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Tatiana, filha de Angela, filha do tempo,

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No momento certo do amor eterno.
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As linhas do tempo nas curvas das joias
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A imaginação cravada na resistência do metal
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Da pérola, no selo do tempo, no ventre de Angela, como natal.

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A saudade é como uma flor que se encontra no canto do pássaro
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E no seu andar cauteloso, que se encanta com a água do rio
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Com o silencio das pedras, e a alma do desvario

Tatiana, filha de Angela, irmã do tempo, que nunca se acaba

Porque o amor é terno, como a agua do rio e a flor em pé

A saudade é filha da eternidade

No esplendoroso canto da santidade, no sopro da liberdade

Tatiana, filha de Angela, filha do tempo, vizinha do vento

Que sopra nas asas do pássaro e nas casas do momento

Nas casas de armado cimento

No amado tempo, no misterioso tempo, no tempo desconhecido

E o passado com pérola no bico, voa ao materno leito

Porque tudo o que foi feito, será desfeito,

Para que um dia tudo que foi desfeito, seja refeito

No leito do rio, no bico do pássaro, no leito do tempo, no tempo do rio.

Tatiana
Poema João Ricardo Moderno
20 setembro 2018