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Instituição Centro Paulo Souza

Etec Dr. Emílio Hernandez Aguilar


2° Ensino Médio - Linguagens, Ciências Humanas e Sociais.
Professora: Mara Cristina G. da Silva

Anna Luiza Sabino Lima


Isabella Borges Barroso
Laura Camargo Teodoro
Nicoly Santos de Jesus
Sara Costa de Souza

Governo Brasileiro (2006 - 2011)


Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva

Franco da Rocha - SP
Novembro - 2023
Anna Luiza Sabino Lima
Isabella Borges Barroso
Laura Camargo Teodoro
Nicoly Santos de Jesus
Sara Costa de Souza

Governo Brasileiro (2006 - 2011)


Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva

Desenvolvimento de uma pesquisa apresentada


através do curso de Linguagens, Ciências
Humanas e Sociais na ETEC Dr. Emílio
Hernandez Aguilar, a ser utilizado para a
elaboração de um estudo aprofundado a respeito
da desindustrialização do Brasil.

Orientadora: Mara Cristina G. da Silva

Franco da Rocha - SP
Novembro - 2023
SUMÁRIO

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1. RESUMO …………………………………………………………………………… 4
2. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………….. 5
2.1 Eleições de 2006………………………………………………………………..5
2.2 Contexto Histórico………………………………………………………………6
3. CONTEÚDO
3.1 Plano de Governo…………………………………………………………….. 9
3.2 Política Industrial ……………………………………………………………...10
3.2.1 Avaliação da política industrial no governo Lula…………………………11
3.2.2 Ações
horizontais………………………………………………………….. .11
3.2.3 Ações verticais……………………………………………………………. ..12
3.2.4 Atividades portadoras do futuro…………………………………………...13
3.2.5 O segundo governo Lula e a continuidade da pauta industrial…….. …13
3.2.6 A Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP)............................... ...13
3.3 Inflação ……………………………………………………………………….. 14

4. CONTEXTO INTERNACIONAL (PIB)...........................................................15


4.1 Infraestruturatura…………………………………………………………….. 16
5. SOCIAL
5.1 Bolsa Família ………………………………………………………………… 17
5.2 Desemprego………………………………………………………………….. 18
5.3 Fome Zero. ……………………………………………………………………18
5.4 Combate a Escravidão……………………………………………………….19

6. POLÍTICA EXTERNA ……………………………………………………………20


7. METODOLOGIA…………………………………………………………………. 22
8. CONCLUSÃO ……………………………………………………………………. 23
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ………………………………….………..24

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Lula 2006 - Industrialização no decorrer do
mandato

ANNA LUIZA SABINO LIMA


ISABELLA BORGES BARROSO
LAURA CAMARGO TEODORO
NICOLY SANTOS DE JESUS
SARA COSTA DE SOUZA
ETEC Dr. Emílio Hernandez Aguilar

Resumo: O Governo Lula (2002-2010) teve o grande mérito de recolocar as políticas


industriais na pauta do dia, em um cenário de ausência de mais de vinte anos que privilegiava
a estabilização econômica. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi reeleito no
segundo turno das eleições de 2006, a PITCE tem em seu escopo uma ampla proposta de
políticas tanto horizontais quanto verticais. Entre 1985 e 1987, tentativas de orientar o
desenvolvimento industrial, com o objetivo de aumentar a eficiência e produtividade da
indústria não foram postas em prática.
PALAVRAS - CHAVE: Lula; Industrialização; Política.

ABSTRACT: The Lula Government (2002-2010) had the great merit of putting industrial
policies back on the agenda, in a scenario of absence of more than twenty years that
prioritized economic stabilization. President Luiz Inácio Lula da Silva (PT) was re-elected in
the second round of the 2006 elections, PITCE has within its scope a broad proposal for both
horizontal and vertical policies. Between 1985 and 1987, attempts to guide industrial
development with the aim of increasing industry efficiency and productivity were not put into
practice.
KEYWORDS: Lula; Industrialization; Policy.

Introdução

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O governo Lula tomou posse durante uma situação econômica adversa
causada pela crise cambial de 2002, que resultou no impacto da inflação e na
deterioração dos indicadores das finanças públicas. Na lógica de implementação
de metas de inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central elevou a taxa básica Selic nas suas duas primeiras reuniões em 2003.
Durante esta fase inicial, o crescimento económico foi dificultado pelas ações
governamentais. O consumo e o investimento das famílias caíram no primeiro
ano. O governo Lula não entrou em recessão desde o início, apenas porque as
exportações aceleraram nos primeiros anos de seu governo e já estavam em um
nível elevado, impulsionadas pela desvalorização da taxa de câmbio em 2002,
pela recuperação econômica da Argentina e pelo aumento do produto agrícola.
Outras componentes da procura interna, como o consumo das famílias e do
governo e a formação bruta de capital fixo, recuperaram mais fortemente a
partir de 2004.

Eleições de 2006
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi reeleito no segundo turno
das eleições de 2006, realizadas no domingo (29), por mais quatro anos.
Recebeu 58.295.042 votos, representando 60,83% dos votos válidos. Seu rival
Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador do estado de São Paulo, recebeu
39,17% dos votos válidos, ou 37.543.178 votos. Assim, a dupla obteve um total
de 95.838.220 votos, dos quais foram retirados os votos inválidos e em branco.
O presidente Lula iniciou seu segundo mandato em 1º de janeiro de 2007. Esta é
a quinta vez que um candidato do Partido Trabalhista disputa as eleições
presidenciais. Já disputou eleições em 1989, quando foi derrotado por Fernando
Collor de Mello; em 1994 e 1998, vencida por Fernando Henrique Cardoso, e
em 2002, pela primeira vez, vitória sobre o tucano José Serra, eleito em 2006.
Mas o saldo da “era Lula” também tem a sua tragédia. Escândalos de corrupção

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abalaram o primeiro mandato (2003-2006), mancharam a imagem do Partido
dos Trabalhadores (PT) e fizeram com que o Congresso passasse a ser a
instituição menos respeitável entre os brasileiros. Na frente económica, a maior
vantagem do governo do Partido Trabalhista é que manteve as políticas dos
governos anteriores. Lula criticou o plano real e, ao chegar ao Planalto, deu
continuidade aos planos de controle da inflação. A medida garante a
estabilidade econômica e permite a discussão de outras questões importantes
como saúde, educação e segurança pública.

Contexto Histórico

Especificamente no caso brasileiro, os anos 1970 são fundamentais para


se entender os rumos da economia brasileira nos últimos 30 anos (1980-2010).
O II PND se encaixa na visão econômica desenvolvimentista de ação clara e
consciente do estado e responde, via investimento industrial, as limitações
brasileiras verificadas na primeira Crise do Petróleo. Nesse sentido, é
importante recordar que o governo Lula revisou a Política de Defesa Nacional
(PDN), tendo sido aprovada a nova versão em 2005.

A preocupação, naquele momento, era deter a inflação e voltar para uma


trajetória de crescimento dentro dos moldes neoliberais que focalizavam o
pagamento da dívida, em um cenário de ruptura de financiamento internacional.
Essas estratégias, contudo, não foram colocadas em práticas, o que demonstra
uma falta de consenso em relação às metas estabelecidas e a falta de articulação
entre o Estado e o setor privado

Não podemos desconsiderar alguns esforços do setor público e até mesmo


do empresariado nacional ainda nos anos 1980. A situação brasileira, contudo,
era extremamente delicada, o que fez com que os tímidos movimentos da
iniciativa privada para a diversificação no complexo eletrônico fossem pífios.

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Os anos 1990 deixaram claros os novos rumos da economia brasileira.
Essas forças promoveriam a modernização produtiva e a melhoria da
competitividade num aporte generoso de capital, tecnologia e conhecimento
oriundos do exterior. O país, assim, se encaminhará para o mundo globalizado.

A Exposição de Motivos da Medida Provisória 158, divulgada no dia 15


de março de 1990, faz as primeiras indicações relativas aos objetivos e
diretrizes da nova política. Ligando os planos de elevação do salário real com a
política industrial, objetivando-se a maior abertura e desregulamentação da
economia.

Dentre os instrumentos utilizados previam-se os incentivos ao


investimento, à produção e exportação, apoio à capacitação tecnológica das
firmas nacionais, bem como a promoção de empresas nascentes em áreas de alta
tecnologia. A opção de medidas horizontais ao invés de medidas verticais tinha
uma lógica clara dentro do contexto de abertura e mudança de trajetória na
política industrial: As firmas mais aptas sobrevivem ao cenário competitivo, e
seriam integradas ao mercado global.

Apesar do resultado perverso e do fracasso do Governo Collor, temos que


considerar: a instalação de câmaras setoriais que permitiram a negociação entre
empresários, funcionários e governos para a reativação de alguns setores; o
MERCOSUL concedeu tratamento diferenciado à abertura comercial regional;
alguns setores industriais, como por exemplo o automobilístico, tiveram
regimes especiais de proteção para promover a produção local e o investimento.
O Governo FHC (1994-2002) seria norteado, em grande medida, na
manutenção da nova moeda, em um primeiro momento com uma agenda
marcada por estabilização monetária e reformas constitucionais.

Mesmo com os recursos oriundos em parte dessa onda de privatizações,


não foi possível conter a dívida pública, que acabou explodindo ainda no

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primeiro mandato. A criação de uma burocracia estatal para a regulação das
falhas de mercado marcou a redefinição do poder político para a formulação de
políticas públicas para setores estratégicos da economia, como energia,
telecomunicações, transporte, saúde, etc.

Apesar do controle inflacionário, o Brasil estava, mais uma vez, em um


cenário desanimador que é assinalado por diversos indicadores econômicos. A
economia, a partir de 1999, estava baseada no chamado "Tripé
Macroeconômico" como resposta nacional aos desdobramentos da crise externa.

Se há um problema com o Balanço de Pagamentos (BP), o câmbio se


ajusta e melhora a conta corrente, e se a dívida pública cresce é necessário
calibrar o superávit primário. O período do fim do século XX e início do século
XXI no Brasil é marcado por um impasse macroeconômico.

Apesar de resolvermos o problema da inflação com o Plano Real no


governo Itamar Franco, questões acerca da capacidade tecnológica, difusão de
conhecimento e produtividade industrial não foram solucionadas. Os desafios
do governo Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010), para além das expectativas
de mercado e agentes internacionais, eram imensas no que concerne ao Estado,
indústria e políticas efetivas para o desenvolvimento nacional, sem perder de
vista questões já resolvidas e fundamentais, como a inflação.

A partir da descrição dessas políticas serão observados seus impactos


sobre alguns indicadores, capazes de revelar um grau de evolução da indústria e
na produtividade do país.

Conteúdo

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Plano de Governo
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a Política Nacional de
Saneamento Básico, o Conselho Nacional de Bioética e o Sistema Brasileiro de
Defesa da Concorrência, entre outras matérias, é o que o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva espera do Congresso Nacional em 2006. Na mensagem
encaminhada a deputados e senadores, o presidente destacou o trabalho do
Congresso em 2005, sobretudo na aprovação do Programa Nacional de
Microcrédito Orientado, da MP do Bem, da Lei de Falências, do Programa
Nacional de Biodiesel, do Pró-Jovem e do Programa Universidade para todos.
A solenidade de abertura 52ª Legislatura pelo 1º secretário do Congresso,
deputado Inocêncio Oliveira (PL-PE), a mensagem presidencial destaca o
esforço do Legislativo e do Judiciário - em parceria com o Executivo - e o
engajamento da sociedade para que o Brasil pudesse apresentar melhores
números econômicos e sociais em 2005 do que ao final do ano anterior.
Entretanto, o governo federal, expressa na mensagem levada ao
Congresso pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o Brasil conseguiu se
transformar em um país com mais desenvolvimento e menos desigualdade
priorizando ao mesmo tempo a área econômica e o social. A mensagem cita
como exemplo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios, divulgada
pelo IBGE em novembro passado, que confirmou a redução da pobreza e da
concentração de renda.
"Nos últimos três anos foram criados 3,4 milhões de novos postos de
trabalho, todos com carteira assinada. Além disso, mais de 80% dos acordos
salariais fechados em 2005 resultaram em reajustes iguais ou superiores à
inflação. Pela primeira vez em décadas, uma ampla negociação entre governo e
centrais sindicais definiu o valor do novo salário mínimo, que já foi
encaminhado ao Congresso na forma de um projeto de lei", enumera o
presidente Lula em sua mensagem aos deputados e senadores.

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O comércio exterior também foi tema do texto presidencial. A busca de
uma maior integração entre os países da América do Sul é citada como
responsável por obras já anunciadas que serão importantes para o país, como a
Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco - uma parceria entre o Brasil e a
Venezuela - e o Gasoduto do Sul, que envolve também a Argentina, além do
Brasil e da Venezuela.

A evolução das exportações brasileiras também merece destaque na mensagem


presidencial. Além de comemorar o faturamento de US$ 118,3 bilhões em 2005
com a exportação de produtos, o que gerou um saldo comercial de US$ 47
bilhões, o presidente Lula, em sua mensagem, estima que as exportações
continuaram se expandindo neste ano, o que provocará a geração de mais
emprego e renda.

O presidente da República também citou, em sua mensagem, dados sobre


programas de seu governo como o Luz para Todos, Programa Nacional de
Agricultura Familiar (Pronaf), Bolsa Família e Prouni, além da reforma agrária.
Sobre o Bolsa Família, que hoje, segundo o governo, beneficia 8,7 milhões de
famílias, o equivalente a 77% das pessoas que vivem abaixo da linha de
pobreza, a mensagem revela a expectativa de que o programa atinja 100% das
famílias extremamente pobres do país.

Política Industrial

Avaliação da política industrial no governo Lula

Segundo relatório do BACEN (2015), em novembro de 2003, a taxa de


juros SELIC fechou em 11,5% a.a e com uma inflação em 9,3% a.a. Se, por um
lado, as políticas macroeconômicas mantiveram o seu padrão, por outro a

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indústria voltou para a pauta nacional com o lançamento, no dia 31 de março de
2004, da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE).

Dado o caráter diversificado da indústria brasileira, a PITCE tem em seu


escopo uma ampla proposta de políticas tanto horizontais quanto verticais. Para
que a proposta fosse realizada com êxito, foi necessário um árduo esforço
político e econômico para que as diretrizes do programa tivessem evolução
conjunta e sincronizada.

Ações horizontais

Um dos aspectos fundamentais da PITCE é, sem dúvida alguma, o marco


regulatório. Um dos destaques é a subvenção econômica para as empresas que
envolveu R$510 milhões, segundo dados da Finep em 2006, sendo 300 milhões
para semicondutores, softwares, fármacos e medicamentos e bens de capital,
com foco na cadeia produtiva de combustíveis e biocombustíveis.

A Lei do bem é um usufruto automático, isto é, não precisa de


submissão prévia de projeto e nem pedir aprovação, basta lançar os dispêndios
em P & D na instrução normativa da Receita Federal. As deduções relacionadas
com P & D são realizadas de forma automática.

As empresas de informática têm redução de IPI em contrapartida ao


investimento feito em P & D equivalente a 5% do seu faturamento, previsto na
Lei da Informática. Tão importante quanto a regulação são mecanismos de
financiamento.

A nova dinâmica mundial exige a formação de recursos humanos


qualificados, o que chamamos de economia de capital humano. Quando
olhamos mais de perto para as grandes áreas, verifica-se que há um domínio das
ciências da saúde, ciências agrárias e das ciências humanas, seguida pelo
número de engenharias.

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Não consideramos, ainda, o número de desistências e evasões que não são
contabilizados pelos números registrados. Em termos gerais, a participação do
Brasil em exportações no mercado internacional aumentou de 0,96% em 2002
para 1,17% em 2005 (ABDI).

Ações verticais

Quatro opções estratégicas foram definidas pela forte relação com a


inovação e pela vulnerabilidade brasileira nesses setores: semicondutores,
software, bens de capital e fármacos e medicamentos. Existe, também, a
preocupação com a capacitação de pessoas, que pode ser observado na
instalação do Centro de Excelência Tecnológica em Tecnologia Eletrônica
(Ceitec), um projeto orçado em R$155 milhões.

A participação de softwares brasileiros, contudo, é bastante reduzida no


mercado internacional. Os bens de capital são não apenas a parte fundamental
da dinamização da economia como também a área de maior dificuldade de
desenvolvimento no Brasil.

Por último, temos as ações de subvenção e incentivo de exploração dos


fármacos e da biotecnologia com uma grande ação conjunta de longo prazo (10
anos), envolvendo recursos dos fundos de saúde e do Profarma.

Atividades portadoras do futuro

São os programas para biomassa/energias renováveis, com a manutenção


da liderança brasileira em tecnologia e negócios da cadeia do álcool; o
aproveitamento de crédito de carbono, energia solar e eólica; e, os programas
voltados para a Nanotecnologia que, apesar de recursos iniciais modestos,
sugerem apontamentos e aproximações setoriais para gerar não apenas
mudanças científicas como também oportunidades comerciais (ABDI).

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O segundo governo Lula e a continuidade da pauta industrial

Instituída em 2008, a PDP, foi criada com o objetivo de fortalecer a


economia, foi norteada por diálogos com o setor privado e estabelecimento de
metas.

A Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP)

A apresentação das macrometas e atividades da PDP deixa clara a


importância da PITCE por construir um arcabouço legal-regulatório e fortalecer
as instituições de apoio à política, como o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Industrial (CNDI) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (ABDI), dentre outras. A manutenção de um investimento em taxas
superiores ao crescimento do PIB para a FBCF começou muito bem, mas teve
um impacto negativo com a crise em 2008.

Os gastos em P & D ficaram bem longe de cumprir, dentro ou fora do


prazo, a meta de 0,65%, uma vez que em 2011 o dispêndio em P & D foi de
0,59%. A participação brasileira nas exportações mundiais, mesmo em cenário
de crise, aumentou de 1,18% em 2007 para 1,26% em 2009, o que já supera a
meta proposta de 1,25%. Em 2010 ultrapassou 1, 35%.

Em contrapartida, os produtos primários e semimanufaturados tiveram


uma alta considerável de 56% em 2007 para 67,2% em 2010, favorecidos pela
elevação mundial do preço das commodities. A meta de aumento de 10% não
foi atingida devido ao cenário internacional de crise.

Inflação

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Durante os oito anos do governo Lula, a taxa de inflação oficial do país,
medida pelo Índice Amplo de Preços ao Consumidor (IPCA), ficou sete pontos
abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A exceção
ocorreu justamente no primeiro ano de gestão, ou seja, 2003. Embora o aumento
do IPCA tenha sido menor, de 9,30%, ante 12,53% em 2002, ainda assim ficou
acima da meta de reajuste de 8,5% anunciada pelo governo central.

Em 2004, o CMN fixou a meta de inflação acumulada para aquele ano em


5,5%, com oscilação de 2,5 pontos porcentuais, e o IPCA finalmente atingiu a
meta de 7,60%, muito próxima do limite máximo estabelecido. Em 2005, a taxa
de inflação oficial da China aumentou cumulativamente 5,69%, dentro do
intervalo-alvo de 4,5%, flutuando 2,5 pontos percentuais.

A partir de 2006, o CMN manteve o ponto central da meta inflacionária


do Brasil em 4,5%, mas reduziu as margens para 2 pontos porcentuais para cima
ou para baixo. Foi exatamente nesse ano que o IPCA atingiu a marca de 3,14%,
a menor taxa desde o início de implantação das metas, em 1999.

Em 2007 e 2008, a inflação acumulada avançou para os níveis de 4,46% e


de 5,90%, respectivamente, mas ainda continuou dentro do intervalo perseguido
pelo Banco Central. Em 2009, em virtude principalmente da alta menor nos
preços dos alimentos, o IPCA acumulado desacelerou para a marca de 4,31%.
No último ano do governo Lula, a inflação apresentou importante aceleração,
registrando alta de 5,91%. Apesar de ainda ter ficado dentro da meta do CMN,
de 4,5%, com tolerância de 2 pontos para cima ou para baixo, o IPCA foi o
maior desde 2004.

Contexto Internacional (PIB)


Durante o mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
abrangeu os anos de 2003 a 2010, houve um crescimento significativo da

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economia brasileira. Entre 2006 e 2010,o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil
experimentou um aumento constante.

Aqui estão alguns dados aproximados do PIB do Brasil durante esse período:

● Em 2006, o PIB brasileiro cresceu cerca de 4,0% em termos reais.

● Em 2007, houve um crescimento de aproximadamente 6,1%.

● Em 2008, o crescimento foi mais moderado, em torno de 5,1%, apesar dos


efeitos da crise financeira global que começou a se manifestar naquele ano.

● Em 2009, devido aos impactos da crise financeira global, o PIB brasileiro


teve um crescimento muito mais baixo, de cerca de 0,1%.

● Em 2010, a economia brasileira se recuperou e registrou um crescimento mais


robusto, com uma expansão do PIB de aproximadamente 7,5%.

Esses números refletem uma fase de expansão econômica significativa


durante o mandato de Lula, com destaque para os anos de 2006, 2007 e 2010. É
importante notar que o desempenho econômico de um país é influenciado por
uma série de fatores, incluindo políticas governamentais, condições
internacionais e eventos econômicos globais. Portanto, o crescimento do PIB
durante esse período foi resultado de uma combinação de fatores tanto nacionais
quanto internacionais.

Infraestrutura
Em janeiro de 2007 foi lançado o PAC (Plano de Aceleração do
Crescimento), uma série de medidas que visam acelerar o crescimento
econômico do Brasil. A expectativa é que os investimentos ultrapassem 500
bilhões de reais nos quatro anos do segundo mandato presidencial, além de uma
série de mudanças administrativas e legislativas. Mesmo com o PAC, os
investimentos em infraestrutura são considerados insuficientes para atender às
necessidades de crescimento do Brasil, segundo análises e cálculos. Segundo

15
dados calculados pelo economista Raul Velloso com base no IBGE, a taxa de
investimento direto da UE não está nem perto do nível da década de 1970.
Segundo Veloso, a taxa de investimento da UE atingiu 0,6% do Produto Interno
Bruto (PIB) em 2009, sem levar em conta as empresas estatais, enquanto em
1976, durante o governo Geisel, o investimento federal representou 1,9% do
PIB e não incluiu empresas estatais.
Durante o governo Geisel, em 1976, o investimento federal representou
1,9% do PIB, sem incluir as empresas estatais. Entre 2003 e 2009, a taxa de
investimento da UE oscilou entre 0,2% (um dos níveis mais baixos desde 1970)
e cerca de 0,6% em 2009. O economista José Roberto Afonso observou que o
investimento público aumentou nos últimos anos do governo Lula,
especialmente em 2009, com melhor implementação do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) de Trabalho. No entanto, este aumento não
foi suficiente para compensar as perdas do setor privado em comparação com
décadas anteriores.
No entanto, o PAC tem sido atormentado por problemas de
implementação (atrasos). O próprio presidente Lula mencionou os atrasos na
Rodovia Transnordestina. Por exemplo, embora o balanço do PAC projete que
os investimentos rodoviários cheguem a R$45,5.
Em quatro anos, nos últimos três anos a lei orçamentária anual (Loas)
autorizou o Departamento Nacional de Transportes e Infraestrutura (DNIT) a
investir apenas R$21,6 bilhões, equivalente a 47,6% do previsto. O valor
efetivamente pago foi de apenas R$7,4 bilhões. Este valor representa 16,41%
dos recursos anunciados pela Aliança para a construção, reconstrução,
duplicação e restauração de trechos rodoviários em todo o país e 34,58% dos
recursos autorizados no orçamento do projeto. Segundo dados do site Contas
Abertas, dos 12.520 projetos do PAC em todo o país, apenas mais de 1.200
foram concluídos, o que representa 9,8% do total. Ao final do segundo mandato
de Lula, um dos setores que mais recebeu atenção foi o da aviação civil,

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principalmente por conta dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014,
quando o órgão regulador do setor (ANAC) estava com cargos estratégicos
vagos, o que dificultou a tomada de decisões. decisões importantes. Esta
deficiência na gestão da ANAC pode ser atribuída a uma crise na indústria de
aviação brasileira no final de 2006, conhecida como “apagão aéreo”.

Social
Bolsa Família
Um programa social bastante conhecido do governo Lula é o Bolsa
Família, criado por meio da Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e
regulamentado pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004. A finalidade
do programa, que atende cerca de 12,4 milhões de habitantes, é a transferência
direta de renda do governo para famílias pobres (renda mensal por pessoa entre
R$69,01 e R$137,00) e em extrema miséria (renda mensal por pessoa de até
R$69,00). O programa foi uma reformulação e ampliação do programa Bolsa
Escola do governo FHC, que tinha uma abrangência de 5,1 milhões de famílias.
Existem preocupações de que o programa seja uma forma de comprar votos, de
que não há controle rígido contra fraudes e de que se corre o risco de tornar-se
uma fonte de renda permanente para os beneficiados. Apesar disso, o Bolsa
Família também é elogiado por especialistas pelo fato de ser um complemento
financeiro para amenizar a fome das famílias em situação financeira precária. É
apontado também como um dos fatores que propiciaram às famílias das classes
mais pobres o consumo maior de produtos, o que beneficia a economia do país.

O Bolsa Família foi considerado um dos principais programas de combate


à pobreza do mundo, tendo sido nomeado como "um esquema anti-pobreza
inventado na América Latina (que) está ganhando adeptos mundo afora" pela
britânica The Economist. Ainda de acordo com a publicação, os governos de
todo o mundo estão de olho no programa. O jornal francês Le Monde reportou:

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"O programa Bolsa Família amplia, sobretudo, o acesso à educação, a qual
representa a melhor arma, no Brasil ou em qualquer lugar do planeta, contra a
pobreza”.

Desemprego
De acordo com o IBGE, em dezembro de 2010, a taxa de desemprego
atingiu 5,3% da população economicamente ativa (PEA), o que representou o
menor resultado da série histórica, iniciada em 2002 pelo instituto. Em
dezembro de 2002, o desemprego representava 10,5% da PEA. Em 2003, no
mesmo mês, a taxa ficou em 10,9%. Em dezembro de 2004, atingiu 9,6% da
PEA e, no mesmo mês dos anos seguintes, a taxa sempre mostrou números
menores: 8,4% (2005 e 2006); 7,5% (2007); 6,8% (2008 e 2009). O desemprego
médio do último ano do Governo Lula foi de 6,7%, também o menor da série
histórica. Em 2009, essa mesma taxa era de 8,9%.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados


(Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o volume de vagas
criadas em 2010 foi o melhor do Governo Lula na geração de emprego com
carteira de trabalho assinada e também representou um resultado histórico.
Descontadas as demissões de 2010, foram criados 2.524.678 postos de trabalho
formal. No acumulado de oito anos da era Lula, o Ministério do Trabalho
contabilizou a criação de 15.048.311 novas vagas com carteira assinada, já
descontadas as demissões.

Fome zero
O programa Fome Zero começou como uma tentativa do Presidente da
República de mobilizar as massas em favor das pessoas mais necessitadas no
Brasil. O programa fez com que os olhos dos governos internacionais voltassem
para o Brasil, sendo Luiz Inácio muito elogiado por organismos internacionais.
A meta era uma tarefa ousada de erradicar a fome em quatro anos e reduzir a

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subnutrição até 2015. Por uma série de razões, não foi realizada a contento e foi
substituído pelo Bolsa Família.

O Fome Zero foi citado pelos críticos como um dos principais fracassos
da administração Lula, conforme o Jornal do Brasil. Foi, entretanto, elogiado
pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que, em 2010, durante
participação no III Fórum da Aliança de Civilizações, disse que o programa, ao
lado do Bolsa Família, trouxe "uma grande diferença" para o Brasil.

Ao assumir a Presidência da República, Lula disse que em


sua gestão queria ver todo brasileiro fazendo “três refeições
por dia”. Essa diretriz levou o governo petista a implantar,
em fevereiro de 2003, o Programa Fome Zero (PFZ) como
plano orientador das políticas direcionadas aos segmentos
sociais que estariam vivendo abaixo de um padrão
socialmente aceitável.

— Centro Internacional de Políticas para Crescimento


Inclusivo

Combate a escravidão
O combate à escravidão e ao trabalho degradante foram fortificados do
governo do presidente Lula. Quando Lula assumiu, FHC tinha deixado um
Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, uma base sobre a qual o
governo Lula poderia trabalhar. O resultado foi que, entre 1995 a 2002 houve o
resgate de 5.893 pessoas do trabalho escravo e entre 2003 a 2009, o Brasil
resgatou 32.986 pessoas da condição de trabalho escravo, a maioria no Governo
Lula. Porém, as punições ao trabalho escravo no Brasil, algumas vezes, se
restringem a indenizações trabalhistas, como as assumidas pelo Grupo
Votorantim, mas já há evolução e condenações contra tal crime. Segundo a OIT
(Organização Internacional do Trabalho), até hoje houve no país apenas uma

19
condenação com efetivo cumprimento de pena de prisão, sendo aplicadas
normalmente apenas multas, indenizações às vítimas e bloqueio de fichas de
empresas para o recebimento de financiamentos.

Política Externa

Entre 1985 e 1987, tentativas de orientar o desenvolvimento industrial,


com o objetivo de aumentar a eficiência e produtividade da indústria não foram
postas em prática. Já em 1990, tem-se o foco na abertura comercial e
competitividade, durante o governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992)
que criou a chamada “Política Comercial e de Comércio Exterior” (PICE).

Este cenário promoveu um ajustamento severo das empresas nacionais


que acarretou em queda da produtividade, emprego e renda, além de falências
das empresas. O governo FHC (1994-2002), no primeiro momento, foi norteado
pela manutenção da nova moeda, por planos de estabilização monetária e
reformas constitucionais; e, no segundo momento, por uma crise expressa na
incapacidade do Estado em estabilizar o emprego e promover renda e
crescimento.

E é só a partir do governo Lula, que manteve o tripé macroeconômico do


governo FHC, que a indústria volta para a pauta nacional. Esta política atuou
em três principais pilares: Políticas horizontais (voltadas para inovação e
desenvolvimento tecnológico, inserção externa/exportações, modernização
industrial, ambiente institucional), ações verticais em setores estratégicos
(software, semicondutores, bens de capital, fármacos e medicamentos) e em
atividades portadoras de futuro (biotecnologia, nanotecnologia e energias
renováveis).

20
Tanto a PITCE quanto a PDP introduziram novos recursos regulatórios e
legislativos e possibilitaram o mapeamento da indústria brasileira à luz do
século XXI. Temos, ao menos, dois caminhos para a política industrial: o de
regulação - que envolve processos de arbitragem concorrencial como: política
antitruste, propriedade intelectual, política comercial, controle e administração
de preços, dentre outros - e o regime de incentivos - estímulos financeiros e
fiscais como juros subsidiados, modificação na estrutura tarifária, deduções
fiscais, crédito e financiamento de longo prazo, incentivos aos gastos de
pesquisa e desenvolvimento (P&D), etc.

Nesse caso, observamos elevado poder de encadeamento na cadeia


produtiva, grande dinamismo potencial, retornos crescentes de escala e geração
de um maior valor agregado. Já as chamadas políticas horizontais procuram
melhorar o desempenho da economia em sua totalidade, sem a especificação de
um setor e enfatizando as ações governamentais para as condições gerais da
economia.

Existe, como esperado pelas características acima, uma polarização sobre


as ações do Estado na política industrial. Temos, resumidamente, 3 grandes
linhas de visões teóricas sobre a temática: A ortodoxa, a desenvolvimentista e a
evolucionária.

A ação, portanto, é meramente corretiva e horizontal, cabendo aos


agentes privados o curso industrial. A liberalização comercial daria maior
integração internacional, dando oportunidade de desenvolvimento de processos
industriais mais robustos.

Já a visão desenvolvimentista atribui em grande parte a participação do


Estado nos fenômenos econômicos. Nessa visão, a história e a trajetória de
longo prazo são importantes, tendo o Estado como agente decisório.

21
Vale a nota de que essa vertente de pensamento tem como pensadores
homens que, em sua maioria, ocuparam cargos nos Governos de seus países -
como é o caso, por exemplo, tanto de Prebisch quanto de Furtado. Ou seja, no
Brasil é adotado um modelo de desenvolvimento dentro de uma lógica
macroeconômica mundial.

As linhas teóricas acerca do chamado "Estado desenvolvimentista" são


diversas (apesar de compartilharem um núcleo duro em comum) e que, muitas
vezes, a ação prática e a teoria do que se concebe como desenvolvimento e
"estado desenvolvimentista" são descoladas. Na linha revolucionária, temos a
combinação do marco teórico desenvolvido, com maior destaque, por Nelson e
Winter no papel estratégico da inovação.

Nos escritos de Joseph Schumpeter se enfatiza a importância do estudo


fundamental não do ponto de equilíbrio outrora defendido pela linha econômica
ortodoxa, e sim o processo que se dá, nos mais diversos planos, na análise da
firma e da indústria. A observação dessa economia está no meio de
regularidades, processos, rotinas, metas e regras.

Metodologia
O início do estudo foi executado com a formação teórica sobre o tema,
seria sobre o segundo governo Lula, iniciando-se por uma pesquisa
bibliográfica e análise preliminar sobre o tema da pesquisa. Foram expostas
algumas metodologias de análise e melhoria de processos disponíveis e buscou-
se então os critérios de utilização de ferramentas da qualidade na metodologia
de análise de falhas e melhoria de processos. Por último fez-se então a junção
de toda a pesquisa feita pelos integrantes do grupo, houve uma análise de todo o
material recolhido para ver a eficácia e para verificar caso houvesse de ter
alguma mudança.

22
Conclusão

Diante da revisão histórica, podemos perceber claramente a ruptura de


ação do Estado brasileiro em relação aos rumos da economia: de um Estado
industrializante, na última etapa do PSI no final da década de 1970, para um
Estado estabilizador devido ao esgotamento de recursos e altas taxas
inflacionárias - taxas essas que tirariam totalmente a credibilidade da(s)
própria(s) moeda(s). Devemos, contudo, colocar a questão em perspectiva
histórica. As duas últimas décadas do século XX deixavam evidentes, ao menos,
três fragilidades nacionais: a questão de financiamento e tamanho do estado na
economia, o descompasso entre a ação dos agentes econômicos e a falta de
eficácia de qualquer política monetária, dada a corrosão inflacionária.

A PITCE é um grande feito nos últimos tempos na indústria nacional. Se


a PITCE tem a virtude de utilizar políticas horizontais e verticais, mapeando
setores estratégicos ainda não amadurecidos, e os já consolidados na estrutura
nacional, para realizar uma evolução de longo prazo na indústria brasileira; o
PDP, tem a qualidade de ser mais pragmático: metas claras e objetivas em 4
eixos macroeconômicos que deveriam ser consolidadas até 2010.

É preciso um esforço maior, apontado por diversos autores. Do Plano


Real ao tripé temos um intervalo de 5 anos de estabilização inflacionária.

Em termos de desenvolvimento econômico, o governo Lula peca


exatamente na execução - e talvez até na formulação - da política
industrial.Temos um mapeamento de diversos setores considerados
fundamentais ou essenciais para o desenvolvimento da indústria nacional, ao
mesmo tempo que vultosas quantias de crédito e subsídios - ausentando-se
outros instrumentos para incentivo - são fornecidas, tanto para os setores e
empresas considerados estratégicos como também para setores e empresas

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nacionais estabelecidas e competitivas, sobretudo para o setor alimentício e
agropecuário.

No que se refere ao híbrido macroeconômico visto no Governo Lula entre


estabilização e política industrial, não podemos (nem devemos, como mostra a
história) negligenciar alguns fatores, como inflação e dívida pública. Se, por
um lado, o Tripé limitou as políticas industriais do Governo Lula com ações na
dimensão macroeconômica que priorizavam a estabilidade (seja do câmbio, do
superávit primário ou da própria inflação) ao invés do crescimento e
aprimoramento industrial; por outro, concluiu o período de Governo com
relativa estabilidade econômica e política - mesmo com a crise - e notáveis
avanços sociais.

O que não parece viável é um crescimento e uma marcha ao


desenvolvimento, que ignore fatores problemáticos da história econômica
recente.

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