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nem sempre são as dimensões do objecto aquelas que definem a atenção que lhes damos ou não.

os estímulos recebidos pelo cérebro humano em 2022, durante as horas que passamos acordados,
são de tal ordem de grandeza - devido à exposição contínua aos múltiplos meio de difusão de
informação e ao telemóvel colado à mão - que é preciso haver, no objecto em questão,
características particulares que casem com os interesses específicos da pessoa específica.
por outro lado, o interesse por determinada coisa sem sempre acompanha a ação sobre ela.
é comum uma pessoa que viva numa grande cidade nunca ter visitado todos os monumentos e
sítios instagramáveis nela existentes e recomendados à visita. é normal porque se trata do seu
território e entende que sempre estarão disponíveis e pode ir noutro dia.
acontece o mesmo no campo com a natureza que nos rodeia. o privilégio de viver num sítio como
Castelo de Vide é, mas não só, o estar imerso na Natureza, ter a possibilidade de muito facilmente
aceder a espaços naturais completamente virgens.
a Natureza está por todo o lado e faz parte dos nossos dias. mas raramente a vemos porque
sabemos que está lá.
Valérie Aboulker, o marido e o filho, vivem em Paris mas são Castelovidenses honorários desde
2016, ano em que numa viagem meio aleatória pelo interior de Portugal vieram dar à vila e, magia
magia, não tiveram outro remédio que aqui fixar a segunda residência.
na sua casa de pedra de Castelo de Vide, a Valérie toma tempo para ver a natureza. essa que a nós
todos, na azafama do dia a dia, nos costuma escapar.
é disso que trata a exposição minúsculos. nos desenhos e pinturas presentes no Centro de Arte e
Cultura da Fundação Nossa Senhora da Esperança a artista mostra-nos aqueles pequenos detalhes
da vida natural que todos conhecemos mas que raramente nos lembramos de ver.
a exposição está patente no @cacfnse até dia 15 de agosto num horário muito reduzido: 2ª a 6ª das
14h00 às 17h00.

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