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CONFIRMAÇÃO DE NORMA BRASILEIRA

ABNT NBR 6479:1992

Portas e vedadores – Determinação da resistência ao fogo

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A ABNT NBR 6479:1992, elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-24), pela
Comissão de Estudo de Portas Corta-Fogo e Acessórios (CE-24:201.01), passou pelo processo de Análise
Sistemática, conforme a Proposta de Confirmação circulada em Consulta Nacional no Edital nº 11, de
21.10.2007 a 20.11.2007, e teve seu conteúdo técnico confirmado pela ABNT em 28.01.2008.

______________

ICS 13.220.20; 91.060.50 Ref.: ABNT NBR 6479:1992/Conf:2008

© ABNT 2008 ─ Todos os direitos reservados

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CDU: 69.028:620.1:669.81 ABR./1992 NBR 6479

Portas e vedadores - Determinação da
resistência ao fogo
$%17$VVRFLDomR
%UDVLOHLUDGH
1RUPDV7pFQLFDV

Sede:
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Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28 andar
CEP 20003 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Método de ensaio

Origem: Projeto MB-564/82

Copyright © 1990,
ABNT–Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio
CE-24:201.01 - Comissão de Estudo de Portas Corta-Fogo e Acessórios
NBR 6479 - Door and shutters - Fire resistance - Method of test
Descriptors: Door. Shutter
Esta Norma substitui a NBR 6479/80
Palavras-chave: Porta. Vedador 8 páginas

SUMÁRIO 2 Documentos complementares

1 Objetivo
2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
3 Definição
4 Aparelhagem NBR 11711 - Portas corta-fogo de madeira revestida
5 Condições normalizadas de aquecimento e de pressão de metal - Especificação
6 Execução do ensaio
7 Resultados NBR 11742 - Portas corta-fogo para saídas de emer-
gência - Especificação

1 Objetivo
1.1 Esta Norma prescreve o método de ensaiar e avaliar
o desempenho quanto à resistência ao fogo de componen-
tes de construção destinados ao fechamento de abertu-
ras em paredes e lajes.
1.2 Esta Norma é aplicável a conjunto de porta-batente,
com ou sem bandeira, e a vedadores, acompanhados de
seus sistemas de fixação e fechamento.
1.3 Os procedimentos de ensaio descritos nesta Norma
permitem a determinação da resistência ao fogo de um
componente de construção(1), tomando-se por base o
tempo durante o qual o corpo-de-prova satisfaz a um ou
mais critérios estabelecidos nesta Norma, quando sub-
metido às condições normalizadas de aquecimento.
3 Definição
Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1.
3.1 Resistência ao fogo
Propriedade de um componente ou elemento de constru-
ção suportar o fogo e proteger ambientes contíguos contra
sua ação. É caracterizada pela capacidade de confinar o
fogo (estanqueidade e isolamento térmico) e de manter
a estabilidade ou resistência mecânica, por determinado
período.
4 Aparelhagem
Os equipamentos necessários para execução deste en-
saio estão descritos em 4.1 a 4.6.

(1) O desempenho do conjunto porta-batente ou vedador é influenciado pelas suas características mecânicas. Os resultados de um en-
saio nem sempre são válidos para componentes de construção cujas dimensões são maiores ou muito menores que as do corpo-
de-prova.
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4.1 Forno rômetro a ser utilizado com os termopares, para medir a

temperatura da superfície não exposta ao fogo do corpo-
O forno utilizado deve permitir que o corpo-de-prova se- de-prova, deve operar, pelo menos, na faixa de 0°C a
ja submetido às condições normalizadas de aquecimento 300°C.
e de pressão, indicadas no Capítulo 5.
4.4 Dispositivos de tomada de pressão
4.2 Termopares
Dispositivos construídos com tubos de aço, de diâmetro
Devem ser utilizados termopares para a medição da tem-
interno igual a 13 mm, protegidos por aba de aço, confor-
peratura interna do forno e da superfície não exposta ao
me Figura 1.
fogo do corpo-de-prova, de acordo com o disposto em
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6.2.4 e 6.2.5. Os fios dos termopares utilizados no interior

do forno devem ter diâmetros não menores que 0,7 mm e
não maiores que 3,2 mm. Os termopares a serem utili-
zados na face não exposta do corpo-de-prova devem ter
diâmetro não maior que 0,7 mm.
4.3 Pirômetros
O pirômetro a ser utilizado com os termopares, para me-
dir a temperatura interna do forno, deve ser registrador e
operar, pelo menos, na faixa de 400°C a 1200°C. O pi-
4.5 Manômetro
Manômetro diferencial, acoplado aos dispositivos de to-
mada de pressão, que permita leituras de pressão varian-
do entre -10 Pa e +20 Pa, com resolução mínima de 2 Pa.
4.6 Anemômetro
Anemômetro capaz de medir velocidade do ar, de 0 m/s a
2 m/s.

Unid.: mm

Figura 1 - Tomada de pressão

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5 Condições normalizadas de aquecimento e de
pressão
5.1 Condições normalizadas de aquecimento
O aumento de temperatura no interior do forno deve ser
controlado, de modo a variar, com o tempo, de acordo com
a seguinte expressão:
T - To = 345 log10 (8 t + 1)
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Onde:
t = tempo de ensaio, expresso em minutos
T = temperatura do forno no tempo t, expressa em
graus Celsius
To = temperatura inicial do forno, expressa em graus
Celsius, sendo 10°C < To < 40°C
A curva-padrão temperatura x tempo, representativa da
expressão anterior, está apresentada na Figura 2. A Tabe-
la mostra alguns valores de elevação de temperatura pa-
ra os valores indicados de tempo de ensaio.
5.1.1 Tolerância de temperatura
5.1.1.1 O desvio médio da temperatura do forno, em re-

lação à curva-padrão temperatura x tempo, é dado em
percentagem, pela seguinte expressão:
A-B
x 100
B
Onde:
A = valor da área sob a curva da temperatura do for-
no obtida conforme 6.2.4
B = valor da área sob a curva-padrão temperatura x
tempo
Os desvios máximos permitidos são:
a) ± 15% durante os primeiros 10 min de ensaio;
b) ± 10% durante os primeiros 30 min de ensaio;
c) ± 5% após os primeiros 30 min de ensaio.
5.1.1.2 Em nenhum instante, a partir dos primeiros 10 min
de ensaio, a temperatura medida por qualquer um dos
termopares deve diferir, em valor absoluto, por mais de
100°C, da correspondente temperatura padronizada. Pa-
ra corpos-de-prova que incorporem significante quanti-
dade de materiais combustíveis, a temperatura média
não deve diferir por mais de 100°C, em valor absoluto.
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Tabela - Elevação da temperatura em função do de construção deve ser ensaiado no tamanho previsto
tempo para a sua utilização.

Tempo, t (min) Temperatura do forno,

6.1.1.2 Quando as dimensões do componente de
T - To (°C)
construção forem superiores às admitidas pelo forno, o
5 556 corpo-de-prova deve ser ensaiado nas dimensões
10 658 mínimas de 2,50 m de largura e 2,50 m de altura e, em
15 718 qualquer caso, com espessura igual à do componente.
20 761
25 794 6.1.1.3 O ensaio pode ser considerado válido para
30 821 componentes de construção idênticos ao corpo-de-prova,
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35 845 com variação de área de até ± 15%, sendo limitadas

40 865 também em ± 15% as variações de altura ou largura.
45 882
50 898
6.1.2 Montagem
55 912
60 925
65 937 6.1.2.1 O ensaio deve ser efetuado no conjunto porta-
70 948 batente (com ou sem bandeira) ou vedador tal como foi
75 958 previsto para ser utilizado, isto é, com todas as suas
80 968 ferragens e sustentações.
85 977
90 986 6.1.2.2 Os corpos-de-prova devem ser instalados para en-saio
95 994 em paredes de tipo semelhante àquela em que eles são utilizados,
100 1002 com dimensões mínimas de 2,50 m x 2,50 m.
105 1009
110 1016 6.1.2.3 Quando isto não puder ser especificado, a parede
115 1023 deve ser feita de concreto ou de tijolos, e ter espessura de,
120 1029 pelo menos, 100 mm para um ensaio previsto de 1 h e, de
130 1041 200 mm, para um ensaio de maior duração.
140 1052
150 1062 6.1.2.4 A montagem do corpo-de-prova deve ser
160 1072 representativa de seu emprego na prática, com as folgas
170 1081 especificadas pelo fabricante.
180 1090
240 1133 6.1.2.5 No caso de portas de madeira, a folga entre a folha
360 1193 e o batente deve ser idêntica às instalações na prática.
Quando esta não puder ser especificada, a folga não deve
ser inferior a 3 mm.
5.2 Condições de pressão

5.2.1 A pressão estática no interior do forno deve ser me-
dida, utilizando-se o equipamento descrito em 4.4 e 4.5,
em três posições distintas situadas ao longo de um eixo
vertical, distando, no máximo, 25 cm de uma das laterais
do corpo-de-prova.
6.1.2.6 O corpo-de-prova deve ser instalado de maneira
que o batente esteja faceando a superfície não exposta da
parede de ensaio, ou como utilizado na prática.
6.1.3 Condicionamento

5.2.2 A posição dos dispositivos de tomada de pressão de-
ve estar de acordo com a Figura 3.
5.2.3 A pressão de (10 ± 5) Pa ((1,0 ± 0,5) mmca) acima
da pressão atmosférica deve ser mantida na posição
superior; a pressão aproximadamente igual à atmosféri-
ca deve ser mantida na posição intermediária, e a pres-
são negativa, na posição inferior.
5.2.4 O controle de pressão deve ser efetuado a partir de
10 min após o início do ensaio, e anotado em intervalos
de 5 min.
6 Execução do ensaio
6.1.3.1 O corpo-de-prova deve permanecer protegido, livre
da ação de chuvas, durante e após sua montagem para
ensaio.
6.1.3.2 Os corpos-de-prova que contiverem materiais hi-
groscópicos devem ser condicionados à temperatura den-
tro dos limites de (25 ± 10)°C e à umidade relativa dentro
dos limites de 40% a 65%; o ensaio deve ser executado
após decorridas, no mínimo, 48 h do término do condi-
cionamento.
6.1.3.3 As portas inteiramente construídas de metal ou,
ainda, totalmente revestidas de material impermeável não
necessitam de condicionamento.

6.1 Corpo-de-prova 6.1.3.4 A parede contendo o corpo-de-prova deve ser

construída, pelo menos, uma semana antes do ensaio, se
6.1.1 Dimensões de tijolos, e, pelo menos, quatro semanas antes, se de
concreto. Os prazos podem ser reduzidos pelo emprego
6.1.1.1 O corpo-de-prova representativo do componente de aditivos convenientes.
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Figura 3 - Posição dos dispositivos de tomada de pressão
6.2 Procedimento
6.2.1 Condições de exposição ao fogo
6.2.1.1 O corpo-de-prova deve ser exposto, em uma de
suas faces, às condições de aquecimento especificadas
em 5.1.
6.2.1.2 O corpo-de-prova que, nas condições de uso, pos-
sa ser exposto ao fogo em ambas as faces deve ser
ensaiado na situação que propicie menor resistência. Em
caso de dúvida, dois corpos-de-prova devem ser ensaia-
dos em faces distintas.
6.2.2 Duração do ensaio
O ensaio deve ser encerrado quando o corpo-de-prova

não satisfizer aos critérios aplicados para julgar seu de-
sempenho, ou, numa fase anterior, de acordo com a soli-
citação do interessado, fixando o tempo de resistência ao
fogo do componente, mesmo que todos os critérios tenham
sido respeitados.
6.2.3 Condições gerais de ensaio
6.2.3.1 A temperatura ambiente, no momento do início do
ensaio, deve estar entre 10°C e 40°C.
6.2.3.2 A velocidade do ar, antes do início e durante o en-
saio, medida nas direções paralela e perpendicular à su-
perfície não exposta ao fogo do corpo-de-prova e à dis-
tância de, aproximadamente, 50 mm, não deve ser supe-
rior a 1,3 m/s.
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6.2.4 Medição da temperatura do forno
6.2.4.1 A temperatura do forno é considerada como a mé-
dia aritmética das temperaturas medidas por termopares
em número total não menor que cinco e não menor que um
para cada 1,5 m2 de superfície do corpo-de-prova, de
modo que a média das temperaturas a ser determinada
seja representativa da temperatura média do forno em
toda a superfície do corpo-de-prova. As juntas de medi-
das dos termopares devem distar, permanentemente,
100 mm do ponto mais próximo da superfície do corpo-de-
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prova.
6.2.4.2 O número mínimo de cinco termopares deve ser
arranjado da seguinte maneira: um, defronte ao centro
geométrico do corpo-de-prova, e, os demais, defronte ao
centro de cada uma das áreas resultantes da divisão da
superfície do corpo-de-prova em quatro retângulos iguais,
com vértice comum no centro geométrico do corpo-de-
prova.
6.2.4.3 Os fios dos termopares, com diâmetro não menor
que 0,7 mm e não maior que 3,2 mm, devem ser protegi-
dos por material resistente ao calor, tal como tubos de
porcelana, e com a junta de medida exposta de, no míni-
mo, 25 mm de comprimento. Termopares totalmente pro-
tegidos podem ser usados, desde que possuam, apro-
ximadamente, a mesma sensibilidade e a mesma cons-
tante de tempo de resposta que aqueles possuidores de
extremidade exposta.
6.2.4.4 As temperaturas devem ser medidas com exatidão
de, pelo menos, ± 1,5%.
6.2.4.5 As temperaturas devem ser registradas continua-
mente, durante o ensaio.
6.2.5 Medição de temperatura da superfície não exposta do
corpo-de-prova
6.2.5.1 As temperaturas da face não exposta do corpo-de-
prova devem ser medidas em não menos que cinco pon-
tos, para cada folha de porta ou vedador, sendo três prin-
cipais, que devem ser arranjados da seguinte maneira:
um, no centro geométrico do corpo-de-prova, e, os outros,
dispostos simetricamente, em relação ao ponto central,
nos centros dos terços superior e inferior do mesmo eixo
vertical. Para portas ou vedadores com duas folhas, estes
três termopares devem ter a mesma disposição em cada
folha. Os outros termopares devem ser posicionados de
maneira que se obtenham as temperaturas mais críticas
da face não exposta do corpo-de-prova.
6.2.5.2 No caso de portas com bandeira, deve ser utilizado,
no mínimo, um termopar adicional para medir a tempera-
tura na face não exposta da bandeira, colocado no centro
geométrico desta.
6.2.5.3 Nenhum dos termopares utilizados deve ser fixado
em pontos onde se localizam as ferragens que atraves-
sam o corpo-de-prova, nem a uma distância das bordas
inferior a:
a) 300 mm e 150 mm, respectivamente, das bordas
horizontais e verticais, para portas;
b) 300 mm e 150 mm, respectivamente, das bordas
horizontais e verticais, para vedadores quadrados
de área maior que 0,36 m2;
c) 300 mm e 150 mm, respectivamente, das bordas
menores e das bordas maiores, para vedadores
retangulares de área maior que 0,36 m2;
d) 150 mm das bordas, para vedadores de conforma-
ção circular, com área maior que 0,36 m2.
6.2.5.3.1 Para vedadores com área menor que 0,36 m2 e de
qualquer configuração geométrica, as temperaturas da
face não exposta ao fogo devem ser medidas através de
um único termopar localizado em seu centro geométrico.
6.2.5.4 No caso de portas ou vedadores de duas folhas, a
distância dos termopares, das bordas, deve ser mantida
para cada folha.
6.2.5.5 Os fios dos termopares, com diâmetro não maior
que 0,7 mm, devem ter sua junta de medida soldada ao
centro da face de um disco de cobre, com 12 mm de diâ-
metro e 0,2 mm de espessura; a superfície da face opos-
ta à solda deve ser mantida em contato com a superfície
do corpo-de-prova.
6.2.5.6 Os discos de cobre devem ser recobertos com pas-
tilhas de 30 mm x 30 mm e 2 mm de espessura, de papelão
feltrado de amianto, com densidade de, aproximadamen-
te, 900 kg/m3. Antes de sua aplicação, devem ser secos em
estufa, a 100°C, durante, pelo menos, 30 min.
6.2.5.7 As pastilhas de papelão feltrado de amianto devem
ser fixadas na superfície do corpo-de-prova, por meio de
pinos, fitas ou adesivos adequados, dependendo do mate-
rial que compõe a superfície não exposta.
6.2.5.8 As temperaturas devem ser medidas com exatidão
de, pelo menos, ± 1,5%.
6.2.5.9 As leituras das temperaturas devem ser feitas du-
rante o decorrer do ensaio, em intervalos que não excedam
5 min.
6.2.6 Características de resistência ao fogo a serem verificadas
durante o ensaio
6.2.6.1 Isolamento térmico
O isolamento térmico é verificado pelo aumento de tem-
peratura observado na face não exposta do corpo-de-
prova, durante o decorrer do ensaio. A média aritmética
das temperaturas medidas nos termopares principais ins-
talados conforme 6.2.5 é considerada a temperatura mé-
dia da face não exposta.
6.2.6.2 Estanqueidade
6.2.6.2.1 A estanqueidade a chamas e gases quentes das
frestas e outras aberturas, ocorridas no corpo-de-prova
durante o ensaio, é verificada por meio de um chumaço
de algodão colocado a uma distância destas variável en-
tre 20 mm e 30 mm. Para determinar a inflamação do
chumaço, este deve ser aplicado a intervalos regulares e
mantido em posição durante 20 s.
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6.2.6.2.2 No caso de ocorrência de frestas entre a porta ou
vedador e o batente ou armação, o chumaço deve ser co-
locado frontalmente num plano paralelo à face do corpo-
de-prova.
6.2.6.2.3 No caso de frestas na folha da porta ou vedador,
o chumaço deve ser mantido numa posição central à fren-
te da fresta.
6.2.6.2.4 Cada chumaço de algodão deve ser utilizado uma
única vez durante o ensaio.
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6.2.6.2.5 O chumaço de algodão deve ter formato quadra-
do, com cerca de 100 mm de lado e 20 mm de espessura,
ser constituído de fibras novas, sem tingimento, isento
de fibras sintéticas, pesando de 3 g a 4 g.
6.2.6.2.6 O chumaço deve ser seco em estufa, à tempera-
tura de 100°C, durante 30 min e, a seguir, guardado em re-
cipiente fechado, impermeável.
6.2.6.2.7 O chumaço é fixado a um quadro de 100 mm de
lado, constituído de arame metálico de 1 mm de diâmetro
e provido de alça.
6.2.6.2.8 Deve anotar-se o instante e a posição em que
ocorrer a primeira inflamação do chumaço de algodão.
6.2.6.2.9 Quaisquer ocorrências de frestas e outras abertu-
ras no corpo-de-prova devem ser observadas e registra-
das, assim como ocorrência de chamejamento na face
não exposta, com duração superior a 10 s.
6.2.6.3 Resistência mecânica
Deve anotar-se o instante de destruição total ou parcial do
corpo-de-prova ou da abertura em razão da deficiência
mecânica ou do mecanismo de fechamento deste corpo-
de-prova. As deformações do corpo-de-prova devem ser
medidas durante o ensaio.
6.2.6.4 Observações adicionais
No transcorrer do ensaio, devem ser observados todas as
mudanças ou eventos, mesmo que não relativos aos cri-
térios de resistência ao fogo, que possam causar riscos no
ambiente de um edifício, como, por exemplo, a emissão de
apreciável volume de fumaça ou de vapores, pela face não
exposta do corpo-de-prova.
7 Resultados
7.1 Critérios de resistência ao fogo
7.1.1 Isolamento térmico
Considera-se o corpo-de-prova satisfatório como isolan-
te térmico, enquanto não houver, na face não exposta ao
fogo, temperatura média superior a 140°C + To ou, em
qualquer termopar da mesma face, temperatura superior
a 180°C + To, onde To é a temperatura ambiente no início
do ensaio.
7.1.2 Estanqueidade
Considera-se estanque o corpo-de-prova que, durante o
ensaio, não apresentar trincas ou aberturas suficientes

para permitir a passagem, da face exposta para a não
exposta, de gases quentes ou chamas, revelados pela in-
flamação de um chumaço de algodão, conforme 6.2.6.2,
ou de chamas com duração superior a 10 s.
7.1.3 Resistência mecânica
Considera-se resistente, mecanicamente, o corpo-de-pro-
va que, durante o ensaio, não for destruído parcial ou intei-
ramente, nem apresentar abertura em razão de deficiência
mecânica ou dos mecanismos de fechamento e susten-
tação.
7.2 Categorias de resistência ao fogo
De acordo com o atendimento aos critérios de resistência
ao fogo, descritos em 7.1, o corpo-de-prova deve enqua-
drar-se em uma das categorias seguintes:
a) pára-chamas, quando atender às exigências de re-
sistência mecânica e estanqueidade;
b) corta-fogo, quando atender a todas as exigências,
ou seja, resistência mecânica, estanqueidade e
isolamento térmico.
7.3 Graus de resistência ao fogo
A cada categoria de resistência ao fogo, é associado um
grau de resistência ao fogo expresso pelo tempo de en-
saio durante o qual os corpos-de-prova satisfazem aos
critérios de resistência corrrespondentes à sua catego-
ria. Para portas ou vedadores, os graus de resistência ao
fogo, expressos em minutos, são os seguintes: 120, 90, 60
e 30.
7.4 Classificação do corpo-de-prova
O resultado do ensaio deve fornecer a classificação do
corpo-de-prova, segundo a categoria e o grau de resistên-
cia ao fogo, de acordo com as normas específicas para
cada tipo de componente ensaiado. Se os critérios de re-
sistência ao fogo, referentes a uma categoria preestabe-
lecida, não forem atendidos dentro de um determinado
grau de resistência também preestabelecido, tem-se a
falência do corpo-de-prova, e o ensaio pode ser encerrado
antes do tempo previsto. Neste caso, pode enquadrar-se
o corpo-de-prova no grau de resistência ao fogo corres-
pondente ao tempo em que os critérios referentes à cate-
goria tenham sido atendidos.
7.5 Documento técnico
Do documento técnico contendo os resultados do ensaio,
devem constar, pelo menos, os seguintes dados:
a) nome do laboratório de ensaio;
b) nome dos responsáveis pelo ensaio;
c) data do ensaio;
d) nome do interessado;
e) nome do fabricante e marca ou identificação do
produto;
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f) detalhes gerais de construção, que caracterizem m) condições e tempo de condicionamento do corpo-

o corpo-de-prova, e dos materiais empregados ne- de-prova;
le;
n) resultados do ensaio, de acordo com 7.4 e ob-
g) massa da folha da porta, ou do vedador, antes do servações anotadas durante o ensaio;
ensaio;
o) instante em que os diversos critérios de desem-
penho atingirem os seus limites;
h) folgas entre a(s) folha(s) da porta ou vedador(es)
e o batente ou a armação;
p) descrição do estado do corpo-de-prova, após o
período de resfriamento;
i) descrição do modo de fixação do corpo-de-prova;
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q) máxima temperatura atingida no batente ou ar-

j) face do corpo-de-prova exposta ao fogo; mação, ao final do ensaio, assim como a posição
em que foi atingida;
l) indicação dos pontos de medida de temperatura
na face do corpo-de-prova não exposta ao fogo; r) classificação do corpo-de-prova.