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Abreviatura: CT001 - O/19

Sistemas multiplexados Elaborado: João Ferraz


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Sistemas multiplexados

N.º DE ALUNO: 4367


NOME DE ALUNO: JOÃO
MARQUES FERRAZ

INS 1056/01

Insignare - Associação de Ensino e Formação | Ed. Paço do Conde, Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, 2490 - 548 Ourém
Telf.: +351 249 545 721 | Email.: sec@insignare.pt
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Indice
1. O que são sistemas multiplexados .......................................................................................................6
Multiplexação por Divisão de Tempo (TDM): .......................................................................................6
Multiplexação por Divisão de Frequência (FDM): .................................................................................6
Multiplexação por Divisão de Código (CDM): .......................................................................................6
2. Comos os sistemas multiplexados se encaixam no mundo automóvel ...............................................7
Redes de Comunicação a Bordo (CAN - Controller Area Network): .....................................................7
Multiplexação por Divisão de Tempo (TDM) em Sistemas de Infotainment: ........................................7
Sistemas de Controlo Eletrónico: ............................................................................................................7
Redes de Sensores e Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor (ADAS): ..................................7
Controller Area Network (CAN):............................................................................................................8
Sensores e Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor (ADAS): .................................................8
Sistemas de Controlo Eletrónico: ............................................................................................................8
Redes de Iluminação e Eletrónica Embarcada: .......................................................................................8
Sistemas de Climatização e Conforto:.....................................................................................................8
Redes de Diagnóstico e Manutenção: .....................................................................................................8
Redes de Comunicação Sem Fios: .........................................................................................................8
3. Como funciona a ECU do motor .........................................................................................................9
Sensores: ..................................................................................................................................................9
Processamento de Dados: ........................................................................................................................9
Injeção de Combustível: ..........................................................................................................................9
Ignição: ....................................................................................................................................................9
Controlo da Válvula de Borboleta: ..........................................................................................................9
Gestão da Emissão de Gases: ..................................................................................................................9
Controlo da Transmissão (em algumas ECUs): ......................................................................................9
Diagnóstico de Avarias: ..........................................................................................................................9
Adaptação a Condições Variáveis: .........................................................................................................9
Sensores: ................................................................................................................................................10
Processamento da ECU: ........................................................................................................................10
Tomada de Decisões:.............................................................................................................................10
Controlo dos Atuadores: ........................................................................................................................10
Gestão de Emissões e Eficiência: ..........................................................................................................10

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Comunicação Bidirecional: ...................................................................................................................10


Comunicação com Outras ECUs: ..........................................................................................................10
Adaptação Dinâmica: ............................................................................................................................11
4. Rede CAN .........................................................................................................................................11
Comunicação em Tempo Real: .............................................................................................................11
Topologia de Rede: ...............................................................................................................................12
Comunicação Diferencial: .....................................................................................................................12
Protocolo de Acesso Múltiplo por Detecção de Colisões (CSMA/CD):...............................................12
Dois Padrões CAN: ...............................................................................................................................12
Mensagens CAN: ..................................................................................................................................12
Uso em Sistemas de Veículos Inteligentes: ...........................................................................................12
Diagnóstico e Manutenção: ...................................................................................................................12

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Índice de imagens
Figura 1rede can de um veículo pesado ......................................................................................................6
Figura 2 sistema ADAS ...............................................................................................................................8
Figura 3 Rede da ECU.................................................................................................................................9
Figura 4 módulos eletrónicos de um Audi A8 ..........................................................................................11
Figura 5 módulos eletrónicos de um mercedes .........................................................................................12

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1. O que são sistemas multiplexados

Sistemas multiplexados referem-se a técnicas utilizadas para combinar várias informações ou sinais num único
canal de transmissão, facilitando assim a transmissão eficiente e a utilização eficaz do meio de comunicação.
Existem diferentes tipos de multiplexação, incluindo a multiplexação por divisão de tempo (TDM), a
multiplexação por divisão de frequência (FDM) e a multiplexação por divisão de código (CDM)

Multiplexação por Divisão de Tempo (TDM): Neste método, diferentes sinais partilham o mesmo
canal em intervalos de tempo distintos. Cada sinal é transmitido na sua própria fatia de tempo, e a sequência
desses intervalos de tempo é repetida. Os recetores correspondentes são sincronizados para extrair os sinais
individuais.

Multiplexação por Divisão de Frequência (FDM): Aqui, diferentes sinais são transmitidos
simultaneamente em diferentes frequências dentro do mesmo canal de comunicação. Cada sinal é atribuído a
uma banda de frequência específica, e essas bandas não se sobrepõem. No final do processo, os sinais podem
ser separados nos recetores pela sua faixa de frequência.

Multiplexação por Divisão de Código (CDM): Este método envolve a atribuição de códigos exclusivos
a diferentes sinais, permitindo que sejam transmitidos simultaneamente no mesmo canal sem interferência
mútua. Cada sinal é "espalhado" por meio de um código específico, e o recetor usa o mesmo código para
reconstruir o sinal original.

A multiplexação é amplamente utilizada em sistemas de comunicação para otimizar o uso de recursos, poupar
largura de banda e melhorar a eficiência da transmissão de dados em redes de comunicação, como redes
telefónicas, redes de computadores e transmissões de rádio e televisão.

Figura 1rede can de um veículo pesado

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2. Comos os sistemas multiplexados se encaixam no mundo automóvel

Os sistemas multiplexados desempenham um papel significativo no setor automóvel, ajudando a otimizar a


eficiência e a gestão de recursos nos veículos. Aqui estão alguns aspetos em que os sistemas multiplexados são
aplicados no contexto automóvel:

Redes de Comunicação a Bordo (CAN - Controller Area Network): O protocolo CAN é uma forma
de comunicação multiplexada amplamente utilizada em veículos modernos. Permite que vários componentes
eletrónicos do veículo comuniquem entre si de maneira eficiente, partilhando informações críticas, como dados
do motor, sistemas de travagem, airbags, entre outros. A implementação do CAN reduz a necessidade de
múltiplos cabos e simplifica a instalação e manutenção dos sistemas elétricos do veículo.

Multiplexação por Divisão de Tempo (TDM) em Sistemas de Infotainment: Nos sistemas de


infoentretenimento dos veículos, a multiplexação por divisão de tempo é comumente usada para combinar
sinais de áudio e vídeo, bem como informações de controlo, num único canal de comunicação. Isso permite uma
melhor utilização dos recursos e uma experiência de entretenimento mais integrada para os ocupantes do
veículo.
Sistemas de Controlo Eletrónico: Os veículos modernos dependem fortemente de sistemas de controlo
eletrónico para funções como direção assistida, controlo de estabilidade, sistemas de travagem anti bloqueio
(ABS), entre outros. A multiplexação permite que esses sistemas comuniquem de maneira eficiente,
contribuindo para um desempenho coordenado e seguro do veículo.

Redes de Sensores e Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor (ADAS): Os veículos


modernos frequentemente possuem uma variedade de sensores e sistemas ADAS, como sensores de radar,
câmaras e lidar. A comunicação eficiente entre esses dispositivos é crucial para a implementação eficaz de
funções como assistência à condução, estacionamento automático e travagem de emergência.

Em resumo, os sistemas multiplexados desempenham um papel fundamental na evolução dos veículos


automóveis, proporcionando comunicação eficiente entre os diversos sistemas eletrónicos a bordo, melhorando
o desempenho, a segurança e a experiência do condutor e dos passageiros.

Aplicação dos sistemas multiplexados na rede de comunicação dos automóveis

Os sistemas multiplexados desempenham um papel crucial nas redes de comunicação dos


automóveis modernos, proporcionando eficiência na transmissão de dados e na coordenação de
sistemas eletrónicos diversos.

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Controller Area Network (CAN):


Aplicação: O protocolo CAN é amplamente utilizado em veículos para permitir a comunicação eficiente entre os
diferentes sistemas eletrónicos, como motor, transmissão, travões, airbags e outros módulos.
Sistemas de Infotainment:

Aplicação: Em sistemas de infoentretenimento, a multiplexação é utilizada para combinar sinais de áudio, vídeo
e dados de controlo num único canal, permitindo uma experiência integrada para os ocupantes do veículo.
Sensores e Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor (ADAS):
Aplicação: Redes multiplexadas são fundamentais para a comunicação eficiente entre sensores, como radares,
câmaras e lidar, e os sistemas ADAS, facilitando funções como controlo de cruzeiro adaptativo, assistência de
estacionamento e travagem automática de emergência.
Sistemas de Controlo Eletrónico:
Aplicação: A multiplexação é essencial para integrar sistemas de controlo eletrónico, como direção assistida,
controlo de estabilidade (ESC), sistema de monitorização da pressão dos pneus (TPMS) e outros para melhorar o
desempenho e a segurança do veículo.
Redes de Iluminação e Eletrónica Embarcada:
Aplicação: A comunicação multiplexada é utilizada para controlar sistemas de iluminação, como faróis e luzes de
travagem, e outros dispositivos eletrónicos embarcados no veículo.
Sistemas de Climatização e Conforto:
Aplicação: Em sistemas de climatização e conforto, a multiplexação é empregue para coordenar funções como
controlo de temperatura, ventilação e ajuste de assentos, melhorando a eficiência energética.
Redes de Diagnóstico e Manutenção:
Aplicação: Sistemas multiplexados facilitam o acesso a informações de diagnóstico do veículo, permitindo que
técnicos identifiquem e resolvam problemas de maneira mais eficiente.
Redes de Comunicação Sem
Fios:
Aplicação: Em veículos modernos, a
multiplexação é utilizada para
suportar sistemas de comunicação
sem fios, como Bluetooth, Wi-Fi e
conectividade por telemóvel,
proporcionando recursos de
conectividade e entretenimento.

Figura 2 sistema ADAS

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3. Como funciona a ECU do motor

A Unidade de Controlo Eletrónico (ECU) do motor de um automóvel é um componente crucial que desempenha
um papel central no controlo e gestão de diversos sistemas do motor

Sensores:
A ECU recebe informações de vários sensores no motor, como o sensor de posição do pedal do acelerador,
sensor de posição da borboleta, sensor de temperatura do motor, sensor de posição do virabrequim, sensor de
oxigénio (sonda lambda), entre outros. Esses sensores monitorizam constantemente as condições do motor.
Processamento de Dados:
Com base nas leituras dos sensores, a ECU processa dados em tempo real. Usa algoritmos e mapas pré-
programados para determinar a quantidade correta de combustível a ser injetada, o momento da ignição, a
posição da válvula de borboleta, entre outras variáveis críticas.
Injeção de Combustível:
A ECU controla os injetores de combustível, determinando o tempo e a quantidade de combustível a ser
injetada nos cilindros. Isso é feito para alcançar a mistura ar/combustível ideal para a eficiência e desempenho
do motor.
Ignição:
A ECU controla o momento da ignição, determinando quando a vela de ignição deve disparar para inflamar a
mistura ar/combustível nos cilindros.
Controlo da Válvula de Borboleta:
A ECU regula a posição da válvula de borboleta, que controla a quantidade de ar que entra nos cilindros. Isso
afeta diretamente a potência e o binário do motor.
Gestão da Emissão de Gases:
A ECU monitoriza as leituras do sensor de oxigénio para ajustar a mistura ar/combustível em tempo real,
otimizando a eficiência de combustão e reduzindo as emissões poluentes.
Controlo da Transmissão (em algumas ECUs):
Em veículos automáticos, a ECU do motor pode interagir com a ECU da transmissão para otimizar as mudanças
de marcha com base nas condições de condução.
Diagnóstico de Avarias:
A ECU monitoriza constantemente o desempenho do motor e ativa
luzes de aviso no painel se detetar problemas. Além disso,
armazena códigos de avaria que podem ser lidos através de
ferramentas de diagnóstico para ajudar nos processos de
manutenção.
Adaptação a Condições Variáveis:
A ECU é projetada para se adaptar dinamicamente às
condições de condução variáveis, ajustando os parâmetros

em tempo real para otimizar o desempenho, a eficiência de


Figura 3 Rede da ECU
combustível e as emissões.

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Em resumo, a ECU do motor desempenha um papel crítico na otimização do desempenho, eficiência e


durabilidade do motor, ajustando continuamente os parâmetros de funcionamento com base nas condições em
que o veículo está a ser conduzido.

A comunicação da Unidade de Controlo Eletrónico (ECU) no contexto automóvel envolve a troca de informações
entre a ECU e vários sensores e atuadores no veículo.

Sensores:
Leituras Iniciais: Sensores distribuídos pelo veículo monitorizam condições como temperatura do motor,
posição do acelerador, rotação do veio de manivelas, pressão do combustível, entre outros.
Envio de Dados: Esses sensores enviam sinais elétricos ou dados analógicos à ECU com informações sobre as
condições de funcionamento do veículo.

Processamento da ECU:
Receção de Dados: A ECU recebe continuamente dados dos sensores em tempo real.
Processamento: A ECU utiliza algoritmos e mapas pré-programados para interpretar as leituras dos sensores e
determinar os ajustes necessários para otimizar o desempenho do motor.

Tomada de Decisões:
Cálculos e Ajustes: Com base nas leituras dos sensores, a ECU calcula a quantidade ideal de combustível a ser
injetada, o momento preciso da ignição, a posição da válvula de aceleração, entre outros. Essas decisões são
tomadas para maximizar a eficiência, desempenho e economia de combustível.

Controlo dos Atuadores:


Injeção de Combustível: A ECU envia comandos para os injetores de combustível, determinando o tempo e a
quantidade de combustível a ser injetada nos cilindros.
Ignição: A ECU controla o momento da ignição, indicando quando a vela de ignição deve disparar para inflamar
a mistura ar/combustível nos cilindros.
Válvula de Aceleração: A ECU regula a posição da válvula de aceleração para controlar a quantidade de ar que
entra nos cilindros.

Gestão de Emissões e Eficiência:


Monitorização Contínua: A ECU monitoriza constantemente as emissões e ajusta a mistura ar/combustível para
cumprir as normas ambientais e otimizar a eficiência da combustão.

Comunicação Bidirecional:
Diagnóstico e Feedback: A ECU também suporta uma comunicação bidirecional. Permite a leitura de códigos de
avaria, diagnósticos e até atualizações de software. As luzes de aviso no painel são acionadas para alertar sobre
problemas detetados.

Comunicação com Outras ECUs:


Coordenação de Sistemas: Em veículos modernos, várias ECUs podem comunicar entre si para coordenar
funções, como a ECU do motor interagindo com a ECU da transmissão para otimizar as mudanças de marcha.

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Adaptação Dinâmica:
Ajustes Dinâmicos: A ECU é projetada para se adaptar dinamicamente a condições variáveis de condução,
ajustando continuamente os parâmetros para otimizar o desempenho e a eficiência.

Em resumo, a ECU do motor funciona como o "cérebro" do veículo, tomando decisões com base em
informações recebidas dos sensores e coordenando o funcionamento de vários componentes para otimizar o
desempenho do motor, a eficiência de combustível e o cumprimento das normas ambientais.

Figura 4 módulos eletrónicos de um Audi A8

4. Rede CAN

A Rede CAN (Controller Area Network) é um protocolo de comunicação utilizado em veículos automóveis e em
muitos outros sistemas industriais. Desenvolvida originalmente pela Bosch, a CAN é amplamente adotada na
indústria automotiva devido à sua confiabilidade e eficiência na transmissão de dados entre os diversos
componentes eletrónicos presentes nos veículos.
Comunicação em Tempo Real:
A CAN é projetada para proporcionar comunicação em tempo real entre os diversos módulos eletrónicos
presentes num veículo, tais como a Unidade de Controlo do Motor (ECU), a Unidade de Controlo da Transmissão
(TCU), os sensores, atuadores e outros componentes.

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Topologia de Rede:
A topologia de rede CAN é normalmente em barramento, onde todos os dispositivos estão conectados a um
único barramento de comunicação. Isso permite que todos os dispositivos recebam as mensagens transmitidas
na rede.
Comunicação Diferencial:
A CAN utiliza uma comunicação diferencial, o que significa que os dados são transmitidos em relação à
diferença de potencial entre dois fios (CAN_H e CAN_L). Isso ajuda a melhorar a imunidade a interferências
eletromagnéticas.
Protocolo de Acesso Múltiplo por Detecção de Colisões (CSMA/CD):
A CAN emprega um protocolo de acesso múltiplo por detecção de colisões, onde os dispositivos na rede
"escutam" antes de transmitir. Isso evita colisões de dados e garante uma transmissão eficiente.
Dois Padrões CAN:
Existem dois padrões principais de Rede CAN: CAN de Alta Velocidade (CAN-HS), utilizado em aplicações de alta
taxa de transferência de dados, e CAN de Baixa Velocidade (CAN-LS), empregado em aplicações menos críticas
em termos de velocidade de comunicação.
Mensagens CAN:
As mensagens na Rede CAN consistem em identificadores únicos (IDs) que priorizam a comunicação.
Mensagens de menor ID têm maior prioridade. As mensagens podem ser direcionadas a um dispositivo
específico ou podem ser mensagens de transmissão que todos os dispositivos na rede podem receber.
Uso em Sistemas de Veículos Inteligentes:
A CAN é essencial em veículos modernos para coordenar e controlar uma variedade de sistemas, incluindo o
motor, transmissão, travões, direção, airbags, sistemas de infoentretenimento, sensores e muito mais.
Diagnóstico e Manutenção:
A capacidade de diagnosticar problemas através da leitura de códigos de avaria (DTCs) é uma característica
importante da Rede CAN. Ferramentas de diagnóstico OBD-II utilizam esta rede para obter informações sobre o
estado do veículo.

A rede CAN desempenha um papel critico na moderna arquitetura eletrónica dos veículos, permitindo uma
comunicação eficiente coordenada entre os vários sistemas presentes no automóvel

Figura 5 módulos eletrónicos de um mercedes

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