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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


CURSO DE PEDAGOGIA

ANA MARIA CABRAL CARDOSO

LUDICIDADE E EDUCAÇÃO:
REVIVENDO BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS DO PASSADO

SÃO LUÍS
2023
Esta atividade consiste em obter informações sobre as brincadeiras antigas,
atreladas ás pessoas idosas como: avos, mães etc. Como também, sobre o
brinquedo mais querido.

O meu primeiro relato inicia-se com declarações da minha mãe que disse-me que a
sua avó com a qual foi criada não deixava a mesma sair de casa, para brincar ao ar
livre com outras crianças da vizinhança, e que seu único brinquedo era uma boneca
de pano velho. Talvez pela idade, 12 anos, não consiga se lembrar de mais detalhes
do seu período de infância.

O segundo relato é da Dona Dilce, com 63 anos de idade, ao conversamos,


reportou-se aos tempos que já lá vão, quando seus pais lã no interior de imperatriz,
a janta sentavam-se à porta para prosear e ela e ela e os irmãos brincavam de
pega-pega. As vezes repreendidos para que tomassem cuidados, a brincadeira
consistia em elementos prosseguindo os demais, e aquele que era pego ou tocado
(pelo perseguidor), passava a correr dos outros e vice versa. Todas as noites
geralmente eles repetiam essa brincadeira. O mais curioso mesmo foi descobrir o
brinquedo que ela mais gostava, era fabricado por ela própria, aos 9 anos de idade
já confeccionava suas bonecas de pano, e ainda os vestidinhos. A sua mãe era
costureira e ela reaproveitava os retalhos de tecidos para costurar as bonecas.
Havia no quintal da casa um pé de algodão do qual colhia na latinha para preencher
os corpinhos das bonequinhas. A máquina de costurar era da “Singer” de pedalar
era a sua principal coadjuvante. Um dia, disse ela, a mamãe cortou os cabelos, e eu
aproveitei as mechas, costurei em um pedaço de pano e adaptei na cabeça da
boneca, ficou muito bonito, desse ela. Quando a mãe chegou, ela toda feliz,
apresentou a arte a ela dizendo: olha mãe o que eu fiz, ela tem os seus cabelos. A
minha mãe não aceitou, e muito brava gritou: eu não quero os meus cabelos nessa
bruxa! Pode arrancar. Fiquei triste e comecei a chorar. Retirei os cabelos da minha
mãe da cabeça da boneca, peguei um pedaço de pano preto e fiz outro cabelo para
ela.

Mesmo com o acontecido, ela continuou a fabricar suas bonecas. Ainda tem
mais...mas fica para outra vez.

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