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TECNOLOGIA APLICADA AO ENSINO

Profa. Dra Andiara Lopes

TÓPICO 3 | VISTAS ORTOGRÁFICAS

Angela | Sara | Simone | Thales

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Roteiro

Vistas Ortográficas
● Definição
● Como surgem as vistas?
● Regras de Interpretação
● Execução
● Passo a Passo

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Vistas Ortográficas
• Definição
São projeções cilíndricas ortogonais de um objeto segundo
planos de projeção posicionados em locais pré-determinados. Vindo da
Geometria Descritiva, temos o plano vertical e o horizontal, então,
inserimos um plano adicional, localizado na lateral.
As vistas ortográficas podem ser classificadas em: Vistas
ortográficas principais; Vistas ortográficas auxiliares e Vistas
secionais.

Projeção

Posição que
ficam as
Planos projeções com
sendo a abertura dos
abertos planos.

Visitem o site https://drb-m.org/cad/3vistasortogonais.htm


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1 Vistas Principais
Elas são as projeções obtidas quando um objeto
é envolvido pelas seis faces de um cubo envolvente,
formando seis planos. Deve obedecer a disposição
que cada face do cubo envolvente ocupa após
realizar a abertura dos planos. A posição relativa
entre as vistas no desenho é definida pela Norma
Técnica.

1. VISTA FRONTAL – mostra o objeto sendo visto de frente;


2. VISTA SUPERIOR – mostra o objeto sendo visto por cima;
3. VISTA LATERAL ESQUERDA – mostra o objeto sendo visto pelo lado
esquerdo;
4. VISTA LATERAL DIREITA –mostra o objeto sendo visto
A Vistas habituais são as
pelo lado direito; 3 primeiras: FRONTAL,

5. VISTA INFERIOR – mostra o objeto sendo visto por baixo; SUPERIOR E LATERAL
ESQUERDA.
6. VISTA POSTERIOR – mostra o objeto sendo visto por trás. As demais são feitas
caso seja necessário, de
acordo com a
complexidade do objeto.

FONTE: http://pauloito.blogspot.com/2016/08/leitura-e-interpretacao-de-desenhos.html 4
2 Vistas Auxiliares
A representação da forma e da verdadeira grandeza de uma
superfície inclinada só será possível fazendo a sua projeção ortogonal
em um plano paralelo à parte inclinada. A projeção feita no plano
auxiliar é chamada de vista auxiliar. As vistas auxiliares são
empregadas para mostrar as formas verdadeiras das superfícies
inclinadas contidas nos objetos representados. A ABNT recomenda a
utilização de vistas parciais, limitadas por linhas de rupturas, que
representam somente as partes que aparecem as formas
verdadeiras dos objetos.
Posição do observador,
paralelo à peça

FONTE: http://pauloito.blogspot.com/2016/08/leitura-e-interpretacao-de-desenhos.html

3 Vistas Seccionais = Cortes


Obtidas quando
um objeto é cortado
por um plano secante.
Desta forma, é
removida a parte
entre o plano secante
e o observador. São
empregadas para
mostrar detalhes
internos que não são
claramente
mostrados nas vistas
normais.

FONTE: Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico. Mecânica. Telecurso 2000. 5


• Como surgem as vistas?

1 Simplificando...
O primeiro passo para entender a formação das vistas pode ser
utilizar objetos reais. Pegue um objeto simples como uma caixa de
fósforo, escolha uma posição para segurar e ponha bem em frente
aos olhos.
Observe que ao posicionar para fazer a Vista Frontal você
apenas consegue ver Comprimento e Altura da caixa. Em seguida, veja
a caixa de cima, sem alterar a posição da frente, resultando na Vista
Superior, em que é possível ver o Comprimento e a Largura da caixa.
Por último, volte para a posição frontal e vá para o lado esquerdo da
peça, resultado na Vista Lateral Esquerda, onde vemos a Largura e a
Altura da caixa

FONTE: Autora, 2020.

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• Regras de Leitura e Interpretação das Vistas

1 Correspondência de Faces
A letra A, na face da frente do modelo, aparece também na
vista frontal. Isso ocorre porque a vista frontal corresponde à face
da frente do modelo.
Na perspectiva, as letras B e C indicam as faces de cima do
modelo. Essas letras aparecem na vista superior mostrando a
correspondência entre as faces de cima do modelo e sua
representação na vista superior. Finalmente, as letras D e E, ou seja,
as faces de lado do modelo - correspondem às faces D e E na vista
lateral esquerda.

FONTE: Autora, 2020. 7


EXEMPLOS

FONTE: Autora, 2020. 8


2 Correspondência de Arestas
Outra forma de compreender como as vistas se formam, é
observar as arestas do objeto e fazer a correspondência delas no
desenho das vistas. Ao posicionar o objeto para cada vista
ortográfica, vemos apenas algumas arestas, pois outras são
encobertas. Também mudam o formato de algumas arestas,
dependendo da posição da vista. Veja os exemplos abaixo: observe as
arestas do modelo em 3 dimensões e depois examine as vistas, as
mesmas letras que nomeiam as arestas no modelo correspondem às
arestas das vistas.

Neste exemplo com


arestas coloridas, fica
mais evidente a posição
de cada aresta
no modelo e sua
correspondência nas
vistas.

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3 Regra do Alinhamento
A regra do alinhamento demonstra que os desenhos de um mesmo
elemento, encontrados simultaneamente nas vistas, encontram-se
alinhados. Através de uma linha de chamada (linha auxiliar, bem fina), é
possível comprovar o alinhamento. O elemento pode assumir diferentes
formas de acordo com a posição em que está sendo visto.

Observe a RETA 1 – 2, na
figura abaixo. Na Vista Frontal,
a RETA é vista de frente e
aparece como um ponto, o 1 na
frente encobrindo o 2. Na Vista
Superior, a RETA é vista de
cima e vemos os pontos 1 – 2. E
na Vista Lateral Esquerda, a
RETA é vista na lateral e
também vemos os pontos 1 – 2
mas em outro local do desenho.
Porém, em todas as vistas, são
a mesma reta.
4 Regra das Figuras Contíguas
A linha que separa duas áreas contíguas de uma vista ortográfica
indica que estas duas áreas não estão contidas no mesmo plano. Mas
que podem representar diferentes tipos de formatos.

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• Execução

1 Traçado das Projeções

Como projeções desenhadas representam uma mesma peça


sendo vista por lados diferentes, o desenho deve resguardar,
visualmente, as proporções da peça, deste modo, os lados que
aparecem em mais de uma vista não podem ter tamanhos diferentes.
Assim sendo, as vistas devem preservar:
• Os mesmos comprimentos nas vistas FRONTAL e SUPERIOR.
• As mesmas alturas nas vistas FRONTAL e LATERAL ESQUERDA.
• As mesmas larguras nas vistas LATERAL ESQUERDA e SUPERIOR.

A A

C L

L C

Fonte: http://pauloito.blogspot.com/2016/08/leitura-e-interpretacao-de-desenhos.html 11
2 Representação de Superfícies Inclinadas
A projeção resultante no plano
que é perpendicular à superfície
inclinada será um segmento de reta
que corresponde à verdadeira
grandeza da dimensão representada.
Nos outros dois planos a superfície
inclinada mantém a sua forma, mas
sofre alteração da verdadeira
grandeza em uma das direções da
projeção resultante.

Fonte: http://pauloito.blogspot.com/2016/08/leitura-e-interpretacao-de-desenhos.html 12
3 Representação de Arestas Ocultas
A representação das projeções ortogonais, é feita por vistas
tomadas de lados diferentes, dependendo da forma do objeto, algumas
de suas superfícies poderão ficar ocultas em relação ao sentido de
observação. Nestes casos, as arestas que estão ocultas em um
determinado sentido de observação são representadas por linhas
tracejadas.
Observando a Figura vê-se que a superfície “A” está oculta
quando a peça é vista lateralmente (direção 3), enquanto a superfície
“B” está oculta quando a peça é vista por cima (direção 2).
Deve-se procurar evitar o aparecimento das arestas ocultas
porque a visualização da forma espacial é mais fácil mediante as linhas
das arestas visíveis. Mas não significa omiti-las, pois, em relação ao
sentido de observação, as linhas tracejadas são vitais para
compreensão do objeto.

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4 Representação de Arestas Coincidentes
Quando em uma determinada vista ocorrer a sobreposição de
arestas (superfícies coincidentes), representa-se aquela que está mais
próxima do observador. As linhas de arestas visíveis (contínuas)
prevalecem sobre as linhas de arestas invisíveis (tracejadas).

5 Representação de Superfícies Curvas


No plano paralelo à
superfície circular, a
projeção resultante
mantém a forma e a
verdadeira grandeza do
círculo. No plano cuja
superfície circular é
perpendicular, a projeção
resultante é um
segmento de reta, cujo
comprimento é igual ao
diâmetro do círculo. A
partir das projeções
ortogonais dos planos
circulares executa-se
com facilidade as
projeções ortogonais de
corpos cilíndricos. 14
Observe os exemplos abaixo. Alguns objetos diferentes geram vistas
semelhantes e a terceira vista é fundamental para mostrar a
diferença entre elas.

1 2

3 4

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• Passo a Passo Para a Execução
1 Pontos a Serem Cumpridos
1. Analisar o objeto a ser representado e entender os elementos que
precisam ser desenhados;
2. Posicionar o “observador” para executar a vista desejada (não
precisa ser necessariamente a vista frontal, pode ser aquela mais
fácil de entender/representar o objeto);
3. Executar a primeira vista usando linhas finas auxiliares;
4. A partir da segunda vista, leve em consideração o local obrigatório
que cada uma deve ficar: Superior abaixo da Frontal e Lateral
Esquerda do lado direito da Frontal;
5. Ao elaborar as demais vistas, é preciso também seguir o
alinhamento das vistas (basicamente no comprimento para vista
Frontal e Superior e na altura para Frontal e Lateral);
6. Neste momento administrar as informações sobre Aresta Invisível /
Superfície inclinada / Superfície Curva, de acordo com a peça;
7. Por último, executar a diferença de traços, atribuindo a espessura
mais grossa/larga aos elementos mais próximos ao observador,
afinando as espessuras de acordo com o afastamento do
observador.

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EXEMPLOS

Arestas inclinadas utilizamos


apenas uma espessura do
começo ao fim. Aqui na Vista
Lat. Esq. elas estão
com Traço Médio e
chegam em uma aresta de
Traço Fino/Estreito, emitindo a
informação que se trata de
aresta inclinada, confirmada na
Vista Frontal.

Aqui

FONTE: Autora, 2020. 17

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