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CONFIRMAÇÃO DE NORMA BRASILEIRA


ABNT NBR 9820:1997

Coleta de amostras indeformadas de solos de baixa


consistência em furos de sondagem - Procedimento
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A ABNT NBR 9820:1997, elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão
de Estudo de Sondagem e Coleta de Amostras (CE-02:004.14), passou pelo processo de Análise
Sistemática, conforme a Proposta de Confirmação circulada em Consulta Nacional no Edital nº 10, de
21.09.2007 a 20.10.2007, e teve seu conteúdo técnico confirmado pela ABNT em 28.01.2008.

______________

ICS 13.080.05 Ref.: ABNT NBR 9820:1997/Conf:2008

© ABNT 2008 ─ Todos os direitos reservados


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SET 1997 NBR 9820


Coleta de amostras indeformadas de
solos de baixa consistência em furos
ABNT-Associação
Brasileira de
de sondagem
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
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Fax: (021) 240-8249/532-2143


Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
Procedimento

Origem: Projeto NBR 9820/1994


CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:004.14 - Comissão de Estudo de Sondagem e Coleta de Amostras
NBR 9820 - Assessment of undisturbed low consistency soil samples from
boreholes - Procedure
Descriptors: Soil. Sonding
Copyright © 1997,
ABNT–Associação Brasileira
Esta Norma substitui a NBR 9820/1987
de Normas Técnicas Válida a partir de 30.10.1997
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavras-chave: Solo. Sondagem 5 páginas

1 Objetivo 3.2 Índice de área (Ca)

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a coleta, Relação de:


acondicionamento e transporte de amostras indeforma-
das de solos de baixa consistência em furos de sonda- D22 - D12
gem, para fins de engenharia geotécnica. D12

2 Documentos complementares Onde:

Na aplicação desta Norma‚ é necessário consultar: D1 = diâmetro interno do bisel de corte

NBR 6484 - Execução de sondagens de simples re- D2 = diâmetro máximo externo do tubo amostrador
conhecimento dos solos - Método de ensaio
3.3 Relação de folga interna (Ci)
NBR 6502 - Rochas e solos - Terminologia
Relação de:
NBR 7250 - Identificação e descrição de amostras
de solos obtidas em sondagens de simples reconhe- D3 - D1
cimento dos solos - Procedimento D1

NBR 9603 - Sondagem a trado - Procedimento Onde:

3 Definições D1 = diâmetro interno do bisel de corte

Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão defini- D3 = diâmetro interno do tubo amostrador
dos em 3.1 a 3.3 e na NBR 6502.
4 Condições gerais
3.1 Amostrador tubular de parede final 4.1 Amostrador tubular de parede fina

Equipamento destinado à obtenção de amostra indefor- 4.1.1 Amostrador aberto


mada de solos coesivos de baixa consistência, não ci-
mentados e sem pedregulhos, pela cravação no terreno 4.1.1.1 O material empregado na confecção do tubo amos-
de um tubo de parede final. trador deve ser tenaz e resistente à corrosão, aceitando-
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2 NBR 9820/1997

se o latão, bronze ou aço inoxidável e a utilização de tu- e NBR 9603). Entretanto, os furos de sondagem destina-
bo sem costura ou soldado, desde que a solda não so- dos a simples reconhecimento não se prestarão à retirada
bressaia da costura. de amostras indeformadas.

4.1.1.2 O tubo deve apresentar as superfícies externa e 4.1.3.3 A ferramenta empregada na perfuração com cir-
interna lisas, sem protuberâncias, rebarbas ou ranhuras, culação de água ou lama tixotrópica deve apresentar
e deve ser empregado limpo e livre de ferrugem e poeira. saídas laterais para água, não se permitindo descarga
frontal.
4.1.1.3 As dimensões do amostrador devem seguir os li-
mites estabelecidos na Tabela 1. O diâmetro mínimo, pa- 4.1.3.4 Nos casos em que for necessário revestir o furo de
ra condições normais de amostragem‚ é de 100 mm. Em amostragem, o revestimento deve ser mantido sempre
situações excepcionais, admite-se o uso de amostrador acima da cota de avanço da perfuração. Nestes casos,
de diâmetro externo de 75 mm. quando a perfuração atingir a cota de amostragem, o re-
vestimento deve estar a uma distância entre um e três
4.1.1.4 O índice de área (Ca) não deve exceder 10% e a diâmetros de fundo do furo.
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relação de folga interna (Ci) deve estar compreendida


entre 0,5% e 1%. 4.1.3.5 O uso de revestimento pode ser dispensado quan-
do a estabilização do furo puder ser conseguida pelo
4.1.1.5 O comprimento do tubo deve estar compreendido uso de água ou lama tixotrópica.
entre seis vezes e dez vezes o diâmetro do amostrador.
4.1.3.6 Durante todas as operações de perfuração e amos-
4.1.1.6 A extremidade inferior do tubo amostrador é tor- tragem, deve-se manter o nível de água ou lama no interior
neada em bisel com ângulo α entre 5° e 10°, conforme do furo em cota igual ou pouco superior ao nível do lençol
indicado na Figura 1. É recomendável, para maior prote- freático.
ção desta extremidade, que exista um chanfro adicional
4.1.3.7 Antes da operação de amostragem, o furo deve
β entre 20° e 30°, como também indicado no detalhe da
Figura 1. ser cuidadosamente limpo, removendo-se todos os de-
tritos da perfuração, solos amolgados e partículas graúdas
4.1.1.7 A cabeça do amostrador deve ter dois orifícios
de solo.
para saída d’água e do ar e deve conter, interiormente,
4.1.3.8 A limpeza de perfuração pode ser feita por circula-
uma válvula constituída por esfera de aço recoberta de
ção de água, lama ou processos mecânicos, através de
material inoxidável.
bomba-balde ou limpadeiras.
4.1.2 Amostrador com pistão estacionário
4.1.4 Procedimento de amostragem

4.1.2.1 O amostrador com pistão estacionário compõe-se


4.1.4.1 Amostrador aberto
dos seguintes elementos principais:
4.1.4.1.1 Após a limpeza do furo, o amostrador é adaptado
a) cabeça do amostrador; à última haste da coluna de sustentação, introduzido,
cuidadosamente, no interior da perfuração, sem contato
b) pistão; com as paredes do furo, e apoiado no solo a ser amostra-
do. Neste momento, deve-se anotar o comprimento pene-
c) haste do pistão; trado apenas sob o peso da composição.

d) tubo amostrador de parede fina. 4.1.4.1.2 A seguir, o amostrador é cravado no solo de ma-
neira contínua e rápida, utilizando-se uma velocidade de
4.1.2.2 O tubo amostrador deve satisfazer as exigências 15 cm/s a 30 cm/s, sem interrupções ou rotação. Não é
estabelecidas em 4.1.1. permitido o uso de percussão para cravação do amostra-
dor.
4.1.2.3 O pistão colocado na extremidade inferior do tubo
amostrador deve vedá-lo completamente quando da des- 4.1.4.1.3 Nos solos em que o esforço manual não for sufi-
cida da composição no interior da perfuração. ciente para a cravação, será empregado um equipamento
que promova a cravação do amostrador de acordo com o
4.1.2.4 O equipamento deve possuir dispositivo que per- critério estabelecido em 4.1.4.1.2.
mita o controle da posição e do movimento do pistão, in-
dependentemente do movimento do tubo amostrador. 4.1.4.1.4 O amostrador deve penetrar, no máximo, o valor
de seu comprimento útil, descontada a penetração inicial
4.1.3 Trabalhos preparatórios para amostragem especificada em 4.1.4.1.1.

4.1.3.1 A amostragem é precedida da execução de perfu- 4.1.4.1.5 Após a cravação, o amostrador deve ser mantido
ração exclusiva para este fim, devendo-se tomar todos em posição, pelo menos por 10 min, durante os quais o
os cuidados para evitar a perturbação do solo a ser amos- peso da composição não deve atuar sobre o amostrador.
trado.
4.1.4.1.6 A seguir, gira-se a composição para destacar a
4.1.3.2 Na realização da perfuração podem ser empre- amostra do terreno subjacente, alçando-se o amostrador
gados quaisquer dos equipamentos usuais na execução cuidadosamente e mantendo-se o nível d’água à boca
de sondagens de simples reconhecimento (ver NBR 6484 do furo para minimizar o risco de perda da amostra.
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NBR 9820/1997 3

Tabela 1 - Valores máximos da espessura de parede “e”

Unid.: mm

Ci
0,5 % 0,6 % 0,7 % 0,8 % 0,9 % 1,0 %
D2

75 1,57 1,53 1,49 1,46 1,42 1,39

76,2 (3”) 1,59 1,56 1,52 1,48 1,45 1,41

88,9 (3 1/2”) 1,86 1,81 1,77 1,73 1,69 1,64

100 2,09 2,04 1,99 1,95 1,90 1,85


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101,6 (4”) 2,12 2,07 2,03 1,98 1,93 1,88

120 2,51 2,45 2,39 2,33 2,28 2,22

127 (5”) 2,65 2,59 2,53 2,47 2,41 2,35

152,4 (6”) 3,18 3,11 3,04 2,96 2,89 2,82

4.1.4.2 Amostrador de pistão estacionário tura independente, de modo que o pistão permaneça es-
tacionário. Esta operação tem o objetivo de impedir que
4.1.4.2.1 A operação de amostragem com o amostrador o pistão seja arrastado juntamente com o amostrador du-
de pistão estacionário deve obedecer às prescrições es- rante a cravação.
tabelecidas em 4.1.4.1.
4.1.4.2.4 Para obedecer ao disposto em 4.1.4.1.4, o con-
4.1.4.2.2 Antes da introdução de amostrador na perfura- trole de cravação deve ser efetuado através de marcações
ção, devem ser verificados a vedação do tubo pelo pistão prévias na haste do pistão, de espaçamento igual ao
e o funcionamento dos dispositivos de fixação e bloqueio comprimento útil do amostrador.
do pistão.
4.2 Manipulação da amostra
4.1.4.2.3 Após o amostrador atingir a profundidade de
amostragem, a haste do pistão deve ser fixada ao equipa- 4.2.1 A amostra deve ser lacrada imediatamente após a
mento de perfuração ou, preferencialmente, a uma estru- retirada do amostrador do furo. Todas as operações que
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4 NBR 9820/1997

se seguem devem ser realizadas em local abrigado da que não descolore e que seja suficientemente resistente
ação direta dos raios solares, mantendo-se sempre o tu- aos efeitos do meio exterior e do transporte da amostra.
bo na posição vertical.
4.2.4 A identificação da amostra deve conter:
4.2.1.1 O material utilizado no lacre deve ser parafina ou
a) local e designação da obra;
mistura de parafina e cera microcristalina.
b) data da amostragem;
4.2.1.2 A parte da amostra em excesso na extremidade
biselada deve ser cortada com fio de aço, rente ao bico c) número do furo da amostragem e da amostra;
do amostrador.
d) cota da boca do furo em relação a uma referência
4.2.1.3 O lacre da extremidade biselada deve ser feito de nível (RN);
com um pano previamente impermeabilizado com para-
fina, que envolve o bico do amostrador conforme a Figu- e) profundidade do topo da amostra;
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ra 2.
f) comprimento penetrado e recuperado;
4.2.1.4 A operação continua, encaixando-se no bico do g) tipo e dimensões do amostrador;
amostrador um anel de proteção de rigidez adequada,
conforme indicado na Figura 3. h) nome do operador.

4.2.1.5 A vedação é completada mergulhando-se o bico 4.2.5 As informações contidas em 4.2.4 devem também
do amostrador já protegido no recipiente contendo para- constar no boletim de campo de amostragem.
fina próxima de seu ponto de fusão.
4.2.6 As amostras não podem ser submetidas a calor ex-
cessivo, baixas temperaturas, vibrações e choques du-
4.2.2 Após o endurecimento da parafina colocada na extre-
rante o armazenamento e o transporte. No caso de trans-
midade em bisel do tubo, este é invertido para as opera-
porte em aeronaves pressurizadas, as amostras devem
ções de lacre da outra extremidade.
ser transportadas em compartimento também submetido
à pressurização.
4.2.2.1 Inicialmente, para formar uma película na superfície
da amostra, mergulha-se a extremidade não biselada 4.2.7 Durante o transporte as amostras devem ser acon-
em recipiente contendo parafina próxima ao seu ponto dicionadas em caixas capazes de resistir ao manuseio e
de fusão. com dimensões para, no máximo, quatro amostras. Em
qualquer caso, os tubos devem estar envoltos em acol-
4.2.2.2 A vedação desta extremidade é completada ver- choamento adequado, como serragem úmida, aparas
tendo-se parafina, próxima ao seu ponto de fusão, em de madeira, esponja, espuma de borracha ou flocos de
quantidade suficiente para formar uma camada de apro- isopor.
ximadamente 1 cm.
4.2.8 Na chegada ao laboratório devem ser verificados
4.2.3 Logo após lacrada, a amostra deve ser perfeitamente os lacres das amostras. O armazenamento deve ser feito
identificada através de inscrições no próprio tubo e pelo em compartimento onde a umidade e a temperatura se-
emprego de etiquetas, utilizando-se tinta à prova d’água jam mantidas constantes e esta não seja superior a 30°C.

Figura 2 Figura 3
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NBR 9820/1997 5

4.2.9 Desde a extração no campo até a utilização no labo- 5.1.2 Identificação de cada amostra:
ratório, o tubo com a amostra deve ser sempre mantido
na posição vertical e com o bico voltado para baixo. a) número da amostra;

5 Resultados b) profundidade do topo da amostra;

c) comprimento penetrado e recuperado;


5.1 Boletim de campo
d) tipo e dimensões do amostrador;
Os boletins de amostragem devem ser apresentados co-
mo perfis individuais nos quais estarão registradas: e) data da amostragem;

5.1.1 Informações gerais do furo de amostragem: f) nome do operador.

a) local e designação da obra; 5.2 Relatório


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b) número do furo de amostragem; 5.2.1 O relatório deve ser apresentado em formato A4 e


conter:
c) diâmetro do furo de amostragem;
a) locação em planta dos furos de amostragem e
das sondagens associadas;
d) datas de início e fim da execução do furo de amos-
tragem; b) perfis individuais dos furos de amostragem, incluin-
do todas as informações listadas em 5.1.1 e 5.1.2.
e) cota da boca do furo em relação a uma referência
de nível (RN); 5.2.2 O relatório deve ser assinado pelo profissional de
nível superior, registrado no CREA - Conselho Regional
f) identificação tátil-visual do material atravessado de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, que efetivamen-
entre amostras, de acordo com a NBR 7250. te conduziu in situ a amostragem.

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