Você está na página 1de 113

ÍNDICE

CAPÍTULO I – VINCULAÇÃO À PRAXE 8

CAPÍTULO II – HIERARQUIAS 14

CAPÍTULO III – CONDICIONANTES HIERÁRQUICAS 16

CAPÍTULO IV – ÓRGÃOS QUE REGEM A PRAXE 22

CAPÍTULO V - ÓRGÃOS INTER-ACADÉMICOS 38

CAPÍTULO VI – O TRIUNVIRATO 40

CAPÍTULO VII – AS TRUPES 53

CAPÍTULO VIII – PROCESSOS E SANÇÕES DISCIPLINARES 70

CAPÍTULO IX - LEIS DA PRAXE E SUA OBSERVÂNCIA 77

CAPÍTULO X - TRAJE ACADÉMICO; INSÍGNIAS; PASTA 86

CAPÍTULO XI - DATAS E LUTOS 99

CAPÍTULO XII - DISPOSIÇÕES FINAIS 108


CARTA DE PRINCÍPIOS ORIENTADORES DAS PRAXES
NAS ACADEMIAS PIAGET

1.° - As Praxes são entendidas como um singular conjunto de


tradições, usos e costumes, que têm o seu real significado enquanto
factores de inclusão e integração dos novos estudantes na vida das
academias.

2.°- Nesse sentido, os Códigos da Praxe devem consagrar


explicitamente, no seu clausulado, o inderrogável princípio do
respeito pela dignidade universal da pessoa humana em todas as
suas dimensões e nos seus direitos fundamentais, bem como pelo
pluralismo dos valores e dos fins que caracterizam as sociedades
abertas e democráticas.

3.° - Devem consagrar, igualmente, o princípio à diferença e, com


ele, o da livre opção de cada estudante relativamente ao exercício da
Praxe.

4.° - Todo o estudante que, em princípio, tenha aderido à Praxe


pode, em qualquer momento, rejeitar aqueles mandatos praxísticos
que considere ofensivos da sua dignidade.

5.° - No que mais especificamente diz respeito às realizações de


natureza científica, pedagógica e cultural promovidas pela
instituição ou pelas academias, nenhum estudante pode ser
discriminado em consequência do seu posicionamento pessoal
relativamente à Praxe.

2
6.° - Os actos praxísticos de afirmação simbólica do poder e da
«hierarquia da antiguidade» («Doutores» vs. «Caloiros») deverão
pautar-se por uma saudável e solidária relação de companheirismo,
traduzível em actos de acolhimento orientador, de interajuda e no
culto da cordialidade, da partilha e da pertença comunitárias.

7.° - Na assunção da dimensão mais «irreverente», instintiva e


pulsional das Praxes deverão os organismos estudantis
responsáveis pela sua dinâmica direccionar a sua autonomia
organizacional num sentido critico, original e criativo, por forma a
que sejam, ritual e estilisticamente, privilegiados modos
expressionais como os do humor, do grotesco, da paródia, da ironia
ou da sátira ...

8.° - A Praxe terá sempre em conta as concretas condições de tempo


e espaço de cada campus académico, não sendo permitido o seu
exercício no interior das instalações, salvo situações especiais a
conjugar com as direcções da Instituição.

9.° - Os Códigos da Praxe devem respeitar não só as leis gerais do


País mas também os regulamentos em vigor na Instituição.

10.° - Os Códigos da Praxe, actuais e futuros, deverão ser elaborados


com base nesta «Carta de Princípios».

3
NOTA INTRODUTÓRIA

No ano lectivo de 2014/2015, um conjunto de alunos


empenhados na Praxe, dada a crise praxística então vivida,
reuniu com os restantes Doutores e Veteranos do I.S.E.I.T. de
forma a que, juntos, encontrassem uma solução para os
problemas que as Tradições Académicas estavam a atravessar
no seu Instituto.

Dado que o antigo órgão regente da Praxe do I.S.E.I.T. – a


Comissão das Tradições Académicas – cessara funções no ano
anterior sem garantir a continuidade dos trabalhos praxísticos,
nem ao longo desse ano, nem no ano seguinte, este grupo de
alunos prontificou-se, em jeito de dar o primeiro passo de um
longo caminho a percorrer, a eleger um Magno Conselho da
Praxe, assim como um Dux Veteranorum, de forma idónea e
responsável.

A ideia de um Magno Conselho da Praxe surgiu da


necessidade de se garantir uma ruptura com os erros
praticados num passado não longínquo e que a muitos
prejudicou.

A partir desse momento, reunida a equipa e em espírito de


mudança, encetaram-se todos os trabalhos necessários a
assegurar a Praxe do Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu,
assim como a tão necessária união entre Instituto Superior de
Estudos Interculturais e Transdisciplinares (I.S.E.I.T.) e Escola

4
Superior de Saúde (E.S.S.), de forma ordeira, harmoniosa e
garantindo a autonomia das duas escolas, assim como das
suas Tradições Académicas.

Para isso, efectuou-se uma revisão ao Código de Praxe, dado


que o anterior se encontrava obsoleto. Ideias tornaram-se
concretizações, e assim se assegurou um organismo
estruturado e coeso, assim como a certeza de que não mais as
nossas Tradições Praxísticas e Académicas se encontrariam
lesadas.

O conceito de «Praxe Académica» é - ou deveria ser –


absolutamente claro. Designa todo um conjunto de costumes,
regras protocolares, ritos, simbologia, regras de conduta e
demais manifestações estudantis que, no seu enquadramento
e enraizamento legal, definem a identidade social e o modus
vivendi das Academias do Ensino Superior, dos Estudantes e,
na verdade, do próprio País, tendo há muito conquistado o
qualificativo de «tradição».

Quando bem dirigida e equacionada, a Praxe funciona, com


efeito, enquanto instrumento de socialização e integração
eficaz que actua sobre aqueles que chegaram por último ao
Ensino Superior. A Praxe forma laços, une-os e mobiliza-os. A
Praxe abre o caminho às amizades, travando conhecimentos, à
união, ao companheirismo, ao saber e, inclusivé, ao amor. A
Praxe é, por isso e muito mais, um instrumento poderoso.

5
Contudo, como qualquer instrumento poderoso, pode
também tomar-se perigoso. O poder da hierarquia cai,
infelizmente, nas mãos de alguns como uma dádiva, qual
reparação narcísica que, por meio da subjugação do Outro, se
converte mais numa qualquer forma de auto-
valoração/contra-frustração, perdendo, assim, o seu
verdadeiro sentido e, mais grave ainda, provocando danos -
alguns visíveis, mas a maioria deles são, de facto,
absolutamente invisíveis.

Tentar ignorar ou negligenciar esta dimensão é um erro


crasso. Para os corpos estudantis responsáveis pela dinâmica -
legislativa, executiva e judicial - das Praxes é, além de um
erro, pura irresponsabilidade moral e cívica. A contrario, é
necessário desenvolver a mais profunda consciência desta
fracção mais «obscura» da Praxe, a fim de a prever e de a
evitar, mantendo e desenvolvendo a Praxe no seu real
significado.

O Traje Académico simboliza não a diferença, mas a


igualdade; não a vaidade, mas sim a humildade e o respeito
por esse Outro. Deve, por isso, ser usado com orgulho, e
nunca com arrogância ou ostentação. O desrespeito pelo
Outro é o desrespeito pela Praxe, pela Tradição e, mais
gravemente, pela própria condição e liberdade humanas de
direito.

Tudo isto não põe nunca em causa a estrutura da Praxe; pelo


contrário, dignifica-a. Fica então aqui o apelo aos Doutores e
6
aos Caloiros para transmutarem estes princípios para a
prática, engrandecendo, assim, o bom-nome da sua Instituição
e da Praxe em geral.

DURA PRAXIS, SED PRAXIS

7
CAPÍTULO I
Vinculação à Praxe

Art.º 1.º
(Abrangidos)

a) Estão abrangidos pela Praxe todos os alunos matriculados


no Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu que a aceitarem,
sendo que devem respeitar as deliberações do Magno
Conselho da Praxe e o Código de Praxe.

b) Os alunos das outras Instituições de Ensino Superior serão


respeitados relativamente aos seus costumes e deverão
respeitar estes padrões, sendo que todas as actividades
realizadas conjuntamente deverão, no relativo à Praxe,
implicar acordos e estabelecimento de regras entre os vários
organismos da Praxe.

c) A Praxe deve ter em conta o princípio do direito à diferença,


e com ele, o da livre opção de cada estudante relativamente ao
exercício da Praxe (cf. Art.º 3.° da Carta de Princípios
Orientadores das Praxes nas Academias Piaget).

8
Art.º 2.º
(Anti-Praxe)

a) Ninguém pode pertencer ou estar na Praxe contra a sua


vontade. No caso de não ser de sua vontade pertencer ou estar
na Praxe deve ser comunicado de imediato ao Magno
Conselho da Praxe.

b) Aquele que se tenha declarado Anti-Praxe e acaba por


participar directa e voluntariamente em qualquer acto
praxístico será punido, após processo, com a interdição de uso
do Traje Académico em actividades de Praxe, pelo período de
um ano lectivo.

c) Nenhum estudante, mesmo que não tenha aderido à Praxe,


pode ser excluído de participar em qualquer actividade de
natureza científica, pedagógica ou cultural,
independentemente da entidade sua promotora (cf. Art.º 5.°
da Carta de Princípios Orientadores das Praxes nas Academias
Piaget).

d) Não obstante, todo o Caloiro que tenha aderido à Praxe


pode, e deve, em qualquer momento, rejeitar todos aqueles
mandatos praxísticos que considere ofensivos da sua
dignidade (cf. Art.º 4.° da Carta de Princípios Orientadores das
Praxes nas Academias Piaget).

e) Caso um Anti-Praxe resigne a essa condição, querendo


reintegrar-se na vida Académica, portanto, “converter-se”,
9
sujeita-se a um ano lectivo na condição de caloiro, sendo sua
obrigação estar presente sempre que houver Praxe ou outros
ritos e actividades de integração do aluno na Academia.
Sempre que por algum motivo de força maior não possa
comparecer, deverá justificar-se por escrito ao Dux
Veteranorum ou a um Imperatorum, que deliberará a validade
dessa justificação. De outra forma, o “convertido” arrisca-se a
regressar à condição de Anti-Praxe, tendo de iniciar todo o
processo de “conversão”. O mesmo se verifica caso quem de
direito delibere a justificação como sendo inválida.

Art.º 3.º
(Vinculação Temporal à Praxe)

a) Só adere à Praxe deste Campus quem assim o deseje (Art.º


2.°), mas ao aderir fica vinculado ao presente Código de Praxe
assim como às deliberações do Magno Conselho da Praxe.

A Praxe vigora a todo o tempo e divide-se em três períodos,


que se aplicam na área geográfica da cidade de Viseu:

- O 1 ° período da Praxe medeia entre três dias antes da


abertura oficial do Campus e três dias após o início das Férias
de Natal;

Nota: Considera-se como Abertura Oficial o primeiro dia de


aulas ministrado em qualquer curso do Campus de Viseu, se
este for anterior ao acto de Abertura Solene.

10
- O 2° período medeia entre três dias antes do fim das
Férias do Natal e três dias após o início das Férias da Páscoa;

- O 3° período medeia entre três dias antes do fim das


Férias da Páscoa e o início da Semana Académica.

Nota: O início das férias é o dia seguinte ao último dia das


aulas do curso que mais tarde as encerra e o fim das férias é o
l.º dia de aulas no curso que mais cedo as reinicie.

b) Fora destes dias não vigora a Praxe.

A Praxe fica também suspensa durante as férias de Carnaval


nos termos anteriormente expostos.

c) O Magno Conselho da Praxe poderá alterar por Decretus os


períodos em que vigora a Praxe e fixará os termos em que esta
deve subsistir.

Art.º4.º
(Direitos e Deveres na Praxe)

a) Todos os Doutores e Veteranos têm igualdade de direitos e


deveres no exercício da Praxe, independentemente do curso
que frequentam dentro do Instituto Superior Jean-Piaget de
Viseu. No entanto, apenas ao Dux Veteranorum e aos
Imperatorum é reservado o direito a praxar qualquer elemento
do Instituto.

11
b) Para os cursos com duração de 3 anos, é permitido praxar a
partir da segunda matrícula. No caso dos cursos com duração
de 4 anos, esse direito só lhes assiste a partir da terceira
matrícula, podendo apenas, neste último caso, pintar os
Caloiros na segunda matrícula.

c) Os Doutores têm de estar impreterivelmente trajados a


rigor para o exercício dessa função sendo que a não utilização
da Capa ou de qualquer outra peça do Traje Académico
traduz-se na interdição ao acto de praxar. Apenas os
Veteranos podem praxar só de Capa.

d) Qualquer Doutor ou Veterano está proibido de praxar


enquanto fuma, bebe ou come.

e) Aos elementos ditos «Estrangeiros» (Art.º 8.º), tenham eles o


número de matrículas igual ou superior a duas, é-lhes
proibido praxarem durante o seu primeiro ano lectivo.

f) As sanções da Praxe podem ser várias, no entanto, sempre


aplicadas tendo em conta os princípios da Carta de Princípios
Orientadores das Praxes nas Academias Piaget (cf. Art.º 7.º).

g) Após ter sido anunciada ou escolhida uma sanção, a


natureza desta não pode ser alterada. Caso contrário, quem
está a exercer a Praxe (seja Trupe ou não) deixa de a poder
aplicar ao infractor nesse dia.

12
h) Outros tipos de sanções para casos mais graves serão
discutidas pelo Magno Conselho da Praxe, desde que não
sejam sanções que ataquem a lei ao pudor ou violem a
integridade física ou psicológica do indivíduo (Art.º 2.º e Art.º
7.º da Carta de Princípios Orientadores das Praxes nas Academias
Piaget). São exemplos as mesmas sanções impostas pelos
Tribunais de Praxe (Obs. Art.º 45.º).
Aliás, todas as sanções a estudar e avalizar pelo Magno
Conselho da Praxe e/ou pelos Tribunais de Praxe deverão ter
em conta este princípio inderrogável.

13
CAPÍTULO II
Hierarquias

Art.º 5.º
(Hierarquia da Praxe)

A Hierarquia da Praxe está assim estipulada de forma


crescente:

I - Caloiros: Os alunos que se matriculam pela primeira


vez no Ensino Superior. (também designados por Bestas até ao
dia do Baptismo).

II - Caloiros Estrangeiros: Os alunos que, tendo já


frequentado um estabelecimento de Ensino Superior, se
matriculam pela primeira vez neste Campus, são assim
designados.

III - Caloiros Pára-quedistas: Pertencem a esta


categoria os indivíduos que já frequentaram um curso em
algum Instituto Superior Jean-Piaget mas que estão no
primeiro ano de um novo curso no Campus de Viseu.

IV - Pastranos: Pertencem a esta categoria os Caloiros


que já podem envergar o Traje Académico, no período que
medeia a sua primeira Serenata Monumental e a Latada do
ano lectivo seguinte.

14
V - Doutores: Pertencem a esta categoria os estudantes
com 2 ou mais matrículas, sendo que é segundo o número de
matrículas que se rege a hierarquia da Praxe.

VI - Veteranos: Todo o estudante que frequente o


Campus e cujo número de matrículas seja superior ao tempo de
curso.

VII – Elementos das Comissões Académicas:


Responsáveis pela Praxe nas respectivas Escolas.

VIII - Elementos do Magno Conselho da Praxe:


Designados como líderes máximos da Praxe do Instituto.

IX - Professores: Docentes que leccionam no Campus


(Art.º 10.°).

Nota (1): Constitui matrícula a inscrição como aluno em


qualquer instituição de ensino superior.

Nota (2): Os Veteranos que já não frequentem o Campus são


designados, se o Magno Conselho da Praxe assim entender
dignos de tal honra, por Veteranos Honorários e poderão
interagir pontualmente na Praxe e colaborar nas actividades
com ela relacionadas.

Nota (3): Há ainda a condição de Futrica, regulada pelo


consagrado no Art.º 11.º.
15
CAPÍTULO III
Condicionantes Hierárquicas

Art.º 6.º
(Condição de Caloiro)

a) Os Caloiros estão sujeitos à Praxe por qualquer Doutor ou


Veterano, mediante o preceituado na Carta de Princípios
Orientadores das Praxes nas Academias Piaget e neste Código de
Praxe, desde que efectuam matrícula no Instituto até ao
momento em que envergam o Traje Académico pela primeira
vez. A Praxe é expressamente interdita no período das 00h00
até ao despontar do primeiro raio de sol sobre a Sé Catedral de
Viseu.

b) O recolher obrigatório dos Caloiros é às 00h00 horas, um


segundo e trinta e cinco centésimas, até ao despontar do
primeiro raio de sol na Sé Catedral de Viseu. Havendo
infracção, deve a mesma ser comunicada ao Magno Conselho
da Praxe. Apenas por decreto promulgado pelo Magno
Conselho da Praxe é possível alterar ou suspender
pontualmente o período do recolher obrigatório.

c) O recolher obrigatório encontra-se vigente no período que


medeia o início do ano lectivo e a Semana Académica. Apenas
a partir dessa altura o Caloiro passa a ter liberdade temporal a
partir das 00h00.

16
d) Os Caloiros que forem pertencentes ou requisitados pelos
organismos académicos não estão sujeitos a qualquer sanção
nos 30 minutos que antecedem e precedem as respectivas
tarefas académicas, desde que se dirijam para o local de
«trabalho» ou para casa pelo caminho considerado mais curto.
Estes deverão possuir um atestado assinado pelo responsável
da actividade académica na qual o caloiro está inserido, que
prove a sua pertença ao organismo em questão. A infracção ao
prescrito deverá ser comunicada ao Magno Conselho da
Praxe.

e) Ao Caloiro, na presença de Doutores trajados ou Veteranos


à Futrica, é-lhe proibido indagar, opinar ou falar sem que lhe
seja pedido tal esforço, excepto se para defender o prestígio da
Praxe ou sofrer de tratamento Anti-Praxe. Pode o Caloiro
recusar a Praxe caso o Doutor não se encontre devidamente
trajado, a comer, a beber ou a fumar. Os Veteranos poderão
praxar envergando apenas a Capa.

f) O Caloiro está expressamente proibido de tratar os Doutores


por TU, ou apenas pelo seu nome, devendo preceder ao nome
do Doutor a quem se dirige com o termo «Senhor Doutor» ou
«Senhor Doutor Veterano» ou ainda «V./Sua Eminência» e
«V./Sua Mercê», conforme o caso, até ao Baptismo do Caloiro.
Após esse período, e só com o consentimento do Doutor, pode
o Caloiro gozar de tal honra. Aquando da presença de um
Doutor trajado, os termos de hierarquia académica são
obrigatórios para os Caloiros.

17
g) Os Caloiros estão sujeitos a inquéritos nestes termos:

1 – Pelas Trupes reconhecidas como tal;


2 – Por Veteranos;
3 – Por pelo menos 3 Doutores trajados.

h) O Caloiro está expressamente proibido de se sentar junto


aos Doutores (até ao Baptismo do Caloiro) excepto se a pedido
destes para cumprimento de tarefas ou esclarecimentos de
natureza vária, sendo que deve dar sempre prioridade e lugar
aos Doutores em qualquer situação.

i) O Caloiro é um «ser assexuado» pelo que não pode haver


qualquer tipo de relacionamento amoroso tanto entre Caloiros
como entre Caloiros e Doutores/Veteranos.

Art.º 7.º
(Condição de Caloiro Pára-quedista)

a) São todos aqueles que já possuem pelo menos uma


matrícula em qualquer Escola do Instituto Superior Jean-
Piaget mas que estão matriculados no 1º ano de algum curso
no Campus de Viseu.

b) O número de matrículas só contará para efeitos


hierárquicos após a Semana do Caloiro.

c) Fica ao critério do Caloiro Pára-Quedista submeter-se ou


não à Praxe, sendo que se este optar por se vincular a ela terá
18
de percorrer o mesmo percurso que os restantes Caloiros até à
Semana do Caloiro.

Art.º 8.º
(Condição de Caloiro Estrangeiro)

a) O Caloiro Estrangeiro possui pelo menos uma matrícula


noutro estabelecimento de ensino superior, assumindo uma
condição semelhante à de Pára-quedista, sendo--lhes vedada a
autoridade de Praxe nesse ano.

b) O número de matrículas que trazem de outro


estabelecimento só contará para efeitos hierárquicos após a
Semana Académica.

c) Fica ao critério do Caloiro Estrangeiro submeter-se ou não à


Praxe, sendo que se este optar por se vincular a ela terá de
percorrer o mesmo percurso que os restantes Caloiros até à
Semana Académica.

Art.º 9.º
(Condição de Pastrano)

Sobe à categoria de Pastrano todo o Caloiro que, após a


Semana Académica, pode já envergar o Traje Académico
(todos os Caloiros o envergam pela primeira vez na sua
primeira Serenata Monumental). Usará, no período de tempo
que medeia entre a Semana Académica e a Latada do ano
seguinte, a Capa do avesso, sem símbolos e miniaturas de
19
madeira, e é interdito o uso de pins e broches no colete
podendo, no entanto, exercer o direito à Praxe no início do ano
lectivo seguinte.

Nota: Nesta condição apenas podem colocar o alfinete de


curso na lapela esquerda.

Art.º 10.º
(Condição de Professor)

Aos Professores Universitários com direito ao uso de Borla e


Capelo, é-lhes vedado atravessarem ou permanecerem
debaixo da Porta dos Cavaleiros, Porta do Soar e Casa da
Ribeira (Baixa).

A infracção corresponde a comunicação ao Magno Conselho


da Praxe.

Art.º 11.º
(Condição de «Futrica»)

a) É considerado «Futrica» ou «à Futrica» todo o Doutor na


Praxe sem Traje Académico, não podendo por esse facto
exercer o direito de Praxe, mas apenas a autoridade que lhe é
inerente como estudante Universitário, excepto se este for
Veterano.

20
Nota: É considerado Veterano à Futrica (com poderes de
praxe) aquele que possui Traje Académico e não o utiliza
numa ou noutra altura, sendo que aqueles que nunca o
adquiriram não podem ser considerados como estando na
praxe para uso sancionário da mesma.

b) Não é lícito um Doutor à Futrica (excepto se for veterano na


Praxe) sancionar outro Trajado, podendo apenas apresentar
queixa deste, em caso de infracção, à autoridade competente
(Obs. Art.º 48.º).

21
CAPÍTULO IV
Órgãos que Regem a Praxe

MAGNUM CONSILIUM PRAXIS

Logótipo do Magno Conselho da Praxe, aprovado em 1999.

Art.º12.º
(Natureza e Sede)

1. O Magnum Consilium Praxis, em português – Magno


Conselho da Praxe – é constituído por estudantes do Instituto
Superior Jean-Piaget de Viseu que comungam dos objectivos e
predisposições deste regulamento, e cuja nomeação é
realizada nas condições e trâmites expostos neste Código. É o

22
órgão a quem compete tomar todas as decisões relacionadas
com a Praxe que achar oportunas e aconselháveis, legislando
nos casos omissos, respeitando em todas as circunstâncias a lei
geral e os regulamentos da Instituição, bem como a Carta dos
Princípios Orientadores das Praxes nas Academias Piaget.

2. Como órgão supremo, detém o poder interpretativo,


executivo e legislativo, sendo fonte de toda a Autoridade
Académica no relativo ao Instituto Superior Jean-Piaget, pois é
nele que se concentra todo o poder de decisão e interpretação
da Praxe, orientando e tomando todas as decisões
relacionadas com a Praxe, garantindo a integridade e
seriedade da mesma. O poder do Magno Conselho da Praxe
faz-se visível através do Dux Veteranorum.

3. O Magno Conselho da Praxe é um órgão autónomo e


independente, sendo o único organismo estudantil habilitado
a tratar de assuntos da Praxe, sendo que se articula e relaciona
de forma intrínseca e solidária com as Comissões Académicas.

4. De forma a garantir o respeito pelo consagrado no presente


Código de Praxe, bem como pelas tradições, usos e costumes
de cada Escola do Instituto, está subordinado ao Magno
Conselho da Praxe o dever de assegurar o correcto
funcionamento das Comissões Académicas de cada uma das
Escolas.

5. A sede do Magno Conselho da Praxe localiza-se num espaço


cedido pelo Instituto. Esta situação é acordada no início de
23
cada ano lectivo, de forma a servir os interesses de ambas as
partes, sem prejuízo para nenhuma delas.

Art.º 13.º
(Objectivos e Restrições)

1. O Magno Conselho da Praxe propõe-se à prossecução dos


seguintes objectivos:

a) Formular o Código de Praxe e/ou alterá-lo caso haja


necessidade, sendo que a sua aprovação é necessária para a
sua entrada em vigor, como disposto no Art.º 75.º.
b) Garantir e assegurar a autonomia das Comissões
Académicas no que concerne às tradições académicas das
diferentes Escolas do Instituto.
c) Manutenção e monitorização das Tradições
Académicas do Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu (ex.:
Praxe, uso do Traje Académico, uso de Insígnias, Pasta da
Praxe, participação em eventos académicos, etc.) e, se
necessário, a sua reformulação ou criação, sendo que estas
devem ser devidamente informadas no Código de Praxe.
d) É função do Magno Conselho da Praxe deliberar
sobre os actos de Praxe que tenham violado ou posto em causa
o inderrogável princípio do respeito pela dignidade universal
da pessoa humana em todas as suas dimensões e nos seus
direitos fundamentais e pelo pluralismo dos valores e dos fins
que caracterizam as sociedades abertas e democráticas (cf.
Art.º 2.º da Carta dos Princípios Orientadores das Praxes nas
Academias Piaget).
24
Art.º 14.º
(Elementos e Hierarquia)

a) O Magno Conselho da Praxe é o órgão máximo da Praxe no


Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu. É eleito em
Assembleia de Praxe ou proposto em sede própria entre os
interessados. Cabe a este Conselho definir as suas épocas de
nomeações ou eleições.

b) É um órgão constituído por 7 elementos das diversas


Escolas do Instituto, sendo que o elemento máximo é
designado por Dux Veteranorum, ao qual se seguem 4
Imperatorum e 2 Magister:

1. O Dux Veteranorum é a figura máxima da Praxe,


cabendo-lhe a função de presidir o Magno Conselho da Praxe.
Prevalece sempre a sua palavra em casos de não unanimidade
e, mesmo que se verifique unanimidade entre os Imperatorum,
reserva-se ao Dux Veteranorum o direito ao veto nos casos em
que considere haver desrespeito ao Código de Praxe e
Tradições Académicas, e ainda caso considere haver a
possibilidade de perturbação à harmonia dos trabalhos
praxísticos em curso. Faz também parte das suas funções a
gestão de conflitos por parte dos seus inferiores hierárquicos,
em todos os casos em que estes não entrem em acordo. Ao
Dux Veteranorum cabe a obrigação de agir sempre com
ponderação, maturidade e neutralidade. Caso contrário estará
sujeito a Tribunal Federativo, onde será decidida a sua
permanência no cargo ou a sua demissão.
25
2. Os Imperatorum são os elementos hierarquicamente
inferiores ao Dux Veteranorum e são dois representantes de
cada Escola no Magno Conselho da Praxe (2 da E.S.S. e 2 do
I.S.E.I.T.). Tanto os Imperatorum como o Dux Veteranorum
detém o poder legislativo, executivo, jurídico e interpretativo
das normas que regulam a Praxe e as Tradições Académicas.
Na ausência do Dux Veteranorum, prevalece a palavra do
Imperatorum previamente definido pelo Magno Conselho da
Praxe (também designado por Per-Dux Veteranorum), ficando
este vinculado aos mesmos direitos e deveres inerentes ao Dux
Veteranorum. O Dux Veteranorum e o Imperatorum que o poderá
substituir devem pertencer a Escolas diferentes.

3. Os Magister são os elementos hierarquicamente


inferiores aos Imperatorum e presidem as Comissões
Académicas, estando, também, representados no Magno
Conselho da Praxe. As suas principais funções são estabelecer
o contacto directo entre as Comissões Académicas e o Magno
Conselho da Praxe, bem como a tomada de decisões pontuais
relativas às suas respectivas Comissões Académicas, tendo
sempre em conta o consagrado no Código de Praxe e as
promulgações do Magno Conselho da Praxe. É ainda função
do Magister a divulgação e a promoção do consagrado no
Código de Praxe, assim como actuar em defesa dos ideais
praxísticos do presente Código de Praxe no caso de assistir a
alguma infracção às normas praxísticas vigentes, tanto por
parte dos Doutores, como por parte dos Caloiros,

26
independentemente da Escola do Instituto Superior Jean-
Piaget de Viseu que frequentem.

c) Quando não for possível reunir as condições citadas na


anterior alínea, caberá ao Magno Conselho da Praxe organizar
a sua própria estrutura interna, de forma a que se torne
representativa dos estudantes das diversas escolas do Instituto
Superior Jean-Piaget, através de pessoas idóneas e
empenhadas na Praxe. É, no entanto, obrigatória a eleição de
um Dux Veteranorum que, no caso de não se verem reunidas as
condições necessárias à harmoniosa eleição do mesmo, pode
este ser escolhido pelo anterior Dux Veteranorum, numa
cerimónia que reúna todos os elementos da Academia do
Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu à qual desejem assistir,
sendo presença obrigatória para todos os elementos
constituintes do Magno Conselho da Praxe que cessa funções,
assim como dos elementos que passam a constituir o novo
Magno Conselho da Praxe.

Nota: (1) No caso de se dar a reabertura da Escola Superior de


Educação o Magno Conselho da Praxe ampliará o seu número
de elementos para 10, ficando esta Escola representada,
também, por dois Imperatorum e um Magister.

Nota: (2) Constitui a única excepção ao disposto o ano lectivo


de 2014/2015, ano em que entrou em vigor o presente Código
de Praxe, assim como iniciou funções o Magno Conselho da
Praxe, dentro dos trâmites aqui dispostos e redigidos pelo
27
próprio, pela primeira vez, no Instituto Superior Jean-Piaget,
devido às condicionantes vividas nesse momento.

Art.º 15.º
(Direitos e Deveres Internos)

1. São direitos do Magno Conselho da Praxe:

a) Manutenção dos elementos do Magno Conselho da


Praxe sempre que haja necessidade de tal, tendo em atenção o
seu número máximo permitido neste regulamento (sete) e os
requisitos para a ele pertencer.
b) Demitir-se das suas funções, sendo este acto
fundamentado por escrito.
c) Demitir um ou mais dos seus elementos por votação
interna (critério de maioria), sendo este acto fundamentado
por escrito.
d) Convocar reuniões com toda a Academia, com as
Comissões Académicas ou com as Escolas do Instituto sempre
que necessário.
e) Reservar o direito de orientar a sua acção para os
objectivos expostos no Art.º 13.º.

2. São deveres do Magno Conselho da Praxe:

a) Desempenhar os cargos para que foram nomeados,


procedendo ao cumprimento do Art.º 13.º.

28
b) Participar activamente na ideação e realização das
actividades executadas sob tutela das Comissões Académicas,
dando sempre o seu contributo, sem restrições.
c) Comparecer às reuniões convocadas pelas Comissões
Académicas
d) Apresentar as suas propostas de actividades que
reúnam toda a Academia e aprovar (ou não) os planos de
actividades de Praxe elaborados pelas diferentes Comissões
Académicas.
e) Zelar pelo património do Instituto Piaget, bem como
pelo seu bom-nome e engrandecimento.
f) Cumprir as disposições estatutárias e regulamentais
do Magno Conselho da Praxe.

Art.º 16.º
(Identificação e distinção dos elementos)

a) Todos os elementos do Magno Conselho da Praxe têm como


complemento ao Traje Académico o Chapéu de abas largas e o
distintivo do Magno Conselho da Praxe cosido na parte
superior da manga esquerda da Batina/Casaco, à excepção do
Dux Veteranorum que usa o símbolo do Instituto Superior Jean-
Piaget de Viseu [(com três pequenas fitas de cetim, descaídas,
presas ao símbolo, com as cores de cada Escola do Instituto
(Vermelho e Amarelo), separadas entre si por uma preta].

b) O Dux Veteranorum é o portador da Insígnia máxima da


Praxe do Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu - o Ceptorum -

29
com a qual se deve fazer apresentar, nomeadamente nas
ocasiões de maior importância.

Nota: O Ceptorum e as demais Insígnias da Praxe são


transmitidas de geração em geração, não sendo pertença dos
seus portadores.

c) Cabe aos Imperatorum transportar as restantes Insígnias da


Praxe [Colher de Pau, com três fitas de algodão - vermelho
(I.S.E.I.T.), amarelo (E.S.S.) e preto e Tesoura (sem bicos)]
devendo a pertença ser repartida por um Imperatorum
representante de cada Escola.

Art.º 17.º
(Actividade)

a) Cabe ao Magno Conselho da Praxe a criação e


estabelecimento de um Calendário de Actividades para toda a
Academia, no início de cada ano lectivo, a ser apresentado à
direcção do Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu para sua
aprovação.

b) As alterações ao Calendário de Actividades devem ser


consensuais entre a maioria do Magno Conselho da Praxe e
transmitidas, de igual modo, à direcção.

c) Todas as deliberações postas à mesa são tomadas à


pluralidade dos votos, estando presentes a maioria do número
legal dos seus membros.
30
Art.º 18.º
(Demissões)

Caso haja demissões a meio do ano lectivo, estas devem ser


explicitadas por escrito e as vagas disponíveis devem ser
preenchidas através da nomeação por parte do Magno
Conselho da Praxe (critério de maioria).

Art.º 19.º
(Revisão do Regulamento)

O Regulamento de Funcionamento deve permanecer


inalterado durante um período mínimo de 3 anos, salvo casos
excepcionais, cuja justificação deve ser bem fundamentada e
entregue ao Magno Conselho da Praxe que posteriormente
deliberará sobre a situação

Art.º 20.º
(Duração do Mandato)

a) A duração do mandato do Magno Conselho da Praxe é de 1


ano. Não obstante, no espírito de não perturbar a continuação
do seu bom trabalho, pode decidir-se, a nível interno, a
manutenção dos mesmos elementos.

b) A eleição dos novos Imperatorum e Magister é feita, caso seja


necessário, pouco tempo antes do início das actividades
lectivas, através de sufrágio interno, pelo Magno Conselho da
Praxe, mediante a entrega de uma candidatura por parte dos
31
interessados, endereçada ao mesmo antes do término do ano
lectivo anterior.

c) A eleição para Dux Veteranorum é feita pelos restantes


elementos do Magno Conselho da Praxe, sendo que, em caso
de não haver consenso, é a palavra do Dux Veteranorum, que
termina o seu mandato, que prevalece.

Art.º 21.º
(As Reuniões - Senatus)

a) O Magno Conselho da Praxe reúne mediante uma


Convocatio a afixar à porta do Bar do Instituto Superior Jean-
Piaget de Viseu, com pelo menos 24 horas de antecedência e
assinada pelo Dux Veteranorum e dois Imperatorum, sendo
redigida em latim macarrónico.

b) A presença é obrigatória para todos os membros do Magno


Conselho da Praxe, sendo que qualquer atraso ou ausência
têm que ser devidamente justificados ao Dux Veteranorum até
uma hora antes de se iniciar a reunião.

Nota: Sem convocatória redigida e afixada segundo a Praxe ou


qualquer outra forma de divulgação da reunião proferida nos
tempos e acordos da alínea a) as decisões oficiais e
vinculativas que emanem do Magno Conselho da Praxe, as
quais devem ser lavradas em acta e as que constem em
decreto, não têm validade.

32
c) Todas as deliberações tomadas que sejam de interesse
colectivo são tornadas públicas, em forma de Decretus ou
comunicado, não podendo haver decisões tomadas por
escrutínio secreto, senão apenas para actos eleitorais.

d) O conteúdo de todas as reuniões formais (ordinárias e


extraordinárias) do Magno Conselho da Praxe é lavrado em
acta pelo escrivão/secretário ou pelo Dux Veteranorum deste
Conselho, sendo assinadas por todos os elementos do Magno
Conselho da Praxe presentes na reunião, bem como daqueles
que estiverem presentes. Todas as reuniões têm
obrigatoriamente de se iniciar com a leitura e aprovação da
acta relativa à reunião anterior, a fim de fundamentar e
oficializar as medidas e decisões tomadas.

e) As decisões são tomadas por maioria, cabendo ao Dux


Veteranorum, em caso de não-unanimidade, a decisão final
sobre qualquer matéria.

Art.º 22.º
(Decretos e Convocatórias)

a) Os Decretos só são válidos e vinculativos se obedecerem aos


requisitos seguintes:
1 - Serem redigidos em Latim Macarrónico, ou em casos
de extrema necessidade com o uso da linguagem vernacular
oficialmente instituída na região onde este código se sedeia,
ou seja, o Português.

33
2 - Se são fruto lícito de uma reunião (consultar Art.º
21.º).
3 - Terem a assinatura do Dux Veteranorum, bem como
de todos os membros efectivos do Magno Conselho da Praxe
presentes. A assinatura do Dux Veteranorum é colocada no
lado esquerdo e as restantes no lado direito.
4 - Serem afixados à entrada do Bar do Instituto
Superior Jean-Piaget de Viseu ou outro local designado para
tal nas 48 horas seguintes à reunião.
5 - Terem a data referida em terminologia e numeração
romana.
6 - O decreto deve ser encimado pelo logótipo do
Magno Conselho da Praxe e, se se proporcionar, ser
carimbado com carimbo deste organismo sobre a assinatura
do Dux Veteranorum.
7 - Na falta justificada do Dux Veteranorum ou
assinatura deste, deverá constar a assinatura de quem presidiu
à mesa, devendo ser esta no local do em que, por norma, o
Dux Veteranorum assina, acimada da seguinte expressão:
In Vacatio Duxis ou In Impedimentus Duxis (conforme o caso).
8 - Podem ser redigidos ou fotocopiados vários decretos
com o mesmo texto para maior divulgação, mas só o original
tem validade para efeitos de se saber se foram cumpridas
todas as formalidades quanto à sua autenticidade.
9 - A infração a qualquer dos requisitos formais sobre a
validade do documento implica a inexistência de todo o seu
conteúdo gráfico e escrito.

34
10 - Os decretos são arquivados em pasta própria
(original ou a sua autenticada cópia) e as deliberações que
constem do mesmo estarem lavradas em ata.
11 - Para efeitos de revisão ou alteração ao Código da
Praxe, qualquer lei ou norma aprovada ou deliberada, cujo
decreto (ou prova de sua existência) que o oficializa não se
encontre disponível ou arquivado, perde o efeito vinculativo.
Nota: Só em caso de extrema necessidade e por razões que o
justifiquem, pode o Dux Veteranorum assinar sozinho o
decreto, devendo constar o escrito final de Ad usum Delphini
(que se traduz em "por necessidade da causa"). Essa medida
extrema jamais poderá incidir sobre matérias que colidam
ou vão contra os usos e costumes da Praxe e do Código em
vigor.

b) As convocatórias, devidamente datadas e identificadas


carecem apenas da assinatura do Dux Veteranorum ou de
quem por direito o substitua para o efeito.

c) Os comunicados, devidamente datados e identificados,


emanados pelo Magno Conselho da Praxe (que podem ser
redigidos em português) devem ser outorgados pelo Dux
Veteranorum, ou por alguém de direito delegado para tal,
sendo arquivada uma cópia nos livros da Praxe.

35
COMISSÕES ACADÉMICAS

Art.º 23.º
(Funcionamento)

a) As Comissões Académicas são as entidades promotoras da


Praxe dentro de cada Escola do Instituto Superior Jean-Piaget
de Viseu.

b) O seu número de elementos medeia entre um mínimo de 3


e um máximo de 5.

c) Ao presidente de cada Comissão Académica dá-se o nome


de Magister que tem a função de constituir a equipa que vai
trabalhar consigo durante o ano lectivo.

d) O Magister é, por natureza, membro do Magno Conselho da


Praxe e eleito por este.

e) Cabe às Comissões Académicas realizar os Planos de


Actividades de Praxe (a serem aprovados pelo Magno
Conselho da Praxe) bem como orientar e levar a cabo todos os
trabalhos relativos à Praxe nas suas Escolas, bem como zelar
pela elaboração dos Carros Alegóricos do Cortejo Académico
elegendo, se necessário, uma outra Comissão, própria para
esse fim (Comissão de Finalistas).

36
f) Os elementos das Comissões Académicas têm como
complemento ao Traje Académico o Chapéu de abas largas e o
distintivo do seu curso com as iniciais CA, devendo o Magister
ser portador de uma Colher de Pau de tamanho pequeno com
uma fita de algodão, presa por um nó, com a cor da sua
Escola.

37
CAPÍTULO V
Órgãos Inter-Académicos

Todos os Institutos Universitários que compõem a Academia


de Viseu têm um órgão que rege a sua Praxe, de acordo com
as suas Tradições e Costumes. No entanto, e apesar de se
salvaguardar a sua autonomia e indepêndencia, há órgãos que
regulam as actividades comuns na Praxe do Ensino Superior
de Viseu.
Cabe ao Magno Conselho da Praxe adequar e contextualizar a
Praxe do Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu ao deliberado
e aprovado para a Academia de Viseu.

Art.º 24.º
(F.A.V. – Federação Académica de Viseu)

a) A Federação Académica de Viseu representa todos os


estudantes do Ensino Superior de Viseu, organiza e promove,
entre outros eventos e funções, a Semana do Caloiro e a
Semana Académica.

Art.º 25.º
(C.T.A. – Comissão das Tradições Académicas)

a) Esta comissão foi instituída, a pedido do Triunvirato de


Viseu, pela Federação Académica de Viseu em 1999/2000,
com o intuito de coordenar as diversas actividades conjuntas

38
realizadas pelas várias academias da cidade, sob égide da
Federação Académica de Viseu.

b) É o órgão representativo da praxe dentro da Federação


Académica de Viseu, sendo presidida pelo Triunvirato.

c) A comissão interage com os vários organismos de Praxe


viseenses e o seu poder executivo advém da suprema
autoridade de Praxe conferida pelo Triunvirato e respetivos
órgãos de praxe a que pertencem e representam.

d) A Comissão das Tradições Académicas rege-se por


regulamento interno.

e) À C.T.A. compete a organização de várias actividades


Académicas do Ensino Superior de Viseu, nomeadamente o
Cortejo da Latada, a Missa da Bênção das Pastas e o Cortejo
Académico.

39
CAPÍTULO VI
O Triunvirato

Fotografia do primeiro Triunvirato (1999)

(da esquerda para a direita)


J. Pierre - Universidade Cátolica Portuguesa (Centro Regional
das Beiras).
Heitor Castel’Branco - Instituto Politécnico de Viseu
José Silva - Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu.

40
Art.º26.º
(Definição)

a) O Triunvirato é a denominação dada ao órgão constituído


pelos responsáveis máximos na Praxe, nas suas respectivas
academias. Assume as funções de principal aglutinador e
unificador da Praxe em Viseu, sendo concedido aos seus
elementos plenos direitos sobre qualquer Academia, logo que
dentro das regras e leis vigentes em cada uma delas.

Art.º 27.º
(Constituição)

a) O Triunvirato de Viseu, fundado em 1999 reúne os seguintes


líderes máximos dos diversos organismos de Praxe do Ensino
Superior de Viseu:
1 – Dux Veteranorurn da Universidade Católica
Portuguesa (Centro Regional das Beiras).
2 – Dux Veteranorum do Instituto Superior Jean-Piaget
de Viseu.
3 - Viriato do Instituto Politécnico de Viseu.

Art.º 28.º
(Reuniões)

a) Os assuntos a debater nestas reuniões deverão dizer


respeito a toda a Academia de Viseu, da qual é necessária uma
tomada de posição unânime.

41
b) Os assuntos e seu contexto devem ser dados a conhecer, à
priori, aos elementos do Triunvirato, de forma a proceder ao
melhor juízo possível.

c) Qualquer assunto debatido em reunião do Triunvirato só


sairá a público quando votado por parecer da maioria.

d) Os Decretus resultantes da reunião deverão ser assinados


por todos os elementos do Triunvirato, sendo distribuídos e
afixados em todas as Associações de Estudantes, ou em local a
definir pelos órgãos regentes da Praxe por qualquer motivo
condicionante.

e) Todo o assunto e conteúdo debatido em reunião deverá ser


lavrado em acta e anexado ao Líber Negrus. O cargo de
secretário roda entre todos.

Art.º 29.º
(Legislação)

a) A autoridade do Triunvirato assenta em três vectores:


1 - Consentimento por parte do órgão que tutelam.
2 - Legalidade perante os diversos Códigos de Praxe.
3 - Legalidade perante a Comissão das Tradições
Académicas da Federação Académica de Viseu.

b) Após o consentimento dos organismos que tutelam a Praxe,


os elementos pertencentes ao Triunvirato passam a ter:

42
1 - Autoridade equivalente a qualquer elemento
pertencente às Comissões de Praxe, noutra instituição que não
a sua.
2 - Direito a intervir em assuntos de Praxe, sem
restrições temporais ou geográficas, logo que em defesa do
prestígio da Academia.
3 - Direito executivo no fazer respeitar o Código de
Praxe de outra academia por parte dos alunos da mesma
(devendo, para tal, conhecer os mesmos).

c) Cabe ao Triunvirato, supervisionar as actividades


académicas de Praxe realizadas conjuntamente, sob égide da
Federação Académica de Viseu (Comissão das Tradições
Académicas).

d) É da responsabilidade do Triunvirato, criar um ponto de


referência comum a todos os estudantes do Ensino Superior
de Viseu relativamente à Praxe.

e) Cabe ao Triunvirato, promover a aproximação dos usos e


costumes de cada Instituição, com o fim de criar uma
plataforma comum de procedimento.

f) A intervenção de um dos elementos do Triunvirato em


assunto de Praxe noutra Instituição, apenas pode ser anulada
pelas hierarquias dessa instituição (órgãos que tutelam a Praxe
na mesma).

43
g) Os elementos do Triunvirato sujeitam-se ao preceituado
para os seus homólogos nos respectivos Códigos de Praxe,
quando fisicamente presentes no espaço físico-contextual da
Academia a que diz respeito.

Art.º 30.º
(Tribunal Federativo)

a) O Tribunal Federativo é um órgão Supra-Académico que


tem por fim resolver os casos de violação dolosa dos usos,
costumes e Tradições Académicas do Ensino Superior em
Viseu, contidas nos respectivos Códigos da Praxe em que
estejam envolvidas 2 ou mais Academias da cidade de Viseu,
competindo-lhe administrar a justiça em nome da praxe. É,
pois, o órgão superior da hierarquia dos Tribunais de Praxe.
Na administração da justiça, incumbe-lhe assegurar a defesa
dos direitos e interesses legalmente protegidos dos estudantes,
reprimir a violação à Praxe e resolver os conflitos de interesses
públicos ou privados desta academia. No exercício das suas
funções, este Tribunal tem direito à coadjuvação de outras
autoridades tais como: Magno Conselho da Praxe da
Universidade Católica Portuguesa (Centro Regional das
Beiras), Conselho de Viriato, Magno Conselho da Praxe do
Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu.

b) Este tribunal é independente e apenas sujeito à lei


académica consagrada nos códigos da praxe desta academia.

c) Só irá a Tribunal Federativo aquele que:


44
1 - Queira recorrer da decisão de um Tribunal Interno,
desde que legitimada legalmente a sua intenção;
2 - Colocou em causa o bom nome ou prestígio da
Academia de Viseu e/ou seus elementos;
3 - Causou distúrbios entre instituições de Ensino
Superior.

d) Só serão julgados aqueles cuja acusação se mostre provada


sob provas factuais. Desta forma, o rumor e o boato não são
admissíveis como premissa sustentadora de tese de acusação.
e) As decisões deste Tribunal são fundamentadas nos casos e
nos termos da lei, são obrigatórias para todas as entidades
Académicas de Viseu e prevalecem sobre as de quaisquer
outras autoridades académicas.
A lei consagrada nos diversos Códigos da Praxe regula os
termos da execução das decisões deste órgão relativamente a
qualquer outra autoridade e determina as sanções a aplicar
aos responsáveis pela sua execução.

f) As audiências deste órgão são públicas a todos os alunos


com 3 ou mais matrículas, salvo quando este tribunal decida
em contrário, em despacho fundamentado para a salvaguarda
das pessoas e da moral pública, ou para garantir o seu normal
funcionamento.
As audiências não podem ser adiadas mais que 3 vezes. Após
o registo desse número, o tribunal deliberará com os
presentes.

45
g) O júri é composto pelo colectivo de juízes do Tribunal e por
Jurados (quando solicitados), intervindo nos casos
apresentados a este órgão. Este tribunal permite ainda a
participação de assessores tecnicamente qualificados para o
julgamento de determinadas matérias.

h) O Tribunal Federativo é composto por 3 Juízes Presidentes


constituídos, cargos ocupados pelo Triunvirato que dirigem os
trabalhos da mesa. Na falta de um dos elementos do
Triunvirato sucede-se, após autorização escrita dos vacantes e
respetivo órgão que tutela, o elemento por ele designado que
se lhe segue na hierarquia.

i) A função de Escrivães é desempenhada pelos 2 elementos


destacados pelo Triunvirato, a quem compete lavrar as atas a
serem subscritas pelos elementos da mesa e pelos redatores.

j) As tarefas de defesa e acusação só podem ser


desempenhadas por elementos de 3 matrículas ou mais,
privilegiando-se os elementos integrantes das respetivas
Comissões de Praxe. O número máximo de advogados de
defesa e acusação é de 3, respectivamente.

k) Os lugares de jurados são ocupados por 7 elementos das


Comissões de Praxe (tirados à sorte em sede própria) e
representando todas as Academias, a quem compete deliberar
(por maioria) sobre a sentença a proferir, sentença essa que
pode ser ou corroborada pelo Colectivo de Juízes (por
unanimidade). Caso contrário é remetida a sentença
46
novamente para os jurados que podem, por unanimidade,
fazer aprovar a sua decisão. O porta-voz dos jurados é
designado por tiragem à sorte, realizada pelos mesmos. O
voto dos jurados para a atribuição da culpabilidade ou
inocência é feito por escrutínio secreto ou directo. Deverão
estar presentes, neste Tribunal, um número determinado de
elementos (designados pelo Triunvirato) para assegurar o
correcto funcionamento das audiências, manter a ordem e, se
necessário for, dar a protecção aos intervenientes. Deverão
estar munidos com as Insígnias da Praxe, instrumentos de
auxílio das suas funções.

l) O processo é apresentado por um membro, denominado de


Oficial de Diligências. Cabe, ainda, a este, a leitura do acórdão
da sentença.
As Associações Académicas ou de Estudantes desta Academia
são a quem compete elaborar o processo a ser apresentado,
quer através da sua Comissão de Praxe, quer através dos
advogados por elas nomeados.

Todos os estudantes são devidamente identificados quando


lesados, segundo a lei, e não tenham tido provimento através
dos órgãos de Praxe. Dos processos apresentados deve
constar:
1 - Identificação completa da entidade queixante e
identificação completa do(s) arguido(s).
2 - Descrição dos factos, com data e testemunhas (caso
haja).

47
3 - Anexo dos processos judiciais já ocorridos sobre o
assunto e deliberação da autoridade competente (quando tal
tiver sido instaurado).
4 - Identificação completa dos Advogados que
representam a entidade queixante.
5 - Identificação completa dos advogados de defesa.
6 - Identificação completa do Júri, Escrivães e Corpo de
Jurados.
7 - Identificação completa de Testemunhas e Acessores
Técnicos.

Os processos devem ser apresentados até ao máximo de um


mês após a ocorrência dos factos (facto em si ou deliberação
de sentença de um Tribunal de Praxe) sob pena de prescrição.

O Tribunal Federativo terá o prazo de 3 (três) meses para


levantar o processo e produzir uma sentença. Após este prazo,
prescreve a competência deste órgão para a apreciação e
resolução do caso.

Só com o acordo de ambas as partes, e quando a matéria o


justifique, pode este Tribunal, após início do processo,
prorrogar o prazo de apreciação e deliberação por um tempo
máximo de um mês e meio.

Após entrada do processo neste tribunal, o mesmo tem o


prazo de 3 semanas para se constituir e de 2 semanas para
notificar os intervenientes do dia, hora e local da audiência
anexando uma cópia do auto de levantamento de processo.
48
m) Recorrem a este tribunal as seguintes entidades: Comissões
de Praxe e/ou Tribunais de Praxe de cada Academia, quando
as matérias o justifiquem ou excedam a sua competência ou
jurisdição.

n) Os Arguidos condenados pelo Tribunal da sua área


Académica que através dos seus Advogados recorrem da
sentença a este órgão.

o) O tribunal funciona geograficamente em 7 partes:


1 - Mesa de Juízes;
2 - Mesa de Acusação (ao lado dos quais se situam os
acusadores);
3 - Mesa da Defesa (ao lado dos quais de situam os
arguidos);
4 - Mesa dos Escrivães;
5 - Bancada dos Jurados;
6 – Assistência;
7 - Sala de Deliberações.

p) A terminologia e condução da audiência segue o estipulado


nos Códigos de Praxe numa base em comum, de acordo com
os juízes.

A acusação e a defesa intervêm separadamente na


apresentação dos factos. Só após a descrição destes por ambas
as partes se iniciam as argumentações e contra-
argumentações, bem como a apresentação de testemunhas.
49
Após as alegações finais da acusação e da defesa,
respectivamente, os Jurados retiram-se para deliberar, após o
qual, por escrito, dão a conhecer a sua decisão e sugestão de
sentença.

Entregue a decisão dos jurados, interpelam o porta-voz destes


à decisão emanada, competindo-lhe responder se o(s)
arguido(s) é/são “Culpado(s) “ ou “Inocente(s)”.

Caso a sentença seja “Culpado”, o corpo de juízes retira-se


para deliberar sobre a pena a aplicar, que terá de ser unânime,
reiniciando-se a sessão com a leitura da mesma, a ser aplicada
nos termos estabelecidos por estes.

À parte perdedora cabe, para além de sofrer a pena, pagar as


despesas da parte “adversária” e do Tribunal, despesa que
não poderá situar-se acima dos 25 (vinte e cinco) euros
(fotocópias, telefonemas. etc.). Para tal, é necessária a
apresentação das facturas em nome dos intervenientes
legalmente descritos no processo a entrar até ao início da
sessão na qual é proferida a sentença.

q) As actas são lavradas, constando nelas o número do


processo e o relato genérico da Acusação e da Defesa (e,
pontualmente, outros assuntos de relevo), deliberação dos
Jurados (a não identificar em acta), decisão dos Juízes e
montante das despesas do funcionamento do mesmo. A acta

50
só poderá ser assinada após a leitura (pelos Escrivães) da
mesma perante o Advogado de cada parte, Porta-voz e Juízes.

r) As sentenças atribuídas, devem estar legalmente


enquadradas na lei (Código de Praxe), constando duração das
mesmas. As sentenças proferidas por este tribunal não têm
recurso. Cabe a cada órgão de Praxe da Instituição na qual o
réu se insere garantir a correcta aplicação da mesma.

s) Os juízes, membros do Triunvirato, apenas podem ser


substituídos ou destituídos por resignação própria, por
decisão dos seus pares, por conduta imprópria ou ainda por
ordem do Conselho da Praxe ao qual pertencem. Caso se
verifique alguma das situações referidas na alínea h), cabe ao
Conselho de Praxe do Juiz visado nomear o seu substituto. Os
Advogados podem ser destituídos:
1 - Por quem os “contratou”.
2 - Pelo Tribunal, aquando de conduta imprópria ou
desrespeito perante este órgão, sujeitando-se, ainda, a
processo disciplinar.

Qualquer elemento presente pode ser exonerado da sessão


quando ponha em causa o seu correcto funcionamento, após
chamada de atenção por parte do Colectivo de Juízes.

t) Todo o convocado ou indiciado para comparecer neste


tribunal tem por obrigação estar presente em todas as sessões
para as quais seja solicitado, sob pena de aplicação de medidas
repressivas. Só é justificável a sua não presença sob atestado
51
médico ou da Praxe respectiva, constando os motivos a
apresentar até 3 dias após a sessão a que faltou (entregue à sua
respectiva Comissão de Praxe, que a deverá fazer chegar a este
tribunal).

u) O arguido só poderá faltar (com justificação) uma vez,


devendo o seu advogado apresentar-se para notificar este
órgão.

v) A não comparência (injustificada) das testemunhas que


foram notificadas (tendo estas rubricado o dossier da parte
que a indica, dando, assim, o seu consentimento), que com a
sua falta induzam a um erro, imprecisão ou injustiça na
sentença, ou ainda, cujo solicitar (advogado) tenha nelas peça
fundamental da sua argumentação, serão sujeitas a medidas
deliberadas pelo Colectivo de Juízes.

x) Sempre que a falta de um interveniente ocorra e seja fulcral


a sua presença, o Tribunal adiará a sessão, marcando o seu
remoço para a hora, data e local de reinício da mesma.

z) Não é obrigatória a presença do arguido na leitura da


sentença quando esta possa ferir susceptibilidades, honra e
moral do arguido. Bastará, pois, a presença dos seus
representantes legais.

52
CAPÍTULO VII
As Trupes

Art.º 31.º
(Definição e Constituição)

«As Trupes são um conjunto de Capas Pretas (Doutores na Praxe)


que se juntam com fins praxísticos e são uma prova de mocidade, de
graça espontânea: um elo a prender-nos às qualidades atribuídas ao
estudante universitário, constituindo também uma forma de ajudar
os "Caloiros" a ficarem em casa a estudar!»

a) As Trupes podem ser ordinárias ou extraordinárias,


masculinas ou femininas e nunca mistas (excepto no caso
previsto no Art.º 37.°), devendo situar-se o seu número de
elementos entre 7 e 15 com pelo menos três matrículas, não
podendo ser par o seu número. Não são admitidas Trupes à
Futrica.
1 - Uma Trupe só pode ter no máximo três Doutores
com duas matrículas.
2 - São Chefiadas por um Doutor com pelo menos três
matrículas, ou por um Veterano.
3 - Só podem constituir-se como Trupe quando criadas
nos seguintes locais, entre o badalar da meia-noite e o
primeiro raio de sol a despontar na Sé Catedral de Viseu,
levantando a colher da Praxe e proferindo a seguinte
«oratione»:

53
- Rossio e Parque da Cidade:

«In Nomine Soleníssima Praxis, ius Trupe ... (nome da Trupe em


Latim Macarrónico) formata est.»

b) As Trupes são instituições que se podem manter no tempo,


mudando apenas alguns dos seus elementos, devendo, no
entanto, repetir o acto referido na alínea a) (acima
mencionada).

Quando a Trupe se constitui pela primeira vez, deve estar


presente um representante do Magno Conselho da Praxe que
o ateste, como testemunha, da veracidade e do bom
cumprimento do acto.

c) Com a afixação do Decreto que abre as «hostilidades» na


Caça ao Caloiro, as Trupes ordinárias têm por fim zelar pela
observância da Praxe no espaço que medeia entre as 00h00 e a
abertura das portas do Instituto na manhã seguinte. Só após
afixação deste decreto se pode exercer este tipo de Praxe
nocturna.

d) As Trupes extraordinárias são as que, obedecendo às


características das ordinárias, se propõem executar durante o
dia uma Praxe específica, sentença ou uma decisão do Magno
Conselho da Praxe ou, ainda, as que possuem autorização
para coordenação da Praxe diurna.

54
e) Não são permitidas Trupes pertencentes a organismos
académicos, cabendo ao Magno Conselho da Praxe interpretar
esta alínea nos casos omissos.

Art.º 32.º
(Legalidade)

a) As Trupes assim formadas deverão redigir um termo


dirigido ao Magno Conselho da Praxe no qual dão a conhecer
nome da mesma, os nomes e número de matrículas de cada
elemento, bem como o nome do Chefe da Trupe, para
apreciação e aceitação (ou não) desta.

b) Após a aceitação da Trupe, deverá o Dux Veteranorum


redigir um termo à referida Trupe, dando a conhecer o local e
a hora da sua formação, assim como o nome do representante
do Magno Conselho da Praxe que testemunhará o acto a ser
outorgado pelo Chefe da Trupe.

Nota: Nenhum elemento que se desvincule de uma Trupe


poderá nesse ano lectivo integrar uma outra.

c) Apenas às Trupes reconhecidas pelo Magno Conselho da


Praxe e, no fim de provas dadas, é dado assento ao seu Chefe
nas reuniões do Magno Conselho da Praxe, sendo este
também o órgão que decide se a Trupe se constituí como
ordinária ou extraordinária.

55
d) As Trupes extraordinárias têm prioridade sobre os que
inquerem individualmente (excepto se Veteranos) desde que o
Chefe de Trupe tenha mais matriculas que estes.

Art.º 33.º
(Autonomia)

As Trupes gozam de autonomia relativa já que o Magno


Conselho da Praxe está nelas representado através dos seus
Chefes, e estas não poderão ser sancionadas desde que não
violem o Código da Praxe.

Art.º 34.º
(Da Praxe nas Trupes)

a) Os componentes das Trupes ordinárias, enquanto em


exercício das suas funções de Trupe ordinária, não podem
trazer consigo a Pasta da Praxe (excepto o Chefe, para
transportar o Código da Praxe e lista dos Caloiros), nem
Insígnias Pessoais, bem como livros ou quaisquer objectos
exceptuando as Insígnias da Praxe, como a Colher e as
Tesouras, utilizadas apenas como elementos simbólicos.

b) As Trupes não podem deslocar-se em veículos motorizados


excepto se a viatura for de transporte colectivo e visar a
perseguição de um infractor.

c) Os elementos das Trupes inquerem em conjunto (não é


permitida a sua divisão) não podendo um seu elemento
56
afastar-se mais do que 20 passos desta, excepto sob
autorização do Chefe de Trupe para casos de extrema
necessidade ou em serviço da Trupe, incorrendo na sanção de
dissolução da Trupe e sanção de unhas ao infractor.

Nota: A Trupe não poderá exercer o direito de Praxe se não


estiverem pelo menos os sete elementos mínimos necessários à
sua existência, assim como sem a presença do seu Chefe.

d) A Trupe no cumprimento das suas funções de inquérito


obriga os seus elementos à Capa traçada.

e) A Trupe deverá recolher todas as informações necessárias


para que possa apresentar queixa ao Magno Conselho da
Praxe que irá decidir acerca das medidas a tomar. As sanções
podem ir desde a repreensão até à apresentação do infractor
em Tribunal de Praxe.

f) Destraçando-se uma Capa em acto de perseguição de um


infractor, a Trupe não está sujeita a qualquer sanção.

g) As Trupes que actuam nocturnamente podem possuir um


«Animal de Caça», portanto, um caloiro, ao qual se aplicam os
seguintes preceitos:
- O Caloiro não poderá dirigir-se a alguém mas só
apontar.

57
- Enquanto a Trupe estiver a inquirir, o Caloiro ficará
automaticamente fora dela, podendo ser entretanto apanhado
por outra Trupe se este se tiver afastado mais de 30 passos.
- O Caloiro não conta como elemento e não pode ser
obrigado a fazer parte de uma Trupe.
- No caso de durante o exercício das suas funções a
Trupe não localizar nenhum infractor, o «Animal de Caça»
poderá ser alvo de Praxe de Trupe, caso seja desejo dos
elementos que constituam a Trupe.
- O «Animal de Caça» não pode, em nenhum momento,
informar os restantes elementos da sua condição nem do
território de «caça» da Trupe, estando sujeito a julgamento em
Tribunal de Praxe, caso suceda tal situação.

h) Qualquer aplicação sancionária é precedida do termo "In


Nomine Soleníssima Praxis", sendo estas as seguintes:
1 - Sanção de Unhas: O Chefe de Trupe dá sempre mais
2 colheradas nas unhas que os restantes elementos, sendo ele
(ou outro designado por ele) a recomendar o número
inquisicionário. No caso de faltar a colher da Praxe, a sanção
será aplicada com o sapato do infractor ou do elemento da
Trupe com menos matrículas. Para a aplicação desta sanção,
tanto o doutor como o infractor devem ter os cotovelos
encostados ao corpo.
2 - Baptismo de Trupe - Com uma canequinha, numa
fonte ou lago previamente escolhido (ou outro local onde haja
água), cada elemento batiza o infractor. Esta Praxe, aplicada
normalmente às raparigas, substitui o rapanço, uma Praxe
mais adequada aos rapazes.
58
3 - Rapanço - Praxe mais severa, ministrada durante o
dia por grave infração à Praxe, ou à noite por Trupes, ou ainda
em Tribunais de Praxe quando a gravidade da infracção assim
o justificar. É ministrada com tesouras normais, sem bico, e
divide-se em 3 modalidades, sendo que o «bixo» deve possuir
pelo menos dois dedos de crina:

I- Simbolicus - O Chefe de Trupe faz um corte simbólico.


II- Secundum Praxis - Cada um dos elementos da Trupe
dá uma tesourada, por ordem hierárquica, dando o Chefe uma
a mais que os outros.
III- Ad Libitum - Número de cortes ilimitados, sendo
rotativo e por ordem hierárquica (uma vez cada um, o Chefe
uma a mais que os outros).

Todos os sujeitos a rapanço devem manter o seu cabelo tal


como foi "cuidado" durante 1 semana, não podendo usar
qualquer tipo de gorro ou outro adereço que oculte tal "obra-
prima".

i) Existem outros tipos de sanções (penar de joelhos, etc.), mas


são as acima referidas que constituem a base e a nomenclatura
da tradição "Praxística" das Trupes.

j) Para aplicação das sanções, apenas são usadas as insígnias


do Chefe de Trupe, todavia, é permitido a qualquer outro
componente trazer as suas com vista a possíveis
desdobramentos.

59
l) As Trupes estão determinantemente obrigadas a exercer a
sua função sob anonimato, de cara tapada, e com documento
que identifica as mesmas e as autoriza à prossecução das suas
atividades.

Art.º 35.º
(«Modus Operandi» das Trupes)

a) As Trupes subordinam-se entre elas por «velhice» sendo


pois a mais antiga a que mais autoridade e direito de Praxe
exerce, ou aquela cujo Chefe tenha mais matrículas (ou ainda a
soma das dos seus elementos caso os chefes tenham o mesmo
número de matrículas) excepto se existir uma Trupe
constituída apenas por Veteranos, sendo que, se existirem
várias deste género, se segue o atrás referido.

b) Os componentes de uma Trupe, antes de iniciarem o


inquérito, devem perguntar, «por favor…» ao presumível
infractor, o que ele é pela Praxe. Perante a resposta e havendo
infracção, o componente que o tiver inquirido declará-lo-á
debaixo de Trupe e apelará para o auxílio dos restantes
elementos por assobio ou outro sinal combinado. Colocada a
Trupe em volta do infractor, o Chefe de Trupe repetirá a
pergunta e, confirmada a infracção, procederá em
conformidade.

Todo o inquirido que não se dispuser a responder ao que é


pela Praxe é considerado Caloiro. Pode o inquirido, caso não
queira responder ao que é na Praxe, apresentar palavra de
60
honra em como não é Caloiro, sendo esta aceite. No entanto,
se um elemento da Trupe apresentar a sua palavra de honra
em como o inquirido está a mentir, valerá a palavra de honra
deste.
Além do mais, caso mais tarde se verifique que o inquirido
mentiu, este será obrigado a responder em Tribunal de Praxe
por tamanha desonra.

c) Apenas pode estar debaixo de uma Trupe ordinária um


infractor de cada vez, excepto se autorizados pelo Magno
Conselho da Praxe (atestado por escrito).

d) Qualquer Veterano pode inquirir o infractor, mesmo que


este esteja debaixo de Trupe, logo que trajado. Caso o Chefe
de Trupe também seja Veterano, o primeiro deve solicitar
autorização a este.

e) Qualquer Doutor que queira integrar uma Trupe (já depois


da sua formação, logo que não ultrapasse o número limite)
deverá fazer o seu pedido por escrito ao Chefe da Trupe,
sendo que será ou não aceite. Caso seja aceite, o Chefe de
Trupe deverá informar por escrito o Magno Conselho da
Praxe.

f) Caso um Doutor se proponha a proteger um Caloiro e a


Trupe não o considerar eficaz na protecção, pode o Doutor
oferecer-se em substituição do Caloiro, sendo que a Trupe o
poderá aceitar, ou não, inquirindo imediatamente o Doutor.
Este só poderá ser alvo de sanção de unhas, sendo que se for
61
Veterano nenhuma sanção lhe poderá ser aplicada. Poderá
ainda a Trupe inquirir o Caloiro cinco minutos depois, tendo-
se afastado o Doutor que o protegeu, ou se ofereceu em seu
lugar, 50 metros do local do incidente e do «bixo».
A protecção dá-se com a cobertura total do «bixo» com a Capa
do Doutor, desde que o Doutor se encontre, também, coberto
pela sua Capa.

Art.º 36.º
(Da Revista às Trupes)

a) Pode passar revista às Trupes qualquer Veterano desde que


devidamente trajado, o Chefe de outra Trupe, desde que seja
Veterano e o Magno Conselho da Praxe.

b) Se na revista algum elemento da Trupe não estiver na


Praxe, aquele que revista inquere todos excepto o Chefe se este
for Veterano.

c) Sendo o Chefe da Trupe um Veterano, este pode impedir a


revista alegando, sob palavra de honra, que a Trupe está na
Praxe.

d) Se o Chefe da Trupe reconhecer que aquele que revista não


está na Praxe ou revela ignorância desta, pode impedir a
continuação da revista.

e) Sempre que a opinião do Chefe de Trupe, logo que


Veterano, divergir do Veterano que passa a revista prevalecerá
62
a opinião do Chefe de Trupe, sendo sempre possível pedir
recurso ao Magno Conselho da Praxe ou a um seu elemento
que se encontre presente.

f) Nenhuma nova revista pode ser feita sem que a Trupe se


não tenha afastado do local da primeira 100 metros.

Art.º 37.º
(Das Contra-Trupes)

a) As Contra-Trupes são Trupes formadas especialmente sob


ordem do Magno Conselho da Praxe para invalidar a actuação
de uma Trupe em infracção dolosa do Código da Praxe; o seu
número de elementos é ilimitado e unissexo e deverá ser
chefiada por um elemento do Magno Conselho da Praxe.

b) Este género de Trupe pode ser também o resultado da


junção temporária de várias Trupes para aplicação da decisão
do Magno Conselho da Praxe, devendo trazer consigo uma
autorização escrita, no caso da não presença de um elemento
do Magno Conselho da Praxe.

c) Forma-se este género de Trupe a qualquer hora e nos locais


indicados:

- Parque da Cidade.
- Adro da Sé Catedral.

63
d) Esta Trupe dissolve-se logo após o cumprimento do seu
dever de Praxe.

Art.º 38.º
(Legado Escrito)

O reconhecimento oficial de uma Trupe será lavrado em acta e


arquivado no Liber Negrus, o dossier relativo às Trupes. Cada
Trupe, sempre que possível, deverá assentar em acta
própria/minuta o conteúdo das suas reuniões, decisões e
deliberações delas emanadas, a assinar pelo Chefe de Trupe e
aquele que se lhe segue na hierarquia, entregando a minuta ao
Magno Conselho da Praxe.

Art.º 39.º
(A Falange)

As Falanges (Trupes ou Hostes, de acordo com a terminologia


de cada Instituição) são um conjunto de estudantes do Ensino
Superior de Viseu, constituídos para fazer respeitar o recolher
obrigatório por parte dos Caloiros.

a) A Falange é constituída por um número ilimitado de


elementos com pelo menos 3 matrículas, sendo par o seu
número, não sendo admitido Falanges à Futrica.

b) A Falange é estruturada por um igual número de elementos


de cada Instituição de Ensino Superior de Viseu que dela faça
parte (Ex: 6 da UCP, 6 do IPV e 6 do ISJPV).
64
c) É Chefiada por um Dr. Veterano ou Ilustre (terminologia do
IPV com a mesma condição de Veterano), cabendo ao
Triunvirato designar entre os nomes propostos pela Falange
quem assume essa função.

d) Só podem constituir-se como Falanges quando criadas nos


seguintes locais:

1 - Em frente à sede da Federação Académica de Viseu;


2 – Rossio;
3 - Sé Catedral de Viseu.

Constitui-se a Falange entre o badalar da meia-noite e o


primeiro raiar do sol a despontar na sé catedral de Viseu,
levantando a Colher de Praxe e proferindo a seguinte oratione:

"In nomine soleníssima Praxis, ius Falangis (nome da trupe em


latim macarrónico) formata est"

e) Só após a afixação dos diversos Decretus em cada Instituição


é que as Falanges abrem as hostilidades na Caça ao Caloiro
e/ou Doutor, Ilustre ou Veterano, zelando pela observância da
Praxe durante o período consagrado nos respetivos Códigos
da Praxe.

f) Antecede à cerimónia de formação da Falange a entrega de


um termo dirigido ao Triunvirato (formulário) no qual os

65
elementos constituintes dão a conhecer o nome da Falange, os
seus elementos, curso e número de matrículas.

O formulário é preenchido e assinado pelo Chefe de Falange e


pelos restantes membros. No caso de existir mais do que um
candidato a Chefe de Falange cabe ao Triunvirato nomear o
mesmo entre os propostos. O Triunvirato terá em conta o perfil
e idoneidade do indivíduo e este será escolhido como Chefe
tendo em atenção por ordem decrescente o seguinte:

1 - Se faz parte de um Conselho;


2 - Se faz parte de uma Comissão de Praxe;
3 - Número de Matriculas;
4 - Número de Matriculas em Viseu;
5 – Idade;
6 - Ano que Frequenta;
7 - Número que calça.

g) Cabe ao Triunvirato completar o formulário aquando da


cerimónia da formação da Falange, com data e hora, local da
Instituição da mesma, rubricando no fim do mesmo.

h) A Falange deverá fazer-se acompanhar de uma autorização


escrita oficial do Triunvirato para prosseguimento legal das
suas atividades, documento esse que deve ser apresentado a
qualquer infrator ou a quem de direito o solicite.

i) Nenhum elemento que se desvincule de uma Falange


poderá nesse ano académico pertencer a outra.
66
j) As Falanges seguem o prescrito no respetivo Código de
Praxe perante o qual o infractor responde e está subordinado.
No caso do Chefe de Falange não pertencer à academia do
infractor, deve recorrer ao conselho do membro da falange
com mais matrículas pertencente à Instituição do visado.

k) As Falanges seguem o prescrito no respetivo Código de


Praxe quanto aos procedimentos a ter durante a atividade das
mesmas.

Cabe ao Chefe de Falange e ao elemento com mais matrículas


da Instituição homóloga definir plataformas de consenso e
entendimento quanto a possíveis conflitos jurídicos ligados à
não convergência dos Códigos da Praxe no relativo à Falange
em si.

l) Apenas com autorização expressa do Triunvirato pode ser


dado, a título excecional, a autorização para aplicação durante
o dia, de uma tarefa específica, na defesa da Praxe.

m) Apenas podem passar revista às Falanges os membros do


Triunvirato e respectivos organismos de Praxe de cada
Academia.
As revistas seguem o prescrito na Lei de cada Instituição,
válidas para os membros a que dizem respeito.

67
n) Apenas sob a chefia de um membro do Triunvirato, ou
mesmo do Triunvirato em si, podem 2 (duas) falanges unir-se
para prossecução dos mais altos interesses da Praxe.

Art.º 40.º
(A Falange Negra)

a) Esta falange é constituída apenas por elementos


pertencentes ao Magno Conselho da Praxe da Universidade
Católica Portuguesa, Conselho de Viriato e Magno Conselho
da Praxe do Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu e é
liderada pelo Triunvirato ou por um dos seus elementos na
falta dos demais.

b) Se um elemento do Triunvirato, Viriato/Dux Veteranorum


estiver na Falange, independentemente do número de
matrículas, pelo cargo que ocupa é automaticamente o seu
Chefe, de acordo com o regulamento do Triunvirato; deve,
para além da colher, trazer consigo o seu
Cajado/Bacolorum/Ceptorum.

c) Pode substituir um elemento do Triunvirato o seu legítimo


segundo na hierarquia da praxe (ex. Vice-Dux). Este
organismo, para além de seguir o prescrito para as falanges,
serve também como órgão fiscalizador das mesmas, bem
como das trupes e das hostes.

68
d) Não carece da limitação de número ou equitatividade dos
seus elementos, escrita ou outra que seja, visto a autoridade e
a legalidade estarem presentes na pessoa do Triunvirato.

e) Forma-se segundo referido anteriormente, em qualquer


praça largo ou cruzamento circunscritos a parte história de
Viseu, proferindo:

"In nomine soleníssima Praxis, ius Falangis Negrus (nome da


trupe em latim macarrónico) formata est.”

69
CAPÍTULO VIII
Processos e Sanções Disciplinares

Art.º 41.º
(Violação à Praxe e ao Código da Praxe)

a) Qualquer violação grave e dolosa desta natureza será


tratada pelo Magno Conselho da Praxe que, após ponderação,
poderá ou não instaurar um processo a tratar em Tribunal de
Praxe.

Art.º 42.º
(Processos e Queixas)

a) Todas as queixas por infracção à Praxe devem ser


apresentadas ao Magno Conselho da Praxe e por escrito, no
prazo máximo de 5 dias úteis a contar do momento da
infracção, constando os factos, os visados, a natureza da
infracção e possíveis testemunhas.

b) As queixas podem ser apresentadas verbalmente, sendo


que o Magno Conselho da Praxe deve elaborar uma minuta
dos factos, sendo que o queixoso deverá subscrever a mesma.

c) Todas as queixas que sejam apresentadas após o prazo


limite de 5 dias não têm validade, conferindo um carácter de
caducidade às infracções cometidas.

70
d) Todas as queixas e demais questões pertinentes serão,
evidentemente, levadas a Tribunal de Praxe onde serão
expostas todas as questões e proferidas as respectivas
sentenças.

Art.º 43.º
(Dos Tribunais de Praxe)

a) Os Tribunais de Praxe são constituídos para julgar casos


graves de infracção dolosa da Praxe quer por parte dos
Caloiros quer por parte dos Doutores. São instaurados pelo
Magno Conselho da Praxe e, em casos estritamente
necessários, a pedido de Doutores ou Caloiros que apresentem
queixa muito pertinente, por escrito, devendo nela constar os
factos, intervenientes e demais informações úteis ao processo.
É função dos Tribunais de Praxe deliberar sobre os actos de
Praxe que tenham violado ou posto em causa o inderrogável
princípio do respeito pela dignidade universal da pessoa
humana em todas as suas dimensões e nos seus direitos
fundamentais e pelo pluralismo dos valores e dos fins que
caracterizam as sociedades abertas e democráticas (cf. Art.° 2.º
da Carta dos Princípios Orientadores das Praxes nas Academias
Piaget).

b) Os Tribunais são dirigidos por 5 Juízes, presidindo o Dux


Veteranorum, pelos 4 Imperatorum e por voluntários para
Advogados (o número de Advogados pode ir até 6, 3 para
acusação e outros tantos para a defesa).

71
1.° - Todas as acusações deverão ser apresentadas por escrito,
devendo, se possível, constar os factos, argumentos e
eventuais testemunhas. As queixas só serão válidas quando
apresentadas até 5 dias após a infracção.

2.° - Todo o convocado para desempenhar funções no


Julgamento, caso não aceite, deve justificar a sua renúncia, que
será aceite ou não pelo Juiz designado ou instituído, sob pena
de processo disciplinar.

3.° - Todo o convocado (a convocação deve ser feita por


escrito, pela acusação ou pela defesa, outorgada pelo Dux
Veteranorum) indiciado como testemunha, é obrigado a
comparecer sob falta de violar a Praxe, podendo incorrer em
processo penal da Praxe.

4.° - Quer a Acusação quer a Defesa devem ter conhecimento


prévio (uma hora no mínimo) das testemunhas indiciadas.

5.° - O Arguido será informado do sucedido com uma semana


de antecedência, da hora, local e motivo da instauração de um
processo em Tribunal de Praxe, podendo deste modo solicitar
a um Doutor para ser seu Advogado de Defesa (pode possuir
até 3 Advogados de Defesa) ou ele mesmo preparar a mesma.

6.° - Ao Arguido (e/ou seu Advogado) é entregue uma cópia


do processo de acusação.

72
7.º - À falta não justificada do arguido o Tribunal considerá-lo-
á Anti-Praxe.

8.° - Só pode ser adiado o Tribunal quando o Arguido (ou o


seu Advogado) o tenha solicitado por motivos válidos, com
pelo menos 2 dias úteis de antecedência. Em caso de questões
urgentes pontuais deverá contactar logo que possível o Dux
Veteranorum a fim de validar qualquer atraso ou ausência no
Tribunal

9.º - As sentenças emanadas pelo Tribunal poderão adoptar


somente a seguinte tipologia:

- Inocente;
- Absolvido ou Convertido;
- Culpado ou «Herege na Praxe»;
- Excomungado (considerado tecnicamente como Anti-
Praxe).

10.º - A pena atribuída deverá ter em conta o carácter


pedagógico e formativo da Praxe que serve mais para
promover do que para penalizar.

11.º - Caso o Arguido condenado seja Caloiro, o seu Padrinho


ou Madrinha não poderá apadrinhar mais nenhum Caloiro
nesse ano e no ano lectivo seguinte.

12° - O visado pode recorrer sendo que, neste caso, o Magno


Conselho da Praxe convocará um segundo Tribunal, agora
73
constituído por 7 Juízes ao qual preside o Dux Veteranorum.
Tudo o resto segue os mesmos conformes.

13º - Pode ainda recorrer a Tribunal Federativo, de onde sairá


o veredicto final, visto ser a última instância (consultar Art.º
30.º).

d) O Magno Conselho da Praxe tem autonomia para instaurar


processos e proferir sentenças em casos que não justifiquem a
convocação de um Tribunal.

e) Cabe às Comissões Académicas realizar Tribunais de Praxe


internos, autorizados pelo Magno Conselho da Praxe, de
primeira instância, para julgar apenas Caloiros que não
demonstrem boa conduta na Praxe. Este é presidido pelos dois
Imperatorum e pela Comissão Académica das respectivas
Escolas (consultar Art.º 67.º, alínea j).

Art.º 44.º
(Realização dos Tribunais e Julgamentos)

a) Estas sessões são realizadas numa sala ou auditório, com 3


mesas, uma para os Juízes e as outras para os respectivos
Advogados. As mesas deverão estar cobertas com as Capas,
estando sobre elas livros vários que constituirão o Código da
Praxe e as Insígnias da Praxe.

b) A sessão é aberta pelo Juiz, proferindo as seguintes


palavras:
74
«In Nomine Soleníssima Praxis, Audientia aberta est.»

c) Findas as acusações e defesas, o Juiz suspenderá a sessão


para deliberação dizendo:
«In Nomine Soleníssima Praxis Audientia Interrompida est
Ad Judices Deliberam.»

Após o qual reabrirá a sessão dizendo:


«In Nomine Soleníssima Praxis Audientia reaberta est.»

Será proferido antes da leitura da sentença:


«In Nomine Soleníssima Praxis Jiudices Deliberam…»

d) Na leitura e cumprimento da sentença, os Doutores deverão


traçar a Capa.

Art.º 45.º
(Sanções aplicáveis pelo Tribunal de Praxe)

a) As sanções aplicáveis, quando consideradas e aprovadas,


estruturam-se tendo em consideração o Art.º 7.º da Carta das
Princípios Orientadores das Praxes nas Academias Piaget,
nomeadamente quando os visados são Caloiros.

b) Em caso de situações de verdadeiro perjúrio à Praxe por


parte de Doutores ou Veteranos existem, além destas, outras
sanções aplicáveis:

75
1 - Suspensão do uso de Insígnias e/ou Símbolos de
Praxe (Insígnias Pessoais, Insígnias da Praxe e Insígnias de
Traje).
2 - Perda do estatuto de Doutor e poderes inerentes à
sua hierarquia (permanentemente).
3 - Outras decretadas e/ou avalizadas pelo Magno
Conselho da Praxe.

c) Qualquer decisão tomada pelo júri é deliberada em conjunto


com os restantes elementos do Magno Conselho da Praxe caso
a gravidade da infracção assim o exija.

d) Qualquer decisão é passiva de recurso para um Tribunal de


Praxe, quando não existe unanimidade na decisão tomada
pelo Magno Conselho da Praxe.

76
CAPÍTULO IX
Leis da Praxe e sua Observância

Art.º 46.º
(Apadrinhamento)

a) Um Doutor só pode apadrinhar apenas um caloiro em cada


ano lectivo, devendo este ser da sua Escola. No entanto poderá
ter um número de «Afilhados de Coração» ou «Pseudo-
Afilhados» que assim entender.

b) Os Veteranos são os únicos que não possuem restrições ao


nível da alínea anterior, podendo apadrinhar todos os
Caloiros que o peçam e, claro, desde que o aceitem. Os
Veteranos Honorários não podem ter afilhados.

c) Cabe apenas aos Caloiros escolherem o seu Padrinho ou


Madrinha. O contrário é considerado abuso de autoridade e
desrespeito ao consagrado no Código de Praxe. Nestes casos é
obrigação do Caloiro informar o Magno Conselho da Praxe da
ocorrência.

d) Fica o Doutor, a partir desse momento, responsável por


informar e orientar o seu afilhado de tudo quanto ele necessite
para a sua boa integração, bem como dos seus direitos e
deveres. Está obrigado a isto durante o tempo que medeia

77
entre o Baptismo do Caloiro (Latada) até à noite da Serenata
Monumental.

e) Cabe ao Padrinho ou Madrinha oferecer, caso desejem, o kit


do Caloiro (Penico, Chupeta e Apito) para a Latada e, pelo
menos, um símbolo para a Capa.

Art.º 47.º
(Lei D. Juanista ou Lei Casanova)

a) Esta lei existe no intuito de precaver possíveis problemas


ligados com o uso impróprio da autoridade de Praxe sob
coacção psicológica que pode influenciar o Caloiro contra a
sua vontade. Assim, o Doutor está expressamente proibido de
se deixar tratar por TU por estes [Art.º 6.º, alínea f)], bem
como praticar a «Real Arte do Galanço», isto até à Semana
Académica, sob pena de ambos serem sujeitos a processo
disciplinar.

b) Os casos excepcionais (Ex.: Já existir relacionamento


amoroso, antes de o Caloiro ter essa condição) são tratados
pelo Magno Conselho da Praxe.

Art.º 48.º
(Autoridade pela Praxe)

a) Nenhum Doutor pode desautorizar outro perante um


Caloiro, devendo, caso não concorde com alguma atitude ou
facto, chamar a sua atenção em particular, sendo que em caso
78
de discordância e ambos tiverem o mesmo número de
matrículas a queixa será apresentada ao Magno Conselho da
Praxe que decidirá a pena a aplicar.

b) Caso o Doutor que chama à atenção outro e que segundo a


Praxe possua mais matrículas, o presumível infractor deverá
acatar a decisão do primeiro, podendo o presumível infractor,
caso não concorde, esclarecer-se com quem de direito.

c) Exercer autoridade de Praxe é merecer o respeito e


tratamento próprios da condição de Doutor, Veterano ou
superior hierárquico, sendo que qualquer pedido ou ordem,
logo que não constituam infracção praxística, devem ser
acatados por quem é inferior hierarquicamente, mantendo
sempre uma saudável e solidária relação de companheirismo,
traduzível em actos de acolhimento orientador, de interajuda e
no culto da cordialidade, da partilha e da pertença
comunitárias (cf. Art.º 6.º da Carta de Princípios Orientadores das
Praxes nas Academias Piaget). A excepção a isto encontra-se nos
termos explicitados no Art.º 2.º, alínea d).

d) Perante Caloiros, os Doutores deverão usar uma linguagem


própria da sua mais alta condição.

Art.º 49.º
(Lei do Acoitamento)

a) Um Doutor trajado não pode usar guarda-chuva mas pode


ser acoitado por outra pessoa logo que esta não esteja trajada.
79
b) Pode o Doutor na Praxe (e só neste caso) usar guarda-chuva
se este for preto, de 12 varetas e possuindo cabo em madeira e
espigão.

c) A infracção corresponde à confiscação do adereço ilícito e à


deliberação do Magno Conselho da Praxe acerca da sanção a
tomar.

Art.º 50.º
(Injúria à Praxe)

a) Qualquer injúria levantada publicamente contra a Praxe


implica, para os Caloiros, a Praxe redobrada. Para os
Doutores, a pena a decidir-se-á pelos órgãos da Praxe com
competência para tal.

b) Caso um Caloiro injurie um Doutor, este será sujeito a


Praxe pelos demais presentes ou a processo penal.

Art.º 51.º
(Lei da Protecção por Apadrinhamento)

a) O Padrinho ou Madrinha do Caloiro que se disponha a


proteger o seu «bixo» deverá cobri-lo inteiramente com a Capa
e deverá, no prazo de 30 minutos, levar o afilhado para casa.
Não pode o Padrinho proteger o Caloiro perante uma Trupe
três vezes consecutivas.

80
b) Caso a protecção não seja válida, pode o Padrinho ou
Madrinha oferecer-se para ser sujeito à Praxe em vez do
Caloiro, sendo que após cinco minutos o Caloiro pode ser
sujeito à Praxe ou logo que o Padrinho ou Madrinha se afaste
deste 20 passos.

c) Não tem recurso a protecção dada por um Veterano ou


antigo estudante da Academia, mesmo à Futrica, ficando o
Caloiro protegido enquanto alcançar de vista o seu protector
ou vice-versa.

Art.º 52.º
(Lei do «Asilo»)

Esta lei é reabilitada hoje, e mais não era do que uma das mais
respeitadas e observadas leis na Idade Média, em que
qualquer infractor à lei não podia ser preso nem molestado
estando em solo santo. Deste modo está imune à Praxe
qualquer elemento que se refugie na Sé Catedral, Igrejas,
Capelas, Cemitérios ou noutro local de culto religioso, durante
o tempo que lá permanecer.

Art.º 53.º
(Lei da Protecção de «Telha»)

Esta lei imuniza perante a Praxe quem se encontrar debaixo de


tecto ou ombreira das portas, logo que a porta do edifício se
não encontre fechada ao público e desde que estes não sejam
lugares ou edifícios considerados académicos ou ainda
81
alpendres. Não são válidos os abrigos de paragens de
autocarro ou WC, embora a sanção só se aplique depois do
Caloiro urinar ou defecar.

Art.º 54.º
(Lei da Protecção Artística ou de Instrumento)

a) Esta norma protege todo o Caloiro que na posse do seu


instrumento musical prove que com ele sabe tocar.

b) Todo o Caloiro que venha a envergar o Traje Académico


antes da Serenata Monumental, por motivos implícitos, deverá
submeter-se a um pequeno cerimonial de Imposição da Capa,
pelo seu Padrinho ou Madrinha ou responsável do organismo
académico ao qual passou a pertencer, seguindo os trâmites
da Imposição da Capa consignados no cerimonial realizado na
noite da Serenata Monumental, na presença da autoridade
competente (A ser reiterada aquando da cerimónia da
Imposição da Capa). O Caloiro deverá envergar a Capa do
avesso não podendo nela colocar qualquer símbolo, nem usar
pins no colete se não os preceituados para a sua condição.

c) Os organismos ligados ao Campus e sujeitos ao Código de


Praxe vigente, devem observar o seguinte:

- Todo o «novato», logo que não seja Caloiro (que não


frequente pela primeira vez esta academia), que ingresse num
organismo ligado ao Instituto (ex. uma Tuna) deve ser

82
respeitado tendo em conta a posição hierárquica que ocupa na
Praxe ao abrigo do Código.

Art.º 55.º
(Lei da Protecção de Baco)

a) Fica protegido quem estiver fortemente embriagado, pois


esta protecção tem o patrocínio de Baco: patrono e divindade
dos fiéis das mais variadas crenças alcoólicas.

b) Fica protegido quem se fizer acompanhar de um


garrafão/garrafa de vinho do Dão, com o seu néctar
respectivo.

c) No caso de um Infractor ou Caloiro estar a beber, devem os


Doutores esperar que este acabe de tragar o seu copo, para
aplicação da Praxe.

Art.º 56.º
(Lei da Protecção da Família ou «de Sangue»)

O Caloiro fica protegido na presença do Pai, Mãe ou Irmãos


(mais velhos) ou ainda pelo(a) namorado(a), logo que estes(as)
não sejam alunos do Instituto.

1 - No caso de provarem ser casados ou caso estejam


em estado de gravidez:
2- Estão isentos aqueles que provarem (mediante
atestado ou outra forma, apresentada ao Magno Conselho da
83
Praxe) terem problemas físicos ou neurológicos incompatíveis
com a praxe.
3- Estão isentos da Praxe todos os alunos que possuam
idade superior a 30 anos.

Art.º 57.º
(Salvos Condutos)

a) Os salvos condutos, a serem redigidos em latim


macarrónico, podem apenas ser passados pelos elementos do
Magno Conselho da Praxe.

b) Devem neles constar o nome do imunizado e a razão ou


motivo da imunização (bem como o tipo de imunização) e a
data da sua atribuição e/ou prescrição.

Art.º 58.º
(Uso das Insígnias da Praxe e Pessoais)

a) Apenas pode usar insígnias quem estiver na Praxe.

b) É vedado o uso de insígnias aos Caloiros.

c) Um Doutor à Futrica não pode usar insígnias.

À infracção aplica-se sanção adequada, deliberada pelas


instâncias da Praxe.

84
Art.º 59.º
(Mobilizações de Caloiros)

a) Só podem mobilizar Caloiros (no seu conjunto) para


determinada actividade os Veteranos e Doutores trajados,
sempre na presença de, pelo menos, um elemento da
Comissão Académica, e as Trupes indigitadas pelo Magno
Conselho da Praxe para o efeito.

85
CAPÍTULO X
Traje Académico; Insígnias; Pasta

Art.º 60.º
(Traje Académico)

a) O Traje Académico deve-se usar-se em todas as situações


para os quais ele seja, por quem de direito (Magno Conselho
da Praxe), solicitado. Para além disso o Traje Académico deve
marcar presença em todos os eventos académicos,
nomeadamente:

- Recepção ao Caloiro;
- Semana do Caloiro (Latada);
- Encontros/Festivais de Tunas;
- Actividades Académicas;
- Sessões Solenes de âmbito académico;
- Semana Académica [Serenata Monumental, Bênção
das Pastas, Cortejo Académico (os finalistas), etc.];
- Outros.

b) O Traje Académico é assim constituído para os rapazes:

- Sapatos ou botas pretas (sendo estas simples) com


atacadores, sem apliques ou feitios.
- Meias pretas (lisas, sem desenhos, logótipos ou outros
do género).
- Calça preta, com ou sem porta.
86
- Colete preto, não de abas ou cerimónia.
- Batina, que não seja de modelo eclesiástico.
- Camisa branca e lisa, com colarinho de modelo
comum, gomado ou não, e com ou sem fundos.
- Gravata preta lisa.
- Capa preta, de uso comum, com ou sem cortes na
parte inferior e com ou sem distintivos na parte interior
esquerda, com cordão preto na gola.
- Lenço do Campus (Facultativo).

c) O Traje Académico para as raparigas é assim constituído:

- Sapatos pretos, abertos, lisos e sem pala, com salto não


acima do médio (até 3 em), sem apliques metálicos ou feitios,
não sendo permitidos sapatos de verniz ou camurça.
- Meia-alta ou de liga, preta (meia de vidro).
- Saia preta e de modelo simples, não podendo ser
rodada, cobrindo o joelho.
- Casaco preto.
- Camisa branca de uso comum.
- Gravata preta, lisa.
- Capa preta do mesmo modelo que a dos rapazes.
- Colete preto, não de abas ou cerimónia, de decote
redondo.

d) Não é permitido enquanto trajado:

1 - Uso de botins ou botas altas que não os sapatos


oficiais do Traje Académico.
87
2 - Luvas.
3 - Boinas e/ou chapéus.
4 - Malas, carteiras, afins, que não a Pasta da Praxe.
5 - Pulseiras e anéis [só sendo permitidas alianças de
comprometido(a) e/ou casado (a) e o Anel de Curso].
6 - Brincos que não os brincos ditos «tradicionais» (de
pequeno calibre e em ouro de lei, usando-se apenas um em
cada orelha) e piercings.
7 - Uso de guarda-chuva (excepção feita no caso
consagrado no Art.º 49.º, alínea b).
8 - Óculos de sol a menos com indicação médica ou que
sejam completamente pretos (haste e lentes).
9 – Relógios (excepto relógios de bolso, presos no botão
do meio do colete e guardado no bolso direito do mesmo).
10 – Unhas pintadas a verniz, gel ou outro material que
dê cor.
11 – Acessórios no cabelo (excepto elásticos ou ganchos
pretos).

e) A Capa deve ser colocada sobre o ombro esquerdo com os


símbolos para fora, devendo a parte mais larga ser a que está
(quando assim colocada) nas costas do Pastrano ou Doutor.
Não é permitido o uso da Capa estando à Futrica; apenas a
podem envergar nesta condição os Veteranos e Licenciados.

f) A Capa deve obrigatoriamente ser usada descaída (sem


dobras) nos seguintes casos:

88
- À passagem pela entrada de qualquer Faculdade ou
Universidade.
- Nas aulas teóricas em que o professor é catedrático
(podendo retirá-la com autorização deste).
- Em qualquer lugar de culto [(igreja, catedral ou
capela); (sem dobras só sendo
visíveis os pins do colete)], cerimónias académicas etc.
- Quando presentes (intervenientes ou não) nos
Julgamentos ou Tribunais de Praxe.
- Em caso de Luto.
- À passagem por qualquer porta remanescente da
antiga muralha de Viseu (Porta do Soar de Cima e Porta dos
Cavaleiros).

g) A Capa usa-se obrigatoriamente traçada nos seguintes


casos:

- Nas serenatas.
- Nas rusgas.
- Na aplicação de sanção Praxística (excepto se
Veterano).
- Nos inquéritos por parte das Trupes (excepto se
Veterano).

h) A Capa deve deitar-se no chão (para alguém por cima dela


passar):

- Naquela que é uma das maiores homenagens que a


Academia presta a uma determinada individualidade.
89
i) Os rasgões são feitos do seguinte modo:
1- Do lado direito: Pelos familiares.
2- Ao centro: Pela(o) namorada(o), sendo que sempre
que a(o) namorada(o) mudar é cosido o corte da(o) anterior
com as cores do curso ou a preto, enquanto o corte da(o)
nova(o) preferida(o) é feito ao lado do antigo.
3- Do lado esquerdo: Pelos amigos e colegas.

j) Apenas são permitidos, como «insígnias de traje», os


distintivos (vulgo símbolos/emblemas), pins, miniaturas de
madeira e o alfinete de curso, estipulados pelo Código da
Praxe, sendo os restantes «adereços» ilícitos. Cabe apenas ao
Magno Conselho da Praxe interpretar possíveis excepções que
se justifiquem.

Nota (1): Nestas excepções estão abrangidos somente os Tunos


e os elementos do Magno Conselho da Praxe que poderão
colocar os respectivos distintivos parte superior da manga
esquerda da Batina/Casaco do Traje Académico.

Nota (2): Os elementos do Magno Conselho da Praxe e das


Comissões Académicas, e só estes, têm como complemento ao
Traje Académico o Chapéu de abas largas.

l) Os distintivos permitidos são colocados no canto inferior


esquerdo interior da Capa, não podendo ser visíveis quando
esta está traçada, sendo lícitos os seguintes:

90
1. De locais onde o Doutor na Praxe vai em missão
académica.
2. Do seu local de nascimento (país e localidade).
3. Do seu local de Habitação (morada administrativa e
morada de estudo).
4. Do Campus, da Escola, da Associação de Estudantes,
da Associação Académica e demais instituições ou grupos
académicos com o qual o Doutor se relacione.
5. Do logótipo do clube de futebol predilecto (sendo
que, para o uso deste, é obrigatório o uso do distintivo da
Federação Académica de Viseu).
6. Do logótipo do curso.
7. Aqueles adquiridos por troca ou cortesia inter-
académica, devendo estes ser assinados por quem os oferece.

m) Os distintivos deverão ser colocados na seguinte ordem:

1. País.
2. Local de nascimento.
3. Local onde se estuda.
4. Instituto
5. Escola.
6. Curso.
7. Associação de Estudantes e demais órgãos
associativos.
8. Missões académicas.

O seu número é ilimitado e na totalidade deverá ser sempre


ímpar bem como o número de linhas e de colunas.
91
n) O alfinete de curso (de prata de lei) coloca-se na lapela
esquerda.

o) Os pins colocam-se no colete, do lado esquerdo (que não


podem ser visíveis em cerimónias) sendo que estes não podem
ultrapassar a área que está delimitada entre 5 dedos abaixo da
costura do peito/clavícula até 5 dedos acima do bolso. Os pins
devem manter uma distância de 2 dedos (em qualquer
direcção) relativamente às casas dos botões do colete e ao
decote.

p) As miniaturas de madeira são colocadas na Capa, sendo


sempre acompanhadas por duas pequenas fitas de cetim com
as cores dos respectivos cursos.

q) O uso das colheres de café (broches) é facultativo;


representam o número de matrículas e são colocadas da
seguinte forma:
- Mulheres - no colete, no decote do lado esquerdo,
abaixo dos pins ou, no caso de não os utilizarem, no espaço
respeitante a esses, desde que não ultrapasse o decote.
- Homens - na gravata, imediatamente abaixo do nó da
gravata, no sentido direita-esquerda.

r) Os Caloiros envergam pela primeira vez o Traje Académico


na noite da Serenata Monumental mas com a Capa do avesso
(que lhes é imposta pelo Padrinho ou Madrinha), não
podendo nela colocar qualquer símbolo até à Latada do ano
92
seguinte. Não poderão, inclusivé, usar pins e broches no colete
até à mesma data; apenas podem utilizar o alfinete de curso na
lapela esquerda.

s) O último botão do colete (o de baixo) só se abotoa a partir


do ano de Finalista.

t) O não cumprimento do prescrito neste artigo implica sanção


e/ou processo disciplinar, deliberado pelo Magno Conselho
da Praxe ou Tribunal de Praxe de acordo com a natureza da
infracção.

Nota: O Doutor não se pode afastar da sua Capa em demasia


tendo esta de estar sempre ao alcance da sua vista.

Art.º 61.º
(Uso do Traje Académico)

a) Qualquer elemento ou grupo académico, artístico ou


cultural, ligado a este Campus e que exclusivamente o
representa, deverá envergar o Traje Académico como símbolo
representativo desta Instituição e da Praxe que nela vigora,
cumprindo e seguindo fielmente o prescrito neste código. O
mesmo se aplica aos elementos que já são formados, mas que,
em virtude de pertencerem a esse organismo, se sujeitam à lei
vigente.

b) O tipo de organismos acima referidos estão sujeitos ao


preceituado neste Código de Praxe, respeitando a sua orgânica
93
e disposições, sendo que as excepções serão tratadas pelo
Magno Conselho da Praxe.

c) Constitui dever para todos os Doutores o uso do Traje


Académico em qualquer cerimónia académica, principalmente
quando tal é solicitado por quem de direito, não excluindo os
Veteranos desta obrigação.

d) Qualquer Doutor que ocupe funções de dirigente


associativo, artístico, cultural ou musical deste Campus
(Associação de Estudantes, Tunas, etc.), deve, quando
representando o organismo de que faz parte ou que lidera, em
qualquer Cerimónia ou Evento Académico, envergar o Traje
Académico.

e) O Traje Académico usa-se completo, no exercício de


representar o Instituto Piaget, nos diversos organismos em
que se insere o Doutor, isto no intuito de salvaguardar a
sobriedade e seriedade do mesmo. O não cumprimento do
consagrado na presente alínea constitui-se como desrespeito
ao Traje Académico e, por isso, punível em Tribunal de Praxe.

Art.º 62.º
(Insígnias da Praxe)

a) Constituem Insígnias da Praxe o Ceptorum, a Colher de Pau


e a Tesoura (sem bicos).

94
b) O Ceptorum é a insígnia máxima da Praxe do Instituto
Superior Jean-Piaget de Viseu e é o símbolo mais ostentador
de poder. É intocável por qualquer Caloiro ou Doutor, apenas
sendo concedido esse direito aos membros do Magno
Conselho da Praxe que, ao segurarem-no, têm de envolver as
mãos com a Pasta da Praxe ou com a Capa. O seu formato de
raíz remete-nos para as origens, para o passado e para a
Tradição que queremos manter vivos e transmitir de geração
em geração. Simboliza, ainda a família, o nosso pilar
fundamental, a força, a determinação e a união que
caracterizam os estudantes do Instituto Superior Jean-Piaget
de Viseu!

c) A Colher de Pau deverá ter inscrito na parte interior: «Dura


Praxis, Sed Praxis» podendo ter um desenho alusivo à vida
académica. É acompanhada por três fitas de algodão com as
cores das Escolas do Instituto e uma preta. No caso das
Trupes, o nome da mesma juntamente com o nome do
proprietário no cabo da referida colher.

d) A Tesoura deverá ser de tamanho médio (ou abaixo deste),


com os bicos arredondados.

Art.º 63.º
(Insígnias Pessoais)

a) As Insígnias Pessoais são o Grelo, as Fitas e o Anel de


Curso, que os seus portadores usam com as cores do seu curso

95
(ou faculdade). As Cores dos Cursos são dadas como oficiais
pelo Código de Praxe.

As cores de Curso oficiais no I.S.E.I.T. são as seguintes:

Artes do Espectáculo: Azul Turquesa e Vermelho;


Ciências da Nutrição: Verde Escuro e Vermelho;
Motricidade Humana: Bordeaux e Vermelho;
Música: Roxo e Vermelho;
Psicologia: Laranja e Vermelho.

Nota: A cor fundamental de cada curso é a primeira (Ex:


Motricidade Humana - Bordeaux), sendo que vermelho é a cor
representativa do I.S.E.I.T.

As cores de Curso oficiais da E.S.S. são as seguintes:

Enfermagem: Branco e Amarelo;


Fisioterapia: Amarelo e Cinzento.

Nota: A cor representativa da E.S.S. é amarelo.

b) As insígnias são impostas da seguinte forma:

- Grelo: Utilizado pelos alunos Finalistas que o colocam


na Pasta durante o primeiro semestre e o transferem para a
Capa no segundo semestre, se assim o entenderem.
- Fitas: Depois de assinadas por familiares e amigos são
presas à Pasta e exibidas aquando da Bênção das Pastas, por
96
ocasião da Semana Académica, onde são agitadas no ar, num
ambiente de festa e nostalgia, simbolizado o final de uma
etapa.
- Anel de Curso: Permitido aos licenciados logo que
obtenham a licenciatura.

Os Finalistas participam no Desfile de Traje Académico, de


cartola, bengala, laço e roseta (das cores do seu curso), não
envergando, no entanto, a Capa e a Pasta.

c) O Grelo é uma fita de algodão com as cores do curso com


3,5 cm de largura e 200 cm de comprimento, que circunda a
Pasta e termina em laço que apenas poderá possuir o máximo
de 3 nós.

d) As Fitas são, também, das cores do curso, cujo número


mínimo é de 8, cada uma com de 7,5 em de largura e 40 cm de
comprimento, presas em volta da Pasta. São assinadas durante
o ano em que são Finalistas.

e) O Anel de Curso é em ouro de lei e personalizado ao gosto


de cada um, devendo conter símbolos alusivos à Instituição
onde estudou, ao Curso e à Cidade de Viseu. A sua pedra
pode ser da cor fundamental do curso ou então bicolor,
contendo, também, a cor associada à escola

97
Art.º 64.º
(Da Pasta da Praxe)

a) O uso da Pasta da Praxe que é de cor preta, modelo


tradicional, é apenas permitido aos Pastranos, Doutores e
Veteranos, sendo facultativo o bolso interior estar forrado com
as cores do curso.

b) Os que usarem a Pasta da Praxe devem trazer dentro da


mesma pelo menos um livro de estudo, uma sebenta ou
caderno de apontamentos ou, na falta destes, um papel com
pelo menos 5 palavras escritas pelo seu portador e uma caneta.
O Código de Praxe também serve para o efeito.

98
CAPÍTULO XI
Datas e Lutos

Art.º 65.º
(Datas e Eventos Festivos)

São consideradas Datas e Eventos Festivos na Praxe:

- Recepção e Semana do Caloiro.


- Abertura Solene do Ano Lectivo.
- Tomadas de Posse dos vários organismos académicos.
- Dia do Instituto Piaget.
- Dia do Estudante.
- Aniversário das Associações de Estudantes.
- Semana Académica.
- Outros, decretados pelo Magno Conselho da Praxe.

Art.º 66.º
(Desfile do Caloiro – Latada)

a) O Desfile do Caloiro, vulgo Latada, é a cerimónia oficial de


apresentação dos novos estudantes desta Academia à Cidade
de Viseu. É um evento organizado pela Federação Académica
de Viseu, geralmente a uma terça-feira à tarde, está integrado
na Semana do Caloiro e reúne todas as Academias da cidade
num só desfile.

99
b) Cada Caloiro deverá escolher um Padrinho ou uma
Madrinha que, no final do desfile, o irá baptizar nas águas do
Rio Pavia com o seu penico, proferindo as seguintes palavras:
«Caloiribus Brutus In Nomine Soleníssima Praxis,
Baptisatus est.»

c) No caso de se optar pelo baptismo conjunto este será


efectuado pelo Magno Conselho da Praxe, com recurso à
Colher de Praxe ou com o que tiver sido deliberado pelo
mesmo, estando a vigiar a cerimónia os padrinhos, proferindo
a seguinte oração:
«Caloiribus Brutus, et omnia bestiae, quid presentus sunt, in
Nomine Soleníssima Praxis, baptisatus sunt.»

Nota: Todos os Caloiros sem Padrinho ou Madrinha serão


afilhados dos elementos do Magno Conselho da Praxe, não
devendo o Dux Veteranorum ter afilhados.

d) O Desfile do Caloiro tem início no Fontelo e segue em


romagem, em direcção ao Rossio. O trajecto é estipulado pela
Federação Académica de Viseu.

e) Os Caloiros deverão trazer o kit do Caloiro (Penico, Chupeta


e Apito) oferecido pelo Padrinho ou Madrinha e o demais
material que lhes for pedido e que será solicitado com a
devida antecedência.

f) A falta não justificada do Caloiro será tratada pelo Magno


Conselho da Praxe, com ou sem Tribunal de Praxe.
100
Art.º 67.º
(Cerimónia de Imposição da Capa)

a) Na noite da Serenata Monumental, todos os Caloiros


envergarão o seu Traje Académico pela primeira vez. Para
assinalar esse evento, proceder-se-á a uma cerimónia festiva e
evocativa de tal alegria e honra.

b) À hora estipulada todos os Caloiros e respectivos Padrinhos


ou Madrinhas devem concentrar-se no Rossio, em frente à
Câmara Municipal.

c) Os Caloiros entregarão a sua Capa ao Padrinho ou


Madrinha que a transportará até a hora da Imposição, não
podendo até lá o Caloiro colocar a mesma.

d) Iniciando-se a cerimónia os Caloiros, alinhados, ajoelham-


se, estendendo a Capa à sua frente e colocando-se o Padrinho
ou Madrinha atrás deste.

e) O Magno Conselho da Praxe baptiza cada Capa com o


néctar dos Deuses, passando sobre ela. Seguidamente o
Padrinho ou Madrinha fará o mesmo na Capa do(a) seu(sua)
respectivo(a) afilhado(a) com uma garrafa de vinho do Dão.

f) Nesse momento o Magno Conselho da Praxe fará a Bênção


das Capas, proferindo a seguinte frase:

101
«In Nomine Soleníssima Praxis, sejam abençoadas estas
Capas, que elas dignifiquem as tradições da nossa academia e sejam
legítimas e honradas herdeiras do legado que hoje lhe auferimos!»

g) O Padrinho ou Madrinha impõe a Capa ao(à) seu(sua)


afilhado(a), do avesso, segundo a Praxe, congratulando-o com
palavras amigas e sentidas, dando-se a passagem de Caloiro a
Pastrano nesse momento.

h) Terminada esta cerimónia, inicia-se uma procissão até ao


adro da Sé Catedral de Viseu, local onde soará a Serenata
Monumental, cuja assistência é de carácter obrigatório para
todos os novos Pastranos, acompanhados pelos respectivos
padrinhos.

i) O Pastrano não poderá colocar na Capa qualquer símbolo


ou miniatura de madeira, nem usar pins ou broches no colete
até à Latada do ano seguinte.

j) Aos Caloiros que, ao longo do ano, não demostrarem uma


postura correcta perante a Praxe, e uma atitude digna da sua
condição, ser-lhes-á vedada esta cerimónia pelo que apenas
poderão vestir o Fato Académico na condição de estudantes
universitários, não tendo qualquer simbologia para a Praxe e
sendo considerados, apesar de tudo, Caloiros. É da inteira
responsabilidade do Magno Conselho da Praxe, em conjunto
com as Comissões Académicas, deliberar acerca dos Caloiros
com má conduta, bem como de todos os procedimentos a

102
adoptar para que estes elementos possam, mais tarde, traçar a
sua Capa e ascender à condição de Pastrano.

Art.º 68.º
(Baile de Gala)

a) Esta cerimónia faz parte integrante dos eventos académicos


e é realizada pouco tempo antes da Semana Académica.
Destina-se particularmente aos Finalistas, os quais
comemoram o seu Baile de Gala.

b) Todos os Finalistas deverão comparecer, sendo que os


homens deverão estar de fato civil (ou fato de cerimónia), ou
de Traje Académico e as senhoras de vestido de noite, ou
então de Traje Académico.

Art.º 69.º
(As Serenatas)

a) As Serenatas, realizadas sob a janela de uma donzela,


obedecem a um «modus procendi» a ser observado por quem
realiza a mesma (Tunas, Grupos de Fado e outros):

1 - Quem endereça a Serenata deve estar destacado dos


restantes (se possível munido de uma rosa).
2 - A Serenata é feita tendo o Traje Académico
envergado e a Capa traçada.
3 - A Donzela, ao aperceber-se de que é alvo de uma
«Cantada» e, aprovando a mesma, deverá apagar a luz do
103
local onde se encontra, abrindo a sua janela e colocando no
parapeito uma vela, mas não podendo mostrar-se.
4- No fim da Serenata (que não é aplaudida) poderá a
donzela (depois de acender a luz) mostrar-se e depois dirigir-
se ao seu pretendente, que lhe oferece a rosa enquanto ela é
coberta com a Capa deste, sendo que, nesse momento, lhe é
dedicada a música de despedida. O pretendente, nessa altura,
estará genuflectido.

Art.º 70.º
(Cortejo Académico)

a) Os finalistas vão trajados (sem Capa) com a sua Cartola,


Roseta, Laço e Bengala, de modo a conservar a tradição do uso
do Traje Académico nos cortejos. Os restantes estudantes
vestem uma t-shirt adquirida para a ocasião. Todos os
estudantes se devem concentrar na área envolvente ao Carro
Alegórico podendo, em alguns casos, subir para cima do
mesmo.

b) A ordem dos Carros Alegóricos do cortejo e o trajecto a


percorrer são estipulados e dados a conhecer previamente
pela Federação Académica de Viseu.

c) O Carro Alegórico é projectado pelas Comissões


Académicas (ou pelas Comissões de Finalistas, se for o caso)
sendo que estas são as principais responsáveis por toda a
logística inerente à sua concepção (ex.: contabilidade, compra
dos materiais, etc.). Apesar disso é obrigação de todos os
104
estudantes colaborar na construção quer do carro quer dos
demais adereços.

d) O Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu é representado no


Cortejo Académico com um Carro Alegórico de cada Escola
ou de cada curso. Cabe ao Magno Conselho da Praxe deliberar
sobre esta questão tendo em conta o número de alunos de
cada curso.

e) Os Carros Alegóricos permitidos vão do tradicional tractor


e atrelado até às carrinhas/camionetas de caixa aberta.

f) Eventualmente, e de acordo com a Federação Académica de


Viseu, cada Carro Alegórico poderá levar um carro
suplementar, apenas como carro de apoio (para transporte de
mantimentos, líquidos, etc.).

Art.º 71.º
(Missa de Bênção das Pastas)

a) A Missa de Bênção das Pastas é geralmente realizada no


primeiro Domingo da Semana Académica, salvo disposto em
contrário pela Federação Académica de Viseu.

b) Os Finalistas devem trajar a rigor, sem Cartola, Roseta, Laço


e Bengala, com a Capa descaída durante a cerimónia, munidos
da sua Pasta da Praxe e respectivas Fitas.

105
Nota: Não é permitido o uso da Pasta e das respectivas Fitas
sem estar trajado.

c) Os pais e/ou o(a) namorado (a), marido ou mulher


oferecem ao Finalista um ramo de flores, de preferência com
as cores do curso.

Art.º 72.º
(Luto Académico e Cerimónias Fúnebres)

a) O «Luto Académico» apenas pode ser decretado pelo


Magno Conselho da Praxe (ou com autorização desta), em
caso de óbito de pessoa que tal o mereça, ou no caso de
incidentes graves que ponham em causa a unidade académica,
ou o viver da Praxe nesta academia em geral.

b) Aquando de uma cerimónia fúnebre de âmbito académico


todos os órgãos académicos deste complexo devem fazer-se
representar.

c) Os trajados têm de abotoar por completo a Batina/Casaco


do Traje Académico e a Capa é usada descaída (sem dobras), e
com o cordão atado, não sendo visível qualquer parte branca
do Traje Académico.

d) A Capa Negra colocada sobre a urna será, no fim da


cerimónia, rasgada por todos os estudantes que desejem
prestar tal homenagem, a partir do momento em que tal é

106
decretado, sendo que os rasgões não deverão ultrapassar os 10
cm de comprimento.

107
CAPÍTULO XII
Disposições Finais

Art.º 73.º
(Aplicabilidade do Código de Praxe)

a) O presente Código de Praxe foi elaborado de acordo com a


Carta de Princípios Orientadores das Praxes nas Academias Piaget,
redigida a 30 de Abril de 2003 e assinada pelo Doutor António
Oliveira Cruz, Presidente Directivo do Instituto Piaget e por
José Silva, Presidente da Federação Académica do Instituto
Piaget.

b) Este Código de Praxe surgiu da necessidade em


reestruturar, reformular e reorganizar a Praxe Académica do
Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu aquando da
insolvência das antigas Comissões de Tradições Académicas
(C.T.A.) das diferentes Escolas do Instituto tendo sido,
contudo, fortemente inspirado nos anteriores Códigos
vigentes, assim como nos Códigos de Praxe que regulam este
tipo de actividades nas restantes Instituições da Academia de
Viseu.

c) Serve o presente Código de Praxe para regular todas as


actividades de Praxe no, e somente, Instituto Superior Jean-
Piaget de Viseu.

108
d) Todas as actividades que se insiram fora deste contexto não
serão da responsabilidade do Magno Conselho da Praxe nem
da Instituição. Caso se venha a conhecer a ocorrência de tal os
elementos serão fortemente sancionados por quem de direito.

Art.º 74.º
(Casos Omissos)

Todos os casos omissos serão tratados e deliberados pelo


Magno Conselho da Praxe, recorrendo, de acordo com a
natureza destes à consulta de Assembleia Geral, ou a quem de
direito.

Art.º 75.º
(Revisões do Código de Praxe)

a) O presente Código de Praxe só poderá ser revisto de 3 em 3


anos e apenas se for evidente a necessidade de rever o seu
conteúdo em virtude de alguma alteração estrutural que possa
surgir no decorrer dos anos, quer no sistema de educação e
ensino quer na própria Praxe.

b) Todas e quaisquer alterações a efectuar ao presente Código


de Praxe terão de ser dadas a conhecer e aprovadas pela
direcção do Instituto Superior Jean-Piaget de Viseu.

c) Apenas é aprovada uma revisão ao Código de Praxe


quando solicitada pelo Instituto ou com a concordância de 2/3

109
dos elementos que constituem os órgãos reguladores da Praxe
da Academia de Viseu.

Art.º 76.º
(Sanções por Negligência da Lei)

a) Nenhuma falta cometida por desconhecimento deste


Código será indultada, quando provado que o presente
Código de Praxe se encontra à disposição dos alunos.

b) A existência deste Código deverá ser amplamente


divulgada, sendo obrigatório para os Caloiros e Doutores
adquiri-lo nos locais ou local onde este se encontre à
disposição. Todas as actividades e/ou procedimentos por
parte de alunos que não se enquadrem com o preceituado
neste Código incorrem em processos disciplinares da
Instituição de Ensino e processos civis.

Art.º 77.º
(Entrada em Vigor)

O presente Código de Praxe entrará em vigor no ano lectivo


2014/2015 após a sua aprovação pelo Magno Conselho da
Praxe e pela Comissão de Tradições Académicas de Viseu,
sendo outorgado por este no Decreto que, secundum Praxis, o
oficializa.

110
Magnum Consilium Praxis

111
112
113

Você também pode gostar