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POLÍCIA MILITAR DO
ESTADO DE GOIÁS

REGIMENTO INTERNO
E DOUTRINÁRIO DO
BPMROTAM
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POLÍCIA MILITAR DO
ESTADO DE GOIÁS

REGIMENTO INTERNO
E DOUTRINÁRIO DO
BPMROTAM
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NOTA

Solicita-se aos usuários desta doutrina a apresentação


de sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-la ou que se
destine a supressão de eventuais incorreções.
As observações apresentadas, mencionando a página, o
parágrafo e a linha do texto a que se refere, devem conter
comentários apropriados para o seu entendimento ou sua
justificação.
A correspondência deve ser enviada diretamente ao
BPMROTAM, por meio escrito ou eletrônico.
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PRIMEIRA SEÇÃO DO ESTADO MAIOR GERAL

PORTARIA Nº. 001556/2011 – PM/1

Aprova o Regimento Interno e Doutrinário do BPMROTAM

O Coronel QOPM Comandante Geral da Polícia


Militar do Estado de Goiás, no uso de suas atribuições legais e regulamentares
e com base no §3º do art. 3º c/c art. 4º Lei 8.125/76...
Considerando a importância da atuação do
BPMROTAM na prevenção e preservação da ordem pública em ocorrências de
alta complexidade;
Considerando o dinamismo da criminalidade que
modifica o modus operandi conforme a evolução da sociedade;
Considerando a necessidade de se manter o
BPMROTAM como uma tropa especializada e preparada doutrinariamente
dentro dos princípios basilares de constitucionalidade e legalidade;
Considerando a necessidade de padronizar a
utilização de símbolos, cursos, insígnias, brevês e brasões exclusivos do
BPMROTAM;
Considerando a necessidade de atualização da
técnica-profissional, visando à padronização das ações policiais
desencadeadas pelo BPMROTAM, objetivando a aplicabilidade técnica dos
equipamentos, meios e armamentos disponíveis ao BPMROTAM.

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o Regimento Interno e Doutrinário


do BPMROTAM.
Art. 2º A PM/1, o Comando do Policiamento da
Capital (CPC) e o BPMROTAM, deverão arquivar cópia do presente
documento.
Art. 3º Esta portaria entrará em vigor na data de
sua publicação, revogando a Portaria nº 531/PM-041/2002-PM/1, publicada no
BGE nº 140 de 29/07/2002, e disposições em contrário.

Gabinete do Comandante Geral em Goiânia-GO, 02 de junho de 2011.

RAIMUNDO NONATO DE ARAÚJO SOBRINHO – CEL QOPM


COMANDANTE GERAL DA PMGO
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PREFÁCIO

No ano de 1981, devido às necessidades que á época


exigia, foi anunciada na Unidade do 1º Batalhão da Policia
Militar, mais precisamente na Companhia de Policiamento de
Choque – CPCHOQUE, a criação da Ronda Ostensiva Tática
Metropolitana – ROTAM, fundando-se então o 1º Pelotão desta
especializada, tendo sua origem no espaço reservado da 2º
Seção do Estado Maior Geral – PM/2, situado no Quartel da
Ajudância Geral – QAG, sendo designado como primeiro
Comandante o 1º Tenente QOPM Antônio Marmo.
Em meados de 1985 o Comandante Geral da Policia
Militar determina que Policiais Militares pertencentes ao pelotão
de ROTAM realizassem uma visita técnica à cidade de São
Paulo – SP, mais precisamente no Batalhão das Rondas
Ostensivas Tobias de Aguiar – ROTA. Sendo implantado desta
forma a nomenclatura “Rotam Comando”, a qual seria a
caracterização do oficial comandante do serviço operacional
ostensivo do pelotão de ROTAM.
Em 1988, a Companhia de Choque do 1º Batalhão
consegue sua independência passando a ser denominada de
Companhia Independente de Operações Especiais – CIOE,
sendo a ROTAM o primeiro pelotão desta recém criada
Companhia. Posteriormente, no ano de 1991, a CIOE é
transformada em Batalhão de Choque, e o 1º Pelotão de ROTAM
passa a ser a 1ª Companhia de ROTAM.
Em razão da busca pelos conhecimentos doutrinários, em
1996 um grupo de Policiais Militares lotados na Companhia de
ROTAM foram novamente à ROTA de São Paulo – SP, sendo
esta doutrina posta em prática no ano de 1999 no Estado de
Goiás.
A referida doutrina de ROTAM é aprovada e publicada
pelo Comandante Geral no ano de 2002, e no corrente ano a 1º
Companhia de ROTAM do BPMCHOQUE ganha sua
independência, passando a ser chamada de 9º CIPM/ROTAM.
Também no mesmo ano fora realizado o primeiro Curso
Operacional de ROTAM – COR.
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Na data de 05 de outubro do ano de 2007 a 9º


CIPM/ROTAM é reestruturada, passando a ser denominada
Batalhão de ROTAM.
Em 2011, por determinação do Comandante Geral, foi
realizada a atualização e adequação da Doutrina do
BPMROTAM conforme as normas constitucionais, legais e
regulamentares pertinentes à PMGO, sendo designada para
tanto os seguintes Policiais Militares, pertencentes ao Batalhão
de ROTAM: Ten Cel QOPM Luiz Alberto Sardinha Bites, Maj
QOPM Pedro Castelões de Araújo Júnior, 1º Ten QOPM Paulo
de Oliveira Arraes, 1º Ten QOPM Kássio Michel Pires de Sena,
1º Ten QOPM Fábio Francisco da Costa, 1º Ten Bento José
Labre de Lemos Júnior, 1º Ten QOPM Marcus Tadeu Vieira
Nóbrega, 2º Ten QOAPM Nestor Antônio de Arruda, Sd QPPM
José de Lima Nunes, Sd QPPM Ilson Roque de Lima Júnior, Sd
QPPM Alessandro Tolentino Lopes e Sd QPPM Alexandre
Borges Taffner.
Tendo como base a experiência profissional Policial
Militar, a primeira doutrina e outras técnicas, a nova doutrina do
BPMROTAM tem como principal finalidade o aprimoramento do
policiamento especializado, buscando sempre a aplicação da lei
e, principalmente, a proteção da sociedade.

Batalhão de ROTAM em Goiânia, 03 de maio de 2011.


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SUMÁRIO

REGIMENTO INTERNO E DOUTRINÁRIO DO BPMROTAM......... 11

ANEXO I - DOUTRINA DO BPMROTAM ...................................... 21

1. O POLICIAL MILITAR DO BPMROTAM ................................... 22


1.1 Obrigações do Policial Militar do BPMROTAM ..................... 22

2. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO BPMROTAM .......................... 23

3. EQUIPAMENTO E ARMAMENTO............................................ 24

4. INÍCIO DO SERVIÇO.............................................................. 25

5. COMUNICAÇÕES VIA RÁDIO ................................................... 26

6. PATRULHAMENTO MOTORIZADO ......................................... 27


6.1 Comportamento da Equipe ................................................ 27
6.2 Aspectos a serem observados durante o patrulhamento ....... 29
6.2.1 Em pessoas ............................................................... 29
6.2.2 Em veículos ............................................................... 30
6.2.3 Em estabelecimentos comerciais e financeiros .............. 30
6.2.4 Em residências ........................................................... 31

7. ABORDAGEM ........................................................................ 31
7.1 Abordagem a pessoa ........................................................ 31
7.1.1 Sequência de ações.................................................... 32
7.2 Abordagem a veículo ......................................................... 33
7.2.1 Abordagem a veículo de passageiros ou similares ......... 34
7.2.1.1 Sequência de ações.......................................... 34
7.2.1.2 Considerações ................................................. 37
7.2.2 Abordagem a motocicletas ou similares ........................ 39
7.2.2.1 Sequência de ações.......................................... 39
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7.2.3 Abordagem a veículos de carga ................................... 40


7.2.3.1 Sequência de ações.......................................... 40
7.2.3.2 Considerações ................................................. 41
7.2.4 Abordagem a veículos de condução coletiva ................. 43
7.2.4.1 Sequência de ações.......................................... 43
7.3 Considerações gerais acerca da abordagem ....................... 46

8. BLOQUEIO EM VIA PÚBLICA ................................................. 47


8.1 Sequencia de ações .......................................................... 47
8.2 Considerações .................................................................. 48

9. ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS ........................................... 49


9.1 Ocorrências em estabelecimentos comerciais ou
financeiros ................................................................................. 50
9.1.1 Sequência de ações.................................................... 50
9.2 Ocorrências de resistência com resultado morte .................. 51
9.2.1 Sequência de ações.................................................... 51

10. ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO ........................ 52


10.1 Sequencia de ações ........................................................ 52

11. ACOMPANHAMENTO DE PESSOAS A PÉ ............................ 54


11.1 Sequência de ações ........................................................ 54

12. PROCEDIMENTOS EM LOCAIS DE DIFÍCIL ACESSO ........... 55


12.1 Patrulhamento ................................................................ 55
12.2 Incursão ......................................................................... 55

13. TERMINO DO SERVIÇO....................................................... 56

14. CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................. 56

ANEXO II - COMPOSIÇÃO DA PASTA INDIVIDUAL DE ROTAM .. 58

ANEXO III - ORAÇÃO DO BPMROTAM ....................................... 59


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REGIMENTO INTERNO E DOUTRINÁRIO DO BPMROTAM

CAPÍTULO I
DA DESTINAÇÃO E DAS ATRIBUIÇÕES

Seção I
Da destinação

Art. 1.º O Batalhão de Ronda Ostensiva Tática


Metropolitana – BPMROTAM, Unidade da Polícia Militar do
Estado de Goiás de execução de atividades operacionais, está
subordinado diretamente ao Comando do Policiamento da
Capital (CPC), destinada como reserva tática do Comando Geral
da Corporação.

Art. 2.º O BPMROTAM desempenhará suas atribuições


em conformidade com a legislação vigente, de acordo com as
necessidades e diretrizes traçadas pelo Comando da Instituição.

Seção II
Das atribuições do BPMROTAM

Art. 3.º O BPMROTAM, com circunscrição em toda a


região metropolitana de Goiânia, pode, a critério do comando da
Instituição, estender sua zona de atuação para as demais
cidades do Estado.

Art. 4.º O BPMROTAM deve planejar, executar, instruir,


capacitar e coordenar todas as ações pertinentes ao
patrulhamento tático, conforme diretrizes do Comando da
Instituição, baseando-se nas seguintes atribuições:

I – apoiar tática/operacionalmente as Unidades de área;


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II – saturar e realizar operações


preventivamente/repressivamente em áreas com elevado índice
de criminalidade;
III – atuar em situações de suspeitos barricados e
homiziados;
IV – realizar ações e abordagens táticas, em locais,
veículos e pessoas;
V – combater o narcotráfico e o crime organizado
preventivamente e de forma geral, em apoio a outras Instituições;
VI – prevenir e combater o roubo/furto a
estabelecimentos, veículos e pessoas;
VII – capturar foragidos da justiça;
VIII – escoltar e proteger dignitários, testemunhas, presos
e valores, de acordo com o interesse da Corporação;
IX – promover instrução, orientação e acompanhamento
aos demais grupos táticos da Instituição e das co-irmãs,
conforme interesse do Comando de Ensino e do Comando da
Corporação;
X – preservar vidas e aplicar a lei.

CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA E DA ORGANIZAÇÃO OPERACIONAL E
ADMINISTRATIVA

Seção I
Da estrutura

Art. 5.º O BPMROTAM será estruturado com a seguinte


composição:
I – Comando;
II – Subcomando;
III – 1ª Seção (P/1);
IV – 2ª Seção (P/2);
V – 3ª Seção (P/3);
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VI – 4ª Seção (P/4);
VII – 5ª Seção (P/5).
VIII – Companhias Operacionais:

Seção II
Da organização operacional e administrativa

Subseção I
Comando

Art. 6.º O Comando do BPMROTAM será exercido por


TEN CEL QOPM e, além de outros encargos prescritos em
regulamento próprio, relativos à instrução, à administração e às
relações com outras Unidades Operacionais e Administrativas,
incumbem às seguintes atribuições e deveres:
I – exercer as funções inerentes a de Polícia Judiciária
Militar, em conformidade com a legislação em vigor;
II – representar o escalão superior em situações inerentes
a este segmento Policial Militar, bem como assessorar o alto
comando em questões técnicas e operacionais pertinentes as
atividades do BPMROTAM;
III – zelar pelas condições dignas de trabalho e pelo bem
estar de seus comandados;
IV – zelar para que os Oficiais sob seu comando sirvam
de exemplo aos subordinados;
V – acompanhar as atividades e serviços da unidade,
incentivando o exercício das funções de seus subordinados, para
que desenvolvam o espírito de iniciativa e a busca do auto-
aperfeiçoamento;
VI – promover a auto-estima, elevando a moral da tropa,
para se atingir a qualidade do cumprimento das ordens, dos
regulamentos e da legislação vigente;
VII – esforçar-se para que os seus subordinados façam
do cumprimento do dever militar um verdadeiro culto, exigindo-
lhes que pautem sua conduta civil pelas normas da mais severa
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moral, orientando-os e compelindo-os a satisfazerem seus


compromissos morais e pecuniários, inclusive de assistência à
família, punindo-os disciplinarmente quando se mostrarem
recalcitrantes na satisfação de tais compromissos, bem como os
elogiando de igual forma, quando se destacarem
profissionalmente.

Subseção II
Subcomando

Art. 7.º O Subcomando será exercido por MAJ QOPM e,


além de outros encargos prescritos em regulamento próprio,
inerentes à expedição de todas as ordens relativas à instrução e
aos serviços gerais, cuja execução cumpre-lhe fiscalizar,
incumbem às seguintes atribuições e deveres:
I – substituir eventualmente o Comandante do
BPMROTAM em seus impedimentos;
II – orientar, fiscalizar e acompanhar a conduta da tropa
do BPMROTAM nos assuntos relativos à hierarquia e disciplina,
devendo tomar as devidas providências administrativas, quando
necessário;
III – coordenar e fiscalizar as Seções e Companhias
Operacionais do BPMROTAM;
IV – vistoriar o livro de parte diária do Oficial Rotam
Comando;
V – levar ao conhecimento do Comandante do
BPMROTAM todas as ocorrências que não lhe caiba resolver;
VI – zelar para que todas as diretrizes traçadas pelo
Comando do BPMROTAM sejam integralmente cumpridas pela
tropa;
VII – representar o Comando do BPMROTAM nos
assuntos relativos à Comunicação Social.
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Subseção III
Das Seções

Art. 8.º Responsáveis por assessorar o comando do


BPMROTAM em questões relativas à legislação, pessoal,
arquivo, justiça e disciplina, estatística e planejamento de
operações. Serão comandadas por Oficial Subalterno,
competindo-lhe as atribuições definidas pela legislação em vigor.

Subseção IV
Companhias Operacionais

Art. 9.º Responsáveis por efetivar todos os planejamentos


desenvolvidos pelo comando da Instituição e do BPMROTAM
inerentes ao serviço operacional. Fiscalizar, desenvolver e
controlar atividades dos pelotões operacionais, preparando o
efetivo e equipamentos disponíveis do Batalhão para emprego
nas frentes de serviço, treinamentos e instruções. Serão
comandadas por CAP QOPM, competindo-lhe as seguintes
atribuições:
I - assegurar que os materiais e os equipamentos
distribuídos às companhias estejam nas melhores condições
possíveis de uso e sejam apropriadamente utilizados,
manutenidos e controlados;
II – ministrar palestras sobre prevenção de possíveis
acidentes durante as instruções e em outras atividades de risco
para o efetivo dos respectivos pelotões operacionais;
III - providenciar a elaboração ou a atualização dos
planos de segurança e defesa do aquartelamento, de combate a
incêndios, de chamada e outros;
IV - fiscalizar o cumprimento das ordens emanadas pelo
comando do BPMROTAM, junto aos pelotões operacionais;
V - coordenar, planejar e fiscalizar os estágios
operacionais realizados no BPMROTAM.
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Art. 10. Os Pelotões operacionais serão comandados


preferencialmente por TEN QOPM, que exercerão a função de
Rotam Comando, competindo-lhes a seguintes atribuições:
I – coordenar, controlar e fiscalizar o pelotão de serviço,
apoiando e representando o comando do BPMROTAM junto ao
COPOM e demais órgãos da atividade operacional;
II – chefiar o serviço na execução das ordens e diretrizes
do comando;
III – exercer todas as funções inerentes ao Oficial de Dia,
de acordo com os regulamentos e legislações em vigor;
IV – ministrar e acompanhar instruções para o pelotão;
V – conceder entrevistas aos veículos de comunicações
sobre ocorrências relativas ao seu pelotão, de acordo com as
diretrizes do comando do BPMROTAM e da assessoria de
comunicação social da PMGO;
VI – acompanhar todas as ocorrências do seu pelotão até
o término;
VII – manter contato com o Comandante e
Subcomandante do BPMROTAM, Capitão Supervisão e
Coordenador de Operações do COPOM, informando a estes
quaisquer alterações, bem como se interando das determinações
diárias;
VIII – preencher o livro do Rotam Comando e
confeccionar relatórios de operações.

Art. 11. O Rotam 90 é o graduado mais antigo do pelotão,


sendo o auxiliar direto do oficial Rotam Comando, tendo como
atribuições:
I – realizar chamada do pelotão, fiscalizando a conduta,
postura, apresentação pessoal e demais situações que envolvam
os policiais do pelotão, repassando as alterações para o Rotam
Comando;
II – substituir o Rotam Comando eventualmente em seus
impedimentos;
III – monitorar instruções apoiando o Rotam Comando.

Art. 12. O pelotão de instrução e ensino será comandado


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por TEN QOPM, seguindo as diretrizes do comando no que


tange a atualização, adequação, habilitação, treinamento e
aperfeiçoamento técnico-profissional da tropa, co-irmãs e demais
grupos táticos.

CAPÍTULO III
DO CURSO E ESTÁGIO DO BPMROTAM

Art. 13. Para que os Policiais Militares exerçam atividades


e funções na operacionalidade do BPMROTAM, deverão possuir
o Curso Operacional de ROTAM ou Curso de Patrulhamento
Tático ministrado pela PMGO.
§ 1.º Os cursos são de responsabilidade do Órgão de
Ensino e Instrução da PMGO, sendo assessorado tecnicamente
pelo BPMROTAM na confecção e atualização das grades
curriculares.
§ 2.º Aos possuidores dos referidos cursos que
desejarem servir no BPMROTAM, será aplicado um Estágio de
adaptação e avaliação, de acordo com as diretrizes
estabelecidas pelo Comando.
§ 3.º Aos Policiais Militares que serviram na ROTAM
antes da criação do 1º COR, em função de Comando ou efetivo
serviço operacional por um período mínimo de 01 ano, desde
que devidamente comprovado através de documentos, farão jus
à utilização do brevê do Curso Operacional de ROTAM.

Art. 14. O Estágio no BPMROTAM será ministrado a todo


policial militar da Corporação e de co-irmãs que se interessarem
a vivenciar a doutrina e procedimentos táticos do BPMROTAM. A
organização e duração do estágio obedecerão às diretrizes
estabelecidas pelo comando do BPMROTAM.
Parágrafo único. Ao concluinte do Estágio, só é previsto o
certificado de conclusão, sendo vedado o uso de barrete, brevê
ou brasão-símbolo do BPMROTAM.
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Seção IV
Do brasão, distintivo e estandarte

Art. 15. O brasão que representa o BPMROTAM terá a


seguinte heráldica:
I – escudo boleado, contendo inscrições de POLÍCIA
MILITAR (fonte arial, cor branca, centralizada na parte superior),
indicando a subordinação do BPMROTAM à nossa milícia
Anhanguera;
II – ROTAM (fonte arial, cor preta). Abreviatura de Ronda
Ostensiva Tática Metropolitana, posicionada ao centro do
brasão;
III – fundo amarelo significando as ocorrências e a
atuação de destaque da tropa;
IV – contorno em vermelho, indicando os limites da
legalidade nas ações e a atuação sistemática, mesmo com risco
para a vida;
V – raio em vermelho no meio da sigla ROTAM, que
indica energia, força e rapidez necessária no cumprimento das
missões, sendo o principal indicativo do brasão.
§1.º Estandarte na cor preta terá a forma retangular tipo
bandeira universal, e ao centro, dentro da proporcionalidade,
brasão do BPMROTAM.
§2.º Flâmula de desfile em fuzil na cor preta, em formato
triangular escaleno à base, com a sigla ROTAM e o respectivo
raio vermelho ao centro.
§3.º Braçal usado no fardamento operacional, com o
brasão e a sigla ROTAM (cor dourada para oficiais e prata para
praças), conforme portaria 029/2007 – PM/1.
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Representação gráfica do Brasão do BPMROTAM

Art. 16. É vedado o uso pelas demais unidades da


PMGO, de quaisquer insígnias, distintivos e brasões que se
assemelhem ou possam confundi-las com as utilizadas pelo
BPMROTAM;

Art. 17. O possuidor do Curso Operacional de ROTAM –


COR tem direito a utilização do distintivo de curso, com a
seguinte heráldica:
I – raio na cor vermelha com os mesmos indicativos do
brasão;
II – sigla ROTAM na cor amarela, sobreposta ao raio.

ROTAM
Representação gráfica do distintivo do COR

Art. 18. O possuidor do Curso de Patrulhamento Tático –


CPT tem direito a utilização do distintivo de curso, com a
seguinte heráldica:
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I – asas abertas (cor dourada para oficias e prateada para


praças), simbolizando as aves de rapina, as quais são velozes à
captura de suas presas;
II – engrenagem (cor preta), que simboliza o serviço
motorizado;
III – bucaneiras, simbolizando as armas que caracterizam
as Polícias Militares;
IV – raio vermelho sobrepondo os demais símbolos,
simbolizando a energia, rapidez e agilidade nas ações.

Representação gráfica do distintivo do CPT


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ANEXO I - DOUTRINA DO BPMROTAM


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1. O POLICIAL MILITAR DO BPMROTAM

O Policial especializado é uma das peças mais


importantes na engrenagem da atividade operacional. Isso
requer do órgão atenção especial na sua seleção, instrução e
treinamento, porque a eficiência e a segurança são diretamente
proporcionais à qualidade de seus integrantes.
O Policial Militar do BPMROTAM deve possuir algumas
características peculiares, tais como: voluntariedade, controle
emocional, resistência física, agressividade controlada,
capacidade de decisão, discrição, espírito de sacrifício, lealdade,
liderança, versatilidade, responsabilidade, objetividade,
capacidade de realizar trabalhos em equipe, disciplina, postura,
compostura e habilidades técnicas.
O princípio básico para servir no BPMROTAM é o
voluntariado. É preciso que o homem deseje servir e que tenha
conduta ilibada, tanto em sua vida familiar quanto profissional,
não respondendo a procedimentos que atentem contra a
imagem da PMGO. Periodicamente, poderá ser solicitado que o
policial realize exames e testes de rotina, tais como psicológicos,
toxicológicos e físicos, dentre outros.

1.1 Obrigações do Policial Militar do BPMROTAM

É vedada a entrada ou saída do BPMROTAM fardado,


exceto durante o serviço ou quando devidamente autorizado.
No fardamento deverá conter apenas um distintivo de
curso, qual seja, aquele que habilite o Policial Militar a servir no
BPMROTAM, bem como o braçal, que deverá ser usado no
braço direito exclusivamente durante o serviço operacional do
BPMROTAM.
O Policial deve zelar pela padronização do corte de
cabelo determinado pelo Comando do BPMROTAM, bem como
pela limpeza e manutenção do seu armamento pessoal.
O integrante do BPMROTAM ainda deverá: cuidar pela
23

organização, faxina e limpeza de toda a estrutura do Batalhão;


possuir Carteira Nacional de Habilitação - CNH regularizada, no
mínimo categoria “B” e; primar pelos deveres militares no
tratamento com superiores, pares e subalternos.

2. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO BPMROTAM

A equipe do BPMROTAM é composta por, no mínimo,


04 (quatro) Policiais Militares, sendo comandada por um
graduado ou oficial.
O Primeiro Homem, Comandante de Equipe,
posiciona-se ao lado do motorista; responsável pelo comando,
coordenação e controle. A ele cabe toda a iniciativa para a
resolução de ocorrências, sendo assessorado pelos demais.
Patrulha a parte frontal da viatura e a retaguarda pelo espelho
retrovisor direito. É o encarregado das comunicações via rádio
em patrulhamento, e com terceiros quando nas abordagens.
O Segundo Homem, Motorista de Equipe, é
responsável pela viatura, sua manutenção, limpeza e condução,
pelas anotações de dados de veículos e pessoas abordadas,
bem como pela comunicação com o COPOM durante a
abordagem. Tem como função secundária o patrulhamento da
parte frontal e da retaguarda da viatura pelos espelhos
retrovisores, sempre com a arma coldreada.
O Terceiro Homem, Segurança de Equipe, posiciona-
se atrás do banco do motorista; é o policial militar mais antigo do
banco traseiro, responsável pelo armamento e equipamento da
viatura. Segurança imediato do Comandante de Equipe quando
desembarcado. No patrulhamento, faz a segurança do motorista
e patrulha a lateral esquerda e retaguarda da viatura, sendo o
titular da busca veicular durante a abordagem.
O Quarto Homem, Segurança de Equipe, posiciona-se
atrás do banco do Comandante de Equipe; é responsável pela
escrituração, anotações de alertas gerais e pela localização dos
logradouros da cidade. Patrulha a lateral direita e retaguarda da
viatura, sendo o titular da busca pessoal.
O Quinto Homem, Segurança de Equipe, posiciona-se
24

entre o 3° e o 4° Homem. Função geralmente exercida por


estagiário, no patrulhamento será o observador e anotador,
sempre com a arma coldreada.

3. EQUIPAMENTO E ARMAMENTO

O policial militar do BPMROTAM traz consigo o


seguinte equipamento individual no cinto tático:
 01(um) coldre;
 01(uma) arma de porte tipo pistola com no mínimo 02
(dois) carregadores;
 01(uma) algema;
 01(um) fiel retrátil;
 01(um) canivete tático;
 01(uma) lanterna tática;
 01(um) porta carregador para dois carregadores.

Durante o serviço, o PM deve portar:


 colete com proteção balística;
 02(dois) pares de luvas descartáveis;
 caneta preta ou azul;
 cartão telefônico ou aparelho celular com créditos;
 identidade funcional e cartão de saúde;
 Carteira Nacional de Habilitação – CNH;
 dinheiro para alimentação e gastos pessoais.

A viatura do BPMROTAM será equipada com:


 04(quatro) armas longas, disponíveis no BPMROTAM;
 munições e carregadores extras para todos os
armamentos;
 no mínimo 01(um) rádio transmissor portátil e um
telefone funcional;
 04(quatro) cassetetes.

Como equipamento complementar a viatura poderá ter:


 dispositivo eletrônico de controle (DEC);
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 agente químico;
 fita de isolamento zebrada;
 equipamento luminoso para patrulhamento noturno;
 alicate de corte;
 aparelho GPS (sistema global de posicionamento).

Todos da equipe devem estar plenamente aptos a


manusear qualquer equipamento ou armamento da viatura.
Cabe ao 4º Homem equipar a viatura com sua pasta
individual de ROTAM (anexo II), garrafa térmica de 05(cinco)
litros e prancheta para anotações.

4. INÍCIO DO SERVIÇO

A viatura, Motorista e Comandante de Equipe são fixos,


enquanto que a escala dos seguranças é mudada
periodicamente, de acordo com a necessidade do serviço.
Após a chamada, o ROTAM 90 apresenta a tropa com
as devidas alterações na escala ao Rotam Comando, que por
sua vez faz a revista e fiscalização, apresentando a tropa ao
comando do Batalhão, prosseguindo o programa de instrução e
treinamento físico previsto para o dia.
As viaturas, após limpas e equipadas, se posicionam de
acordo com o grau hierárquico dos Comandantes de Equipe.
As áreas de atuação das equipes são designadas pela
Seção Operacional, de acordo com as diretrizes do comando do
BPMROTAM, podendo ser adequadas pelo Rotam Comando
desde que devidamente autorizado.
O Rotam Comando, durante a preleção, informa as
equipes sobre as respectivas áreas de atuação, bem como a
relação de caráter geral.
Para se evitar qualquer suspeita em ocorrências
envolvendo valores, durante a preleção, cada Comandante de
Equipe deve repassar ao Rotam Comando o total de valores de
sua equipe.
Ao final da preleção será realizado um momento
ecumênico, seguido da oração do BPMROTAM (anexo III).
26

A saída das equipes do BPMROTAM é feita de forma


ordenada e coordenada pelo Rotam Comando em direção as
áreas de patrulhamento.

5. COMUNICAÇÕES VIA RÁDIO

A disciplina de rede do BPMROTAM é rígida, não sendo


permitido qualquer tipo de comunicação que não seja
operacional. A comunicação somente é utilizada para
mensagens curtas, claras e precisas.
O COPOM repassa toda ocorrência diretamente ao
Rotam Comando, que avalia a situação, e na seqüência aciona
a(s) viatura(s) que estiver(em) atuando naquela área ou a mais
próxima do local, determinando a forma de atuação da(s)
equipe(s). Se porventura alguma equipe estiver próxima ao
local, solicita ao Rotam Comando autorização para apoiar.
Quando uma viatura depara-se com uma ocorrência,
transmite as informações ao Rotam Comando, que toma suas
providências ou solicita ao COPOM retransmissão para toda a
rede.
Cada equipe só tem comunicação direta com a viatura
do Rotam Comando. Excepcionalmente, quando autorizado pelo
Rotam Comando, as equipes podem comunicar entre si.
Para rapidez operacional, as equipes comunicam-se
diretamente com o COPOM, para pedidos de informações sobre
veículos, indivíduos suspeitos e confecção de Boletim de
Ocorrência.
O atendimento do rádio deve ser feito com a
identificação da função que o policial exerce dentro da equipe,
seguindo-se do prefixo da viatura e de sua localização.
A prioridade de comunicação é obedecida com rigor. Se
uma equipe a solicita, todas as demais interrompem a
comunicação, e somente o Rotam Comando cobra as
informações necessárias.
Os códigos de comunicação em rede serão gerenciados
pela Seção Operacional e serão modificadas periodicamente,
para maior segurança das comunicações.
27

6. PATRULHAMENTO MOTORIZADO

O patrulhamento deve ser desenvolvido em uma


velocidade de aproximadamente 20 km/h, de forma que não
venha a atrapalhar o tráfego normal da via, salvo no
atendimento de ocorrências, respeitando as normas de trânsito
vigentes. A atenção dos homens deve estar voltada para sua
área de patrulhamento, sendo que as janelas da viatura
permanecem abertas. Com fortes chuvas a viatura estaciona em
local coberto e visível ao público, permanecendo a equipe
desembarcada.

6.1 Comportamento da Equipe

A Polícia Militar, pelo seu caráter ostensivo, atrai a


atenção do público e em virtude disso, todos os componentes da
equipe policiam-se com relação a sua postura e compostura,
sendo proibido:
 resolver assunto de interesse particular;
 jogar objetos para fora da viatura;
 fazer brincadeiras, gestos obscenos ou usar palavras de
calão;
 permanecer descoberto;
 gritar para alguém longe da viatura;
 brincadeiras físicas, bem como gargalhadas desmedidas;
 olhadelas indiscretas para mulheres;
 permanecer com braço para fora da viatura;
 aceitar qualquer tipo de retribuição material ou
pecuniária, em virtude da função;
 fumar durante o serviço, estando fardado ou não;
 deixar o fardamento desabotoado, sujo, ou tudo que vá
contra a imagem de um profissional sério e competente;
 o uso de óculos escuros, exceto com prescrição médica.
28

Sempre que um componente da equipe avistar uma


viatura, agente de segurança pública, ou instituição financeira,
informa aos demais a localização e a situação que se encontra.
Qualquer homem da equipe que observar algo suspeito
deve alertar os demais para averiguação. Em caso de suspeição
de veículo, o 4º ou 5º Homem realizam a pesquisa na relação de
caráter geral de autos. Se a suspeita persistir, o Comandante de
Equipe verifica junto ao COPOM e, caso necessário, realiza a
abordagem. A equipe jamais retorna ao BPMROTAM, com uma
dúvida que não foi averiguada ou sanada.
Não se permite, exceto em tráfico intenso, que outro
veículo permaneça próximo da viatura, de modo a não
atrapalhar uma possível manobra repentina, para precaver-se de
possíveis ataques dos ocupantes ou, ainda, inviabilizar um
desembarque da equipe.
O motorista deve evitar ficar próximo a veículos de
grande porte, de modo a atrapalhar a visualização periférica da
equipe.
No desembarque, o Comandante de Equipe faz a
segurança geral e os Seguranças fazem à contenção do trânsito
e o balizamento, de acordo com o fluxo da via.
Toda pessoa que se aproxima da equipe deve ser
tratada com cordialidade, devendo o Comandante ser
cientificado do assunto. Ressaltando que os policiais jamais
devem se desligar do que ocorre ao seu redor. No caso de
abordagem ou quando a situação não permitir, as pessoas são
gentilmente convidadas a se afastarem.
Não se permite que pessoas entrem na viatura ou
toquem nos equipamentos. Neste caso podem ser convidadas a
visitarem o BPMROTAM, onde terão a atenção devida. Ao se
manobrar a viatura em locais ermos ou favelas, o Comandante e
os Seguranças de Equipe desembarcam para maior proteção.
Toda pessoa que for conduzida na viatura deve ser
revistada para maior segurança da equipe, inclusive quando
transferida de outra viatura.
Quando solicitado, o 4º Homem serve água para todos
29

da equipe, obedecendo à seqüência funcional.


Sempre que possível 02(dois) policiais fazem à
segurança da viatura, enquanto os demais estiverem distantes.
Se a situação exigir, somente 01(um) policial ficará na viatura,
devendo fechar portas e janelas, armar-se com arma longa e
rádio transmissor portátil, colocar-se em posição estratégica
onde tenha uma ampla visão e fique protegido. Não se admite
que ninguém aproxime do Segurança ou da viatura, evitando ser
surpreendido.
Em qualquer logradouro que a viatura esteja, a equipe
procura a placa com o endereço, para pedido de apoio em caso
de emergência.
A viatura do BPMROTAM e sua equipe estão sempre
prontas para a ação, mesmo estacionada, estará com o motor
ligado e frente voltada para a saída.
Se alguma viatura estiver com problemas mecânicos,
deve ser guinchada, sendo apoiada por outra equipe para
escolta e condução.

6.2 Aspectos a serem observados durante o


patrulhamento

6.2.1 Em pessoas

 atentar para aparência geral (principalmente as mãos),


volumes sob a vestimenta, sua colocação no ambiente;
 aparência emocional (pessoa assustada, pouco a
vontade, sobressalto ao ver a viatura);
 mudança repentina no comportamento (mudança de
direção, parar em casas batendo palmas ou fingir chamar
alguém; quando há mais de um e se separam, agacham,
correm, adentram o primeiro portão aberto que
encontram);
 tatuagens típicas de cadeias e outros aspectos físicos
(sangramentos, marcas de tiro, roupas sujas, lesões que
possam indicar escaladas de muros ou rasteja mentos);
30

 objetos dispensados quando a viatura está se


aproximado.

6.2.2 Em veículos

 veículos novos em péssimo estado de conservação;


 arrancadas bruscas;
 excesso de velocidade e outras infrações de natureza
grave;
 placas velhas em veículos novos;
 veículos sem placas;
 faróis apagados à noite;
 pessoas no banco traseiro do veículo com o banco do
passageiro vazio;
 condutores que sinalizam com o farol alto ao cruzar com
a viatura;
 táxi com passageiro e luminoso acesso;
 veículos à frente da viatura que fazem uso constante da
luz de freios;
 veículo com um passageiro apenas que está sentado
atrás do motorista;
 veículo com janelas abertas e chave na ignição;
 pessoa com dificuldade de conduzir o veículo;
 gravação nos vidros laterais em desacordo com as
características do veículo;
 veículo incompatível com aparência do condutor;
 veículos com maior incidência de roubo/furto.

6.2.3 Em estabelecimentos comerciais e financeiros

 visualizar nas imediações do estabelecimento, veículos


mal estacionados ou com as portas abertas, indivíduos
em motocicleta, pessoas paradas à entrada do
estabelecimento ou do outro lado da via pública, pessoas
que saem correndo de dentro do estabelecimento, gritos
31

e estampidos vindos do interior do local;


 observar o local onde fica o caixa, atentando para as
pessoas próximas;
 observar o fundo do estabelecimento, atentando para
atitudes e expressões das pessoas;
 estabelecimentos vazios, quando em funcionamento;
 portas abaixadas parcial ou totalmente em horário
comercial;
 pessoas próximas ao vigia do estabelecimento;
 pessoas usando capacete dentro do estabelecimento;
 vigias do banco com os coldres vazios ou todos juntos
em um dos cantos do local;
 número excessivo de pessoas no interior de caixas
eletrônicos.

6.2.4 Em residências

 veículos parados de forma suspeita, mal estacionados,


com portas abertas, com chave na ignição ou condutor
aguardando no volante;
 portões e portas abertas;
 veículos realizando mudanças;
 pessoas carregando objetos;
 gritos e outros sons suspeitos vindos de dentro da
residência;
 pessoas paradas na entrada da casa ou nas
proximidades.

7. ABORDAGEM

7.1 Abordagem a pessoa

Para iniciar o estudo, é importante salientar que não


existem indivíduos suspeitos, mas sim atitudes suspeitas, ou
32

seja, o comportamento ou a situação da pessoa é que, de


alguma forma, cause a suspeição do Policial Militar, tornando-o
passível de verificação. A busca pessoal é regulamentada no
Código de Processo Penal:

Art. 244: A busca pessoal independerá de


mandado, no caso de prisão ou quanto
houver fundada suspeita de que a pessoa
esteja na posse de arma proibida ou de
objetos ou papéis que constituam corpo de
delito, ou quando a medida for determinada
no curso de busca domiciliar.
Art. 249: A busca em mulher será feita por
outra mulher, se não importar retardamento
ou prejuízo da diligência.

7.1.1 Seqüência de ações

 aproximar de forma segura observando o cenário


externo;
 posicionar a viatura em local visível e seguro;
 desembarcar de forma rápida, segura e posicionando-se
em leque, com o armamento em pronto baixo;
 o 1º Homem verbaliza com o(s) abordado(s),
determinando para que permaneça(m) com as mãos na
cabeça e os dedos entrelaçados, podendo permitir apoio
destas em obstáculos verticais, salientando que se
estiverem carregando qualquer objeto ou volume,
deverão colocá-los no chão;
 após todo(s) o(s) abordado(s) estar (em) na posição de
segurança para a busca pessoal, o Comandante da
Equipe juntamente com o 3º Homem faz a segurança
do(s) abordado(s), e determina que o 4º Homem proceda
à busca, enquanto o 2º Homem faz a segurança geral, se
atentando pelas comunicações do rádio;
33

 finalizada a busca pessoal, o Comandante da Equipe


determina que o(s) abordado(s) façam frente para via,
com as mãos para trás, e juntamente com o 4º Homem
se posiciona ao lado do(s) abordado(s), solicitando a
documentação pessoal, que é recolhida pelo o 4º
Homem e entregue ao 2º Homem;
 neste momento o 1º e o 4º Homem realizam a entrevista,
o 2º Homem faz a consulta via COPOM e o 3º Homem
assume a segurança geral;
 ao término da consulta, o 2º Homem, faz as anotações
pertinentes e, não havendo alterações, entrega a
documentação para o 1º Homem, que devolve ao(s)
abordado(s), agradecendo a colaboração e colocando a
Policia Militar a disposição;
 durante a abordagem, caso seja detectado algum objeto
ilícito, flagrante delito ou foragido da justiça, o 1º Homem
determina, caso necessário, que o(s) abordado(s) se
posicione deitado no chão a fim de que seja algemado
pelos Seguranças da Equipe.

7.2 Abordagem a veículo

Ao avistar um veículo em situação de suspeição, caso


esteja em sentido contrário, tentar manobrar a viatura fora das
vistas dos suspeitos para não alertá-los, sendo que os
seguranças devem acompanhar visualmente o veículo,
orientando o 2º Homem da equipe o trajeto que aquele seguiu.
Acompanhar o veículo até um local apropriado para
abordagem (evitar parar próximo a bares, favelas, escolas,
ponto de ônibus, curvas acentuadas, trânsito intenso de veículos
ou pedestres), observando durante o acompanhamento:
 a reação dos suspeitos;
 objetos jogados para fora do veículo;
 atenção a veículos de escolta;
 conferir relação de caráter geral.
34

7.2.1 Abordagem a veículo de passageiros ou similares

7.2.1.1 Seqüência de ações

 o comandante da equipe sinaliza acionando os sinais


luminosos e sonoros, dando ordem de parada através da
sirene, enquanto o motorista sinaliza piscando faróis
altos e acionando a seta indicando em qual lado da via o
veículo deve parar (sempre que possível do lado direito,
evitando-se prejuízo ao trânsito).
 a equipe, com atenção a retaguarda e laterais, sinaliza
com gestos para evitar que outros condutores
acidentalmente se interponham entre a viatura e o
veículo a ser abordado;
 o 2º Homem para a viatura a uma distancia aproximada
de cinco metros imediatamente atrás, alinhando o farol
direito da viatura entre a placa traseira e o farolete
esquerdo do veiculo abordado. Se a abordagem, por
motivos excepcionais se der pelo lado esquerdo da via, a
posição deve ser inversa;
 o 1º Homem deve manter a atenção ao veículo e
suspeitos, o 2º Homem atenta para trânsito, e o 3º e 4º
Homem com a retaguarda e laterais;
 o 1º, 3º e o 4º Homem desembarcam rapidamente, com
as armas em pronto baixo. O 3º Homem se posiciona a
frente do farol esquerdo da viatura enquanto o 1º Homem
se posiciona no mesmo alinhamento, a direita da viatura
e o 4º Homem faz a segurança da retaguarda, atentando
para uma possível escolta;
 com calma e educadamente, mas com energia, num tom
de voz suficiente para ser ouvido, o 1º Homem determina
que o condutor desligue o motor do veículo e que todos
os ocupantes desçam e se posicionem na parte traseira
35

do veículo, com as mãos sobre ele;


 após o condutor descer do veículo, o 2º Homem
desembarca, assumindo a segurança na retaguarda da
viatura, momento em que o 4º Homem completa a
formação em leque, se posicionando entre a viatura e o
1º Homem;
 quando os abordados estiverem posicionados atrás do
veiculo, o 1º Homem procede à varredura preliminar,
verificando se existe mais alguma pessoa no interior do
veiculo, enquanto o 3º e o 4º Homem ficam na contenção
dos abordados, se movimentando de forma a não cruzar
a linha de tiro do 1º Homem;
 concluída a varredura, o 1º e o 3º Homem fazem a
segurança dos abordados, o 4º Homem realiza a busca
pessoal nos indivíduos e o 2º Homem continua na
segurança geral;
 ao término da busca pessoal, o 1º Homem solicita aos
abordados que se coloquem a sua esquerda, sobre a
calçada, de frente para a via, com a documentação
pessoal e do veículo em mãos, devendo o condutor
retira-la de qualquer invólucro plástico;
 o 3° Homem assume a segurança geral, enquanto o 4°
Homem recolhe a documentação, entregando ao 2º
Homem, que procede a verificação junto ao COPOM,
anotando o necessário em seu relatório de serviço;
 o 1º e o 4º Homem devem conversar com os abordados,
fazendo perguntas sobre: nome, endereço, local de
trabalho, problemas com a justiça, para detectar algum
detalhe e distraí-los, não permitindo que planejem uma
reação;
 não deve haver conversa entre os suspeitos. Havendo
dúvidas, separar os suspeitos para conversarem
separadamente, confrontando posteriormente as
alegações dos mesmos;
 atenção às cicatrizes e tatuagens, pois podem indicar
algum ex-detento ou foragido da justiça;
 verificar também a boca do suspeito, que pode ocultar
pequenas porções de entorpecentes;
36

 durante a abordagem, os abordados devem permanecer


com as mãos para trás, para segurança da equipe e dos
próprios abordados;
 o 2º Homem, após a verificação documental, entrega os
documentos ao 1º Homem que, achando necessário,
informa ao condutor que será realizada uma busca no
interior do veículo, questionando se existe algum objeto
de valor, armas ou quaisquer objetos ilícitos,
determinando ao 3º Homem que realize a busca veicular,
devendo o condutor/proprietário acompanhar visualmente
a vistoria;
 o condutor ou proprietário do veículo deve ter plena visão
da revista, sendo alertado a acompanhar visualmente
todos os procedimentos;
 o rádio do veículo deve estar sempre desligado;
 a busca no interior do veículo deve seguir a seguinte
seqüência, dividindo-se o veículo em 06(seis) partes:
• porta-malas;
• porta dianteira direita (deixá-la aberta);
• porta traseira direita (deixá-la aberta);
• porta traseira esquerda;
• porta dianteira esquerda;
• capô.
 caso a abordagem aconteça do lado esquerdo da via,
inverte-se a seqüência das portas;
 a busca veicular inicia-se pelo porta-malas, uma vez que
pode haver algum suspeito/vítima em seu interior. O 1º
Homem determina que o condutor destrave o porta-
malas, enquanto o 3º Homem se posiciona na lateral
traseira do veículo, com a arma na posição pronto retido
lateral, voltado para o porta-malas, utilizando a mão fraca
para controlar a abertura, enquanto o 4º Homem auxilia
na segurança. Se a chave estiver dentro do veículo o 3º
Homem deve pegar e entregar ao condutor;
 o 3º Homem, de forma organizada, deve verificar os
aspectos externos do veiculo, movimentar as portas a fim
de identificar algum objeto solto em seu interior, conferir
37

as etiquetas adesivas auto-destrutivas, levantar o vidro e


checar a sua marcação alfa-numérica, observar todos os
locais e partes removíveis no interior do veiculo, ou em
qualquer outro local vistoriado, inspecionar o número do
chassi e as placas de identificação;
 terminado o interior verifica-se o motor;
 quaisquer objetos ilegais, valiosos ou valores
encontrados no veículo, devem ser deixados onde foram
encontrados, dando-se ciência ao Comandante ao
término da busca.

7.2.1.2 Considerações

Após a busca veicular o 3º Homem entrega a chave do


veículo para o 1º Homem, que devolve ao(s) abordado(s),
juntamente com os documentos, determinando que faça a
conferência dos documentos e do veículo. Ao final, o 1º Homem
agradece a colaboração, colocando a Policia Militar a
disposição. A equipe aguarda o embarque de todos os civis, e a
partida do veículo antes de reiniciar o patrulhamento.
O 3º Homem deve tomar precauções para não causar
qualquer dano ao veículo (portas que não se abrem ou fecham
facilmente devem ser acionadas pelo proprietário, ter também
cuidado com estofamento e pintura do veículo em contato com o
equipamento do policial militar). Tudo deve ser recolocado
exatamente no local em que estava, e as portas fechadas ao
término da revista.
O Comandante de Equipe deve ter cuidado ao
manusear documentos sobre poças d’água ou bueiros, pois
podem cair.
Durante a abordagem, caso seja detectado algum
objeto ilícito, flagrante delito ou foragido da justiça, o 1º Homem
determina, caso necessário, que o(s) abordado(s) se
posicione(m) deitado(s) no chão a fim de que seja(m)
algemado(s) pelos seguranças da equipe. Importante ressaltar
que, neste momento, os integrantes da equipe devem estar com
as armas na condição de pronto.
38

I C P
II P
C
± 5m

3 1

2 1 2
3 4
4

III IV

1
C P C P
4
3 4 3 1

2 2

V VI
1
C
C P P
4 4
3 1

2 3
39

7.2.2 Abordagem a motocicletas ou similares

7.2.2.1 Seqüência de ações

 realizar a aproximação com a devida segurança, dando


atenção especial as mãos dos abordados. O 1º e 4º
Homem devem estar com arma em posição pronto retido
lateral, evitando que a viatura fique ao lado da
motocicleta;
 determinar ao condutor que pare utilizando sinais
luminosos e sonoros;
 a equipe desembarca conforme procedimento de
abordagem a veiculo;
 o 1º Homem determina que o condutor desligue a
motocicleta e coloque as mãos na cabeça com os dedos
entrelaçados, sem retirar o capacete. Só permitir que se
retire o capacete após a busca pessoal. A partir daí tudo
se transcorre como em abordagem a veículo,
salientando, que durante a busca veicular, deve ser
observado o interior do tanque de combustível e demais
locais onde possam existir produtos ilícitos.

I II

C C
P 3 P

1
2 1 2
3 4
4
40

7.2.3 Abordagem a veículos de carga

Em se tratando de caminhão com produtos ilícitos, é


importante ressaltar a grande possibilidade de haver escolta
realizada por marginais.

7.2.3.1 Seqüência de ações

 a equipe deve realizar a abordagem preferencialmente


em local plano, posicionando a viatura da mesma forma
de abordagem a veículos;
 a equipe desembarca rapidamente, com o armamento
em posição pronto baixo. O 1º Homem, portando arma
longa, confere o fechamento do baú e se desloca em
direção a boleia pelo lado esquerdo do veículo, se
posicionando um pouco afastado da carroceria, pois isso
possibilita a melhor visualização do interior da boleia;
 o 3º Homem, passando pela retaguarda da viatura,
juntamente com o 4º Homem, deslocam pelo lado oposto
ao do Comandante de tal forma que também possam
visualizar o interior da boleia, ficando o 3º Homem um
pouco a frente e a direita do 4º Homem;
 o 2º Homem desembarca com arma longa, ficando
responsável pela segurança geral;
 o Comandante ordena que todos os ocupantes desçam
da boleia pelo lado mais próximo da calçada e o 3º e 4º
Homem posicionam os abordados para a realização da
busca pessoal; caso exista compartimento de descanso,
a cortina deve ser aberta pelo condutor antes de sua
descida do caminhão;
 após a realização da busca pessoal, será realizada
busca no interior da boleia e abertura do baú do
caminhão, pedindo para que o condutor abra as portas
do baú;
 no momento da abertura das portas o 2º Homem deve se
posicionar na retaguarda da viatura, com arma longa
voltada para o interior do baú. O 3º Homem se posiciona
41

do lado traseiro esquerdo do caminhão e o 4º Homem do


lado traseiro direito, enquanto o 1º Homem faz a
segurança dos abordados;
 realizada a abertura do baú e caso houver necessidade,
o 3º Homem realiza uma busca em seu interior e, após
esse procedimento, o 1º Homem solicita a documentação
do veículo e dos abordados, sendo recolhida pelo 4º
Homem e entregue ao 2º Homem, que realiza a
checagem junto ao COPOM, enquanto o 3º Homem fica
responsável pela segurança geral;
 o 2º Homem, após a verificação documental e anotação
dos dados no relatório de serviço, entrega os
documentos ao 1º Homem que, achando necessário,
determina ao 3º Homem que proceda a vistoria nos
demais compartimentos do veículo, atento as
particularidades de cada um;
 ao término da verificação, o 3º Homem informa ao
Comandante as alterações, e se não houver nenhuma,
este entrega a documentação aos abordados, solicitando
que os mesmos verifiquem se esta tudo em ordem com o
veículo;
 após a explicação da necessidade da abordagem e
liberação dos abordados, a equipe aguarda que os
mesmos retornem ao seu destino e somente após isso
retornam ao patrulhamento;
 no caso de se tratar de produto de roubo ou furto, tanto
da carga como do caminhão, o procedimento é o mesmo
que ocorre na detenção de indivíduos que praticaram
roubo ou furto de um veículo.

7.2.3.2 Considerações

Caso necessário, a abordagem em veículos de carga


será realizada por duas equipes, sendo a primeira equipe
responsável pela abordagem. Neste caso, O 2º Homem
desembarca e acompanha o Comandante, reforçando a
segurança da abordagem até o momento da verificação
documental junto ao COPOM, enquanto os demais exercem
42

suas funções normalmente. A segunda equipe é responsável


pela segurança periférica.

I C P II C P
1 3

2 1 2
3 4

III C
1
IV 1

3 C 4
P
P
4
3

2 2
43

V VI

1 1
P C
P
3 C 4
4

3
2

7.2.4 Abordagem a veículos de condução coletiva

Neste tipo de abordagem, devido à grande quantidade


de pessoas que possam estar nesse tipo de veículo, a
abordagem deve ser realizada por duas equipes.
Excepcionalmente, em situações de urgência, desde que não
seja comprometida a segurança da equipe, a abordagem em
questão será realizada por uma equipe.

7.2.4.1 Seqüência de ações

 a primeira equipe posiciona a viatura da mesma forma de


abordagem a veículos, enquanto a segunda equipe se
posiciona na diagonal, alinhando o farol direito com a
lanterna esquerda da primeira equipe;
 as equipes desembarcam rapidamente, se posicionando
44

na lateral direita do veículo, de modo a visualizar os


passageiros e suas reações à chegada da polícia;
 o Comandante mais antigo, portando armamento longo,
dirige-se até o motorista, determinando-o que abra a
porta dianteira, desligue o motor e desça do veículo,
sendo realizada uma rápida busca pessoal pelo 4º
Homem da equipe mais antiga;
 o Comandante pergunta ao motorista acerca de
indivíduos em estado de suspeição dentro do veículo e,
caso necessário, é solicitado que se abra uma das portas
traseiras. O Comandante adentra pela porta da frente do
veículo e ordena que todos os homens que se encontram
após a catraca desçam e, posteriormente, aqueles que
se encontram antes da catraca;
 o Comandante da outra equipe, organiza os abordados
na lateral do veículo, ou da forma que achar mais segura;
 os Motoristas das equipes posicionam-se de forma a
visualizar objetos arremessados pela janela, fazendo a
segurança geral;
 se necessário, para ter maior controle, o Comandante
mais antigo pode determinar a quantidade de homens
que descerão por vez;
 após estarem todos os homens desembarcados, o
Comandante mais antigo ordena que as mulheres
sentem-se ao lado oposto a porta do ônibus, além de
manterem suas mãos sobre a barra de ferro do banco à
frente das mesmas. O procedimento é o mesmo para
idosos e deficientes físicos que possam se locomover
sozinhos. O Comandante deve permanecer no interior do
veículo, cuidando da segurança das pessoas ali
presentes;
 após estas medidas de segurança, será realizada à
busca pessoal;
 o Comandante que se encontra na segurança externa,
solicita a documentação dos abordados, podendo
selecionar qualquer um, de acordo com a suspeição,
para que seja feita a checagem junto ao COPOM,
45

devendo a documentação ser recolhida pelo 4º Homem


da primeira equipe, que repassa para o Motorista da
primeira equipe fazer a checagem e anotações
pertinentes;
 após as buscas, o 3º Homem da primeira equipe realiza
a vistoria no interior do ônibus, procurando objetos que
possivelmente possam ter sido abandonados. Durante a
vistoria, o 3º Homem pode vistoriar mochilas ou bolsas
dos passageiros que ali se encontram;
 ao final da abordagem, caso nada seja encontrado, o
Comandante que se encontra na segurança externa
ordena que todos embarquem, e o Comandante mais
antigo agradece a colaboração, liberando o veículo para
prosseguir viagem.
46

7.3 Considerações gerais acerca da abordagem

No desembarque todos os integrantes da equipe devem


fechar suas portas.
Nenhum transeunte deve cruzar a área da abordagem,
excetuando-se quando for impossível contornar. Neste caso,
deve passar o mais longe possível dos abordados, tratando os
cidadãos de forma educada e discreta. Energia é sempre
necessária, pois uma atitude firme, bem coordenada e treinada,
impede que inicie uma reação que seria tentada se os policiais
militares agissem displicentemente ou com falta de atenção.
Também é fundamental, postura de cada componente da
47

equipe.
Se surgirem situações em que um suspeito alegar
impossibilidade física de desembarcar, o Comandante de Equipe
determina-o a colocar as mãos para fora do veículo, e assim
permanecer até que a equipe se aproxime e verifique a
veracidade. Mesmo assim, dentro das possibilidades deve ser
revistado, bem como o local que ocupa no veículo.
É comum o abordado perguntar o motivo da
abordagem. Neste caso o Comandante da Equipe deve explicar
o serviço e atitude da equipe. Cuidado com suspeitos agressivos
que recusam a submeter-se à revista e ameaçam a equipe.
Podem ser simples ignorantes da atividade policial, ou estarem
tentando intimidar os policiais militares ou desviando sua
atenção de algo escondido em seu veículo ou vestes.

8. BLOQUEIO EM VIA PÚBLICA

Nesse tipo de operação é importante um planejamento


prévio, providenciando todo o material necessário à realização
de um bloqueio que traga toda a segurança e eficácia para a
operação.
O local escolhido para realização do bloqueio deve ser
estratégico, de forma que os condutores não o visualizem antes
que possam efetuar algum retorno ou mudança de direção.

8.1 Seqüência de ações

 o bloqueio deve ser realizado por, no mínimo 05 (cinco)


equipes;
 uma equipe deve se posicionar estrategicamente antes
do bloqueio, de forma a não permitir que veículos
retornem ou empreendam fuga ao visualizá-lo. Outra
equipe se posiciona logo após o bloqueio, de forma a
acompanhar algum veiculo que não obedeça a ordem de
48

parada ou proceder à abordagem quando solicitado pelo


bloqueio. As equipes ficam desembarcadas, com os
motores das viaturas ligados e as portas fechadas, de
forma a permitir um imediato deslocamento em caso de
tentativa de fuga e assim executar o acompanhamento
do veículo;
 no mínimo 03 (três) equipes atuam no bloqueio, com
dispositivos luminosos das viaturas acionados durante
toda a operação;
 a equipe mais antiga se posiciona no meio, sendo que o
1º Homem, portando arma longa, assume o comando do
bloqueio; o 2º Homem fica responsável pela verificação
documental junto ao COPOM e anotações no relatório de
serviço, enquanto o 3º e 4º Homem assumem as funções
de pré-selecionador e selecionador, respectivamente;
 as demais equipes do bloqueio posicionam as viaturas de
forma a criar uma zona de segurança aos veículos que
estiverem sendo abordados. Os motoristas, portando
arma longa, fecham os vidros e assumem a segurança
geral do bloqueio. O 1º Homem de cada equipe fica
responsável por uma base de vistoria, que deve se
proceder conforme abordagem a veiculo.

8.2 Considerações

O bloqueio policial terá o período aproximado de


01hora.
O selecionador, portando rádio transmissor portátil,
deve ficar atento para não determinar a parada de veículos
quando as bases de vistorias estiverem abordando e, caso
necessário, aciona a equipe que se encontra após o bloqueio
para proceder à abordagem ao veiculo suspeito que não foi
parado.
Se for possível, deve estar presente no local do
bloqueio uma equipe do Batalhão de Trânsito, a fim de
49

confeccionar os Autos de Infração de Trânsito e Autos de


Recolhimento e pelo menos 02(duas) Policiais Femininas, para
realização de busca pessoal em mulheres.
Jamais efetuar disparo de arma de fogo em veiculo que
esteja em fuga, mesmo como forma de alerta.
No caso de fuga de veiculo é realizado o
acompanhamento e cerco, conforme previsto no item 10.

9. ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS

Independente da natureza da ocorrência, a postura da


equipe do BPMROTAM é sempre a mesma: enérgica, firme e
tranqüila. O Comandante de Equipe é o responsável pela
comunicação com as partes e quem decide sobre o
procedimento a ser adotado. Após a chegada da equipe
cessam-se discussões, brigas e palavras de calão. É a
imponência da equipe que impede tais situações.
Quando a viatura da área já estiver no local da
ocorrência, as equipes do BPMROTAM não interferem. No caso
de ser solicitado apoio, o Comandante da Equipe solicita
autorização ao Rotam Comando para conduzir a ocorrência,
sem interferência da viatura da área.
Na Delegacia de Policia - DP é o Comandante de
Equipe que apresenta a ocorrência ao Delegado. Havendo
elemento detido, mesmo já apresentado ao Delegado, continua
sobre guarda da equipe até o término do procedimento ou seu
recolhimento a carceragem. Mesmo no DP, não há relaxamento
da segurança, pois havendo tentativa de fuga de preso ou de
resgate, a equipe esta pronta para a ação.
A postura da equipe é a mesma em qualquer situação.
Se o tempo de permanência na delegacia for longo a equipe
pode revezar-se para descansar na viatura, pois o policial militar
do BPMROTAM não se senta e nem descansa em local público.
Dependendo do horário de término da ocorrência e
condições das testemunhas e vítimas, a equipe do BPMROTAM
pode conduzi-las a suas residências mediante autorização do
Rotam Comando.
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9.1 Ocorrências em estabelecimentos comerciais ou


financeiros

9.1.1 Seqüência de ações

 o COPOM repassa ao Rotam Comando todos os


detalhes possíveis, verificando a origem da chamada, a
fim de confirmar a veracidade do fato e se a ocorrência
continua em andamento;
 caso os autores tenham empreendido fuga, transmitir as
características para que as viaturas do BPMROTAM que
intensifiquem o patrulhamento na área, cobrindo as
possíveis vias de fuga;
 o Rotam Comando determina no mínimo duas viaturas
para ocorrência, sendo que durante o deslocamento
devem ser observados veículos e pessoas suspeitas,
mesmo fora das características transmitidas pelo
COPOM. Caso necessário será determinado que outra
equipe realize o cerco nas proximidades;
 as equipes empenhadas aproximam, em sentidos
opostos, desligando os sinais sonoros e luminosos da
viatura, parando-a a uma distância segura e
posicionando-as de modo a interromper o fluxo de
veículos;
 a equipe desembarca com arma longa, fazendo a
progressão rápida, procurando sempre abrigo e
cobertura, visualizando tudo e todos nas proximidades do
estabelecimento, colhendo informações a respeito da
ocorrência;
 caso seja visualizado pessoa(s) em atitude suspeita(s), o
4º Homem, com arma em bandoleira, faz a busca
pessoal, tendo o 1º e 3º homens como seguranças da
abordagem e do perímetro;
 o 1º Homem visualiza o interior do estabelecimento,
observando a movimentação de pessoas e avaliando a
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situação antes de adentrar ao local;


 sempre que possível determinar ao vigia ou alguém que
esteja dentro do estabelecimento para que saia e
repasse maiores informações. Caso os infratores da lei
estejam no interior do estabelecimento e haja reféns,
isolar o local e informar o COPOM e o Rotam Comando
para adoção das providências cabíveis;
 nada sendo constatado, procurar o gerente, colocando a
Polícia Militar a disposição, informando a situação ao
COPOM e ao Rotam Comando.

9.2 Ocorrências de resistência com resultado morte

O BPMROTAM, por não ter o encargo de atendimento


de ocorrências rotineiras, tem uma incidência maior em atender
ocorrências de resistência armada. Nestes casos, a reação da
equipe do BPMROTAM é a necessária para conter a injusta
agressão, assegurando sua vida, dos integrantes da Equipe e de
terceiros.

9.2.1 Seqüência de ações

 a primeira providência que a equipe toma no caso de


confronto é o acionamento do socorro médico,
isolamento do local e arrolamento de testemunhas;
 havendo policial militar ferido, será conduzido
imediatamente ao pronto socorro mais próximo;
 o Comandante da Equipe informa o fato ao Rotam
Comando, que desloca para o local;
 o Rotam Comando determina no mínimo 02 (duas)
equipes para o local do fato com intuito de apoiar no
isolamento. As demais equipes realizam patrulhamento
nas proximidades;
 chegando ao local, o Rotam Comando toma ciência dos
52

detalhes da ocorrência pelo Comandante da Equipe


confrontante, organiza o isolamento do local e informa o
COPOM o resultado da ocorrência (óbito, indivíduo
encaminhado ao hospital), para que este acione as
autoridades competentes;
 o Rotam Comando informa o fato ao Comandante e
Subcomandante do BPMROTAM, bem como ao Capitão
supervisão e ao coordenador de operações;
 se a(s) vítima(s) for (em) encaminhada(s) ao hospital, o
Rotam Comando determina que uma equipe desloque ao
hospital para escolta e obtenção de maiores informações;
 as equipes responsáveis pelo isolamento, bem como a
equipe confrontante, devem permanecer até o término
dos trabalhos da Polícia Técnico-Científica;
 a equipe confrontante se apresenta espontaneamente à
Corregedoria da Polícia Militar, seguindo orientações do
Oficial Corregedor.

10. ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO

O mais importante num cerco não é a proximidade


física da viatura com o veículo em fuga e sim a visualização
constante e o envio de informações precisas e atuais.
O Policial Militar não deve colocar o corpo para fora da
viatura, tampouco bater com a mão na lataria da porta durante
os acompanhamentos, devendo utilizar somente os sinais
sonoros e luminosos da viatura.

10.1 Seqüência de ações

 acompanhar o veículo a uma distância segura,


acionando os sinais sonoros e luminosos;
 o 1º Homem pede prioridade de comunicação na rede e
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informa ao Rotam Comando sobre detalhes do


acompanhamento;
 o 4º Homem assume a comunicação do rádio, fazendo a
checagem da placa junto ao COPOM, atualizando as
equipes sobre o endereço e direção tomada do veículo
em fuga;
 as demais equipes do BPMROTAM cessam o
patrulhamento e posicionam-se estrategicamente na
área, nas possíveis rotas de fuga, baseando-se nas
informações passadas pela equipe que está
acompanhando, para bloqueio e interceptação do veículo
em fuga;
 o COPOM deve informar aos despachantes de rádio da
área onde ocorre o acompanhamento, bem como
aqueles da área em que o veículo possa adentrar;
 observar, durante o acompanhamento, objetos que são
jogados pelas janelas do veículo em fuga. Neste caso, o
4º Homem desembarca de arma longa e aguarda a
equipe de apoio. O 1º Homem deve informar ao Rotam
Comando o local em que o 4º Homem fora deixado,
solicitando que outra equipe preste o apoio necessário;
 o Rotam Comando controla e coordena todo
acompanhamento e cerco, inclusive a disciplina de rede;
 a melhor maneira de bloquear o veículo em fuga é
impedir o fluxo de veículos da via utilizando a viatura que
esteja a sua frente, provocando assim, um
congestionamento. Em locais sem trânsito, ou de
madrugada, pode-se obstruir a via com a própria viatura.
Nos dois casos a equipe desembarca com todo o
armamento e posiciona-se para possível confronto;
 nunca se atira em um veículo que está empreendendo
fuga. Pode ser apenas um caso de falta de CNH
(Carteira Nacional de Habilitação), ou pequenos usuários
de entorpecentes assustados. Mesmo que os ocupantes
atirem contra a equipe há possibilidade de existir reféns
no veículo. Lembrar que o disparo efetuado de uma
viatura em movimento pode atingir terceiros;
 excepcionalmente, numa situação de disparo contra a
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equipe, os policiais analisam toda conjuntura do


ambiente e, sendo possível, revidam a injusta agressão.
Neste caso, somente o 1º Homem atira pelo lado direito
da viatura e o 3º Homem do lado esquerdo, dependendo
da posição do veículo em relação à viatura. A função do
4º Homem é municiar e repassar a situação para o
Rotam Comando. Havendo 5º Homem, este será
municiador;
 caso o veículo provoque um acidente e prossiga na fuga,
a equipe prossegue no acompanhamento e informa ao
Rotam Comando o ocorrido, que poderá solicitar ao
COPOM que uma viatura de área atenda a ocorrência
desse acidente;
 se o acidente for grave e evidenciar-se a existência de
vítimas, deve-se então passar todas as informações
possíveis para que outra viatura tente interceptar o
veículo, prestando apoio às vitimas;
 ao abordar o veículo, o 1º Homem determina que os
ocupantes deitem no solo, onde serão algemados e
revistados. Os feridos são socorridos e os demais
conduzidos a Delegacia Policial competente. Assim que o
veículo for abordado, o Rotam Comando será informado
do local para apoio e as demais equipes são
desmobilizadas, retornando as respectivas áreas.

11. ACOMPANHAMENTO DE PESSOAS A PÉ

11.1 Seqüência de ações

 a viatura pode ser utilizada até onde for possível o seu


deslocamento com segurança para a equipe;
 em caso de desembarque em que haja necessidade de
dividir a equipe, observar o princípio da superioridade
numérica. Não permitir que a viatura fique abandonada;
 se os indivíduos fugitivos se dividem, imediatamente
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escolhe-se um deles, pois este sendo detido pode levar


os Policiais Militares aos demais;
 o motorista deve estacionar a viatura em local seguro,
trancar e fechar as portas e seus vidros, permanecendo
coberto e abrigado em local que tenha visão da viatura e
do local, portando uma arma longa;
 jamais executar o “disparo de Advertência”, pois na
maioria dos casos, o fugitivo tende a aumentar o seu
pânico e, conseqüentemente, a sua velocidade de fuga e
de desespero, além do risco do projétil atingir inocentes;
 caso o suspeito adentre em mata e a equipe o perca de
vista, deve-se cercar o local e acionar os apoios
necessários à busca;
 se o fugitivo homiziar-se em alguma residência e a
situação permitir, a equipe deve realizar o adentramento
tático. Em se tratando de favela e outros becos similares,
atentar para a progressão com cautela, utilizando-se
coberturas e abrigos;
 ocorrendo à captura do suspeito, deve-se averiguar nas
imediações e na rota da fuga com intuito de encontrar
algum objeto por ele dispensado.

12. PROCEDIMENTOS EM LOCAIS DE DIFÍCIL ACESSO

12.1 Patrulhamento

A viatura deve deslocar de modo a não despertar


atenção de terceiros, devagar e preferencialmente em 1ª
marcha. Os demais componentes desembarcam, portando arma
longa, o 1º e 3º Homem posicionam-se a frente da viatura,
enquanto o 4º Homem se posiciona atrás da viatura.

12.2 Incursão

Faz-se necessário um planejamento prévio seguido por


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um reconhecimento de área a fim de proceder uma incursão em


local de difícil acesso. Quando necessário, em locais
inacessíveis para viatura, a incursão será realizada,
preferencialmente por duas equipes. A(s) viatura(s) será (ao)
posicionada(s) em local seguro, fechadas, ficando o 2º Homem
de cada viatura responsável pela segurança destas, portando
arma longa. Os demais fazem a incursão adotando todas as
medidas de segurança.
O Comandante da operação deve informar o Rotam
Comando, que estabelece o tempo previsto de permanência no
local, bem como horário de retorno à viatura.

13. TÉRMINO DO SERVIÇO

Ao término do serviço o Rotam Comando, através do


COPOM, determina o retorno das equipes ao BPMROTAM.
Poderá ainda, eleger um local para reunião do pelotão, e
posterior retorno à Base.
Os Comandantes de Equipes confeccionam os
relatórios de serviço e demais documentos que houver,
encaminhando-os ao Rotam Comando. O 3º Homem, depois de
autorizado pelo Rotam Comando, desequipa a viatura.
Após o material das viaturas terem sido conferidos e
entregues na reserva de armas, e todos tomarem ciência das
alterações do dia e das ordens para o serviço seguinte, o
pelotão é liberado pelo Rotam Comando.
Se houver alguma equipe envolvida em ocorrência, o
Rotam Comando deve acompanhá-la até o término.

14. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Durante o patrulhamento, a equipe pode parar para um


lanche, se não houver possibilidade de alimentação no refeitório
do BPMROTAM.
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O local escolhido deve ter boa aparência, não ser mal


freqüentado, estar situado em local que não oferece grande
risco a equipe.
Como em qualquer local ou situação em que a viatura
estacionar (que não seja para atendimento de ocorrência) dá-se
uma volta nas imediações observando tudo, cientificando-se de
que não há nada de irregular. No desembarque, o Comandante
de Equipe faz a segurança geral e os seguranças da equipe
fazem à contenção do trânsito e o balizamento, de acordo com o
fluxo da via.
A equipe se divide. Enquanto a metade realiza a
refeição os demais ficam atentos ao rádio, cuidando da
segurança.
A primeira parte da equipe ao entrar no
estabelecimento, discretamente observa todos para verificar se
há algo suspeito. Os policiais militares não se sentam ou se
descobrem, ficando em um canto discreto, que ofereça melhor
visão de todo o estabelecimento, mantendo sempre a postura de
um policial militar do BPMROTAM. Ao sair do estabelecimento,
deve-se pagar pelo que foi consumido.
A equipe quando desembarcada, deve postar-se de
modo que cada integrante estabeleça sua posição,
resguardando sua área de segurança e agindo como se
embarcado estivesse. Caso a equipe se divida, o perímetro da
área de segurança do policial ausente será assumida pelo
Segurança que se encontrar na viatura.
A critério do Comandante do BPMROTAM, os alunos
dos cursos e estágios coordenados pelo Comando do
BPMROTAM, bem como os policiais da Unidade que se
encontrarem em instrução ou serviço administrativo utilizarão um
gorro preto com pala dura (boné estilo exército), em substituição
a boina.

Os casos omissos serão tratados de acordo com o


Procedimento Operacional Padrão – POP.
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ANEXO II - COMPOSIÇÃO DA PASTA INDIVIDUAL DE ROTAM

 Doutrina do BPMROTAM;
 Apostila (o que é suspeito aos olhos do policial);
 Mapa de tatuagem;
 Guia da cidade de Goiânia e Aparecida de Goiânia;
 Mapa do Estado;
 Principais saídas da cidade;
 Artigos de lei utilizados com freqüência;
 Apostila de identificação veicular;
 Relação de autos vistoriados;
 Fichas de caráter geral;
 Fichas de ocorrência;
 Papel rascunho;
 Canetas pretas e azuis;
 Autorização de adentramento a domicilio;
 Guia de recolhimento de presos;
 Relação dos principais Prontos Socorros;
 Relação de delegacias;
 Telefones úteis;
 Telefones dos Comandantes de Equipe e oficiais do
BPMROTAM;
 Dicionário;
 Fita crepe ou similar.
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ANEXO III - ORAÇÃO DO BPMROTAM

Senhor Deus,
Vós que tudo comandais,
vós que guiais teus soldados,
pelos caminhos da dignidade e da vitória,
dai-nos a força e a coragem para lutar,
a perseverança dos bravos,
a humildade dos heróis,
e a fé que nos torna invencíveis.

Concedei-nos também Senhor,


no fragor do combate,
quando grande for a tormenta em nossos corações,
a tua incomparável honra,
a tua infinita justiça,
e a tua fiel lealdade,
para que o mal sucumba,
para sempre,
diante de nós,

Amém!

ROTAM! ROTAM! ROTAM!


60

APOIO

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