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O
estudo da Revolução e da Contra-Revolução
excede estes poucos pontos levantados. Para
demonstrá-lo, basta observar o panorama religi-
oso de nosso País. Estatisticamente, a situação dos
cristãos é excelente: segundo os últimos dados oficiais
do censo de 2010, constituímos 86,8% da população,
sendo 64,6% de católicos. Se todos nós cristãos fôsse-
mos o que devemos ser, o Brasil seria hoje uma das mais
admiráveis potências católicas nascidas ao longo dos
vinte séculos de vida da Igreja.
Por que, então, estamos tão longe deste ideal? Quem
poderia afirmar que a causa principal de nossa presente
situação é somente o comunismo? Não. Ela é outra,
impalpável, sutil, penetrante como se fosse uma podero-
sa e temível radioatividade. Todos sentem os seus efei-
tos, mas poucos saberiam dizer-lhe o nome e a essência.
Ao fazer esta afirmação, nosso pensamento se estende
das fronteiras do Brasil para as nações latino-
americanas, e daí para todas as nações católicas. Em
todas, exerce seu império indefinido e avassalador o
mesmo mal. E em todas produz sintomas de uma gran-
deza trágica. Um exemplo entre outros. Em carta dirigida
em 1956, a propósito do Dia Nacional de Ação de Graças,
a Sua Eminência o Cardeal D. Carlos Carmelo de
Vasconcelos Motta, Arcebispo de São Paulo, o Exmo.
Revmo. Mons. Angelo Dell'Acqua, Substituto da
Secretaria de Estado, dizia que em consequência do
agnosticismo religioso dos Estados amortecido ou
quase perdido na sociedade moderna o sentir da Igreja
Ora, que inimigo desferiu contra a Esposa de Cristo este
golpe terrível? Qual a causa comum a este e a tantos
outros males concomitantes e afins? Com que nome
chamá-la? Quais os meios por que ela age? Qual o segre-
do de sua vitória? Como combatê-la com êxito?
Como se vê, dificilmente um tema poderia ser de mais
flagrante atualidade.
A Teologia da Libertação foi e ainda é uma importante base de infiltração revolucionária na
Igreja. Imagem de Luís Henrique Alves Pinto.
Este inimigo terrível tem um nome: ele se chama
Revolução. Sua causa profunda é uma explosão de
orgulho e sensualidade que inspirou, não diríamos um
sistema, mas toda uma cadeia de sistemas ideológicos.
Da larga aceitação dada a estes no mundo inteiro, decor-
reram as três grandes revoluções da História do
Ocidente: a Pseudo-Reforma, a Revolução Francesa e o
Comunismo [1].