considera-se agente público todo aquele Texto Atualizado que exerça, ainda que transitoriamente e sem remuneração, por eleição, nomeação, Dispõe sobre o Código de Conduta designação, convênio, contratação ou Ética do Agente Público e da Alta qualquer outra forma de investidura ou Administração Estadual. vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública em órgão ou entidade da (Vide Decreto nº 46.906, de 16/12/2015.) Administração Pública Direta ou Indireta do Poder Executivo Estadual, inclusive os (Vide Decreto nº 48.417, de 16/5/2022, em integrantes da Alta Administração do Poder vigor a partir de 1º/7/2022.) Executivo Estadual de que trata o Capítulo (Vide Decreto nº 48.418, de 16/5/2022, em II do Título IV deste Código de Ética. vigor a partir de 1º/7/2022.) Parágrafo único – O agente público deve O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS prestar compromisso solene de GERAIS, no uso de atribuição que lhe acatamento e observância ao disposto confere o inciso VII do art. 90 da neste Código de Ética, em formulário Constituição do Estado, próprio estabelecido pelo Conselho de Ética Pública – Conset, a ser arquivado DECRETA: juntamente com os documentos comprobatórios de seu vínculo com o TÍTULO I Poder Executivo no respectivo órgão ou entidade. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 4º – As condutas elencadas neste Art. 1º – O Código de Conduta Ética do Código de Ética, ainda que tenham Servidor Público e da Alta Administração descrição idêntica à de outros estatutos, Estadual, instituído pelo Decreto nº 43.673, com eles não concorrem nem se de 4 de dezembro de 2003, e disciplinado confundem. pelo Decreto nº 43.885, de 4 de outubro de 2004, passa a denominar-se Código de Art. 5º – Este Código de Ética não impede a Conduta Ética do Agente Público e da Alta criação e a existência de códigos de ética Administração Estadual e a reger-se pelas específicos, desde que esses não normas estabelecidas neste Decreto. contrariem o disposto neste Decreto.
Art. 2º – O Código de Conduta Ética do Art. 6º – As atividades de divulgação e
Agente Público e da Alta Administração orientação sobre conduta ética no Poder Estadual é instrumento de orientação e Executivo Estadual são de competência do fortalecimento da consciência ética no Conset e das Comissões de Ética existentes relacionamento do agente público estadual em cada órgão ou entidade, segundo as com pessoas e com o patrimônio público. disposições constantes deste Código de Ética e das Deliberações do Conset. Parágrafo único – No texto deste Decreto, equivalem-se as expressões “Código de TÍTULO II Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração” e “Código de Ética”. DA CONDUTA ÉTICA CAPÍTULO I Art. 8º – Como resultantes da conduta ética que deve imperar no ambiente de trabalho DOS PRINCÍPIOS E VALORES e em suas relações interpessoais, são FUNDAMENTAIS direitos e garantias do agente público:
Art. 7º – A conduta do agente público I – igualdade de acesso e oportunidades de
integrante da Administração Pública do crescimento intelectual e profissional em Poder Executivo Estadual deve reger-se sua respectiva carreira; pelos seguintes princípios: II – liberdade de manifestação, observado o I – boa-fé; respeito à imagem da instituição e dos demais agentes públicos; II – honestidade; III – igualdade de oportunidade nos III – fidelidade ao interesse público; sistemas de aferição, avaliação e reconhecimento de desempenho; IV – impessoalidade; IV – manifestação sobre fatos que possam V – dignidade e decoro no exercício de suas prejudicar seu desempenho ou reputação; funções; V – sigilo a informação de ordem pessoal; VI – lealdade às instituições; VI – atuação em defesa legítima de seu VII – cortesia; interesse ou direito; e VIII – transparência; VII – ciência do teor da acusação e vista dos autos, quando estiver sendo investigado. IX – eficiência; CAPÍTULO III X – presteza e tempestividade; DOS DEVERES E DAS VEDAÇÕES DO XI – respeito à hierarquia administrativa; AGENTE PÚBLICO XII – assiduidade; Seção I XIII – pontualidade; Dos Deveres Éticos Fundamentais XIV – cuidado e respeito no trato com as Art. 9º – São deveres éticos fundamentais pessoas, subordinados, superiores e do agente público: colegas; e I – agir com lealdade e boa-fé; XV – respeito à dignidade da pessoa humana. II – ser justo e honesto no desempenho de funções e no relacionamento com CAPÍTULO II subordinados, colegas, superiores DOS DIREITOS E GARANTIAS NO AMBIENTE hierárquicos, parceiros, patrocinadores e DE TRABALHO usuários do serviço; III – observar os princípios e valores da XIV – facilitar atividades de fiscalização ética pública; pelos órgãos de controle;
IV – atender prontamente às questões que XV – exercer função, poder ou autoridade
lhe forem encaminhadas; de acordo com a lei e regulamentações da Administração Pública, sendo vedado o V – ser ágil na prestação de contas de suas exercício contrário ao interesse público; e atividades; XVI – divulgar e estimular o cumprimento VI – aperfeiçoar o processo de deste Código de Ética. comunicação e contato com o público; Seção II VII – praticar a cortesia e a urbanidade e respeitar a capacidade e as limitações Das Vedações individuais de colegas de trabalho e dos usuários do serviço público, sem Art. 10 – É vedado ao agente público: preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, I – utilizar-se de cargo, emprego ou função, preferência política, posição social e outras de facilidades, amizades, posição e formas de discriminação; influências para obter favorecimento para si ou para outrem; VIII – representar contra atos que contrariem as normas deste Código de II – prejudicar deliberadamente a Ética; reputação de subordinados, colegas, superiores hierárquicos ou pessoas que IX – resistir a pressões de superiores dele dependam; hierárquicos, contratantes, interessados e outros que visem a obter favores, benesses III – ser conivente com erro ou infração a ou vantagens ilegais ou imorais, este Código de Ética ou ao Código de Ética denunciando sua prática; de sua profissão;
X – comunicar imediatamente aos IV – usar de artifícios para procrastinar ou
superiores todo ato ou fato contrário ao dificultar exercício de direito de qualquer interesse público, para providências pessoa; cabíveis; V – deixar de utilizar conhecimentos, XI – participar de movimentos e estudos avanços técnicos e científicos ao seu relacionados à melhoria do exercício de alcance no desenvolvimento de suas suas funções, visando ao bem comum; atividades;
XII – apresentar-se ao trabalho com trajes VI – permitir que perseguições, simpatias,
adequados ao exercício da função; antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com XIII – manter-se atualizado com instruções, o público ou com colegas normas de serviço e legislação pertinentes hierarquicamente superiores ou inferiores; ao órgão ou entidade de exercício; VII – pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem, interesse em relação à atividade pública para si ou outra pessoa, visando ao que exerce. cumprimento de sua atribuição, ou para influenciar outro servidor; Art. 11 – Para os fins deste Código de Ética, ao agente público é vedada ainda a VIII – alterar ou deturpar teor de aceitação de presente, doação ou documentos; vantagem de qualquer espécie, independente do valor monetário, de IX – iludir ou tentar iludir pessoa que pessoa, empresa ou entidade que tenha ou necessite de atendimento em serviços que possa ter interesse em: públicos; I – quaisquer atos de mero expediente de X – desviar agente público para responsabilidade do agente público; atendimento a interesse particular; II – decisão de jurisdição do órgão ou XI – retirar de repartição pública, sem entidade de vínculo funcional do agente autorização legal, documento, livro ou bem público; e pertencente ao patrimônio público; III – informações institucionais de caráter XII – usar informações privilegiadas obtidas sigiloso a que o agente público tenha em âmbito interno de seu serviço, em acesso. benefício próprio, de parentes, amigos ou de terceiros; Art. 12 – O agente público que fizer denúncia infundada estará sujeito às XIII – apresentar-se embriagado ou sanções deste Código. drogado para prestar serviço; TÍTULO III XIV – permitir ou contribuir para que instituição que atente contra a moral, DO CONSELHO E DA COMISSÃO DE ÉTICA honestidade ou dignidade da pessoa humana tenha acesso a recursos públicos CAPÍTULO I de qualquer natureza; DO CONSELHO DE ÉTICA PÚBLICA – XV – exercer atividade profissional antiética CONSET ou ligar seu nome a empreendimentos que atentem contra a moral pública; Art. 13 – O Conselho de Ética Pública – Conset, criado pelo Decreto nº 43.673, de 4 XVI – permitir ou concorrer para que de dezembro de 2003, passa a reger-se interesses particulares prevaleçam sobre o pelas normas estabelecidas neste Decreto, interesse público; competindo-lhe:
XVII – exigir submissão, constranger ou I – assessorar o Governador e os
intimidar outro agente público, utilizando- Secretários de Estado em questões que se do poder que recebe em razão do cargo, envolvam normas deste Código de Ética; emprego ou função pública que ocupa; e II – receber denúncias sobre atos de XVIII – participar de qualquer outra autoridade praticados em contrariedade às atividade que possa significar conflito de normas deste Código de Ética e proceder à apuração de sua veracidade, desde que ilibada e dotados de notórios devidamente instruídas e fundamentadas; conhecimentos de Administração Pública.
III – instaurar, após as apurações § 1º – O exercício da função de conselheiro,
pertinentes, processo ético que envolva no âmbito do Conset, é considerado de conduta de integrante da Alta relevante interesse público, não enseja Administração Estadual, assim como qualquer espécie de remuneração, sendo decidir sobre recursos contra decisão sua permitido o pagamento de verbas ou proferida em processos instaurados indenizatórias para despesas com pelas Comissões de Ética do Poder deslocamento, hospedagem e alimentação. Executivo; § 2º – Cabe ao Governador do Estado IV – submeter ao Governador do Estado escolher o Presidente do Conselho, entre sugestões de aprimoramento deste Código seus membros. de Ética; § 3º – Os membros do Conset cumprirão V – dirimir dúvidas a respeito da mandato de três anos, admitida uma interpretação das normas deste Código de recondução. Ética e deliberar sobre os casos omissos; § 4º – O voto de desempate compete ao VI – promover ampla divulgação deste Presidente. Código de Ética; Art. 15 – A Secretaria Executiva do VII – convocar qualquer autoridade ou Conselho de Ética Pública tem por agente público do Poder Executivo para finalidade o apoio técnico e administrativo prestar esclarecimento sobre denúncias às ações de competência do Conset. em desfavor da respectiva instituição ou de seus dirigentes; Art. 16 – Normas complementares ao funcionamento do Conset serão VIII – responder consultas de autoridades e estabelecidas em Deliberação. de agentes públicos em matéria regulada por este Código de Ética; CAPÍTULO II
IX – emitir parecer acerca de DAS COMISSÕES DE ÉTICA
enquadramento em hipóteses de impedimento para fins de nomeação, Art. 17 – Em todos os órgãos e entidades designação ou contratação, a título da Administração Pública Direta e Indireta comissionado, de pessoas para o exercício do Poder Executivo Estadual haverá uma de funções, cargos e empregos no Poder Comissão de Ética com a finalidade de Executivo Estadual; e divulgar as normas deste Código de Ética e atuar na prevenção e na apuração de falta X – elaborar o seu regimento interno. ética no âmbito da respectiva instituição.
Art. 14 – O Conset é composto por sete Art. 18 – Compete à Comissão de Ética:
membros, escolhidos e designados pelo Governador do Estado entre brasileiros de I – orientar e aconselhar o agente público reconhecida idoneidade moral, reputação sobre ética profissional no respectivo órgão ou entidade; II – alertar agentes públicos quanto à DA CONDUTA ÉTICA DO GESTOR PÚBLICO conduta no ambiente de trabalho, especialmente no tratamento com as CAPÍTULO I pessoas e com o patrimônio público; DAS NORMAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS III – adotar formas de divulgação das normas éticas e de prevenção de falta Art. 20 – Para fins deste Código de Ética ética; considera-se gestor público, o agente público que por força do cargo, emprego IV – registrar condutas éticas relevantes; ou função recebe poder público para coordenar e dirigir pessoas e trabalhos. V – decidir pela instauração e conduzir processo ético, observadas as normas Art. 21 – A atuação do gestor público deve estabelecidas no Título V deste Decreto e pautar-se especialmente nas seguintes em Deliberações do Conset; condutas:
VI – elaborar seu regimento interno, I – adotar medidas para evitar conflitos de
observadas normas e diretrizes expedidas interesse privado com o interesse público; pelo Conset; e II – tratar respeitosamente subordinados e VII – exercer outras atividades que lhe demais colegas de trabalho; forem atribuídas ou delegadas pelo Conset. III – combater práticas que possam suscitar Art. 19 – A Comissão de Ética é composta qualquer forma de abuso de poder; por três titulares e dois suplentes escolhidos pelo dirigente máximo entre os IV – utilizar, exclusivamente, o poder agentes públicos em exercício no órgão ou institucional que lhe é atribuído por meio entidade e com mandatos de três anos, do cargo, função ou emprego público que sendo facultada uma recondução por igual ocupa, para viabilizar o atendimento ao período. interesse público;
§ 1º – Exceções ao disposto no caput deste V – buscar a excelência na qualidade do
artigo serão analisadas pelo Conset e trabalho, utilizando a crítica, quando deliberadas em reunião plenária. necessária, de forma construtiva e em caráter reservado, focando o ato ou fato e § 2º – A atuação em Comissão de Ética não não a pessoa; e enseja remuneração e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação VI – apoiar a divulgação e adoção de de relevante serviço público. condutas éticas no ambiente de trabalho.
§ 3º – Os órgãos e entidades regionalmente Art. 22 – É vedado ao gestor público
estruturados podem instituir Comissões de receber auxílio-transporte, hospedagem e Ética Regionais, que receberão normas e demais recursos financeiros ou favores de diretrizes expedidas pelo Conset, por meio particulares que possam gerar dúvidas da respectiva Comissão de Ética Central. quanto a sua probidade ou imparcialidade.
TÍTULO IV Parágrafo único – É permitida a
participação em eventos, desde que tornada pública qualquer remuneração, Executivo Estadual, bem como titulares de bem como pagamento de despesas de unidades administrativas ligadas viagem pelo promotor do evento, que não diretamente ao dirigente máximo ou ao poderá ter interesse em decisão a ser subsecretário e equivalentes hierárquicos; proferida pelo gestor. III – Dirigentes e Vice-Dirigentes de Art. 23 – É permitido ao gestor público o entidades da Administração Indireta do exercício não remunerado de encargo de Poder Executivo Estadual, seus Chefes de mandatário, desde que não implique a Gabinete e titulares de unidades prática de atos de comércio ou quaisquer administrativas ligadas diretamente ao outros incompatíveis com o exercício do dirigente máximo; seu cargo, emprego ou função, nos termos da lei. IV – ocupantes de cargo de direção e assessoria direta ao Governador, Vice- Art. 24 – O gestor público deverá informar Governador e dirigente máximo de órgão a existência de eventual conflito de ou entidade da Administração Pública interesses, bem como comunicar qualquer Direta e Indireta do Poder Executivo circunstância ou fato impeditivo de sua Estadual; participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado. V – Presidentes de órgãos colegiados deliberativos de empresas públicas e Art. 25 – É vedado ao gestor público opinar sociedades de economia mista do Poder publicamente sobre: Executivo;
I – honorabilidade e desempenho funcional VI – Presidentes de Conselhos Estaduais; e
de outro gestor público estadual; VII – outros agentes públicos, conforme II – mérito de questão a ele submetida, deliberado pelo Conset. para decisão individual ou em órgão colegiado; e Parágrafo único – Para efeito deste Código de Ética, o termo “autoridade pública” III – matérias não atinentes a sua área de equivale aos gestores públicos da Alta competência. Administração.
CAPÍTULO II Art. 27 – A autoridade pública deve
possibilitar à sociedade aferir a lisura de DA ALTA ADMINISTRAÇÃO processo decisório governamental e adotar mecanismos de consulta, visando à Art. 26 – A Alta Administração do Poder transparência de sua gestão. Executivo Estadual compõe-se dos seguintes gestores públicos: Art. 28 – A autoridade pública contribuirá para o fortalecimento da conduta ética na I – Governador e Vice-Governador; instituição, apoiando as ações da Comissão de Ética. II – Secretários de Estado, Secretários- Adjuntos, Subsecretários, Chefes de Art. 29 – A autoridade pública enviará ao Gabinete e equivalentes hierárquicos de Conset, no prazo de dez dias contados do órgãos da Administração Direta do Poder início do exercício no cargo, emprego ou função, declaração de informações sobre I – atuar em benefício ou em nome de sua situação patrimonial e de trabalhos pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato exercidos anteriormente. ou associação de classe, em processo ou negócio do qual tenha participado, em Parágrafo único – Compete ao Conset, por razão do cargo, emprego ou função; e meio de Deliberação, a regulamentação da forma de encaminhamento da declaração, II – prestar consultoria a pessoa física ou os critérios de atualização das informações, jurídica, inclusive sindicato ou associação a documentação a ser anexada, as de classe, valendo-se de informações não medidas em razão do descumprimento do divulgadas publicamente a respeito de envio e demais questões pertinentes ao programas ou políticas do órgão ou da cumprimento do disposto neste artigo. entidade da Administração Pública Estadual a que esteve vinculado ou com Art. 30 – A autoridade pública que mantiver que tenha tido relacionamento direto e participação superior a cinco por cento do relevante nos seis meses anteriores ao capital social ou votante de sociedade de término do exercício de função pública. economia mista, instituição financeira ou empresa que negocie com o Poder Público Art. 34 – Na ausência de lei que estabeleça deverá comunicar esse fato ao Conset. outro prazo, será de quatro meses, contados da saída da Administração Art. 31 – Informações pertinentes à Pública do Poder Executivo Estadual, o situação patrimonial da autoridade pública período de interdição para atividade serão analisadas pelo Conset e arquivadas incompatível com cargo, função ou em envelope lacrado, que poderá ser emprego público anteriormente exercido, reaberto para efeito de reexame ou obrigando-se a autoridade a observar, atualização de informações. nesse prazo, as seguintes regras:
Parágrafo único – As alterações relevantes I – não aceitar cargo, emprego ou função
no patrimônio da autoridade pública de administrador ou conselheiro, ou deverão ser imediatamente comunicadas estabelecer vínculo profissional com ao Conset. pessoa física ou jurídica com a qual tenha mantido relacionamento oficial direto e Art. 32 – Propostas de trabalho ou negócio relevante nos seis meses anteriores à da futuro em setor privado e negociações que saída do Poder Executivo; e envolvam conflito com o interesse público deverão ser imediatamente informadas ao II – não intervir, em benefício ou em nome Conset, independentemente de sua de pessoa física ou jurídica, junto a órgão aceitação ou rejeição. ou entidade da Administração Pública Estadual com que tenha tido Parágrafo único – Cabe ao Conset relacionamento oficial direto e relevante regulamentar a forma de encaminhamento nos seis meses anteriores à da saída do da informação de que trata o caput . Poder Executivo.
Art. 33 – Após deixar o cargo, função ou
emprego público, a autoridade pública não poderá: Art. 35 – Ao deixar o cargo, emprego ou Parágrafo único – A ocorrência de mais de função, a autoridade pública deverá uma advertência no mesmo período observar as limitações constantes deste avaliatório de desempenho ou uma de Código de Ética e as deliberadas pelo censura é considerada violação grave a Conset. este Código de Ética.
Art. 36 – O Conset informará ao Art. 39 – Da decisão final em Processo Ético
Governador do Estado o nome da caberá: autoridade que descumprir o disposto neste Código de Ética. I – pedido de reconsideração à instância responsável pela abertura do processo TÍTULO V ético; e
DO PROCEDIMENTO E DAS SANÇÕES II – recurso ao Conset.
ÉTICAS Art. 40 – Na hipótese de aplicação de Art. 37 – A apuração de fato com indícios sanção, após esgotados os recursos, serão de desrespeito a este Código de Ética será informados: instaurada em razão de denúncia fundamentada ou de ofício pela Comissão I – a chefia imediata e o dirigente máximo de Ética ou pelo Conset. do órgão ou entidade em que o agente público sancionado está em exercício; e § 1º – A apuração será conduzida pela Comissão de Ética ou pelo Conset, segundo II – o Governador, no caso de sanção de respectivas competências, e poderá agente da Alta Administração do Poder ocorrer mediante averiguação preliminar Executivo Estadual. ou processo ético. Parágrafo único – Cópia da síntese de § 2º – A averiguação preliminar pode ocorrência ética será enviada: culminar em processo ético ou arquivamento com ou sem recomendação. I – à unidade de gestão de pessoas, para ser juntada e considerada no processo de § 3º – O processo ético será instaurado avaliação de desempenho do agente quando a Comissão ou o Conset entender público sancionado; e que a conduta seja passível de sanção . II – ao Conselho de Ética Pública. Art. 38 – Observadas as competências originária e recursal e após o devido Art. 41 – O Conset pode avocar processo processo ético, a violação do disposto em trâmite na Comissão de Ética. neste Código de Ética, acarretará as Art. 42 – A Comissão de Ética e o Conset seguintes sanções aplicáveis pela Comissão não podem escusar-se de proferir decisão ou pelo Conset: em processo ético, alegando omissão deste I – advertência; ou Código de Ética que, se existente, será suprida pela invocação dos princípios que II – censura. regem a Administração Pública. Art. 43 – O exercício de apuração de falta Art. 47 – Ficam revogados os Decretos nº ética prescreve em dois anos. 43.673, de 5 de dezembro de 2003, nº 43.885, de 4 de outubro de 2004, e nº § 1º – O prazo de prescrição começa a ser 44.591, de 7 de agosto de 2007. contado a partir da data de ocorrência do fato. Art. 48 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. § 2º – A instauração de averiguação preliminar ou processo ético interrompe a prescrição.
§ 3º – A prescrição intercorrente não se
aplica nos procedimentos éticos de que trata este Código de Ética.
Art. 44 – Normas complementares à
matéria tratada neste Título V serão estabelecidas em Deliberação do Conset.
TITULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 45 – Os atuais mandatos de membros
de Comissões de Ética serão ajustados conforme o disposto no art. 19 deste Código de Ética.
Art. 46 – (Revogado pelo inciso III do art. 50
do Decreto nº 47.058, de 14/10/2016.)
Dispositivo revogado:
“Art. 46 – O apoio logístico-operacional
necessário ao funcionamento do Conselho de Ética Pública é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais – Seccri, conforme disposto no inciso XXVII do art. 84 da Lei Delegada nº 180, de 20 de janeiro de 2011.
Parágrafo único – Qualquer órgão ou
entidade do Poder Executivo Estadual pode complementar o apoio logístico- operacional da Seccri ao Conset de forma eventual ou, se contínua, por meio de Termo de Cooperação.”