Você está na página 1de 22

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFG

O RECONHECIMENTO FACIAL COMO INSTRUMENTO DE SEGURANÇA


PÚBLICA E SEUS IMPACTOS NA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS - LGPD

FACIAL RECOGNITION AS A PUBLIC SECURITY INSTRUMENT AND ITS


IMPACTS ON THE GENERAL DATA PROTECTION LAW - LGPD

Aíse Vitória de Araújo Magalhães


Felipe Caires Guimarães

Guanambi (BA),
2023
Aíse Vitória de Araújo Magalhães
Felipe Caires Guimarães

O RECONHECIMENTO FACIAL COMO INSTRUMENTO DE SEGURANÇA


PÚBLICA E SEUS IMPACTOS NA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS - LGPD

FACIAL RECOGNITION AS A PUBLIC SECURITY INSTRUMENT AND ITS


IMPACTS ON THE GENERAL DATA PROTECTION LAW - LGPD

Artigo Científico apresentado ao curso de Direito do


Centro Universitário UNIFG, como requisito de
cumprimento parcial do componente curricular
obrigatório:Trabalho de conclusão de curso.
Orientador: Professor Dr. Raphael De Souza
Almeida Santos.

Guanambi (BA),
2023
LISTA DE SIGLAS

IA – Inteligência Artificial
LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados
PL - Projeto de Lei
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
PJE - Processo Judicial Eletrônico
PROJUDI - Processo Judicial
GAO- US Government Accountability Office
RF - Reconhecimento Facial
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Ilustração de biometria facial por IA
Figura 2: Processo Usado na Tecnologia de Reconhecimento Facial
SUMÁRIO

1. AGRADECIMENTOS........................................................................................................................... 5
1.1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................8
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................................................... 9
3. RECONHECIMENTO FACIAL E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: PREMISSAS BÁSICAS.10
4. PANORAMA DO RECONHECIMENTO FACIAL NO BRASIL E NO MUNDO SOB A ÓTICA
JURÍDICA................................................................................................................................................. 11
4.1 A Evolução Da Inteligência Artificial No Direito Digital: Ai Vs. Lawyers: The Ultimate
Showdown.................................................................................................................................................. 11
5. O RECONHECIMENTO FACIAL COMO AUXILIAR NA SEGURANÇA PÚBLICA: UMA
ANÁLISE FÁTICA PELO US GOVERNMENT ACCOUNTABILITY OFFICE (GAO)............... 12
6. O RECONHECIMENTO FACIAL NAS CÂMERAS DE SEGURANÇA PARA CAPTURA DE
FORAGIDOS DA POLÍCIA NA BAHIA.............................................................................................. 13
7. OS AVANÇOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL À LUZ DO PROJETO DE LEI 3.069/2022...
15
8. LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS: CONCEITOS............................................................ 15
8.1 O Reconhecimento Facial e Os Impactos na LGPD: Análise Crítica............................................ 16
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................19
1. AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de agradecer primeiramente a Deus que permitiu que esse trabalho fosse
possível.
Ao nosso orientador, Dr. Raphael De Souza Almeida Santos, por ter nos auxiliado nessa
breve e árdua jornada.
Aos nossos amigos, em especial Martha Beatriz e Alexandre Alves, que deram todo o
suporte e apoio necessário.
Aos nossos pais, a mestre e doutoranda Ediane Santos Caires por ter nos dado um rumo
nesse último desafio da graduação; Sr. Antônio Pereira Magalhães e Sra. Sení Paula de Araújo,
pelo amor e confiança durante toda a graduação.
A Advogada, professora, mediadora e conciliadora, Bela. Cláudia Viviane Martins
Lisboa Fernandes, pelo carinho e incentivo diário.
“Os tempos são líquidos porque, assim como a água, tudo
muda muito rapidamente. Na sociedade contemporânea, nada
é feito para durar”.
(Zygmunt Bauman)
O RECONHECIMENTO FACIAL COMO INSTRUMENTO DE SEGURANÇA
PÚBLICA E SEUS IMPACTOS NA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS - LGPD

FACIAL RECOGNITION AS A PUBLIC SECURITY INSTRUMENT AND ITS


IMPACTS ON THE GENERAL DATA PROTECTION LAW - LGPD

Aíse Vitória De Araújo Magalhães


Felipe Caires Guimarães1

Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar o reconhecimento facial como instrumento
de segurança pública e seus impactos na lei geral de proteção de dados - LGPD. As
implicações e desenvolvimento do reconhecimento facial, por meio de inteligência artificial,
como um instrumento auxiliar, por meio da biometria facial, tem apresentado alta relevância no
exercício do judiciário. O problema da pesquisa consiste na indagação: Quanto o
reconhecimento facial advinda de IAs (Inteligência Artificial) estaria sendo evoluída no direito e
seus limites no que tange a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)? A metodologia utilizada
foi um estudo qualitativo de caráter bibliográfico de autores que abordam a temática do
reconhecimento facial nas câmeras de segurança bem como, os impactos desta na LGPD.
Conclui-se que, observando o cenário contemporâneo e interdisciplinar do Direito, o impacto do
reconhecimento facial deve continuar crescer gradativamente nos próximos anos, e é necessário
que haja novos estudos e discussões do avanço da Inteligência Artificial, por estar definindo as
dinâmicas de poder, salientando a importância de novas abordagens jurídicas, com um olhar
especializado para a segurança e privacidade da população abrangida.

Palavras-chave: Inteligência Artificial; Reconhecimento Facial; Segurança Pública e Direito à


Privacidade.
Abstract: The aim of this article is to analyze facial recognition as a public security tool and its
impact on the General Data Protection Act (LGPD). The implications and development of facial
recognition, through artificial intelligence, as an auxiliary instrument, through facial biometrics,
has been highly relevant in the exercise of the judiciary. The research problem consists of the
question: How much is facial recognition using AI (Artificial Intelligence) evolving in the law
and its limits with regard to the General Data Protection Law (LGPD)? The methodology used
was a qualitative bibliographic study of authors who address the issue of facial recognition in
security cameras, as well as its impact on the GDPR. The conclusion is that, looking at the
contemporary and interdisciplinary scenario of law, the impact of facial recognition is likely to
continue to grow gradually in the coming years, and there needs to be further study and

1
Acadêmicos do curso de Direito da Instituição de Ensino Superior (IES) da rede Ânima Educação. E-mail:
aisevitoriaaraujomagalhaes@gmail.com ; felipecairesguimaraes@gmail.com . Artigo apresentado como requisito
parcial para a conclusão do curso Graduação em Direito do Centro Universitário UniFg da rede Ânima Educação.
2023. Acadêmicos do curso de Direito da Instituição de Ensino Superior (IES) da rede nima Educação. E-mail:
aisevitoriaaraujomagalhaes@gmail.com ; felipecairesguimaraes@gmail.com . Artigo apresentado como requisito
parcial para a conclusão do curso Graduação em Direito do Centro Universitário UniFg da rede nima Educação.
2023. Orientador: Professor Raphael De Souza Almeida Santos, doutorando em Direito pela Universidade Estácio
de Sá (UNESA/RJ). Mestre em Direito pela Universidade Estácio de Sá (UNESA/RJ). Especialista em Direito Civil
e Processual Civil pelo Centro Universitário de Araras (UNAR/SP). Bacharel em Direito pela Faculdade Pitágoras
(Unidade Divinópolis/MG). Professor do Curso de Direito e do Programa de Pós-Graduação (Lato Sensu) em
Direito Civil e Processual Civil do Centro Universitário de Guanambi (UNIFG/BA). Pesquisador do Núcleo Baiano
de Estudos em Direito e Literatura (DGP/CNPq) - SerTão -. Palestrante. Autor e colaborador de artigos e livros
jurídicos. Advogado inscrito na OAB/BA.
discussion of the advance of Artificial Intelligence, as it is defining the dynamics of power,
highlighting the importance of new legal approaches, with a specialized look at the security and
privacy of the population covered.

Keywords: Artificial Intelligence; Facial recognition; Public Security and Right to Privacy

1.1 INTRODUÇÃO
No cenário atual, é possível observar os avanços tecnológicos das últimas décadas,
permitindo que toda e qualquer área tenha seus trabalhos ampliados e facilitados, exigindo cada
vez mais recursos. Tecnologias estas, que estão em crescente expansão no Direito brasileiro,
destacando o reconhecimento facial advinda da inteligência artificial (IA), principal mecanismo
tecnológico do século XXI, utilizado na segurança de dados. (Tribunal Regional do Trabalho,
2020).
As inteligências artificiais, se tornaram necessárias na contemporaneidade, visto que,
desde os primórdios no ramo do Direito Digital, era possível observar a necessidade do
judiciário de aprimorar suas técnicas para um melhor desempenho do andamento de processos e
facilitar o trabalho dos operadores do Direito (GF Braz, 2022)
O surgimento dessas tecnologias, se tornaram tão vorazes e revolucionárias nos últimos
anos, que aprimoraram técnicas para o desenvolvimento na área do direito, facilitando a busca
de dados, dando celeridade aos processos judiciais, provocando impactos sobre o futuro da
advocacia no Brasil ou em todo globo (Azevedo, 2023).
Devido ao uso frequente do reconhecimento facial, como parte essencial da IA, foi
sancionada em 2018 no Brasil, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), que tem
como objetivo regular o tratamento de dados pessoais estabelecendo parâmetros éticos e
normativos para sua utilização, armazenamento e proteção. Entretanto, este estudo, tem por
objetivo analisar as implicações e desenvolvimento do reconhecimento facial por meio de
inteligência artificial, como um instrumento auxiliar no judiciário por meio da biometria facial.
Esta pesquisa não se concentra apenas em explorar as capacidades e limitações do
reconhecimento facial baseado em IA, ela também examina como essas práticas se relacionam
com os princípios legais presentes na LGPD. Essa análise se torna imprescindível para
compreender as implicações, desafios e a necessidade de orientar práticas mais responsáveis e
conformes com a legislação em vigor, visando assegurar os direitos individuais e a proteção de
dados em um contexto de avanços tecnológicos em constante evolução.
Diante disso, surge a pergunta norteadora deste trabalho científico: até que ponto esta
tecnologia se alinha com os princípios estabelecidos na legislação brasileira?
Perante o questionamento, o presente artigo se constitui num levantamento de dados
acerca das recentes e constantes conquistas realizadas pelo mundo jurídico, dando ênfase de
discussões sobre a implementação das mais diversas tecnologias no Direito e suas mudanças
significativas, destacando o reconhecimento facial, sua relação com a inteligência artificial,
como ferramenta de vigilância, assegurando a segurança pública e o impacto reflexo com a
LGPD.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
No que tange a metodologia utilizada no presente artigo, trata-se de uma revisão de
literatura narrativas, apontando um levantamento teórico de artigos, de monografias e notícias
envolta da imensidão do mundo tecnológico, além da Constituição abarcando leis que abordam
a temática.
O caminho metodológico percorrido para guiar instrumentos de coletas de dados foram
determinados pelas etapas descritas abaixo:
Etapa 1 - Inicialmente, foram analisados e estudados uma quantidade de
aproximadamente 13 artigos, 10 sites informativos e monografias sobre a temática de
Reconhecimento facial por meio da inteligência artificial;
Etapa 2 - Em seguida, foi analisado e conceituado o termo inteligência artificial” e o
“reconhecimento facial” e suas evoluções na sociedade contemporânea, por meio dos artigos de
SILVA e MAIRINK (2019), citando também o seu avanço no Direito digital, abordando o
estudo do uso de IA em contratos de confidencialidade desenvolvidos pelo LawGeex e a
questão do avanço tecnológico do PJE, mencionado por Floridi et al., 2017 apud NEGRI, et al.,
2020 p. 83;
Etapa 3 - Posteriormente, foi feito um estudo acerca do relatório de 2020 do U.S.
Government Accountability Office, de 90 páginas, abordando o processo de reconhecimento
facial por meio de IAs e todo os estudo feito no relatório sobre a implementação da tecnologia
nas agências federais;
Etapa 4 - Em seguida, foi analisado o artigo científico o do autor FERNANDES (2022),
em seu trabalho de conclusão do curso de Direito da UniFG, sobre as IAs estarem extremamente
inseridos no nosso dia - a - dia;
Etapa 5 - Diante disso, esses conceitos foram se aprimorando nos estudos e possibilitou
o entendimento geral do tema a fim de trazer uma complementação de como é o funcionamento
dessas tecnologias, trazendo um estudo necessário do “big data”, que foi devidamente estudada
neste trabalho, mencionando um periódico publicado por NEGRI, et al., 2020 p. 83;
Etapa 6 - Ao analisar esse sistema tecnológico da inteligência artificial, destacando o
reconhecimento facial, foi feita uma análise e estudos envolta de sua importância ao mundo
jurídico, mencionando uma abordagem de um caso concreto da cidade de Salvador(BA), por
meio de uma reportagem do Fantástico no site do G1(2023) e também da UOL notícias;
Etapa 7 - Ademais, com a finalidade de se aprofundar ainda mais nos estudos para
entender de fato a contestação e os impactos do reconhecimento facial através da IA e sua
relação com a lei geral de proteção de dados (LGPD), foi preciso buscar, opiniões e fatos de
artigos publicados por autores que discutem a implementação do reconhecimento facial nas
câmeras de segurança no Brasil (noticiário pela câmara legislativa) e em outros países, citando a
China e os Estados Unidos (levantamento feito por meio de noticiários/reportagens da CNBC -
oficialmente Consumer News and Business Channel);
Etapa 8 - Contudo após todo o estudo doutrinário e teórico, foi feita uma análise acerca
do projeto de lei 3.069/22 e a sua devida relação com a LGPD, apontando as discussões feitas
pela advogada Patrícia Peck (CEO e sócia da Peck Advogados) mencionada pela autora
MARTINS (2023) e partir desta, contribuindo com mais opiniões sobre relação da PL e a lei
citada;
Etapa 9 - Ao compreender todas essas abordagens, a última etapa, foi realizada por meio
de pesquisas com discussões abordadas por teóricos em seus periódicos, que tratam dos pontos
negativos do reconhecimento facial através de IAs, destacando a questão de não reconhecimento
de pessoas gêmeas e as falhas dessa tecnologia, e com isso, trazendo discussões com o objetivo
de discutir e contestar a veracidade do uso de reconhecimento facial advinda dos sistemas de IA,
no Direito.

3. RECONHECIMENTO FACIAL E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: PREMISSAS


BÁSICAS
O reconhecimento facial é uma identificação das características humanas, podendo
detectar pontos específicos do rosto dos usuários, em celulares, câmeras de segurança, webcams
e entre outros (Neoway, 2021).
Ressalta-se então, que a inteligência artificial, tornou possível produzir essa tecnologia
de capturas de imagens, conhecida como reconhecimento facial. De acordo Lemos (2023), para
compreender e conceituar a inteligência artificial, faz-se-a necessário, entender o seu significado
pelo dicionário de Cambridge “o termo está relacionado ao desenvolvimento de sistemas de
computador capazes de realizar tarefas que exigem inteligência humana, como percepção visual,
reconhecimento de fala, tomada de decisão e tradução entre idiomas”.
Além disso, a empresa Neoway (2021), por meio do seu artigo, salienta ainda que a
detecção de imagens por meio da biometria facial, tornam para o mundo tecnológico uma
revolução, pois, é capaz de aprofundar em características marcantes e individuais de cada
indivíduo, conseguindo diferenciar formatos, distância e entre outros. Com essa premissa,
podemos presumir que esta tecnologia capaz de reconhecer características humanas, facilitou
diversos ramos sociais, como o da segurança pública. Assim, mencionam Silva et al. (2022), que
essa tecnologia mostrou-se crucial nas câmeras de monitoramento de locais públicos
armazenando os dados pessoais em um banco de dados em tempo real.
Contudo, é evidente a presença intrínseca da tecnologia de reconhecimento facial por
meio de IAs na sociedade mundial e os benefícios no que tange a otimização do exercício do
poder judiciário, devido a celeridade, pois se trata de uma máquina que faz a transferência de
dados pessoais e biométricos, analisando cada tópico e ponto específico do usuário.

4. PANORAMA DO RECONHECIMENTO FACIAL NO BRASIL E NO MUNDO SOB A


ÓTICA JURÍDICA
4.1 A EVOLUÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO DIREITO DIGITAL: AI VS. LAWYERS: THE
ULTIMATE SHOWDOWN

A evolução tecnológica no judiciário não se limitou ao Brasil, no exterior, por exemplo,


há estudos acerca de IAs nos contratos de confidencialidade como auxiliar de análise de
contratos em um tempo relativamente curto. Observa-se isso, numa matéria publicada pela
LawGeex,(2020)2, que exemplifica em imagens, a comparação de IAs com advogados, na
“disputa”, chamada pela empresa de “AI vs. Lawyers: The Ultimate Showdown”, em tradução
literal, “IA vs. advogados: o confronto final”. O estudo foi devidamente avaliado por docentes
das universidades de Stanford e da Universidade do Sul da Califórnia.
No estudo mencionado, foram comparados 20 advogados de associações de escritórios
renomados dos Estados Unidos da América, com uma inteligência artificial desenvolvida pela
empresa LawGeex (2020), para que analisassem contratos de confidencialidade. O objetivo
dessa comparação, era para observar a otimização do tempo gasto por um profissional humano
(advogado) à uma inteligência artificial. Na pesquisa realizada, dos 20 advogados participantes,
apenas 1(um), obteve bom êxito de 94% (noventa e quatro por cento), levando cerca de 51
(cinquenta e um) minutos para analisar e rever 5 (cinco) contratos de confidencialidade. Em
contrapartida, com uso da Inteligência Artificial, na mesma proporção de êxito, de 94%
(noventa e quatro por cento), mas com apenas 26 (vinte e seis) segundos, conseguiu desenvolver
a análise completa de um contrato de confidencialidade, configurando assim, uma diferença
demasiadamente grande. Logo, é evidente a evolução tecnológica no âmbito jurídico, das tarefas
mais simples às mais complexas.
É importante salientar, que a inteligência artificial presente no Direito Digital, seja no
Brasil ou no mundo, otimizou o tempo do operador do Direito e a tendência será o crescimento
gradativo desta tecnologia ao longo das necessidades do judiciário, beneficiando a sociedade.
Conforme estabelece a matéria publicada pelo Conselho Nacional de Justiça em outubro de
2023, as incorporações de novas IAs ao PJE (Processo Judicial Eletrônico), já previstas na
portaria 25/2019, corroboram com o sucesso da prática jurídica.
A portaria 25/2019, instituiu um plano importante de implantação da tecnologia, com a
presença do juiz auxiliar do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que apontou a necessidade “do

2
Empresa de Software de automatização de contratos jurídicos
direito olhar para o futuro”, acompanhar o desenvolvimento da sociedade, e consequentemente
criar formas de otimizar o poder judiciário (Tribunal Superior do Trabalho, 2023)
Conforme o exposto, o argumento trazido pelo juiz auxiliar da presidência do CNJ e as
observações do estudo apresentado pela IA desenvolvida pelo LawGeex, é perceptível, a visão
crítica dos pesquisadores, sobretudo, os magistrados a respeito da tecnologia na tramitação de
processos judiciais. Além disso, é notório, como o poder judiciário observa essa questão como
um facilitador do dia-a-dia ao profissional do Direito.

5. O RECONHECIMENTO FACIAL COMO AUXILIAR NA SEGURANÇA PÚBLICA:


UMA ANÁLISE FÁTICA PELO US GOVERNMENT ACCOUNTABILITY OFFICE
(GAO)

É de conhecimento geral, que o desenvolvimento das IAs fortaleceu e otimizou o tempo


gasto pelo poder judiciário, no que concerne à tramitação de demandas judiciais e se tornou uma
ferramenta imprescindível no Direito Digital. Nesse sentido, na análise sobre o reconhecimento
facial em capturas de câmeras de segurança, o US Government Accountability Office (GAO),
assim como, pesquisadores do mundo todo, levou em consideração a biometria e todo o escopo
da face humana, conforme a figura abaixo:

Figura 01: Ilustração de biometria facial por IA

Fonte: Victor Vision (2022)

Alves (2020), em um estudo sobre o reconhecimento facial como facilitador e


instrumento crucial na segurança pública da cidade de Florianópolis - SC, sobretudo, os
equipamentos para essa tecnologia, julgou necessário suportes modernos capazes de suportar
dados com uma excelente qualidade de imagem, pois, um aparelho com suportes defeituosos,
sem os devidos atributos, podem dificultar a biometria facial no banco de dados e
consequentemente gerar resultados negativos sobre o reconhecimento do rosto do indivíduo.
Assim dispõe o autor, que o sistema de reconhecimento facial, são apenas softwares
“poderosos”, pois trás um funcionamento impactante, por conseguir detectar pontos humanos
em câmeras de segurança, com o armazenamento dessas informações em um Banco de Dados.
Diante disso, pode-se citar, os casos de ampliação do reconhecimento facial nas câmeras
de segurança nos Estados Unidos, que nos últimos meses está sendo altamente discutido entre
estudiosos e políticas públicas do país, que acreditam ser benéfico como instrumento judicial.
Conforme publicado o relatório de US Government Accountability Office (GAO)3, com o título
“Facial Recognition Technology: Current and Planned, Uses by Federal Agencies”
(“Tecnologia De Reconhecimento Facial: Atual e Planejado, Usos por Órgãos Federais”), no
ano de 2021, que estabeleceu a necessidade do avanço das IAs, sobretudo, do reconhecimento
facial em agências federais, com o intuito de desenvolvimento e expansão até o ano de 2023. A
utilização será para questões relativas à segurança cibernética, militares com legitimidade
exclusiva federal, suscitam no documento que o US Marshals Service4, irá utilizar a tecnologia
para detectar o rosto dos detidos.
Mit Technology Review (2021), publicou um artigo sobre o relatório citado, explicando
que vários segmentos e/ou agências irão adotar o sistema, mencionando o departamento de
Imigração dos EUA juntamente com o Gabinete do Procurador do Distrito de Lehigh County5,
na Pensilvânia, possuem a intenção de expandir cada vez mais o sistema de reconhecimento
facial, através de um aplicativo de IA para “anti-gangues”.
Ainda, neste relatório, além de frisar os objetivos de implementação e suas necessidades
auxiliadoras, apresentou uma ilustração de uma biometria facial, mostrando, como essa
tecnologia funciona, com 4 etapas, conforme se observa na figura abaixo:

Figura 02: Processo Usado na Tecnologia de Reconhecimento Facial

Fonte: GAO-21-526, Facial Recognition Technology (2021)

6. O RECONHECIMENTO FACIAL NAS CÂMERAS DE SEGURANÇA PARA


CAPTURA DE FORAGIDOS DA POLÍCIA NA BAHIA

Há muitos debates acerca da inteligência artificial nas câmeras de segurança, sendo


promissor e preponderante ao conseguir comparar imagens de suspeitos com dados

3
Escritório de Responsabilidade do Governo dos EUA - Órgão do Poder Legislativo
4
Serviço de Delegados dos Estados Unidos (United States Marshals Service)
5
Um território/ vilarejo da Pensilvânia subdividido administrativamente
armazenados no banco de dados. Tal tecnologia, foi possível observar no primeiro caso
concreto em Salvador (BA), no ano de 2019, que na época gerou repercussões acerca da
implementação do uso dessa tecnologia para captar possíveis criminosos. Sendo então, eficaz
ao conseguir capturar um homem que estava ‘fantasiado de mulher’ (Santos, 2019). De
acordo ao noticiário da Uol Notícias, (2019), a Secretária de Segurança Pública do Estado da
Bahia, alegou que este foi o primeiro criminoso a ser reconhecido por meio da tecnologia
implantada e que gerou um alívio, pois, o sujeito era alvo de mandado de prisão e era
apontado como homicida.
Além disso, vale ressaltar que o uso desta tecnologia cresceu na capital baiana, em
2023, no Carnaval, no qual, foragidos da polícia estavam em multidões no trio elétrico e as
câmeras de reconhecimento facial capturaram 77 (setenta e sete) criminosos. Conforme
apresentado pela reportagem do Fantástico através do G1 (2023): "Um sistema de
reconhecimento facial identificou 77 (setenta e sete) foragidos da polícia em Salvador". Ainda
a reportagem mencionou a otimização desta tecnologia em conseguir em uma noite, a
identificação e comparação de forma simultânea de 30 (trinta) rostos diferentes, conseguindo
ser altamente eficaz para os policiais.
Devido a isso, conforme a repórter Patrícia Cruz (2020), o sistema foi se
intensificando em outras capitais do Brasil, como foi o caso da tecnologia utilizada no
Carnaval de São Paulo, que porventura, não foi tão somente para captura de foragidos da
polícia, mas também, foi utilizado para encontrar pessoas desaparecidas com um software
funcionando em tempo real.

[..]o reconhecimento facial funciona bem, mas pode apresentar falhas. Por isso, o
trabalho será desenvolvido em conjunto: além do trabalho na sala de situação que vai
monitorar as câmeras, haverá policiais trabalhando nas ruas e em um laboratório
biométrico. “Toda tecnologia pode ocasionar uma falha. Mas vamos trabalhar em
conjunto com todos os agentes que estão in loco, no trabalho na rua. E aqui [na sala
de situação) vamos estar recebendo as imagens e fazendo a confrontação na base.
Vamos tentar diminuir ao mínimo possível a chance de alguma falha”, disse ele, em
entrevista coletiva hoje (Cruz, 2020)

Além disso, na referida reportagem, menciona-se outro avanço do software juntamente


a tecnologia de reconhecimento facial, sendo possível observar e detectar usuários que
estariam bebendo excessivamente, tão somente pela captura de biometria. Diante disso,
podemos perceber que o software de reconhecimento facial por meio de Inteligência Artificial,
é uma ferramenta que tem sido útil a justiça neste quesito, pois ele compara de forma
simultânea as imagens das câmeras e as dos sistemas de bancos de dados da polícia.
Como se observa, o reconhecimento facial nas câmeras de segurança é uma novidade
com demasiada utilidade à justiça, sendo que, em outros tempos, a identificação de um
foragido da polícia, sem o auxílio dessas tecnologias, seria um trabalho mais árduo e
excessivo.
7. OS AVANÇOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL À LUZ DO PROJETO DE LEI
3.069/2022

No decorrer da implantação de IA no mundo jurídico, devemos levar em


consideração os limites legais dessa tecnologia na vida dos usuários, pois, conforme
menciona Negri et al (2020, p.83), com a preponderância desta tecnologia no direito digital, é
evidente o aumento de questões relacionada a direitos fundamentais, como a de segurança,
privacidade e proteção de dados pessoais e consequentemente, a necessidade de uma posição
estatal acerca da dignidade pessoal.
Diante disso, no Brasil, a ideia de implementação intensa dessa tecnologia, não é uma
surpresa, tendo em vista que, o projeto de lei 3.069/22, que determina a utilização do
reconhecimento facial nas questões referentes à segurança pública e administrativas, com o
intuito de regulamentar a utilização da tecnologia em uma realidade de possível identificação
de autores de crimes, coautores e/ou testemunhas, em casos de pessoas desaparecidas
(Gonzaga, 2022).
Diante o projeto de lei em questão, embora pareça uma proposta nociva e necessária,
ainda há controvérsias e contestações sobre a implementação desta tecnologia, em virtude de
que possa afrontar os direitos fundamentais, no que tange, a probabilidade de riscos à
incriminação errônea. De acordo ao docente Juliano Maranhão da Universidade de São Paulo,
argumenta, na matéria do Jornal da USP (2023), a respeito do projeto de lei: “É um tema
polémico e nível de riscos e possibilidade de discriminação são pontos-chave na proposta em
tramitação no Senado.”
O Jornal da USP (2023), salienta ainda, pela fala do docente Maranhão, que a
implementação do reconhecimento facial nas câmeras de vigilância é problemática, tendo em
vista da possibilidade de estar limitando o direito fundamental do indivíduo estar livremente
em espaços públicos, afirmando “traria uma espécie de ‘vigilância em massa’”. Todavia, o
professor acredita que a implementação possa ser favorável em questões mais complexas de
alto risco, citando a identificação de foragidos ou suspeitos.
Contudo, no projeto de Lei nº 3.069/22, é mencionada essa questão apontada por
Maranhão, afirmando que “nenhuma ação ou diligência policial de restrição da liberdade de ir
e vir poderá ser efetuada simplesmente a partir do reconhecimento facial, sem a confirmação
de um especialista (Brasil, 2022).”
Dessa forma, é possível compreender que há controvérsias no que tange o projeto de
lei e as discussões acerca do direito fundamental, pois, a maioria dos estudiosos apontam que
possa haver uma violação ao princípio, previsto na Constituição Federal de 1988, em seu
artigo 5º, XV.
8. LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS: CONCEITOS

Inicialmente, é sabido sobre a necessidade de proteção de dados pessoais, considerados


sensíveis para promover a dignidade da pessoa humana, conforme a lei nº 13.709/2018, a Lei
Geral de Proteção de Dados Pessoais, famosa LGPD, instituída pelo regulamento geral de
dados (GPDR). Contudo, a sanção da referida lei no Brasil pelo ex-presidente Michel Temer,
está vigente desde agosto de 2018, com o intuito de regulamentar diretrizes e proteger dados
pessoais dos indivíduos, uma vez que, a nossa carta magna prevê a proteção da privacidade de
dados (Panek, 2018).
A Lei Geral de Proteção de Dados é fundamental, pois regula a forma que os dados
pessoais são utilizados. Em vigor desde setembro de 2020, a LGPD define dados pessoais
como informações relativas a uma pessoa física identificada ou identificável, incluindo nomes
e números de identificação, bem como informações mais granulares, como endereços IP e
cookies. O processamento de dados inclui todas as operações com esses dados, como coleta,
armazenamento, processamento e compartilhamento (Lei nº 13.709/2018).
Além disso, a Lei nº13.709/2018, destaca a minimização de dados, a qualidade destes, a
segurança e a responsabilidade como princípios essenciais. As organizações devem evitar a
coleta excessiva, manter os dados precisos e atualizados, garantir a segurança contra
vazamentos e cumprir suas obrigações legais. Outrossim, não apenas protege a privacidade dos
cidadãos, mas também estabelece regras claras para o tratamento de dados pessoais, promove
uma cultura de proteção de dados no Brasil e fortalece a confiança neles. Portanto, seu
cumprimento é crucial para organizações que lidam com informações da população no país
(Resende, 2020).
Vale destacar, conforme a emenda 115/2022, a qual informa que a proteção de dados
pessoais se tornou um direito fundamental, por ser algo inerente à dignidade da pessoa humana,
tendo como princípio a importância do direito à privacidade, assim elencado no artigo 5º da
Constituição Federal (Sarlet, 2022).
Entende-se que é mais do que essencial uma devida proteção aos dados pessoais das
pessoas, uma vez que, é algo subjetivo aos seres humanos, devendo ser preservado, protegido
com limitações a serem observadas por um ordenamento jurídico, para que as pessoas possam
viver de forma mais seguras e não se sentirem invadidas por terem seus dados expostos
(Governo Federal, 2023).

8.1 O RECONHECIMENTO FACIAL E OS IMPACTOS NA LGPD: ANÁLISE CRÍTICA

Há discussões presentes na câmara do legislativo para trazer projetos de lei que


buscam utilizar o reconhecimento facial, como ferramenta de segurança pública, em apenas
última instância. Assim, dispõe o projeto de lei de Guida Peixoto (2022), deputado do partido
PSC-SP, que acredita ser invasivo o uso da tecnologia de modo diário no judiciário, e por
meio de sua PL, veda o uso da tecnologia para setores públicos ou privados, pois, em suas
palavras, poderá provocar um ato inconstitucional no tratamento de dados pessoais.
Além disso, conforme a Agência Câmara de Notícias (2022), menciona o projeto de lei
em questão, e traz menções sobre outros deputados, discorrerem que, se for implantado tal
tecnologia no âmbito da segurança pública, é necessário que haja um relatório que demonstre a
necessidade e que este é o meio mais eficaz de conseguir identificar o rosto do indivíduo.
Ademais, reforçam que determinado uso intensivo no setor público ou privado, pode ocasionar
na indiscriminação, ou seja, o reconhecimento facial , possa ser um perigo a sociedade,
devido a pessoa ser indiscriminada pela probabilidade de erro do reconhecimento facial, além
do roubo de dados, violando o dispositivo constitucional do artigo 2º, inciso I, da Lei Geral de
Proteção de Dados.
O deputado Peixoto afirma: “A consequência do mau uso desses dados pode ser
extremamente nociva para os cidadãos. Imagine-se a hipótese de uma pessoa ser presa por
erros na identificação ou então o constrangimento de ter negado o acesso a determinado
estabelecimento do qual é sócio (Câmara de Deputados, 2022).”
No mesmo sentido, a autora Martins (2023), reconhece que a prática deste uso pode ser
prejudicial por questões de indiscriminações e principalmente a violação do princípio ao
respeito à privacidade, presente na LGPD. A autora ainda menciona a fala de Patrícia Peck,
CEO e sócia da Peck Advogados, detentora neste assunto no Brasil: “A LGPD traz um
conjunto de situações que são chamadas de ‘exceções ao consentimento’ e o reconhecimento
facial pode entrar em diversas dessas situações.” Aparentemente, a fala abordada pela
advogada é simplesmente, entender que em situações como a de segurança pública, não é
preciso a prévia autorização dos usuários no reconhecimento facial. No entanto, se a
tecnologia quer ir além, pedindo questões específicas da pessoa, como “etnia ou gênero”, já se
torna algo muito invasivo.
Na mesma linha de raciocínio, Martins (2023), complementa que é imprescindível a
utilização de uma tecnologia que auxilie o judiciário, mas, a partir do momento que utilizam
dados específicos, tal utilidade se torna inconveniente a pessoa que está sendo violada.
Portanto, as discussões acerca do assunto, se trata de que a tecnologia de
reconhecimento facial como instrumento do judiciário, traz impactos aos dados pessoais, por
serem algo sensível ao ser humano, ainda que seja para segurança pública, deveria haver
limitações a respeito de até quando a tecnologia pode buscar informações muito pessoais e
indevidas, referente a características muito específicas, como, etnia, gênero, trazendo o uso
irresponsável dessa tecnologia para se aproveitar da vulnerabilidade do usuário.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em virtude dos fatos abordados, o presente artigo visa contribuir nos amplos debates
acercas das problemáticas acerca do reconhecimento facial como auxiliador na segurança
pública, explorando as questões relativas ao seu desenvolvimento na área jurídica destacando o
PJE, estudos do GAO sobre a utilização em agências federais, bem como, os limites
estabelecidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
É de senso comum questionar-se enquanto envolto em tecnologias emergentes e
mutáveis, as quais não despontam confiança em seus usuários. Conforme supracitado, elas
surgem de forma agressiva, com fulcro em proporcionar inúmeras mudanças na sociedade atual.
Nesse sentido, essas novas tecnologias vêm sendo discutidas por autores, como um aparato
"facilitador nas ações humanas", no que tange ao Direito, as tecnologias de reconhecimento
facial, seriam um mecanismo de auxílio ao judiciário; à administração pública e de fato um
avanço jurídico.
Dado que esse assunto é atual, torna-se fragilizado, pois é crucial que se preste uma
grande atenção às inovações do Direito Digital, a fim de que os operadores do Direito possam
compreender e moldar adequadamente essa tecnologia às necessidades e lacunas do Direito, que
também deve se manter em constante evolução. Não obstante, a ideia de regulamentar a IA,
como uma forma de minimizar conflitos com os princípios fundamentais estabelecidos na
Magna Carta. Para tanto, é necessário almejar e alcançar um consenso entre doutrina e
jurisprudência, a fim de regulamentar o uso da tecnologia de reconhecimento facial de maneira
adequada e aplicável.
REFERÊNCIAS

ARAÚJO, R.A; CARDOSO, N.D. & PAULA, A.M. Regulação e uso do Reconhecimento Facial
na segurança pública do Brasil. Revista de Doutrina Jur: Brasília, DF, v.112, Setembro, 2021.

BASTOS, E.A.V & ESTEVES, V.B. Tecnologias de Reconhecimento Facial: Um Estudo a


Partir do Contexto de Vigilância Digital e Sutil. Revista Direitos Democráticos & Estado
Moderno, Faculdade de Direito da PUC: São Paulo, nº 35, p. 216-240, Jul./Dez. 2021

BECK et al. Os (ab) usos da tecnologia de reconhecimento facial na segurança pública e na


prestação de serviços a partir da pandemia de covid-19. Revista Pensamento Jurídico – São
Paulo – Vol. 15, Nº 2, maio/ago. 2021

BELTRAME, Renan. Veja os impactos e a importância da relação entre as áreas de direito e


tecnologia. [S. l.]: Aurum, 31 mar. 2021. Disponível em:
https://www.aurum.com.br/blog/direito-e-tecnologia/. Acesso em: 29 abr. 2023.

BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 ago. 2018. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm . Acesso dia 21 de
outubro de 2023.

BRASIL, TRT 3ª REGIÃO. O Avanço da Inteligência Artificial e a Justiça: Reconhecimento


Facial (Utilização e Implicações) Brasil e EUA. Disponível em:
https://www.trf3.jus.br/emag/emagconecta/o-avanco-da-inteligencia-artificial-e-a-justica-reconh
ecimento-facial-utilizacao-e-implicacoes-brasil-e-eua/ . Acesso dia 15 de novembro de 2023

BRAZ, G. F. Decisão Judicial Por Meio Da Inteligência Artificial E O Desrespeito à


Garantia Fundamental Da Motivação No Judiciário Brasileiro. 2022. Dissertação (mestrado
em Direito) – Universidade Federal de Alagoas. Faculdade de Direito de Alagoas. Programa de
Pós-Graduação em Direito. Maceió, 2022.

BURSZTYN, Marcel. Ciência, Ética e Sustentabilidade: DESAFIOS AO NOVO SÉCULO.


2. ed. [S. l.]: Cortez, 2001

CÂMARA DE DEPUTADOS. Projeto regulamenta o uso de reconhecimento facial por


forças de segurança pública. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/noticias/946010-projeto-regulamenta-o-uso-de-reconhecimento-facia
l-por-forcas-de-seguranca-publica/ Acesso dia 30 de abr. de 2023

CÂMARA DE DEPUTADOS NOTÍCIA. Projeto condiciona uso de reconhecimento facial a


inviabilidade de outros meios de identificação. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/noticias/911976-projeto-condiciona-uso-de-reconhecimento-facial-a-
inviabilidade-de-outros-meios-de-identificacao/ Acesso dia 30 de abr. de 2023

CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO E CONTEMPORANEIDADE, 5., 2019,


UFSM. Reconhecimento Facial e Segurança Pública: os Perigos do Uso da Tecnologia no
Sistema Penal Seletivo Brasileiro [...]. Santa Maria/MS: [s. n.], 2019. 18 p.
CRUZ, P. E. AGÊNCIA BRASIL. Polícia usa sistema de reconhecimento facial no carnaval
de São Paulo. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-02/policia-usa-sistema-de-reconhecimento-f
acial-no-carnaval-de-sao-paulo Acesso dia 21 de outubro de 2023
DE AZEVEDO, Bernardo. O futuro da advocacia com ChatGPT: substituição ou evolução?
Disponível em: https://bernardodeazevedo.com/conteudos/o-futuro-da-advocacia-com-chatgpt .
Acesso dia 15 de novembro de 2023.

FERNANDES, P.W.T. Os "novos olhos" da segurança pública da Bahia: Ruídos de uma


necropolítica nos programas de reconhecimento facial. 2022 . Trabalho de conclusão de
curso (Graduação em Direito) - Centro Universitário UniFG, Guanambi, Bahia, 2022.
Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/30541 Acesso em 01
de Jun. de 2023.

G1, POR FANTÁSTICO. Com ajuda de câmeras de reconhecimento facial, 77 foragidos da


polícia são presos no carnaval da Bahia. Disponível em:
https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2023/02/26/com-ajuda-de-cameras-de-reconhecimento-f
acial-77-foragidos-da-policia-sao-presos-no-carnaval-da-bahia.ghtml Acesso dia 15 de Jun. de
2023

GAO. FACIAL RECOGNITION TECHNOLOGY Current and Planned Uses by Federal


Agencies. Disponível em: https://www.gao.gov/assets/gao-21-526.pdf Acesso dia 19 de outubro
de 2023

JORNAL DA USP. Reconhecimento facial é tema polêmico em projeto de lei para


regulamentar a IA. Disponível em:
https://jornal.usp.br/radio-usp/reconhecimento-facial-e-tema-polemico-em-projeto-de-lei-para-r
egulamentar-ia/ . Acesso em 29 de abr. de 2023

LAVÔR, A.R; BARROSO, A.B.de Mendonça; PINTO, E; R G de Castro; MACHADO, L.P &
DE ANDRADE, M. D. Inovação e Tecnologia: Estudos Sobre o Avanço da Tecnologia na
Ciência do Direito. Fundação Edson Queiroz: Universidade de Fortaleza, Coleção Fundação,
Fortaleza, 2021.

LENTINO, Amanda. This Chinese facial recognition start-up can identify a person in
seconds. Disponível em:
https://www.cnbc.com/2019/05/16/this-chinese-facial-recognition-start-up-can-id-a-person-in-se
conds.html . Acesso em: 29 de abr. de 2023

MACHADO, F. N. R. Big Data: O Futuro dos Dados e Aplicações. 1. ed. [S. l.]: Saraiva
Educação S.A., 2018.

MARTINS, Laura. LGPD e reconhecimento facial: o lado mais polêmico da proteção de


dados. Disponível em:
https://itforum.com.br/noticias/reconhecimento-facial-polemicas-permeiam-a-protecao-de-dados
/ Acesso dia 30 de abr. de 2023

MIT TECHNOLOGY REVIEW. Uma nova pesquisa mostra que os sistemas controversos
estão prontos para desempenhar um papel ainda maior nos assuntos federais. Disponível
em:
https://mittechreview.com.br/eua-planejam-aumentar-o-uso-de-tecnologia-de-reconhecimento-fa
cial/ . Acesso em: 29 de abril de 2023

NEGRI, S. M. C. de Ávila; de Oliveira, S. R., & Costa, R. S. (2020). O uso de tecnologias de


reconhecimento facial baseadas em inteligência artificial e o Direito à proteção de dados.
Revista de Direito Público, Brasília, Vol 17, n. 93, p. 82-103, maio/jun. 2020.
PANEK, L. C.T. Lei Geral De Proteção De Dados Nº 13.709/2018: Uma Análise Dos
Principais Aspectos E Do Conceito Privacidade Na Sociedade Informacional. Disponível
em:
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/68114/TCC%20FINAL%20-%20lgpd.pdf?is
Allowed=y&sequence=1 Acesso dia 21 de outubro de 2023

RESENDE, A. P. B. A. O Tratamento De Dados Pessoais No Contexto Da Pandemia De


Covid-19: Uma Análise Entre China, Itália E Brasil. Disponível em:
https://www.academia.edu/50754938/O_tratamento_de_dados_pessoais_no_contexto_da_pande
mia_de_covid_19_uma_an%C3%81lise_entre_china_it%C3%81lia_e_brasil Acesso dia 20 de
novembro de 2023

SAGAN, Carl. O mundo assombrado pelos demônios. São Paulo: Cia das Letras,1997. p. 39.
Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101631_informativo.pdf .
Acesso dia 19 de outubro de 2023

SANTOS, Alexandre, UOL. Câmeras de reconhecimento facial acham criminoso no


Carnaval de Salvador. Disponível em:
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2019/03/05/cameras-de-reconhecimento-fa
cial-acham-criminoso-no-carnaval-de-salvador.htm Acesso dia 15 de Jun. de 2023

SILVA, I. D. ; SILVA, J. A. ; SILVA JR, S. L. Reconhecendo as práticas de reconhecimento


facial: comunicação das coisas, quarta revolução industrial e novas tecnologias digitais.
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Universidade Federal de
Pernambuco, 2019.

SILVA, J. A. S.; MAIRINK, C. H. P .Inteligência artificial: aliada ou inimiga. LIBERTAS:


Rev. Ciênci. Soc. Apl., Belo Horizonte, v. 9, n. 2, p. 64-85, ago./dez. 2019.

SICHMAN, J. S. Inteligência Artificial e sociedade: avanços e riscos. Instituto de Estudos


Avançados, São Paulo, Vol 35, n. 35, p. 35-8, março. 2021.

SIMPLEID. Reconhecimento facial funciona para gêmeos? Disponível em:


https://simpleid.ai/reconhecimento-facial-funciona-para-gemeos/ Acesso dia 30 de abr. de 2023

VENTURA, Layse. Tecnologia de reconhecimento facial chega a 20 estados. Disponível em:


https://olhardigital.com.br/2021/07/10/seguranca/tecnologia-de-reconhecimento-facial-chega-a-
20-estados/ . Acesso dia 29 de abr. de 2023

Você também pode gostar