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CONTO

OS MARACUJÁS DOURADOS
Há muito, muito tempo, um pobre Marinheiro de bom coração, viajava
pelo Oceano Pacífico.
Certo dia, o navio, sem água doce, parou junto a uma ilha deserta. Ao
explorar a ilha, à procura de água, o bom Marinheiro perdeu-se do resto da
tripulação.
Ao caminhar, viu no meio da
floresta tropical, três maracujás dourados.
Depressa correu a apanhá-los. Com o
calor que estava, rapidamente abriu um
maracujá, com o seu punhal. Surpresa das
surpresas! Do maracujá saiu uma linda
rapariga com olhos verdes e um longo
cabelo ruivo.
- Dá-me água por favor, morro de sede… – disse a rapariga.
- Não tenho água estou à procura. – respondeu o marinheiro.
Depressa a jovem evaporou-se.
O Marinheiro pasmado e pensativo, continuou à procura de água e dos
seus companheiros, estava perdido…
Foi então que se lembrou de abrir o segundo maracujá, talvez uma
rapariga o pudesse ajudar.
Maravilha das maravilhas! Volta a sair a mesma jovem do segundo
maracujá.
- Dá-me água, por favor! – diz novamente a donzela.
- Sabes onde posso encontrar água? – pergunta aflito o marinheiro.
Ao desaparecer, a jovem só teve tempo de apontar na direção de um
rochedo que estava no meio da vegetação.
O Marinheiro correu velozmente para o rochedo, mas apenas viu a
entrada de uma gruta. Entrou e aí encontrou um lago luminoso.
Apressadamente bebeu água com a concha que levava sempre na bolsa e logo
se lembrou do terceiro maracujá. Encheu a sua concha com água e mal abriu o
maracujá, a rapariga pôde saciar a sua sede.
- Finalmente libertaram-me! O espírito da gruta enfeitiçou-me porque o
meu pai, que era pirata, encheu o lago de moedas de ouro roubadas. O espírito
ficou furioso com essa invasão e castigou o meu pai, enfeitiçando-me.
O Marinheiro casou com a linda rapariga, levaram o tesouro do pai da
jovem e foram felizes para sempre.

Conto elaborado em homenagem aos 45 anos da escola Básica dos 2.º


e 3.º ciclos Dr. Horácio Bento de Gouveia.
Horácio Bento de Gouveia (1901-1983) foi um ilustre escritor e jornalista
madeirense.

Tomás Seita Praça da Silva Pinho, 9.º2

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