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RESUMO
Este trabalho está voltado para a proposição de caminhos para viabilizar o
planejamento no nível operacional, preconizando-se as necessidades de: uma
visão mais analítica e objetiva sobre como as atividades podem ser definidas,
alocadas no tempo e supridas de recursos humanos no caso da execução de
estruturas de concreto armado em obras de edifícios de múltiplos pavimentos.
O estudo apresentado é decorrente de uma extensa revisão bibliográfica, bem
como uma pesquisa em campo. Além da discussão conceitual justificando tais
premissas, apresenta-se um estudo de caso analisando-se o serviço, em termos
das atividades necessárias, da equipe envolvida, da produtividade vigente, da
jornada de trabalho ao longo dos ciclos de produção dos pavimentos etc. Tal
diagnóstico servirá como subsídio preliminar para a discussão futura de
proposições para melhorar o planejamento da produção.
1. INTRODUÇÃO
1
TCPO - Tabela de Composições de Preços para Orçamentos.
5
Definição das
atividades Definição das
possibilidades de
seqüenciamento
das atividades
Produtividad
Definição da quantidade de
recursos (mão-de-obra) e os
indicadores de produtividade,
para, então, definirem-se as
durações.
Conforme preconizam a técnicas WBS e EAP, a obra pode ser quebrada em partes
menores para facilitar a programação e o controle. Na medida em que se pretende
chegar em níveis hierárquicos mais baixos, há que se definir, então, atividades
coerentemente com as decisões a serem tomadas em tais níveis. Cabe ressaltar
que o subsistema “estrutura de concreto armado” será tratado sob a ótica dos
serviços que demanda (fôrmas, armação e concretagem) e, complementarmente,
serão contempladas as tarefas (pilares, vigas, lajes e escada) e subtarefas (por
exemplo, colocação do gastalho, colocação das laterais e fundo das vigas e
desmontagem) que os constituem, ou seja, levando a detalhes maiores na
transformação.
3.2. Seqüenciamento
A duração de uma atividade é uma definição que não deverá ser considerada
independente da alocação dos operários à mesma, isto é, quanto maior o tempo
para a execução de uma mesma atividade (e, portanto de uma mesma quantidade
de serviço), menor o tamanho de equipe que precisa ser alocada para a sua
realização (e vice-versa).
Portanto, os autores acreditam que, para se sair de uma postura de atribuição mais
arbitraria de duração das atividades, é importante conhecer-se a razão que regula,
conjuntamente, a relação entre duração, número de operários alocados e
quantidade de serviço a executar.
Tal razão, nada mais é que a produtividade no uso da mão-de-obra. Abaixo serão
descritas relações facilmente aceitáveis para definição da duração:
• uma melhora de produtividade faz com que uma mesma equipe execute
uma mesma quantidade de serviço, numa duração menor;
7
A obra que serviu como objeto de estudo de caso foi um edifício residencial,
localizado na cidade de São Paulo. O edifício em estudo possui dez pavimentos,
sendo sete pavimentos tipo, cobertura, térreo e subsolo. A área de cada
apartamento é de 155,00 m2 com duas unidades por andar e quatro dormitórios. A
área de lazer situa-se no pavimento térreo e as garagens no subsolo e térreo.
Durante a coleta de dados foi possível verificar as atividades que eram executadas
a cada dia na obra, (essas atividades estão sendo consideradas no nível mais
próximo da produção, ou seja, no nível das subtarefas). Descrevê-las auxiliou no
entendimento do que foi realizado diariamente no canteiro, subsidiando a pesquisa
quanto à definição de quais atividades devem ser consideradas para elaboração da
programação no nível operacional da produção.
A Tabela 4.1 mostra um ciclo completo característico2 ocorrido nesta obra. Cabe
ressaltar que algumas atividades estão englobadas em outras, como, por exemplo,
a retirada do reescoramento (cujo esforço foi incluído na desmoldagem do
pavimento sendo desformado). Um pavimento completo, nesta obra, foi realizado
em cinco dias, desde a transferência de eixos até a concretagem das vigas e lajes.
2
Ciclo mais usual, podendo-se ter variações em alguns pavimentos.
9
Transferência de eixo
Locação de gastalho
Desmoldagem dos pilares
Colocação das grades e dos três painéis nos pilares
1º Dia o
Colocação do 4 painel nos pilares
Desmoldagem das vigas
Desmoldagem da escada
Colocação dos garfos, fundo e lateral interna das vigas
Desmoldagem da laje
Montagem da escada
Colocação dos garfos, fundo e lateral interna das vigas
2º Dia Desmoldagem das vigas
Desmoldagem da laje
Escoramento e colocação dos painéis da laje
Colocação dos garfos, fundo e lateral interna das vigas
Montagem da escada
3º Dia Escoramento e colocação dos painéis da laje
o
Colocação do 4 painel nos pilares
Concretagem dos Pilares
Colocação painel externo e conferências das vigas após armação
Escoramento e colocação dos painéis da laje
Colocação das passagens hidrossanitárias
4º Dia
Distribuição dos eletrodutos
Colocação das caixinhas elétricas
Ajustes e conferências das lajes
Desmoldagem dos pilares
5º Dia Montagem da escada
Colocação painel externo e conferências das vigas após armação
Concretagem vigas e laje
4.4. Seqüenciamento
Legenda:
1. Transferência de eixos 8. V-Mpré (colocação dos garfos e fundo) 15. L-Mpós (ajustes e conferências após armação)
2. Locação de gastalho (P-Gast) 9. Desmoldagem da laje (pavimento anterior) 16. Marcação de passagens/eletrodutos e caixinhas
3. Desmoldagem do pilar (pavimento anterior) 10. L-Mpré (escoramento/painéis) 17. Colocação das passagens hidrossanitárias
4. P-Mpré (colocação das grades e colocação 11. Concretagem pilares 18. Distribuição dos eletrodutos
dos três painéis) 12. V-MF(armação) 19. Colocação das caixinhas elétricas
5. P-MF(armação) 13. L-MF(armação) 20. Concretagem das vigas e lajes
6. P-Mpós (colocação do 4º painel) 14. V-Mpós (painel externo e conferências)
7. Desmoldagem da viga (pavimento anterior)
Obs.: A escada foi montada e concretada no canteiro e içada para o seu local definitivo.
13
4.5. Equipes
Quadro 4.1- Diagrama de alocação dos operários nas tarefas do serviço de fôrmas e concretagem
16
Quadro 4.2 - Diagrama de alocação dos operários nas subtarefas do serviço de fôrmas e concretagem
17
Quadro 4.3 - Diagrama de alocação dos operários nas tarefas do serviço de armação
18
Quadro 4.4 - Diagrama de alocação dos operários nas subtarefas do serviço de armação
19
Rup Rup
Item Subtarefa
Cumulativa Potencial
5. CONSIDERAÇÔES FINAIS
Os autores acreditam ser possível aplicar-se, no nível da produção, uma mesma estrutura
de elementos básicos da programação utilizável em níveis hierárquicos de planejamento
operacional. No entanto, para se ter sucesso nesta postura, há que se conhecer muito
mais profundamente tanto os processos de produção vigentes quanto as formas de tomar
decisões no nível desta produção.
Espera-se que, com a apresentação conceitual e a posterior investigação de um estudo
de caso tenha contribuído para futuros desenvolvimentos de programação aplicado ao
nível da produção.
6. BIBLIOGRAFIA
LAUFER, A.; TUCKER, R. Is Construction Planning Really Doing Its Job? A Critical
Examination of Focus, Role and Process. Construction Management and Economics,
London, v. 5, n.3, p. 243-266, May 1987.
TCPO 2003: Tabelas de Composições de Preços Para Orçamentos. 12ª Ed. Editora Pini.
2003.