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LEI Nº 5134, DE 04/05/2012

DISPÕE SOBRE A REESTRUTURAÇÃO


DO REGIME DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
MUNICIPAIS DE BAGÉ, INSTITUÍDO
PELO FUNPAS.

DUDU COLOMBO, Prefeito Municipal de Bagé, Estado do Rio Grande do Sul, FAÇO SABER
que a Câmara de Vereadores de Bagé, APROVOU e eu SANCIONO a seguinte, Lei:

TÍTULO I
DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
MUNICÍPIO DE BAGÉ

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de


Bagé fica, organizado na forma desta Lei, tendo por finalidade assegurar, mediante
contribuição, a seus segurados e seus dependentes os meios de subsistência nos eventos de
incapacidade, velhice, inatividade e falecimento.

Art. 2ºO Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de
Bagé, de caráter contributivo, solidário e de filiação obrigatória, será mantido pelo Município,
através dos órgãos dos Poderes Legislativo e Executivo, suas autarquias e fundações e pelos
seus segurados, observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
disposto neste artigo.

Art. 3ºRegime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Bagé é
regido pelos seguintes princípios:

I - universalidade de participação nos planos previdenciários;

II - irredutibilidade do valor dos benefícios`,

III - vedação a criação, majoração ou extensão de qualquer benefício sem a


correspondente fonte de custeio total e em desacordo com a atual legislação nacional;

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IV - custeio da previdência social dos servidores públicos municipais mediante recursos


provenientes, dentre outros, do orçamento dos órgãos dos Poderes Legislativo e Executivo,
suas autarquias e fundações e da contribuição compulsória dos segurados ativos, inativos e
pensionistas;

V - subordinação das aplicações de reservas, fundos e provisões garantidoras dos


benefícios mínimos a critérios atuariais e a legislação federal vigente, tendo em vista a
natureza dos benefícios;

VI - valor mensal das aposentadorias e pensões não inferior ao salário-mínimo.

CAPÍTULO II
DOS BENEFICIÁRIOS

São beneficiários do RPPS de que trata esta Lei, as pessoas físicas classificadas
Art. 4º
como segurados e dependentes, nos termos das Seções I e II deste Capítulo.

Seção I
Dos Segurados

Art. 5º São segurados do Fundo de Pensão e Aposentadoria do Servidor - FUNPAS:

I - o servidor público titular de cargo efetivo dos órgãos dos Poderes Executivo e
legislativo, suas autarquias e fundações publicas; e

II - os aposentados nos cargos efetivos citados no inciso I.

§ 1º Fica excluído do disposto no caput o servidor ocupante, exclusivamente, de Cargo


em Comissão declarado em Lei de livre nomeação e exoneração, bem como o ocupante de
cargo temporário ou emprego público.

§ 2º O segurado aposentado que exerça ou venha a exercer Cargo em Comissão, cargo


temporário, emprego público ou mandato eletivo vincula-se, obrigatoriamente, ao Regime
Geral de Previdência Social - RGPS.

§ 3º Na hipótese de lícita acumulação remunerada de Cargos Efetivos, o servidor


mencionado neste artigo será segurado obrigatório do RPPS cm relação a cada um dos
cargos ocupados.

§ 4º O servidor titular de Cargo Efetivo amparado por RPPS, que se afastar do Cargo

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Efetivo quando nomeado para o exercício de Cargo em Comissão, continua vinculado


exclusivamente a esse regime previdenciário, não sendo devidas contribuições ao RGPS
sobre a remuneração correspondente ao Cargo em Comissão, tendo como remuneração de
contribuição o valor da remuneração inerente ao respectivo Cargo Efetivo, conforme previsto
no art. 12, § 1º.

§ 5º Quando houver acumulação de Cargo Efetivo e Cargo em Comissão, com exercício


concomitante e compatibilidade de horários, haverá o vínculo e o recolhimento ao RPPS, pelo
Cargo Efetivo e, ao RGPS, pelo Cargo em Comissão.

§ 6º O segurado, exerceste de mandato eletivo, que ocupe, concomitantemente, o Cargo


Efetivo e o mandato, filia-se ao RPPS, pelo Cargo Eletivo, e ao RGPS, pelo mandato eletivo.

Subseção I
Da Inscrição

Art. 6ºA inscrição do servidor junto ao regime da Previdência Social de que trata esta Lei,
decorre automaticamente do seu ingresso no serviço público do Município de Bagé, desde que
no exercido de Cargo de Provimento Eletivo.

§ 1º Os servidores municipais mencionados no art. 5º desta Lei que estejam em


exercício, licenciados ou cedidos e regidos pelo Estatuto dos Servidores Públicos terão suas
inscrições procedidas automaticamente.

§ 2º Os servidores municipais, titulares de Cargo Efetivo, filiados ao RPPS,


permanecerão vinculados ao regime previdenciário de origem, desde que permaneçam
contribuindo, nas seguintes condições:

I - quando cedidos, com ou sem ônus para o cessionário, a órgãos ou entidades da


administração direta ou indireta de outro ente federativo;

II - quando licenciado, desde que o tempo de licenciamento seja considerado como de


efetivo exercício no cargo;

III - quando licenciado por interesse particular;

IV - durante o afastamento do Cargo Efetivo para o exercício de mandato eletivo; e

V - durante o afastamento do país por cessão ou licenciamento com remuneração.

§ 3º O segurado cedido e licenciado sem ônus para o ente deverá contribuir a este RPPS
nos moldes do art. 7º desta Lei.

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Subseção II
Da Suspensão de Inscrição

O servidor afastado ou licenciado temporariamente do exercício do Cargo Efetivo sem


Art. 7º
recebimento de remuneração do ente federativo, somente contará o respectivo tempo de
afastamento ou licenciamento para fins de aposentadoria, mediante o recolhimento mensal
das contribuições.

§ 1º A contribuição efetuada durante o afastamento do servidor não será computada para


cumprimento dos requisitos de tempo de carreira, tempo de efetivo exercido no serviço público
e tempo no cargo efetivo na concessão de aposentadoria, nos termos da legislação federal.

§ 2º É de responsabilidade do servidor afastado a contribuição correspondente ao


percentual do ente federativo e das contribuições complementares apontadas pelo Cálculo
Atuarial.

Subseção III
Do Cancelamento de Inscrição

Art. 8ºSerá cancelada a inscrição do segurado que, não estando em gozo de benefício
proporcionado por este regime próprio de previdência, perder a condição de servidor público
do Municipal de Bagé.

Seção II
Dos Dependentes

São beneficiários do Regime Próprio de Previdência Social, de que trata esta Lei, ria
Art. 9º
condição de dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira ou o companheiro;

II - o filho não emancipado, de qualquer condição, até o atingimento da maioridade


prevista no Código Civil Brasileiro ou inválido;

III - os pais.

§ 1º A existência de dependentes mencionados nos incisos I e II deste artigo exclui do

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direito às prestações aos dependentes previstos no inciso III.

§ 2º Equipara-se a filho nas condições do inciso II, mediante declaração do segurado,


desde que não tenha qualquer vinculação previdenciária, quer como segurado, quer como
beneficiário dos pais ou de outrem:

a) o enteado:
b) o menor que, por determinação judicial, esteja sob a sua guarda;
c) o menor que esteja sob a sua tutela e não possua condições suficientes para o próprio
sustento e educação.

§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável


com o segurado ou com a segurada.

§ 4º União estável, conforme definida em legislação federal, é aquela verificada entre o


homem e a mulher como entidade familiar, quando forem solteiros, separados judicialmente,
divorciados ou viúvos, enquanto não se separarem e união homoafetivas com determinação
judicial.

§ 5º A dependência econômica das pessoas mencionadas nos incisos I e II deste artigo é


presumida, devendo ser comprovada a dos dependentes referidos no inciso III.

Art. 10. Incumbe ao segurado a inscrição de dependentes junto ao regime de previdência


social de que trata esta Lei, simultaneamente a seu ingresso no serviço público municipal.

Subseção II
Da Perda de Qualidade de Dependente

Art. 11. A perda da qualidade de dependentes ocorrerá:

I - para o cônjuge, pela separação judicial ou pelo divórcio, desde que não lhe tenha sido
assegurada a percepção de alimentos, ou pela anulação do casamento;

II - para o companheiro ou companheira, quando revogada a sua indicação pelo


segurado ou pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe
for garantida a prestação de alimentos;

III - para o separado judicialmente com percepção de alimentos, por novas núpcias, pelo
concubinato ou união estável;

IV - para o filho não inválido, a emancipação ou o atingimento da maioridade prevista no


Código Civil Brasileiro;

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V - para os beneficiários economicamente dependentes, quando cessar essa situação;

VI - para o inválido, pela cessação da invalidez;

VII - para o dependente em geral, pelo falecimento ou peia perda da qualidade de


segurado por aquele de quem depende.

CAPÍTULO III

SEÇÃO ÚNICA
DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Art. 12.Considera-se base de cálculo das contribuições, para os efeitos desta Lei, o total das
parcelas de remuneração mensal; inclusive o décimo terceiro salário, salário maternidade e
auxílio doença, percebido pelo segurado, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei, excluídas:

I - cargo em comissão;

II - local de trabalho, com eventual ajuda;

III - diárias para viagens;

IV - a ajuda de custo em razão de mudança de sede;

V - a indenização de transporte;

VI - o salário-família.

§ 1º O segurado que no exercício do Cargo em Comissão optar pela percepção do


vencimento e vantagens do mesmo, terá como remuneração de contribuição o valor da
remuneração inerente ao respectivo Cargo Efetivo.

a) para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão. serão
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos
regimes de Previdência de que tratam art. 40 e o art. 201, da Constituição Federal, na forma
da lei;
b) todos valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto na
alínea `a` serão devidamente atualizados, na forma da lei.

§ 2º Na hipótese de licenças ou ausências que importem em redução da base de cálculo


das contribuições do servidor, considerar-se-á o valor que lhe seria devido caso não se
verificassem as licenças ou ausências, na forma do disposto neste artigo.

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§ 3º A base de cálculo das contribuições no caso de inativos e de pensionistas equivale,


respectivamente, aos valores dos proventos e das pensões.

a) incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas que


superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de. Previdência
Social de que trata o art. 201 da Constituição Federal, com percentual igual ao estabelecido
para os servidores titulares de Cargos Efetivos.
b) a contribuição prevista na alínea `a` incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de
aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral da Previdência Social de que trata o art. 201 da Constituição,
quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.

CAPÍTULO IV
DA CONTAGEM DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E DE SERVIÇO

Art. 13. É garantida ao segurado, para efeito de aposentadoria, a contagem do tempo de


contribuição na atividade privada, bem como a decorrente de vinculação de servidor público
titular de cargo efetivo, hipótese em que os regimes de previdência social se compensarão
financeiramente.

§ 1º A compensação financeira será feita junto ao regime ao qual o servidor público


esteve vinculado sem que dele receba aposentadoria ou tenha gerado pensão para seus
dependentes, conforme dispuser a lei.

§ 2º O tempo de contribuição previsto neste artigo é considerado pura efeito de


aposentadoria, desde que não concomitante com tempo de serviço público computado para o
mesmo fim.

§ 3º As aposentadorias concedidas com base na contagem de tempo de contribuição


prevista neste artigo deverão evidenciar o tempo de contribuição na atividade privada ou o de
contribuição na condição de servidor público titular de Cargo Efetivo, conforme o caso, para
fins de compensação financeira.

Art. 14.O benefício resultante de contagem dc tempo de serviço na forma deste Capítulo será
concedido e pago pelo Regime Previdenciário responsável pela concessão e pagamento de
benefício de aposentadoria ou pensão dela decorrente ao servidor público ou a seus
dependentes, observada a respectiva legislação.

Art. 15Na hipótese de acúmulo legal de cargos, o tempo de contribuição referente a cada
cargo será computado isoladamente, não sendo permitida a contagem do tempo anterior a
que se refere o art. 15 desta Lei para mais de um benefício.

TÍTULO II

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DAS PRESTAÇÕES EM GERAL

CAPÍTULO I
DAS ESPÉCIES DE PRESTAÇÕES

O Regime de Previdência Social de que trata esta Lei, compreende as seguintes


Art. 16.
prestações:

I - quanto ao servidor:

a) aposentadoria por invalidez;


b) aposentadoria compulsória;
e) aposentadoria voluntária por idade e tempo de contribuição;
d) aposentadoria voluntária por idade;
e) aposentadoria especial;
f) auxílio-doença;
g) auxílio-maternidade;
h) salário-família.

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte do segurado;


b) auxílio-reclusão.

§ 1º São considerados Benefícios Previdenciários do Regime Próprio os mencionados


nos incisos I e II.

§ 2º Os benefícios serão concedidos nos termos e condições definidas nesta Lei,


observadas, no que couberem, as normas previstas na Constituição Federal e Estatuto dos
Servidores Públicos do Município de Bagé e legislação infraconstitucional em vigor.

§ 3º Observar-se-á a limitação de concessão de benefício aos dependentes definidos


para o Regime Geral de Previdência Social, compreendendo o cônjuge, o companheiro, a
companheira, os filhos, e os pais, de acordo com as condições para enquadramento e
qualificação dos dependentes descritas no art. 9º e seus incisos e parágrafos.

§ 4º Os benefícios de aposentadoria ou pensão concedidos até 15 de dezembro de 1998


serão mantidos na mesma forma em que foram concedidos. independentemente do valor da
remuneração do servidor.

§ 5º Os benefícios das alíneas "f, g e h" do inciso I e da alínea "b" do inciso II, serão
devidos pelo Fundo de Pensão e Aposentadoria do Servidor, noventa (90) dias após lei
específica aprovada com definição dos índices percentuais de contribuição e deste que conste
atuarial devidamente postado junto ao Ministério da Previdência.

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Seção I
Dos Benefícios da Aposentadoria

Art. 17. O segurado de que trata esta Lei será aposentado:

Subseção I
Da Aposentadoria Por Invalidez

Art. 18.O servidor considerado incapaz para o exercício de seu cargo ou outro de atribuições
e atividades compatíveis com a limitação que tenha sofrido, impossibilitando a readaptação e
desde que respeitada a habilitação exigida, será aposentado por invalidez, com proventos
integrais, observado quanto a seu cálculo, o disposto no art. 23.

§ 1º Lei do respectivo ente regulamentará o disposto no inciso I quanto à definição do rol


de doenças, ao conceito de acidente em serviço, podendo ainda fixar percentual mínimo para
valor inicial dos proventos, quando proporcionais ao tempo de contribuição.

§ 2º A aposentadoria por invalidez será concedida com base na legislação vigente na


data em que laudo médico-pericial, expedido pelo setor de Biometria do Ente Municipal, definir
como início da incapacidade total e definitiva para o trabalho, em período não superior a 24
meses a partir da data do primeiro laudo.

§ 3º O pagamento do benefício de aposentadoria por invalidez decorrente de doença


mental somente será feito ao curador do segurado, condicionado à apresentação do termo de
curatela judicial, ainda que provisório.

§ 4º O aposentado que voltar a exercer atividade laboral terá a aposentadoria por


invalidez permanente cessada a partir da data do retorno, inclusive em caso de exercício de
Cargo Eletivo.

§ 5º O servidor que se aposentar nas condições previstas no inciso I deste artigo, deverá
realizar perícia médica anualmente, a contar da data de sua apresentação, junto ao Setor de
Biometria Médica do Ente Municipal, sendo cancelado os proventos, automaticamente, do
inativo que não cumprir o disposto neste parágrafo ou retardar por mais de 60 dias a
realização dos citados exames.

a) para a realização da Perícia os Profissionais de Saúde componentes da Junta Médica


poderão solicitar os exames clínicos, laboratoriais ou outros que julgarem necessários, sendo
os mesmos de responsabilidade exclusiva do servidor aposentado.

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Subseção II
Da Aposentadoria Compulsória

Art. 19.O servidor, homem ou mulher, será aposentado compulsoriamente aos setenta anos
de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, observado, quando ao seu
cálculo, o disposto no art. 23.

§ 1º Quanto à concessão da aposentadoria compulsória, é vedada:

a) a previsão de concessão em idade distinta daquela definida no caput;


b) a fixação de limites mínimos de proventos em valor superior ao salário-mínimo
nacional.

Subseção III
Da Aposentadoria Voluntária

O servidor fará jus à aposentadoria voluntária por idade e tempo de contribuição, com
Art. 20.
proventos calculados na forma prevista no art. 12, desde que preencha, cumulativamente, os
seguintes requisitos:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de tempo de contribuição, se homem, e


cinquenta e cinco anos de idade e trinta de tempo de contribuição, se mulher;
b) tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público na União, nos
Estados, no Distrito Federal ou nos Municípios, conforme definição do art. 2º, inciso VIII da
Constituição Federal;
c) tempo mínimo de cinco anos de efetivo exercício no Cargo Efetivo em que se der a
aposentadoria; e,

Subseção III
Da Aposentadoria Por Idade

O servidor fará jus à aposentadoria voluntária por idade com proventos proporcionais
Art. 21.
ao tempo de contribuição, calculados conforme o art. 23, desde que preencha,
cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher;


b) tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público na União, nos

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Estados, no Distrito Federal ou nos Municípios, conforme definição do art. 2º, inciso VIII da
Constituição Federal;
c) tempo mínimo de cinco anos de efetivo exercício no Cargo Efetivo em que se der a
aposentadoria; e,

Subseção IV
Da Aposentadoria Especial

O professor que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das funções


Art. 22.
de Magistério na Educação Infantil e no Ensino Fundamental e Médio, quando da
aposentadoria prevista no art. 12, terá os requisitos de idade e de tempo de contribuição
reduzidos em cinco anos.

Parágrafo Único - São consideradas funções de Magistério as exercidas por professores


e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em
estabelecimento de educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e
médio, ou seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício de docência, as de
direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógicas, conforme
critérios e definições estabelecidos em norma do ente federativo.

Subseção V
Do Cálculo Das Aposentadorias

Art. 23.No cálculo dos proventos das aposentadorias referidas nos art. 18, 19 e 21, será
considerada a média aritmética simples das maiores remunerações ou subsídios, utilizados
como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve
vinculado, correspondentes a oitenta porcento de todo o período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela
competência.

§ 1º Para os efeitos do disposto no caput, serão utilizados os valores das remunerações


que constituíram base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência,
independentemente do percentual da alíquota estabelecida ou de terem sido estas destinadas
para o custeio de apenas parte dos benefícios previdenciários.

§ 2º As remunerações ou subsídios considerados no cálculo do valor inicial, dos


proventos terão os seus valores atualizados, mês a mês, de acordo com a variação integral do
índice fixado para a atualização dos salários de contribuição, considerados no cálculo dos
benefícios do RGPS, conforme portaria editada mensalmente pelo MPS.

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§ 3º a partir de julho de 1994 em que não tenha havido contribuição do servidor vinculado
a regime próprio, a base de cálculo dos provemos será a remuneração do servidor no Cargo
Efetivo, inclusive nos períodos em que houve isenção de contribuição ou afastamento do
Cargo, desde que o respectivo afastamento seja considerado como de efetivo exercício.

§ 4º Na ausência de contribuição do servidor não titular de Cargo Efetivo, vinculado a


regime próprio até dezembro de 1998, será considerada a sua remuneração no cargo ocupado
por período correspondente.

§ 5º As remunerações consideradas no cálculo da média, depois de atualizadas na do §


2º, não poderão ser:

a) inferiores ao valor do salário-mínimo;


b) superiores ao limite máximo do salário de contribuição, quanto aos meses em que o
servidor esteve vinculado ao RPPS.

§ 6º As maiores remunerações de que trata este artigo serão definidas depois da


aplicação dos fatores de atualização e da observância, mês a mês, dos limites estabelecidos
no § 5º.

§ 7º Na determinação do número de competências correspondentes a oitenta porcento de


todo o período contributivo de que trata o caput, desprezar-se-á a parte decimal.

§ 8º Se a partir de julho de 1994 houver lacunas no período contributivo do segurado por


não vinculação a Regime Previdenciário, em razão de ausência de prestação de serviço ou de
contribuição, esse período será desprezado do cálculo de que trata este artigo.

§ 9º O valor inicial do provento, calculado de acordo com o caput, por ocasião de sua
concessão, não poderá exceder a remuneração do respectivo servidor no Cargo Efetivo em
que se deu aposentadoria, conforme definição do art. 2º, inciso IX, sendo vedada à inclusão
de parcelas temporárias conforme previsto no art. 12.

§ 10. No cálculo dos proventos das aposentadorias referidas nos artigos 20 e 22, será
considerada a última remuneração.

Art. 24.A aposentadoria compulsória será automática e declarada por ato, com vigência a
partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no
serviço ativo.

Art. 25.A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do
respectivo ato.

§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde,


atestada pelo Serviço de Biometria do Município, por período não excedente a 24 (vinte e
quatro) meses.

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§ 2º Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo ou


de ser readaptado, o servidor será aposentado, desde que atestado por laudo médico-pericial
do Serviço de Biometria do Município.

§ 3º O lapso compreendido entre a data de término da licença e a data de publicação do


ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação da licença.

§ 4º O ônus, financeiro, assim como o pagamento da licença a que se referem os §§ 1º,


2º e 3º deste artigo, serão de responsabilidade do Tesouro Municipal.

Seção II
Dos Benefícios da Pensão

Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a urna pensão mensal, a partir da
Art. 26.
data do óbito, de valor correspondente ao do provento do servidor inativo ou ao valor do
provento a que teria direito o servidor em atividade, levando-se em conta a base de cálculo
das contribuições prevista no art. 12 desta Lei, na data de seu falecimento.

Art. 27.Observado o disposto no art. 9º desta Lei, as pensões distinguem-se, quanto à


natureza, em vitalícias e temporárias.

§ 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se


extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários.

§ 2º A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou


reverter por motivo de morte, cessação de invalidez, emancipação ou maioridade do
beneficiário.

Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, valor integral será rateado


Art. 28.
em partes iguais entre todos os requerentes, revertido o percentual das pensões temporárias
aos pensionistas vitalícios em proporções iguais, quando da extinção das primeiras.

Art. 29. A pensão por morte será devida aos dependentes a contar da data:

I - do óbito, quando requerida até 30 (trinta) dias depois deste;

II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior.

Parágrafo Único - Concedida à pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que
implique inclusão ou exclusão de beneficiário ou ainda redução de pensão só produzirá efeitos
a partir da data em que for oferecida.

Art. 30. Não faz jus à pensão o dependente, em qualquer que seja o grau de dependência,

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condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado.

Será concedida pensão provisória por ausência ou morte presumida do servidor, nos
Art. 31.
seguintes casos:

I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;

II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não


caracterizado como em serviço;

III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de


segurança.

§ 1º Sujeitam-se à comprovação por meios oficiais ou legais os casos previstos nos


incisos II e III deste artigo.

§ 2º A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso,


decorridos 05 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor,
hipótese em que o beneficio será automaticamente cancelado, a qualquer tempo.

Art. 32. A pensão pela ausência será devida a partir:

I - da declaração judicial ou sentença transitada em julgado que reconhecer o estado de


ausência;

II - do acidente ou catástrofe, mediante prova inequívoca do fato Jurídico, declarada


oficialmente por autoridade competente;

III - do sexto mês da declaração da morte presumida pela autoridade judicial competente.

Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de uma


Art. 33.
pensão, exceto no caso de acumulação lícita de cargos prevista na legislação federal.

Seção III
Da Assistência à Saúde

Art. 34. Fica assegurada assistência médica, ambulatorial, hospitalar e laboratorial aos
segurados e seus dependentes habilitados, conforme determina a Legislação Municipal
vigente, através de convênio celebrado com o Instituto de Previdência do Estado do Rio
Grande do Sul.

§ 1º É de responsabilidade do FUNPAS a retenção dos descontos efetuados nos


proventos dos aposentados e pensionistas para fins de cumprimento do previsto no caput, que

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serão repassados ao Erário Público.

§ 2º Os valores decorrentes dos descontos retidos pelo FUNPAS, conforme o § 1º deste


artigo, deverão ser repassados ao Tesouro Municipal até cinco dias após o repasse por parte
do Ente do total das contribuições previdenciárias relativas ao período da retenção, inclusive
parcelas de contribuição complementar e parcelamentos.

§ 3º É de responsabilidade do Ente o repasse dos valores previstos no § 1º, deste artigo,


acrescido da parcela patronal, ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Cirande do Sul,
nas datas previstas no convênio assinado pelo Município e o IPERGS.

§ 4º Em caso de não repasse por parte do Ente Municipal dos valores previstos no § 3º
fica o Poder Executivo responsável pelo cuidado da saúde do segurado ou de seus
dependentes.

Seção IV
Das Disposições Gerais

Art. 35.Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião da sua concessão, não
poderão exceder a qualquer título, o valor da remuneração do respectivo servidor, no Cargo
Efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da
pensão.

Art. 36. Além do disposto no Capítulo I deste Título, o Regime Próprio de Previdência Social
dos Servidores Públicos do Município de Bagé observará, nos casos omissos, os requisitos e
critérios fixados por legislação superior.

O tempo de serviço considerado pela legislação vigente para efeito de aposentadoria,


Art. 37.
cumprido até a data de entrada em vigor desta Lei, será contado como tempo de contribuição,
sendo vedada qualquer forma de contagem de tempo fictício de contribuição.

Art. 38. É: assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos


segurados, bem como aos seus dependentes, nas condições previstas pela legislação em
vigor à época em que foram atendidas as prescrições nela estabelecidas ou nas condições
previstas na legislação vigente até 15 de dezembro de 1998, àqueles que até aquela data,
tenham cumprido os requisitos para obtê-las.

Art. 39.A contar de 16 de dezembro de 1998, a sorna total dos proventos de inatividade,
ainda que decorrentes de acumulação de cargos ou empregos públicos, e o montante
resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na
forma da Constituição Federal, Cargo em Comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração, e de Cargo Eletivo, não poderão exceder o valor máximo previsto no art. 37, XI,
da Constituição Federal.

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Art. 40. É vedada a contar de 16 de dezembro de 1998:

I - a percepção simultânea de provento de aposentadoria decorrente desta Lei, com


remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
previstos na Constituição Federal, os Cargos Eletivos e os Cargos em Comissão declarados
em lei de livre nomeação e exoneração;

II - a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime próprio de que trata


esta Lei, ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis previstos na
Constituição Federal;

III - a contagem de tempo de serviço ou de contribuição em dobro, ou qualquer outra


forma de contagem de tempo fictício de serviço ou contribuição, ressalvado o período anterior
a 15 de dezembro de 1998.

Parágrafo Único - A vedação prevista no inciso I do caput deste artigo, não se aplica aos
membros de poder e aos inativos, segurados, que, até 15 de dezembro de 1998, tenham
ingressado novamente no serviço público por concurso público de provas ou de provas e
títulos, e pelas demais formas previstas na Constituição Federal, sendo-lhes proibida a
percepção de mais de uma aposentadoria pelo regime de previdência de que trata esta Lei,
aplicando-lhes, em qualquer hipótese, o limite de que trata o art. 34 desta Lei.

CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 41. Ressalvado o direito de opção pela aposentadoria prevista no art. 18 desta Lei, o
servidor público que tenha ingressado regularmente, por concurso público de provas ou de
provas e títulos, em Cargo Efetivo na Administração Pública, direta autárquica ou fundacional,
até 16 de dezembro de 1998; terá assegurado o direito à aposentadoria voluntária com
proventos integrais calculados tomando-se em conta a base de cálculo das contribuições
prevista no art. 12 desta Lei, quando, cumulativamente:

I - contar cinquenta e três anos ou mais de idade, se homem, e quarenta e oito anos ou
mais de idade, se mulher;

II - tiver cinco anos ou mais de efetivo exercício no cargo em que se dará a


aposentadoria; e

III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:

a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e,


b) um período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, vinte porcento do
tempo que, no dia 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de tempo constante da

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alínea anterior.

§ 1º O servidor de que trata este artigo que cumprir as exigências para aposentadoria na
forma do caput terá os seus proventos de inatividade reduzidos para cada ano antecipado em
relação aos limites de idade estabelecidos pelo inciso III, alínea "a" do art. 18, desta Lei, na
seguinte proporção:

I - três inteiros e cinco décimos porcento, para aquele que tiver completado as exigências
para aposentadoria na forma do caput até 31 de dezembro de 2005, independentemente de a
concessão do benefício ocorrer na data posterior àquela; ou

II - cinco porcento, para aquele que completar as exigências para aposentadoria na


forma do caput a partir de 1º de janeiro de 2006.

§ 2º O número de anos antecipados para cálculo da redução de que trata o § 1º será


verificado no momento da concessão do benefício.

§ 3º Os percentuais de redução de que tratam os incisos I e II do § 1º, serão aplicados


sobre o valor do benefício inicial calculado pela média das contribuições, verificando-se
previamente a observância ao limite da remuneração do servidor no Cargo Efetivo, previsto no
artigo 34.

§ 4º O segurado professor, de qualquer nível de ensino, que, até a data de publicação da


Emenda Constitucional nº 20, de 1998, tenha ingressado, regularmente, em Cargo Efetivo de
Magistério no Município, incluídas suas autarquias e fundações, e que opte por aposentar-se
na forma do disposto no caput, terá o tempo de serviço, exercido até a publicação daquela
Emenda, contado com o acréscimo de dezessete porcento, se homem, e de vinte porcento, se
mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício nas funções
de magistério.

§ 5º As aposentadorias concedidas conforme este artigo serão reajustadas para manter o


valor real, de acordo com o disposto no art. 46.

Art. 42. Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas estabelecidas no art.
18, ou no art. 41, o servidor que tiver ingressado no serviço público do Município, até 31 de
dezembro de 2003, poderá aposentar-se com proventos integrais, que corresponderão à
totalidade da remuneração do servidor no Cargo Efetivo em que se der a aposentadoria,
quando observadas as reduções de idade e de tempo de contribuição contidas no art. 41, III,
"a", vier a preencher, cumulativamente, as seguintes condições:

I - sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade, se mulher;

II - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se


mulher;

III - vinte anos de efetivo exercício no serviço público;

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IV - dez anos de carreira; e

V - cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria.

Art. 43. Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas estabelecidas no art.
18, art. 41 e §§, o servidor do Município, incluídas suas autarquias e fundações, que tenha
ingressado no serviço público até 16 de dezembro de 1998 poderá aposentar-se com
proventos integrais, que corresponderão a última remuneração do servidor no Cargo Efetivo,
desde que preencha, cumulativamente, as seguintes condições:

I - trinta e cinco anos dc contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se


mulher;

II - vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço público:

III - quinze anos de carreira;

IV - cinco anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria; e

V - idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites fixados de 60 anos, se


homem, ou 55, se mulher, de um ano de idade para cada ano de contribuição que exceder o
tempo de contribuição de previsto no inciso I do caput deste artigo.

Art. 44.Na fixação da data de ingresso no serviço público, para fins de verificação do direito
de opção as regras de que de que tratam os arts. 42 e 43, quando o servidor tiver ocupado,
sem interrupção, sucessivos cargos na Administração Pública direta, autárquica e fundacional,
em qualquer dos entes federativos, será considerada a data da mais remota investidura dentre
as ininterruptas.

CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES

Seção I
Do Pagamento Dos Benefícios

Art. 45. Os benefícios serão pagos em prestações mensais e consecutivas preferencialmente


até o último dia do mês de competência limitado até o 5º (quinto) dia útil do mês subsequente.

O Município é responsável pelo pagamento dos benefícios das aposentadorias e


Art. 46.
pensões concedidas até a data de entrada em vigência das Leis 3.459/98 e 3.525/99.

§ 1º O Ente compensará o Fundo de Pensão e Aposentadoria do Servidor, no valor total

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da pensão e durante toda a vigência, pela concessão de pensão aos dependentes de cada
servidor aposentado de conformidade com o caput, quando de seu falecimento.

§ 2º Os encargos totais dos benefícios de que trata o caput deste artigo são de
responsabilidade do Tesouro Municipal até sua total extinção.

Art. 47. Todos os benefícios devidos serão depositados em conta corrente aberta pelo
beneficiário aposentado ou pensionista em banco público, ressalvado os casos de menores de
idade ou incapazes que terão seus benefícios depositados em conta corrente aberta em nome
de seu progenitor, tutor ou procurador, conforme o caso, sempre respaldados por documento
legal.

§ 1º Por documento legal entende-se, atém de documento de identificação do


responsável, a certidão de nascimento em caso de filho, documento de guarda legal, provisório
ou definitivo, no caso do tutor, expedido peio juizado ou procuração com fé pública e firma
reconhecida por verdadeira no caso de procurador, sendo que para esse último o mandato não
terá prazo superior a seis meses, podendo ser renovado por igual período tantas vezes quanto
necessário.

§ 2º O benefício devido ao dependente civilmente incapaz será depositado em conta


corrente de seu representante legal, admitindo-se, na falta deste, e por período não superior a
seis meses, o pagamento a herdeiro legítimo, civilmente capaz, mediante termo de
compromisso firmado em juízo.

Art. 48. O valor que em vida, teria direito o servidor beneficiário, só será pago a seus
dependentes habilitados na forma do art. 9º desta Lei ou na falta deles, a seus sucessores na
torna da lei civil, mediante alvará judicial.

Art. 49.Salvo quanto ao desconto autorizado por esta Lei, ao derivado da obrigação de
prestar alimentos reconhecida em sentença judicial, ou ao desconto por empréstimos
consignados, desde que dentro dos limites legais de descontos, o benefício não .pode ser
objeto de penhora, arresto ou sequestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão,
ou a constituição de qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou
em causa própria para o seu recebimento.

Art. 50.Sem prejuízo do direito aos benefícios, prescreve em 02 (dois) anos o direito às
prestações não pagas nem reclamadas na época própria, ressalvados os direitos dos
incapazes ou dos ausentes na forma da lei civil.

Seção II
Do Reajustamento do Valor Dos Benefícios

Art. 51. O provento de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na

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mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo
também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que
serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei.

Parágrafo Único - Aos servidores inativados sem a paridade, os reajustes serão de


conformidade com a legislação federa vigente, sem prejuízo de quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a
aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei.

Seção III
Da Gratificação Natalina

Art. 52.A gratificação natalina será devida aos servidores aposentados e pensionistas em
valor equivalente ao respectivo benefício referente ao mês de dezembro de cada ano.

§ 1º Na hipótese da ocorrência de fato extintivo do benefício, o cálculo da gratificação


natalina obedecerá a proporcionalidade da manutenção do benefício no correspondente
exercício, equivalendo cada mês decorrido, ou fração de dias superior a quinze, a 1/12 (um
doze avos).

§ 2º A gratificação natalina será depositada em conta corrente, anualmente em duas


parcelas, sendo a primeira proporcionalmente ao número de meses de ale 15 de julho a
metade restante em segunda parcela até o dia 20 de dezembro de cada exercício.

TÍTULO III
DO FUNDO DE PENSÃO E APOSENTADORIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
MUNICÍPIO DE BAGÉ

CAPÍTULO I
DA OFICIALIZAÇÃO, NATUREZA JURÍDICA, SEDE E FORO

Art. 53. Fica oficializado o FUNDO DE PENSÃO APOSENTADORIA DO SERVIDOR -


FUNPAS, criado pelas Leis Municipais 3.459/98 e 3.525/99, como órgão do Município,
vinculado, mas não subordinado, à Secretaria Municipal de Administração e Recursos
Humanos e organizado nos termos desta Lei.

§ 1º É de responsabilidade do Poder Executivo a disponibilização de espaço físico,


compatível com as necessidades, e de uso exclusivo, para o funcionamento do Fundo de

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Pensão e Aposentadoria do Servidor - FUNPAS, inclusive os equipamentos necessários para


o bom desempenho das suas funções.

§ 2º O Ente Municipal cederá, sem ônus para o Fundo de Pensão e Aposentadoria do


Servidor, até (06) seis servidores sendo (3) três de nível superior, (01) um advogado, (01) um
contador e (01) economista ou administrador, e os demais a nível administrativo para
exercerem suas funções junto ao FUNPAS, sem prejuízo da cedência do Presidente, do
Secretário Geral e do Tesoureiro, caso seja imprescindível.

§ 3º As avenças jurídicas havidas contra o FUNPAS serão questionadas e/ou defendidas,


sempre com o apoio e participação dos juristas vinculados a Procuradoria Jurídica do
Município, sem ânus para o Fundo, exceto se a ação jurídica for contra o poder Executivo
Municipal, quando o RPPS contratará defensor por conta própria.

Art. 54.O Fundo de Pensão e Aposentadoria do Servidor - FUNPAS, cujo prazo de duração
será indeterminado, para efeitos legais, tem sede e foro na Cidade de Bagé.

Art. 55. O Fundo de Pensão e Aposentadoria do Servidor - FUNPAS é o órgão responsável


pela administração do Regime de Previdência Própria dos Servidores Públicos do Município
de Bagé, com base nas normas gerais de contabilidade e atuária de modo a garantir o seu
equilíbrio financeiro e atuarial, bem como gerir os seus recursos financeiros.

Art. 56.Compete ao Poder Executivo contratar instituição financeira oficial para a gestão dos
recursos garantidores das reservas técnicas, das exigibilidades ativas aos programas
previdenciais e de investimento, dos fundos dos referidos programas, custódia dos títulos e
valores mobiliários, bem como da gestão previdenciária relativamente à cessão, manutenção
e cancelamento dos benefícios de aposentadoria e pensão, atualização administração do
cadastro social e financeiro dos servidores, além de gerir a folha de pagamento dos
beneficiários de que trata esta Lei, desde que previamente aprovado pelo Conselho Geral do
FUNPAS.

CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS

Art. 57.A estrutura do FUNPAS será formada pelo Conselho Geral e é composto dos
seguintes Órgãos:

I - Diretoria Executiva;

II - Conselho Deliberativo;

III - Conselho Fiscal.

§ 1º Não poderão integrar a estrutura do FUNPAS ao mesmo tempo, representantes que

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guardem entre si relação conjugal ou de parentesco, consanguíneo ou afim o segundo grau.

§ 2º Os representantes que integrarão os órgãos de que trata o "caput" deste artigo serão
escolhidos dentre pessoas de reconhecida capacidade, conhecimento e experiência em uma
das seguintes Áreas: seguridade, administração pública, finanças e contabilidade pública,
direito administrativo e direito municipal, para um mandato de 02 (dois) anos, permitida a
recondução.

Seção I
Do Conselho Geral

Art. 58.O Conselho Geral do Fundo de Pensão e Aposentadoria - FUNPAS, do qual serão
eleitos os membros da Diretoria Executiva, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal,
será composto por nove membros titulares e seus respectivos suplentes, obedecendo a
seguinte indicação:

I - três representantes do Poder Executivo;

II - um representante do Poder Legislativo;

III - um representante do Sindicato dos Servidores da Educação;

IV - um representante do Sindicato do Quadro Geral;

V - três representantes dos inativos.

§ 1º Os membros titulares e suplentes serão escolhidos e indicados pelas suas


respectivas categorias representativas;

§ 2º O Conselho Geral reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, ou


extraordinariamente, quando convocado por seu Presidente ou por, no mínimo 2/3 (dois
terços) de seus membros, sempre com pauta específica.

§ 3º Os membros da Diretoria Executiva serão remunerados na forma de Verba de


Representação.

I - ao Presidente a verba de representação será no valor correspondente a 07 (sete)


PMS, creditados em conta corrente do titular, mensalmente, desde que comprovada a carga
horária mínima de 15 horas semanais;

II - o Secretario Geral e o Tesoureiro perceberão valor correspondente a 05 (cinco) PMS,


desde que comprovada a carga horária mínima de 15 horas semanais, creditados em conta
corrente do titular, mensalmente;

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III - todos os valores pagos a qualquer título aos membros do conselho deverão ser
depositados em conta corrente própria do conselheiro.

IV - os servidores responsáveis pela área jurídica, pela contabilidade e aplicações do


Fundo, perceberão vantagens previstas na Lei Municipal nº 3.375/97 equivalentes a 01 (um)
FG 7.

a) o Servidor de que trata o inciso VI, deverá ter sido aprovado em exame de certificação
organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica no mercado brasileiro de capitais,
cujo conteúdo abrangerá as matérias definidas pela normatização Federal;
b) seu nome será comunicado à Secretaria de Previdência Social, na forma da Portaria nº
155, de 15 de maio de 2008, do Ministério da Previdência Social; ou suas sucedâneas;
c) este servidor será designado, através de portaria expedida pela Diretoria Executiva
deste Fundo, para o exercício das atividades, após aprovação de seu nome pelo Conselho
Geral do RPPS;
d) a gratificação somente será percebida enquanto o servidor estiver no efetivo exercício
das atividades a ela atinentes, sem que tenha direito a incorporação ou qualquer indenização
quando do desligamento da função;
e) havendo outro servidor exercendo esta função, nenhum outro servidor, por mais
privilegiado que seja, poderá beneficiar-se deste inciso.

V - os recursos necessários para cobertura das despesas elencadas neste parágrafo,


seus incisos e alíneas, são advindos da taxa de administração, de conformidade com o art. 91
da presente Lei.

§ 4º Caberá ao Conselho Geral escolher dentre seus integrantes, os membros da


Diretoria Executiva, dos Conselhos Fiscal e Deliberativo.

§ 5º A Presidência do Conselho Geral quando reunido, caberá ao Presidente da Diretoria


Executiva, que representará oficialmente e para fins de direito o Fundo de Pensão e
Aposentadoria - FUNPAS.

§ 6º Na reunião de instalação do Conselho Geral, a presidência atual dos trabalhos, até


que haja a escolha do Presidente, será exercida pelo mais idoso dentre os presentes, que por
sua vez indicará um Secretário "Ad Hoe" até que se proceda a escolha do Secretário Geral.

§ 7º Após escolhido, o Presidente assumirá imediatamente os trabalhos, sendo escolhido


de imediato pelo Conselho Geral, o Secretário Geral e o Tesoureiro.

§ 8º É de responsabilidade do Conselho Geral, elaborar, aprovar e alterar o Regimento


INTERNO do FUNPAS.

§ 9º O quorum mínimo para a instalação de reunião do Conselho Geral é de 05 (cinco)


membros titulares, ou os suplentes indicados como previsto no § 11 deste artigo.

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§ 10. As decisões do Conselho Geral serão tomadas por voto favorável de mais 50%
(cinquenta porcento) dos conselheiros presentes.

§ 11. No caso de ausência ou impedimento temporário de membro efetivo do Conselho


Geral, este será substituído por seu suplente.

§ 12. No caso de vacância do cargo de membro eletivo do Conselho total, o respectivo


suplente assumirá o cargo até a conclusão do mandato, cabendo ao órgão ou entidade ao
qual estava vinculado o ex-conselheiro, ou ao representante do servidor ativo ou inativo, se for
o caso, indicar novo membro suplente para cumprir o restante do mandato.

§ 13. Perderá o mandato o membro efetivo do Conselho Geral que deixar de comparecer
a 03 (três) reuniões consecutivas ou 05 (cinco) reuniões alternadas, sem motivo justificado.

§ 14. Os procedimentos relativos à organização das reuniões e ao funcionamento do


Conselho Geral encontram-se dispostos no Regimento Interno do FUNDAS.

Seção II
Da Diretoria Executiva

Art. 59. A Diretoria Executiva é o órgão superior de administração do FUNPAS.

Art. 60. A Diretoria Executiva será composta por:

I - Presidente;

II - Secretário Geral;

III - Tesoureiro Geral.

Parágrafo Único - Em caso de vacância de qualquer cargo na Diretoria, haverá nova


escolha pelo Conselho Geral.

Art. 61A Diretoria Executiva reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, ou,
extraordinariamente, quando convocada pelo Presidente.

Subseção I
Das Atribuições da Diretoria Executiva

Art. 62. Compete à Diretoria Executiva:

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I - cumprir e fazer cumprir as deliberações do Conselho Deliberativo e a legislação da


Previdência Municipal;

II - submeter ao Conselho Deliberativo a política e diretrizes de investimentos das


reservas garantidoras de benefícios do FUNPAS, já homologadas pelo servidor Certificado
CPA-10;

III - decidir sobre os investimentos das reservas garantidoras de benefícios do FUNPAS,


observada a política e as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Deliberativo, desde que
respeitadas as normas definidas pelo Banco Central;

IV - submeter as contas anuais do FUNPAS para deliberação do Conselho Fiscal;

V - submeter ao Conselho Deliberativo e ao Conselho Fiscal, balanços, balancetes


mensais, relatórios semestrais da posição em títulos e valores e, das reservas técnicas, bem
como quaisquer outras informações e demais elementos de que necessitarem no exercício
das respectivas funções;

VI - julgar recursos interpostos dos atos dos segurados inscritos no regime de previdência
própria dc que trata esta Lei;

VII - expedir as normas gerais reguladoras das atividades administrativas do FUNPAS.

Subseção II
Das Atribuições da Presidência do Fundo

Art. 63. Ao Presidente compete:

I - cumprir e fazer cumprir a legislação que compõe o Regime de Previdência de que


trata esta Lei;

II - convocar as reuniões da Diretoria, presidir e orientar os respectivos trabalhos,


mandando lavrar as respectivas atas;

III - elaborar e orçamento anual, plurianual e diretrizes orçamentárias;

IV - revisar e assinar documentação apresentada pelo Secretário Geral;

V - juntamente com o Secretário examinar e aprovar os cálculos;

VI - convocar o exame e a solução de quaisquer assuntos pertinentes ao FUNPAS;

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VII - administrar as ações administrativas do FLINPAS;

VIII - acompanhar a execução do plano de benefícios do Regime de Previdência e do


Plano Atuarial de Custeio, assim como as reavaliações;

IX - juntamente com o Tesoureiro, praticar os atos de gestão orçamentária e de


planejamento financeiro;

X - avaliar a performance dos gestores das aplicações financeiras e investimentos, com o


Tesoureiro Geral.

Subseção III
Das Atribuições da Secretaria Geral do Fundo

Art. 64. Ao Secretário Geral compete:

I - lavrar as atas das reuniões do Conselho Geral e da Diretoria Executiva, dos trabalhos
em geral e elaborar todos os demais documentos pertinentes;

II - conceder os benefícios previdenciários de que trata esta Lei, providenciando a


documentação necessária para análise e assinatura do presidente;

III - promover os reajustes dos benefícios na forma do disposto nesta Lei;

IV - administrar, juntamente com o presidente, e controlar as ações administrativas do


FUNPAS;

V - praticar os atos referentes à inscrição no cadastro de segurados inativos,


dependentes e pensionistas, bem como à sua exclusão do mesmo cadastro;

VI - juntamente com o presidente, acompanhar e controlar a execução do plano de


benefícios deste Regime de Previdência e do respectivo Plano de Custeio Atuarial, assim
como as respectivas reavaliações;

VII - gerir e elaborar a folha de pagamento dos benefícios;

VIII - aprovar os cálculos atuariais, juntamente com o presidente;

IX - substituir o presidente nas ausências ou impedimentos temporários.

Subseção IV
Das Atribuições da Tesouraria Geral do Fundo

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Art. 65. Ao Tesoureiro Geral compete:

I - controlar as ações referentes aos serviços gerais e de patrimônio;

II - praticar os atos de gestão orçamentária e de planejamento financeiro, juntamente com


o presidente;

III - controlar e disciplinar os recebimentos e pagamentos;

IV - acompanhar o fluxo de caixa do FUNPAS, zelando pela sua solvabilidade;

V - coordenar e supervisionar os assuntos relacionados com área contábil;

VI - com o Presidente, avaliar a performance dos gestores das aplicações financeiras e


investimentos;

VII - elaborar, juntamente com o gestor de investimentos certificado CPA-10, política e


diretrizes de aplicação e investimentos dos recursos financeiros, a ser submetido ao Conselho
Deliberativo pela Diretoria Executiva.

VIII - Apresentar, mensalmente, nas reuniões do Conselho Geral, os relatórios financeiros


e as prestações de contas do FUNPAS.

Seção III
Do Conselho Deliberativo

Art. 66.O Conselho Deliberativo, órgão de deliberação e orientação superior do FUNPAS, ao


qual incumbe fixar a política e diretrizes de investimentos a serem observadas.

Art. 67. O Conselho Deliberativo será composto de 03 (três) membros titulares e seus
respectivos suplentes, escolhidos dentre os integrantes do Conselho Geral.

§ 1º Exercerá a função de presidente do Conselho Deliberativo um dos conselheiros


efetivos eleito entre seus pares.

§ 2º No caso de ausência ou impedimento temporário, o presidente do Conselho


Deliberativo será substituído pelo conselheiro que for por ele designado.

§ 3º Ficando vaga a presidência do Conselho Deliberativo, caberá aos conselheiros em


exercício eleger, entre seus pares, aquele que preencherá o cargo até a conclusão do

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mandato.

§ 4º No caso de ausência ou impedimento temporário de membro efetivo do Conselho


Deliberativo, este será substituído por seu suplente.

§ 5º No caso de vacância do cargo de membro efetivo do Conselho Deliberativo, o


respectivo suplente assumirá o cargo até a conclusão do mandato, cabendo ao órgão ou
entidade ao qual estava vinculado o ex-conselheiro, ou ao representante do servidor ativo ou
inativo, se for o caso, indicar o novo membro suplente para cumprir o restante do mandato.

§ 6º No caso da vacância do cargo ocorrer do conselheiro que estiver exercendo a função


de presidente do conselho, nova eleição para presidente será realizada entre seus pares.

§ 7º O Conselho Deliberativo reunir-se-á, bimensalmente, em sessões ordinárias e,


extraordinariamente, quando convocado pelo seu Presidente, ou por no mínimo, 02 (dois)
conselheiros.

§ 8º A instalação do Conselho Deliberativo se dará com a presença dos 03 (três)


membros titulares ou seus suplentes.

§ 9º As decisões do Conselho Deliberativo serão tomadas por, no mimo, 02 (dois) votos


favoráveis.

§ 10. Perderá o mandato o membro do Conselho que deixar de parecer, sem justificativa,
a 03 (três) sessões consecutivas ou a 05 (cinco) alternadas.

§ 11. Os procedimentos relativos à organização das reuniões e ao funcionamento do


Conselho Deliberativo encontram-se dispostos no Regulamento deste.

Subseção I
Das Atribuições do Conselho Deliberativo

Art. 68. Compete, privativamente, ao Conselho Deliberativo:

I - aprovar e alterar as normas regulamentadoras do Conselho Deliberativo;

II - aprovar a política c diretrizes de investimentos dos recursos do FUNPAS, juntamente


com o gestor de investimentos Certificado CPA-10;

III - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão econômica e financeira


dos recursos;

IV - autorizar a aceitação de doações;

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V - acompanhar e apreciar, através de relatórios gerenciais a execução dos planos,


programas e orçamentos previdenciários;

VI - apreciar e aprovar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribanal de Contas


do Estado;

VII - estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos quais será exigida anuência
prévia do Procurador Geral do Município;

VIII - apreciar recursos interpostos dos atos da Diretoria Executiva.

Subseção II
Das Atribuições do Presidente do Conselho Deliberativo

Art. 69. São atribuições do Presidente do Conselho Deliberativo:

I - dirigir e coordenar as atividades do Conselho;

II - convocar, instalar e presidir as reuniões do Conselho;

III - designar o seu substituto eventual, conforme art. 63, § 2º, desta Lei;

IV - encaminhar os balancetes mensais, o balanço e as contas anuais do FUNPAS, para


deliberação do Conselho Deliberativo, acompanhados dos pareceres do Conselho Fiscal;

V - praticar os demais atos atribuídos por esta Lei como de sua competência.

Seção IV
Do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização da gestão do Fundo de Pensão e


Art. 70.
Aposentadoria - FUNPAS.

Art. 71.O Conselho Fiscal será composto por 03 (três) membros efetivos e respectivos
suplentes.

§ 1º Exercerá a função de presidente do Conselho Fiscal um dos conselheiros efetivos


eleito entre seus pares.

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§ 2º No caso de ausência ou impedimento temporário, o presidente do Conselho Fiscal


será substituído pelo conselheiro que for por ele designado.

§ 3º Ficando vaga a presidência do Conselho Fiscal, caberá aos conselheiros em


exercício eleger, entre seus pares, aquele que preencherá o cargo até a conclusão do
mandato.

§ 4º No caso de ausência ou impedimento temporário de membro efetivo do Conselho


Fiscal, este será substituído por seu suplente.

§ 5º No caso de vacância do cargo de membro efetivo do Conselho Fiscal, o respectivo


suplente assumirá o cargo até a conclusão do mandato, cabendo ao órgão ou entidade ao
qual estava vinculado o ex-conselheiro, ou ao representante do servidor ativo ou inativo, se for
o caso, indicar novo membro suplente para cumprir o restante do mandato.

§ 6º No caso da vacância do cargo ocorrer do conselheiro que estiver exercendo a função


de presidente do conselho, nova eleição para presidente será realizada entre seus pares.

§ 7º Perderá o mandato o membro efetivo do Conselho Fiscal que deixar de comparecer


a 03 (três) reuniões consecutivas ou 05 (cinco) alternadas, sem motivo justificado.

§ 8º O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, uma vez a cada bimestre, ou


extraordinariamente, quando convocado por seu presidente ou por, no mínimo, 02 (dois)
conselheiros.

§ 9º A instalação do Conselho Fiscal se dará com a presença dos 03 (três) membros


titulares ou seus Suplentes.

§ 10. As decisões do Conselho Fiscal serão tomadas por, no mínimo, 2 (dois) votos
favoráveis.

§ 11. Os procedimentos relativos à organização das reuniões e ao funcionamento do


Conselho Fiscal encontram-se dispostos no Regulamento deste.

Subseção I
Das Atribuições do Conselho Fiscal

Art. 72. Compete ao Conselho Fiscal:

I - eleger o seu presidente;

II - elaborar e aprovar as normas regulamentadoras do Conselho Fiscal;

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III - examinar os balancetes e balanços do FUNPAS, bem como as contas e os demais


aspectos econômico-financeiros;

IV - examinar livros e documentos;

V - examinar quaisquer operações ou atos de gestão do FUNPAS;

VI - fiscalizar o cumprimento da legislação e normas em vigor;

VII - lavrar as atas de suas reuniões, inclusive os pareceres e os resultados dos exames
procedidos;

VIII - praticar quaisquer outros atos julgados indispensáveis aos trabalhos de fiscalização;

IX - sugerir medidas para sanar irregularidades encontradas.

Parágrafo Único - Compete ao Presidente do Conselho Fiscal convocar e presidir as


reuniões do Conselho.

CAPÍTULO III
DO PATRIMÔNIO E DAS RECEITAS

Art. 73.O patrimônio do FUNPAS é autônomo, livre e desvinculado de qualquer fundo do


Município e será constituído de recursos arrecadados na forma do art. 78 e direcionado para
pagamento de benefícios previdenciários aos beneficiários mencionados no art. 4º desta Lei, e
para a taxa de administração do Fundo de Previdência até o limite de 2% (dois porcento) de
conformidade com a legislação federal.

Parágrafo Único - O patrimônio do FUNPAS será formado de:

I - bens móveis e imóveis, valores e rendas;

II - os bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam adjudicados e transferidos;

III - que vierem a ser constituídos na forma legal.

A inobservância do disposto neste Capítulo constituirá falta grave, sujeitando os


Art. 74.
responsáveis às sanções administrativas e judiciais cabíveis previstas em lei federal.

Art. 75.Fica o Poder Executivo autorizado a doar ou destinar, pelas modalidades previstas
em lei, bens móveis ou imóveis ao FUNPAS.

Seção Única

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Origens Dos Recursos

Art. 76. Os recursos do FUNPAS originam-se das seguintes fontes de custeio:

I - contribuições sociais destinada pelos Entes do Município de Bagé, bem como por seus
poderes, autarquias e fundações públicas empregadoras;

II - contribuições sociais dos segurados;

III - rendimentos das aplicações financeiras e demais investimentos realizados com as


receitas previstas neste artigo;

IV - aluguéis e outros rendimentos não financeiros do seu patrimônio;

V - bens, direitos e ativos transferidos pelo Município ou por terceiros;

VI - outros bens não financeiros cuja propriedade lhe for transferida pelo Município ou por
terceiros;

VII - recursos provenientes de convênios, contratos, acordos ou ajustes de dívidas para


com o FUNPAS;

VIII - verbas oriundas da compensação financeira para os benefícios de aposentadoria e


pensão entre os regimes previdenciários na forma da legislação específica;

IX - dotações orçamentárias;

X - transferências de recursos e subvenções consignadas no orçamento do Município;

XI - doações, legados, auxílios, e subvenções;

XII - outras rendas, extraordinárias ou eventuais.

Parágrafo Único - As contribuições e quaisquer outras importâncias devidas ao FUNPAS


por seus segurados serão arrecadadas mediante desconto em folha, pelos órgãos
responsáveis pelo pagamento de pessoal, e por estes repassadas ao Fundo.

Art. 77.Sem prejuízo de sua contribuição estabelecida nesta Lei e das transferências
vinculadas ao pagamento das aposentadorias, das reservas ou das reformas e das pensões, o
Município poderá propor, quando necessário, a abertura de Créditos Adicionais visando
assegurar ao FUNPAS alocação de recursos orçamentários destinados à cobertura de
eventuais insuficiências financeiras reveladas pelo Plano de Custeio.

Art. 78. Sem prejuízo de deliberação do Conselho Deliberativo, e em conformidade com a Lei

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nº 4.320/64 e alterações subsequentes, o FUNPAS poderá aceitar bens imóveis e outros


ativos para compor seu patrimônio, sempre precedido de avaliação a cargo de empresa
especializada e legalmente habilitada, e desde que não contrarie legislação superior.

Parágrafo Único - Verificada a viabilidade econômico-financeira aferida no laudo de


avaliação, o Conselho Deliberativo terá prazo de 60 (sessenta) dias para deliberar sobre a
aceitação dos bens oferecidos.

A alienação de bens imóveis, com ou sem benfeitoria, integralizados ao patrimônio do


Art. 79.
FUNPAS, deverá ser precedida de autorização do Conselho Deliberativo e desde que
consoante a lei superior.

Parágrafo Único - A alienação não poderá ser a cada ano, superior a 15% (quinze
porcento) do valor integralizado em bens imóveis.

CAPÍTULO IV
DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS

Art. 80.As aplicações das reservas técnicas garantidoras dos benefícios previdenciários de
que trata esta Lei serão efetuadas em conformidade com a política e diretrizes de aplicação
dos recursos financeiros do FUNPAS apresentada pela Diretoria Executiva e aprovada pelo
Conselho Deliberativo, de modo a garantir a otimização da combinação de risco, rentabilidade
e liquidez.

Parágrafo Único - A política e diretrizes de investimentos dos recursos financeiros do


FUNPAS serão elaboradas em observância às regras de prudência estabelecidas pelo
Conselho Monetário Nacional e divulgadas pelo Banco Central do Brasil.

Art. 81. Ao FUNPAS é vedado:

I - a utilização de bens, direitos e ativos para empréstimos de qualquer natureza, inclusive


ao Município, a entidades da administração direta e aos respectivos segurados;

II - atuar como instituição financeira, bem como prestar fiança aval, ou obrigar-se por
qualquer outra modalidade;

III - é permitido ao FUNPAS realizar convênios com bancos oficiais para atendimento aos
aposentados e pensionistas na forma de empréstimos bancários consignados, desde que
realizado pelo titular aposentado ou pensionista ou seu representante na forma do art. 47 e
parágrafos desta Lei, no banco onde são depositados seus proventos e sem a utilização de
garantias financeiras por parte do FUNPAS, DAEB, Executivo e Legislativo, quando da falta
de provimento financeiro do aposentado ou pensionista por qualquer que seja o motivo.

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CAPÍTULO V
PLANO DE CUSTEIO

O Regime de Previdência organizado por esta Lei será custeado mediante recursos
Art. 82.
de contribuições do Município de Bagé, através dos órgãos dos Poderes Legislativo e
Executivo, inclusive de suas autarquias e fundações e dos segurados ativos, inativos e
pensionistas, bem assim por outros recursos que lhe forem atribuídos.

§ 1º A contribuição mensal do ente público para o Regime de Previdência de que trata


esta Lei, obedecerá, para efeito de incidência, alíquota estabelecida intermédio de cálculo
atuarial, conforme definido em lei específica.

§ 2º Para o cálculo das contribuições incidentes sobre a gratificação natalina, será


observada a mesma alíquota.

§ 3º O Plano de Custeio descrito no caput deste artigo deverá ser revisto, a cada
exercício, objetivando atender às limitações impostas pela legislação vigente.

Seção I
Contribuição do Segurado

Art. 83. Constituirá fato gerador das contribuições para o Regime de Previdência do
Município, a percepção efetiva ou a aquisição por estes da disponibilidade econômica ou
jurídica de remuneração, a qualquer título, inclusive de subsídios, oriundos dos cofres públicos
municipais ou das autarquias e das fundações públicas, tomando-se como base de cálculo as
parcelas previstas no art. 12 desta Lei.

§ 1º A contribuição mensal dos segurados para o Regime de Previdência de que trata


esta Lei, obedecerá, para efeito de incidência, alíquota estabelecida por intermédio de cálculo
atuarial, conforme definido em lei específica.

§ 2º Para o cálculo das contribuições incidentes sobre a gratificação natalina, será


observada a mesma alíquota.

§ 3º O servidor que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária e que


opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor
da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria
compulsória, requerendo do Ente Municipal ao qual esteja vinculado, o abono permanência.

I - O abono previsto no caput será concedido, nas mesmas condições, ao servidor que,
até 31 de dezembro de 2003, tenha cumprido todos os requisitos para obtenção da
aposentadoria voluntária, com proventos integrais ou proporcionais, com base nos critérios da

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legislação então vigente, desde que conte com, no mínimo, vinte e cinco anos de contribuição,
se mulher, ou trinta anos, se homem;

II - O valor do abono de permanência será equivalente ao valor da contribuição


efetivamente descontada do servidor, ou recolhida por este, relativamente a cada
competência;

III - O pagamento do abono de permanência é de responsabilidade do respectivo ente


federativo e será devido a partir do cumprimento dos requisitos para obtenção beneficio,
mediante opção expressa pela permanência em atividade.

Seção II
Da Contribuição do Município

A contribuição do Município de Bagé, através dos órgãos dos Poderes Legislativo e


Art. 84.
Executivo, inclusive de suas autarquias e fundações, para o FUNPAS, não poderá exceder, ao
dobro da contribuição do segurado.

Parágrafo Único - A alíquota de contribuição de que trata o caput deste artigo será
estabelecida por meio de cálculo atuarial e constará de lei específica.

O Município é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras


Art. 85.
apuradas atuarialmente no Regime de Previdência, na forma da Lei Orçamentária Anual.

O aporte adicional previsto atuarialmente, assim como as transferências referentes a


Art. 86.
amortização de eventuais déficits verificados no regime de Previdência do Município, não
serão computados para efeito da limitação de que trata o art. 84 desta Lei.

Parágrafo Único - O déficit atuarial apurado na data de criação do FUNPAS poderá ser
amortizado em até 35 (trinta e cinco) anos, cujo saldo remanescente será atualizado pela
variação IGP-DI ou índice de correção adotado pelo ente para reajuste dos tributos municipais,
verificada entre a data da apuração e do efetivo recolhimento, acrescidos da taxa de juros
reais de 6% (seis porcento) ao ano.

Art. 87. A contribuição social do Município, através dos Órgãos dos Poderes Legislativo e
Executivo, inclusive de suas autarquias e fundações públicas, para o FUNPAS serão
constituídas de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei
Orçamentária Anual e LDO.

CAPÍTULO VI
DA ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

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A arrecadação e o recolhimento mensal das contribuições ou de outras importâncias


Art. 88.
devidas ao Regime de Previdência do Município pelos segurados, pelo Ente Público ou pelo
órgão que promover a sua retenção, deverão ser efetuados ao FUNPAS até o dia 15 (quinze)
dia do mês subsequente ao da ocorrência do respectivo fato gerador e a contribuição
complementar decorrente do cálculo atuarial até o último dia útil do mês

Art. 89. O encarregado de ordenar ou de supervisionar a retenção e o recolhimento das


contribuições dos segurados devidas ao regime de previdência do Município organizado por
esta Lei que deixar de retê-las ou de recolhê-las, no prazo legal, será objetiva e pessoalmente
responsável, na forma prevista no artigo 135, incisos II e III do Código Tributário Nacional,
pelo pagamento dessas contribuições e das penalidades cabíveis, sem prejuízo da sua
responsabilidade administrativa, civil e penal, pelo ilícito que eventualmente tiver praticado e
da responsabilidade do poder, órgão autônomo, autarquias ou fundações públicas municipais
a que for vinculado por essas mesmas contribuições e penalidades.

Art. 90.As contribuições pagas em atraso ficam sujeitas à atualização pelo índice de correção
adotado pelo ente para reajuste dos tributos municipais, além da cobrança de juros de mora
de 1% (um por cento) por mês de atraso ou fração do mês e multa de 2% (dois porcento),
todos de caráter irrelevável, sem prejuízo da responsabilização e das demais penalidades
previstas nesta Lei e legislação aplicável.

CAPÍTULO VII
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO

Art. 91.A taxa anual para custeio administrativo do Regime Próprio de Previdência, será de
0,6% (zero vírgula seis porcento) do valor total da remuneração dos servidores do Município
referente ao exercício anterior, incluindo todas as despesas administrativas permitidas por
legislação federal.

Parágrafo Único - A taxa anual de administração deverá ser revisada anualmente,


mediante Lei Autorizativa dos índices percentuais da contribuição do servidor, dos Entes e
complementar, bem como o índice da taxa de administração definida pelo cálculo atuarial.

TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 92.Na hipótese de extinção do Regime Próprio de Previdência Servidores Públicos do


Município de Bagé, o Tesouro Municipal assumirá integralmente a responsabilidade pelo
pagamento dos benefícios concedidos durante a sua vigência, bem como daqueles benefícios
cujos requisitos necessários a sua concessão foram implementados anteriormente à extinção
desse regime.

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Parágrafo Único - A extinção deste regime próprio de previdência somente poderá ser
efetuada mediante legislação específica.

Art. 93.Ao segurado que tiver sua inscrição cancelada conforme disposto no art. 8º desta Lei,
será fornecido, pelo FUNPAS, Certidão de Tempo de Contribuição na forma da legislação
vigente.

Art. 94. Os casos omissos na presente Lei, não previstos ou regulamentados no Regimento
Interno, serão estudados e decididos pelo Conselho Geral, e depois de publicados passarão a
constar de súmula em separado.

Parágrafo Único - Para garantia de plena publicidade, a divulgação referida no "caput" do


presente artigo deverá ser feita em boletim próprio do FUNPAS ou nos murais da Câmara
Municipal de Vereadores, da Prefeitura Municipal e dos Sindicatos das respectivas categorias.

Art. 95. A eleição para escolha dos membros do Conselho Geral do FUNPAS ocorrerá,
bianual sempre no mês de dezembro e a posse dar-se-á na primeira semana do mês de
janeiro do ano subsequente, de conformidade com o Regimento Interno e critérios para
eleição será obedecido pelo art. 57, § 2º.

Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a contar
Art. 96.
de 01 de janeiro de 2012.

Art. 97. Revoga expressamente a Lei Municipal nº 3.933/2002, de 29 de agosto de 2002.

Gabinete do Prefeito Municipal, 04 de maio de 2012.

Dudu Colombo
Prefeito Municipal

Carmen Luna Falcão


Chefe de Gabinete

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