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Classificação _______________ (________ valores) A Professora ________________________ O E.E. __________
A prova inclui 20 itens, devidamente identificados no enunciado com , cujas respostas contribuem obrigatoriamente para a
classificação final. Dos restantes 10 itens da prova, apenas contribuem para a classificação final os 5 itens cujas respostas
obtenham melhor pontuação. Cada questão tem uma cotação global de 8 pontos.
GRUPO I
Documento A
Na Rua Sampaio Bruno, em Campo de Ourique (Lisboa), é possível encontrar um geomonumento que nos permite
fazer uma viagem no tempo, até um passado tropical de Lisboa (Figura 1). Datado do Aquitaniano (Miocénico Inferior), terá
uma idade compreendida entre 21 Ma e 23 Ma.
O afloramento de calcário com fósseis de briozoários (invertebrados marinhos construtores de recifes, à semelhança
dos corais), nesta rua em Campo de Ourique, representa um precioso testemunho do passado geológico da região onde,
mais de 20 milhões de anos depois, surgiu a cidade de Lisboa. Nessa altura, havia aqui um mar litoral, de pequena
profundidade, com águas tépidas e muito límpidas, favorável ao desenvolvimento de um ambiente recifal. A proteção e
valorização deste e de outros geomonumentos existentes na cidade e a sua colocação ao serviço do público, como bens
culturais e pedagógicos de reconhecido interesse na área das Ciências da Terra, resultaram de um protocolo estabelecido
entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Museu Nacional de História Natural. Podemos observar um nível de calcário argiloso
onde se destacam concreções carbonatadas (saliências) que correspondem a colónias semiesféricas de briozoários com
alguns centímetros de diâmetro. O regime de agitação marinha da época levava a que estas colónias se movimentassem em
vaivém, por rolamento, nos fundos, à semelhança do que vemos suceder com os sedimentos, conduzindo ao aspeto de
estratificação entrecruzada visível no afloramento. Subjacente a este nível existe uma camada de natureza argilosa que terá
sido explorada como barreiro (exploração de barros) pela antiga Cerâmica Lisbonense.
Referências http://sopasdepedra.blogspot.pt/2008/09/geomonumento-da-rua-sampaio-bruno-em.html Consultado em 26/12/ 2020
Fig. 1
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1. O estudo dos briozoários permite a reconstituição de paleoambientes. Os briozoários requerem condições de
sobrevivência ________ específicas, sendo, por isso, considerados bons fósseis de ________.
2. Os fósseis de briozoários do geomonumento da Rua Sampaio Bruno correspondem a moldes do corpo do organismo,
cavados ou salientes na rocha. São, por isso,
A. impressões. C. marcas.
B. mineralizações. D. icnofósseis.
3. Na Terra, entre as rochas sedimentares formadas existem calcários de origem ________, porque o CO2 é ________ por
alguns animais no processo de formação do seu exoesqueleto.
4. A frase sublinhada no texto enquadra-se indubitavelmente numa visão de estudo dos acontecimentos geológicos…
A. Atualista C. Catastrofista
B. Fixista D. Neocatastrofista
7. Explica o eventual declínio das populações de Briozoários em vários pontos do planeta atendendo ao atual padrão de
emissões de gases de efeito de estufa.
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Documento B
Fig. 2
Quadro I
Tubo Tamanho das partículas (diâmetro em mm) Porosidade (%) Tempo de escoamento (s)
A Fino (0,008) 40 14
B Médio (0,2) 40 8
C Grosseiro (1) 40 6
9. Indica um procedimento que deveria ter sido adotado para aumentar a fiabilidade dos resultados.
11. Faz corresponder a cada uma das letras da coluna I, que identificam afirmações relativas à formação de rochas
sedimentares e do seu conteúdo, o número da coluna II que assinala o respetivo processo de formação.
Coluna I Coluna II
a) É um fenómeno que ocorre quando a ação dos agentes de erosão e de transporte se anula ou é 1. Sedimentação
muito fraca.
2. Transporte
b) Consiste na transformação dos sedimentos em rochas sedimentares, por via física ou química.
3. Diagénese
d) É o conjunto de processos físicos que permitem remover os materiais resultantes da
desagregação da rocha-mãe. 4. Erosão
5. Meteorização
12. Relaciona o tamanho das partículas com a duração do transporte e a distância percorrida.
GRUPO II
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O conjunto de esquemas A (I, II, III e IV), da figura 3, pretende representar um modelo de evolução geodinâmica
paleozóica para o contacto entre a Zona Sul Portuguesa (ZSP) e a Zona da Ossa-Morena (ZOM), envolvendo rochas,
nomeadamente na região de Beja, que estiveram associadas à formação de uma cadeia montanhosa – a cadeia varisca.
No esquema III, observa-se a formação de um ofiólito, gerado pela sobreposição de rochas da crusta oceânica e do
manto superior, sobre os materiais continentais da ZOM.
De forma simplificada, o mapa B da figura 3 permite localizar, no território da Península Ibérica, as duas unidades
tectónicas enunciadas, tal como as conhecemos atualmente.
Fig. 3 - ZSP - Zona Sul Portuguesa; ZOM - Zona Ossa-Morena; DMO - Dorsal médio-oceánica; AI - Arco Insular; GB - Gabros de Beja;
COBA - Complexo Ofiolítico de Beja- Acebuches
2. Os algarismos ________ e ________, do esquema I da figura 1, são regiões de provável atividade sísmica.
A. 1 … 2 C. 3 … 4
B. 2 … 3 D. 4 … 1
5. Regra geral, nos limites convergentes, a placa oceânica mergulha sob a placa continental, uma vez que é constituída
essencialmente por…
6. A reduzida idade média das rochas da crosta oceânica, quando comparada com a crosta continental, pode ser explicada
pela…
7. É possível proceder à datação radiométrica do gabro. Considera que o tempo de semitransformação de K-40 em Ar-40
é de 1300 Ma. Por desintegração de 1g de K-40, ao fim de 2600Ma., restam ________ g e decorreram ________ semividas.
(A) 0 … 6 (C) 0,5 … 1
(B) 0,25 … 2 (D) 0,75 … 2
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Coluna A Coluna B
9. O estudo do fundo do mar veio contribuir para a constituição da Teoria da Tectónica de Placas. Verifica-se que o campo
magnético da Terra tem sofrido variações ao longo do tempo, apresentando atualmente polaridade __a)__. À medida que o
magma arrefece, os minerais adquirem a orientação de acordo com o campo magnético existente. Essa orientação
mantém-se até que se atinja valores __b)__ . Verifica-se que a distribuição de faixas formadas por rochas com registo dos
dois tipos de polaridade se posicionam simetricamente em relação __c)__. Ao nível do rifte há __d)__ da litosfera oceânica,
sendo por isso classificado como limite __e)__.
a) b) c) d) e)
10. No Complexo Ofiolítico Beja-Acebuches, regista-se a presença, à superfície, de rochas foliadas de elevado grau de
metamorfismo, com uma textura muito característica, e vestígios de crusta oceânica.
Explica, de acordo com o contexto geotectónico da região, as litologias observadas no Complexo Ofiolítico Beja-Acebuches.
GRUPO III
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A Serra do Marão constitui um dos relevos mais imponentes da região norte de Portugal. A Serra é constituída,
essencialmente, por rochas metassedimentares provenientes de sedimentos depositados pelos grandes rios, nos mares e
oceanos de um tempo muito antigo. Devido ao dinamismo associado à deriva dos continentes e, explicado pela Tectónica de
Placas, esses mares e oceanos fecharam-se e os materiais que se acumularam ao longo do tempo foram comprimidos,
deformados e transformados. É ainda possível observar estratos em discordância (Figura 4). Nos conglomerados ordovícicos
ocorrem calhaus de filitos do Câmbrico. A presença destes calhaus de idade câmbrica indica que antes da deposição dos
conglomerados da base do Ordovícico terá ocorrido um episódio regressivo, responsável pela emersão de vastas áreas com
consequente erosão das rochas que formavam o Câmbrico. O material grosseiro resultante foi-se acumulando sobre os filitos,
originando os referidos conglomerados, de matriz de cinzas vulcânicas ácidas.
Ainda no Ordovícico desta região podem ser observadas em afloramento bancadas de quartzitos bastante ricos em
fósseis de moluscos marinhos (braquiópodes) e vestígios da atividade de seres vivos, como são o caso de pistas bilobadas
(trilhos) do tipo cruziana, com origem em trilobites. Na figura 1 está representada a coluna estratigráfica simplificada da região
do Marão.
Fonte: https://www.researchgate.net/publication/266735681_ Guia_de_campo_para_uma_excursao_geologica_a_Serra_do_Marao (adaptado)
Fig. 4
1. A presença de icnofósseis de trilobites nos estratos quartzíticos do Ordovícico permite determinar a idade ________
dessas rochas, se esses fósseis apresentarem uma reduzida distribuição ________.
A. relativa (…) geográfica C. absoluta (…) estratigráfica
B. relativa (…) estratigráfica D. absoluta (…) geográfica
2. Os quartzitos são rochas resultantes de processos de metamorfismo que atuaram sobre antigos depósitos…
A. evaporíticos. C. argilosos.
B. carbonatados. D. areníticos.
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3. Os sedimentos finos acumulados na bacia de sedimentação marinha deram origem a __(a)__, por __(b)__ seguida de
desidratação, e a filitos, por __(c)__.
A. argilitos (...) compactação (...) metamorfismo regional
B. argilitos (...) compactação (...) metamorfismo de contacto
C. gnaisses (...) recristalização (...) metamorfismo de contacto
D. gnaisses (...) compactação (...) metamorfismo regional
4. A abundância de cruzianas no registo fóssil do Ordovícico da Serra do Marão foi facilitada pelo facto de…
A. as depressões geradas terem sido rapidamente preenchidas por sedimentos.
B. as pistas de locomoção terem sido originalmente escavadas nos quartzitos.
C. os exoesqueletos das trilobites terem sido facilmente fossilizáveis.
D. os paleoambientes da região se terem caracterizados por um elevado hidrodinamismo.
5. Os estratos da Serra do Marão e que estão representados na figura 4 fizeram parte de um fundo marinho…
A. soerguido durante a ação de forças distensivas.
B. subductado durante a ação de forças compressivas.
C. soerguido durante a ação de forças compressivas.
D. subductado durante a ação de forças distensivas.
6. Na sequência estratigráfica do Câmbrico Médio foi encontrado um mineral com 6,25% de isótopo-pai X. Se comparado
com o mesmo tipo de mineral encontrado na sequência do Ordovícico Inferior, a relação isótopo-pai/isótopo-filho X; aquele
valor será…
7. De entre as afirmações relativas à análise e interpretação do texto e da coluna estratigráfica representada na figura 4,
seleciona as duas corretas.
I. A discordância está visível entre os estratos do Câmbrico Médio e do Ordovício inferior.
II. Na região terá ocorrido estiramento crustal.
III. É possível observar uma sequência estratigráfica normal na qual a granulometria dos grãos diminui da base para o
topo.
IV. Os estratos representados pertencem ao Período Paleozóico ou Primário.
V. Nos estratos representados na figura 4 podem ser encontrados fósseis de Amonites.
8. Tendo em consideração os dados do texto e da imagem, explica de que forma na região do Marão há evidências de
alterações do nível médio da água do mar.