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1.

A EXTINÇÃO DOS EMPREGOS POR CAUSA DA TECNOLOGIA

O mercado de trabalho está em constante transformação, e profissões que


deixaram de existir dão espaço a novas ocupações para melhor atender às
demandas emergentes. Nesse tempo, os contadores de histórias, também
conhecidos como bardos, eram profissionais altamente valorizados. Eles
detinham todo o conhecimento, tradições e histórias de sua comunidade.
Contudo, com a invenção da escrita, essa profissão começou a perder espaço,
sendo finalmente substituída por escribas e, posteriormente, por impressores.

1.2 Artesãos

Avançando na linha do tempo, chegamos à Revolução Industrial, um período


que transformou radicalmente o cenário de trabalho. A introdução de máquinas
nas fábricas fez com que muitos artesãos perdessem seus empregos, já que a
produção em massa tornou-se a nova norma. Mas, ao mesmo tempo, essa
mudança também criou novos trabalhos relacionados à operação e
manutenção dessas máquinas.

1.2.1 Trabalhos artesanais


Antes da Revolução Industrial, a produção era predominantemente artesanal.
Os artesãos dedicavam-se ao detalhe, à personalização e à qualidade. Cada
peça era única, refletindo o tempo e o esforço empregados em sua confecção.

Contudo, com a chegada da produção em massa, a demanda por esses


trabalhadores começou a diminuir. As máquinas, muito mais rápidas e
eficientes, produziam em larga escala e a um custo menor, tornando os
produtos mais acessíveis. Nesse cenário, muitos artesãos se viram obrigados a
buscar novos ofícios ou a se adaptar à nova realidade industrial.

1.3 Operários de fábricas sem energia elétrica


No início da Revolução Industrial, as fábricas eram movidas principalmente por
força a vapor ou por energia hidráulica. Os operários, em condições de trabalho
muitas vezes precárias, eram responsáveis por operar e manter as
máquinas. No entanto, com a chegada da eletricidade, essa realidade mudou
drasticamente.

A energia elétrica permitiu um aumento na eficiência e na produtividade das


fábricas, mas também tornou algumas funções obsoletas. Novos postos de
trabalho surgiram, exigindo conhecimentos diferentes dos trabalhadores.
Aqueles que não conseguiram se adaptar a essa nova realidade, infelizmente,
tiveram suas profissões extintas

.
1.4 Profissões que desapareceram com a chegada da
eletricidade

A introdução da eletricidade no cotidiano humano resultou em mudanças


significativas, tanto nas nossas vidas pessoais quanto na esfera profissional.
Entre as ocupações que se tornaram obsoletas, destaca-se a do acendedor de
lampiões.

1.4.2 Acendedores de Lampiões


Os acendedores de lampiões, ou lampiões, como eram comumente chamados,
eram os responsáveis por iluminar as ruas das cidades durante a noite. Cada
noite, ao cair da tarde, esses trabalhadores começavam a sua jornada.
Munidos de uma longa vara com um pavio na ponta, os acendedores de
lampiões percorriam as ruas, acendendo cada lampião a gás, um a um. Ao
raiar do dia, retornavam para apagar as chamas, preparando os lampiões para
a noite seguinte.

Com a invenção e disseminação da luz elétrica, a profissão e acendedor de


lampiões se tornou obsoleta. A eletricidade proporcionou uma iluminação mais
eficiente e duradoura, sem a necessidade de manutenção diária. Aos
poucos, os lampiões a gás foram sendo substituídos por lâmpadas elétricas, e
a profissão do acendedor de lampiões desapareceu, tornando-se hoje apenas
uma lembrança da evolução tecnológica.

1.4.3 Telefonistas
A profissão de telefonista foi fundamental até a década de 1980, antes da
automação desse serviço. Nesse caso, as operadoras de telefonia dependiam
de profissionais que passassem os sinais de comunicação da central para
ramais específicos.Os repasses eram feitos, majoritariamente, por mulheres,
treinadas para operar de forma discreta.

Assim, elas repassavam as ligações, desde que o comunicador informasse o


número e outros dados, como cidade para a qual desejava falar.No entanto,
com a automação das linhas telefônicas e o avanço da tecnologia de
dispositivos móveis, essa foi uma das profissões que deixaram de existir para o
público. Atualmente, ainda é possível encontrar telefonistas em grandes
corporações e órgãos públicos, que repassam ligações internas ou informam
os números de um setor. Contudo, o cargo está em extinção.

1.4.4 Cinetelegrafistas e ferreiros


Os cinetelegrafistas, profissionais que transmitiam notícias e informações
através do código Morse, também se tornaram obsoletos com o advento do
telefone e, posteriormente, da internet. Até mesmo profissões que à primeira
vista parecem imunes à eletricidade, como os ferreiros, sofreram impacto. A
eletricidade trouxe novas técnicas de forjamento e soldagem, transformando
completamente a maneira como esses profissionais trabalham.
1.4.5 Vendedor de Enciclopédias

Embora pareça difícil de acreditar, plataformas de busca na internet, como


o Google, só foram desenvolvidas nos anos 90.

Antes disso, as pessoas tiravam dúvidas e realizavam pesquisas por meio de


livros, em bibliotecas, ou com as conhecidas enciclopédias. Geralmente
vendidas em conjuntos, costumavam trazer informações completas sobre
determinado assunto ou temática.

Além de serem disponibilizadas em locais públicos de consulta, também era


possível adquirir esses livros por meio dos vendedores de enciclopédias. Eles
realizavam as vendas de porta em porta, oferecendo as obras em conjunto, de
um assunto específico ou várias curiosidades, com valores mais acessíveis.

1.4.6 Computadores humanos

Os computadores humanos eram profissionais, geralmente mulheres, que


trabalharam até os anos 1960 em algumas das principais instituições de
pesquisa e ciência em todo o mundo. Sua função era processar números,
como os computadores, de fato.

Esses cargos realizavam verificações matemáticas, conferiam contas e


comparavam números, para certificar o resultado.

Até os anos 60, os computadores humanos eram utilizados, inclusive, em


organizações como a Nasa. No entanto, foi uma das profissões que deixaram
de existir com o tempo, sendo substituídas por computadores digitais.

1.4.7 Arquivista

Os arquivistas são uma das profissões que deixaram de existir no mercado,


mas ainda podem operar em algumas empresas ou localidades.

Isso porque eles são responsáveis por organizar documentos de arquivos


institucionais e pessoais, avaliando o grau de importância para decidir o
tempo de arquivamento adequado, além de administrarem esses papéis.

Geralmente, era possível encontrar um arquivista na maioria das grandes


corporações, além de escritórios e bibliotecas. No entanto, a popularização dos
arquivos digitais, junto da facilidade que eles oferecem nas questões de
organização de armazenamento, fez com que essa profissão deixasse de ser
uma demanda geral.
1.4.8 Linotipista

O linotipista é uma das profissões que deixaram de existir por conta


da popularização das tecnologias, especialmente computadores e outros
equipamentos modernos.

Essa função manuseava o linotipo, uma evolução da máquina de escrever


tradicional. Isso porque seu depósito de linhas armazena um número muito
maior de frases prontas, o que otimiza o trabalho de digitação e impressão das
folhas.

Assim como os datilógrafos, essa máquina também exigia cursos de


especialização, e os linotipistas eram comuns em editoras e jornais, por
exemplo. Contudo, máquinas mais modernas e impressoras revolucionaram
esse mercado, e a profissão deixou de existir.

1.4.9 Operador de mimeógrafo

O mimeógrafo, assim como o linotipo, é uma das máquinas precursoras das


modernidades de escrita. Sua função era a de reproduzir folhas, como uma
impressora, utilizando a tecnologia do papel estêncil.

Seu uso foi bastante popularizado nas redes de ensino, uma vez que se tornou
possível imprimir provas e conteúdos didáticos. Contudo, para agilizar essa
atividade, algumas pessoas treinaram o uso da máquina, sendo os operadores
de mimeógrafos.

No entanto, assim como outras máquinas e funções do passado, o operador de


mimeógrafo foi uma das profissões que deixaram de existir com as tecnologias.

1.4.10 Leiteiro
O leiteiro é um profissional conhecido, e, inclusive, ainda opera em
algumas cidades menores, longe dos grandes centros urbanos. Sua função
era distribuir garrafas de leite fresco para os clientes, por meio de
combinação prévia. Além disso, alguns também ofereciam o produto nas ruas,
por meio de carros ou carroças.

Essa profissão era necessária porque nem todas as pessoas viviam na área
rural, ou possuíam suas próprias fontes de leite. Nesse caso, era cômodo
combinar a entrega diretamente com o leiteiro, que fazia a retirada do
produto fresco, entregando nas portas das casas.

Embora essa função ainda exista em algumas localidades, o avanço da


urbanização e o acesso a esse produto fez com que a demanda diminuísse
gradativamente.

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