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1ª Edição
Francisco Morato, SP
O Estandarte de Cristo
2020
Sumário
Introdução
Por que Essa Reimpressão é Importante?
James M. Renihan
PARTE I
Nehemiah Coxe: Um Teólogo Excelente e Judicioso
James M. Renihan
Introdução do Editor
O Prefácio ao Leitor
Capítulo 1
Relacionamentos Pactuais com Deus
Uma Introdução Geral
O Pacto de Deus Proposto aos Homens e a Resposta Deles
A Ideia Geral de um Pacto e as Inferências Disso
Deus Sempre Lidou com os Homens por Meio de Aliança
As Transações Pactuais de Deus Sempre São Feitas com Um
Representante
Instruções Gerais para Entender Corretamente as Transações
Pactuais
Capítulo 2
As Transações de Deus para com Adão
A Importância desse Estudo
O Estado do Homem Antes da Queda
A Promessa de uma Recompensa Comprovada
A Recompensa e a Punição da Lei
Adão: Uma Pessoa Pública
A Transação de Deus com Adão: Uma Aliança
A Natureza Geral do Pacto com Adão
O Pecado de Nossos Primeiros Pais
O Estado e Condição do Homem Caído
A Misericórdia de Deus para com o Homem Caído
A Promessa de Redenção em um Pacto
O Estado e Condição da Posteridade de Adão
Capítulo 3
A Aliança de Deus com Noé
Um Novo Relacionamento é Estabelecido
A Palavra Revelada de Deus é a Regra de Fé do Homem
Enoque
A Propagação Geral da Igreja
A Arca como um Tipo
Deus Estabelece seu Pacto com Noé
O Pacto Noético Desenvolvido
Bençãos e Maldições para os Filhos de Noé
A Torre de Babel e a Confusão das Línguas
Os Males Advindos da Confusão das Línguas
Capítulo 4
O Pacto da Graça Revelado a Abraão
Deus Honra a Abraão de Forma Especial Através de seu
Pacto
A História de Abraão e sua Aparente Incapacidade
A Dupla Consideração de Abraão no Pacto
O Pacto da Graça Revelado a Abraão
O Tempo Determinado desses Pactos e a suas Inferências
Todas as Bênçãos Espirituais estão Incluídas nesse Pacto
Esse Pacto é Confirmado em Cristo
Abraão: Raiz das Bênçãos da Aliança e Pai dos Crentes
O Caminho de Salvação pela Fé em Cristo nesse Pacto
A Promessa Dada antes da Circuncisão
Capítulo 5
A Aliança da Circuncisão (I)
As Promessas Feitas a Abraão para sua Descendência
Natural
Abraão é Chamado para Fora de Ur dos Caldeus
A Jornada de Abraão e a Renovação das Promessas
Como a Promessa de Canaã Beneficiou Abraão
A Promessa Renovada e Expandida
A Descendência de Abraão
A Aliança da Circuncisão
A Promessa da Nova Aliança Repetida
A Distinção das Tribos em Israel
O Significado de Eterno em Relação a esse Pacto
A Igreja-Estado do Israel Segundo a Carne
Capítulo 6
A Aliança da Circuncisão (II)
Duas Proposições Estabelecidas
A Primeira Proposição Provada
Sua Confirmação Posterior
Seu Apoio a partir da História Sagrada
A Igreja-Estado de Israel foi Edificada sobre essa Aliança
Circuncisão: a Porta para a Comunhão em Israel
Como Levi pagou Dízimos estando ainda em Abraão
Israel foi Libertado do Egito em Virtude dessa Aliança
A Segunda Proposição Provada
O Exemplo de Esaú
Uma Objeção Respondida
Circuncisão: Um Selo da Aliança
Algumas Inferências a partir do Discurso Precedente
Capítulo 7
A Aliança da Circuncisão (III)
O Verdadeiro Significado da Grande Promessa
Várias Premissas para que Cheguemos ao Entendimento Correto
Israel Considerado de Duas Formas sob a Economia Mosaica
O Israel de Deus em Israel
A Promessa Plenamente Explicada
A Explicação Confirmada
A História de seu Cumprimento para com Israel
As Bênçãos de Israel Segundo a Carne
A Aliança da Circuncisão não é o Pacto da Graça
Outros Homens Santos que não Viveram Debaixo da Obrigação
da Circuncisão
O Conceito de Membresia Infantil na Igreja Considerado
Cinco Propostas Consideradas
Capítulo 8
A Referência Mútua das Promessas Feitas a Abraão
O Propósito Geral deste Capítulo
A Mistura das Promessas
A Relação Mútua das Promessas
A Grandeza da Provação de Abraão
A Aliança de Peculiaridade como um Tipo
Colossenses 2:11 Explicado
A Família de Abraão como um Tipo da Futura Igreja
Inferências Feitas a Partir desse Tipo
A Chave para Muitas Promessas no Antigo Testamento
Romanos 4:11 Explicado
A Circuncisão foi um Selo para a Fé de Abraão
A Conclusão desse Tratado
PARTE 2
Uma Breve Biografia de John Owen
Extraída do Memorial dos Não-Conformistas, por Samuel
Palmer
Introdução do Editor
Capítulo 1
Exposição do Versículo 6
A Diferença entre as Duas Alianças
Uma Afirmação da Excelência do Ministério de Cristo
A Introdução da Afirmação
Primeira Observação Prática
O que é Atribuído a Cristo na Afirmação
Segunda Observação Prática
Terceira Observação Prática
Quarta Observação Prática
Como Cristo Veio a esse Ministério
Quinta Observação Prática
A Qualidade desse Ministério
A Preeminência desse Ministério
Sexta Observação Prática
A Prova da Afirmação
O Ofício de Mediador
Sétima Observação Prática
Uma Descrição Adicional de seu Ofício Mediatório
De que Aliança Cristo era o Mediador?
Dificuldades do Contexto Respondidas
A Prova da Natureza dessa Aliança Quanto à sua Excelência
Toda Aliança é Estabelecida sobre Promessas
A Nova Aliança é Estabelecida com Promessas Melhores
Oitava Observação Prática
Nona Observação Prática
Um Discurso Acerca de Algumas Coisas em Geral
Uma Disputa em Relação às Duas Alianças
Quatro Pontos Consoantes Acerca das Duas Administrações
Cinco Diferenças entre as Duas Administrações
Os Argumentos Luteranos
Cinco Pontos sobre essa Questão
Três Coisas Relacionadas à Primeira Aliança que Provam que Ela
Não foi uma Administração do Pacto da Graça
Primeira, Ela não foi Feita para a Vida e Salvação da Igreja
Segunda, Ela Não Anulou a Promessa Feita a Abraão
Terceira, Ela Continha Outros Benefícios para a Igreja
Duas Perguntas sobre a Aliança do Sinai
A Substância de Toda a Verdade
Seis Razões para a Introdução da Primeira Aliança
A Diferença entre as Duas Alianças
A Opinião da Igreja de Roma
A Doutrina da Escritura sobre a Diferença entre as Alianças
Exposta em 17 Particularidades
Uma Resposta aos Socinianos
Décima Observação Prática
Décima Primeira Observação Prática
Capítulo 2
Exposição do versículo 7
A Necessidade de Uma Nova e Melhor Aliança
Uma Afirmação Positiva
A Prova desta Afirmação
Primeira Observação Prática
Segunda Observação Prática
Capítulo 3
Exposição do Versículo 8
A Nova Aliança
A Introdução do Testemunho
Sua Conexão
Seu Fundamento
Seu Verdadeiro Significado
Primeira Observação Prática
Segunda Observação Prática
Terceira Observação Prática
O Próprio Testemunho
O Autor da Promessa
Quarta Observação Prática
A Nota da Introdução
Quinta Observação Prática
Sexta Observação Prática
O Tempo da Realização
Sétima Observação Prática
A Coisa Prometida
Três Coisas que Coincidem na Nova Aliança
Por que Chamar de uma Aliança?
Oitava Observação Prática
As Coisas Contidas na Nova Aliança
O Autor dessa Aliança
Nona Observação Prática
As Pessoas com Quem essa Aliança é Feita
Décima Observação Prática
Décima Primeira Observação Prática
O Modo de Fazer a Nova Aliança
Seu Caráter Distintivo
Capítulo 4
Exposição do Versículo 9
A Novidade da Nova Aliança
As Razões para uma Aliança Diferente
A Primeira Aliança
Primeira Observação Prática
Segunda Observação Prática
Terceira Observação Prática
Quarta Observação Prática
Quem Eram Esses “Pais”?
A Quebra da Antiga Aliança
Quinta Observação Prática
Sexta Observação Prática
A Anulação da Antiga Aliança
A Verdade Dessas Coisas
A Promessa de Outra Aliança
Sétima Observação Prática
Oitava Observação Prática
Nona Observação Prática
Décima Observação Prática
Capítulo 5
Exposição dos Versículos 10-12
As Promessas da Nova Aliança
Exposição do versículo 10
Introdução da Declaração da Nova Aliança
O Assunto: A Criação de uma Aliança
Primeira Observação Prática
Segunda Observação Prática
Terceira Observação Prática
Quarta Observação Prática
O Autor dessa Aliança
Quinta Observação Prática
Com Quem a Nova Aliança é Feita
O Tempo de Fazer a Aliança
O Tempo Exato da Realização dessa Promessa
A Natureza das Promessas da Nova Aliança
A Natureza Geral dessas Promessas
Refutação da Interpretação Sociniana e Demonstração da
Verdadeira Interpretação em Seis Aspectos
Duas Objeções Respondidas
As Propriedades Abençoadas e os Efeitos da Nova Aliança
Primeira Bênção Geral – Restauração da Imagem de Deus em
Nós
O que é Atingido
Sexta Observação Prática
Em seus Entendimentos
O Modo de Produzir o Efeito
O que é Comunicado: Minhas Leis
A Natureza da Graça na Primeira Promessa
Sétima Observação Prática
Em seus Corações
Oitava Observação Prática
Nona Observação Prática
Décima Observação Prática
“E eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.”
A Natureza dessa Relação
O Fundamento
O Mediador deve Ser Cristo
Décima Primeira Observação Prática
As Ações Mútuas
A Relação de Deus para com o Homem
Décima Segunda Observação Prática
Décima Terceira Observação Prática
Décima Quarta Observação Prática
Décima Quinta Observação Prática
A Relação do Homem com Deus
Décima Sexta Observação Prática
Décima Sétima Observação Prática
Exposição do Versículo 11
A Parte Negativa da Promessa
A Parte Positiva da Promessa
Refutação de uma Má Interpretação desse Texto
A Interpretação Correta do Texto
Em que Consistia a Remoção do Ensino?
O que Não Seria Mais Ensinado?
Várias Observações sobre Expressões Particulares
Décima Oitava Observação Prática
Décima Nona Observação Prática
Vigésima Observação Prática
Vigésima Primeira Observação Prática
Vigésima Segunda Observação Prática
A Parte Positiva da Promessa (continuação)
Para Quem Ela é Feita
Vigésima Terceira Observação Prática
Vigésima Quarta Observação Prática
Qual é o seu Assunto?
Vigésima Quinta Observação Prática
Vigésima Sexta Observação Prática
Vigésima Sétima Observação Prática
Exposição do Versículo 12
Vigésima Oitava Observação Prática
A Promessa Considerada
Para Quem é Ela Feita
Objeção e Resposta
Vigésima Nona Observação Prática
O que é Prometido
O que se Entende por Pecados
Trigésima Observação Prática
Trigésima Primeira Observação Prática
Trigésima Segunda Observação Prática
Trigésima Terceira Observação Prática
O que se Entende pelo Perdão dos Pecados
Capítulo 6
Exposição do versículo 13
A Necessidade e Certeza da Abolição da Primeira Aliança
A Palavra Especial ou Testemunho Bíblico
Uma Máxima Geral da Verdade
Introdução
James M. Renihan
Nehemiah Coxe:
Um Teólogo Excelente e Judicioso
James M. Renihan
Onde,
A Aliança da Circuncisão é amplamente examinada, e
é demonstrada a invalidade do argumento em favor do
pedobatismo feita a partir dela.
By NEHEMIAH COXE.
§. 4. Pelo que já foi fito, está claro que Adão foi colocado no
caminho reto, mas não foi trazido, de fato, ao descanso eterno no
estado em que fora criado. Ele era capaz de e foi feito para um
maior grau de felicidade do que aquele que alcançou
imediatamente. Essa felicidade em maior grau seria a recompensa,
em virtude do pacto, devida à obediência na qual ele deveria andar
com Deus. Acerca dessa recompensa posta diante dele, devemos
as seguintes coisas: 1. Embora a lei da criação houvesse recebido
tanto a promessa de recompensa como uma ameaça de punição, o
motivo de ambas não é o mesmo. Pois a recompensa decorre
meramente da liberalidade e bondade soberana. Portanto, ela
poderia ter sido maior, ou menor, ou nem mesmo ter sido proposta,
se isso agradasse a Deus, sem prejuízo algum. Mas o castigo
prenunciado é um débito à justiça e resulta imediatamente da
natureza do pecado contra Deus. O castigo é devido por causa da
transgressão da lei divina como tal e, portanto, permanece devido
por cada transgressão dela, e é como uma dívida até mesmo para
aqueles que perderam completamente a esperança de recompensa
por já haverem quebrado o pacto uma vez. A punição pela ofensa
não pode ser maior nem menor do que a merecida sem que haja
uma diminuição da glória da justiça divina, pela regra estrita com a
qual o castigo sempre é medido. De maneira que a morte ameaçada
pela maldição é, em um sentido próprio e estrito, o salário do
pecado (Romanos 6:23).
2. Na história dessa transação, como registrado pelo Espírito
Santo para nosso ensino, temos uma referência mais específica e
explícita da ameaça da maldição do que da recompensa prometida.
Assim, nos é transmitida uma ideia mais distinta da maldição do que
da promessa, embora tenhamos motivo para pensar que ambas
eram conhecidas por Adão com igual clareza. Isso pode ser porque
é mais importante que estejamos completamente humilhados sob a
ideia da miséria presente da humanidade em seu estado caído, do
que curiosos sobre em que consistia especificamente ou o grau
daquela bem-aventurança que uma vez foi proposta, mas que nunca
mais poderá ser obtida por nós através da participação naquele
pacto que primeiramente nos deu direito à recompensa.
Adão: Uma Pessoa Pública
§. 6. Está claro, então, que Deus tratou com Adão não apenas
em termos de uma lei, mas também de uma aliança. Essa transação
tinha uma natureza federal embora não seja explicitamente
chamada de aliança na Escritura. E visto que essa transação tinha a
natureza explícita de uma aliança, não há motivo para minúcias
quanto aos termos, uma vez que a coisa em si é suficientemente
revelada a nós. Não há menção explícita de que um Pacto de Graça
antes do tempo de Abraão, no entanto ele está revelado na
Escritura de modo certo e claro, a saber, que todos aqueles que
eram salvos antes de Abraão foram participantes de tal pacto e
eram salvos somente por sua graça. A evidência da relação pactual
de Adão com Deus pode ser brevemente resumida como se segue:
1. É possível que Deus o tenha estabelecido não apenas sob a lei
necessária de sua criação, mas também que a ela tenha
acrescentado uma lei cerimonial. Deve-se observar que tal lei foi um
complemento da transação pactual em todas as relações
posteriores com os homens.
2. Mas isso certamente se conclui da promessa de
recompensa e da certeza que foi dada a Adão, o que ele nunca
poderia ter obtido exceto pela condescendência de Deus ao lidar
com ele em termos de uma aliança.[90]
3. Foi justamente devido a esse pacto que a posteridade de
Adão estaria envolvida, como de esteve, quer em sua obediência
quer em sua queda. Caso se negue que a posteridade de Adão
pudesse receber a recompensa se ele tivesse permanecido
obediente, também é necessário negar que eles receberiam punição
em caso de desobediência. Pois, se somente ele estivesse debaixo
da lei de Deus, seu pecado teria permanecido apenas sobre si
mesmo e não poderia ter sido imputado justamente a toda a
humanidade mais do que o pecado de alguma pessoa específica
poderia ser imputado a outro homem que de fato não é culpado de
tal pecado, ou os pecados dos pais imputados aos seus filhos.
Nisso repousa o mistério da primeira transação de Deus para
com o homem e do relacionamento entre ambos, fundamentado
sobre ela. Essa transação não resultou imediatamente a parti da lei
de sua criação, mas do estabelecimento de uma aliança segundo o
livre, soberano e sábio conselho da vontade de Deus. Portanto,
embora a lei da criação seja facilmente entendida pelos homens (e
haja pouca controvérsia acerca dela entre aqueles que não são
degenerados quanto a todos os princípios da razão e da
humanidade), contudo quanto à aliança da criação,[91] a participação
da posteridade de Adão nela e a culpa pelo pecado original que
recaiu sobre eles por causa dela, nem todos o reconhecem e nem o
podem, exceto pela luz da revelação de Deus. Nem o coração do
homem pode se humilhar a fim de reconhecer apropriadamente
essas coisas e obter uma convicção clara e profunda acerca delas,
senão pela obra do Espírito Santo. Enquanto os homens julgarem o
conselho de Deus segundo suas próprias razões limitadas e
entenebrecidas, e se recusarem a submeterem seu entendimento à
revelação da vontade soberana de Deus e à sabedoria dele, eles
necessariamente cairão em erros graves e encherão o mundo de
controvérsias infrutíferas por meio de seus entendimentos
obscurecidos e com palavras vazias de conhecimento.
A Natureza Geral do Pacto com Adão
A Introdução da Afirmação
A Prova da Afirmação
O Ofício de Mediador
Seu ofício é o de um Mediador, μεσίτης , aquele que se
interpunha entre Deus e o homem, para o cumprimento de todas
aquelas coisas pelas quais uma aliança poderia ser estabelecida
entre eles e feita eficaz. Schlichtingius[207] oferece a seguinte
descrição de um Mediador: “Ser um mediador não é outra coisa
senão ser o negociador de Deus e o intermediário no
estabelecimento de (Sua) aliança com os homens; através de quem,
em outras palavras, tanto Deus poderia revelar a sua (própria)
vontade aos homens, como eles, por sua vez, poderiam concordar
com Deus, e tendo sido reconciliados com Ele, os homens poderiam
experimentar paz quanto ao futuro”.[208] E Grotius fala bastante
nesse mesmo sentido.
Porém essa descrição de um mediador é totalmente aplicável
a Moisés, e adequada ao seu ofício ao anunciar a lei (Cf. Êxodo
20:19 e Deuteronômio 5:27-28). O que é dito por eles, de fato,
pertence imediatamente ao ofício mediatório de Cristo, mas não se
limita a isso; aliás, essa definição exclui algumas das principais
partes de sua mediação. E embora não exista a definição do que é
um mediador dada por Schlichtingius, e que não contenha nada
senão aquilo que pertence ao ofício profético de Cristo (o que não é
a principal intenção do apóstolo aqui), e é muito indevidamente
aplicada como uma descrição de um mediador tal como ele
intenciona. E, portanto, depois quando o apóstolo passa a declarar
em particular o que pertencia a tal Mediador da aliança, ele
expressamente enfatiza a sua “morte para remissão das
transgressões” (Hebreus 9:15), e então afirma que “por essa razão
ele era um mediador”. Mas não há nada sobre isso na descrição que
nos dão desse ofício. Entretanto, o apóstolo descreve o ministério
de Cristo como Mediador em outros de seus escritos, como por
exemplo: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e
os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em
preço de redenção por todos” (1 Timóteo 2:5-6). A parte principal de
sua mediação consistia em “dar a si mesmo em preço de redenção”,
ou um preço de redenção por toda a igreja. Portanto, com base
nisso, entendemos que essa descrição dos socinianos acerca de um
Mediador do Novo Testamento é projetada apenas para rejeitar a
satisfação de Cristo, ou Sua oferta a Deus em sua morte e
derramamento de sangue, e a expiação feita por meio disso.
O Senhor Jesus Cristo, então, em seu ministério, é chamado
μεσίτης , o “Mediador” da aliança, no mesmo sentido em que ele é
chamado, ἔγγυος , o “Fiador” (veja a exposição sobre o capítulo
7:22). Ele é, na Nova Aliança, o Mediador, o Fiador, o Sacerdote, o
Sacrifício, tudo em sua própria pessoa. A ignorância e a falta de
uma devida consideração sobre isso são a grande evidência da
degeneração da religião cristã.
Embora essa seja a primeira noção geral sobre o ofício de
Cristo — o qual compreende todo o ministério confiado a ele, e que
contém em si os ofícios especiais de Rei, Sacerdote e Profeta, de
acordo com os quais ele realiza a sua mediação — algumas coisas
que são declarativas de sua natureza e aplicação devem ser
mencionadas. E, para isso, podemos observar o seguinte: (1.) Que
para que o ofício de um Mediador seja possível, é necessário que
haja diferentes pessoas envolvidas na aliança, e isso por suas
próprias vontades; como deve ser em todos os pactos, de qualquer
tipo. Assim diz o nosso apóstolo: “Ora, o mediador não o é de um
só, mas Deus é um” (Gálatas 3:20), isto é, se não houvesse
ninguém a não ser Deus envolvido nesse questão, como ocorre
quando há uma promessa absoluta ou preceito soberano, não
haveria necessidade de um Mediador como Cristo o é. Para esse
fim, nosso consentimento na aliança, e para a aliança é requerido
na própria noção de um Mediador.
(2.) Que as pessoas que entram em aliança em tal estado e
condição que não sejam convenientes ou moralmente possíveis de
tratarem imediatamente uns com os outros quanto aos fins da
aliança, necessitam de um mediador entre eles, pois de outro modo
um mediador seria completamente desnecessário. Foi assim no
pacto original com Adão, que não tinha mediador. Porém, ao
entregar a lei, que deveria ser uma aliança entre Deus e o povo,
eles se viram totalmente insuficientes para tratar imediatamente com
Deus e, portanto, o povo desejou um intermediador para estar entre
Deus e eles, para trazer os mandamentos de Deus até eles e para
levar de volta o consentimento deles (Deuteronômio 5:23-27). E
esse é o modo de falar de todos os homens realmente convictos da
santidade de Deus e de sua própria condição. Tal é o estado entre
Deus e os pecadores, pois a lei e a sua maldição se interpuseram
entre eles de tal modo que os homens não poderiam entrar em
algum acordo imediato com Deus (Salmos 5:3-5). Daí a
necessidade de um mediador para que a Nova Aliança fosse
estabelecida. Falaremos mais sobre isso a seguir.
(3.) Que aquele que deve vir a ser esse mediador deve
também ser aceito, confiado e crido por ambas as partes que
mutuamente entram em aliança. Uma confiança absoluta deve ser
depositada em tal mediador, de modo que cada parte possa ser
eternamente vinculada ao que ele assume no nome deles; e
aqueles que não concordarem com os seus termos não podem ter
nenhum benefício, nem participação na aliança. Assim foi com o
Senhor Jesus Cristo nessa questão. Da parte de Deus, ele
depositou toda a confiança, quanto a tudo que concerne a essa
aliança, em Cristo, e absolutamente descansou a esse respeito.
“Eis”, ele diz, “aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em
quem se apraz a minha alma”, ou deleita, ἐν ᾧ εὐδόκησα (Isaías
42:1; Mateus 3:17). Quando Cristo empreendeu esse ofício, ele
disse: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu”, o nome de
Deus foi colocado sobre ele (Êxodo 23:21; João 5:20-22). E para
Cristo, Deus Pai finalmente dá testemunho que que ele havia
cumprido essa obra (João 17:4). E de nossa parte, a menos que nos
sujeitemos totalmente a uma confiança universal em Cristo e
creiamos nele, e a menos que aceitemos todos os termos da aliança
como proposta por Ele, e nos comprometamos a perseverarmos em
tudo o que ele realizou em nosso nome, não podemos ter parte nem
interesse nesse assunto.
(4.) Um mediador deve ser uma pessoa que se coloca entre
duas partes envolvidas em uma aliança; e, se forem de naturezas
diferentes, um mediador perfeito e completo deve participar de cada
uma das naturezas das partes envolvidas na mesma pessoa. Eu já
demonstrei em outros lugares a necessidade de que isso seja
assim, bem como, nisso, e está a gloriosa sabedoria de Deus, e,
portanto, não insistirei nesse ponto novamente.
(5.) Um mediador deve ser aquele que, voluntariamente e por
iniciativa própria, realiza a obra de mediação. Isso é requerido de
todo aquele que efetivamente mediará entre quaisquer pessoas que
estão em desacordo, para levá-las a um acordo em igualdade de
termos. Por isso, era necessário que a vontade e o consentimento
de Cristo estivessem envolvidos em sua aceitação desse ofício; e
que esse era o caso é expressamente testificado em Hebreus 10:5-
10. É verdade que Cristo foi apontado e designado pelo Pai para
esse ofício, e por isso ele é chamado de seu “servo” e
constantemente testemunha a seu respeito como aquele que veio
para cumprir a vontade e mandamento daquele que o enviou. Cristo
tinha que cumprir esse ofício sem que qualquer regra da justiça
divina fosse imposta a ele à parte de seu próprio consentimento
voluntário. E essa foi a base da aliança eterna entre o Pai e o Filho,
com relação à sua mediação; como já expliquei em outro lugar. E a
testificação[209] de sua própria vontade, graça e amor na aceitação
desse ofício é o motivo principal para a fé e confiança que a igreja
coloca nele, como o Mediador entre Deus e eles. Nesse seu
empreendimento voluntário o nome de Deus repousa sobre Ele, e
Deus deposita toda a confiança nele para cumprir a sua vontade e
prazer, ou o propósito de seu amor e graça nessa aliança (Isaías
53:10-12). Essa é a fé da igreja, da qual nossa salvação depende e
o que deve nos levar a amar a pessoa do Mediador. O amor a Cristo
não é menos necessário para a salvação do que a fé nele. E como a
fé é dada a partir da soberana sabedoria e graça de Deus ao enviá-
lo bem como de sua própria capacidade de salvar perfeitamente
aqueles que se achegam a Deus por meio dele; assim também o
amor flui a partir da consideração do seu próprio amor e graça
demonstrados no empreendimento voluntário desse seu ofício e na
consumação dele.
(6.) Nesse empreendimento voluntário para ser um mediador,
duas coisas eram necessárias: [1.] Que Jesus deveria remover
qualquer coisa que mantivesse à distância aqueles que fazem parte
da aliança, ou que fosse uma causa de inimizade entre eles. Pois
supõe-se que tal inimizade existia, ou então não haveria
necessidade de um mediador. É por causa disso que na aliança feita
com Adão — por não haver nenhuma divergência entre Deus e o
homem, nem qualquer distância, a não ser aquele que
necessariamente existia em virtude da diferença das naturezas de
Criador e criatura — não havia mediador. Mas o desígnio dessa
aliança era efetuar a reconciliação e a paz. Disso, portanto,
dependia a necessidade de satisfação, redenção e realização da
expiação por meio de sacrifício. Pois o homem, tendo pecado,
apostatado e se rebelado contra o governo de Deus, tornou-se
assim sujeito à sua ira, de acordo com a regra eterna da justiça, e
em particular mereceu à maldição da lei, e assim ele não poderia
obter novamente paz e acordo com Deus a menos que a devida
satisfação por essas coisas fosse realizada. Embora Deus quisesse,
por Seu infinito amor, graça e misericórdia, entrar em uma nova
aliança com o homem caído, ainda assim ele não o faria em
detrimento de sua justiça, de modo a desonrar o seu governo e
desprezar a sua lei. Para esse fim, ninguém poderia comprometer-
se a ser um mediador desta aliança, senão Aquele que era capaz de
satisfazer a justiça de Deus, glorificar o seu governo e cumprir a lei.
E isso não poderia ser feito por ninguém além de Cristo, a respeito
de Quem poderia ser dito que “Deus comprou a sua igreja com seu
próprio sangue”.[210]
[2.] Que Jesus Cristo deveria adquirir por um preço, e de um
modo adequado à glória de Deus, a concessão real de todas as
coisas boas preparadas e propostas nessa aliança, a saber, graça e
glória, com tudo o que pertence a elas, em favor daqueles para
quem ele era o Fiador. E esse é o fundamento do mérito de Cristo e
da concessão de todas as boas coisas para nós por causa dele.
(7) É exigido desse Mediador, como tal, que ele ofereça
garantias e se comprometa, para as partes mutuamente
interessadas, a cumprir os termos da aliança relativos a cada uma
das partes: [1.] Da parte de Deus em relação aos homens: que eles
terão paz e aceitação diante dele, pois ele certamente cumprirá
todas as promessas da aliança. Cristo faz isso apenas
declarativamente, na doutrina do Evangelho e na instituição das
ordenanças do culto evangélico. Pois Cristo não foi um fiador para
Deus, nem Deus precisava de um, visto que havia conformado sua
promessa com um juramento, no qual jurou por si mesmo, porque
ele não tinha alguém maior por quem jurar.
[2.] De nossa parte, Cristo Se compromete a Deus em prol de
nossa aceitação dos termos da aliança e de nosso cumprimento
desses termos, por nos capacitar para tal.
Os Argumentos Luteranos
A Nova Aliança
Sua Conexão
Seu Fundamento
O Próprio Testemunho
O Autor da Promessa
A Nota da Introdução
Temos a nota de introdução, que busca chamar nossa tenção:
ה ֵנּ ה,
ִ ᾿ιδού , “Eis”. Esse advérbio sempre é usado para denotar algo
eminente, seja em si mesmo ou naquelas expressões a que serve
de prefácio. Pois a palavra exige uma diligência maior do que a que
prestamos quando consideramos e atentamos para o que é
proposto. E isso foi necessário para indicar essa promessa, pois o
povo para quem ela foi dada muito dificilmente seria dissuadido de
seu apego à Antiga Aliança, que era inconsistente com a aliança
que agora era prometida. E parece haver algo mais que é indicado
nessa palavra do que um chamado a que prestemos uma atenção
especial, a saber, que a coisa de que se fala é claramente proposta
a eles, de modo que eles possam olhar para ela, e contemplá-la
clara e prontamente. E assim essa Nova Aliança é aqui proposta de
modo tão evidente e claro, tanto em toda a sua natureza quanto em
suas propriedades, que a menos que os homens voluntariamente
desviem seus olhos, eles não podem deixar de vê-la.
O Tempo da Realização
A Coisa Prometida
O tema da promessa é uma “aliança”, בּ ִרי ת. ְ A Septuaginta
traduz esse termo hebraico por διαθήκη , “um testamento”. E isso é
mais apropriado nesse lugar do que “uma aliança”. Pois se
tomarmos “aliança” em um sentido estrito e próprio, isso de fato não
pode existir entre Deus e homem. Pois uma aliança, estritamente
falando, deve proceder em termos iguais e sobre uma consideração
proporcional de ambos os lados; mas a aliança de Deus é baseada
na graça e consiste essencialmente em uma promessa livre e
imerecida. E, portanto, בּ ִרי ת,
ְ “aliança”, nunca é mencionada como
existindo entre Deus e o homem, mas da parte de Deus consiste em
uma promessa gratuita, ou um testamento. E “um testamento”, que
é o próprio significado da palavra aqui usada pelo apóstolo, é
adequado para esse lugar, e nenhum outro. Pois, (1.) Tal aliança é
tanto intencionada como ratificada e confirmada pela morte daquele
que a faz. E isso é propriamente um testamento, pois essa aliança
foi confirmada pela morte de Cristo, e isso foi feito tanto através da
morte do testador quanto foi acompanhada com o sangue de um
sacrifício; dos quais devemos tratar depois, se Deus quiser.
(2.) É uma aliança em que o pactuante, aquele que a faz, lega
seus bens a outros em forma de herança, e foi isso que Cristo fez
nessa aliança, como também devemos declarar depois. Para esse
fim, nosso Salvador chama essa aliança de “o novo testamento em
seu sangue”.[235] Essa é a palavra usada pelo apóstolo em seu
significado correto; e é evidente que ele não intenciona uma aliança
no sentido absoluto e estrito do termo. Com relação a isso, a
primeira aliança é geralmente chamada de “Antigo Testamento”.
Contudo, não nos referimos aos livros das Escrituras, ou oráculos
de Deus confiados à igreja dos judeus (que, como já observamos,
são uma vez chamados de “o antigo testamento” — 2 Coríntios
3:14), mas à aliança que Deus fez com a igreja de Israel no Sinai,
da qual falamos de modo geral.
E isso foi chamado de “testamento” por três razões: [1.] Porque
foi confirmado pela morte; isto é, a morte dos sacrifícios que foram
oferecidos na ocasião de seu estabelecimento solene. Assim diz
nosso apóstolo: “O primeiro [testamento] não foi consagrado sem
sangue” (Hebreus 9:18). Mas há mais coisas que são requeridas
para isso, pois até mesmo uma aliança, assim chamada em seu
sentido apropriado e estrito, pode ser confirmada com sacrifícios.
Para esse fim, [2.] Deus fez mais e concedeu à igreja de Israel as
boas coisas da terra de Canaã, junto com os privilégios de sua
adoração.
[3.] A principal razão dessa denominação, “o antigo
testamento”, vem do fato de isso apontar tipicamente para a morte e
o legado do grande testador, como mostramos.
Não segundo a aliança que fiz com seus pais no dia em que os
tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não
permaneceram naquela minha aliança, eu para eles não atentei, diz
o Senhor.[245]
Aqui o apóstolo traduz כּ ַָר ִתּ יpor ἐ π οίησα , ele faz isso
somente nesse lugar (depois veremos a razão disso). A expressão
ּ יתי
ִ תאּבּ ִר
ְ ֶאֲ ָשׁראּהֵ ָמּ ה הֵ פֵ רו ּ א, “eles quebraram aquela minha aliança”,
“rescindiram”, “dissiparam”; o apóstolo traduz αὐτοὶ οὐκ ἐνέμειναν
ἐν διαθήκῃ μου por “não permaneceram naquela minha aliança”,
pois, de fato, não permanecer fielmente na aliança é quebrá-la. A
expressão, וְאָ גכִ י בָּ ﬠַ ְל ִתּ י בָ ם, “eu era um marido para eles”, ou
melhor, “um senhor sobre eles”, é traduzida pelo apóstolo como,
κἀγὼ ἠμέλ ησα αὐτῶν , “eu para eles não atentei”, vamos inquirir a
razão dessa aparente alteração durante a exposição.
A expressão οὐ κατὰ τὴν διαθήκην pode ser traduzida para o
latim por “non secundum testamentum” e “secundum illud
testamentum”; e para o siríaco assim, יק א ֵ יתּ
ִ ;לָ א אֵ יך ְ הָ י ִדּe para o
português, “não de acordo com esse testamento”. A palavra grega
διαθήκην (diath ē k ē n) também poderia ser traduzida por “foedus”
e “illud foedus”. Nós já discorremos anteriormente sobre as
diferentes traduções da palavra foedus, a saber, “testamento” e
“pacto/aliança”.
A expressão ῝ην ἐ π οίησα pode ser traduzido para o siríaco
como דּיַהֲ בֵ ת,ְ “que eu dei”; “quod feci”, “que fiz”. Já a expressão
τοῖς π ατράσιν pode ser equivalente a σὺν τοῖς π ατράσιν , “com os
pais”; mas para isso é necessário que venha acompanhada do
verbo ἐ π οίησα . E, portanto, o siríaco, ao omitir a preposição,
transforma o verbo em “deu”, “deu aos pais”, o que é propriamente
dito assim: בוֹת ם ָ ֲאֶ תאּא, “cum patribus eorum”.
As palavras gregas οὐκ ἐνέμειναν são traduzidas na Vulgata
Latina por “Non permanserunt”; e outra palavra poderia ser usada,
“perstiterunt”. E em siríaco poderiam ser traduzidas assim, ּ לָ א ַקיְיו,
“eles não permaneceram”, “eles não continuaram”. “Maneo” é usado
para expressar a estabilidade que existe nas promessas e pactos:
“At tu dictis, Albane, maneres”, Virgílio. Eneida, viii. 643;[246] e, “Tu
modo promissis maneas”, Eneida. ii. 160. O mesmo se dá com
“permaneo in officio, in armis, in amicitia”, continuar firme até o fim.
Tendo isso em vista, essas palavras podem ser traduzidas como
“persisto”. A palavra ᾿εμμένω é usada com esse sentido por
Tucídides,[247] ᾿εμμένειν , “permanecer firme e constante nos
pactos”. A palavra ἐμμενής é dita a respeito daquele que é “firme”,
“estável”, “constante” em promessas e compromissos.
O grego κἀγὼ ἠμέλησα pode ser traduzido para o latim por
“ego neglexi”, “despexi”, “neglectui habui”; e para o siríaco por בּ ִסי ת,
ְ
“eu desprezei”, “negligenciei”, “rejeitei-os”. Já ᾿αμελέω , pode ser
traduzida por “curæ non habeo”, “negligo”, “contemno”, uma palavra
que denota “deixar de cuidar” e isso “com desprezo”.[248]
A Primeira Aliança
Exposição do versículo 10
“Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a
casa de Israel, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu
entendimento, e em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por
Deus, e eles me serão por povo”.
O que é Atingido
Em seus Entendimentos
Em seus Corações
As Ações Mútuas
A natureza dessa relação pactual é expressa em ambas as
partes: “E eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo”.
Aqueles com quem Deus faz uma aliança são seus de modo
especial. E a profissão disso é aquilo que o mundo principalmente
difama neles, e isso acontece desde o princípio.
Exposição do Versículo 11
Exposição do Versículo 12
Objeção e Resposta
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[1] É popularmente relatado que Benjamin Coxe era filho de um bispo da Igreja da
Inglaterra, frequentemente identificado como Richard Cox. Em um artigo biográfico não
assinado, W.T. Whitley demonstrou que isso não poderia ser verdade. Todos os filhos do
bispo Cox nasceram antes de 1568 e ele morreu em 1581. Benjamin só nasceu em 1595.
Ver (W.T. Whitley) “Benjamin Cox”, Transactions of the Baptist Historical Society 6 (1918-
1919): 50. Pode ser que ele tenha sido neto do bispo Cox.
[2] Joseph Foster, ed., Alumni Oxoniensis, Volume I. - Early Series (Nendeln,
Liechtenstein: Kraus Reprint Limited, 1968), 340.
[3] Whitley, Benjamin Cox, 50. Edwards, em uma lista de vários líderes “sectários” da
década de 1640, fala de “um mestre Cox que saiu de Devonshire, um inovador, e um
excelente servidor no tempo dos bispos, que contra a boa vontade do bispo de Exeter,
doutor Hall, seu diocesano, trouxe inovações para sua igreja paroquial (como algumas
pessoas piedosas que viveram nessa localidade me informaram) ao publicar um panfleto
chamado, A Declaration concerning the publike Dispute which should have been in the
publike meeting house of Aldermanbury, the third of December concerning Infants Baptism”.
Thomas Edwards, Gangraena: Or A Catalogue and Discovery of many of the Errors,
Heresies, Blasphemies and pernicious Practices of the Sectaries of this time (Londres):
Ralph Smith, 1646), A terceira edição, Parte 1, 38 (2nd paginação), ênfase dele.
[4] A Thesis or Position Concerning The Administering and Receiving Of The Lord’s
Supper Cleared and Confirmed, por B.C. Pregador da Palavra de Deus, 1642, 1. Em
nenhum local da publicação é identificado o editor. Coxe assinou seu nome no final do
panfleto.
[5] {A Crisma ou Confirmação é um sacramento inventado pela Igreja de Roma, no
qual, o bispo impõe as mãos sobre a pessoa a ser confirmada, invoca sobre ela o Espírito
Santo e a unge com o crisma (azeite de oliveira)}.
[6] Whitley, Benjamin Cox, 51.
[7] Thomas Crosby, History of the English Baptists (Londres, 1738), 1: 354.
[8] Richard Baxter, Plain Scripture Proof of Infants Church-membership and Baptism
(Londres: 1656, quarta edição), página 4, não numerada, de The True History of the
Conception and Nativity of this Treatise.
[9] O lado batista do debate pretendido foi registrado em A Declaration concerning
the publike Dispute which should have been in the publike meeting house of Aldermanbury,
the third of December concerning Infants Baptism (Londres), 1645) e contava com os
nomes Benjamin Coxe, Hanserd Knollys e William Kiffen impressos em destaque na página
de rosto.
[10] Murray Tolmie, The Triumph of the Saints (Cambridge: Cambridge University
Press, 1977), 63-64. Tolmie cita o Journal of the House of Commons, iv: 420-421, como
uma fonte para essas informações.
[11] Benjamin Coxe, Some Mistaken Scriptures Sincerely Explained in Answer to one
infected with some Pelagian Errours (Londres: Tho. Paine, 1646).
[12] John Spilsbury, God’s Ordinance, The Saints Priviledge (Londres: M. Simmons,
1646). Para informações biográficas sobre Spilsbury, consulte James M. Renihan, “John
Spilsbury (1593-c1662 / 1668)” em Michael A.G. Haykin, ed., The British Particular Baptists
1638-1910 (Springfield, MO: Particular Baptist Press, 1998), 1:21-37.
[13] B.R. White, Cox, Benjamin (1595-c. 1664) em Richard L. Greaves e Robert
Zaller, Biographical Dictionary of British Radicals in the Seventeenth Century (Brighton: The
Harvester Press, 1982), 1:184.
[14] B.R. White, Association Records of the Particular Baptists of England, Wales and
Ireland to 1660 (Londres: The Baptist Historical Society, 1971-74), 3:129.
[15] Crosby, History of the English Baptists, 1:354.
[16] Escrito no início de 1658 e agora acessível como um apêndice em White,
Association Records, 1: 43-50.
[17] Para Jessey, ver B.R. White, “Henry Jessey in the Great Rebellion”, em R. Buck
Knox, Reformation, Conformity and Dissent: Essays in Honour of Geoffrey Nuttal (Londres:
Epworth Press, 1977), 132-153.
[18] White, Association Records of the Particular Baptists, 3:168-172.
[19] W.T. Whitley, The Baptists of London 1612-1928 (Londres: The Kingsgate Press,
n.d.), 105; Whitley, Edward Harrison of Petty France in The Baptist Quarterly, 7:214.
[20] Veja o livro de registro da igreja Petty France, mantido na Guildhall Library, em
Londres, e H.G. Tibbutt, Some Early Nonconformist Church Books (Bedford: Bedfordshire
Historical Record Society, 1972). O Livro da Igreja de Kensworth é transcrito nas páginas
10-18.
[21] Whitley, Benjamin Coxe, 58.
[22] The Church Book of Bunyan Meeting (Londres: J.M. Dent Facsimile Reprint,
1928), 27.
[23] The Church Book of Bunyan Meeting, 43-44.
[24] A referência deve ser a Nicholas Blakie, ministro de uma igreja escocesa em
Londres. Ver Walter Wilson, The History and Antiquities of Dissenting Churches and
Meeting Houses (Londres: Para o Autor, 1808), 2: 460-467.
[25] Church Book of Bunyan Meeting, 46.
[26] A conexão entre Bunyan e esses homens é mencionada em Christopher Hill, A
Turbulent, Seditious, and Factious People: John Bunyan and His Church (Oxford: Oxford
University Press, 1988), 149. “Irm. Coakain” é George Cokayne (1620-1691), um ministro
independente de Londres nascido em Bedfordshire e que conservava muitas amizades ali;
“Irm. Palmer” é Anthony Palmer (1616-1679), ministro independente de Londres; e “Irm.
Griffith” é George Griffith (1619-1702), ministro independente de Londres. É fascinante
notar que nenhuma dessas assembleias aprovadas eram igrejas batistas. Veja Greaves e
Zaller, Biographical Dictionary of British Radicals in the Seventeenth Century, s.v.
“Cokayne, George”, “Palmer, Anthony” e “Griffith, (ou Griffiths), George”.
[27] Church Book of Bunyan Meeting, 46, 47.
[28] Ibid., 51. Esses homens são explicitamente chamados de “irmãos com dons
[gifted brethren]” na notação de 25 de junho de 1672, ver p. 52
[29] Ibid., 52-53.
[30] Ver George Offor, ed., The Whole Works of John Bunyan (Grand Rapids: Baker
Book House, 1977), 2: 593-601; W.T. Whitley, A Baptist Bibliography (Hildesheim: Georg
Olms Verlag, reimpressão de 1984), 1:99.
[31] Church Book of Bunya n Meeting, 54.
[32] Ibid. Esse foi o procedimento padrão seguido entre as igrejas. Um relato
fascinante de prolongadas discussões entre duas igrejas sobre esse assunto pode ser
encontrado em E.B. Underhill, ed., The Records of A Church of Christ meeting in
Broadmead, Bristol, 1640-87 (Londres: J. Haddon, 1847), p. 160; 380-384.
[33] Church Book of Bunyan Meeting, 54.
[34] Thomas Armitage, A History of the Baptists (Watertown, WI: Baptist Heritage
Press, reimpressão de 1988), 2: 524; T.E. Dowley, “A London Congregation during the
Great Persecution” em The Baptist Quarterly (Janeiro de 1978), XXVII, n. 5, 238.
[35] Benjamin Cox, “An Appendix to a Confession of Faith”, reimpresso com A
Confession of Faith of Seven Congregations of Churches in London, Which are Commonly
(but unjustly) Called Anabaptists (Rochester, NY: Backus Book Publishers, 1981), 32, 33;
John Bunyan, “A Confession of My Faith, and a Reason of My Practice” em Works. Bunyan
publicou duas outras obras sobre o assunto, “Differences in Judgment about Water Baptism
no Bar to Communion” e “Peaceable Principles and True”.
[36] Wilson, History and Antiquities, 2:186-187. Wilson fornece esta nota de rodapé:
“o apêndice do sr. Sutcliff ao sermão do dr. Ryland, sobre a morte do Rev. Joshua
Symonds, p. 53-4”. Christopher Hill confirma a prisão de Coxe pela pregação, citando E.
Stockdale, “A Study of Bedford Prison, 1660-1877”, em Publications of the Bedfordshire
Historical Record Society, 56 (1977), 14-16, 70-71, como sua fonte. Veja Hill, A Turbulent…
People, 122. Mais tarde, no mesmo trabalho, Hill afirma que em 1669 Coxe “foi acusado de
dizer ‘a Igreja da Inglaterra, tal como ela é hoje, é uma igreja anticristã’” Hill, 145, citando
M. Mullett, “The Internal Politics of Bedford, 1660-1688” em Publications of the Bedfordshire
Historical Record Society 59 (1980), 4, 5, 37. Essa afirmação seria perfeitamente
consistente com a opinião de muitos dissidentes daquela época.
[37] Petty France Church Book, 1675-1727, 1. O livro pode ser visto na Biblioteca
Guildhall, em Londres. O Livro da Igreja de Bedford não registra a demissão de Coxe da
associação, mas isso provavelmente é um descuido. Existem apenas algumas entradas
breves para 1675.
[38] John Piggott, A Funeral Sermon Occasioned by the Death of the reverend Mr.
William Collins, Late Minister of the Gospel in London, Who died the 30th of October, 1702,
em Eleven Sermons Preach’d upon Several Occasions, by the Late Reverend Mr. John
Piggott, Minister of the Gospel (Londres: John Darby, 1714), 241-286. A estima em que ele
foi tido por seus colegas ministros pode ser observada pelo fato de ele ter sido solicitado
pela Assembleia Geral de 1693 a elaborar um Catecismo, e com base nisso Joseph Ivimey
afirma que “é provável que o Catecismo Batista tenha sido compilado pelo Sr. Collins,
embora de alguma maneira tenha passado a ser chamado de Catecismo de Keach”.
Joseph Ivimey, A History of the English Baptists (Londres: BJ Holdsworth, 1823), 2:397.
[39] Walter Wilson o designa como “Nehemiah Coxe, D.D.”. Não há, no entanto,
nenhuma evidência de que ele tenha recebido o diploma de Doutor em Divindade. O mais
provável é que isso seja um erro cometido ao confundir sua carreira médica com sua
carreira teológica. Desconhecendo sua prática médica e lendo o “Dr. Nehemiah Coxe”,
pode-se supor que o respeitado teólogo teria recebido o doutorado teológico aceito da
época. Walter Wilson, History and Antiquities, 2:185.
[40] Em Collier, ver B.R. White, “Thomas Collier and Gangraena Edwards” em The
Baptist Quarterly xxiv:3 (julho de 1971), 99-110.
[41] Edwards, Gangraena, terceira parte, 29, 40-41.
[42] Roger Hayden, ed., The Records of a Church of Christ in Bristol, 1640-1687
(Bristol: Bristol Record Society, 1974), 185. A igreja de Broadmead esperava que os
homens pudessem fazer a jornada adicional para visitar sua assembleia e ordenar seu
pastor, Thomas Hardcastle. Os homens de Londres recusaram, citando razões pessoais
urgentes para retornar a Londres.
[43] Nehemiah Coxe, Vindiciae Veritatis, or a Confutation of the Heresies and Gross
Errours asserted By Thomas Collier in his Additional Word to his Body of Divinity (Londres:
Nath. Ponder: 1677), páginas 1 e 2, não numeradas. A carta é assinada por William Kiffin,
Daniel Dyke, Joseph Maisters, James Fitton, Henry Forty e William Collins. Essa é uma
lista impressionante de homens capazes e qualificados.
[44] Robert Oliver, “Baptist Confession Making, 1644 and 1689”, um manuscrito não
publicado entregue à Strict Baptist Historical Society, março de 1989, 13-14; Michael A.G.
Haykin, Kiffin, Knollys e Keach (Leeds: Reforma Today Today Trust, 1996), 68.
[45] Petty France Church Minute Book, 5.
[46] Joseph Ivimey, A History of the English Baptists, 3:332. Ivimey escreve:
“Parece... que essa confissão foi preparada com o objetivo de expressar a fé daquela igreja
em particular, mas foi adotada por mais de cem igrejas na Assembleia Geral em 1689”. Em
outro local do mesmo volume, ele afirma com veemência que Coxe e Collins “escreveram a
Confissão de Fé adotada pela Assembleia Geral, em 1689”. 3:260.
[47] Existem algumas indicações literárias de que Coxe e Collins foram seus autores.
Em E.B. Underhill’s Confessions of Faith and Other Public Documents Illustrative of the
Baptist Churches of England in the 17th Century (Londres: Hanserd Knollys Society, 1854),
172, 172, um notável “anúncio” é precedido da reimpressão da Segunda Confissão de
Londres. Indica que William Collins e Benjamin Keach, de 1668 a 1704, um pastor da Igreja
de Southwark, Horselydown, possuíam os direitos de propriedade desses dois
documentos, a Confissão e o Catecismo. Isso tende a indicar que eles tinham alguma
participação, como detentores da “propriedade, direito e título”, na autoria ou na edição dos
dois. Keach não poderia ter sido o editor original da Confissão. Pois ela incorpora várias
declarações da Confissão Batista de Londres de 1644, e Keach declarou em 1692 que ele
não tinha visto esse documento até pouco antes da Assembleia Geral realizada em
Londres durante esse ano. Embora ele não pudesse ter sido responsável pelo surgimento
da Confissão, ele foi frequentemente identificado como autor do Catecismo. É possível que
ele possuísse a “propriedade, direito e título” e que Collins possuísse a “propriedade, direito
e título” à Confissão como seu editor original. Collins e Keach morreram em 1704, portanto
o anúncio deve ter sido anexado a uma edição anterior da Confissão. Visto que Nehemiah
Coxe morreu em 1689, a ausência de seu nome não milita contra a noção de que ele foi
co-editor da Confissão com Collins.
[48] Petty France Church Book, 3.
[49] Ver T.E. Dowley, “A London Congregation during the Great Persecution”, para
detalhes de alguns dos incidentes que se sabe terem ocorrido. Os registros da Petty
France contêm declarações como “nossa reunião foi perturbada no dia do Senhor. . . no
que diz respeito à incerteza de obtermos a conveniência de nos encontrar como
anteriormente em razão da presente perseguição e de nossa expulsão de Pett: Fr:...”. Petty
France Church Book, 20-21.
[50] Em Gifford (1641-1721), ver Ivimey, HEB, 1: 412-415; 2: 541-552.
[51] O texto completo da carta pode ser encontrado em Ivimey, HEB, 1: 417-420.
[52] Informações biográficas úteis sobre Kiffin e Knowles podem ser encontradas no
livro de Haykin, Kiffin, Knollys e Keach.
[53] O ministério de Harris é resumido brevemente em Ivimey, HEB, 3: 498.
[54] Para Dyke (1617-1688), ver A.G. Matthews, Calamy Revised (Oxford: Clarendon
Press, reedição de 1988), 176; Ivimey, HEB, 2:328-330. Ele era sobrinho do famoso
puritano Daniel Dyke, autor de Michael and the Dragon, or Christ Tempted and Satan foyled
(Londres: 1635).
[55] O texto do prefácio está em Nathan Wood, The History of the First Baptist Church
of Boston (Nova York, NY: Arno Press, reimpressão fac-símile de 1980 da edição de 1899),
149-151.
[56] Hayden, Records of a Church of Christ, 191.
[57] Ver Nehemiah Coxe, A Sermon Preached at the Ordination of an Elder and
Deacons in a Baptized Congregation in England,” Reformed Baptist Theological Review,
Volume I, Número 1 (janeiro de 2004), 133-156.
[58] CM. Du Veil, A Commentary on the Acts of the Apostles (Londres: The Hanserd
Knollys Society, reimpressão de 1851), 70. O próprio Du Veil é um personagem
interessante. Nascido judeu, tornou-se sucessivamente católico romano, anglicano e
batista particular. Veja W.T. Whitley, “Charles-Marie, de Veil” em The Baptist Quarterly 8, n.
8 (outubro de 1937): 444-446. O Comentário de Atos de Du Veil foi publicado originalmente
em 1685.
[59] John Piggott, Eleven Sermons Preach’d upon Special Occasions (Londres: John
Darby, 1714), 190.
[60] Erasmus Middleton, Biographica Evangelica (Londres: R. Denham, 1804), 3:
205-353.
[61] The Baptist Quarterly, 4: 275.
[62] British Museum General Catalogue of Printed Books (Londres: Os curadores do
Museu Britânico, 1966), 45:364. O título se traduz aproximadamente como: “A First Medical
Discussion on Arthritis”. Os dados de publicação listados no catálogo são “Typis
Appelarianis: Ultrajecti, 1684. Um incidente fascinante é registrado por W.T. Whitley:
“[Nehemiah Coxe] teve a oportunidade de amontoar brasas de fogo sobre a cabeça já
idosa de Richard Baxter, que estava sendo arrastado para a prisão em 1683 quando Cox
assegou que Baxter estava doente demais para suportar uma prisão”. Whitley, Benjamin
Coxe, 59. No entanto, há fortes razão para acreditar que Whitley estava incorreto e que
Nehemiah Coxe não participou do evento. Na autobiografia de Baxter, o nome do médico é
dado como Thomas Coxe. Richard Baxter, The Autobiography of Richard Baxter, being The
Reliquiae Baxterianae, abreviado do fólio de 1696 (Londres: J.M. Dent, 1931), 251.
[63] The Baptist Quarterly, 4:275.
[64] Petty France Church Book, 10.
[65] Ibid., 26.
[66] Muito obrigado ao Sr. Ronald D. Miller por sua ajuda na coleta de material de
origem para este esboço biográfico.
[67] [Nesse mesmo local em Londres, Ponder também vendeu livros para John
Owen e John Bunyan, principalmente as primeiras edições de ambas as partes do The
Pilgrim's Progress, em 1678 e 1684 e The Life and Death of Mr. Badman, em 1680. Da
mesma forma, Alsop, em sua loja em Londres, vendeu a primeira edição de The Holy War,
de Bunyan, em 1682.]
[68] [Sinônimo de aliança. “Fœdus”, do qual deriva o termo “federal”, foi o termo latino
usado na teologia reformada dos séculos XVI e XVII para descrever as relações impostas
por Deus ao homem por sua obediência e salvação — o fœdus operum (pacto das obras) e
o fœdus operum (pacto da graça). O uso de Coxe de seus equivalentes em inglês, suas
citações das principais teologias federais dos seus dias (escritas em latim por homens
como Cocceius) e a essência de seu discurso demonstram seu profundo conhecimento e
identificação com a teologia pactual. Veja Richard A. Muller, Dictionary of Latin and Greek
Theological Terms (Grand Rapids: Baker Book House, 1985), 119-122, 217.]
[69] [Joseph Whiston (m. 1690) escreveu pelo menos quatro tratados defendendo o
batismo infantil ao qual Coxe se refere, incluindo: Infant Baptism from Heaven (1670); An
Answer to Mr. Danvers (1675); An Essay to Revive the Primitive Doctrine and Practice of
Infant Baptism (1676); e Infant Baptism Plainly Proved (1678). O último título continha uma
“epístola aos piedosos e instruídos entre os antipedobatistas, especialmente os autores da
última confissão de sua fé”. Coxe, provavelmente co-autor da Confissão Batista de Londres
de 1677 (daqui em diante CFB1689), foi assim referido diretamente e respondeu na
presente obra em 1681. Whiston respondeu no ano seguinte em A Brief Discourse
concerning Man’s Natural Proneness to, and Tenaciousness of Errour, no qual ele
acrescenta “alguns argumentos para provar que a aliança feita com Abraão em Gênesis
17:7 é o pacto da graça”, opondo-se a um dos principais pontos de Coxe nesta obra.]
[70] [John Owen, Commentary on Hebrews, vol. VI, (Edimburgo: Banner of Truth
Trust, 1991), 3-177. A obra original foi publicada em quatro volumes de 1668 a 1684 por
Nathaniel Ponder. O volume referenciado apareceu em 1680.]
[71] [Uma referência aos anos de 1678 a 1681, em que “o patife Titus Oates” alegou
uma conspiração papista para assassinar o rei Carlos II e instalar seu irmão católico
romano, James, duque de York, como rei. Isso levou a crises parlamentares e a uma
convulsão social geral que evidentemente atrasou a publicação dessa resposta à obra de
Whiston em 1678. Oates era filho de um evangelista batista e, apesar de deserdado pelos
batistas, estava ligado a eles. Para os efeitos disso sobre os batistas de Londres, ver B.R.
White, The English Baptists of the 17th Century (Didcot: The Baptist Historical Society,
1996), 126-128.]
[72] [O espírito irênico de Coxe é evidente em toda a linguagem dessa obra e
contrasta fortemente com o temperamento demonstrado em muitos dos tratados daquele
período.]
[73] Hebreus 1:1-2: Πολυμερως . Deus nonsemel olim omnia, sed particulatim, deinde
etiam diversis modis sus notitiam ac cultum declaravit per profetas, quo propius dies
imminibat, eo clariorem lucem Edentes. Theodore Beza. [“Hebreus 1:12: ‘De diversas
maneiras’. Deus nunca declarou tudo de uma só vez, mas gradualmente, e então, também
de diversas maneiras, revelou o conhecimento e a adoração de si mesmo através dos
profetas, que ofereceram uma luz mais brilhante à medida em que o dia se aproximava”.
Theodoro Beza, 1519-1605, foi ajudante e depois sucesor de Calvino em Genebra.]
[74] Deus in omnibus Actionibus prisci seculi, semper ob oculos habebat tempora
Massia. Hugo Grotius. [Deus, em todas as suas ações anteriores, sempre teve diante de
seus olhos os tempos do Messias. O autor é Hugo Grotius, 1583-1645, famoso escritor
jurídico e teológico holandês.]
[75] Vid. Coeceii de fœdere ca. I. & Rivet. In Genesis Exerc. 53. [Veja o capítulo 1 de
Johannes Cocceius On the Covenant e Andrew Rivet, Commentary on Genesis, 53.
Referem-se às seguintes obras em latim: Johannes Cocceius, Summa Doctrinæ de
Fœdere et Testamento Dei, (Batavia: Elsevier, 1654), famoso estudo do teólogo continental
(1603-1669) sobre os pactos; e Andrew Rivet, Commentary on Genesis, o trabalho crítico
do teólogo francês (1572-1651). Aparentemente, Rivet era o favorito de Coxe. Ele não
apenas o cita várias vezes neste livro mas também, em 1682, publicou The Believer’s
Triumph over Death, um relato dos últimos dias de Rivet, “para prover conforto ao cristãos
contra o medo”. Para um relato da vida de Rivet, consulte Thomas M'Crie, Miscellaneous
Writings (Edimburgo: John Johnstone, 1841), 113-143.]
[76] [O Oxford English Dictionary indica que essa palavra rara carrega o sentido de
“prometer ou se envolver em troca; um contra-engajamento”. Ele cita uma ocorrência do
comentário de Thomas Adams em 2 Pedro 2:9 para enfatizar: “Se ele fez um pacto
conosco, ‘eu serei seu Deus’; devemos restipular: ‘Então descansaremos em ti’”. A
“restipulação” parece ter um uso técnico na teologia pactual intimamente relacionada ao
fœdus dipleuron (a aliança bilateral) que descreve “o relacionamento pactual de Deus e do
homem juntos e particularmente a livre aceitação por parte do homem da promessa de
Deus e da obediência exigida pelo pacto” (Muller, Dictionary, 120, 122). A mesma aliança
vista como a declaração e imposição da vontade de Deus para com o homem é o fœdus
monopleuron (a aliança unilateral). Esses termos teológicos da teologia pactual protestante
clássica estão claramente por trás do pensamento de Coxe nesta seção.]
[77] [Assim como os termos transação e federal, o termo interesse também aparece
com frequência nesse contexto. Ele não deve ser entendido como “conveniência,
vantagem, juros etc.”, mas como “participação em”; “sentimento de uma pessoa cuja
atenção e preocupação está comprometida com algo ou com outra pessoa”; “estar
envolvido com”.]
[78] Veja Jó 35:7-8; Romanos 11:35-36.
[79] “Est enim Dei Faedus nihil aliud quam divina declarativo de ratione percipiendi
amoris Dei, & unicne, ac communione ipsius potiendi”. Johannes Cocceius de Faed. [“Pois
a aliança de Deus nada mais é do que uma declaração divina relativa a um método de
perceber o amor de Deus e alcançar a união e comunhão com ele”. Cocceius, Da Aliança.]
[80] [Coxe usa “positivo” em contraste com “natural” em relação à lei. As leis (morais)
naturais estão enraizadas na natureza de Deus e em sua criação e, portanto, são
necessárias e eternas. Leis positivas (cerimoniais) são vinculativas porque Deus, o
Legislador, escolhe livremente exigilas temporariamente. Mas elas não são nativas da
constituição do homem (Romanos 2:14-15) e, assim como a regra dada a Adão para não
comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, essas leis devem ser claramente
reveladas a ele.]
[81] [Errar com razão.]
[82] [Coxe observa entre parênteses: “que é uma ocasião maior desses erros do que
os homens geralmente percebem.”]
[83] Jus naturale est dictamen rectae rationis, judicantes actut alicus, ex ejus
convenientia vel disconvenientia cum ipsa natura rationalis, inesse moralem turpitudinem,
out necessitatem moralem, & consequienter ad Authore Nature, ipso Deo, talem aitem aut
Vetari aot Treoisi. Groti. Isso, conforme um filósofo posteriormente diz, foi a Nota Artificis
operi suo impressa. E a respeito de alguns ditames da lei da natureza (como me recordo)
Cícero diz: facti non docti, imbuti, non instructi, sui muios. [“A lei natural é o ditame da
razão correta, que julga por sua conveniência ou inconveniência com a própria natureza
racional que há em algum ato de torpeza moral, ou necessidade moral, e pelo Autor da
natureza, o próprio Deus.” (Hugo Grotius). Isso, conforme um filósofo posteriormente diz,
foi a “marca do artesão estampada em sua obra”. E a respeito de alguns ditames da lei da
natureza (como me recordo) Cícero diz: “Fomos feitos, não ensinados; imbuídos, não
instruídos”. O “filósofo” referido é René Descartes escrevendo em Meditatio III.38. As
palavras de Cícero de sua Orator ad M. Brutum 49.165.]
[84] [Este parágrafo segue de perto o Catecismo Batista, perguntas 13, 45-47 (Breve
Catecismo de Westminster, perguntas 10, 40-42) e a CFB1689 19:1-2.]
[85] [Essa é uma referência desconhecida.]
[86] [Uma maldição ou denúncia formal, especialmente uma ameaça de vingança
divina.]
[87] Em divinitatem promissam! [Eis a divindade prometida! Quase como se dissesse:
“Veja a divindade prometida a nós, mas perdida pelo pecado de Adão!”]
[88] [Catecismo Batista, pergunta 19; (Breve Catecismo de Westminster, pergunta
16).]
[89] Nos omnes eramus ille anus homo. [Todos nós éramos aquele homem.]
[90] [Esta seção inteira segue de perto o CFB1689, capítulos 6, 7 e 19.]
[91] [O fœdus naturae ou naturale (o pacto da natureza ou pacto natural) foi outro
nome usado pelos teólogos federais protestantes para o fœdus operum (pacto das obras)
que enfatiza a integridade pré-queda original do homem e sua capacidade de obedecer às
estipulações pactuais. Coxe aqui chama isso de aliança da criação. (Muller, Dictionary,
122.)]
[92] [Citado no Catecismo Batista, pergunta 16; (Breve Catecismo de Westminster,
pergunta 13).]
[93] [Incapacidade de pecar.]
[94] [Incapacidade de morrer.]
[95] [Capacidade de não pecar.]
[96] [Capacidade de não morrer.]
[97] [O termo perfeito, tanto aqui como no cap. 6.1 da CFB1689 não tem o sentido de
“estado que não pode ser aprimorado” (pois: 1. Adão poderia ter sido dotado com a
incapacidade de pecar e, consequentemente, estar em um estado melhor se assim
agradasse a Deus; 2. Nos é dito que por ocasião da glorificação o homem terá uma graça
superior em Cristo do que aquela que foi perdida em Adão). Também é preciso ressaltar
que, ao contrário de Deus, cuja perfeição é imutável, a capacidade de Adão de não pecar
estava sujeita a mudanças, conforme o exercício da liberdade de sua vontade. Portanto, a
palavra, nesse contexto, refere-se àquele estado reto, sem pecado, em que Adão fora
criado.]
[98] [Antes da queda, o homem nunca havia experimentado as misérias trazidas pelo
pecado. Depois da primeira transgressão, a gravidade do atentado contra a glória de Deus
tornou-se mais notável.]
[99] [Catecismo de Heidelberg, pergunta 11.]
[100] Romanos 1:20, 2:6-16.
[101] [Promulgar: Colocar uma lei em vigor mediante seu anúncio público formal.]
[102] 2 Timóteo 1:9-10; Tito 1:1-2.
[103] [Esse é o pactum salutis (o pacto da redenção), “no federalismo reformado, o
acordo pré-temporal e intratrinitário do Pai e do Filho com relação ao pacto da graça”
(fœdus gratiæ). (Veja Muller, dicionário, 217.)]
[104] [CFB1689 7.3.]
[105] [O original diz “quando a cabeça do seu pó foi formada.” Ver Provérbios 8:26,
31.]
[106] [CFB1689 7:3 expandido.]
[107] [Ou seja, morte física ou corporal. A expressão morte temporal é usada em
contraste com a outra morte, que é eterna.]
[108] [Gênesis 3:19; Eclesiastes 3:20, 12:7; Salmos 146:4 etc.]
[109] De prima igitur Corporis Morte, dici potest quod bonis bona sit, malis mala,
secunda vero sine dubio sicut nullorum bonorum est, ita nulli bona. Aug. De Civit. Dei Lib
13. Cap.2” [Sobre a primeira morte do corpo pode-se dizer que para os bons é boa e má
para os maus. Mas a segunda, como não é para os bons, está fora de dúvida não ser boa
para ninguém”, Agostinho, A Cidade de Deus. Livro 13, capítulo 2, Editora Universitária
São Francisco, Vozes de Bolso, 2012, vol. 2, p. 120].
[110] [Não fosse a bondade, misericórdia e paciência de Deus, Adão (e todos os
homens) receberiam a punição merecida e imediata pelo pecado.]
[111] [Observe que o autor não diz que os nomes dos filhos de Sete foram dados por
meio de, ou através de profecia; mas sim que foram dados em um espírito de profecia. Isso
porque o significado daqueles nomes por vezes indicava alguma circunstância ou
acontecimento da época.]
[112] [Cf. Judas 14-15.]
[113] [Hebreus 11:5.]
[114] [Essa referência é a Henry Ainsworth, Annotations on the Pentateuch and
Psalms. O puritano Ainsworth, 1571-1622(?), foi um notável estudioso hebreu, cuja obra
em dois volumes foi reimpressa recentemente por Soli Deo Gloria, Morgan, PA.]
[115] [Prelúdio.]
[116] Potuit fieri ut quidam privati Homines ex generatione Cain, Instinctu divino, se ad
Adam conjunxerint, & salvati sint. Luther in Genesis. [Mas, portanto, foi possível que alguns
de seus descendentes (de Caim), por inspiração do Espírito Santo, fossem salvos.
Comentários sobre Gênesis 4:10-12 de Martinho Lutero, Commentary on Genesis: A New
Translation by Theodore Mueller, volume 1 (Grand Rapids: Zondervan Publishing House,
1958), 105-106. Sentimentos semelhantes também são encontrados na p. 108: “Sem
dúvida, alguns de seus filhos (de Caim) se voltaram para a igreja verdadeira e foram
salvos”; e página 113: “Esses, então, eram filhos e herdeiros de Caim e, sem dúvida, eram
pessoas de grande sabedoria e alta posição. Acredito que alguns deles foram salvos pela
graça especial de Deus, mas a grande maioria odiava e perseguia a igreja verdadeira com
grande severidade.”]
[117] {135 m de comprimento; 22,5m de largura e 13,5 m de altura.}
[118] A mediação e o sacrifício de Cristo são a causa da tolerância de Deus em
relação ao mundo.
[119] E ele chamou seu nome Noé, dizendo: este nos confortará etc.
[120] {Gênesis 8:21. — todas as notas de rodapé entre chaves { } são notas de
tradução.}
[121] Isto é, o Messias e seus membros.
[122] O arco-íris sobre o trono faz referência a Deus e a sua aliança no governo do
mundo. Toda administração da providência é cercada por sua fidelidade.
[123] O mesmo pode ser dito das promessas das bênçãos típicas realizadas para a
descendência carnal de Abraão e seu interesse nelas.
[124] [Ou seja, a todos que podem contemplar o arco dessa aliança.]
[125] ֶתל ֶ֔יפ
ְ [Jafé significa “ele persuadirá”.]
[126] [Gênesis 9:27 – versão usada pelo autor.]
[127] [Gênesis 10:25.]
[128] [Esse comentário político — e, de fato, a publicação deste livro — foi uma
demonstração de coragem verdadeira para um pastor batista de Londres em 1681.
Aqueles eram dias de perseguição e a Igreja Petty France de Coxe foi interditada várias
vezes antes que a Revolução Gloriosa de 1688 proporcionasse um alívio significativo da
perseguição.]
[129] Isso deu o nome para o lugar, Babel, que significa confusão.
[130] [Ou, fidelidade a Jacó e bondade a Abraão.]
[131] O Pacto da Graça deve ser considerado uma aliança testamentária. Compare
Hebreus 7:22 com o capítulo 9:16.
[132] Essa promessa é citada por Pedro como o resumo do Pacto da Graça dado a
Abraão, em Atos 3:25.
[133] Cf. Willian Strong, A Discourse of the Two Covenants, p.126. [Londres, 1678.]
[134] [O “próximo versículo” mencionado é Gálatas 3:17, que na maioria dos
manuscritos gregos inclui εις χριστον {eis christon – em Cristo}, embora alguns não o
façam.]
[135] [Individualmente se referia àquele, Cristo, a partir de quem toda benção
espiritual flui para os fiéis. A citação é de David Pareus (1548-1622), comentarista
reformado e professor de teologia em Heidelberg, em seu Commentary on Galatians, 3:16-
17.]
[136] Duorum máxime Filius dicitur Christus Abrahae & David, quoniam istis sapius,
ac desertius, quam caeteris, est promissus, Lud. Viv. [Cristo é principalmente chamado de
filho de dois homens: Abraão e Davi, uma vez que Cristo foi prometido para eles com mais
frequência e com mais clareza do que para outros. Joannis Ludovici Vivis Valentini é o
nome latino do erudito humanista espanhol e estudante de Erasmo, Juan Luis Vives (1492-
1540), de Valência, Espanha. Em 1522, ele publicou um comentário sobre a Cidade de
Deus de Agostinho, de onde essa citação provavelmente foi retirada.]
[137] [Romanos 4:3.]
[138] {Cf. Hebreus 9:10.}
[139] [Originário e originado. O pecado original tem dois aspectos: peccatum originale
originans, originador do pecado original, que é o próprio ato de desobediência de Adão; e
peccatum originale originatum, pecado original originado, que é a mancha ou defeito na
natureza do indivíduo e que é transmitido a ele em sua concepção.]
[140] [Esta é uma referência desconhecida, mas provavelmente foi retirada da obra
Infant Baptism Plainly Proved, de Whiston.]
[141] Romanos 5:14ss.
[142] [Descendência “natural” é uma referência aos descendentes de Abraão
segundo a carne, familiares por sangue; em contraste com sua descendência “espiritual”.]
[143] [Atos 7:2.]
[144] Cus non magis est Dulce proprium tugurium quam palatia Peregrina? &
Voluntaria Casa, quam digesta Pratoria? Cus non est duram illos cônscios natalium Parites,
dulois illa Limena arg; amabilem larem, quem & parentum memoria, & ipsius infantia
Rudimenta commendant – Inter hoc ergo tam bianda tem dulcia, quacum omni fuerant
difficultate rilinguenda; Exs, ait, de texa? Quis hoc sin fides? August. [“Para quem sua
própria cabana não é mais agradável do que palácios estrangeiros? E sua própria casa do
que propriedades distantes? Para quem não é difícil deixar para trás aqueles muros que
testemunharam o seu nascimento, aquelas portas familiares e uma lareira gentil que tanto
a memória dos pais como as primeiras experiências da infância recomendam... Portanto,
em meio a essas coisas tão agradáveis e amoráveis, que devem ter sido deixadas com a
maior dificuldade: ‘Saia’, ele diz, ‘da sua terra’. Quem ficaria feliz em ouvir isso, sem o
poder da fé?” (Agostinho).]
[145] Vid. Riveti exercitationes in locum. [Veja essa passagem no Rivet’s
Commentary on Genesis. Peregrinação significa viajar de um lugar para lugar.]
[146] Gênesis 12:4-5.
[147] Gênesis 12:6-7.
[148] Gênesis 12:17; Salmos 105:13-15.
[149] Veja Ainsw. Annot. [Veja as Ainsworth’s Annotations citadas anteriormente.]
[150] [Um direito ao assunto em questão.]
[151] [Um direito em um assunto (em geral).]
[152] Lege Riveti exercitationem in Locum; ubi dubium hoc proponitur & accurate
solvitur. [Leia essa passagem no Rivet’s commentary on Genesis, onde essa ambiguidade
é apresentada e explicada com precisão.]
[269] Non ‘ut olim curabo leges meas in lapidëis tantum tabulis inscribi,
sed tale foedus cum illis feriam ut meæ leges ipsis eorum mentibus et
cordibus insculpantur:’ apparet hæc verba intra vim et efficaciam accipienda
esse, non vero ad ipsum inscriptionis effectum necessariò porrigenda, qui
semper in libera hominis potestate positus est; quod ipsum docent et
sequentia Dei verba, ver. 12. Quibus ipse Deus causam seu modum ac
rationem hujus rei aperit, quæ ingenti illius gratia ac misericordia populo
exhibenda continetur. Hac futurum dicit ut populus tanto ardore sibi serviat,
suásque leges observet. Sensus ergo est, ‘tale percutiam foedus quod
maximas et sufficientissimas vires habebit populum meum in officio continendi.
[270] {Cf. Salmos 110:3.}
[273] [Veja seu tratado sobre o Espírito Santo, vol. iii. de suas
Miscellaneous Works.- Ed. {Banner Edition.}]
[274] {Cf. Filipenses 2:13.}
[281] [A Mishná (em hebraico משנ ה, “repetição”, do verbo שנ ה, shanah,
“estudar e revisar”) é uma das principais obras do judaísmo rabínico, e a
primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica, chamada
de a Torá Oral.]
[282] {Cf. Atos 15:10.}
[287] [Veja o vol. vi. das miscellaneous works do autor.- Ed. {Banner
Edition.}]
[288] ᾿ εντ ῷ λέγειν , καιν ή ν , π ε π αλαίωκε τ ὴ ν π ρ ώ την· τ ὸ
δ ὲ π αλαιούμενον κα ὶ γηράσκον ἐ γγ ὺ ς ἀ φανισμο ῦ .
[289] [Exortativa; encorajadora; persuasiva.]
[290] {Cf. 2 Coríntios 3:15.}