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DEVOCIONAL | 2020

35ª Semana.

OPERÁRIO EM OBRAS

Propósito da semana: Deus faz sua obra em nós enquanto nos usa para fazer a dEle.

Versículo da semana: “Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a


desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia.” 2 Coríntios 4.16

• SEGUNDA: Atos 16.1-15


Alguns de nós são rápidos em descartar planos por causa de alguns percalços. Imagine só a
segunda viagem de Paulo. Antes mesmo de começar, ele discutia com Barnabé. Adaptando-se
a um novo companheiro e querendo levar também Timóteo, descobre que este não fora
circuncidado – ficaria meio jururu por uns dias. Timóteo não podia ser motivo de escândalo entre
os judeus. Querendo ir. Querendo ir para um lado, o Espírito Santo os impede e os manda aonde
não esperavam ir. E aí, já desistiu? Deus disse em Isaías 55.9 “[...] os meus pensamentos [são],
mais altos do que os seus pensamentos”. Ele pode nos impedir de executar projetos – mesmo
aqueles que, com a melhor das intenções, elaboramos para O servir – levando-nos a fazer algo
diferente ou a um lugar por Ele. Para Paulo, Silas e Timóteo, o resultado foi a chegada do
evangelho à Europa e o nascimento de uma das igrejas que mais ajudou e encorajou Paulo no
ministério[Fp. 4.15-16].
Deus “bagunçou” sua agenda ultimamente? Ele disse “não” a projetos idealizados por
você ou o colocou em uma situação ou local diferente do que você tinha planejado? É
possível que o Senhor queira usá-lo de maneira diversa daquela que você havia
programado. Lembre-se que isso não é raro acontecer. Peça a Deus que lhe dê paciência
e sabedoria para lidar com as mudanças de direção e aceitar os planos dEle em sua vida.

• TERÇA: Atos 16.16-40


Ontem vimos o nascimento da igreja de Filipos, com a conversão da família de Lídia. Na
sequência, ocorre uma grande manifestação do poder de Deus na libertação espiritual de uma
jovem. Por isso, Paulo e Silas são presos, caluniados, açoitados e encarcerados: um desfecho
inesperado e nada agradável depois de tanto sucesso. Porém, que grande lição ele nos ensina!
Nossos missionários poderiam questionar o motivo de sofrerem tanto após servirem
obedientemente na obra que de Deus, mas encontraram forças para orar e cantar, mesmo com
os pés no tronco! Observe que o terremoto [v.26] não somente os libertou, mas principalmente,
proporcionou ocasião para salvação do carcereiro e de toda sua casa. Como resultado daquela
situação adversa, a Palavra foi pregada, mais pessoas se converteram, a Igreja em Filipos
cresceu e o reino de Deus avançou.

Como você encara seu próprio sofrimento, especialmente quando parece imerecido?
Consegue orar e louvar a Deus, sabendo que nada foge do controle dEle? Focaliza apenas
o problema, ou consegue ver, nas situações desfavoráveis, oportunidade para comunhão
com Deus e testemunho a outros? Deus quer ensiná-lo a se alegrar nEle enquanto usa a
sua vida para levar outros a conhece-lo e crescer no conhecimento dEle! Se você não
sofre hoje, agradeça a Deus por isso; se estiver numa situação turbulenta ou de dor, peça-
lhe a mesma atitude de Paulo e Silas. O resultado será a sua alegria e a glória dEle!

• QUARTA: Atos 17.1-15


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Nosso texto de hoje mostra a equipe missionária enfrentando a rejeição da maioria dos judeus
que viviam nos lugares por onde passavam. Em Tessalônica, “alguns dos judeus foram
persuadidos” [v.4]; em Bereia, “creram muitos dentre os judeus” [v.12]. No entanto, a maioria do
povo que era o alvo evangelístico prioritário de Paulo [vv.2,10] rejeita a mensagem e persegue
os mensageiros. Dois fatos se destacam aqui:[1] nem a perseguição anterior, em Filipos, nem a
rejeição presente diminuíram o compromisso da equipe; [2] o conteúdo da mensagem, Jesus
como o Ungido de Deus [v.3], não mudou, pois a pregação deles continuava sendo “com base
nas Escrituras” [v.2]. Note que Lucas destaca, como resultado da pregação dos missionários,
que tanto gregos, quanto judeus, quanto mulheres de alta posição creram no evangelho [vv.4,12],
mostrando que tanto barreiras culturais como sociais estavam sendo rompidas pela graça de
Deus.
Como Paulo, somos, antes de tudo, para anunciar fielmente a Palavra de Deus, e não
necessariamente para ver resultados imediatos – embora seja natural espera-los. Talvez
a mensagem que você prega seja rejeitada [às vezes, de forma veemente] por aqueles que
imaginava serem mais receptivos a ela. Não desanime ne negocie o conteúdo do
evangelho para torna-lo mais aceitável. Os “mais nobres”, como os judeus bereanos,
estão por toda parte, ávidos por examinar as Escrituras e prontos a crer nelas.

• QUINTA: Atos 17.16-34


A estrada de Paulo em Atenas não foi planejada nem voluntária; ele foi enviado para lá pelos
irmãos de Bereia, devido à perseguição dos judeus de Tessalônica [vv.13-15]. Ainda assim, ele
estava pronto! Nos dias que passou alí, observou atentamente a cidade e aproveitou todas as
oportunidades para pregar o evangelho: no espaço religioso – a sinagoga [v.17ª]; no espaço
público – a praça [v.17b]; e no espaço cultural/intelectual- o Areópago [v.19]. Mesmo sendo
tratado pejorativamente [a palavra “tagarela” no versículo 18 tem o significado de alguém que
vive das coisas que cata pelas ruas], ele não se esquiva de pregar “as boas novas a respeito de
Jesus e da ressurreição” [v.18], adequando sua mensagem aos ouvintes, citando inclusive obras
poéticas conhecidas em Atenas [v.28], uma cidade dada à intelectualidade, ao saber e ao
extremo da idolatria. Foi zombado por alguns, mas outros creram [vv.32-34].
Neste episódio, aprendemos que devemos estar atentos à realidade ao nosso redor e às
oportunidades que ela nos propicia, observando tudo o que pode ser útil à comunicação
do evangelho de forma clara e impactante. Peça a Deus sabedoria para proclamar a Sua
Palavra com fidelidade, ousadia e inteligência, construindo pontes entre as boas novas e
a cultura, onde quer que você se encontre[ainda que esteja onde não planejou].
Comprometa-se a aproveitar as oportunidades para comunicar o evangelho de maneira
excelente, mesmo que sofra com a zombaria dos incrédulos.

• SEXTA: Atos 18.12-22


Você notou na leitura de hoje a sequência de ações realizadas por Paulo? Leia atentamente.
Após permanecer em Corinto por um tempo, ele deixa a cidade e inicia uma viagem de volta à
sua igreja de origem em Antioquia na Síria, tomando uma série de decisões importantes durante
esse tempo. Mas algo interessante deve ser observado na única frase registrada como sendo
dita por ele. Ao se despedir dos judeus que pediam a permanência dele em Éfeso depois de uma
passagem rápida pela cidade, ele disse: “Voltarei, se for da vontade de Deus” ´v.21]. Paulo
planeja, toma decisões, age, cumpre votos, mas faz tudo sem deixar de reconhecer que o Deus
Soberano está no controle. Isso se alinha com a exortação de Tiago àqueles que fazem planos
sem levar em conta a vontade de Deus: “Ao invés disso, deveriam dizer: ‘Se o Senhor quiser,
viveremos e faremos isto ou aquilo” [Tg. 4.15]. E conclui: “Pensem nisso, pois: Quem sabe que
deve fazer o bem e não o faz comete pecado” [Tg. 4.17].
Como você faz planos, toma decisões e conduz sua vida? Leva Deus em conta ao pensar
em projetos, carreira e futuro? Ou vive sem considerar a vontade de Deus para você? Este
é um bom momento para uma reavaliação. Se estiver andando no erro, confesse-o a Deus
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e comprometa-se a viver em obediência à Sua Palavra e orientação. Caso contrário, louve


e agradeça a Deus por já ter aprendido essa lição.

• SÁBADO: Atos 18.23-28


A viagem termina, mas não os desafios nem aprendizado de preciosas lições. Paulo completou
seu plano de voltar à sua igreja de envio, certamente compartilhando o que Deus fizera e
traçando o plano para sua próxima viagem. Enquanto isso, o investimento dele em Áquila e
Priscila rende frutos mesmo na ausência dele, quando o casal passa a discipular Apolo quanto
à obra total de Cristo. O resultado foi que Deus usou Apolo para fortalecer a fé dos que haviam
crido, visto que ele também visitou várias cidades e, a exemplo de Paulo, falava tanto às igrejas
quanto às sinagogas. Temos pelo menos duas grandes lições aqui. A primeira é que o trabalho
de discipulado só está completo quando o discípulo é capaz de reproduzi-lo. O que Paulo fora
bem feito: seus discípulos, Priscila e Áquila, estavam prontos a discipular outros. A obra de Deus
por meio de Paulo não parou, mesmo quando este não estava presente. A segunda lição é que,
por mais bem instruídos e eloquentes que sejamos [como Apolo, por exemplo], devemos ter a
humildade de reconhecer que sempre há mais a aprender com outros discípulos.
Como está sua vida como discípulo de Cristo? Continua crescendo na fé e levando outros
ao crescimento? Você tem alguém que o acompanha e instrui na Palavra? Peça a Deus
que coloque um mentor espiritual em sua vida, ao mesmo tempo em que você procura
guiar outros à maturidade cristã. Lembre-se: todos somos operários em obras – Deus
trabalha POR nós e EM nós.

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