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Agrupamento de escolas Rodrigues de Freitas

Escola Básica e Secundária de Miragaia

Ano Letivo 2021/2022

Curso Profissional Técnico de Receção

Relatório Final
Prova de Aptidão Profissional

Festas, Romarias e Tradições


Culturais de Portugal

20 de Julho de 2022
Aluna: Ana Catarina Ferreira Ramos

Orientador PAP: Prof. Gabriel Silva

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Introdução
Portugal é um país com muitos séculos de história e ao longo dessa história foram
surgindo várias festas e romarias, eventos estes que celebram as crenças e tradições
dos portugueses.
A Tradição Portuguesa é uma herança ímpar de bens culturais, costumes e tradições
de um País com mais de 800 anos de história. Do Minho ao Algarve, Açores e
Madeira, Portugal tem um património cultural de excelência, resultado da mistura de
várias influências.

Periódicas, cíclicas ou calendarizadas, numa perfeita simbiose entre o sagrado e o


profano, as festas e romarias de Portugal são um autêntico convite ao saudável
convívio no meio de gente alegre e à visitação de um multifacetado território. Com
uma paisagem diversa e estimulante, pontilhada de simples ermidas e santuários, de
imponentes igrejas e capelas, ou de conventos e mosteiros com séculos de história,
que são locais de fervoroso culto ao longo de todo o ano. O Porto e Norte de Portugal
é um destino turístico com uma oferta rica e variada, onde as tradições imemoriais se
mantêm vivas e renovadas. Nas aldeias, vilas e cidades do Norte, os costumes e as
tradições nunca acabam.

Todas as vivências se confundem nos rituais das romarias à virgem, aos santos e
santas padroeiras, ou nas festas de junho dedicadas aos santos populares. Ou seja,
quando os seus habitantes – gente de trabalho e de mil ofícios – se dedicam de corpo
e alma às suas festas e romarias. As mulheres decoram os altares, colocam as
melhores colchas à janela ao passar da procissão, recebem os familiares de longe e
preparam os melhores repastos para que nada falte à mesa nesses dias. Os homens
vestem o melhor fato, assistem à missa, carregam os pesados andores, lançam os
foguetes anunciando o festim e, para acompanhar a boa comida, escolhem sempre o
melhor vinho. E porque a festa é um importante regulador de equilíbrio, que reforça e
renova a ordem social, aqui as tradições teimam em manter-se intactas. No Norte de
Portugal as seculares romarias que refulgem ao ritmo do folclore tradicional exibem
ainda, nas praças e nos terreiros, diferentes tipos de alfaias de sabor artesanal, fruto
de uma ruralidade que persiste no quotidiano das populações. Aqui, a religiosidade e a
festa pagã conservam o seu brilho, ano após ano, graças ao espírito das suas gentes
que congregam tudo num clima de verdadeira alegria onde não faltam as procissões,
bandas de música, marchas, cortejos etnográficos e desfiles de mordomia, grupos de

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danças e cantares, concursos e leilões. É, aliás, deste modo que ao longo do ano o
culto e a celebração popular atraem fervorosos peregrinos buscando milagres e
cumprindo promessas, mas também turistas, movidos pelo eco das tradições, curiosos
pelos lugares sacralizados, de cultura e património, do Norte, onde acorrem aos
milhares. Visitam os nossos templos de invocação, conhecem a antiguidade das suas
origens, percorrem as paisagens circundantes, maravilham-se com o colorido das
iluminações, partilham da nossa alegria, saboreiam as iguarias de uma especial
gastronomia, ouvem cantares ao desafio, dançam ao som da concertina e enchem o
coração com a simpatia e o calor humano com que no Norte de Portugal sempre
gostamos de receber. Venha daí você também e junte-se connosco à festa.

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1. REGIÃO MINHO - VIANA DO CASTELO

1.1. Festa das Rosas

As Romarias de Viana do Castelo começam no mês de Maio, tradicionalmente, com


esta Festa em Vila Franca que se realiza sempre no fim de semana do 2.º domingo de
maio. O ponto alto é o desfile dos Cestos Floridos, confecionados com caules, folhas,
botões e pétalas de flores naturais transportados à cabeça pelas mordomas, para
oferta a Nossa Senhora do Rosário. Durante a festa realiza-se o já tradicional festival
de folclore, que tem acolhido grupos nacionais e internacionais, passando por esta
festa uma diversidade imensa de trajes, usos e costumes que engrandecem esta já
grandiosa festa. Também, ao longo de todos estes anos, já passaram várias dezenas
de bandas filarmónicas tanto nacionais como internacionais. Como em todas as
tradicionais festas do Minho, também em Vila Franca encontramos as vendedeiras, as
doceiras, as famosas "tascas" de comes e bebes, as diversões para todas as idades,
entre muitas outras atrações, que fazem da festa das rosas o ponto mais alto desta
freguesia.

Fig. 1 - Festa das Rosas - Vila Franca do Lima – Viana do Castelo

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1.2. Festa da Senhora da Encarnação

A Grandiosa Romaria em Honra de Nossa Senhora da Encarnação é, porventura, o


maior acontecimento anual em Vila Mou, sendo reconhecida como uma das maiores
romarias do concelho de Viana do Castelo, realizando-se sempre no fim de semana do
Pentecostes

O ex-libris de Vila Mou, o Arco Festivo, imponente e ornamentado com flores, é uma
das maiores atrações da romaria. Também o tradicional cortejo de tabuleiros e a
imponente procissão atraem inúmeros visitantes a Vila Mou, que aproveitam assim
para venerar Nossa Senhora da Encarnação e também apreciar a bela música
brilhantemente executada por quatro bandas filarmónicas da mais elevada categoria.
A sessão monumental de fogo de artifício realiza-se tradicionalmente no Domingo
após as alegres despedidas das Bandas. Visitem Vila Mou durante a sua romaria e
deixem-se contagiar pela fé e bairrismo dos Vilamouenses.

Fig. 2 - Festa da Senhora da Encarnação - Vila Mou – Viana do Castelo

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1.3. Festas e Romarias em honra de Nossa
Senhora da Agonia

A Festa da Senhora da Agonia, talvez a mais célebre romaria da região, é celebrada


no fim-de-semana posterior a 15 de Agosto (dia da Solenidade da Assunção da
Virgem), e inclui habitualmente cortejos etnográficos, procissões terrestres, e
procissões fluviais no rio Lima com embarcações engalanadas. As ruas da cidade por
onde desfila o cortejo religioso que transporta a imagem da Virgem são decoradas
com tapetes de flores.

O culto votado à Senhora da Agonia remonta ao século XVIII. Está associado à


devoção das gentes ligadas à pesca, que agradeciam ou celebravam as graças
recebidas em momentos difíceis durante as tempestades ou os naufrágios.

Fig. 3 - Santuário da Senhora da Agonia – Viana do Castelo

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1.4. Trajes Minhotos
Por traje à vianesa entende-se o vestuário usado pelas raparigas das aldeias rurais
próximas da cidade de Viana do Castelo que ganhou características próprias que o
individualizaram em medos do século XIX e foi usado até inícios do século XX. Estas
características podem definir-se pela ousadia do seu colorido e pela enorme profusão
de elementos decorativos que lhe conferem um aspeto exuberante. Estas
características tornam-no único no panorama da indumentária popular em Portugal,
sendo facilmente reconhecido e identificado com a região de origem.
Esta foi a principal razão de o traje se transformar num símbolo da identidade local. O
primeiro impacto do traje é de espanto pela sua beleza, mas não podemos esquecer
que está integrado num contexto sócio cultural em que faz sentido: uma economia
rural próxima da auto-suficiência, que recorria a trabalhos recíprocos, coletivos e
gratuitos, com uma forte carga lúdica e de sociabilidade integrada.

Fig. 4 - Traje da Mulher do Minho – A Minhota

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2. REGIÃO MINHO – BRAGA

2.1. Semana Santa de Braga

A Semana Santa é um momento sagrado para os cristãos. Nela se comemoram os


mistérios da salvação a partir da recordação da última semana da vida de Jesus
Cristo. A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, passa pela Sexta-Feira
Santa (dia da crucificação e morte de Jesus) e termina no Domingo de Páscoa,
quando se celebra a ressurreição de Cristo.
A Semana Santa de Braga é um dos expoentes máximos de um vasto programa
turístico-cultural, e que seduz e atrai quem visita a cidade de Braga, conhecida por
vários merecedores epípetos, tais como "cidade dos arcebispos" e "Roma
portuguesa", e onde o som perene dos sinos das suas inúmeras igrejas e capelas
ecoa no coração de quem nos visita e provoca um sentimento nostálgico de saudade e
vontade de regressar.

Fig. 5 - Festa da semana santa de Braga

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2.2. Romaria de São Bartolomeu do Mar

Todos os anos, no dia 24 de Agosto, realiza-se a Romaria de São Bartolomeu do Mar,


padroeiro da freguesia com o mesmo nome, pertencente ao concelho de Esposende,
durante a qual as crianças são levadas a mergulhar, pelo menos três vezes, na água
fria do mar para que fiquem livres de muitos males.
Manda a tradição, que remonta ao século XVI (1566), que no dia 24 de Agosto, as
crianças e respetivos pais transportem uma galinha ou frango preto durante três voltas
à Igreja, que passem outras tantas vezes debaixo do andor e que, depois, vão à praia
“furar” ondas em número ímpar: três, cinco, sete ou nove, o chamado “banho santo”.

Fig. 6 - Romaria de S. Bartolomeu do Mar – Esposende

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3. Região Trás os Montes e Alto Douro - Vila Real

3.1. Sexta-feira 13 – Montalegre

Poucas festas em Portugal conseguem, de modo tão afirmativo e unânime, associar a


cultura popular aos desafios da contemporaneidade. A Sexta-feira 13 – também
designada por Noite das Bruxas, em Montalegre, constitui, provavelmente, o mais
disseminado exemplo da reinvenção das tradições populares de Trás-os-Montes.
A sua essência reside nos serões tradicionais de Barroso, espaço onde o fiadeiro de
contos e estórias do arco-da-velha preenchiam as longas noites de invernia.
Contos e lendas, magia e superstição, trocadilhos e lengalengas eram partilhados com
os mais novos, resultando num processo de transmissão da sabedoria e cultura
popular de Barroso, hoje em processo de recuperação.
Parte desta tradição oral, sobretudo ligada à superstição e ao fantástico, foi
recuperada pelo Padre Fontes no início da década de 1980, por intermédio do
Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes e, posteriormente, transposta
para os restaurantes e espaços públicos de Montalegre dando origem à Sexta-feira 13
– Noite das Bruxas.

Fig. 7 - Sexta-feira 13 - Montalegre

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4. Região Trás os Montes e Alto Douro – Bragança

4.1. Macedo dos cavaleiros - Caretos de Podence


Na aldeia de Podence, perto de Macedo de Cavaleiros e a 40 km de Bragança, o
Carnaval é um dos eventos mais importantes do calendário anual. É quando aparecem
os famosos Caretos de Podence, figuras diabólicas que nessa altura do ano têm
autorização para se exibirem.

No Domingo Gordo e na 3ª Feira de Carnaval, os rapazes da aldeia encarnam


misteriosas personagens vestindo trajes coloridos, feitos com colchas de franjas, e
tapando a cara com máscaras de lata, madeira ou couro, de nariz pontiagudo.
Prendem chocalhos e campainhas à cintura e cheios de energia percorrem a aldeia
aos saltos e gritos, perturbando a calma diária. Um dos principais motivos das
correrias é encontrar raparigas para dançar com elas e as "chocalhar". Assim se
divertem, protegidos pelo anonimato. Os rapazes mais novos que seguem e imitam os
caretos são chamados facanitos e asseguram a continuidade da tradição.

Fig. 8 - Caretos de Podence - Macedo de Cavaleiros

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5. Região do Douro Litoral – Porto

5.1. Festas de São João do Porto


O São João do Porto é uma festa popular que tem lugar de 23 para 24 de Junho na
cidade do Porto, em Portugal. Oficialmente, trata-se de uma festividade católica em
que se celebra o nascimento de São João Batista, que se centra na missa e procissão
de São João no dia 24 de Junho, mas a festa do S. João do Porto tem origem
no solstício de Verão e inicialmente tratava-se de uma festa pagã. As pessoas
festejavam a fertilidade, associada à alegria das colheitas e da abundância. Mais
tarde, à semelhança do que sucedeu com o Entrudo, a Igreja cristianizou essa festa
pagã e atribui-lhe o S. João como Padroeiro.
Trata-se de uma festa cheia de tradições, das quais se destacam os alhos-porros,
usados para bater nas cabeças das pessoas que passam, os ramos de cidreira (e de
limonete), usados pelas mulheres para pôr na cara dos homens que passam, e o
lançamento de balões de ar quente.
À meia-noite é tradicional o fogo-de-artifício, lançado a partir do Rio Douro.

Fig. 9 - São João do Porto

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6. Região da Beira Litoral - Aveiro

6.1. Festa das Fogaceiras – Santa Maria da Feira


Com rituais que perduram no tempo, a Festa das Fogaceiras é uma das maiores
manifestações religiosas do Norte de Portugal e a mais identitária festividade do
concelho de Santa Maria da Feira.
As meninas fogaceiras, que transportam a fogaça à cabeça vestidas de branco com
faixas coloridas à cintura, cumprindo a promessa feita ao mártir S. Sebastião em 1505,
são o ícone desta festa secular.
A tradicional festa das fogaceiras teve origem no voto ao Mártir São Sebastião feito
pelo povo de Santa Maria quando a peste matou uma boa parte da população. Em
troca, o povo prometeu uma festa e procissão no dia 20 de Janeiro. Nesta festa existe
a oferta de pão doce e delgado feito apenas para ocasiões especiais. A esse pão doce
e delgado foi dado o nome de fogaça.
Este dever foi feito simbolizado por três fogaças que eram levadas desde o Castelo
até à Igreja Matriz. Na Igreja era feita a bênção. Partidas e distribuídas as fogaças
serviam para afastar a fome a peste e a guerra.
A forma simboliza as quatro torres do Castelo de Santa Maria, como símbolo de união
das terras da Terra de Santa Maria.

Fig. 10 - Festa das Fogaceiras – Santa Maria da Feira

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6.2. Festas em honra de São Gonçalinho – Aveiro
As intemporais festas anuais em honra de São Gonçalinho ocorrem por altura da data
da morte de São Gonçalo (10 de Janeiro) e duram 5 dias no bairro da Beira Mar, em
Aveiro. A festa é caracterizada pelo louvor a S. Gonçalo, manifestado pelo
“pagamento” de promessas pelos seus devotos, através do lançamento de cavacas a
partir da platibanda que circunda o topo da capela com o mesmo nome, enquanto é
tocado o sino, para a multidão em baixo. Esta, utiliza os mais variados utensílios para
apanhar os doces (guarda-chuvas virados ao contrário, camaroeiros (ou nassas) ou
simplesmente com as mãos), que depois os comem ou levam para casa. São mais de
12 toneladas de cavacas que são lançados durante os dias dos festejos. A prática de
lançar cavacas é uma característica desta peculiar festa, transformando-a numa
original manifestação de tributo, culto e veneração prestada ao Santo pelos romeiros.
O ponto alto desta veneração é a procissão seguida da celebração eucarística de
domingo. O afeto das gentes do bairro da Beira Mar e muitos aveirenses ao seu Santo
padroeiro é de tal forma que o tratam carinhosamente por “o nosso menino”.
Para alem do lançamento das cavacas, outro ritual desta festa, realizado no interior da
capela, relaciona-se com a “entrega do ramo” aos mordomos encarregues da festa
dos dois anos seguinte. Trata-se de um ramo de flores artificiais, conservado há
muitos anos, tendo, por isso, um alto valor simbólico.

Fig. 11 - Festas em honra de São Gonçalinho – Aveiro

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7. Região da Beira Baixa – Viseu

7.1. Feira de São Mateus


A Feira de São Mateus é uma feira franca anual que se realiza todos os anos na
cidade de Viseu. Feirar está no sangue das famílias e amigos que todos os anos se
reencontram em Viseu, na Guardiã das Feiras Populares do país. É a grande Feira
Popular da região Centro e do país, com mais de 30 dias de festa, grandes concertos
nacionais e internacionais, diversões, gastronomia, comércio e muito mais.
Viagens de balão de ar quente a par do regresso dos “furinhos da Regina”, o
espetáculo de teatro de rua “Viver Viriato”, com uma marioneta gigante de quase 7
metros de altura que encarna o chefe dos lusitanos, novas arquiteturas e espaços
dedicados à gastronomia e doçaria regionais, a presença inédita da “Fábrica das
Enguias”, entre muitas outras novidades, fazem a tradição reinventada da Feira de
São Mateus.

Fig. 12 - Feira de São Mateus – Viseu

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8. Região da Beira Baixa - Coimbra

8.1. Festas da cidade de Coimbra e da Rainha


Santa Isabel
As Festas da Rainha Santa Isabel são a mais genuína manifestação de veneração da
cidade à sua Padroeira, esposa do Rei D. Dinis. D.ª Isabel de Aragão levou uma vida
dedicada a ajudar os mais necessitados e ainda em vida atribuíram-lhe vários milagres
e curas. Atualmente as Festas em honra da Rainha Santa Isabel realizam-se no mês
de julho, em anos pares. Num misto de manifestações religiosas e profanas, as Festas
têm como ponto alto as duas procissões (uma diurna e outra noturna) nas quais a
imagem da Rainha é transportada até à Igreja do Mosteiro de Santa Cruz,
regressando depois ao local de origem, o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, onde se
encontra sepultado o corpo incorrupto da Rainha Santa Isabel. São dias de grande
devoção, nos quais a cidade, engalanada, ganha uma atmosfera única e muito própria.
No início do mês de julho Coimbra transforma-se num enorme palco de festa. São as
Festas da Cidade, que enchem de animação, não só os mais emblemáticos espaços,
mas também os recantos mais típicos de Coimbra. É uma festa que surge para
celebrar a cidade, que junta história, tradições e modernidade. O evento decorre em
alguns dos mais importantes espaços patrimoniais da nossa cidade, como o Jardim da
Sereia, o Parque Verde do Mondego, a Praça do Comércio, a Praça 8 de Maio, o
Convento São Francisco, o Terreiro da Erva, entre outros, e, além das iniciativas
culturais, integra um vasto leque de atividades de promoção turística e desportiva.

Fig. 13 - Festas da Rainha Santa Isabel – Coimbra

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9. Região da Beira Alta - Tomar

9.1. Festa dos Tabuleiros


A bênção dos tabuleiros, as ruas ornamentadas, as colchas colocadas nas janelas, o
lançar de flores sobre o cortejo dos tabuleiros, constituído por centenas de raparigas
que transportam à cabeça os tabuleiros, é um espetáculo inesquecível.
O Cortejo dos Tabuleiros, anunciado por gaiteiros e fogueteiros, é presidido pelo
Pendão do Espírito Santo e pelas três Coroas dos Imperadores e Reis. São seguidos
pelos Pendões e Coroas de todas as freguesias, com a participação das raparigas que
levam os tabuleiros, terminando com os carros do pão, da carne e do vinho, puxados
pelos bois do sacrifício simbólico, de cornos dourados e fitas pendentes.
As raparigas que transportam os tabuleiros devem usar vestido comprido branco, com
uma fita colorida a cruzar o peito. São ajudadas por rapazes que também têm um traje
a rigor, camisa branca de mangas arregaçadas, calças escuras, barrete preto e
gravata na cor da fita da rapariga. O tabuleiro, que deve ter a altura da rapariga, é feito
de 30 pães, de formato especial com 400 gramas cada, enfiados equitativamente em 5
ou 6 canas. As canas são prendidas a um cesto de vime e rematadas por uma Coroa
com a Cruz de Cristo ou a Pomba do Espírito Santo. A decoração é completada com
flores de papel, verdura e espigas de trigo.

Fig. 14 - Festa dos Tabuleiros – Tomar

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10. Região da Estremadura e Ribatejo – Santarém

10.1. Feira da Golegã – Feira Nacional do Cavalo


Em meados do século XVIII, teve o seu começo a Feira da Golegã, chamada até 1972
Feira de São Martinho, data a partir da qual passou a denominar-se Feira Nacional do
Cavalo. É a Feira Nacional do Cavalo a mais importante e mais castiça de todas as
feiras que no seu género se realizam em Portugal e no Mundo. Ali se apresentam
todos os criadores, com os seus belos exemplares, razão pela qual, se transacionam
na Golegã, os melhores puro-sangue, criados no País, que são vendidos para vários
pontos do globo.
A Golegã há muito que passou a ser a Capital do Cavalo. O dia de São Martinho, de
feira que foi, passou ao maior espetáculo equestre público que se realiza a nível
gratuito em Portugal. Ralies, raids, jogos equestres, campeonatos, maratona de
carruagens, exibições, são alguns dos espetáculos que se realizam na Golegã. E para
complemento da festa justificando o adágio popular que, “Pelo São Martinho prova o
Vinho”, não faltarão a água-pé e as sempre apetecidas castanhas assadas.

Fig. 15 - Feira da Golegã – Santarém

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11. Região da Estremadura e Ribatejo - Vila
Franca de Xira

11.1. Festa do Barrete Encarnado


O Colete Encarnado é a maior festa de Vila Franca de Xira e uma das maiores festas
regionais do Ribatejo. Realizou-se pela primeira vez em 1932. O Colete Encarnado
realiza-se sempre no primeiro fim de semana de Julho e tem como primordial figura o
Campino, figura ímpar da lezíria ribatejana.
É uma festa que dura três dias, composta por largadas de touros em algumas ruas da
cidade, por festas nas Tertúlias, por concertos em diversos pontos da cidade que
promovem um são convívio entre os seus habitantes e os milhares de veraneantes
que visitam Vila Franca por esta altura. Tipicamente o programa inclui também uma
Missa Roceira (6.ª feira), um concerto pela Banda do Ateneu Artístico Vila-franquense
(Sábado), Concentração de barcos tradicionais, entrega do Pampilho de Honra, desfile
de campinos, charretes e carros alegóricos das Tertúlias e associações Realizam-se
também na Praça de Touros Palha Blanco duas Corridas de Touros e uma Garraiada
da Sardinha Assada.

Fig. 16 - Colete Encarnado – Vila Franca de Xira

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12. Região de Lisboa e Vale do Tejo
12.1. Festas em honra de Santo António
Santo António, muito venerado em Lisboa e tratado como um verdadeiro padroeiro da
cidade, dá o mote para as festas que atingem o seu ponto alto na noite de 12 de
junho, com o desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade. Na tarde do dia
13, a procissão em honra deste santo popular, que tem fama de casamenteiro,
percorre as ruas que rodeiam a Sé e dá o cunho religioso às festas.

As noites são animadas pelos arraiais nos bairros típicos de Lisboa, do Castelo à
Mouraria, Graça, Alfama, Ajuda e Bairro Alto, com muita música e dança ao ritmo das
canções populares. Enfeitadas com grinaldas e globos coloridos, as ruas são
invadidas pelo cheiro da sardinha assada e pelos aromas dos manjericos
acompanhados de um cravo de papel e de uma quadra alusiva a Santo António.

Junho é o principal mês destas festas, que se prolongam pelo verão e incluem eventos
muito diversificados como espetáculos de fado, jazz e outros géneros musicais, fado
nos elétricos que atravessam a cidade, festivais de cinema e teatro, provas
desportivas e exposições.

Fig. 17 - Santo António de Lisboa

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12.2. Marchas de Lisboa

Começaram como tradição assumida em 1932, apesar de já existirem desde o século


XVIII. Estão, desde sempre, ligadas às Festas de Lisboa, e ao dia de Santo António.

O “pai das marchas”, como lhe chamam, é um título atribuído ao cineasta Leitão de
Barros, que impulsionou a competição bairrista nos seus primórdios.

O grande desfile anual das Marchas Populares, acontece, tradicionalmente na véspera


do dia 13 de junho, pela Avenida da Liberdade. É um espetáculo e tanto: cada bairro
prepara a sua coreografia, cânticos, os seu trajes e adereços, e desfila Avenida
abaixo, mostrando o que de melhor que tiver!

O que é mostrado pela marcha de cada bairro, é inspirado em características de cada


um! As cores, o traje, as tradições. Esta tradição tão bairrista é um dos motivos pelos
quais adoramos as Festas de Santo António.

As canções e cantigas que tão bem conhecemos são uma parte fulcral das Festas e
das Marchas Populares

Fig. 18 - Marchas Populares de Lisboa

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13. Região de Setúbal
13.1. Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia
As Festas de Nossa Senhora do Rosário de Troia, padroeira dos pescadores de
Setúbal, decorrem entre os dias 4 a 9 de agosto.
Pescadores e suas famílias celebram a vida e as suas gentes nesta romaria
tradicional.
O desfile de embarcações engalanadas entre Setúbal e a Caldeira de Tróia é o rito da
Festa de Nossa Senhora do Rosário de Tróia.
Depois de uma missa em honra dos marítimos falecidos, na Igreja de S. Sebastião, os
devotos atravessam o Sado, em barcos engalanados, até Tróia. Na primeira noite,
realiza-se uma procissão de velas pela praia.
Além das cerimónias religiosas, há lugar para o convívio noturno, com bailes e
arraiais. No segundo dia das festas, ainda em Tróia, realiza-se o Concurso de Barcos
Engalanados.

Fig. 19 - Festas da nossa senhora do Rosário de Troia

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13.2. Festa do Senhor do Bonfim
Marcava o início da época da faina e era nela que os pescadores e marítimos pediam
ao seu padroeiro a proteção contra os perigos e a bênção para boas pescarias.
Eminentemente religiosa, esta festa tem como momento alto a procissão com imagens
do Senhor do Bonfim e as da Nossa Senhora da Arrábida e Nossa Senhora do
Rosário de Tróia – as santas protetoras das duas antigas comunidades de pescadores
de Setúbal (Fontainhas e Tróia), que segue até ao cais onde são abençoadas as
embarcações de pesca.

14. Região do Alentejo - ÉVORA

14.1. Festa de Nossa Senhora das Candeias


Num paraíso de encanto e calmaria, com paisagens únicas rodeadas pelas águas de
Alqueva podemos encontrar uma pequena vila com casario branco e gente humilde,
onde se ergue no cimo do monte o castelo, e no qual está integrado a Igreja Matriz de
Nossa Senhora das Candeias que acolhe a padroeira da terra.
Mourão localiza-se no Alentejo Central, é sede de concelho, e tem o Feriado Municipal
no dia 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias, data em que todos os
mouranenses regressam à Terra para comemorar a festa em honra da padroeira.

A devoção deste povo a Nossa Senhora das Candeias remonta aos primórdios do
século XIV, cerca de 1316, no reinado de D. Dinis. Era então venerada como Santa
Maria do Tojal, já que segundo a lenda, a Virgem teria aparecido entre moitas de tojo.
Certo é, que até aos dias de hoje, o culto a Nossa Senhora das Candeias faz com que
milhares de pessoas se desloquem anualmente a Mourão por ocasião da festa em sua
honra, com maior destaque no dia 2, dia em que a Padroeira percorre as ruas da vila
acompanhada por uma enorme multidão de gente, a perder de vista.

Aqui, surgem gentes de vários pontos do país, mas a grande fatia de população incide
sobre os filhos da terra e sobre os devotos de Nossa Senhora que residem nos
concelhos vizinhos, e dos quais as preces recaem sobre a Senhora das Candeias de
Mourão.

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A Procissão é uma das maiores e mais antigas manifestações religiosas do Alentejo.
Aqui podemos encontrar um misto de emoções e sentimentos patente no rosto e no
olhar de cada devoto. A fé, a esperança e a gratidão depositada em Nossa Senhora só
é percetível aos olhos de quem assiste.

A preparação da festa exige um exímio trabalho por parte dos mouranenses que
adornam o altar e o andor de Nossa Senhora com flores naturais, oferecidas conforme
as promessas de cada um, assim como o manto bordado a ouro. Um ritual que se
repete anualmente e que antecede o início da novena a 24 de janeiro.

No dia 2, a festa religiosa inicia com uma missa solene em homenagem a Nossa
Senhora, e ao final da tarde a Imagem sai à rua, carregada em braços por dezenas de
homens que todos os anos se voluntariam para esta missão e que carregam o pesado
andor movidos pela fé e pela adoração à Mãe de todos os mouranenses.

Nas ruas, os populares esperam a passagem de Nossa Senhora e têm no primeiro


contacto visual com a Imagem o momento de maior comoção e o auge das suas
preces, seguindo atrás do andor. A procissão é escoltada pela Guarda de Honra da
GNR e é composta por todos os guiões representativos dos Santos e movimentos que
compõem a Paróquia.

A acompanhar a procissão toca a Banda Municipal Mouranense, uma banda quase


centenária que anualmente acompanha a Padroeira. Já com a noite a cair e os sinos a
repicar, Nossa Senhora recolhe à sua Igreja sobre o olhar atento de todos os que
esperam ser abençoados no regresso às suas moradas. E eis que na despedida o céu
noturno de Mourão se ilumina com um esplendoroso espetáculo de fogo-de-artifício.

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15. Região do Alentejo - BEJA

15.1. Ovibeja - Feira agrícola


É uma feira que apela à participação ativa, ao exercício da cidadania, à construção de
mais-valias resultantes de todos os sectores de atividade ao encontro da afirmação
das diferentes dinâmicas, sejam do sector agrícola e agropecuário, dos
desenvolvimentos tecnológicos, da investigação científica, do saber fazer e do saber
ser.

É uma feira que nasce na terra e se desenvolve na cidade. A Ovibeja é uma feira
agrícola. Da produção. Mas também da transformação, dos serviços, uma mostra
institucional, um centro de negócios, de apresentação e discussão dos temas das
atualidades.

É uma feira das pessoas. Construída e vivida por quem nela participa. A Ovibeja é
uma feira diferente. Sem preconceitos.

De todas as idades. Da diversidade do campo. Das diferentes expressões da cidade.


Ergue-se com respeito à mais pura ruralidade, mas constrói-se de modernidade, numa
paleta de todas as cores.

A Ovibeja é a construção do sonho. “Todo o Alentejo deste Mundo”! A Ovibeja nasceu


em 1984 com uma exposição de ovinos num recanto da tradicional Feira da
Primavera, num verdadeiro esforço de voluntariado.

Os produtores reuniram-se com o objetivo de responder a alguns desafios da


sociedade e do sector agrícola de então e também para criar uma associação, a
ACOS - Associação de Criadores de Ovinos do Sul que, em 2012, mudou de
designação para ACOS – Agricultores do Sul.

Esta associação, a mesma que organiza todos os anos a já conhecida como a maior
feira agrícola do país, tem vindo a aumentar e diversificar a sua área de atuação, num
permanente esforço de atualização, de modernização e de resposta aos novos
desígnios colocados aos seus associados, ao sector, à região e ao próprio País.

Com o contínuo crescimento da feira e a sua valorização a nível nacional, no início dos
anos 90, a Ovibeja alarga-se além-fronteiras, passando a ser denominada por “Expo-
Internacional”.

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A feira continuou a afirmar-se progressivamente e, além de muitos outros fatores de
sucesso, o nome Ovibeja é um dos que a diferencia dos restantes certames. Passou,
por isso, a denominar-se simplesmente “Ovibeja”. A Ovibeja das pessoas e para as
pessoas.

Fig. 20 – Ovelha na feira agrícola

16. Região do Algarve - FARO

16.1. Procissão do Enterro do Senhor


As celebrações da Semana Santa em Faro remontam a 1678, ressaltando pela
sumptuosidade a tradicional Procissão do Enterro do Senhor, evocando a paixão de
Cristo, sendo as ruas ricamente decoradas e as varandas e janelas adornadas com
colchas e velas acesas para acolher o cortejo.

O secular préstito procura anualmente reviver, com densidade silenciosa, o episódio


protagonizado por José de Arimateia.

Pilatos, depois da confirmação da morte de Jesus, entregou o corpo de Cristo a este


membro do conselho do Sinédrio para que fosse sepultado.

A Procissão do Enterro do Senhor –, a segunda de maior expressão realizada no


Algarve, logo depois da de Nossa Senhora da Piedade (Mãe Soberana) –, que
percorre as principais artérias da capital algarvia perante a presença e participação de
milhares de pessoas, sai aberta por uma representação a cavalo da GNR e um friso
de tochas.

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Segue-se a matraca, cujo som áspero que se ouve ao longe, e que simboliza as ondas
de ódio amontoadas pelos judeus à volta de Cristo. A certa distância vem o guião
ladeado por duas lanternas.

Alguns metros desviados, a iniciar as alas os balandraus com tochas, a cruz com o
lençol pendurado. Entre as alas, o “tumbinho” carregando o corpo de Cristo, debaixo
do pálio.

Participam ainda no préstito autoridades eclesiásticas, civis e militares, as Ordens


Terceiras de Nossa Senhora do Monte do Carmo e Franciscana Secular, a Irmandade
da Misericórdia, os Bombeiros Municipais e Voluntários de Faro, os agrupamentos do
Corpo Nacional de Escutas, os grupos dos Escoteiros de Portugal e a companhia da
Associação de Guias de Portugal, entre outras entidades e instituições.

No meio, seguem os três andores, comportando as imagens de Nossa Senhora, o


apóstolo João e Maria Madalena, os três que permaneceram junto à cruz.

Fig. 21 - Procissão do Enterro do Senhor

17. Região Autónoma dos Açores

17.1. Festas do Espírito Santo


Anualmente, as festas do Espírito Santo decorrem um pouco por todo o arquipélago
dos Açores, todas as semanas desde a Páscoa até ao Domingo de Pentecostes, em
alguns casos, ou Domingo da Trindade, noutros casos.

No geral, durante as festividades semanais realizam-se as “alumiações” - um misto de


veneração das insígnias do Divino e de convívio alegre - e canta-se o “pezinho” ao
mordomo e às pessoas que realizam generosas ofertas ao Espírito Santo.

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Nestes festejos podem ouvir-se cantares ao desafio semelhantes ao norte de Portugal.
Em algumas localidades, a sexta-feira é o dia do sacrifício do gado, com vista ao
“bodo” que o mordomo, no domingo, oferecerá aos seus convidados.

No domingo realiza-se a primeira procissão que vai a casa do mordomo buscar a


coroa, o cetro e a salva, que são transportadas ritualmente por jovens vestidas de
branco para a igreja, onde se realiza a cerimónia da coroação.

A bandeira do Espírito Santo, de fundo escarlate com a Pomba-branca bordada, segue


sempre à frente na procissão. Estas procissões atualmente são acompanhadas pelas
filarmónicas, mas antigamente eram-no pelos foliões.

A sequência ritual das festas do Espírito Santo permite um conjunto de refeições,


dádivas e distribuições de alimentos cerimoniais às populações.

Nestas dádivas estão incluídas em algumas localidades, as Sopas do Espírito Santo -


feitas à base de carne de vaca cozida e de fatias de pão de trigo - diversas variedades
de pães e de massa sovada, biscoitos e doces. Estas sopas são oferecidas pelo
mordomo a toda a população.

As festas do Espírito Santo têm bastante significado nos Açores, embora de ilha para
ilha existam algumas diferenças nos festejos.

Nas Terras do Priolo, as festas do Espírito Santo são comemoradas em todas as


freguesias, existindo algumas que ainda cumprem com todas as festividades
semanais, enquanto outras realizam só em algumas as semanas, por falta de
disponibilidade de mordomos.

Fig. 22 - Festas do Espírito Santo

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17.2. Festas Sanjoaninas - Angra do heroísmo
As Festas Sanjoaninas são outra das mais bonitas festas e romarias em Portugal e
têm lugar na bonita cidade de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores.

Tal como a Festa da Flor, na Madeira, também as Festas Sanjoaninas são um dos
principais postais de visita dos Açores e atraem milhares de visitantes todos os anos,
por altura das comemorações do S. João, em junho.

Com um programa com mais de uma semana de duração, as Festas Sanjoaninas têm
vários motivos de interesse onde se destacam os concertos, a Feira Taurina de São
João e as marchas de São João.

A Feira Taurina de São João é um momento que pode ser apreciado por amantes da
tauromaquia – nesta feira poderá assistir, entre outras coisas, às touradas à corda e
às largadas de touros. As marchas de São João são o momento alto desta festa
popular e mais de 3000 figurantes participam neste que é um momento de música,
dança e diversão. Classificado pela UNESCO em 1983 como Património da
Humanidade.

Fig. 23 – Desfile Sanjoanino

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18. REGIÃO AUTONOMA DA MADEIRA
18.1. Festa da flor – Funchal
Desde há muitos anos que a ilha da Madeira é também conhecida como a “ilha das
flores” e isso deve-se ao facto de esta ilha reunir as condições climatéricas e não só
para que vários tipos de flores aqui desabrochem.

A nível histórico, a ilha sempre foi um ponto de passagem para navios que rumassem
aos continentes africano e americano.

Ao desembarcarem e ao passearem pelas ruas do Funchal, os visitantes eram


abordados pelas floristas que lhes venderiam todo o tipo de flores; para além disso, as
pessoas também podiam apreciar os belos jardins de cada casa.

Esta relação entre a Madeira e as flores continua viva e atrai cada vez mais visitantes
de todo o mundo. Há alguns momentos desta festa que não pode perder como o
Cortejo Infantil, que consiste num desfile de centenas de crianças vestidas de flores
que vão até à Praça do Município, onde é feito o “Muro da Esperança“.

O Cortejo Alegórico da Flor é, contudo, o momento alto das celebrações. Constituído


por centenas de figurantes vestidos a preceito e vários carros alegóricos, este cortejo
espalha por algumas ruas do Funchal a alegria tão típica deste tipo de eventos – um
momento a não perder.

Pode aproveitar igualmente esta altura do ano e esta festa em particular para admirar
os bonitos tapetes de flores e as exposições em torno deste tema.

A Festa da Flor é mais uma das bonitas festas e romarias em Portugal e é um postal
de visita à bonita ilha da Madeira, considerada a “Pérola do Atlântico” e eleita por
várias vezes como o melhor destino insular do mundo.

Fig. 24 - Popular com um Vestido feito de flores.

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