Você está na página 1de 3

A vida é feita de escolhas. A todo momento estamos tomando decisões.

Algumas
delas positivas, outras negativas. Algumas nos impulsionarão, outras nos puxarão
para trás. Há escolhas acertadas e escolhas insensatas. Há lutas que merecem
nosso empenho; outras que drenam nossas forças. Há batalhas dignas de serem
travadas; outras que tiram o nosso foco. Destacaremos aqui, alguns pontos:

Em primeiro lugar, não olhe pelas lentes do retrovisor; olhe para frente. O apóstolo
Paulo diz que precisamos esquecer as coisas que para trás ficaram, para
podermos avançar para aquelas que diante de nós estão. Se ficarmos sempre
olhando pelas lentes do retrovisor, presos ao passado, não sairemos do lugar. Para
avançarmos, precisamos nos desvencilhar de todo peso e amarras. Um corredor
não pode ter bom desempenho com uma mochila pesada em suas costas. Há
pesos que prendem nossos pés ao chão. Há amarras emocionais que nos
impedem de caminhar vitoriosamente. Há pendências que adoecem nossa alma e
tiram-nos o entusiasmo de viver. Não permita, portanto, que sua alegria seja
roubada. Não consinta que sua alma fique presa no cipoal da amargura. Não
coloque seus pés no laço do ressentimento. Não entregue sua mente aos
devaneios e perturbações. Não terceirize seus sentimentos. Mantenha-se focado
no que Deus chamou você para fazer.

Em segundo lugar, não discuta com os críticos, vença os seus gigantes. Quando
Davi foi levar provisão para seus três irmãos mais velhos que estavam no campo
de batalha contra os filisteus, tomou conhecimento da afronta que Golias impunha
aos soldados de Israel. O jovem pastor, corajosamente, se dispôs a enfrentar o
gigante. Seu irmão mais velho, Eliabe, irritou-se com Davi. Humilhou-o diante dos
soldados de Saul. Tentou achatar sua estima e reduzi-lo à insignificância. Eliabe
queria tirar o foco de Davi, mas Davi não o permitiu. Davi não gastou seu tempo
nem suas energias com o irmão crítico. Ele tinha uma causa para lutar. Ele tinha
um gigante a vencer. Ele tinha um opróbrio a ser tirado de Israel. Ele tinha uma
guerra a ser vencida. Se você escutar seus críticos, você perderá a alegria, a paz,
o sono, o apetite, o foco.

Em terceiro lugar, não discuta com os inimigos da obra, trabalhe com maior
entusiasmo. Quando Neemias chegou em Jerusalém, a cidade já estava há mais
de cento e vinte anos debaixo de escombros. O desânimo do povo era imenso. A
oposição dos inimigos era esmagadora. A restauração parecia impossível.
Neemias, porém, orou a Deus e agiu. Avaliou a situação e convocou o povo ao
trabalho. Dispôs o povo nas funções certas, nos lugares certos, com a motivação
certa. Os inimigos se levantaram para paralisar a obra. Usaram as mais diferentes
armas para atingir Neemias, para enfraquecer o povo e para deter a reforma.
Neemias, porém, enfrentou todos os ataques com oração e trabalho. Suportou
todos os ataques e críticas com firmeza pétrea. Instou o povo a trabalhar e a vigiar.
Quando todos os esforços dos inimigos foram baldados, tentaram a cartada do
diálogo. Chamaram Neemias para assentar-se ao redor de uma mesa, mas ele
disse: “Eu estou fazendo uma grande obra e não posso descer”. Neemias não
perdeu o foco. Ele sabia que a distração podia ser fatal. Ele sabia que a obra de
Deus não é para ser discutida, mas para ser realizada.

Em quarto lugar, não discuta a obra, faça a obra enquanto é tempo. Quando Jesus
desceu do monte de transfiguração, havia um pai aflito, com um filho
endemoninhado precisando de libertação. O pai já havia apresentado seu filho aos
discípulos de Jesus, mas eles não puderam curá-lo. Em vez dos discípulos estarem
comprometidos com uma agenda positiva de oração e ação, estavam discutindo
com os escribas. Em vez de estarem fazendo a obra, estavam discutindo a obra.
Em vez de estarem orando e jejuando, buscando poder para fazer a obra, estavam
discutindo com os opositores da obra. Na verdade, os discípulos perderam o foco,
gastando o tempo com uma discussão infrutífera. Ainda hoje, corremos o risco de
perdemos nosso tempo com uma agenda que nada produz para o reino de Deus.
Ainda hoje corremos o risco de gastarmos nosso tempo discutindo a obra, em vez
de investirmos nosso tempo fazendo a obra. Não perca o foco, concentre-se
naquilo que é importante!
“O Senhor despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e o
espírito de Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo o povo;
eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus” (Ag 1.14).

A cidade de Jerusalém continuava debaixo de escombros, mesmo depois de uma leva


de judeus terem voltado do cativeiro babilônico. Os muros da cidade estavam quebrados e
suas portas queimadas a fogo. Os que voltaram tiveram algumas dificuldades na construção
do segundo templo e acabaram abandonando a casa de Deus, indo cuidar cada um de seus
próprios negócios e interesses. O desânimo é contagioso. Tem um efeito devastador. Um
grupo de pessoas desanimadas só enxergam as dificuldades. Fazem apologia ao fracasso.
Oferecem muitos motivos para não se envolverem com a obra de Deus. Despendem toda a
sua energia em sua própria causa e viram as costas para a Casa de Deus.

O povo que voltou da Babilônia deixou a construção do templo no meio do caminho.


Desampararam a casa de Deus. Abandonaram sua fidelidade a Deus, retendo os dízimos. O
que traziam ao altar, Deus rejeitava, pois além de não serem primícias, o coração do povo
não vinha junto com a oferta. Nesse momento de crise, Deus levanta o profeta Ageu para
animar o povo a reconstruir o templo. Levanta, também, Zacarias para restaurar a vida
espiritual do povo. Então, o Senhor despertou o espírito do governador, do sumo sacerdote e
do restante de todo o povo e eles cobraram ânimo e construíram a casa de Deus. É Deus
quem desperta. É Deus quem move os corações. É Deus quem realinha as prioridades no
coração e quem mobiliza o povo a fazer sua obra. Destacamos aqui três pontos:

Em primeiro lugar, Deus desperta a liderança política. Zorobabel era o era o governador. Sua
liderança era fundamental para mover o povo ao trabalho. Deus abriu seus ouvidos aos
desafios de Ageu e despertou seu espírito para estar à frente do povo, para liderar o povo na
obra a ser feita. Um líder nunca é neutro. Liderança é influência. Ele influencia para o bem ou
para o mal. Zorobabel tornou-se um líder encorajador!

Em segundo lugar, Deus desperta a liderança religiosa. Josué era o sumo sacerdote. Cabia a
ele ensinar a lei ao povo e orar em favor do povo. Ele trazia instrução e fazia intercessão. Seu
ânimo era vital para encorajar o povo. O líder espiritual não pode estar abatido. Seus olhos
precisam brilhar. Seu coração precisa arder de amor a Deus e à sua obra. Foi o que
aconteceu com Josué, quando o Senhor despertou o seu espírito.

Em terceiro lugar, Deus desperta o restante de todo o povo. Ninguém ficou de fora da obra.
Grandes e pequenos, ricos e pobres, homens mulheres, jovens e velhos se lançaram na obra
e a construção do templo foi concluída. Há trabalho na igreja para todos. Ninguém pode ficar
de fora. A negligência na obra de Deus é um esfriamento do amor ao Senhor. Cuidar apenas
de nossos próprios interesses em detrimento da obra de Deus é um grave pecado de
omissão. Recuar por causa das dificuldades é um sinal de consumada fraqueza. É hora da
igreja se despertar! É hora da liderança da igreja se por de pé e convocar o povo a abraçar a
obra. Não podemos desamparar a casa de Deus. Não podemos sonegar os recursos que são
destinados a suprir a casa de Deus. Não podemos, afrouxar nossos braços na casa de Deus
para sermos diligentes apenas com nossos negócios. Precisamos ter zelo pela glória de
Deus. Precisamos buscar em primeiro lugar, o reino de Deus e sua justiça. Precisamos nos
unir, liderança e liderados, para juntos sermos despertados para a obra!

Você também pode gostar