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Código de Praxe

Universidade da Beira Interior

15 de Setembro de 2012
Prefácio

O primeiro Código de Praxe foi editado em 6 de Dezembro de 1990. Este


Código de Praxe foi implementado como código regulador e vinculativo da
praxe na Universidade da Beira Interior(UBI), com base neste elaborou-se
o atual Código da Praxe dada a necessidade da sua revisão e actualização,
através de Editus pelo “Forum Veteranum“.

Esta Revisão tem como base a Hierarquia Romana, sendo levada a al-
teração dos nomes da Hierarquia da Praxe anteriormente em vigor.

O elevado número de estudantes existente na nossa universidade e à exu-


berante e atribulada vivência académica leva a uma nova forma de praxe.
A evolução das mentalidades leva a uma constante actualização da pos-
tura e do modo de praxe para que esta não morra e seja dignificante da
academia em que esta se insere e a torne cada vez mais viva.

A folia que marca a cidade da Covilhã transforma todo e qualquer es-


tudante que por ela passa naquilo que seria impossível acontecer noutra
qualquer cidade.

Este Código de Praxe procura transmitir a todo o estudante as regras


da praxe e também o porquê das suas tradições e onde foram geradas ao
longo do tempo.

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Livro I

Secção Primeira - Usos e Costumes.


“Covilhã Cidade Neve”, cantada por Amália Rodrigues, baluarte da im-
ponente serra onde se insere a nossa cidade, Covilhã cidade da lã e dos
estudantes e “estudantas” que a transformaram com as suas tradições, sur-
gindo nela a PRAXE ACADÉMICA.

Com a evolução da pastorícia para a sociedade industrial, com a predomi-


nância do têxtil, chegamos ao IPC - Instituto Politécnico da Covilhã fruto
natural de uma sociedade e região ávida de saber e de desenvolvimento,
que mais tarde se viria a tornar IUBI - Instituto Universitário da Beira In-
terior e posteriormente em UBI - Universidade da Beira Interior. Inserida
em toda esta dinâmica surge a PRAXE, resultado do trabalho e esforço dos
Veteranos, na educação, inserção, civilidade e evolução de mentalidade,
decorrente das atividades de integração e acolhimento das criaturas caloi-
ras que chegavam a esta instituição.

É pois, a PRAXE ACADÉMICA, parte integrante desta Cidade, paradigma


da simbiose harmoniosa entre a modernidade e vanguarda do saber, com
a tradição e os valores ancestrais, que nos chegam ecoando do passado his-
tórico e glorioso de pessoas, como por exemplo, Viriato (viril desbravador
da Serra da Estrela), Pêro da Covilhã (argonauta da idade média) e Pedro
Alvares Cabral (responsável pelo achamento do Brasil). Eis pois que, a
Praxe se nos apresenta como mais um legado de vanguarda, no estabele-
cimento das regras de convivência, acolhimento e educação de criaturas
básicas e ávidas de evolução que até nós chegam.

Inspirado pelo legado militarista das que se tornaram instalações da UBI,

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surgiu de forma espontânea, a tradição da “Parada” (Batismo), marco in-


delével do rito iniciático do caloiro nesta academia. Como esta, outras tra-
dições apareceram, como é o caso da tradição da “Latada”, oferta natural
demonstrativa do carinho e entrosamento entre a comunidade estudantil
e a população autóctone. Outra das tradições, é e será, a “Recepção ao
Caloiro” o maior evento cultural do panorama Académico Nacional, que
traduz o enorme e marcado esforço no acolhimento e inserção na vida aca-
démica ativa e normal, das criaturas designadas como “Caloiros”.

Moderna e atualmente, a Praxe na UBI desenvolve-se com vários mati-


zes e cambiantes de aplicação, a saber:

1. Praxe Básica, atividade primordialmente, exercida pelos jovens, que


recém adquirida a capacidade de articular de forma inteligente e
inteligível, frases e ordens de comando, começam estas atividades,
num recinto de ambiente controlado como é o das instalações da UBI,
as quais inclui cantinas e o trajeto mais curto para as mesmas que
pode ser realizado no período das 8 às 19h. Referimo-nos como é
por demais óbvio, aos senhores e senhoras de duas matrículas na
instituição.

2. Praxe Superior, exercida maioritariamente por membros da acade-


mia com três matrículas, que tem no seu âmago um teor mais elabo-
rado e preciso que a do caso anterior, e é exercida de acordo com o
sobejamente difundido conceito “debaixo de telha”, em locais públi-
cos.

3. Praxe Laudem, esta é a maior e mais alta arte de exercer a mui nobre
Praxe Académica, sendo reservada para seres superiormente inspi-
rados e predestinados pelas entidades cósmicas a trazer aos pobres
caloiros, um sopro da divindade Praxística; sendo exercida por toda
a parte do território Nacional do Império Ubiano, por veteranum
segundo a definição do presente código de praxe e superiores hierár-
quicos.

Constitui Praxe Académica, todo o tipo de atividades lúdico-recreativo


praticadas individual ou coletivamente, e orientadas por um ou mais pra-
xantes de forma adequada ao enunciado neste código.
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Existem na nossa academia as Melicias, que nada mais são que um grupo
de praxantes organizados, que nocturnamente zelam pelo exercer de forma
correta e adequada da Praxe, pelo espírito e tradição académica de modo
alegre e divertido para todos intervenientes, e motivando no processo, os
jovens e inexperientes caloiros a seguir o velho e desatualizado costume
estudantil de “ficar em casa a estudar”.

A Praxe, tem que ser espírito de entre ajuda, solidariedade e comuni-


dade; e não servir de “capa” a atos de cobardia e(ou) violência gratuita
perpetrados por indivíduos que, apenas deverão merecer o desprezo e
proscrição por parte da academia, que é e será a guardiã da real e genuína
Praxe Académica Ubiana.

Não obstante o exposto, a tradição não é um ato amorfo e imutável, mas


reveste-se de um carácter dinâmico e inovador de tal forma que, evo-
lui e muda com o devir temporal, uma vez que cada nova geração se
consubstancia numa nova postura e agregação cultural que produz neces-
sariamente uma permanente mutação atualizante e rejuvenescedora para
a PRAXE.

A Praxe é um legado ancestral, que muito embora, toda e qualquer atu-


alização e(ou) mudança jamais desproverá da essência vital e primordial
que foi a sua origem, exortamos pois a que se respeite, ainda que, possa
haver por parte de alguém reservas de algum carácter em relação à mesma
(podes não ser pela praxe mas respeita a praxe), sendo aliás este o principio
básico do estado democrático de direito.

A PRAXE não tem carácter vinculativo, mas sim opcional, no entanto todo
aquele que escolher aderir à PRAXE estará obrigado a cumprir na íntegra
o disposto no código de praxe, assim como toda e qualquer disposição
dos órgãos da praxe, a saber, “Forum Veteranum”, vulgos Conselho de Ve-
teranos e “Forum Praxis” vulgos Tribunal de Praxe, por ordem hierárquica.

O período em que pode ser exercida a PRAXE está compreendido en-


tre o dia da abertura das matrículas e o dia do enterro do caloiro, exceto,
em caso de o Forum Veteranum alterar o anteriormente disposto por “EDI-
TUS”, em que fixará objetivamente um novo período.
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É interdita a PRAXE, no dia subsequente ao qual se verifique, que a ilu-


minação produzida pela lua cheia, provoque uma sombra de orientação
NNE da estátua situada no lateral esquerdo no frontispício do edifício da
reitoria da UBI. A punição a quem infringir esta norma fundamental será a
obrigatoriedade de fazer um estudo da distância entre a casa do veterano
com mais matrículas e a casa do infrator em que o sistema de unidades uti-
lizado é o “palito métrico”. Por uma questão de rigor científico no estudo
feito, a medição deverá ser feita no mínimo 69 vezes, devendo depois ser
apresentado o valor médio estatístico da dita distância.

AVEMUS PRAXIS
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Secção Segunda - Forum Veteranum.


O Forum Veteranum é e será sempre o máximo e supremo órgão da PRAXE
ACADÉMICA UBIANA e detém o poder legislativo.

O Forum Veteranum é constituído por Veteranums e categorias superiores.

O Forum Veteranum, deverá ser presidido pelo Senadorum Praxis de maior


número de matrículas, se não for possível a presença do Imperatorum no
Forum.

Ao Imperatorum caberá escolher e nomear cinco Senadorums (um re-


presentante de C. Sociais e Humanas, um de C. De Engenharia, um de C.
Exatas, um de C. da Saúde e outro de Artes e Letras), que o coadjuvarão
na condução dos trabalhos, elaboração e redação da ata respeitante a esse
Forum Veteranum. Esta ata deverá ser inscrita no livro de atas do Fo-
rum Veteranum, criado para o efeito e assinado pelo Imperatorum ou seu
substituto e Senadorums nomeados. Será ainda da competência destes,
a divulgação atempada e oportuna de toda e qualquer decisão pertinente
para a praxe e(ou) para a academia.
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O Forum Veteranum poderá ser convocado por Veteranums e por um


valor não inferior a trinta e três matrículas na UBI, podendo estas ser per-
feitas individual ou coletivamente, devendo o(os) convocante(s) divulgar
de forma extensiva e visível a convocação do dito Forum Veteranum com
um mínimo de quarenta e oito horas de antecedência onde deve constar o
local, hora, data e ordem de trabalhos. Defini-se como Quórum do Forum
Veteranum um número não inferior a noventa e nove matrículas na UBI,
se após o inicio do Forum Veteranum e decorridos trinta minutos não se
verificar condições de quórum o mesmo ficará adiado por um período de
quarenta e oito horas após o qual, a voltar a verificar-se a não existência de
quórum se considerará nulo.

Secção Terceira - Objetos da Praxe.


Os objetos da Praxe são de uso exclusivo de Chefes de Melicias, estando
portando vedados a todos os outros estudantes da UBI.

Os objetos da praxe são o rolo da massa e a mola da roupa, em que o


chefe de Melicia poderá ter um único objeto de cada sendo estes do tama-
nho que se quiser.

O rolo da massa, em madeira, tem que ter inscrito nele as palavras de


ordem de praxe, “AVEMUS PRAXIS”, e o nome da Melicia.

A mola da roupa, em madeira, é introduzida como objeto de Praxe, sím-


bolo máximo da limpeza, esta é utilizada na aplicação de sanções, em reles
criaturas para que possam purificar o seu espírito conspurcado e deste
modo, libertarem-se e renascerem para a sua nova condição.

As sanções normais são orelhadas com a mola; considera-se uma ore-


lhada a colocação da mola de madeira no lóbulo da orelha do mesmo
modo que se coloca um brinco com a duração de 15 segundos, podendo
o Forum Veteranum ou Forum Praxis estabelecer acertos e criar sanções
extraordinárias.
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Secção Quarta - Hierarquia da Praxe.


Em escala descendente, apresenta-se assim a Hierarquia da Praxe, a saber:

I . Imperatorum

II . Senadorum Praxis

III . Senadorum

IV . Consulum

V . Veteranum

VI . Grão-Mestre

VII . Mestre

VIII . Gladiadores

IX . Caloiro Paraquedista

X . Caloiro

XI . Canen

XII . Pastores

XIII . Etruscos

Único - Praxis Imperatorum é uma categoria honorífica da Praxe, atribuída


pelo Forum Veteranum a antigos Imperatorums.
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Secção Quinta - Batismo “Parada”


O batismo dos caloiros é da responsabilidade do Imperatorum.

O Batismo deve ser realizado até no mínimo de quinze dias após o ini-
cio das aulas do primeiro ano, numa qualquer Quarta-feira.

O Batismo é realizado no local designado pelo Forum Veteranum, pe-


las catorze horas.

O Batismo é iniciado pelo Imperatorum que deve anunciar AVEMUS PRA-


XIS. O inicio dos jogos será feito pela ordem de chegada ao recinto do
Batismo, de modo a que os caloiros sejam batizados pelo Imperatorum.
O último curso a chegar ao recinto terá como função limpar o recinto do
Batismo.

Regras de comportamento:

1. Não pode haver contacto físico entre cursos.

2. É obrigatório a execução dos jogos(inventados pelos Veteranos de


cada curso), no tempo máximo de dez minutos.

3. O batismo é efetuado por todos os caloiros, com água, pelo Impe-


ratorum, este terá que dizer o nome de Praxe do caloiro seguido de
AVEMUS PRAXIS.

4. A performance de cada curso no Batismo designará a ordem de saída


da Latada, com a exceção do primeiro lugar que é direito adquirido,
do curso vencedor da Latada no ano anterior.

5. Não é permitido o uso de outras substâncias para efeito de batismo


que não sejam água e farinha. O não cumprimento deste ponto
implica a não participação na Latada por parte do curso infrator.

6. Os Veteranos não podem ordenar os caloiros durante a realização dos


jogos.

A avaliação do jogo na “Parada” é feita por um júri constituído pelos Se-


nadorum Praxis de cada Faculdade, sendo que, na incapacidade de algum
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não poder estar presente, nomeará um representante da sua Faculdade


para o substituir. Cada representante votará a performance dos cursos
participantes com a exceção do seu, esta classificação será de 0 a 20 valores
do regulamento fornecido, onde constam os seguintes itens:
1. Criatividade

2. Organização

3. Animação

Secção Sexta - Latada


Sendo esta a tradição de maior peso no panorama Académico Ubiano, e
uma das tradições que melhor traduz o espírito académico e daí o seu
esplendor.

Trata-se de um cortejo de caloiros por cursos, em que o primeiro é o


vencedor da latada do ano anterior.

O apuramento do vencedor e feito por um júri convidado, sujeito a re-


gulamentação própria.

Este cortejo tem como peça fundamental o Burro com o pipo de vinho,
onde os Veteranos enchem garrafas ou copos para saciar a sede própria ou
dos Caloiros participantes.

Atrás do Burro, seguem-se os Caloiros, que vestidos a rigor com as co-


res do curso, gritam, criticam e enaltecem o seu curso. Quem fizer mais
barulho e melhor interpretar o espírito da Latada ganha.

Para tal os participantes na Latada têm que fazer o seguinte percurso:

14HOO - Concentração dos cursos (por ordem de classificação no Batismo)


no estacionamento da porta inferior da UBI.
(a) Passagem pela frente da UBI, Polo I.

(b) Subida em direção ao Pelourinho, pela R. Marques D’Ávila e Bolama.


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(c) Contornar a rotunda do Pelourinho.

(d) Chegada do cortejo em frente do edifício Centro Cívico.

(e) Discurso no Palco. (Tribuna VIP com o Júri Latada.)

Organização do Desfile por Curso

1. Faixa com identificação do Curso


2. Veteranos Trajados
3. Carro(s)
4. Caloiros

JÚRI

O Júri será constituído por m elemento de cada Tuna, o Imperatorum,


um elemento da Associação Académica da Universidade da Beira Inte-
rior(AAUBI) e um elemento da UBI.

O vencedor será aquele que somar maior pontuação.

O Júri classificará ao longo de todo o percurso, sendo o conteúdo crí-


tico e imaginativo do discurso classificado anteriormente e a interpretação
do discurso classificada no seguinte ponto:

Pelourinho (Tribuna VIP)

(O Júri será informado dos cursos que respeitaram a pontualidade)


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Itens de classificação:

(a) Pontualidade. (20 Pontos - EXTRA)

(b) Animação geral do curso. (0 a 30 Pontos)

(c) Maquetas, carros, estandartes, etc. (0 a 30 Pontos)

(d) Temas para o ponto anterior com preferência para aqueles relacionados
com assuntos ligados aos problemas pedagógicos da UBI, assim como,
questões relacionadas com o Ministério do Ensino Superior, Ciência e
Tecnologia. (0 a 40 Pontos)

(e) Organização do desfile (0 a 20 Pontos).

(f) Fatos dos Caloiros. (0 a 20 Pontos)

(g) Ruído produzido. (0 a 20 Pontos)

(h) Conteúdo crítico e imaginativo do discurso. (0 a 30 Pontos) (O discurso


e a lista dos caloiros que fizerem o Batismo, deverão ser entregues no
dia do Batismo ao Imperatorum.)

(i) Interpretação do discurso. A interpretação será feita por 1ou 2 Caloi-


ros. (0 a 30 Pontos) (A lista dos caloiros que realizaram a Latada deve
ser entregue no dia da mesma ao Imperatorum aquando da interpre-
tação do discurso.)

Prémios:

Prémio para o 1o Lugar - Troféu Latada.


Será vencedor aquele que obtiver maior número de pontos.
Prémio será entregue nessa noite da Semana da “Recepção ao Caloiro”.
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Penalizações:
(a) Carros motorizados.
(b) Sonorização artificial.
(c) Referência a marcas e logótipos de empresas.
(d) Danos realizados propositadamente aos carros.
(e) Danos causados à, ou na via pública.

Serão ainda retirados 10 pontos por cada veterano mal trajado, por cada
elemento do Júri que veja tal situação.

DIREITOS E DEVERES DA COMISSÃO DE LATADA

É um órgão composto por um numero indefinido de praxantes identifi-


cados ao forum responsável pela tutela dos caloiros durante a execução da
reunião de latada. Todos os direitos e deveres são apenas vigentes durante
o horário de reunião de Latada.

Direitos
1. Têm o direito de pertencer à comissão de latada, alunos da UBI que
estejam vinculados à Praxe Ubiana.
2. Apenas podem pertencer a este orgão, praxantes a partir do grau de
Mestre.
3. Tem direito soberano sobre os caloiros durante a reunião de latada
sem nunca por em causa o Artigo 19o do mui nobre Código de Praxe.
Deveres
1. Saber e dar a conhecer o Código de Praxe segundo o art. 24o do
respectivo Código.
2. Garantir que todos os caloiros chegam e saem da latada, com medica-
ção(caso a tomem), devidamente alimentados com refeições quentes
e roupa apropriada ao clima da noite da Cidade Neve.
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3. Entregar a lista dos alunos que participaram na Latada e Batismo.

Horário da Latada

O Horário de Latada é o período de tempo que cobre a reunião de la-


tada, em que verificam os pontos acima descritos.

Tem por duração das 21:00 às 23:00, hora de Portugal regida pelo Ob-
servatório Astronómico de Lisboa, sendo estritamente proibido qualquer
trabalho relacionado com a Latada entre as 23h e as 8h.

Secção Setima - Enterro do Caloiro.


Trata-se da última cerimónia destinada aos caloiros, e que põe cobro às
festividades da Semana da “Recepção ao Caloiro”.

O simbolismo associado a este evento é deveras sério, pois é a última opor-


tunidade para este seres participarem ativamente naquilo que é o finalizar
do Período da Praxe. Tendo isto em mente, devem portanto, elaborar um
cortejo de Enterro do Caloiro, não significando no entanto o final da sua
condição hierárquica.

O cortejo terá início a 500 metros do local onde se realizam os concertos


da Semana da “Recepção ao Caloiro”. Na frente do cortejo irá um caixão
preto, marco representativo de um funeral, seguindo-se as carpideiras (ca-
loiros vestidos de preto que gritam em prantos pelo final da sua Recepção),
terá como momento final a entrada no recinto das festividades da Receção,
onde o caixão deverá subir ao palco e um discurso fúnebre deverá ser
declamado em Latim Macarrónico, da autoria dos caloiros vencedores da
Latada desse ano, focando neste, a sua reles condição e desespero, enalte-
cendo todos os que contribuiriam para a magnífica “Recepção ao Caloiro”
para eles elaborada. Esta cerimónia será encerrada pelos caloiros gritando:

PEDIMUS PRAXIS
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Secção Oitava - Cortejo de Finalistas e Bênção


A realização do Cortejo de Finalistas antecede a Bênção das Pastas, e tem
o intuito de homenagear aqueles que a duras penas conseguiram chegar a
este dia. Consiste num percurso realizado pelos finalistas desde o Largo
da Igreja de São Martinho até ao recinto da Nossa Senhora da Conceição
situado perto da Residência Universitária onde se realiza a Missa da Bên-
ção das Pastas presidida por Sua Excelência o Bispo da Guarda.

Este cortejo deve ser realizado segundo a disposição dos cursos no re-
cinto da Missa, os finalistas deslocam-se a pé levando um estandarte com
o nome do curso e as oferendas a entregar ao Bispo, podendo os acompa-
nhantes seguir este cortejo no final do último curso.

Secção Nona - Cerimónia de Formatura.


No dia em que se dá a conclusão do curso, última cadeira feita, os colegas
e os amigos devem levar o recém-licenciado para a “Parada“ e lá rasgar
a sebenta correspondente à última cadeira, dedicando cada página desta
a quem bem o entender, expressando de viva voz o que lhe vai na alma,
sendo a última página dedicada à Universidade da Beira Interior, termi-
nando com as seguintes palavras:

FINITUS PRAXIS
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Livro II

A - Praxe UBIANA.
NOÇÃO DE PRAXE

Artigo 1o - Constitui Praxe Académica, todo e qualquer uso ou tradição


existentes, praticados por estudantes da UBI ou decretados pelo Forum
Veteranum.

Artigo 2o - Não constitui Praxe Académica, todo e qualquer ato de co-


bardia e(ou) violência gratuita, praticado por qualquer estudante da UBI,
ou qualquer tipo de coação com o objetivo de obter benefício de cariz fi-
nanceiro.

VINCULAÇÃO À PRAXE

Artigo 3o - Estão vinculados à Praxe todo e qualquer estudante da UBI, po-


dendo no entanto, quem o quiser, declarar-se objetor de Praxe (anti-praxe)
sendo consequentemente banido de todos os atos académicos (Batismo,
Latada, Enterro do Caloiro, Bênção das Pastas e uso de Traje Académico).

Artigo 4o - Os estudantes de qualquer outro estabelecimento de ensino


do País não estão vinculados à praxe na UBI.

HIERARQUIA DA PRAXE

Artigo 5o - A hierarquia da Praxe é, segundo uma escala descendente,


a seguinte:

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Imperatorum - Seis ou mais matrículas eleito em Forum Veteranum.


Senadorum Praxis - Seis ou mais matriculas eleitos pelo Imperatorum.
Senadorum - Seis ou mais matrículas na UBI.
Consulum - Cinco matrículas na UBI.
Veteranum - Quatro matrículas na UBI.
Grão-Mestre - Três matrículas na UBI.
Mestre - Duas matrículas na UBI.
Gladiadores - Alunos da UBI que se encontrem a cumprir serviço militar.
Caloiro Pára-quedista - Pessoa deslocada de outra instituição superior que
efetue a primeira matrícula na UBI.
Caloiro - Todos aqueles que estão matriculados na UBI pela primeira vez.
Canen - São todos os estudantes que não estejam matriculados no ensino
superior.
Pastores - São todos aqueles que não pertencem às categorias anteriores
mas que exerçam funções na UBI.
Etruscos - Alunos Erasmus que se encontrem na UBI.

Artigo 6o - Praxis Imperatorum é uma categoria honorífica da Praxe, atri-


buída pelo Forum Veteranum a antigos Imperatorum.

GERAIS QUANTO À HIERARQUIA DA PRAXE

Artigo 7o - Constitui matrícula a inscrição, como aluno, nos Serviços Aca-


démicos da UBI.

Artigo 8o - Constitui curso superior o que assim for considerado por lei.

Artigo 9o - A Praxe vigora entre o primeiro dia de matrículas dos caloiros


até ao enterro do caloiro, do ano corrente, podendo este ser alargado, por
deliberação do Forum Veteranum, quando se achar necessário.

Artigo 10o - Durante a época de praxe é vedada ao caloiro a permanência


nos bares da UBI por mais de 15 minutos.

Artigo 11o - Em cursos de três anos, os alunos com três matrículas fi-
nalistas, acumulam os direitos de Veteranum única e exclusivamente para
efeitos de praxe a alunos de cursos de três anos.
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Artigo 12o - Aos caloiros na Praxe não é permitido fazer ou exercer qual-
quer tipo de praxe.

Artigo 13o - Num raio de cem metros de uma serenata não é permitido
fazer ou exercer qualquer tipo de Praxe.

Artigo 14o - Considera-se finalista, todo o estudante da UBI que esteja


matriculado no último ano do curso e exista a possibilidade da sua con-
clusão nesse ano. Estando este obrigado ao uso da fita branca (Código do
Traje) na estrela da capa.

Artigo 15o - Toda e qualquer insígnia pessoal ou de grupo, só é permi-


tido o seu uso após aprovação do Forum Veteranum.
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B - Funções na Praxe.
CALOIROS

Artigo 16o - O caloiro está sujeito a qualquer tipo de Praxe a qualquer hora
durante o período de Praxe, sendo no horário das 23:00 até às 08:00 do dia
seguinte proibida a sua permanência nas ruas da Covilhã.

Artigo 17o - Se os caloiros forem elementos de organismos académicos,


como são Tunas, TEATR’UBI, Coro, Desporto entre outros constituídos
ou que venham a constituir-se, não estão sujeitos a qualquer Praxe nos
trinta minutos anteriores ou seguintes aos respetivos ensaios ou espetá-
culos, desde que se dirijam para sua casa ou dela venham pelo caminho
considerado mais curto. Qualquer infração no disposto, o prepertor(s) será
levado a Forum Praxis.
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Artigo 18o - É permitido o uso de Traje Académico e Pasta Académica


a partir da serenata da Semana Académica. Sendo no uso do traje proibida
a utilização de qualquer insígnia na capa, pin’s na lapela e o traçar da capa.

Artigo 19o - O caloiro está obrigado a respeitar todas as reuniões da Latada,


Batismo e participar na Latada. O não cumprimento do disposto terá como
consequência o banimento dos atos académicos (uso do Traje Académico,
participação no Batismo, Latada, Órgãos da Praxe, Bênção das Pastas entre
outros), sendo considerado anti-praxe. Durante o decurso destas reuniões
está vedada a solicitação de caloiros para efeitos de praxe, à exceção dos
chefes de Latada ou elementos do Forum Veteranum.

Artigo 20o - O caloiro pode e deve apelar aos Veteranos ou Órgãos da


Praxe caso considere a sua integridade física e moral comprometida.

Artigo 21o - Ao caloiro é dado o direito de pedir a identificação aos praxan-


tes, se assim o entender podendo recusar praxe se esta não lhe for facultada.

CALOIRO PÁRA-QUEDISTA

Artigo 22o - Estão sujeitos à Praxe no período de Praxe e estão abran-


gidos pelo Artigo 19o .

Artigo 23o - Não estão obrigados a fazer o Batismo e Latada se assim


o desejarem, não podendo no entanto, caso não participem, entrar em
qualquer outro evento académico tais com (Bênção e uso do Traje Aca-
démico), se realizarem o Batismo, Latada e Enterro do Caloiro acumulam
as matrículas efetuadas noutros estabelecimentos de Ensino Superior (Ex:
Um aluno tem seis matrículas no IPG e uma matrícula na UBI vai ficar com
sete matrículas na UBI).

Artigo 24o - Têm obrigação de saber o Código de Praxe.

Artigo 25o - Para uso do traje está abrangido pelo Artigo 18o .
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GLADIADORES

Artigo 26o - Têm os seus direitos associados ao número de matrículas


na UBI.

MESTRE

Artigo 27o - Devem viver de acordo com o Código da Praxe.

Artigo 28o - Poderão exercer a Praxe Básica definida na secção USOS


E COSTUMES.

Artigo 29o - Podem usar o Traje Académico na totalidade do disposto


no Código do Traje.

Artigo 30o - Os Mestres só podem praxar três caloiros de cada vez.

Artigo 31o - Os Mestres apenas podem praxar quando acompanhados


de um elemento com o dobro ou mais matrículas que as suas.

Artigo 32o - Para escalonar a antiguidade entre mestres atende-se em pri-


meiro lugar ao uso do traje, tendo o elemento trajado precedência. No caso
de estarem em igualdade de circunstâncias terá precedência o Mestre que,
tiver o número de aluno, sobre o qual se encontra registado na UBI, mais
baixo.

GRÃO-MESTRE

Artigo 33o - Podem exercer a Praxe Superior definida na secção USOS


E COSTUMES.

Artigo 34o - Podem praxar um número indeterminado de caloiros.

Artigo 35o - Não podem pertencer a Melicias.

Artigo 36o - Deverá fazer respeitar o Código de Praxe.


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Artigo 37o - No que respeita à hierarquia da Praxe, os Grão-Mestres de


cursos de três anos são abrangidos pelo Artigo 11o deste Código.

Artigo 38o - Para escalonar a antiguidade entre Grão-Mestres atende-se


em primeiro lugar ao uso do traje, tendo o elemento trajado precedência.
No caso de estarem em igualdade de circunstâncias terá precedência o
mestre que, tiver o número de aluno, sobre o qual se encontra registado na
UBI, mais baixo.

VETERANUM

Artigo 39o - Pode exercer Praxis Laudem definida na secção USOS E


COSTUMES.

Artigo 40o - Deverá intervir na Praxe sempre que pensem ser necessá-
rio, devendo ser acatadas todas as sugestões por ele dadas, a todos os que
se encontrem abaixo desta hierarquia.

Artigo 41o - Não podem passar revista às Melicias.

Artigo 42o - No caso de o Veteranum infringir qualquer preceito da Praxe


poderá ser-lhe aplicada sanção judicial no Forum Praxis.

Artigo 43o - Para escalonar a antiguidade entre Veteranums atende-se em


primeiro lugar ao uso do traje, tendo o elemento trajado precedência. No
caso de estarem em igualdade de circunstâncias terá precedência o mestre
que, tiver o número de aluno, sobre o qual se encontra registado na UBI,
mais baixo.

CONSULUM

Artigo 44o - Pode ser chefe de Melicia, caso não exista nenhum outro
elemento mais graduado.

Artigo 45o - Têm a obrigação de se certificarem do cumprimento deste


código.

Artigo 46o - Podem pertencer aos Órgãos da Praxe.


26

Artigo 47o - Tem supremacia sobre a Praxe exercida por qualquer ou-
tro menos graduado, aplicando-se também o referido no Artigo 43o .

Artigo 48o - Podem fazer parte de Melicias Praxis, constituídas nos Ór-
gãos da Praxe para correções de anomalias na Praxe.

SENADORUM

Artigo 49o - Estão abrangidos pelos Artigos 43o , 44o , 45o , 46o , 47o e 48o .

Artigo 50o - Podem ser chefe de Melicia Praxis, constituídas nos Órgãos da
Praxe para correções de anomalias na Praxe.

SENADORUM PRAXIS

Artigo 51o - Os Senadorum Praxis, de cada Faculdade, nomeados pelo


Imperatorum e se em mestrado, terão que ter feito a sua licenciatura na
UBI.

Artigo 52o - Ao Senadorum Praxis compete a responsabilidade de levar a


Forum Praxis toda e qualquer infração cometida que venha ao seu conhe-
cimento, podendo para isso, inclusivamente efetuar vistoria a todo o tipo
de Melicias sem necessidade de estarem trajados.

IMPERATORUM

Artigo 53o - Compete presidir aos Órgãos da Praxe e assinar os EDITUS.

Artigo 54o - Presidir a todos os eventos académicos que visem salvaguar-


dar o prestígio da Praxe.

Artigo 55o - Pode passar revista a todo o tipo de Melicia, sem necessi-
dade de estar trajado.

Artigo 56o - Trata-se de uma pessoa individual, eleita para este cargo
pelo Forum Veteranum, não podendo ser nunca de graduação inferior a
Senadorum.
27

Artigo 57o - Apenas pode ser eleito para Imperatorum quem tenha ti-
rado a licenciatura na Universidade da Beira Interior.

Artigo 58o - O seu mandato cessa automaticamente, quando a sua qua-


lidade de estudante finda, ou por pedido de demissão ou expulsão pelo
Forum Veteranum.

Artigo 59o - O pedido de demissão do Imperatorum, ao Forum Veteranum,


expressamente reunido para este fim, deve ser assinada pelo Imperatorum.
A expulsão será feita pelo Forum Veteranum reunido para este fim e deve
ser assinada pelos Senadorums Praxis.

Artigo 60o - Ao Imperatorum é vedada a permanência a mais de 1998


metros de altitude pelas zero horas das quartas-feiras académicas. No
caso de ser encontrado nesta altitude ser-lhe-a aplicada sanção de orelha-
das por qualquer Senadorum lá presente.

Artigo 61o - Ao Imperatorum é devida a honra do comprimento de vé-


nia por parte daqueles que hierarquicamente se encontrem num estatuto
inferior a Consulum, dado o respeito que este cargo tem que ter perante
toda a academia e Órgãos da Praxe.

PRAXIS IMPERATORUM

Artigo 62o - É um cargo atribuído ao Imperatorum cessante, não sendo


este demissionário ou expulso, que esteve em permanência nestas funções
pelo menos um ano.

Artigo 63o - É um cargo atribuído vitaliciamente, aquando da sua vo-


tação em Forum Veteranum e aceite pelo galardoado, por feitos Praxisticos
de elevado valor para a Academia.

Artigo 64o - Tem direito de honra, e como tal, pode presidir honorari-
amente a reuniões dos Órgãos da Praxe, conservando o Imperatorum a
direção dos trabalhos nos termos gerais da Praxe, colocando-se este num
local reservado para o efeito situado sempre à esquerda do Imperatorum.
28

Artigo 65o - Estando presente nas reuniões dos Órgãos da Praxe, deve
o Praxis Imperatorum também assinar qualquer documento de EDITUS
por estes elaborados.

PARA ALUNOS DE MESTRADO

Artigo 66o - Aos alunos de Mestrado está permitida a Praxe, desde que
tenham cumprido os preceitos dispostos no Artigo 19o .

Artigo 67o - Os alunos de Mestrado que não tenham feito a sua licenci-
atura na UBI estão abrangidos pelos Artigos 22o , 23o e 24o .

DIVERSOS QUANTO ÀS FUNÇÕES DA PRAXE

Artigo 68o - Os antigos alunos da UBI, não podem usar traje académico
com a exceção da capa académica, têm todas as outras regalias dos Vetera-
nos até a data de saída da última nota oficial.

Artigo 69o - Não existe qualquer tipo de convocatória oral ou escrita.


O Caloiro é de quem o apanhar.

Artigo 70o

(a) Todo o Mestre ou superior que se encontre notoriamente alcoolizado


ou sobre o efeito de estupefacientes está inibido de praxar.

(b) Qualquer caloiro protegido por deus Baco está isento de praxe.

Artigo 71o - Não é permitida a praxe no edifício da AAUBI (Sede da AAUBI,


Bar Académico(BA) e Esplanada do BA).
Livro III

Órgãos da Praxe
FORUM VETERANUM

Artigo 72o - É um Senado constituído por Grão-Mestres finalistas devi-


damente identificados e categorias superiores.

Artigo 73o - Os que tiverem estudado na UBI e tido a graduação de Grão-


Mestres podem assistir às sessões deste Forum mas sem terem direito a
voto.

Artigo 74o - As sessões do Forum Veteranum são sempre precedidas de


uma convocatória assinada pelo Imperatorum, ou não sendo possível es-
tas, as assinaturas dos Senadorums Praxis ou convocado pelo menos por
trinta e três matrículas com quarenta e oito horas de antecedência.

Artigo 75o - O Forum Veteranum inicia as suas sessões sob presidência


do Imperatorum, mas na impossibilidade da presença deste por razões
pessoais, demissão ou expulsão, este ficará a cargo do Senadorum Praxis
de maior número de matrículas.

Artigo 76o - Poderão votar neste Forum Veteranum todos os presentes,


cabendo ao IMPERATORUM o direito de veto.

Artigo 77o - A mesa do Forum Veteranum deve ser constituída pelo Impe-
ratorum e Senadorums Praxis ou substitutos. No caso de impossibilidade
da presença dos Senadorums Praxis estes deverão designar por meio de
carta fechada os seus representantes, tendo os designados que ter, obriga-

29
30

toriamente a mesma graduação da pessoa que se propõe substituir. Em


caso de impossibilidade de nomeação por carta cabe ao Imperatorum a
nomeação de um substituto, de entre os presentes na assembleia, com a
mesma graduação da pessoa que se propõe substituir.

Artigo 78o - O Forum Veteranum só terá efeito se estiverem nele presentes


o mínimo de noventa e nove matrículas, senão este fica suspenso e adiado
por um período de quarenta e oito horas após o qual, a voltar a verificar-se
a não existência de quórum se considerará nulo.

Artigo 79o - As decisões tomadas por este Forum devem constar em EDI-
TUS, redigido pelo Imperatorum com a colaboração dos Senadorums Pra-
xis, e publicado no final da secção ou nas quarenta e oito horas seguintes ao
termo desta, sob pena de se considerarem nulas. Todas as decisões deste
Forum têm carácter legislativo e vinculativo.

Artigo 80o - O Forum Veteranum que aceitar o pedido de demissão ou


deliberar a expulsão do Imperatorum, deverá proceder à imediata elei-
ção do novo Imperatorum. Não havendo a possibilidade de eleger nessa
mesma sessão o novo Imperatorum, deve marcar-se nova sessão para a
eleição do mesmo.

Artigo 81o - A eleição do Imperatorum é feita neste Forum, através da


votação de um Senadorum que se candidate ao cargo, segundo os Artigos
57o e 76o .

FORUM PRAXIS

Artigo 82o - O Forum Praxis é constituído por cinco juízes (Senadorums


ou Consulums), sendo o juiz presidente o Imperatorum, um advogado de
acusação e um de defesa e por um oficial de diligências. A mesa reserva
direito de veto sobre as decisões da Assembleia do Forum Praxis.
31

Artigo 83o - A sala onde se realiza o Forum Praxis deve preencher os


seguintes requisitos:
(a) Estar privada de luz natural.

(b) Ter velas acesas.

(c) Ter uma mesa onde está o juizado que o constitui, com o(a) juiz(a)
presidente ao centro.

(d) Ter três cadeiras, uma para o réu (ao centro) e as outras para os advo-
gados.

(e) Ter as mesas cobertas com capas e devidamente ornamentadas com


objetos da praxe.

(f) Ter o livro do Código de Praxe.


Artigo 84o - Nas sessões do Forum Praxis só é permitida a permanência a
Veteranums ou seus superiores devidamente trajados (Artigo 115o ).

Artigo 85o - Compete ao(à) juiz(a) presidente abrir a sessão proferindo


as seguintes palavras:
IN NOMEM PRAXIS AVEMUS PRAXIS
Artigo 86o - Aberta a sessão e tendo feito comparecer o réu ou réus, o(a)
juiz(a) presidente dará a palavra ao(à) advogado(a) de acusação, que proce-
derá à acusação de delito de praxe. Esta poderá ser feita simultaneamente
contra um ou todos os réus, consoante a natureza e unidade de delitos
de praxe praticados, ou de acordo com o que melhor o entender o(a) ad-
vogado(a). Terminada a acusação o(a) juiz(a) presidente dá a palavra ao
advogado de defesa, e na ausência deste ao réu.

Artigo 87o - Os advogados de defesa têm a obrigação de refutar todas


as acusações de delito de Praxe feitas pelo seu colega de acusação.

Artigo 88o - Findas as acusações o colégio de juízes retirar-se-á para deli-


berar quais as sanções a aplicar aos réus, submetendo estas deliberações a
votação da audiência (1 voto 1 pessoa).
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Artigo 89o - A fim de dar cumprimento à leitura das sentenças todos


os presentes devem ter as capas traçadas, esta leitura é feita por o(a) juiz(a)
presidente.

Artigo 90o - Findas as votações o(a) juiz(a) presidente termina a sessão


dizendo:

IN NOMEN PRAXIS FINITUS PRAXIS

Artigo 91o - A não comparência de um réu não impossibilita o Forum Pra-


xis de tomar conhecimento das acusações que sobre ele pesem e proferir a
respetiva sentença.

Artigo 92o - Este Forum Praxis tem poder executivo, cabendo-lhe punir
qualquer incorreção na praxe ou qualquer transgressão ao código.

Artigo 93o - Durante o julgamento só é permitido o uso de qualquer pala-


vra quando devidamente solicitada à mesa deste Forum.

Artigo 94o - As sentenças deverão constar em acta que depois de escrita


será assinada por todo o colégio de juizes e executada logo que possível.

MELICIAS

Artigo 95o - Constitui Melicia um grupo de dez estudantes de hierarquia


igual ou superior a Veteranos, pois estão habilitados à Praxe Laudem, que
cumpram os seguintes requisitos:

(a) O seu chefe de Melicia terá que ser no mínimo Consulum.

(b) Têm que estar com a capa traçada e os homens de chapéu do traje
colocado na cabeça e as senhoras com o capuz colocado.

(c) Terão de transportar os objetos da praxe (que serão do tamanho que


se quiser), Código de Conduta da Praxe, não podendo trazer livros ou
Pasta Académica.

Artigo 96o - Os Grão-Mestres de cursos de três que sejam finalistas podem


fazer parte de Melicias.
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Artigo 97o - A Melicia pode ser constituída por estudantes de vários cursos.

Artigo 98o - A Melicia só pode atuar após as vinte e três horas até às
oito horas do dia seguinte.

Artigo 99o - As Melicias não podem deslocar-se em viaturas motoriza-


das, exceto a Melicia Praxis.

Artigo 100o - A Melicia considera-se legalmente constituída se simulta-


neamente, satisfizer os seguintes requisitos:
(a) Ser legitimamente chefiada.

(b) Ter todos os elementos na Praxe, e não serem visíveis os colarinhos


nem os emblemas interiores da capa.

(c) O chefe de Melicia tem que trazer os Objetos da Praxe.

(d) Só podem atuar na Cidade da Covilhã.

(e) A Melicia tem que anunciar que sai à rua, afixando um papel no pi-
nheiro da AAUBI com as seguintes palavras: Nome da Melicia seguido
de Avemus Praxis e data. Batendo em seguida com o rolo da massa no
pinheiro dizendo o Grito de Honra e fazendo soar um sinal sonoro.
Artigo 101o - A aplicação de sanções deve ser feita única e exclusivamente
com a mola da praxe.

Artigo 102o - Não são permitidos desdobramentos de Melicias.

Artigo 103o - Depois de formada a Melicia, se algum dos seus elemen-


tos quiser sair terá de pedir autorização ao chefe de Melicia.

Artigo 104o - A Melicia Praxis terá supremacia sobre qualquer outra Meli-
cia.

Artigo 105o - As Melicias são para a Praxe como salvaguarda de aten-


tados à mesma.
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Artigo 106o - As Melicias podem ser dissolvidas em Forum Veteranum


ou Forum Praxis, sendo consideradas inexistentes a partir desse momento.

Artigo 107o - A Melicia só pode aplicar sanções a infratores da praxe


individualmente.

Artigo 108o - Após a aplicação das sanções, o infrator terá que afastar-
se do local onde se encontra a Melicia a uma distância de cem metros.

Artigo 109o - Na aplicação de sanções observa-se sempre à hierarquia


seguinte; Chefe de Melicia, Senadorums, Consulums e Veteranums, sendo
o número de orelhadas correspondentes ao número de matrículas do chefe
de Melicia aplicadas por este, (a duração das orelhadas será de 15 segun-
dos contados em voz alta).

Artigo 110o - Só é permitido à Melicia Praxis fazer revista às restantes


Melicias, ou em caso de ausência desta qualquer Senadorum que se en-
contre trajado (Artigo 116o ). Em caso de falta de qualquer objeto da praxe
para a formação de Melicia ou de qualquer tipo de infração ao presente
Código, a Melicia será imediatamente dissolvida.

Artigo 111o - A Melicia estará constituída legitimamente após a apresen-


tação da sua constituição ao Forum Veteranum por escrito constando nele
os elementos que a constituem, o nome da Melicia e o Grito de Honra.

Artigo 112o - Não será permitido qualquer tipo de proteção pessoal.

Artigo 113o - Estará livre de Melicia quem se encontrar encostado a uma


porta de uma Igreja.

Artigo 114o - Sendo a Praxe de Melicia merecedora do máximo respeito


e necessitando de ser realizada sem obstrução ou barulho, todos aqueles
que quiserem ver a Melicia em ação, dever-se-ão manter a uma distância
por ela determinada e em silêncio. Infratores serão punidos pela Melicia
com as sanções determinadas por ela.
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DIVERSOS

Artigo 115o - Qualquer caso omisso neste código deverá ser avaliado em
Forum Veteranum e posteriormente corrigido e levado a votação em As-
sembleia Geral de Alunos.
Livro IV

Código do Traje
NOTA INTRODUTÓRIA

Com o intuito de diferenciar os estudantes da Beira Interior, no dia 5 de


Novembro de 1991, em secção extraordinária da A.G.A. decidiu-se propor
a alteração do traje existente (chamado traje nacional), por um outro que
refleti-se as tradições e costumes da região onde se insere a nossa Univer-
sidade. Para esse efeito foi realizado um referendo no dia 7 do mesmo mês
que foi aprovado por maioria, ficando o antigo com o prazo de 5 anos para
a transição.

A equipa responsável pelo projeto deste novo traje, foram Fernando Mo-
reno e Lino Torgal, com a ajuda dos estilistas Miguel Rainha e Graça Serra,
estando a pesquisa deste, ao cargo de Manuela Saraiva.

Sendo a UBI uma Universidade recente, e ainda sem tradições na altura,


achou-se conveniente criar um traje que nos desse a identidade e a perso-
nalidade de uma nova academia inserida na região da Beira Interior.

Esta recolha que tentou ser o mais pormenorizada possível, desde o traje
de pastor aos trajes de cerimónia, onde se englobaram as características
regionais mais marcantes de cada um deles, resultando no atual traje aca-
démico da AAUBI, tendo este alterações para as Tunas da UBI, que estão
descritas em Anexo I.

É sobre este traje que nos vamos debruçar, tentando explicar as regras
do seu uso correto e obrigatório para quem o queira usar.

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38

DESCRIÇÃO TÉCNICA

TRAJE MASCULINO

CAPA - Capa de cerimónia baseada no tradicional “capote” do pastor


ou “gabão” cerimonial usado no princípio do século. O capote era tam-
bém usado pelo pastor serrano. Vai até um pouco abaixo do joelho (meio
da canela).

CASACO - Jaqueta desenhada a partir do modelo usado pelos senho-


res das famílias mais abastadas e pelo clero, na região da Beira Interior.

COLETE - O colete é alto, com sete botões, gola de rebuço e com fivela de
aperto atrás. O forro e a traseira são em cetinete ou cetim.

CALÇAS - Calças tradicionais da zona, com botões na portinhola e uma


sobreposição, bolsos direitos e 6 presilhas. As calças são ligeiramente afu-
niladas ao fundo.

CAMISA - A camisa tem colarinhos e punhos normais, aperta com bo-


tões até ao fim do “peitilho” onde leva uma presilha e um botão. Esta era
também usada no princípio do século.

GRAVATA - De cor preta e lisa sem ser acetinada.

CHAPÉU - O chapéu é de abas largas (cerca de 10.5 cm) em feltro preto


com uma fita em toda a volta. Este é uma réplica do usado pelos pastores
da Serra da Estrela.

SAPATO - O sapato dos homens é do tipo clássico, sem aplicações me-


tálicas ou outras, completamente pretos de cordões.

MEIAS - As meias serão completamente pretas lisas ou canelada mas


sem qualquer padrão.
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TRAJE FEMININO

CAPA - Capa de cerimónia usada pelas senhoras no princípio do século


na zona das Sarnadas da Beira, com capuz e gola levantada. O capuz é
pregado na gola com três botões.

CASACO - Desenhado com base na casaquinha cintada usada no ini-


cio do século XX, pela senhoras das famílias mais abastadas. Aperta com
cinco botões de 4 furos, a gola e virados são rematados e pespontados em
redondo.

COLETE - Colete cintado com 7 botões de 4 furos, com o forro e a traseira


em cetinete ou cetim e com fivela atrás. Este colete foi assim desenhado
para tentar interligá-lo com o colete do Traje Masculino.

SAIA - Inspirada na época de 1900, de estilo clássico. Tem dois machos à


frente, variando o seu comprimento entre a meia perna e o tornozelo.

CAMISA - A camisa é uma blusa simples com pé de gola (ou “gola de


padre”). Esta camisa aperta atrás e os punhos são altos com 3 pregas dei-
tadas e 2 botões de 4 furos.

ALFINETE - Na gola da camisa leva um alfinete com o brasão da U.B.I.,


em metal dourado.

SAPATO - O sapato feminino é do tipo clássico liso, sem aplicações metá-


licas ou outras, com meio salto (não pode exceder os 4 cm nem ser inferior
a 2 cm).

MEIAS - As meias serão completamente pretas lisas em vidro, lycra ou


mousse, finas sem ser opacas.
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NORMAS DE UTILIZAÇÃO

Artigo 116o - Só é permitido o uso do Traje Académico a todos os es-


tudantes, que estejam na PRAXE, isto é, que tenham realizado o estágio
de caloiro que consiste no Batismo e Latada. O uso deste, inicia-se no dia
da serenata da Semana Académica do ano de Caloiro. Caso se verifique o
“mau uso do traje académico”, o responsável poderá ser levado a tribunal
de Praxe onde serão aplicadas as sanções correspondentes à gravidade da
situação.

CAPA

Cortes

Artigo 117o - Os cortes dos membros da família serão do lado esquerdo,


com a capa pelos ombros(caída), e no lado oposto(direito) os cortes dos
amigos e colegas. No centro da capa poderá apenas haver um único rasgão
sendo este feito, pelo namorado(a), esposa ou marido, este corte quando finda
a relação entre ambos deve ser cosido em ponto de cruz com as cores do
curso do proprietário da capa. Os cortes são da extensão que se quiser.

Estrela

Figura 1: Estrela da Capa.


41

Artigo 118o - A capa terá uma estrela bordada com a identificação do curso
e área frequentada pelo estudante. Esta estrela será bordada com a capa
caída no lado direito, de modo que quando a capa está traçada a estrela
se encontre sobre o ombro esquerdo e que a diagonal principal da estrela
esteja ao longo do ombro, como se pode ver na Figura 2.

Artigo 119o - A estrela ao centro leva fitas pretas com 20 cm de com-


primento e 0.5 cm de largura por cada matrícula na Universidade da Beira
Interior. Os finalistas colocarão, além do seu número de matrículas, uma
fita branca com as mesmas dimensões.

Artigo 120o - A estrela tem como dimensões 8 cm de diâmetro maior e


4 cm de diâmetro menor e o contorno exterior da estrela é bordado a cor
branca.
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TABELA DE CORES DOS CURSOS


43

TABELA DE CORES DOS CURSOS SEGUNDO AS LINHAS DMC


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Insígnias

Uso

Artigo 121o - Podem ser usadas apenas por quem assim o entender, não
sendo portanto obrigatórias.

Restrições

Artigo 122o - Não devem ser alusivas a nenhuma instituição política, reli-
giosa ou clubística. Deverão ser alusivas apenas a representações acadé-
micas legítimas, efetuadas a quando do uso do traje:

1. Desporto.

2. Tunas.

3. Teatro.

4. Associação Académica.

5. Núcleos.

6. Conferências.

7. Secções Solenes (Doutoramentos, Mestrados, etc.).

8. Meios de Comunicação Social

9. Outras situações com aprovação do Forum Veteranum.


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Colocação e Localização

Artigo 123o - São colocadas na parte interior (do avesso) da capa, do lado
esquerdo quando a capa está caída, ficando voltadas para as costas e atrás
da linha do ombro quando a capa está colocada ao ombro. Aquando da
aquisição do traje as insígnias permitidas, mas não obrigatórias, são:
(a) Emblema de Portugal.

(b) Emblema da Naturalidade (Freguesia, Concelho e Distrito).

(c) Emblema de Residência (Freguesia, Concelho e Distrito).

(d) Emblema da Covilhã.

(e) Emblemas Académicos (UBI, AAUBI e Curso).

(f) Emblema da União Europeia.


Artigo 124o - Para que a capa não se torne uma árvore de Natal, não são
permitidos outros tipos de insígnias que não se enquadrem nas insígnias
designadas, como sejam pin’s, bonecos em miniatura (socas, luvas, sapati-
nhos, sinos entre outros), tanto na capa como na lapela do casaco.

Artigo 125o - As insígnias devem ser cosidas com linha de cor preta, à
mão, de modo a que não seja visível no exterior da capa a sua colocação
nesta.

Figura 2: Capa pelo exterior.


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Figura 3: Capa pelo interior.

Tipos de Uso

Capa Caída

Artigo 126o - Colocada nos ombros, com a estrela no lado direito:

Figura 4: Capa caída na Mulher e no Homem.


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Capa ao Ombro

Artigo 127o - A capa, quando usada ao ombro, deve ser colocada no ombro
direito com a gola ou capuz para a frente. Pode ser usada pelo exterior
(Estrela) ou interior (Insígnias), no caso de não existirem insígnias é obri-
gatório usar a capa dobrada pelo exterior.

Dobra da Capa - esta deve ser dobrada três vezes ou pelo interior ou
pelo exterior:

Figura 5: Dobras da Capa ao Ombro.


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Locais

Artigo 128o - Na Rua - A capa deverá ser usada dobrada sobre o om-
bro direito ou caída ou traçada.

Artigo 129o - Dentro da Instituição - A capa será usada dobrada, colocada


no ombro direito com a gola voltada para a frente, ou com as insígnias
visíveis, ou em alternativa a ver-se a estrela.

Artigo 130o - Sessões Solenes - A capa deverá ser colocada pelos om-
bros.

Artigo 131o - Bailes de Gala - A capa deverá ser colocada pelos ombros,
podendo nesta ocasião excecionalmente não ser usada como parte do traje.

Artigo 132o - Serenatas - A capa estará traçada, sem que a gola da ca-
misa esteja visível.

GERAIS QUANTO AO USO DO TRAJE

Artigo 133o - Não poderá ser usada qualquer tipo de bijuteria, (anéis
pulseiras, cordões, fios, bandoletes, brincos, etc.), exceto alianças e relógio
(desde que oculto). Não poderá ser utilizada qualquer tipo de maquilha-
gem e(ou) verniz. No caso de ser necessário pode ser utilizado 1 elástico
preto no cabelo (“rabo de cavalo”) e(ou) ganchos pretos desde que este-
jam ocultos. Os piercings (ou similares), que não sejam possíveis retirar,
é obrigatório estarem tapados. Os óculos escuros são autorizados exclusi-
vamente para proteção ocular.

Artigo 134o - O colete deverá andar sempre apertado.

Artigo 135o - O Casaco, terá no lado superior esquerdo, o brasão da UBI, na


gola do lado esquerdo os Pin’s da AAUBI, UBI, Curso e os Pin’s referentes
à Hierarquia (Artigo 142o ) de cima para baixo por ordem decrescente. Este
deverá andar sempre vestido.

Artigo 136o - Os que tiverem deixado de ser estudantes da UBI, mas conti-
nuarem integrados em organismos académicos reconhecidos pela AAUBI,
49

podem usar Traje Académico na sua totalidade, mas só no decurso de ati-


vidades destes e em ocasiões festivas.

CHAPÉU E CAPUZ

Artigo 137o - O chapéu deverá acompanhar sempre o Traje Masculino,


podendo apenas ser prescindido no Baile de Gala.

Artigo 138o - Ao chapéu poderá ser adicionada uma fita com 1 cm de


largura, ou em sua substituição um cordão preto, que prenderá o chapéu
ao botão superior do colete.

Artigo 139o - Dentro da instituição ou perante um Professor Doutorado,


este deverá ser retirado da cabeça, podendo estar na mão ou caído nas
costas preso ao colete.

Artigo 140o - Nas sessões solenes proceder-se-á da mesma forma que o


artigo anterior.

Artigo 141o - O uso do Capuz é obrigatório no Traje Feminino.

PIN’S ACADÉMICOS

Artigo 142o - Constitui Pin Académico uma chapa metálica de 3 cm de


comprimento por 0,5 cm de largura de fundo preto, com as seguintes de-
signações a branco, sendo o do Imperatorum o inverso:

Figura 6: Pin’s Académicos por ordem de colocação na lapela esquerda do casaco.


50

Artigo 143o - O uso dos Pin’s Académicos é obrigatório, para uma mais
fácil e imediata identificação. No caso dos Senadorum Praxis, o pin de
Senadorum é da cor da respetiva Faculdade, em vez de a normal cor preta.

Figura 7: Pin’s Académicos de Senadorum Praxis.

Artigo 144o - No caso dos cursos cujo plano curricular seja de três anos, é
adicionada uma fita da cor do curso, de 4 cm de comprimento e 0,5 cm de
largura por detrás do Pin de Grão-Mestre.

PASTA ACADÉMICA

Constitui Pasta Académica, uma pasta que obedeça às seguintes condi-


ções :

Artigo 145o - De cor preta, em pele ou napa, com tamanho aproximado de


A4 fechada, e A3 aberta.

Artigo 146o - Exterior liso, sem qualquer aplicação metálica, onde é ve-
dada a sobreposição de qualquer tipo de autocolantes ou etiquetas, pode
apenas apresentar um monograma pessoal no canto inferior direito na ver-
tical quando fechada.

Artigo 147o - Interior sem qualquer tipo de autocolante ou etiqueta.


Apresenta-se com um fecho a meio e abre de cima para baixo, em cada lado
da pasta aberta sobrepõem-se duas algibeiras de tamanho A4. Na algibeira
direita sobrepõe-se ainda na parte mais externa dois bolsos, um aberto e
outro tapado com pala e mola, devendo ter internamente este bolso a cor
da área e a cor do curso. Na algibeira esquerda sobrepõem-se também três
bolsos.
51

Artigo 148o - A Pasta Académica deve ainda ter as respetivas zonas de


fixação, em número de oito, a toda a volta quando aberta, para a fixação
das fitas para a Bênção das Pastas.

Figura 8: Pasta Académica aberta pelo interior.

Figura 9: Pasta académica com as fitas aberta pelo interior.

1. Noivo(a), Marido ou Mulher. (Cor da Área)

2. Pais. (Cor do Curso)

3. Professores. (Cor da Área)

4. Colegas de curso. (Cor do Curso)

5. Irmãos. (Cor da Área)

6. Família. (Cor do Curso)

7. Amigos. (Cor da Área)

8. Colegas de outros cursos. (Cor do Curso)


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Artigo 149o - As cores das áreas e dos cursos aqui mencionadas estão des-
critas anteriormente na TABELA DE CORES DOS CURSOS neste código.

Artigo 150o - Os que usarem a pasta académica, deverão trazer dentro


desta pelo menos um caderno, uma caneta e o cartão de estudante.

Artigo 151o - As fitas de finalistas serão no mínimo 8 sendo as suas di-


mensões 7,5 cm de largura e 40 cm de comprimento, presas à volta da
pasta segundo a Figura 9.

Artigo 152o - Só será permitido fazer assinar as fitas após o início do último
semestre do curso. E a sua colocação é efetuada a partir do primeiro dia
da Semana Académica desse ano. Uma vez colocadas na pasta poderão
ser usadas até à conclusão do curso.

Artigo 153o - Todos os que tenham ido uma vez à Bênção das Pastas
sendo finalistas não o poderão fazer novamente.
53
Anexo I

Neste anexo encontram-se descritas as alterações ao Traje Académico da


UBI, aprovadas para cada Tuna da Academia.

Alterações Gerais para as Tunas


Caloiros da Academia que pertençam a Tunas, poderão utilizar a capa,
conforme decisão da Tuna, com o traje de caloiro de Tuna. Ao utilizarem
a capa ficam obrigados à sua utilização conforme descrito nos Artigo 116o
a 132o do Código de Praxe.

Todos os elementos de Tunas poderão utilizar o pin da sua Tuna em subs-


tituição do pin do Curso ou do Núcleo.

Tunas da UBI

Orquestra Académica Já b’UBI & Tokuskopus


Tuna Masculina da Universidade da Beira Interior

1. Utilização opcional do Chapéu do Traje.

2. Calções pretos às bolas brancas em vez das Calças do Traje, sendo o


uso das Calças opcional.

3. Meias pretas estampadas e gravata preta com bolas brancas.

55
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As Moçoilas
Tuna Feminina da Universidade da Beira Interior

1. Utilização da “Alface” com fitas no ombro esquerdo do Casaco ou


na Capa junto ao símbolo da Tuna, no caso de o elemento já não está
matriculado na UBI.

2. Óculos de sol em qualquer posição, não sendo estes usados obriga-


toriamente como proteção ocular.

3. Utilização de fitas azuis, ganchos e elásticos para diferentes pentea-


dos.

4. Fechos laterais colocados na Saia.

5. Porta-estandartes e pandeiretas podem utilizar Calças em vez de Saia


e utilizarem elásticos pretos nos sapatos.

Desertuna
Tuna Académica da Universidade da Beira Interior

1. Pin com o Brasão da Desertuna, usado apenas pelo Magister, sendo


este colocado na lapela do lado esquerdo.

2. Brasão cosido na frente da Capa, de modo a ser visível abaixo da


linha do ombro.

3. Fita preta com rebordo branco e a palavra “DESERTUNA” escrita a


branco, cosida na manga direita do Casaco, cerca de 1 cm acima do
limite da manga.

Tuna-MUs
Tuna Médica da Universidade da Beira Interior

1. Botões de punho de tonalidade preta e branca com a forma do símbolo


da Tuna-MUs na camisa.
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C’a Tuna Aos Saltos


Tuna Médica Feminina da Universidade da Beira In-
terior

1. Três fitas, duas amarelas e uma preta (de 15 cm de tamanho) utilizadas


pelas Tunas, no emblema da Tuna.

2. Fita na manga direita do Casaco utilizada pelas Cachopas.

3. Saia aberta nos machos com fechos.

4. Porta-estandartes e pandeiretas podem utilizar elásticos pretos nos


sapatos.

Encantatuna
Tuna Académica Femininada Universidade da Beira
Interior

1. Fita preta com o nome “ENCANTATUNA” a branco, cosida na lapela


esquerda do Casaco.

2. Porta-estandartes e pandeiretas podem utilizar elásticos pretos nos


sapatos.

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