 = sen(𝑥) . cos(𝑥) ; 𝐡) 𝑦 = 3√tg 2𝑥 ; 𝐢) 𝑦 = sen3 (2𝑥) ;
1 + sen 𝑥 2𝑥 − 1
𝐣) 𝑦 = ; 𝐤) 𝑦 = 𝑥 ; 𝐥) 𝑦 = ln √𝑥 ; 𝐦) 𝑦 = 𝑥 cos 𝑥 ;
1 − sen 𝑥 2 +1
𝐧) 𝑦 = ln(ln 𝑥) ; 𝐨) 𝑦 = 𝑥. 𝑒 𝑥 ; 𝐩) 𝑦 = ln(𝑒 𝑥 + 𝑒 2𝑥 ) ; 𝐪) 𝑦 = 𝑥 𝑥 .

10.3 Derivabilidade e Continuidade


Teorema: Se uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) admite derivada finita num ponto 𝑥 = 𝑎, então a
função é contínua nesse ponto. O recíproco não é válido.
Obs.: ─ Uma função pode ser contínua num ponto e não admitir derivada nesse ponto;
─ Se uma função é descontínua num ponto, não tem sentido a pesquisa da derivada
nesse ponto;

57
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

─ Dizemos que a função 𝑦 = 𝑓(𝑥) é diferenciável se 𝑓 é derivável em todo seu


domínio;
─ Se a função 𝑓 é diferenciável em 𝑥 = 𝑎, então 𝑓 é contínua em 𝑎;
─ Se a função 𝑓 não é contínua em 𝑥 = 𝑎, então, 𝑓 não é diferenciável 𝑎.
O estudo da derivabilidade consiste em determinar a derivada de uma função num ponto
indicado. Ao determinar a derivada de 𝑦 = 𝑓 (𝑥) no ponto 𝑥 = 𝑎, deve-se recorrer as
derivadas laterais nos seguintes casos:
𝐚) se, ela resulta em infinito (sem sinal determinado);
0
𝐛) se, ela resulta numa indeterminaçao do tipo , em certos casos;
0
𝐜) se, a função é definida por mais de uma expressão analítica;
|𝑥|
𝐝) se, na função aparece módulos, por exemplo, 𝑦 = .
𝑥
As derivadas laterais calculam-se a partir das expressões:
𝑓 (𝑎 + 𝜀) − 𝑓(𝑎)
𝑓𝑑′ (𝑎) = lim ; derivada lateral à direita de 𝒂
𝜀→0 𝜀
𝑓 (𝑎 − 𝜀) − 𝑓(𝑎)
𝑓𝑒′ (𝑎) = lim ; derivada lateral à esquerda de 𝒂
𝜀→0 −𝜀
Se, 𝑓𝑑′ (𝑎) = 𝑓𝑒′ (𝑎), diz-se que ∃ derivada da função 𝑓 (𝑥) no ponto 𝑥 = 𝒂
Se, 𝑓𝑑′ (𝑎) ≠ 𝑓𝑒′ (𝑎), diz-se que ∄ derivada da função 𝑓(𝑥) no ponto 𝑥 = 𝒂

Exemplos: Estude a continuidade e a derivabilidade das funções.


3𝑥 + 1 , se 𝑥 < −1 ⋁ 𝑥 > 0

𝐚) 𝑓 (𝑥 ) = 0, se 𝑥 = 0
𝑥2
, se − 1 ≤ 𝑥 < 0
{ 2
Resolução: Estudar a continuidade e a derivabilidade de uma função consiste em averiguar
se esta função é contínua e derivável neste ponto.
Para este tipo de função (função definida por partes), se não é indicado o ponto 𝒂, ponto
onde pretende fazer o estudo, devemos faze-lo no ponto (ou pontos) de ligação dos ramos
(neste caso, no ponto 𝑥 = −1 e 𝑥 = 0).
Continuidade no ponto 𝑥 = −1:
(−1)2 1
𝑓 (−1) = = ;
2 2

58
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

lim (3𝑥 + 1) = lim[3(−1 − 𝜀) + 1] = lim[−3 − 3𝜀 + 1] = −2 − 3 ∙ 0 = −2


𝑥=−1−𝜀 𝜀→0 𝜀→0
2 2
𝑥 (−1 + 𝜀) 1 − 2𝜀 + 𝜀 2 1 − 2.0 + 02 1
lim = lim = lim = =
𝑥=−1+𝜀 2 𝜀→0 2 𝜀→0 2 2 2
lim 𝑓(𝑥) ≠ lim 𝑓(𝑥) ⟹ Função descontínua no ponto 𝑥 = −1;
𝑥=−1−𝜀 𝑥=−1+𝜀

Continuidade no ponto 𝑥 = 0:
𝑓 (0) = 0
𝑥2 (0 − 𝜀)2 𝜀2 0
lim = lim = lim = = 0
𝑥=0−𝜀 2 𝜀→0 2 𝜀→0 2 2
lim (3𝑥 + 1) = lim[3(0 + 𝜀) + 1] = lim[3𝜀 + 1] = 3 ∙ 0 + 1 = 1
𝑥=0+𝜀 𝜀→0 𝜀→0

lim 𝑓(𝑥) ≠ lim 𝑓(𝑥) ⟹ Função descontínua no ponto 𝑥 = 0;


𝑥=−1−𝜀 𝑥=−1+𝜀

Estudo da derivada:
Sendo a função descontínua para 𝑥 = −1 e para 𝑥 = 0, portanto, a função não admite
derivada nesses pontos. A função não é diferenciável em 𝑥 = −1 e 𝑥 = 0.

(𝑥 − 3)2 + 1 , se 0≤𝑥≤3
𝐛) 𝑓(𝑥) = {
2𝑥 − 5 , se 3 < 𝑥 ≤ 5
Resolução:
Continuidade no ponto 𝑥 = 3:
𝑓 (3) = (3 − 3)2 + 1 = 1
lim [(𝑥 − 3)2 + 1] = lim[(3 − 𝜀 − 3)2 + 1] = lim[𝜀 2 + 1] = 02 + 1 = 1
𝑥=3−𝜀 𝜀→0 𝜀→0

lim (2𝑥 − 5) = lim[2(3 + 𝜀) − 5] = lim[6 + 2𝜀 − 5] = 1 + 2.0 = 1


𝑥=3+𝜀 𝜀→0 𝜀→0

lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(3) ⟹ Função contínua no ponto 𝑥 = 3;


𝑥=3−𝜀 𝑥=3+𝜀

Estudo da derivada:
Recorrendo as derivadas laterais temos:
𝑓 (3 − 𝜀) − 𝑓(3) [(3 − 𝜀 − 3)2 + 1] − 1 𝜀2
𝑓𝑒′ (3) = lim = lim = lim = lim(−𝜀) = 0
𝜀→0 −𝜀 𝜀→0 −𝜀 𝜀→0 −𝜀 𝜀→0

𝑓 (3 + 𝜀) − 𝑓(3) [2(3 + 𝜀 ) − 5 ] − 1 2𝜀
𝑓𝑑′ (3) = lim = lim = lim = 2
𝜀→0 𝜀 𝜀→0 𝜀 𝜀→0 𝜀

Sendo 𝑓𝑒′ (3) ≠ 𝑓𝑑′ (3), portanto, a função não admite derivada no ponto 𝑥 = 3. A função
não é derivável nesse ponto.

59
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
Obs.: Este exemplo prova, que a continuidade não garante a derivabilidade.

𝑒𝑥 , se 𝑥≤0
𝐜) 𝑓 (𝑥 ) = { 𝑒
ln ( ), se 𝑥 > 0
𝑥+1
Resolução:
Continuidade no ponto 𝑥 = 0:
( lim 𝑥) [lim (0−𝜀)]
𝑓 (0) = 𝑒 0 = 1; lim 𝑒 𝑥 = 𝑒 𝑥→0−𝜀 =𝑒 𝜀→0 = 𝑒 0 = 1;
𝑥→0−𝜀
𝑒 𝑒 𝑒
lim [ln ( )] = ln [ lim ( )] = ln [lim ( )] = ln 𝑒 = 1
𝑥=0+𝜀 𝑥+1 𝑥→0+𝜀 𝑥 + 1 𝜀→0 0 + 𝜀 + 1

A função é contínua no ponto 𝑥 = 0.


Derivabilidade:
𝑒 (0+𝜀) − 𝑒 0 𝑒 0 (𝑒 𝜀 − 1) 𝑒𝜀 − 1
𝑓𝑒′ (0) = lim = lim 0
= −𝑒 . lim = − ln 𝑒 = −1
𝜀→0 −𝜀 𝜀→0 −𝜀 𝜀→0 𝜀
𝑒
𝑒 0+𝜀+1 1
ln ( )−1 ln ( ) ln ( ) ln(1 + 𝜀)−1
0+𝜀+1 𝑒 +𝜀+1
𝑓𝑑′ (0) = lim = lim = lim = lim
𝜀→0 𝜀 𝜀→0 𝜀 𝜀→0 𝜀 𝜀→0 𝜀
1 1 −1
= lim . ln(1 + 𝜀)−1 = ln [lim(1 + 𝜀)𝜀 ] = ln(𝑒)−1 = − ln 𝑒 = −1
𝜀→0 𝜀 𝜀→0

Sendo 𝑓𝑒′ (0) ≠ 𝑓𝑑′ (0), portanto, a função admite derivada no ponto 𝑥 =. A função é
derivável nesse ponto.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1. Determine o valor de 𝑘 para que a função seja contínua no ponto 𝑥 = 0. Estude a
derivabilidade da função neste ponto.
𝑘. 𝑥 2 + 1 , se 𝑥=0 4. 3𝑥 , se 𝑥<0
𝐚) 𝑓(𝑥) = { 𝐛) 𝑓(𝑥) = {
2𝑥 + 𝑘 , se 𝑥 ≠ 0 2𝑘 + 𝑥 , se 𝑥 ≥ 0
𝑒𝑥 − 1
, se 𝑥≠0
𝐜) 𝑓(𝑥) = { 𝑥
𝑘, se 𝑥 = 0

10. Aplicações da derivada


10.3 Equação da recta tangente e equação da recta normal
Definição 1: Seja 𝑦 = 𝑓 (𝑥) uma curva e 𝑃(𝑥0 ; 𝑦0 ) um ponto sobre o seu gráfico. O
coeficiente angular 𝒎𝒙𝟎 da recta tangente ao gráfico de 𝑓 no ponto 𝑷 é dado pelo limite:

60
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
𝑓 (𝑥) − 𝑓(𝑥0 )
𝑚𝑥0 = lim , quando este existir.
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0
Este limite é a derivada da função no ponto 𝑥 = 𝑥0 , ou seja, 𝑚𝑥0 = 𝑓 ′ (𝑥0 ) = tg 𝛼.

A equação da recta tangente 𝒕 é:


𝑦 − 𝑦0 = 𝑚𝑥0 . (𝑥 − 𝑥0 )
Ou
𝑦 − 𝑦0 = 𝑓 ′ (𝑥0 ). (𝑥 − 𝑥0 )

Exemplo: Determine a equação da recta tangente ao


gráfico 𝑓 (𝑥) = 4 − 𝑥 2 , no ponto (1; 3).
Resolução:
Fórmula: 𝑦 − 𝑦0 = 𝑚𝑥0 . (𝑥 − 𝑥0 )

𝑥0 = 1; 𝑦0 = 𝑓 (𝑥0 ) ⟹ 𝑦0 = 𝑓(1) = 4 − 12 = 3;
Substituindo os pontos (𝑥0 ; 𝑦0 ) na fórmula: 𝑦 − 3 = 𝑚𝑥0 . (𝑥 − 1)
𝑓 (𝑥) − 𝑓(𝑥0 ) (4 − 𝑥 2 ) − 3 1 − 𝑥2 𝑥2 − 1
𝑚𝑥0 = lim = lim = lim = − lim = −2
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0 𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥→1 𝑥 − 1

Ou calcular a derivada da função por regra:


𝑓(𝑥) = 4 − 𝑥 2 ⟹ 𝑓 ′ (𝑥) = −2𝑥 ; 𝑓 ′ (1) = −2. (1) = −2
A equação da recta tangente ao gráfico da função no ponto (1; 3) é:
𝑦 − 3 = −2. (𝑥 − 1) ou, equivalente, 𝑦 + 2𝑥 = 5.

Definição 2: Seja 𝑦 = 𝑓(𝑥) uma curva e 𝑃(𝑥0 ; 𝑦0 ) um ponto sobre o seu gráfico. A recta
normal (𝒏) ao gráfico de 𝑓 no ponto 𝑃 é a recta perpendicular a recta
tangente (𝒕).

A equação da recta normal 𝒏 é:


−1
𝑦 − 𝑦0 = . (𝑥 − 𝑥0 )
𝑚 𝑥0
Ou
−1
𝑦 − 𝑦0 = . (𝑥 − 𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 )

61
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
Exemplo: Determine a equação da recta tangente e da recta normal ao gráfico das
funções abaixo nos pontos indicados.
𝐚) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 , no ponto 𝑥0 = 1
Resolução: Fórmula (equação da recta tangente)
𝑦 − 𝑦0 = 𝑓 ′ (𝑥0 ). (𝑥 − 𝑥0 )
𝑥0 = 1; 𝑦0 = 𝑓 (𝑥0 ) ⟹ 𝑦0 = 𝑓 (1) = 13 = 1;
Substituindo os pontos (𝑥0 ; 𝑦0 ) na fórmula: 𝑦 − 1 = 𝑓 ′ (𝑥0 ). (𝑥 − 1)
𝑓 (𝑥) = 𝑥 3 ⟹ 𝑓 ′ (𝑥) = 3𝑥 2 ; 𝑓 ′ (1) = 3. (1)2 = 3
A equação da recta tangente ao gráfico da função no ponto (1; 1) é:
𝑦 − 1 = 3. (𝑥 − 1) ou, equivalente, 𝑦 = 3𝑥 − 4.
−1
Fórmula (equação da recta normal): 𝑦 − 𝑦0 = . (𝑥 − 𝑥0 )
𝑓′ (𝑥0 )
A equação da recta normal ao gráfico da função no ponto (1; 1) é:
−1
𝑦−1= . (𝑥 − 1) ou, equivalente, 3𝑦 + 𝑥 − 4 = 0.
3
2
𝐛) 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑥 , (𝑥 > 0) no ponto 𝑥0 = 1
Resolução: Fórmula (equação da recta tangente)
𝑦 − 𝑦0 = 𝑓 ′ (𝑥0 ). (𝑥 − 𝑥0 )
2
𝑥0 = 1; 𝑦0 = 𝑓 (𝑥0 ) ⟹ 𝑦0 = 𝑓 (1) = (1)1 = 1;
2 2
𝑓 (𝑥 ) = 𝑥 𝑥 ⟹ 𝑦 = 𝑥𝑥
2 𝑦′ 1
ln 𝑦 = ln (𝑥𝑥 ) ⟹ (ln 𝑦)′ = (𝑥 2 . ln 𝑥)′ ⟹ = 2𝑥. ln 𝑥 + 𝑥 2 .
𝑦 𝑥
2 2 +1
𝑦 ′ = 𝑦(2𝑥. ln 𝑥 + 𝑥) ⟹ 𝑦 ′ = 𝑥𝑥 . 𝑥(ln 𝑥 2 + 1) ⟹ 𝑦 ′ = 𝑥 𝑥 (ln 𝑥 2 + 1)
2 +1 2 +1
𝑦 ′ = 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑥 𝑥 . (ln 𝑥 2 + 1); 𝑓 ′ (1) = (1)1 . [ln(1)2 + 1] = 1
A equação da recta tangente ao gráfico da função no ponto (1; 1) é:
𝑦 − 1 = 1. (𝑥 − 1) ou, equivalente, 𝑦 − 𝑥 = 0.

Fórmula (equação da recta normal)


−1
𝑦 − 𝑦0 = . (𝑥 − 𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 )
A equação da recta normal ao gráfico da função no ponto (1; 1) é:

62
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
−1
𝑦−1= . (𝑥 − 1) ou, equivalente, 𝑦 + 𝑥 − 2 = 0.
1

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1. Encontre uma equação da recta tangente á curva 𝑦 = ln(𝑒 𝑥 + 𝑒 2𝑥 ) no ponto (0; ln 2).
2. Encontre uma equação da recta tangente á curva 𝑦 = 𝑒 𝑥 , que seja paralela á recta 𝑥 −
4𝑦 = 1. Encontre igualmente a equação da recta normal á curva.
3. Determine a equação da recta tangente e da recta normal ao gráfico das funções
abaixo nos pontos indicados.
𝑥2
𝐚) 𝑦 = , no ponto 𝑥0 = 𝑒.
ln 𝑥
𝐛) 𝑓(𝑥) = sen[ln(𝑥 + 1)] , no ponto 𝑥0 = 0.

10.3 Regras de L’hospital


Sejam 𝑓 𝑒 𝑔 duas funções deriváveis num intervalo aberto 𝑰 (excepto possivelmente num
ponto 𝑎 ∈ 𝐼) e 𝑔′ (𝑥) ≠ 0. Se 𝑓 (𝑎) = 𝑔(𝑎) = 0 ou 𝑓(𝑎) = 𝑔(𝑎) = ±∞, então:
𝑓(𝑥) 0 𝑓(𝑥) ∞
lim = ou lim = , resulta numa indeterminação.
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 0 𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) ∞
A regra de L’hospital é um método geral para o cálculo de limites que envolvem
0 ∞
indeterminações do tipo ou . Segundo a regra de L’hospital, temos:
0 ∞

𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)
lim = lim ′
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥)

Esta regra é aplica-se sucessivamente, ou seja, repete-se, sempre que substituir a


0 ∞
tendência e cair na indeterminação do tipo ou . Assim sendo:
0 ∞

𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥) 𝑓 ′′ (𝑥) 𝑓 (𝑛) (𝑥)


lim = lim ′ = lim ′′ = ⋯ = lim (𝑛)
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥)
onde: 𝑓 ′ − 1ª derivada (derivada de 1ª ordem)
𝑓 ′′ − 2ª derivada (derivada de 2ª ordem)
𝑓 (𝑛) − 𝑛 ésima derivada (derivada de ordem 𝑛)

Exemplos: Calcule, se possível, os seguintes limites


sen(𝑥)
𝐚) lim
𝑥→0 𝑥

63
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Resolução:
sen(𝑥) sen(0) 0
lim = =
𝑥→0 𝑥 0 0
sin(𝑥) [sen(𝑥)]′ cos(𝑥)
lim = lim = lim = cos(0) = 1
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 (𝑥)′ 𝑥→0 1

𝑒𝑥 − 1
𝐛) lim
𝑥→0 𝑥
Resolução:
𝑒 𝑥 − 1 𝑒0 − 1 1 − 1 0
lim = = =
𝑥→0 𝑥 0 0 0
𝑥 𝑥 ′
𝑒 −1 (𝑒 − 1) 𝑒𝑥
lim = lim ′
= lim = 𝑒0 = 1
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 (𝑥) 𝑥→0 1

sen(𝑥) − 𝑥
𝐜) lim
𝑥→0 𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥 − 2

Resolução:
sen(𝑥) − 𝑥 sen(0) − 0 0
lim = =
𝑥→0 𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥 − 2 𝑒 0 + 𝑒 −0 − 2 0
sen(𝑥) − 𝑥 (sen(𝑥) − 𝑥)′ cos(𝑥) − 1 cos(0) − 1 0
lim 𝑥 = lim = lim = 0 =
𝑥→0 𝑒 + 𝑒 −𝑥 − 2 𝑥→0 (𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥 − 2)′ 𝑥→0 𝑒 𝑥 − 𝑒 −𝑥 𝑒 − 𝑒 −0 0
cos(𝑥) − 1 (cos(𝑥) − 1)′ −sen(𝑥) −sen(0) 0
lim = lim = lim = = − =0
𝑥→0 𝑒 𝑥 − 𝑒 −𝑥 𝑥→0 (𝑒 𝑥 − 𝑒 −𝑥 )′ 𝑥→0 𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥 𝑒 0 + 𝑒 −0 2
sen(𝑥) − 𝑥
lim =0
𝑥→0 𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥 − 2

𝑒𝑥
𝐝) lim 2
𝑥→+∞ 𝑥

Resolução:
𝑒𝑥 𝑒 +∞ ∞
lim 2 = =
𝑥→+∞ 𝑥 (+∞)2 ∞
𝑒𝑥 (𝑒 𝑥 )′ 𝑒𝑥 𝑒 +∞ ∞
lim 2 = lim 2 ′
= lim = =
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ (𝑥 ) 𝑥→+∞ 2𝑥 2(+∞) ∞
𝑒𝑥 (𝑒 𝑥 )′ 𝑒 𝑥 𝑒 +∞ 𝑒𝑥
lim = lim = lim = = +∞ ⟹ lim = +∞
𝑥→+∞ 2𝑥 𝑥→+∞ (2𝑥 )′ 𝑥→+∞ 2 2 𝑥→+∞ 𝑥 2

64
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
sen(𝜋𝑥)
𝐞) lim
𝑥→2 2 − 𝑥

Resolução:
sen(𝜋𝑥) sen(2𝜋) 0
lim =
𝑥→2 2 − 𝑥 2−2 0
sen(𝜋𝑥) [sen(𝜋𝑥)]′ 𝜋. cos(𝜋𝑥) 𝜋. cos(2𝜋) 𝜋. 1
lim = lim = lim = = = −𝜋
𝑥→2 2 − 𝑥 𝑥→2 (2 − 𝑥 )′ 𝑥→2 −1 −1 −1
NOTA 1: ─ Se o limite resulta na indeterminação do tipo 0 × ∞, transforma-se a
0 ∞
indeterminação em ou , e a seguir aplica a regra de L’hospital. Assim:
0 ∞

lim 𝑓 (𝑥). 𝑔(𝑥) = 0. ∞ , isto é 𝑓(𝑎) = 0 e 𝑔(𝑎) = ∞.


𝑥→𝑎

𝑓(𝑥) 0 𝑔(𝑥) ∞
Portanto: lim 𝑓 (𝑥). 𝑔(𝑥) = lim 1 = , ou lim 1 = .
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 0 𝑥→𝑎 ∞
𝑔(𝑥) 𝑓(𝑥)

Exemplo: Calcula, se possível, os limites


𝐚) lim+ 𝑥. ln 𝑥
𝑥→0

Resolução:
lim+ 𝑥. ln 𝑥 = 0+ . ln(0+ ) = 0. (−∞) = 0. ∞
𝑥→0
ln 𝑥 ∞
lim+ 𝑥. ln 𝑥 = lim+ 1 =
𝑥→0 𝑥→0 ∞
𝑥
1
ln 𝑥 (ln 𝑥 )′ 𝑥
lim = lim+ = lim+ = lim+(−𝑥) = 0 ⟹ lim 𝑥. ln 𝑥 = 0
𝑥→0+ 1 𝑥→0 1 ′ 𝑥→0 1 𝑥→0 𝑥→0+
( ) −
𝑥 𝑥 𝑥2

NOTA 2: ─ Se o limite resulta na indeterminação do tipo ∞ − ∞, transforma-se a


0 ∞
indeterminação em ou , e de seguida aplica a regra de L’hospital.
0 ∞
Assim:
lim [𝑓 (𝑥) − 𝑔(𝑥)] = ∞ − ∞ , isto é 𝑓(𝑎) = ∞ e 𝑔(𝑎) = ∞
𝑥→𝑎
1 1
1 1 − 0
𝑔(𝑥) 𝑓(𝑥)
Então: lim [𝑓 (𝑥) − 𝑔(𝑥)] = lim [ 1 − 1 ] = lim = .
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 1 .
1
0
𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥)

Exemplo: Calcule o limite


1 1
lim ( − )=∞−∞
𝑥→0 𝑥 sen 𝑥

65
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
1 1 sen(𝑥) − 𝑥 0
lim ( − ) = lim =
𝑥→0 𝑥 sen 𝑥 𝑥→0 𝑥. sen(𝑥) 0
[sen(𝑥) − 𝑥]′ cos(𝑥) − 1 0
lim = lim =
𝑥→0 [𝑥. sen(𝑥 )]′ 𝑥→0 sen(𝑥) + 𝑥. cos(𝑥) 0
cos(𝑥) − 1 [cos(𝑥) − 1]′ −sen 𝑥
lim = lim = lim =0
𝑥→0 sen(𝑥) + 𝑥. cos(𝑥) 𝑥→0 [sen(𝑥 ) + 𝑥. cos(𝑥 )]′ 𝑥→0 2. cos(𝑥) − 𝑥. sin(𝑥)

1 1
lim ( − )=0
𝑥→0 𝑥 sen 𝑥

NOTA 3: ─ Se o limite resulta na indeterminação do tipo 1∞ ou 00 ou ∞0 , transforma-


0 ∞
se primeiro numa indeterminação do tipo 0. ∞, e em seguida em ou .
0 ∞

Desta forma, temos: lim [𝑓 (𝑥)]𝑔(𝑥) = 1∞ ou 00 ou ∞0 .


𝑥→𝑎
lim [𝑔(𝑥).ln 𝑓(𝑥)]
Para qualquer dos três casos vem: lim [𝑓 (𝑥)]𝑔(𝑥) = 𝑒 𝑥→𝑎
𝑥→𝑎

ln 𝑓(𝑥) 0 ∞
E como, lim [𝑔(𝑥). ln 𝑓 (𝑥)] = 0. ∞ , temos: lim 1 = ou .
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 0 ∞
𝑔(𝑥)

Finalmente, aplica-se a regra de L’hospital.

Exemplos: Calcule se possível, os seguintes limites


1
𝐚) lim(𝑒 𝑥 + 𝑥)𝑥
𝑥→0

Resolução:
1 1
lim(𝑒 𝑥 + 𝑥)𝑥 = (𝑒 0 + 0)0 = 1∞
𝑥→0
1 1
lim .ln(𝑒 𝑥 +𝑥)
lim(𝑒 𝑥 + 𝑥)𝑥 = 𝑒 𝑥→0𝑥
𝑥→0

1 ln(𝑒 𝑥 + 𝑥) 0
lim . ln(𝑒 𝑥 + 𝑥) = lim =
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 0
𝑒 𝑥 +1
ln(𝑒 𝑥 + 𝑥) [ln(𝑒 𝑥 + 𝑥)]′ 𝑒 𝑥 +𝑥 𝑒 𝑥 + 1 𝑒0 + 1
lim = lim = lim = lim = 0 =2
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 (𝑥)′ 𝑥→0 1 𝑥→0 𝑒 𝑥 + 𝑥 𝑒 +0
1
lim(𝑒 𝑥 + 𝑥)𝑥 = 𝑒 2
𝑥→0

𝐛) lim+(𝑥 2 + 2𝑥)𝑥
𝑥→0

Resolução:
+
lim+(𝑥 2 + 2𝑥)𝑥 = [(0+ )2 + 2(0+ )]0 = 00
𝑥→0

66
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
lim 𝑥.ln(𝑥 2 +2𝑥)
lim+(𝑥 2 + 2𝑥)𝑥 = 𝑒 𝑥→0+
𝑥→0
2𝑥+2
ln(𝑥 2 + 2𝑥) [ln(𝑥 2 + 2𝑥)]′ 2
lim 𝑥. ln(𝑥 2 + 2𝑥) = lim+ = lim+ = lim+ 𝑥 +2𝑥
𝑥→0+ 𝑥→0 1 𝑥→0 1 ′ 𝑥→0 − 1
𝑥 ( ) 𝑥2
𝑥

−(2𝑥 3 + 2𝑥 2 )′ −(6𝑥 2 + 2𝑥) 6. 02 + 2.0 0


lim+ = lim = − = =0
𝑥→0 (𝑥 2 + 2𝑥)′ 𝑥→0+ 2𝑥 + 2 2.0 + 2 2
lim (𝑥 2 + 2𝑥)𝑥 = 0
𝑥→0+

1
𝐜) lim 𝑥 𝑥
𝑥→+∞

Resolução:
1 1 1 1
lim .ln 𝑥
lim 𝑥 𝑥 = (+∞)+∞ = ∞0 ⟹ lim 𝑥 𝑥 = 𝑒 𝑥→+∞𝑥
𝑥→+∞ 𝑥→+∞
1
1 (ln 𝑥 )′ 1 1
lim . ln 𝑥 = lim ′
= lim 𝑥 = lim = 0 ⟹ lim 𝑥 𝑥 = 𝑒 0 = 1
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ (𝑥 ) 𝑥→+∞ 1 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞

EXECÍCIOS PROPOSTOS:
Resolve os limites aplicando a regra de L’hospital
1 − cos 𝑥 ln 𝑥 1
𝐚) lim ; 𝐛) lim ; 𝐜) lim𝜋(tg 𝑥 − sec 𝑥 ) ; 𝐝) lim(cos 𝑥)𝑥 ;
𝑥→0 𝑥2 𝑥→0 cotg 𝑥 𝑥→
2
𝑥→0

𝑒 𝑥 + sen 𝑥 2 2𝑥 − 3𝑥
𝐞) lim(2 − 𝑥)ln(𝑥−1) ; 𝐟) lim ; 𝐠) lim 𝑥 ln(1+𝑥) ; 𝐡) lim ;
𝑥→1 𝑥→+∞ 𝑒 𝑥 + cos 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥→0 𝑥

𝑒 −𝑥
1 tg 𝑥
𝐢) lim ln(𝑥) . ln(ln 𝑥) ; 𝐣) lim(1 + 𝑥)cotg 𝑥 ; 𝐤) lim (𝑥) ; 𝐥) lim+ ( ) .
𝑥→1 𝑥→0 𝑥→+∞ 𝑥→0 𝑥

10.3 Estudo das Funções


Uma das aplicações mais importantes do conceito de derivada é o estudo da monotonia,
dos extremos, da concavidade e pontos de inflexão de uma função. Vamos apresentar
este estudo de forma resumida.

10.3.1 Intervalos de Monotonia


Definição: Seja 𝑓 uma função contínua no intervalo [𝑎 ; 𝑏] e derivável em ]𝑎 ; 𝑏[.
Se 𝑓 ′ (𝑥) > 0, para todo 𝑥 ∈ ]𝑎 ; 𝑏[, então 𝑓 é crescente [𝑎 ; 𝑏];
Se 𝑓 ′ (𝑥) < 0, para todo 𝑥 ∈ ]𝑎 ; 𝑏[, então 𝑓 é decrescente [𝑎 ; 𝑏];
Se 𝑓 ′ (𝑥) = 0, para todo 𝑥 ∈ ]𝑎 ; 𝑏[, então a função é constante [𝑎 ; 𝑏].

67
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

10.3.3 Extremos de uma Função


Definição: Seja 𝑓 uma função contínua num intervalo fechado [𝑎 ; 𝑏], que possui
derivada em todos pontos do intervalo aberto ]𝑎 ; 𝑏[, excepto possivelmente
num ponto 𝑐, então:
i. 𝑓(𝑐) é um máximo relativo (ou máximo local) de 𝑓, se 𝑓 ′ (𝑥) > 0, para todo 𝑥 < 𝑐 e
𝑓 ′ (𝑥) < 0, para todo 𝑥 > 𝑐.
ii. 𝑓(𝑐) é um mínimo relativo (ou mínimo local) de 𝑓, se 𝑓 ′ (𝑥) < 0, para todo 𝑥 < 𝑐 e
𝑓 ′ (𝑥) > 0, para todo 𝑥 > 𝑐;
iii. 𝑓 não tem máximos ou mínimos relativos (ou locais) em 𝑐, se 𝑓 ′ (𝑥) < 0, para todo
𝑥 < 𝑐 e 𝑓 ′ (𝑥) < 0, para todo 𝑥 > 𝑐, ou 𝑓 ′ (𝑥) > 0, para todo 𝑥 < 𝑐 e 𝑓 ′ (𝑥) > 0,
para todo 𝑥 > 𝑐.

ANÁLISE
GRÁFICA

𝑓(𝑑) 𝑓(𝑑) − é o máximo absoluto de 𝑓.


𝑓(𝑒) − é o mínimo absoluto de 𝑓.
𝑓
𝑓(𝑏) − é um máximo relativo de 𝑓.
𝑓(𝑎) 𝑒 𝑓(𝑐) − são mínimos relativos de 𝑓.

Teorema: Se 𝑓 é uma função contínua num intervalo [𝑎 ; 𝑏] com máximo ou mínimo


absoluto num ponto 𝑐 ∈ ]𝑎 ; 𝑏[. Então, 𝑓 ′ (𝑐 ) = 0 ou 𝑓 ′ (𝑐 ) não existe (𝒄 chama-se ponto
crítico de 𝑓).

10.3.3 Concavidade e Pontos de Inflexão


O teste da primeira derivada informa, que regiões do domínio, se verifica o crescimento
ou o decrescimento da função. Porém, não diz nada sobre a curvatura do gráfico, o qual
pode ser côncavo para baixo, para cima ou recto e sobre os pontos inflexão, por exemplo.
Proposição: Dada a função 𝑓 contínua no intervalo [𝑎 ; 𝑏], tal que 𝑓 admite 𝑓 ′′ em
]𝑎 ; 𝑏 [ :
i. Se 𝑓 ′′ (𝑥) > 0, ∀𝑥 ∈ ]𝑎 ; 𝑏[, então o gráfico de 𝑓 tem concavidade voltada para cima
em ]𝑎 ; 𝑏[.
ii. Se 𝑓 ′′ (𝑥) < 0, ∀𝑥 ∈ ]𝑎 ; 𝑏[, então o gráfico de 𝑓 tem concavidade voltada para baixo
em ]𝑎 ; 𝑏[.

68
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

Obs.: O ponto onde o gráfico muda o sentido da


concavidade, o ponto(𝑐 ; 𝑓 (𝑐 )), chama-se ponto
de inflexão (P.I.) ⟺ 𝑓 ′′ (𝑐 ) = 0 ou 𝑓 ′′ (𝑐 ) = ∞.
Teorema: Seja 𝑓: 𝐼 → ℝ uma função com
derivada até terceira ordem no intervalo aberto de
𝐼 e seja 𝑐 um ponto de 𝐼. Se 𝑓 ′′ (𝑐 ) = 0 e
𝑓 ′′′ (𝑐 ) ≠ 0, então 𝑥0 é abscissa de um ponto de
inflexão.

10.3.4 Roteiro para Esboço de Gráficos


Utilizando alguns itens já tratados, podemos fazer um resumo de actividades que nos
levarão ao esboço de gráficos. Nem todos itens são relevantes para cada função. No
entanto, o roteiro fornece todas informações necessárias para fazer um esboço que mostre
os aspectos mais importantes da função.
1º. Determinar o domínio da função 𝐷(𝑓);
2º. Determinar o contradomínio 𝐶(𝑓);
3º. Analisar a continuidade da função;
4º. Calcular os pontos de intersecção com os eixos coordenados (interceptos da função);
5º. Determinar os pontos críticos da função, possíveis pontos de máximo ou mínimo
(𝑓 ′ (𝑐 ) = 0 ou 𝑓 ′ (𝑐 ) não existe, 𝑐 ∈ 𝐷𝑓 ), e os intervalos de monotonia.
6º. Determinar o sentido da concavidade e os pontos de inflexão;
7º. Determinar as assímptotas verticais e não verticais (se existirem);
8º. Esboçar o gráfico. Representa as assímptotas como linhas tracejadas. Marque as
intersecções com os eixos, os pontos de máximo e de mínimo e os pontos de
inflexão. Faça a curva passar por esses pontos.

Exemplos: Esboça o gráfico das funções, segundo o roteiro apresentado.


𝑥−2
𝐚) 𝑦 =
(𝑥 + 1)2
Resolução:
1. Domínio: 𝐷𝑓 = ]−∞ ; −1[ ∪ ]−1 ; +∞[;
2. Contradomínio: 𝐶𝑓 = ]−∞ ; +∞[; ver o gráfico

69
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

3. Pontos de Descontinuidade: 𝑥 = −1;


4. Interceptos:
0−2
𝑥=0 ⟹ 𝑦= = −2 , intercepta o eixo dos Y no ponto (0 ; −2)
(0 + 1)2
𝑥−2
𝑦=0 ⟹ 0= ⟺ 𝑥 = 2 , intercepta o eixo dos X no ponto (2 ; 0)
{ (𝑥 + 1)2
5. Monotonia e Extremos Relativos:

′(
𝑥 − 2 ′ (𝑥 − 2)′ . (𝑥 + 1)2 − (𝑥 − 2). [(𝑥 + 1)2 ]′ 5−𝑥
𝑓 𝑥) = ( ) = =
(𝑥 + 1) 2 [(𝑥 + 1)2 ]2 (𝑥 + 1)3
5−𝑥
𝑓 ′ (𝑥 ) = 0 ⟹ =0 ⟺ 5−𝑥 =0 ⟺ 𝑥 =5
( 𝑥 + 1)3
𝑥 = 5 (Possível ponto de Máximo ou de Mínimo)
Obs.: Fazemos análise, levando os pontos encontrados numa recta real, coloca-los em
ordem crescente. Devemos inserir também os pontos de descontinuidade. Escolher
valores para cada um dos intervalos e fazer o teste da primeira derivada.

−∞ −𝟏 𝟓 +∞

𝑓 ′ (−2) < 0 , função decrescente, no intervalo ]−∞ ; −1[


𝑓 ′ (0) > 0 , função crescente, no intervalo ]−1 ; 5[
𝑓 ′ (6) < 0 , função decrescente, no intervalo ]5 ; +∞[
5−2 1
𝑓 (5) = 2
= (Ponto de Máximo)
(5 + 1) 12
Nota: No ponto 𝑥 = −1, embora haja mudança de crescimento, não há máximo nem
mínimo, por se tratar de um ponto de descontinuidade.
6. Côncavidade e Pontos de Inflexão:

′′ (
𝑥 − 2 ′′ 5 − 𝑥 ′ 2𝑥 − 16
𝑓 𝑥) = ( ) =( ) =
(𝑥 + 1 )2 (𝑥 + 1)3 (𝑥 + 1)4
2𝑥 − 16
𝑓 ′′ (𝑥) = 0 ⟹ = 0 ⟺ 2𝑥 − 16 = 0 ⟺ 𝑥 = 8
( 𝑥 + 1)4
𝑥 = 8 (Possível ponto de Inflexão)

70
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
Obs.: Fazemos análise, levando os pontos encontrados numa recta real, colocamo-los em
ordem crescente. Devemos inserir também os pontos de descontinuidade. Escolher
valores para cada um dos intervalos e fazer o teste da segunda derivada.

−∞ −𝟏 𝟖 +∞

𝑓 ′′ (−2) < 0 , concavidade voltada para baixo de ]−∞ ; −1[


𝑓 ′′ (0) < 0 , concavidade voltada para baixo de ]−1 ; 8[
𝑓 ′′ (9) > 0 , concavidade voltada para cima de ]8 ; +∞[
8−2 2
𝑓 (8) = = (Ponto de Inflexão)
(8 + 1)2 27

7. Assímptotas:
─ Assímptotas Verticais
𝑥−2 (−1)− − 2 −3
lim− = = = −∞ ;
𝑥→−1 (𝑥 + 1)2 [(−1)− + 1]2 0
𝑥−2 (−1)+ − 2 −3
lim+ 2
= + 2
= = −∞.
𝑥→−1 (𝑥 + 1) [(−1) + 1] 0
A recta 𝑥 = −1, é Assímptota Vertical bilateral. 8. Gráfico da Função:
𝑦
─ Assímptotas não Verticais
𝑥
𝑥−2
(𝑥+1)2 𝑥−2
𝑚1 = lim = lim =0
𝑥→−∞ 𝑥 𝑥→−∞ 𝑥. (𝑥 + 1)2
𝑥−2
(𝑥+1)2 𝑥−2
𝑚2 = lim = lim =0
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥. (𝑥 + 1)2

𝑥−2 𝑥−2
𝑏1 = lim 2
= 0 ; 𝑏2 = lim =0
𝑥→−∞ (𝑥 + 1) 𝑥→+∞ (𝑥 + 1)2

A recta 𝑦 = 0 , é Assímptota Horizontal bilateral.

𝑒𝑥
𝐛) 𝑦 =
𝑥
Resolução:

71
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

1. Domínio: 𝐷𝑓 = ]−∞ ; 0[ ∪ ]0 ; +∞[;


2. Contradomínio: 𝐶𝑓 = ]−∞ ; 0[ ∪ [𝑒 ; +∞[; ver o gráfico
3. Pontos de descontinuidade: 𝑥 = 0;
4. Interceptos:
𝑥 = 0 é ponto de descontnuidade, logo, não intercepta o eixo dos Y.
{ 𝑒𝑥
𝑦=0 ⟹ 0= ⟺ 0 = 𝑒 𝑥 , ∄𝑥 ∈ ℝ. Não intercepta o eixo dos X.
(𝑥 + 1)2
5. Monotonia e Extremos Relativos:

′(
𝑒 𝑥 ′ (𝑒 𝑥 )′ . 𝑥 − 𝑒 𝑥 . 𝑥 ′ 𝑒 𝑥 (𝑥 − 1)
)
𝑓 𝑥 =( ) = =
𝑥 𝑥2 𝑥2
′( )
𝑒 𝑥 (𝑥 − 1)
𝑓 𝑥 =0 ⟹ =0 ⟺ 𝑥−1=0 ⟺ 𝑥 =1
𝑥2
𝑥 = 1 (Possível ponto de Máximo ou de Mínimo).

−∞ 𝟎 𝟏 +∞

𝑓 ′ (−1) < 0, função decrescente no intervalo ]−∞ ; 0[;


1
𝑓 ′ ( ) < 0, função decrescente no intervalo ]0 ; 1[;
2
′( )
𝑓 2 > 0, função decrescente no intervalo ]1 ; +∞[;
𝑒1
𝑓 (1) = = 𝑒 (Ponto Mínimo da função).
1
6. Côncavidade e Pontos de Inflexão:

′′ (
𝑒 𝑥 ′′ 𝑒 𝑥 (𝑥 − 1) ′ 𝑒 𝑥 (𝑥 2 − 2𝑥 + 2)
𝑓 𝑥) = () =( ) =
𝑥 𝑥2 𝑥3
𝑥( 2
𝑒 𝑥 − 2𝑥 + 2)
𝑓 ′′ (𝑥) = 0 ⟹ = 0 ⟺ 𝑥 2 − 2𝑥 + 2 = 0, ∄𝑥 ∈ ℝ.
𝑥3
Não existe qualquer valor que anula a 2ª derivada, ou resulta a 2ª derivada em infinito,
logo, não tem ponto de inflexão. Portanto, fazer o teste da 2ª derivada no ponto
descontinuidade.

−∞ 𝟎 +∞

72
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝑓 ′′ (−1) < 0, concavidade voltada para baixo de ]−∞ ; 0[


𝑓 ′′ (1) < 0, concavidade voltada para cima de ]0 ; +∞[
Apesar da mudança do sentido da concavidade no ponto 𝑥 = 0, não existe ponto de
inflexão, porque não faz parte do domínio da função.

7. Assímptotas:
─ Assímptotas Verticais
− +
𝑒 𝑥 𝑒0 1 𝑒𝑥 𝑒0 1
lim− = − = − = −∞ ; lim+ = + = + = +∞.
𝑥→0 𝑥 0 0 𝑥→0 𝑥 0 0
A recta 𝑥 = 0, é Assímptota Vertical bilateral.

─ Assímptotas não Verticais


𝑒𝑥
𝑥 𝑒𝑥 𝑒𝑥 𝑒 𝑥 𝑒 −∞
𝑚1 = lim = lim 2 = lim = lim = = 0;
𝑥→−∞ 𝑥 𝑥→−∞ 𝑥 𝑥→−∞ 2𝑥 𝑥→−∞ 2 2
𝑒𝑥
𝑥 𝑒𝑥 𝑒𝑥 𝑒 𝑥 𝑒 +∞
𝑚2 = lim = lim = lim = lim = = +∞.
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 2 𝑥→+∞ 2𝑥 𝑥→−∞ 2 2
Em 𝑚2 não existe assímptota.
𝑒𝑥
𝑏1 = lim = lim 𝑒 𝑥 = 0
𝑥→−∞ 𝑥 𝑥→−∞

A recta 𝑦 = 0 , é Assímptota Horizontal unilateral à esquerda.

8. Gráfico da Função:
𝑦

73
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝐜) 𝑦 = 𝑥. ln 𝑥
Resolução:
1. Domínio: 𝐷𝑓 = ]0 ; +∞[;
1
2. Contradomínio: 𝐶𝑓 = [− ; +∞[ ; ver o gráfico
𝑒

3. Pontos de descontinuidade: Não tem;


4. Interceptos:
𝑥 = 0, A função não está definida para 𝑥 = 0. Logo, não intercepta o eixo dos Y.
{
𝑦 = 0 ⟹ 0 = 𝑥. ln 𝑥 ⟺ 𝑥 = 1, Intercepta o eixo dos X no ponto (1 ; 0).
5. Monotonia e Extremos Relativos:
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥. ln 𝑥 )′ = ln(𝑥) + 1
1
𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⟹ ln(𝑥) + 1 = 0 ⟹ ln(𝑥) = −1 ⟺ 𝑥 =
𝑒
1
𝑥= (Possível Ponto de Máx ou Mín)
𝑒

𝟎 𝟏 +∞
𝒆
1 1 1
𝑓 ′ ( 2 ) = ln ( 2 ) + 1 = −2 + 1 = −1 < 0, função decrescente em ]0 ; [ ;
𝑒 𝑒 𝑒
1
𝑓 ′ (1) = ln(1) + 1 = 0 + 1 = 1 > 0, função crescente em ] ; +∞[ ;
𝑒
1 1 1 1 1
𝑓 ( ) = . ln ( ) = . (−1) = − (Mínimo da função)
𝑒 𝑒 𝑒 𝑒 𝑒

6. Côncavidade e Pontos de Inflexão:


1
𝑦 ′′ = [𝑥. ln(𝑥)]′′ = [ln(𝑥) + 1]′ =
𝑥
1
𝑦 ′′ = 0 ⟹ = 0 , equação impossível.
𝑥
Não há valores para os quais, 𝑦 ′′ = 0, nem 𝑦 ′′ = ∞. Logo, a função não apresenta pontos
de Inflexão.

𝟎 +∞

74
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

𝑦 ′′ (1) = 1 > 0 , Concavidade voltada para cima em todo o intervalo.

7. Assímptotas:
─ Assímptotas Verticais
A função não apresenta pontos de descontinuidade (possíveis assimptotas verticais),
temos que analisar os extremos, neste caso, em 𝑥 = 0.
1
ln 𝑥 𝑥
lim [𝑥. ln(𝑥)] = lim+ 1 = lim+ −1 = lim+(−𝑥) = 0 (Não há Assímptota Vertical)
𝑥→0+ 𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0
𝑥 𝑥2

─ Assímptotas não Verticais


Sendo o domínio da função ]0 ; +∞[, só poderá haver assímptota não vertical no
extremo superior, quando 𝑥 → +∞.
𝑥. ln(𝑥)
𝑚 = lim = lim ln(𝑥) = +∞ . (Não há Assímptota Vertical)
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞
8. Gráfico da Função:

𝑥
MÍN

𝐝) 𝑦 = 𝑥 − ln 𝑥
Resolução:
1. Domínio: 𝐷𝑓 = ]0 ; +∞[;
2. Contradomínio: 𝐶𝑓 = [1 ; +∞[; ver o gráfico
3. Pontos de descontinuidade: Não tem;
4. Interceptos:

75
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
𝑥 = 0 , A função não está definida neste ponto, ∄ intersecção com eixo dos Y.
{
𝑦 = 0 ⟹ 0 = 𝑥 − ln 𝑥 ⟺ 𝑥 = ln(𝑥) , Impossível, não intercepta o eixo dos X.

5. Monotonia e Extremos Relativos:


1
𝑦 ′ = (𝑥 − ln 𝑥 )′ = 1 −
𝑥
1
𝑦 ′ = 0 ⟹ 1 − = 0 ⟺ 𝑥 = 1 (Possível Ponto de Máx ou Mín)
𝑥

𝟎 𝟏 +∞
1
𝑦 ′ ( ) < 0 , função decrescente de ]0 ; 1[;
2
′( )
𝑦 2 > 0 , função crescente de ]1 ; +∞[;
𝑦(1) = 1 (Mínimo).
6. Côncavidade e Pontos de Inflexão:

′′
1 ′ 1
𝑦 = (𝑥 − ln(𝑥) )′′ = (1 − ) = 2
𝑥 𝑥
1
𝑦 ′′ = 0 ⟹ = 0 , equação impossível. Não tem ponto de Inflexão.
𝑥2

𝟎 +∞

1
𝑦 ′′ = > 0 , Concavidade para cima em todo intervalo.
𝑥2
8. Assímptotas:
─ Assímptotas Verticais
A função 𝑓 é contínua em ]0 ; +∞[, pelo que, só a recta 𝑥 = 0 poderá, eventualmente, ser
assímptota vertical.
lim [𝑥 − ln(𝑥)] = lim+[0+ − ln(0+ )] = +∞ , (Assíntota Vertical, recta 𝑥 = 0).
𝑥→0+ 𝑥→0

─ Assímptotas não Verticais


Como o domínio da função é minorado, só poderá haver uma assímptota não vertical,
quando 𝑥 → +∞.

76
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
1
𝑥 − ln(𝑥) 1−
𝑥
𝑚 = lim = lim = −∞ . (Não tem Assímptota não Vertical)
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→∞ 1

9. Gráfico da Função:
𝑦

MÍN

𝐝) 𝑦 = sen(𝑥) + √3. cos(𝑥)


Resolução:
1. Domínio: 𝐷𝑓 = [0 ; 2𝜋];
2. Contradomínio: 𝐶𝑓 = [−2 ; 2]; ver o gráfico
3. Pontos de descontinuidade: Não tem;
4. Interceptos:
𝑥 = 0 ⟹ 𝑦 = sen(0) + √3. cos(0) = √3 , intercepta o eixo dos Y em (0 ; √3).
{ 2
𝑦 = 0 ⟹ 0 = sen(𝑥) + √3. cos(𝑥) ⟹ tg 𝑥 = −√3 ⟺ 𝑥 = π + 𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ.
3
2𝜋 5𝜋
Intercepta o eixo dos X nos pontos ( ; 0) e ( ; 0).
3 3
5. Monotonia e Extremos Relativos:

𝑓 ′ (𝑥) = [sen(𝑥) + √3. cos(𝑥)] = cos(𝑥) − √3. sen(𝑥)

√3
𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⟹ cos(𝑥) − √3. sen(𝑥) = 0 ⟺ tg 𝑥 =
3
𝜋 7𝜋
⟺ 𝑥= ∨ 𝑥= (Possíveis pontos de Máximo ou de Mínimo)
6 6

77
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

−∞ 𝝅 𝟕𝝅 +∞
𝟔 𝟔
𝜋 𝜋
𝑓′ ( ) > 0, função crescente de ]0 ; [ ;
12 6
𝜋 7𝜋
𝑓 ′ (𝜋) < 0, função decrescente de ] ; [ ;
6 6
3𝜋 7𝜋
𝑓 ′ ( ) > 0, função crescente de ] ; 2𝜋[ ;
2 6
𝜋 𝜋 𝜋 1 √3
𝑓 ( ) = sen ( ) + √3. cos ( ) = + √3. = 2 (Ponto Máximo da função)
6 6 6 2 2
7𝜋 7𝜋 7𝜋
𝑓 ( ) = sen ( ) + √3. cos ( ) = −2 (Ponto Mínimo da função)
6 6 6

6. Côncavidade e Pontos de Inflexão:


′′ ′
𝑓 ′′ (𝑥) = (sen(𝑥) + √3. cos(𝑥)) = (cos(𝑥) − √3. sen(𝑥)) = − sen(𝑥) − √3. cos(𝑥)
2𝜋 5𝜋
𝑓 ′′ (𝑥) = 0 ⟹ − sen(𝑥) − √3. cos(𝑥) = 0 ⟺ 𝑥 = ∨ 𝑥=
3 3
2𝜋 5𝜋
𝑥= ∨ 𝑥= (Possíveis Pontos de Inflexão)
3 3

𝟎 𝟐𝝅 𝟓𝝅 𝟐𝝅
𝟑 𝟑

𝜋 2𝜋
𝑓 ′′ ( ) < 0, concavidade voltada para baixo de ]0 ; [ ;
2 3
2𝜋 5𝜋
𝑓 ′′ (𝜋) > 0, Concavidade voltada para cima de ] ; [;
3 3
11𝜋 5𝜋
𝑓 ′′ ( ) < 0, Concavidade voltada para baixo de ] ; 2𝜋[ ;
6 3
2𝜋 2𝜋 2𝜋 √3 1
𝑓 ( ) = sen ( ) + √3. cos ( ) = + √3. (− ) = 0 (Ponto de Inflexão)
3 3 3 2 2

78
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020

5𝜋 5𝜋 5𝜋 √3 1
𝑓 ( ) = sen ( ) + √3. cos ( ) = − + √3. = 0 (Ponto de Inflexão)
3 3 3 2 2
7. Assímptotas: Não tem assímptotas.

8. Gráfico da Função: 𝑦 𝑀Á𝑋

𝑀Í𝑁
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
Faça o estudo completo de cada uma das seguintes funções, segundo o roteiro estudado.
𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥 2
𝐚) 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 𝑒 𝑥 ; 𝐛) 𝑓(𝑥) = ; 𝐜) 𝑓(𝑥) = 𝑒 −𝑥 ;
2
𝑥 sen 𝑥
𝐝) 𝑓(𝑥) = ln(𝑥 2 + 1) ; 𝐞) 𝑓(𝑥) = ln ( ); 𝐟) 𝑓(𝑥) = .
𝑥−1 𝑥

10.3.5 Problemas de optimização


Uma das aplicações importantes do estudo sobre derivadas são os problemas práticos de
maximização e minimização de uma certa grandeza, alguns problemas práticos exigem
maximizar uma área, outros pedem para minimizar um custo de uma produção, etc.
Directrizes para resolução de problemas de optimização:
1. Leia cuidadosamente o problema. Esboce uma figura para auxiliar a sua
interpretação;
2. Identifique e denomine com variáveis as quantidades informadas no problema;
3. Determine algumas relações (ou fórmulas) entre as variáveis;
4. Identifique qual variável deve ser optimizada (maximizada ou minimizada).
Expressa essa variável como função de uma das outras variáveis;

79
MATEMÁTICA 12ªCLASSE 2020
5. Determine o ponto crítico (ou pontos críticos) desta função obtida;
6. Determine o(s) extremo(s) com o auxílio dos critérios da 1ª ou 2ª derivada.

EXERCÍCIOS:
1º Entre os rectângulos com perímetro igual á 64 m, qual deles tem área máxima?
2º Achar dois números positivos cuja a soma seja 70 e o produto seja o maior possível?
3º Determine o maior triângulo rectângulo de área máxima, cuja hipotenusa mede 10 m.
4º Determine o rectângulo de perímetro máximo inscrito no círculo de raio 12 cm?
5º Um rectângulo é inscrito num triângulo rectângulo de catetos 9 e 12 cm,
respectivamente. Encontrar as dimensões do rectângulo de maior área.
6º Dividiu-se 32 em duas partes. Determine esses números, de formas que o seu produto
seja mínimo.

80

Você também pode gostar