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Desenho Técnico

Vistas Ortográficas
Prof. Sandro Pedrotti Acosta
sandro.pedrotti@udf.edu.br

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Vistas Ortográficas

Existem duas maneiras de representar uma objeto por meio de desenho:

- Perspectiva: Representado pelo modo como o observador o enxerga;

- Vistas Ortográficas: Representado de modo que ele é realmente.

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Perspectiva e Vistas Ortográficas

Perspectiva Vistas Ortográficas

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Perspectiva e Vistas Ortográficas

Elementos de Projeção

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Perspectiva e Vistas Ortográficas

a) Observador: Observador é a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o


modelo. Para representar o modelo em projeção ortográfica, o observador deve
analisá-lo cuidadosamente em várias posições.

Vendo de frente Vendo de cima Vendo de lado

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Perspectiva e Vistas Ortográficas

b) Objeto, modelo ou peça: É o elemento, projetivo real ou imaginário, que se


quer representar em projeção.

c) Planos de projeção: São os planos nos quais o objeto é projetado. São três os
principais planos de projeção:

Vertical (anterior e posterior);

Horizontal (inferior e superior);

Lateral (direito e esquerdo).

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Planos de Projeção

Cubo Referencial de Projeção

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Diedros – Método Mongeano (Gaspar Monge)

Quando o plano vertical é perpendicular ao plano horizontal, estes dois planos


dividem o espaço em quatro quadrantes ou diedros.

Atualmente , a maioria dos países que utilizam o Método Mongeano adotam a


projeção ortográfica no 1º diedro. No Brasil, a ABNT (NBR,10067) recomenda o
emprego deste diedro. Entretanto, alguns paises, como EUA, Canada e a Holanda
representam seus Desenhos Técnicos no 3º diedro.

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Diedros

Simbologia
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Vistas Ortográficas

PROJEÇÃO DE UM OBJETO NOS PLANOS HORIZONTAL, VERTICAL E LATERAL DE


PROJEÇÃO

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- Situação espacial do objeto no 1º diedro e sua épura
Vistas Ortográficas

- Situação espacial do objeto no 1º diedro, lateral


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esquerdo e sua épura
Vistas ortográficas principais:

De acordo com a posição do observador, relativamente ao objeto, as vistas


ortográficas principais são:

b) Vista superior ou de cima (VS): O observador se posiciona acima do objeto e vê


a sua projeção ortogonal na face posterior a ele (objeto), ou seja, no plano horizontal
inferior;

c) Vista Inferior (VI): O observador se posiciona abaixo do objeto e vê a sua projeção


ortogonal na face posterior a ele (objeto), ou seja, no plano horizontal superior;

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Vistas ortográficas principais:

Representação das vistas ortográficas principais no papel: Após a projeção do


objeto nas seis faces do cubo de projeção, ele é aberto ou planificado,
obtendo-se a épura das seis vistas ortográficas em um mesmo plano no 1º
diedro ou no 3º diedro.

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Vistas ortográficas principais:
AS SEIS VISTAS ORTOGRÁFICAS PRINCIPAIS
2a

4a

1a
3a

5a

Os planos de projeção são dispostos de modo a formarem um


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cubo referencial de projeção que envolve o objeto
REPRESENTAÇÃO DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS PRINCIPAIS NO PAPEL
(1º DIEDRO)

L
VF está acima da LT
VS está abaixo da LT
VI
L

VLD VF VLE VP

P P

VS L = Largura
h = altura
p = profundidade

Planificação do cubo referencial de projeção para um objeto no 1º Diedro


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SEQUÊNCIAS INDICADAS PARA A ABERTURA DO CUBO

APÓS O REBATIMENTO OBTEMOS A REPRESENTAÇÃO DA FIGURA


NO PLANO POR SUAS PROJEÇÕES. ESTA REPRESENTAÇÃO É
DENOMINADA ÉPURA.

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VISTAS ORTOGONAIS

OBSERVAÇÕES:
a) Em Desenho Arquitetônico as vistas laterais, a vista frontal e a
posterior, são denominadas fachadas;
b) A vista inferior é raramente usada;
c) A vista superior, em Desenho Arquitetônico, é denominada planta de
cobertura;
d) As vistas ou fachadas laterais esquerda e direita se referem à esquerda
e direita do observador, estando em frente ao objeto

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VISTAS ORTOGONAIS

OBSERVAÇÕES:
e) Construção primeiro da vista frontal e superior, depois as demais;

f) Representar as arestas visíveis por linhas contínuas e as não visíveis


por linhas tracejadas;
g) Diferenciar os planos em que se encontram as arestas do objeto
por meio de linhas de diferentes larguras;

h) Identificar as vistas e a escala que foi utilizada nos desenhos.

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VISTAS ORTOGONAIS

CONSTRUÇÃO DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS – PERSPECTIVA DO OBJETO

3,00
2,00
l = largura máxima
h = altura máxima
p = profundidade máxima
3,00

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VISTAS ORTOGONAIS

Todas as larguras medidas na VF são comuns às da VS e por meio de retas


auxiliares, paralelas ao eixo y, “prolongam-se” as larguras da VF para a VS.

y1 y2 y3
VLD VF VLE VP

01 02 03 x

VS

E: 1:2

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VISTAS ORTOGONAIS

Concluir a VISTA SUPERIOR (VS) marcando as demais profundidades necessárias


e traçando retas auxiliares paralelas ao eixo dos x

y1 y2 y3
VLD VF VLE VP

01 02 03 x

E: 1:2
VS
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VISTAS ORTOGONAIS

1) Transportar para o eixo y1 todas as profundidades visíveis do lado direito do objeto.


2) Rebater as profundidades transportadas para y1 no sentido horário para o eixo x,

y1 y2 y3
VLD VF VLE VP

01 02 03 x

E: 1:2
VS
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VISTAS ORTOGONAIS

1) Transportar para o eixo y1 todas as profundidades visíveis do lado direito do objeto.


2) Rebater as profundidades transportadas para y1 no sentido horário para o eixo x, obtendo-
se pontos equivalentes nestes eixo.
y1 y2 y3
VLD VF VLE VP

01 02 03 x

E: 1:2
VS
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VISTAS ORTOGONAIS
3) Apagar o excesso de linhas auxiliares
4) Representar as arestas visíveis do objeto em suas vistas ortográficas por linhas contínuas e
as não visíveis por linhas tracejadas. Diferenciar os planos em que se encontram as arestas do
objeto, por meio de linhas de diferentes larguras.

VLD VF VLE VP

E: 1:2
VS
- Vistas ortográficas principais de um objeto no 1º Diedro 24
Projeção:

25
Projeção:

1 2

3
F L
4

26
Projeção:

27
Projeção:

28
Projeção:

29
Projeção:

30
Projeção:

31
Projeção:

32
Projeção 1º Diedro:

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Projeção Arestas visíveis:

34
Projeção Arestas invisíveis:

35
Exercício:

36
Exercício:

Representação das seis Vistas Ortográficas


37
Exercícios:

38
Exercício:

39
Exercício:

40
Exercício:

41
Exercício:

42
Exercício:

Entre as 8 projeções
ortogonais desenhadas ao
lado, 4 pertencem às peças
representadas em perspectiva.
Note em cada perspectiva o
número correspondente às
suas projeções

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Exercício:

Entre as 8 projeções
Entre as 8 projeções
ortogonais desenhadas ao
ortogonais desenhadas ao
lado, 4 pertencem às peças
lado, 4 pertencem às peças
representadas em perspectiva.
representadas em perspectiva.
Note em cada perspectiva o
Note em cada perspectiva o
número correspondente às
número correspondente às
suas projeções
suas projeções

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CORTES
Os CORTES são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo “corte”, obtidas quando
passamos por uma construção um plano de corte e projeção VERTICAL, normalmente paralelo às
paredes, e retiramos a parte frontal, mais um conjunto de informações escritas que o
complementam.

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CORTES ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

• Encontra-se o resultado da
interseção do plano vertical com o
volume
• Recomenda-se sempre passá-los
pelas áreas molhadas (banheiro e
cozinha), pelas escadas e poço dos
elevadores
• Devem sempre estar indicados
nas plantas para possibilitar sua
visualização ou interpretação
• Os cortes podem ser transversais
(plano de corte na menor
dimensão da edificação) ou
longitudinais (na maior dimensão).

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CORTES

• Encontra-se o resultado da interseção do plano vertical com o volume


• Recomenda-se sempre passá-los pelas áreas molhadas (banheiro e cozinha), pelas escadas e
poço dos elevadores
• Devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização ou interpretação

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• CORTE TRANSVERSAL E LONGITUDINAL

• Os CORTES são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo “corte”, obtidas


quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção VERTICAL, normalmente
paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal, mais um conjunto de informações escritas que
o complementam.
• PLANO QUE GERA O CORTE TRANSVERSAL PLANO QUE GERA O CORTE LONGITUDINAL

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• CORTE TRANSVERSAL E LONGITUDINAL

• A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais significantes do espaço cortado.
• O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta, bem como a sua localização.
• Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e
interpretação – indicar a sua posição e o sentido de visualização.

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• CORTES

• REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

• No desenho dos cortes verticais, as


representações são as cotas verticais,
indicação de níveis e denominação
dos ambientes cortados.
• Outras informações julgadas
importantes podem ser
discriminadas (impermeabilizações,
capacidade de reservatórios,
inclinação telhados, informações
relativas a escadas, rampas e poços
de elevador...)
• São identificados todos os níveis,
sempre que se visualize a diferença
de nível, evitando a repetição
desnecessária e não fazendo a
especificação no caso de uma
sucessão de desníveis iguais (escada).

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REPRESENTAÇÃO
DOS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
FUNDAÇÕES
PISOS/CONTRA PISOS
• As fundações são desenhadas em
função dos materiais utilizados e de
sua disposição geral, com
dimensões aproximadas, se houver,
pois seu detalhamento é função do
projeto estrutural.
• Para pisos e contra pisos
normalmente são identificados
apenas a espessura do contra piso +
piso com espessura aproximada de
10cm, através de duas linhas
paralelas, cortadas. A terra ou
aterro são indicados através de
hachura inclinada.
• Tipos de linha contínua
• Espessura larga
REPRESENTAÇÃO
DOS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
PAREDES
• Nos cortes, as paredes podem
aparecer seccionadas ou em vista. No
caso de paredes seccionadas, a
representação é semelhante ao
desenho em planta baixa. Existindo
paredes em vista (que não são
cortadas pelo plano de corte) a
representação é similar aos pisos em
planta.
• Tipos de linha contínua
• Espessura larga
REPRESENTAÇÃO
DOS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS

ABERTURAS
• PORTAS: em vista são indicadas
apenas pelo seu contorno; Corte De abrir (vista) De correr (vista)
preferencialmente com linhas duplas
(5cm), quando forem dotadas de
marco. Em corte, indica-se apenas o
vão, com a visão da parede do fundo
em vista.
• JANELAS: em vista seguem as mesmas
diretrizes das portas. Em corte têm
representação similar à planta baixa,
marcando-se o peitoril como parede
(traço cheio e grosso) e a altura da
janela (quatro linhas paralelas em
traço cheio e médio).

Corte De correr (vista) Corte De correr (vista)


REPRESENTAÇÃO
DOS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS

EQUIPAMENTOS
HIDRÁULICOS
• Os equipamentos de construção
podem aparecer em corte ou em
vista na representação dos cortes
verticais. Tanto numa situação
como em outra, basta representá-
los com suas linhas básicas, que
identificam o aparelho ou
equipamento.

Chuveiro Vaso sanitário


REPRESENTAÇÃO
DOS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
FORROS E LAJES
• Geralmente os forros são constituídos
de lajes de concreto, representadas de
maneira similar ao contra piso, com
espessura de 10cm. Sobre as paredes,
representa-se as vigas em concreto.
Pode haver forro de madeira ou gesso,
por exemplo, abaixo da laje ou sem a
presença desta. Estes forros serão
representados por duas linhas finas
paralelas com a espessura do forro.

COBERTURAS
• Representaremos a cobertura de
forma simplificada – apenas com os
traços básicos de seu contorno ou com
laje impermeabilizada.
CORTES
NOMES DOS AMBIENTES
• Nomes em letras padronizadas,
conforme norma brasileira;
• Nomes na horizontal;
• Utilização sempre de letras
maiúsculas;
• Alturas das letras entre 3 e 5 mm;
• Letras de eixo vertical, não
inclinadas;
• Colocação convencional próximo ao
piso.

NÍVEIS
• São identificados todos os níveis,
sempre que se visualize a diferença
de nível, evitando a repetição
desnecessária e não fazendo a
especificação no caso de uma
sucessão de desníveis iguais (escada).

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HACHURAS

• Nomes em letras
padronizadas, conforme
norma brasileira;
• Nomes na horizontal;
• Utilização sempre de letras
maiúsculas;
• Alturas das letras entre 3 e
5 mm;
• Letras de eixo vertical, não
inclinadas;
• Colocação convencional
próximo ao piso.

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CORTES

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CORTES

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CORTES

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