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BOLETIM MENSAL

DO PETRÓLEO

JULHO 2023
BOLETIM MENSAL DO PETRÓLEO | Julho 2023

PREÇOS DO PETRÓLEO
BRENT FUTUROS
DIAS MAI-23 JUN-23 JUL-23
1 77.43 74.28 75.21
2 75.32 76.13 75.21

No percurso do mês de Julho, os preços do barril do petróleo 3


4
72.33
72.5
76.13
76.13
74.65
76.25
obtiveram uma performance positiva nos mercados 5 75.3 76.71 76.65

internacionais. O Brent, benchmark para as ramas 6


7
75.3
75.3
76.29
76.95
76.52
78.47
angolanas foi comercializado à uma média de $80.08/BBL, 8 77.01 75.96 78.47

um aumento de $4.99/BBL em relação a média mensal 9 77.44 74.79 78.47


10 76.41 74.79 77.69
alcançada em Junho, período em que se registou um preço 11 74.98 74.79 79.4

médio mensal de $75.09/BBL. 12 74.17 71.84 80.11


13 74.17 74.29 81.36
14 74.17 73.2 79.87
15 75.23 75.67 79.87
16 74.91 76.61 79.87
17 76.96 76.61 78.5
No período em análise, o Brent foi comercializado ao preço 18 75.86 76.61 79.63
mais alto de $85.51/BBL, tendo atingido uma média mensal 19 75.58 76.26 79.46
20 75.58 75.9 79.64
de $80.08/BBL, ao passo que o WTI, referência para o crude 21 75.58 77.12 81.07
produzido nos EUA, atingiu o preço mais alto de $81.75/BBL e 22 75.99 74.14 81.07

uma média mensal de $75.70/BBL. 23


24
76.84
78.36
73.85
73.85
81.07
82.74
25 76.26 73.85 83.64
26 76.95 74.18 82.92
27 76.95 72.26 84.24
28 76.95 74.03 84.99
29 75.25 74.34 84.99
30 73.54 75.21 84.99
31 72.66 85.51
MÉDIA 75.53 75.09 80.08

O spread Brent/WTI para o mês de Julho


fixou-se em $4.38/BBL, uma redução de
$0.29/BBL em relação ao mês anterior,
justificada principalmente pelo aumento do
preço do WTI e por uma ligeira diminuição na
procura pelo petróleo Brent nos mercados
internacionais.

O mercado encontra-se estruturalmente em


Contango, com as vendas a spot a serem
comercializadas abaixo das vendas futuras. O Brent
datado foi comercializado a $0.04/BBL a menos
comparativamente ao valor das entregas futuras. A
estrutura actual do mercado reflecte o risco
reduzido de desaceleração económica global,
justificada pelo crescimento da demanda por
petróleo e o abrandamento das taxas de inflação
nas principais economias. Enquanto isso, o
mercado continua com os suprimentos de petróleo
mais reduzidos.
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RAMAS ANGOLANAS
A Girassol foi a rama angolana mais
valorizada, tendo atingido o preço
mais alto de $ 88.66/BBL e uma média
mensal de $82.26/BBL, a rama
Cabinda ocupou o 2º lugar com uma
média mensal de $81.91/BBL e o preço
mais alto de $87.44/BBL, a rama Dália
por sua vez, foi a 3ª mais valorizada
obtendo uma média mensal de
$80.04/BBL e o preço mais alto de
$84.94/BBL, e por último segue a rama
Nemba, que atingiu o preço mais alto
de $83.79/BBL, terminando o mês com
um preço médio de $79.19/BBL.

Em Julho, as ramas angolanas foram


comercializadas a prémio em relação ao
Brent, sendo que a combinação dos preços
das ramas mais valorizadas nos mercados
internacionais atingiu um valor médio de
$80.85/BBL, negociadas $0.77/BBL acima do
preço médio do Brent.

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO
Angola produziu um volume total de
35,052 MMBBLS no mês de Julho, uma
média diária de 1,131 MBPD,
representando um acréscimo de 4%
em relação ao mês de Junho, em
que foi registado um volume total de
petróleo produzido na ordem dos
33,607 MMBBLS.
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PRODUÇÃO MENSAL
POR BLOCOS
O Bloco 17 com uma média diária de
374.563 BPD posicionou-se como
maior produtor no período em
análise, seguido dos Blocos 0 e 32
com uma produção média de 155.670
BPD e 144.954 BPD, respectivamente.

PRODUÇÃO DE GÁS
NATURAL
A produção de gás associado fixou-se em 80.691
MMSCF no mês de Julho, perfazendo uma média
diária de 2.603 MMSCFD, representando um
incremento de 1,9% em relação ao mês anterior,
em que se produziu um total de 79.158 MMSCF,
correspondendo uma média diária de 2.639
MMSCFD.

Do volume total de gás produzido, 44% foram


injetados, 7% disponibilizados para a geração de
energia nas instalações petrolíferas, 22%
exportados para a fábrica ALNG, 3% para a
queima e os remanescentes 24% foram utilizados
nas operações de gas lift. .

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DOWNSTREAM
1º TRIMESTRE 2023
No primeiro trimestre de 2023, a Refinaria de Luanda
registou uma produção de 654.171 TM de produtos
refinados, representando um aumento de 15,36% em
comparação com o último trimestre de 2022, que foi
de 567.088 TM.

A Sonangol Distribuição e Comercialização adquiriu


para o abastecimento do mercado interno cerca de
1.293.505 TM de derivados do petróleo, sendo que os
volumes importados representaram 64% do global
dos produtos refinados adquiridos, com a Refinaria de
Luanda e a Topping Plant de Cabinda, contribuindo
com 35% e 1% respectivamente.

Os principais produtos adquiridos


para o abastecimento do mercado
interno foram, Asfalto, Fuel Ordoil,
Gasolina, Gasóleo, Jet A1, Querosene.

No segmento de vendas diretas ao consumidor


final, o posto de abastecimento que mais
comercializou produtos derivados (gasolina,
gasóleo e querosene) foi a Sonangol, com uma
participação de venda de 57,3%, seguida pela
Pumangol com 24,5%. As empresas
TotalEnergies e Sonangalp representaram. 11% e
7,2% das vendas, respectivamente.

O gasóleo foi o combustível mais comercializado


com um peso de 63%, seguido pela gasolina e o
querosene com 36% e 1%, respectivamente.

Ao final do trimestre, foram registados 520 postos de


abastecimento em estado operacional pertencentes
aos principais players do segmento de downstream,
além dos 384 postos de Bandeira Branca (Agentes
Privados).
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FACTORES QUE DOMINARAM O MERCADO


PETROLÍFERO EM JULHO DE 2023

Os preços do barril de petróleo ultrapassaram a barreira dos $80 pela primeira vez em
relação aos últimos dois meses, graças ao aumento da demanda e aos cortes de produção
da coalizão OPEP+ finalmente provocando um aperto nos mercados globais. O principal
produtor da OPEP, a Arábia Saudita, cortou a sua oferta de petróleo em quase um 1 MBPD em
Julho, reduzindo para cerca de 9 MBPD. Este corte voluntário adicional reforça os esforços de
precaução feitos pelos países da OPEP+ com o objectivo de apoiar a estabilidade e o
equilíbrio do mercado de petróleo.

As importações de crude da Ásia aumentaram para um máximo recorde em Julho, visto que
os dois maiores compradores de petróleo da região, China e Índia, receberam grandes
volumes de petróleo russo com desconto. Um total de 27,92 MBPD chegou à Ásia em Julho,
superando o recorde anterior de Maio de 27,35 MBPD e acima dos 27,53 MBPD de Junho.
Grande parte da força das importações asiáticas é atribuída à China, o maior comprador de
petróleo do mundo, que adquiriu 12,04 MBPD em Julho, o terceiro mês consecutivo em que as
importações do país ficaram acima de 12 MBPD. A China aumentou os volumes que compra
a outros produtores, principalmente Angola, com os volumes de Julho do país da África
Austral a chegarem a 900 KBPD, contra os 450 KBPD em Junho e quase o dobro da média de
515 KBPD do 1º semestre de 2023. A China também aumentou as importações de Omã, um
produtor do Oriente Médio membro da OPEP+, com carregamentos de 910 KBPD em Julho,
contra os 760 KBPD em Junho.

Durante o mês de Julho, as preocupações com a recessão economica global diminuíram,


devido ao abrandamento das taxas de inflação nas principais economias. Essa tendência
limitou a possibilidade de novos aumentos agressivos das taxas de juros. O sentimento do
mercado de petróleo foi afectado pela decisão do Federal Reserve (Fed) de manter as taxas
de juros, considerando o arrefecimento dos preços ao consumidor durante os meses de
Junho e Julho, no entanto, o Fed prevê novos aumentos da taxa básica de juros para a
reunião de Setembro, caso os dados económicos justificarem tal movimento. Taxas de juros
mais altas amortecem o crescimento económico, reduzindo a demanda por petróleo.

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CURIOSIDADES DA INDÚSTRIA
PETROLÍFERA

PSVM “Primeiro Projecto de Desenvolvimento de Petróleo e Gás no Bloco 31”

O PSVM é o primeiro projecto de desenvolvimento de petróleo e gás em águas ultra-profundas


no Bloco 31, offshore de Angola, tendo iniciado a produção em 6 de Dezembro de 2012. O ativo,
também considerado um dos maiores projectos offshore do mundo em termos de
profundidade de água e extensão submarina, está localizado na seção nordeste do Bloco 31 a
cerca de 400 km de Luanda.

O desenvolvimento do PSVM cobre uma área de 5.349 km2, e está constituído pelos campos
Plutão, Saturno, Vénus e Marte, descobertos pela multinacional bp entre os anos 2002 e 2004 em
profundidades de água de até 2.000 m.

O PSVM produz através de uma FPSO, convertida a partir de um super-navio petroleiro.


Projectada para trabalhar por mais de 20 anos, a unidade tem uma dimensão de 355 m de
comprimento, 57 m de largura, 20.000 toneladas de peso e 22,2 m de calado. A FPSO PSVM
alberga 120 pessoas a bordo e tem uma capacidade de produção de 157 KBPD, sendo capaz de
armazenar 1,6 MMBBLS e processar 245 MMSCFD de gás natural.

A plataforma PSVM foi construída seguindo elevados padrões de segurança, qualidade e


excelência técnica, demonstrados pelas empresas Jurong, Modec, bp, bem como pelos
estaleiros de fabricação em Angola e noutras partes do mundo, tendo atingido um
desempenho louvável de segurança que resultou em mais de 8,1 milhões de horas trabalhadas
sem registo de acidentes humanos.

Desde o seu arranque, a FPSO PSVM já entregou mais de 400 MMBBLS e concluiu cerca de 430
carregamentos. Durante todo este percurso de quase 11 anos de existência, este magnífico
empreendimento em águas profundas, enfrentou muitos desafios, mas superou-os e continua
a fornecer operações seguras e em conformidade, agregando valor a produção petrolífera
angolana e para a Azule Energy, companhia operadora do Bloco 31, a mais recente joint venture
que combinou os portfólios de oil & gas das multinacionais bp e Eni em Angola.
PATROCINADOR

Avenida 4 de Fevereiro, Marginal de Luanda,


Edifício Kilamba, 4º Andar
+244 944 688 215 | +244 995 819 789 |
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