Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pap Ana Catarina Ramos - Versão Final
Pap Ana Catarina Ramos - Versão Final
Relatório Final
Prova de Aptidão Profissional
20 de Julho de 2022
Aluna: Ana Catarina Ferreira Ramos
1
Introdução
Portugal é um país com muitos séculos de história e ao longo dessa história foram
surgindo várias festas e romarias, eventos estes que celebram as crenças e tradições
dos portugueses.
A Tradição Portuguesa é uma herança ímpar de bens culturais, costumes e tradições
de um País com mais de 800 anos de história. Do Minho ao Algarve, Açores e
Madeira, Portugal tem um património cultural de excelência, resultado da mistura de
várias influências.
Todas as vivências se confundem nos rituais das romarias à virgem, aos santos e
santas padroeiras, ou nas festas de junho dedicadas aos santos populares. Ou seja,
quando os seus habitantes – gente de trabalho e de mil ofícios – se dedicam de corpo
e alma às suas festas e romarias. As mulheres decoram os altares, colocam as
melhores colchas à janela ao passar da procissão, recebem os familiares de longe e
preparam os melhores repastos para que nada falte à mesa nesses dias. Os homens
vestem o melhor fato, assistem à missa, carregam os pesados andores, lançam os
foguetes anunciando o festim e, para acompanhar a boa comida, escolhem sempre o
melhor vinho. E porque a festa é um importante regulador de equilíbrio, que reforça e
renova a ordem social, aqui as tradições teimam em manter-se intactas. No Norte de
Portugal as seculares romarias que refulgem ao ritmo do folclore tradicional exibem
ainda, nas praças e nos terreiros, diferentes tipos de alfaias de sabor artesanal, fruto
de uma ruralidade que persiste no quotidiano das populações. Aqui, a religiosidade e a
festa pagã conservam o seu brilho, ano após ano, graças ao espírito das suas gentes
que congregam tudo num clima de verdadeira alegria onde não faltam as procissões,
bandas de música, marchas, cortejos etnográficos e desfiles de mordomia, grupos de
2
danças e cantares, concursos e leilões. É, aliás, deste modo que ao longo do ano o
culto e a celebração popular atraem fervorosos peregrinos buscando milagres e
cumprindo promessas, mas também turistas, movidos pelo eco das tradições, curiosos
pelos lugares sacralizados, de cultura e património, do Norte, onde acorrem aos
milhares. Visitam os nossos templos de invocação, conhecem a antiguidade das suas
origens, percorrem as paisagens circundantes, maravilham-se com o colorido das
iluminações, partilham da nossa alegria, saboreiam as iguarias de uma especial
gastronomia, ouvem cantares ao desafio, dançam ao som da concertina e enchem o
coração com a simpatia e o calor humano com que no Norte de Portugal sempre
gostamos de receber. Venha daí você também e junte-se connosco à festa.
3
1. REGIÃO MINHO - VIANA DO CASTELO
4
1.2. Festa da Senhora da Encarnação
O ex-libris de Vila Mou, o Arco Festivo, imponente e ornamentado com flores, é uma
das maiores atrações da romaria. Também o tradicional cortejo de tabuleiros e a
imponente procissão atraem inúmeros visitantes a Vila Mou, que aproveitam assim
para venerar Nossa Senhora da Encarnação e também apreciar a bela música
brilhantemente executada por quatro bandas filarmónicas da mais elevada categoria.
A sessão monumental de fogo de artifício realiza-se tradicionalmente no Domingo
após as alegres despedidas das Bandas. Visitem Vila Mou durante a sua romaria e
deixem-se contagiar pela fé e bairrismo dos Vilamouenses.
5
1.3. Festas e Romarias em honra de Nossa
Senhora da Agonia
6
1.4. Trajes Minhotos
Por traje à vianesa entende-se o vestuário usado pelas raparigas das aldeias rurais
próximas da cidade de Viana do Castelo que ganhou características próprias que o
individualizaram em medos do século XIX e foi usado até inícios do século XX. Estas
características podem definir-se pela ousadia do seu colorido e pela enorme profusão
de elementos decorativos que lhe conferem um aspeto exuberante. Estas
características tornam-no único no panorama da indumentária popular em Portugal,
sendo facilmente reconhecido e identificado com a região de origem.
Esta foi a principal razão de o traje se transformar num símbolo da identidade local. O
primeiro impacto do traje é de espanto pela sua beleza, mas não podemos esquecer
que está integrado num contexto sócio cultural em que faz sentido: uma economia
rural próxima da auto-suficiência, que recorria a trabalhos recíprocos, coletivos e
gratuitos, com uma forte carga lúdica e de sociabilidade integrada.
7
2. REGIÃO MINHO – BRAGA
8
2.2. Romaria de São Bartolomeu do Mar
9
3. Região Trás os Montes e Alto Douro - Vila Real
10
4. Região Trás os Montes e Alto Douro – Bragança
11
5. Região do Douro Litoral – Porto
12
6. Região da Beira Litoral - Aveiro
13
6.2. Festas em honra de São Gonçalinho – Aveiro
As intemporais festas anuais em honra de São Gonçalinho ocorrem por altura da data
da morte de São Gonçalo (10 de Janeiro) e duram 5 dias no bairro da Beira Mar, em
Aveiro. A festa é caracterizada pelo louvor a S. Gonçalo, manifestado pelo
“pagamento” de promessas pelos seus devotos, através do lançamento de cavacas a
partir da platibanda que circunda o topo da capela com o mesmo nome, enquanto é
tocado o sino, para a multidão em baixo. Esta, utiliza os mais variados utensílios para
apanhar os doces (guarda-chuvas virados ao contrário, camaroeiros (ou nassas) ou
simplesmente com as mãos), que depois os comem ou levam para casa. São mais de
12 toneladas de cavacas que são lançados durante os dias dos festejos. A prática de
lançar cavacas é uma característica desta peculiar festa, transformando-a numa
original manifestação de tributo, culto e veneração prestada ao Santo pelos romeiros.
O ponto alto desta veneração é a procissão seguida da celebração eucarística de
domingo. O afeto das gentes do bairro da Beira Mar e muitos aveirenses ao seu Santo
padroeiro é de tal forma que o tratam carinhosamente por “o nosso menino”.
Para alem do lançamento das cavacas, outro ritual desta festa, realizado no interior da
capela, relaciona-se com a “entrega do ramo” aos mordomos encarregues da festa
dos dois anos seguinte. Trata-se de um ramo de flores artificiais, conservado há
muitos anos, tendo, por isso, um alto valor simbólico.
14
7. Região da Beira Baixa – Viseu
15
8. Região da Beira Baixa - Coimbra
16
9. Região da Beira Alta - Tomar
17
10. Região da Estremadura e Ribatejo – Santarém
18
11. Região da Estremadura e Ribatejo - Vila
Franca de Xira
19
12. Região de Lisboa e Vale do Tejo
12.1. Festas em honra de Santo António
Santo António, muito venerado em Lisboa e tratado como um verdadeiro padroeiro da
cidade, dá o mote para as festas que atingem o seu ponto alto na noite de 12 de
junho, com o desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade. Na tarde do dia
13, a procissão em honra deste santo popular, que tem fama de casamenteiro,
percorre as ruas que rodeiam a Sé e dá o cunho religioso às festas.
As noites são animadas pelos arraiais nos bairros típicos de Lisboa, do Castelo à
Mouraria, Graça, Alfama, Ajuda e Bairro Alto, com muita música e dança ao ritmo das
canções populares. Enfeitadas com grinaldas e globos coloridos, as ruas são
invadidas pelo cheiro da sardinha assada e pelos aromas dos manjericos
acompanhados de um cravo de papel e de uma quadra alusiva a Santo António.
Junho é o principal mês destas festas, que se prolongam pelo verão e incluem eventos
muito diversificados como espetáculos de fado, jazz e outros géneros musicais, fado
nos elétricos que atravessam a cidade, festivais de cinema e teatro, provas
desportivas e exposições.
20
12.2. Marchas de Lisboa
O “pai das marchas”, como lhe chamam, é um título atribuído ao cineasta Leitão de
Barros, que impulsionou a competição bairrista nos seus primórdios.
As canções e cantigas que tão bem conhecemos são uma parte fulcral das Festas e
das Marchas Populares
21
13. Região de Setúbal
13.1. Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia
As Festas de Nossa Senhora do Rosário de Troia, padroeira dos pescadores de
Setúbal, decorrem entre os dias 4 a 9 de agosto.
Pescadores e suas famílias celebram a vida e as suas gentes nesta romaria
tradicional.
O desfile de embarcações engalanadas entre Setúbal e a Caldeira de Tróia é o rito da
Festa de Nossa Senhora do Rosário de Tróia.
Depois de uma missa em honra dos marítimos falecidos, na Igreja de S. Sebastião, os
devotos atravessam o Sado, em barcos engalanados, até Tróia. Na primeira noite,
realiza-se uma procissão de velas pela praia.
Além das cerimónias religiosas, há lugar para o convívio noturno, com bailes e
arraiais. No segundo dia das festas, ainda em Tróia, realiza-se o Concurso de Barcos
Engalanados.
22
13.2. Festa do Senhor do Bonfim
Marcava o início da época da faina e era nela que os pescadores e marítimos pediam
ao seu padroeiro a proteção contra os perigos e a bênção para boas pescarias.
Eminentemente religiosa, esta festa tem como momento alto a procissão com imagens
do Senhor do Bonfim e as da Nossa Senhora da Arrábida e Nossa Senhora do
Rosário de Tróia – as santas protetoras das duas antigas comunidades de pescadores
de Setúbal (Fontainhas e Tróia), que segue até ao cais onde são abençoadas as
embarcações de pesca.
A devoção deste povo a Nossa Senhora das Candeias remonta aos primórdios do
século XIV, cerca de 1316, no reinado de D. Dinis. Era então venerada como Santa
Maria do Tojal, já que segundo a lenda, a Virgem teria aparecido entre moitas de tojo.
Certo é, que até aos dias de hoje, o culto a Nossa Senhora das Candeias faz com que
milhares de pessoas se desloquem anualmente a Mourão por ocasião da festa em sua
honra, com maior destaque no dia 2, dia em que a Padroeira percorre as ruas da vila
acompanhada por uma enorme multidão de gente, a perder de vista.
Aqui, surgem gentes de vários pontos do país, mas a grande fatia de população incide
sobre os filhos da terra e sobre os devotos de Nossa Senhora que residem nos
concelhos vizinhos, e dos quais as preces recaem sobre a Senhora das Candeias de
Mourão.
23
A Procissão é uma das maiores e mais antigas manifestações religiosas do Alentejo.
Aqui podemos encontrar um misto de emoções e sentimentos patente no rosto e no
olhar de cada devoto. A fé, a esperança e a gratidão depositada em Nossa Senhora só
é percetível aos olhos de quem assiste.
A preparação da festa exige um exímio trabalho por parte dos mouranenses que
adornam o altar e o andor de Nossa Senhora com flores naturais, oferecidas conforme
as promessas de cada um, assim como o manto bordado a ouro. Um ritual que se
repete anualmente e que antecede o início da novena a 24 de janeiro.
No dia 2, a festa religiosa inicia com uma missa solene em homenagem a Nossa
Senhora, e ao final da tarde a Imagem sai à rua, carregada em braços por dezenas de
homens que todos os anos se voluntariam para esta missão e que carregam o pesado
andor movidos pela fé e pela adoração à Mãe de todos os mouranenses.
24
15. Região do Alentejo - BEJA
É uma feira que nasce na terra e se desenvolve na cidade. A Ovibeja é uma feira
agrícola. Da produção. Mas também da transformação, dos serviços, uma mostra
institucional, um centro de negócios, de apresentação e discussão dos temas das
atualidades.
É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A Ovibeja é
uma feira diferente. Sem preconceitos.
Esta associação, a mesma que organiza todos os anos a já conhecida como a maior
feira agrícola do país, tem vindo a aumentar e diversificar a sua área de atuação, num
permanente esforço de atualização, de modernização e de resposta aos novos
desígnios colocados aos seus associados, ao sector, à região e ao próprio País.
Com o contínuo crescimento da feira e a sua valorização a nível nacional, no início dos
anos 90, a Ovibeja alarga-se além-fronteiras, passando a ser denominada por “Expo-
Internacional”.
25
A feira continuou a afirmar-se progressivamente e, além de muitos outros fatores de
sucesso, o nome Ovibeja é um dos que a diferencia dos restantes certames. Passou,
por isso, a denominar-se simplesmente “Ovibeja”. A Ovibeja das pessoas e para as
pessoas.
26
Segue-se a matraca, cujo som áspero que se ouve ao longe, e que simboliza as ondas
de ódio amontoadas pelos judeus à volta de Cristo. A certa distância vem o guião
ladeado por duas lanternas.
Alguns metros desviados, a iniciar as alas os balandraus com tochas, a cruz com o
lençol pendurado. Entre as alas, o “tumbinho” carregando o corpo de Cristo, debaixo
do pálio.
27
Nestes festejos podem ouvir-se cantares ao desafio semelhantes ao norte de Portugal.
Em algumas localidades, a sexta-feira é o dia do sacrifício do gado, com vista ao
“bodo” que o mordomo, no domingo, oferecerá aos seus convidados.
As festas do Espírito Santo têm bastante significado nos Açores, embora de ilha para
ilha existam algumas diferenças nos festejos.
28
17.2. Festas Sanjoaninas - Angra do heroísmo
As Festas Sanjoaninas são outra das mais bonitas festas e romarias em Portugal e
têm lugar na bonita cidade de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores.
Tal como a Festa da Flor, na Madeira, também as Festas Sanjoaninas são um dos
principais postais de visita dos Açores e atraem milhares de visitantes todos os anos,
por altura das comemorações do S. João, em junho.
Com um programa com mais de uma semana de duração, as Festas Sanjoaninas têm
vários motivos de interesse onde se destacam os concertos, a Feira Taurina de São
João e as marchas de São João.
A Feira Taurina de São João é um momento que pode ser apreciado por amantes da
tauromaquia – nesta feira poderá assistir, entre outras coisas, às touradas à corda e
às largadas de touros. As marchas de São João são o momento alto desta festa
popular e mais de 3000 figurantes participam neste que é um momento de música,
dança e diversão. Classificado pela UNESCO em 1983 como Património da
Humanidade.
29
18. REGIÃO AUTONOMA DA MADEIRA
18.1. Festa da flor – Funchal
Desde há muitos anos que a ilha da Madeira é também conhecida como a “ilha das
flores” e isso deve-se ao facto de esta ilha reunir as condições climatéricas e não só
para que vários tipos de flores aqui desabrochem.
A nível histórico, a ilha sempre foi um ponto de passagem para navios que rumassem
aos continentes africano e americano.
Esta relação entre a Madeira e as flores continua viva e atrai cada vez mais visitantes
de todo o mundo. Há alguns momentos desta festa que não pode perder como o
Cortejo Infantil, que consiste num desfile de centenas de crianças vestidas de flores
que vão até à Praça do Município, onde é feito o “Muro da Esperança“.
Pode aproveitar igualmente esta altura do ano e esta festa em particular para admirar
os bonitos tapetes de flores e as exposições em torno deste tema.
A Festa da Flor é mais uma das bonitas festas e romarias em Portugal e é um postal
de visita à bonita ilha da Madeira, considerada a “Pérola do Atlântico” e eleita por
várias vezes como o melhor destino insular do mundo.
30