Você está na página 1de 34

16.334.

56
Sbi~ Po!idn e Soci111.l.uk l
Orgo.niz:içao: Nancy Cardia

NEV NÚCLEO DE ESTUDOS DA VlOL~CIA - Ga'lD-FAPESl'-USP zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV


Caordcmu/or da Prog,a,mt de Paulo Sé:rgio Pinheiro
Puqui.;11 (,1tfas1ndo)
Caor,dttiadar (rnr exercido} r Coordim>dor Sérgio Ado mo
do zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Progr11.11r1r de Disseminarão
Coorde11adDra do Programa de Nancy Cardia
Tfa.,uferlnâo. Je Co.nl1wnm1to
Ger<'nte do Projeto Eduardo Brito

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Reitor Adolpho José Melfi


Vice-reitor Hélio Nogueira da Cruz

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Diretor-presidente Plínio Martins Filho

COMISSÃO EDITORIAL
Presidem« José Mindlin
Vke-presideme Oswaldo Paulo Forattini
Brasflío João Sallum Jüníor
Carlos Alberto Barbosa Dantas
Guilherme Leite da Silva Dias
Laura de Mell:o e Souza
Murillo Marx
Plínio Martins Filho

Dirtrora EditQriul Silvaoo. Biral


Diretora Comercial Eliana Urabayashí
Diretor« Aámi11Isiratíva Angela Maria Conceição Torres
Edít1Jra-as!Jisre1Jte: Marilcma Vl.zemín
David H. Bayley zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
zyxwvutsrqponmlkjihgfe

PADRÕES DE
POLICIAMENTO zyxwvutsrqponmlkjihgf

Uma Análise Comparativa Internacional

TRADUÇÃO
Renê Alexandre Belmonte

FORO
FOUNOATION
NEV - Núcleo de
Estudas da Violê11cia-USP
I edusp
-
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Tüulo do original cm inglc
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
P.lllmrs cf Póliri,rg: ;\ Conip,m,riw llltrr1mrio11,1/ ,1m1lysis

Cop)Tigh1 IP 1985 b)' Rutgers, The Srate University

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


( Câmara Brasileira do livro, SP. Brasil) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

&)1cr, David H.
Padrões de Policiamento: Uma Análise Internacional
Comparativa / David H. B:iyle)'; tradução de Renê Alexandre
Belmonte, - 2. ed, - São Paulo: Editora da Universidade de
São Paulo, 2002. - (Polícia e Sociedade; n .. I)

Título do original: Parterns of Policing: A Comparative Inter·


national AnalJ·si:s
Bibliografia
ISBN &5-314-0636-6
1. Polícia - Estudos interculturais 1. Título. li. Série.
01-3055 CDD-363.2

ladices para catálogo sistemático:


1. Policiamento: Serviços sociais 363.2

Direitos em língua portuguesa reservados à


Edusp-Edirora da Universidade de São Paulo
Av. Prof. Luciano Cualberto, Travessa J,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
374
6"andar-Ed. da Anlíg.1 Reítorla-s Cidade Universitária
05503-900- São Paulo - SP- llrasiJ- Fax (Oxxl 1) 3091-4151
ra (Oxxll) 3091-4008/ 3091-4150
""'..,.'.usp.br/edw.p - e-mail: edusp@edu.usp.br

Printed in Braúl 2002

Foi foto o dtpósito legal


Dedicado aos meus colegas no
Police Studies Wordwide
1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

CRIANDO UMA TEORIA


DE POLICIAMENTO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPON

Este livro examina a polícia no mundo moderno, descrevendo e tentando expli-


car variações nos padrões de operação e atuação policiais. A análise parte do exame
das relações entre polícia e sociedade - de que modo uma afeta a outra. O grande
objetivo deste livro é definir proposições gerais sobre o funcionamento da policia
baseadas na comparação de informações históricas e contemporâneas. Mais especifi-
camente, este livro aborda três questões: Como os sistemas policiais modernos se de-
senvolveram? Que tarefas cabem à polícia? E quão independentes são as forças poli-
ciais, enquanto atores sociais? Estes Lópicos - evolução, função e política - compõem
as principais divisões do livro.

POLf CIA E CONI IECIMENTO ACAD:ÊMICO

Antes de tratar das conceituações fundamentais que formam a base tanto da or-
ganização quanto das análises deste livro é necessário falar algo sobre o lugar que ele
ocupa no acúmulo de conhecimento acadêmico a respeito da polícia.
De um modo geral, a polícia ainda não havia sido submetida a uma análise com-
paraLiva. Até muito recentemente nem historiadores nem cientistas sociais haviam
reconhecido a exísténcín da polícia, quanto mais o importante papel que ela desem-
penha na vida social. Praticamente tudo que havia sido escrito sobre policiamento zyxwvutsrqponmlk
foi feito pelos próprios policiais, que apenas contavam histórias ou davam pequenas
notícias. Os índices dos livros de História da maioria dos países nem mesmo trazem

15
PAD RO ES DE PO LIC !AM EN T

um tópico sobre o tema. Os treze volumes do Cambridge Modem History (1911), por
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
exemplo, não têm o item Polícia. Historiadores renomados, escrevendo sobre o tem-
po em que viveram, ignoraram sistematicamente qualquer menção à polícia, e não
porque esta não existisse. Os grandes cronistas romanos apenas a mencionam breve-
mente, embora as Vigílias fossem uma força expressiva desde o ano 6 d.C. (Reynolds,
1926: 26-28). Uma notável exceção a este padrão de descaso crônico é a história da
Rússia, que dedica bastante espaço para o desenvolvimento da polícia do Czar
(Florinsky , 1953). Há uma lição a ser aprendida aqui. A Policia só é percebida duran-
te eventos dramáticos de repressão política, como o Terceiro Reich, a Comuna de Pa-
ris em 1872, as contra-revoluções na Europa de 1848-1849 e a confirmação do gover-
no Meiji no Japão por volta de 1870. Por esta mesma razão, espiões e polícia política
chamam muito mais atenção historicamente do que as pessoas dedicadas à patrulha
e vigília. As rotineiras manutenções da ordem e prevenção de crimes são cornumente
ignoradas, ainda que representem uma parte muito mais importante da vida diária
dos cidadãos do que a repressão política.
Felizmente o descaso com o papel da polícia mudou dramaticamente durante a
última década, pelo menos nos países de língua inglesa. Até então o melhor de uma
safra pobre eram estudos ingleses (Critchley, 1967; Hart, 1951; Reith, 1938, 1948,
1952, 1956). Nenhum deles anterior à Segunda Guerra Mundial. Atualmente o estu-
do histórico da polícia ganhou popularidade, produzindo diversos estudos regionais
excelentes, uma gama de artigos e até mesmo comentários na literatura. Por mais que
esta atividade recente esteja aquecida entre os historiadores, ainda é cedo para saber
se isso não passa de um modismo de vida curta.
Os cientistas sociais têm sido ainda mais irresponsáveis do que os historiadores
ao estudar a polícia. Nos Estados Unidos, do começo da Segunda Guerra Mundial até
meados da década de 60, apenas seis artigos sobre a polícia apareceram no American
Sociologicai Review e no American [ournal of Sociology, dois no Public Administration
Review; e nenhum no Amerícan Political Science Review (Earle, 1973, p. 15). Estes ar-
tigos eram muito pouco analíticos, tendo sido descritos por um comentarista como
"pragmáticos e experimentais, e também, às vezes, de incentivo, especialmente no que
se refere à moralidade pública e obediência às leis" (Pfiffner, 1962). Cientistas políti-
cos, mesmo comparativistas trabalhando internacionalmente, ignoraram a polícia
completamente. Nas palavras de David Easton e Jack Dennis, a polícia "caiu num es-
tado tão periférico no que se refere à ciência política que é virtualmente impossível
encontrar uma discussão teórica embasada sobre as diversas funções que ela ocupa
em sistemas políticos" (1969, p. 210). Desde meados da década de 60 esta situação zyxwvutsrqpo

16
CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO

mudou, em especial com sociólogos e um número limitado de cientistas políticos e


economistas examinando as funções da polícia na sociedade. Estudos internacionais
comparativos, entretanto, ainda são raros, como pode ser percebido pelo fato de que
o texto European Police Systems (1915), de Rayrnond Posdick, ainda é merecidamente
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
considerado fundamental. Das 175 dissertações sobre a polícia escritas entre 1974 e
1979 nos Estados Unidos, apenas 6 abordavam forças estrangeiras, e uma delas trata-
va da ocupação americana na Alemanha (University Microfilms, 1979).
O pouco interesse sobre a polícia nos meios acadêmicos é, de fato, curioso. Cau-
sa especial perplexidade no caso dos cientistas políticos. A manutenção da ordem é a
função essencial do governo. Não apenas a própria legitimidade do governo é em
grande parte determinada por sua capacidade em manter a ordem, mas também a
ordem funciona como critério para se determinar se existe de fato algum governo.
Tanto conceituai quanto funcionalmente, governo e ordem andam juntos1zyxwvutsrqponmlkjihgfedc
• Embora

os cientistas políticos tenham reconhecido a importância de se estudar as contribui-


ções do governo - seu output- eles frequentemente têm ignorado sua responsabili-
dade central. Isto se reflete no fato de que há numerosos estudos sobre legislações,
cortes, exércitos, gabinetes, partidos políticos e burocracia em geral, mas dificilmente
um sobre a polícia. As atividades policiais também determinam os limites da liberda-
de numa sociedade organizada, algo essencial para se determinar a reputação de um
governo. Embora governos imponham restrições de outras maneiras, a maneira pela
qual eles mantêm a ordem certamente afeta de modo direto a liberdade real.
Escritores populares de ficção mostraram possuir uma noção muito mais preci-
sa da importância e presença da polícia no dia-a-dia. A polícia aparece freqüente-
mente em Chaucer, Shakespeare, Hugo, Dostoiévsk], London, Conrad e Greene, nem
sempre corno personagens centrais, mas sempre corno personagens com valores sóli-
dos no drama da vida.
A discrepância entre a importância da polícia na vida social e a atenção dada a
ela pelo meio acadêmico é tão impressionante que exige explicação". Que fatores de-
vem ser considerados para a falha constante do meio acadêmico em lidar com a polí-
cia? Eu sugeriria quatro. Primeiro, a polícia raramente desempenha um papel impor-
tante nos grandes eventos históricos. Não estão envolvidos em batalhas épicas,
marchas heróicas ou retiradas espetaculares. Suas atividades são rotineiras demai

1. Ma,c Wchcr disse que ,1 ceracterístlc, fund:1111cntal do Estado moderno é seu "monopólio do uso legitimo da
força fisic.1 dentro de um dado território", e Leon Trotski disse que "todo Estado é fundado na força" (Gerth e
Mifü, 1958, p. 78).
2. Charlc, Rcith descreveu notawlmcntc est.i negligência em seu livro pioneiro, 'f/1e Blirid F.y,• t1f History ( 1 ~52).
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX

17
PAD Rô ES DE PO LIC IA M EN T O

disseminada demais e sua clientela é comum demais para compor o


ua presença ézyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
assunto de um grande drama. EJa não elabora regras sociais gerais, mas se dedica a
problemas humanos de um modo muito particular, O destino das nações não de-
pende claramente dos resultados de suas atividades. Significativamente, quando a
polícia desempenha um papel maior na política, o meio acadêmico presta atenção a
ela, como na Rússia do século dezenove ou na Alemanha do século vinte. Certamen-
te, também, o crescimento recente do interesse acadêmico pela polícia nos Estados
Unidos deve-se à sua presença por trás do confronto social. Se a Guerra do Vietnã
não tivesse causado protestos violentos e discriminação social, nem espalhado tu-
muJtos assustadores em grandes cidades, será que o interesse do meio acadêmico te-
ria surgido tão prontamente? A atenção do meio
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJ
acadêmico pode estar seguindo a
corrente dramática da política mais de perto do que eles estão preparados para ad-
mitir.
egundo, policiamento não é uma atividade glamourosa, de alto prestígio. Suas
tarefas, mesmo aquelas ligadas à investigação criminal, são maçantes e repetitivas,
conduzidas por pessoas bastante comuns em instalações freqüentemente de mau gos-
to ou decrépitas. Policiais em todo lugar falam com pesar que entrar para a polícia
não é o melhor meio de conhecer pessoas interessantes. Mais ainda, ao contrário da
carreira militar, os oficiais em postos mais altos normalmente não têm uma forma-
ção escolar superior. Ao estudar a polícia, é difícil considerar seus membros como
importantes ou destacados socialmente. Embora a situação esteja mudando, o poli-
ciamento ainda é visto na maioria dos países como pouco profissional. Assim, tanto
em termos de importância política quanto de posição social, a polícia dificilmente se
qualifica como membro da elite que o meio acadêmico tão abertamente coloca como
o centro de suas atenções.
Terceiro, o policiamento também pode ter sido negligenciado porque é repug-
nante moralmente. Coerção, controle e opressão são sem dúvida necessários na socie-
dade, mas não são agradáveis. Embora a guerra também não seja algo agradável, pelo
menos ela pode parecer heróica. Os guerreiros podem dramaticamente entrar em ba-
talhas por grandes causas, tais corno democracia ou libertação nacional. É mais difícil
justificar do mesmo modo o trabalho policial, ainda que possa ser verdade', A ativida-
de policial representa o uso de força da sociedade contra ela mesma, e de algum modo
isto é mais vergonhoso e embaraçoso do que usar a força contra estrangeiros. O fracas-
so do meio acadêmico em estudar a atividade policial talvez represente uma negação

3. Os oficiais milítires também podem ser negligenciados e pelas mesmas razões (Ianowuz, 1959, p. 15). zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY

18
CRIA N D O U M A TEO R IA DE PO LIC IA M EN TO

da necessidade de coerção em assuntos domésticos. Reflete uma certa relutância em se


associar a forças controladoras, conservadoras, que refletem o status
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
quo.
Quarto) aqueles interessados em conduzir estudos sobre a polícia enfrentam
enormes problemas práticos. Não apenas o acesso àzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPON
polícia é problemático na maio-
ria dos países, como também o material de documentação normalmente não é cole-
tado, catalogado e disponibilizado em bibliotecas. Neste ponto há um círculo vicioso
funcionando. Como há pouco interesse, a demanda pelo tipo de ajuda bibliográfica
que facilita o trabalho acadêmico analítico é pequena. Como resultado, para estudar
a polícia é necessário uma paciência desmedida para colher informações, o que por
sua vez reduz a vontade de ter a polícia como um objeto de estudo acadêmico.
Em resumo, um acadêmico que estuda a polícia deve estar disposto a realizar
um trabalho de campo intensivo em ambientes cheios de desconfiança, dobrar a
intransigência burocrática, tornar-se politicamente suspeito e socialmente rnalvisto.
Apenas um punhado de acadêmicos se dispôs a passar por isso.

FORMAS DE POLICIAMENTO

Para estudar a polícia, primeiro é necessário reconhecê-la em sua diversidade


histórica ao redor do mundo. Não é fácil fazer isso. A polícia se apresenta numa gran-
de variedade de formas, do Departamento de Polícia da cidade de Nova York até a
"Polícia do Povo" (Druzinikii) da ex-União Soviética, da Gendarmerie francesa até o
Regimento Policial Armado Província! na índia, do xerife de condado americano até
o Lensman rural norueguês. Além disso, diversas agências que não são normalmente
associadas com a polícia possuem, mesmo assim, poderes "policiais': A Guarda Cos-
teira dos Estados Unidos e a Alfândega e o Serviço de Imigração e Naturalização, por
exemplo, estão autorizados a prender e deter. Para confundir mais, certos indivíduo
também executam funções policiais - detetives e guardas de segurança, milícias, pos-
ses comitatus e associações de prevenção ao crime na vizinhança. Historicamente a
ordem pública tem sido mantida por cavaleiros na Europa medieval, samurais no Ja-
pão, vigilantes nos Estados Unidos, "bandos treinados" entre os índios Cheyenne,
potwaris na Índia, hans na China e Hundreds na Inglaterra. Será que todas essas or-
ganizações podem ser consideradas "policiais', e assim objetos de estudo apropria-
dos? A menos que haja algum acordo quanto ao significado de "polícia': assim como
dos sinais possíveis pelos quais ela possa ser reconhecida, quaisquer generalizações a
respeito da polícia podem ser contestadas. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

19
PAD RO ES DF PO l!C IA M EN T

emprc que a palavra policia


zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
for usada neste livro, ela irá se referir a pessoas au-
torizadas por um grupo para regular as relações interpessoais dentro deste grupo
da aplicação de força física. Esta definição possui três partes essenciais: força
o interno e autorização coletiva. Tendo em vista que definições nunca são
rras ou erradas, exceto cm relação ao uso, mas são usadas por conveniência, por
que eu insisto nesses elementos ao definir o termo polícia?
A competência exclusiva da polícia é o uso de força física, real ou por ameaça,
para afetar o comportamento. A polícia se distingue, não pelo uso real da força, ma
por possuir autorização para usá-la. Como disse Egon Bittner (1974), "o policial, e
apenas o policial, está equipado, autorizado e requisitado para lidar com qualquer
exigência para a qual a força deva ser usada para contê-la". Mesmo quando não usam
de força, ela está por trás de toda interação que acontece (Shearing e Leon, 1975).
Outras agências podem recomendar medidas coercivas e mesmo direcionar seu uso,
como fazem, respectivamente, as legislações e cortes mas os policiais são os agentes
executivos da força. Eles a aplicam de fato. Embora os policiais não sejam os únicos
agentes da sociedade com permissão para colocar as mãos nas pessoas de modo a
controlar seu comportamento, eles seriam irreconhecíveis como policiais se não ti-
vessem essa autoridade.
A estipulação de uso interno da força é essencial para excluir exércitos. Ao mes-
mo tempo, quando formações militares são usadas para a manutenção da ordem den-
tro da sociedade, estas devem ser vistas como força policial. De fato, a separação da
polícia das instituições militares ézyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
uma questão que deve ser discutida.
Autorização por um grupo é o terceiro elemento definidor. É necessário para que
se possa excluir do termo policia as pessoas que utilizam de força dentro da socieda-
de para propósitos não-coletivos. Isso inclui assaltantes, rebeldes e terroristas, tanto
quanto, quando é o caso, pais, empregadores, proprietários de terras, professores e
membros da igreja. Outro modo de exemplificar isso é que a polícia não se cria sozi-
nha; ela está presa a unidades sociais das quais deriva sua autoridade. Hoje estamos
acostumados a pensar na polícia como uma criação do Estado, mas um pouco de
reflexão mostrará que isso é muito restritivo. Vários tipos de grupos autorizam um
uso interno da força que é aceito como legítimo. As pessoas estão sujeitas a tipos dife-
rentes de policiamento, cada uma definida por um tipo diferente de unidade social.
os Estados Unidos a polícia pode ser autorizada pelo governo central, Estados, con-
dados, cidades, e grupos de interesse privado; na África, por tribos, países, cidades e
movimentos revolucionários; no Sudeste Asiático por vilarejos, Estados, castas e tri-
bos. Grupos capazes de autorizar policiamento devem ser vistos como aninhados um

20
CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO

dentro do outro, como quebra-cabeças chineses. Isto se aplica não só às complexas


mas também sempre que as pessoas devem lealdade a múlti-
sociedades modernas, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
plos grupos sociais inter-relacionados. Unidades sociais que autorizam força policial
variam em tipo e tamanho. Dentre as mais importantes se encontram famílias, clãs,
tribos, grupos de interesse e comunidades territoriais. O Estado não é o único tipo de
comunidade que pode criar uma força policial.
A base social da autoridade policial não determina, entretanto, como esta auto-
ridade pode ser organizada. Por exemplo, autoridade policial freqüentemente é
implementada na forma de fronteiras territoriais por grupos que não se constituí-
ram em termos territoriais, tais como tribos e associações. Universidades, companhias
mineradoras e exércitos exercem autoridade policial dentro de áreas geográficas mes-
mo quando a presença individual não é definida pela habitação. O contrário também
se aplica. Países podem exercer autoridade policial sobre seus membros mesmo fora
de suas fronteiras. Do mesmo modo, dizer que um grupo social autoriza uma ação
policial não significa que esta é executada de modo unificado. O poder policial pode
ser delegado a outros tipos de agências sociais - tais como igrejas, negócios, ligas e
familias - ou ser descentralizado para subordinar grupos do mesmo tipo - como no
caso de Estados a cidades, condados, províncias e distritos. Autorização por urna uni-
dade social não define, de modo algum, a natureza ou a organização da direção da
comunidade.
Na prática, é claro, costuma ser bastante difícil saber se as pessoas que fazem uso
de força numa comunidade foram devidamente autorizadas a exercê-la. A diferença
entre força policial e criminosos ézyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
uma questão de discernimento. A confusão ocorre
quando a autoridade é disputada. Guerra civil é um exemplo claro, assim como a
competição entre burocracias num Estado com relação ao uso de força. Também
ocorre quando a lealdade das pessoas muda para outros grupos, e assim a autoridade
de um é eclipsada por outro. Tribos são submetidas a Estados, ligas a municipalidades,
famílias extensas a grupos de interesse econômico, igrejas a Estados e clãs a tribos.
Uma condição chave das mudanças políticas ao longo da história é a competição en-
tre grupos pela autorização e exercício do poder policial.
A confusão em reconhecer uma força como sendo policial acontecerá mais co-
mumente quando o governo é presente e a autoridade implícita. Ainda assim o
turncs podem autorizar policiamento tanto quanto estatutos. Os cavaleiros da
medievais eram um tipo de polícia, porque eles mantinham a ordem e levavam o
criminosos perante a corte dos lordes. O mesmo se aplica aos guerreiros das tribos
indígenas americanas, que expulsavam pessoas da comunidade sob ordens dos con- zyxwvutsrqponmlkjih

..• 1
PADRÕES DE POLICIAMENTO

lhos tribais. Assim como para os familiares que podiam, de acordo com os costu-
mes, punir as pessoas que haviam ferido um membro da familia. Algum tipo de poli-
iamento existiu sempre que a aplicação de coerção fisica era considerada legítima
pela comunidade. Uma vez que a existência da legitimidade é problemática, inevita-
velmente irão surgir questionamentos sobre a existência da polícia. Devemos aceitar
a possibilidade, a menos que eliminemos o requisito de que o policiamento irnpli-
a na autorização por um grupo.
Problemas específicos ocorrem, então, quando a força policial perde legitimida-
de e não é mais aceita pelos membros da comunidade. Ela deixa de constituir uma
força policial? Certamente não, pelo menos não imediatamente. Sua condição de es-
tar agindo pela comunidade é necessária conceitualmente para que esse policiamen-
to possa existir, tanto quanto quatro patas são necessárias na definição de um cavalo.
Mas sempre existem exceções. Algumas forças policiais perdem sua legitimidade tan-
to quanto cavalos perdem suas patas. Em casos assim não é contraditório dizer que
uma determinada comunidade possui uma força policial inaceitável, ilegítima, não-
autorizada, até mesmo ilegal. Entretanto, um grupo armado que nunca tenha agido
pela comunidade ou tenha deixado de fazê-lo há muito tempo não pode ser conside-
rado uma força policial'.
Mas legitimidade, que implica aprovação, não é o único indicador de autoriza-
ção pela comunidade. Certamente deve-se dizer que existe atividade policial quando
uma nação ocupa outra ou uma minoria domina uma maioria através da força. Mes-
mo quem foi subjugado não poderá afirmar que a polícia não está agindo em nome
da comunidade, apenas porque o controle desta comunidade foi apropriado indevi-
damente. Autorização, então, pode significar reconhecimento da situação enquanto
medida da comunidade. A situação enquanto principal agente da comunidade pode,
ela mesma, ser imposta através da força. Falta legitimidade, mas não presença.
Para reiterar, a força policial ézyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
autorizada por um grupo social a aplicar força
física dentro desse grupo. Sem esses elementos, a polícia não existe. Há, então, socie-
dades que não possuem forças policiais neste sentido minimalista? Não muitas. É
possível imaginar grupos sociais, até mesmo sociedades inteiras, que funcionam den-
tro de uma base consensual, na qual a participação dentro da sociedade requer sub-
serviência a normas grupais e a violação destas resulta em ostracismo voluntário. De

4. Tanto minha definição de policia quanto a definição de lei por E. Adamson Hoebel observam a relação entre a
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
autorização da comunidade e a aplicação da força física. "Uma norma social é legal se sua negligência ou infra-
ção ocorrem regularmente, como ameaça ou de fato, pela aplicação de força física por um indivíduo ou grupo
com o privilq:ío socialmente reconhecido de assim fazê-lo" (Kobben, 1969, p. 120). zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO

22
CR IA N D O UM A TEO RIA DI: PO LIC IA M P,N TO

um modo geral, entretanto, tais associações voluntárias normalmente funcionam


dentro de grupos sociais involuntários maiores, tais como familia, tribo, associações
profissionais, vilas, nações ou Estado. Os principais fundamentos das afiliações têm
sido sempre, e em todo lugar, garantidos por restrições físicas contra seus membros,
ainda que apenas na forma limitada de exclusão da comunidade. Levando em consi-
deração, então, que o homem é um animal social involuntário, o policiamento é pra-
ricamente universal. Embora seja possível imaginar sociedades sem ele, elas são ex-
tremamente raras. Uma delas pode ser os Nuer do Sudão. Conforme descrito por E.
E. Evans-Pritchard, essas pessoas tinham uma língua e costumes comuns e reconhe-
ciam umas às outras como seres distintos. Ao mesmo tempo, não havia pessoas auto-
rizadas a resolver conflitos dentro do grupo, utilizar a força ou impor o fim de brigas
(1940). Embora a tribo Nuer fosse uma associação involuntária, exercia uma autori-
dade praticamente nula (Nair, 1962, cap. 1).
A definição de força policial usada aqui erra deliberadamente por sua arnplitu-
de. A vantagem é que assim permite um estudo comparativo de uma grande varieda-
de de instituições que utilizam a restrição através da força na sociedade. lsto ézyxwvutsrqponmlkjihgfedc
espe-
cialmente importante se for estudado o desenvolvimento das instituições policiais
através do tempo. Se, por exemplo, apenas as características exclusivas da polícia con-
temporânea tornam-se requisitos para a definição de força policial, então torna-se
necessário excluir qualquer análise histórica. Por outro lado, a amplitude da defini-
ção cria um problema para se administrar tantos dados. Pode ficar muito difícil tra-
çar a evolução de todos os tipos de atividade policial. Qual a melhor saída?
A solução é escolher as características da atividade policial que sejam mais im-
portantes ou interessantes no mundo contemporâneo e analisar seu desenvolvimen-
to, buscando especificamente os fatores históricos responsáveis por seu surgimento.
Como resultado, essa estratégia requer que voltemos no tempo a partir dos formato
contemporâneos, ao invés de examinar mutações históricas em todos os tipos de ins-
tituições policiais. Para a grande maioria das pessoas, as forças policiais mais autori-
tárias e importantes em suas vidas são aquelas públicas, especializadas, ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
profissio-
nais. Essas três características são quase um sinônimo de policiamento moderno -
quase, porque o policiamento privado vem se expandindo tão rapidamente que em
alguns países seus membros são tão numerosos quanto os da polícia pública. Uma
vez que as características de caráter público, especialização e profissionalização ca-
racterizam a polícia que possui a maior atuação percebida conternporanearnente, es-
sas serão as características da atividade policial que escolhi para análise inicialmcnt ....
Embora seja útil pensar nessas características de forma dicotômica - pública/priva-

2
PADRÕES DE POLICIAMENT

da, especializada/não-especializnda, profissional/não-profissional -, elas abrangem


ainda várias gradações entre um extremo e outro. O desenvolvimento de cada uma
dessas características será analisado em detalhes no Capítulo 2. Por hora, examine-
mos conceitualmente suas relações na definição de polícia. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK
Públirn ou privada refere-se à natureza da agência policial. l?. fácil confundir isso
om autorização pela comunidade, que é um dos elementos da definição de polícia.
A autorização para agir em nome da comunidade não resulta numa agência pública.
Autorização e agência são conceitualmente distintas. Unidades sociais soberanas,
orno Cidades-Estado ou países modernos, nem sempre possuem uma força policial
formada, paga e controlada pelo governo, mesmo que tenham códigos legais defini-
dos. Roma, no princípio da República, aproximadamente no século três antes de Cris-
to, deixava a aplicação da lei na mão dos cidadãos (Kunkel, 1973, p. 29; Lintott, 1968, zyxwvutsrqponmlkjihg
cap, 2). Vítimas e seus familiares tinham permissão para capturar pessoas que tives-
sem lhes feito mal e administrar a punição condizente. O policiamento em Roma es-
tava nas mãos dos indivíduos, mas certamente seria um erro dizer que Roma não
tinha uma força policial no sentido de pessoas autorizadas pela comunidade para usar
legitimamente coerção física em assuntos pessoais. De um modo similar, hoje nos
Estados Unídos há um número igual de grupos policiais privados e públicos; áreas
territoriais importantes, como locais de negócios e hotéis são quase exclusivamente
policiados por agentes privados. E mesmo assim não seria possível dizer que esses
locais não são policiados legitimamente. A questão é que a freqüência com que a apli-
cação de força física é confiada pela comunidade a grupos privados, em oposição às
agências públicas, e as circunstâncias nas quais isto ocorre são pontos a serem deter-
minados empiricamente.
Especialização, também, não deve ser confundida com os elementos de definição
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
de polícia. Uma força policial especializada se concentra na aplicação de força; uma
força policial não especializada possui autorização para fazer uso de força, mas é ca-
paz de fazer muitas outras coisas também. As polícias da França e Prússia, durante os
éculos demito e dezenove, eram instrumentos de regulamentação governamental
para todos os fins, realizando inspeções sanitárias, checando pesos e medidas, emi-
tindo permissões de moradia e garantindo suprimentos de comida adequados. Em
sociedades menores e menos complexas o policiamento freqüentemente é feito pelos
líderes, às vezes com o auxílio de guerreiros, responsáveis pelo governo de um modo
geral. Mesmo em Nações-Estado modernas, como veremos no Capítulo 6, a polícia
faz muitas outras coisas além de restringir o comportamento através de força física.
Além dísso, outras agências governamentais podem ser autorizadas a aplicar a lei a tra- zyxwvutsrqponm

24
CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO

vés de meios [ísicos mas não são especializados nisso. Nos Estados Unidos, por exem-
plo, agências como o Serviço Postal, a Guarda Costeira e o Serviço de Parques Nacio-
nais aplicam a lei para alcançar objetivos mais amplos. Elas realizam um serviço es-
pecializado, mas não são especializadas em serviço policial. O policiamento se torna
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
especializado quando as agências são direcionadas a se concentrar principalmente na
aplicação de força física.
As características de público/privado e especializadas/não-especializadas podem
ser combinadas, na prática, de diversas maneiras. A Patrulha Estadual do Colorado é
uma polícia especializada pública; os agentes da Receita Federal Americana (Ame-
rican Interna! Revenue Service) são uma polícia pública não-especializada; os deteti-
ves da agência de detetives Pinkerton formam uma força policial especializada priva-
da; e membros familiares que empregam a força para solucionar conflitos executam
um tipo de policiamento privado não-especializado.
Profissionalização refere-se a uma preparação explícita para realizar funções ex-
clusivas da atividade policial. O termo é embaraçoso, especialmente a partir do mo-
mento em que passou a significar, nos meios policiais, um tipo de condição desejada,
ao invés dos atributos comportamentais alcançados. Racionalização, no sentido de
uma auto-administração consciente, pode ser um termo mais adequado, mas tam-
bém possui conotações que atrapalham seu significado. A profissionalização envolve
recrutamento por mérito, treinamento formal, evolução na carreira estruturada, dis-
ciplina sistemática e trabalho em tempo integral. O espectro da profissionalização
contra a não-profissionalização alcança as outras duas categorias. Embora a maior
parle da polícia pública especializada seja profissional, sob certos aspectos, o policia-
mento privado também pode ser profissional, tanto quanto uma força policial não-
especializada.
Os três grupos de atributos referentes à agência, foco e racionalização são
logicamente distintos; podem ocorrer em qualquer combinação. Desde que uma
combinação específica corresponde ao conceito de polícia moderno, uma parte
importante da análise que se segue será determinar se emergiram historicamente cm
uma seqüência específica. As agências públicas tomaram o lugar das agências privada
antes ou depois da especialização? A especialização ocorreu antes da profissionaliza-
ção? Tornar-se pública foi um fator necessário para a profissionalização?
A Figura l resume esquematicamente os conceitos empregados. Os atributos de
força física, âmbito interno e autorização social (números 1, 2 e 3) definem o concei-
to de polícia. Todos os três devem estar presentes para que possa existir policia. Uma
vez que um tipo especial de polícia, a moderna, tende a ser majoritariamente publica, zyxwvutsrqponmlkji

25
PA D R O H S D E PO L IC IA M E N T O zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR

especializada e profissional, estes atributos ( 4, 5 e 6) são essenciais para a análise da


evolução da polícia. Mas esses atributos não são necessários para a simples existência
da polícia. Agências que são privadas, não-especializadas e não-profissionais podem
er consideradas como policiais tanto quanto as públicas, especializadas e profissio-
nais, desde que façam uso da força cm sua comunidade legitimamente. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ

Figuro 1
Conceitos Básico
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A. Elementos definidores
1. Aplicação de força flsica zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1. Ãmbito
3. Autorização

Interno
Externo
Não pela p. ex., exércitos
Pela comunidade
Comunidade p. ex.,
crime, revoltas

Poucu

B. Caracrerísricas Modernas

4. P•trodno (Agi!ncia) 5. Rlco 6. Racionalização

Especiilizadoj
1
I Não-cspecialí2<1dol Profiss,onal 1 Não profü.sional j

POLICIA MODER~A

C. Caractmsticas tõpicas para estudo

7.hlrutura 8. Força 9. Funç.ao 1 O. Posicionamento polftico

26
CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO

Ao mesmo tempo, forças policiais também variam em outros aspectos, tais como
estrutura, treinamen Lo, emprego de força, reputação, poder e composição social.
Qualquer tentativa de descrever e explicar o policiamento além das definições enci-
clopédicas exige uma limitação da análise a alguns poucos tópicos mais importantes.
Neste livro estes tópicos serão estrutura, força, função e posicionamento político
da polícia (números 7, 8, 9 e 10). Sua inclusão se justifica apenas por sua espe-
cificidade. São questões que as pessoas normalmente consideram importantes quan-
do sistemas policiais são comparados. Embora todas as organizações policiais pudes-
sem ser comparadas sob esses aspectos, apenas as modernas - públicas, especializadas
e profissionais - serão analisadas. De outro modo seria impossível realizar este livro.

ORGANfZAÇÃO DO LIVRO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP

A análise da polícia contida neste livro baseia-se nas considerações do que é es-
sencial teoricamente, historicamente contemporâneo e de interesse contínuo. A Par-
te I aborda a evolução histórica. O Capítulo 2, especificamente, analisa o surgimento
das organizações policiais públicas, especializadas e profissionais. O Capítulo 3 des-
creve a estrutura das forças policiais modernas e examina as razões das diferenças
apresentadas. O capítulo 4 discute os padrões de crescimento das forças policiais, con-
centrando-se em pessoal. A Parte II examina o trabalho realizado pelas forças policiai
modernas. O Capítulo 5 começa com uma análise do que é o trabalho policial, como
deve ser conceituado e quais são as fontes de informação existentes a esse respeito.
Elabora alguns dos principais padrões de variação no trabalho policial dentre as for-
ças policiais nacionais. O Capítulo 6 desenvolve uma teoria que explica as variações
existentes no trabalho policial. Pode ser mais correto dizer que eu avalio se uma teo-
ria mínima é possível, dado o que se conhece atualmente sobre o trabalho policial. A
Parte III, Política, examina as relações recíprocas entre a polícia e seu sistema político
interno. O Capítulo 7 explora as tentativas dos países cm tornar a polícia mais res-
ponsável. O Capítulo 8 reverte essa perspectiva, examinando o papel que a polícia
desempenha na vida política.
A análise da evolução policial na Parte I toma como base uma coleção de mate-
riais históricos ricos mas incompletos. De um modo geral, a pesquisa usa materiais d
pesquisa disponíveis em inglês, embora uma parle tenha sido especialmente traduzida
de fontes estrangeiras. Eles refletem de um modo bastante preciso o estado de conhe-
cimento do desenvolvimento policial nos seguintes lugares: na Europa: França, Alema- zyxwvutsrqponmlkjihg

27
PA D ROES DE POLICIAMENT

nha, Grã-Bretanha, Itália, Holanda, Noruega e Rússia; na América do Norte: Canadá e


tados Unidos; na Ásia: Índia, Japão e China; e numa mescla de impérios antigos. so-
iedades comuns e países contemporâneos do Terceiro Mundo. Como era de se espe-
rar, a qualidade do material varia enormemente de lugar para lugar. Com exceção de
um pequeno número de países, documentos escritos sobre a polícia são escassos, se não
contarmos os documentos oficiais. O material documentário e analítico ézyxwvutsrqponmlkjihgfedcb
maior, atu-
almente, nos Estados Unidos. A Grã-Bretanha não fica muito atrás, e o Canadá tem
melhorado rapidamente. França, Holanda e Países Escandinavos estão começando a
estudar a polícia apenas agora. Há um material considerável no Japão, quase todo em
japonês, mas raramente é analítico e quase sempre oficial. A Índia também possui re-
latórios oficiais excelentes, em grande parte descritivos, assim como uma grande quan-
tidade de relatos espirituosos e criteriosos sobre policiamento.
Uma vez que a informação disponível sobre a evolução histórica da polícia é frag-
mentada e de qualidade variada, e meu próprio conhecimento das mudanças nas
circunstâncias sociais históricas em todos esses países é obviamente deficiente, as pro-
posições desenvolvidas não podem ser consideradas conclusivas. Ao contrário, elas re-
presentam uma tentativa informal de encontrar padrões gerais de desenvolvimento,
assim como explicações gerais para esses padrões. Espero sinceramente que as pessoas
com um conhecimento mais profundo sobre esses países ou com outras experiências
complementem esses achados ou mesmo os refutem. Essas proposições marcam oco-
meço, mais do que a conclusão, de um diálogo sobre a evolução histórica da polícia. Se
esta tentativa inicial de uma análise histórica comparativa é conceitualmente segura e
não faz um mau uso da informação disponível, uma pesquisa subseqüente feita por
outros, seja movida por respeito, pena ou indignação, será mais fácil.
Eu também evitei deliberadamente uma abordagem dedutiva de pesquisa basea-
da num paradigma teórico próprio ou perspectiva ideológica. Nosso conhecimento
histórico da polícia é, na melhor das hipóteses, tão incompleto que operar a partir de
perspectivas teóricas específicas atrapalha, ao invés de auxiliar, a experiência. Neste
estágio de conhecimento, acredito que seja mais sábio elaborar definições teóricas a
partir de uma apreciação criativa de fatos variados, mesmo correndo o risco de atuar
em níveis muito baixos de generalização, do que se preocupar com encaixar partes
empíricas em paradigmas maiores. Uma vez que algumas das conclusões detalhadas
mais tarde são surpreendentes- antiintuitivas, se quiser - acredito que os resultados
justificam essa abordagem.
A informação utilizada na Parte II para descrever e explicar o trabalho policial
contemporâneo vem, em grande parte, de minha própria pesquisa intensiva em di- zyxwvutsrqponm

28
CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO

versos países asiãticos, europeus e norte-americanos no final dos anos 70, especifica-
mente Índia, Japão, Cingapura, Ceilão, França, Grã-Bretanha, Noruega, Holanda, Ca-
nadá e Estados Unidos. Embora os países escolhidos para estudo abranjam vários
continentes, culturas, e graus de desenvolvimento econômico, eles não constituem
uma amostra global representativa. Embora os dados coletados demonstrem o gran-
de grau de variação do trabalho policial no mundo moderno, eles não podem ser
usados para provar, mas apenas sugerir razões para essa variação.
O acesso à polícia de qualquer país é problemático, uma vez que seu trabalho
freqüentemente é polilicamente sensível e protegido para preservar o direito de con-
fidência dos cidadãos. Este fator influi mais do que qualquer outra razão para as li-
mitações da amostragem. Alguns países podem se tornar mais abertos devido a um
esforço maior, mas em outros não vale a pena nem mesmo tentar. Poucos países não
ofereceram restrições de algum tipo à pesquisa. Posso até sugerir que a disposição de
um país para permitir acesso aos registros, pessoal, e operações policiais são um in-
dicador excelente do grau de abertura da vida política e boa reputação de seus regi-
mes. Ser um acadêmico local, por sinal, não minimiza o problema. Na verdade, ocorre
o contrário. Acadêmicos locais representam uma ameaça muito maior às instituições
policiais. O acadêmico estrangeiro, pelo menos, irá embora e publicará o estudo em
seu próprio país. Mesmo quando o acesso é permitido, não é sempre que há coope-
ração dos membros da polícia. Como outras burocracias, as forças policiais são des-
confiadas; elas têm seus próprios interesses a proteger. Antes que o acesso se torne
uma interação produtiva, os oficiais da polícia devem aprender a confiar no pesqui-
sador e aceitar a importância da pesquisa.
A Parte III retorna às abordagens iniciadas na Parte I de busca por padrões de
relacionamento recíproco entre a polícia e a sociedade, e então cria definições teó-
ricas sobre os fatores que resultam em características distintas para esta interação
de país para país. Mais uma vez, embora a informação utilizada seja mais extensa
do que em qualquer outro tratamento da polícia, a análise resultante constitui mai
um princípio informal da construção de uma teoria do que uma abordagem con-
clusiva.
O livro conclui com um capítulo sobre o futuro do policiamento no mundo
moderno. Nele eu revejo as percepções adquiridas sobre o funcionamento da polícia
e seu desenvolvimenlo, mencionadas nos capítulos anteriores. Em seguida apresento
um esquema analítico que delineia as escolhas estratégicas que os países têm que to-
mar no controle do crime e sugiro os procedimentos mais prováveis em diferentes
circunstâncias sociais. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

29
PADRÔES DE POLICIAMENTO

m tópico que muitos consideram bastante importante no estudo da policia é


ua eficácia relativa para enfrentar responsabilidades. Embora seja, sem dúvida algu-
ma, uma questão crítica, constituindo a preocupação dominante do serviço policial,
variações na eficácia da polícia no tempo ou no espaço simplesmente não podem ser
determinadas. As razões são bem conhecidas pelos especialistas na questão, embora
normalmente sejam ignoradas na prática.
Primeiro, embora a prevenção do crime e a melhoria da segurança pública sejam
onsideradas responsabilidade da polícia em todo o mundo, outros critérios também
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
ão considerados importantes, tais como respeito à lei, ausência de comportamento
imoral, criação de confiança pública, demonstrações de simpatia e preocupação, aber-
tura a controle qualificado, capacidade para a resolução de problemas gerais, prote-
ção da integridade dos processos políticos e tratamento igualitário das pessoas. Julgar
o desempenho policial é um processo multifacetado e controverso, cujos elementos
mudam de lugar para lugar e de época para época.
egundo, assumindo que o combate ao crime é a principal característica do de-
sempenho policial, não é possível confiar nas informações a seu respeito. A medida
habitual ézyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
a quantidade de crimes relatados à polícia. Mas na verdade os índices de
crimes relatados são extremamente instáveis, mesmo quando o processo de registro
não é deliberadamente manipulado. Para complicar mais ainda, um trabalho policial
ativo e cuidadoso pode ter o efeito paradoxal de aumentar, ao invés de diminuir, o
número de crimes relatados. Os Indices de crimes relatados são, assim, muito pouco
confiáveis para serem usados como medida da eficácia policial. São tão comuns os
problemas com os índices relatados, que o ônus da prova deveria deixar de recair
sobre os céticos e sim sobre seus usuários. Pesquisas sobre vitimização solucionam
alguns dos problemas encontrados com as estatísticas sobre crime relatado, mas têm
suas próprias dificuldades, especialmente o baixo índice de resposta dos pesquisados.
Também são muito caras, o que explica por que apenas um punhado de países as
tenha realizado, todos eles considerados ricos pelos padrões mundiais5• No momento
atual, não constituem uma alternativa prática ao se comparar variações na criminali-
dade objetiva.
Terceiro, o crime, que aparece numa variedade enorme de formas, foi ligado a
diversos fatores que não têm nada a ver com a atividade policial - idade, sexo, raça,
renda, desemprego, industrialização, urbanização, senso de comunidade, valores, de-

5. No ano de 1982, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Grã-Brt-tanha, Japão, Noruega, Holanda e
Estados Unidos. Freqüentemente mexíste uma equ1valênci~ perfeita entre as amostras da pesquisa e as jurisdi-
ções policiais.
zyxwvutsrqponm

30
CRIANDO UMA TEORIA DE POLICIAMENTO

sorganização psicológica e oportunidade (Radzinowicz e King, 1977, caps. 3 e 4). As-


sim, qualquer teste sobre a utilidade da polícia deve assegurar que fatores como os
mencionados existam na mesma proporção das épocas e locais comparados. Inter-
nacionalmente, o grau de variação entre esses fatores é tão grande que um teste sobre
a eficácia da polícia, mesmo se fosse possível construir uma medida de criminalidade
confiável, é praticamente impossível. Mesmo dentro de cada pais, a comparação en-
tre diferentes jurisdições policiais no que diz respeito a essas variações normalmente
é complexa demais para ser viável.
Quarto, medidas de eficácia tais como taxas de solução de crimes, que normalmen-
te traduzem a proporção entre o número de prisões e o número de crimes relatados,
são completamente artificiais. Não apenas se baseiam em números de crimes relata-
dos que não são confiáveis, como medem o que a polícia faz - realizar prisões - e não
o que a polícia alcança com isso - a prevenção dos crimes. Taxas de solução de crimes
podem ser consideradas medidas da eficácia policial apenas se punir for considerado o
objetivo primário da polícia. Se sua razão de ser for a proteção do público, então as taxas
de solução de crimes não oferecem informação relevante.
zyxwvutsrqponmlkjihgfed
Dados os graves problemas metodológicos que um teste sobre a eficácia da polí-
cia enfrenta, não é de surpreender que tentativas para ligar as variações na forma de
policiamento com os índices de criminalidade normalmente tenham falhado (Clarke
e Heal, 1979; Wycoff, 1982; Wycoff e Manning, 1983). As práticas, estruturas e níveis
de força atuais da polícia são literalmente injustificados em termos de fazer jus à res-
ponsabilidade universalmente confiada a ela de controlar o crime - não porque a
polícia pode não ser útil de fato, mas porque não é possível determinar se ela o é. A
verdade nua e crua ézyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
que confiar no que a polícia está fazendo atualmente para prote-
ger a sociedade é uma questão de fé, não de ciência. O uso continuo de estatísticas
sobre os crimes relatados e taxas de solução de crimes como indicadores da utilidade
da polícia constituem um golpe na ingenuidade pública. Tais estatísticas são as uva
podres da polícia. Infelizmente, julgamentos sobre a eficácia policial continuarão a se
basear mais na capacidade de autopromoção da polícia do que em conexões com-
provadas entre a atividade policial e a segurança pública.

31
PADRÕES DE POLICIAlltENT

principalmente do Livro de Informações sobre Reclamações Graves, do Livro de In-


formações sobre Ofensas Leves e do Livro de Informações sobre Reclamações Leves.
Deve ser mencionado também que havia ainda o Livro de Informações sobre Tráfe-
go, o Livro de Informações sobre Investigações e o Registro Telefônico.

VII. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Estados Unidos

Os dados americanos vieram de cinco locais no Estado do Colorado. A maior


força policial se encontrava na cidade de Denver, capital, com uma população de
aproximadamente 1,5 milhões de pessoas na grande área metropolitana. A força po-
licial de 1 383 oficiais cobria a parte principal da cidade, com urna população de
520 000 pessoas numa área de 43,4 quilómetros quadrados. Informações sobre o tra-
balho policial em todos os cinco locais vieram das Folhas de Atividades mantidas por
e-ada oficial durante a patrulha, nas quais ele registrava todos os despachos e conta-
tos. Estas folhas eram entregues a seus supervisores no final da patrulha.
O restante dos dados do Colorado vieram de dois departamentos de xerifes e
dos departamentos de polícia de cada condado. O Condado de Chaffee, com uma
população de 1 l 400 pessoas, cobrindo 401 quilômetros quadrados, se localizava a
cerca de 160 quilômetros a sudoeste de Denver, no declive ocidental das Montanhas
Rochosas. O Departamento do Xerife tinha 8 oficiais. A força policial da cidade de
Salida possuía 9 oficiais, abrangendo uma população de 4 SOO pessoas. O Condado
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
de Fort Morgan se localizava numa planície de cultura de trigo a 100 quilómetros a
nordeste de Denver. Sua população era de 20 I 05 pessoas, numa área de 484 quilô-
metros quadrados. O Departamento do Xerife possuía 9 oficiais. A cidade de Fort
Morgan tinha 16 oficiais de polícia, com uma população de aproximadamente oito
mil pessoas.

250
BIBLIOGRAFIA zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK

Asaor, Robert J. 1972. "Police Reform in Russia" Dissertação de doutorado, Princeton University
___ .1973. "Police Reform in the Russian Province of Iaroslavl, 1856-1876''. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Slovic Review,junho:
292-302.
ADAMS, John C. & BARILE, Paolo. 1961. The Goverment ofRepublican Itaiy. Boston, Houghton Mifflin.
ALMOND, Gabriel A. & VERBA, Sidney. 1965. The Civic Culture. Boston, Lírtle, Brown & Co.
American Friends Service Committee. 1979. 771e Police Threarto PoliticalLiberty. Philadelphia,Ame-
rican Threater Friends Service Comrnittee.
Ar-:DRZEJEWSKI, Stanislaw. 1954. Military Organization and Society. Londres, Routledge and Kegan Paul.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
ARMITAGE, Gilbert. sem data. The History of the Bow Street R111111ers, 1729-JS29. Londres, Wishart.
ARNOLD, Eric A., Ir, 1969. "Administra tive Leadership in a Dicratorship: The Position of Joseph
Fouché in the Napoleonic Police, 1800-1810~ Dissertação de doutorado, Colurnbia University.
BAILEY, Victor, ed. 1981 Policing and Punishment in Nineteenth Century Britain. New Brunswíck, N.
J., Rutgers University Press.
BANKS, Arthur S. & Tzxron, Robert B. l 968. A Cross-Polity Survey. Cambridge, Mass., .\HT Pre
BANTON, Michael. 1964. The Policeman in the Community. Nova York, Basic Books,
---· 1975. "A New Approach to Police Authorities" Police 7; 24-25.
BARKER, Ernest. 1927. National Character and the Factors in Its Foundation. Nova York, Harper & Bros,
___ , l 944. The Development of Public Services i11 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
Westem Europe, 1660-1930. Londres, Oxford
University Press.
BARZ1N1, Luigi. 1964. The ltalians. Nova York, Atheneum.
BASHAM, A. L. 1954. 771e Wonder That Wns lndia. Londres, Sidgwick and Jackson.
BAYLEY, David H. 1969. 77,e Police and Politico! Development i11 lndi«. Princeton, Princeton Uníversiry
Press,
-----1975. "The Police and Politícal Development in Europe" ln The Formation of National
States i11 Europe, ed. Charles Tilly, pp. t 328-1379. Princenton, Princenton University Press.
----l976a. "LcarningAbout Crime= The Iapanese Experience" Priúlic foterestSummcr: 55-
68.
---.1976b. Forces o[ Order: Police Beliavior in [apnn and thc United States. Berkeley, University
of California Press.

251
PADRÕES DE POLICIAMENTO

____ .1979. "Police Function, Structure, and Control in \•Vestcrn Europe and North América:
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJ
Compara tive and Historical Studies" ln Crime zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
and Justice: An A11mml Rcview of Rcsearch, ed,
orval, Morris and Tonry Michael, pp. 109-144. Chicago, Universüy of Chicago Press,
B,w1 F\', David H. & MENllHSOHN, Harold.1969. i\fi11orities mui the Police. Nova York, Frcc Prcss.
füci:ER, Harold K.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1973. Police Systems of Europe. Springficld, Ill., Charles C. Thomas.
fü:ci..rn, Harold K. & llJELLL\IO, E. O. 1976. [ustice i11 Modem Swedeu. Springfield, Ili., Occana
Publications,
Baorr, Max. 1938. Public Ordcr and Popular Disturhnnces, 1660- 1714. Lond rcs, Oxford Un ivcrsity Press.
llERKr1 rr, George E. 1969. The Dcmocratic Policeman. Boston, Bcacon Prcss,
B11n1ER, Egon. 1974. "Florencc Nightingak in Pursuit on Villic Sutton: A Theory of the Police" ln JACOB,
Herbert ( cd.). 11,e Potentialfor Rejonu ofCriminal Justice. Beverly H ills, Sage Publícations, pp. 17-44.
Bun:, Donald J. 1973. "The Mobilization of Law" [ournal of Legal Studies. Jan.: 125-149 .
. 1976. Tlie Behavior of Law. New York, Academic Press.
---~1980. The Mn1111ers and Customs of the Police. New York, Acadcmic Press.
BLOCH, Marc. 1961. Feudal Society. Chicago, Univcrsity of Chicago Prcss,
BOHANNAI\', Paul. 1957. Justice and ludgemenr A111011g tire Tiv. New York, Oxford Univcrsity Prcss.
BOl\'l\"ER, Robert J. & S1>11T11, Gertrude. 1928. The Administration of Justice [rom Homer to Aristotle. 2
vols, Chicago, University of Chicago Press.
Borr, WilJiam J. &ScHULTZ, Donald D. 1972. A Short History ofAmerican Law Enforcement. Springfield
ru .. Charles C. Thomas.
BORDUA, David J. & HAURE!:, Edward \V. 1971. "The Police Budget's Lot: Components of thc Increase
in Local Police Expenditures, 1902-1960''. In HAHN, Harlan ( cd.). Police in Urban Society. Bevcrly
Hills, Sage Publications, pp. 57-70.
BRADY, Conor. 1974. Guardians of tire Peace. Dublin, Ire., Gill and Macmillan.
Biw.1SJ111L Pouci:Co!LEGE, Eleventh Senior Command Course. 1974. "A Studyof Public Ordcr in Síx E. E.
C. Countries". JW1ho.
llRAMSTEDT, E. K 1945. Dictatorship and Political Police. New York, Oxford University Press.
BRENAN, Gerald, 1943. The Spanish Labyrinth, Cambridge, Eng., Cambridge University Prcss.
BROGDEN, M. 1977. "A Police Authority-The Denial of Conflict" Socíological Review, May: 325-350.
BROWN, Lorne & Bnowx, Caroline, 1973. An Unauthorized History of the RCPM. Toronto, James
Lewis and Samuel.
CArOE."l, Gera]d E. 1977. Police Revitalization. Lexington, Mass., Lcxington Books, D. C. Heath and
Co.
C.o\RR, Rayrnond. 1966. Spain, 1808-1939. Oxford, Clarendon Press.
CARSTEN, F. L 1954. The Origins of Prussia. Oxford, Clarendon Press.
C"RTE, Gene E. & CARTE, Elaine H. 1975. Police Reform in the United States: The Era ofAugust Vo/lmer,
1905-1932. Berkeley, University of California Prcss.
CHAPMAN, Brian, l 953. "The Prefecturc of Police''. lournal of Criminal Law, Criminology, and Police
Science, Nov.-Dec.: 505-52 J.
CrrEVIGNY, Paul. 1969. Police Power: Police Abuses in New lvrk City. New York, Random l Iousc, Vintage
Paperback.
CLARKE, R. V C. & HEAL, K. H. 1979. "Police Effectivcncss in Dealing with Crime: Some Current
British Research" Police [ournal, Jan.: 24-21.
CLAYTON, 'Iorn. 1967. The Protectors: The lnside Story of Britain's Priva/e Security Forces. London,
Oldbourne Book Co,
CWITLRBUCK, Richard. J 973. Riot and Revolutlon in Singapore and Malaya, 1945-1963. London, Faber
and Faber Ltd.

252
BIBLIOGRAFIA zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH

COATMAN, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
John, I 959. Police. Londres, Oxford University Prcss.
CoNQUES'I', Robert. 1968. The Soviet Police System, Londres, Bodlcy Head,
Couiran, Philip. 1972. "National Socío-Economic Developmenr and Dcmocracy, A Note on the
Poli ti cal Role of the Police". lnternational lournal of Compara tive Sociology, Mar.: 55-62.
Cox, Sir Edmond C. sem data. Police and Crime in Índia. London, Stanley Paul and Co.
ÜAMl!R, James. 1964. The world's Police. Londres, Cassell and Co.
CRITCHLEY, T. A. 1967. A History ofPolice in Engjand and Wales, 1900-1966. London, Con.Hable.
____ .1970. The Conquest of Violence: Order and Liberty in Britain. London, Costab)e.
CROZIER, Michel.1963. The Bureaucratíc Phenomenon. Chicago, Universíty of Chicago Press.
DARYALL, Frank Ongley. 1934. Popular Disturbances and Public Order in Regency England, London,
Oxford University Press,
DAY, Robert C. & HAMBLIN, Robert L. 1964. "Some Effccts of Close and Punitíve Styles ofSupervision~
American [ournal of Sociology, Mar.: 499-510.
DEACON, Richard. 1969. A History of the British Secret Service. London, Frederick Muller.
DE LA MARE. 1705. Traité de la Police. Paris, sem editora.
Donrv.Marcia A, & SwmLER, George J. 1975. World PoliceSystems. Boston, Northeastern Uníversity Press,
DuPUY,Trevor N.; HAYES, Brace P. & A:-.JDREWs, A. C. 1974. The Almanac ofWorld Militc1ry Powers. 3•
ed. NewYork, R. R. Bowker,
Howard H. 1973. Police RecnútTminíng: Stress vs. Non-Stress. Springfield, J]I., CharlesC. Thomas.
EARLE,
EASTON, David & DENNIS, Jack. 1969. Children in the PolíticalSystem. Nova York, ~kGraw-Hill.
EcKSTEIN, Harry, 1966. Divisíon and Cohesion in Democmcy:A StudyofNonmy. Princeton, Princeton
University Press.
EMERSON, Donald E. 1968. Mettemich and the Political Police: Security and Subversion inzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
th« Hapslrnrg
Monarchy (1815-1830). The Hague, Martinus Nijhoff.
ERJCSON, Richard. 1982. Reproducing Order. Toronto, University ofToronto Press,
EVANs-PR1TCHARD, E. E. 1940. The N11er. London, Oxford Uníversity Press,
EYCK, Erich. 1950. Bismarck and the German Em pire. London, George Allen and Unwin,
FARMER, Michael T. & FuRSTENBERG, Mark H. 1979. "Alternative Strategies for Responding to Police
Calls for Service: Sta te of the Art: Literatura Reviewand Preliminary Survey Results" Manuscrito.
FJELD, John. 1981. "Police Power and Cominunity in a Provincial English Town: Portsmouth, 1815-

1875''. In BAILEY, Victor (ed.). Policing and Punishmem i11 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ


Nineteenth Century Briwin. New
Brunswick, N. ]., Rutgers University Press.pp, 42-64.
FLORINSKY, Michael T. 1953. Russia. Ncw York, Macmillan Co.
FOGELSON, Robert M. 1977. Big-City Police. Cambridge, Mass., Harvard University Press,
Fosnicx, Raymond R. 1915. European Police System. Repr. ed. 1975. New i'ork, Century.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJ
FossAERT, Robert & BLANC, Edmond ( eds.). 1972. La Machine Policíere. Paris, Bertrand des Saussaies,
Êditions du Seuil.
FR1F.D,Robert C. 1963. The ltalian Prefects: A Study in Administmtive Politics. New Haven, Yale
University Press,
GASH, Norrnan, 1961. M r: Secrc tary Peel: The Life ofSir Robert Pcel to 1830. Cambridge, Mass., Havard
University Press.
GASTIL,Rayrnond D. 1978. Frecdom in the Hcrlci: Political am] Civil Libcrties, J97S. New York, Freedorn
House,
Gmni, H. l f. & Mrus, C. Wright. 1958. From Mux i\éber: Essays i11 Sociology. New York, Oxford
Universíty Press,
Cow11ARD, Neil. 1954. "Organizarion and Adrninistration of the Police in \\'cskrn Gerrnany, 194,;.
1950''. M. A. thesis, Unlversity of Southern Califórnia.

253
PADROES DE POLICIAMENTO

Gows1T1N, Herman. 1977. Policing zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA


a Pree Society. Cambridge, Mass., Ballingcr Publishing Co.
GoRER, Gcoffrcy, 1955. "1 Iodiflcation of National Character: Thc Role of lhe Police in England''. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
[ o u rn n ] of Social lsmcs 11: 25-32.
Goverruncnt of Canada. 1974. "Report of the Govermmcnt of Canada - Govcrmmcnt of Ontário
tudy Group on rhe Role the Royal Canndian Mounted Police in Ontário" June 27.
GovERNMEJ\'T of GrcatBritain. 1977. "Repor! of Her Mnjcsty's Chief Inspcctorof Constabulary".
GovrnNMCJ\T of Maharashrra, Índia. 1967. Sccond Manpower Commission Rcport, Parte 3.
GovERNMENT of lapan. 1980. The Police ofjapan.
GREAT BRITAIN, Police College. 1974. "A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Srudy of Police Recruitment and Training in Europe"
GREEJ\'WOOD, Perer W. & PETERSIL!A, Jean. 1975. The Criminal lnvestigation Process, Santa Manica,
Rand Corporation.
GRCGORY, Frank.J 976. "Protest and Violcncc: The Police Responsc" Jnstitute for lhe Study of Conflict,
Ccmflicr Studies 75.
GRUDER, Vivian \V. 1968. The Royal Provincial lntendants. Irhaca, N. Y., Cornell University Press.
GuRR, Ted R. 1967. Conditions of Civil Strife: First Tests of n Causal Model. Princeton, N. )., Centcr for
Interna tonal Studies.
___.1979. "On the Hisrory ofViolent Crime in Europe and Arnerica" ln GRAIIAM, H. D. &
GuRR, T. R., (ed.), Viole11ce in America: Historical and Comparative Perspectives. Beverly Hills,
Sage Publications.
GuRR, Ted R.; GlWlOSKY, Peler N. & Hui.A, Richard C. 1977. Tlie Politics of Crime Conflict: A Comparative
History of Four Cities. Beverly Hills, Sage Publications.
H,KKElT, Roger F. 1971. l'àmagatn Aritomo in the Rise of Modem [apan, 1838-1922. Cambridge,
Mass., Harvard Universiry Press.
HAGAN, WiUiam T. 1966. lndian Police and [udges: Experiments in Acculturation and Control. Ncw
Haven, Yale University Press. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
HAHN, Harlan. 1971. "A Profile of Urban Police" In GoLDSMITH, Jack & GOLDSM1T11, Sharon S. (eds.).
The Police Community. Pacifics Palisades, Cal., Palisades Publishers, pp. 15-38.
HALtvY, Élie.1924. History of the Eirglish People. Vol, 2 Trans. E. I. Watkin. Repr, ed. 1948. NewYork,
P. Smith.
HAUER, Mark H. 1976. "I Iistorical Roots of Police Behavior: Chicago, 1890-1925''. Law and Society
Review, Wintcr: 303-323.
lhLPERIN, Morton H.; B1:RMAN, Jcrry J.; BORSAGE, Robert L. & MARWICK, Christine M. J 976. The Lawless
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Sta te: The Crimes of the U. S. Intelligence Agencies. New York, Penguin Books.
HAMBURGUER, Joseph. 1963. James Mil/ and the Art of Revolution. New l Iavcn, Yale Universiry Press.
HARRJNG, Sidney L 1983. Policing a Class Society: The Experience ofAmerican Cities, 1865-1915. New
Brunswíck, N. J., Rutgers University Press.
HART,J. M. 1951. The British Police. London.Allen e Unwin.
HAUGE, Ragnar. 1979. "Police and the Public: Thrce Norwegían Invesrigarions'' ln Ksursso», Johannes;
Ku1 ILilORN, Eckart & Rzrss.Alberr, Ir. (eds.), Police and the Social Order, relatório n. 6. Stockholm,
National Swedísh Council for Crime Prevention, pp. 132-148.
HAUGE, Ragnar & SrABE.t.L, Harold. 1974. Police Activity: A Study Bascd on Folio Police Station. Oslo,
Institutt for Kriminologi og Strafferctt.
HAZARD, John N.; Bunrn, William E. & Mxccs, Petcr B. 1977. The Soviet Legal Systeu: 3" Edição
Dobbs Ferry, N.Y., Oceana Publications.
HERLJHV, David, (ed.). 1968. Medieval Culture mui Society. New York.I Iarper Torchbooks.
Hiu, lim D. 1969. "Toe Natíonal Guard in Cívil Disorders'' In 1I1c1 rAM, Robin (e<l.). Bayoneu in the zyxwvutsrq

254
BIBLIOCRAPIA zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE

Streets: the Uses ofTroops in Civil Disturbances. Lawrence. Univcrsity of Kansas Prcss, pp, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT
61-84.
H)ELLEMO, E. O. 1979. "History of Nordic Public Systems- The evolution of Policíng in Denmark and
orway". J n KNUTSSON, Iohannes, Ku11u IORN, Eckart & Rms,Albcrt, Jr. (eds.), Police and the Socfril
Order, relatório n. 6. Stockholm, National Swedish Council for Crime Prcvention, pp.14-31.
HOLBORN, Hajo. 1969. A History of Modern Germany 1840-1945. New York, Alfred A. Knopf.
HoLMES, Jack E. 1972. "Admínistrative Decentralization in Devcloping Arcas: A Cornparative-
Interprerative Study of the Early 1960's''. Dissertação de doutorado, University of Dcnvcr.
HOPKINS, Nicholas S. 1967. "Social Control in a Malian Town" Manuscrito.
[nternational Association of Chíefs of Police ([ACP). 1976. History of Police Intelligence Opemtions,
1880-1975. Gaithersburg, Md., Associação Internacional dos Chefes de Polícia.
International lnstitutc for Strategic Studies. Annual. Mílitary Balance. London.
JACKSON, Parnela Irvin, & CARROLL, Leo. 1981. "Race and thc War on Crime: The Sociopolirical
Determinants of Municipal Police Expenditures in Ninety Non-Southern U. S. Cities" American
Sociological Review, Jun.: 290-305.
JACOB, Herbert. 1963. German Administration Since Bismarck. New Haven, Yale University Press.
JANOWITZ, Morris. 1959. Sociology and the Milítary Establishment. Nova York, Russell Sage Foundation.
____ ,.1960. The Professional Soldier. Glencoe, Ill., Free Press.
JoNES, David J. V. 1970. "Law Enforcement and Popular Disturbances in Wales, 1793-1835''. [aurnal
of Modem History, Dec.: 496-523.
JuNGER-T AS, J. 1978. "The Dutch and Their Police - Experiences, Attitudes and Demands".
Manuscrito.
Juv1LER, Peter H. 1976. Revolutionary Law and Order: Poiiiia and Social CJrange in the URRS, New zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
York, Free Press.
KARPETS, Igor Ivanovich, 1977. "Principal Directions and Types of Activity of the Militia m the Soviet
Union''. [nternational Review of Criminal Policy, 33: 34-38.
KEETON, G. W. 1975. Keeping the Peace. Londres, Barry Rose Publishers,
KELLING, George L. & LEWIS, Joseph H. 1979. "Police Research in the United States" ln KNUTsso •• ,
Iohannes, KuHLHORN, Eckart & REJSS, Albert Jr. Police and Social Order, report n, 6. Stockholrn,
ational Swedish Council for Crime Prevention, pp. 352-366.
KELLJNG, George L. ; PATE, Tony; D1ECK.\1AN, Duane & Bnowx, Charles E. 1974. The Kausas City Preventive
Patrol Experiment: A Summary Report. Washington, D. C., Police Foundatlon.
KELLY, William & Kt:LLY, Nora. 1976. Policing in Canada. Toronto,.McMillan.
KEPPLER, Leopold. 1974. "The Gendarmerie in Austria". .Kriminalistic. Traduzido em NCJRS 11.
KoBBEN, Andre J.F. "Law at the Village Levei: The Cottica Djuka of Surinarn" ln NADER, Laura ( ed.),
Law in Cuiture and Society. Chicago, Al<line Publishing Co., pp. 117-140.
KosBERG, Erik. 1978. "The Police in Norway''.1vlanuscrito.
KuNKEL, vVolfgang. 1973. AzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
11 Tntrod 11ctio11 to Rormm Leg"l 1111d Co11stiwtio,wl History. 2i ed. Oxford,

Clarendon Press.
LANE, Roger. 1967. Policing tire City: B 0$to11 1822-1885. Cambridge, Mass., Harvard Uuiversíty Press,
LANGER, William L. 1969. Politiml mui Socinl Uphe11ml, J832-1SS2, New York, Harper and Row,
LANGROO, Georges. 1961. Some Currcnt Problcms ofAd,uinistrlllion in Frcm~ To,l11y. Puerto Rico,
University of Puerto Rico.
LASWELL, Harold G. l 941. "The Carrison State and Specialists on Violence''. Awcricmr /01mwl of
ociolc>gy, Ian., 455-468.
Lru, W. L. Melville. 1901. A llistory of Police ;,, E11glm11f. Repr, Ed, 1971. Montdltir, N. J., Patterson
Smith.

,..,5
PADROES DE POLICIAMENT

L1, Victor H. 1971. "The Public Security Burcau and Political-Lcgal Work in Hui-yang, 1952-
1964''. ln LEWIS, John \V.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
(ed.). The City i11 Communist China. Stanford, Stanford University
Press, pp. J-74.
____ .1977. Law \Vitho11t Lawyers: A Compnrativc View of Law i11 China and tl1e Uuiteâ States.
Stanford, Stanford Alumni Association.
LJANG, I Isi-I Iucy. 1970. The Berlin Police Force i11 the I Veimar Republic: Berkeley, University of Californ ia
Press,
l1NTOTT, A. W. 1968. \!iole11cc i11 Repubtican Rome. Oxford, Clarcndon Press.
L1rsET, Seyrnour M. 1963. The First New Nation. New York, Basic Books.
Lo1>111, Abdul Q.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
& T1uY, Charles. 1970. "Urbanízation, Criminality and Collcctive Violence in
Jineteenth Century France" Ensaio apresentado durante o encontro anual da Sociedade
Americana de Criminologia. Mimeografado.
LoFLAND, Lyn H. 1973. A \Vorld of Strangers: Order and Action i11 Urban Public Space. New York, Basic
Books.
Lo=nx, Colin & L12om, Alan. 1974. "Violence and Social Structure: Structural Support for Violence
Among Privileged Groups''. Ensaio apresentado durante o encontro anual da Sociedade
Americana de Criminologia. Mimeografado.
LoPEZ, Lília C. 1979. "The Philippine Criminal Justice System''. Resource Materiais. Tokyo, United
Nations and Par East Institute for the Prevention of Crime and Treatrnent ofOffenders.
LOWELL,A.Lawrence. 1914. The Governtnents ofFrance, Italy and Germany. Cambridge, Mass., Harvard
Universíty Press.
LYMAN, J. L. 1964. "The Metropolitan Police Act of 1829: An Analysis of Certain Events Iníluencing
the Passage and Character of the Metropolitan Police Act in England" [ournal of Criminal Law,
Crúninology, and Police Science; Mar.: 141-154.
MANNING, Peter KzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
. 1977. "Organizational Problematics: Resolving Uncertainty" Manuscrito.
ÍARTIN, J. P. & WILSON, Gail. 1969. The Police: A Study in Matipower: The Evolution of the Service in
Engkmd and Wales, 1829-1965. Londres, Ileinemann.
MArnER, F. C. 1959. Public Order in the Age of the Chartists. Manchester, Eng., Manchester Univcrsity
Prcss.
McCABE, Sarah & SUTCLIFFE, Frank. 1978. Defining Crime: A Study of Police Decisiou. Occasional
Papcr n. 9, Oxford University Centre for Criminological Rcsearch. Oxford, Blackwells.
MJD\'IINTER, E. C. 1968. Law and Order in Early Victorian Lancashire. York, St. Anthony's Press.
MJLDMAY, William. 1763. The Police of France. London (cópia encontrada na Raro Book Collection,
Princeron University).
MILLER, Wilbur R. 1977. Cops and Bobbies: Police Authority in New York and Lonc/011, 1830-1870.
Chicago, University of Chicago Press.
MONAS, Sidney. 1961. The Third Section: Police and Society in Russia Under Nicho/as 1. Cambridge,
Mass., I larvard Universiry Prcss,
Mo~KKONE.'.J,Eric.1981. Police in Urban America, 1860 to 1920. Cambridge, Eng., Cambridge University
Press.
MOORE, Barrington, Jr. 1967. Social Origins of Dictatorship and Democracy. Boston, Beacon Prcss.
MoRRISON, W. R. 1974. "Thc North-Wcst Mountcd Police and thc Klondike Gol<l Rush" [ourna! of
Contemporary Ilistory9: 93-106.
MlllltALL, Michael G. 1903. The Dictionary of Statistics. Londres, George Routledge. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
NAIR, Lucy. 1962. Primitive Covernment: A Study of Traditional Political Systetns in Eastern Afrirn.
Bloomington, Indiana University Prcss.
ATJONAL Pouca Acsscv. s.d. Policy of[apan. Tokio, National Police Agcncy.

256
BIBLIOGRAFIA

NEWMAN, Graeme R. "Social Institutions and the Control of Deviance: A Cross-National Opiníon
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Survey" European [ournal of Social Psychology 7: 29-39.
NEWSl>APER ENTl:RPRISE AssoCJATION, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
INc. 1978. The World Almanac and Book of Facts. Ncw York,
cwspaper Enterprise Association, Inc.
NrnDERIIOFl'ER, Arthur. 1967. Behind the Shield: The Police in Urban Society. Garden Cíty, N.Y.,
Doubleday.
ÔGAWA, Shigejiro & ToMEOKA, Kosuke. 1909. "Prisons and Prisoners" In ÜKUMA, Shigenobu (ed.).
Fifty Years of New [apan, vol. 1. London, Smith, Elder and Co.
ÔVRA, Baron Kanctake, 1909. "The Police of Japan''. ln ÜKUMA, Shigenobu (ed.). Fifity zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
Years ofNew
[apan, vol. 1. London, Smith, Elder and Co.
PAYNE, Howard C. 1966. The Police State o/Louis Napoleon Bonaparte, 1851-1860. Seattle, University
ofWashington Press.
Pr-1FFNER, John M. 1962. "Factors Affecting Police Morale" University of California Yough Studies
Center, working paper no. P2.
PHILIPS, David.1977. Crime and Authority in Yiaorian England: Tire Black Country: 1835-1860. London,
Croom Helm Ltd.
PLANTIN, Lars-Erik. 1979. "The Organization ofSwed.ish Police'lIn KKUTSSON, Johannes; KuHUlORN,
Eckart & REJSs, Albert J r. ( eds, ). Police and SocialOrder, report n. 6. Stockholm, National Swedish
Council for Crime Prevention, pp. 132-148.
Pouca FouNOATION. 1981. The Newark Foot Patrol Experiment. Washington, D. C., Police Foundatíon.
Poucrs NATIONALE. 1980. Dados estatísticos fornecidos especialmente.
PoTHOLM, Christian P. 1969. "The Multiple Roles of the Police as Seen in the African Context".Journal
oj Developing Areas, Ian.: 139-158.
PRFSIDENT's CoM1-.11ss10N ON Lev ENFORCEME!'.T ANDAD:-.n:-.1STRATIO:-' OF Jusria.1967. "Task Force Report:
The Police" Washington, D. C., United States Government Printing Office.
PRJNGLE, Patrick. s. d. Hue and Cry: The story ofHenry and jolm Fieldingand their Bow Street Runners.
London, William Morrow and Co.
PUNCH, Maurice & NAYLOR, Trcvor.1973. "The Police: A Social Service". New Society; i\Iay.: 17: 358-360.
RA021Now1cz, Leon. 1957. A History ofEnglish Criminal fow mui itsAdmi11istmtio11 Since 1750.4 vols.
ew York, Macrnillan.
RA021Now1cz, Sir Leon, & King, Joan. 1977. The Crowth c[Crime: The lnternational Experience.
York, Basic Books.
RAEFF, Marc, 1975. "The Well-Ordered Police Sta te and the Development of l\!odernityin Seventeenth
and Eightee.nth-Century Europe: A Compara tive Approach" Americarz Historirnl Revii•-w, Dec.:
1221-1243.
REINER, Robert. 1980. "The politicization of the Police ín Brltain" Manuscrito.
Russ, Albert L. Jr. 1971. The Police anti the Public. New Haven, Yale University Pre
Rtrra, Charles, 1938. 111e Police Idea: Jts History and fa·olrition in Ellglrmd in rlri: Eighte,.,1th Century
and After. London, Oxford Universiry Press,
____ ,.1948. A Short Story o[ the British Police. London, Oxford Universitv Press,
____ ,.1952. The B1i11d Eye of History: A Sh1dy of tire Origins of the Presen: Poiic« Era. London,
Faber and Pabcr,
--- .1956. A New Shul)' of Police J listory. London, Oliver and Boyd,
REYNOI.DS, P. K. Balllie. 1926. T/1t· Vigiles of lmperia! Romc. London. Oxford University Pre
R1c1I,\RDSON, James E l 970. Thc Nrn~ fork Police: Colo nini Times to 1901. New York, Oxford Universitv
Press.
____ .1974. Urb,111 Police in the Unitcd States. Port Washington, N.Y., Kennik:lt Pr

257
PA D R Õ E S D f: PO L IC IA M E N T O zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV

Review of Criminnl Policy, 33: 3-1 o.


zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
Rios, lose Arthur, 1977. "Police and Developmcnt" lntemational
RoRrNSON, Cyril D. 1970. "Thc Mayor and lhe Police -A Look at thc Political Role of thc Police in
ociety" Mimeografado.
RoKKAN, Skin.1970. "The Growth and Structuring of Mass Politics in Wcstern Europe: Reflcctions
on Possible Models of Explanation" Scandinavian Political Studies 11.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
4. Oslo, Norway, Nordic
Poli ti cal Science Association.
Rm.HG, Clarcncc H. A. l 977. "The West Gcrman Federal Police". [ournal of Police Science and
Administration, Dec.: 451-455.
ROSENBERG, Hans. 1958. Bureaucracy; Aristocracy aud A11tocracy: The Prussian Experience, 1660-1815.
Cambridge, Mass., Harvard University Press.
ROYAL CoMMISSIOt-.' ON THE PoUCÊ. 1962. Final Report: Cmnd. 1728. London, May,
RumNSTEIN, lonathan. l 973. City Police. New York, Farrar, Straus and Giroux.
RUDE, George. 1964. The Crowd i11 History: A Study of Popular Disturbances in France and England,
1730-1848. New York, John Wiley and Sons.
ScHWARTZ. Richard D. &MrLLER, James C. 1964. "Legal Evolution and Societal Cornplexiry" American
[ournal o[ Sociology, Sep.: 159-l 69.
SCTON-WATSON, Hugh. 1967. The Russian Empire, 1801-1917. Oxford, Clarendon Prcss.
SHANE, Paul G. 1980. Police and People: A Comparison ofFive Countries. St. Louis, C.V. Mosby Company.
SHEARJNG, Clifford D. & LEON, Jeffrey S.1976. "Reconsideríng Lhe Police Role: A Challenge to a Popular
,füconception''. Canadian [ournal of Criminology and Corrections 19: 348-364.
SHERW,I\', Lawrence W. 1978. Controlling Police Corruption: The Effects of Refom1 Politics - Summary
Report. Washington, D. C.: NILECJ, LEAA.
____.1980. "Causes of Police Behavior: The Current State of Quantitative Research" [ournal of
Research in Crime and Delinquency, Ian.: 69-100.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
SHERMAN, Lewis J.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1977. "Policewornen Around the World" lnternational Review of Criminal Policy
33: 25-33.
SIL\'ER,Allan.1967. "The Demand for Order in Civil Society: a Review ofSome Themes in lhe History
of Urban Crime, Police, and Riot" ln BoRDUA, David J. (ed.). The Police: Six Sociological Essays,
~ew York, John Wiley and Sons, pp. 1-24
S1NCH, Baldave. 1977. "Socio-economic lnequalities Between Ethnic and Racial Groups: An
Exploratory Compara tive Study''. Dissertação de Doutorado, University of Denver,
SKOGA.'. J, \Vesley G. & Al\'TUNES, George E. 1979. "Inforrnation, Apprehension, and Deterrence:
Exploring lhe Lirnits of Police Productivity" [oumal of Criminal Justice, Fali.: 217-241.
SKOLNIK, Jerome H. 1966. Justice Without Triai. New York, John Wilcy and Sons.
SMITH, Bruce. 1925. The State Police. NewYork, Macmillan.
----· 1949. Police Systems in the United States. New York, l larper and Row.
SPER!..lNcs,Sven.1979. "TI1e evolution ofthe PoliceDuring Lhe Period oflndustrialization- Thc Stockholm
Example''. Jn KNurssoN, Iohannes: KuHUiORN, Eckart & REISs, Albert Jr. (eds.). Police and Social
Order, report n. 6. Stockholm, National Swedish Council for Crime Prevention, pp. 132-148.
SPrTZER, Steven & ScuLL, Andrew T. 1977. "Social Control in I-Iistorical Perspcctive: From Priva te to
Public Responscs lo Crime" In GREENBERG, David F. (cd.). Correction and Punishment, Beverly
Hills. Sage Publicatíons, pp. 265-286.
SQlilRE, P. S. 1968. The Third Department: The Establishment and Praaices of the Political Police in the
Russia o[Nicholas l. Cambridge, Eng., Cambridge Univcrsity Prcss.
STARKARUM, Judanath. 1963. Mugha! Administration. Calcutta, M.C. Sarkar and Sons.
STARR, Prederick S. 1970. "Decentralizatíon and Self-Covernment in Russia, 1830-1870". Dissertação
de doutorado, Princeton Universiry,

258
BIHLIOGRAl:'IA

SrEAD, Phillip John. 1957. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA


The Police of Paris. London, Staples Press,
STENNJNC, Phillip C. 1980. "Thc Role of Police Boards and Cornmissions as lnstitutions of Municipal
Police Govcrnance''. Manuscrito.
SroRCH, Robert D. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1975. "The Plague of Blue Locusts: Police Reform and Popular Resistance in
Northern England, 1840-1857''. International Review of Social History 20: 62-90.
STRAYER, Joseph. 1970. On the Medieval Origins of the Modem State. Princeton, N. J., Prínceton
University Prcss.
SucAJ, Shuichi. 1957. "The Iapancsc Police Systems" ln WARD, Robert W. (ed.), Five Studies in [apanese
Politics, Occasional Papers 7. Center for Iapanese Studies. Ann Arbor, University ofMíchigan
Press, pp. 1-15.
Supreme Commander for the Allied Powers, Historical Monographs. "History of the Nonmilitary
Activities of the Occupation of Japan''. Vol. 5 (1945-1951). Washington D.C., United States
Govemment Printing Office.
SvKES, Richard E. & Ct.ARK, John P. 1974. ''A Socio-Legal Theory of Police Díscretion" In Observations,
Minnesota Systems Research, n. 5.
TAYLOR, Charles & HUDSON, Michael. C.1973. World Handbook of Poluical and Social lndicators ll. (2.
ed. Section I) CrossnationalAggregate Data. Ann Arbor, Inter-UniversityConsortium for Política!
Research.
T1LLY, Charles. 1970. The Chaos of the Living City. Manuscrito.
T1LLY, Charles; LEVETI, Allan; 100111, A. Q. & Mui-:cER, Frank C. 1974. "How Policing Affected the
Visibility of Crime in Nineteenth-Century Europe andAmerica''.AnnArbor, Center for Research
on Social Organization, University of Michigan.
TILLY, Charles; TILLY, Louise & TILLY, Richard. 1975. The Rebellious Centw;; 1830-1930. Cambridge,
Mass., Harvard University Press.
TJLLY, Louise A. 1971, "The Food Riot as a Form of Política! Confiict in France" Joumal of
lnterdisciplinary History, 2: 12.
TOBIAS, J. J. 1972. "Police and Public in thc United Kingdom" [ournai of Contemporory History, Jan./
Apr.: 201-219.
TocQUEVlLLE, Alexis de. 1856. The Old Regime and the French Revolution. Repr, ed. 1955. Nova York,
Doubleday Anchor Books,
To11.Y" o METROPOLITAN POLICE DEPARTMENT. Keishicho, 1979. Tokyo, Merropolítan Police Department.
TONNIES, Ferdinand. 1957. Community and Society: Gemeinschaft und Gesellschaft. Trad.e ed. Charles
P. Loomis. New York, Harper Torchbook.
TsuRUMI, Kaguko. 1970. Social Change and the lndividuol: [apan Before zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP
a11dAfter Defeot in World\for
ll. Princeton, N. J., Princeton Univcrsiry Press.
TuCHMAN, Barbara.1979. A Distant Mirror: the Calamitous Iourteeuth Cmtury. Londres.Penguín Books,
U NITED STATES GovERN~JEl''T, Burea u of the Census. U. S. Statistiwl Abstmct, 1979. \ vashington, D.C.,
United States Governrnent Printing Office.
UNITEP STATF.S GovER.'% 1Et-.'T, Law Enforcement Assistance Administration, Department of Justice.
1970. "Criminal Justice Agencies in Pennsylvania" WJ.Shington, D.C., United States Government
Printing Office,
Usnvsnsrrv MlCROFll.i\JS. 1979, "Criminal Iustice and Law Related Titles':A.JmArbor, University .M icrofilms..
VAN DER SPRE.NKEL, Sybille. 1977. "Urban Social Control" ln Si.:1N:s;ER, G. William (ed.). The City in Late
lmperiol Cl,i111L Stanford, Stanford University Press, pp. 609-632.
VAN MAANEN, John. 1974. "\ Vorking the Street: A Developruental View of Police Behavior" ln JACOS,
Herbert (cd.). Tire Potentiatfor Rtfomr ofCrí111i11al [ustice. Berveley Hills, Sage Publication,
pp. 83-130.

259
PADROES DE POLICIAMENTO

V11RTANE.N, Katrina. 1979. "A Comparison of lhe Historicnl Developmcnt of Police Organization in
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
Finland as Compareci to the Other Scandinavian Countrics" In KNUT~SON, Iohanncs, Ku11uroRN
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Eckart & Rnss.Alberr Jr. (cd.), Police and Social Order, report n. 6. Stockholm. National Swedish
ouncil for Crime Prevention, pp. 32-45.
JNCE1''T, \V. 1977. Het Post- Unitaire Belgie. Lier, Bclgium, NVJ Van I
WALKF:.R, Samuel. 1977. A Criticnl l listory of Police Reform. Lexington, Mass: D. C. Heath and Co.
fass., Lexington Books,
____ .]978. "Rescarch Needs in lhe Comparative History of the Police" Manuscrito.
WAi\lRAIJGH, Joseph. 1974. The 011ior1 Ficld. New York, Deli Publishing Co.
VhBB, Sidney & WEBB, Beatrice. 1963. The Development of English Local Governme11t, 1685-1835.
London, Oxford University Press,
,vEBBER, Max. 1968. Economy 1111d Society: A11 Outline oflnterpretative Sociology. 3 vols. Cornp. e eds,
Guenther Roght e Claus \Vittic.h. New York, Bedminster Press.
WE!NBERGER, Barbara. 1981. "Thc Police and the Public in Mid-Nineteenth Century Warwickshire".
In BAILE\', Victor (ed.). Policing and Punishment in Nineteenth Century Britaiu, New Brunswick, zyxwvutsrqponm
N. J. Rutgers Univcrsity Press, pp. 65-93.
W1LDES, Harry Emerson. 1953. "The Postwar Iapanese Police" [ournal of Criminal Low, Criminology,
and Police Science; Jan.-Febr.: 655-671.
WIWAMs,Alan.1979. The Policeof Paris, 1718-1789. Baton Rouge, Louisiana State UniversityPress.
Wusox, James Q. 1968. Varieties of Police Behavior: Tlie Management of Law and Order i11 Eight
Communities. Cambridge, Mass., Harvard University Press.
___ . J 980. "The Changing FBI - The road to ABSCAM''. Public lnterest. Spring: 3-14.
Wu.soN, James Q. & BoLAND, Barbara. 1976. "Crime" ln GORHAM, William & GLAZER, Nathan (eds.).
The Urban Predicameflt,. Washington D.C., Urban lnstitute.
WILSON, James Q. & Ksuncc, George L. 1982. "The Police and Neighborhood Safety" Ailantic, Mar.:
29-38.
WooDWARD, Edward W. 1938. The Age of Refom1. Oxford, Clarendon Press.
,vKoFr, Mary Ann. 1982. "Evaluating the Crime-Effectiveness of lhe Municipal Police''. ln GREENE,
Jack R. (ed.). Managing Police Work. Beverly Hills, Sage Publications.
WrcoFF, Mary Ann & KELUNG, George L. 1978. The Dallas Experience: Organizational Reform.
Washington D. C., Police Foundation.
Wrcorr, Mary Ann & MANNJNG, Peter K. 1983. "Crime-Focused Policing Mcasuring Performance
and Effect''. ln W1 IITAKER, Gordon P. & PHJLLIPS, Charles (eds.). Analyzing Performa11ce i11 Criminal
Justice Agencies. Beverly Hills, Sage Publications.
WrcoFF, Mary Ann; SusM11.C11, Charles E. & EtSENBART, Patricia, 1980. "Reconceptualizing the Police
Role: An Examínation of Theoretical Issues, Information Needs, Empirical Reatities and the
Potential for Revision" Police Foundation, Manuscrito.
ZANE, John M. 1927. The Story of Law. Garden City, N. Y., Garden City Publishing Co.
ZucKERMAN, Michael. 1970. Peaceble Kingdoms: New England Towns in the Bighteenth Century. New
York, Alfred A. Knopf.

260

Você também pode gostar