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Alumina do Norte do Brasil S.A.

Número ALUNORTE FOLHA


Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 1/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

ÁREA 54B – DEPÓSITO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – DRS2 – FASE 1


RESÍDUO DE FILTRO PRENSA
DETERMINAÇÃO DA SEÇÃO HIDRÁULICA DO SISTEMA DE DRENAGEM INTERNA DO DRS2
RELATÓRIO TÉCNICO
ESTE DOCUMENTO E AS INFORMAÇÕES NELE CONTIDAS SÃO DE PROPRIEDADE DA ALUNORTE, PARA USO EXCLUSIVO NOS SERVIÇOS PERTINENTES, SENDO VEDADA
SUA PUBLICAÇÃO OU REPRODUÇÃO PARA OUTROS FINS, SALVO AUTORIZAÇÃO EXPRESSA. ESTE DOCUMENTO DEVERÁ SER DEVOLVIDO QUANDO SOLICITADO.

Revisão 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Revisão 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Folha REVISÃO DE FOLHAS Folha REVISÃO DE FOLHAS
1 x x 78 x x
2 x x 79 x x
3 x x 80 x x
4 x x 81 x x
5 x x 82 x x
6 x x 83 x x
7 x x 84 x x
8 x x 85 x x
9 x x 86 x
10 x x 87 x
11 x x 88 x
12 x x 88 x
13 x x 89 x
14 x x x 90 x
15 x x x 91
16 x x x 92
17 x x x 93
18 x x x 94
19 x x x 95
20 x x x 96
21 x x x 97
22 x x x 98
23 x x x 99
24 x x x 100
25 x x x 101
26 x x x 102
27 x x x 103
28 x x x 104
29 x x x 105
30 x x x 106
31 x x x 107
32 x x x 108
33 x x x 109
34 x x x 110
35 x x x 118
36 x x x 119
37 x x x 120
38 x x x 121
39 x x x 122
40 x x x 123
41 x x x 124
42 x x x 125
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43 x x x 126
44 x x x 127
45 x x x 128
46 x x x 129
47 x x x 130
48 x x x 131
49 x x x 132
50 x x x 133
51 x x x 134
52 x x x 135
53 x x x 136
54 x x 137
55 x x 138
56 x x 139
57 x x 140
58 x x 141
59 x x 142
60 x x 143
61 x x 144
62 x x 145
63 x x 146
64 x x 147
65 x x 148
66 x x 149
67 x x 150
68 x x 151
69 x x 152
70 x x 153
71 x x 154
72 x x 155
73 x x 156
74 x x 157
75 x x 158
76 x x 165
77 x x 166
Rev. Data Fin. Elabor. Verific. Aprov. DESCRIÇÃO DAS REVISÕES

0 14/12/2022 1 RGR/LVO GCS LL EMISSÃO INICIAL PARA COMENTÁRIOS

INCORPORAÇÃO DOS RESULTADOS PARCIAIS DOS ENSAIOS DE


1 22/12/2022 1 LRS/RGR GCS LL CARACTERIZAÇÃO QUÍMICO-MINERALÓGICA E DE REPRODUÇÃO
DO SISTEMA

2 13/01/2023 4 RGR GCS LL EMISSÃO ATENDENDO A COMENTÁRIOS DO CLIENTE.

FINALIDADE DAS EMISSÕES


(1) PARA APROVAÇÃO/COMENTÁRIOS (4) PARA CONHECIMENTO / INFORMAÇÃO (7) PARA DETALHAMENTO
(2) PARA COTAÇÃO (5) PARA CONSTRUÇÃO C/PENDÊNCIAS (8) CONFORME COMPRADO
(3) PARA CONSTRUÇÃO / COMPRA (6) COMO CONSTRUÍDO / MONTADO (9) CANCELADO
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LISTA DE PENDÊNCIAS

ITEM DESCRIÇÃO
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................................6
1.1. ESTRUTURA DO DOCUMENTO...................................................................................................6
2. CONTEXTUALIZAÇÃO E OBJETIVOS DO TRABALHO...........................................................7

3. BASE DE DADOS........................................................................................................................8

4. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS DISPONIBILIZADOS...............................11

5. DEFINIÇÃO DAS FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DOS MATERIAIS DRENANTES...............14


5.1. CRITÉRIO DE RETENÇÃO........................................................................................................15
5.2. CRITÉRIO DE PERMEABILIDADE...............................................................................................16
5.3. CRITÉRIO DE PREVENÇÃO CONTRA SEGREGAÇÃO...................................................................16
5.4. CRITÉRIOS ADICIONAIS...........................................................................................................17
5.5. CRITÉRIOS DE FILTRAGEM – DRENO DE PÉ.............................................................................17
5.6. DEFINIÇÃO DAS FAIXAS GRANULOMÉTRICAS............................................................................17
5.6.1. TRANSIÇÃO........................................................................................................................17
5.6.2. NÚCLEO DRENANTE / REGIÃO DE CONTATO ENTRE DRENOS SUB-HORIZONTAIS E FILTRO
VERTICAL.........................................................................................................................................20
5.6.3. DRENO DE PÉ....................................................................................................................23
5.7. DEFINIÇÃO DOS MATERIAIS CONSTITUINTES DO SISTEMA DE DRENAGEM INTERNA...................24
6. DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DRENANTE.......................................................................29
6.1. METODOLOGIA E PREMISSAS..................................................................................................29
6.2. SEÇÕES AVALIADAS...............................................................................................................31
6.3. RESULTADOS DAS ANÁLISES DE PERCOLAÇÃO........................................................................32
6.3.1. INEXISTÊNCIA DO SISTEMA DE DRENAGEM INTERNA.............................................................33
6.3.2. INCLUSÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM INTERNA..................................................................35
6.4. DEFINIÇÃO DA SEÇÃO HIDRÁULICA.........................................................................................38
6.4.1. FILTRO VERTICAL...............................................................................................................38
6.4.2. DRENOS SUB-HORIZONTAIS................................................................................................39
7. ESPECIFICAÇÃO DO GEOTÊXTIL...........................................................................................40
7.1. DEFINIÇÃO DO POLÍMERO.......................................................................................................40
7.2. DEFINIÇÃO DAS PROPRIEDADES HIDRÁULICAS.........................................................................40
7.2.1. CRITÉRIOS DE RETENÇÃO...................................................................................................40
7.2.2. CRITÉRIOS DE PERMEABILIDADE..........................................................................................42
7.2.3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DAS VERIFICAÇÕES.......................................................43
8. DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO QUÍMICO-MINERALÓGICA E DE
REPRODUÇÃO DO SISTEMA E DA MONTAGEM DOS PERMEÂMETROS.................................44

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES..................................................................46

APÊNDICE A – RESULTADOS DAS ANÁLISES DE FLUXO..........................................................50

APÊNDICE B – AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NOS ENSAIOS DE


LABORATÓRIO EM AMOSTRAS DE MATERIAIS GRANULARES (JAZIDAS).............................58
B.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA...........................................................................................................59
B.1.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA TOTAL.............................................................................................60
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B.1.2 ANÁLISE DE METAIS-TRAÇO................................................................................................60


B.2 ANÁLISE MINERALÓGICA.........................................................................................................61
B.3 ENSAIOS DE REPRODUÇÃO DO SISTEMA.................................................................................64
B.3.1 CICLAGEM ARTIFICIAL EFLUENTE-ESTUFA...........................................................................64
B.3.2 USEPA 1313....................................................................................................................65
B.3.3 USEPA 1314 MODIFICADO................................................................................................66
ANEXO A – E-MAIL “RES: REUNIÃO DE ALINHAMENTO - CONTRATO 4600008621 - PDA -
PIMENTA DE ÁVILA”........................................................................................................................67

ANEXO B – RESULTADOS DOS ENSAIOS DE REPRODUÇÃO DO SISTEMA............................68


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1. INTRODUÇÃO

Este documento apresenta a metodologia para determinação da seção hidráulica do sistema de


drenagem interna do DRS2 (filtro vertical e drenos sub-horizontais). Complementarmente, o
documento tem por objetivo apresentar e discutir os resultados obtidos nos ensaios de
caracterização geoquímica e de reprodução do sistema dos materiais de algumas das potenciais
jazidas para obtenção dos materiais componentes do sistema de drenagem interna.

O Depósito de Resíduos Sólidos DRS2, pertencente à Alunorte - Alumina do Norte do Brasil S.A,
está localizado no município de Barcarena, no estado do Pará, a aproximadamente 120 km da
cidade de Belém, adjacente a PA-481. A Figura 1 apresenta a localização da planta industrial da
Alunorte com destaque para os depósitos de resíduos DRS1 e DRS2.

Figura 1 – Planta geral das instalações da Alunorte (Fonte: Ortofoto de abril/2022)

1.1. Estrutura do Documento

O item 2 deste documento apresenta a contextualização e objetivos do presente Relatório Técnico.


Por sua vez, o item 3 elucida a base de dados, ao passo que o item 4 indica os resultados dos
ensaios utilizados para subsídio à realização do trabalho.

O item 5 apresenta a metodologia para determinação das faixas granulométricas dos materiais
drenantes, bem como a sua aplicação à base de dados e avaliação da aderência dos materiais
ensaiados à composição do sistema de drenagem interna do DRS2. Complementarmente, o item 6
apresenta o dimensionamento da seção drenante e seus critérios. Ainda, o item 7 apresenta os
critérios e metodologias para especificação do geotêxtil a ser constituinte dos drenos sub-
horizontais. Ademais, o item 8 apresenta os resultados obtidos na caracterização geoquímica e de
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reprodução do sistema em relação ao comportamento dos materiais de algumas das potenciais


jazidas.

Por fim, o item 9 apresenta as conclusões, considerações finais e recomendações do presente


trabalho.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO E OBJETIVOS DO TRABALHO

O projeto detalhado do DRS2 prevê a construção de sistema de drenagem interna composto por
filtro vertical conectado a drenos sub-horizontais, concebidos em formato de fingers. A função do
sistema é de conduzir o fluxo de efluentes do interior da pilha, da Zona Interna até a crista do dique
de contorno da Zona Estrutural, evitando, assim, a elevação da superfície de poropressão nula da
Zona Estrutural. O efluente proveniente dos drenos será coletado pela canaleta periférica do dique
de contorno da Zona Estrutural, de onde seguirá o fluxo até as bacias de controle BC-201 e BC-
202.

Com o objetivo de verificar as características das potenciais jazidas “candidatas” para fornecimento
dos materiais de construção do sistema de drenagem interna do DRS2, foi realizada campanha de
ensaios de laboratório, proposta no documento n° ES-3541-54-G-329, composta por ensaios de
granulometria por peneiramento, massa específica dos grãos, permeabilidade a carga constante e
abrasão Los Angeles.

Dessa forma, foi elaborada em outubro/2020 Nota Técnica da avaliação dos ensaios supracitados,
conduzidos em um seixo proveniente de jazida localizada no município de Ourém - PA (documento
de referência n° PT-3541-54-G-003). O documento em questão determinou as faixas de transições
para o sistema de drenagem interna. Contudo, a partir dos resultados dos ensaios de laboratório
disponibilizados, não foi possível ratificar a geometria do sistema de drenagem interna do DRS2.

Ainda, os ensaios de granulometria do resíduo utilizados como subsídio para determinação das
faixas das transições à época não foram provenientes de amostras coletadas do interior do DRS2,
haja vista que ainda não haviam sido conduzidas campanhas de ensaios de laboratório específicas
para o depósito.

Nesse sentido, foi solicitada a realização de nova campanha de ensaios de laboratório com o intuito
de se definirem os materiais a serem constituintes do sistema de drenagem interna do DRS2,
referentes a uma revisão da especificação técnica da campanha supracitada (documento n° ES-
3541-54-G-329), contemplada pelos seguintes ensaios:

 Granulometria por peneiramento;


 Determinação da massa específica dos grãos, massa específica aparente e absorção de
água;
 Determinação do coeficiente de permeabilidade à carga constante;
 Abrasão Los Angeles;
 Composição química;
 Caracterização mineralógica;
 Ensaios de reprodução do sistema em escala laboratorial para avaliação do potencial de
colmatação dos materiais drenantes.
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Além de caracterizar os materiais granulares, a campanha proposta tem como objetivo avaliar a
possibilidade de colmatação dos materiais drenantes ao longo do tempo devido ao contato com
resíduo de bauxita, de elevado pH. Diante desta especificação técnica, foram disponibilizados pela
Alunorte, em fevereiro/2022, os resultados dos ensaios de caracterização geotécnica conduzidos
em materiais granulares provenientes de diferentes jazidas (areias, britas, seixos e pedrisco), assim
como em composições de areias, britas e pedriscos (blends), realizados pela empresa Tecnobeton.
Adicionalmente, em agosto e novembro/2022 foram enviados os resultados dos ensaios de
caracterização químico-mineralógica e os resultados parciais dos ensaios de reprodução do
sistema referentes a estes materiais (realizados pela empresa SGS Geosol), em formatos editável e
em PDF.

Adicionalmente, foi solicitada pela Alunorte a verificação da possibilidade de utilização de areias


provenientes de jazidas distintas das que haviam sido amostradas até então, tendo sido
disponibilizados, em setembro/2022 e novembro/2022, ensaios de granulometria de areias
provenientes de áreas de empréstimo distintas das que haviam sido ensaiadas pela Tecnobeton.

Ainda, dentre os materiais ensaiados pela Tecnobeton, a Alunorte sinalizou a impossibilidade da


utilização da brita 0 e dos blends para composição dos drenos sub-horizontais, sendo definida a
preferência pelo emprego de brita 1 para o núcleo e de areia proveniente da Jazida do Mesquita
como transição, haja vista a maior disponibilidade para aquisição.

Assim, o objetivo deste documento é apresentar a avaliação dos ensaios de caracterização


geotécnica dos materiais granulares previstos para serem utilizados na construção do sistema de
drenagem interna do DRS2 (filtro subvertical e drenos sub-horizontais), bem como apresentar a
metodologia e sua aplicação para o dimensionamento do sistema de drenagem interna.

Adicionalmente, este documento tem por objetivo apresentar e discutir os resultados obtidos pelos
ensaios de caracterização geoquímica e de reprodução do sistema dos materiais granulares
amostrados pela Tecnobeton e ensaiados pela SGS Geosol, verificando a reatividade de cada um
destes materiais, bem como sua propensão à colmatação diante da exposição ao efluente do
interior do DRS2.

Destaca-se que os ensaios de reprodução do sistema ainda não foram finalizados. De acordo com
o e-mail intitulado “RES: Proposta – Avaliação em Avanço dos Ensaios de Colmatação dos
Materiais de Construção dos Drenos Subverticais e Sub Horizontais do DRS2”, enviado pela
Pimenta de Ávila no dia 03/08/2022, foi sugerida duração mínima de 140 dias para execução dos
ensaios USEPA 1314 modificado. Ademais, segundo a especificação técnica mencionada
anteriormente, deverão ser realizados novamente os ensaios de composição química global e de
metais-traço, microscopia eletrônica de varredura (EDS), mineralogia automatizada, difração de
raios-X, permeabilidade à carga constante e granulometria nos materiais dos permeâmetros, com o
objetivo de avaliar se houve redução da permeabilidade e/ou alterações físico-química-biológicas
no sistema. Por conta disso, este documento será revisado quando da finalização do restante dos
ensaios propostos nesta campanha e a disponibilização dos resultados à Pimenta de Ávila.

3. BASE DE DADOS

O documento n° ES-3541-54-G-329 apresenta a especificação técnica para a coleta e a execução


de ensaios de laboratório nos materiais granulares a serem constituintes do sistema de drenagem
interna do DRS2.
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Adicionalmente, foram disponibilizados pela Alunorte os ensaios de caracterização geotécnica dos


materiais ensaiados pela empresa Tecnobeton, em especial os ensaios de granulometria e ensaios
de permeabilidade a carga constante (para brita 1 e blends). Além disso, foram disponibilizados os
ensaios de caracterização químico-mineralógica e de reprodução do sistema, realizados pela SGS
Geosol.

Complementarmente, foram disponibilizados os ensaios de granulometria de areias provenientes de


áreas de empréstimo distintas das amostradas pela Tecnobeton, bem como ensaios de
permeabilidade a carga constante da areia proveniente da Jazida do Mesquita.

A Tabela 1 apresenta a relação dos materiais contemplados e os respectivos ensaios


disponibilizados.
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Tabela 1 – Relação dos ensaios disponibilizados


Quantitativo de Ensaios Realizados
Ciclage
Massa Massa % Abrasã Granulometri USEPA
Empresa Permeabilidad Caracterizaçã m
Agregados Jazida Específic Específic Absorçã o Los a por 1313/1314
Responsável e a carga o Químico- Artificial
a dos a o de Angele Peneirament modificado(1
constante Mineralógica Efluente )
Grãos Aparente Água s o
-Estufa
Brita 1 Tabal Mineração 3 3 3 2 102 3 3 4 3
Brita 0 Tabal Mineração 3 3 3 2 4 - - - -
Brita 2 Tabal Mineração 3 3 3 2 4 - - 4 -
Aurora -
Areia Média 3 - - - 4 - - -
Mineração
Areia Fina Areal Oriental 3 - - - 4 - - - -
Aurora -
Tecnobeton/ Pedrisco 3 - - - 4 - - -
Mineração
SGS Geosol Aurora -
Seixo Médio 3 3 3 2 4 - - -
Mineração
Aurora -
Seixo Fino 3 3 3 2 4 - - -
Mineração
Aurora -
Seixo Grosso 3 3 3 2 4 - - -
Mineração
Pedra de Mão Tabal Mineração 3 3 3 - -3 - - 4 -
Blends de areia, brita, pedrisco e
- - - - 102 3 3 - 3
seixo
Jazida do
LTEC Areia - - - - 6 3 - - -
Mesquita
Marks Areia Jazida Pavidez - - - - 2 - - - -
Notas:
1 - Os ensaios de reprodução do sistema referentes aos materiais amostrados pela empresa Tecnobeton ainda não foram finalizados. A avaliação final dos seus
resultados será contemplada no presente documento em revisão posterior.
2 – Dentre os 10 ensaios disponibilizados, seis deles foram enviados pela Alunorte em novembro/2022, sendo três conduzidos logo antes da montagem dos
permeâmetros para realização dos ensaios USEPA 1314 modificado e três após.
3 – Para a determinação das dimensões da pedra de mão, foram definidos o comprimento (maior dimensão) e espessura (menor dimensão) dos blocos, com auxílio de
paquímetro e régua biselada.
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4. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS DISPONIBILIZADOS

A Tabela 2 apresenta os resultados dos ensaios de caracterização geotécnica conduzidos para os


materiais ensaiados pela empresa Tecnobeton.

Tabela 2 – Resultados dos ensaios de caracterização – Tecnobeton/2022


Massa Específica Massa Específica Permeabilidad
Agregados Registro % Absorção
dos Grãos (g/cm³) Aparente (g/cm³) e (m³/s)
Brita 1 RG-13 2,66 2,58 1,14 5,53E-02
Brita 0 RG-14 2,67 2,59 1,09 -
Brita 2 RG-15 2,68 2,61 0,97 -
Areia Média RG-16 2,64 - - -
Areia Fina RG-17 2,65 - - -
Pedrisco RG-18 2,66 - - -
Seixo Médio RG-19 2,66 2,63 0,55 -
Seixo Fino RG-20 2,65 2,62 0,55 -
Seixo Grosso RG-21 2,65 2,58 0,99 -
Pedra de Mão RG-22 2,66 2,57 1,25 -

Adicionalmente, a Tabela 3 apresenta os resultados dos ensaios de Abrasão Los Angeles


conduzidos pela Tecnobeton. A partir da avaliação dos resultados dos ensaios, verifica-se abrasão
LA variando entre 34,5% e 64,8%, sendo os menores valores referentes a brita 0 e brita 1.

Tabela 3 – Resultados dos ensaios de Abrasão Los Angeles – Tecnobeton/2022


Abrasão Los Angeles (%)
Agregados Registro
1° Determinação 2° Determinação Média
Brita 1 RG-23 35,8% 33,2% 34,5%
Brita 0 RG-24 38,2% 38,5% 38,4%
Brita 2 RG-25 42,0% 40,9% 41,4%
Seixo Médio RG-26 59,8% 59,0% 59,4%
Seixo Fino RG-27 56,8% 55,8% 56,3%
Seixo Grosso RG-28 65,2% 64,3% 64,8%

A Tabela 4 apresenta os resultados dos ensaios de permeabilidade a carga constante conduzidos


pela empresa Tecnobeton na brita 1 e no blend de pedrisco/areia, bem como da areia proveniente
da Jazida do Mesquita, conduzidos pela LTEC.

Tabela 4 – Resultados dos ensaios de permeabilidade a carga constante – Tecnobeton/2022


e LTEC/2022
Empresa Permeabilidade (m³/s)
Agregados
Responsável 1° Determinação 2° Determinação 3° Determinação Média
Brita 1 Tecnobeton 5,48E-02 4,39E-02 6,72E-02 5,53E-02
Blend (Areia + Pedrisco) Tecnobeton 1,74E-05 1,74E-05 1,72E-05 1,73E-05
Areia do Mesquita LTEC 4,33E-05 4,47E-05 4,38E-05 4,40E-05
A Figura 2 apresenta as curvas granulométricas médias provenientes de quatro ensaios de
granulometria conduzidos nas areias, britas, pedrisco e seixos pela Tecnobeton. Por sua vez, a
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Figura 3 apresenta os ensaios referentes às composições de britas, seixos e pedriscos/areias


(blends), também realizados pela Tecnobeton.

Figura 2 – Ensaios de Granulometria – Tecnobeton/2022

Figura 3 – Ensaios de Granulometria Blends – Tecnobeton/2022


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Adicionalmente, a Figura 4 e a Figura 5 apresentam os ensaios de granulometria conduzidos em


areias provenientes de jazidas distintas das amostradas pela Tecnobeton, a saber: Jazida do
Mesquita e Jazida Pavidez, conduzidas pelas empresas LTEC e Marks, respectivamente.

Figura 4 – Ensaios de Granulometria Areia do Mesquita – LTEC/2022

Figura 5 – Ensaios de Granulometria Areia da Jazida Pavidez - LTEC/2022


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Ademais, a Tabela 5 apresenta as determinações das dimensões de pedras de mão, realizadas


com auxílio de paquímetro e régua biselada, referentes à campanha conduzida pela Tecnobeton.

Tabela 5 – Dimensões da pedra de mão (Tecnobeton/2022)


Comprimento Espessura Comprimento
Determinação Espessura (cm) Determinação
(cm) (cm) (cm)
1 14 22 17 10 14
2 16 17 18 11 15
3 15 21 19 10 13
4 11 14 20 12 17
5 13 24 21 13 20
6 10 18 22 11 22
7 11 16 23 12 18
8 12 24 24 8 10
9 14 20 25 14 16
10 13 15 26 9 16
11 15 20 27 16 18
12 14 15 28 14 17
13 14 21 29 13 18
14 11 19 30 10 26
15 13 15 31 11 13
16 12 18 32 11 21

A apresentação e análise dos resultados dos ensaios de caracterização químico-mineralógica e de


reprodução do sistema dos materiais granulares amostrados pela Tecnobeton e ensaiados pela
SGS Geosol são apresentados no item 8, no Apêndice B e no Anexo B.

5. DEFINIÇÃO DAS FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DOS MATERIAIS DRENANTES

O sistema de drenagem interna do DRS2, composto por filtro vertical conectado a drenos sub-
horizontais, possui o objetivo de disciplinar o fluxo de percolação de efluente no interior das Zonas
Estrutural e Interna para o dreno de pé. De forma geral, um sistema de drenagem interna deve ser
concebido de forma a atender aos seguintes critérios:

 Impedir o movimento de partículas do solo de base (solo a ser protegido), evitando a


deflagração de erosão regressiva (critério de retenção);
 Disciplinar o fluxo de água, reduzindo as poropressões no interior do maciço e os gradientes
hidráulicos (critério de permeabilidade).

Assim, este item apresenta a metodologia de cálculo para a definição das faixas granulométricas
dos materiais a serem constituintes do sistema de drenagem interna do DRS2, bem como o dreno
de pé. Para tanto, as faixas granulométricas correspondentes aos materiais de transição e de
núcleo foram definidas a partir dos critérios de retenção e permeabilidade propostos pelo órgão
Natural Resources Conservation Services (NRCS, 1994)1, descritos a seguir. Complementarmente,

1
Natural Resources Conservation Services. Gradation Design of Sand and Gravel Filters. Part 633 National
Engineering Handbook, United States Department of Agriculture, Washington, DC, 1994.
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a definição da faixa granulométrica do dreno de pé, a ser constituído por pedra de mão, foi definido
conforme recomendações apresentadas por Cruz (1996)2.

Destaca-se que o procedimento para obtenção das faixas granulométricas do material de filtro pode
ser realizado tantas vezes quanto necessário, em função das restrições e/ou limitações específicas
de cada empreendimento como, por exemplo, da vazão de dimensionamento do sistema de
drenagem interna, da curva granulométrica do solo base e da disponibilidade dos materiais a serem
constituintes do filtro.

5.1. Critério de Retenção

O atendimento ao critério de retenção consiste em estabelecer o limite superior do diâmetro


correspondente a 15% das partículas mais finas do filtro (D15,máx,filtro), a partir da curva granulométrica
do solo base. Para tanto, como etapa pretérita deve ser definida a categoria do solo base, em
função da porcentagem passante na peneira #200, conforme apresentado na Tabela 6.

Tabela 6 – Classificação do solo base – Fonte: adaptado de NRCS (1994)¹


Porcentagem mais fina do que a peneira #200
Categoria do
(0,075 mm) (após reclassificação, quando Descrição do Solo Base
Solo Base
aplicável)
1 > 85 Siltes finos e argilas
2 40 - 85 Areias, siltes, argilas e areias siltosas
3 15 - 39 Areias siltosas a argilosas e pedregulhos
4 < 15 Areias e pedregulhos
Nota 1: caso o solo base apresente porcentagem de finos passante na peneira #4 (4,75 mm), a sua curva granulométrica
deve ser ajustada, seguindo os seguintes passos:
(a) Obter o fator de correção da curva granulométrica do solo base, dividindo 100% pela porcentagem passante na
peneira de diâmetro 4,75 mm;
(b) Multiplicar a porcentagem passante em todas as peneiras com diâmetros inferiores a 4,75 mm pelo fator de
correção obtido no item (a);
(c) Plotar a curva granulométrica do solo base a partir das porcentagens passantes em cada peneira após correção
decorrente do item (b);
(d) Reclassificar o solo base a partir da curva granulométrica obtida no item (c).

Em seguida, é estabelecido o D15,máx,filtro, em função da classificação do solo base realizada na


Tabela 6. A Tabela 7 apresenta o procedimento para sua obtenção, conforme critério de retenção
apresentado pelo NRCS (1994).

Tabela 7 – Critério de Retenção – D15,máx,filtro – Fonte: adaptado de NRCS (1994)


Categoria do
Critério de Retenção, D15,máx,filtro
Material de Base
1 ≤ 9 ×d 85 , base, mas não menor do que 0,2 mm.(a)
2
Cruz, P. T. 100 Barragens brasileiras: casos históricos, materiais de construção e projeto. São Paulo: Oficina de
Textos, 1996.
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2 ≤ 0 ,7 mm(b)
(40−A )
[ 4 ×d 85 , base )−0 , 7 mm ]+ 0 ,7 mm
(c)

3

(40−15)
(
Em que:
A = porcentagem passante na peneira #200 (0,075 mm) após reclassificação.
4 ≤ 4 × d 85 ,base após reclassificação.
Notas:
(a) Para solos dispersivos classificados na categoria 1, deve-se adotar o maior entre os dois valores: D 15,máx,filtro ≤ 6,5
x d85,base e D15,máx,filtro ≤ 0,2 mm.
(b) Para solos dispersivos classificados na categoria 2, deve-se adotar D15,máx,filtro ≤ 0,5 mm.
(c) Se 4 x d85,base ≤ 0,7 mm, deve-se adotar D15,máx,filtro = 0,7 mm.

5.2. Critério de Permeabilidade

O atendimento ao critério de permeabilidade consiste em estabelecer o limite inferior do diâmetro


correspondente a 15% das partículas mais finas do filtro (D 15,mín,filtro), igual ao maior valor dentre os
seguintes:

 0,10 mm;
 20% do diâmetro D15,máx,filtro (definido no item 5.1);
 4 a 5 vezes o diâmetro d15,base.

Destaca-se que, conforme apontado por NRCS (1994), os dois primeiros itens supramencionados
normalmente são suficientes para garantir que o filtro possua permeabilidade suficiente para
atender ao critério de permeabilidade do filtro. Contudo, o órgão também recomenda que o terceiro
critério seja respeitado, de modo a garantir que a permeabilidade do filtro seja suficientemente
maior do que a permeabilidade do solo base.

5.3. Critério de Prevenção Contra Segregação

Em complemento aos critérios de permeabilidade e retenção, o Natural Resources Conservation


Services ressalta que, de modo a evitar a segregação do material especificado para o filtro durante
a sua construção, deve-se limitar a sua curva granulométrica para que esta não seja bastante
ampla. Dessa forma, são estabelecidos limites para o diâmetro D 90,máx,filtro em função do D10máx,filtro,
conforme apresentado na Tabela 8.

Tabela 8 – Prevenção contra segregação – Fonte: adaptado de NRCS (1994)


Se o D10,mín (mm) mínimo é: O D90,máx (mm) máximo é:
< 0,5 20
0,5 - 1,0 25
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1,0 - 2,0 30
2,0 - 5,0 40
5,0 - 10 50
> 10 60

5.4. Critérios Adicionais

Complementarmente aos critérios de retenção, permeabilidade e segregação mencionados nos


subitens anteriores, o NRCS (1994) define alguns limites de referência para determinação de
diâmetros característicos dos limites inferior e superior de filtros. São eles:

 D5,mín,filtro = 0,074 mm;


 D100,máx,filtro ≤ 50 mm;
 D10,filtro = D15,filtro/1,2;
 Cufiltro ≥ 2,0 (Cu = D60,filtro/D10,filtro), de modo a evitar materiais com granulometria uniforme;
 Cufiltro ≤ 6,0, de modo a evitar materiais muito bem graduados (mais suscetíveis à
segregação).

5.5. Critérios de Filtragem – Dreno de Pé

Conforme mencionado por Cruz (1996), os critérios convencionais de filtragem, tais quais os
critérios explicitados anteriormente, são recomendados para areia em contato com transições de
cascalho e brita. Contudo, o autor sugere que para o caso de transições entre britas e/ou entre
britas e enrocamento a relação entre o d 85 do solo base e o D15 do filtro seja ampliada, obedecendo
a relação D15/d85 ≤ 9 para garantir a adequada retenção do solo base.

5.6. Definição das Faixas Granulométricas

5.6.1. Transição

Além da alternativa de seção hidráulica com núcleo e material de transição, foi avaliada a aplicação
de um tapete de material drenante contínuo em areia. Tal possibilidade de especificação foi
consensada como inviável, entretanto, visto que necessitaria de grandes alturas da seção drenante,
da ordem de metros, além de envolver maiores dificuldades de compactação da areia e do resíduo
na região, podendo gerar zonas de menor resistência. Ainda, necessitaria de um dreno de pé ao
longo de toda a extensão do depósito, dentre outros aspectos. Dessa forma, foi determinado o
emprego de seção hidráulica composta por material de transição entre o núcleo drenante e o
resíduo.

Assim, a definição da faixa granulométrica correspondente à transição foi feita considerando o


resíduo do DRS2 como solo base. Para tanto, foram consideradas as curvas granulométricas do
resíduo depositado na Zona Estrutural referentes à campanha de ensaios conduzida nos anos de
2021 e 2022 pela Fugro In Situ, cuja interpretação é apresentada no documento n° RT-3541-54-G-
488. Nesta campanha foram conduzidos oito ensaios de granulometria com sedimentação, sendo
quatro delas com emprego de solução de hexametafosfato de sódio como defloculante e quatro
sem uso do defloculante. A Figura 6 apresenta as curvas de distribuição granulométrica das
amostras coletadas no resíduo da Zona Estrutural.
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Figura 6 – Curvas granulométricas do resíduo depositado na Zona Estrutural (Fonte:


adaptado de RT-3541-54-G-488)

Conforme apresentado na Figura 6, as curvas granulométricas referentes ao resíduo depositado na


Zona Estrutural apresentam porcentagem passante na peneira #200 superior a 85%, logo se
enquadram na Categoria 1 de solo base. Na figura são também indicados os valores
correspondentes aos diâmetros d15máx e d85mín do resíduo, equivalentes a 0,0085 mm e 0,04 mm,
respectivamente. Nesse sentido, a Tabela 9 apresenta o dimensionamento granulométrico da
transição. Já na
Error: Reference source not found são apresentados os limites inferior e superior definidos para a
faixa de transição.

Tabela 9 – Dimensionamento granulométrico – Transição


Diâmetro correspondente a x Critério Diâmetro
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% das partículas mais finas


adotado (mm)
que a transição (D%,transição)
< 9 x d85,resíduo = 9 x 0,04 = 0,36 mm, mas não
D15,máx,transição 0,36
menor do que 0,2 mm
D10,máx,transição = D15,máx,transição / 1,2 0,30
< 6 x D10,máx,transição = 6 x 0,30 = 1,80
D60,máx,transição 1,80
e > 2 x D10,máx,transição = 2 x 0,30 = 0,60
D90,máx,transição < 20 mm 4,60
D100,máx,transição < 50 mm 7,0
> 0,10 mm
D15,mín,transição > 0,2 x D15,máx,transição = 0,2 x 0,36 = 0,072 mm 0,10
> 5 x d15,máx,resíduo = 5 x 0,0085 = 0,043 mm
D10,mín,transição = D15,mín,transição / 1,2 0,083
< 6 x D10,mín,transição = 6 x 0,083 = 0,50
D60,mín,transição 0,45
e > 2 x D10,mín,transição = 2 x 0,083 = 0,16
D90,mín,transição - 1,20
D100,mín,transição - 2,0
D5,mín,transição = 0,074 mm 0,074

Tabela 10 – Faixa granulométrica adotada – Transição


Porcentagem Passante em Peso (%)
Peneira Diâmetro (mm)
Limite Inferior Limite Superior
1/2’’ 12,5 100 100
3/8’’ 9,5 100 100
1/4’’ 6,3 100 97
N° 4 4,75 100 91
N° 10 2,0 100 63
N° 16 1,18 90 48
N° 30 0,6 69 29
N° 40 0,425 58 20
N° 60 0,25 42 5
N° 100 0,150 27 0
N° 200 0,075 5 0

Diante do exposto, a Figura 7 apresenta a faixa granulométrica consolidada da transição, com a


indicação dos respectivos d85,inf e d15,sup.
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Figura 7 – Faixa granulométrica da transição

5.6.2. Núcleo Drenante / Região de Contato entre Drenos Sub-Horizontais e Filtro Vertical

Na região de contato entre os drenos sub-horizontais e o filtro vertical contínuo, deverá ser
empregado material para estabelecer o contato apropriado com a areia, de modo que não haja o
prolongamento do geotêxtil para o interior do filtro vertical. A definição da faixa granulométrica deste
material foi feita considerando a transição como solo base. Para tanto, foi considerada a faixa
granulométrica definida no item anterior, conforme apresentado na Figura 7.

Conforme apresentado na Figura 7, a faixa granulométrica referente à transição apresenta


porcentagem passante na peneira #200 inferior a 15%, logo se enquadra na Categoria 4 de solo
base. Na figura são também indicados os valores correspondentes aos diâmetros d 15máx e d85mín da
transição, equivalentes a 0,36 mm e 1,02 mm, respectivamente. Nesse sentido, a Tabela 11
apresenta o dimensionamento granulométrico do material a ser utilizado na região entre os drenos
sub-horizontais e o filtro vertical. Já na Tabela 12 são apresentados os limites inferior e superior
definidos para a faixa supracitada.
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Tabela 11 – Dimensionamento granulométrico – Região de contato entre os drenos sub-


horizontais e o filtro vertical
Diâmetro correspondente a x% das
Diâmetro
partículas mais finas que o material de Critério
adotado (mm)
contato entre os drenos e filtro (D%,D/F)
D15,máx,/DF < 4 x d85,mín,transição = 4 x 1,02 = 4,08 mm 4,08
D10,máx,D/F = D15,máx,D/F / 1,2 3,40
< 6 x D10,máx,D/F = 6 x 3,40 = 20,4
D60,máx,/DF 13,6
e > 2 x D10,máx,D/F = 2 x 3,40 = 6,80
D90,máx,D/F < 30 mm 21,5
D100,máx,D/F < 50 mm 25
> 0,2 x D15,máx,D/F = 0,2 x 4,08 = 0,816 mm
D15,mín,D/F 1,80
> 5 x d15,máx,transição = 5 x 0,36 = 1,80 mm
D10,mín,D/F = D15,mín,D/F / 1,2 1,50
< 6 x D10,mín,D/F = 6 x 1,50 = 9,0
D60,mín,D/F 5,0
e > 2 x D10,mín,D/F = 2 x 1,50 = 3,0
D90,mín,D/F - 8,0
D100,mín,D/F - 10
D5,mín,D/F - -

Tabela 12 – Faixa granulométrica adotada – Região de contato entre os drenos sub-


horizontais e o filtro vertical
Porcentagem Passante em Peso (%)
Peneira Diâmetro (mm)
Limite Inferior Limite Superior
1’’ 25 100 100
3/4’’ 19 100 82
1/2’’ 12,5 100 57
3/8’’ 9,5 97 47
N° 4 4,75 58 21
N° 8 2,4 28 0
N° 10 2,0 20 0
N° 16 1,18 4 0
N° 30 0,6 0 0

Diante do exposto, a Figura 8 apresenta as faixas granulométricas consolidadas da transição e do


material correspondente à região de contato entre os drenos sub-horizontais e o filtro vertical.
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Figura 8 – Faixas granulométricas da transição e do material correspondente à região de


contato entre os drenos sub-horizontais e o filtro vertical

Conforme será apresentado no item 5.7, tendo em vista a expectativa da Alunorte em utilizar brita 1
como núcleo dos drenos sub-horizontais, o material em questão não atenderia à faixa especificada
na Figura 8, sendo necessária a especificação do uso de geotêxtil para composição da seção
drenante, de modo a garantir os critérios de retenção e permeabilidade com a transição. Os
critérios para verificação do geotêxtil são apresentados no item 7.

Diante do exposto e, considerando a aplicação de brita 1 como núcleo drenante e de geotêxtil


envolvendo a brita 1, o material em questão deverá respeitar à faixa apresentada pela ABNT NBR
7.211/20053, apresentada na Tabela 13 e na Figura 9.

Tabela 13 – Faixa granulométrica adotada – Núcleo Drenante – Brita 1 (Fonte: NBR


7.211/2005)
Porcentagem Passante em Peso (%)
Peneira Diâmetro (mm)
Limite Inferior Limite Superior
1’’ 25 100 100
3/4’’ 19 100 90
1/2’’ 12,5 50 35
3/8’’ 9,5 20 0
N° 4 4,75 5 0
N° 8 2,4 0 0

3
ABNT NBR 7.211. Agregados para Concreto - Especificação. Rio de Janeiro, 2005.
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Figura 9 – Faixa granulométrica do núcleo drenante – Brita 1 (Fonte: NBR 7.211/2005)

5.6.3. Dreno de Pé

Para a determinação da faixa granulométrica correspondente ao dreno de pé, a ser constituído de


pedra de mão, foi utilizado o critério de filtragem recomendado por Cruz (1996), com o intuito de se
obter o D15,máx em função do solo base (no caso, o núcleo drenante em brita 1 dos drenos sub-
horizontais). Complementarmente, a curva granulométrica correspondente ao limite inferior foi
definida de acordo com os critérios apresentados no item 5.4 e a experiência da Pimenta de Ávila.
A Tabela 14 e a Figura 10 apresentam o dimensionamento granulométrico e a faixa estabelecida
para o dreno de pé.

Tabela 14 – Dimensionamento granulométrico – Dreno de Pé (Pedra de Mão)


Diâmetro correspondente a x
Diâmetro
% das partículas mais finas Critério
adotado (mm)
que o núcleo (D%)
D15,máx,pedrademão < 9 x d85,mín,brita1 = 9 x 16,5 = 148,5 mm 120
D10,máx,pedrademão > D15,máx,pedrademão / 1,2 = 148,5/1,2 = 100 mm 110
< 6 x D10,pedrademão = 6 x 110 = 660
D60,máx,pedrademão 220
e > 2 x D10,máx,núcleo = 2 x 110 = 220
> 0,2 x D15,máx,pedrademão = 0,2 x 120 = 24 mm
D15,mín,pedrademão 60
> 5 x d15,máx,brita1 = 5 x 10,7 = 53,5 mm
D10,mín,núcleo > D15,mín,pedrademão / 1,2 = 60/1,2 = 50 mm 52
< 6 x D10,mín,pedrademão = 6 x 52 = 312
D60,mín,núcleo 105
e > 2 x D10,mín,núcleo = 2 x 56 = 104
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Figura 10 – Faixa granulométrica do dreno de pé (Pedra de Mão)

Diante do exposto, observa-se que as pedras de mão a serem utilizadas como dreno de pé devem
apresentar dimensões situadas na faixa entre 50 mm e 350 mm.

5.7. Definição dos Materiais Constituintes do Sistema de Drenagem Interna

A partir dos ensaios de granulometria dos materiais das potenciais áreas de empréstimo
(apresentados no item 4), foi avaliada a aderência frente às faixas granulométricas estabelecidas
para o núcleo e a transição dos drenos sub-horizontais, bem como do filtro vertical.
Complementarmente, foram também avaliadas as dimensões da pedra de mão, frente à faixa
granulométrica estabelecida para o dreno de pé.

A Figura 11 e a Figura 12 apresentam as curvas granulométricas referentes aos materiais


ensaiados pela Tecnobeton. Conforme pode ser observado na Figura 11, a areia média encontra-se
dentro dos limites estabelecidos para a transição.

Adicionalmente, a Figura 12 indica que apenas a brita 0 encontra-se dentro da faixa estabelecida
no item 5.5.2 e, assim pode ser utilizada diretamente em contato com a areia. Tendo em vista a
expectativa da Alunorte em utilizar brita 1 como núcleo drenante, deve ser especificado o uso de
geotêxtil para composição da seção dos drenos sub-horizontais, de modo a garantir os critérios de
retenção e permeabilidade com a transição (a ser detalhado no item 7 do presente documento). A
Figura 13 indica que a brita 1 encontra-se dentro da faixa especificada no item 5.6.2, podendo ser
utilizada como núcleo drenante, diante da aplicação de geotêxtil envolvendo todo o núcleo.
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Figura 11 – Avaliação da aderência – Areias (Tecnobeton/2022)

Figura 12 – Avaliação da aderência – Britas, Pedrisco e Seixos (Tecnobeton/2022)


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Figura 13 – Avaliação da aderência – Brita 1 (Tecnobeton/2022)

Já a Figura 14 apresenta os ensaios de granulometria referentes à areia proveniente da Jazida do


Mesquita, conduzidos pela empresa LTEC. Dentre as seis curvas granulométricas, duas delas
indicaram porcentagem passante na peneira #200 (0,075 mm) superior a 5,0%, que não atende ao
limite de referência estabelecido pelo órgão NRCS (1994), apresentado no item 5.4.

Nesse sentido, caso seja arbitrado pelo emprego desta areia, deve ser avaliada solução para
correção da faixa granulométrica de modo a respeitar o critério supracitado. Ademais, é necessária
a realização de ensaios de granulometria no material após a realização da correção, com o intuito
de avaliar a sua eficiência e, assim, a aceitabilidade de seu emprego como transição.
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Figura 14 – Avaliação da aderência – Areia do Mesquita (LTEC/2022)

Complementarmente, a Figura 15 apresenta as curvas granulométricas referentes à areia ensaiada


em novembro/2022 pela Marks. Conforme pode ser observado, um dos dois ensaios indicou que o
material se apresenta fora da faixa granulométrica correspondente à transição e, assim, não pode
ser empregado.

Figura 15 – Avaliação da aderência – Areia da Jazida Pavidez (Marks/2022)


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Ainda, a partir da faixa granulométrica estabelecida para o dreno de pé (Figura 10) e das
determinações das dimensões das pedras de mão realizadas pela Tecnobeton/2022 (Tabela 5),
observa-se que o material supracitado apresenta dimensões dentro da faixa estabelecida (50 mm-
350 mm) e, assim, pode ser empregado.

Dessa forma, a partir da avaliação da aderência dos materiais ensaiados frente às faixas
granulométricas definidas para os materiais de transição e núcleo, pode-se concluir que:

 Para os materiais do filtro vertical e da transição dos drenos sub-horizontais : a areia média
referente à campanha conduzida pela Tecnobeton apresentou-se dentro da faixa
granulométrica estabelecida. Além disso, a areia proveniente da Jazida do Mesquita (LTEC)
apresentou-se dentro da faixa, com exceção de dois dos seis ensaios representativos do
material, que indicaram porcentagem passante na peneira #200 (0,075 mm) superior a
5,0%, que não atende ao limite de referência estabelecido pelo NRCS (1994);
o Caso seja arbitrado pelo emprego desta areia, deve ser avaliada solução para
correção da faixa granulométrica de modo a respeitar o critério supracitado;
o Ademais, é necessária a realização de ensaios de granulometria no material após a
realização da correção, com o intuito de avaliar a sua eficiência e, assim, a
aceitabilidade de seu emprego como transição;
 Para a região de contato entre os drenos sub-horizontais e o filtro vertical : na região de
contato entre os drenos sub-horizontais e o filtro vertical contínuo, deverá ser empregado
material para estabelecer o contato apropriado com a areia, de modo que não haja o
prolongamento do geotêxtil para o interior do filtro vertical. A partir dos materiais ensaiados
pela empresa Tecnobeton, apenas a brita 0 poderia ser utilizada diretamente em contato
com a areia do filtro vertical;
 Para o núcleo dos drenos sub-horizontais: dentre os materiais contemplados pela campanha
conduzida pela Tecnobeton, apenas a brita 0 apresentou-se dentro da faixa granulométrica
estabelecida pelo núcleo drenante. Tendo em vista a expectativa da Alunorte em utilizar
brita 1, deve ser empregado geotêxtil envolvendo o núcleo, de modo a garantir os critérios
de retenção e permeabilidade deste em relação à transição;
 Para o dreno de pé: a pedra de mão ensaiada na campanha conduzida pela Tecnobeton se
enquadra na faixa estabelecida para o dreno de pé.

Destaca-se que o atendimento aos critérios de dimensionamento granulométrico não é suficiente


para estabelecer a aderência do material a ser constituinte do sistema de drenagem interna. Para
que os materiais possam ser especificados, deve também ser garantida a seção hidráulica mínima
para o elemento drenante, cuja área é inversamente proporcional à permeabilidade do material. Ou
seja, a especificação de um dado material deve levar em conta a sua permeabilidade, haja vista
que restrições executivas de campo, por exemplo, poderiam inviabilizar drenos com áreas de seção
hidráulica elevadas, sendo necessária a utilização de um material mais permeável, reduzindo a sua
seção.

Dessa forma, o item a seguir apresenta o dimensionamento hidráulico do sistema de drenagem


interna, de modo a complementar o estabelecimento dos critérios para definição dos materiais
constituintes do sistema de drenagem interna.
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6. DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DRENANTE

Neste item é apresentada a memória de cálculo de dimensionamento para definição da seção


hidráulica do sistema de drenagem interna do DRS2 (filtro vertical e drenos sub-horizontais). Para
tanto, são apresentadas a metodologia e as premissas utilizadas para o desenvolvimento das
análises de percolação e da determinação das vazões de cálculo, bem como a definição das
respectivas seções hidráulicas.

6.1. Metodologia e Premissas

Para a realização do dimensionamento hidráulico do sistema de drenagem interna do DRS2, foram


desenvolvidas análises acopladas de tensão-deformação e fluxo, através de modelo numérico
bidimensional a partir do software Sigma/W, que compõe o pacote Geostudio 2019 da Geoslope
International.

Para tanto, foram adotadas as seguintes premissas:

 Com o objetivo de avaliar as variações de vazões ao longo do tempo (desde o início da


construção do depósito até cerca de 10 anos após a previsão do final da sua operação),
foram realizadas análises acopladas de tensão-deformação e fluxo, com discretização de
cada etapa do modelo a cada alteamento de 2,0 m, partindo do início de disposição (desde
o comissionamento do depósito) até a El. 80,0 m de referência (cota máxima do depósito);
o Cada etapa de alteamento foi dividida em dois estágios, considerando as simulações
de disposição de resíduo (carregamento) e de interrupção da disposição (dissipação
parcial de poropressão). Para tanto, foi feita uma estimativa da duração de cada
etapa de alteamento do depósito a partir do volume disponível para disposição a
cada metro (documento de referência n° PQ-3541-54-G-377) e a expectativa de
duração real dos primeiros alteamentos do DRS2 (registros da Operação Assistida);
o A subida da pilha foi considerada de forma simultânea entre as duas zonas, ou seja,
tanto a Zona Estrutural quanto a Zona Interna do depósito são alteadas em conjunto;
 As análises acopladas buscaram simular duas condições distintas, a saber: (a) inexistência
de drenagem interna; e (b) inclusão do sistema de drenagem interna, composto por filtro
vertical e drenos sub-horizontais. O objetivo foi verificar o cenário para qual a resposta de
fluxo do modelo acoplado mostrou-se mais elevada;
 Com o intuito de postergar o momento da execução do sistema de drenagem interna do
DRS2, tendo em vista as restrições executivas por conta da proximidade com o período
chuvoso de 2022, foram avaliadas alternativas para mudança na configuração dos drenos
sub-horizontais, principalmente no que diz respeito à subida de sua saída junto aos taludes
externos da pilha e a mudança da inclinação da disposição na Zona Estrutural antes da sua
execução:
o Dentre as alternativas avaliadas, foi encaminhado pela Alunorte no dia 03/11/22 e-
mail intitulado “RES: Reunião de Alinhamento - Contrato 4600008621 - PDA -
PIMENTA DE ÁVILA” (Anexo A), definindo a alternativa 1 como solução para
detalhamento da configuração do sistema de drenagem interna. Esta alternativa
consiste na subida da saída dos drenos sub-horizontais em 0,40 m, de modo que a
sua saída junto ao talude externo se dê na El. 16,40 m ao redor de toda a pilha, bem
como a mudança da inclinação de disposição na Zona Estrutural para 4,0%
previamente à execução dos drenos;
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 No modelo numérico, a geomembrana foi modelada como uma condição de contorno de


fluxo nulo;
 Para definição da área da seção hidráulica do sistema de drenagem interna, foi considerado
fluxo em regime laminar, em que rege a Lei de Darcy.
 Os parâmetros geotécnicos dos materiais constituintes do DRS2 foram adotados em
conformidade com o Relatório de Consolidação de Dados do Detalhamento Operacional do
DRS2 – Fase 1 (El. 22,0 m a 38,0 m), documento de referência n° RT-3541-54-G-488.
Complementarmente, as condutividades hidráulicas correspondentes aos drenos sub-
horizontais e subverticais foram definidos com base nos ensaios de permeabilidade
conduzidos na Areia do Mesquita e na brita 1, pelas empresas LTEC e Tecnobeton,
respectivamente. A Tabela 15 e a Tabela 16 apresentam a compilação dos parâmetros
utilizados nas análises.

Tabela 15 – Parâmetros geotécnicos utilizados nas análises acopladas e de estabilidade


(Fonte: adaptado de RT-3541-54-G-488)
γnat c'
Material φ' (⁰) Fonte dos dados
(kN/m³) (kPa)
Triaxial CU : LOCTEST – 2014 e Triaxial CU: RT-
Fundação Fofa 17,0 8 21
5186-54-G-005/RJ-5669-07 Geomecânica)
RT-5186-54-G-002/RJ-5669-02 e RT-5186-54-G-
Fundação Densa 20,0 13 27
007/RJ-5669-07 (Geomecânica)
Resíduo Zona Estrutural 19,4 6 33 RT-3541-54-G-488 (Pimenta de Ávila)

Resíduo Zona Interna 19,0 2 33 RT-3541-54-G-488 (Pimenta de Ávila)

Aterro Compactado 20,9 9 31 Triaxial CU sat – LOCTEST – 2014


Interface Rugosa
19,0 0 27,5 RT-5186-54-G-005/RJ-5669-07 (Geomecânica)
Geomembrana
Interface Lisa
19,0 0 17 RT-5186-54-G-003/RJ-5669-04 (Geomecânica)
Geomembrana
Drenos e Filtros 19,0 0 32 Estimado
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Tabela 16 – Parâmetros geotécnicos adicionais utilizados nas análises acopladas (Fonte:


adaptado de RT-3541-54-G-488)
Módulo de Young Coeficiente de Condutividade
Material Fonte dos dados
E (kPa) Poisson  Hidráulica (m/s)
LOCTEST – 2014
kv= 5,17E-04’v-1.9198
Fundação Fofa E=3.90σ’+1.445,6 0,34 RT-5186-54-G-005/ RJ-5669-07
(kv = kh)
(Geomecânica)
RT-2721406-54-G-0001/GTF-
Fundação kv= 5,17E-04’v-1.9198 2016-IG-001 (2016) – WS –
10.000-50.000 0,34
Densa (kv = kh) Geotecnia Ltda (2011) Coeficiente
de Poisson estimado
kv= 2,0E-07’v-0.63
Resíduo Zona RT-3541-54-G-488 (Pimenta de
28.000-60.000 0,20-0,40 (kv/kh=0,2)
Estrutural Ávila)
kv = 3,0E-07’v-0.58
Resíduo Zona RT-3541-54-G-488 (Pimenta de
10.000-40.000 0,20-0,40 (kv/kh=0,5)
Interna Ávila)
(a) Módulo de Young estimado
4,00E-08(b)
Aterro 40.000(a) 0,30 (b) Ensaios de laboratório WS –
(kv = kh)
2011
Drenos sub- Ensaios de Permeabilidade –
20.000 0.30 5,53E-02
horizontais Tecnobeton (Brita 1)
Drenos Ensaios de Permeabilidade –
20.000 0.30 4,40E-05
subverticais Tecnobeton (Areia do Mesquita)
Geomembrana Condição de contorno de fluxo nulo (unit flux q=0)

6.2. Seções Avaliadas

As análises foram conduzidas para as sete seções instrumentadas do DRS2, apresentadas na


Figura 16.
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Figura 16 – Locação das seções avaliadas

Para a definição da geometria das seções instrumentadas, foram considerados o seguinte


levantamento topográfico:

 D-FINAL DRS2 –RV07: levantamento topográfico As Built conforme fornecido pela Alunorte
em junho de 2017.

6.3. Resultados das Análises de Percolação

Com o objetivo de determinar a vazão característica proveniente da modelagem numérica, foram


desenvolvidas análises acopladas de tensão-deformação e fluxo considerando cenários de
inexistência e inclusão do sistema de drenagem interna para as sete seções avaliadas, tendo sido
considerada para o dimensionamento a maior vazão encontrada dentre os dois cenários ao longo
de todos os anos simulados.

Os subitens a seguir apresentam os resultados encontrados. O Apêndice A apresenta os resultados


das análises acopladas para todas as seções instrumentadas.

6.3.1. Inexistência do Sistema de Drenagem Interna


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Para a análise desconsiderando o sistema de drenagem interna, o modelo resultou em uma freática
elevada, com saturação do primeiro talude e de parte do segundo talude. A Figura 17 e a Figura 18
ilustram o resultado da modelagem numérica de uma das seções típicas do DRS2, bem como o
detalhe da região representativa para obtenção da vazão característica para o dimensionamento do
sistema de drenagem interna.

Figura 17 – Seção A – Inexistência da drenagem interna (10 anos após o final de operação do
sistema)
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Figura 18 – Seção A – Detalhe da região representativa para obtenção da vazão característica


para dimensionamento do sistema de drenagem interna

Dentre as seções de análise, a seção instrumentada E foi aquela que resultou nas maiores vazões
ao longo do tempo, para a hipótese de ausência de drenagem interna, conforme indicado na Tabela
17 e na Figura 19.

Tabela 17 – Vazões máximas registradas – Inexistência da drenagem Interna


Seção Instrumentada Vazão máxima (m³/s) Tempo (anos)

Seção A 2,78E-07 16,2


Seção B 2,17E-07 16,5
Seção C 2,46E-07 17,4
Seção D 2,43E-07 16,4
Seção E 2,82E-07 16,2
Seção F 2,80E-07 15,4
Seção G 1,80E-07 18,2

Assim, foi identificado o período crítico em que foram registradas as vazões de pico na seção E, a
saber, o tempo correspondente a 16,2 anos após o início da operação do depósito, conforme
apresentado na Figura 19. A vazão característica correspondente a este cenário foi de 2,82E-
07 m³/s.
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Vazão x Tempo - Sem Filtro


Tempo (Anos)
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
0.00E+00

-5.00E-08

-1.00E-07

-1.50E-07

-2.00E-07
Vazão (m³/s)

-2.50E-07
Seção A
-3.00E-07 Seção B
Seção C
-3.50E-07
Seção D
-4.00E-07 Seção E
Seção F
-4.50E-07
Seção G
-5.00E-07

Figura 19 – Gráfico de vazões versus tempo – Inexistência da drenagem Interna

6.3.2. Inclusão do Sistema de Drenagem Interna

Para a análise considerando a inclusão do sistema de drenagem interna, o modelo indicou a


influência na redução das poropressões desenvolvidas no resíduo, disciplinando a saída do fluxo
pelos drenos sub-horizontais, conforme ilustram a Figura 20 e a Figura 21.
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Figura 20 – Seção A – Existência da drenagem interna (10 anos após o final de construção
do sistema)

Figura 21 – Seção A – Detalhe da região representativa para obtenção da vazão característica


para dimensionamento do sistema de drenagem interna
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Dentre as seções de análise, a seção instrumentada G foi aquela que resultou nas maiores vazões
ao longo do tempo, para a hipótese de ausência de drenagem interna, conforme indicado na Tabela
18 e na Figura 22.

Tabela 18 – Vazões máximas registradas – Existência da drenagem Interna


Seção Instrumentada Vazão máxima (m³/s) Tempo (anos)

Seção A 1,98E-06 12,2


Seção B 1,93E-06 12,4
Seção C 2,08E-06 12,2
Seção D 2,05E-06 12,4
Seção E 2,12E-06 12,2
Seção F 1,99E-06 12,4
Seção G 2,38E-06 12,2

Vazão x Tempo - Com Filtro


Tempo (Anos)
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
0.00E+00

-5.00E-07

-1.00E-06
Vazão (m³/s)

-1.50E-06
Seção A
Seção B
-2.00E-06 Seção C
Seção D
Seção E
-2.50E-06
Seção F
Seção G
-3.00E-06

Figura 22 – Gráfico de vazões versus tempo – Existência da drenagem Interna

Assim, foi identificado o período crítico em que foram registradas as vazões de pico na seção G, a
saber, o tempo correspondente a 12,2 anos após o início da operação do depósito, conforme
apresentado na Figura 22. A vazão característica correspondente a este cenário foi de 2,38E-
06 m³/s. Observa-se que o valor encontrado foi superior em comparação ao cenário
desconsiderando a existência da drenagem interna.

6.4. Definição da Seção Hidráulica


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Conforme mencionado anteriormente, foi considerado o regime de fluxo laminar para realização do
dimensionamento hidráulico do filtro vertical e dos drenos sub-horizontais. Nesse sentido, é válida a
Lei de Darcy, conforme apresentado na Equação 1:

Qd =q k × FS=k eq ×i× A (1)

Em que:

Qd é a vazão de cálculo, em m³/s;


FS é o fator de segurança para dimensionamento do sistema de drenagem interna, considerado
igual a 5,0;
qk é a vazão característica proveniente das análises de percolação, em m³/s;
keq é o coeficiente de permeabilidade equivalente do material, em m/s;
i é o gradiente hidráulico;
A é a área da seção hidráulica, em m².

Sendo assim, a área mínima necessária é obtida a partir da Equação 2.

qk × FS
A= (2)
k eq ×i

Com base nas metodologias e dimensionamentos apresentados, bem como os ensaios de


granulometria e de permeabilidade a carga constante disponibilizados, além da disponibilidade de
materiais informada pela Alunorte, foram propostas para o sistema de drenagem interna do DRS2
as seguintes configurações:

 Filtro vertical: filtro contínuo composto por areia;


 Drenos sub-horizontais: seção mista, composta por núcleo em brita 1 (envolto por geotêxtil)
e transição em areia.

Nesse sentido, os subitens a seguir apresentam o dimensionamento das seções hidráulicas


correspondentes ao filtro vertical e aos drenos sub-horizontais, com base na vazão máxima
proveniente das análises de fluxo conduzidas nas seções do DRS2.

6.4.1. Filtro Vertical

Para o dimensionamento do filtro vertical, foi considerada geometria retangular composta por areia,
com permeabilidade equivalente a 4,40E-05 m/s. Além disso, foi considerado gradiente hidráulico
igual a 1,0. Dessa forma, a partir da aplicação da Lei de Darcy, é encontrado:
−6
2 ,38 × 10 ×5 , 0
A=B ×1 , 0= −5
→ B=0 , 27 m (3)
4 , 40 ×10 × 1 ,0

Uma camada de cerca de 27 cm de espessura para um filtro vertical representa um processo


executivo complexo e suscetível a falhas, além do maior potencial de contaminação da seção
drenante, entre outros aspectos deletérios. Nesse sentido, foi definida espessura de 1,0 m para o
filtro vertical.
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 Definição do valor mínimo da permeabilidade da areia

A partir do dimensionamento hidráulico do filtro vertical, observa-se que foi escolhida espessura
superior à mínima necessária, considerando os valores de permeabilidade da areia e a vazão
característica do dimensionamento. Sendo assim, aplicando-se a Equação 3 e considerando uma
espessura do filtro vertical igual a 1,0 m, pode-se encontrar o valor mínimo da permeabilidade da
areia para a espessura dimensionada (a ser respeitado quando da composição do sistema de
drenagem interna), conforme a Equação 4:
−6
2 , 38× 10 ×5 , 0 −5
B=1 , 0= → k mín, areia=1 ,19 × 10 m/s (4)
k mín ,areia ×1 , 0

6.4.2. Drenos Sub-Horizontais

Para o dimensionamento dos drenos sub-horizontais, espaçados entre si aproximadamente 20 m,


foi avaliada geometria retangular composta por brita 1, com permeabilidade equivalente a 5,53E-
02 m/s. O gradiente hidráulico foi assumido igual a 0,04, correspondente à declividade em que os
drenos serão executados na Zona Estrutural. Assim, aplicando a Lei de Darcy, obtém-se:
−6
2, 38 ×10 × 5 ,0
A= −2
× 20→ A=0 ,11 m² (5)
5 , 53 ×10 × 0 ,04

Nesse sentido, de forma a atender à área mínima exigida no dimensionamento, foi definida para o
núcleo em brita 1 uma seção drenante de largura igual a 0,40 m e altura de 0,40 m, equivalente a
uma área de 0,16 m². A Figura 23 ilustra a seção hidráulica dos drenos sub-horizontais, a partir das
dimensões apresentadas.

Figura 23 – Seção hidráulica – Drenos Sub-horizontais

 Definição do valor mínimo da permeabilidade da brita 1

A partir do dimensionamento hidráulico dos drenos sub-horizontais, observa-se que foi escolhida
área superior à mínima necessária, considerando os valores de permeabilidade da brita 1 e a vazão
característica do dimensionamento. Sendo assim, aplicando-se a Equação 5 e considerando a área
dos drenos sub-horizontais igual a 0,10 m², pode-se encontrar o valor mínimo da permeabilidade da
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brita 1 para a seção dimensionada (a ser respeitado quando da composição do sistema de


drenagem interna), conforme a Equação 6:
−6
2 ,38 × 10 ×5 , 0 −2
A=0 ,16= × 20→ k mín, brita1=3 ,72 ×10 m/s (6)
k mín ,brita 1 × 0 , 04

7. ESPECIFICAÇÃO DO GEOTÊXTIL

Conforme mencionado no item 5.6, o emprego de geotêxtil como parte da seção drenante dos
drenos sub-horizontais é condição imprescindível para que seja empregada brita 1 como núcleo
drenante. Dentre os materiais ensaiados pela Tecnobeton, apenas a brita 0 poderia ser empregada
em contato direto com o material de transição sem a necessidade da aplicação de geotêxtil. Tendo
em vista a indicação da Alunorte de disponibilidade de brita 1 para o sistema de drenagem interna,
este item apresenta os critérios para definição do geotêxtil a ser empregado nos drenos sub-
horizontais do DRS2.

7.1. Definição do Polímero

Os polímeros mais comuns utilizados para a fabricação dos geotêxteis são o poliéster (PET) e o
polipropileno (PP). Segundo Koerner (2012)4, geotêxteis de poliéster são mais sensíveis ao
fenômeno de hidrólise (quebra de cadeias moleculares e perdas de peso molecular e resistência
em virtude da reação de água com as moléculas do polímero), especialmente quando submetidos a
ambientes extremamente alcalinos ou ácidos (pH >10 ou pH <3, respectivamente). O autor
apresenta um estudo conduzido em diferentes geotêxteis fabricados a base de poliéster, PVC e
polipropileno, submetidos a diferentes condições de pH durante 120 dias, indicando que os
polímeros de polipropileno são mais resistentes.

Nesse sentido, haja vista a elevada alcalinidade do efluente em virtude do contato com o resíduo do
DRS2, o geotêxtil a ser especificado para os drenos sub-horizontais deve ser de polipropileno,
conferindo maior resistência ao fenômeno da hidrólise e, consequentemente, menor risco à
degradação frente à exposição ao efluente alcalino proveniente do DRS2.

7.2. Definição das Propriedades Hidráulicas

Os geotêxteis, quando aplicados em obras geotécnicas com a função de filtro, devem permitir a
livre passagem do efluente e ao mesmo tempo reter as partículas de solo base de forma
apropriada. Nesse sentido, devem ser garantidos critérios de permeabilidade e retenção, a serem
explicitados a seguir. Ao longo dos anos, uma série de metodologias foram concebidas na
literatura, consistindo basicamente na determinação de valores limítrofes de permeabilidade e
abertura de filtração do geotêxtil, a partir da granulometria e permeabilidade do solo base.

7.2.1. Critérios de Retenção

A capacidade de retenção está relacionada com o tipo de geotêxtil (gramatura, espessura,


densidade e diâmetro de fibras, porosidade e processo de fabricação), tipo de solo (tamanho das
partículas e distribuição granulométrica) e condições hidráulicas e mecânicas da obra. Este critério
está associado a problemas de erosão, podendo ser provocado pela água em movimento, cuja
energia desloca partículas de solo em seu caminho.
4
Koerner, R. M. Designing with Geosynthetics. Xlibris Corporation, 6th edition, 2012.
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Em suma, os critérios de retenção estabelecem a relação entre a abertura de filtração ou de poros


do geotêxtil com o diâmetro característico a uma porcentagem passante da faixa granulométrica do
solo base, conforme apresenta a equação 5.

Of
<a (7)
D

Em que:

Of é a medida da abertura de filtração ou de poros do geotêxtil (O95, O90, O50 ou O15), dado em mm;
D é o diâmetro característico dos grãos (D90, D85, D50, D30 ou D15), dado em mm;
a é uma grandeza adimensional, muitas vezes expressa como função de algum coeficiente de
forma da curva granulométrica do solo base (C u, Cc ou C’u), da densidade relativa (ID) ou do
diâmetro característico do solo.

No presente trabalho, serão verificados os critérios de retenção estabelecidos por Giroud (1982) 5 e
Christopher e Holtz (1985)6, definidos a seguir.

 Giroud (1982)

Giroud (1982) estabelece diferentes funções para a verificação da capacidade de retenção de um


dado geotêxtil, em função do coeficiente linear de uniformidade (C’ u) e da densidade relativa do solo
base (ID):

O95 ' ' (8)


a) <C u , para I D <35 % e 1<C u <3
D50

O95 9 '
b) < , para I D < 35 % e C u> 3
D50 C ' u

O95 ' '


c) <1 ,5 × C u , para 35 % < I D < 65 % e 1<C u< 3
D50

O95 13 ,5 '
d) < , para 35 % < I D < 65 % e C u >3
D50 C ' u

O95 ' '


e) <2 , 0 ×C u , para I D >65 % e 1<C u <3
D50

5
GIROUD, J. P.. Filter Criteria for Geotextiles. Proceedings of the Second International Conference on Geotextiles; Vol.
1, Las Vegas, USA, 1982.
6
CHRISTOPHER, B. R., HOLTZ, R. D. Geotextile Engineering Manual. U.S. Federal Highway Adminstration FHWA,
1995.
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O95 18 '
f) < , para I D > 65 % e C u >3
D50 C ' u

Em que:

C ' u=
√ d 100
d0
(9)

A partir dos limites superior e inferior das faixas granulométricas definidas no item 5.6.1 para o
material de transição (solo base), foram encontrados valores de C’ u iguais a 5,5 e 5,6,
respectivamente. Nesse sentido, as equações (b), (d) e (f), destacadas em negrito, foram
consideradas dentre os critérios de retenção apresentados por Giroud (1982). Para aplicação do
método, foi utilizado o critério mais restritivo, ou seja, aquele que resultou no menor valor de O 95, ou
seja, a equação (b).

 Christopher e Holtz (1985)

Os autores estabelecem diferentes funções para a verificação da capacidade de retenção do


geotêxtil, em função do coeficiente de uniformidade (C u), do diâmetro d50 e do regime de fluxo
(permanente/dinâmico):
a) AOS=O95 <d 85 , para d 50 >0,074 mm ,C u <2 ou Cu > 8 e fluxo permanente

b) O95 <0 , 50 ×d 85 , para d 50 >0,074 mm ,2<C u < 4 e fluxo permanente

8
c) O95 < × d 85 , para d 50 >0 , 074 mm , 4 <C u< 8 e fluxo permanente
Cu
(10)

d) O95 <0 , 5 ×d 85 , para d 50 >0 , 074 mm e fluxo din â mico

e) O95 <1 , 80× d 85 , para d 50 <0,074 mm e fluxo permanente

f) O 95 <0 , 50 ×d 85 , para d 50 <0,074 mm e fluxo din â mico

Haja vista que o solo base se trata de um material arenoso, o seu diâmetro d 50 é superior a
0,074 mm. A partir dos limites superior e inferior das faixas granulométricas definidas no item 5.6.1
para o material de transição (solo base), foram encontrados valores de C u iguais a 6,0. Para
aplicação do método, foram avaliados os critérios de retenção considerando fluxos permanente e
dinâmico, correspondentes às equações (c) e (d), respectivamente.

7.2.2. Critérios de Permeabilidade

As metodologias para avaliação das condições de permeabilidade do geotêxtil são baseadas no


argumento que este precisa ser mais permeável que o solo base. Este pressuposto é válido à
medida que o fluxo não deve ser impedido na interface solo/geotêxtil se as permeabilidades são,
pelo menos iguais. Entretanto, as metodologias consideram um fator de segurança (FS), que varia
em função do tipo de solo, e das condições de aplicação do filtro.
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 Giroud (1982)

O autor estabelece duas condições para que o geotêxtil atenda aos critérios de permeabilidade com
o solo base, a saber:

k ¿ >k s
(11)
k ¿ >10 ×k s × i s

Em que:

kGT é a permeabilidade do geotêxtil, em m/s.


ks é a permeabilidade do solo base, em m/s.
is é um coeficiente adimensional, que varia em função da aplicação do geotêxtil, sendo igual a: 1,0 a
1,5 para drenos de subsolos e colchões drenantes; 3,0 a 10 para núcleo de barragens; e 10 para
proteção de margens.

Haja vista que o solo base se trata de material de transição de drenos sub-horizontais, foi
considerado coeficiente igual a 1,5, de forma conservadora.

 Christopher e Holtz (1985)

Os autores estabelecem a seguinte equação para verificação das condições de permeabilidade do


geotêxtil:

k ¿ >C × k s (12)

Em que C é um coeficiente adimensional, igual a 1,0 para solos estáveis e gradientes hidráulicos
baixos e igual a 10 para solos instáveis, gradientes hidráulicos elevados e condutividade hidráulica
dinâmica, sendo tomado o valor de C = 10, de forma conservadora.

7.2.3. Apresentação dos Resultados das Verificações

A partir da aplicação dos critérios de permeabilidade e retenção apresentados previamente, foram


definidas faixas de valores admissíveis da abertura de filtração O 95 e da permeabilidade normal do
geotêxtil a ser aplicado, em função dos limites superior e inferior da faixa granulométrica do material
de transição. A Tabela 19 compila os resultados das aplicações das metodologias supracitadas.

Tabela 19 – Valores limítrofes de permeabilidade e O95 do geotêxtil


O95 (mm)
Critério de Retenção
Limite Inferior Limite Superior
Christopher e Fluxo Permanente O95 < 8 x d85 / Cu O95 < 8 x 1,02 / 5,4 = 1,51 O95 < 8 x 3,9 / 6 = 5,20
Holtz (1985) Fluxo Dinâmico O95 < 0,5 x d85 O95 < 0,5 x 1,02 = 0,51 O95 < 0,5 x 3,9 = 1,95
Giroud (1982) O95 < 9 x d50 / C’u O95 < 9 x 0,33 / 5,5 = 0,54 O95 < 9 x 1,25 / 6,4 = 1,99
kGT (m/s)
Critério de Permeabilidade
Limite Inferior Limite Superior
Christopher e Holtz (1985) kGT > 10 x ks kGT > 4,40E-04 kGT > 4,40E-04
Giroud (1982) kGT > ks kGT > 4,40E-05 kGT > 4,40E-05
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kGT > 10 x ks x is kGT > 6,60E-04 kGT > 6,60E-04

A partir da Tabela 19, observa-se que as faixas de valores admissíveis para a permeabilidade
normal mínima e a abertura de filtração do geotêxtil máxima equivalem a 6,60E-02 cm/s e 0,53 mm,
respectivamente. Ou seja, a escolha do geotêxtil a ser constituinte da seção drenante dos drenos
sub-horizontais deve ser arbitrada visando material que apresente permeabilidade superior a 6,60E-
04 m/s e abertura O95 inferior a 0,51 mm. Caso o material escolhido não atenda a um dos dois
critérios, este não pode ser especificado.

A Tabela 20 apresenta alguns exemplos comerciais de geotêxteis não tecidos a base de


polipropileno para a transição entre o núcleo e a areia. Nesse sentido e, com o intuito de garantir
maior resistência do geotêxtil quanto a rasgos frente ao manuseio durante o seu emprego em obra,
o geotêxtil especificado para os drenos sub-horizontais deve ser do tipo PP27, IT R26 ou
equivalente, apresentando minimamente as características indicadas na tabela abaixo.

Tabela 20 – Exemplos comerciais de geotêxteis não tecidos a base de polipropileno


adequados para serem empregados
Resistência Resistência
O95 knormal Alongamento Alongamento Puncionamento
Geotêxtil a Tração – a Tração –
(mm) (m/s) – L (%) – T (%) (kN)
L (kN/m) T (kN/m)
IT R26 0,070 4,00E-03 > 70 > 70 23 26 4,90
IT R31 0,060 4,00E-03 > 70 > 70 27 31 6,00
PP27 0,106 2,60E-03 > 50 > 50 27 29 4,80
PP35 0,090 2,20E-03 > 50 > 50 35 37 5,80
PP40 0,090 2,40E-03 > 50 > 50 40 44 7,00

8. DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO QUÍMICO-MINERALÓGICA E DE


REPRODUÇÃO DO SISTEMA E DA MONTAGEM DOS PERMEÂMETROS

Em adição aos ensaios de caracterização geotécnica para definição da seção hidráulica dos
materiais a serem constituintes do sistema de drenagem interna do DRS2, foi proposta a realização
de ensaios de composição química e caracterização mineralógica, bem como ensaios de
reprodução do sistema para avaliação do seu potencial de colmatação, conforme detalhado na
Especificação Técnica de nº ES-3541-54-G-329. Em novembro/2022 foram disponibilizados pela
Alunorte os resultados dos ensaios de composição química e caracterização mineralógica
conduzidos na brita 1 e nos blends de areia antes da montagem dos permeâmetros, bem como os
ensaios de reprodução do sistema referentes às primeiras 12 semanas.

Destaca-se que os ensaios de reprodução do sistema ainda não foram finalizados, tendo sido
disponibilizados os resultados dos ensaios USEPA 1314 modificado referentes às primeiras 12
semanas. De acordo com a especificação técnica mencionada anteriormente, os ensaios deverão
ser conduzidos com duração mínima de 200 dias, devendo ser realizados novamente os ensaios de
composição química global e de metais-traço, microscopia eletrônica de varredura (EDS),
mineralogia automatizada, difração de raios-X, permeabilidade à carga constante e granulometria
nos materiais dos permeâmetros, com o objetivo de avaliar se houve redução da permeabilidade
e/ou alterações físicoquímica-biológicas no sistema. Por conta disso, este documento será revisado
quando da finalização do restante dos ensaios propostos nesta campanha e a disponibilização dos
resultados à Pimenta de Ávila.
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A análise mineralógica qualitativa foi determinada por difração de raios-x (DRX) pelo método de pó
e a composição química total por fluorescência de raios-x (FRX) e metais traços pelo método
USEPA 3050B. As análises foram realizadas em 3 (três) amostras para cada tipo de agregado.

Foram realizados ensaios de ciclagem artificial, com o intuito de verificar o comportamento de


fragmentos de rocha quando submetidos a ciclos alternados de imersão no efluente do resíduo de
bauxita e secagem em estufa, determinando a perda de massa da amostra ao longo do ensaio.

Ademais, foram conduzidos ensaios USEPA 1313, que consistem na avaliação da lixiviação de
metais dentro de uma faixa de variação de pH, permitindo conhecer os controles geoquímicos das
solubilidades dos contaminantes que potencialmente serão solubilizados, ou condições que podem
levar à colmatação dos drenos.

Ainda, com vistas à reprodução do sistema de drenagem (USEPA 1314 modificado), sob condições
controladas, foram confeccionados três sistemas de colunas, nos quais cada um contém um
permeâmetro com paredes transparentes de modo a conter camadas de brita 1 e blend de areia,
dois reservatórios de armazenamento, sendo uma para o efluente (eluente) e outro para o eluato,
bem como uma bomba peristáltica para alimentar com efluente o sistema a uma taxa de infiltração
constante durante todo o período de realização do ensaio. A Figura 24 mostra uma vista geral dos
três sistemas montados.

Figura 24 – Vista geral dos três modelos de reprodução do sistema de drenagem


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O Apêndice B apresenta as avaliações dos resultados dos ensaios. O Anexo B apresenta os


resultados dos ensaios conforme fornecidos pela Tecnobeton. As principais conclusões associadas
à interpretação dos resultados dos ensaios são apresentadas a seguir.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

Este documento apresentou a metodologia e dimensionamento do sistema de drenagem interna do


DRS2, constituído por filtro vertical contínuo e drenos sub-horizontais. O documento n° ET-3541-54-
G-335 apresenta a especificação técnica construtiva referente ao Detalhamento Operacional do
DRS2 – Fase 1 (El. 22,0 m a El. 38,0 m), contemplando os critérios para execução do sistema de
drenagem interna, bem como ensaios de controle de execução.

Ademais, foram apresentados resultados de ensaios de caracterização geotécnica dos materiais


granulares provenientes de potenciais jazidas candidatas para aquisição e composição do sistema
de drenagem interna e do dreno de pé.

Dentre os materiais amostrados, a Alunorte solicitou a avaliação da aderência do uso da brita 1


proveniente da campanha realizada pela Tecnobeton, bem como de areias provenientes de
diferentes jazidas. Ademais, a Alunorte sinalizou a impossibilidade da utilização da brita 0 e dos
blends para composição dos drenos sub-horizontais, sendo solicitado pela preferência no emprego
de brita 1 para o núcleo e de areia como transição (cuja área de empréstimo de origem deve ser
selecionada de modo a serem respeitadas as faixas granulométricas estabelecidas neste
documento).

Diante do exposto, são apresentadas as seguintes considerações:

 A partir dos ensaios de granulometria referentes ao resíduo depositado na Zona Estrutural


(documento n° RT-3541-54-G-488), foram definidas as faixas granulométricas dos materiais
de transição e núcleo, considerando o resíduo do DRS2 como solo base. Posteriormente,
foram feitas verificações de aderência dos materiais granulares propostos pela Alunorte,
cujas conclusões são apresentadas a seguir:
o Para os materiais do filtro vertical e da transição dos drenos sub-horizontais : a areia
média referente à campanha conduzida pela Tecnobeton apresentou-se dentro da
faixa granulométrica estabelecida. Além disso, a areia proveniente da Jazida do
Mesquita (ensaiada pela LTEC) apresentou-se dentro da faixa, com exceção de dois
dos seis ensaios representativos do material, que indicaram porcentagem passante
na peneira #200 (0,075 mm) superior a 5,0%, que não atende ao limite de referência
estabelecido pelo NRCS (1994);
 Caso seja arbitrado pelo emprego da areia do Mesquita ou qualquer areia
que não apresente percentual adequado de material passante na peneira
#200, deve ser avaliada solução para correção da faixa granulométrica de
modo a respeitar o critério supracitado;
 Ademais, é necessária a realização de ensaios de granulometria no material
após a realização da correção, com o intuito de avaliar a sua eficiência e,
assim, a aceitabilidade de seu emprego como transição;
o Para o núcleo dos drenos sub-horizontais: dentre os materiais contemplados pela
campanha conduzida pela Tecnobeton, apenas a brita 0 apresentou-se dentro da
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faixa granulométrica estabelecida para o material em contato direto com a transição.


Tendo em vista a indicação da Alunorte de disponibilidade de brita 1, deverá ser
empregado geotêxtil envolvendo o núcleo, de modo a garantir os critérios de
retenção e permeabilidade da brita 1 em relação à transição de areia;
o Para o dreno de pé: a pedra de mão ensaiada pela Tecnobeton/2022 apresenta
dimensões dentro da faixa estabelecida para o dreno de pé (50 mm-350 mm) e,
assim, pode ser empregada;
 Haja vista a elevada alcalinidade do efluente do DRS2, o geotêxtil a ser especificado para
os drenos sub-horizontais deve ser de polipropileno;
o No presente documento são apresentadas características de geotêxteis não tecidos
comerciais a base de polipropileno. A partir da aplicação de metodologias para
verificação dos critérios de permeabilidade e retenção do geotêxtil frente ao contato
com o material de transição e, com o intuito de garantir maior resistência do geotêxtil
quanto a rasgos frente ao manuseio durante o seu emprego em obra, o geotêxtil
especificado para os drenos sub-horizontais deve ser do tipo PP27, IT R26 ou
equivalente;
 Destaca-se que o atendimento aos critérios de dimensionamento granulométrico não é
suficiente para estabelecer a aderência do material a ser constituinte do sistema de
drenagem interna. Para que os materiais possam ser empregados, deve também ser
garantida a seção hidráulica mínima para o elemento drenante, cuja área é inversamente
proporcional à permeabilidade do material:
o Dessa forma, o item 6 apresenta os dimensionamentos das seções hidráulicas dos
drenos sub-horizontais e do filtro vertical contínuo, a partir das vazões características
máximas obtidas a partir das análises acopladas conduzidas para as seções
instrumentadas do DRS2, bem como os ensaios de permeabilidade disponibilizados
para a brita 1 (Tecnobeton/2022) e para a areia da jazida do Mesquita (LTEC/2022);
o Foram definidas as faixas de valores mínimos admissíveis de permeabilidade para a
brita 1 e a areia a serem respeitados quando da composição do sistema de
drenagem interna, quais sejam:
 kbrita 1 > 3,7E-02 m/s;
 kareia > 1,2E-05 m/s.

Complementarmente aos ensaios de caracterização geotécnica, foram disponibilizados pela


Alunorte ensaios de caracterização químico-mineralógica e ensaios de reprodução do sistema
(ciclagem artificial efluente-estufa, USEPA 1313 e USEPA 1314 modificado), realizados pela SGS
Geosol nas amostras de materiais granulares coletados pela Tecnobeton. O Anexo B do presente
documento apresenta os resultados dos ensaios, ao passo que o Apêndice B apresenta a
interpretação dos ensaios. As principais considerações foram:
 A constituição mineralógica da brita 1 é predominantemente quartzosa, contendo também
traços de albita, microclínio e muscovita, além de argilominerais do tipo caulinita, clorita e
esmectita. Já a constituição mineralógica dos blends de areia é essencialmente quartzosa,
com traços de caulinita;
 As amostras de brita 1 e blends apresentaram grande porcentagem de SiO 2 em sua
constituição, sendo menos preponderante na brita 1, que também apresentou fração
importante de Al2O3. A presença de argilominerais, sobretudo nas britas, sugere que esses
minerais possam ter potencial para serem dissolvidos por soluções alcalinas, tais como a
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drenagem do DRS2, e serem fontes potenciais de compostos que podem se reprecipitar e


colmatar os drenos - ainda que possivelmente as cinéticas envolvidas no processo possam
ser por demasiado lentas e possam reduzir bastante essa possibilidade, sobretudo em
condições de limitação de transferência de massa, tal como acontece nos drenos;
 Com relação aos ensaios de reprodução do sistema:
o Ciclagem Artificial Efluente-Estufa: as perdas de massa das britas 1 e 2 foram
ínfimas. No caso da pedra de mão, houve um ganho de massa de 0,13%. A partir de
exame qualitativo, não foram observados sinais de fissuração, lasqueamento ou
rachaduras. Entretanto, nas partículas maiores (pedra de mão e brita 2),
constataram-se alterações incipientes dos minerais constituintes em algumas das
partículas ensaiadas (mas não em todas), com mudança de coloração. Segundo
indicação da Alunorte, a ligeira alteração somente foi observada nos últimos ciclos
(resultados ainda não disponibilizados à Pimenta de Ávila);
o USEPA 1313: em valores de pH mais elevados, compatíveis com os valores de pH
do efluente do DRS2, concentrações de alumínio foram majoradas em relação ao
branco, sugerindo a dissolução de minerais de alumínio (aluminossilicatos),
reforçando a reatividade dos materiais ensaiados com soluções alcalinas. A despeito
disso, de maneira aparentemente contraditória ao esperado, as amostras de brita 1
apresentaram menores teores de alumínio lixiviado nos valores de pH mais elevados
(pH 10,5 a 13) do ensaio USEPA 1313 se comparado às amostras de blend. A
princípio esperava-se esse resultado para o blend, que apresentou menores teores
de aluminossilicato em sua composição mineralógica;
 Conforme informado pela Alunorte, em consulta ao laboratório responsável,
não houve troca de amostras. A brita 1, de fato, possui teor de alumínio mais
elevado que a blenda por ser uma rocha granítica, constituída por feldspatos
potássico (microclínio) e plagioclásio (albita), micas (muscovita e biotita) e
argilominerais (clorita e caulinita). E, por ser um granito, possui uma certa
heterogeneidade;
 Segundo a Alunorte, o tempo de permanência, ou de contato dos grãos com
a solução alcalina, varia conforme o tamanho da partícula, no caso, foi de 48
horas. É possível que o tempo de contato não tenha sido o suficiente para
lixiviar o alumínio dos minerais anteriormente citados;
o USEPA 1314 modificado: as concentrações observadas na saída das colunas foram
baixas se comparadas a padrões de lançamento de efluentes (CONAMA 430/2011)
e mesmo em relação à qualidade das águas superficiais (CONAMA 357/2005), com
exceção do alumínio, antimômio, arsênio, cobre, ferro e urânio;
 Pode-se notar uma tendência de decréscimo das concentrações de vários
elementos após a segunda semana de ensaio. Esse fato sugere mudança da
característica do efluente inicial, ou a dissolução de alguma fase nas
primeiras semanas, não se mantendo ao logo do período. Segundo
informações do laboratório responsável, as condições iniciais foram mantidas.
Como no efluente inicial (branco), a maioria desses elementos é não
detectada, o que reforça a ideia da dissolução de alguma fase nas primeiras
semanas de ensaio, aparentemente se interrompendo após esse período;
 Conforme às determinações das composições químicas pós USEPA 1314, foi
informado pela Alunorte que é possível observar o teor de alumínio reduzido,
indicando a lixiviação. Destaca-se que os ensaios em questão ainda não
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foram disponibilizados, e serão incorporados ao presente documento a partir


do seu recebimento em versão final;
 As avaliações mineralógicas e de morfologia dos materiais após a
finalização dos ensaios USEPA 1314, previstas na especificação técnica
(documento n° ES-3541-54-G-329), são de extrema importância, pois
auxiliarão na compreensão da interação dos agregados com o efluente;
 Após a semana 4-5 foi possível observar a estabilização de praticamente
todos os parâmetros avaliados. Deve-se continuar a avaliar essa tendência
para seja possível entender o comportamento do sistema de maneira mais
completa.

É válido ressaltar que, caso sejam definidos materiais de áreas distintas das jazidas
contempladas pela campanha supracitada, devem ser conduzidos ensaios de caracterização
químico-mineralógica (Difração de Raios-X/Rietveld e Composição Química Global e de
Metais-Traço) nos materiais anteriormente ao seu emprego, com o intuito de avaliar suas
características associadas ao potencial de colmatação em relação aos materiais ensaiados
na etapa de reprodução do sistema.

Ademais, tendo em vista que os ensaios de reprodução do sistema ainda não foram
finalizados, este documento será revisado quando da disponibilização do restante dos
ensaios propostos nesta campanha à Pimenta de Ávila.
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APÊNDICE A – RESULTADOS DAS ANÁLISES DE FLUXO


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Figura 25 – Seção A – Análise de Fluxo – Existência da Drenagem Interna (12,2 anos, final da
operação do sistema)

Figura 26 – Seção A – Análise de Fluxo – Inexistência da Drenagem Interna (12,2 anos, final
da operação do sistema)
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Figura 27 – Seção B – Análise de Fluxo – Existência da Drenagem Interna (12,5 anos, final da
operação do sistema)

Figura 28 – Seção B – Análise de Fluxo – Inexistência da Drenagem Interna (12,5 anos, final
da operação do sistema)
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Figura 29 – Seção C – Análise de Fluxo – Existência da Drenagem Interna (12,4 anos, final da
operação do sistema)

Figura 30 – Seção C – Análise de Fluxo – Inexistência da Drenagem Interna (12,4 anos, final
da operação do sistema)
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Figura 31 – Seção D – Análise de Fluxo – Existência da Drenagem Interna (12,4 anos, final da
operação do sistema)

Figura 32 – Seção D – Análise de Fluxo – Inexistência da Drenagem Interna (12,4 anos, final
da operação do sistema)
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Figura 33 – Seção E – Análise de Fluxo – Existência da Drenagem Interna (12,2 anos, final da
operação do sistema)

Figura 34 – Seção E – Análise de Fluxo – Inexistência da Drenagem Interna (12,2 anos, final
da operação do sistema)
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Figura 35 – Seção F – Análise de Fluxo – Existência da Drenagem Interna (12,5 anos, final da
operação do sistema)

Figura 36 – Seção F – Análise de Fluxo – Inexistência da Drenagem Interna (12,5 anos, final
da operação do sistema)
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Figura 37 – Seção G – Análise de Fluxo – Existência da Drenagem Interna (12,2 anos, final da
operação do sistema)

Figura 38 – Seção G – Análise de Fluxo – Inexistência da Drenagem Interna (12,2 anos, final
da operação do sistema)
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APÊNDICE B – AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NOS ENSAIOS DE LABORATÓRIO


EM AMOSTRAS DE MATERIAIS GRANULARES (JAZIDAS)
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A seguir são apresentadas as análises acerca dos resultados dos ensaios de composição química,
caracterização mineralógica e de reprodução do sistema conduzidos nos materiais granulares de
algumas das potenciais jazidas para obtenção dos materiais componentes do sistema de drenagem
interna a ser implantado no DRS2, com o intuito de verificar a reatividade de cada um destes
materiais, bem como sua propensão em formar precipitados que possivelmente poderiam levar à
colmatação dos drenos.

B.1 Composição Química

Para a avaliação da composição química dos agregados foram realizados ensaios de


caracterização de massa bruta (rocha total) e metais-traço. O equipamento empregado foi o
Espectrômetro de Fluorescência de Raios-x (FRX), com tubo de raios-x cerâmico de ródio, modelo
EPSILON 3XLE, marca PANalytical. A determinação dos metais traços seguiu as prescrições do
método USEPA 3050B, sendo realizada pela SGS Geosol.

Os ensaios foram conduzidos em três amostras de brita 1 e três amostras de composição (blend)
de 50% de areia média e 50% de areia fina. A Tabela 21 apresenta os resultados dos ensaios
realizados.

Tabela 21 – Composição química total e metais-traço dos agregados (brita 1 e blend de areia)
Composição Brita 1 Composição Blend Areias
Parâmetros
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3
SiO2 68,56 68,57 67,79 94,91 95,20 94,80
Al2O3 17,36 17,45 17,66 0,10 0,30 0,51
Fe2O3 1,90 1,55 2,13 0,70 0,65 0,62
TiO2 0,18 0,19 0,18 1,10 1,30 1,10
Óxidos (%)

Na2O 3,23 3,24 3,33 0,39 0,40 0,32


CaO 1,11 1,17 1,12 1,10 0,95 0,98
MgO 0,41 0,41 0,41 0,10 0,11 0,10
MnO 0,08 0,05 0,07 0,15 0,14 0,12
K2O 5,51 5,78 5,63 0,44 0,40 0,40
SO3 - - - - - -
P2O5 0,36 0,33 0,34 0,10 0,10 0,10
P.F. 1,24 1,16 1,24 0,90 0,80 0,95
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Composição Brita 1 Composição Blend Areias


Parâmetros
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3
Alumínio 4.632,0 4.609,0 4.772,0 303,0 429,0 304,0
Antimônio 0,34 0,25 0,25 0,22 0,25 0,22
Arsênio 0,91 0,44 0,33 0,11 0,13 < 0,10
Bário 10,5 9,85 8,80 < 1,00 < 1,00 < 1,00
Berilo 0,87 0,96 0,99 < 0,20 < 0,20 < 0,20
Cádmio 0,17 0,30 0,20 0,16 < 0,10 0,12
Cálcio 3.351,0 3.503,0 3.443,0 16,0 20,80 < 15,0
Chumbo 15,80 14,60 11,70 < 1,00 < 1,00 < 1,00
Metais-Traço (mg M/kg)

Cobalto 2,01 2,26 2,16 < 1,00 < 1,00 < 1,00
Cobre 11,30 133,0 128,0 < 0,70 < 0,70 < 0,70
Cromo 14,00 8,58 7,42 < 1,00 < 1,00 < 1,00
Ferro 5.471,0 5.656,0 5.700,0 235,0 337,0 267,0
Fósforo 1.350,0 1.405,0 1.375,0 2,18 5,86 2,35
Magnésio 1.133,0 1.158,0 1.156,0 < 10,0 < 10,0 < 10,0
Manganês 178,0 191,0 187,0 < 2,00 < 2,00 < 2,00
Mercúrio < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05
Molibdênio < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00
Níquel < 10,0 < 10,0 < 10,0 < 10,0 < 10,0 < 10,0
Potássio 1.562,0 1.580,0 1.613,0 < 60,0 < 60,0 < 60,0
Prata < 0,50 < 0,50 < 0,50 < 0,50 < 0,50 < 0,50
Selênio 0,11 < 0,10 < 0,10 < 0,10 < 0,10 < 0,10
Sódio 198,0 203,0 208,0 < 10,0 10,40 < 10,0
Urânio < 20,0 22,80 < 20,0 < 20,0 < 20,0 < 20,0
Vanádio 2,51 2,62 2,84 < 1,00 1,19 < 1,00
Zinco 76,40 62,70 65,0 < 2,00 3,90 < 2,00

B.1.1 Composição Química Total

A análise de rocha total foi feita de forma semiquantitativa por espectroscopia de fluorescência de
raios-X (FRX), com emprego de tetraborato de lítio para os seguintes óxidos: SiO 2, Al2O3, Fe2O3,
CaO, MgO, K2O, Na2O, TiO2, SO3, MnO e P2O5, além da perda ao fogo residual (P.F. ou Loss on
Ignition – L.O.S.). A análise foi realizada em pastilhas prensadas e a perda ao fogo obtida pelo
método gravimétrico por calcinação a 1.000 °C durante uma hora.

A partir dos resultados dos ensaios, compilados na Tabela 21, observa-se que as amostras de
blends de areia exibiram teores da ordem de 95% de SiO2 em sua composição. Por outro lado, as
amostras de brita 1 apresentaram teores limitados a 68,6% de SiO2 e de cerca de 17,5% de Al2O3, o
que sugere a presença de aluminossilicatos, tecnossilicatos e/ou filossilicatos.

B.1.2 Análise de Metais-Traço

A caracterização da composição de metais-traço seguiu as prescrições do método USEPA 3050B.


Os resultados dos ensaios são apresentados na Tabela 21. Basicamente nenhuma das amostras
avaliadas apresentou teores importantes de elementos traços, sendo a maioria deles encontrados
em teores inferiores aos limites de prevenção da Resolução CONAMA n°420/2009 7. Como exceção
a essa observação se deve à presença de cobre nas amostras 2 e 3 de brita 1, e que apresentaram
valores de aproximadamente 130 ppm, acima dos valores de prevenção da referida norma,

7
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. 2009. Resolução CONAMA nº 420/2009 - Dispõe sobre critérios e
valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes
para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades
antrópicas - CONAMA, Brasil.
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equivalente a 60 ppm. Além disso, o teor de urânio identificado na amostra 2 de brita 1 (~20 ppm)
também merece destaque, ainda que não sejam estabelecidos limites para o parâmetro.

B.2 Análise Mineralógica

As análises mineralógicas qualitativas dos agregados foram determinadas por DRX pelo método do
pó para identificação dos minerais existentes na brita 1 e no blend de areias. As análises foram
realizadas em três amostras para cada tipo de agregado.

O equipamento empregado foi o difratômetro de raios-x de feixes divergentes, modelo EMPYREAN


da PANalytical, com goniômetro  - , tubo de raios-x cerâmico selado, foco fino longo de 2.200 W
e filtro k de Ni, detector liner (PSD) modelo X’Celerator, com abertura (active length) de 2,122º 2
e 128 canais.

As condições instrumentais utilizadas foram: voltagem de 40 kV e corrente de 35 mA; fendas soller


de 0,04º rad (nos feixes incidentes e difratado); faixa de varredura de 9 a 92º ; tamanho do passo
de 0,01º 2 com 20 s de tempo/passo no modo de varredura contínuo; fenda divergente de 1/2º rad
e anti-espalhamento de 1/2º rad; tamanho irradiado da amostra de 15 mm; fenda de anti-
espalhamento do feixe difratado de 5,0 mm e amostra em movimentação circular com frequência de
1 rotação/s. O tempo total de coleta foi de 20 min.

A identificação das fases dos difratogramas gerados foi realizada por meio do software X’Pert High
Score da PHILIPS e o refinamento da estrutura para determinação semi-quantitativa das fases pelo
Método de Rietveld pelo software GSAS II.

Conforme pode ser observado na Figura 39, a constituição mineralógica da brita 1 é


predominantemente composta por quartzo, albita, microclínio e muscovita, além de traços de
argilominerais dos tipos caulinita, clorita e esmectita, cuja origem é produto do intemperismo dos
feldspatos. Todas as três amostras apresentaram padrões de difração de raios-x muito
semelhantes entre si.
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8000
8000 AMO 02 - BRITA 1
AMO 01 - BRITA 1 Legenda:
Legenda: Q Q - quartzo (01-083-0539)
Q - quartzo (01-083-0539) A - albita (98-005-2676)
A - albita (98-005-2676) M - muscovita (01-084-1305)
M - muscovita (01-084-1305) 6000 Mi - microclínio (01-076-0918)
6000 A

Intensidade, cps
Mi - microclínio (01-076-0918) K - caulinita (01-074-1784)
Q
Intensidade, cps

K - caulinita (01-074-1784) Es - esmectita (00-002-0027)


A
Es - esmectita (00-002-0027) Cl - clorita (01-079-0761)
M
M
4000
4000

Mi
Mi

2000
2000 Q
Q A M
K,Es,Cl A
K,Es A M A Mi A AA Mi
MiA Mi M Mi A Q QQA
MiA AMi A M AA Q QQ A
Mi
A Mi Mi Mi
Mi
10 20 30 40
10 20 30 40
o
o Position [ 2Theta] (Cooper (Cu))
Position [ 2Theta] (Cooper (Cu))

8000
AMO 03 - BRITA 1 Legenda:
Q - quartzo (01-083-0539)
A - albita (98-005-2676)
M - muscovita (01-084-1305)
6000 Mi - microclínio (01-076-0918)
Intensidade, cps

K - caulinita (01-074-1784)
M Es - esmectita (00-002-0027)
Cl - clorita (01-079-0761)
Q A
Mi
4000

2000
Q
K,Es,Cl A M A Mi
A AM
A
Mi A A
Q Q
Mi Q Mi
Mi

10 20 30 40
o
Position [ 2Theta] (Cooper (Cu))

Figura 39 – Difratograma de raios x – Brita 1

Os argilominerais presentes nas britas, principalmente a clorita e a esmectita, possuem estrutura


pouco organizada, aspecto que dificulta e reduz a precisão do refinamento pelo Método de Rietveld.
As determinações realizadas pelo software GSAS II apresentaram um certo grau de incerteza e
imprecisão, o que não permite a obtenção de valores absolutos, mas sim, intervalos de valores
possíveis (semiquantitativos), conforme pode ser observado na Tabela 22.

Tabela 22 – Resultados semi-quantitativos das fases identificadas nas amostras de brita 1


Determinações (%)
Fases
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3
Quartzo 15-25 15-25 15-25
Caulinita < 10 < 10 < 10
Albita 30-40 30-40 35-45
Microclínio 10-20 10-20 10-20
Muscovita 10-20 10-20 10-20
Esmectita < 10 < 10 < 10
Clorita - < 5,0 < 5,0
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Outro aspecto que justifica a apresentação da quantificação das fases da brita de granito em
intervalos de valores possíveis é a heterogeneidade da amostra, constituída de uma vasta gama de
minerais, cuja composição pode variar de coleta para coleta, conforme pode ser visto na Figura 39.

Com relação à constituição mineralógica dos blends de areia (Figura 40 e Tabela 23), observam-se
padrões de difração de raios-x muito semelhantes, com predominância de quartzo, com traços de
caulinita, cujo limite está próximo do nível de detecção da técnica, aspecto que dificulta o
refinamento pelo Método de Rietveld. A constituição mineralógica apresenta boa correlação com a
constituição química das amostras, o que demonstra assertividade dos ensaios realizados.

10000 10000
AMO 01 - BLENDA Q AMO 02 - BLENDA Q
Legenda: Legenda:
Q - quartzo (01-089-8935) 8000 Q - quartzo (01-089-8935)
7500 K - caulinita (01-078-1996) k - caulinita (01-078-1996)
Intensidade, cps
Intensidade, cps

6000
Q
5000
Q
4000

2500
Q 2000 Q
Q Q
Q K K
K Q
K
0
10 20 30 40
10 20 30 40 o
Position [ 2Theta] (Cooper (Cu))
Position [2oTheta] (Cooper (Cu))
10000
AMO 03 - BLENDA Q
Legenda:
8000 Q - quartzo (01-089-8935)
k - caulinita (01-078-1996)
Intensidade, cps

6000
Q

4000

2000 Q Q
K K Q

10 20 30 40
o
Position [ 2Theta] (Cooper (Cu))

Figura 40 – Difratograma de raios x – Blend de areia

Tabela 23 – Resultados semi-quantitativos das fases identificadas nas amostras de blends


de areia
Determinações (%)
Fases
AMO 01 AMO 02 AMO 03
Quartzo 98 98 98
Caulinita 2,0 2,0 2,0

A presença de argilominerais, sobretudo nas britas, sugere que esses minerais possam ter
potencial para serem dissolvidos por soluções alcalinas, tais como a drenagem do DRS2, e serem
fontes potenciais de compostos que podem se reprecipitar e colmatar os drenos - ainda que
possivelmente as cinéticas envolvidas no processo possam ser por demasiado lentas e possam
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reduzir bastante essa possibilidade, sobretudo em condições de limitação de transferência de


massa, tal como acontece nos drenos.

B.3 Ensaios de Reprodução do Sistema

B.3.1 Ciclagem Artificial Efluente-Estufa

Na ciclagem artificial é verificado o comportamento de fragmentos de rocha quando submetidos a


ciclos alternados de imersão em água e secagem em estufa, determinando a perda de massa da
amostra ao longo do ensaio. O ensaio apresenta duração mínima de 120 ciclos de
aproximadamente 24 horas, com imersão em água e secagem da amostra em estufa.

Os agregados avaliados foram a brita 1, brita 2 e a pedra de mão, cada uma com quatro repetições,
substituindo a água pelo efluente de resíduo de bauxita nos ciclos de molhagem. A Tabela 24,
Tabela 25 e a Tabela 26 apresentam os resultados dos ensaios referentes à brita 1, à brita 2 e à
pedra de mão, respectivamente.

Tabela 24 – Resultados da Ciclagem Efluente-Estufa (Brita 1)


Tipo de Agregado Granito/Tracuateua
Número de Ciclos 120
Massa Inicial (g)1 1.210,30
Massa Final (g) 1 1.210,00
1
Perda de Massa (%) 0,12
Número de Partículas Ensaiadas 50
Exame Qualitativo íntegras
Nota 1: valores médios obtidos a partir das quatro amostras ensaiadas

Tabela 25 – Resultados da Ciclagem Efluente-Estufa (Brita 2)


Tipo de Agregado Granito/Tracuateua
Número de Ciclos 120
Massa Inicial (g)1 2.053,20
Massa Final (g) 1 2.050,50
1
Perda de Massa (%) 0,13
Número de Partículas Ensaiadas 50
47 Íntegras / 3 partículas com princípio de
Exame Qualitativo
desintegração (alteração)
Nota 1: valores médios obtidos a partir das quatro amostras ensaiadas

Tabela 26 – Resultados da Ciclagem Efluente-Estufa (Pedra de Mão)


Tipo de Agregado Granito/Tracuateua
Número de Ciclos 120
Massa Inicial (g)1 1.194,20
Massa Final (g) 1 1.195,60
Perda de Massa (%)1 -0,13
Número de Partículas Ensaiadas 10
8 Íntegras / 2 partículas com princípio de
Exame Qualitativo
desintegração (alteração)
Nota 1: valores médios obtidos a partir das quatro amostras ensaiadas
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Conforme pode ser observado, as perdas de massa das britas 1 e 2 foram ínfimas, inferiores a
0,13%. No caso da pedra de mão, houve um ganho de massa de 0,13%, possivelmente pela maior
porosidade destas partículas de maior tamanho.

A partir de exame qualitativo, não foram observados sinais de fissuração, lasqueamento ou


rachaduras. Entretanto, nas partículas maiores (pedra de mão e brita 2), constataram-se alterações
incipientes dos minerais constituintes em algumas das partículas ensaiadas, com mudança de
coloração. A Figura 41 à Figura 45, presentes no Anexo B, apresentam registros fotográficos dos
agregados antes e após a realização dos ensaios de ciclagem.

B.3.2 USEPA 1313

O ensaio USEPA 1313 tem como objetivo avaliar a lixiviação de metais dentro de uma faixa de
variação de pH, tendo como fluido a água deionizada. No presente trabalho, adotaram-se as
prescrições do teste, excetuando-se quanto ao fluido empregado, que no caso foi o próprio efluente
do resíduo, produzido em laboratório a partir da mistura de água deionizada e resíduo de bauxita.

O teor de sólidos do efluente empregado foi de 0,8 g/L, pH entre 9,5 e 10,3, densidade de 0,96
g/cm3 e condutividade elétrica entre 85 e 100 µS/cm. As características dos brancos (eluentes),
no caso, o reagente (efluente), o reagente (efluente) mais o máximo do ácido adicionado e o
reagente (efluente) mais o máximo de base adicionada, são mostradas no Anexo B (Tabela 27). A
Tabela 28 à Tabela 30 e a Tabela 31 à Tabela 33 presentes no Anexo B apresentam os resultados
analíticos dos eluatos para as amostras de brita 1 e blends, respectivamente.

Nos ensaios de USEPA 1313 foi possível observar que, em valores de pH mais elevados,
compatíveis com os valores de pH do efluente do DRS2, concentrações de alumínio foram
majoradas em relação ao branco (efluente inicial), sugerindo a dissolução de minerais de alumínio
(aluminossilicatos). Em alguns casos, as concentrações observadas nos extratos de pHs mais
elevados do ensaio foram até cinco vezes (Tabela 32) mais elevadas que a máxima concentração
determinada pelo branco (Tabela 27), reforçando a reatividade dos materiais ensaiados com
soluções alcalinas.

A despeito disso, de maneira aparentemente contraditória ao esperado, as amostras de brita 1


apresentaram menores teores de alumínio lixiviado nos valores de pH mais elevados (pH 10,5 a 13)
do ensaio USEPA 1313 (Tabela 28 à Tabela 30) se comparado as amostras de blend (Tabela 31 à
Tabela 33). A princípio esperava-se esse resultado para as amostras de blend, que apresentaram
menores teores de aluminossilicato em sua composição mineralógica. Nesse sentido, sugere-se a
verificação de correspondência dos dados obtidos de maneira a esclarecer se alguma troca
possivelmente ocorreu.

Em relação aos demais elementos (ex.: Fe, P, Zn), alguns mostram maior dissolução em valores de
pH mais baixos (< 5,0), no entanto essa condição não está prevista para ocorrer nos drenos, e
sobretudo num cenário onde a geração de drenagem ácida é não provável para os resíduos
depositados.

Já o cobre, detectado em teores ligeiramente majorados em alguma das amostras de brita 1,


basicamente foi observado nos extratos de pH mais elevados (pH 13) nas amostras de brita 1,
assim como o urânio. Ambos não foram observados nos extratos de blends.

Destaca-se que os ensaios não são acreditados pelo INMETRO em razão da adaptação do
procedimento de ensaio, ao empregar efluente ao invés de água ultrapura.
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B.3.3 USEPA 1314 Modificado

O ensaio USEPA 1314 adaptado consistiu em montar três permeâmetros com material granular
constituído de brita 1 e blend de areia coletados pela Tecnobeton e submetê-los a um fluxo
ascendente de efluente do resíduo da bauxita através de bombeamento por cerca de 200 dias. Os
permeâmetros 1 e 2 foram montados com duas camadas de lã de rocha nas extremidades, entre os
materiais granulares, com o intuito de evitar o carreamento de finos. O permeâmetro 3 foi montado
sem a camada de lã de rocha na porção inferior, em contato com o blend.

A Figura 46 à Figura 56 indicam as curvas da concentração no eluato superiores aos Limites de


Quantificação (LQ) em função das semanas para os Constituintes Potencialmente Preocupantes
(COPC) nos Permeâmetros 1, 2 e 3. Nos ensaios pôde-se observar grande semelhança entre os
resultados de todos os três permeâmetros para todos os parâmetros analíticos observados,
sugerindo bom grau de precisão nas avaliações realizadas.

De maneira geral, as concentrações observadas na saída das colunas foram baixas se comparadas
a padrões de lançamento de efluentes (Conama 430/20118) e mesmo em relação à qualidade das
águas superficiais (Conama 357/20059). A exceção ocorreu para o alumínio que, durante todo o
período de avaliação, indicou-se acima dos limites de qualidade de água classe II (Figura 46a), bem
como de antimômio, arsênio, cobre, ferro e urânio, acima dos limites nas primeiras 2-3 semanas de
avaliação (Figura 46b, Figura 47a, Figura 49b, Figura 50b e Figura 54b, respectivamente).

Pode-se notar uma tendência de decréscimo das concentrações de vários elementos após a
segunda semana de ensaio, a saber: U, As, Sb, Ti, Fe, Cr, K, P, Cd, Cu, Mg, Al. Esse fato sugere
mudança da característica do efluente inicial, ou a dissolução de alguma fase nas primeiras
semanas, não se mantendo ao logo do período. Segundo informações do laboratório responsável,
as condições iniciais foram mantidas. Como no efluente inicial (branco), a maioria desses
elementos é não detectada (Tabela 27), o que reforça a ideia da dissolução de alguma fase (ou
algumas fases) nas primeiras semanas de ensaio, aparentemente se interrompendo após esse
período. As avaliações mineralógicas e de morfologia dos materiais após a finalização dos ensaios
são de extrema importância, pois auxiliarão na compreensão dos fenômenos que ocorreram nas
colunas.

Após a semana 4-5 foi possível observar a estabilização de praticamente todos os parâmetros
avaliados. Deve-se continuar a avaliar essa tendência para seja possível entender o
comportamento do sistema de maneira mais completa.

8
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. 2011. Resolução CONAMA nº 430/2011 - Dispõe sobre as condições
e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução n° 357, de 17 de março de 2005, do
Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA - CONAMA, Brasil.
9
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. 2005. Resolução CONAMA nº 357/2005 - Dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências - CONAMA, Brasil.
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
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ANEXO A – E-MAIL “RES: REUNIÃO DE ALINHAMENTO - CONTRATO 4600008621 - PDA -


PIMENTA DE ÁVILA”
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
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Número PROJETISTA Rev.

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ANEXO B – RESULTADOS DOS ENSAIOS DE REPRODUÇÃO DO SISTEMA


Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
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a) Pedra de mão

b) Brita 2

c) Brita 1
Figura 41 – Partículas dos agregados antes do ensaio de ciclagem
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
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AN-873-RL-59084-00 2

a) Pedra de mão

b) Brita 2

c) Brita 1
Figura 42 – Partículas dos agregados ao término do ensaio de ciclagem
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
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Barcarena - Pará - Brasil
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Figura 43 – Partículas dos agregados com aspecto íntegro ao término do ensaio de


ciclagem
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
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Figura 44 – Partícula de brita 2 com início de alteração ao término do ensaio de ciclagem

Figura 45 – Partícula de pedra de mão com início de alteração ao término do ensaio de


ciclagem
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
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Tabela 27 – Parâmetros analíticos dos brancos – USEPA 1313


Reagente Reagente (Efluente + Reagente (Efluente
Parâmetros Unidade Efluente máx. ácido + max. base
(Branco) adicionado) adicionado)
Alumínio Total mg Al/L 2,82 20,10 12,70
Antimônio Total mg/L 0,002 0,002 0,020
Arsênio Total mg/L < 0,001 < 0,001 0,013
Bário Total mg Ba/L < 0,01 < 0,01 < 0,01
Berílio Total mg Be/L < 0,002 < 0,002 < 0,002
Bicarbonato mg HCO3/L 26,7 < 5,00 < 5,00
Bismuto Total mg Bi/L < 0,10 < 0,10 < 0,10
Boro Total mg B/L < 0,05 < 0,05 < 0,05
Cádmio Total mg Cd/L < 0,001 < 0,001 < 0,001
Cálcio Total mg Ca/L 1,71 2,97 0,53
Chumbo Total mg Pb/L < 0,01 0,01 < 0,01
Cloreto mg Cl-/L < 1,00 1,33 < 1,00
Cobalto Total mg Co/L < 0,01 < 0,01 < 0,01
Cobre Total mg Cu/L < 0,009 < 0,009 < 0,009
Condutividade Elétrica µS/cm 90,6 4.400,0 N.A.
Cromo Total mg Cr/L < 0,01 < 0,01 < 0,01
Escândio Total mg Sc/L < 0,03 < 0,03 < 0,03
Estanho Total mg Sn/L < 0,20 < 0,20 < 0,20
Estrôncio Total mg Sr/L < 0,10 < 0,10 < 0,10
Ferro Total mg Fe/L < 0,10 < 0,10 < 0,10
Fluoreto mg F-/L < 0,05 < 0,05 1,20
Fósforo Total mg P/L 0,06 0,07 0,10
Ítrio Total mg Y/L < 0,10 < 0,10 < 0,10
Lantânio Total mg La/L < 0,20 < 0,20 < 0,20
Lítio Total mg Li/L < 0,03 < 0,03 < 0,03
Magnésio Total mg Mg/L < 0,10 < 0,10 < 0,10
Manganês Total mg Mn/L < 0,02 < 0,02 < 0,02
Mercúrio Total mg/L < 0,0002 < 0,0002 0,0023
Molibdênio Total mg Mo/L < 0,01 <0,01 0,03
Níquel Total mg Ni/L < 0,01 <0,01 < 0,01
Nitrato (N) mg N_NO3/L 0,04 217,0 < 0,02
Peso g < 0,10 50,0 50,0
pH Extrato Lixiviado - 10,20 2,20 13,03
pH após 1 hora - 10,20 10,0 9,98
pH após 24 horas - 10,30 2,26 12,70
pH após 36 horas - 10,30 2,33 12,80
pH após 72 horas - 10,20 2,20 13,0
Potássio Total mg K/L < 0,60 1,23 748,0
Potencial Redox mV 228,0 539,0 -15,10
Prata Total mg Ag/L < 0,005 < 0,005 < 0,005
Selênio Total mg/L < 0,001 < 0,001 0,021
Sódio Total mg Na/L 9,21 22,20 38,10
Sulfato mg SO4/L < 1,00 1,60 < 1,00
Telúrio Total mg Te/L < 0,30 < 0,30 < 0,30
Titânio Total mg Ti/L < 0,10 < 0,10 < 0,10
Tungstênio Total mg W/L < 0,20 < 0,20 3,05
Turbidez NTU 93,50 44,40 40,80
Urânio Total mg/L < 0,001 < 0,001 < 0,001
Vanádio Total mg V/L 0,02 < 0,01 0,02
Volume após 1 hora mL 0,0 2,20 34,9
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
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Reagente Reagente (Efluente + Reagente (Efluente


Parâmetros Unidade Efluente máx. ácido + max. base
(Branco) adicionado) adicionado)
Volume após 24 horas mL 0,0 0,040 20,0
Volume após 36 horas mL 0,0 1,03 20,2
Volume após 72 horas mL 0,0 0,0 0,0
Volume inicial mL 500,0 250,0 250,0
Zinco Total mg Zn/L < 0,02 < 0,02 < 0,02
Zircônio Total mg Zr/L < 0,20 < 0,20 < 0,20

Tabela 28 – Parâmetros analíticos dos eluatos (Amostra 01 – Brita 1) – USEPA 1313

Observação:
E1: Teste (amostra natural)
E2: Extrato com pH 2,0
E3: Extrato com pH 4,0
E4: Extrato com pH 5,5
E5: Extrato com pH 8,0
E6: Extrato com pH 9,0
E7: Extrato com pH 10,5
E8: Extrato com pH 12,0
E9: Extrato com pH 13,0
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
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Barcarena - Pará - Brasil
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Tabela 29 – Parâmetros analíticos dos eluatos (Amostra 02 – Brita 1) – USEPA 1313

Observação:
E1: Teste (amostra natural)
E2: Extrato com pH 2,0
E3: Extrato com pH 4,0
E4: Extrato com pH 5,5
E5: Extrato com pH 8,0
E6: Extrato com pH 9,0
E7: Extrato com pH 10,5
E8: Extrato com pH 12,0
E9: Extrato com pH 13,0
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
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Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Tabela 30 – Parâmetros analíticos dos eluatos (Amostra 03 – Brita 1) – USEPA 1313

Observação:
E1: Teste (amostra natural)
E2: Extrato com pH 2,0
E3: Extrato com pH 4,0
E4: Extrato com pH 5,5
E5: Extrato com pH 8,0
E6: Extrato com pH 9,0
E7: Extrato com pH 10,5
E8: Extrato com pH 12,0
E9: Extrato com pH 13,0
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
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AN-873-RL-59084-00 2

Tabela 31 – Parâmetros analíticos dos eluatos (Amostra 01 – Blend) – USEPA 1313

Observação:
E1: Teste (amostra natural)
E2: Extrato com pH 2,0
E3: Extrato com pH 4,0
E4: Extrato com pH 5,5
E5: Extrato com pH 8,0
E6: Extrato com pH 9,0
E7: Extrato com pH 10,5
E8: Extrato com pH 12,0
E9: Extrato com pH 13,0
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 78/90
Número PROJETISTA Rev.

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Tabela 32 – Parâmetros analíticos dos eluatos (Amostra 02 – Blend) – USEPA 1313

Observação:
E1: Teste (amostra natural)
E2: Extrato com pH 2,0
E3: Extrato com pH 4,0
E4: Extrato com pH 5,5
E5: Extrato com pH 8,0
E6: Extrato com pH 9,0
E7: Extrato com pH 10,5
E8: Extrato com pH 12,0
E9: Extrato com pH 13,0
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 79/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Tabela 33 – Parâmetros analíticos dos eluatos (Amostra 03 – Blend) – USEPA 1313

Observação:
E1: Teste (amostra natural)
E2: Extrato com pH 2,0
E3: Extrato com pH 4,0
E4: Extrato com pH 5,5
E5: Extrato com pH 8,0
E6: Extrato com pH 9,0
E7: Extrato com pH 10,5
E8: Extrato com pH 12,0
E9: Extrato com pH 13,0
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 80/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeâmetro 1 Permeametro 1
100 100

10
10

Antimônio (mg/L))
Alumínio (mg/L)

0,1

0,1
0,01

LQ LQ

1E-3
0,01
0 2 4 6 8 10 12 14
0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas

Permeâmetro 2 Permeametro 2
100
100

10

10
Antimônio (mg/L))

1
Alumínio (mg/L)

1
0,1

0,1 0,01

LQ
LQ
1E-3
0,01 0 2 4 6 8 10 12 14
0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas
Semanas
Permeâmetro 3 Permeametro 3
100 100

10
10
Antimônio (mg/L))

1
Alumínio (mg/L)

0,1

0,1
0,01
LQ
LQ
1E-3
0,01
0 2 4 6 8 10 12 14
0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas
Semanas
Figura 46 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes
(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Alumínio (b) Antimônio
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 81/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1
100
Permeametro 1
100

10

10
Arsênio (mg/L))

Bário (mg/L))
0,1

0,1

0,01
LQ
0,01
LQ
1E-3
0 2 4 6 8 10 12 14
1E-3
Semanas 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas
Permeametro 2 Permeametro 2
100 100

10 10
Arsênio (mg/L))

1 1
Bário (mg/L))

0,1 0,1

0,01 0,01
LQ LQ

1E-3 1E-3
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas
Permeametro 3 Permeametro 3
100 100

10 10

1
Arsênio (mg/L))

Bário (mg/L))

0,1
0,1

0,01
0,01
LQ LQ

1E-3
1E-3
0 2 4 6 8 10 12 14
0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas
Semanas

Figura 47 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes


(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Arsênio (b) Bário
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 82/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1 Permeametro 1
100 100

10 10

1 1

Cadmio (mg/L)
Boro (mg/L)

0,1 0,1

LQ
0,01 0,01

1E-3 1E-3
LQ

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas

Permeametro 2 Permeametro 2
1000 100

100 10

10 1
Cadmio (mg/L)
Boro (mg/L))

1 0,1

0,1 0,01

LQ
0,01 1E-3
LQ

1E-3 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas
Permeametro 3 Permeametro 3
100 100

10 10

1 1
Cadmio (mg/L)
Boro (mg/L)

0,1 0,1

LQ
0,01 0,01

1E-3 1E-3
LQ

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14

Semanas Semanas

Figura 48 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes


(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Boro (b) Cádmio
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 83/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1 Permeametro 1
100 100

10 10

1 1

Cobre (mg/L)
Cálcio (mg/L)

0,1 0,1
LQ

0,01 0,01
LQ

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14

Semanas Semanas
Permeametro 2 Permeametro 2
100 100

10 10

1 1
Cálcio (mg/L)

LQ
Cobre (mg/L)

0,1 0,1

0,01 0,01
LQ
1E-3 1E-3

1E-4
1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14
0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas
Permeametro 3 Permeametro 3
100 100

10 10

1 1
Cálcio (mg/L)

Cobre (mg/L)

0,1 0,1
LQ

0,01 0,01
LQ

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas

Figura 49 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes


(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Cálcio (b) Cobre
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 84/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1 Permeametro 1
100 100

10 10

1 1
Cromo (mg/L)

Ferro (mg/L)
0,1 0,1
LQ

0,01 0,01
LQ

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14

Semanas Semanas

Permeametro 2 Permeametro 2
100 100

10 10

1 1
Cromo (mg/L)

Ferro (mg/L)

0,1 0,1
LQ

0,01 0,01
LQ

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14

Semanas Semanas
Permeametro 3 Permeametro 3
100 100

10 10

1 1
Cromo (mg/L)

Ferro (mg/L)

0,1 0,1
LQ

0,01 0,01
LQ

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas

Figura 50 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes


(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Cromo (b) Ferro
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 85/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1 Permeametro 1
100 100

10 10

1 1

Magnésio (mg/L)
Fósforo (mg/L)

0,1 0,1

LQ
LQ
0,01 0,01

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14

Semanas Semanas
Permeametro 2 Permeametro 2
100 100

10 10

1 1
Magnésio (mg/L)
Fósforo (mg/L)

0,1 0,1
LQ LQ

0,01 0,01

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas
Permeametro 3 Permeametro 3
100 100

10 10

1 1
Magnésio (mg/L)
Fósforo (mg/L)

LQ
0,1 0,1
LQ

0,01 0,01

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas

Figura 51 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes


(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Fósforo (b) Magnésio
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 86/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1 Permeametro 1
100 100

10 10

1 1
Manganês (mg/L)

Potássio (mg/L)
0,1 0,1

LQ LQ

0,01 0,01

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14

Semanas Semanas
Permeametro 2 Permeametro 2
100 100

10 10

1 1
Manganês (mg/L)

Potássio (mg/L)

LQ
0,1 0,1

LQ
0,01 0,01

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14

Semanas Semanas
Permeametro 3 Permeametro 3
100 100

10 10

1 1
Manganês (mg/L)

Potássio (mg/L)

LQ
0,1 0,1
LQ
0,01 0,01

1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas

Figura 52 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes


(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Manganês (b) Potássio
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 87/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1
100
Permeametro 1
100
10

10
1

Sódio (mg/L)
1
0,1
Prata (mg/L)

LQ
0,1
0,01

0,01
1E-3
LQ
1E-3
1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14
1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas

Semanas
Permeametro 2 Permeametro 2
100 100

10 10

1 1
Sódio (mg/L)
Prata (mg/L)

0,1 0,1
LQ

0,01 0,01

LQ
1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas
Permeametro 3 Permeametro 3
100 100

10 10

1 1
Sódio (mg/L)
Prata (mg/L)

0,1 0,1
LQ

0,01
0,01

LQ
1E-3
1E-3

1E-4
1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14
0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas
Semanas
Figura 53 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes
(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Prata (b) Sódio
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 88/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1 Permeametro 1
100 100

10 10

1 1
Titânio (mg/L)

Urânio (mg/L)
0,1 0,1
LQ

0,01 0,01
LQ
1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas
Permeametro 2 Permeametro 2
100 100

10 10

1 1
Titânio (mg/L)

Urânio (mg/L)

0,1 0,1
LQ

0,01 0,01
LQ
1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas
Permeametro 3 Permeametro 3
100
100

10
10

1
1
Titânio (mg/L)

Urânio (mg/L)

0,1
LQ 0,1

0,01
0,01

LQ
1E-3
1E-3

1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 1E-4
Semanas 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas
Figura 54 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes
(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Titânio (b) Urânio
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 89/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1 Permeametro 1
100 100

10 10

1 1

Cloretos (mg/L)
Zinco (mg/L)

0,1 0,1
LQ

0,01 0,01

LQ
1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14

Semanas Semanas
Permeametro 2 Permeametro 2
100 100

10 10

1 1
Cloretos (mg/L)
Zinco (mg/L)

0,1 0,1
LQ
0,01 0,01

LQ
1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas

Permeametro 3 Permeametro 3
100 100

10 10

1 1
Cloretos (mg/L)
Zinco (mg/L)

0,1 0,1
LQ

0,01 0,01

LQ
1E-3 1E-3

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas

Figura 55 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes


(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Zinco (b) Cloretos
Alumina do Norte do Brasil S.A. Número ALUNORTE FOLHA
Hydro Alunorte
Barcarena - Pará - Brasil
RT-3541-54-G-517 90/90
Número PROJETISTA Rev.

AN-873-RL-59084-00 2

Permeametro 1 Permeametro 1
100 100

10 10

1 1
Sulfatos (mg/L)

Nitrato (mg/L)
0,1 0,1

0,01 0,01

1E-3 1E-3
LQ LQ

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14

Semanas Semanas

Permeametro 2 Permeametro 2
100 100

10 10

1 1
Sulfatos (mg/L)

Nitrato (mg/L)

0,1 0,1

0,01 0,01

1E-3 1E-3
LQ LQ

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas
Permeametro 3 Permeametro 3
100 100

10 10

1 1
Sulfatos (mg/L)

Nitrato (mg/L)

0,1 0,1

0,01 0,01

1E-3 1E-3
LQ LQ

1E-4 1E-4
0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14
Semanas Semanas

Figura 56 – Curvas de concentração de Constituintes Potencialmente Preocupantes


(COPC) no eluato – USEPA 1314
(a) Sulfatos (b) Nitratos
CARACTERÍSTICAS DO DOCUMENTO
Título do Documento: Área 54B – Depósito de Resíduos Sólidos – DRS2 – Fase 1 –
Resíduo de Filtro Prensa – Determinação da Seção Hidráulica do Sistema de
Drenagem Interna do DRS2 – Relatório Técnico
DENOMINAÇÃO MAGNÉTICA
Pimenta de Ávila Cliente
AN-873-RL-59084-00 RT-3541-54-G-517-R02
APÊNDICES/ ANEXOS
Código Magnético
Descrição
Pimenta de Ávila Cliente
Apêndice A – Resultados das Análises de
- -
Fluxo
Apêndice B – Avaliação dos Resultados
Obtidos nos Ensaios de Laboratório em - -
Amostras de Materiais Granulares (Jazidas)
Anexo A – E-mail “R ES: Reunião de
Alinhamento - Contrato 4600008621 - PDA - - -
PIMENTA DE ÁVILA”
Anexo B – Resultados dos Ensaios de
- -
Reprodução do Sistema
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01 x x 02 x x
03 x x 04 x x
05 x x 06 x x
07 x x 08 x x
09 x x 10 x x
11 x x 12 x x
13 x x 14 x x x
15 x x x 16 x x x
17 x x x 18 x x x
19 x x x 20 x x x
21 x x x 22 x x x
23 x x x 24 x x x
25 x x x 26 x x x
27 x x x 28 x x x
29 x x x 30 x x x
31 x x x 32 x x x
33 x x x 34 x x x
35 x x x 36 x x x
37 x x x 38 x x x
39 x x x 40 x x x
41 x x x 42 x x x
43 x x x 44 x x x
45 x x x 46 x x x
47 x x x 48 x x x
49 x x x 50 x x x
51 x x x 52 x x x
53 x x x 54 x x
55 x x 56 x x
57 x x 58 x x
59 x x 60 x x
61 x x 62 x x
63 x x 64 x x
65 x x 66 x x
67 x x 68 x x
69 x x 70 x x
71 x x 72 x x
73 x x 74 x x
75 x x 76 x x
77 x x 78 x x
79 x x 80 x x
81 x x 82 x x
83 x x 84 x x
85 x x 86 x x
87 x x 88 x x
89 x x 90 x x
91 x 92
93 94
Rev Data Emissor Verificador Descrição das Revisões
0A 14/12/22 RGR/LVO GCS Emissão Inicial
Incorporação das avaliações parciais dos
0B 22/12/22 LRS/RGR GCS ensaios de caracterização químico-
mineralógica e de reprodução do sistema
00 13/01/23 RGR GCS Emissão atendendo a comentários do cliente
Aprovador: Assinatura do Aprovador:
Luciana de Morais Kelly Lima Bittar

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