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MANUAL DE ROTINAS E

PRÁTICAS CARTORÁRIAS
DA JUSTIÇA ELEITORAL
DO DISTRITO FEDERAL

Missão: Velar pela regularidade dos serviços eleitorais, assegurando a correta aplicação de princípios e normas.
SUMÁRIO
Livro I
DAS NORMAS, DA ESTRUTURA E DOS SERVIÇOS INTERNOS

Módulo I
DAS NORMAS E SERVIÇOS DOS CARTÓRIOS E POSTOS ELEITORAIS

Capítulo I DOS CARTÓRIOS E POSTOS ELEITORAIS 03


Seção I DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO 03
Seção II DA ESTRUTURA E DOS SERVIDORES 03
Seção III DAS ATRIBUIÇÕES DO CARTÓRIO ELEITORAL 04
Subseção I DA SECRETARIA DO JUÍZO 04
Subseção II DA ROTINA CARTORÁRIA 05
Seção IV DA INTERNET, DA INTRANET, DO CORREIO ELETRÔNICO E DOS SISTEMAS 08
DO RECEBIMENTO, DO REGISTRO, DO ENCAMINHAMENTO, DA
Seção V 08
CONSERVAÇÃO E DO ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS E EXPEDIENTES
DO RECEBIMENTO, DO REGISTRO E DO ENCAMINHAMENTO
Subseção I 08
DOS DOCUMENTOS E DOS EXPEDIENTES
Subseção II DA CONSERVAÇÃO DOS DOCUMENTOS E DOS EXPEDIENTES 11
Subseção III DO ARQUIVAMENTO DOS DOCUMENTOS E DOS EXPEDIENTES 11
Seção VI DO RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES CARTORÁRIAS 12

Livro II
DOS SERVIÇOS PRESTADOS

Módulo II
DO ATENDIMENTO AO PÚBLICO

Capítulo I CONSIDERAÇÕES INICIAIS 15

Capítulo II DOS PROCEDIMENTOS QUANDO GERADAS FILAS 16

Capítulo III DA PRIORIDADE NO ATENDIMENTO 16

Módulo III
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O ALISTAMENTO ELEITORAL E O VOTO

Capítulo I DA OBRIGATORIEDADE DO ALISTAMENTO E DO VOTO 18

Capítulo II DO ALISTAMENTO E DO VOTO FACULTATIVOS 18

Capítulo III DOS IMPEDIMENTOS PARA O ALISTAMENTO E PARA O VOTO 19


Seção I DOS ESTRANGEIROS 19
Seção II DOS IMPEDIMENTOS REFERENTES ÀS OBRIGAÇÕES MILITARES 19
Seção III DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS 19
Seção IV DA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 19
Subseção I DA CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO 19
DA CONDENAÇÃO PELA PRÁTICA DE
Subseção II 20
ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
DA OPÇÃO PELO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Subseção III 20
EM PORTUGAL

Módulo IV
DA NACIONALIDADE BRASILEIRA

Capítulo I OBSERVAÇÃO INICIAL 22

Capítulo II DOS BRASILEIROS NATOS 22

Capítulo III DOS BRASILEIROS NATURALIZADOS 22

Capítulo IV DOS PORTUGUESES (ESTATUTO DA IGUALDADE) 23

Capítulo V DOS ESTRANGEIROS 24

Módulo V
DO DOMICÍLIO ELEITORAL

Capítulo I DA DEFINIÇÃO DE DOMICÍLIO ELEITORAL 27

Capítulo II DA COMPROVAÇÃO DO DOMICIÍLIO ELEITORAL 27

Módulo VI
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA

Capítulo I DO DIREITO/DEVER DE ALISTAMENTO E VOTO 30

DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA POR PRIVAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES


Capítulo II 31
OU COM DIFICULDADE DE ASSINAR

Capítulo III DO FORNECIMENTO DE CERTIDÃO DE QUITAÇÃO POR PRAZO INDETERMINADO 31


Seção I DISPOSIÇÕES COMUNS 31
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Seção II 32
SEM INSCRIÇÃO ELEITORAL
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Seção III 33
COM INSCRIÇÃO REGULAR
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Seção IV 33
COM INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Seção V 34
COM INSCRIÇÃO SUSPENSA OU COM REGISTRO NA BASE
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Subseção I COM DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS 34
EM VIRTUDE DE INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Subseção II COM DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS 35
POR OUTROS MOTIVOS
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Seção VI 35
COM INSCRIÇÃO CANCELADA
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Subseção I COM INSCRIÇÃO CANCELADA 35
POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Subseção II COM INSCRIÇÃO CANCELADA 35
POR OUTROS MOTIVOS

Módulo VII
DOS INDÍGENAS, DOS CIGANOS E DE OUTROS GRUPOS ESPECÍFICOS

Capítulo I DAS DISPOSIÇÕES COMUNS 38

Capítulo II DOS INDÍGENAS 38

Capítulo III DOS CIDADÃOS SEM RESIDÊNCIA OU MORADIA FIXA 38

Módulo VIII
DOS BRASILEIROS NO EXTERIOR

Capítulo I DO DIREITO/DEVER DE ALISTAMENTO E VOTO 41

Capítulo II DA APRESENTAÇÃO DE REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL 41

Capítulo III DA JUSTIFICATIVA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS PARA ELEITORES NO EXTERIOR 42

Módulo IX
DAS OBRIGAÇÕES MILITARES

Capítulo I DA FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES MILITARES 44


Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS 44
Seção II DOS BRASILEIROS POR OPÇÃO OU NATURALIZADOS 45
Seção III DOS BRASILEIROS RESIDENTES NO EXTERIOR 45

Capítulo II DA RECUSA DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR OU DE SERVIÇO ALTERNATIVO 46

Módulo X
DA EXCLUSÃO DE INSCRIÇÕES DO CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES

Capítulo I DO PRAZO DE PERMANÊNCIA DAS INSCRIÇÕES NO CADASTRO 48

Capítulo II DOS PORTADORES DE TÍTULO REFERENTE A INSCRIÇÃO EXPURGADA 48

Capítulo III DA IMPOSSIBILIDADE DE COMPROVAÇÃO DE ALISTAMENTO ANTERIOR 48

Módulo XI
DOS ATOS PREPARATÓRIOS PARA O PREENCHIMENTO DO RAE

Capítulo I DO REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL – RAE 50


Capítulo II DAS CONSULTAS AO CADASTRO E À BASE 50
Seção I DA FORMA DE REALIZAÇÃO DAS CONSULTAS 50
Seção II DAS HIPÓTESES DE IMPRESSÃO DAS CONSULTAS 51

Capítulo III DA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DO ELEITOR 52


Seção I DISPOSIÇÕES INICIAIS 52
DA EXISTÊNCIA DE REGISTRO NA BASE
Seção II 52
DE PERDA E SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
Seção III 53
CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
Seção IV 53
SUSPENSA – ASEs 043 OU ASE 337
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
Seção V COM REGISTRO DE INELEGIBILIDADE (ASE 540) 54
OU INABILITAÇÃO PARA A FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
Seção VI 54
LIBERADA OU NÃO LIBERADA
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
Seção VII 54
CANCELADA POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
Seção VIII 55
COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
DA INSCRIÇÃO “REGULAR”
Subseção I 55
COM CÓDIGOS DE ASE 230 OU 272 ATIVOS
DA INSCRIÇÃO “CANCELADA”
Subseção II 55
COM CÓDIGOS DE ASE 230.1, 230.2 OU 272.2 ATIVOS
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
Seção IX 56
COM REGISTRO DE MULTA PENDENTE DE PAGAMENTO
Subseção I DO CÓDIGO DE ASE 094 56
Subseção II DO CÓDIGO DE ASE 264 57
Subseção III DO CÓDIGO DE ASE 442 57

Capítulo IV DO PREENCHIMENTO E DO PROCESSAMENTO DO RAE 57

Módulo XII
DA OPERAÇÃO DE ALISTAMENTO (INSCRIÇÃO)

Capítulo I DAS EXIGÊNCIAS PARA O ALISTAMENTO 60


Seção I DISPOSIÇÕES INICIAIS 60
Seção II DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS 60
Subseção I DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO 60
Subseção II DOS COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA 61
Subseção III DO CERTIFICADO DE ALISTAMENTO MILITAR – CAM 62
Seção III DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO 62

Capítulo II DO PROCESSAMENTO DO RAE 64


Seção I DO ACESSO À TELA DO RAE 64
Seção II DO PREENCHIMENTO DOS CAMPOS DO RAE 65
Seção III DA CONFERÊNCIA DO PREENCHIMENTO DO RAE 67
Seção IV DA COLETA DOS DADOS BIOMÉTRICOS 67
Seção V DA ENTREGA DO TÍTULO ELEITORAL E DA FINALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO 68

Módulo XIII
DA OPERAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA

Capítulo I DAS EXIGÊNCIAS PARA A TRANSFERÊNCIA 70


Seção I DISPOSIÇÕES INICIAIS 70
Seção II DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS 70
Subseção I DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO 71
Subseção II DOS COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA 71
Seção III DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO 72

Capítulo II DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE IMPEDEM A TRANSFERÊNCIA 73


Seção I REQUERENTE COM REGISTRO ATIVO NA BASE 73
Seção II INSCRIÇÃO CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329 73
Seção III INSCRIÇÃO SUSPENSA – ASEs 043 ou 337 73
Seção IV INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA 74
INSCRIÇÃO CANCELADA
Seção V 74
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450
INSCRIÇÃO REGULAR OU CANCELADA
Seção VI COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS 74
– ASEs 230.1, 230.2 E 272.2

Capítulo III DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE PERMITEM A TRANSFERÊNCIA 74


Seção I REQUERENTE COM REGISTRO INATIVO NA BASE 74
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO COM REGISTRO DE
Seção II INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou 74
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)
INSCRIÇÃO REGULAR
Seção III 75
SEM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
INSCRIÇÃO REGULAR
Seção IV 76
COM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
INSCRIÇÃO CANCELADA
Seção V POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou 76
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção I 76
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO
INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção II 77
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 e 035
INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção III 77
PELO CÓDIGO DE ASE 469
REQUERENTE COM MAIS DE UMA INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção IV POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou 78
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469

Módulo XIV
DA OPERAÇÃO DE REVISÃO

Capítulo I DAS EXIGÊNCIAS PARA A REVISÃO 81


Seção I OBSERVAÇÕES INICIAIS 81
Subseção I DISPOSIÇÕES GERAIS 81
ELEITOR DE ESTADO DA FEDERAÇÃO
Subseção II 82
COM INSCRIÇÃO CANCELADA
ELEITOR DE ESTADO DA FEDERAÇÃO
Subseção III 82
COM INSCRIÇÃO REGULAR
Seção II DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS 82
Subseção I DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO 83
Subseção II DOS COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA 84
Seção III DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO 84

Capítulo II DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE IMPEDEM A REVISÃO 85


Seção I REQUERENTE COM REGISTRO ATIVO NA BASE 85
INSCRIÇÃO CANCELADA
Seção II 85
POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329
Seção III INSCRIÇÃO SUSPENSA – ASEs 043 ou 337 85
Seção IV INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA 85
INSCRIÇÃO CANCELADA
Seção V 86
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450
INSCRIÇÃO REGULAR OU CANCELADA
Seção VI COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS 86
– ASEs 230.1, 230.2 E 272.2

Capítulo III DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE PERMITEM A REVISÃO 86


Seção I REQUERENTE COM REGISTRO INATIVO NA BASE 86
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO COM REGISTRO DE
Seção II INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou 86
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)
INSCRIÇÃO REGULAR
Seção III 86
SEM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
INSCRIÇÃO REGULAR
Seção IV 87
COM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
INSCRIÇÃO CANCELADA
Seção V POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou 88
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção I 88
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO
INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção II 88
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 e 035
INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção III 89
PELO CÓDIGO DE ASE 469
REQUERENTE COM MAIS DE UMA INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção IV POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou 90
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469

Módulo XV
DA OPERAÇÃO DE SEGUNDA VIA

Capítulo I DAS EXIGÊNCIAS PARA A EMISSÃO DE SEGUNDA VIA 92


Seção I OBSERVAÇÕES INICIAIS 92
Subseção I DISPOSIÇÕES COMUNS 92
Subseção II ELEITORES INSCRITOS NO DISTRITO FEDERAL 92
Subseção III ELEITORES INSCRITOS NO EXTERIOR 93
Subseção IV ELEITORES INSCRITOS EM ESTADOS DA FEDERAÇÃO 93
Seção II DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS 94
Subseção I DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO 94
Seção III DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO 95

Capítulo II DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE IMPEDEM A SEGUNDA VIA 95


Seção I REQUERENTE COM REGISTRO ATIVO NA BASE 95
INSCRIÇÃO CANCELADA
Seção II 95
POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329
Seção III INSCRIÇÃO SUSPENSA – ASEs 043 ou 337 96
Seção IV INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA 96
INSCRIÇÃO CANCELADA
Seção V 96
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450
INSCRIÇÃO REGULAR OU CANCELADA
Seção VI COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS 96
– ASEs 230.1, 230.2 E 272.2
INSCRIÇÃO CANCELADA
Seção VII POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou 96
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção I 96
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO
INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção II 97
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3, 035
INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção III 97
PELO CÓDIGO DE ASE 469

Capítulo III DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE PERMITEM A SEGUNDA VIA 97


Seção I REQUERENTE COM REGISTRO INATIVO NA BASE 97
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO COM REGISTRO DE
Seção II INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou 97
INABILITAÇÃO PARA A FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)
INSCRIÇÃO REGULAR
Seção III 98
SEM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
INSCRIÇÃO REGULAR
Seção IV 98
COM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL

Módulo XVI
DAS CERTIDÕES

Capítulo I DISPOSIÇÕES COMUNS 101

Capítulo II DAS ESPÉCIES DE CERTIDÃO 103


Seção I CERTIDÃO DE DADOS CADASTRAIS 103
Seção II CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL 103
Seção III CERTIDÃO CIRCUNSTANCIADA 104
Seção IV CERTIDÃO DE CADASTRO FECHADO 104
ELEITORES SEM RESTRIÇÕES NO CADASTRO e
Subseção I 104
ALISTANDOS
ELEITORES QUE DEMANDEM
Subseção II 105
REGULARIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL
CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL
Seção V 107
COM PRAZO DE VALIDADE INDETERMINADO
Seção VI CERTIDÃO DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA 107
Seção VII CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS ELEITORAIS 107
Seção VIII CERTIDÃO DE CRIMES ELEITORAIS 108

Módulo XVII
DA JUSTIFICATIVA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS

Capítulo I DISPOSIÇÕES GERAIS 110


Seção I DO PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA 110
Seção II DA OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA 110
Subseção I ELEITOR COM INSCRIÇÃO CANCELADA 110
Seção III DA DISPENSA DE APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA 111
ELEITORES COM
Subseção I 111
PERDA OU SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS
Subseção II ELEITORES CUJO EXERCÍCIO DO VOTO É FACULTATIVO 111
Seção IV DAS CONSEQUÊNCIAS DA NÃO APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA 111

Capítulo II DA JUSTIFICATIVA NO DIA DA ELEIÇÃO 112


Seção I ELEITORES QUE SE ENCONTRAREM NO BRASIL 112
Subseção I DA APRESENTAÇÃO DO RJE 112
Subseção II DO PROCESSAMENTO DO RJE 113
Seção II ELEITORES QUE SE ENCONTRAREM NO EXTERIOR 113

Capítulo III DA JUSTIFICATIVA APÓS O DIA DA ELEIÇÃO 114


Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS 114
Seção II DA JUSTIFICATIVA EM MEIO FÍSICO 114
COMUNICAÇÃO POR
Subseção I 114
SUPERIOR HIERÁRQUICO DO ELEITOR AUSENTE
APRESENTAÇÃO POR
Subseção II 115
ELEITORES QUE SE ENCONTREM NO BRASIL
APRESENTAÇÃO POR
Subseção III 115
ELEITORES NO EXTERIOR
DO PROCESSAMENTO DO
Subseção IV 116
REQUERIMENTO APRESENTADO EM MEIO FÍSICO
Seção III DA JUSTIFICATIVA EM MEIO ELETRÔNICO – SISTEMA JUSTIFICA 117

Módulo XVIII
DAS MULTAS ELEITORAIS

Capítulo I OBSERVAÇÕES INICIAIS 121

Capítulo II DAS ESPÉCIES DE MULTAS ELEITORAIS 121


Seção I DAS MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA 121
Subseção I DA APLICABILIDADE 121
Subseção II DO ARBITRAMENTO 122
Seção II MULTAS DE NATUREZA CRIMINAL 124
Subseção I OBSERVAÇÕES INICIAIS 124
Subseção II DA APLICABILIDADE 124
Subseção III DO ARBITRAMENTO 124

Capítulo III DO REGISTRO DAS MULTAS 125


Seção I DA MULTA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS (ASE 094) 125
Seção II DA MULTA POR ALISTAMENTO INTEMPESTIVO 125
DA MULTA POR
Seção III 125
AUSÊNCIA AOS TRABALHOS ELEITORAIS OU ABANDONO DESTES – ASE 442
Seção IV DAS MULTAS DE NATUREZA CRIMINAL 126
DAS DEMAIS MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA
Seção V 126
(LEI Nº 9.504/1997, CÓDIGO ELEITORAL E LEIS CONEXAS) – ASE 264

Capítulo IV DA COBRANÇA, DA ARRECADAÇÃO E DO RECOLHIMENTO DA MULTA 126

Capítulo V DO PARCELAMENTO DO DÉBITO 128

Capítulo VI DA QUITAÇÃO DO DÉBITO 128


QUITAÇÃO DE MULTAS POR
Seção I 128
AUSÊNCIA ÀS URNAS OU ALISTAMENTO EXTEMPORÂNEO
QUITAÇÃO DE MULTAS POR
Seção II 129
AUSÊNCIA AOS TRABALHOS ELEITORAIS OU ABANDONO DESTES
QUITAÇÃO DE MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA
Seção III 130
(LEI Nº 9.504/1997, CÓDIGO ELEITORAL E LEIS CONEXAS) – ASE 264

Capítulo VII DA DISPENSA DO RECOLHIMENTO DA MULTA 131


Seção I DA MULTA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS OU ALISTAMENTO EXTEMPORÂNEO 131
DAS MULTAS POR
Seção II 132
AUSÊNCIA AOS TRABALHOS ELEITORAIS OU ABANDONO DESTES
DAS MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA REGISTRADAS
Seção III 132
PELO CÓDIGO DE ASE 264 E DAS MULTAS DE NATUREZA CRIMINAL

Capítulo VIII DAS MULTAS ELEITORAIS NÃO SATISFEITAS NO PRAZO LEGAL 133
Seção I INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA OU EM LIVRO PRÓPRIO 133

Capítulo IX DA ATUALIZAÇÃO DO VALOR DA MULTA 134

Capítulo X DA PRESCRIÇÃO DAS MULTAS 134

Módulo XIX
DO FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES DO CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES

Capítulo I DOS DADOS BIOGRÁFICOS 136


Seção I DOS LEGITIMADOS AO ACESSO 136
Seção II DAS FORMAS DE ACESSO 137
Subseção I DA SOLICITAÇÃO POR MEIO DO SIEL 137
Subseção II DA SOLICITAÇÃO POR MEIO DE OFÍCIO 137

Capítulo II DOS DADOS BIOMÉTRICOS 138


Livro III
DOS DIREITOS POLÍTICOS E DA ATUALIZAÇÃO CADASTRAL

Módulo XX
DOS DIREITOS POLÍTICOS (OBSERVAÇÕES INICIAIS)

Capítulo I DOS DIREITOS POLÍTICOS 142

Módulo XXI
DA SUSPENSÃO E DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS

Capítulo I DA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 146


Seção I DAS SITUAÇÕES ENSEJADORAS DA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 146
Subseção I DA CONDENAÇÃO CRIMINAL 146
DA RECUSA DE CUMPRIMENTO
Subseção II DE OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA ou 146
DE PRESTAÇÃO ALTERNATIVA
Subseção III DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 146
Subseção IV DA CONSCRIÇÃO 147
Subseção V DO ESTATUTO DA IGUALDADE 147
Seção II DO REGISTRO DA SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS 147
Subseção I DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES 147
Subseção II DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES 148
Subseção III DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES 149
Subseção IV DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE 151
Subseção V DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS 153

Capítulo II DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS 154

Módulo XXII
DO RESTABELECIMENTO E DA REAQUISIÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS

Capítulo I DO RESTABELECIMENTO DOS DIREITOS POLÍTICOS 156


Seção I DAS HIPÓTESES 156
DO RESTABELECIMENTO POR
Subseção I 156
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
DO RESTABELECIMENTO POR CUMPRIMENTO
Subseção II DE OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA OU 157
DE PRESTAÇÃO ALTERNATIVA
Subseção III DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 157
Subseção IV DA CONSCRIÇÃO 158
Subseção V DO ESTATUTO DA IGUALDADE 158
Seção II DO REGISTRO DO RESTABELECIMENTO DE DIREITOS POLÍTICOS 159
DO REGISTRO
Subseção I 159
DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
DA TRIAGEM
Subseção II 159
DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO
Subseção III 161
DA COMUNICAÇÃO OU DO REQUERIMENTO
Subseção IV DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE 163
DO ARQUIVAMENTO
Subseção V 164
DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS

Capítulo II DA REAQUISIÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 165

Módulo XXIII
DA INELEGIBILIDADE E DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

Capítulo I DA INELEGIBILIDADE 167


Seção I DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE REGISTRO DA INELEGIBILIDADE 167
Seção II SITUAÇÕES ENSEJADORAS 168
Seção III DO REGISTRO DA INELEGIBILIDADE 169
Subseção I DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES 169
Subseção II DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES 170
Subseção III DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES 171
Subseção IV DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE 173
Subseção V DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS 174

Capítulo II DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA 175


DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE REGISTRO
Seção I 175
DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Seção II DAS SITUAÇÕES ENSEJADORAS 175
Seção III DO REGISTRO DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA 175
Subseção I DO REGISTRO E DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES 175
Subseção II DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES 175
Subseção III DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE 176
Subseção IV DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS 176

Módulo XXIV
DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE
E DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

Capítulo I DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE 178


DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE REGISTRO
Seção I 178
DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE
Seção II DO REGISTRO DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE 178
DO REGISTRO
Subseção I 178
DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
DA TRIAGEM
Subseção II 179
DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO
Subseção III 181
DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
Subseção IV DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE 182
DO ARQUIVAMENTO
Subseção V 183
DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS
Capítulo II DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA 185
DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE REGISTRO
Seção I 185
DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Seção II DO REGISTRO DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA 185
Subseção I DO REGISTRO E DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES 185
Subseção II DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES 186
Subseção III DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE 187
Subseção IV DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS 187

Módulo XXV
DA EXCLUSÃO E DA ALTERAÇÃO DE CÓDIGOS DE ASE

Capítulo I DAS SOLICITAÇÕES DE RETIFICAÇÃO 190

Capítulo II DA COMPETÊNCIA PARA RETIFICAÇÃO 191

Módulo XXVI
DA ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS DE ELEITORES

Capítulo I DISPOSIÇÕES GERAIS 193

Capítulo II DAS ALTERAÇÕES DETERMINADAS POR SENTENÇA JUDICIAL 193

Capítulo III DA ATUALIZAÇÃO DE DADOS PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL 193

Livro IV
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS A TODOS OS FEITOS
E DOS PROCESSOS JUDICIAIS

Módulo XXVII
DOS FEITOS EM GERAL

Capítulo I DO PROTOCOLO, DO REGISTRO E DA AUTUAÇÃO 197


Seção I DO PROTOCOLO 197
Seção II DO REGISTRO E DA AUTUAÇÃO 198
Subseção I DISPOSIÇÕES INICIAIS 198
Subseção II DAS PEÇAS INICIAIS COM PEDIDO LIMINAR 198
Subseção III DAS CLASSES PROCESSUAIS 198
Subseção IV DOS REGISTROS NO SADP 202
Subseção V DA CAPA DOS AUTOS 203
Subseção VI DAS CONTRAFÉS 205
Seção III DAS ALTERAÇÕES DA AUTUAÇÃO 205
Seção IV DA AUTUAÇÃO RETROATIVA 205
Seção V DA REATUAÇÃO 205
Seção VI DO CANCELAMENTO DA AUTUAÇÃO 206

Capítulo II DA FORMAÇÃO E ALTERAÇÃO DOS CADERNOS PROCESSUAIS 206


Seção I DA NUMERAÇÃO DAS FOLHAS 206
Seção II DOS VOLUMES DOS PROCESSOS 207
Seção III DO ARMAZENAMENTO DE OBJETOS 208
Seção IV DO APENSAMENTO 208
Seção V DO DESENTRANHAMENTO DE DOCUMENTOS 209
Seção VI DO DESMEMBRAMENTO DE AUTOS 210
Seção VII DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS 210

Capítulo III DO TRÂMITE PROCESSUAL 211


Seção I DO TRÂMITE PROCESSUAL E DE SUA FISCALIZAÇÃO 211
Seção II DOS PRAZOS 213
Seção III DA MUDANÇA DE JUIZ ELEITORAL 215
Seção IV DO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 216
Seção V DA SUSPEIÇÃO E DO IMPEDIMENTO 217
Seção VI DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA DEFENSORIA PÚBLICA 217
Seção VII DO SEGREDO DE JUSTIÇA E DO SIGILO 217
Seção VIII RÉU PRESO 219
Seção IX DA PREFERÊNCIA 219
Seção X DAS PARTES QUE TENHAM SIDO ELEITAS 220
Seção XI DO SUBSTABELECIMENTO 220

Capítulo IV DOS ATOS PROCESSUAIS E DE SUA DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO 220


Seção I DOS DOCUMENTOS 220
Seção II DOS EQUÍVOCOS NA DOCUMENTAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 221
Subseção I DAS COTAS MARGINAIS OU INTERLINEARES 221
DOS ESPAÇOS EM BRANCO, ENTRELINHAS,
Subseção II 221
EMENDAS E RASURAS
Subseção III DAS ANOTAÇÕES DE SEM EFEITO 221
Seção III DAS CERTIDÕES PROCESSUAIS 222
Seção IV DOS TERMOS PROCESSUAIS E DE SEUS FATOS GERADORES 223
Subseção I DOS TERMOS 223
Subseção II DO RECEBIMENTO 223
Subseção III DA CONCLUSÃO 224
Subseção IV DA VISTA 224
Subseção V DA REMESSA 225
Subseção VI DA CARGA 225
Subseção VII DA JUNTADA 227
Subseção VIII DAS AUDIÊNCIAS 228
Seção V DAS DILIGÊNCIAS 230
Seção VI DOS MANDADOS 230
Seção VII DO HORÁRIO DE REALIZAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 232
Seção VIII DOS LIVROS E PASTAS 232
Subseção I DISPOSIÇÕES GERAIS 232
Subseção II DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS 233
Subseção III DOS LIVROS FACULTATIVOS 234

Capítulo V DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 235


Seção I DA CITAÇÃO 235
Subseção I DISPOSIÇÕES GERAIS 235
Subseção II DA CITAÇÃO POR VIA POSTAL 235
Subseção III DA CITAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS 236
Subseção IV DA CITAÇÃO POR FAC-SÍMILE 236
Subseção V DA CITAÇÃO POR HORA CERTA 236
Seção II DAS INTIMAÇÕES 237
Subseção I DISPOSIÇÕES GERAIS 237
Subseção II DA INTIMAÇÃO PELA IMPRENSA OFICIAL 237
Subseção III DA INTIMAÇÃO PELOS CORREIOS 238
Subseção IV DA INTIMAÇÃO EM CARTÓRIO 238
Subseção V DA INTIMAÇÃO POR HORA CERTA 238
Subseção VI DA INTIMAÇÃO POR EDITAL 238
DA INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO,
Subseção VII 238
DA DEFENSORIA PÚBLICA E DA FAZENDA NACIONAL
Subseção VIII DA INTIMAÇÃO DE DIRETÓRIOS PARTIDÁRIOS 239
Seção III DA PUBLICAÇÃO DE ATOS JUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS 240

Capítulo VI DAS SENTENÇAS E DECISÕES 240


Seção I DO RECEBIMENTO DOS AUTOS COM SENTENÇA OU DECISÃO 240
Seção II DO REGISTRO DE SENTENÇAS E DECISÕES NO SADP 241

Capítulo VII DOS RECURSOS EM GERAL 242

Capítulo VIII DA REMESSA DE PROCESSO AO TRE-DF EM RAZÃO DE RECURSO 243

Capítulo IX DO RETORNO DOS AUTOS DO TRE-DF APÓS JULGAMENTO DE RECURSO 244

Capítulo X DO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL 244

Capítulo XI DO TRÂNSITO EM JULGADO 244

Capítulo XII DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS EM GERAL 245

Módulo XXVIII
DO PROCEDIMENTO CRIMINAL

Capítulo I DISPOSIÇÕES GERAIS 248

Capítulo II APLICAÇÃO DA LEI Nº 9.099/1995 249


Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS 249
Seção II TRANSAÇÃO PENAL 250
Seção III DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO 252

Capítulo III PROCEDIMENTOS PRELIMINARES 252


Seção I DO FLAGRANTE 252
Seção II DA NOTÍCIA-CRIME 253
Subseção I DISPOSIÇÕES GERAIS 253
Subseção II DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL (PIC) 254
Subseção III DA NOTÍCIA-CRIME PROPRIAMENTE DITA 254
Subseção IV DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (TCO) 255
Seção III DO INQUÉRITO POLICIAL 256
Subseção I DO TRÂMITE DO INQUÉRITO 256
Subseção II DA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO 257

Capítulo IV DA AÇÃO PENAL 258


Seção I DA DENÚNCIA 258
Seção II DA CITAÇÃO 259
Seção III DAS INTIMAÇÕES 260
Seção IV DOS PRAZOS 261
Seção V DA SENTENÇA 262
Seção VI DA INTIMAÇÃO DA SENTENÇA 262
Seção VII DOS RECURSOS 263
Subseção I DOS RECURSOS EM GERAL 263
Subseção II DO RECURSO CRIMINAL 264
Subseção III DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 265
Seção VIII DO TRÂNSITO EM JULGADO 268
Seção IX DA EXECUÇÃO DA SENTENÇA 269
Subseção I SENTENÇA ABSOLUTÓRIA 269
Subseção II DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA 270
Subseção III PERDA DE BENS EM FAVOR DA UNIÃO 270
Subseção IV DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 270
Subseção V DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO 272
Subseção VI DA PENA PECUNIÁRIA 273
Seção X DO HABEAS CORPUS 273
Seção XI DA LIBERDADE PROVISÓRIA 275
Seção XII DA FIANÇA 275
Seção XIII DA APREENSÃO DE OBJETOS 277
Seção XIV DA RESTITUIÇÃO DE OBJETOS 277
Seção XV DO DEPÓSITO DE VALORES 278

Módulo XXIX
DA EXECUÇÃO FISCAL E DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

TÍTULO I – DA EXECUÇÃO FISCAL 280

Capítulo I CONSIDERAÇÕES INICIAIS 280

Capítulo II DA COMPETÊNCIA 280

Capítulo III DA AUTUAÇÃO 281

Capítulo IV DO ARRESTO 281

Capítulo V DA CITAÇÃO 282


Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS 282
Seção II DA CITAÇÃO PELO CORREIO 283
Seção III DA CITAÇÃO POR MANDADO 284
Seção IV DA CITAÇÃO POR EDITAL 284

Capítulo VI DA INTIMAÇÃO OU NOTIFICAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA 285

Capítulo VII DA PENHORA 285


Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS 285
Seção II DA PENHORA POR MANDADO 286
Seção III DA PENHORA POR TERMO NOS AUTOS 287
Seção IV DA AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO 288
Seção V DA IMPUGNAÇÃO À AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO 289
Seção VI DA SUBSTITUIÇÃO DA PENHORA 289
Seção VII DO REFORÇO DA PENHORA 289
Seção VIII DO REGISTRO DA PENHORA 290
Seção IX DA PENHORA POR MEIO ELETRÔNICO 290

Capítulo VIII DO LEILÃO 292


Seção I ATOS PREPARATÓRIOS PARA O LEILÃO 292
Seção II DO LEILÃO 293
Seção III DO PREGÃO 294
Subseção I 1º LEILÃO 294
Subseção II 2º LEILÃO 295
Seção IV DA ARREMATAÇÃO E DA ADJUDICAÇÃO 295
Subseção I DISPOSIÇÕES INICIAIS 295
Subseção II AUTO DE ARREMATAÇÃO OU DE ADJUDICAÇÃO 296
Subseção III CARTA DE ARREMATAÇÃO OU DE ADJUDICAÇÃO 296

Capítulo IX DAS DEFESAS NO PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL 297


Seção I DAS ESPÉCIES DE DEFESA 297
Seção II DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 297
Seção III DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO 297
Subseção I DISPOSIÇÕES INICIAIS 297
DOS EMBARGOS NA EXECUÇÃO
Subseção II 299
REALIZADA POR MEIO DE CARTA PRECATÓRIA
Seção IV DOS EMBARGOS À PENHORA 299
Seção V DOS EMBARGOS DE TERCEIRO 299

Capítulo X OUTROS INCIDENTES 300


Seção I DA REMOÇÃO DE BENS 300
Seção II DA REMIÇÃO DA EXECUÇÃO 300
Seção III DA REMIÇÃO DE BENS 301
Seção IV DA PRESCRIÇÃO 301

Capítulo XI DO DEPÓSITO DE VALORES 302

TÍTULO II – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS 302

Capítulo I CANDIDATOS E DIRETÓRIOS REGIONAIS DE PARTIDOS POLÍTICOS 302

Capítulo II DIRETÓRIOS ZONAIS DE PARTIDOS POLÍTICOS 303

Módulo XXX
DAS CARTAS

Capítulo I OBSERVAÇÕES INICIAIS 305

Capítulo II DAS CARTAS EXPEDIDAS PELO JUÍZO 305

Capítulo III DAS CARTAS RECEBIDAS PARA CUMPRIMENTO 306


DAS CARTAS EXPEDIDAS
Seção I 306
POR JUÍZOS ELEITORAIS DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
DAS CARTAS EXPEDIDAS
POR CORREGEDORIAS REGIONAIS ELEITORAIS,
Seção II 307
POR TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS E
PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
Seção III DISPOSIÇÕES COMUNS 307

Livro V
DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
Módulo XXXI
DO CANCELAMENTO DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS (PARTE GERAL)

Capítulo I OBSERVAÇÕES INICIAIS 312

CANCELAMENTO POR DUPLICIDADE/PLURALIDADE


Capítulo II 313
– CÓDIGO DE ASE 027

CANCELAMENTO POR AUSÊNCIA A TRÊS PLEITOS CONSECUTIVOS


Capítulo III 313
– CÓDIGO DE ASE 035

CANCELAMENTO POR PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS


Capítulo IV 314
– CÓDIGO DE ASE 329

CANCELAMENTO POR REVISÃO DO ELEITORADO


Capítulo V 314
– CÓDIGO DE ASE 469

Módulo XXXII
DO CANCELAMENTO POR FALECIMENTO (ASE 019)

Capítulo I DO RECEBIMENTO E DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES DE ÓBITO 316

Capítulo II DA AUTUAÇÃO E TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS 317


DAS COMUNICAÇÕES EM QUE
Seção I 317
FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR A PESSOA FALECIDA
DAS COMUNICAÇÕES EM QUE
Seção II 318
NÃO FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR A PESSOA FALECIDA
Seção III DISPOSIÇÕES COMUNS 318

Módulo XXXIII
DO CANCELAMENTO POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA (ASE 450)

Capítulo I HIPÓTESES DE CANCELAMENTO PELO CÓDIGO DE ASE 450 321

Capítulo II DA TRAMITAÇÃO DO FEITO 322

Módulo XXXIV
DO RESTABELECIMENTO DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS
RESTABELECIMENTO POR MEIO DO CÓDIGO DE ASE 361
Capítulo I 326
(INSCRIÇÕES CANCELADAS POR EQUÍVOCO)

RESTABELECIMENTO POR MEIO DE REVISÃO OU TRANSFERÊNCIA


Capítulo II 328
(INSCRIÇÕES CANCELADAS POR OUTROS MOTIVOS)
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS
Seção I 328
PELO CÓDIGO DE ASE 019
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS
Seção II 328
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 e 035
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS
Seção III 329
PELO CÓDIGO DE ASE 469
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS
Seção IV 329
PELO CÓDIGO DE ASE 450
Seção V DISPOSIÇÕES COMUNS 329

Módulo XXXV
DOS PROCEDIMENTOS RELATIVOS AOS LOCAIS DE VOTAÇÃO
E AOS AGENTES ELEITORAIS

Capítulo I DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO 331

Capítulo II DA SELEÇÃO DOS AGENTES 333


Seção I DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO E DE JUSTIFICATIVA NOS INSTITUTOS PRISIONAIS 333
Seção II DOS LOCAIS PARA O VOTO EM TRÂNSITO 334
Seção III DOS DEMAIS LOCAIS DE VOTAÇÃO E DE JUSTIFICATIVA 334

Capítulo III DOS IMPEDIMENTOS E DAS VEDAÇÕES PARA A NOMEAÇÃO 335

Capítulo IV DA NOMEAÇÃO DOS AGENTES 336

Capítulo V DA CONVOCAÇÃO DOS AGENTES 337

Capítulo VI DAS DISPENSAS 338


Seção I DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO E DE JUSTIFICATIVA NOS INSTITUTOS PRISIONAIS 338
Seção II DOS DEMAIS LOCAIS DE VOTAÇÃO 338

Capítulo VII DAS RECLAMAÇÕES CONTRA OS AGENTES E OS LOCAIS DE VOTAÇÃO 339


Seção I DAS RECLAMAÇÕES DURANTE A AUDIÊNCIA 339
Seção II DAS RECLAMAÇÕES APÓS A AUDIÊNCIA 339
Subseção I DAS RECLAMAÇÕES CONTRA OS AGENTES 339
Subseção II DAS RECLAMAÇÕES CONTRA OS LOCAIS DE VOTAÇÃO 340

Capítulo VIII DO TREINAMENTO DOS AGENTES ELEITORAIS 340

Capítulo IX DA MONTAGEM DAS SEÇÕES E DAS MESAS RECEPTORAS DE JUSTIFICATIVA 341

Capítulo X DO MESÁRIO FALTOSO E DO ABANDONO DOS TRABALHOS ELEITORAIS 341

Módulo XXXVI
DOS PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO DE MESAS RECEPTORAS
Capítulo I DOS TIPOS DE PROCESSO 344

Capítulo II COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA 344

COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA


Capítulo III 349
PRESOS PROVISÓRIOS

COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA


Capítulo IV 351
VOTO EM TRÂNSITO

COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA


Capítulo V 351
MESÁRIO FALTOSO

COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA


Capítulo VI 354
ABANDONO DOS TRABALHOS ELEITORAIS

COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA


Capítulo VII 357
RECLAMAÇÃO CONTRA A DESIGNAÇÃO DE LOCAL DE VOTAÇÃO

COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA


Capítulo VIII 359
RECLAMAÇÃO CONTRA A NOMEAÇÃO DE AGENTES ELEITORAIS

Módulo XXXVII
DO DESCARTE DE MATERIAL

Capítulo I DO PROCEDIMENTO DE DESCARTE 363

Módulo XXXVIII
DA DUPLICIDADE/PLURALIDADE DE INSCRIÇÕES

Capítulo I DAS COINCIDÊNCIAS DE COMPETÊNCIA DO JUÍZO ELEITORAL 366


DAS COINCIDÊNCIAS
Seção I 366
DETECTADAS EM BATIMENTO
DAS COINCIDÊNCIAS
Seção II 367
NÃO DETECTADAS EM BATIMENTO
Seção III DAS DISPOSIÇÕES COMUNS 367

DAS COINCIDÊNCIAS DE COMPETÊNCIA


Capítulo II DO CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL OU 373
DO CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA ELEITORAL
Seção I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS 373
Seção II DAS COINCIDÊNCIAS BIOGRÁFICAS 375
Seção III DAS COINCIDÊNCIAS BIOMÉTRICAS 376

Capítulo III DAS COINCIDÊNCIAS DE COMPETÊNCIA DE OUTROS JUÍZOS ELEITORAIS 377


Seção I DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA INSTRUÇÃO DE PROCESSO 377
DA APRECIAÇÃO DE PROPOSTA DE
Seção II 378
CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO ELEITORAL
DA COMUNICAÇÃO DE DECISÃO EM
Seção III 379
PROCESSO DE COINCIDÊNCIA DE COMPETÊNCIA DE JUÍZO DIVERSO
Módulo XXXIX
DA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA

TÍTULO I – DOS REQUISITOS PARA A FILIAÇÃO PARTIDÁRIA 381

TÍTULO II – DA ANOTAÇÃO DAS FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS PELOS PARTIDOS POLÍTICOS 381

Capítulo I DO SISTEMA FILIAWEB 381

Capítulo II DO CADASTRAMENTO NO SISTEMA FILIAWEB 382

Capítulo III DA MANUTENÇÃO DA LISTA DE FILIADOS 383

Capítulo IV DA SUBMISSÃO DA RELAÇÃO DE FILIADOS 383

TÍTULO III – DO CONTROLE DAS FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS PELA JUSTIÇA ELEITORAL 384

Capítulo I DO SISTEMA ELO6 384

Capítulo II DAS RELAÇÕES OFICIAIS DE FILIADOS DA JUSTIÇA ELEITORAL 384

Capítulo III DA PUBLICIDADE DAS RELAÇÕES DE FILIADOS 385

Capítulo IV DO CRONOGRAMA DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA 385

Capítulo V DAS ESPÉCIES DE LISTAS DE FILIADOS 385


Seção I DAS LISTAS ORDINÁRIAS 385
Seção II DAS LISTAS EXTEMPORÂNEAS 386
Seção III DAS LISTAS ESPECIAIS 386
Subseção I DA DEFINIÇÃO 386
DA AUTORIZAÇÃO
Subseção II 386
DE ORDENAMENTO E DE PROCESSAMENTO
Subseção III DOS REGISTROS NO SISTEMA ELO6 388

Capítulo VI DA DESFILIAÇÃO A REQUERIMENTO DO ELEITOR 389

Capítulo VII DA COEXISTÊNCIA E DA DUPLICIDADE/PLURALIDADE DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA 391


DA IDENTIFICAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS E
Seção I 391
DA NOTIFICAÇÃO DOS INTERESSADOS
Seção II DAS SITUAÇÕES SUB JUDICE 392
Subseção I DAS HIPÓTESES DE NÃO AUTUAÇÃO 392
Subseção II DAS HIPÓTESES DE AUTUAÇÃO 393

Módulo XL
DA JUNTA ELEITORAL

Capítulo I DA COMPOSIÇÃO DA JUNTA ELEITORAL 397


Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS 397
Seção II DA NOMEAÇÃO DOS MEMBROS DA JUNTA ELEITORAL 397
Seção III DA AUTUAÇÃO DO FEITO 398
Seção IV DA NOMEAÇÃO DOS ESCRUTINADORES E AUXILIARES 398
Seção V DOS DEMAIS PROCEDIMENTOS 400

Capítulo II IMPUGNAÇÃO PERANTE AS JUNTAS ELEITORAIS 401

Módulo XLI
DA INSPEÇÃO

Capítulo I DA INSPEÇÃO CARTORÁRIA 404

Módulo XLII
DA REVERSÃO DE OPERAÇÕES DE ALISTAMENTO

Capítulo I OBSERVAÇÕES INICIAIS 407

Capítulo II DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS PELO CARTÓRIO ELEITORAL 407


DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS
Seção I 407
NA PRESENÇA DO ELEITOR
DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS
Seção II 409
NA AUSÊNCIA DO ELEITOR

Capítulo III DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS POR JUÍZO ELEITORAL DIVERSO 410

Capítulo IV DISPOSIÇÕES COMUNS 411

Módulo XLIII
DA CORREÇÃO / CONFIRMAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS DUVIDOSOS

Capítulo I OBSERVAÇÕES INICIAIS 413

Capítulo II DA PROTOCOLIZAÇÃO, DA AUTUAÇÃO E DA NOTIFICAÇÃO DO ELEITOR 413

Capítulo III DA RESOLUÇÃO DO PROCESSO SEM A REALIZAÇÃO DE OUTRAS DILIGÊNCIAS 415

Capítulo IV DA REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS PARA RESOLUÇÃO DO PROCESSO 417

Capítulo V DA APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADES 421

DO FALECIMENTO DO ELEITOR DURANTE O PROCEDIMENTO


Capítulo VI 421
DE RETIFICAÇÃO OU RATIFICAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS

Módulo LVIV
DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Capítulo I DISPOSIÇÕES INICIAIS 423

Capítulo II DAS CONDUTAS VEDADAS 423

Capítulo III DA APURAÇÃO DAS INFRAÇÕES 424


Seção I DAS FORMAS DE APURAÇÃO 424
Seção II DA SINDICÂNCIA 424
Seção III DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – PAD 425
Seção IV DISPOSIÇÕES COMUNS 425

Livro VI
DAS AGREMIAÇÕES PARTIDÁRIAS

Módulo XLV
DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Capítulo I DA CRIAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS 429


Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS 429
Seção II DO SISTEMA DE APOIAMENTO A PARTIDO EM FORMAÇÃO – SAPF 430
Subseção I OBSERVAÇÕES INICIAIS 430
Subseção II DO MÓDULO INTERNO DO SAPF 431
Subseção III DO MÓDULO EXTERNO DO SAPF 432
Seção III DA COLETA DAS FICHAS DE APOIAMENTO MÍNIMO 432
Seção IV DA ENTREGA DAS FICHAS DE APOIAMENTO NO CARTÓRIO ELEITORAL 433
Seção V DA PUBLICAÇÃO DAS LISTAS DE APOIAMENTO MÍNIMO 433
Seção VI DA IMPUGNAÇÃO DAS LISTAS DE APOIAMENTO MÍNIMO 434
Seção VII DA HIPÓTESE DE CRIME NA APRESENTAÇÃO DAS FICHAS DE APOIAMENTO 435
Seção VIII DA ANÁLISE DAS FICHAS DE APOIAMENTO 435
Seção IX DO PEDIDO DE EXCLUSÃO DE NOMES DAS LISTAS DE APOIAMENTO 437

Capítulo II DO CREDENCIAMENTO DE DELEGADOS DE PARTIDOS POLÍTICOS 438

Capítulo III DO GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES PARTIDÁRIAS 438


Seção I DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES PARTIDÁRIAS – SGIP 438

GLOSSÁRIO 440
Livro I

DAS NORMAS,
DA ESTRUTURA
E DOS SERVIÇOS INTERNOS

1
Módulo I

DAS NORMAS E SERVIÇOS DOS


CARTÓRIOS E POSTOS ELEITORAIS

2
Módulo I
DAS NORMAS E SERVIÇOS
DOS CARTÓRIOS E POSTOS ELEITORAIS
Capítulo I
DOS CARTÓRIOS E POSTOS ELEITORAIS
Seção I
DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

1. Os Cartórios Eleitorais e os Postos Eleitorais cumprirão o horário fixado pelo TRE-DF


para seu funcionamento e para o atendimento ao público.

2. A comemoração do aniversário das cidades satélites não suspenderá o expediente


nos Cartórios e Postos Eleitorais das respectivas circunscrições.

3. O Posto Eleitoral do “Na Hora” cumprirá o horário de funcionamento fixado pelo


GDF, à exceção dos feriados na Justiça Eleitoral.

Seção II
DA ESTRUTURA E DOS SERVIDORES

4. Em cada Cartório Eleitoral, haverá:


I. um analista judiciário;
II. um técnico judiciário;
III. uma função comissionada de Chefe de Cartório (FC-6); e
IV. uma função comissionada destinada ao substituto legal do Chefe de Cartório
(FC-1).

4.1. As funções comissionadas mencionadas neste item deverão ser exercidas por
servidor ocupante de cargo efetivo do Quadro Permanente de Pessoal deste Tribunal
com:
a) formação jurídica; ou
b) experiência compatível com as atividades cartorárias1.

4.2. Na ausência de servidor que preencha os requisitos do item 4.1, poderá ser
designado servidor requisitado para a Justiça Eleitoral para exercer a função de Chefe
de Cartório Substituto, observados os termos do artigo 1º da Resolução-TSE nº
23.411/20142.

1
Lei nº 10.842/2006 / Resolução-TSE nº 21.832/2004, artigo 5º / Resolução-TRE/DF nº 6.311/2007, artigo 4º / Resolução-TSE nº
23.448/2015 / Lei nº 13.150/2015
2
Portaria-Conjunta-TRE/DF nº 3.010/2015

3
4.3. O ocupante da função comissionada FC-1 exercerá a substituição da Chefia do
Cartório Eleitoral3.

5. A designação para a função de Chefia de Posto Eleitoral deverá recair,


preferencialmente, em servidor ocupante de cargo efetivo do Quadro Permanente de
Pessoal deste Tribunal4.

6. É vedado o afastamento concomitante do servidor ocupante da função de Chefia de


Cartório ou Posto Eleitoral e de seu substituto legal, salvo por motivo de força maior.

6.1. Na hipótese de impedimento simultâneo do titular de Cartório ou Posto Eleitoral e


de seu substituto legal, o Juiz Eleitoral deverá indicar servidor lotado no respectivo
Cartório ou Posto Eleitoral para responder pela chefia até que cessem os motivos do
impedimento.

6.1.1. A indicação para a designação deverá recair, preferencialmente, sobre servidor


do Quadro Permanente de Pessoal do TRE-DF5.

7. O número de servidores nos Cartórios Eleitorais do DF observará os limites


previstos:
I. na Lei nº 6.999/1982;
II. na Resolução-TRE/DF nº 7.104/2010;
III. na Resolução-TSE nº 23.523/2017; e
IV. na Resolução-TSE n.º 23.422/2014.

8. O pedido de requisição de servidores para os Cartórios e Postos Eleitorais deverá ser


encaminhado pelo Juiz Eleitoral ao Corregedor Regional Eleitoral, observadas as regras
definidas pelo TRE/DF.

9. O Juiz Eleitoral, motivadamente, poderá solicitar reforço na lotação da Zona Eleitoral


ao Corregedor Regional Eleitoral6.

Seção III
DAS ATRIBUIÇÕES DO CARTÓRIO ELEITORAL
Subseção I
DA SECRETARIA DO JUÍZO

10. Compete à Secretaria do Juízo:


I. o recebimento, a autuação, a análise e a instrução de todos os documentos
apresentados ou atribuídos ao Cartório;
II. o fornecimento de certidões processuais;
3
Portaria-Conjunta-TRE/DF nº 3.010/2015
4
Resolução-TRE/DF nº 6.311/2007, artigo 7º
5
Resolução-TRE/DF nº 6.311/2007, artigo 8º
6
Resolução-TRE/DF nº 6.311/2007, artigo 3º

4
III. o controle das publicações no DJE (vide item 10.1); e
IV. o acompanhamento da relação da composição dos Diretórios Zonais
vigentes na circunscrição, via SGIPweb.

10.1. O DJE é o meio oficial para a publicação dos atos judiciais e administrativos dos
Juízos Eleitorais7.

10.1.1. As matérias encaminhadas para publicação no DJE deverão seguir


rigorosamente o disposto na Portaria-GP nº 111/2015.

Subseção II
DA ROTINA CARTORÁRIA

11. A rotina cartorária respeitará as normas emanadas:


I. do TSE;
II. da CRE-DF;
III. da Administração do TRE-DF;
IV. dos demais Órgãos, quando aplicável; e
V. do Juiz Eleitoral.

12. A rotina diária dos Cartórios Eleitorais do Distrito Federal incluirá, dentre outras
atividades:
I. encerrar os lotes de RAEs do Sistema Elo;
II. conferir os PETEs preenchidos no dia anterior, verificando sua regularidade,
nos termos do PRO.ELO.001;
III. conferir os documentos gerados em razão do atendimento, a exemplo de
declaração de residência, se houver;
IV. verificar a cobrança de multas eleitorais;
V. emitir os relatórios de que tratam os Provimentos-CRE/DF de números 2 e
3/2013, que regulamentam o deferimento coletivo de RAEs;
VI. submeter os relatórios de deferimento coletivo de RAEs à apreciação do Juiz
Eleitoral; e
VII. transmitir lotes de RAEs.

13. Também se inclui nas rotinas diárias do Chefe do Cartório ou de seu substituto
legal consultar, mais de uma vez durante o expediente, o correio eletrônico.

13.1. A adoção dessa providência visa verificar a existência de comunicados ou


orientações emanadas:
a) das instâncias superiores; ou
b) de unidades administrativas do Tribunal.

13.1.1. Sempre que solicitado ou aplicável tal medida, o conteúdo destes ao


conhecimento:

7
Resolução-TRE/DF nº 6.510/2008, artigo 1º

5
a) do Juiz Eleitoral; e/ou
b) dos servidores.

14. O Chefe do Cartório ou seu substituto legal também deverão consultar diariamente
os Sistemas de controle de processos e documentos à disposição do Cartório
(JUSTIFICA, SEI, dentre outros), objetivando dar tratamento imediato às demandas.

15. Semanalmente, a rotina dos serviços cartorários incluirá:


I. emitir eventuais Comunicações de Coincidência biográfica e Fichas de
Coincidência biométrica, para autuação dos respectivos processos (vide
Módulo XXXVIII);
II. emitir o relatório de erros, para análise (vide item 15.1) e correção (vide item
15.2);
III. emitir os relatórios das ocorrências de erros na coleta biométrica (vide item
15.3);
IV. emitir o relatório de multas e conferir as multas pendentes de baixa;
V. arquivar em pasta própria os relatórios:
i. emitidos pela própria Zona Eleitoral; e
ii. recebidos de outras Zonas Eleitorais;
VI. manter rotina de arquivamento dos documentos tratados pelo Cartório; e
VII. enviar o extrato de postagens para a Seção de Protocolo.

15.1. Para realizar a consulta, o servidor deverá acessar o caminho “Relatório >
Processamento > Banco de Erros” do Sistema Elo e preencher o período
correspondente aos dias da semana anterior.

15.1.1. Todos os dados da operação deverão ser analisados, mesmo aqueles que não
constarem do campo "ocorrência" (que se refere ao erro apontado)8.

15.1.2. Confirmado o erro, o Cartório deverá proceder à sua imediata correção, se for
o caso.

15.1.3. Se o erro tiver ocorrido no preenchimento do RAE, o eleitor será convocado


para apresentar novo requerimento, não podendo o Cartório alterar os dados sem o
comparecimento deste.

15.2. Para realizar a consulta, o servidor deverá acessar o caminho “Ajuste > Banco de
Erros > Consultar” do Sistema Elo.

15.2.1. Após as correções, a fim de fechar o Banco de Erros, o servidor deverá:


I. acessar o caminho “Ajuste > Banco de Erros > Fechar”;
II. selecionar os RAEs com erros corrigidos e passá-los à caixa ao lado; e

8
Exemplo: Em um caso de transferência, se a ocorrência for "data de nascimento difere do cadastro", deverá ser analisado não só
se foi digitada data de nascimento errada, como também se os outros dados digitados pertencem ao eleitor que apresentou o
RAE, especialmente o número da inscrição, a fim de verificar se o erro não foi de digitação deste.

6
III. selecionar a opção fechar.

15.3. Para solicitar os relatórios, o servidor deverá acessar os seguintes caminhos do


Sistema Elo:
I. “Relatório > Biometria > Biometrias Inválidas”; e
II. “Relatório > Biometria > RAE pendentes de coleta biométrica.

16. Quinzenalmente, a rotina dos serviços cartorários incluirá:


I. emitir o Relatório de Afixação do Sistema Elo contendo a relação dos eleitores
inscritos:
a) do 1º ao 15º dia; ou
b) do 16º até o último dia do mês, conforme a hipótese; e
II. certificar a ocorrência ou não de impugnações do Relatório pelos partidos
políticos9.

17. Mensalmente, a rotina dos serviços cartorários incluirá:


I. no primeiro dia do mês:
i. emitir o relatório de códigos de ASE comandados no mês anterior
(vide item 17.1); e
ii. conferir o correto preenchimento dos campos dos códigos de ASE, em
conformidade com os documentos que os originaram;
II. proceder ao ajuste do ponto dos servidores do Cartório, de acordo com as
regras estabelecidas pela SGP;
III. comunicar as interceptações telefônicas ou a inexistência delas ao Conselho
Nacional de Justiça por meio de sistema próprio;
IV. preencher o relatório mensal do CNJ;
V. analisar:
i. o quantitativo de eleitores alocados em cada local de votação; e
ii. a necessidade de abertura de novos locais ou de bloqueio daqueles já
existentes; e
VI. atualizar o CEP dos locais de votação.

17.1. O relatório de que trata o inciso I poderá ser emitido por meio do caminho
“Relatório > Processamento > ASE Atualizados” do Sistema Elo.

18. Anualmente, a rotina dos serviços cartorários incluirá:


I. fechar e transmitir os lotes de ASE;
II. encaminhar documentos para descarte, conforme orientações da CRE-DF;
III. realizar o controle de material permanente do Cartório; e
IV. elaborar o relatório anual de atividades, conforme orientações da CRE-DF.

18.1. Além disso, os Cartórios deverão realizar vistoria nos locais de votação,
justificativa eleitoral e treinamento de mesários, conforme regramento previsto no
Módulo XXXV.

9
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 17, caput e §1º

7
Seção IV
DA INTERNET, DA INTRANET,
DO CORREIO ELETRÔNICO E DOS SISTEMAS

19. Cabe ao Chefe do Cartório e ao seu substituto legal acompanharem comunicados e


orientações emanadas das instâncias superiores ou de unidades administrativas do
Tribunal, transmitidas por via eletrônica e endereçadas à lista de chefes10.

20. A CRE-DF criará listas de correio eletrônico ou grupos de discussão sempre que
entender necessário.

21. As comunicações de óbito poderão ser encaminhadas pelas Corregedorias às Zonas


Eleitorais por meio de mensagem eletrônica11.

22. O Chefe de Cartório deverá manter controle, em pasta física ou eletrônica, dos
sistemas utilizados na serventia e dos servidores que possuem acesso a cada um deles,
contendo registros:
I. do cadastramento; e
II. do cancelamento do cadastro, tão logo:
a) o servidor seja desligado do Cartório Eleitoral; ou
b) seja necessária a exclusão de seu acesso ao sistema por outro motivo.

22.1. O controle deverá ser realizado por meio do arquivamento de:


a) documentação comprobatória; ou
b) certidões lavradas pelo Chefe de Cartório, quando não houver
documentação comprobatória ou esta for sigilosa.

Seção V
DO RECEBIMENTO, DO REGISTRO, DO ENCAMINHAMENTO,
DA CONSERVAÇÃO E DO ARQUIVAMENTO
DE DOCUMENTOS E EXPEDIENTES

Subseção I
DO RECEBIMENTO, DO REGISTRO E DO ENCAMINHAMENTO
DOS DOCUMENTOS E DOS EXPEDIENTES

23. Os documentos e expedientes recebidos nos Cartórios e Postos Eleitorais e os


produzidos por estes deverão ser registrados no SEI ou no SADP, conforme o caso,
observando-se o disposto neste Capítulo.

24. Deverão ser protocolizados e registrados no SADP, sendo vedada sua tramitação
por meio do SEI (vide item 25), os documentos:

10
Resolução-TSE nº 20.882/2001, alterada pela Resolução-TSE nº 22.833/2008
11
Fax-Circular-CGE nº 25/2002

8
I. relativos a matéria judicial; e
II. tratados pela Resolução-TSE nº 23.184/2009 e pelos Provimentos-CGE de
números 6/2008, 7/2008 e 3/2010 (conforme artigo 16 da Portaria-Conjunta nº
168/2015).

24.1. Incluem-se na vedação deste item os expedientes relacionados às matérias


abaixo discriminadas (vide item 25):
I. Cartas Precatórias e de Ordem;
II. Coincidência de inscrições eleitorais;
III. Condenação criminal;
IV. Conscritos;
V. Correições;
VI. Extinção de punibilidade;
VII. Falecimento;
VIII. Filiação Partidária;
XIX. Inspeções;
X. Interdição;
XI. Mesários;
XII. Perda e/ou Reaquisição de Nacionalidade;
XIII. Requerimentos de Alistamento Eleitoral - RAEs;
XIV. Requerimentos de Justificativa por ausência às urnas;
XV. Reversão de transferência de inscrições eleitorais; e
XVI. Transferência equivocada de inscrições eleitorais.

25. Deverão ser produzidos e transmitidos diretamente por meio do SEI os seguintes
documentos, independentemente do disposto no item 24 e do assunto a que se
refiram:
I. Editais;
II. Ofícios;
III. Memorandos;
IV. Portarias; e
V. Mandados.

25.1. Desta forma, as comunicações e solicitações à CRE-DF acerca dos assuntos


mencionados no item 24 deverão ser feitas por meio de ofício ou memorando no SEI
acompanhados de cópia da documentação eventualmente necessária para sua análise,
salvo quando se referirem a:
a) falecimento; ou
b) inativação de registro da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos.

25.1.1. Em caso de indisponibilidade, os documentos poderão ser encaminhados via


correio eletrônico ou fisicamente.

25.2. Além disso, os processos relacionados a assuntos que tramitem no PJE perante a
CRE-DF ou a CGE e devam ser encaminhados à CGE deverão ser digitalizados e
remetidos via SEI, com observância do disposto:

9
i. no Provimento-CGE nº 7/2016, que trata da implantação do PJE no âmbito da
CGE; e
ii. nas normas que venham a ser editadas com relação à matéria.

25.2.1. A adoção das providências previstas no item 25.2 deverá ser certificada nos
autos.

25.2.2. A documentação que for incluída pela CGE nos processos a que se refere este
item e que for recebida daquela Unidade por meio eletrônico deverá ser:
i. impressa; e
ii. juntada ao processo previamente autuado pelo Juízo.

25.3. Também deverão ser encaminhadas por meio de processo específico no SEI as
comunicações relativas à não prestação de contas pelos órgãos partidários zonais,
incluídas as referentes à regularização das contas julgadas não prestadas.

25.4. As comunicações acerca da aplicação ou da quitação de multas encaminhadas


aos Cartórios Eleitorais pela Secretaria Judiciária do TRE-DF via SEI deverão ser levadas
à apreciação do Juiz Eleitoral por meio do próprio sistema, com vistas à análise da
pertinência de determinar:
I. o comando ou a inativação do código de ASE 264; e
II. os lançamentos necessários no Livro de Registro de Multas Eleitorais, caso
aplicável (vide item 184 do Módulo XXVII).

25.4.1. A certificação acerca do cumprimento da determinação do Juiz Eleitoral e os


demais trâmites necessários também deverão ser realizados por meio do SEI.

25.5. Cada Cartório Eleitoral criará, anualmente, um bloco interno no SEI para cada
espécie de documentos mencionada neste item, os quais funcionarão como pastas
eletrônicas em que deverão ser registrados todos os processos da espécie criados
durante o ano12.

26. A produção dos documentos referidos nos incisos I e IV do item 25 por meio do SEI
não dispensa sua publicação no átrio do Cartório ou no DJE, conforme previsão das
normas aplicáveis a cada espécie.

27. Os documentos previstos no item 25 deverão ser impressos nas hipóteses em que
for necessária:
a) sua publicação no átrio do Cartório;
b) sua entrega a destinatário externo ou sua remessa a Órgão que não utilize o
SEI ou em que o referido Sistema não esteja integrado com aquele utilizado no
TRE-DF; ou
c) a juntada de cópia do documento a processo físico.

12
Portaria-Conjunta-TRE/DF nº 6/2017

10
Subseção II
DA CONSERVAÇÃO DOS DOCUMENTOS E DOS EXPEDIENTES

28. A conservação de documentos dos Cartórios Eleitorais (formulários, processos,


requerimentos, listagens, editais etc.) seguirá as regras estabelecidas:
I. no artigo 55 da Resolução-TSE nº 21.538/2003;
II. na Resolução-TSE nº 23.379/2012;
III. na Resolução-TSE nº 23.465/2015; e
IV. na Resolução-TRE/DF nº 6.198/2007, que institui a Tabela de Temporalidade
de Documentos.

Subseção III
DO ARQUIVAMENTO DOS DOCUMENTOS E DOS EXPEDIENTES

29. Os expedientes recebidos fisicamente e os expedidos por esta forma deverão ser:
I. classificados;
II. ordenados por data de recebimento ou de produção; e
III. arquivados em pastas modelo A-Z ou em caixas, de acordo com a
quantidade, sempre identificadas com o ano e a classe dos documentos.

29.1. Incluem-se nesta hipótese os expedientes que:


a) não tiverem sido registrados no SEI; ou
b) apesar de terem sido registrados no SEI, tenham sido impressos (em razão
de alguma necessidade ou peculiaridade).

30. As Atas de Seções Eleitorais e os Termos Coletivos de Ciência de atribuições dos


agentes eleitorais integram o respectivo processo da classe CMR e seguirão o rito e a
temporalidade previstos no Módulo XXXVI.

31. Os Cadernos de Folhas de Votação serão:


I. organizados por ordem de ano do pleito, turno e seção; e
II. arquivados em caixas identificadas com a classe dos documentos e as
informações previstas no inciso I.

32. Os Requerimentos de Justificativa Eleitoral – RJEs:


a) quando recebidos no dia da eleição, serão:
I. ordenados por ano do pleito e turno; e
II. arquivados em caixas identificadas com as informações previstas no
inciso I desta alínea; e
b) quando recebidos após o pleito, serão:
I. organizados por número de protocolo;
II. separados por ano do pleito; e
III. arquivados em pastas modelo A-Z ou em caixas, conforme a
quantidade, sempre identificadas com as informações previstas no
inciso II desta alínea.

11
33. Os PETEs serão arquivados com observância do disposto no Provimento-CRE/DF nº
6/2017.

33.1. O Cartório Eleitoral do Exterior, em razão de sua especificidade, está autorizado a


manter arquivo destinado à guarda de PETEs, separado do arquivo de RAEs.

Seção VI
DO RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES CARTORÁRIAS

34. O formulário contendo todos os dados a serem informados será enviado pela CRE-
DF, por meio eletrônico, tão logo disponibilizado pela CGE.

35. O Juiz Eleitoral informará à CRE-DF, no prazo fixado pela CGE, as atividades
desenvolvidas durante o ano.

12
Livro II

DOS SERVIÇOS PRESTADOS

13
Módulo II

DO ATENDIMENTO AO PÚBLICO

14
Módulo II
DO ATENDIMENTO AO PÚBLICO
Capítulo I
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. O atendimento ao público nos Cartórios ou Postos Eleitorais será pautado pela
urbanidade e pela cortesia.

2. O Atendente deverá comunicar-se de forma objetiva e clara, de modo a evitar o


retorno desnecessário do cidadão ao Cartório ou ao Posto.

2.1. Deverá ser evitado o uso de termos ou jargões jurídicos que possam, de alguma
forma, comprometer o entendimento ao cidadão.

3. O atendimento ocorrerá nos horários estabelecidos pelo TRE-DF e por ordem de


chegada, salvo nos casos de prioridade no atendimento (vide Capítulo III).

3.1. Os Cartórios e Postos manterão cartazes afixados em local de amplo acesso ao


público com informações relativas:
I. ao horário de funcionamento;
II. à abrangência da Zona Eleitoral;
III. aos Locais de Votação da Zona Eleitoral, acompanhados de seus endereços e
divididos entre:
a) disponíveis para inclusão de novos eleitores; e
b) impedidos de receber novos eleitores, em razão de estarem
bloqueados;
IV. aos principais serviços prestados ao eleitor; e
V. à documentação necessária para a realização das operações de alistamento.

4. O atendimento ao público nos Cartórios ou Postos compreende, dentre outros


serviços:
I. o esclarecimento de dúvidas em matéria eleitoral;
II. o registro, a análise e a submissão para processamento de RAEs formalizados
em suas Unidades;
III. a regularização da situação eleitoral;
IV. a emissão e o registro de pagamento de multas eleitorais; e
V. a emissão de certidões que atestem a quitação ou a situação dos eleitores
perante a Justiça Eleitoral, dentre outros.

15
Capítulo II
DOS PROCEDIMENTOS QUANDO GERADAS FILAS
5. Se, ao final do horário de atendimento ao público, existirem pessoas aguardando
para serem atendidas, deverão ser distribuídas senhas, começando da última para a
primeira, de acordo com a capacidade de cada Unidade, visando à conclusão dos
trabalhos13.

5.1. Sempre que possível, o Cartório ou Posto manterá servidor no controlando a fila, o
qual será responsável por orientar os eleitores a respeito:
a) dos documentos que devem portar; e
b) dos requisitos que devem preencher para o atendimento.

Capítulo III
DA PRIORIDADE NO ATENDIMENTO
6. Terão prioridade no atendimento:
I. pessoas maiores de 60 anos;
II. gestantes;
III. lactantes;
IV. pessoas com criança de colo;
V. pessoas com deficiência;
VI. obesos; e
VII. requerentes cujo atendimento tenha sido agendado pela Internet (Título
Net).

13
Resolução-TSE nº 23.440/2015, artigo 11

16
Módulo III

CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE


O ALISTAMENTO ELEITORAL
E O VOTO

17
Módulo III

CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE


O ALISTAMENTO ELEITORAL E O VOTO
Capítulo I
DA OBRIGATORIEDADE DO ALISTAMENTO E DO VOTO
1. O alistamento e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos14 que não se
enquadrarem em nenhuma das hipóteses previstas nos Capítulos II e III.

Capítulo II
DO ALISTAMENTO E DO VOTO FACULTATIVOS
2. O alistamento e o voto são facultativos para:
I. os analfabetos15, observando-se que:
a) a aptidão para a leitura de quem já assina seu nome, é suficiente para
afirmar, no direito eleitoral, grau de alfabetização16; e
b) se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição
eleitoral, não ficando sujeito à multa por alistamento tardio17.
II. os maiores de 70 anos18;
III. os maiores de 16 e menores de 18 anos19; e
IV. no ano em que se realizarem eleições, os menores que completarem 16
anos até a data do pleito20, observando-se que:
a) o alistamento nessas condições poderá ser solicitado até o
encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral
ou transferência (até 151 dias antes da data da eleição)21; e
b) o título somente surtirá efeitos com o implemento da idade de 16
anos22.

14
CRFB, artigo 14, § 1°, inciso I
15
CRFB, artigo 14, § 1°, inciso II, alínea “a”
16
Entendimento do TSE, em acórdão relatado pelo Ministro Carlos Velloso
17
CE, artigo 8º
18
CRFB, artigo 14, § 1°, inciso II, alínea “b”
19
CRFB, artigo 14, § 1°, inciso II, alínea “c”
20
CRFB, artigo 14, §1º, inciso II, alínea “c”
21
Lei n° 9.504/1997, artigo 91
22
Resolução-TSE nº 19.465/1996

18
Capítulo III
DOS IMPEDIMENTOS PARA O ALISTAMENTO E PARA O VOTO
Seção I
DOS ESTRANGEIROS
3. Os estrangeiros não podem se alistar como eleitores23, à exceção dos portugueses
que tenham igualdade de direitos, nos termos do Estatuto da Igualdade24 (vide Módulo
IV, Capítulo IV).

Seção II
DO DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES MILITARES

4. As orientações relativas aos impedimentos decorrentes do descumprimento das


obrigações militares constam do Módulo IX.

Seção III
DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS

5. Não podem se alistar como eleitores aqueles que tiverem perdido seus direitos
políticos, em razão de perda da nacionalidade brasileira25.

Seção IV
DA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Subseção I
DA CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO

6. Os que tiverem sofrido condenação criminal transitada em julgado não podem se


alistar como eleitores, enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade26.

6.1. A suspensão dos direitos políticos decorre automaticamente da condenação.

6.2. O impedimento vale também para:


I. as penas privativas de liberdade que tenham sido substituídas por uma ou
mais penas restritivas de direito, como:
a) prestação pecuniária;
b) prestação de serviço à comunidade; ou
c) limitação de fim de semana, dentre outras;
II. os casos em que tenha sido concedido o benefício da suspensão condicional
da pena (sursis);
III. os condenados que se encontrem em livramento condicional;
23
CRFB, artigo 14, § 2°
24
CRFB, artigo 12, § 1° / Decreto nº 3.927/2001 (vide tópicos específicos)
25
CRFB: artigo 15, inciso I; e artigo 12, § 4º, inciso II
26
CRFB, artigo 15, inciso III

19
IV. as penas de multa, enquanto esta não for quitada ou extinta por sentença
judicial;
V. condenação por contravenção penal; e
VI. a imposição das seguintes medidas de segurança:
a) internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico; e
b) sujeição a tratamento ambulatorial.

6.3. O preso provisório tem conservados os seus direitos políticos, uma vez que contra
ele não há sentença condenatória transitada em julgado, observando-se que:
a) é alistável;
b) não tem impedimento legal para o voto; e
c) terá a opção de votar no próprio estabelecimento penal (avaliadas as
medidas de segurança, a viabilidade no caso concreto e a operacionalização dos
procedimentos).

Subseção II
DA CONDENAÇÃO PELA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

7. Não podem se alistar como eleitores os que tiverem sido condenados pela prática
de ato de improbidade administrativa, desde que a sentença tenha determinado
expressamente a medida e estabelecido o período da suspensão27.

Subseção III
DA OPÇÃO PELO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS EM PORTUGAL

8. É vedado o alistamento de brasileiros que vierem a adquirir direitos políticos em


Portugal por força do “Estatuto da Igualdade”, hipótese em que os direitos políticos no
Brasil permanecerão suspensos28.

27
CRFB: artigo 15, inciso V; e artigo 37, § 4°
28
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 4º

20
Módulo IV

DA NACIONALIDADE BRASILEIRA

21
Módulo IV
DA NACIONALIDADE BRASILEIRA
Capítulo I
OBSERVAÇÃO INICIAL
1. A nacionalidade brasileira deverá ser comprovada quando do alistamento
eleitoral29.

Capítulo II
DOS BRASILEIROS NATOS
2. São considerados brasileiros natos e obrigados ao alistamento eleitoral:
I. os nascidos na República Federativa do Brasil (observadas as regras previstas
no Módulo III), salvo se filhos de pais estrangeiros a serviço de seu país;
II. os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileira, desde que30:
a) sejam registrados em repartição brasileira ou venham a residir no
Brasil e optem, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;
b) se nascidos entre 07 de junho de 1994 e 20 de setembro de 2007,
sejam registrados31:
i. na repartição diplomática ou consular competente; ou
ii. se vierem a residir na República Federativa do Brasil, em ofício
de registro; ou
c) estejam a serviço do Brasil, hipótese em que não é necessário fazer a
opção pela nacionalidade brasileira, bastando apresentar:
i. certidão de nascimento devidamente transcrita; ou
ii. cédula de identidade idêntica à utilizada pelos brasileiros.

Capítulo III
DOS BRASILEIROS NATURALIZADOS
3. São também brasileiros aqueles que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira.

4. Para o alistamento eleitoral, as pessoas naturalizadas brasileiras deverão apresentar


cédula de identidade de modelo idêntico ao utilizado pelos brasileiros natos, emitida
pela Secretaria de Segurança Pública do Estado ou do Distrito Federal (cor verde),
devendo constar do campo “naturalidade”:

29
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 13
30
CRFB, artigo 12, inciso I, alíneas “b” e “c” (com a redação dada pela EC nº 54/2007)
31
CRFB, artigo 95 do ADCT

22
I. o país de nascimento do interessado; e
II. o número da portaria ministerial que lhe conferiu a nacionalidade brasileira.

4.1. Em caso de dúvida, poderá ser solicitado ao interessado que apresente o


certificado de naturalização.

5. O estrangeiro admitido no Brasil durante os primeiros 05 anos de vida, estabelecido


definitivamente no território nacional, poderá, enquanto menor, requerer ao Ministro
da Justiça, por intermédio de seu representante legal, a emissão de certificado
provisório de naturalização, que valerá como prova de nacionalidade brasileira até dois
anos depois de atingida a maioridade32.

5.1. Nesse caso, a carteira de identidade de brasileiro será emitida com prazo de
validade de até 02 anos, contados da data em que seu portador atingirá a maioridade.

5.2. Esse documento servirá, nesse período, como prova da nacionalidade brasileira.

5.3. Para alistar-se eleitor, o interessado deverá apresentar:


I. a identidade; e
II. o certificado provisório de naturalização.

6. Será cobrada multa por intempestividade do brasileiro naturalizado que não se


alistar até 01 ano após adquirida a nacionalidade brasileira.

6.1. Para efeito da cobrança da multa o atendente verificará no documento a data da


publicação da portaria ministerial que concedeu a naturalização.

7. O brasileiro naturalizado do sexo masculino que se apresentar para alistamento até


o ano em que completar 45 anos deve apresentar quitação militar.

Capítulo IV
DOS PORTUGUESES
(ESTATUTO DA IGUALDADE)
8. Se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos aos portugueses
com residência permanente no País os direitos inerentes aos brasileiros (salvo os casos
previstos na CRFB)33.

9. O cidadão português pode requerer ao Ministério da Justiça a igualdade de direitos


civis e/ou políticos, a qual é concedida por decisão do Ministro da Justiça, mediante
Portaria34.

32
Lei nº 6.815/1980, artigo 116
33
CRFB, artigo 12, inciso II, § 1º / Decreto nº 3.927/2001
34
Estatuto sobre Igualdade de Direitos e Deveres entre Brasileiros e Portugueses (Decreto nº 70.436, de 18/04/1972)

23
9.1. O requerimento de igualdade não implica processo de naturalização.
9.2. Adquirida a igualdade de direitos, o cidadão português mantém a nacionalidade
portuguesa.

10. O português que tiver adquirido a igualdade de direitos políticos nos termos do
Estatuto da Igualdade poderá alistar-se como eleitor35.

10.1. A apresentação de identidade de modelo idêntico ao utilizado pelos brasileiros36


não é suficiente para o alistamento eleitoral do português, sendo necessário que dela
conste:
I. no campo “naturalidade”, o país (Portugal); e
II. no campo “documento de origem”, o número da Portaria do Ministério da
Justiça que concedeu a igualdade de direitos políticos no Brasil.

10.2. Para o alistamento eleitoral, o interessado deverá comprovar, ainda, a opção


pelo exercício dos direitos políticos no Brasil.

10.2.1. Para tanto, deverá apresentar cópia da portaria expedida pelo Ministério da
Justiça37.

10.3. O português que tiver adquirido somente a igualdade de direitos e obrigações


civis não poderá alistar-se como eleitor.

10.4. Não será exigida a quitação das obrigações militares dos portugueses
beneficiários do Estatuto de Igualdade38.

Capítulo V
DOS ESTRANGEIROS
11. O alistamento eleitoral não será realizado se o interessado apresentar cédula de
identidade idêntica à utilizada pelos brasileiros (cor verde) de que conste a expressão
“pendência de opção” ou expressão semelhante.

11.1. Nessa hipótese, o interessado deverá ser orientado quanto à possibilidade de


optar pela nacionalidade brasileira perante a Justiça Federal39.

12. Não serão aceitos para o alistamento eleitoral, ainda que emitidos com a
classificação “permanente”:
a) a “Cédula de Identidade de Estrangeiro”; ou
b) o “Registro Nacional de Estrangeiro – RNE”.

35
Resolução-TSE nº 9.195/1972
36
Decreto nº 3.927/2001, artigo 22
37
CRFB: artigo 12, § 1°; e artigo 14, § 2º / Decreto nº 70.436/1972 / Decreto nº 3.927/2001 (Tratado da Amizade)
38
Tratado da Amizade (Decreto nº 3.927/2001), artigo 19
39
CRFB, artigo 109, inciso X

24
12.1. Tais documentos, emitidos pelo Departamento de Polícia Federal, não conferem
ao estrangeiro a condição de brasileiro.

25
Módulo V

DO DOMICÍLIO ELEITORAL

26
Módulo V
DO DOMICÍLIO ELEITORAL
Capítulo I
DA DEFINIÇÃO DE DOMICÍLIO ELEITORAL
1. O conceito de domicílio eleitoral é mais abrangente do que o de domicílio civil e com
ele não se confunde.

2. O domicílio eleitoral é definido pela residência ou moradia do eleitor/alistando


dentro da abrangência geográfica da respectiva Zona Eleitoral40.

2.1. Conforme jurisprudência do TSE, também se considera como domicílio eleitoral o


Município no qual o requerente mantém vínculo profissional, patrimonial, comunitário
ou afetivo41.

Capítulo II
DA COMPROVAÇÃO DO DOMICIÍLIO ELEITORAL
3. Para comprovação do domicílio eleitoral, deverão ser apresentados:
I. contas de água, luz ou telefone;
II. Certificado de Registro ou de Licenciamento de Veículo;
III. correspondências bancárias, financeiras, de consórcios, expedidas por
órgãos oficiais ou por estabelecimentos de ensino, enviadas pelos Correios;
IV. Certificado de Alistamento Militar;
V. contrato de locação de imóvel;
VI. carnê de IPTU;
VII. documento do INCRA;
VIII. documento que comprove que o Requerente possui vínculo profissional
(contrato de trabalho de que conste o endereço do alistando);
IX. contrato de matrícula em estabelecimento de ensino; ou
X. outros documentos que comprovem o vínculo descrito no item 2.1.

3.1. Também será aceita como prova de residência declaração firmada pelo próprio
interessado, que será tida presumidamente como verdadeira42.

3.1.1. O fato de o eleitor ter esquecido o comprovante de residência em casa não


serve como justificativa para o preenchimento da citada declaração.

40
CE, artigo 42, parágrafo único
41
Acórdãos TSE de números 2.306/2000 e 23.721/2004
42
Lei nº 7.115/1983

27
4. Quando o eleitor informar vínculo diverso do residencial, serão obrigatórios:
I. o preenchimento e a subscrição de declaração específica; e
II. a apresentação da documentação que evidencie o alegado.

5. Os eleitores/alistandos que não possuírem residência ou moradia fixa – a exemplo


dos integrantes de circo, ciganos, sem-terra e acampados – deverão firmar declaração
que ateste essa situação, para fins de comprovação do domicílio (vide Módulo VII).

6. Havendo dúvida quanto ao domicílio declarado pelo eleitor/alistando, o Juiz


Eleitoral poderá determinar as providências necessárias à obtenção da prova, inclusive
por meio de verificação in loco.

28
Módulo VI

DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


OU MOBILIDADE REDUZIDA

29
Módulo VI
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
OU MOBILIDADE REDUZIDA
Capítulo I
DO DIREITO/DEVER DE ALISTAMENTO E VOTO
1. Pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo (de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial) que, em interação com uma ou mais barreiras,
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas43.

2. O Poder Público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e
a oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas44.

3. O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os portadores de deficiência45.

3.1. Trata-se de um direito inequívoco da pessoa com deficiência, quando atendidos os


requisitos legais e formais exigidos para o ato.

4. Para o alistamento, é necessário que o interessado compareça a um Cartório


Eleitoral e apresente os documentos exigidos pela Resolução-TSE nº 21.538/2003 ao
Atendente, a fim de que:
I. suas informações biográficas sejam inseridas no Cadastro Nacional de
Eleitores; e
II. sejam colhidos seus dados biométricos, que incluem:
i. a assinatura;
ii. as impressões digitais dos 10 dedos; e
iii. a fotografia.

5. A pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida poderá contar com o auxilio de


pessoa de sua confiança no momento da votação, ainda que não o tenha requerido
antecipadamente ao Juiz Eleitoral46.

6. As pessoas com deficiência não estarão sujeitas à multa por ausência ao pleito caso
não realizem o alistamento ou não exerçam o voto47.

43
Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), artigo 2º
44
Lei nº 13.146/2015, artigo 76
45
Resolução-TSE nº 21.920/2004
46
Lei nº 13.146/2015, artigo 76, §1º, inciso IV
47
Resolução-TSE nº 21.920/2004

30
6.1. O disposto na Resolução-TSE nº 21.920/2004 não alcança as demais sanções
aplicadas pela Justiça Eleitoral com base no Código Eleitoral e em leis conexas.

Capítulo II
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
POR PRIVAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES
OU COM DIFICULDADE DE ASSINAR
7. Se o alistando/eleitor tiver deficiência que impossibilite a coleta de sua assinatura
eletrônica e/ou a aposição de sua assinatura no PETE ou no Título Eleitoral (privação
dos membros superiores, por exemplo) o Atendente deverá:
I. registrar a exceção no sistema Elo; e
II. providenciar a inclusão da expressão “impossibilitado de assinar” nos
espaços do PETE e do Título Eleitoral destinados à assinatura do eleitor48.

Capítulo III
DO FORNECIMENTO DE CERTIDÃO
DE QUITAÇÃO POR PRAZO INDETERMINADO
Seção I
DISPOSIÇÕES COMUNS

8. A pessoa com deficiência poderá requerer, motivadamente, a dispensa do


alistamento e do exercício do voto.

8.1. A dispensa poderá ser solicitada quando o cumprimento de tais obrigações


eleitorais for impossível ou demasiadamente oneroso para o requerente, devido às
peculiaridades de sua situação49.

8.2. A pessoa nessas condições poderá obter certidão de quitação eleitoral com prazo
de validade indeterminado.

8.2.1. Para tanto, deverá formalizar requerimento ao Juiz Eleitoral do seu domicílio,
acompanhado de documentação comprobatória da deficiência.

8.2.2. O requerimento poderá ser formalizado pelo interessado pessoalmente ou por


meio de seu representante legal ou procurador devidamente constituído.

9. Para a emissão da certidão de quitação com prazo de validade indeterminado, o


Cartório autuará processo na classe RSE e o submeterá ao Juiz Eleitoral para avaliação
da documentação que o instrui.

48
Processo Administrativo CGE nº 19.538/PA
49
Resolução-TSE nº 21.920/2004

31
9.1. Antes de submeter o requerimento ao Juiz Eleitoral, o Chefe de Cartório:
I. prestará informações sobre a situação do requerente no Cadastro Nacional
de Eleitores; e
II. juntará espelho ou certidão atestando a existência ou a inexistência de
inscrição em nome do interessado.

9.2. De posse dos autos, o Juiz Eleitoral avaliará:


I. a impossibilidade e a onerosidade para o exercício das obrigações eleitorais;
II. a situação socioeconômica do requerente; e
III. as condições de acesso ao local de votação ou de alistamento a partir da
residência do requerente.

9.3. Antes de proferir a decisão, o Juiz Eleitoral abrirá vista dos autos ao MPE.

Seção II
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
SEM INSCRIÇÃO ELEITORAL

10. Deferido o requerimento, se o interessado não possuir inscrição eleitoral, o Juiz


Eleitoral determinará:
a) preferencialmente, a realização do alistamento, seguida do comando do
código de ASE 396, motivo/forma 4, no histórico da inscrição eleitoral; ou
b) caso inviável o alistamento, a expedição de certidão de quitação eleitoral
com prazo de validade indeterminado em favor do interessado.

10.1. Deverão constar da certidão, além dos dados biográficos do interessado, os


números do protocolo do requerimento e do processo autuado.

10.2. O Cartório deverá providenciar a juntada de cópia da certidão ao processo.

11. A expedição da certidão prevista no item anterior não impede, a qualquer tempo, o
alistamento eleitoral de seu beneficiário.

11.1. O beneficiário não estará sujeito à penalidade de multa por alistamento tardio50.

11.2. Caso o beneficiário de certidão de quitação eleitoral por prazo indeterminado


venha a se alistar, poderá requerer o registro de sua dificuldade para o exercício do
voto.

11.2.1. Caso a certidão tenha sido emitida com base em processo autuado pelo Juízo, o
Cartório Eleitoral deverá:
I. desarquivar o processo;
II. juntar o requerimento aos autos; e

50
CE, artigo 8º

32
III. proceder conforme disposto nos itens 9.1 a 9.3.

11.2.2. Caso a certidão tenha sido emitida com base em processo autuado por Juízo
Eleitoral diverso, o Cartório deverá:
I. autuar o requerimento na classe RSE;
II. solicitar cópia do processo anterior ao Juízo que expediu a certidão, para
juntada aos autos; e
III. proceder conforme disposto nos itens 9.1 a 9.3.

11.2.3. Caso não conste da certidão informação acerca do número do processo com
base no qual esta foi emitida, o Cartório deverá:
I. autuar o requerimento na classe RSE; e
II. proceder conforme disposto nos itens 9.1 a 9.3.

11.2.4. Deferido o requerimento, deverá ser observado o previsto nos itens 12 e 13.

Seção III
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO REGULAR

12. Caso deferido requerimento de titular de inscrição eleitoral na situação


“REGULAR”, o Juiz Eleitoral determinará o comando do código de ASE 396,
motivo/forma 4, no histórico da inscrição eleitoral do interessado.

12.1. O Cartório Eleitoral deverá certificar, nos autos, o lançamento do referido código
de ASE.

13. O lançamento do código de ASE 396, motivo/forma 4:


I. inibirá a geração de débito por ausência às urnas, inclusive daquelas ocorridas
antes da comunicação da deficiência;
II. impedirá o cancelamento da inscrição por ausência à revisão do eleitorado; e
III. não alterará a aptidão da inscrição eleitoral para o exercício do voto.

14. Caso haja registro de multas pendentes de pagamento no histórico de sua


inscrição, o interessado, seu representante ou procurador deverão quitá-las ou
requerer a dispensa de recolhimento em razão de insuficiência econômica.

Seção IV
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA

15. Caso o interessado seja titular de inscrição eleitoral envolvida em duplicidade ou


pluralidade (situações “LIBERADA” ou “NÃO LIBERADA”), faz-se necessário aguardar a
decisão acerca do agrupamento, para análise das providências a serem adotadas, de

33
acordo com a situação em que a inscrição eleitoral do interessado ficar após a decisão
da coincidência.

Seção V
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO SUSPENSA OU COM REGISTRO NA BASE
Subseção I
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS
EM VIRTUDE DE INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA

16. A Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Estatuto da Pessoa com Deficiência) alterou o artigo 3º do Código Civil, passando a
considerar absolutamente incapazes somente os menores de 16 anos.

16.1. Em função disso, a Justiça Eleitoral, na via administrativa, deve abster-se de


promover anotações de suspensão de direitos políticos por incapacidade civil absoluta
no Cadastro Nacional de Eleitores e na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos,
ainda que a interdição tenha sido decretada antes da entrada em vigor da Lei nº
13.146/201551.

17. Para a regularização de sua situação eleitoral, o eleitor com suspensão de direitos
políticos por incapacidade civil absoluta registrada antes da entrada em vigor da Lei nº
13.146/2015 deverá cumprir as formalidades previstas nos artigos 52 e 53, inciso II,
alínea “a”, da Resolução-TSE nº 21.538/2003.

17.1. Nesse caso, não é necessária a presença física da pessoa com deficiência no
Cartório Eleitoral, já que a regularização da inscrição se dá por comando de código de
ASE ou por inativação de registro da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos.

17.2. Assim, o eleitor, pessoa de sua família ou seu representante legal poderão
formalizar o pedido junto ao Juiz da Zona Eleitoral em que o interessado é inscrito.

17.2.1. O requerimento deverá ser instruído conforme estabelecido nos dispositivos


normativos supramencionados.

17.2.2. Caso o registro da incapacidade conste da Base de Perda e Suspensão de


Direitos Políticos, o requerimento deverá ser encaminhado à CRE-DF.

18. Certificados o restabelecimento da inscrição eleitoral ou a inativação do registro na


Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, serão adotadas as providências
previstas nas Seções II ou III, conforme a hipótese.

51
Processo CGE nº 114-71.2016.6.00.0000: Decisão CGE nº 150/2016

34
18.1. O código de ASE 396, motivo/forma 4, somente poderá ser comandado após o
registro do restabelecimento dos direitos políticos do interessado no Sistema Elo ou o
processamento da operação de alistamento eventualmente requerida.
Subseção II
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS
POR OUTROS MOTIVOS

19. Se o interessado estiver com os direitos políticos suspensos por outros motivos,
deverá comprovar previamente a cessação do impedimento que gerou o registro na
Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE ou a suspensão de sua inscrição
eleitoral.

19.1. Após, deverá ser observado o regramento previsto nas Seções II ou III, conforme
a hipótese.

Seção VI
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO CANCELADA

Subseção I
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO CANCELADA
POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS

20. Se o interessado estiver com a inscrição eleitoral cancelada em virtude de perda


dos direitos políticos, deverá comprovar previamente a cessação do impedimento que
gerou o registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE ou o
cancelamento de sua inscrição eleitoral.

Subseção II
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO CANCELADA
POR OUTROS MOTIVOS

21. Se o interessado estiver com a inscrição eleitoral cancelada por outros motivos,
deverá solicitar previamente a regularização de sua inscrição, por meio de RAE.

21.1. Certificado o restabelecimento da inscrição eleitoral, serão adotadas as


providências previstas na Seção III.

21.1.1 O código de ASE 396, motivo/forma 4, somente poderá ser comandado após o
processamento da operação de alistamento.

35
22. Não sendo possível o comparecimento do eleitor ao Cartório, poderá ser expedida
em seu favor certidão de quitação com prazo de validade indeterminado, desde que
observadas as regras contidas na Resolução-TSE nº 21.920/2004 (vide Seção II).

36
Módulo VII

DOS INDÍGENAS, DOS CIGANOS


E DE OUTROS GRUPOS ESPECÍFICOS

37
Módulo VII
DOS INDÍGENAS, DOS CIGANOS
E DE OUTROS GRUPOS ESPECÍFICOS
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS
1. As exigências impostas para alistamento e transferência são aplicáveis:
I. a todos os indígenas (integrados ou não);
II. às comunidades ciganas; ou
III. a qualquer outro grupo cultural ou étnico específico.

1.1. Tais exigências incluem, dentre outras, a de comprovação de prestação ou


dispensa do serviço militar ou de cumprimento de prestação alternativa52.

2. Havendo dúvida quanto ao domicílio declarado pelo eleitor/alistando, o Juiz


Eleitoral poderá determinar as providências necessárias para a obtenção da prova,
inclusive por meio de verificação in loco53.

3. De acordo com entendimento do TSE, não é exigida de nenhum brasileiro, inclusive


dos indígenas, a fluência na língua nacional54.

Capítulo II
DOS INDÍGENAS
4. O índio analfabeto que venha a se alfabetizar deverá se inscrever como eleitor.

4.1. Nesta hipótese, não estará sujeito à multa por intempestividade do alistamento
eleitoral55.

5. Para o alistamento, os indígenas podem apresentar, além dos documentos previstos


na Resolução-TSE nº 21.538/2003, documento administrativo expedido pela FUNAI
similar ao registro civil de nascimento56.

52
Lei nº 6.001/1973 (Estatuto do Índio) / Ofício-Circular-CGE nº 9/2000 / Resolução-TSE nº 20.806/2001 / Resolução TSE nº
23.274/2010 / Processo Administrativo CGE nº 1806-81.2011.6.00.0000
53
Resolução-TSE nº 21.538/2003
54
Processo Administrativo CGE nº 1806-81.2011.6.00.0000
55
Resolução-TSE nº 21.538/2003 / Processo Administrativo CGE nº 1806-81.2011.6.00.0000
56
Lei nº 6.001/1973 / Lei nº 6.015/1973

38
Capítulo III
DOS CIDADÃOS SEM RESIDÊNCIA OU MORADIA FIXA
6. Os cidadãos que não possuírem residência ou moradia fixa deverão solicitar o
alistamento no domicílio em que se encontrarem.

6.1. Incluem-se nesta hipótese, dentre outros:


I. integrantes de circo;
II. ciganos;
III. sem-terra; e
IV. acampados.

6.2. Caso mudem de Município, tais cidadãos deverão ser orientados a solicitar a
transferência do domicílio eleitoral, observados os requisitos legais.

6.3. Sendo necessário, poderão preencher declaração para fins de comprovação de


domicílio57.

57
CE / Resolução-TSE nº 21.538/2003

39
Módulo VIII

DOS BRASILEIROS NO EXTERIOR

40
Módulo VIII
DOS BRASILEIROS NO EXTERIOR
Capítulo I
DO DIREITO/DEVER DE ALISTAMENTO E VOTO
1. O alistamento e o voto são obrigatórios para os cidadãos brasileiros residentes no
exterior com idade entre 18 e 70 anos (observadas as regras previstas no Módulo III).

2. Os alistados no exterior só possuem o direito/dever do voto nas eleições para


Presidente e Vice-Presidente da República.

Capítulo II
DA APRESENTAÇÃO DE
REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL
3. O eleitor residente no exterior poderá votar no país em que se encontrar desde que
requeira inscrição ou transferência ao Juiz da Zona Eleitoral do Exterior, situada no
Distrito Federal.

3.1. O requerimento deverá ser apresentado perante a embaixada ou repartição


consular brasileira até 151 dias antes da eleição.

4. O alistamento, a revisão e a segunda via também poderão ser requeridos pelos


eleitores residentes no exterior perante os Cartórios Eleitorais do Brasil.

4.1. Neste caso, o RAE deverá ser preenchido à mão e encaminhado ao Cartório da
Zona Eleitoral do Exterior, para análise.

4.2. Os requerimentos deverão ser instruídos com cópias:


I. dos mesmos documentos exigidos para o alistamento no Brasil; e
II. do comprovante que ateste a residência no exterior.

5. Os requerimentos de transferência de inscrição eleitoral para o exterior,


necessariamente, deverão ser formalizados pelo eleitor nas sedes das embaixadas ou
das repartições consulares com jurisdição sobre a nova residência ou na sede do
Cartório de uma das Zonas Eleitorais do Exterior58.

6. O RAE poderá ser formalizado, ainda, por meio do “Título Net – Exterior”, cujo link
de acesso está disponível nos sítios eletrônicos do TSE e do TRE-DF na Internet59.

58
Processo CGE nº 9.973/2007
59
Resolução-TSE nº 23.510/2017

41
6.1. Os requerimentos deverão ser instruídos com cópias digitalizadas dos documentos
exigidos para a operação requerida, quais sejam:
I. documentos de identificação;
II. comprovante de alistamento militar para homens com faixa etária entre 18 e
45 anos quando:
a) do primeiro alistamento; ou
b) for necessário um novo alistamento em função de inscrições
expurgadas do Cadastro em que não seja possível comprovar o
cumprimento das obrigações militares à época;
III. comprovante de residência; e
IV. comprovante de quitação de eventuais multas ou solicitação de dispensa de
recolhimento destas.

6.2. Serão de responsabilidade das embaixadas e das repartições consulares da


jurisdição do requerente:
I. a conferência dos documentos;
II. a coleta de assinatura no RAE; e
III. a entrega do título após análise e deferimento dos requerimentos pelo Juízo
do Cartório do Exterior.

7. Uma vez deferido o requerimento, o RAE será processado e o Título Eleitoral será
enviado à Repartição Diplomática com jurisdição sobre o local de domicilio do
requerente.

Capítulo III
DA JUSTIFICATIVA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
PARA ELEITORES NO EXTERIOR
8. As informações relativas à apresentação de justificativa por ausência às urnas por
brasileiros que se encontrem no exterior constam do Módulo XVII.

42
Módulo IX

DAS OBRIGAÇÕES MILITARES

43
Módulo IX
DAS OBRIGAÇÕES MILITARES
Capítulo I
DA FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO
DAS OBRIGAÇÕES MILITARES
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

1. É obrigatória a fiscalização do cumprimento das obrigações militares pelo Poder


Judiciário60.

2. É obrigatório, para o brasileiro do sexo masculino, o alistamento militar até 30 de


junho do ano em que completar 18 anos61.

3. O cumprimento das obrigações militares é exigível até 31 de dezembro do ano em


que o interessado completar 45 anos.

3.1. Após essa data não será mais exigível a comprovação da quitação militar, devendo
ser observado, caso aplicável, o disposto no item 11.

4. Os conscritos não podem se alistar durante o período de prestação do serviço militar


obrigatório62.

4.1. Esse impedimento se estende63:


I. aos alunos de órgão de formação da Reserva; e
II. aos médicos, farmacêuticos, odontólogos e veterinários que estejam
prestando serviço militar inicial obrigatório.

5. Se um brasileiro do sexo masculino com 18 anos completos comparecer ao Cartório


para solicitar seu primeiro alistamento eleitoral64:
I. em data anterior a 30 de junho do ano em que completou a maioridade, não
deverá ser exigida a apresentação do CAM, uma vez que ainda não se exauriu o
prazo para sua apresentação para o alistamento militar; e
II. em data posterior a 30 de junho do ano em que completou a maioridade,
deverá ser exigida a apresentação do CAM.

60
Lei nº 4.375/1964 (Lei do Serviço Militar), regulamentada pelo Decreto nº 57.654/1966
61
Decreto nº 57.654/1966, artigo 41, § 1º
62
CRFB, artigo 14, § 2°
63
Lei nº 5.292/1967 / Resolução-TSE nº 15.850/1989
64
Resolução-TSE nº 22.097/2005 / Ofício‐Circular-CGE nº 7/2016 (Processo SEI CGE n° 2016.00.000000936-1)

44
5.1. Se o interessado não possuir os documentos que comprovem a quitação com o
serviço militar obrigatório ou a prestação alternativa, deverá ser orientado a:
a) utilizar o sítio eletrônico www.alistamento.eb.mil.br para realizar seu
alistamento militar, caso possua CPF; ou
b) procurar a Junta Militar mais próxima de sua residência, a fim de regularizar
sua situação, caso não possua CPF ou haja outro empecilho para a realização de
seu alistamento pela Internet.

5.2. Quando o alistamento militar tiver sido realizado pela Internet, o Atendente
deverá acessar o menu “Serviços ao Cidadão > Acompanhar Alistamento” do sítio
eletrônico www.alistamento.eb.mil.br e informar o número do Registro de
Alistamento – RA ou do CPF do Requerente, para consultar:
a) a situação do alistando no serviço militar, caso este não esteja portando o
“Certificado de Alistamento ONLINE”; ou
b) a autenticidade do “Certificado de Alistamento ONLINE” apresentado pelo
alistando.

6. Os militares de carreira, independentemente da patente, são alistáveis e,


consequentemente, têm direito ao voto65.

Seção II
DOS BRASILEIROS POR OPÇÃO OU NATURALIZADOS

7. Os brasileiros por opção e os naturalizados – no prazo de 30 dias, contados da data


em que receberem:
a) o certificado de assinatura do termo de opção; ou
b) o certificado de naturalização – deverão se alistar no órgão militar.

Seção III
DOS BRASILEIROS RESIDENTES NO EXTERIOR

8. Os brasileiros residentes no exterior devem se dirigir ao consulado ou a outra


repartição diplomática brasileira, que funcionam como órgãos alistadores e
encaminharão a documentação à Diretoria de Serviço Militar por meio do Ministério
das Relações Exteriores.

9. O brasileiro residente no exterior que não tiver se alistado até os 30 anos poderá
declarar que permanecerá em definitivo no exterior e requerer o Certificado de
Dispensa de Incorporação, que deve ser regularmente aceito pela Justiça Eleitoral.

65
Resolução-TSE nº 15.099/1989

45
Capítulo II
DA RECUSA DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR
OU DE SERVIÇO ALTERNATIVO
10. Os que tiverem se recusado a cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa não poderão ser alistar como eleitores66.

10.1. Caso desejem se alistar, deverão apresentar documentação emitida pelo


Ministério da Justiça que comprove a cessação do impedimento.

11. Não serão aceitos como prova de quitação militar para o alistamento eleitoral:
I. o Certificado de Eximido (pessoas que se recusaram a prestar o serviço militar
obrigatório por convicção religiosa); ou
II. o Certificado de Recusa de Prestação do Serviço Alternativo.

12. Existindo registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o interessado


deverá solicitar a regularização de sua situação junto:
I. à Junta Militar responsável pelo alistamento na região; e
II. ao Ministério da Justiça (reaquisição de direitos políticos).

12.1. O requerimento e o Termo de Reaquisição dos Direitos Políticos poderão ser


acessados a partir do sítio do Ministério da Justiça na Internet
(www.mj.gov.br/estrangeiros).

12.2. A reaquisição dos direitos políticos deverá ser requerida:


I. pessoalmente, perante o Ministério da Justiça (Esplanada dos Ministérios,
Bloco “T”, Anexo II, Sala 313, CEP: 70.064-900, Brasília/DF); ou
II. pelos Correios, por meio de carta registrada ou sedex (vide item 12.2.1.)

12.2.1. Na hipótese prevista no inciso II, deverão ser juntados ao requerimento e ao


Termo de Reaquisição de Direitos Políticos os documentos exigidos pelo Ministério da
Justiça.

66
CRFB: artigo 5°, inciso VIII; artigo 15, inciso IV; e artigo 143, caput

46
Módulo X

DA EXCLUSÃO DE INSCRIÇÕES DO
CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES

47
Módulo X
DA EXCLUSÃO DE INSCRIÇÕES
DO CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES
Capítulo I
DO PRAZO DE PERMANÊNCIA
DAS INSCRIÇÕES NO CADASTRO
1. As inscrições permanecerão no Cadastro Nacional de Eleitores por prazo
indeterminado, ainda que canceladas67.

Capítulo II
DOS PORTADORES DE TÍTULO
REFERENTE A INSCRIÇÃO EXPURGADA
2. Os eleitores que comparecerem ao Cartório portando Título Eleitoral cujos dados
não constem do Cadastro Nacional de Eleitores em razão de expurgo anteriormente
realizado deverão requerer novo alistamento.

3. Neste caso, antes do alistamento eleitoral, o requerente deverá quitar as multas por
ausência a todos os pleitos ocorridos após a data de emissão do Título Eleitoral.

3.1. Só deverão ser cobradas multas por ausência aos pleitos realizados nos 10 anos
que antecederem o comparecimento do eleitor ao Cartório para solicitar o novo
alistamento, haja vista a prescrição decenal das multas eleitorais.

3.2. Caso aplicável, o eleitor poderá apresentar declaração de insuficiência econômica.

Capítulo III
DA IMPOSSIBILIDADE DE COMPROVAÇÃO
DE ALISTAMENTO ANTERIOR
4. Antes de requerer novo alistamento, o eleitor que não puder comprovar que foi
titular de inscrição eleitoral excluída em razão de expurgo realizado anteriormente
deverá:
a) quitar multa por alistamento intempestivo; ou
b) apresentar declaração de insuficiência econômica, caso aplicável

67
Resolução-TSE nº 23.490/2016

48
Módulo XI

DOS ATOS PREPARATÓRIOS


PARA O PREENCHIMENTO DO RAE

49
Módulo XI
DOS ATOS PREPARATÓRIOS
PARA O PREENCHIMENTO DO RAE
Capítulo I
DO REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL – RAE
1. O RAE é o documento utilizado para a inserção de dados no Cadastro Nacional de
Eleitores e será processado eletronicamente, por meio do Sistema ELO68.

2. O preenchimento do RAE observará os procedimentos especificados na Resolução-


TSE nº 21.538/2003, no Manual de RAE aprovado pela CGE e no PRO.ELO.001.

3. Os RAEs somente serão impressos se:


a) houver dúvida quanto aos requisitos para o deferimento da operação,
hipótese em que o RAE deverá ser colocado em diligência; ou
b) a operação for indeferida pelo Juiz Eleitoral.

Capítulo II
DAS CONSULTAS AO CADASTRO E À BASE
Seção I
DA FORMA DE REALIZAÇÃO DAS CONSULTAS

4. Antes de iniciar qualquer atendimento, o Atendente solicitará ao Requerente que:


I. apresente seus documentos pessoais; e
II. preste as demais informações necessárias para o correto preenchimento do
RAE.

5. Previamente ao preenchimento do RAE ou à adoção das providências necessárias


para a regularização de situação do eleitor, o Atendente efetuará consulta:
I. ao Cadastro Nacional de Eleitores (consultas RAE/ASE); e
II. à Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, que sinaliza a existência de
registros ativos e inativos nela lançados.

5.1. Tais consultas deverão ser realizadas antes de qualquer operação de alistamento
(inscrição, transferência, revisão e segunda via).

6. As consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores serão realizadas por meio dos menus:
a) Eleitor > Atendimento > RAE; ou

68
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 2º

50
b) Eleitor > Atendimento > Consulta Eleitor.

7. Inicialmente, serão realizadas consultas utilizando:


I. o nome do alistando/eleitor; e
II. o nome da mãe do alistando/eleitor.

7.1. Caso o nome do alistando/eleitor ou o de sua genitora tenham sofrido alteração,


deverão ser realizadas consultas com o nome anterior e com o nome atual destes.

7.2. Se, realizadas as consultas supramencionadas, não for localizada inscrição eleitoral
ou forem apresentadas diversas inscrições eleitorais, o Atendente deverá realizar
consultas combinadas utilizando:
I. o “nome do eleitor” e o “nome da mãe do eleitor”;
II. o “nome do eleitor” e a “data de nascimento do eleitor”; e
III. o “nome da mãe do eleitor” e a “data de nascimento do eleitor”.

8. Nas operações de revisão e transferência, a consulta deverá ser processada de


acordo com os parâmetros descritos no item anterior, devendo ser evitada a consulta
pelo número da inscrição eleitoral, ainda que o eleitor disponha de tal informação.

Seção II
DAS HIPÓTESES DE IMPRESSÃO DAS CONSULTAS

9. As consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores e à Base de Perda e Suspensão de


Direitos Políticos/TSE somente serão impressas nas hipóteses de:
a) dúvida quanto aos requisitos para o deferimento da operação, hipótese em
que o RAE deverá ser colocado em diligência;
b) indeferimento da operação pelo Juiz Eleitoral;
c) localização de registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos em
nome do interessado; ou
d) existência de registro em situação ATIVO dos códigos de ASE:
I. 043 (conscrição);
II. 230, motivo/forma 1 (ausência de prestação de contas – mandato de
4 anos);
III. 230, motivo/forma 2 (ausência de prestação de contas – mandato de
8 anos);
IV. 272-2 (apresentação extemporânea de prestação de contas);
V. 337 (suspensão de direitos políticos); ou
VI. 442 (ausência aos trabalhos eleitorais).

9.1. Nessas hipóteses, o Chefe do Cartório ou o servidor por ele indicado avaliarão se o
atendimento será realizado.

51
Capítulo III
DA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DO ELEITOR
Seção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS

10. A realização de operação de alistamento com inobservância das regras contidas


neste Capítulo, mesmo quando se tratar de segunda via, ocasionará, conforme a
hipótese:
a) o agrupamento da inscrição eleitoral do interessado em coincidência com
registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE (Seção II); ou
b) o restabelecimento da quitação eleitoral sem que tenha sido comprovada a
cessação do impedimento imposto ao Requerente69 (Seções III a V).

11. Identificada movimentação de inscrição com restrição, o Atendente deverá


submeter a situação ao Chefe do Cartório, que prestará as informações ao Juiz
Eleitoral, a fim de assegurar a reversão da operação junto à CGE, por intermédio da
CRE-DF.

Seção II
DA EXISTÊNCIA DE REGISTRO NA
BASE DE PERDA E SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS

12. Se, durante a realização das consultas, o Sistema indicar a existência de registro na
Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o Atendente deverá,
obrigatoriamente, consultá-lo, para verificar se este se refere ao Requerente.

13. Caso positivo, o Atendente analisará a situação do registro, observando-se que:


I. se o registro estiver na situação “ATIVO”, a operação de RAE só poderá ser
realizada após sua inativação pela CRE-DF (nas hipóteses de suspensão) ou pela
CGE (nas hipóteses de perda), mediante comprovação do restabelecimento ou
da reaquisição dos direitos políticos;
II. se o registro estiver na situação “INATIVO” e se referir a condenação
criminal:
a) sem incidência de inelegibilidade, a operação de RAE poderá ser
realizada normalmente; ou
b) com incidência de inelegibilidade70, a operação poderá ser realizada
após:
i. impressão da consulta; e
ii. aval do Chefe de Cartório ou de servidor por ele indicado,
hipóteses em que deverão ser adotados os procedimentos

69
Resolução-TSE nº 21.823/2004
70
LC nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”

52
exigidos para o registro do código de ASE 540 na inscrição
eleitoral do interessado.

13.1. Na hipótese prevista no inciso I, o interessado deverá ser orientado quanto aos
procedimentos necessários para o restabelecimento ou para a reaquisição de seus
direitos políticos.

13.1.1. Ainda que o interessado comprove ao Atendente a cessação do impedimento,


a operação de alistamento só poderá ser realizada após a inativação do registro pela
CRE-DF.

Seção III
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329

14. Localizada inscrição com registro do código de ASE 329 na situação “ATIVO” em
nome do interessado, a operação de RAE só poderá ser realizada após:
I. a comprovação da reaquisição dos direitos políticos; e
II. o comando do código de ASE 370 no histórico da inscrição, pela CGE,
observados os procedimentos cabíveis.

14.1. Nessa situação, deverão ser fornecidas ao interessado as informações


necessárias para a regularização de sua inscrição eleitoral.

14.1.1. Ainda que o interessado comprove ao Atendente a cessação do impedimento,


a operação de alistamento só poderá ser realizada após a inativação do código de ASE
329.

Seção IV
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
SUSPENSA – ASE 043 ou ASE 337

15. Localizada inscrição com registro dos códigos de ASE 043 ou 337 na situação
“ATIVO” em nome do interessado, a operação de RAE só poderá ser realizada após:
I. a comprovação do restabelecimento dos direitos políticos; e
II. o comando do código de ASE 370 no histórico da inscrição, pelo Cartório
Eleitoral competente, observados os procedimentos cabíveis.

15.1. Nessas situações, deverão ser fornecidas ao interessado as informações


necessárias para a regularização de sua inscrição eleitoral.

15.1.1. Ainda que o interessado comprove ao Atendente a cessação do impedimento,


a operação de alistamento só poderá ser realizada após a inativação dos códigos de
ASE 043 ou 337.

53
Seção V
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)

16. Desde que não haja registro de restrição à quitação eleitoral, poderá ser fornecida
certidão de quitação eleitoral e realizada qualquer operação de alistamento para os
titulares de inscrições eleitorais com códigos de ASE 540 ou 515.

16.1. A inelegibilidade (código de ASE 540)71 e a inabilitação para o exercício de função


pública (código de ASE 515)72 não são mais consideradas causas restritivas à quitação
eleitoral.

Seção VI
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
LIBERADA OU NÃO LIBERADA

17. As situações “LIBERADA” ou “NÃO LIBERADA” indicam que a inscrição está


envolvida em coincidência.

17.1. Nessas situações, a operação de RAE só poderá ser realizada após o exame e a
decisão do agrupamento pela autoridade judiciária competente.

17.1. Nestas situações, o eleitor deverá ser orientado acerca dos procedimentos
necessários para a regularização de sua inscrição eleitoral.

Seção VII
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
CANCELADA POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450

18. Localizada inscrição cancelada pelo código de ASE 450 na situação “ATIVO”, não
poderão ser realizadas:
a) transferência;
b) revisão; ou
c) emissão de segunda via.

18.1. Nesta situação, o eleitor deverá ser orientado a solicitar novo alistamento, desde
que não haja em seu nome inscrição eleitoral:
a) regular (vide item 18.1.1);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;

71
Processo SEI-TSE nº 313-98.2013.6.00.0000
72
Processo SEI-CGE nº 2016.00.00004260-1 (Ofício-Circular-CGE nº 36/2016)

54
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 18.1.2).

18.1.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja
na situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto na Seção VIII.

18.1.2. São consideradas passíveis de regularização as inscrições canceladas pelos


códigos de ASE 027, 035 ou 469 ou por código de ASE 019 lançado equivocadamente.

Seção VIII
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Subseção I
DA INSCRIÇÃO “REGULAR”
COM CÓDIGOS DE ASE 230 OU 272 ATIVOS

19. Somente será realizada operação de RAE para titulares de inscrições REGULARES
com código de ASE 230.1 (irregularidade na prestação de contas – mandato de 4 anos)
ou 230.2 (irregularidade na prestação de contas – mandato de 8 anos) na situação
“ATIVO” após:
a) o registro da apresentação da prestação das contas pelo interessado, por
meio do comando do código de ASE 272, motivo/forma 2, em cumprimento a
determinação do TRE-DF; e
b) o término da legislatura correspondente à candidatura do interessado.

19.1. O código de ASE 272, motivo/forma 2 (apresentação extemporânea de prestação


de contas), inativará o código de ASE 230:
a) após o fim do período correspondente ao mandato postulado, se for
comandado antes do seu término; ou
b) imediatamente, se for comandado após o período do mandato.

20. Somente será realizada operação de RAE para titulares de inscrições com código de
ASE 272.2 (apresentação extemporânea de prestação de contas) na situação “ATIVO”
após o final da legislatura a qual concorreu, desde que não haja nenhuma outra
restrição à quitação eleitoral.

Subseção II
DA INSCRIÇÃO “CANCELADA”
COM CÓDIGOS DE ASE 230.1, 230.2 OU 272.2 ATIVOS

21. Desde que não haja outra restrição à quitação eleitoral, poderão solicitar novo
alistamento os titulares de inscrições eleitorais com registro dos códigos de ASE 230.1,

55
230.2 ou 272.2 na situação “ATIVO” que se encontrarem CANCELADAS pelos códigos
de ASE:
a) 019 (cancelamento – falecimento);
b) 027-3 (cancelamento automático pelo sistema – duplicidade/pluralidade);
c) 035 (cancelamento – ausência às urnas por 03 eleições consecutivas);
d) 450 (cancelamento – sentença de autoridade judiciária); ou
e) 469 (cancelamento – revisão do eleitorado) de cujo histórico constem os
códigos de ASE 230.1 (irregularidade na prestação de contas – mandato de 4
anos) ou 230.2 (irregularidade na prestação de contas – mandato de 8 anos).

21.1. A realização de nova inscrição eleitoral visa regularizar a situação do interessado


para o exercício do voto.

21.2. Nessa hipótese, o eleitor não poderá sair com o Título Eleitoral, em virtude da
ausência de quitação.

22. Realizado o novo alistamento, deverão ser providenciados, pela Secretaria do


Juízo, independentemente de determinação do Juiz Eleitoral:
I. o cancelamento da inscrição anterior, pelo código de ASE 450 (salvo na
hipótese prevista do item 21, alínea “d”); e
II. o registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2, conforme a hipótese,
no histórico da nova inscrição eleitoral73.

Seção IX
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE MULTA PENDENTE DE PAGAMENTO
Subseção I
DO CÓDIGO DE ASE 094

23. Localizada inscrição com código de ASE 094 na situação “ATIVO”, a operação de
RAE só poderá ser realizada após a comprovação do pagamento das multas pendentes
pelo interessado.

23.1. Nessa hipótese, não há necessidade de impressão do espelho para análise do


Chefe do Cartório ou do servidor por ele indicado.

23.2. Caso o interessado ainda não tenha adotado tal providência, o Atendente deverá
expedir a respectiva GRU.

73
Resolução-TSE nº 23.440/2015, artigo 4º´, caput e parágrafo único

56
Subseção II
DO CÓDIGO DE ASE 264

24. Somente poderá ser realizada operação de RAE para eleitores com registro do
código de ASE 264 em situação “ATIVO” nas hipóteses em que:
a) for comprovado o pagamento integral da multa eleitoral, seguido do
lançamento do código de ASE 612; ou
b) tiver sido deferido o parcelamento da multa eleitoral e for comprovada a
regular quitação das parcelas vencidas.

24.1. Na hipótese prevista na alínea “b”, o adimplemento das parcelas vencidas


permite a quitação eleitoral, daquele momento até o vencimento da parcela
seguinte74.

24.1.1 Entretanto, o código de ASE 264 só poderá ser inativado quando a multa for
quitada em sua integralidade.

Subseção III
DO CÓDIGO DE ASE 442

25. Localizada inscrição com registro do código de ASE 442 na situação “ATIVO”, a
operação de RAE só será realizada após:
I. a impressão da consulta para avaliação do Chefe de Cartório ou de servidor
por ele indicado; e
II. a comprovação do pagamento da multa pelo interessado.

25.1. Nessa hipótese, antes da emissão da GRU para quitação do débito por ausência
aos trabalhos eleitorais, o Juízo que arbitrou a multa deverá ser consultado acerca do
valor devido.

25.2. Após a quitação, o Juízo que arbitrou a multa deverá ser comunicado sobre o
pagamento, a fim de que sejam feitas as anotações devidas no respectivo processo de
ausência aos trabalhos eleitorais ou abandono destes.

Capítulo IV
DO PREENCHIMENTO
E DO PROCESSAMENTO DO RAE
26. Inexistindo inscrição eleitoral para o Requerente, será preenchido RAE de
alistamento (inscrição), com observância das normas previstas no Módulo XII.

74
Lei nº 12.034/2009 / Processo RS nº 46.097/2010-CGE (Ofício-Circular nº 70/2010-CGE)

57
27. Existindo inscrição eleitoral para o eleitor consultado e tratando-se de operações
de transferência, revisão ou segunda via, deverá ser observado o regramento previsto
nos Módulos XIII, XIV ou XV, respectivamente.

28. Caso seja verificada a realização de alguma operação com inscrição pertencente a
eleitor diverso do que procurou a Justiça Eleitoral, o Cartório deverá adotar os
procedimentos previstos no Módulo XLI.

29. Finalizado o atendimento diário, o Cartório providenciará:


I. o fechamento dos lotes de RAEs;
II. a impressão dos relatórios de deferimento coletivo para disponibilização ao
Juiz da Zona Eleitoral a que estiverem vinculadas as inscrições dos alistandos
e/ou eleitores a quem competirá a apreciação das operações de alistamento e
seu:
a) deferimento; ou
b) indeferimento (vide item 29.1); e
III. o envio dos lotes para processamento.

29.1. A decisão de indeferimento será feita sempre de modo individualizado75.

29.2. A lista de deferimentos e indeferimentos76 deverá observar o previsto no item 16


do Módulo I.

29.3. Os recursos ou as impugnações acerca do deferimento ou do indeferimento de


RAEs deverão ser autuados na classe Recurso/Impugnação de Alistamento Eleitoral –
RIAE (código 113), com capa da cor bege77.

29.3.1. Caso o Juiz Eleitoral não reforme sua decisão, poderá ser interposto recurso à
Corte78.

75
Provimento-CGE nº 9/2011
76
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 17, caput e §1º
77
Provimento-CGE nº 3/2010
78
CE, artigo 45, §§ 6º, 7º e 8º

58
Módulo XII

DA OPERAÇÃO DE ALISTAMENTO
(INSCRIÇÃO)

59
Módulo XII
DA OPERAÇÃO DE ALISTAMENTO (INSCRIÇÃO)
Capítulo I
DAS EXIGÊNCIAS PARA O ALISTAMENTO
Seção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS

1. Ainda que possua poderes específicos para fazê-lo, o procurador do Alistando não
poderá:
I. requerer a formalização do RAE;
II. receber o Título Eleitoral; e/ou
III. assinar os documentos supramencionados ou o PETE.

Seção II
DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

2. Para solicitar operação de alistamento, o Requerente deverá apresentar:


I. original ou cópia autenticada de documento de identificação;
II. comprovante de residência no Distrito Federal; e
III. Certificado de Alistamento Militar, caso aplicável.

2.1. A apresentação do Certificado de Alistamento Militar será exigida dos Alistandos


do sexo masculino, com observância das regras previstas no Módulo IX.

Subseção I
DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO

3. Os documentos de identificação aceitos para a operação de alistamento são:


a) carteira de identidade;
b) carteiras emitidas pelos órgãos criados por lei federal (vide item 3.1);
c) certidão de nascimento (vide item 3.2);
d) certidão de casamento (vide item 3.2);
e) carteira de trabalho;
f) passaporte que contenha os dados de qualificação do interessado (vide item
3.3);
g) certificado de alistamento militar – CAM impresso;
h) certificado de dispensa de incorporação – CDI impresso; ou
i) instrumento público que contenha os elementos necessários à qualificação
do Alistando e do qual se infira, por direito:
I. a idade mínima de 16 anos (completos ou, em ano eleitoral, a
completar até a data do pleito);

60
II. a nacionalidade brasileira; e
III. a naturalidade.

3.1. Incluem-se nessa categoria as carteiras funcionais.

3.1.1. Não se incluem nessa categoria os crachás funcionais.

3.2. Os assentos de nascimento e de casamento de brasileiros em país estrangeiro,


emitidos por repartições diplomáticas brasileiras, só produzirão efeitos em território
nacional após serem transladados:
a) no Cartório de 1º Ofício do domicílio do registrado; ou
b) na falta de domicílio conhecido, no Cartório de 1º Ofício do Distrito Federal.

3.3. O passaporte que não contiver os dados de qualificação do interessado será aceito
caso haja complementação dos dados por meio de outro documento.

4. Em regra, a Carteira Nacional de Habilitação – CNH não será aceita para a realização
de operação de alistamento, pois não comprova a nacionalidade e a naturalidade de
seu portador.

4.1. Entretanto, a CNH – independentemente de sua data de validade79 – será aceita


caso haja complementação dos dados por meio de outro documento80.

5. Não será possível realizar a operação de alistamento eleitoral com base em:
a) protocolo de solicitação de segunda via de documento; ou
b) Boletim de Ocorrência (BO).

5.1. Nessas hipóteses, o Alistando deverá ser orientado a obter um dos documentos
necessários para a realização da operação.

Subseção II
DOS COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA

6. Os comprovantes de residência no Distrito Federal aceitos para a operação de


alistamento são:
a) contas de água, luz ou telefone;
b) Certificado de Registro ou de Licenciamento de Veículo;
c) correspondências bancárias, financeiras, de consórcios, expedidas por órgãos
oficiais ou por estabelecimentos de ensino, enviadas pelos Correios;
d) Certificado de Alistamento Militar;
e) contrato de locação de imóvel;
f) carnê de IPTU;
g) documento do INCRA;

79
Ofício-Circular-CGE nº 17/2017
80
Ofício-Circular-CGE nº 39/2007 / Processo-CGE nº 10.697/2009

61
h) documento que comprove que o Requerente possui vínculo profissional
(contrato de trabalho de que conste o endereço do Alistando); ou
i) contrato de matrícula em estabelecimento de ensino.

6.1. O comprovante de residência deverá ter sido emitido há, no mínimo, 03 (três)
meses e, no máximo, 12 (doze) meses, contados da data de comparecimento do
Requerente no Cartório.

7. O comprovante de residência deverá estar em nome:


a) do Alistando;
b) dos pais do Alistando; ou
c) do cônjuge do Alistando (desde que estes possuam o mesmo sobrenome)

7.1. Na hipótese de o Requerente não possuir nenhum comprovante de residência em


seu nome, em nome de seus pais ou de seu cônjuge, poderá ser aceita Declaração de
Residência firmada pelo próprio Alistando em que este declare:
I. seu endereço; e
II. as razões pelas quais deixa de portar o comprovante.

7.1.1. O esquecimento do comprovante em casa não servirá como justificativa para o


preenchimento da declaração.

Subseção III
DO CERTIFICADO DE ALISTAMENTO MILITAR – CAM

8. A apresentação do Certificado de Alistamento Militar será exigida dos Alistandos do


sexo masculino, com observância das regras previstas no Módulo IX.

Seção III
DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO

9. Apresentados os documentos previstos na Seção II, o Atendente verificará se –


considerado o disposto nos Módulos III a X – o Requerente está apto para o
alistamento eleitoral (inscrição).

10. Caso positivo, o Atendente realizará as consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores


e à Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE e verificará se a situação
eleitoral do Requerente permite a realização de operação de alistamento, nos termos
do disposto no Módulo XI.

11. Realizadas as consultas, a operação de alistamento somente será realizada se o


Requerente:
I. não for encontrado no Cadastro Nacional de Eleitores; e
II. estiver quite com a Justiça Eleitoral.

62
11.1. Poderá ser realizada operação de alistamento, apesar do disposto nos incisos I e
II supra, para os eleitores:
I. titulares de inscrição cancelada de cujo histórico constem os códigos de ASE
230.1, 230.2 e/ou 272.2 (vide itens 21 e 22 do Módulo XI); ou
II. cuja inscrição eleitoral esteja cancelada pelo código de ASE 450, desde que
não haja em seu nome inscrição eleitoral:
a) regular (vide item 11.1.1);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329)
d) liberada;
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 11.1.2).

11.1.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja
na situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 e 20 do Módulo XI.

11.1.2. São consideradas passíveis de regularização as inscrições canceladas pelos


códigos de ASE 027, 035 ou 469 ou por código de ASE 019 lançado equivocadamente.

11.2 Se houver REGISTRO “ATIVO” NA BASE de Perda e Suspensão de Direitos Políticos


em nome do Requerente, o alistamento eleitoral não poderá ser realizado.

11.2.1. Nesta hipótese, o interessado deverá ser orientado quanto aos procedimentos
necessários para o restabelecimento ou para a reaquisição de seus direitos políticos.

11.2.2. Ainda que o interessado comprove ao Atendente a cessação do impedimento,


o alistamento eleitoral só poderá ser realizado após a inativação do registro pela CRE-
DF.

12. Caso aplicável, o Atendente deverá emitir GRU81 para pagamento de multa:
a) por intempestividade, se a inscrição for requerida após o prazo previsto na
legislação e nas normas eleitorais; ou
b) por ausência às urnas, se:
I. o Requerente tiver comprovado que era inscrito anteriormente;
II. os dados do interessado tiverem sido expurgados do Cadastro; e
III. o Requerente não possuir comprovantes de votação e/ou de
justificativa por ausência às urnas dos pleitos passados.

12.1. O cálculo das multas deverá observar o disposto no Módulo XVIII.

12.2. Nessas hipóteses, o Atendente deverá:


I. entregar a guia de recolhimento de multa eleitoral ao Requerente;
II. explicar o processo de pagamento de multa ao Requerente;

81
Resolução-TSE nº 21.975/2004

63
III. encaminhar o interessado:
a) ao Banco do Brasil, quando o valor da multa for inferior a 50 reais; ou
b) a qualquer Banco ou a uma casa lotérica, quando o valor da multa for
superior a 50 reais; e
IV. orientar o Requerente a retornar ao Cartório para o processamento do
alistamento, portando a GRU acompanhada do respectivo comprovante de
pagamento.

12.3. Retornando o Requerente ao Cartório, o Atendente:


I. registrará a multa no Sistema ELO; e
II. a seguir, procederá ao alistamento.

12.4. Em qualquer hipótese, caso o eleitor informe não possuir condições financeiras
para quitar as multas eventualmente devidas, poderá apresentar declaração de
hipossuficiência econômica, que deverá ser arquivada junto ao PETE.

Capítulo II
DO PROCESSAMENTO DO RAE
Seção I
DO ACESSO À TELA DO RAE

13. Adotadas as providências previstas no Capítulo I, o Atendente acessará o menu


“Atendimento > RAE” e preencherá os campos:
I. nome do eleitor;
II. nome da mãe; e
III. data de nascimento.

13.1. Caso o nome da mãe do Alistando não conste dos documentos por ele
apresentados, o Atendente deverá preencher o respectivo campo com a expressão
NÃO CONSTA.

13.2. A data de nascimento do Alistando deverá ser registrada da forma consignada no


documento por ele apresentado, mesmo que seja inválida.

13.3. Somente após o preenchimento dos referidos campos aparecerá disponível na


tela a função “ALISTAR”.

13.4. Ao preencher estes campos, o Atendente deverá se certificar de que os dados


informados estão corretos, pois estes não poderão ser modificados durante o
preenchimento do RAE.

64
14. A seguir, o Sistema exibirá a tela completa do RAE e o Atendente preencherá todos
os campos apresentados, na sequência em que forem disponibilizados82.

Seção II
DO PREENCHIMENTO DOS CAMPOS DO RAE

15. Os campos “OCUPA SEÇÃO ESPECIAL” e “DEFICIÊNCIA” só deverão ser preenchidos


se o Alistando tiver alguma deficiência ou mobilidade reduzida e manifestar o desejo
de votar em uma seção adaptada.

15.1. Além disso, o Atendente deverá registrar no RAE o tipo de deficiência


apresentada pelo eleitor ou por ele declarada, ainda que este não manifeste a vontade
de votar em uma seção especial.

16. Caso o “NOME DO PAI” ou o “NOME DA MÃE” do Alistando não constem dos
documentos por ele apresentados, o Atendente deverá assinalar o ícone “NÃO
CONSTA”, disponível na tela do Sistema.

17. A “DATA DE NASCIMENTO” deverá ser registrada no Sistema de acordo com o


documento apresentado pelo Alistando.

17.1. Caso o Alistando apresente documentação de que conste data de nascimento


inválida (por exemplo: 29 ou 30 de fevereiro), o Atendente deverá:
I. registrar a data; e
II. após, assinalar a opção “VALIDAÇÃO”, no campo “ALTERA/VALIDA”.

18. No campo “DOC. IDENTIFICAÇÃO”, o Atendente deverá selecionar o tipo de


documento apresentado pelo eleitor.

18.1. Após, o campo destinado ao registro do número do documento de identificação


deverá ser preenchido com:
a) o número do documento utilizado para o alistamento seguido, caso aplicável,
do número do CAM; ou
b) apenas o número do CAM, se este for o documento utilizado para o
alistamento (vide item 18.1.1)

18.1.1. Na hipótese prevista na alínea “b”, deverá ser selecionada a opção “OUTRO
DOCUMENTO”.

18.2. Após, no campo “ÓRGÃO”, deverá ser especificada a entidade expedidora do


documento.

19. O Sistema Elo não exige o preenchimento do campo destinado ao “CPF” do


Alistando.

82
Ofício-Circular-CGE nº 39/2007

65
19.1. Entretanto, o número desse documento deverá ser registrado no campo
específico se for apresentado ao Atendente.

20. Ao passar para os campos referentes ao “LOCAL DE DOMICÍLIO”, o Atendente


selecionará, no campo “ZONA”, o número da Zona Eleitoral à qual o Alistando ficará
vinculado.

20.1. Esta providência deverá ser adotada antes do preenchimento dos demais dados
relativos ao domicílio e agilizará a localização do CEP e do logradouro do interessado
pelo Sistema.

20.1.1. Os Cartórios Eleitorais deverão manter atualizados os CEPs e os logradouros


vinculados a sua Circunscrição, disponíveis no caminho “Tabela” > “Unidade Eleitoral”
> “Logradouro” do Sistema ELO.

20.2. Os dados de domicílio do Alistando serão aferidos e lançados de acordo com o


comprovante ou com a declaração de residência por ele apresentados.

21. Para preenchimento do campo “TEMPO DE DOMICÍLIO”, o Atendente solicitará que


o Alistando informe há quanto tempo reside no endereço informado.

21.1. Embora o tempo de domicílio seja irrelevante para a operação de alistamento


(inscrição), se o prazo declarado pelo Alistando for inferior a 30 dias, o Atendente
deverá consignar, no campo “TEMPO DE DOMICÍLIO” o período de 01 mês, que é o
tempo mínimo admitido pelo Sistema.

22. É obrigatório o preenchimento do campo “GÊMEO”, devendo ser solicitado que o


Alistando informe se possui ou não irmão gêmeo.

22.1. Se a informação for afirmativa, o Atendente deverá se certificar de que é o


próprio Alistando que sustenta a condição de gêmeo.

22.2. Confirmada a condição de gêmeo, o Atendente deverá assinalar o campo


correspondente no formulário RAE, a fim de possibilitar o registro automático do
código de ASE 256 no histórico da inscrição.

22.3. Não sendo possível comprovar, por meio da certidão de nascimento, a condição
de gêmeo, o Alistando deverá ser informado de que sua declaração está sendo
prestada sob as penas da lei.

23. Ao preencher o campo “LOCAL”, relativo ao Local de Votação, o Atendente indicará


ao Alistando os mais próximos a sua residência, dentre aqueles apresentados pelo
Sistema.

23.1. Em se tratando de pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, o Atendente


ressaltará os Locais de Votação em que existam Seções Especiais.

66
23.2. Os Cartórios Eleitorais deverão bloquear os Locais de Votação vinculados a sua
Circunscrição que não comportem mais eleitores, por meio do caminho “Tabela” >
“Unidade Eleitoral” > “Locais de Votação” do Sistema ELO.

Seção III
DA CONFERÊNCIA DO PREENCHIMENTO DO RAE

24. O Atendente, antes de proceder à gravação dos dados no Sistema, deverá se


certificar de que todos os campos constantes do RAE foram corretamente preenchidos
conforme os documentos apresentados pelo Alistando.

25. Da mesma forma, o Atendente solicitará ao Alistando que confira as informações


digitadas na tela do eleitor e procederá aos ajustes de erros eventualmente
detectados.

26. Se, depois de gravada a operação no Sistema, forem identificados erros no nome
do Alistando, no nome de sua mãe ou em sua data de nascimento, o Atendente
deverá:
I. excluir o RAE com erro; e
II. preencher novo RAE com os dados corretos.

Seção IV
DA COLETA DOS DADOS BIOMÉTRICOS

27. Após a gravação dos dados biográficos, o Atendente coletará os dados biométricos
do Alistando, que incluem:
I. assinatura;
II. fotografia; e
III. impressões digitais dos 10 dedos das mãos.

28. Sempre que não for possível a coleta de assinatura, o Atendente consignará a
exceção no Sistema.

28.1. Essa situação poderá ocorrer se o Alistando:


a) não for alfabetizado; ou
b) estiver permanente ou provisoriamente privado de seus membros
superiores.

29. Colhida a assinatura ou registrada a exceção, o Atendente deverá:


I. tirar a fotografia do Alistando; e
II. coletar as digitais de seus 10 dedos, registrando as exceções no Sistema, caso
aplicável.

67
Seção V
DA ENTREGA DO TÍTULO ELEITORAL
E DA FINALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

30. Impressos o Título Eleitoral e o PETE, o Atendente solicitará que o Alistando


aponha, nos campos próprios dos referidos documentos:
a) sua assinatura; ou
b) caso não seja alfabetizado, sua impressão digital.

30.1. Caso o eleitor esteja impossibilitado de assinar por estar permanente ou


provisoriamente privado de seus membros superiores, o Atendente fará constar a
expressão “IMPOSSIBILITADO DE ASSINAR” nos campos do Título Eleitoral e do PETE
destinados à assinatura.

31. O Atendente deverá conferir as assinaturas apostas no Título Eleitoral e no PETE


com aquela constante do documento de identificação apresentado pelo eleitor e,
havendo divergência, submeter a situação ao Chefe de Cartório, para as providências
pertinentes.

32. O Atendente assinará e anotará o número de sua inscrição no PETE, caso não tenha
sido ele o responsável pelo preenchimento do RAE.

33. Finalizado o atendimento, o Atendente devolverá ao eleitor:


I. os documentos por ele apresentados; e
II. o Título de Eleitor, salvo nas hipóteses previstas nos itens 21 e 22 do Módulo
XI.

68
Módulo XIII

DA OPERAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA

69
Módulo XIII
DA OPERAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
Capítulo I
DAS EXIGÊNCIAS PARA A TRANSFERÊNCIA
Seção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS

1. A operação de TRANSFERÊNCIA deverá ser utilizada quando o eleitor desejar:


I. alterar seu domicílio:
a) de outra Unidade da Federação ou do Exterior para o Distrito Federal;
b) de Zona Eleitoral do Brasil para a Zona Eleitoral do Exterior; ou
c) entre circunscrições eleitorais do exterior registradas, no Sistema Elo,
como “Municípios”; e
II. caso necessário, alterar seus demais dados cadastrais eleitorais.

1.1. Nesse sentido, deverá ser utilizada a operação de REVISÃO quando o eleitor
desejar alterar seu domicílio:
a) dentro de uma mesma Zona Eleitoral do DF;
b) entre Zonas Eleitorais do DF; ou
c) dentro de uma mesma circunscrição eleitoral do exterior registrada, no
Sistema Elo, como “Município” (vide item 1.1.1).

1.1.1. Embora o Sistema Elo permita a realização de transferência na hipótese indicada


na alínea “c” do item 1.1, a operação será retida em Banco de Erros (Erro 30 –
Transferência Inválida – Mesmo Município).

2. Ainda que possua poderes específicos para fazê-lo, o procurador do Requerente não
poderá:
I. requerer a formalização do RAE;
II. receber o Título Eleitoral; e/ ou
III. assinar os documentos supramencionados ou o PETE.

Seção II
DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

3. Para solicitar operação de transferência, o Requerente deverá apresentar:


I. original ou cópia autenticada de documento de identificação;
II. comprovante de residência no Distrito Federal; e
III. Título Eleitoral e comprovantes de votação ou de justificativa por ausência
às urnas, se houver.

70
Subseção I
DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO

4. Os documentos de identificação aceitos para a operação de transferência são:


a) carteira de identidade;
b) carteiras emitidas pelos órgãos criados por lei federal (vide item 4.1);
c) certidão de nascimento (vide item 4.2);
d) certidão de casamento (vide item 4.2);
e) carteira de habilitação – CNH (modelo atual);
f) carteira de trabalho;
g) passaporte que contenha os dados de qualificação do interessado (vide item
4.3);
h) certificado de alistamento militar – CAM impresso;
i) certificado de dispensa de incorporação – CDI impresso; ou
j) instrumento público que contenha os elementos necessários à qualificação
do Requerente e do qual se infira, por direito:
I. a idade mínima de 16 anos (completos ou, em ano eleitoral, a
completar até a data do pleito);
II. a nacionalidade brasileira; e
III. a naturalidade.

4.1. Incluem-se nessa categoria as carteiras funcionais.

4.1.1. Não se incluem nessa categoria os crachás funcionais.

4.2. Os assentos de nascimento e de casamento de brasileiros em país estrangeiro,


emitidos por repartições diplomáticas brasileiras, só produzirão efeitos em território
nacional após serem transladados:
a) no Cartório de 1º Ofício do domicílio do registrado; ou
b) na falta de domicílio conhecido, no Cartório de 1º Ofício do Distrito Federal.

4.3. O passaporte que não contiver os dados de qualificação do interessado será aceito
caso haja complementação dos dados por meio de outro documento.

5. Não será possível realizar a operação de transferência com base em:


a) protocolo de solicitação de segunda via de documento; e/ou
b) Boletim de Ocorrência (BO).

5.1. Nessas hipóteses, o Requerente deverá ser orientado a obter um dos documentos
necessários para a realização da operação.

Subseção II
DOS COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA

6. Os comprovantes de residência no Distrito Federal aceitos para a operação de


transferência são:

71
a) contas de água, luz ou telefone;
b) Certificado de Registro ou de Licenciamento de Veículo;
c) correspondências bancárias, financeiras, de consórcios, expedidas por órgãos
oficiais ou por estabelecimentos de ensino, enviadas pelos Correios;
d) Certificado de Alistamento Militar;
e) contrato de locação de imóvel;
f) carnê de IPTU;
g) documento do INCRA;
h) documento que comprove que o Requerente possui vínculo profissional
(contrato de trabalho de que conste o endereço do alistando); ou
i) contrato de matrícula em estabelecimento de ensino.

7. O comprovante de residência deverá ter sido emitido há, no mínimo, 03 meses e, no


máximo, 12 meses, contados da data de comparecimento do Requerente no Cartório.

8. O comprovante de residência deverá estar em nome:


a) do Requerente;
b) dos pais do Requerente; ou
c) do cônjuge do Requerente (desde que estes possuam o mesmo sobrenome)

8.1. Na hipótese de o Requerente não possuir nenhum comprovante de residência em


seu nome, em nome de seus pais ou de seu cônjuge, poderá ser aceita Declaração de
Residência firmada pelo próprio Requerente em que este declare:
I. seu endereço; e
II. as razões pelas quais deixa de portar o comprovante.

8.1.1. O fato de o Requerente ter esquecido o comprovante em casa não servirá como
justificativa para o preenchimento da declaração.

Seção III
DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO

9. Apresentados os documentos previstos na Seção II, o Atendente verificará se –


considerado o disposto nos Módulos III a X – o Requerente está apto a requerer a
transferência de sua inscrição eleitoral.

10. Caso positivo, o Atendente realizará as consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores


e à Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE e verificará se a situação
eleitoral do Requerente permite a realização de operação de transferência, nos termos
do disposto no Módulo XI.

11. Realizadas as consultas, a operação de transferência somente será realizada se:


I. o Requerente estiver quite com a Justiça Eleitoral;
II. tiver transcorrido o intervalo mínimo de 01 ano entre a data de solicitação da
transferência e a data:
a) da última transferência registrada no Cadastro; ou

72
b) do último alistamento; e
III. o eleitor declarar, sob as penas da lei, residir há pelo menos 03 meses no
novo domicílio.

11.1. Os requisitos previstos nos incisos II e III não se aplicam à transferência das
inscrições de servidor público (civil, militar ou autárquico) ou de membros de sua
família em virtude de remoção ou transferência.

11.1.1. Nesta hipótese, o Requerente deverá apresentar cópia de Portaria ou outro ato
que comprove:
I. a transferência ou a remoção do interessado ou de membro de sua família
para o novo domicílio; e
II. o período em que esta ocorreu.

11.1.2. Apresentada a comprovação, o Atendente deverá:


I. assinalar a opção “ex officio” constante do RAE; e
II. arquivar cópia da documentação comprobatória junto ao PETE.

Capítulo II
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
IMPEDEM A TRANSFERÊNCIA
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO ATIVO NA BASE

12. Se houver registro “ATIVO” na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos em


nome do Requerente, sua inscrição eleitoral só poderá ser transferida após a
inativação do registro, devendo ser observado o regramento previsto no item 13 do
Módulo XI.

SEÇÃO II
INSCRIÇÃO CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329

13. Não pode ser realizada a transferência de inscrições de que conste código de ASE
329 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item 14 do
Módulo XI.
Seção III
INSCRIÇÃO SUSPENSA – ASEs 043 ou 337

14. Não pode ser realizada a transferência de inscrições de que constem os códigos de
ASE 043 ou 337 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no
item 15 do Módulo XI.

73
Seção IV
INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA

15. Não pode ser realizada a transferência de inscrições que se encontrem nas
situações “LIBERADO” ou “NÃO LIBERADO”, devendo ser observadas as normas
previstas no item 17 do Módulo XI.

Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450

16. Não poderá ser realizada a transferência de inscrições com código de ASE 450 na
situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item 18 do Módulo
XI.

Seção VI
INSCRIÇÃO REGULAR OU CANCELADA
COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
– ASEs 230.1, 230.2 E 272.2

17. Não poderá ser realizada a transferência de inscrições com códigos de ASE 230.1,
230.2 e/ou 272.2 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas
nos itens 19 a 22 do Módulo XI.

Capítulo III
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
PERMITEM A TRANSFERÊNCIA
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO INATIVO NA BASE

18. Se houver registro “INATIVO” na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos


em nome do Requerente, sua inscrição eleitoral poderá ser transferida, desde que
observadas as normas previstas nos itens 12 e 13 do Módulo XI.

Seção II
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO COM
REGISTRO DE INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)

19. A existência de registro dos códigos de ASE 515 ou 540 no histórico da inscrição
eleitoral não impede a realização da transferência, nos termos do disposto no item 16
do Módulo XI.

74
Seção III
INSCRIÇÃO REGULAR
SEM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL

20. Nesta hipótese, adotadas as providências previstas no Capítulo I, o Atendente:


I. acessará o menu “Atendimento > RAE”;
II. localizará e selecionará a inscrição eleitoral do Requerente; e
III. clicará na opção “TRANSFERIR”.

21. A seguir, o Sistema exibirá a tela completa do RAE e o Atendente preencherá todos
os campos apresentados, na sequência em que forem disponibilizados, realizando as
alterações eventualmente necessárias nos dados cadastrais, conforme documentos
apresentados e informações complementares fornecidas pelo eleitor83.

22. O preenchimento dos campos do RAE observará o disposto nos itens 15 a 23 do


Módulo XII, com as seguintes ressalvas:
I. para a realização de transferência não é exigida a apresentação do CAM;
II. o tempo mínimo de residência exigido para a transferência é de 03 meses;
III. caso haja necessidade de alteração da data de nascimento do eleitor, deverá
ser selecionada a opção “alteração” (vide item 22.1); e
IV. na operação de transferência, deverão ser preenchidos os dados que serão
alterados e, obrigatoriamente, os seguintes campos:
a) documento de Identificação;
b) número do documento;
c) órgão expedidor do documento;
d) CEP/Logradouro;
e) bairro;
f) tempo de domicílio do eleitor no local indicado como residência; e
g) a condição de ser ou não o eleitor gêmeo.

22.1. A opção “alteração” só está disponível nas operações de revisão e transferência e


poderá, caso necessário, ser utilizada em conjunto com a opção “validação”.

23. Finalizado o preenchimento dos campos do RAE, serão adotadas as providências


previstas nos itens 24 a 33 do Módulo XII, com as ressalvas constantes dos subitens a
seguir.

23.1. Os eleitores cujos dados biométricos já estiverem registrados no Cadastro


Nacional de Eleitores estarão desobrigados de efetuar uma nova coleta, desde que
satisfeitos os requisitos de qualidade exigidos.

23.2. Qualquer alteração no nome do eleitor demanda, além da atualização dos dados
biográficos, nova coleta de todos os seus dados biométricos, para atualização da
assinatura.

83
Ofício-Circular-CGE nº 39/2007

75
Seção IV
INSCRIÇÃO REGULAR
COM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL

24. Se a inscrição estiver regular, mas houver registro de multa pendente de


pagamento e o Requerente não possuir os respectivos comprovantes de pagamento,
de votação e/ou de justificativa por ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais, o
Atendente deverá observar as normas previstas nos itens 23 a 25 do Módulo XI.

24.1. Nos casos em que for necessário o recolhimento de multa cujo valor ainda não
tenha sido estipulado pelo Juízo Eleitoral competente, nos autos do processo em que
foi arbitrada, o cálculo do valor devido deverá observar o disposto no Módulo XVIII.

24.2. Nessas hipóteses, o Atendente deverá:


I. entregar a guia de recolhimento de multa eleitoral ao Requerente;
II. explicar o processo de pagamento de multa ao Requerente;
III. encaminhar o interessado:
a) ao Banco do Brasil, quando o valor da multa for inferior a 50 reais; ou
b) a qualquer Banco ou a uma casa lotérica, quando o valor da multa for
superior a 50 reais; e
IV. orientar o Requerente a retornar ao Cartório para o processamento da
transferência, portando a GRU, acompanhada do respectivo comprovante de
pagamento.

24.3. Retornando o Requerente ao Cartório, o Atendente:


I. registrará a multa no Sistema ELO; e
II. a seguir, procederá à transferência, na forma prevista nos itens 18 a 23.

24.4. Em qualquer hipótese, caso o eleitor informe não possuir condições financeiras
para quitar as multas eventualmente devidas, poderá apresentar declaração de
hipossuficiência econômica, que deverá ser arquivada junto ao PETE.

Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
Subseção I
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO

25. Muito embora o Sistema Elo admita a revisão ou transferência de inscrição


cancelada pelo código de ASE 019, deverá ser observada, nessa hipótese, o rito
previsto nos itens 1 a 15 do Módulo XXXIV.

76
Subseção II
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 e 035

26. Será admitida a transferência de inscrição cancelada pelos códigos de ASE 027-3 e
035, desde que:
I. seja comprovado não existir em nome do Requerente outra inscrição:
a) regular (vide item 26.1.);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 26.2);
II. sejam quitados eventuais débitos com a Justiça Eleitoral, com observância do
disposto na Seção IV deste Capítulo;
III. tenha transcorrido, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência; e
IV. o eleitor resida há, pelo menos, 03 meses no novo domicílio (vide item
26.3).

26.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja na
situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 a 22 do Módulo XI.

26.2. São consideradas passíveis de regularização as inscrições canceladas pelos


códigos de ASE 027, 035 ou 469 ou por código de ASE 019 lançado equivocadamente.

26.3. A condição prevista no inciso IV será declarada, sob as penas da lei, pelo próprio
eleitor.

26.4. Caso não satisfaça as condições previstas neste item, o eleitor poderá requerer
revisão de dados e, tão logo lhe seja possível, transferência para o novo domicílio84.

Subseção III
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELO CÓDIGO DE ASE 469

27. Será admitida a transferência de inscrição cancelada pelo código de ASE 469, desde
que:
I. seja comprovado não existir em nome do Requerente outra inscrição:
a) regular (vide item 27.1.);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;

84
Provimento-CGE nº 1/2004, artigo 2º

77
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 27.2);
II. seja comprovado o endereço do eleitor, não podendo ser utilizada
declaração de residência85;
III. sejam quitados eventuais débitos com a Justiça Eleitoral, com observância
do disposto na Seção IV deste Capítulo;
IV. tenha transcorrido, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência; e
V. o eleitor resida há, pelo menos, 03 meses no novo domicílio (vide item 27.3).

27.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja na
situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 a 22 do Módulo XI.

27.2. São consideradas passíveis de regularização as inscrições canceladas pelos


códigos de ASE 027, 035 ou 469 ou por código de ASE 019 lançado equivocadamente.

27.3. A condição prevista no inciso V será declarada, sob as penas da lei, pelo próprio
eleitor.

27.4. Caso não satisfaça as condições previstas neste item, o eleitor poderá:
I. requerer revisão de dados e, tão logo lhe seja possível, transferência para o
novo domicílio86; ou
II. em caráter excepcional, requerer novo alistamento (operação 1) no
Município em que possuir domicílio87.

28. Nas hipóteses em que o código de ASE 469 tiver sido lançado por equívoco, deverá
ser observado o rito previsto nos itens 1 a 15 do Módulo XXXIV.

Subseção IV
REQUERENTE COM MAIS DE UMA INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469

29. Caso seja localizada mais de uma inscrição cancelada pelos códigos de ASE 019
(lançado por equívoco – vide item 25), 027, 035 e 469 em nome do Requerente,
deverá ser promovida, preferencialmente, a transferência daquela que:
a) tiver sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; ou
b) for mais antiga.

29.1. Nesta hipótese, deverão ser expedidos ofícios aos Juízos a que estiverem
vinculadas as demais inscrições, com a sugestão de que sejam canceladas pelo código

85
Resolução-TSE nº 21.538/2003: artigo 5º, § 3º; e artigo 6º, parte final.
86
Provimento-CGE nº 1/2004, artigo 2º
87
Provimento-CGE nº 1/2004, artigo 1º

78
de ASE 450, haja vista que inscrições canceladas pelos códigos de ASE 019, 027, 035 e
469 são passíveis de regularização por meio de operação de RAE.

79
Módulo XIV

DA OPERAÇÃO DE REVISÃO

80
Módulo XIV
DA OPERAÇÃO DE REVISÃO
Capítulo I
DAS EXIGÊNCIAS PARA A REVISÃO
Seção I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

1. A operação de REVISÃO deverá ser utilizada quando o eleitor desejar:


I. alterar seus dados cadastrais eleitorais; e/ou
II. alterar seu domicílio:
a) dentro de uma mesma Zona Eleitoral do DF;
b) entre Zonas Eleitorais do DF; ou
c) dentro de uma mesma circunscrição eleitoral do exterior registrada,
no Sistema Elo, como “Município”.

1.1. Nesse sentido, deverá ser utilizada a operação de TRANSFERÊNCIA quando o


eleitor desejar alterar seu domicílio:
a) de outra Unidade da Federação ou do exterior para o Distrito Federal;
b) de Zona Eleitoral do Brasil para a Zona Eleitoral do Exterior; ou
c) entre circunscrições eleitorais do exterior registradas, no Sistema Elo,
como “Municípios”.

1.2. Embora o Sistema Elo permita a realização de transferência na hipótese indicada


no item 1, inciso II, alínea “c”, a operação será retida em Banco de Erros (Erro 30 –
Transferência Inválida – Mesmo Município).

2. Ainda que possua poderes específicos para fazê-lo, o procurador do Requerente não
poderá:
I. requerer a formalização do RAE;
II. receber o Título Eleitoral; ou
III. assinar os documentos supramencionados ou o PETE.

81
Subseção II
ELEITOR DE ESTADO DA FEDERAÇÃO
COM INSCRIÇÃO CANCELADA

3. Eleitor com inscrição cancelada, vinculada a outra Unidade da Federação, que


desejar regularizá-la sem alterar o domicílio eleitoral, poderá requerer a revisão na
Zona Eleitoral em que se encontrar se:
a) possuir dados biométricos com qualidade satisfatória registrados no Sistema;
ou
b) a coleta de dados biométricos ainda não for exigida em seu Município de
domicílio.

3.1. Neste caso, o RAE será preenchido manualmente, encaminhado ao Juízo Eleitoral
competente, por intermédio da CRE-DF, e o eleitor deverá retirar o Título Eleitoral na
Zona em que for inscrito88.

4. Não satisfeitos os requisitos previstos no item 3, o Atendente deverá:


I. fornecer certidão circunstanciada ao Requerente; e
II. orientar o Requerente sobre a possibilidade de solicitar, caso o Cadastro
esteja aberto:
a) transferência de sua inscrição eleitoral para o Distrito Federal; ou
b) revisão de sua inscrição eleitoral perante o Cartório de sua Zona
Eleitoral.

Subseção III
ELEITOR DE ESTADO DA FEDERAÇÃO
COM INSCRIÇÃO REGULAR

5. Não é permitido requerer revisão de inscrição vinculada a outra Unidade da


Federação quando a operação se destinar apenas à atualização de dados cadastrais
eleitorais.

5.1. Nesta hipótese, o eleitor deverá ser orientado a procurar o Cartório da Zona
Eleitoral em que é inscrito89.

Seção II
DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

6. Para solicitar operação de revisão, o Requerente deverá apresentar:


I. original ou cópia autenticada de documento de identificação, observando-se
que, nas hipóteses de alteração de dados cadastrais:
a) o documento deverá conter a informação que o eleitor deseja alterar;
ou

88
Provimento-CGE nº 7/2003
89
Provimento-CGE nº 7/2003

82
b) deverá ser apresentado documento comprobatório da necessidade
de alteração;
II. comprovante de residência no Distrito Federal, salvo na hipótese prevista no
item 3; e
III. Título Eleitoral e comprovantes de votação ou de justificativa por ausência
às urnas, se houver.

Subseção I
DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO

7. Os documentos de identificação aceitos para a operação de revisão são:


a) carteira de identidade;
b) carteiras emitidas pelos órgãos criados por lei federal (vide item 7.1);
c) certidão de nascimento (vide item 7.2);
d) certidão de casamento (vide item 7.2);
e) carteira de habilitação – CNH (modelo atual);
f) carteira de trabalho;
g) passaporte que contenha os dados de qualificação do interessado (vide item
7.3);
h) certificado de alistamento militar – CAM impresso;
i) certificado de dispensa de incorporação – CDI impresso; ou
j) instrumento público que contenha os elementos necessários à qualificação
do Requerente e do qual se infira, por direito:
I. a idade mínima de 16 anos (completos ou, em ano eleitoral, a
completar até a data do pleito);
II. a nacionalidade brasileira; e
III. a naturalidade.

7.1. Incluem-se nessa categoria as carteiras funcionais.

7.1.1. Não se incluem nessa categoria os crachás funcionais.

7.2. Os assentos de nascimento e de casamento de brasileiros em país estrangeiro,


emitidos por repartições diplomáticas brasileiras, só produzirão efeitos em território
nacional após serem transladados:
a) no Cartório de 1º Ofício do domicílio do registrado; ou
b) na falta de domicílio conhecido, no Cartório de 1º Ofício do Distrito Federal.

7.3. O passaporte que não contiver os dados de qualificação do interessado será aceito
caso haja complementação dos dados por meio de outro documento.

8. Não será possível realizar a operação de revisão com base em:


a) protocolo de solicitação de segunda via de documento; e/ou
b) Boletim de Ocorrência (BO).

83
8.1. Nessas hipóteses, o Requerente deverá ser orientado a obter um dos documentos
necessários para a realização da operação.

Subseção II
DOS COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA

9. Os comprovantes de residência no Distrito Federal aceitos para a operação de


revisão são:
a) contas de água, luz ou telefone;
b) Certificado de Registro ou de Licenciamento de Veículo;
c) correspondências bancárias, financeiras, de consórcios, expedidas por órgãos
oficiais ou por estabelecimentos de ensino, enviadas pelos Correios;
d) Certificado de Alistamento Militar;
e) contrato de locação de imóvel;
f) carnê de IPTU;
g) documento do INCRA;
h) documento que comprove que o Requerente possui vínculo profissional
(contrato de trabalho de que conste o endereço do alistando); ou
i) contrato de matrícula em estabelecimento de ensino.

10. O comprovante de residência deverá ter sido emitido há, no mínimo, 03 meses e,
no máximo, 12 meses, contados da data de comparecimento do Requerente ao
Cartório.

11. O comprovante de residência deverá estar em nome:


a) do Requerente;
b) dos pais do Requerente; ou
c) do cônjuge do Requerente (desde que estes possuam o mesmo sobrenome).

11.1. Na hipótese de o Requerente não possuir nenhum comprovante de residência


em seu nome, em nome de seus pais ou de seu cônjuge, poderá ser aceita Declaração
de Residência firmada pelo próprio Requerente em que este declare:
I. seu endereço; e
II. as razões pelas quais deixa de portar o comprovante.

11.1.1. O fato de o Requerente ter esquecido o comprovante em casa não servirá


como justificativa para o preenchimento da declaração.

Seção III
DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO

12. Apresentados os documentos previstos na Seção II, o Atendente verificará se –


considerado o disposto nos Módulos III a X – o Requerente está apto a requerer a
revisão de sua inscrição eleitoral.

84
13. Caso positivo, o Atendente realizará as consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores
e à Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE e verificará se a situação
eleitoral do Requerente permite a realização de operação de revisão, nos termos do
disposto no Módulo XI.

14. Realizadas as consultas, a operação de revisão somente será realizada se o


Requerente estiver quite com a Justiça Eleitoral.

Capítulo II
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
IMPEDEM A REVISÃO
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO ATIVO NA BASE

15. Se houver registro “ATIVO” na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos em


nome do Requerente, sua inscrição eleitoral só poderá ser revisada após a inativação
do registro, devendo ser observado o regramento previsto no item 13 do Módulo XI.

Seção II
INSCRIÇÃO CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329

16. Não pode ser realizada a revisão de inscrições de que conste código de ASE 329 na
situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item 14 do Módulo
XI.

Seção III
INSCRIÇÃO SUSPENSA – ASEs 043 ou 337

17. Não pode ser realizada a revisão de inscrições de que constem os códigos de ASE
043 e 337 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item
15 do Módulo XI.

Seção IV
INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA

18. Não pode ser realizada a revisão de inscrições que se encontrem nas situações
“LIBERADO” ou “NÃO LIBERADO”, devendo ser observadas as normas previstas no
item 17 do Módulo XI.

85
Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450

19. Não poderá ser realizada a revisão de inscrições com código de ASE 450 na
situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item 18 do Módulo
XI.

Seção VI
INSCRIÇÃO REGULAR OU CANCELADA
COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
– ASEs 230.1, 230.2 E 272.2

20. Não poderá ser realizada a revisão de inscrições com códigos de ASE 230.1, 230.2
e/ou 272.2 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas nos itens
19 a 22 do Módulo XI.

Capítulo III
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
PERMITEM A REVISÃO
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO INATIVO NA BASE

21. Se houver registro “INATIVO” na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos


em nome do Requerente, sua inscrição eleitoral poderá ser revisada, desde que
observadas as normas previstas nos itens 12 e 13 do Módulo XI.

Seção II
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)

22. A existência de registro dos códigos de ASE 515 ou 540 no histórico da inscrição
eleitoral não impede a realização da revisão, nos termos do disposto no item 16 do
Módulo XI.

Seção III
INSCRIÇÃO REGULAR
SEM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL

23. Nesta hipótese, adotadas as providências previstas no Capítulo I, o Atendente:


I. acessará o menu “Atendimento > RAE";

86
II. localizará e selecionará a inscrição eleitoral do Requerente; e
III. clicará na opção “REVISAR”.

24. A seguir, o Sistema exibirá a tela completa do RAE e o Atendente preencherá todos
os campos apresentados, na seqüência em que forem disponibilizados, realizando as
alterações eventualmente necessárias nos dados cadastrais, conforme documentos
apresentados e informações complementares fornecidas pelo eleitor90.

25. O preenchimento dos campos do RAE observará o disposto nos itens 15 a 23 do


Módulo XII, com as seguintes ressalvas:
I. para a realização de revisão não é exigida a apresentação do CAM;
II. caso haja necessidade de alteração da data de nascimento do eleitor, deverá
ser selecionada a opção “alteração” (vide item 25.1);
III. na operação de revisão, deverão ser preenchidos os dados que serão
alterados e, obrigatoriamente, os seguintes campos:
a) documento de Identificação;
b) número do documento;
c) órgão expedidor do documento;
d) CEP/Logradouro;
e) bairro;
f) tempo de domicílio do eleitor no local indicado como residência; e
g) a condição de ser ou não o eleitor gêmeo.

25.1. A opção “alteração” só está disponível nas operações de revisão e transferência e


poderá, caso necessário, ser utilizada em conjunto com a opção “validação”.

26. Finalizado o preenchimento dos campos do RAE, serão adotadas as providências


previstas nos itens 24 a 33 do Módulo XII, com as ressalvas constantes dos subitens a
seguir.

26.1. Os eleitores cujos dados biométricos já estiverem registrados no Cadastro


Nacional de Eleitores estarão desobrigados de efetuar uma nova coleta, desde que
satisfeitos os requisitos de qualidade exigidos.

26.2. Qualquer alteração no nome do eleitor demanda, além da atualização dos dados
biográficos, nova coleta de todos os seus dados biométricos, para atualização da
assinatura.

Seção IV
INSCRIÇÃO REGULAR
COM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL

27. Se a inscrição estiver regular, mas houver registro de multa pendente de


pagamento e o Requerente não possuir os respectivos comprovantes de pagamento,

90
Ofício-Circular-CGE nº 39/2007

87
de votação e/ou de justificativa por ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais, o
Atendente deverá observar as normas previstas nos itens 23 a 25 do Módulo XI.

27.1. Nos casos em que for necessário o recolhimento de multa cujo valor ainda não
tenha sido estipulado pelo Juízo Eleitoral competente, nos autos do processo em que
foi arbitrada, o cálculo do valor devido deverá observar o disposto no Módulo XVIII.

27.2. Nessas hipóteses, o Atendente deverá:


I. entregar a guia de recolhimento de multa eleitoral ao Requerente;
II. explicar o processo de pagamento de multa ao Requerente;
III. encaminhar o interessado:
a) ao Banco do Brasil, quando o valor da multa for inferior a 50 reais; ou
b) a qualquer Banco ou a uma casa lotérica, quando o valor da multa for
superior a 50 reais; e
IV. orientar o Requerente a retornar ao Cartório para o processamento da
revisão, portando a GRU, acompanhada do respectivo comprovante de
pagamento.

27.3. Retornando o Requerente ao Cartório, o Atendente:


I. registrará a multa no Sistema ELO; e
II. a seguir, procederá à revisão, na forma prevista nos itens 21 a 26.

27.4. Em qualquer hipótese, caso o eleitor informe não possuir condições financeiras
para quitar as multas eventualmente devidas, poderá apresentar declaração de
hipossuficiência econômica, que deverá ser arquivada junto ao PETE.

Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
Subseção I
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO

28. Muito embora o Sistema Elo admita a revisão de inscrição cancelada pelo código
de ASE 019, deverá ser observada, nessa hipótese, o rito previsto nos itens 1 a 15 do
Módulo XXXIV.

Subseção II
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 e 035

29. Será admitida a revisão de inscrição cancelada pelos códigos de ASE 027-3 e 035,
desde que:
I. seja comprovado não existir em nome do Requerente outra inscrição:

88
a) regular (vide item 29.1.);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 29.2); e
II. sejam quitados eventuais débitos com a Justiça Eleitoral, com observância do
disposto na Seção IV deste Capítulo.

29.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja na
situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 a 22 do Módulo XI.

29.2. São consideradas passíveis de regularização as inscrições canceladas pelos


códigos de ASE 027, 035 ou 469 ou por código de ASE 019 lançado equivocadamente.

Subseção III
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELO CÓDIGO DE ASE 469

30. Será admitida a revisão de inscrição cancelada pelo código de ASE 469, desde que:
I. seja comprovado não existir em nome do Requerente outra inscrição:
a) regular (vide item 30.1.);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 30.2);
II. seja comprovado o endereço do eleitor, não podendo ser utilizada
declaração de residência91; e
III. sejam quitados eventuais débitos com a Justiça Eleitoral, com observância
do disposto na Seção IV deste Capítulo.

30.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja na
situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 a 22 do Módulo XI.

30.2. São consideradas passíveis de regularização as inscrições canceladas pelos


códigos de ASE 027, 035 ou 469 ou por código de ASE 019 lançado equivocadamente.

31. Nas hipóteses em que o código de ASE 469 tiver sido lançado por equívoco, deverá
ser observado o rito previsto nos itens 1 a 15 do Módulo XXXIV.

91
Resolução-TSE nº 21.538/2003: artigo 5º, § 3º; e artigo 6º, parte final

89
Subseção IV
REQUERENTE COM MAIS DE UMA INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469

32. Caso seja localizada mais de uma inscrição cancelada pelos códigos de ASE 019
(lançado por equívoco – vide item 28), 027, 035 e 469 em nome do Requerente,
deverá ser promovida, preferencialmente, a revisão daquela que:
a) tiver sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; ou
b) for mais antiga.

32.1. Nesta hipótese, deverão ser expedidos ofícios aos Juízos a que estiverem
vinculadas as demais inscrições, com a sugestão de que sejam canceladas pelo código
de ASE 450, haja vista que inscrições canceladas pelos códigos de ASE 019, 027, 035 e
469 são passíveis de regularização por meio de operação de RAE.

90
Módulo XV

DA OPERAÇÃO DE SEGUNDA VIA

91
Módulo XV
DA OPERAÇÃO DE SEGUNDA VIA
Capítulo I
DAS EXIGÊNCIAS PARA A EMISSÃO DE SEGUNDA VIA
Seção I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
Subseção I
DISPOSIÇÕES COMUNS

1. Esta operação deverá ser utilizada quando o eleitor desejar a emissão de segunda
via de seu Título Eleitoral, sem alteração do número da inscrição ou de quaisquer
dados cadastrais, em virtude de o documento anterior ter sofrido:
a) perda;
b) extravio;
c) inutilização; ou
d) dilaceração.

2. Sempre que comparecer ao Cartório eleitor solicitando CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ou


SEGUNDA VIA do Título Eleitoral e o Atendente verificar a necessidade de atualização
de seus dados biográficos ou biométricos, o eleitor deverá ser informado sobre essa
situação e orientado a requerer operação de revisão ou transferência, conforme a
hipótese.

3. Ainda que possua poderes específicos para fazê-lo, o procurador do Requerente não
poderá:
I. requerer a formalização do RAE;
II. receber o Título Eleitoral; e/ou
III. assinar os documentos supramencionados ou o PETE.

Subseção II
ELEITORES INSCRITOS
NO DISTRITO FEDERAL

4. Para eleitores inscritos no Distrito Federal, a segunda via do Título Eleitoral será
emitida por meio do Sistema Elo, independentemente da Zona a que estiver vinculada
a inscrição do eleitor.

92
5. Em anos eleitorais, os eleitores do Distrito Federal poderão requerer a segunda via
de seu Título Eleitoral até 10 dias antes do pleito92.

Subseção III
ELEITORES INSCRITOS
NO EXTERIOR

6. Para eleitores inscritos no exterior, a segunda via do Título Eleitoral poderá ser
requerida:
a) pessoalmente, perante o Cartório da Zona Eleitoral do Exterior, sediado em
Brasília/DF;
b) por meio de RAE preenchido manualmente perante repartição diplomática;
ou
c) por meio do sistema Título-Net, disponível nas páginas do TRE-DF ou do TSE
na Internet.

7. O prazo para requerimento de segunda via do Título para eleitores inscritos no


Exterior será estabelecido por ocasião cada pleito.

Subseção IV
ELEITORES INSCRITOS
EM ESTADOS DA FEDERAÇÃO

8. Eleitor com inscrição regular, vinculada a outra Unidade da Federação, poderá


requerer a segunda via de seu Título Eleitoral ao Juiz da Zona em que se encontrar se:
a) possuir dados biométricos com qualidade satisfatória registrados no Sistema;
ou
b) a coleta de dados biométricos ainda não for exigida em seu Município de
domicílio.

8.1. Neste caso, o RAE será preenchido manualmente e encaminhado ao Juízo Eleitoral
competente, por intermédio da CRE-DF.

8.2. O eleitor deverá esclarecer se pretende receber o Título no Cartório de sua Zona
Eleitoral ou no Cartório Eleitoral em que solicitou a segunda via.

8.2.1.. Deferido o pedido, o Título Eleitoral:


a) será enviado ao Cartório Eleitoral que encaminhou o RAE, caso o eleitor
tenha solicitado essa providência; ou
b) permanecerá em Cartório, à disposição do interessado93.

8.3. Em anos eleitorais, a emissão de segunda via do Título Eleitoral fora do domicílio
do eleitor poderá ser requerida até 60 dias antes do pleito94.

92
CE, artigo 52
93
CE, artigo 53, §3º
94
CE, artigo 53, §3º

93
9. Não satisfeitos os requisitos previstos no item 3, o Atendente deverá:
I. fornecer certidão circunstanciada ao Requerente; e
II. orientar o Requerente sobre a possibilidade de solicitar, caso o Cadastro
esteja aberto:
a) transferência de sua inscrição eleitoral para o Distrito Federal; ou
b) segunda via de seu Título Eleitoral perante o Cartório de sua Zona
Eleitoral.

Seção II
DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

10. Para solicitar operação de segunda via, o Requerente deverá apresentar:


I. original ou cópia autenticada de documento de identificação; e
II. Título Eleitoral (nas hipóteses de dilaceração ou inutilização) e comprovantes
de votação ou de justificativa por ausência às urnas, se houver.

Subseção I
DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO

11. Os documentos de identificação aceitos para a operação de segunda via são:


a) carteira de identidade;
b) carteiras emitidas pelos órgãos criados por lei federal (vide item 11.1);
c) certidão de nascimento (vide item 11.2);
d) certidão de casamento (vide item 11.2);
e) carteira de habilitação – CNH (modelo atual);
f) carteira de trabalho;
g) passaporte que contenha os dados de qualificação do interessado (vide item
11.3);
h) certificado de alistamento militar – CAM impresso;
i) certificado de dispensa de incorporação – CDI impresso;
j) instrumento público que contenha os elementos necessários à qualificação
do Requerente e do qual se infira, por direito:
I. a idade mínima de 16 anos (completos ou, em ano eleitoral, a
completar até a data do pleito);
II. a nacionalidade brasileira; e
III. a naturalidade.

11.1. Incluem-se nessa categoria as carteiras funcionais.

11.1.1. Não se incluem nessa categoria os crachás funcionais.

11.2. Os assentos de nascimento e de casamento de brasileiros em país estrangeiro,


emitidos por repartições diplomáticas brasileiras, só produzirão efeitos em território
nacional após serem transladados:
a) no Cartório de 1º Ofício do domicílio do registrado; ou
b) na falta de domicílio conhecido, no Cartório de 1º Ofício do Distrito Federal.

94
11.3. O passaporte que não contiver os dados de qualificação do interessado será
aceito caso haja complementação dos dados por meio de outro documento.

12. Não será possível realizar a operação de segunda via com base em:
a) protocolo de solicitação de segunda via de documento; e/ou
b) Boletim de Ocorrência (BO).

12.1. Nessas hipóteses, o Requerente deverá ser orientado a obter um dos


documentos necessários para a realização da operação.

Seção III
DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO

13. Apresentados os documentos previstos na Seção II, o Atendente verificará se –


considerado o disposto nos Módulos III a X – o Requerente está apto a requerer a
segunda via de sua inscrição eleitoral.

14. Caso positivo, o Atendente realizará as consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores


e à Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE e verificará se a situação
eleitoral do Requerente permite a realização de operação de segunda via, nos termos
do disposto no Módulo XI.

15. Realizadas as consultas, a operação de segunda via somente será realizada se o


Requerente estiver quite com a Justiça Eleitoral.

Capítulo II
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
IMPEDEM A SEGUNDA VIA
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO ATIVO NA BASE

16. Se houver registro “ATIVO” na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos em


nome do Requerente, só poderá ser realizada operação de segunda via de seu Título
Eleitoral após a inativação do registro, devendo ser observado o regramento previsto
no item 13 do Módulo XI.

Seção II
INSCRIÇÃO CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329

17. Não pode ser emitida segunda via do Título Eleitoral se constar, do histórico da
inscrição, o código de ASE 329 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as
normas previstas no item 14 do Módulo XI.

95
Seção III
INSCRIÇÃO SUSPENSA – ASEs 043 ou 337

18. Não pode ser emitida segunda via do Título Eleitoral se constarem, do histórico da
inscrição eleitoral, os códigos de ASE 043 e 337 na situação “ATIVO”, devendo ser
observadas as normas previstas no item 15 do Módulo XI.

Seção IV
INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA

19. Não pode ser emitida a segunda via do Título Eleitoral se a inscrição se encontrar
nas situações “LIBERADA” ou “NÃO LIBERADA”, devendo ser observadas as normas
previstas no item 17 do Módulo XI.

Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450

20. Não poderá ser emitida segunda via do Título Eleitoral se constar, do histórico da
inscrição, código de ASE 450 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas
previstas no item 18 do Módulo XI.

Seção VI
INSCRIÇÃO REGULAR OU CANCELADA
COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
– ASEs 230.1, 230.2 E 272.2

21. Não poderá ser emitida segunda via do Título Eleitoral se constarem, do histórico
da inscrição, os códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2 na situação “ATIVO”, devendo
ser observadas as normas previstas nos itens 19 a 22 do Módulo XI.

Seção VII
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
Subseção I
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO

22. Não é admitida a emissão de segunda via de Título Eleitoral referente a inscrição
cancelada pelo código de ASE 019, devendo ser observada, nessa hipótese, o rito
previsto nos itens 1 a 15 do Módulo XXXIV.

96
Subseção II
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 E 035

23. Não é admitida a emissão de segunda via de Título Eleitoral referente a inscrição
cancelada pelos códigos de ASE 027-3 ou 035.

23.1. Nestas hipóteses, o eleitor deverá ser orientado a requerer as operações de:
a) revisão (vide itens 29 e 32 do Módulo XIV); ou
b) transferência (vide itens 26 e 29 do Módulo XIII).

Subseção III
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELO CÓDIGO DE ASE 469

24. Não é admitida a emissão de segunda via de Título Eleitoral referente a inscrição
cancelada pelo código de ASE 469.

24.1. Nesta hipótese, o eleitor deverá ser orientado a requerer as operações de:
a) revisão (vide itens 30 a 32 do Módulo XIV); ou
b) transferência (vide itens 27 a 29 do Módulo XIII),

Capítulo III
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE PERMITEM A SEGUNDA VIA
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO INATIVO NA BASE

25. Se houver registro “INATIVO” na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos


em nome do Requerente, poderá ser emitida segunda via de seu Título Eleitoral, desde
que observadas as normas previstas nos itens 12 e 13 do Módulo XI.

Seção II
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou
INABILITAÇÃO PARA A FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)

26. A existência de registro dos códigos de ASE 515 ou 540 no histórico da inscrição
eleitoral não impede a emissão da segunda via do Título Eleitoral, nos termos do
disposto no item 16 do Módulo XI.

97
Seção III
INSCRIÇÃO REGULAR
SEM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL

27. Nesta hipótese, adotadas as providências previstas no Capítulo I, o Atendente:


I. acessará o menu “Atendimento > RAE";
II. localizará e selecionará a inscrição eleitoral do Requerente; e
III. clicará na opção “SEGUNDA VIA”.

28. A seguir, o Sistema exibirá a tela completa do RAE.

29. O Atendente, antes de proceder à gravação dos dados no Sistema, deverá se


certificar de que nenhum dos campos constantes do RAE necessita de alteração, de
acordo com os documentos apresentados pelo Requerente.

30. Da mesma forma, o Atendente solicitará ao Requerente que confira as informações


constantes da tela do eleitor.

31. Se for verificada a necessidade de atualização de qualquer dado, biográfico ou


biométrico, o Atendente:
I. descartará o RAE; e
II. adotará as providências necessárias para a realização de operação de revisão
ou transferência, conforme a hipótese.

32. Se, depois de gravada a operação no Sistema, for identificada a necessidade de


atualização de qualquer dado, biográfico ou biométrico, o Atendente deverá:
I. excluir o RAE com erro; e
II. preencher novo RAE com os dados corretos, utilizando as operações de
revisão ou transferência.

33. Finalizado o preenchimento dos campos do RAE, serão adotadas as providências


previstas nos itens 30 a 33 do Módulo XII.

Seção IV
INSCRIÇÃO REGULAR
COM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL

34. Se a inscrição estiver regular, mas houver registro de multa pendente de


pagamento e o Requerente não possuir os respectivos comprovantes de pagamento,
de votação e/ou de justificativa por ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais, o
Atendente deverá observar as normas previstas nos itens 23 a 25 do Módulo XI.

34.1. Nos casos em que for necessário o recolhimento de multa cujo valor ainda não
tenha sido estipulado pelo Juízo Eleitoral competente, nos autos do processo em que
foi arbitrada, o cálculo do valor devido deverá observar o disposto no Módulo XVIII.

98
34.2. Nessas hipóteses, o Atendente deverá:
I. entregar a guia de recolhimento de multa eleitoral ao Requerente;
II. explicar o processo de pagamento de multa ao Requerente;
III. encaminhar o interessado:
a) ao Banco do Brasil, quando o valor da multa for inferior a 50 reais; ou
b) a qualquer Banco ou a uma casa lotérica, quando o valor da multa for
superior a 50 reais; e
IV. orientar o Requerente a retornar ao Cartório para o processamento da
segunda via, portando a GRU, acompanhada do respectivo comprovante de
pagamento.

34.3. Retornando o Requerente ao Cartório, o Atendente:


I. registrará a multa no Sistema ELO; e
II. a seguir, procederá à emissão da segunda via do Título Eleitoral, na forma
prevista nos itens 27 a 33.

34.4. Em qualquer hipótese, caso o eleitor informe não possuir condições financeiras
para quitar as multas eventualmente devidas, poderá apresentar declaração de
hipossuficiência econômica, que deverá ser arquivada junto ao PETE.

99
Módulo XVI

DAS CERTIDÕES

100
Módulo XVI
DAS CERTIDÕES
Capítulo I
DISPOSIÇÕES COMUNS
1. A Constituição Federal garante ao cidadão o direito à obtenção de certidões para
defesa de direitos e esclarecimento de situações pessoais, a serem emitidas por
repartições públicas.

2. As certidões emitidas pela Justiça Eleitoral são isentas do pagamento de qualquer


taxa.

3. Sempre que possível, as certidões serão fornecidas no momento em que forem


solicitadas.

3.1. Nos casos em que o Cartório tiver que confeccionar certidões específicas, a
expedição poderá ocorrer em até 15 dias95.

4. Toda certidão ou declaração emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser
subscrita por qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.

4.1. As demais certidões serão subscritas pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou
por seu substituto legal.

5. A Justiça Eleitoral somente fornecerá certidões contendo dados personalizados do


eleitor que não tenham sido informados pelo requerente quando estas forem
solicitadas:
a) pelo próprio eleitor, pessoalmente; ou
b) pelo curador de eleitor cuja inscrição se encontre suspensa por interdição
(mediante apresentação do Termo de Curatela ou de instrumento público que
comprove essa condição).

5.1. Deverão ser observadas as normas previstas no Módulo XIX para a análise das
solicitações de certidões desta espécie formuladas:
I. por autoridades judiciárias;
II. por membros do Ministério Público;
III. por autoridade policial96; e
IV. por entidades autorizadas pelo TSE97.

95
Lei nº 9.051/1995
96
Lei nº 12.850/2013, artigo 15
97
Lei nº 7.444/1985, artigo 4º

101
5.2. Consideram-se dados personalizados do eleitor, dentre outros:
I. filiação;
II. data de nascimento;
III. profissão;
IV. estado civil;
V. escolaridade;
VI. telefone; e
VII. endereço.

6. Serão fornecidas – com observância do disposto no item 8 – as certidões requeridas


por familiar do eleitor (ascendente, descendente, irmão e cônjuge) que:
a) portar um documento de identificação do eleitor; ou
b) comprovar sua relação de parentesco com o eleitor.

7. Também serão fornecidas – com observância do disposto no item 8 – as certidões


requeridas por terceiro que apresente, além de seu próprio documento de
identificação:
a) instrumento público com poderes específicos para solicitar a certidão; ou
b) procuração do eleitor com:
I. poderes específicos para solicitar a certidão; e
II. reconhecimento de firma (que será dispensado nas hipóteses em que
também for apresentado documento de identificação do eleitor).

7.1. Nesta hipótese, deverá ser arquivada em pasta própria cópia da certidão:
I. contendo a data da entrega e a assinatura do recebedor; e
II. acompanhada da procuração apresentada pelo terceiro ou de cópia desta,
autenticada pelo próprio Cartório Eleitoral.

8. Nas hipóteses previstas nos itens 6 e 7, no interesse do resguardo da privacidade do


eleitor, não se fornecerão informações de caráter personalizado constantes do
Cadastro Nacional de Eleitores, excetuados os dados já apresentados pelo familiar ou
pelo terceiro.

9. É vedado o fornecimento do espelho de consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores a


qualquer pessoa estranha à Justiça Eleitoral, mesmo quando se tratar daquelas
mencionadas no item 5.

9.1. Os espelhos são de uso interno e somente poderão ser disponibilizados para a
instrução de processos da própria Justiça Eleitoral.

9.2. As informações do Cadastro poderão ser fornecidas aos entes autorizados nas
formas previstas no Módulo XIX.

102
Capítulo II
DAS ESPÉCIES DE CERTIDÃO
Seção I
CERTIDÃO DE DADOS CADASTRAIS

10. Sempre que solicitada certidão que contenha os dados cadastrais do eleitor
(endereço, ocupação, grau de instrução e estado civil), esta será fornecida de acordo
com o modelo disponível no Sistema ELO.

11. Sempre que verificada divergência entre os dados declarados pelo eleitor e os
constantes do Cadastro Nacional de Eleitores, o Atendente deverá orientá-lo a
requerer a revisão de seus dados antes do fornecimento da certidão.

11.1. Caso o eleitor não requeira a atualização de seus dados cadastrais, o Atendente
deverá suprimir da certidão os dados divergentes.

12. Para emitir a certidão, o Atendente deverá:


I. consultar e localizar a inscrição eleitoral do Requerente;
II. clicar em “Imprimir”; e
III. escolher a opção “Certidão”.

12.1. A certidão emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser subscrita por
qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.

12.2. Na impossibilidade de emissão pelo Sistema Elo, a certidão deverá ser digitada e
subscrita pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por seu substituto legal.

Seção II
CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL

13. As certidões de quitação eleitoral serão expedidas pelo Cartório ou pelo Posto
Eleitoral, independentemente da Zona a que estiver vinculada a inscrição do eleitor.

14. Para emitir a certidão, o Atendente deverá:


I. consultar e localizar a inscrição eleitoral do Requerente;
II. clicar em “Imprimir”; e
III. escolher a opção “Quitação”.

14.1. A certidão emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser subscrita por
qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.

14.2. Na impossibilidade de emissão pelo Sistema Elo, a certidão deverá ser digitada e
subscrita pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por seu substituto legal.

103
15. As certidões de quitação também poderão ser emitidas pelo próprio eleitor, por
meio das páginas do TRE-DF ou do TSE na Internet.

15.1. A certidão somente poderá ser emitida pela Internet se não houver divergência
entre os dados informados pelo interessado e aqueles constantes do Cadastro
Nacional de Eleitores.

Seção III
CERTIDÃO CIRCUNSTANCIADA

16. A qualquer tempo poderá ser expedida certidão circunstanciada a respeito de


situações específicas constantes do Cadastro Nacional de Eleitores que ateste, dentre
outras situações:
a) o cancelamento de inscrição eleitoral;
b) a suspensão de direitos políticos;
c) a isenção de obrigações eleitorais;
d) o regular exercício do voto;
e) a regularização de inscrição eleitoral que se encontrava cancelada ou em
débito; e/ou
f) a existência de divergência nos dados cadastrais, quando houver
impossibilidade de sua revisão.

16.1. As certidões circunstanciadas serão assinadas pelo Chefe do Cartório ou Posto


Eleitoral ou por seu substituto legal.

Seção IV
CERTIDÃO DE CADASTRO FECHADO

Subseção I
ELEITORES SEM RESTRIÇÕES NO CADASTRO E ALISTANDOS

17. Nos 150 dias que antecederem o pleito, deverá ser emitida certidão de
fechamento do Cadastro para os eleitores/alistandos que procurarem o Cartório ou
Posto para requerer a realização de operações de alistamento (vide item 17.1).

17.1. Quando se tratar de operação de segunda via, a certidão de fechamento do


Cadastro somente será emitida nos 10 dias antecederem o pleito.

17.2. A certidão somente será emitida se o interessado comprovar o preenchimento


dos requisitos legais cabíveis para solicitar a operação de alistamento.

17.2.1. Se a única pendência para a regularização da situação eleitoral do interessado


for a quitação de multa, será possível emitir a certidão, bastando que seja:
a) comprovado o pagamento da multa ou dispensado seu recolhimento; e
b) selecionada a opção correspondente no Sistema Elo.

104
17.2.2. Nesta hipótese, o registro do pagamento da multa deverá ser realizado após a
reabertura do Cadastro Nacional de Eleitores.

18. Para emitir a certidão, o Atendente deverá utilizar as opções disponibilizadas pelo
TSE no Sistema Elo.

18.1. A certidão emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser subscrita por
qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.

18.2. Na impossibilidade de emissão pelo Sistema Elo, a certidão deverá ser digitada e
subscrita pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por seu substituto legal.

19. As certidões de fechamento do Cadastro Nacional de Eleitores deverão conter:


I. nome, filiação e data de nascimento do interessado;
II. número da inscrição eleitoral, caso exista;
III. menção à impossibilidade de realização da operação de alistamento
solicitada pelo interessado durante o período de fechamento do Cadastro;
IV. prazo de validade até a reabertura do Cadastro; e
V. recomendação para que o eleitor procure a Justiça Eleitoral após a
reabertura do Cadastro (de acordo com as orientações expedidas pelo TSE à
época do fechamento).

Subseção II
ELEITORES QUE DEMANDEM REGULARIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL

20. Nos 150 dias que antecederem o pleito, deverá ser emitida certidão
circunstanciada de quitação eleitoral para os eleitores/alistandos que procurarem o
Cartório ou Posto para requerer a adoção de providências necessárias à regularização
de sua situação eleitoral que demandem alterações no Cadastro.

20.1. A certidão somente será emitida mediante comprovação do preenchimento dos


requisitos legais cabíveis para a regularização da situação eleitoral do interessado.

20.2. A certidão deverá ser assinada pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por
seu substituto legal.

21. As certidões circunstanciadas de quitação eleitoral emitidas durante o fechamento


do Cadastro Nacional de Eleitores deverão conter:
I. nome, filiação e data de nascimento do interessado;
II. número da inscrição eleitoral, caso exista;
III. todas as informações referentes à situação do interessado perante a Justiça
Eleitoral;
IV. menção à impossibilidade de adoção das providências necessárias para a
regularização da situação eleitoral do interessado durante o período de
fechamento do Cadastro;
V. menção ao seu valor de quitação eleitoral com prazo determinado;

105
VI. prazo de validade até a reabertura do Cadastro; e
VII. recomendação para que o eleitor procure a Justiça Eleitoral após a
reabertura do Cadastro (de acordo com as orientações expedidas pelo TSE à
época do fechamento).

22. Quando o interessado desejar a regularização de inscrição eleitoral cancelada pelos


códigos de ASE 027-3, 035, 450 (desde que não tenha sido lançado por equívoco) ou
469, a certidão conterá, além das informações constantes do item 21, esclarecimento
no sentido de que, oportunamente, a regularização da situação eleitoral deverá ser
requerida por meio de RAE.

23. Além de emitir a certidão circunstanciada, o Atendente deverá orientar o


interessado a preencher Requerimento de Regularização de Inscrição – RRI nas
hipóteses em que este desejar:
I. regularização de inscrição eleitoral cancelada por perda dos direitos políticos
(ASE 329);
II. regularização de inscrição eleitoral cancelada por equívoco pelos códigos de
ASE 019, 450 ou 469;
III. restabelecimento de inscrição suspensa;
IV. inativação de registro da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos
(vide item 23.2);
V. reversão de operações de alistamento realizadas por equívoco (vide item
23.3); ou
VI. quaisquer outras atualizações da situação eleitoral que demandem o
comando de código de ASE.

23.1. Nestas hipóteses, a emissão da certidão circunstanciada de quitação eleitoral


dependerá da apreciação da documentação comprobatória da regularidade da
situação eleitoral do interessado pela autoridade competente para a realização das
alterações necessárias no Cadastro Nacional de Eleitores ou na Base de Perda e
Suspensão de Direitos Políticos (Juízo Eleitoral da inscrição do interessado, CRE-DF ou
CGE, conforme a hipótese).

23.2. Na situação prevista no inciso IV, o RRI deverá ser imediatamente encaminhado à
CRE-DF, para análise da pertinência de inativação do registro, visto que esta pode ser
realizada mesmo durante o período de fechamento do Cadastro.

23.2.1. Inativado o registro pela CRE-DF e não havendo outra pendência que impeça a
realização da operação, o eleitor deverá ser comunicado sobre a possibilidade de
retornar ao Cartório para solicitar a emissão da segunda via de seu Título Eleitoral:
a) até 10 dias antes do pleito, para os eleitores inscritos no Distrito Federal; ou
b) até 60 dias antes do pleito, para os eleitores inscritos em Estados da
Federação.

23.3. Tratando-se da hipótese prevista no inciso V, o Cartório deverá adotar,


imediatamente, as providências previstas no Módulo XLII.

106
23.3.1. Neste caso, o eleitor deverá ser informado de que o encaminhamento do
processo RSE à CGE e a reversão da operação de alistamento por aquela Unidade
ocorrerão nos prazos fixados pelo TSE nas normas específicas para cada pleito.

Seção V
CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL
COM PRAZO DE VALIDADE INDETERMINADO

24. As informações relativas à emissão de certidões com prazo de validade


indeterminado constam do Módulo VI.

Seção VI
CERTIDÃO DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA

25. A certidão de filiação partidária informa a existência ou a inexistência de filiação


oficial do eleitor a algum partido político.

26. A certidão poderá ser expedida pelo Cartório Eleitoral ou pelo próprio interessado
por meio do sítio eletrônico do TSE na Internet98.

27. A certidão de filiação poderá ser fornecida:


a) ao próprio interessado; ou
b) a terceiro, desde que autorizado pelo Juiz Eleitoral, mediante requerimento
fundamentado.

Seção VII
CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS ELEITORAIS

28. A certidão de antecedentes criminais eleitorais se destina a atestar, no âmbito da


Justiça Eleitoral:
I. a concessão dos benefícios da transação penal ou da suspensão condicional
do processo99; e
II. a existência de ação penal eleitoral ou inquérito em curso ou arquivados.

29. No Distrito Federal, a certidão de antecedentes criminais eleitorais é emitida:


I. pela CRE-DF, no âmbito da Justiça Eleitoral de primeira instância; e
II. pela SJU, no âmbito da Justiça Eleitoral de segunda instância.

98
Resolução-TSE nº 23.117/2009
99
Lei nº 9.099/1995: artigos 76 e 89 / Lei nº 10.259/2001, artigo 2º, parágrafo único

107
Seção VIII
CERTIDÃO DE CRIMES ELEITORAIS

30. A certidão de crimes eleitorais se destina a atestar eventual condenação criminal


eleitoral definitiva, com trânsito em julgado.

30.1. Nessas certidões somente são relacionadas as condenações cuja extinção de


punibilidade ainda não tenha sido declarada100.

31. As certidões de crimes eleitorais serão expedidas pelo Cartório ou Posto Eleitoral,
independentemente da Zona a que estiver vinculada a inscrição do eleitor.

32. Para emitir a certidão, o Atendente deverá:


I. consultar e localizar a inscrição eleitoral do Requerente;
II. clicar em “Imprimir”; e
III. escolher a opção “Certidão de Crimes Eleitorais”.

32.1. A certidão emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser subscrita por
qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.

32.2. Na impossibilidade de emissão pelo Sistema Elo, a certidão deverá ser digitada e
subscrita pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por seu substituto legal.

33. As certidões de crimes eleitorais também poderão ser emitidas pelo próprio
eleitor, por meio das páginas do TRE-DF ou do TSE na Internet.

33.1. A certidão somente poderá ser emitida pela Internet se não houver divergência
entre os dados informados pelo interessado e aqueles constantes do Cadastro
Nacional de Eleitores.

100
Lei n. 7.210/1984, artigo 202

108
Módulo XVII

DA JUSTIFICATIVA
POR AUSÊNCIA ÀS URNAS

109
Módulo XVII
DA JUSTIFICATIVA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
DO PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA

1. Os eleitores que deixarem de votar – observadas as exceções previstas na Seção III


deste Capítulo – deverão apresentar justificativa por ausência às urnas nos prazos
previstos nesta Seção.

2. Na data do pleito, os eleitores – inscritos no Brasil ou no exterior – que estiverem no


País, mas fora de seu domicílio eleitoral, deverão apresentar RJE em qualquer posto de
justificativa disponível no local em que se encontrarem.

3. Aqueles que não votarem nem apresentarem RJE no dia da eleição poderão, no
prazo de 60 dias, contados da data de cada turno, apresentar Requerimento de
Justificativa por ausência às urnas.

3.1. O eleitor que se encontrar em trânsito no exterior na data do pleito poderá


apresentar justificativa:
a) no prazo de 60 dias, contados da data de cada turno; ou
b) no prazo de 30 dias, contados da data de seu retorno ao País.

3.1.2. Deve prevalecer o prazo que for mais favorável ao interessado101.

Seção II
DA OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA
Subseção I
ELEITOR COM INSCRIÇÃO CANCELADA

4. Para evitar a incidência de multa eleitoral, o eleitor cuja inscrição estiver cancelada,
deverá apresentar justificativa por ausência às urnas, salvo quando sua inscrição
eleitoral tiver sido cancelada pelo código de ASE 329, indicativo da perda dos direitos
políticos.

101
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 80

110
Seção III
DA DISPENSA DE APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA

Subseção I
ELEITORES COM PERDA OU SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS

5. Estão dispensados da apresentação de justificativa por ausência às urnas os


eleitores:
I. com inscrições suspensas (ASEs 043 e 337); e
II. com inscrições canceladas em virtude de perda dos direitos políticos (ASE
329).

Subseção II
ELEITORES CUJO EXERCÍCIO DO VOTO É FACULTATIVO

6. Não precisam apresentar justificativa por ausência às urnas os titulares de inscrições


eleitorais:
I. analfabetos;
II. menores de 18 anos;
III. maiores de 70 anos; e
IV. com registro do código de ASE 396, motivo/forma 4, na situação “ATIVO”.

Seção IV
DAS CONSEQUÊNCIAS DA NÃO APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA

7. O eleitor que deixar de votar e não justificar a ausência às urnas, por uma das
formas previstas neste Módulo, incorrerá em multa, que será cobrada na forma
prevista no Módulo XVIII102.

8. Não existe limite para justificativas, mas será cancelada a inscrição do eleitor que
não votar e não justificar em 03 turnos consecutivos, à exceção daqueles
discriminados na Seção III.

9. Cada turno de votação é considerado como uma eleição para efeitos de


cancelamento e de cobrança de multa.

10. Estará sujeito às penalidades previstas no artigo 7º, § 1º, do Código Eleitoral, o
eleitor, inscrito no Brasil ou no exterior, que não possa comprovar:
a) o voto;
b) a apresentação de Requerimento de Justificativa no dia da eleição;
c) o deferimento de requerimento de justificativa por ausência às urnas
apresentado após o dia da eleição; ou
d) o pagamento ou a dispensa de recolhimento da respectiva multa.

102
CE, artigos 7º e 367, no que couber / Lei nº 6.091/74, artigo 7º / Resolução-TSE nº 21.538/2003: artigo 80, caput; e artigo 85

111
11. O eleitor inscrito no exterior que se enquadrar na hipótese prevista no item 8,
ficará sujeito, ainda, à proibição de requerer qualquer documento perante a repartição
diplomática a que estiver subordinado, enquanto não regularizar a situação103.

11.1. Entretanto, mesmo que se enquadre na hipótese prevista no item 8, o eleitor no


exterior poderá requerer novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil104.

Capítulo II
DA JUSTIFICATIVA NO DIA DA ELEIÇÃO
Seção I
ELEITORES QUE SE ENCONTRAREM NO BRASIL

Subseção I
DA APRESENTAÇÃO DO RJE

12. Os eleitores que estiverem fora de seu domicílio eleitoral no dia da eleição deverão
justificar sua ausência às urnas apresentando, em qualquer posto de justificativa
disponibilizado pela Justiça Eleitoral, o formulário de Requerimento de Justificativa
Eleitoral – RJE, devidamente preenchido, juntamente com um documento de
identificação com foto.

12.1. O formulário RJE poderá ser obtido gratuitamente:


I. na data do pleito: nos locais de justificativa; e
II. nos dias que antecederem o pleito e na data deste:
a) nos Cartórios e Postos Eleitorais; e
b) nos sítios eletrônicos do TSE ou dos TREs.

13. Não é possível apresentar o RJE em posto de justificativa localizado no Município


de domicílio do eleitor.

13.1. Nesse sentido, os eleitores inscritos nas Zonas Eleitorais do DF não poderão
justificar a ausência às urnas nos postos de justificativa localizados no DF.

13.1.1. Esses eleitores só poderão justificar a ausência às urnas:


a) no dia da eleição, em postos de justificativa localizados em outras Unidades
da Federação; ou
b) após o dia da eleição, na forma prevista no Capítulo III.

14. O RJE formalizado perante a Justiça Eleitoral no dia da eleição prova a ausência do
eleitor de seu domicílio eleitoral naquela data.

103
CE, artigo 231
104
Lei nº 13.165/2015

112
15. Os formulários preenchidos com dados incorretos, de forma que não seja possível
a identificação do eleitor, não serão hábeis a justificar a ausência destes às urnas, o
que importará débito com a Justiça Eleitoral.

Subseção II
DO PROCESSAMENTO DO RJE

16. A recepção, o processamento e a inclusão no Cadastro dos RJEs recebidos no dia da


eleição observarão as regras fixadas para cada pleito pelo TSE e pelo TRE-DF.

17. Após as conferências de praxe, o RJE será registrado na urna eletrônica,


restituindo-se ao eleitor seus documentos pessoais e o comprovante de justificativa,
devidamente autenticado e rubricado por componente da mesa receptora.

18. Os RJEs recebidos no dia do pleito que não puderem ser processados pelas urnas
eletrônicas serão posteriormente anotados no Sistema Elo, pelo Cartório da Zona
Eleitoral responsável pelo recebimento.

18.1. O RJE será registrado por meio do comando do código de ASE 167 no histórico
das respectivas inscrições eleitorais, no prazo fixado pelo TSE nas instruções
específicas para cada pleito.

18.2. Caso o eleitor apresente canhoto de RJE que não tenha sido processado pelo
Sistema Elo, devidamente assinado pelo mesário e com código de identificação, o
Atendente adotará as providências determinadas pelo Chefe de Cartório.

19. Após o processamento, os RJEs serão arquivados no Cartório da Zona Eleitoral que
os recebeu até o pleito subsequente, após o que poderão ser descartados.

19.1. Transcorrido o prazo de guarda, os Requerimentos serão incluídos no próximo


processo de descarte autorizado pela Administração.

Seção II
ELEITORES QUE SE ENCONTRAREM NO EXTERIOR

20. Os eleitores que se encontrarem no exterior na data do pleito deverão justificar


sua ausência às urnas na forma estabelecida no Capítulo III.

113
Capítulo III
DA JUSTIFICATIVA APÓS O DIA DA ELEIÇÃO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

21. O Requerimento deverá ser dirigido ao Juiz da Zona Eleitoral de domicílio do


interessado.

22. O Requerimento deverá ser instruído com cópias:


I. do documento de identificação do eleitor;
II. da documentação comprobatória da impossibilidade de exercício do voto,
em virtude de estar em domicílio eleitoral diverso, de problemas de saúde ou
de qualquer outro motivo;
III. de requerimentos de justificativa apresentados anteriormente, caso
disponíveis; e
IV. de documentação comprobatória do pagamento ou da dispensa de
recolhimento de multas eleitorais aplicadas anteriormente, caso disponível.

23. Se o eleitor estiver impossibilitado de assinar o requerimento por motivo de


doença, qualquer pessoa poderá fazê-lo por ele.

23.1. Nesta hipótese, deverá ser juntado ao Requerimento atestado médico que
comprove o fato.

24. As informações acerca do deferimento ou indeferimento do Requerimento


deverão ser obtidas junto ao Cartório da Zona Eleitoral em que o eleitor estiver
inscrito.

25. A certidão de quitação só poderá ser emitida após o deferimento da justificativa


pelo Juízo a que esteja vinculada a inscrição do interessado.

25.1. Caso o eleitor não queira aguardar a decisão, poderá optar pelo recolhimento da
multa, no valor máximo, perante o Cartório da Zona Eleitoral em que se encontrar.

Seção II
DA JUSTIFICATIVA EM MEIO FÍSICO
Subseção I
COMUNICAÇÃO POR SUPERIOR HIERÁRQUICO DO ELEITOR AUSENTE

26. Caso o eleitor não tenha comparecido ao pleito em decorrência do exercício


funcional, seu superior poderá efetuar a devida comunicação ao Cartório Eleitoral por
meio de ofício devidamente fundamentado.

114
26.1. Caberá ao Juiz Eleitoral apreciar a comunicação e, se for o caso, determinar o
comando do código de ASE 167.

Subseção II
APRESENTAÇÃO POR ELEITORES QUE SE ENCONTREM NO BRASIL

27. O eleitor – inscrito no Brasil ou no exterior – que estiver no Brasil nos 60 dias
posteriores ao pleito poderá apresentar requerimento de justificativa perante
qualquer Cartório Eleitoral.

Subseção III
APRESENTAÇÃO POR ELEITORES NO EXTERIOR

28. O eleitor (inscrito no Brasil ou na Zona Eleitoral do Exterior) que estiver fora do País
na data do pleito poderá justificar eventual ausência às urnas antes do retorno ao
Brasil, no prazo de 60 dias, contados da data do pleito.

28.1. Os eleitores inscritos no Distrito Federal ou no exterior poderão encaminhar seus


requerimentos de justificativa:
a) diretamente ao Cartório da respectiva Zona Eleitoral do Distrito Federal ou
do Exterior, por meio dos serviços de postagem; ou
b) às missões diplomáticas ou repartições consulares brasileiras localizadas nos
países em que estiverem.

28.1.1. No prazo de 15 dias, contado do recebimento, a repartição diplomática


remeterá os Requerimentos ao Ministério das Relações Exteriores, que os enviará ao
Cartório Eleitoral do Exterior, para processamento.

28.2. Os eleitores inscritos em outras Unidades da Federação deverão encaminhar


seus Requerimentos diretamente ao Cartório da Zona Eleitoral a que estiver vinculada
sua inscrição, por meio dos serviços de postagem.

29. O eleitor, inscrito no Brasil ou na Zona Eleitoral do Exterior, também poderá


justificar sua ausência no prazo de 30 dias, contado da data de seu retorno ao País.

29.1. O Requerimento poderá ser apresentado perante qualquer Cartório Eleitoral.

30. Deverão ser anexadas aos requerimentos de que tratam os itens 28 e 29 cópias:
I. dos documentos elencados no item 22; e
II. de documentação comprobatória da estadia do interessado no exterior no
período de realização das eleições (especialmente, caso seja possível, cópia dos
bilhetes de passagem de ida e de volta).

115
Subseção IV
DO PROCESSAMENTO DO REQUERIMENTO APRESENTADO EM MEIO FÍSICO

31. Se o Requerimento de Justificativa por ausência às urnas for apresentado


pessoalmente no Cartório, o Atendente conferirá se o pedido foi instruído com os
dados e documentos necessários.

31.1. O Requerimento será recebido em qualquer hipótese, mas o Atendente deverá


informar ao responsável pela entrega que a insuficiência ou a falta de instrução do
pedido poderão resultar no indeferimento deste.

32. O Requerimento poderá ser entregue ao Cartório Eleitoral por familiar do eleitor
ou por terceiro, dispensada a apresentação de autorização ou procuração, desde que:
a) esteja devidamente assinado pelo eleitor; e
b) seja apresentado documento de identificação do Requerente ou o Título
Eleitoral deste.

33. Recebido Requerimento de Justificativa por ausência às urnas, o Cartório:


I. protocolizará o Requerimento, caso pendente tal providência; e
II. anexará espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores.

33.1. Não há necessidade de autuação do Requerimento.

34. Após a adoção das providências supra, o Chefe de Cartório:


I. encaminhará os pedidos formulados por eleitor de outra Zona Eleitoral
diretamente ao Juízo a que estiver vinculada a inscrição, independentemente
de determinação do Juiz Eleitoral, pela forma definida pela CRE-DF; e
II. submeterá os Requerimentos formulados por eleitores inscritos na
circunscrição ao Juiz Eleitoral, para apreciação.

35. Deferido o pedido de justificativa, o Juiz Eleitoral determinará o comando do


código de ASE 167 no histórico da inscrição do eleitor.

35.1. Nesta hipótese, deverá ser informado, no campo “data de ocorrência”, o dia em
que ocorreu o turno da eleição ao qual o eleitor deixou de comparecer.

36. Indeferido o requerimento ou decorrido o prazo sem apresentação de justificativa,


deverá ser aplicada multa ao eleitor faltoso105.

36.1. O indeferimento da justificativa deverá ser anotado no próprio Requerimento e


registrado no SADP.

105
CE, artigos 7º e 367, no que couber / Lei nº 6.091/1974, artigo 7º / Resolução-TSE nº 21.538/2003: artigo 80, caput e § 3º; e
artigo 85

116
36.2. Efetuado o pagamento da multa, será registrado o código de ASE 078,
motivo/forma 1, no histórico da inscrição eleitoral106.

36.3. O eleitor que comprovar, na forma da lei, o seu estado de pobreza ficará isento
do pagamento da multa, devendo ser registrado o código de ASE 078, motivo/forma 2,
no histórico de sua inscrição eleitoral107.

37. A certidão de quitação somente poderá ser fornecida após o deferimento do


Requerimento de Justificativa pelo Juiz da Zona Eleitoral a que estiver vinculada a
inscrição.

37.1. Se o eleitor não quiser aguardar a decisão, poderá optar pelo recolhimento da
multa, no valor máximo, perante o Cartório da Zona Eleitoral em que se encontrar.

38. Encerrada a adoção das providências previstas nesta Subseção, os Requerimentos


serão arquivados no Cartório Eleitoral competente até o próximo pleito.

38.1. Transcorrido o prazo de guarda, os Requerimentos serão incluídos no próximo


processo de descarte autorizado pela administração.

Seção III
DA JUSTIFICATIVA EM MEIO ELETRÔNICO – SISTEMA JUSTIFICA

39. O Sistema Justifica permite o encaminhamento de justificativa por ausência às


urnas diretamente ao Juízo a que esteja vinculada a inscrição do eleitor, via Internet.

39.1. Essa ferramenta só poderá ser utilizada por eleitores inscritos em Unidade da
Federação cujo TRE tenha aderido ao Sistema.

39.1.1. Os eleitores inscritos no Distrito Federal e no exterior podem formalizar seu


requerimento de justificativa por meio do Sistema Justifica.

40. Estão disponíveis no sítio eletrônico www.tre-df.jus.br, por meio dos caminhos
“Serviços ao Eleitor > Justificativa eleitoral após eleição” ou “Eleitor > Justificativa
Eleitoral”:
I. orientações para a utilização do Sistema Justifica;
II. lista das demais Unidades da Federação que adotaram o Sistema; e
III. link de acesso ao Sistema para eleitores inscritos no Distrito Federal ou no
exterior.

106
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82
107
Lei nº 7.115/1983 / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82, § 3º

117
40.1. Os eleitores inscritos em Estados da Federação poderão obter outras orientações
e acessar o Sistema Justifica por meio das páginas dos respectivos TREs na Internet
(www.tre-uf.jus.br, onde “uf” representa a sigla do Estado).

41. Após acessar o Sistema Justifica, o eleitor poderá:


I. apresentar sua justificativa, por meio do link “Formulário de justificativa”;
e/ou
II. consultar justificativa formalizada por meio do Sistema, acessando o link
“Consulta ao andamento”.

42. Para formalizar seu Requerimento de Justificativa, o eleitor:


I. preencherá o formulário eletrônico com seu nome, data de nascimento e
número da inscrição eleitoral; e
II. anexará cópia digitalizada de seus documentos pessoais e dos documentos
comprobatórios da impossibilidade de comparecimento às urnas (atestado
médico, comprovantes de viagem etc).

42.1. Finalizada a formalização do Requerimento, o eleitor receberá um código para


acompanhamento da solicitação, na forma prevista no item 41, inciso II.

43. O Chefe de Cartório analisará os Requerimentos e:


I. recusará aqueles em que a documentação anexada não seja legível (vide item
43.1);
II. colocará em diligência os que não considerar aptos ao deferimento; e
III. dará o tratamento previsto nos itens a seguir aos demais Requerimentos.

43.1. A recusa do recebimento do Requerimento não pode ser revertida e, nessa


hipótese:
I. o eleitor ficará impossibilitado de encaminhar novo pedido por meio do
Sistema; e
II. será orientado a comparecer a um Cartório Eleitoral para regularizar sua
situação.

44. Semanalmente, o Chefe de Cartório emitirá, a partir do Sistema Justifica, relatório


que discrimine os Requerimentos aptos ao deferimento coletivo pelo Juiz Eleitoral.

44.1. O relatório de deferimento coletivo será arquivado em pasta criada


exclusivamente para esse fim após:
I. assinatura pelo Juiz Eleitoral;
II. registro da decisão do magistrado no Sistema Justifica;
III. lançamento do código de ASE 167 no histórico das inscrições eleitorais dos
interessados; e
IV. certificação da adoção das providências supra no corpo do relatório de
deferimento coletivo.

118
44.2. Caso o Juiz Eleitoral decida pelo indeferimento de algum dos requerimentos
discriminados no relatório de deferimento coletivo, deverá ser impresso novo
documento, excluindo-se o requerimento indeferido, que deverá ser impresso
individualmente.

45. Os Requerimentos de Justificativa que o Chefe de Cartório considere que devam


ser indeferidos, serão impressos individualmente para apreciação do magistrado.

45.1. Indeferido o Requerimento, o despacho do Juiz Eleitoral será registrado no


Sistema Justifica e este será arquivado na pasta mencionada no item 44.1.

45.1.1. Nesta hipótese, deverá ser registrado no Sistema o motivo que ensejou a
decisão do magistrado.

45.2. Caso o Juiz Eleitoral defira o Requerimento, este deverá receber o tratamento
previsto no item 44.1.

46. Para que seja possível o registro do deferimento ou do indeferimento do


Requerimento, este deverá estar na situação “recebido”.

47. Aplicam-se aos Requerimentos formalizados por meio do Sistema Justifica as regras
previstas nos itens 35 a 38, salvo quanto à necessidade de registro no SADP.

119
Módulo XVIII

DAS MULTAS ELEITORAIS

120
Módulo XVIII
DAS MULTAS ELEITORAIS
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1. A multa eleitoral constitui sanção pecuniária imposta ao eleitor pelo
descumprimento de obrigações eleitorais e pela violação dos dispositivos do Código
Eleitoral e das leis eleitorais108.

2. Existindo no Sistema Elo registro de débito para o eleitor, não poderá ser expedida
certidão de quitação eleitoral nem ser requerida qualquer operação de RAE, antes do
pagamento ou da dispensa do recolhimento da multa.

Capítulo II
DAS ESPÉCIES DE MULTAS ELEITORAIS
Seção I
DAS MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA

Subseção I
DA APLICABILIDADE

3. Estará sujeito ao pagamento de multa de caráter administrativo, dentre outros:


I. o brasileiro nato que não se alistar até 151 dias antes da eleição (realizada no
DF) subseqüente à data em que completar 19 anos;
II. o brasileiro naturalizado que não se alistar até 01 ano após a aquisição da
nacionalidade brasileira109;
III. o eleitor que deixar de votar e não apresentar justificativa por ausência às
urnas no prazo de 60 dias, contados da data de cada turno da eleição110;
IV. o eleitor que deixar de votar por estar ausente do País no dia do pleito e não
apresentar justificativa no prazo de 30 dias, contados da data de seu retorno ao
Brasil;
V. o mesário que deixar de comparecer ao local em que foi convocado para
atuar no dia das eleições e não apresentar justificativa no prazo de 30 dias,
contados da data do pleito111;

108
CE / Lei nº 9.504/1997 / Lei nº 10.707/2003 (regulamentada pelo Decreto nº 4.950/2009 e pela Instrução Normativa-STN nº
3/2004) / Resoluções-TSE de números 21.538/2003, 21.823/2004, 21.848/2004, 21.975/2004 / Portaria-TSE nº 288/2005
109
CE, artigo 8º, parágrafo único
110
CE, artigo 7º
111
CE, artigo 124

121
VI. o mesário que abandonar os trabalhos eleitorais no decurso da votação e
não apresentar justificativa no prazo de 03 dias, contados da data da
ocorrência112; e
VII. o eleitor que tiver o seu requerimento de justificativa por ausência às urnas
ou aos trabalhos eleitorais ou por abandono destes indeferido113;
VIII. aquele que violar os demais dispositivos do Código Eleitoral e da Lei nº
9.504/1997, por cometimento de infração administrativa para a qual esteja
prevista a aplicação de multa eleitoral.

4. É aplicável a multa por ausência a um ou mais turnos das eleições ocorridas após o
cancelamento da inscrição, ainda que não exista registro de código ASE 094 no
histórico da inscrição eleitoral.

5. Só deverão ser cobradas multas por ausência aos pleitos realizados nos 10 anos que
antecederem o comparecimento do eleitor ao Cartório, haja vista a prescrição decenal
das multas eleitorais.

6. Não serão cobrados os débitos que, por força de lei, tenham sido anistiados, e os
referentes a ausências comprovadamente justificadas pelo eleitor114.

6.1. Não serão cobradas as multas anistiadas pelas Leis de números 8.744/93,
9.274/1996 e 9.996/2000 (Plebiscito de 1993, eleições de 1992, 1994, 1996 e 1998).

7. Não ficará sujeito à multa prevista por alistamento extemporâneo115 o analfabeto


que deixar de sê-lo e requerer sua inscrição eleitoral116.

8. Eleitor com inscrição suspensa (ASEs 043 ou 337) ou cancelada por perda de direitos
políticos (ASE 329) não estará sujeito ao pagamento de multa por ausência às eleições
realizadas durante o período em que estiver impedido de votar117.

Subseção II
DO ARBITRAMENTO

9. A multa eleitoral de caráter administrativo será arbitrada pelo Juiz Eleitoral, de ofício
ou a requerimento, levando em conta as condições econômicas do eleitor, podendo
este, inclusive, ser dispensado do seu recolhimento118.

112
CE, artigo 124, §4º
113
Resolução-TSE nº 21.538/2003 e artigo 80, § 3º, do CE
114
Resolução-TSE nº 21.197/2002
115
CE, artigo 8º
116
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 16, parágrafo único
117
Fax-Circular-CGE nº 20/2003 / Ofício-Circular-CGE nº 43/2006
118
CE, artigo 367, inciso I

122
10. A fixação do valor das multas eleitorais de caráter administrativo tem como
parâmetro a equivalência estabelecida pelo TSE, com a conversão do valor do salário
mínimo em UFIRs119.

10.1. Em razão da extinção da UFIR120, a base de cálculo do valor das multas deverá
observar o último valor a ela atribuído, ou seja R$ 1,0641121.

11. A multa eleitoral de caráter administrativo tem por base de cálculo o valor de
33,02 UFIRs (R$ 35,14).

12. A multa por alistamento extemporâneo ou por ausência às urnas deverá ser
arbitrada entre o mínimo de 3% e o máximo de 10% da base de cálculo122.

12.1. O valor a ser cobrado poderá ser de R$ 1,05 (um real e cinco centavos) a R$ 3,51
(três reais e cinquenta e um centavos) para cada pleito123 (Exemplo: 10% de 33,02
UFIRs = 3,30 UFIRs x 1,0641 = R$ 3,51).

12.2. Para efeito de imposição de multa, cada turno de um pleito será considerado
como uma eleição124.

12.3. No caso de alistamento extemporâneo, só será cobrada a multa por


intempestividade.

13. Para o mesário faltoso ou que tenha abandonado os trabalhos, a multa será
arbitrada entre o mínimo de 50% e o máximo de 100% do valor da base de cálculo (R$
35,14), ou seja, R$ 17,57 e R$ 35,14, respectivamente.

13.1. A multa imposta ao mesário faltoso poderá ser cobrada em dobro do valor
arbitrado se a mesa receptora deixar de funcionar por sua culpa ou se ocorrer
abandono dos trabalhos no decurso da votação sem justa causa125.

14. O valor das multas de caráter administrativo poderá ser aumentado em até 10
vezes, conforme as condições econômicas do eleitor.

119
Resolução-TSE nº 14.301/1994
120
Medida Provisória nº 1.973-67/2000
121
Fax-Circular-CGE nº 67/2000
122
CE, artigo 7º / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 85
123
Resolução-TSE n. 21.538/2003, artigo 80, §4º
124
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 83, VII
125
CE, artigo 124, §§ 3° e 4°

123
Seção II
MULTAS DE NATUREZA CRIMINAL

Subseção I
OBSERVAÇÕES INICIAIS

15. As multas aplicadas em processos criminais são destinadas ao Fundo Penitenciário


Nacional e devem ser recolhidas por meio de GRU disponível no site da Secretaria do
Tesouro Nacional – STN, no endereço: http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru.

15.1. A emissão da GRU deve ser feita:


I. com código 14600 – FUNPEN – Multa Decorrente de Sentença Penal
Condenatória;
II. para receita proveniente de multa eleitoral decorrente de condenação
criminal;
III. na Unidade Gestora 200333 – Departamento Penitenciário Nacional, Gestão
00001 – Tesouro Nacional; e
IV. informando como número de referência o número do processo.

Subseção II
DA APLICABILIDADE

16. As multas eleitorais de natureza criminal originam-se da aplicação de pena de


multa em processos criminais de competência do Juízo ou Corte Eleitoral.

Subseção III
DO ARBITRAMENTO

17. A fixação do valor das multas eleitorais de caráter criminal tem como parâmetro a
equivalência estabelecida pelo TSE, com a conversão do valor do salário mínimo em
UFIRs126.

17.1. Em razão da extinção da UFIR127, a base de cálculo do valor das multas deverá
observar o último valor a ela atribuído, ou seja R$ 1,0641128.

18. A multa eleitoral de caráter criminal tem por base de cálculo o valor de 33,02 UFIRs
(R$ 35,14).

19. Para a fixação do valor do dia-multa, o Juiz deverá observar o disposto no artigo
286 do Código Eleitoral, não podendo o valor ser inferior a 1/30 de 33,02 UFIRs, nem
superior a 33,02 UFIRs.

20. O valor a ser pago poderá variar entre 001 e 300 dias-multa.

126
Resolução-TSE nº 14.301/1994
127
Medida Provisória nº 1.973-67/2000
128
Fax-Circular-CGE nº 67/2000

124
21. O valor da multa poderá ser aumentado até o triplo, se considerado ineficaz para a
situação econômica do condenado, respeitado o valor máximo fixado129.

22. O cálculo da multa observará o contido na tabela a seguir.

1 (um) DIA-MULTA VALOR DA MULTA


Mínimo: 33,02 UFIRs /30 = R$ Mínimo: 1 dia-multa = 33,02 UFIRs/30 = R$ 1,17
1,17
Máximo: 33,02 UFIRs = R$ 35,13 Máximo: 300 dias-multa x 33,02 UFIRs = R$
10.540,97

Capítulo III
DO REGISTRO DAS MULTAS
Seção I
DA MULTA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS – ASE 094

23. A necessidade de cobrança de multa por ausência às urnas é registrada


automaticamente pelo Sistema Elo, que fará constar o código de ASE 094 na situação
“ATIVO” no histórico da inscrição eleitoral.

Seção II
DA MULTA POR ALISTAMENTO INTEMPESTIVO

24. A necessidade de cobrança de multa por alistamento extemporâneo é sinalizada ao


Atendente na tela no Sistema Elo, no momento da realização da operação de
alistamento.

24.1. O Atendente deverá confirmar se a sinalização do Sistema Elo está de acordo


com a regra prevista no inciso I do item 3.

Seção III
DA MULTA POR AUSÊNCIA AOS TRABALHOS ELEITORAIS
OU ABANDONO DESTES – ASE 442

25. Será necessária a quitação de multa por ausência aos trabalhos eleitorais ou por
abandono destes se houver registro do código de ASE 442 na situação “ATIVO” no
histórico da inscrição eleitoral.

129
CE, artigo 286, § 2º

125
Seção IV
DAS MULTAS DE NATUREZA CRIMINAL

26. As multas de natureza criminal são registradas no livro próprio, não havendo
registro no Sistema Elo.

26.1. A extinção da pena de multa deverá ser comprovada no momento do


restabelecimento dos direitos políticos do interessado.

Seção V
DAS DEMAIS MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA
(LEI Nº 9.504/1997, CÓDIGO ELEITORAL E LEIS CONEXAS) – ASE 264

27. Somente serão registradas no Sistema Elo por meio do código de ASE 264 as
multas que não se enquadrarem nas hipóteses previstas nas Seções I a IV deste
Capítulo.

28. Após o trânsito em julgado de decisão proferida em processo de natureza


administrativa na qual tenha sido cominada multa, o Juiz Eleitoral determinará:
I. o comando do código de ASE 264 no histórico da inscrição do devedor; e
II. a notificação do devedor para apresentar a comprovação do pagamento, no
prazo de 30 dias, sob pena de registro da multa em livro próprio.

28.1. O código de ASE 264 deverá ser anotado na inscrição do eleitor mesmo que
tenha sido deferido o parcelamento da multa.

28.2. O código de ASE 264 tem como complemento obrigatório o número do processo
em que foi aplicada a multa, no formato “Proc. nº/ano/órgão/local/UF”.

29. Quando a multa for aplicada pelo TSE ou por TRE, deverá ser expedida
comunicação à Zona da inscrição, para comando do código de ASE 264 no histórico da
inscrição do eleitor.

Capítulo IV
DA COBRANÇA, DA ARRECADAÇÃO
E DO RECOLHIMENTO DA MULTA
30. A multa eleitoral de natureza administrativa deverá ser recolhida, sempre que
possível, por meio da GRU fornecida pela Justiça Eleitoral, disponível no Sistema Elo130.

30.1. Quando não for possível emitir a GRU com o preenchimento prévio dos dados
relativos ao devedor e à multa, o Atendente poderá emitir GRU em branco, por meio
do menu “Relatório > Multa Eleitoral > GRU (cobrança ou simples) em branco”.

130
Resolução-TSE nº 21.975/2005 / Portaria-TSE nº 288/2005

126
30.1.1. Nesta hipótese, para incluir a multa, o Atendente acessará um dos seguintes
menus do Sistema ELO:
a) “Controle > Multa > Inclui Formulário de Multa”; ou
b) “Eleitor > Atendimento > Incluir Formulário de Multa”.

30.2. A GRU para quitação de multas eleitorais decorrentes de ausência às urnas ou


aos trabalhos eleitorais ou de abandono destes poderá ser emitida, ainda, pela
Internet131.

30.2.1. Comprovado o pagamento de GRU emitida pela Internet, o Atendente deverá


analisar a situação para verificar se há a necessidade de complementação da quantia
paga, tendo em vista que o sistema emite a multa em seu valor mínimo.

30.2.2. Havendo necessidade de complementação do pagamento, o Atendente deverá


emitir nova GRU com o valor complementar para a quitação da multa.

31. A GRU será emitida, obrigatoriamente, com código de barras, sob a forma de
documento compensável, destinado a recolhimento em qualquer instituição bancária,
inclusive casas lotéricas e entidades afins.

31.1. A GRU-Simples é compensável exclusivamente no Banco do Brasil e deverá ser


utilizada para recolhimento de valores inferiores a 50 reais.

31.2. A GRU-Cobrança destina-se ao recolhimento de valores iguais ou superiores a R$


50,00.

31.2.1. A GRU-Cobrança é compensável em qualquer instituição bancária132, inclusive:


I. casas lotéricas;
II. Correios (Banco Postal);
III. gerenciador financeiro;
IV. Internet Banking; e
V. caixas de auto-atendimento.

32. Para cada pagamento será utilizada uma única GRU.

33. A GRU será impressa pelo Sistema Elo ou pela internet em 03 vias, com o destino a
seguir discriminado:
I. 1ª via – recibo do sacado (eleitor/infrator);
II. 2ª via – controle do cedente – recibo do órgão da Justiça Eleitoral
responsável pela imposição da penalidade; e
III. 3ª via – ficha de caixa – recibo do Banco do Brasil S/A ou da entidade
arrecadadora, caso se trate de GRU-Cobrança.

131
Resolução-TSE nº 23.088/2009
132
Instrução Normativa-STN nº 2/2009 / Ofício-Circular nº 3.922/2010-TSE

127
34. A GRU-Simples e a GRU-Cobrança deverão conter os dados necessários à
identificação:
I. do infrator;
II. do tipo de receita;
III. da espécie de multa eleitoral aplicada;
IV. do motivo da aplicação da multa eleitoral; e
V. da unidade gestora favorecida.

Capítulo V
DO PARCELAMENTO DO DÉBITO
35. Deferido o parcelamento do débito pelo Juiz Eleitoral, cada parcela deverá ser
quitada por meio de uma GRU.

35.1. O Cartório Eleitoral emitirá as GRUs de cada parcela somente no mês


correspondente ao do pagamento.

36. O controle do parcelamento será efetuado por meio:


I. da juntada do comprovante de pagamento aos autos; e
II. se a multa tiver sido emitida por meio do Sistema Elo, do registro do
pagamento da GRU, por meio do menu “Controle > Multa > Registra
Pagamento” do referido sistema.

36.1. O registro dos códigos de ASE 078 ou 612, conforme a hipótese, observará o
disposto no item 46.

37. O eleitor que comprovar o pagamento de todas as parcelas vencidas e a


inexistência de outros impedimentos à quitação eleitoral poderá:
I. receber certidão de quitação com data de validade restrita ao vencimento da
próxima parcela; e
II. requerer operação de RAE133.

Capítulo VI
DA QUITAÇÃO DO DÉBITO
Seção I
QUITAÇÃO DE MULTAS POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
OU ALISTAMENTO EXTEMPORÂNEO

38. O eleitor poderá solicitar a guia para quitar o seu débito perante qualquer Cartório
Eleitoral.

133
Lei nº 12.034/2009

128
38.1. A GRU poderá ser retirada por terceiros, os quais poderão, ainda, apresentar o
comprovante de seu pagamento para registro no Sistema Elo, haja vista que esta não
contém dados pessoais do eleitor.

39. Na hipótese de ausência às urnas, comparecendo o eleitor perante Zona diversa


daquela a que está vinculada sua inscrição, a multa será cobrada no valor máximo,
salvo se este optar por aguardar que sejam solicitadas informações sobre o
arbitramento ao Juízo da sua inscrição134.

40. Se o eleitor comparecer ao Cartório apenas para recolher ou comprovar o


recolhimento de multa e seu atendimento não resultar em operação de RAE, o
Atendente:
I. emitirá a GRU;
II. apresentada documentação comprobatória, registrará o pagamento da
multa no Sistema Elo, por meio do menu “Controle > Multa > Registra
Pagamento”; e
III. caso não haja outros débitos em aberto, comandará o código de ASE 078 no
histórico da inscrição eleitoral do interessado.

40.1. Nesta hipótese, a GRU e o comprovante de pagamento serão arquivados em


pasta própria, organizadas por ano e em ordem alfabética, pelo período estabelecido
da Tabela de Temporalidade135.

41. Quando o atendimento resultar em RAE, o Atendente:


I. emitirá a GRU;
II. apresentada documentação comprobatória, registrará o pagamento da
multa no Sistema Elo, por meio do menu “Controle > Multa > Registra
Pagamento”;
III. prosseguirá com a operação de alistamento; e
IV. arquivará a GRU e o comprovante de pagamento junto ao PETE.

Seção II
QUITAÇÃO DE MULTAS POR
AUSÊNCIA AOS TRABALHOS ELEITORAIS OU ABANDONO DESTES

42. Aplicada multa por ausência aos trabalhos eleitorais ou por abandono destes, o
mesário deverá ser:
I. intimado da decisão que aplicou a multa, para fins recursais; e
II. no mesmo ato, cientificado do prazo de 30 dias de que dispõe para o
pagamento da multa.

42.1. O prazo de 30 dias para o pagamento da multa será contado a partir do trânsito
em julgado da decisão.

134
CE, artigo 11, § 1º / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82, § 1º
135
Resolução-TSE nº 6.198/2007

129
43. O mesário poderá efetuar o recolhimento da multa que lhe foi imposta perante
qualquer Cartório Eleitoral.

43.1. Nesta hipótese, o Cartório solicitará, ao Juízo Eleitoral competente, informações


acerca do valor arbitrado.

43.1.1. Caso o valor da multa não tenha sido arbitrado pelo Juízo competente, o eleitor
deverá ser informado da situação e orientado a entrar em contato com o respectivo
Cartório Eleitoral.

44. O mesário poderá requerer a dispensa do recolhimento da multa que lhe foi
imposta perante qualquer Cartório Eleitoral136.

44.1. Neste caso, o Requerimento será protocolizado e levado à apreciação do Juiz da


Zona Eleitoral perante a qual tiver sido apresentado, mesmo que a multa tenha sido
imposta por Juízo Eleitoral diverso.

45. O Juízo Eleitoral responsável pelo recolhimento ou pela dispensa do recolhimento


da multa:
I. arquivará em Cartório, conforme a hipótese:
a) a GRU e o comprovante de pagamento; ou
b) o Requerimento de Dispensa de Recolhimento de Multa deferido;
II. determinará o lançamento do código de ASE 078, motivo/forma 1 ou 2,
conforme a hipótese, no histórico da inscrição eleitoral do mesário; e
III. encaminhará cópia da documentação supramencionada diretamente ao
Juízo responsável pelo arbitramento da multa, por meio de correio eletrônico
ou ofício.

45.1. Caso não existam outros débitos para o eleitor, o Juízo Eleitoral responsável pelo
recolhimento da multa fornecerá certidão de quitação ao mesário, caso solicitada.

Seção III
QUITAÇÃO DE MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA
(LEI Nº 9.504/1997, CÓDIGO ELEITORAL E LEIS CONEXAS) – ASE 264

46. Após o pagamento das multas a que se refere esta Seção, a guia de recolhimento
deverá ser apresentada ao Juiz Eleitoral para juntada ao respectivo processo.

46.1. Caso tenha ocorrido o pagamento integral do débito e não haja outros débitos
em aberto, o Juiz Eleitoral determinará o lançamento do código de ASE 078 no
histórico da inscrição do interessado.

46.1.1. Se, por ocasião de seu comparecimento ao Cartório, o interessado comprovar a


quitação integral dos demais débitos, poderá ser lançado o código de ASE 078.

136
Ofícios-Circulares de números 27 e 28/2015/CGE

130
46.2. Se tiver ocorrido o pagamento integral do débito, mas houver outros débitos em
aberto, o Juiz Eleitoral determinará o lançamento do código de ASE 612 para registrar
a quitação da multa objeto daquele processo.

46.2.1. Esta operação inativará o código de ASE 264 referente àquele processo e
manterá os demais códigos de ASE 094, 264 e/ou 442 eventualmente registrados na
inscrição na situação “ATIVO”.

46.3. Nos casos de parcelamento da multa, o registro no Sistema Elo, por meio dos
códigos de ASE 078 ou 612, conforme a hipótese, só será realizado após a quitação de
todas as parcelas.

46.4. Caso o eleitor com registro de código de ASE 264 compareça a Zona diversa
daquela que aplicou a multa, ou na hipótese de esta ter sido imposta por TRE ou pelo
TSE, o Cartório deverá solicitar informações sobre o valor desta ao Juízo Eleitoral ou à
Secretaria Judiciária do Tribunal responsável pelo arbitramento.

46.4.1. Recolhida a multa e comandados os códigos de ASE 078 ou 612, conforme a


hipótese, o Juiz Eleitoral informará o pagamento à autoridade judiciária competente,
para certificação nos autos do respectivo processo137.

47. Caso a multa seja decorrente da aplicação do § 4º do artigo 73 da Lei nº


9.504/1997 (condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais), o Juízo
ou o TRE deverão comunicar à Secretaria de Administração do TSE138:
I. o valor da multa;
II. a data de seu recolhimento; e
III. o nome completo do Partido que se houver beneficiado da conduta
legalmente vedada.

47.1. A comunicação deverá ocorrer no prazo de 05 dias, contados da data da


apresentação do comprovante de recolhimento.

Capítulo VII
DA DISPENSA DO RECOLHIMENTO DA MULTA
Seção I
DA MULTA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
OU ALISTAMENTO EXTEMPORÂNEO

48. O alistando ou o eleitor que comprovar, na forma da lei, seu estado de pobreza,
mediante declaração pessoal, ficará dispensado do pagamento de multa por ausência
às urnas ou por alistamento eleitoral extemporâneo139.
137
Resolução- TSE nº 21.823/2004
138
Resolução-TSE nº 21.975/2004, artigo 2º
139
Lei nº 7.115/1983 / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82, §3º / Fax-Circular-CGE nº 32/2003

131
48.1. A declaração poderá ser apresentada perante qualquer Cartório Eleitoral.

48.2. Não há necessidade de apreciação prévia da declaração pela autoridade


judiciária.

48.3. O eleitor que requerer dispensa do pagamento da multa pelo não-exercício do


voto ou por alistamento extemporâneo, sob alegação de carência de recursos, poderá,
de imediato, receber certidão de quitação, antes mesmo do deferimento do Juiz
Eleitoral140.

48.4. Se o eleitor for dispensado do pagamento da multa, o Cartório providenciará o


comando do código de ASE 078, motivo/forma 2 (dispensa de recolhimento), no
histórico da sua inscrição141.

Seção II
DAS MULTAS POR AUSÊNCIA AOS TRABALHOS ELEITORAIS
OU ABANDONO DESTES

49. Será possível a dispensa de multa imposta a mesário que declare não ter condições
econômicas para quitá-la, desde que deferido o requerimento pelo Juiz da Zona
Eleitoral perante a qual foi apresentado.

49.1. Nesta hipótese, a anotação do código de ASE 078, motivo/forma 2, no histórico


da inscrição eleitoral do interessado, competirá ao Juízo Eleitoral que tiver deferido o
Requerimento.

Seção III
DAS MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA
REGISTRADAS PELO CÓDIGO DE ASE 264
E DAS MULTAS DE NATUREZA CRIMINAL

50. A dispensa de recolhimento não se aplica às multas:


I. registradas no Sistema Elo por meio do código de ASE 264 (decorrentes de
violação a dispositivos do Código Eleitoral, da Lei nº 9.504/1997 e das leis a
estas conexas); e
II. de natureza criminal.

50.1. Nesse sentido, o motivo/forma 2 do código de ASE 078 não poderá ser utilizado
para inativação do código de ASE 264.

140
Fax-Circular-CGE nº 32/2003
141
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82, § 2º

132
Capítulo VIII
DAS MULTAS ELEITORAIS NÃO SATISFEITAS NO PRAZO LEGAL
Seção I
INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA OU EM LIVRO PRÓPRIO

51. As multas decorrentes de decisões judiciais não satisfeitas no prazo de 30 dias,


contado do trânsito em julgado da decisão, serão consideradas dívidas líquidas e certas
para efeito de cobrança mediante executivo fiscal142.

51.1. Nesta hipótese, as multas serão inscritas pelo Cartório Eleitoral em livro próprio.

52. Em até 05 dias, a partir do transcurso do prazo previsto no item 51, o Juízo Eleitoral
deverá enviar o processo à Secretaria Judiciária do TRE-DF, acompanhado de cópias
autênticas:
I. do termo de inscrição em dívida ativa; e
II. da decisão que cominou a multa.

52.1. Recebida a solicitação do Juízo Eleitoral, a Secretaria Judiciária do TRE-DF


remeterá os autos à Procuradoria da Fazenda Nacional, visando à inscrição em dívida
ativa e à posterior execução fiscal das multas143.

52.2. Os Cartórios Eleitorais do Distrito Federal e do exterior só deverão adotar as


providências previstas neste item com relação aos processos em que tiverem sido
arbitradas multas superiores a 1.000 reais.144 145

53. Se o devedor comparecer ao Cartório para quitação do débito e o processo ainda


não tiver sido restituído pela Secretaria Judiciária do TRE-DF, este deverá ser orientado
a dirigir-se à Fazenda Nacional para recolhimento da multa em guia própria (DARF)
contendo o valor atualizado da dívida.

53.1. Nesta hipótese, não é autorizada a emissão de GRU pelo Cartório Eleitoral.

54. Comunicada pela Procuradoria da Fazenda Nacional a liquidação da dívida, o


Cartório Eleitoral adotará as seguintes providências146:
I. certificará nos autos e registrará a informação no Livro de Inscrição de Multas
Eleitorais, anotando o número e a data do documento recebido; e
II. comunicará o fato ao TRE-DF, que providenciará o repasse da informação ao
TSE, para fins de acompanhamento e controle das multas pela Secretaria de
Orçamento e Finanças daquela Corte.

142
Portaria-TSE n° 288/2005, artigo 4°
143
CE, artigo 367, III / Resolução-TSE nº 21.975/2004, artigo 3º
144
Portaria PGFN nº 77/2012
145
PET-TRE/DF nº 166-09.2015.6.07.0000
146
Portaria-TSE nº 288/2005, artigo 5º, parágrafo único

133
54.1. Existindo registro de código de ASE 264 no histórico da inscrição do devedor, o
Juiz Eleitoral determinará a regularização da situação mediante lançamento do código
de ASE 612 ou 078, de acordo com as regras previstas no item 46.

Capítulo IX
DA ATUALIZAÇÃO DO VALOR DA MULTA
55. A atualização do valor da multa depende de decisão judicial e deverá ser calculada,
salvo determinação em contrário, com base na taxa SELIC.

55.1. A atualização da multa pela taxa SELIC engloba os juros moratórios e sua
correção monetária.

Capítulo X
DA PRESCRIÇÃO DAS MULTAS
56. A prescrição é o esgotamento do prazo para o Estado cobrar a dívida do eleitor.

57. Caberá ao Juiz Eleitoral, no momento da análise do caso concreto, deliberar sobre:
I. a ocorrência da prescrição;
II. o prazo prescricional; e/ou
III. o reconhecimento da prescrição de ofício.

58. Sempre que reconhecida a prescrição da multa pelo Juiz Eleitoral competente, o
Cartório deverá anotar o código de ASE 078, motivo/forma 3, no histórico da inscrição
do eleitor.

59. De acordo com jurisprudência do TSE, o prazo prescricional das multas eleitorais é
de 10 anos147.

147
RESPE-TSE nº 161343

134
Módulo XIX

DO FORNECIMENTO
DE INFORMAÇÕES DO
CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES

135
Módulo XIX
DO FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES
DO CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES
Capítulo I
DOS DADOS BIOGRÁFICOS
Seção I
DOS LEGITIMADOS AO ACESSO

1. A Justiça Eleitoral somente atenderá solicitações de acesso a dados biográficos


personalizados do eleitor formuladas148:
I. por autoridades judiciárias;
II. por membros do Ministério Público;
III. por autoridade policial, nas hipóteses previstas no item 2; e
IV. por entidades autorizadas pelo TSE, desde que exista reciprocidade de
interesses149.

1.1. Consideram-se dados biográficos personalizados do eleitor, dentre outros:


I. filiação;
II. data de nascimento;
III. profissão;
IV. estado civil;
V. escolaridade;
VI. telefone; e
VII. endereço.

1.2. Deverão ser observadas as normas previstas no Módulo XVI para o fornecimento
de certidões solicitadas:
I. pelo próprio eleitor;
II. pelo curador de eleitor cuja inscrição se encontre suspensa por interdição;
III. por familiar do eleitor; ou
IV. por terceiro.

2. As solicitações firmadas por autoridade policial somente serão atendidas quando se


destinarem à instrução de inquéritos que investiguem:
a) crimes de lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998, artigo 17-B); ou
b) organizações criminosas (Lei nº 12.850/2013, artigo 15).

148
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 29, §3º / Provimento-CGE nº 6/2006, alterado pelo Provimento-CGE nº 9/2008 /
Resolução-TSE nº 23.111/2009
149
Lei nº 7.444/1985, artigo 4º

136
2.1. Esta autorização baseia-se no fato de os referidos dispositivos legais mencionarem
expressamente os dados cadastrais mantidos pela Justiça Eleitoral.

2.2. Recebida solicitação desta espécie que não mencione a natureza do inquérito que
a autoridade policial pretende instruir, o Juiz Eleitoral responderá o ofício:
I. solicitando que seja prestada tal informação; e
II. esclarecendo que os dados destinados à instrução de inquéritos de natureza
diversa poderão ser requeridos por intermédio de autoridade judiciária ou de
membro do Ministério Público, que as solicitará ao TRE, nos termos do artigo
29 da Resolução-TSE nº 21.538/2003.

Seção II
DAS FORMAS DE ACESSO

Subseção I
DA SOLICITAÇÃO POR MEIO DO SIEL

3. No âmbito do DF, as solicitações de dados cadastrais biográficos por autoridades


judiciárias e por membros do Ministério Público deverão ser realizadas,
preferencialmente, por meio do SIEL150.

3.1. Constam do SIEL os dados cadastrais biográficos dos eleitores inscritos em todas
as Unidades da Federação.

3.2. Os dados dos eleitores inscritos no exterior não constam do SIEL e deverão ser
solicitados ao Juízo Eleitoral do Exterior ou à CRE-DF.

Subseção II
DA SOLICITAÇÃO POR MEIO DE OFÍCIO

4. A análise e o atendimento das solicitações de acesso a dados biográficos de eleitores


caberão:
I. ao Juiz da Zona Eleitoral à qual pertencer a inscrição;
II. no âmbito do TRE-DF, à CRE-DF; e
III. no âmbito do TSE, à CGE.

5. As solicitações não formalizadas por meio do SIEL, que forem subscritas por
servidores dos Juízos, Tribunais ou do Ministério Público, somente serão atendidas
quando acompanhadas de cópia:
a) da decisão proferida pela autoridade para a requisição dos dados à Justiça
Eleitoral; ou
b) do respectivo ato delegatório.

150
Provimentos-CRE/DF de números 1 e 2/2012

137
6. Recebida solicitação formulada por autoridade judicial ou pelo Ministério Público,
será realizada consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores, visando a identificar a
existência de eleitor inscrito com os parâmetros informados no pedido.

6.1. Caso o pedido trate de eleitor de outra Unidade da Federação, a Zona Eleitoral
demandada o encaminhará à CRE/DF, para tratamento.

6.2. Em se tratando de eleitor cadastrado no Distrito Federal, o Cartório Eleitoral


encaminhará o requerimento diretamente ao Juízo Eleitoral competente.

7. Identificada mais de uma inscrição atribuída ao mesmo eleitor ou inscrição com


divergência, serão fornecidos os dados pertinentes às inscrições localizadas no
Cadastro, fazendo-se referência à situação da inscrição e, na hipótese de suspensão ou
cancelamento, da data de ocorrência da respectiva causa, com destaque às
divergências verificadas.

8. Quando os parâmetros fornecidos não forem suficientes para a individualização do


eleitor, será oficiada a autoridade solicitante, com vistas à complementação das
informações.

9. Não serão atendidos os pedidos formulados por Órgão ou autoridade que careça de
legitimidade para a obtenção dos dados do Cadastro Nacional de Eleitores, conforme
normas previstas nos itens 1 e 2.

10. É vedado o fornecimento do espelho de consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores


a qualquer pessoa estranha à Justiça Eleitoral, mesmo quando se tratar daquelas
relacionadas nos itens 1 e 2.

10.1. Os espelhos são de uso interno e somente poderão ser disponibilizados para a
instrução de processos da própria Justiça Eleitoral.

10.2. As informações do Cadastro poderão ser fornecidas aos entes autorizados


mediante:
a) certidão ou ofício que contemplem os dados solicitados; ou
b) relatório extraído do SIEL.

Capítulo II
DOS DADOS BIOMÉTRICOS
11. O fornecimento dos dados biométricos dos eleitores é de competência da CGE.

11.1. As solicitações desta natureza serão encaminhadas à CRE-DF por meio de


processo no SEI contendo ofício do Juiz Eleitoral endereçado ao Corregedor e cópia da
solicitação de dados biométricos, se for o caso.

138
11.2. Os ofícios serão encaminhados à CGE, a quem caberá a análise do pedido e, em
caso de deferimento, a remessa dos arquivos eletrônicos contendo os dados
biométricos solicitados.

139
Livro III

DOS DIREITOS POLÍTICOS


E DA ATUALIZAÇÃO
CADASTRAL

140
Módulo XX

DOS DIREITOS POLÍTICOS


(OBSERVAÇÕES INICIAIS)

141
Módulo XX
DOS DIREITOS POLÍTICOS
(OBSERVAÇÕES INICIAIS)
Capítulo I
DOS DIREITOS POLÍTICOS
1. Os direitos políticos incluem:
I. o direito ao voto (direitos políticos ativos); e
II. a elegibilidade (direitos políticos passivos).

2. É vedada a cassação dos direitos políticos151.

3. A perda dos direitos políticos é analisada pela CGE, conforme comunicação


encaminhada pelo Ministério da Justiça, e se dará em razão de:
I. sentença transitada em julgado em processo de cancelamento da
naturalização de estrangeiro152, desde que não tenha sido beneficiado:
a) pelo Estatuto da Igualdade153; ou
b) pelo Tratado de Amizade154; ou
II. aquisição de outra nacionalidade155, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira156;
ou
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em
seu território ou para exercício de direitos civis.

4. A suspensão de direitos políticos se dará em razão de:


I. condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos157;
II. recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa158;
III. improbidade administrativa159;
IV. serviço militar obrigatório160; ou
V. outorga a brasileiros do gozo dos direitos políticos em Portugal, devidamente
comunicada ao TSE161 162.

151
CRFB, artigo 15
152
CRFB, artigo 15, inciso I
153
Decreto nº 70.391/1972
154
Decreto nº 3927/2001, regulamentado pelo Decreto-Lei nº 154/2003
155
CRFB, artigo 12, § 4º, II
156
CRFB, artigo 12, § 4º, II, a
157
CRFB, artigo 15, inciso III
158
CRFB, artigo 15, inciso IV
159
CRFB, artigo 15, inciso V

142
5. A situação dos direitos políticos será registrada:
a) no histórico da inscrição eleitoral do interessado, por meio do lançamento de
um código de ASE, conforme manual específico desenvolvido pelo TSE; ou
b) caso o interessado não possua inscrição eleitoral, na Base de Perda e
Suspensão de Direitos Políticos.

5.1. Caso seja recebida comunicação ensejadora de suspensão de direitos políticos


ativos no período de fechamento do Cadastro Nacional de Eleitores, o Cartório
Eleitoral providenciará:
a) a aposição de carimbo com a expressão “IMPEDIDO DE VOTAR” no campo da
folha de votação destinado à assinatura do titular da inscrição eleitoral
suspensa; ou
b) caso os Cadernos de Votação já tenham sido enviados às Seções Eleitorais, o
encaminhamento de comunicação ao respectivo Presidente de Mesa na data
do pleito.

5.1.1. Certificada a adoção das providências necessárias para impedir o exercício


irregular do voto, o Cartório Eleitoral poderá optar:
a) pelo lançamento imediato dos códigos de ASE, hipótese em que deverá
manter a documentação em separado até a reabertura do Cadastro Nacional
de Eleitores, com vistas à conferência do processamento automático pelo
Sistema Elo; ou
b) pelo lançamento dos códigos de ASE após a reabertura do Cadastro Nacional
de Eleitores, hipótese em que a documentação com códigos de ASE pendentes
de lançamento deverá ser mantida em separado.

6. Não ensejam a suspensão dos direitos políticos ativos nem passivos:


I. sentença que declara incapacidade civil (vide item 6.1)163;
II. decisão criminal absolutória;
III. transação penal164;
IV. suspensão condicional do processo165; e
V. outras hipóteses, a serem analisadas, caso a caso, pelo Juiz Eleitoral.

6.1. A Justiça Eleitoral não deve registrar suspensão de direitos políticos por
incapacidade civil absoluta, ainda que decretada anteriormente à entrada em vigor da
Lei nº 13.146/2015, que alterou o artigo 3º do Código Civil, para definir como
absolutamente incapazes apenas os menores de 16 anos166.

160
CRFB, artigo 14, §2º
161
Decreto nº 70.391/1972 / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, §4º
162
Segundo o sítio do Ministério da Justiça, a outorga é requerida ao Ministério da Justiça (http://www.justica.gov.br/central-de-
atendimento/estrangeiros/nacionalidade)
163
Processo Administrativo nº 114-71.2016.6.00.0000 – Classe 26 – Salvador, Bahia – Decisão CGE nº 150/2016, publicada no DJE
de 27/04/2016
164
Lei nº 9.099/1995, artigo 76 / Lei nº 10.259/2001
165
Lei nº 9.099/1995, artigo 89 / Lei nº 10.259/2001
166
Decisão-TSE nº 150/2016 (Processo Administrativo nº 114-71.2016.6.00.0000)

143
7. As sentenças criminais de que caiba recurso não ensejam a suspensão dos direitos
políticos ativos.

8. Nas hipóteses previstas na Lei das Inelegibilidades, as condenações por órgãos


colegiados, incluindo os Tribunais do Júri podem gerar inelegibilidade antes do trânsito
em julgado da condenação167.

9. É vedada a realização de qualquer operação de alistamento, antes da regularização


de sua situação eleitoral, para pessoa que:
a) tiver perdido seus direitos políticos; ou
b) estiver com os direitos políticos ativos suspensos.

9.1. A inelegibilidade não impede a realização de quaisquer operações de alistamento.

10. Não serão cobradas multas por ausência às urnas (ocorrida durante o período em
que estiver impedido de votar por restrição legal) de eleitor que:
I. tiver perdido seus direitos políticos; ou
II. encontrar-se com os direitos políticos ativos suspensos.

167
LC nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”

144
Módulo XXI

DA SUSPENSÃO E DA PERDA
DOS DIREITOS POLÍTICOS

145
Módulo XXI
DA SUSPENSÃO E DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS
Capítulo I
DA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Seção I
DAS SITUAÇÕES ENSEJADORAS DA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Subseção I
DA CONDENAÇÃO CRIMINAL

1. Qualquer condenação criminal transitada em julgado enseja suspensão dos direitos


políticos, seja a pena de reclusão, de detenção, de multa, de advertência ou restritiva
de direitos168, não importando ser o crime doloso ou culposo.

1.1. A hipótese inclui os casos em que há aplicação de medida de segurança169.

Subseção II
DA RECUSA DE CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA
OU DE PRESTAÇÃO ALTERNATIVA

2. Esta hipótese decorre da recusa de cumprir:


a) a obrigação de servir às Forças Armadas, em tempo de guerra ou de paz; ou
b) prestação alternativa170.

2.1. Nesta hipótese, o registro da suspensão de direitos políticos é de competência da


CGE.

Subseção III
DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

3. A suspensão dos direitos políticos por improbidade administrativa decorrerá de


sentença transitada em julgado, que tenha determinado expressamente:
I. a suspensão dos direitos políticos do condenado; e
II. o período de suspensão.

Subseção IV
DA CONSCRIÇÃO

168
CPB, artigo 43
169
Resolução-TSE nº 22.193/2006
170
CRFB, artigo 15, inciso IV

146
4. A suspensão dos direitos políticos por conscrição decorrerá de comunicação da
prestação do serviço militar obrigatório.

4.1. A palavra "conscrito" alcança também aqueles matriculados nos órgãos de


formação de reserva e os médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que
prestam serviço militar inicial obrigatório171.

4.2. Deverão constar da comunicação:


I. a data de início da prestação do serviço militar obrigatório (vide item 4.2.1); e
II. os dados necessários para a identificação dos conscritos.

4.2.1. Essa informação é necessária para garantir que a suspensão dos direitos políticos
fique limitada ao exato período de prestação do serviço172.

4.2.2. Caso não constem da comunicação os dados previstos neste item, deverá ser
solicitada a complementação das informações.

Subseção V
DO ESTATUTO DA IGUALDADE

5. Quando o brasileiro beneficiado pelo Estatuto da Igualdade entre Brasileiros e


Portugueses optar por exercer seus direitos políticos em Portugal, seus direitos
políticos no Brasil ficarão suspensos.

5.1. Nesta hipótese, o registro da suspensão de direitos políticos é de competência da


CGE.

Seção II
DO REGISTRO DA SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS

Subseção I
DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES

6. A comunicação de SUSPENSÃO de direitos políticos deverá ser registrada em sistema


próprio caso:
a) tal providência não tenha sido adotada por outra Unidade da Justiça Eleitoral
do DF; ou
b) inexista etiqueta original de protocolo no documento recebido em meio
físico.
7. Recebida comunicação ensejadora de suspensão de direitos políticos referente a
mais de um eleitor, o Cartório providenciará:
a) a extração de cópia do documento para protocolização individual; ou

171
Lei nº 5.292/1967 / Resolução-TSE nº 15.850/1989
172
Resolução-TSE nº 15.099/1989

147
b) a inclusão das informações em sistema próprio de forma individualizada.

7.1. As providências previstas neste item não se fazem necessárias se a comunicação


se referir a:
a) recusa de cumprimento de obrigação a todos imposta ou de prestação
alternativa; ou
b) situações decorrentes da aplicação do Estatuto da Igualdade entre Brasileiros
e Portugueses

7.1.1. Nestas hipóteses, após o registro, as comunicações deverão ser encaminhadas


ao TSE, via CRE-DF, em razão da competência.

Subseção II
DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES

8. Após o registro, serão realizadas as consultas necessárias para verificar se a mesma


informação foi recebida anteriormente, por meio de outra comunicação.

8.1. As comunicações desta espécie recebidas em duplicidade poderão ser arquivadas,


desde que seja anotado no sistema próprio o número com o qual o documento
anterior com as mesmas informações foi registrado no TRE-DF.

8.1.1. Nesta hipótese, o arquivamento poderá ser determinado pelo Chefe de Cartório,
sendo desnecessário o despacho do Juiz Eleitoral, por se tratar de documento com
informações já apreciadas pelo Juízo.

9. Caso as informações constantes da comunicação não tenham sido recebidas


anteriormente, o Cartório providenciará a individualização do interessado por meio:
a) da realização de consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores (vide item 9.1);
ou
b) de sistema próprio.

9.1. As consultas eventualmente realizadas deverão ser juntadas às respectivas


comunicações.

10. Se a inscrição eleitoral localizada estiver agrupada em coincidência (situações


“LIBERADA” ou “NÃO LIBERADA”), o Juízo deverá aguardar a atualização da
coincidência no Sistema Elo antes de adotar as providências a seguir.

11. Caso a comunicação se refira a pessoa inscrita em outra Zona Eleitoral do Distrito
Federal, a documentação, original ou cópia devidamente protocolizada ou registrada,
deverá ser remetida diretamente ao Juízo competente, via malote ou por meio do
sistema próprio.
11.1. Se a comunicação tiver sido recebida em meio eletrônico, deverão ser
registrados em seu andamento no sistema próprio:
I. o número da inscrição eleitoral;

148
II. a situação em que se encontra a inscrição eleitoral; e
III. a Zona Eleitoral à qual a inscrição eleitoral está vinculada.

11.2. As providências previstas neste item deverão ser adotadas independentemente


da situação em que se encontrar a inscrição eleitoral.

12. Se o Juízo competente for de outra Unidade da Federação, a comunicação deverá


ser encaminhada diretamente ao Juízo competente, devendo ser registrados no
sistema próprio:
I. que a comunicação foi remetida ao Juízo competente; e
II. o número e a Unidade da Federação da Zona Eleitoral à qual a inscrição
eleitoral está vinculada173.

12.1. Essa providência deverá ser adotada independentemente da situação em que se


encontrar a inscrição eleitoral.

13. Inexistindo inscrição eleitoral, a comunicação deverá ser encaminhada à CRE-DF,


para análise da pertinência de registro das informações na Base de Perda e Suspensão
de Direitos Políticos.

Subseção III
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES

14. É imprescindível que a comunicação de motivo ensejador da suspensão de direitos


políticos contenha os seguintes dados:

a) no caso de condenação criminal definitiva:


I. nome do réu;
II. filiação;
III. data de nascimento;
IV. número do processo em que houve a condenação (vara de origem e
não de execução);
V. data do trânsito em julgado da sentença condenatória definitiva para
ambas as partes; e
VI. tipificação (artigo penal em que foi enquadrado o crime cometido
pelo réu);

b) no caso de condenação por improbidade administrativa:


I. nome do culpado;
II. filiação;
III. data de nascimento;
IV. número do processo em que houve a declaração da improbidade
administrativa;
V. órgão julgador; e

173
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 1º (com a redação dada pela pelo artigo 1º da Resolução-TSE nº 23.490/2016)

149
VI. data do acórdão ou data do trânsito em julgado da sentença
condenatória definitiva;

c) no caso de conscrição:
I. nome do conscrito;
II. filiação;
III. data de nascimento;
IV. data de início da prestação do serviço militar obrigatório; e
V. Órgão comunicante; ou

d) nos casos relacionados ao Estatuto da Igualdade:


I. nome do interessado;
II. filiação;
III. data de nascimento; e
IV. data informada na comunicação do Ministério da Justiça, referente
ao início do exercício dos direitos políticos em Portugal.

15. Inicialmente, a comunicação deverá ser analisada, a fim de averiguar se satisfaz


todas as condições para o registro da suspensão dos direitos políticos, segundo a
legislação vigente, observando-se que:
a) caso positivo, o Cartório deverá, ainda, analisar se foram informados:
I. dados pessoais suficientes para a individualização do eleitor no
Cadastro; e
II. os dados necessários para o comando do respectivo código de ASE,
segundo o Manual vigente, elaborado pelo TSE; e
b) caso negativo, deverão ser adotadas as providências previstas nos itens 16 a
18.

16. Em caso de ausência de dados ou divergência entre aqueles constantes da


comunicação e do Cadastro Nacional de Eleitores, o expediente será devolvido ao
Órgão comunicante, com vistas à complementação dos dados.

16.1. O Juiz Eleitoral, entendendo tratar-se da mesma pessoa, poderá dispensar a


devolução da comunicação ao Órgão comunicante e determinar o imediato comando
do respectivo código de ASE caso a divergência diga respeito apenas:
a) a uma letra do nome do eleitor (por exemplo: “s” na comunicação e “z” no
Cadastro e vice-versa); ou
b) ao fato de o nome constante da comunicação ser o de solteiro e o
consignado no Cadastro ser o de casado e vice-versa.

17. Após a devolução da comunicação pelo Órgão comunicante com complementação


de dados, poderão ser empreendidas, além de outras que o Juiz Eleitoral entender
convenientes, as seguintes diligências para a obtenção de dados ausentes e/ou
divergentes:
a) realização de consulta ao sítio eletrônico do Tribunal cuja Vara tenha
comunicado o restabelecimento dos direitos políticos;

150
b) localização do eleitor no endereço constante do Sistema Elo;
c) realização de contato telefônico com o eleitor, utilizando-se o número
constante do Sistema Elo;
d) expedição de ofício aos órgãos emitentes de documentações civis;
e) expedição de ofício ao Cartório de Registro Civil da localidade de nascimento
do eleitor;
f) expedição de notificação a pessoa da família do eleitor, a fim de que
compareça ao Cartório para prestar informações e, caso seja possível,
apresentar originais ou cópias de documentos do eleitor; e/ou
g) consulta ao INFOSEG (SINESP).

18. Se persistir a dúvida com relação à individualização do eleitor, após empreendidas


todas as diligências previstas no item anterior, o Juiz Eleitoral determinará:
a) a realização de outras diligências ou providências julgadas cabíveis; ou
b) o encaminhamento da comunicação ou do processo à CRE-DF para análise da
pertinência de inserção dos dados na Base de Perda e Suspensão de Direitos
Políticos.

19. Recebida comunicação de motivo ensejador de suspensão de direitos políticos já


extinto, que não tenha sido registrada no histórico da inscrição eleitoral nem na Base
de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE, o Juiz Eleitoral determinará:
I. o comando do código de ASE 540, nas hipóteses de inelegibilidade 174,
conforme orientações constantes do Módulo XXIII; e
II. o arquivamento da comunicação na pasta “Suspensão de Direitos
Políticos/Inscrição Eleitoral” correspondente ou no sistema próprio.

19.1. Na hipótese prevista neste item, é dispensado o comando dos códigos de ASE
043, 337 e 370.

Subseção IV
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE

20. Presentes todas as informações necessárias, o Juiz Eleitoral determinará o imediato


comando do código de ASE.

21. A competência para o comando dos códigos de ASE 043 e 337 é do Juízo da Zona
Eleitoral a que estiver vinculada a inscrição.

22. O preenchimento dos campos dos códigos de ASE observará o disposto nas
Instruções para Utilização dos Códigos de ASE, do TSE, ou em norma que as alterar ou
substituir.

23. Antes de registrar o código de ASE determinado pelo Juízo Eleitoral, o Cartório
deverá verificar atentamente:

174
Provimento-CGE nº 18/2011, artigo 7º c/c o parágrafo único do artigo 11

151
I. o espelho do Cadastro, em especial o histórico ASE da inscrição (atenção às
datas de ocorrência e números de processos), para evitar os registros em
duplicidade; e
II. as sugestões de código de ASE e de complemento apresentadas pelo sistema
próprio, caso disponível tal funcionalidade.

24. Nas hipóteses em que a condenação criminal tiver decorrido da prática dos crimes
que ensejam inelegibilidade (vide Módulo XXIII)175, o Juiz Eleitoral determinará o
comando do código de ASE 337, motivo/forma 7 ou 8.

25. Existindo mais de uma condenação para a mesma pessoa e descartada a hipótese
de comunicação em duplicidade, deverá ser comandado um código de ASE 337 para
cada uma delas.

25.1. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverá constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo.

25.1.1. O número a ser registrado é o do processo de conhecimento, aquele em que


ocorreu o trânsito em julgado da condenação criminal, e não o do processo de
execução.

26. O comando dos códigos de ASE 043 ou 337 inativa os códigos de ASE 094 ou 442
eventualmente registrados no histórico da inscrição eleitoral que se refiram a eleições
ocorridas em data posterior à da condenação ou da conscrição.

26.1. A inativação é realizada automaticamente pelo Sistema Elo, em virtude de a


ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais decorrer de restrição legal.

27. Após o comando do código de ASE, o serventuário deverá realizar nova consulta ao
Sistema Elo, a fim de verificar se o registro foi realizado corretamente.

27.1. Tal providência é necessária em virtude de não ser possível identificar o registro
do código de ASE no histórico da inscrição na mesma tela em que foi realizado seu
lançamento.

27.1.1. A adoção dessa medida evita a realização de registros em duplicidade.


Subseção V
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS

28. Os expedientes deverão ser arquivados até o conhecimento da cessação do motivo


ensejador da suspensão.

175
Lei Complementar nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”, e demais diplomas legais aplicáveis

152
29. As comunicações eletrônicas serão arquivadas no sistema próprio, caso disponível
tal funcionalidade.

30. As comunicações recebidas em meio físico serão arquivadas em pasta própria,


acompanhadas de espelhos da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores que
contenham o registro do respectivo código de ASE.

30.1. Os expedientes serão arquivados em ordem alfabética separados por ano de


recebimento da comunicação ou por período inferior, caso o volume assim exija.

31. Para o arquivamento das comunicações, o Cartório Eleitoral manterá as seguintes


pastas:
I. Suspensão de Inscrição Eleitoral – Serviço Militar Obrigatório – Ano: _____;
II. Suspensão de Direitos Políticos – Improbidade Administrativa – Ano: _____;
III. Suspensão de Direitos Políticos – Condenação Criminal – Ano: _____;
IV. Suspensão de Direitos Políticos – Inelegibilidade – Ano: _____; e
V. Inabilitação para o Exercício da Função Pública – Ano: _____.

31.1. As pastas serão criadas à medida que o volume de comunicações o exigir.

31.1.1. As pastas não deverão conter comunicações recebidas em período superior a


01 ano, a fim de facilitar a localização da documentação.

31.2. As pastas poderão conter documentos relacionados a mais de um dos assuntos


mencionados nos incisos I a V deste item, caso sejam recebidos menos de 36
comunicações referentes a cada um deles durante o ano.

32. Caso tenha sido autuado processo para análise da comunicação, este deverá ser
mantido em arquivo corrente, após a juntada de espelho da consulta ao Cadastro
Nacional de Eleitores que comprove o registro do código de ASE específico.

32.1. A autuação da comunicação poderá ser necessária para melhor documentação


das diligências realizadas para sanar a ausência de dados ou a divergência entre os
dados constantes da comunicação e aqueles registrados no Cadastro Nacional de
Eleitores.

32.2. O feito deverá ser mantido em arquivo corrente até que o Juízo tome
conhecimento da cessação do impedimento, por meio de comunicação ou
requerimento.

153
Capítulo II
DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS
33. A anotação da perda de direitos políticos será realizada exclusivamente pela CGE,
por meio comando do código de ASE 329 no histórico da inscrição eleitoral ou do
registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos.

154
Módulo XXII

DO RESTABELECIMENTO
E DA REAQUISIÇÃO
DOS DIREITOS POLÍTICOS

155
Módulo XXII
DO RESTABELECIMENTO E DA REAQUISIÇÃO
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Capítulo I
DO RESTABELECIMENTO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Seção I
DAS HIPÓTESES

Subseção I
DO RESTABELECIMENTO
POR EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

1. Caso os direitos políticos tenham sido suspensos em virtude de condenação criminal


transitada em julgado, o registro do restabelecimento será realizado quando for
comprovada a extinção da punibilidade com relação:
a) a todas as penas impostas ao interessado, sejam elas:
i. de reclusão;
ii. de detenção;
iii. de multa (vide item 1.2);
iv. de advertência; ou
v. restritiva de direitos; ou
b) à medida de segurança aplicada ao interessado.

1.1. Nestes casos, a cessação do impedimento poderá ser comprovada por meio de176:
a) cópia da respectiva sentença judicial;
b) certidão do Juízo competente; ou
c) outro documento considerado apto pelo Juiz Eleitoral.

1.2. Para o registro do código de ASE 370, será exigida, tão somente, a comunicação da
extinção da punibilidade (mesmo nos casos envolvendo pena de multa), sem juízo
acerca da decisão.177

Subseção II

176
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “a”
177
Processo Administrativo (1298) 0604343-88.2017.6.00.0000 – Brasília – Distrito Federal

156
DO RESTABELECIMENTO POR CUMPRIMENTO
DE OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA OU
DE PRESTAÇÃO ALTERNATIVA

2. Quando os direitos políticos tiverem sido suspensos em razão da recusa de cumprir


a obrigação de servir às Forças Armadas, em tempo de guerra ou de paz, ou prestação
alternativa, será registrado o restabelecimento dos direitos políticos quando for
comprovada a cessação do impedimento.

2.1. Nestas hipóteses, a competência para registro do restabelecimento dos direitos


políticos será da CGE.

2.2. Aqueles que se enquadrarem na hipótese prevista neste item e desejarem o


registro do restabelecimento de seus direitos políticos deverão ser orientados a
procurar o Ministério da Justiça, a fim de solicitar a documentação apta a comprovar a
cessação do impedimento.

2.2.1. Neste caso, a cessação do impedimento poderá ser comprovada por meio de178:
a) Certificado de Reservista;
b) Certificado de Isenção;
c) Certificado de Dispensa de Incorporação;
d) Certificado do Cumprimento de Prestação Alternativa ao Serviço Militar
Obrigatório;
e) Certificado de Conclusão do Curso de Formação de Sargentos;
f) Certificado de Conclusão de Curso em Órgão de Formação da Reserva; ou
g) documentos similares considerados aptos pela CGE.

2.2.2. De posse da documentação, o eleitor poderá apresentar RRI perante qualquer


Cartório Eleitoral, que providenciará sua remessa à CGE, por intermédio da CRE-DF.

Subseção III
DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

3. Se os direitos políticos tiverem sido suspensos como pena em sentença de


condenação por improbidade administrativa, o registro do restabelecimento será
realizado quando for comprovada a extinção da pena de suspensão de direitos
políticos.

3.1. Nestes casos, a cessação do impedimento poderá ser comprovada por meio de179:
a) cópia da respectiva sentença judicial;
b) certidão do Juízo competente; ou
c) outro documento considerado apto pelo Juiz Eleitoral.

178
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “b”
179
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “a”

157
Subseção IV
DA CONSCRIÇÃO

4. Nas hipóteses em que a suspensão dos direitos políticos tiver decorrido de


conscrição, o restabelecimento será registrado quando for comprovado o final da
prestação do serviço militar obrigatório.

4.1. A cessação do impedimento poderá ser comprovada por meio de180:


a) Certificado de Reservista;
b) Certificado de Isenção;
c) Certificado de Dispensa de Incorporação;
d) Certificado do Cumprimento de Prestação Alternativa ao Serviço Militar
Obrigatório;
e) Certificado de Conclusão do Curso de Formação de Sargentos;
f) Certificado de Conclusão de Curso em Órgão de Formação da Reserva; ou
g) documentos similares considerados aptos pelo Juiz Eleitoral.

4.2. Deverão constar da documentação:


I. a data de término da prestação do serviço militar obrigatório; e
II. os dados necessários para a identificação dos conscritos.

4.2.1. Caso não constem da comunicação os dados previstos neste item, deverá ser
solicitada a complementação das informações.

Subseção V
DO ESTATUTO DA IGUALDADE

5. Quando os direitos políticos tiverem sido suspensos em razão de o brasileiro


beneficiado pelo Estatuto da Igualdade entre Brasileiros e Portugueses ter optado por
exercer seus direitos políticos em Portugal, o restabelecimento será realizado
mediante comprovação da cessação desse impedimento.

5.1. Nestas hipóteses, a competência para registro do restabelecimento dos direitos


políticos será da CGE.

5.2. Aqueles que se enquadrarem na hipótese prevista neste item e desejarem o


registro do restabelecimento de seus direitos políticos deverão ser orientados a
solicitar a documentação apta a comprovar a cessação do impedimento junto:
a) ao Ministério da Justiça; ou
b) à repartição consular ou à missão diplomática competentes.

5.2.1. Nestas hipóteses, o restabelecimento dos direitos políticos será comprovado por
meio de comunicação dos Órgãos supramencionados acerca da cessação do gozo de
direitos políticos em Portugal, na forma da lei181.

180
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “b”

158
5.2.2. De posse da documentação, o eleitor poderá apresentar RRI perante qualquer
Cartório Eleitoral, que providenciará sua remessa à CGE, por intermédio da CRE-DF.

Seção II
DO REGISTRO DO RESTABELECIMENTO DE DIREITOS POLÍTICOS

Subseção I
DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS

6. A comunicação ou o requerimento de RESTABELECIMENTO de direitos políticos


deverão ser registrados em sistema próprio caso:
a) tal providência não tenha sido adotada por outra Unidade da Justiça Eleitoral
do DF; ou
b) inexista etiqueta original de protocolo no documento recebido em meio
físico.

7. Recebida comunicação de restabelecimento de direitos políticos referente a mais de


um eleitor, o Cartório providenciará:
a) a extração de cópia do documento para protocolização individual; ou
b) a inclusão das informações em sistema próprio de forma individualizada.

7.1. As providências previstas neste item não se fazem necessárias se a comunicação


se referir a:
a) recusa de cumprimento de obrigação a todos imposta ou de prestação
alternativa; ou
b) situações decorrentes da aplicação do Estatuto da Igualdade entre Brasileiros
e Portugueses

7.1.1. Nestas hipóteses, após o registro, as comunicações deverão ser encaminhadas


ao TSE,via CRE-DF, em razão da competência.

Subseção II
DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS

8. Após o registro, serão realizadas as consultas necessárias para verificar se a mesma


informação foi recebida anteriormente, por meio de outra comunicação ou de outro
requerimento.

8.1. As comunicações ou os requerimentos desta espécie recebidos em duplicidade


poderão ser arquivados, desde que seja anotado no sistema próprio o número com o
qual o documento anterior com as mesmas informações foi registrado no TRE-DF.

181
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “c”

159
8.1.1. Nesta hipótese, o arquivamento poderá ser determinado pelo Chefe de Cartório,
sendo desnecessário o despacho do Juiz Eleitoral, por se tratar de documento com
informações já apreciadas pelo Juízo.

9. Caso as informações constantes da comunicação ou do requerimento não tenham


sido recebidas anteriormente, o Cartório providenciará a individualização do
interessado por meio:
a) da realização de consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores (vide item 9.1);
ou
b) de sistema próprio.

9.1. As consultas eventualmente realizadas deverão ser juntadas às respectivas


comunicações.

10. Se a inscrição eleitoral localizada estiver agrupada em coincidência (situações


“LIBERADA” ou “NÃO LIBERADA”), o Juízo deverá aguardar a atualização da
coincidência no Sistema Elo antes de adotar as providências a seguir.

11. Caso a comunicação ou o requerimento se refiram a pessoa inscrita em outra Zona


Eleitoral do Distrito Federal, a documentação, original ou cópia devidamente
protocolizada ou registrada, deverá ser remetida diretamente ao Juízo competente, via
malote ou por meio do sistema próprio.

11.1. Se a comunicação tiver sido recebida em meio eletrônico, deverão ser


registrados em seu andamento no sistema próprio:
I. o número da inscrição eleitoral;
II. a situação em que se encontra a inscrição eleitoral; e
III. a Zona Eleitoral à qual a inscrição eleitoral está vinculada.

11.2. As providências previstas neste item deverão ser adotadas independentemente


da situação em que se encontrar a inscrição eleitoral.

12. Se o Juízo competente for de outra Unidade da Federação, a comunicação ou o


requerimento deverão ser encaminhados diretamente ao Juízo competente, devendo
ser registrados no sistema próprio:
I. que a comunicação ou o requerimento foram remetidos ao Juízo competente;
e
II. o número e a Unidade da Federação da Zona Eleitoral à qual a inscrição
eleitoral está vinculada182.
12.1. Essa providência deverá ser adotada independentemente da situação em que se
encontrar a inscrição eleitoral.

13. Caso seja localizado registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o
Cartório:

182
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 1º (com a redação dada pela pelo artigo 1º da Resolução-TSE nº 23.490/2016)

160
I. adotará as providências previstas nos itens 13.1, 13.2 ou 13.3, conforme a
hipótese; e
II. caso o eleitor deseje realizar operação de alistamento, procederá conforme
disposto nos itens 12 e 13 do Módulo XI.

13.1. Se a suspensão dos direitos políticos tiver sido anotada somente na Base de
Perda e Suspensão de Direitos Políticos e alguma das sequências do registro estiver na
situação “ATIVO”, a comunicação ou o requerimento de restabelecimento deverão ser
encaminhados à CRE-DF, para análise da pertinência de sua inativação.

13.2. Caso a suspensão dos direitos políticos tenha sido anotada somente na Base de
Perda e Suspensão de Direitos Políticos e todas as sequências do registro estejam na
situação “INATIVO”, a comunicação ou o requerimento de restabelecimento deverão
ser submetidos à apreciação do Juiz Eleitoral, para determinação:
I. do comando do código de ASE 540, nas hipóteses de inelegibilidade183,
conforme orientações constantes do Módulo XXIII (vide itens 21 e 22);
II. da adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
III. do arquivamento da comunicação na pasta “Restabelecimento de
Direitos Políticos” correspondente ou no sistema próprio.

13.3. Quando a suspensão tiver sido registrada no histórico da inscrição eleitoral e na


Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o Cartório deverá:
I. adotar as providências necessárias para o registro do restabelecimento no
histórico da inscrição eleitoral; e
II. caso o registro da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos
permaneça ATIVO após a adoção dessa providência, encaminhar a
comunicação à CRE-DF, para análise da pertinência da inativação do referido
registro.

Subseção III
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DA COMUNICAÇÃO OU DO REQUERIMENTO

14. Os requerimentos de restabelecimento de inscrição eleitoral apresentados em


Cartório deverão ser instruídos com:
I. documentação comprobatória da cessação do motivo ensejador da
suspensão dos direitos políticos (inclusive quanto à multa criminal) (vide Seção I
deste Capítulo); e
II. formulário de Declaração de Situação de Direitos Políticos, devidamente
preenchido.

15. Inicialmente, a comunicação deverá ser analisada, a fim de averiguar se satisfaz


todas as condições para o registro do restabelecimento dos direitos políticos, segundo
a legislação vigente, observando-se que:
a) caso positivo, o Cartório deverá, ainda, analisar se foram informados:

183
Provimento-CGE nº 18/2011, artigo 7º c/c o parágrafo único do artigo 11

161
I. dados pessoais suficientes para a individualização do eleitor no
Cadastro; e
II. os dados necessários para o comando do respectivo código de ASE,
segundo o Manual vigente, elaborado pelo TSE; e
b. caso negativo, deverão ser adotadas as providências previstas nos itens 16 a
19.

16. Em caso de ausência de dados ou divergência entre aqueles constantes da


comunicação e do Cadastro Nacional de Eleitores, o expediente será devolvido ao
Órgão comunicante, com vistas à complementação dos dados.

16.1. O Juiz Eleitoral, entendendo tratar-se da mesma pessoa, poderá dispensar a


devolução da comunicação ao Órgão comunicante e determinar o imediato comando
do respectivo código de ASE caso a divergência diga respeito apenas:
a) a uma letra do nome do eleitor (por exemplo: “s” na comunicação e “z” no
Cadastro e vice-versa); ou
b) ao fato de o nome constante da comunicação ser o de solteiro e o
consignado no Cadastro ser o de casado e vice-versa.

17. Após o retorno da comunicação do Órgão comunicante, poderão ser


empreendidas, além de outras que o Juiz Eleitoral entender convenientes, as seguintes
diligências para a obtenção de dados ausentes e/ou divergentes:
a) realização de consulta ao sítio eletrônico do Tribunal cuja Vara tenha
comunicado o restabelecimento dos direitos políticos;
b) localização do eleitor no endereço constante do Sistema Elo;
c) realização de contato telefônico com o eleitor, utilizando-se o número
constante do Sistema Elo;
d) expedição de ofício aos órgãos emitentes de documentações civis;
e) expedição de ofício ao Cartório de Registro Civil da localidade de nascimento
do eleitor;
f) expedição de notificação a pessoa da família do eleitor, a fim de que
compareça ao Cartório para prestar informações e, caso seja possível,
apresentar originais ou cópias de documentos do eleitor; e/ou
g) consulta ao INFOSEG (SINESP).

18. Se persistir a dúvida com relação à individualização do eleitor, após empreendidas


todas as diligências previstas no item anterior, o Juiz Eleitoral determinará:
a) a realização de outras diligências ou providências julgadas cabíveis; ou
b) o arquivamento da comunicação, em virtude de não satisfazer as condições
para o restabelecimento dos direitos políticos.

19. Recebida comunicação de cessação de motivo ensejador de suspensão de direitos


políticos que não tenha sido registrada no histórico da inscrição eleitoral nem na Base
de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o Juiz Eleitoral determinará:

162
I. o comando do código de ASE 540, nas hipóteses de inelegibilidade 184,
conforme orientações constantes do Módulo XXIII; e
II. o arquivamento da comunicação na pasta “Restabelecimento de Direitos
Políticos/Inscrição Eleitoral” correspondente ou no sistema próprio.

19.1. Na hipótese prevista neste item, é dispensado o comando dos códigos de ASE
043, 337 e 370.

Subseção IV
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE

20. Presentes todas as informações necessárias, o Juiz Eleitoral determinará o imediato


comando do código de ASE.

21. Nas hipóteses em que a condenação criminal tiver decorrido da prática dos crimes
que ensejam inelegibilidade (vide Módulo XXIII)185, o Juiz Eleitoral determinará, ainda,
o comando do código de ASE 540.

22. A competência para o comando dos códigos de ASE 370 e 540 é do Juízo da Zona
Eleitoral a que estiver vinculada a inscrição.

23. Deverá ser comandado um código de ASE 370 para cada código de ASE 043 ou 337
registrado no histórico da inscrição eleitoral tão logo seja comprovada a cessação do
motivo que ensejou o lançamento de cada um deles.

23.1. A regularização da inscrição eleitoral só ocorrerá quando for inativado o último


registro de suspensão ou de cancelamento constante de seu histórico.

24. O preenchimento dos campos dos códigos de ASE observará o disposto nas
Instruções para Utilização dos Códigos de ASE, do TSE, ou em norma que as alterar ou
substituir.

25. Antes de registrar o código de ASE determinado pelo Juízo Eleitoral, o Cartório
deverá verificar atentamente:
I. o espelho do Cadastro, em especial o histórico ASE da inscrição (atenção às
datas de ocorrência e números de processos), para evitar os registros em
duplicidade;
II. as sugestões de código de ASE e de complemento apresentadas pelo sistema
próprio, caso disponível tal funcionalidade; e
III. o código de ASE que deverá ser inativado, a fim de evitar a inativação do
registro incorreto.

184
Provimento-CGE nº 18/2011, artigo 7º c/c o parágrafo único do artigo 11
185
Lei Complementar nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”, e demais diplomas legais aplicáveis

163
25.1. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverá constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo.

25.1.1. O número a ser registrado é o do processo de conhecimento, aquele em que


ocorreu o trânsito em julgado da condenação criminal, e não o do processo de
execução.

26. Após o comando do código de ASE, o serventuário deverá realizar nova consulta ao
Sistema Elo, a fim de verificar se o registro foi realizado corretamente.

26.1. Tal providência é necessária em virtude de não ser possível identificar o registro
do código de ASE no histórico da inscrição na mesma tela em que foi realizado seu
lançamento.

26.1.1. A adoção dessa medida evita a realização de registros em duplicidade.

Subseção V
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS

27. Após o comando do código de ASE 370, a comunicação ou o requerimento deverão


ser juntados à respectiva comunicação do fato ensejador da suspensão dos direitos
políticos, realizando-se os registros necessários no SADP ou no sistema próprio.

28. As comunicações eletrônicas serão arquivadas no sistema próprio, caso disponível


tal funcionalidade.

29. As comunicações e os requerimentos recebidos em meio físico serão arquivados


em pasta própria, acompanhados de espelhos da consulta ao Cadastro Nacional de
Eleitores que contenham o registro do respectivo código de ASE.

29.1. Os expedientes serão arquivados em ordem alfabética separados por ano de


recebimento da comunicação ou por período inferior, caso o volume assim exija.

30. Para o arquivamento das comunicações e dos requerimentos, o Cartório Eleitoral


manterá as seguintes pastas:

I. Restabelecimento de Inscrição Eleitoral – Serviço Militar Obrigatório – Ano:


_____;
II. Restabelecimento de Direitos Políticos – Incapacidade Civil – Ano: _____;
III. Restabelecimento de Direitos Políticos – Improbidade Administrativa – Ano:
_____;
IV. Restabelecimento de Direitos Políticos – Condenação Criminal – Ano: _____;
e
V. Restabelecimento de Direitos Políticos – Inelegibilidade – Ano: _____.
VI. Reabilitação para o Exercício da Função Pública – Ano: _____.

164
30.1. As pastas serão criadas à medida que o volume de comunicações e
requerimentos o exigir.

30.1.1. As pastas não deverão conter comunicações e requerimentos recebidos em


período superior a 01 ano, a fim de facilitar a localização da documentação.

31. Após a adoção da providência prevista no item 27, as comunicações de suspensão


de direitos políticos serão transferidas da pasta em que se encontravam para:
a) as pastas discriminadas nos incisos I, II, III ou IV do item 30, conforme a
hipótese; ou
b) a pasta prevista no inciso V do item 30, quando a suspensão tiver sido
registrada por meio do código de ASE 337, motivos/forma 7 ou 8, e ainda não
tiver transcorrido o período da inelegibilidade.

32. Caso tenha sido autuado processo para análise da comunicação ou do


requerimento, este deverá ser arquivado, após a juntada de espelho da consulta ao
Cadastro Nacional de Eleitores que comprove o registro do código de ASE específico.

32.1. A autuação da comunicação ou do requerimento poderá ser necessária para


melhor documentação das diligências realizadas para sanar a ausência de dados ou a
divergência entre os dados constantes da comunicação e aqueles registrados no
Cadastro Nacional de Eleitores.

Capítulo II
DA REAQUISIÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
33. A reaquisição dos direitos políticos será registrada quando for comprovada a
cessação do motivo ensejador da perda dos direitos políticos.

33.1. O registro da reaquisição dos direitos políticos é realizado por meio:


a) do comando do código de ASE 353 para inativação de código de ASE 329
constante do histórico da inscrição eleitoral; ou
b) da inativação de registro de perda constante da Base de Perda e Suspensão
de Direitos Políticos.

33.2. A competência para registro da reaquisição dos direitos políticos é da CGE.

33.3. Aqueles que desejarem o registro da reaquisição de seus direitos políticos


deverão ser orientados a procurar o Ministério da Justiça, a fim de solicitar a
documentação apta a comprovar a cessação do impedimento.

33.4. De posse da documentação, o eleitor poderá apresentar RRI perante qualquer


Cartório Eleitoral, que providenciará sua remessa à CGE, por intermédio da CRE-DF.

165
Módulo XXIII

DA INELEGIBILIDADE E
DA INABILITAÇÃO PARA O
EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

166
Módulo XXIII
DA INELEGIBILIDADE E DA
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Capítulo I
DA INELEGIBILIDADE
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE
DE REGISTRO DA INELEGIBILIDADE

1. A Justiça Eleitoral será comunicada acerca das situações ensejadoras de


inelegibilidade, que serão registradas no Cadastro Nacional de Eleitores por meio do
código de ASE 540186.

2. Além disso, quando a condenação criminal tiver decorrido da prática de crime que
enseje inelegibilidade, o Juízo Eleitoral determinará o comando do código de ASE 337
em seus motivos/forma 7 ou 8, conforme a hipótese187.

2.1. Tal providência visa sinalizar a necessidade de determinação do comando do


código de ASE 540 pelo Juiz Eleitoral tão logo seja comprovada a cessação do motivo
ensejador da suspensão de direitos políticos.

2.2. Mesmo que a condenação tenha sido registrada pelo código de ASE 337 em seu
motivo/forma 2, a comunicação de extinção da punibilidade deverá ser analisada para
verificar se o crime cometido enseja inelegibilidade.

2.2.1. Caso positivo, deverá ser determinado o comando do código de ASE 540.

2.2.2. O Juiz Eleitoral poderá dispensar a correção do registro de código de ASE 337 nas
hipóteses em que o equívoco se resumir à utilização:
a) do motivo/forma 2 para crimes que ensejem inelegibilidade; ou
b) dos motivos/forma 7 ou 8 para crimes que não ensejem inelegibilidade.

2.2.3. A correção a que se refere o item 2.2.2 poderá ser dispensada desde que:
I. essa medida não interfira na situação eleitoral do interessado; e
II. o cabimento do registro da inelegibilidade seja analisado
independentemente do motivo/forma utilizado para comando do código de
ASE 337.

186
Lei Complementar nº 64/1990, alterada pela Lei Complementar nº 135/2010
187
Lei Complementar nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”, e outros diplomas legais aplicáveis

167
3. A existência de registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos – BPSDP
referente a crime que enseje inelegibilidade em situação “INATIVO” também indica a
necessidade de determinação do comando do código de ASE 540 no histórico da
inscrição eleitoral correspondente.

4. Em qualquer hipótese, não deverá ser determinado o comando do código de ASE


540 se já tiver transcorrido o prazo de 08 anos, contados da data de trânsito em
julgado da respectiva sentença de extinção de punibilidade.

Seção II
SITUAÇÕES ENSEJADORAS

5. Os principais crimes que ensejam inelegibilidade estão discriminados no artigo 1º,


inciso I, alínea “e”, da Lei Complementar nº 64/1990.

5.1. De acordo com o artigo 1º, § 4º, do mesmo diploma legal, não ensejam
inelegibilidade os crimes referidos neste item que sejam:
a) culposos; ou
b) de menor potencial ofensivo188 (vide itens 5.1.1 e 5.1.2).

5.1.1. Enquadram-se nesta hipótese os crimes com pena máxima prevista em lei não
superior a 02 anos.

5.1.2. Não se enquadram nesta hipótese as condenações em que a pena máxima


prevista em lei seja superior a 02 anos, mesmo que o juízo criminal tenha aplicado
pena inferior a 02 anos.

6. Será designada comissão para atualização de tabela relacionando os principais


crimes passíveis de inelegibilidade.

7. Será registrada a inelegibilidade quando a condenação pela prática dos crimes


mencionados no item 5 decorrer de decisão:
a) transitada em julgado e executada (vide item 7.1); ou
b) de órgão colegiado, independentemente do trânsito em julgado (vide itens
7.2 e 7.3).

7.1. Na hipótese prevista na alínea “a” deste item, a inelegibilidade será registrada tão
logo seja comprovada a extinção de punibilidade.

7.2. Na hipótese prevista na alínea “b” deste item, o Cartório Eleitoral, caso o Juiz
Eleitoral entenda pertinente, verificará:
I. se houve trânsito em julgado ou reforma da decisão condenatória
comunicada pelo órgão colegiado; e

188
Lei nº 9.099/1995, artigo 61

168
II. a situação do réu no Cadastro Nacional de Condenados por Ato de
Improbidade Administrativa e por Ato que Implique Inelegibilidade – CNCAI do
CNJ.

7.3. As providências previstas no item 7.2 visam verificar se o interessado:


a) permanece apenas inelegível (vide item 7.3.1.);
b) foi condenado em sentença transitada em julgado (vide item 7.3.2); ou
c) foi posteriormente absolvido (vide item 7.3.3).

7.3.1. Caso o interessado permaneça apenas inelegível, será determinado o comando


do código de ASE 540 no histórico de sua inscrição eleitoral.

7.3.2. Se a decisão condenatória tiver transitado em julgado:


I. deverá ser determinado o comando do código de ASE 337 no histórico da
inscrição eleitoral do interessado; e
II. não deverá ser lançado o código de ASE 540 até que seja registrada a
extinção da punibilidade, visto que o registro da suspensão dos direitos
políticos abrange a inelegibilidade.

7.3.3. Na hipótese de absolvição, o Juiz Eleitoral determinará o arquivamento da


comunicação.

7.4. O registro de inelegibilidade em decorrência de condenação por órgão colegiado


não dispensa o comando de novo código de ASE 540 após a respectiva extinção da
punibilidade.

7.4.1. Essa providência é necessária em virtude de ambas as hipóteses de


inelegibilidade estarem previstas na Lei Complementar nº 64/1990.

7.4.2. Nessa hipótese, a contagem do período de inelegibilidade recomeçará a cada


código de ASE 540 registrado no histórico da inscrição eleitoral.

7.4.3. A medida prevista neste item só poderá ser dispensada por decisão expressa do
Juízo Eleitoral competente.

8. O registro código de ASE 540 deverá ser determinado tão logo o Juiz Eleitoral tome
conhecimento de situação ensejadora de inelegibilidade, conforme hipóteses previstas
neste Módulo.

Seção III
DO REGISTRO DA INELEGIBILIDADE
Subseção I
DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES

9. A comunicação de INELEGIBILIDADE deverá ser registrada em sistema próprio caso:

169
a) tal providência não tenha sido adotada por outra Unidade da Justiça Eleitoral
do DF; ou
b) inexista etiqueta original de protocolo no documento recebido em meio
físico.

10. Recebida comunicação ensejadora de inelegibilidade referente a mais de um


eleitor, o Cartório providenciará:
a) a extração de cópia do documento para protocolização individual; ou
b) a inclusão das informações em sistema próprio de forma individualizada.

Subseção II
DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES

11. Após o registro, serão realizadas as consultas necessárias para verificar se a mesma
informação foi recebida anteriormente, por meio de outra comunicação.

11.1. As comunicações desta espécie recebidas em duplicidade poderão ser


arquivadas, desde que seja anotado no sistema próprio o número com o qual o
documento anterior com as mesmas informações foi registrado no TRE-DF.

11.1.1. Nesta hipótese, o arquivamento poderá ser determinado pelo Chefe de


Cartório, sendo desnecessário o despacho do Juiz Eleitoral, por se tratar de documento
com informações já apreciadas pelo Juízo.

12. Caso as informações constantes da comunicação não tenham sido recebidas


anteriormente, o Cartório providenciará a individualização do interessado por meio:
a) da realização de consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores (vide item 12.1);
ou
b) de sistema próprio.

12.1. As consultas eventualmente realizadas deverão ser juntadas às respectivas


comunicações.

13. Se a inscrição eleitoral localizada estiver agrupada em coincidência (situações


“LIBERADA” ou “NÃO LIBERADA”), o Juízo deverá aguardar a atualização da
coincidência no Sistema Elo antes de adotar as providências a seguir.

14. Caso a comunicação se refira a pessoa inscrita em outra Zona Eleitoral do Distrito
Federal, a documentação, original ou cópia devidamente protocolizada ou registrada,
deverá ser remetida diretarmente ao Juízo competente, via malote ou por meio do
sistema próprio.

14.1. Se a comunicação tiver sido recebida em meio eletrônico, deverão ser


registrados em seu andamento no sistema próprio:
I. o número da inscrição eleitoral;
II. a situação em que se encontra a inscrição eleitoral; e

170
III. a Zona Eleitoral à qual a inscrição eleitoral está vinculada.

14.2. As providências previstas neste item deverão ser adotadas independentemente


da situação em que se encontrar a inscrição eleitoral.

15. Se o Juízo competente for de outra Unidade da Federação, a comunicação deverá


ser encaminhada diretamente ao Juízo competente, devendo ser registrados no
sistema próprio:
I. que a comunicação foi remetida ao Juízo competente; e
II. o número e a Unidade da Federação da Zona Eleitoral à qual a inscrição
eleitoral está vinculada189.

15.1. Essa providência deverá ser adotada independentemente da situação em que se


encontrar a inscrição eleitoral.

16. Inexistindo inscrição eleitoral, a comunicação deverá ser encaminhada à CRE-DF,


para análise da pertinência de registro das informações na Base de Perda e Suspensão
de Direitos Políticos.

Subseção III
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES

17. É imprescindível que a comunicação de motivo ensejador da inelegibilidade


contenha os seguintes dados:
I. nome do réu;
II. filiação;
III. data de nascimento;
IV. número do:
a) processo criminal que ensejou a inelegibilidade após o cumprimento
da pena190 ou em virtude de condenação por órgão colegiado (processo
de conhecimento e não de execução); ou
b) processo ou ato em que foi decretada a inelegibilidade, conforme a
hipótese;
V. data:
a) do trânsito em julgado da sentença de extinção de punibilidade;
b) da decisão condenatória proferida por órgão colegiado; ou
c) da decisão que decretou a inelegibilidade, conforme a hipótese; e
VI. tipificação (artigo penal em que foi enquadrado o crime cometido pelo réu).

18. Inicialmente, a comunicação deverá ser analisada, a fim de averiguar se satisfaz


todas as condições para o registro da inelegibilidade, segundo a legislação vigente,
observando-se que:

189
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 1º (com a redação dada pelo artigo 1º da Resolução-TSE nº 23490/2016)
190
LC nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”

171
a) caso positivo, o Cartório deverá, ainda, analisar se foram informados:
I. dados pessoais suficientes para a individualização do eleitor no
Cadastro; e
II. os dados necessários para o comando do respectivo código de ASE,
segundo o Manual vigente, elaborado pelo TSE; e
b) caso negativo, deverão ser adotadas as providências previstas nos itens 19 a
21.

19. Em caso de ausência de dados ou divergência entre aqueles constantes da


comunicação e do Cadastro Nacional de Eleitores, o expediente será devolvido ao
Órgão comunicante, com vistas à complementação dos dados.

19.1. O Juiz Eleitoral, entendendo tratar-se da mesma pessoa, poderá dispensar a


devolução da comunicação ao Órgão comunicante e determinar o imediato comando
do respectivo código de ASE caso a divergência diga respeito apenas:
a) a uma letra do nome do eleitor (por exemplo: “s” na comunicação e “z” no
Cadastro e vice-versa); ou
b) ao fato de o nome constante da comunicação ser o de solteiro e o
consignado no Cadastro ser o de casado e vice-versa.

20. Após a devolução da comunicação pelo Órgão comunicante com complementação


de dados, poderão ser empreendidas, além de outras que o Juiz Eleitoral entender
convenientes, as seguintes diligências para a obtenção de dados ausentes e/ou
divergentes:
a) realização de consulta ao sítio eletrônico do Tribunal cuja Vara tenha
comunicado o restabelecimento dos direitos políticos;
b) localização do eleitor no endereço constante do Sistema Elo;
c) realização de contato telefônico com o eleitor, utilizando-se o número
constante do Sistema Elo;
d) expedição de ofício aos órgãos emitentes de documentações civis;
e) expedição de ofício ao Cartório de Registro Civil da localidade de nascimento
do eleitor;
f) expedição de notificação a pessoa da família do eleitor, a fim de que
compareça ao Cartório para prestar informações e, caso seja possível,
apresentar originais ou cópias de documentos do eleitor; e/ou
g) consulta ao INFOSEG (SINESP).

21. Se persistir a dúvida com relação à individualização do eleitor, após empreendidas


todas as diligências previstas no item anterior, o Juiz Eleitoral determinará:
a) a realização de outras diligências ou providências julgadas cabíveis; ou
b) o encaminhamento da comunicação ou do processo à CRE-DF para análise da
pertinência de inserção dos dados na Base de Perda e Suspensão de Direitos
Políticos.

172
22. Recebida comunicação de motivo ensejador de inelegibilidade com prazo prescrito,
o Juiz Eleitoral determinará o arquivamento da comunicação na pasta
“Restabelecimento de Direitos Políticos – Inelegibilidade” ou no sistema próprio.

22.1. Na hipótese prevista neste item, é dispensado o comando do código de ASE 540.

Subseção IV
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE

23. Presentes todas as informações necessárias, o Juiz Eleitoral determinará o imediato


comando do código de ASE.

24. A competência para o comando do código de ASE 540 é do Juízo da Zona Eleitoral a
que estiver vinculada a inscrição.

25. O preenchimento dos campos dos códigos de ASE observará o disposto nas
Instruções para Utilização dos Códigos de ASE, do TSE, ou em norma que as alterar ou
substituir.

26. Antes de registrar o código de ASE determinado pelo Juízo Eleitoral, o Cartório
deverá verificar atentamente:
I. o espelho do Cadastro, em especial o histórico ASE da inscrição (atenção às
datas de ocorrência e números de processos), para evitar os registros em
duplicidade; e
II. as sugestões de código de ASE e de complemento apresentadas pelo sistema
próprio, caso disponível tal funcionalidade.

27. Existindo mais de um motivo ensejador de inelegibilidade para a mesma pessoa e


descartada a hipótese de comunicação em duplicidade, deverá ser comandado um
código de ASE 540 para cada uma delas.

27.1. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverá constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo ou ato que tiverem gerado a inelegibilidade.

27.1.1. O número a ser registrado é o do:


a) processo criminal que ensejou a inelegibilidade após o cumprimento da
pena191 (processo de conhecimento e não de execução);
b) o do processo em que houve a condenação por órgão colegiado; ou
c) do processo ou do ato em que foi decretada a inelegibilidade.
28. Após o comando do código ASE, o serventuário deverá realizar nova consulta ao
Sistema Elo, a fim de verificar se o registro foi realizado corretamente.

191
LC nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”

173
28.1. Tal providência é necessária em virtude de não ser possível identificar o registro
do código de ASE no histórico da inscrição na mesma tela em que foi realizado seu
lançamento.

28.1.1. A adoção dessa medida evita a realização de registros em duplicidade.

Subseção V
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS

29. Os expedientes deverão ser arquivados até o conhecimento da cessação do motivo


ensejador do impedimento.

30. As comunicações eletrônicas serão arquivadas no sistema próprio, caso disponível


tal funcionalidade.

31. As comunicações recebidas em meio físico serão arquivadas em pasta própria,


acompanhadas de espelhos da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores que
contenham o registro do respectivo código de ASE.

31.1. Os expedientes serão arquivados em ordem alfabética separados por ano de


recebimento da comunicação ou por período inferior, caso o volume assim exija.

32. Para o arquivamento das comunicações, o Cartório Eleitoral manterá as seguintes


pastas:
I. Suspensão de Inscrição Eleitoral – Serviço Militar Obrigatório – Ano: _____;
II. Suspensão de Direitos Políticos – Improbidade Administrativa – Ano: _____;
III. Suspensão de Direitos Políticos – Condenação Criminal – Ano: _____;
IV. Suspensão de Direitos Políticos – Inelegibilidade – Ano: _____; e
V. Inabilitação para o exercício de função pública – Ano: _____.

32.1. As pastas serão criadas à medida que o volume de comunicações o exigir.

32.1.1. As pastas não deverão conter comunicações recebidas em período superior a


01 ano, a fim de facilitar a localização da documentação.

32.2. As pastas poderão conter documentos relacionados a mais de um dos assuntos


mencionados nos incisos I a V deste item, caso sejam recebidos menos de 36
comunicações referentes a cada um deles durante o ano.

33. Caso tenha sido autuado processo para análise da comunicação, este deverá ser
mantido em arquivo corrente, após a juntada de espelho da consulta ao Cadastro
Nacional de Eleitores que comprove o registro do código de ASE específico.

33.1. A autuação da comunicação poderá ser necessária para melhor documentação


das diligências realizadas para sanar a ausência de dados ou a divergência entre os

174
dados constantes da comunicação e aqueles registrados no Cadastro Nacional de
Eleitores.

33.2. O feito deverá ser mantido em arquivo corrente até o recebimento de


comunicação da cessação do impedimento.

Capítulo II
DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE
DE REGISTRO DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

34. A Justiça Eleitoral será comunicada acerca das situações ensejadoras de


inabilitação para o exercício de função pública, que serão registradas no Cadastro
Nacional de Eleitores por meio do código de ASE 515192.

34.1. As condenações por crimes com pena de inabilitação estão entre as hipóteses de
inelegibilidade previstas na Lei Complementar nº 64/1990, aliena “e”.

Seção II
DAS SITUAÇÕES ENSEJADORAS

35. A inabilitação para o exercício de função pública (código de ASE 515) está prevista
no artigo 52, parágrafo único, da Constituição Federal, bem como na Lei nº 4.898/1965
(Lei de Abuso de Autoridade).

Seção III
DO REGISTRO DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

Subseção I
DO REGISTRO E DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES

36. O registro e a triagem das comunicações de inabilitação para o exercício de função


pública observarão o previsto nos itens 9 a 16.

Subseção II
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES

37. É imprescindível que a comunicação de motivo ensejador da inabilitação para o


exercício de função pública contenha os seguintes dados:
I. nome do réu;
II. filiação;

192
CRFB, artigo 52, parágrafo único / Lei nº 4.898/65 (Lei de Abuso de Autoridade)

175
III. data de nascimento;
IV. número do processo (quando decorrente de decisão judicial) ou do ato ou
processo (quando decorrente de julgamento pelo Poder Legislativo) em que foi
determinada a inabilitação, conforme a hipótese;
V. data do trânsito em julgado (quando decorrente de decisão judicial) da
decisão ou da decisão (quando decorrente de julgamento pelo Poder
Legislativo) que determinou a inabilitação, conforme a hipótese; e
VI. previsão legal.

38. A análise e a instrução das comunicações de inabilitação para o exercício de função


pública observarão o previsto nos itens 18 a 21.

39. Recebida comunicação de motivo ensejador de inabilitação para o exercício de


função pública com prazo prescrito, o Juiz Eleitoral determinará o arquivamento da
comunicação na pasta “Reabilitação para o exercício de função pública” ou no sistema
próprio.

39.1. Na hipótese prevista neste item, é dispensado o comando do código de ASE 515.

Subseção III
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE

40. Presentes todas as informações necessárias, o Juiz Eleitoral determinará o imediato


comando do código de ASE.

41. A competência para o comando do código de ASE 515 é do Juízo da Zona Eleitoral a
que estiver vinculada a inscrição.

42. Existindo mais de um motivo ensejador de inabilitação para o exercício de função


pública para a mesma pessoa e descartada a hipótese de comunicação em duplicidade,
deverá ser comandado um código de ASE 515 para cada uma delas.

42.1. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverá constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo ou do ato, conforme a hipótese.

43. O registro do código de ASE 515 observará o disposto nos itens 25, 26 e 28.

Subseção IV
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS

44. O arquivamento das comunicações e processos referentes a inabilitação para o


exercício de função pública observará o disposto nos itens 29 a 33.

176
Módulo XXIV

DO RESTABELECIMENTO
DA ELEGIBILIDADE
E DA REABILITAÇÃO PARA O
EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

177
Módulo XXIV
DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE
E DA REABILITAÇÃO PARA
O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Capítulo I
DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE REGISTRO
DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE

1. O registro do restabelecimento da elegibilidade é realizado:


a) em atendimento a solicitação do interessado; ou
b) em virtude do recebimento de comunicação da cessação do impedimento.

1.1. Recebidos comunicação ou requerimento de restabelecimento da elegibilidade, o


Juiz Eleitoral analisará se transcorreu o prazo de inelegibilidade.

1.2. Caso considere ter cessado o impedimento com relação a todos os códigos de ASE
540 registrados no histórico da inscrição eleitoral do interessado, o Juiz Eleitoral
determinará o comando do código de ASE 558.

1.2.1. O comando do código de ASE 558 inativará todos os códigos de ASE 540
registrados no histórico da inscrição eleitoral193.

1.3. Caso reste código de ASE 540 cujo fato ensejador ainda não tenha sido extinto, o
Juiz Eleitoral determinará:
I. a notificação do interessado, caso se trate de requerimento de
restabelecimento da elegibilidade; e
II. o arquivamento do expediente.

Seção II
DO REGISTRO DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE

Subseção I
DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS

2. A comunicação ou o requerimento de restabelecimento de elegibilidade deverão ser


registrados em sistema próprio caso:

193
Provimento-CGE nº 6/2009 – Instruções para Utilização dos Códigos de ASE (Manual do ASE)

178
a) tal providência não tenha sido adotada por outra Unidade da Justiça Eleitoral
do DF; ou
b) inexista etiqueta original de protocolo no documento recebido em meio
físico.

3. Recebida comunicação de restabelecimento de elegibilidade referente a mais de um


eleitor, o Cartório providenciará:
a) a extração de cópia do documento para protocolização individual; ou
b) a inclusão das informações em sistema próprio de forma individualizada.

Subseção II
DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS

4. Após o registro, serão realizadas as consultas necessárias para verificar se a mesma


informação foi recebida anteriormente, por meio de outra comunicação ou de outro
requerimento.

4.1. As comunicações ou os requerimentos desta espécie recebidos em duplicidade


poderão ser arquivados, desde que seja anotado no sistema próprio o número com o
qual o documento anterior com as mesmas informações foi registrado no TRE-DF.

4.1.1. Nesta hipótese, o arquivamento poderá ser determinado pelo Chefe de Cartório,
sendo desnecessário o despacho do Juiz Eleitoral, por se tratar de documento com
informações já apreciadas pelo Juízo.

5. Caso as informações constantes da comunicação ou do requerimento não tenham


sido recebidas anteriormente, o Cartório providenciará a individualização do
interessado por meio:
a) da realização de consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores (vide item 5.1);
ou
b) de sistema próprio.

5.1. As consultas eventualmente realizadas deverão ser juntadas aos respectivos


requerimentos ou comunicações.

6. Se a inscrição eleitoral localizada estiver agrupada em coincidência (situações


“LIBERADA” ou “NÃO LIBERADA”), o Juízo deverá aguardar a atualização da
coincidência no Sistema Elo antes de adotar as providências a seguir.

7. Caso a comunicação ou o requerimento se refiram a pessoa inscrita em outra Zona


Eleitoral do Distrito Federal, a documentação, original ou cópia devidamente
protocolizada ou registrada, deverá ser remetida diretamente ao Juízo competente, via
malote ou por meio do sistema próprio.

7.1. Se a comunicação tiver sido recebida em meio eletrônico, deverão ser registrados
em seu andamento no sistema próprio:

179
I. o número da inscrição eleitoral;
II. a situação em que se encontra a inscrição eleitoral; e
III. a Zona Eleitoral à qual a inscrição eleitoral está vinculada.

7.2. As providências previstas neste item deverão ser adotadas independentemente da


situação em que se encontrar a inscrição eleitoral.

8. Se o Juízo competente for de outra Unidade da Federação, a comunicação ou o


requerimento deverão ser encaminhados diretamente ao Juízo competente, devendo
ser registrados no sistema próprio:
I. que a comunicação ou o requerimento foram remetidos ao Juízo competente;
e
II. o número e a Unidade da Federação da Zona Eleitoral à qual a inscrição
eleitoral está vinculada194.

8.1. Essa providência deverá ser adotada independentemente da situação em que se


encontrar a inscrição eleitoral.

9. Caso seja localizado registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o


Cartório:
I. adotará as providências previstas nos itens 9.1, 9.2 ou 9.3, conforme a
hipótese; e
II. caso o eleitor deseje realizar operação de alistamento, procederá conforme
disposto nos itens 12 e 13 do Módulo XI.

9.1. Se a suspensão dos direitos políticos que gerou a inelegibilidade tiver sido anotada
somente na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos e alguma das sequências
do registro estiver na situação “ATIVO”, a comunicação ou o requerimento de
restabelecimento de elegibilidade deverão ser encaminhados à CRE-DF, para análise da
pertinência de sua inativação.

9.2. Caso a suspensão dos direitos políticos que gerou a inelegibilidade tenha sido
anotada somente na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos e todas as
sequências do registro estejam na situação “INATIVO”, a comunicação ou o
requerimento de restabelecimento deverão ser submetidos à apreciação do Juiz
Eleitoral, para determinação:
I. da adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
II. do arquivamento da comunicação na pasta “Restabelecimento de
Direitos Políticos – Inelegibilidade” ou no sistema próprio.

9.3. Nas hipóteses em que a suspensão dos direitos políticos que gerou a
inelegibilidade tiver sido registrada no histórico da inscrição eleitoral e na Base de
Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o Cartório deverá:

194
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 1º (com a redação dada pela pelo artigo 1º da Resolução-TSE nº 23.490/2016

180
I. adotar as providências necessárias para o registro do restabelecimento da
elegibilidade no histórico da inscrição eleitoral; e
II. caso o registro da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos
permaneça ATIVO após a adoção dessa providência, encaminhar a
comunicação à CRE-DF, para análise da pertinência da inativação do referido
registro.

10. Caso a inelegibilidade não tenha sido registrada no histórico da inscrição eleitoral
nem tenha sido localizado registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos
Políticos/TSE, o Juiz determinará:
I. a adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
II. o arquivamento da comunicação na pasta “Restabelecimento de Direitos
Políticos – Inelegibilidade” ou no sistema próprio.

10.1. Nesta hipótese, é dispensado o comando dos códigos de ASE 540 e 558.

Subseção III
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS

11. Os requerimentos de restabelecimento de elegibilidade apresentados em Cartório


deverão ser instruídos com:
I. documentação comprobatória da cessação do motivo ensejador da
inelegibilidade; e
II. formulário de Declaração de Situação de Direitos Políticos, devidamente
preenchido.

12. É imprescindível que a comunicação de motivo ensejador de restabelecimento da


elegibilidade contenha os seguintes dados:
I. nome do interessado;
II. filiação;
III. data de nascimento;
IV. número do processo em que houve a condenação que gerou a
inelegibilidade (vara de origem e não de execução);
V. data do trânsito em julgado da sentença de restabelecimento da
elegibilidade; e
VI. tipificação (artigo penal em que foi enquadrado o crime que gerou a
inelegibilidade).

13. Inicialmente, a comunicação deverá ser analisada, a fim de averiguar se satisfaz


todas as condições para o registro da cessação do impedimento, segundo a legislação
vigente, observando-se que:
a) caso positivo, o Cartório deverá, ainda, analisar se foram informados:
I. dados pessoais suficientes para a individualização do eleitor no
Cadastro; e
II. os dados necessários para o comando do respectivo código de ASE,
segundo o Manual vigente, elaborado pelo TSE; e

181
b) caso negativo, deverão ser adotadas as providências previstas nos itens 14 a
16.

14. Em caso de ausência de dados ou divergência entre aqueles constantes da


comunicação e do Cadastro Nacional de Eleitores, o expediente será devolvido ao
Órgão comunicante, com vistas à complementação dos dados.

14.1. O Juiz Eleitoral, entendendo tratar-se da mesma pessoa, poderá dispensar a


devolução da comunicação ao Órgão comunicante e determinar o imediato comando
do respectivo código de ASE caso a divergência diga respeito apenas:
a) a uma letra do nome do eleitor (por exemplo: “s” na comunicação e “z” no
Cadastro e vice-versa); ou
b) ao fato de o nome constante da comunicação ser o de solteiro e o
consignado no Cadastro ser o de casado e vice-versa.

15. Após a devolução da comunicação pelo Órgão comunicante com complementação


de dados, poderão ser empreendidas, além de outras que o Juiz Eleitoral entender
convenientes, as seguintes diligências para a obtenção de dados ausentes e/ou
divergentes:
a) realização de consulta ao sítio eletrônico do Tribunal cuja Vara tenha
comunicado o restabelecimento dos direitos políticos;
b) localização do eleitor no endereço constante do Sistema Elo;
c) realização de contato telefônico com o eleitor, utilizando-se o número
constante do Sistema Elo;
d) expedição de ofício aos órgãos emitentes de documentações civis;
e) expedição de ofício ao Cartório de Registro Civil da localidade de nascimento
do eleitor;
f) expedição de notificação a pessoa da família do eleitor, a fim de que
compareça ao Cartório para prestar informações e, caso seja possível,
apresentar originais ou cópias de documentos do eleitor; e/ou
g) consulta ao INFOSEG (SINESP).

16. Se persistir a dúvida com relação à individualização do eleitor, após empreendidas


todas as diligências previstas no item anterior, o Juiz Eleitoral determinará:
a) a realização de outras diligências ou providências julgadas cabíveis; ou
b) o arquivamento da comunicação, em virtude de não satisfazer as condições
para o registro da cessação do impedimento.

Subseção IV
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE

17. Presentes todas as informações necessárias, o Juiz Eleitoral determinará o imediato


comando do código de ASE.

18. A competência para o comando do código de ASE 558 é do Juízo da Zona Eleitoral a
que estiver vinculada a inscrição.

182
19. O preenchimento dos campos dos códigos de ASE observará o disposto nas
Instruções para Utilização dos Códigos de ASE, do TSE, ou em norma que as alterar ou
substituir.

20. Antes de registrar o código de ASE determinado pelo Juízo Eleitoral, o Cartório
deverá verificar atentamente:
I. o espelho do Cadastro, em especial o histórico ASE da inscrição (atenção às
datas de ocorrência e aos números de processos), para evitar registros em
duplicidade; e
II. as sugestões de código de ASE e de complemento apresentadas pelo sistema
próprio, caso disponível tal funcionalidade.

21. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverão constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo ou da comunicação.

21.1. Os números a serem registrados são:


a) o do processo ou protocolo em que o Juízo Eleitoral declarou o
restabelecimento da elegibilidade; ou
b) do documento que comunicou a cessação da inelegibilidade.

22. Após o comando do código ASE, o serventuário deverá realizar nova consulta ao
Sistema Elo, a fim de verificar se o registro foi realizado corretamente.

22.1. Tal providência é necessária em virtude de não ser possível identificar o registro
do código de ASE no histórico da inscrição na mesma tela em que foi realizado seu
lançamento.

22.1.1. A adoção dessa medida evita a realização de registros em duplicidade.

23. Deverá ser lançado um único código de ASE 558 para registrar o restabelecimento
da elegibilidade com relação ao todos os códigos de ASE 540 constantes do histórico
da inscrição eleitoral.

Subseção V
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS

24. Após o comando do código de ASE 558, a comunicação ou o requerimento deverão


ser juntados à respectiva comunicação do fato ensejador da inelegibilidade,
realizando-se os registros necessários no SADP ou no sistema próprio.

25. As comunicações eletrônicas serão arquivadas no sistema próprio, caso disponível


tal funcionalidade.

183
26. As comunicações e os requerimentos recebidos em meio físico serão arquivados
em pasta própria, acompanhados de espelhos da consulta ao Cadastro Nacional de
Eleitores que contenham o registro do respectivo código de ASE.

26.1. Os expedientes serão arquivados em ordem alfabética separados por ano de


recebimento da comunicação ou por período inferior, caso o volume assim exija.

27. Para o arquivamento das comunicações e dos requerimentos, o Cartório Eleitoral


manterá as seguintes pastas:
I. Restabelecimento de Inscrição Eleitoral – Serviço Militar Obrigatório – Ano:
_____;
II. Restabelecimento de Direitos Políticos – Incapacidade Civil – Ano: _____;
III. Restabelecimento de Direitos Políticos – Improbidade Administrativa – Ano:
_____;
IV. Restabelecimento de Direitos Políticos – Condenação Criminal – Ano: _____;
e
V. Restabelecimento de Direitos Políticos – Inelegibilidade – Ano: _____.
VI. Reabilitação para o Exercício da Função Pública – Ano: _____.

27.1. As pastas serão criadas à medida que o volume de comunicações e


requerimentos o exigir.

27.1.1. As pastas não deverão conter comunicações e requerimentos recebidos em


período superior a 01 ano, a fim de facilitar a localização da documentação.

28. Após a adoção da providência prevista no item 24, as comunicações de


inelegibilidade serão transferidas da pasta em que se encontravam para a pasta
discriminada no inciso V do item 27.

29. Caso tenha sido autuado processo para análise da comunicação ou do


requerimento, este deverá ser arquivado, após a juntada de espelho da consulta ao
Cadastro Nacional de Eleitores que comprove o registro do código de ASE específico.

29.1. A autuação da comunicação ou do requerimento poderá ser necessária para


melhor documentação das diligências realizadas para sanar a ausência de dados ou a
divergência entre os dados constantes da comunicação e aqueles registrados no
Cadastro Nacional de Eleitores.

184
Capítulo II
DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE REGISTRO
DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

30. O registro da reabilitação para o exercício de função pública é realizado


a) em atendimento a solicitação do interessado; ou
b) em virtude do recebimento de comunicação da cessação do impedimento.

30.1. Recebidos comunicação ou requerimento de reabilitação para o exercício de


função pública, o Juiz Eleitoral analisará se transcorreu o prazo da inabilitação.

30.2. Caso considere ter cessado o impedimento com relação a todos os códigos de
ASE 515 registrados no histórico da inscrição eleitoral do interessado, o Juiz Eleitoral
determinará o comando do código de ASE 531.

30.2.1. O comando do código de ASE 531 inativará todos os códigos de ASE 515
registrados no histórico da inscrição eleitoral195.

30.3. Caso reste ASE 515 cujo fato ensejador ainda não tenha sido extinto, o Juiz
Eleitoral determinará:
I. a notificação do interessado, caso se trate de requerimento de reabilitação
para o exercício de função pública; e
II. o arquivamento do expediente.

Seção II
DO REGISTRO DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

Subseção I
DO REGISTRO E DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES

31. O registro e a triagem das comunicações de reabilitação para o exercício de função


pública observarão o previsto nos itens 2 a 8.

32. Caso seja localizado registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o
Cartório:
I. adotará as providências previstas nos itens 32.1, 32.2 ou 32.3, conforme a
hipótese; e
II. caso o eleitor deseje realizar operação de alistamento, procederá conforme
disposto nos itens 12 e 13 do Módulo XI.

195
Provimento-CGE nº 6/2009 – Instruções para Utilização dos Códigos de ASE (Manual do ASE)

185
32.1. Se a condenação que gerou a inabilitação para o exercício de função pública tiver
sido anotada somente na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos e alguma das
sequências do registro estiver na situação “ATIVO”, a comunicação ou o requerimento
de reabilitação para o exercício de função pública deverão ser encaminhados à CRE-DF,
para análise da pertinência de sua inativação.

32.2. Caso a condenação que gerou a inabilitação tenha sido anotada somente na Base
de Perda e Suspensão de Direitos Políticos e todas as sequências do registro estejam
na situação “INATIVO”, a comunicação ou o requerimento de reabilitação deverão ser
submetidos à apreciação do Juiz Eleitoral, para determinação:
I. da adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
II. do arquivamento da comunicação na pasta “Reabilitação para o
Exercício da Função Pública” ou no sistema próprio.

32.3. Nas hipóteses em que a condenação que gerou a inabilitação tiver sido registrada
no histórico da inscrição eleitoral e na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos,
o Cartório deverá:
I. adotar as providências necessárias para o registro da reabilitação no histórico
da inscrição eleitoral; e
II. caso o registro da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos
permaneça ATIVO após a adoção dessa providência, encaminhar a
comunicação à CRE-DF, para análise da pertinência da inativação do referido
registro.

33. Caso a inabilitação para o exercício de função pública não tenha sido registrada no
histórico da inscrição eleitoral nem na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos,
o Juiz determinará:
I. a adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
II. o arquivamento da comunicação na pasta “Reabilitação para o Exercício da
Função Pública” ou no sistema próprio.

33.1. Nesta hipótese, é dispensado o comando dos códigos de ASE 515 e 531.

Subseção II
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES

34. Os requerimentos de reabilitação para o exercício de função pública apresentados


em Cartório deverão ser instruídos com:
I. documentação comprobatória da cessação do motivo ensejador da
inabilitação para o exercício de função pública; e
II. formulário de Declaração de Situação de Direitos Políticos, devidamente
preenchido.

35. É imprescindível que a comunicação da reabilitação para o exercício de função


pública contenha os seguintes dados:
I. nome do interessado;

186
II. filiação;
III. data de nascimento;
IV. número do processo da em que foi reconhecido o transcurso do prazo de
inabilitação (quando decorrente de decisão judicial) ou do processo ou
documento que comunicou a cessação da inabilitação (quando decorrente de
julgamento pelo Poder Legislativo); e
V. data do trânsito em julgado (quando decorrente de decisão judicial) ou data
da decisão (quando decorrente de julgamento pelo Poder Legislativo) que
reconheceu o transcurso do prazo de inabilitação.

36. A análise e a instrução das comunicações de reabilitação para o exercício de função


pública observarão o previsto nos itens 13 a 16.

Subseção III
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE

37. Presentes todas as informações necessárias, o Juiz Eleitoral determinará o imediato


comando do código de ASE.

38. A competência para o comando do código de ASE 531 é do Juízo da Zona Eleitoral a
que estiver vinculada a inscrição.

39. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverão constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo ou da comunicação.

39.1. Os números a serem registrados são:


a) o do processo ou protocolo em que o Juízo Eleitoral reconheceu a
reabilitação para o exercício de função pública; ou
b) do documento que comunicou a cessação da inabilitação.

40. Deverá ser lançado um único código de ASE 531 para registrar o restabelecimento
da elegibilidade com relação ao todos os códigos de ASE 515 constantes do histórico
da inscrição eleitoral.

41. O registro do código de ASE 515 observará o disposto nos itens 19, 20 e 22.

Subseção IV
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS

42. Após o comando do código de ASE 531, a comunicação ou o requerimento deverão


ser juntados à respectiva comunicação do fato ensejador da inabilitação para o
exercício de função pública, realizando-se os registros necessários no SADP ou no
sistema próprio.

187
43. Após a adoção da providência prevista no item 42, as comunicações de inabilitação
para o exercício de função pública serão transferidas da pasta em que se encontravam
para a pasta discriminada no inciso VI do item 27.

44. O arquivamento das comunicações e dos processos referentes a reabilitação para o


exercício de função pública observará o disposto nos itens 25 a 27 e 29.

188
Módulo XXV

DA EXCLUSÃO E DA ALTERAÇÃO
DE CÓDIGOS DE ASE

189
Módulo XXV
DA EXCLUSÃO E DA ALTERAÇÃO DE CÓDIGOS DE ASE
Capítulo I
DAS SOLICITAÇÕES DE RETIFICAÇÃO
1. Caso seja constatado o registro de informação equivocada no histórico de inscrição
pertencente à Zona Eleitoral, o Juízo oficiará à CRE-DF, solicitando sejam adotadas as
providências necessárias para a retificação196.

2. O ofício deverá ser encaminhado por meio do SEI, acompanhado de seus anexos
(vide item 5) em arquivos no formato “.pdf”.

2.1. O tamanho máximo de cada arquivo deverá ser de 5 MB.

3. O ofício deverá conter tabela que discrimine:


I. os números das inscrições eleitorais em que foram registrados os códigos de
ASE;
II. os nomes dos eleitores envolvidos;
III. os códigos de ASE a serem alterados ou excluídos;
IV. a data de processamento dos códigos de ASE a serem alterados ou
excluídos; e
V. as alterações a serem realizadas, caso aplicável.

4. Os ofícios observarão o seguinte modelo:

Encaminho a Vossa Excelência os documentos indispensáveis à instrução do pedido de


exclusão/alteração do registro de código de ASE, para análise, conforme tabela a
seguir:

INSCRIÇÃO ELEITOR ASE PROCESSAMENTO SOLICITAÇÃO


dd/mm/aaaa Excluir (motivo:) / Alterar para (motivo:)
dd/mm/aaaa Excluir (motivo:) / Alterar para (motivo:)

5. Os ofícios deverão ser acompanhados de cópias:


I. da comunicação que gerou o comando do código de ASE no histórico da
inscrição eleitoral (ofício do Juízo competente ou comunicação eletrônica);
II. da documentação referente às diligências realizadas para a obtenção ou
esclarecimento de dados ausentes ou divergentes constantes da referida

196
Ofício-Circular-CGE nº 14/2007

190
comunicação, inclusive dos dados do processo de conhecimento, nas hipóteses
em que houver informação somente dos dados do processo de execução; e
III. do espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores.

5.1. A documentação discriminada neste item deverá ser encaminhada mesmo nas
hipóteses de exclusão de código de ASE registrado:
a) em duplicidade; ou
b) para eleitor diverso daquele a que se referia a comunicação.

6. O expediente será restituído ao Juízo Eleitoral de origem, para adequação, nas


hipóteses em que:
a) a solicitação de retificação ou exclusão de informações registradas por
equívoco no histórico de inscrições eleitorais não atender à metodologia
descrita nos itens anteriores; ou
b) não for identificado o código de ASE a ser alterado197.

7. As solicitações de retificação do número do processo (campo “complemento”)


somente serão analisadas quando:
I. não for possível identificar a qual processo se refere o código de ASE por meio
de consulta ao sítio do TJDFT utilizando os dados constantes do campo
“complemento”; e
II. o código de ASE estiver na situação “ATIVO”.

Capítulo II
DA COMPETÊNCIA PARA RETIFICAÇÃO
8. A alteração de informações sem a exclusão do código de ASE será realizada pela
CRE-DF.

9. A exclusão de código de ASE comandado por equívoco no histórico de inscrição


eleitoral será realizada pela CGE.

197
Provimento-CGE nº 12/2001

191
Módulo XXVI

DA ALTERAÇÃO DE
DADOS CADASTRAIS DE ELEITORES

192
Módulo XXVI
DA ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS DE ELEITORES
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Em regra, a alteração de dados de eleitores constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores somente poderá ser realizada por meio de apresentação de RAE pelo próprio
eleitor.

Capítulo II
DAS ALTERAÇÕES DETERMINADAS
POR SENTENÇA JUDICIAL
2. A alteração de dados pessoais de cidadãos pode decorrer de sentença judicial
transitada em julgado.

2.1. Nessas hipóteses, a alteração poderá ser comunicada à Justiça Eleitoral pelo juízo
competente.

2.1.1. No DF, a maior parte das comunicações é encaminhada pela Vara de Registros
Públicos do Distrito Federal.

3. Recebida comunicação dessa espécie, o eleitor deverá ser notificado, no endereço


consignado no Cadastro Nacional de Eleitores, para que, querendo, compareça ao
Cartório Eleitoral e requeira a revisão de seus dados cadastrais, de modo a que estes
passem a constar tal como definido na referida sentença judicial.

4. Nos casos em que não for possível localizar o eleitor no endereço constante do
Cadastro Nacional de Eleitores, o Juiz Eleitoral deverá encaminhar oficio à CRE-DF, por
meio do SEI, solicitando que a CGE realize as alterações necessárias no Cadastro
Nacional de Eleitores.

Capítulo III
DA ATUALIZAÇÃO DE DADOS
PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
5. O TSE poderá atualizar, mediante inclusão ou alteração, dados biográficos e
biométricos dos cidadãos que compõem o Cadastro Nacional de Eleitores, com

193
informações oriundas de bancos de dados geridos por órgãos públicos, inclusive da
Identificação Civil Nacional198.

5.1. A STI do TSE procederá à alteração dos registros dos eleitores para incluir o
número de seus CPFs, a partir dos dados recebidos da Secretaria da Receita Federal do
Brasil199.

198
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 2º, §§ 2º e 3º
199
Portaria-TSE nº 855/2017

194
Livro IV

DAS DISPOSIÇÕES COMUNS


A TODOS OS FEITOS E DOS
PROCESSOS JUDICIAIS

195
Módulo XXVII

DOS FEITOS EM GERAL

196
Módulo XXVII
DOS FEITOS EM GERAL
Capítulo I
DO PROTOCOLO, DO REGISTRO E DA AUTUAÇÃO
Seção I
DO PROTOCOLO

1. A protocolização de documentos recebidos no Cartório Eleitoral é realizada por


meio da impressão e da afixação de etiqueta adesiva contendo o número do
protocolo.

1.1. Sempre que possível, a etiqueta será afixada no canto superior direito do
documento, observado o espaço necessário para a aposição do carimbo destinado à
numeração da folha.

2. Todos os documentos recebidos em Cartório serão protocolizados e registrados no


SADP, salvo quando se tratar de:
a) Requerimento de Alistamento Eleitoral – RAE;
b) original de documento já protocolizado por outra Unidade da Justiça
Eleitoral do Distrito Federal; ou
c) documento que deva tramitar por meio do SEI (vide Módulo I).

3. Deverá ser sempre observada a ordem cronológica da protocolização.

3.1. Os documentos deverão ser protocolizados tão logo sejam recebidos pelo Cartório
Eleitoral ou tal providência seja determinada pelo Juiz Eleitoral, o que ocorrer
primeiro.

4. Os documentos expedidos pelo Juízo Eleitoral serão protocolizados pela Unidade


destinatária, no momento de seu recebimento.

5. Os documentos recebidos do eleitor para fins de remessa a outro Juízo Eleitoral


devem ser protocolizados pela Unidade que primeiramente os recebeu e
encaminhados à Unidade de destino via SADP.

197
Seção II
DO REGISTRO E DA AUTUAÇÃO

Subseção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS

6. O registro e a autuação de documentos, decorrentes da própria natureza ou de


determinação judicial, consistem:
I. na reunião e organização dos documentos apresentados pela parte de forma
ordenada;
II. na preparação da capa, com observância:
i. das cores especificadas no Provimento-CGE nº 3/2010;
ii. e do formato previsto no Anexo V da Resolução-TSE nº 23.184/2009;
III. no acondicionamento da documentação no interior do caderno processual
(autos);
IV. na numeração e na rubrica das folhas; e
V. na realização das anotações necessárias no SADP.

6.1. Esta providência poderá ser adotada pelo Chefe de Cartório ou por outro servidor
que tiver essa atribuição.

7. O ato de autuação será realizado de ofício pelo Cartório Eleitoral200, com a anotação
de todos os dados exigidos pelo SADP.

Subseção II
DAS PEÇAS INICIAIS COM PEDIDO LIMINAR

8. Caso exista na peça inicial algum pedido liminar, os autos deverão ser
imediatamente conclusos ao Juiz Eleitoral.

Subseção III
DAS CLASSES PROCESSUAIS

9. Deverá ser observada a seguinte classificação processual para autuação e registro


dos feitos eleitorais201:

DENOMINAÇÃO DA CLASSE SIGLA CÓDIGO OBSERVAÇÕES


Ação Cautelar AC 1 pedidos de natureza
cautelar
Ação Penal AP 4 ações penais

200
CPC, artigo 206
201
Resolução-TSE nº 22.676/2007 (com a redação dada pela Resolução-TSE nº 23.119/2009)

198
Apuração de Eleição AE 7 incidentes dos artigos 158 a
233 do CE, incluídas as
impugnações perante as
juntas eleitorais, previstas
no artigo 40, inciso II, do CE
Cancelamento de Inscrição CIE 101 cancelamentos por decisão
Eleitoral do Juiz Eleitoral, incluindo
os cancelamentos por óbito
Cartas Cart 102 cartas precatórias, de
ordem e rogatórias
Composição de Mesa Receptora CMR 103 ações de mesário faltoso,
nomeação de mesários e
reclamação contra a
composição de mesa
receptora
Descarte de Material DM 104 esta classe não será
utilizada no Distrito Federal
(vide Módulo XXXVII)
Duplicidade/Pluralidade de DPI 106 coincidências de inscrições
Inscrições (Coincidências) eleitorais
Embargos à Execução EE 13 irresignações do devedor
aos executivos fiscais
Execução Fiscal EF 15 cobrança de débitos
inscritos na dívida ativa
Execução Penal EP 107 acompanhamento das
penas restritivas de direito
Filiação Partidária FP 108 duplicidade de filiação
partidária, incidente de
filiação, listas especiais e
reversão de desfiliação
Habeas Corpus HC 16 artigo 5º, inciso LXVIII, da
CRFB
Habeas Data HD 17 artigo 5º, inciso LXXII, da
CRFB
Impugnação à Composição da ICJE 109 artigos 36, § 2º, e 39 do CE
Junta Eleitoral
Impugnação perante as Juntas IpJE 110 destina-se à apreciação das
Eleitorais dúvidas não decididas e dos
recursos interpostos
durante a votação, bem
como das impugnações e
dos demais incidentes
verificados durante os
trabalhos da apuração

199
Inquérito Inq 18 artigo 4º e seguintes do
CPP, incluídas as propostas
de transação penal dele
decorrente, bem como os
autos de prisão em
flagrante – APF
Inspeção Insp 111 inspeções determinadas
pelo Juiz ou pelo
Corregedor
Mandato de Segurança MS 22 CRFB, artigo 5º, incisos LXIX
e LXX
Notícia-crime NC 112 expedientes que
comunicam à autoridade
judiciária a ocorrência, em
tese, de infração penal (os
termos circunstanciados
deverão ser incluídos nesta
classe, bem como as
propostas de transação
penal deles decorrentes)
Petição Pet 24 pedidos que não tenham
classificação específica nem
sejam acessórios ou
incidentes de outro (artigo
3º, § 4º, da Resolução-TSE
nº 22.676/2007)
Prestação de Contas PC 25 contas anuais e de
campanha eleitoral dos
partidos políticos, além de
omissão na prestação de
contas
Processo Administrativo PA 26 matérias administrativas
encaminhadas por Juiz que
devam ser submetidos a
julgamento do Tribunal
Recurso/Impugnação de RIAE 113 recursos ou impugnações
Alistamento Eleitoral quanto ao deferimento ou
indeferimento de RAE

200
Regularização de Situação do RSE 115 restabelecimento de
Eleitor inscrições eleitorais
canceladas por equívoco,
reversão de operações de
alistamento realizadas por
equívoco, confirmação ou
correção de dados
cadastrais duvidosos,
expedição de certidão de
quitação eleitoral com
prazo de validade
indeterminado (o
restabelecimento de
inscrição eleitoral em
virtude de cessação da
suspensão dos direitos
políticos observará o
disposto nos Módulos XII ou
XIV, conforme a hipótese)
Representação Rp 42 representações,
reclamações e pedidos de
resposta previstos na Lei nº
9.504/1997
Sindicância Sind 116 procedimentos
investigatórios de
irregularidades

10. O registro na classe processual terá como parâmetro aquela indicada pela parte na
petição inicial, competindo ao Juiz Eleitoral determinar as adequações necessárias.

10.1. Se a classe informada pela parte não estiver de acordo com os parâmetros
apontados no item anterior, o Cartório deverá submeter a questão ao Juiz Eleitoral,
sugerindo-lhe a classe adequada, a fim de que este avalie a situação e determine a
reautuação, caso aplicável.

10.1.1. Essa adequação é essencial para o correto acompanhamento processual, bem


como para que os dados estatísticos traduzam a realidade dos processos físicos.

11. É possível haver cumulação de pedidos em um mesmo processo, envolvendo


classes processuais diferentes.

11.1. Nessa hipótese, deverá ser adotado o mesmo procedimento para todos eles.

201
Subseção IV
DOS REGISTROS NO SADP

12. As matérias tratadas em cada processo/procedimento deverão ser especificadas,


no momento da autuação, nas tabelas parametrizadas constantes do SADP, quais
sejam:
I. “meio processual”;
II. “assunto processual”; e
III. “pedido”, quando for o caso.

12.1. A tabela “meio processual” não contém todas as matérias abrangidas pelas
classes de que trata o item 9.

12.1.1. Caso a matéria não conste da referida tabela, o Cartório deverá:


I. assinalar a opção que mais se assemelhe ao caso; e
II. em seguida, abrir a tabela “assunto processual”, para complementar a
informação.

13. É necessário incluir todos os dados a respeito do pedido e de seu fundamento


legal.

13.1. Tratando-se de processos/procedimentos relativos a eleição, deverá ser incluída


informação sobre o pleito a que se refere (ex.: “Eleição 2014”).

13.2. Tais acréscimos e individualizações, bem como outros que se julgarem


oportunos, deverão ser providenciados por meio do campo “Adicional”.

13.2.1. O referido campo é apresentado na parte inferior da tela no SADP quando são
utilizadas as tabelas parametrizadas mencionadas acima.

14. Devem ser registrados, ainda, no momento da autuação, o nome completo, sem
abreviaturas:
I. de todas as partes (vide item 14.1); e
II. dos advogados mencionados nas procurações, com discriminação de seus
números de registro na OAB e dos Estados em que ocorreram tais inscrições.

14.1. No caso de coligações, é preciso citar todos os partidos que a integram.

15. Para evitar nulidades decorrentes de erros nas intimações, recomenda-se verificar,
pelo número da inscrição na OAB e pelo nome, se o advogado já foi registrado no
SADP.

15.1. Caso haja incorreção em algum dado, deverá ser solicitada a correção, a fim de
não duplicar o cadastro do advogado.

202
Subseção V
DA CAPA DOS AUTOS

16. As cores das capas dos autos deverão observar a tabela a seguir202.

CLASSE SIGLA CAPA


Ação Cautelar AC Amarela
Ação de Impugnação de Mandato Eletivo AIME Verde
Ação de Investigação Judicial Eleitoral AIJE Verde
Ação Penal AP Cinza
Apuração de Eleição AE Verde
Cancelamento de Inscrição Eleitoral CIE Bege
Cartas Cart Branca
Composição de Mesa Receptora CRM Verde
Descarte de Material DM Branca
Direitos Políticos DP Bege
Duplicidade/Pluralidade de Inscrições
(Coincidências) DPI Bege
Embargos à Execução EE Cinza
Exceção EXC Bege
Execução Fiscal EF Cinza
Execução Penal EP Cinza
Filiação Partidária FP Azul
Habeas Corpus HC Amarela
Habeas Data HD Amarela
Impugnação à Composição da Junta Eleitoral ICJE Verde
Inquérito Inq Cinza
Inspeção Insp Branca
Mandado de Injunção MI Amarela
Mandado de Segurança MS Amarela
Notícia-crime NC Cinza
Petição PET Branca
Prestação de Contas PC Azul
Processo Administrativo PA Branca
Recurso/Impugnação de Alistamento Eleitoral RIAE Bege
Registro de Candidatura RCAND Verde
Registro de Comitê Financeiro RCF Azul
Registro de Debates RD Azul

202
Resolução-TSE nº 23.184/2009, anexo VI / Provimento-CGE nº 3/2010

203
Regularização de Situação do Eleitor RSE Bege
Representação RP Laranja
Sindicância Sind Branca

17. A capa será fornecida pela Justiça Eleitoral.

17.1. Os dados relativos ao processo/procedimento serão registrados na capa por


meio da afixação de etiqueta adesiva.

17.1.1. A geração do arquivo eletrônico contendo os dados da capa será realizada por
meio do SADP, com utilização da função “Emissão de Capa”.

17.1.2. Em procedimentos administrativos, onde o número de interessados for


excessivo (ex: óbitos), é possível informar apenas o nome da primeira pessoa, seguido
da expressão “e outros”.

17.1.3. Em processos judiciais, devem ser registrados na capa do feito os nomes de


todas as partes.

17.1.4. Os dados devem ser conferidos antes da impressão, a fim de verificar se


cumprem o disposto no artigo 10 da Resolução TSE nº 23.184/2009.

18. A capa dos autos deverá ser subscrita pelo Chefe de Cartório.

19. Deverão ser anotados em local de destaque da capa dos autos, por meio da
aposição de etiqueta ou carimbo (vide itens 79 e 84 a 100):
I. o nome da autoridade impedida ou suspeita, caso haja impedimento ou
suspeição do Juiz ou de Membro do Ministério Público;
II. a atuação do MPE ou da Defensoria Pública no feito;
III. a expressão “SEGREDO DE JUSTIÇA”, nas hipóteses em que a tramitação do
feito for sigilosa;
IV. a expressão “PRESO”, nas hipóteses em que a parte estiver presa;
V. a expressão “ELEITO”, quando houver parte processual que tenha sido eleita;
VI. a expressão “PREFERÊNCIA”, quando a parte for maior de 60 anos ou
portadora de doença grave; e
VII. o nome do advogado que passar a atuar no feito, nas hipóteses de
substabelecimento.

19.1. Nas hipóteses previstas neste item, as ocorrências também deverão ser
registradas no SADP.

204
Subseção VI
DAS CONTRAFÉS

20. As contrafés serão acostadas à contracapa dos autos, onde permanecerão até o
ato de citação.

Seção III
DAS ALTERAÇÕES DA AUTUAÇÃO

21. Deverão ser realizadas as alterações necessárias na capa dos autos e em sua
autuação no SADP quando as hipóteses previstas no item 19 ocorrerem durante o
curso do processo.

Seção IV
DA AUTUAÇÃO RETROATIVA

22. A função “Autuação Retroativa” do SADP deverá ser utilizada nas situações em que
houver evidente indisponibilidade do referido sistema para a autuação na data real.

22.1. Essa providência deverá ser acompanhada de:


I. justificação em campo próprio do Sistema; e
II. certificação nos autos.

Seção V
DA REATUAÇÃO

23. A função “Reautuação” do SADP deverá ser utilizada quando houver necessidade
de mudança de classe processual, em razão de equívoco na autuação ou de
modificação do feito original.

23.1. A utilização dessa função demanda:


I. a sobreposição de nova capa;
II. o preenchimento de campo próprio no SADP; e
III. a certificação nos autos.

23.1.1. Nessa hipótese, não há necessidade de renumeração das folhas.

24. A reautuação também deverá ser realizada quando se tratar de ação originária do
TRE-DF, cuja competência tenha sido declinada ao Juízo Eleitoral, devendo ser
alterados:
I. a natureza do feito, de “processo judiciário” para “processo zona”, mantendo
a mesma classe processual; e
II. o nome do magistrado.

205
25. Na hipótese de recebimento de processos de Juízos Eleitorais de outras Unidades
da Federação, por conflito de competência ou por outro motivo, o Cartório Eleitoral
deverá efetuar nova protocolização, registro e autuação.

25.1. Deverá ser anotado, na aba “Origem”, no campo “Tipo/n. do documento”, o


número único atribuído no Juízo Eleitoral de origem.

25.1.1. Essa providência visa possibilitar a pesquisa tanto pelo número único de origem
quanto pelo da nova autuação.

26. No caso de recebimento de processos de Juízos Eleitorais do Distrito Federal, o


Cartório deverá utilizar a função "Atualizar Autuação", alterando o nome do Juiz
Eleitoral.

Seção VI
DO CANCELAMENTO DA AUTUAÇÃO

27. A função “Cancelamento de Autuação” do SADP deverá ser utilizada em casos


extremos e demanda:
I. justificação no campo próprio do Sistema; e
II. imediata comunicação à CRE-DF por meio de memorando no SEI.

Capítulo II
DA FORMAÇÃO E DA ALTERAÇÃO
DOS CADERNOS PROCESSUAIS
Seção I
DA NUMERAÇÃO DAS FOLHAS

28. As folhas dos autos deverão ser numeradas em ordem crescente, vedada a
utilização de registro alfa-numérico, devendo iniciar-se com o número 02203.

28.1. As capas serão sempre consideradas como a folha numero 01, sendo
desnecessária sua numeração.

29. A numeração das folhas dos autos deverá ser realizada após a aposição de carimbo
próprio ou em campo previamente impresso no canto superior direito da folha de que
constem identificação do Juízo Eleitoral.

30. A numeração deverá ser acompanhada da rubrica do servidor que a realizou.

203
CPC, artigo 207

206
31. Caso sejam verificados erro ou omissão na numeração de folhas de processos
provenientes de outros Órgãos, o Cartório procederá à:
I. correção da numeração; e
II. certificação da ocorrência.

32. Será mantida a numeração original das folhas dos processos oriundos de outros
Órgãos, prosseguindo-se com a sequência numérica existente, ainda que o processo
tenha sido reautuado.

33. Quando forem desentranhadas peças dos autos, não se procederá à renumeração
das folhas.

33.1. Nessa hipótese, deverão ser observadas as providências previstas nos itens 48 a
52.

Seção II
DOS VOLUMES DOS PROCESSOS

34. Em regra, os volumes processuais não devem exceder 250 folhas.

34.1. Entretanto, o volume poderá conter mais ou menos de 250 folhas se tal medida
for necessária para evitar que uma peça processual seja dividida ou separada de seus
documentos e anexos.

35. O encerramento e a abertura de novos volumes serão feitos de ofício pelo Chefe
de Cartório, que lavrará termos em folhas que serão regularmente numeradas.

36. Após a lavratura do termo de encerramento de volume, nenhum documento


poderá ser juntado a ele, bem como nenhum despacho, termo ou certidão poderão ser
nele registrados, salvo quando se tratar de ficha de inspeção ou de correição.

37. Encerrado um volume dos autos, deverá ser aberto o volume seguinte na data em
que se fizer necessária a prática de novo ato processual.

38. A capa do novo volume deverá conter a indicação de seu número, além de todas as
informações contidas na capa do volume inicial, salvo quanto ao termo de registro e
autuação.

39. A primeira folha do novo volume deverá ser o respectivo termo de abertura,
devidamente assinado e datado pelo Chefe de Cartório.

40. As folhas do novo volume, inclusive o termo de abertura, deverão ser numeradas e
rubricadas dando continuidade à numeração do volume anterior e desconsiderando:
I. a contracapa do volume anterior; e
II. a capa do novo volume.

207
41. A abertura de novos volumes deverá ser registrada no SADP, procedendo-se à
atualização da autuação, com a indicação da quantidade de volumes da aba “Dados
Gerais”.

41.1. A correta indicação dos volumes possibilitará que o Sistema, no momento da


impressão da capa:
I. gere tantas capas quantos forem os volumes do processo;
II. identifique cada uma delas (Volume I, Volume II etc); e
III. emita o recibo de retirada de autos com a informação correta sobre o
número de volumes.

Seção III
DO ARMAZENAMENTO DE OBJETOS

42. Os materiais que, pela sua natureza ou volume, não possam ser juntados aos
autos, deverão ser acondicionados em caixas ou envelopes identificados com a
numeração do respectivo processo.

42.1. Esse fato deverá ser:


I. certificado nos autos, com a indicação do local onde foram armazenados os
materiais; e
II. registrado no SADP.

Seção IV
DO APENSAMENTO

43. O apensamento consiste em reunir dois ou mais processos em razão de


semelhança ou de prejudicialidade entre os assuntos neles tratados.

43.1. Apenso é diferente de anexo, pois o anexo não constitui um processo, por não
possuir registro e autuação próprios.

43.1.1. O anexo é apenas um caderno apartado, produzido para armazenar


documentos cuja juntada ao feito principal não seja considerada pertinente.

44. O ato de apensamento depende de determinação do magistrado, salvo disposição


explícita em contrário constante deste Manual.

45. Para o apensamento, faz-se necessário:


I. realizar as devidas certificações nos autos (vide item 45.1);
II. reunir os cadernos processuais por meio de barbantes, elásticos ou
colchetes; e
III. realizar os registros necessários no SADP.

208
45.1. O apensamento deverá ser certificado nos autos do processo que foi apensado e
nos autos do processo principal.

46. Quando os processos são apensados, o andamento dos autos do processo


acessório é interrompido e somente o processo principal prosseguirá o seu curso.

47. Se, por algum motivo, os autos forem desapensados, deverão ser lavradas as
respectivas certidões, em ambos os feitos.

Seção V
DO DESENTRANHAMENTO DE DOCUMENTOS

48. Desentranhar um documento significa retirá-lo dos autos.

49. O desentranhamento só pode ser realizado em cumprimento a uma determinação


do Juiz Eleitoral.

50. O desentranhamento deve ser certificado nos autos.

50.1. Deverão constar da certidão:


I. os números das folhas retiradas;
II. breve resumo acerca da natureza, da origem e do conteúdo dos documentos
desentranhados;
III. o motivo do desentranhamento – incluindo, quando for o caso:
a) o número e a natureza do processo em que será juntado o
documento; ou
b) o nome de quem o recebeu em devolução;
IV. a data do desentranhamento; e
V. a assinatura do Chefe de Cartório.

50.2. A certidão emitida será colocada no lugar das peças ou documentos


desentranhados e numerada com o intervalo das folhas extraídas (ex.: fls. 25 a 31).

50.2.1. As folhas dos autos não serão renumeradas em razão do desentranhamento.

50.3. Se as peças forem entregues a advogado ou parte, o servidor deverá colher o


recibo na própria certidão.

51. Se o Juiz Eleitoral autorizar o desentranhamento de documentos em processo


findo, o Cartório deverá:
I. entregá-los à parte ou ao advogado, mediante recibo;
II. substituí-los por fotocópia; e
III. certificar o ato nos autos.

52. O desentranhamento dos documentos protocolizados deverá ser registrado no


SADP.

209
52.1. Para tanto, o serventuário do Cartório deverá:
I. selecionar o número do protocolo da documentação a ser desentranhada; e
II. clicar na funcionalidade “Desentranhar”; e
III. registrar a justificativa do desentranhamento (vide item 52.1.1).

52.1.1. Para tanto, deverão ser anotados o número do processo e o número das folhas
em que foi proferido o despacho que autorizou o desentranhamento.

Seção VI
DO DESMEMBRAMENTO DE AUTOS

53. O desmembramento de autos é a divisão do processo em virtude de:


a) haver um número excessivo de partes em pelo menos um dos pólos, que
possa causar demora no julgamento ou tumulto processual; ou
b) haver mais de uma pessoa no mesmo pólo e não ter sido apresentado
recurso por todas elas, dentre outros motivos.

53.1. O desmembramento deverá ser determinado pelo Juiz Eleitoral em despacho que
indique as partes que deverão constar de cada feito.

54. Para o desmembramento, é necessário:


I. extrair cópia das peças relativas às partes desmembradas;
II. protocolizar, registrar e autuar a cópia extraída na mesma classe processual
dos originais (vide itens 54.1 e 54.2);
III. atualizar a autuação do feito original, para excluir as partes que passarão a
compor os autos desmembrados:
i. fisicamente (com a colocação de nova etiqueta na capa dos autos); e
ii. no SADP; e
IV. certificar o desmembramento, nos autos do feito principal e dos novos
processos.

54.1. Deverão ser registradas no SADP apenas as partes a que se referem os autos
desmembrados.

54.2. Deverá ser registrado, no campo “resumo” do SADP, que se trata de


desmembramento.

Seção VII
DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS

55. A restauração ocorre nos casos de perda total ou parcial dos autos originais.

55.1. O procedimento para a restauração dos autos observará o previsto nos artigos:
a) 541 a 548 do CPP, para os processos criminais; e

210
b) 712 a 718 do CPC, para os demais feitos que tramitem no Juízo Eleitoral.

56. Na hipótese de restauração, o Cartório deverá:


I. reunir todos os elementos que tiver em seu poder a respeito dos autos
desaparecidos, como, por exemplo:
i. registros no SADP; e
ii. cópias eventualmente existentes em Cartório (termos de audiência,
registro de sentença etc), dentre outros; e
II. solicitar às partes cópias dos documentos relativos ao processo de que
disponham.

57. A restauração poderá ser promovida:


a) a pedido das partes; ou
b) de ofício, pelo Juiz Eleitoral, a partir de informação do Chefe de Cartório
acerca do desaparecimento/extravio dos autos.

58. Determinada a restauração, deverá ser autuada:


a) a petição; ou
b) a informação do Chefe de Cartório.

58.1. A autuação será realizada na mesma classe dos autos desaparecidos e originará
os autos restaurados.

58.2. Deverá realizada a vinculação dos feitos no SADP, anotando-se, no campo


“resumo”:
I. o número dos autos que se perderam; e
II. o fato de se tratar de autos restaurados.

58.3. Deverão ser registrados no SADP, no protocolo dos autos


desaparecidos/destruídos:
I. certidão acerca do ocorrido, informando o número dos autos restaurados; e
II. o arquivamento do feito, mencionando tratar-se de autos desaparecidos ou
destruídos.

Capítulo III
DO TRÂMITE PROCESSUAL
Seção I
DO TRÂMITE PROCESSUAL E DE SUA FISCALIZAÇÃO

59. Compete aos Juízes Eleitorais fiscalizar o trâmite dos processos nas Zonas
Eleitorais.

211
59.1. Para esse controle, o Chefe de Cartório deverá extrair mensalmente do SADP
relatório estatístico dos feitos judiciais e administrativos em trâmite e encaminhá-lo
para ciência do Juiz Eleitoral.

59.1.1. O arquivamento do referido relatório deverá ser feito em meio digital.

59.2. Concomitantemente, a CRE-DF acompanhará o trâmite processual nos Cartórios


Eleitorais por meio do SADP.

60. Entre as metas nacionais de nivelamento do Poder Judiciário, instituídas pelo CNJ,
encontra-se a identificação dos processos judiciais mais antigos e a adoção de medidas
concretas para que estes sejam julgados.

60.1. Assim, é recomendável que cada Zona Eleitoral realize o mapeamento dos
processos autuados há mais de 02 anos que ainda estejam em trâmite, no intuito de
imprimir maior agilidade à tramitação de tais feitos.

61. Todos os atos processuais, praticados por servidor ou pelo magistrado, deverão ser
registrados no SADP, de modo a manter as informações atualizadas para consulta
pelos interessados.

61.1. Os Cartórios devem lançar todas as informações processuais corretamente, a fim


de evitar nulidades e atrasos na tramitação em decorrência de equívocos ou omissões
nos registros do SADP.

61.2. As informações lançadas pelos Tribunais em suas páginas da Internet, após o


advento da Lei nº 11.419/2006, devem ser consideradas oficiais, de tal sorte que
eventual equívoco ou omissão não podem ocorrer em prejuízo da parte204.

62. Deve ser considerado como período razoável para o trâmite dos feitos que
resultem em perda de mandato eletivo o prazo de 01 ano para tramitação em todas as
instâncias205.

62.1. A não observância desse prazo autoriza a abertura de processo administrativo


disciplinar para apurar as responsabilidades pelo atraso.

63. Nenhum processo deverá:


a) permanecer paralisado em Cartório além dos prazos legais ou fixados; ou
b) ficar sem andamento por mais de 30 dias no aguardo de diligências
(informações, respostas a ofícios ou requisições, providências das partes etc).

63.1. A fim de garantir a observância do disposto neste item, o Chefe de Cartório


revisará periodicamente os autos dos processos.

204
REsp nº 960.280/RS, Relator Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 07/06/2011
205
Lei nº 9.504/1997, artigo 97-A

212
64. Expirado o prazo processual ou pendente alguma diligência por mais de 30 dias, o
Chefe de Cartório providenciará:
I. a certificação do fato nos autos; e
II. a conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral, caso o impulso processual dependa
de despacho do magistrado.

65. Nos períodos com excesso de trabalho nos Cartórios Eleitorais, em que se verifique
o acúmulo acentuado de tarefas decorrente de fatos imprevisíveis e se constate a
impossibilidade de cumprimento dos prazos legais, o Juiz Eleitoral poderá expedir
portaria determinando a suspensão do trâmite de processos/procedimentos
específicos.

65.1. Nesta hipótese, o trâmite dos processos e/ou procedimentos deverá ser
retomado imediatamente após o encerramento dos períodos apontados.

65.2. As ações relacionadas ao período eleitoral, os inquéritos e os processos criminais


não serão paralisados.

Seção II
DOS PRAZOS

66. A contagem dos prazos na Justiça Eleitoral se faz em dias corridos, ou seja, de
forma contínua, não interrompida por férias, domingos ou feriados.

66.1. Muito embora o artigo 219 do novo CPC tenha alterado o modo de contagem dos
prazos, para utilizar apenas os dias úteis no seu cômputo, o artigo 7º da Resolução-TSE
nº 23.478/2016 afastou expressamente a aplicação do referido dispositivo na Justiça
Eleitoral.

66.2. Os prazos máximos de 01 dia para conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral e de 05
dias para cumprimento de determinações judiciais, previstos no artigo 228 do CPC,
aplicam-se subsidiariamente aos processos administrativos que tramitem perante a
Justiça Eleitoral de primeira instância do Distrito Federal desde que haja
compatibilidade sistêmica206.

66.2.1. Entretanto, o serventuário deverá cuidar para que tais providências sejam
adotadas no menor prazo possível, com vistas a garantir a celeridade processual.

67. Exceto nos procedimentos criminais e nas hipóteses com regra específica, os
prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.

68. O dia do começo e o dia do vencimento do prazo serão adiados para o primeiro dia
útil seguinte, se:
a) coincidirem com dia em que não houver expediente forense;

206
Resolução-TSE nº 23.478/2016

213
b) o expediente for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal; ou
c) houver indisponibilidade da comunicação eletrônica207.

69. A contagem do prazo processual varia de acordo com a forma de realização da


citação, da notificação ou da intimação.

69.1. Assim, o dia inicial, quando tais atos forem realizados208:


a) pelo correio, será a data de juntada do AR aos autos;
b) por oficial de justiça, será a data de juntada do mandado cumprido aos
autos;
c) por ato do Chefe de Cartório, será a data em que ocorrer a citação, a
intimação ou a notificação;
d) por edital, será o primeiro dia útil após o término do prazo de dilação fixado
pelo Juiz no edital209;
e) eletrônica, será o dia útil seguinte:
i) à consulta ao teor da citação, da notificação ou da intimação; ou
ii) ao término do prazo disponível para a consulta;
f) por carta precatória, será:
i) a data de juntada da comunicação eletrônica de realização da citação,
da notificação ou da intimação; ou
ii) não ocorrendo tal comunicação, a data de juntada da carta precatória
devidamente cumprida aos autos de origem;
g) pelo DJE, será o primeiro dia útil seguinte à data da publicação210 (vide item
69.1.1); ou
h) por meio da retirada dos autos do Cartório, será o dia da carga.

69.1.1. É considerada como data de publicação no DJE o primeiro dia útil seguinte à
disponibilização do Diário.

70. Proferida decisão em audiência, reputar-se-ão intimadas as partes nessa data.

71. Quando a parte estiver representada por advogado, a intimação dos atos
processuais será realizada na pessoa dele, por meio do DJE, salvo disposição em
contrário.

72. Quando o prazo for fixado em horas, a contagem será feita minuto a minuto211,
iniciando no minuto seguinte ao ato de citação notificação ou intimação.

72.1. A fim de possibilitar a contagem correta do prazo, deverá ser anotado no


mandado o horário preciso do cumprimento do ato.

207
CPC, artigo 224 e § 1º
208
CPC, artigo 231
209
CPC, artigo 257, inciso III
210
Lei nº 11.419/2006, artigo 4º, § 3º
211
CC, artigo 132, §4º

214
73. Se a lei fixar prazo em horas e a decisão ou o despacho for disponibilizado no DJE,
será utilizada a conversão em dias para efeito de contagem de prazo212.

73.1. A conversão não é aplicável em todos os casos, mas apenas quando não for
possível precisar o horário da notificação/intimação.

74. Quando o prazo for fixado em anos ou em meses, será contado do dia do início ao
dia correspondente do ano ou mês de vencimento.

74.1. Se não houver, no ano ou mês de vencimento, o dia correspondente, o termo


final será o primeiro dia subsequente.

75. No caso de petições recebidas via fac-símile, o prazo de 05 dias para a


apresentação dos originais é contínuo, tratando-se de simples prorrogação do prazo
para a prática do ato213.

76. Sempre que houver prazos comuns, o Chefe de Cartório deve atentar-se à ordem
de juntada de petições e documentos.

76.1. Deverá ser obedecida a sequência “autor – réu” na juntada, especialmente para
evitar alegação de nulidade processual.

77. As regras de contagem em dobro previstas no CPC não se aplicam ao processo


eleitoral, que apresenta particularidades próprias, especialmente a celeridade.

77.1. Entretanto, prevalece o entendimento de que a Fazenda Pública detém a


prerrogativa do prazo em dobro para recorrer nas execuções fiscais, mesmo na esfera
eleitoral.

78. Todos os atos e fatos relacionados aos prazos serão anotados no SADP, por meio
da fase/função “Registrar informações complementares”.

Seção III
DA MUDANÇA DE JUIZ ELEITORAL

79. Quando da assunção de novo Juiz Titular, deverá ser realizada a alteração do nome
do magistrado ao qual está vinculado o processo, por meio da funcionalidade
“Atualizar autuação”.

79.1. Essa providência é necessária porque a indicação do nome do magistrado ao qual


está vinculado o processo surte efeitos na estatística processual.

212
TSE, AgR-AI nº 858-76, Ministro Aldir Passarinho Júnior, Acórdão de 23/11/2010
213
STF e STJ (EDcl no AgRg no REsp nº 988887/SP e RE-AgR nº 540923/AM – AgRg nos EDcl no AREsp nº 442.316/PR)

215
79.2. A alteração provisória de Juiz Eleitoral, a título de férias, licenças e outros
afastamentos, não implica a atualização da autuação para alteração do nome do Juiz
Eleitoral.

Seção IV
DO CONFLITO DE COMPETÊNCIA

80. Os conflitos de competência podem ser positivos ou negativos.

80.1. O conflito será positivo quando dois Juízos, Eleitorais ou de outro ramo da
Justiça, se considerarem competentes para processar e julgar a mesma ação.

80.2. O conflito será negativo quando dois Juízos, Eleitorais ou de outro ramo da
Justiça, se declararem incompetentes para processar e julgar a mesma ação.

81. Declarando-se incompetente o Juiz Eleitoral e não havendo declaração de


incompetência anterior, o Cartório remeterá os autos ao Juízo indicado na decisão
como competente.

82. O processo oriundo de Juízo que tenha se declarado incompetente passará a ter
tramitação normal se o Juízo destinatário se declarar competente.

82.1. Nesta hipótese, será necessária a reautuação do feito ou a atualização da


autuação, conforme o caso (vide itens 23 a 26).

82.1.1. O número do processo permanecerá o mesmo, devendo apenas ser alterado o


nome do Juiz Eleitoral.

83. Caso o Juízo suscitado também venha a se declarar incompetente, restará


configurado o conflito.

83.1. Nessa hipótese, o Juiz deverá expedir ofício ao Órgão superior do Poder
Judiciário expondo suas razões, seguindo as regras previstas na Constituição Federal e
nos Códigos de Processo Civil ou Penal, conforme a hipótese.

83.1.1. Não é necessário que o ofício seja encaminhado via CRE-DF, devendo ser
encaminhado destinado diretamente:
a) ao TRE-DF, se o conflito se der entre dois Juízos Eleitorais do Distrito Federal;
b) ao TSE, se o conflito se der entre Juízos Eleitorais de Unidades da Federação
distintas; ou
c) ao STJ, caso o conflito envolva Justiça diversa da eleitoral.

83.1.2. O ofício deverá ser acompanhado de cópias:


I. da petição inicial;
II. da defesa e das alegações das partes e do Órgão ministerial que já constem
no processo;

216
III. das decisões proferidas; e
IV. dos demais documentos necessários à elucidação da questão.

83.2. Os autos do processo principal deverão permanecer no Juízo Eleitoral,


aguardando a solução do conflito suscitado.

Seção V
DA SUSPEIÇÃO E DO IMPEDIMENTO

84. O CPC estabelece hipóteses de impedimento e de suspeição que se estendem:214


I. ao Juiz Eleitoral;
II. ao membro do Ministério Público;
III. aos auxiliares da justiça; e
IV. aos demais sujeitos imparciais do processo.

85. O CPP estabelece hipóteses de impedimento e de suspeição que se estendem:215


I. ao Juiz Eleitoral;
II. ao membro do Ministério Público216;
III. aos serventuários ou funcionários de justiça; e
IV. aos peritos ou intérpretes.

86. Se o Juiz Eleitoral se declarar ou for declarado pelo Tribunal como suspeito ou
impedido, deixará de atuar no processo, que deverá ser encaminhado ao Juiz Eleitoral
Substituto.

Seção VI
DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA DEFENSORIA PÚBLICA

87. A atuação do MPE ou da Defensoria Pública no feito deverá ser anotada:


I. no SADP; e
II. na capa dos autos, mediante a aposição de etiqueta ou carimbo com as
expressões:
a) “ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL”; ou
b) “ATUAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA”, conforme a hipótese.

Seção VII
DO SEGREDO DE JUSTIÇA E DO SIGILO

88. Os processos autuados no SADP terão sua tramitação disponibilizada na Internet.

214
CPC, artigos 144 a 148
215
CPC, artigos 144 a 148
216
CPP, artigos 104 e 258

217
89. Sempre que houver determinação legal (ex.: artigo 14, §11, da CRFB, e artigo 155
do CPC) ou o interesse social ou a defesa da intimidade exigirem o sigilo, tal condição
deverá ser:
I. assinalada no SADP; e
II. anotada na capa do processo, por meio da expressão "SEGREDO DE
JUSTIÇA".

89.1. No campo referente às partes devem constar apenas as iniciais dos nomes217.

90. Os autos dos inquéritos policiais e das notícias-crime deverão ser conclusos ao Juiz
Eleitoral, para análise da pertinência de decretação do sigilo do trâmite processual218.

91. Caso a petição ou o processo sejam acompanhados de documentos sigilosos, o


Cartório:
I. destacará os documentos;
II. os acondicionará em anexos lacrados; e
III. lavrará certidão circunstanciada nos autos sobre a adoção de tais
providências.

91.1. A capa do respectivo processo receberá a identificação "CONTÉM ANEXOS


SIGILOSOS".

92. A fim de cumprir a determinação de segredo, deverão ficar adstritas às partes e a


seus procuradores:
I. certidões referentes a documentos ou processos sigilosos; e
II. a vista dos respectivos autos.

93. Sempre que o Cartório Eleitoral enviar documentos de natureza sigilosa, deverá
embalar e lacrar os volumes de modo a não comprometer o segredo de justiça,
fazendo constar advertência expressa, de modo que o destinatário possa compreender
que se trata de documento sigiloso.

93.1. Os documentos deverão ser acondicionados:


I. primeiramente, em envelopes opacos ou caixas, que serão cuidadosamente
lacrados, fazendo-se menção expressa ao número do processo ou documento
seguido de expressão em local bem visível “CONTEÚDO SIGILOSO”; e
II. a seguir, em outra embalagem, que sirva somente aos fins normais de
postagem e revista o invólucro de lacração, de modo a possibilitar:
i. o transporte descaracterizado; e
ii. quando da abertura, a identificação da natureza sigilosa do conteúdo
pelo destinatário.

217
CRFB, artigo 14, § 11 / CPC, artigo 155
218
CRFB, artigo 5º, inciso LX / CPP, artigo 792

218
94. Se a decisão ou sentença contiver transcrição de documentos sigilosos ou de
quaisquer dados que comprometam o sigilo, somente será publicada a parte
dispositiva.

95. Finda-se o sigilo do processo com o seu julgamento.

95.1 Quando o segredo tiver sido decretado em face de documento sigiloso juntado
aos autos, o sigilo em relação a este permanece, mesmo após o julgamento.

96. Eventuais desarquivamentos ou empréstimos dos autos deverão ser previamente


autorizados pela autoridade judicial competente.

Seção VIII
DO RÉU PRESO

97. Quando o processo envolver réu, tal fato deverá ser anotado:
I. no SADP;
II. na capa dos autos, mediante a aposição de etiqueta ou carimbo com a
expressão “PRESO”; e
III. nos mandados expedidos para aquele processo.

97.1. A adoção dessas medidas visa facilitar a localização e o rápido processamento de


tais feitos219.

Seção IX
DA PREFERÊNCIA

98. Terão prioridade de tramitação os processos e procedimentos em que figure como


parte ou interessado pessoa:
a) com idade igual ou superior a 60 anos; ou
b) portadora de doença grave.

98.1. A prioridade de tramitação depende de prévio pedido do beneficiário e


deferimento pelo Juiz Eleitoral220.

98.1.1. Deferido o pedido, a preferência deverá ser anotada:


I. no SADP;
II. na capa dos autos, mediante a aposição de etiqueta ou carimbo com a
expressão “PREFERÊNCIA”; e
III. nos mandados expedidos para aquele processo.

219
Lei nº 9.504/1997, artigo 97-A
220
CPC, artigo 1.048, inciso I

219
Seção X
DAS PARTES QUE TIVEREM SIDO ELEITAS

99. Quando houver parte processual que tiver sido eleita, tal fato deverá ser anotado:
I. no SADP;
II. na capa dos autos, mediante a aposição de etiqueta ou carimbo com a
expressão “ELEITO”; e
III. nos mandados expedidos para aquele processo.

99.1. A adoção dessas medidas visa facilitar a localização e o rápido processamento de


tais feitos221.

Seção XI
DO SUBSTABELECIMENTO

100. Caso seja apresentado substabelecimento, com ou sem reserva de poderes, o


Chefe de Cartório deverá:
I. anotar no SADP os dados do advogado que passar a atuar no processo; e
II. providenciar a correção ou a substituição da capa dos autos.

Capítulo IV
DOS ATOS PROCESSUAIS,
DE SUA DOCUMENTAÇÃO E DE SEU REGISTRO
Seção I
DOS DOCUMENTOS

101. Os atos processuais terão ordem lógica e cronológica.

102. Os ofícios ou memorandos expedidos no curso de processo farão referência ao


número deste.

103. Os endereços físicos e eletrônicos dos Cartórios serão sempre consignados nos
ofícios, mandados, editais e outros atos que se expedirem.

104. As assinaturas apostas serão obrigatoriamente identificadas, por extenso,


indicando-se o cargo do signatário.

105. Os mandados de citação e intimação, os editais e as cartas precatórias, bem como


os ofícios dirigidos às autoridades, serão assinados pelo Juiz Eleitoral.

105.1. A critério do magistrado, a subscrição de tais atos processuais poderá ser


delegada por meio de portaria ao Chefe ou a outro servidor do Cartório.

221
Lei nº 9.504/1997, artigo 97-A

220
105.1.1. A portaria supramencionada terá validade enquanto perdurar o mandato do
magistrado ou até sua revogação expressa, o que ocorrer primeiro.

106. Os documentos juntados aos autos e os atos processuais praticados por


magistrado somente poderão ter suas cópias conferidas, por qualquer servidor do
Cartório Eleitoral, quando se tratarem de:
a) originais; ou
b) cópias autenticadas pelos Serviços Notariais.

Seção II
DOS EQUÍVOCOS
NA DOCUMENTAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

Subseção I
DAS COTAS MARGINAIS OU INTERLINEARES

107. É proibido lançar cotas ou anotações nas peças processuais, podendo, o Juiz
Eleitoral, inclusive, impor multa a quem as produziu222.

108. Constatado o descumprimento da norma, o Chefe de Cartório deverá:


I. certificar o fato nos autos; e
II. fazer conclusão ao Juiz Eleitoral, para determinação da adoção das
providências cabíveis.

Subseção II
DOS ESPAÇOS EM BRANCO E DAS ENTRELINHAS, EMENDAS E RASURAS

109. Na elaboração dos atos e termos processuais, é vedado:


a) deixar espaços em branco (vide item 109.1.1); e/ou
b) fazer entrelinhas, emendas ou rasuras – por qualquer meio mecânico ou
químico, como borracha, corretivo, detergente, raspagem etc (vide item
109.1.2).

109.1.1. Os espaços em branco verificados nos autos deverão ser inutilizados.

109.1.2. As entrelinhas, emendas ou rasuras eventualmente verificadas nos autos


deverão ser expressamente ressalvadas223.

Subseção III
DAS ANOTAÇÕES DE SEM EFEITO

110. As anotações de “sem efeito” deverão estar acompanhadas da assinatura de


quem as fez.

222
CPC, artigo 202
223
CPC, artigo 211

221
Seção III
DAS CERTIDÕES PROCESSUAIS

111. Certidão é o ato processual praticado pelo servidor que:


a) atesta eventos ou fatos já ocorridos no processo, como desentranhamento,
apensamento ou decurso de prazo; ou
b) reproduz peças ou escritos contidos nos autos.

112. As certidões serão datadas e assinadas pelo Chefe de Cartório e, no caso de seu
afastamento, pelo substituto, que fará menção dessa condição na certidão.

112.1. O Juiz Eleitoral poderá autorizar a subscrição de tal ato por outros servidores do
Cartório, por meio de portaria.

112.1.1. A portaria supramencionada terá validade enquanto perdurar o mandato do


magistrado ou até sua revogação expressa, o que ocorrer primeiro.

113. Serão objeto de certidão:


I. envio de atos processuais para publicação no DJE;
II. publicação do ato processual no DJE, com a indicação da data e da página em
que esta ocorreu;
III. ocorrência de feriado local ou qualquer outro fato que possa influir na
contagem de prazo processual;
IV. sobrestamento do trâmite;
V. existência de apenso ou incidente;
VI. existência de provas ou materiais apreendidos e armazenados no
Cartório;
VII. incidentes relativos a cumprimento de despacho;
VIII. decurso de prazo para cumprimento de ato;
IX. interposição de recurso; e
X. trânsito em julgado;
XI. desentranhamento de documentos;
XII. equívoco na numeração dos autos; e
XIII. outros atos ou fatos de relevância para o curso do processo.

113.1. Em substituição à certidão processual, poderão ser fornecidas cópias


reprográficas das peças dos autos, desde que autenticadas.

114. As certidões de distribuição de ações civis e criminais são expedidas apenas pela
CRE-DF.

115. As certidões de inteiro teor de processo, caso requeridas, deverão ser expedidas
pelo Cartório do Juízo Eleitoral perante o qual estiver tramitando o processo.

222
Seção IV
DOS TERMOS PROCESSUAIS
E DE SEUS FATOS GERADORES
Subseção I
DOS TERMOS

116. Termo é o documento escrito do ato processual que está sendo praticado, seja
ele:
a) oral (audiências, por exemplo); ou
b) de movimentação processual, tais como:
I. conclusão;
II. remessa;
III. vista;
IV. carga;
V. recebimento;
VI. juntada;
VII. arquivamento; ou
VIII. desarquivamento.

117. Os termos serão datados e assinados pelo Chefe de Cartório e, no caso de seu
afastamento, pelo substituto, que fará menção dessa condição no termo.

117.1. O Juiz Eleitoral poderá autorizar a subscrição de tal documento por outros
servidores do Cartório, por meio de portaria.

117.1.1. A portaria supramencionada terá validade enquanto perdurar o mandato do


magistrado ou até sua revogação expressa, o que ocorrer primeiro.

117.2. Os termos de conclusão, vista e remessa, por exigirem conferência dos autos,
deverão ser realizados preferencialmente pelo Chefe de Cartório.

118. Todos os termos lavrados nos autos serão registrados no SADP por meio da
fase/função “Registrar informações complementares”.

119. Os termos processuais poderão ser registrados nos autos por meio de carimbos,
etiquetas ou impressão direta.

Subseção II
DO RECEBIMENTO

120. Qualquer hipótese de recebimento de processo em Cartório será registrada:


I. no SADP; e
II. nos autos, por meio de termo próprio, normalmente sob a forma de carimbo.

223
121. Caso os autos retornem com algum documento acostado (decisão, parecer ou
cota ministerial, por exemplo) o Cartório providenciará:
I. o registro do recebimento do processo, na forma do item 120;
II. a protocolização do documento que se encontrava acostado aos autos; e
III. a juntada do documento aos autos, na forma prevista nos itens 144 a 150.

Subseção III
DA CONCLUSÃO

122. O termo de conclusão presta-se ao encaminhamento dos autos ao Juiz Eleitoral.

123. Os autos serão conclusos no prazo de 01 dia da data em que tiver sido cumprido o
ato processual anterior (vide item 123.1.)

123.1. No caso de ações típicas do período eleitoral, os autos serão conclusos


imediatamente.

124. Os autos deverão ser entregues ao Juiz Eleitoral na mesma data em que for
aposto o termo.

124.1. É proibida a permanência do processo no Cartório Eleitoral após a lavratura do


termo de conclusão.

125. A conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral deverá ser registrada no SADP por meio da
fase/função “Registrar informações complementares”.

125.1. Deverão ser registradas no SADP todas as demais informações referentes à


conclusão dos autos.

Subseção IV
DA VISTA

126. O termo de vista destina-se à remessa dos autos ao MPE quando determinado
pelo Juiz Eleitoral ou em cumprimento a disposição legal.

127. A vista dos autos ao MPE deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função
“Registrar informações complementares”.

128. Os autos deverão ser enviados ao órgão do Ministério Público na mesma data em
que for aposto o termo.

128.1. É proibida a permanência do processo no Cartório Eleitoral após a lavratura do


termo de vista.

129. A vista dos autos ao MPE deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função
“Registrar informações complementares”.

224
129.1. Deverão ser registradas no SADP todas as demais informações referentes à
conclusão dos autos.

Subseção V
DA REMESSA

130. A remessa é o encaminhamento dos autos, em cumprimento a ordem judicial, a


outra unidade jurisdicional, a delegacia de polícia ou a outro órgão público.

131. A remessa é registrada nos autos por meio de termo específico.

132. A remessa dos autos será registrada no SADP por meio das funções:
a) “Enviar”, quando se destinar a outras unidades vinculadas ao TRE-DF; ou
b) “Expedir sem solicitação”, nas demais hipóteses.

132.1. É imprescindível especificar, no SADP, por meio da fase/função “Registrar


Informações Complementares”:
I. o objetivo da remessa;
II. o prazo concedido para resposta;
III. o número de volumes do processo.

132.1.1. Esta providência é especialmente necessária quando os autos forem


expedidos para outros Órgãos.

Subseção VI
DA CARGA

133. De regra, só quem pode fazer carga dos autos são:


I. os advogados e estagiários regularmente inscritos na OAB e devidamente
constituídos por procuração juntada aos autos; e
II. os peritos nomeados pelo Juiz.

134. É direito do advogado ter vista de processo em Cartório, bem como retirar autos
de processo findo, pelo prazo de 10 dias, mesmo sem procuração224.

134.1. Esta regra não se aplica aos processos que tramitam em segredo de justiça.

135. O Chefe de Cartório exercerá rigorosa vigilância sobre os processos, sobretudo


quando de seu exame, em Cartório, por qualquer pessoa.

136. Durante a fluência de prazo comum para a manifestação das partes, a carga dos
autos somente ocorrerá em conjunto ou mediante ajuste prévio.

224
Estatuto da OAB, artigo 6º, inciso XVI

225
136.1. Neste período, os autos poderão ser retirados para produção de cópias pelo
prazo de 02 a 06 horas.

136.1.1. A retirada para essa finalidade ocorrerá independente de ajuste e sem


prejuízo da continuidade do prazo225.

136.1.2. No período eleitoral, a carga dos autos para obtenção de cópias no curso de
prazo comum será permitida:
I. automaticamente pela serventia pelo prazo de 02 horas; e
II. havendo pedido de extensão (até o limite de 06 horas), mediante
deliberação da autoridade judiciária226.

137. É vedada a carga dos autos quando estiverem conclusos ou aguardando a


realização de audiência.

138. O servidor deverá sempre solicitar a exibição da carteira profissional e conferir os


dados daquele que está retirando o processo do Cartório.

139. O servidor que der carga dos autos deverá colher a assinatura do advogado em
termo de carga, a ser impresso no momento do registro da carga no SADP.

139.1. O termo de carga ficará armazenado no Cartório até a devolução dos autos.

140. O servidor deverá conferir todos os processos, tanto na entrega quanto no


recebimento, fazendo comunicar ao Juiz qualquer irregularidade encontrada.

141. Antes do período designado para inspeções ou correições, o Chefe de Cartório


intimará as partes para a devolução dos autos a fim de permitir a análise de todos os
cadernos processuais.

142. Mensalmente, o Chefe de Cartório:


I. relacionará os autos em poder das partes além dos prazos legais ou fixados; e
II. encaminhará a informação ao Juiz Eleitoral, para as providências que
entender cabíveis.

143. Sempre que detectado que houve excesso de prazo, o Juiz Eleitoral poderá
determinar sua imediata devolução, sob pena de:
a) determinação de busca e apreensão; ou
b) expedição de mandato de exibição e entrega de autos.

225
CPC, artigo 107, § 3º
226
Resolução TSE nº 23.478/2013

226
Subseção VII
DA JUNTADA

144. Juntada é o ato pelo qual são anexados ao processo:


I. petições;
II. laudos;
III. provas;
IV. procurações;
V. cotas ministeriais;
VI. documentos extraídos do Sistema Elo ou de outros sistemas informatizados;
VII. mandados;
VIII. certidões expedidas por oficiais de justiça ou por outros Órgãos;
IX. cópias de editais, ofícios, memorandos, mensagens de correio eletrônico,
fac-símiles e de outras comunicações expedidos ou recebidos;
X. avisos de recebimento;
XI. documentos obtidos ou recebidos durante a realização de diligências;
XII. termos de audiência, depoimento e oitiva de testemunhas; e
XIII. quaisquer outras peças, salvo quanto àquelas produzidas pelo Cartório ou
pelo Juízo em decorrência do trâmite processual (informações prestadas ao Juiz
Eleitoral, despachos, sentenças, termos e certidões processuais).

145. A juntada de documentos ao processo será realizada de ofício pelo Cartório,


mediante termo que precederá os documentos a serem inseridos nos autos e
discriminará:
I. os documentos a serem juntados; e
II. os números das folhas em que estes serão inseridos.

146. A juntada de documentos deverá obedecer à ordem cronológica de seu


recebimento em Cartório ou da ocorrência do fato que gerou a necessidade de sua
inserção nos autos.

147. A juntada será registrada no SADP:


a) por meio da funcionalidade “Juntar Zona”, se o documento a ser juntado
tiver sido protocolizado; ou
b) por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”, se o
documento a ser juntado não tiver sido protocolizado (certidões, RAEs, PETEs e
ARs, por exemplo).

148. Os documentos soltos apresentados pelas partes, antes de serem juntados aos
autos, serão:
a) colados em folhas brancas, tamanho A4, se menores que essa medida; ou
b) dobrados no formato A4, se maiores que essa medida.

149. O Cartório Eleitoral deverá extrair clipes ou grampos metálicos dos documentos
antes de juntá-los aos autos.

227
149.1. Tal medida se faz necessária em virtude de que o metal utilizado na fabricação
desses objetos tende a manchar os documentos e deteriorar os autos com o tempo.

150. Documentos provenientes do MPE ou da DPU deverão ser protocolizados, antes


de serem juntados aos autos.

Subseção VIII
DAS AUDIÊNCIAS

151. A audiência é o ato processual que tem por finalidade:


a) a conciliação;
b) a transação penal; ou
c) a obtenção de prova oral.

151.1. Para esse fim, o Juiz Eleitoral poderá:


a) colher o depoimento das partes; e/ou
b) realizar a oitiva de testemunhas.

152. A designação da audiência é ato privativo da autoridade judicial.

153. Deverão ser regularmente intimados da designação da audiência:


I. o Ministério Público;
II. as partes; e
III. eventuais testemunhas.

154. O Chefe de Cartório verificará, com no mínimo 10 dias de antecedência, se foram


adotadas todas as providências necessárias para a realização da audiência.

154.1. Essa medida visa garantir que haja tempo hábil para:
a) o saneamento das falhas eventualmente existentes; ou
b) a comunicação do fato ao Juiz Eleitoral, para determinação das providências
julgadas cabíveis.

155. Para a otimização do tempo e a eficiência do serviço, é recomendável que o


servidor que auxiliará o Juiz Eleitoral obtenha, previamente à realização do ato de
audiência, os seguintes dados das testemunhas e das partes que serão ouvidas:
I. nome;
II. filiação;
III. nacionalidade;
IV. data e local de nascimento;
V. estado civil;
VI. profissão;
VII. endereço de residência;
VIII. endereço do local onde exerce a profissão;
IX. número RG;
X. número do CPF; e

228
XI. número da inscrição eleitoral.

155.1. De posse desses dados, o servidor poderá iniciar a elaboração dos termos
previstos no item 156.

156. O registro da audiência é realizado por meio da lavratura:


I. do termo de audiência;
II. do termo de depoimento, caso aplicável; e
III. do termo de oitiva de testemunha, caso aplicável.

156.1. Os termos serão assinados:


I. pelo Juiz Eleitoral;
II. pelos advogados presentes;
III. pelo representante do Ministério Público Eleitoral; e
IV. pelo servidor que os lavrou.

156.1.1. Os termos de depoimento ou de oitiva de testemunha deverão também ser


assinados pelos depoentes ou testemunhas.

157. Usualmente, os termos de audiência são ditados pelo Juiz Eleitoral e conterão:
I. resumo dos fatos ocorridos durante a audiência; e
II. decisões eventualmente proferidas durante a audiência.

158. Nas audiências destinadas à coleta de depoimento ou à oitiva de testemunhas,


deverão ser lavrados termos específicos, em separado do termo de audiência, para o
registro das declarações de cada uma delas.

158.1. As partes ou testemunhas deverão ser qualificadas nos termos com os dados
mencionados no item 155.

159. Considerando que, até o momento, o SADP não foi adequado para o controle do
cumprimento das metas estabelecidas pelo CNJ, o registro das audiências realizadas
nos processos judiciais e nos procedimentos administrativos deverá observar as
orientações constantes do item 160.

159.1. Os registros de que tratam esta Seção serão utilizados para o preenchimento do
Relatório de Produtividade dos Magistrados.

159.2. Caso o SADP não seja atualizado adequadamente, os números constantes do


referido relatório não estarão de acordo com a realidade.

160. Sempre que for realizada uma audiência em um determinado processo ou


procedimento, o Cartório deverá registrá-la no SADP, por meio da fase/função
“Registrar Informações Complementares”.

160.1. Durante o registro, o servidor deverá:

229
I. selecionar a opção “audiência realizada”; e
II. incluir os termos lavrados em decorrência da audiência.

Seção V
DAS DILIGÊNCIAS

161. Diligências são atos processuais determinados pelo Juiz objetivando:


a) esclarecer fatos; e/ou
b) obter documento necessário ao julgamento do processo.

161.1. As diligências poderão ser determinadas:


a) de ofício;
b) a requerimento da parte; ou
c) a requerimento do Ministério Público.

162. Determinada a realização de diligência, o Chefe de Cartório deverá providenciar o


seu cumprimento.

163. Cumprida a diligência ou transcorrido o prazo sem o atendimento, o Cartório:


I. certificará o fato no SADP por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”; e
II. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral.

Seção VI
DOS MANDADOS

164. Os mandados serão expedidos em 02 vias, sendo:


I. uma delas para entrega ao destinatário; e
II. a outra para juntada aos autos (vide item 175).

165. Em todos os mandados expedidos serão registrados:


I. o nome das partes e dos interessados;
II. o número e o ano do processo;
III. a classe processual;
IV. a finalidade da diligência;
V. o prazo;
VI. a cominação, se houver; e
VII. todos os possíveis endereços em que os destinatários poderão ser
localizados.

166. Tratando-se de citação, o mandado deverá estar acompanhado de cópia da inicial


e dos documentos que a acompanhem.

167. Quando se tratar de intimação de sentença ou decisão, o mandado deverá estar


acompanhado de cópia desta.

230
168. É recomendável que o mandado seja cumprido em prazo não superior a 20 dias,
com um mínimo de 03 dias de antecedência da data de eventual audiência, salvo
redução determinada pelo Juiz Eleitoral ou resultante do rito procedimental.

169. Os mandados serão cumpridos por oficial de justiça ou encaminhados por via
postal.

170. Caso seja necessário o uso de força policial para o cumprimento do mandado, o
Juiz Eleitoral deverá solicitar tal providencia à PMDF.

171. Na Justiça Eleitoral do Distrito Federal, exercerão as atribuições de oficial de


justiça ad hoc:
I. o Chefe de Cartório; e
II. outro servidor a quem essa atribuição for delegada, por meio de Portaria.

172. O TRE-DF celebrou convênio com o TJDFT para o cumprimento dos mandados por
oficiais de justiça daquele Tribunal.

172.1. A utilização dessa alternativa ocorrerá na forma do convênio vigente.

173. No cumprimento dos mandados, o oficial de justiça:


I. se identificará;
II. lerá os termos do mandado;
III. entregará a contrafé (cópia do mandado e dos documentos que o instruem)
ao destinatário; e
IV. certificará, no verso do mandado, o dia e a hora da prática do ato, bem
como a aceitação ou a recusa da contrafé.

174. Após o cumprimento do mandado, o oficial de justiça lavrará certidão


circunstanciada, fazendo constar todos os elementos que foram objeto de cada
diligência que efetuou, tais como:
I. data e hora da realização do ato;
II. nome, número do documento de identificação e endereço das pessoas
ouvidas (vizinhos, porteiros, empregados etc); e
III. outros dados que comprovem o trabalho realizado.

175. O mandado devolvido será imediatamente juntado aos autos, acompanhado de:
a) certidão; ou
b) Aviso de Recebimento – AR, conforme o caso.

175.1. Essa providência deverá ser adotada independentemente de o mandado ter


sido devolvido:
a) cumprido, integral ou parcialmente; ou
b) sem cumprimento.

231
175.2. As cópias que instruem o mandado não deverão ser juntadas aos autos quando
da devolução deste.

Seção VII
DO HORÁRIO DE REALIZAÇÃO
DOS ATOS PROCESSUAIS

176. Salvo disposição em contrário, os atos processuais deverão ser realizados em dias
úteis (de segunda a sábado, inclusive), das 6 às 20 horas.

176.1. Os atos processuais poderão ser concluídos após esse horário se seu adiamento
puder causar prejuízo227.

Seção VIII
DOS LIVROS E DAS PASTAS
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

177. Os livros obrigatórios e facultativos, salvo expressa disposição em lei, conterão


250 folhas encadernadas em capa dura, contendo a discriminação de todos os campos
obrigatórios:
a) previamente impressa; ou
b) registrada posteriormente pelo Cartório Eleitoral.

177.1. Os livros poderão ser formados por folhas soltas, mantidas em pasta própria,
para encadernação, em capa dura, quando atingirem 250 folhas.

178. Os livros obrigatórios e facultativos conterão termos de abertura e de


encerramento, assinados pelo Chefe de Cartório.

178.1. O termo de abertura do novo livro e o termo de encerramento do livro anterior


deverão ser lavrados na mesma data.

179. Todas as folhas dos livros obrigatórios e facultativos serão rubricadas pelo Chefe
de Cartório imediatamente após a abertura deste ou sua inserção na pasta
mencionada no item 177.1.

180. Na escrituração dos livros e autos devem ser evitados:


a) erros;
b) omissões
c) emendas;
d) rasuras por qualquer meio mecânico ou químico (borracha, corretivo,
detergente, raspagem etc);

227
CPC, artigo 212, caput e §1º

232
e) borrões; ou
f) entrelinhas.

180.1. Caso ocorra alguma das hipóteses previstas neste item, deverão ser realizadas
as devidas ressalvas, de forma legível e autenticada.

181. As anotações de “sem efeito” deverão estar acompanhadas da assinatura de


quem as fez.

182. Os espaços em branco devem ser evitados e, caso impossível, inutilizados.

Subseção II
DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS

183. É obrigatório apenas o Livro de Inscrição de Multas Eleitorais.

184. O Livro de Inscrição de Multas Eleitorais destina-se ao registro das multas


eleitorais de qualquer valor não satisfeitas no prazo de 30 dias, contados do trânsito
em julgado da decisão que as tiver aplicado.

184.1. O registro no Livro será realizado por meio de Termo de Multa Eleitoral.

184.1.1. O Termo de Multa Eleitoral conterá os seguintes campos228:


I. número de ordem, sequencial e cronológica, em série anual e renovável;
II. nome do devedor, inclusive dos solidários, se houver;
III. qualificação do devedor, inclusive dos solidários, se houver;
IV. endereço do devedor, inclusive dos solidários, se houver;
V. número da inscrição eleitoral do devedor, inclusive dos solidários, se
houver;
VI. número e natureza do processo que deu origem à multa;
VII. dispositivo legal infringido;
VIII. data da publicação (se o devedor encontrar-se representado por
advogado) ou da notificação da decisão;
IX. data do trânsito em julgado da decisão;
X. termo final do prazo para o recolhimento da multa;
XI. valor da dívida, em algarismos e por extenso, expresso em reais;
XII. exercício financeiro;
XIII. data da remessa da Certidão para Inscrição em Dívida Ativa ao Tribunal
Regional Eleitoral, caso aplicável (vide item 184.1.2);
XIV. data da inscrição da dívida pela Procuradoria da Fazenda Nacional, caso
aplicável (vide item 184.1.2);
XV. data da liquidação da dívida;
XVI. discriminação do expediente que comunicou a liquidação da dívida, caso
aplicável;

228
Resolução-TSE nº 21.975/2004 / Portaria-TSE nº 288/2005

233
XVII. informações sobre eventual parcelamento do débito;
XVIII. assinatura do Chefe de Cartório; e
XIX. observações.

184.1.2. Os campos a que se referem os incisos XIII e XIV deverão ser preenchidos nas
hipóteses em que o inadimplemento tiver sido comunicado à Procuradoria da Fazenda
Nacional em razão de se tratar de multas:
a) de valor superior a R$ 1.000,00229; ou
b) de qualquer valor, quando referentes a processos criminais.

Subseção III
DOS LIVROS FACULTATIVOS

185. Além dos livros obrigatórios, o Cartório poderá adotar outros:


a) que julgar convenientes para a organização de seus trabalhos; ou
b) referentes a processos ou procedimentos específicos do período eleitoral.

186. Como todos os atos judiciais atualmente praticados (expedição de mandados,


termos de audiências, sentenças, dentre outros) demandam registro eletrônico no
SADP, os respectivos livros tornaram-se facultativos.

186.1. Não obstante, caso o Juiz Eleitoral ou o Chefe de Cartório, para melhor
organização do serviço, entenda necessário, poderá manter sua utilização pela
serventia.

187. São facultativos os Livros de:


I. Carga de Mandados, utilizado para registro dos mandados entregues aos
oficiais de justiça;
II. Carga de Autos, destinado a anotar a retirada de autos do Cartório por
pessoas autorizadas, como advogados ou peritos;
III. Rol de Culpados, utilizado quando, em ação penal eleitoral, houver
condenação com trânsito em julgado;
IV. Registro de Sentenças, destinado ao registro de todas as sentenças cíveis e
criminais prolatadas pelo Juiz Eleitoral, inclusive as proferidas em audiência,
das quais se fará traslado, cópia ou reprodução por computador, desde que
assinadas pelo Juiz Eleitoral;
V. Registro de Termos de Audiências, utilizado para arquivar cópias dos termos
das audiências realizadas em qualquer tipo de feito registrado no Cartório
Eleitoral (processo criminal, representações, carta precatória etc);
VI. Registro de Suspensão Condicional do Processo, destinado ao registro dos
nomes dos beneficiados pela suspensão condicional do processo230; e
VII. Averbação do Sursis, utilizado para registrar a concessão de suspensão
condicional da pena ao réu.
229
Petição-TRE/DF nº 166-09.2015.6.07.0000 Decisão monocrática de 04/01/2017
230
Lei nº 9.099/1995, artigo 89

234
Capítulo V
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Seção I
DA CITAÇÃO

Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

188. A citação é a comunicação que se faz ao réu ou interessado de que contra ele foi
ajuizada uma ação, para que, querendo, defenda-se.

188. A citação possui as finalidades de:


I. convocar o réu a juízo; e
II. cientificar o réu do teor da demanda formulada.

190. Na legislação eleitoral, o chamamento do réu ou interessado para integrar a


relação processual é usualmente denominado notificação, em vez de citação.

190.1. No entanto, trata-se do mesmo procedimento, devendo ser obedecidos os


requisitos do CPC.

191. A citação para integrar a relação processual será feita pessoalmente ao réu ou ao
seu representante legal ou procurador legalmente autorizado, mediante:
a) carta com AR (mãos próprias); ou
b) mandado.

192. O Cartório deverá realizar a citação, assim como os demais atos processuais, pela
forma menos onerosa ao erário.

Subseção II
DA CITAÇÃO POR VIA POSTAL

193. A citação pela via postal (carta) é vedada quando:


a) o réu for incapaz;
b) tratar-se de processo de execução; ou
c) o local não for atendido pela entrega domiciliar de correspondência.

194. A citação pela via postal poderá ser realizada para pessoa domiciliada em
qualquer Zona Eleitoral do País, dispensada a expedição de carta precatória.

235
Subseção III
DA CITAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS

195. A citação das pessoas jurídicas (partidos, jornais, empresas de pesquisa etc) será
realizada na pessoa de seus representantes legais (aqueles designados pelo respectivo
estatuto).

195.1. Contudo, quando se tratar de carta com AR, não se exigirá a assinatura pessoal
do representante legal da pessoa jurídica.

195.1.1. Isso porque, de acordo com a teoria da aparência, é valida a citação via postal,
com AR, efetivada no endereço da pessoa jurídica e recebida por pessoa que, ainda
que sem poder expresso para tanto, a assina sem fazer qualquer objeção imediata.

Subseção IV
DA CITAÇÃO POR FAC-SÍMILE

196. No período eleitoral, em situações expressamente previstas em lei, admite-se a


citação por fac-símile, a qual deverá obedecer aos requisitos exigidos para a citação
por carta.

Subseção V
DA CITAÇÃO POR HORA CERTA

197. Quando, por 02 vezes, o oficial de justiça houver procurado o


citando/requerido/réu em seu domicílio ou residência sem o encontrar, havendo
suspeita de ocultação, intimará qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer
vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que
designar.

198.1. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será
válida a intimação de que trata este item feita a funcionário da portaria responsável
pelo recebimento de correspondência.

199. Independentemente de novo despacho, o oficial de justiça retornará no dia e


hora designados para efetuar a diligência231.

199.1. Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das
razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado.

199.2. A citação por hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o
vizinho que tiver sido intimado:
a) esteja ausente; ou
b) embora presente, se recuse a receber o mandado.

231
CPC, artigos 252 a 254

236
199.3. Na hipótese prevista neste item constarão da certidão do oficial de justiça:
I. as 02 tentativas de localização do réu;
II. a razão de sua ausência;
III. a data e hora da citação por hora certa; e
IV. o nome da pessoa que recebeu a contrafé.

199.3.1. A certidão do oficial de justiça deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.

199.4. Realizada a citação nestes termos, o Chefe de Cartório encaminhará uma carta
ao réu, dando-lhe de tudo ciência232.

Seção II
DAS INTIMAÇÕES

Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

200. As intimações servem para dar conhecimento às partes ou aos interessados de


atos do processo, como despachos, decisões e sentenças, e devem consumar-se por
meio de:
I. publicação na imprensa oficial, sempre que as partes estiverem
representadas por advogado;
II. correspondência com AR;
III. termo nos próprios autos, caso a intimação ocorra em Cartório;
IV. mandado, por oficial de justiça; ou
V. edital, conforme item 206.

201. Sob pena de nulidade, é indispensável que constem da intimação:


I. o número do processo;
II. o nome das partes e de seus advogados;
III. o teor do despacho;
IV. o prazo para cumprimento do ato; e
V. outros elementos necessários à sua identificação.

Subseção II
DA INTIMAÇÃO PELA IMPRENSA OFICIAL

202. A publicação de sentenças, despachos e decisões na imprensa oficial somente


ocorrerá, para fins de intimação, se a parte estiver representada por advogado.

232
CPC, artigo 254

237
Subseção III
DA INTIMAÇÃO PELOS CORREIOS

203. O Chefe de Cartório acompanhará com regularidade a devolução dos ARs das
cartas postadas no correio, providenciando para que sejam juntados aos autos,
imediatamente após devolvidos, dando início à contagem do prazo.

203.1. A juntada do AR aos autos deverá ser imediatamente registrada no SADP, por
meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

Subseção IV
DA INTIMAÇÃO EM CARTÓRIO

204. Quando a intimação for realizada em Cartório, serão certificados nos autos:
I. a data e o horário da intimação; e
II. o nome da pessoa intimada.

204.1. A intimação em Cartório deverá ser imediatamente registrada no SADP, por


meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

Subseção V
DA INTIMAÇÃO POR HORA CERTA

205. A intimação poderá ser efetuada com hora certa, com observância do previsto
nos itens 194 e 195233.

Subseção VI
DA INTIMAÇÃO POR EDITAL

206. Em regra, a intimação por edital somente será realizada quando frustradas as
demais formas de intimação.

Subseção VII
DA INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO,
DA DEFENSORIA PÚBLICA E DA FAZENDA NACIONAL

207. Serão sempre pessoais as intimações:


I. do Ministério Público;
II. da Defensoria Pública; e
III. da Fazenda Nacional.

207.1. Nestas hipóteses, o Cartório deverá fazer a remessa física dos autos:
a) ao Ministério Público, lavrando o respectivo termo de vista; ou
b) à Defensoria Pública ou à Fazenda Nacional, lavrando os respectivos termos
de remessa.

233
CPC, artigo 275, §2º

238
207.2. A remessa dos autos para intimação deverá ser imediatamente registrada no
SADP.

Subseção VIII
DA INTIMAÇÃO DE DIRETÓRIOS PARTIDÁRIOS

208. No âmbito da Justiça Eleitoral, as intimações a partidos políticos referentes a


processos judiciais e/ou administrativos serão realizadas pela forma prevista nos itens
208.1, 208.2 ou 208.3, conforme a hipótese234.

208.1. Se houver advogado constituído nos autos, as intimações serão realizadas por
meio de publicação no DJE, salvo se houver:
a) outra forma prevista em lei; ou
b) expressa determinação judicial em sentido diverso.

208.1.1. Deverão constar das intimações realizadas por meio do DJE, sob pena de
nulidade:
I. o nome do partido político;
II.o documento ou o processo a que se refere; e
III. o nome do advogado constituído.

208.2. Caso não haja advogado constituído nos autos ou se configurem as hipóteses
previstas nas alíneas do item 208.1, a intimação será realizada:
a) pelo correio;
b) por meio de mandado; ou
c) por meio de publicação de edital no DJE, caso não seja possível realizar a
intimação pelas formas previstas nas alíneas “a” e “b” deste subitem.

208.2.1. As intimações pelo correio ou por meio de mandado serão realizadas no


último endereço anotado nos assentamentos da Justiça Eleitoral.

208.2.2. Os partidos políticos deverão manter atualizados perante a Justiça Eleitoral os


dados necessários para o encaminhamento de intimações, inclusive:
I. endereço completo;
II. número de telefone;
III. fac-símile; e
IV. endereço eletrônico.

208.2.3. Não será exigida a assinatura pessoal do intimado quando a intimação for
encaminhada para o endereço constante nos assentamentos da Justiça Eleitoral por
meio de:
a) postagem pelo correio com AR; ou
b) mandado.

234
Resolução-TSE nº 23.328/2010

239
208.3. Caso seja necessário intimar diretório partidário zonal que não esteja
regularmente constituído (ex.: vigência expirada) ou cujo representante não seja
localizado, o Cartório providenciará a intimação do representante:
a) zonal com representação nos autos (ainda que com vigência expirada), para
ciência da decisão;
b) regional, para ciência da decisão e/ou da irregularidade da situação do
diretório zonal; e/ou
c) nacional, para ciência da decisão e/ou da irregularidade da situação dos
diretórios zonal e regional (vide 208.3.1).

208.3.1. Se for necessária a intimação do órgão diretivo partidário de âmbito nacional


por mandado e inexistir sede na Capital Federal, a intimação será cumprida por meio
de publicação no DJE.

Seção III
DA PUBLICAÇÃO DE ATOS JUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS

209. Os Cartórios Eleitorais enviarão eletronicamente para publicação somente os atos


judiciais e administrativos que forem estritamente obrigatórios e essenciais, nos
termos da lei e das demais normas aplicáveis.

210. As decisões judiciais serão publicadas pelo resumo da parte dispositiva,


constando sempre:
I. número e espécie do processo;
II. nomes das partes;
III. nomes dos advogados constituídos com o número da respectiva inscrição na
OAB;
IV. objeto e destinatário da intimação, caso aplicável;
V. explicitação do conteúdo da ordem judicial (quem e sobre o que se deve
manifestar ou que ato deve praticar), caso aplicável; e
VI. prazo a que deve atender o destinatário da ordem, caso aplicável.

211. Quando houver erro na publicação, proceder-se-á imediatamente a nova


publicação, juntando-se aos autos, por meio de termo próprio, cópia da publicação
efetuada com equívoco, para exame do Juiz e dos interessados.

Capítulo VI
DAS SENTENÇAS E DECISÕES
Seção I
DO RECEBIMENTO DOS AUTOS COM SENTENÇA OU DECISÃO

212. Ao receber o processo com a sentença ou decisão, o Cartório:


I. lavrará termo de recebimento dos autos;
II. providenciará a publicação do ato, caso aplicável;

240
III. intimará as partes, para fins de contagem de prazo recursal, caso aplicável;
IV. procederá à juntada física do original aos autos, numerando as folhas,
dispensada a lavratura de termo de juntada;
V. digitalizará a sentença ou decisão assinada pelo magistrado;
VI. registrará a sentença ou decisão no SADP, na forma prevista na Seção II
deste Capítulo; e
VII. certificará nos autos o registro da sentença ou decisão no SADP.

213. A intimação das partes observará as formas previstas nos itens 200 a 208.

Seção II
DO REGISTRO DE SENTENÇAS E DECISÕES NO SADP

214. Considerando que, até o momento, o SADP não foi adequado para o controle do
cumprimento das metas estabelecidas pelo CNJ, o registro das decisões proferidas nos
processos judiciais e nos procedimentos administrativos deverá observar as
orientações constantes do item 215.

214.1. Os registros de que tratam esta Seção serão utilizados para o preenchimento do
Relatório de Produtividade dos Magistrados.

214.2. Caso o SADP não seja atualizado adequadamente, os números constantes do


referido relatório não estarão de acordo com a realidade.

214.3. A adoção dessa providência é a única forma de obtenção eletrônica da


informação acerca do julgamento do processo.

215. Todas as decisões e sentenças, ainda que proferidas em procedimentos


administrativos, serão registradas no SADP.

215.1. O registro das decisões e sentenças no SADP deverá ser realizado por meio da
fase/função "Registrar despacho/decisão Zona".

215.1.1. Durante o registro, o serventuário deverá:


I. assinalar o tipo:
a) “decisão interlocutória”, para o registro de decisões interlocutórias
ou liminares235;
b) “sentença”, quando se tratar de decisão final em processos judiciais;
ou
c) “decisão”, para o registro de decisão final em procedimentos
administrativos;
II. selecionar o teor que melhor se adéque ao dispositivo da sentença ou ao
conteúdo da decisão;

235
CPC, artigo 203, § 2º

241
III. anexar cópia digital da sentença ou decisão devidamente assinada pelo Juiz
Eleitoral; e
IV. preencher o campo “editor de texto” com as informações:
a) “sentença em anexo”; ou
b) “decisão em anexo”, conforme a hipótese.

Capítulo VII
DOS RECURSOS EM GERAL
216. Os recursos eleitorais, em regra, serão interpostos no prazo de 03 dias da
publicação do ato, resolução ou despacho, salvo disposição legal em contrário236.

217. Os recursos em matéria eleitoral não terão efeito suspensivo, salvo:


a) o recurso interposto contra a expedição do diploma, em que o diplomado
poderá exercer o mandato em toda sua plenitude enquanto não houver
decisão do TSE237; ou
b) o recurso ordinário interposto contra decisão proferida por Juiz Eleitoral ou
por TRE que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou perda
de mandato eletivo238.

218. A decisão que declarar a inelegibilidade na ação de investigação judicial eleitoral


surtirá efeitos após:
a) o trânsito em julgado; ou
b) a publicação de decisão proferida por órgão colegiado239.

219. Apresentado recurso, a peça será:


I. protocolizada e registrada no SADP; e
II. juntada fisicamente aos autos, com a realização dos registros necessários no
SADP por meio da fase/função “Registrar Recurso Zona”.

220. Após a adoção das providências previstas no item anterior, os autos serão
conclusos ao Juiz Eleitoral.

221. Nas hipóteses previstas no CPC, são admissíveis os embargos de declaração, que
interrompem o prazo para a interposição de recurso240.

222. O juízo de admissibilidade recursal é feito pelo segundo grau de jurisdição.

236
CE, artigo 258
237
CE, artigo 216
238
CE, artigo 257, § 2º
239
LC nº 64/1990, artigo 15
240
CE, artigo 275 (com a redação dada pela Lei nº 13.105/2015)

242
222.1. Assim, ainda que o recurso seja apresentado a destempo, ou não sejam
preenchidos os demais requisitos legais, a parte recorrida será intimada a apresentar
suas contrarrazões.

222.1.1. As contrarrazões deverão ser protocolizadas, registradas e juntadas


fisicamente aos autos, realizando-se os registros necessários no SADP.

223. Juntadas as contrarrazões ou certificado o decurso do prazo, será dada vista dos
autos ao MPE, com posterior remessa ao TRE-DF.

224. Caso o Ministério Público não seja parte, o representante do MPE local poderá
decidir não se manifestar, haja vista a necessária intervenção da Procuradoria Regional
Eleitoral perante o segundo grau241.

225. Quando houver mais de um autor ou réu nos mesmos autos e não for interposto
recurso por todos eles, o magistrado poderá determinar a formação de autos
suplementares para a continuidade da execução em relação àqueles que não
recorreram.

225.1. A execução provisória da sentença também é possível quando o recurso não


tiver efeito suspensivo.

225.2. A execução provisória é realizada do mesmo modo que a definitiva.

225.2.1. Assim, é possível que a sentença já produza os seus efeitos ainda que não
tenha ocorrido o seu trânsito em julgado.

Capítulo VIII
DA REMESSA DE PROCESSO AO TRE-DF
EM RAZÃO DE RECURSO
226. O Chefe de Cartório conferirá as folhas dos autos que serão remetidos ao TRE-DF
para apreciação de recurso, verificando a numeração e suprindo as omissões, inclusive
quanto a atos processuais eventualmente pendentes.

227. Ao remeter os autos ao TRE-DF, o Cartório lavrará termo de remessa, do qual


constarão:
I. informações acerca do processo principal e dos anexos constantes dos autos;
e
II. especificação do conteúdo de cada item.

241
Acórdão TSE nº 15759

243
227.1. Os termos de remessa emitidos pelo SADP contêm listagem de todos os anexos
do processo.

Capítulo IX
DO RETORNO DOS AUTOS DO TRE-DF
APÓS JULGAMENTO DE RECURSO
228. Ao receber autos do TRE-DF, o Chefe de Cartório:
I. lavrará termo de recebimento e conferência de folhas;
II. registrará o recebimento do protocolo no SADP;
III. procederá:
a) à reautuação do feito na classe original, por meio da função
"Reautuação" no SADP; ou
b) caso se trate de pedido autuado e apreciado pelo TRE-DF (ex.: agravo
de instrumento, recurso em sentido estrito, cautelar etc), ao
apensamento do feito ao processo de competência da Zona Eleitoral a
que se referir; e
IV. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral, para ciência e outras providências
cabíveis à espécie, tais como:
a) ciência do MPE e arquivamento; ou
b) cumprimento da decisão de segundo grau, dentre outras.

228.1. A conclusão e as demais providências adotadas deverão ser registradas no SADP


por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

Capítulo X
DO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
229. Não há uma regra própria com relação à participação do MPE nos feitos eleitorais.

229.1. Assim, a abertura de vista ao órgão ministerial deverá ocorrer sempre que
houver interesse público242.

229.1.1. A definição de interesse público cabe somente ao próprio MPE.

Capítulo XI
DO TRÂNSITO EM JULGADO
230. Trânsito em julgado é o momento a partir do qual uma decisão não pode mais ser
modificada por meio de recurso.

242
CPC, artigos 178, 179 e 279

244
231. A decisão transita em julgado assim que esgotado todos os prazos recursais, tanto
para as partes quanto para o Ministério Público.

231.1. Decorrido o prazo do recurso sem manifestação das partes, o Cartório deverá:
I. lavrar a certidão de trânsito em julgado;
II. realizar o respectivo registro no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Trânsito em Julgado”; e
III. adotar as providências determinadas na decisão (cancelamento de inscrição,
anotação no rol de culpados, notificação para pagamento de multa etc).

231.1.1. Todos os atos executados pelo Cartório em cumprimento às determinações


contidas na decisão serão:
I. documentados ou certificados nos autos; e
II. registrados no SADP por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

Capítulo XII
DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS EM GERAL
232. Concluída a prestação jurisdicional e havendo despacho determinando o
arquivamento do feito, o Chefe de Cartório, depois de cumpridas as providências
determinadas na sentença ou decisão:
I. lavrará termo de arquivamento;
II. anotará na capa dos autos, de forma legível, o número correspondente da
caixa ou maço de arquivo em que será armazenado o processo;
III. registrará o arquivamento no SADP, por meio da fase/função “Arquivar no
Arquivo Local"; e
IV. arquivará os autos na caixa ou maço indicados em sua capa.

232.1. É vedada a utilização da fase/função "Registrar Informações Complementares"


para o registro de arquivamento de documentos e/ou processos no SADP.

233. Os processos deverão ser mantidos em arquivo pelo prazo estabelecido no artigo
55 da Resolução-TSE nº 21.538/2003 e na Resolução-TRE/DF nº 6.198/2007 (Tabela de
Temporalidade de Documentos).

233.1. Transcorrido o prazo de guarda em Cartório, os feitos deverão ser


encaminhados à Seção de Arquivo do TRE-DF, conforme capacidade de
armazenamento da referida Unidade, para arquivamento definitivo ou descarte.

234. As caixas de arquivo serão numeradas, de forma legível e destacada,


independentemente do número do feito, pelo critério ordinal crescente e sem
interrupção quando da passagem de um ano para outro, mudando-se somente o ano
em que ocorreu o arquivamento.

245
234.1. Caso ocorra apensamento ou aumento de volumes que impossibilite a
acomodação na mesma caixa, serão os autos arquivados em novas caixas, observando-
se a seqüência numérica do arquivo e procedendo-se às devidas anotações.

234.2. Nas duas lombadas da caixa de arquivo constarão a identificação do Cartório


Eleitoral correspondente e os números dos processos nela arquivados, em ordem
crescente.

246
Módulo XXVIII

DO PROCEDIMENTO CRIMINAL

247
Módulo XXVIII
DO PROCEDIMENTO CRIMINAL
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Conceitua-se como crime eleitoral a prática de uma conduta típica prevista na lei
penal eleitoral como ilícita.

1.1. Assim, somente haverá crime se houver lei prévia definindo o ato praticado como
crime.

2. Aplicam-se aos procedimentos criminais as disposições constantes no Módulo XXVII.

3. O CPP será aplicado como lei subsidiária ou supletiva na instrução e no julgamento


dos crimes eleitorais e dos crimes comuns que lhes forem conexos, assim como dos
recursos e da execução243.

4. A competência para o processamento das ações penais eleitorais será determinada


de acordo com244:
I. o lugar da infração;
II. o domicílio ou a residência do réu;
III. a natureza da infração;
IV. a distribuição;
V. a conexão ou continência;
VI. a prevenção; e
VII. a prerrogativa de função.

4.1. Assim, a competência será definida com base no local em que foi cometida a
infração e não com base no domicílio eleitoral do infrator.

5. A Polícia Federal exercerá, com prioridade sobre suas atribuições regulares, a função
de polícia judiciária em matéria eleitoral245.

5.1. Se, no local da infração, não existir órgão da Polícia Federal, a Polícia Estadual terá
atuação supletiva.

6. O Cartório verificará a existência nos autos, tanto do inquérito policial quanto do


processo criminal, de indiciado, acusado, vítima, réu colaborador ou testemunha
protegidas pela Lei nº 9.807/1999.

243
CE, artigo 364
244
CPP, artigo 69
245
Resolução- TSE nº 22.376/2006

248
6.1. A Lei mencionada neste artigo:
I. estabelece normas para a organização e a manutenção de programas
especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas;
II. institui o Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas
Ameaçadas; e
III. dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham
voluntariamente prestado efetiva colaboração à investigação policial e ao
processo criminal.

6.2. Tais processos terão prioridade na tramitação, devendo ser anotada na capa dos
respectivos autos a expressão “Preferencial”.

6.3. No que se refere ao sigilo de documentos e processos, o Cartório deverá observar


o previsto nos itens 88 a 96 do Módulo XXVII.

Capítulo II
DA APLICAÇÃO DA LEI Nº 9.099/1995
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

7. Aos processos criminais eleitorais aplicam-se tão somente os benefícios da Lei nº


9.099/1995, ou seja, transação penal246 e suspensão condicional do processo247, e não
o rito nela previsto.

8. O Cartório deverá comunicar à CRE-DF sempre que:


a) o próprio Juízo Eleitoral conceder os benefícios da Lei nº 9.099/1995; ou
b) o Juízo Eleitoral realizar o acompanhamento do cumprimento das condições
acordadas para a concessão de benefícios concedidos por Juízo Eleitoral
diverso, em atendimento a solicitação por meio de carta precatória.

8.1. A imediata comunicação do fato é necessária para fins de inclusão nos sistemas
informatizados de antecedentes criminais.

9. Deverá ser providenciado o desmembramento de processo com mais de um


acusado se for concedido o benefício da suspensão ou da transação para algum deles.

10. Caberá ao Cartório Eleitoral o acompanhamento do cumprimento das condições


acordadas para a concessão dos benefícios da suspensão condicional do processo ou
da transação penal.

246
Lei nº 9.099/1995, artigo 76
247
Lei nº 9.099/1995, artigo 89

249
11. Se a condição imposta para a concessão do benefício for o pagamento de valores a
uma instituição beneficente, o recolhimento poderá ser realizado por meio:
a) da abertura de conta vinculada ao Cartório Eleitoral; ou
b) de depósito efetuado diretamente na conta indicada pela instituição
beneficiada, com posterior comprovação perante o Cartório Eleitoral.

12. No caso de prestação de serviço à comunidade, deve-se observar o disposto nos


itens 139 a 144.

13. Para o acompanhamento da execução, o Cartório deverá:


I. protocolizar no SADP e juntar aos autos os relatórios mensais recebidos de
instituições em que o beneficiado cumpra as condições e os comprovantes de
pagamentos efetuados, caso aplicável;
II. juntará aos autos os termos de comparecimento em Cartório; e
III. registrará tais fatos no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.

14. Incumbe ao Cartório certificar nos autos sempre que tiver conhecimento do
descumprimento de benefício concedido, fazendo imediata conclusão ao Juiz Eleitoral.

15. As cartas precatórias ou equivalentes eventualmente expedidas para os fins do


artigo 76 ou 89 da Lei nº 9.099/1995, conterão as respectivas propostas, as medidas
alternativas e condições de suspensão, formuladas pelo Ministério Público, podendo o
Juízo deprecante autorizar o deprecado a modificar as propostas oferecidas, ouvido o
representante do Ministério Público que oficia perante o Juízo deprecado.

Seção II
DA TRANSAÇÃO PENAL

16. Nas contravenções penais e nos crimes a que a lei comine pena máxima não
superior a 02 anos, o MPE poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de
direitos ou de multa, a ser especificada na proposta, para o que deverá ser designada
audiência.

16.1. Caberá a aplicação de medidas alternativas nas hipóteses de transação penal.

16.1.1. Tais medidas, desde que aceitas, poderão consistir em prestação pecuniária ou
de outra natureza (medicamentos, alimentos etc) e prestação de serviços à
comunidade.

16.2. Aceita a proposta, caberá ao Juiz Eleitoral a sua homologação.

16.3. A seguir, o Cartório deverá:


I. dar conhecimento do fato à CRE-DF, para fins de inclusão nos sistemas
informatizados de antecedentes criminais (vide itens 16.3.1 e 16.3.2);

250
II. registrar a concessão do benefício no SADP, por meio da fase/função
“Registrar Informações Complementares”;
III. proceder ao lançamento do código de ASE 388 no histórico da inscrição
eleitoral do interessado, mediante determinação judicial; e
IV. acompanhar a execução, nos próprios autos, até o cumprimento.

16.3.1. Ainda que a transação não tenha sido homologada pelo Juiz Eleitoral
(homologação postergada para após o cumprimento da medida), a concessão do
benefício deverá ser comunicada à CRE-DF.

16.3.2. O cumprimento da proposta de transação penal não implicará reincidência,


registrando-se os dados nos referidos sistemas apenas para impedir a concessão do
mesmo benefício no prazo de 05 anos.

16.3.3. A transação penal não gerará efeitos civis, sua aceitação não importa em
reconhecimento de responsabilidade e não constará de certidão de antecedentes
criminais, salvo quando requisitada por autoridade judiciária ou pelo Ministério
Público248.

17. A decisão que homologa a aceitação da proposta de transação penal é recorrível


por meio de apelação, no prazo de 10 dias (vide item 20)249.

18. Cumpridas as condições impostas, o Juiz Eleitoral declarará extinta a punibilidade


do suposto autor do fato delituoso, cabendo apelação desta decisão no prazo de 10
dias, uma vez que é incabível a interposição de recurso em sentido estrito nos juizados
especiais criminais250.

19. Extinta a punibilidade, o Cartório Eleitoral:


I. dará conhecimento do fato à CRE-DF, para fins de inclusão nos sistemas
informatizados de antecedentes criminais;
II. registrará o fato no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”; e
III. comunicará o fato ao Instituto Nacional de Investigações – INI.

20. Caso o réu não cumpra as condições impostas no acordo, o MPE poderá retomar a
persecução penal com o oferecimento da denúncia ou a requisição de inquérito
policial, uma vez que a decisão mencionada no item 17 não faz coisa julgada
material251.

248
Lei nº 9.099/1995, artigo 76, §§ 4º e 6º
249
Lei nº 9.099/1995, artigo 76, § 5º
250
Enunciado nº 48 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais – FONAJE
251
Súmula Vinculante nº 35 do STF

251
Seção III
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO

21. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 01 ano, o MPE
poderá propor a suspensão condicional do processo ao oferecer a denúncia, pelo
prazo de 02 a 04 anos, devendo ser designada audiência para tanto.

21.1. Aceita a proposta, caberá ao Juiz Eleitoral receber a denúncia e suspender o


curso do processo, fixando as condições a que ficará sujeito o acusado.

21.2. A seguir o Cartório deverá:


I. dar conhecimento do fato à CRE-DF, para fins de inclusão nos sistemas
informatizados de antecedentes criminais;
II. registrar a concessão do benefício no SADP, por meio da fase/função
“Registrar Informações Complementares”; e
III. acompanhar a execução, nos próprios autos, até o cumprimento.

22. Expirado o prazo de suspensão condicional do processo sem revogação, o Cartório:


I. certificará o decurso do prazo;
II. abrirá vista dos autos ao MPE; e
III. fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral.

23. O Juiz Eleitoral declarará extinta a punibilidade do acusado252, cabendo recurso de


apelação de tal decisão no prazo de 10 dias, uma vez que é incabível a interposição de
recurso em sentido estrito nos juizados especiais criminais253.

24. Extinta a punibilidade, o Cartório Eleitoral:


I. dará conhecimento do fato à CRE-DF, para fins de inclusão nos sistemas
informatizados de antecedentes criminais;
II. registrará o fato no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”; e
III. comunicará o fato ao Instituto Nacional de Investigações – INI.

Capítulo III
DOS PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
Seção I
DO FLAGRANTE

25. Lavrado o flagrante, a autoridade policial informará de imediato o Juiz Eleitoral


para que decida a respeito254:
252
Lei nº 9.099/1995, artigo 89, § 5º
253
Enunciado nº 48 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais – FONAJE
254
Resolução CNJ nº 87/2009

252
a) da concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança, quando a lei a
admitir;
b) da manutenção da prisão, quando presentes os pressupostos da prisão
preventiva, sempre por decisão fundamentada e observada a legislação
pertinente (vide item 25.1); ou
c) do relaxamento da prisão ilegal (vide item 25.2).

25.1. Verificado tratar-se de prisão regular, o Juiz Eleitoral homologará o auto de


prisão.

25.2. Caso o Juiz Eleitoral detecte irregularidades nas formalidades da prisão, o MPE
será cientificado255.

25.3. A decisão deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função “Registrar
despacho/decisão Zona”.

26. A comunicação do flagrante, pela autoridade policial será autuada fisicamente e no


SADP, na classe Inquérito – Inq.

27. Passadas 48 horas da comunicação do flagrante, não sendo juntados os


documentos e certidões que o Juiz Eleitoral entender imprescindíveis para a decisão e
não havendo advogado constituído nos autos, o Cartório fará o processo concluso para
que o Juiz nomeie defensor dativo, em prazo não superior a 05 dias.

27.1. O andamento deverá ser registrado no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.

Seção II
DA NOTÍCIA-CRIME
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

28. A notícia-crime, também denominada notitia criminis, ocorre quando são levadas
ao conhecimento de qualquer autoridade competente para a persecução penal
(Delegado de Polícia, Juiz de Direito ou Promotor de Justiça) informações sobre a
prática de alguma infração penal, para a adoção das providências legais cabíveis.

28.1. A notícia-crime pode ser apresentada contra qualquer pessoa, seja física ou
jurídica.

29. Compete ao Juiz Eleitoral tomar conhecimento das reclamações que lhe forem
feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as
providências que cada caso exigir256.

255
Resolução CNJ nº 66/2009, artigo 1º, §3º

253
30. A classe processual “Notícia-crime – NC” abrange:
I. o procedimento investigatório criminal (PIC);
II. a notícia-crime propriamente dita; e
III. o termo circunstanciado de ocorrência.

Subseção II
DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL (PIC)

31. O Procedimento Investigatório Criminal é instrumento de natureza administrativa e


inquisitorial, instaurado e presidido pelo membro do Ministério Público com atribuição
criminal.

31.1. O PIC tem como finalidade apurar a ocorrência de infrações penais de natureza
pública, servindo como preparação e embasamento para o juízo de propositura, ou
não, da respectiva ação penal”257.

32. Apesar de se tratar de procedimento instaurado pelo MPE, a promoção de


arquivamento será apresentada ao juízo competente, o que exigirá, portanto, a
apreciação do Juiz Eleitoral258.

33. Recebido em Cartório, o PIC será protocolizado, registrado e autuado no SADP, na


classe Notícia-crime – NC.

34. Após, o Chefe de Cartório fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral.

Subseção III
DA NOTÍCIA-CRIME PROPRIAMENTE DITA

35. Qualquer pessoa que tiver conhecimento da existência de infração penal eleitoral
deverá comunicá-la, verbalmente ou por escrito, ao Juiz Eleitoral259.

36. Comunicada verbalmente, o Juiz Eleitoral mandará reduzi-la a termo, assinado pelo
apresentante e por 02 testemunhas260.

37. A comunicação será protocolizada, registrada e autuada no SADP, na classe


Notícia-Crime – NC.

38. Após, o Cartório Eleitoral:


I. certificará os antecedentes criminais do suposto infrator; e
II. abrirá vista dos autos ao MPE.

256
CE, artigo 35, inciso V
257
Resolução-CNMP nº 13/2006, artigo 1º
258
CPP, artigo 28 / Resolução-CNMP nº 13/2006, artigo 15, parágrafo único
259
CE, artigo 356, caput
260
CE, artigo 356, parágrafo único

254
39. As informações sobre antecedentes criminais serão obtidas:
I. na Justiça Eleitoral;
II. na Justiça Federal, junto ao Ofício Distribuidor;
III. na Justiça do Distrito Federal, junto ao Ofício do Distribuidor Criminal ou às
Varas de Execuções Penais; e
IV. no Instituto de Identificação do Distrito Federal.

40. Restituídos pelo MPE, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral para:
a) análise das diligências solicitadas pelo Parquet; ou
b) determinação de arquivamento, conforme o caso.

41. Aplicam-se à notícia-crime, no que couber, os procedimentos previstos para o


inquérito policial eleitoral.

Subseção IV
DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (TCO)

42. Nos casos de crimes de menor potencial ofensivo em que a lei comine pena
máxima não superior a 02 anos ou multa, a delegacia de polícia lavrará Termo
Circunstanciado de Ocorrência (TCO) em substituição ao inquérito policial.

43. Recebido em Cartório, o TCO deverá ser protocolizado, registrado e autuado,


fisicamente e no SADP, na classe Notícia-Crime – NC.

44. Após, o Cartório Eleitoral certificará os antecedentes criminais do suposto infrator,


atualizando o SADP por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

45. As informações sobre antecedentes criminais serão obtidas:


I. na Justiça Eleitoral;
II. na Justiça Federal, junto ao Ofício Distribuidor;
III. na Justiça do Distrito Federal, junto ao Ofício do Distribuidor Criminal ou às
Varas de Execuções Penais; e
IV. no Instituto de Identificação do Distrito Federal.

46. Em seguida, será aberta vista dos autos ao MPE, a fim de que o órgão ministerial
requeira as providências que entender cabíveis, inclusive a designação de audiência
para a propositura de transação penal ou de suspensão condicional do processo.

47. Restituídos pelo MPE, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral.

48. Ato contínuo, poderá ser marcada audiência para:


I. apresentação de proposta de transação penal ou de suspensão condicional do
processo; e
II. em caso da não aceitação da proposta, interrogatório do autor do fato.

255
49. Havendo homologação da proposta de transação penal ou de suspensão
condicional do processo, deverá ser observado o regramento previsto no Capítulo II.

50. Não aceita ou não homologada a proposta de transação penal ou de suspensão


condicional do processo, ou revogado o benefício, o processo seguirá em seus
ulteriores termos, nos moldes previstos nos artigos 355 e seguintes do Código
Eleitoral.

Seção III
DO INQUÉRITO POLICIAL

Subseção I
DO TRÂMITE DO INQUÉRITO

51. O inquérito policial é procedimento que tem o objetivo de reunir elementos


necessários para a elucidação de fato considerado ilícito e de sua autoria.

51.1. O inquérito policial não é processo, mas sim peça instrutória, preparatória, de
cunho informativo, destinada a fornecer à acusação elementos que possibilitem a
propositura da ação penal.

51.1.1. A ação penal se inicia com o recebimento da denúncia pela autoridade


judiciária.

52. O inquérito policial será iniciado:


a) de ofício pela autoridade policial;
b) mediante requisição do Juiz Eleitoral ou do MPE; ou
c) a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-
lo261.

53. Recebido em Cartório, o inquérito policial será protocolizado, registrado e autuado,


fisicamente e no SADP.

54. O Cartório deverá comunicar a CRE-DF acerca da instauração de inquéritos


policiais.

55. O Cartório manterá rigoroso controle do andamento dos inquéritos, informando ao


Juiz Eleitoral eventual excesso de prazo, inclusive dos que estiverem com vista ao MPE.

56. O sigilo dentro do inquérito policial ocorrerá apenas quando houver determinação
da autoridade policial nesse sentido262.

261
CPP, artigo 5º
262
CPP, artigo 20

256
56.1. Na intimação de indiciado representado por advogado por meio do DJE, o Juiz
Eleitoral verificará a necessidade de manter o sigilo quanto ao nome do indiciado.

56.2. Caso tenha sido decretado o sigilo, deverá ser assinalada no SADP, a opção
“SEGREDO DE JUSTIÇA”.

56.2.1. Caso o sigilo não tenha sido registrado oportunamente, não há necessidade de
despacho judicial para a retificação da autuação.

57. Após, o Cartório verificará se há indiciado preso e, caso positivo, anotará a situação
na capa dos autos e no SADP.

58. Havendo indiciado preso ou solicitação de diligências pela autoridade policial, os


autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral.

59. Os inquéritos policiais serão encaminhados, independentemente de prévio


despacho, ao representante do MPE e, após manifestação deste, serão conclusos ao
Juiz.

60. Se requerida dilação de prazo, pela autoridade policial, o Cartório fará vista dos
autos ao MPE independentemente de despacho do Juiz Eleitoral.

60.1. Após o retorno, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral.

Subseção II
DA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO

61. Os autos de inquérito concluído e sem incidentes serão encaminhados ao


representante do MPE, que poderá:
a) requerer novas diligências;
b) oficiar, de forma fundamentada, pelo arquivamento do inquérito policial;
c) oferecer denúncia com ou sem proposta de suspensão condicional do
processo; ou
d) apresentar proposta de transação penal.

62. Restituídos pelo MPE, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral.

63. Caso tenha sido solicitado o arquivamento, o Juiz Eleitoral poderá:


a) acolher o pedido e determinar o arquivamento dos autos, hipótese em que o
Cartório:
I. cientificará o MPE e o indiciado acerca da decisão;
II. caso determinado pelo Juiz Eleitoral, publicará a decisão;
III. comunicará o fato à CRE-DF e ao INI; e
IV. arquivará os autos após a adoção das providências cabíveis; ou

257
b) considerar improcedentes as razões invocadas pelo MPE para o
arquivamento do inquérito e determinar a remessa dos autos à Procuradoria
Regional Eleitoral263.

63.1. Todas essas movimentações deverão ser registradas no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.

64. Caso tenha sido oferecida denúncia e/ou solicitada a designação de audiência para
a apresentação de proposta de suspensão condicional do processo ou de transação
penal, serão adotadas as providências previstas:
a) nos itens 7 a 15, 16 a 20 e/ou 21 a 24; e/ou
b) no Capítulo IV, conforme a hipótese.

Capítulo IV
DA AÇÃO PENAL
Seção I
DA DENÚNCIA

65. Os inquéritos concluídos sem incidentes seguirão o rito previsto nos itens 61 a 64.

66. Apresentada a denúncia, esta será protocolizada, registrada e autuada na classe


Ação Penal – AP.

66.1. Após a conclusão do inquérito, o MPE também poderá apresentar proposta de


suspensão condicional do processo ou de transação penal, hipóteses em que deverá
ser observado o disposto no Capítulo II.

67. A denúncia será a peça inicial do processo, juntando-se a ela os autos:


a) do inquérito policial; ou
b) da notícia-crime, conforme o caso.

68. O Cartório Eleitoral deverá comunicar a CRE-DF acerca do recebimento da


denúncia.

69. Caso não seja recebida a denúncia, o Cartório:


I. providenciará a intimação do MPE; e
II. aguardará o prazo de 03 dias para a interposição de recurso em sentido
estrito.

70. Transcorrido o prazo in albis, os autos serão arquivados.

263
CPP, artigo 28

258
71. Caso haja a interposição de recurso, o Cartório deverá observar o disposto nos
itens 112 a 125.

Seção II
DA CITAÇÃO

72. A citação do réu far-se-á, em regra, por meio de mandado, do qual constarão264:
I. o nome do Juiz Eleitoral;
II. o nome do querelante, nas ações iniciadas por queixa;
III. o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;
IV. a residência do réu, se for conhecida;
V. o fim para que é feita a citação;
VI. o Juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;
VII. a subscrição do Chefe de Cartório; e
VIII. a rubrica do Juiz Eleitoral.

72.1. A expedição do mandado de citação será registrada no SADP, por meio da


fase/função “Registrar Informações Complementares”.

73. Sendo verificado que o réu se oculta para não ser citado, a ocorrência será
certificada para fins de citação por hora certa, conforme previsto nos itens 197 e 199
do Módulo XXVII.

74. Se o réu estiver em circunscrição diversa, a citação deverá ser realizada por meio
de carta precatória, conforme regramento previsto no Módulo XXX.

74.1. A expedição e o cumprimento de cartas precatórias pelo Juízo observará o


disposto no Módulo XXX.

74.2. A expedição e a tramitação da carta precatória citatória deverão ser registradas


no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

75. A citação de militar deverá ser realizada por meio de ofício, por intermédio do
chefe do respectivo serviço.

75.1. Esta prática decorre da tradição de hierarquia e disciplina a que os militares estão
vinculados.

76. Os réus presos deverão ser citados pessoalmente.

77. Se o acusado, citado, não apresentar defesa no prazo legal ou não constituir
defensor, o Cartório:
I. certificará o fato; e

264
CPP, artigo 352

259
II. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral, para nomeação de defensor dativo
para oferecer a resposta.

77.1. A lavratura da certidão deverá ser registrada no SADP, por meio da fase/função
“Registrar Informações Complementares”.

78. Frustrada a citação por meio de mandado ou de carta precatória, o Cartório:


I. certificará o fato nos autos;
II. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral; e
III. caso determinado pelo magistrado, providenciará a expedição de edital com
o prazo de 15 dias.

78.1.1. A lavratura da certidão e a expedição do edital deverão ser registradas no


SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

78.2. Serão indicados no edital de citação:


I. o nome do Juiz Eleitoral que a determinar;
II. o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos;
III. a residência e a profissão do réu, se constarem do processo;
IV. o fim para que é feita a citação;
V. o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer; e
VI. o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa.

78.3. O edital será fixado à porta do Cartório Eleitoral e publicado no DJE.

78.3.1. A publicação e a afixação do edital deverão ser certificadas nos autos e


registradas no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

Seção III
DAS INTIMAÇÕES

79. As regras válidas para as citações serão aplicáveis, no que couber, às intimações de
acusados, testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de
qualquer ato processual.

80. Se o acusado estiver representado por advogado, a intimação será feita por meio
do DJE.

81. Se não houver advogado constituído, a intimação poderá ser por AR ou por
mandado, considerando:
I. se o endereço é ou não abrangido pela entrega dos correios; e
II. os custos de cada uma das diligências.

82. A intimação de advogados e assistentes será realizada por meio de publicação no


DJE, devendo sempre constar o nome do acusado, sob pena de nulidade.

260
83. A intimação do MPE e a do defensor nomeado serão pessoais, com remessa dos
autos265.

84. Tratando-se de denúncia contra funcionário público, o dia designado para seu
comparecimento em juízo será notificado:
I. ao denunciado; e
II. ao chefe do respectivo Órgão, salvo se o servidor estiver afastado.

84.1. A expedição da notificação deverá ser registrada no SADP, por meio da


fase/função “Registrar Informações Complementares”.

85. O comparecimento de réus presos em juízo será requisitado ao diretor do presídio


ou penitenciária.

85.1. A requisição deverá ser registrada no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.

86. Se o acusado, intimado pessoalmente, deixar de comparecer sem motivo


justificado ou mudar de residência sem comunicar o novo endereço ao Juízo, o
Cartório certificará o fato nos autos, a fim de dar início ao seguimento do processo
sem a sua presença.

Seção IV
DOS PRAZOS

87. Aplicam-se as disposições constantes dos itens 66 a 78 do Módulo XXVII aos prazos
processuais penais, com a observância de que estes, ao contrário daqueles, correrão
da intimação266, e não da juntada aos autos do AR, mandado ou precatória.

88. O prazo para defesa do réu citado por edital começará a fluir a partir do
comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído, oportunidade em
que lhe será entregue cópia de todo o processo.

88.1. O fato deverá ser registrado no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.

89. Enquanto não comparecer o acusado citado por edital ou o defensor respectivo,
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional267.

89.1. A suspensão e seus motivos deverão ser registrados no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.

265
CPP, artigo 370, § 4º
266
CPP, artigo 798, § 5º / Súmula nº 710 do STF
267
CPP, artigo 366

261
90. Segundo entendimento jurisprudencial, no caso de intimação do réu e de seu
defensor dos termos da sentença, o prazo recursal fluirá da última intimação268.

90.1. Assim, para a certificação do transcurso do prazo recursal in albis (caso aplicável),
deverá ser considerado como dia inicial do prazo aquele em que foi concluída a última
intimação.

90.1.1. A certidão de transcurso do prazo deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.

90.2. Não há previsão, na legislação eleitoral ou processual penal, para a contagem do


prazo a partir da última intimação ou citação em virtude de haver mais de um réu com
defensores diversos.

Seção V
DA SENTENÇA

91. Ao receber os autos do processo com sentença, o Cartório observará o disposto


nos itens 212 a 215 do Módulo XXVII.

Seção VI
DA INTIMAÇÃO DA SENTENÇA

92. A intimação da sentença será realizada na forma prevista nos artigos 390 a 392 do
CPP.

93. Serão intimados da sentença:


I. o réu e seu procurador, a fim de possibilitar a ampla defesa; e
II. o Promotor Eleitoral, de forma pessoal, com vista dos autos.

93.1. A expedição do mandado de intimação e a vista dos autos deverão ser


registradas no SADP por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

94. Todas as intimações são imprescindíveis, mesmo no caso de sentença criminal


absolutória.

95. No caso de sentença condenatória, o Cartório verificará se foi concedido ou


negado o direito de o réu recorrer em liberdade.

95.1. Caso negativo, o Cartório expedirá, além do mandado de intimação da sentença,


o de prisão.

268
STJ, HC nº 98.644/BA, de 27/05/2008

262
95.1.1. A expedição do mandado de prisão deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.

96. Caso o réu não seja encontrado, o Cartório:


I. conferirá se o oficial de justiça diligenciou em todos os endereços informados
do processo;
II. certificará o fato nos autos; e
III. procederá à intimação por meio de edital.

96.1.1. A lavratura da certidão e a expedição do edital deverão ser registradas no


SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

97. O edital conterá o inteiro teor da sentença e terá o prazo de:


a) 90 dias, se a pena privativa de liberdade for igual ou superior a 01 ano; ou
b) 60 dias, nos demais casos.

98. Nas hipóteses de intimação por meio de edital, o prazo para a apelação fluirá após
o término daquele fixado no edital, salvo se, no curso deste, a intimação se realizar por
qualquer outra forma.

98.1. Assim, o Cartório deverá certificar o término:


I. do prazo do edital (vide item 97); e
II. do prazo processual aberto pelo edital269.

Seção VII
DOS RECURSOS
Subseção I
DOS RECURSOS EM GERAL

99. Apresentado recurso, o Cartório providenciará:


I. a protocolização e o registro da peça no SADP;
II. a juntada física do recurso aos autos;
III. o registro da juntada no SADP, por meio da função “Registrar Recurso Zona”;
e
IV. a conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral.

100. Tratando-se de embargos de declaração, o registro da decisão do Juiz Eleitoral no


SADP deverá ser realizado no protocolo relativo ao recurso e não no protocolo do
processo.

101. Quando houver mais de um autor ou réu nos mesmos autos e não for
apresentado recurso por todos eles, será necessária a formação de autos

269
CPC, artigo 392, §1º

263
suplementares para a continuidade da execução em relação àqueles que não
recorreram (vide itens 53 e 54 do Módulo XXVII).

Subseção II
DO RECURSO CRIMINAL

102. É cabível recurso criminal das decisões finais condenatórias e absolutórias, no


prazo de 10 dias.

103. A competência para apreciação dos recursos criminais é do TRE-DF270.

104. Apresentado recurso, o Cartório providenciará:


I. a protocolização e o registro da peça, acompanhada das respectivas razões,
no SADP;
II. a juntada física do recurso aos autos, de ofício271;
III. o registro da juntada no SADP, por meio da função “Registrar Recurso Zona”;
e
IV. a conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral272.

105. Ato contínuo, o apelado será intimado para oferecer as contrarrazões em até 10
dias.

105.1. O Código Eleitoral é silente quanto ao prazo para a apresentação das


contrarrazões.

105.1.1. Em consulta jurisprudencial, até a edição da atualização deste Manual, não


foram encontradas decisões acerca do tema.

105.1.2. Segundo José Jairo Gomes273 e Marcos Ramayana274, o citado prazo é de 10


dias.

106. A intimação será realizada:


a) por meio do DJE, caso o apelado esteja representado por advogado; ou
b) de forma pessoal, com vista dos autos, caso se trate do MPE.

106.1. A intimação deverá ser certificada nos autos e registrada no SADP por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.

107. Caso a defesa, regularmente intimada, não apresente contrarrazões, o Cartório:


I. prestará informações acerca da não apresentação das contrarrazões; e
II. fará a conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral para:

270
CE, artigo 362
271
CE, artigo 266, caput
272
CPP, artigo 587
273
Recursos Eleitorais, 2º Edição, 2016, página 274
274
Direito Eleitoral, 9ª Edição, página 669

264
a) determinação de intimação do réu para nomear outro advogado, sob
pena de nomeação de defensor dativo; ou
b) se o defensor já era dativo, nomeação de outro para apresentar as
contrarrazões.

107.1. O Cartório deverá certificar as ocorrências previstas neste item nos autos e
registrá-las no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

108. Apresentadas as contrarrazões, o Cartório as juntará aos autos e realizará as


anotações necessárias no SADP.

109. Havendo assistente de acusação habilitado, esse será intimado para arrazoar, no
prazo de 03 dias, após tê-lo feito o representante do MPE275.

110. Adotadas as providências supra, o Cartório fará rigorosa conferência dos autos,
verificando se:
I. há pendências a serem solucionadas;
II. as folhas estão devidamente numeradas;
III. constam dos autos os termos necessários (juntada, remessa, recebimento,
vista, conclusão etc);
IV. os referidos termos estão devidamente preenchidos e subscritos; e
V. o SADP está atualizado de acordo com a movimentação processual que os
autos receberam fisicamente.

111. Após a lavratura da certidão de conferência dos autos, o Cartório providenciará a


remessa do feito ao TRE-DF.

111.1. Não é necessária a expedição de ofício para o encaminhamento dos autos.

Subseção III
DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

112. Em face da aplicação subsidiária do CPP ao processo eleitoral, caberá a


interposição de recurso em sentido estrito, no prazo de 05 dias, nas hipóteses
previstas no rol taxativo constante do artigo 581 daquele diploma legal.

113. Em regra, o recurso em sentido estrito é encaminhado ao TRE-DF por meio de


instrumento (cópia das principais peças do processo), devendo a parte indicar as peças
das quais pretende o traslado.

113.1. É obrigatório constar:


I. a decisão recorrida;

275
CPP, artigo 600, § 1º

265
II. a certidão de sua intimação; e
III. o termo de interposição.

113.2. Também é importante constar cópia da procuração dos advogados


constituídos276.

113.3. O Cartório deverá providenciar o traslado no prazo de 05 dias.

113.3.1. Deverão ser certificados nos autos e registrados no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”:
I. a extração das cópias; e
II. o prazo em que esta foi realizada.

113.4. Formado o instrumento, será aberta vista dos autos ao recorrente para a sua
apresentação, no prazo de 02 dias.

113.4.1. A abertura de vista dos autos deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.

113.5. Se o recurso subir por instrumento, a petição será protocolizada e registrada no


SADP como um documento.

113.5.1. Deverá ser anotado, no campo “Registro de Informações Complementares”:


I. que se trata de um recurso em sentido estrito; e
II. o número do processo principal.

113.5.2. O instrumento não deverá ser registrado no SADP por meio da fase/função
“Registrar Recurso”.

114. As hipóteses em que o recurso subirá nos próprios autos encontram-se previstas
no artigo 583 do CPP.

114.1. Se o recurso subir nos autos principais, a petição será protocolizada e registrada
no SADP como recurso vinculado a estes.

114.1.1. Nesta hipótese, a juntada do recurso aos autos deverá ser registrada no SADP
por meio da fase/função “Registrar Recurso Zona”.

115. Interposto o recurso, os autos serão conclusos para juízo de admissibilidade.

116. De posse dos autos, o Juiz Eleitoral:


a) denegará o recurso, hipótese em que deverá ser observado o disposto no
artigo 639, inciso I, do CPP; ou
b) receberá o recurso e determinará a intimação:

276
Súmula nº 115 do STJ

266
I. do recorrente para apresentação das razões do recurso (vide item
117); e
II. do recorrido para apresentação das contrarrazões (vide item 120).

117. O recorrente deverá oferecer as razões do recurso no prazo de 02 dias contados:


I. da interposição do recurso; ou
II. do dia em que o Chefe de Cartório fizer vista dos autos ao recorrente após a
realização do traslado.

118. Caso ocorra o transcurso do prazo sem a apresentação das razões, o fato deverá
ser certificado nos autos e registrado no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.

119. Apresentadas as razões, estas serão protocolizadas, registradas e juntadas aos


autos.

120. O Cartório deverá intimar o recorrido para contrarrazoar o recurso tão logo:
a) sejam apresentadas as razões; ou
b) seja certificado o transcurso in albis do prazo para a apresentação das
razões.

120.1. O prazo para apresentação das contrarrazões é de 02 dias.

120.2. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.

120.3. A intimação do recorrido para contrarrazoar deverá ser:


I. certificada nos autos; e
II. registrada no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

121. Transcorrido o prazo para contrarrazões, o Cartório Eleitoral:


a) protocolizará, registrará e juntará aos autos as contrarrazões apresentadas;
ou
b) certificará o transcurso in albis do prazo para apresentação de contrarrazões:
I. nos autos; ou
II. no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

122. Após, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral, que:


I. exercerá, querendo, o juízo de retratação; e/ou
II. mandará instruir o recurso com os demais documentos que julgar
pertinentes.

123. Caso o Juiz Eleitoral reforme a decisão, as partes serão intimadas.

267
123.1. Se as partes estiverem representadas por advogado, a intimação deverá ser
realizada por meio do DJE.

123.2. A intimação deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.

124. A parte recorrida poderá, se for o caso, recorrer da decisão reformadora por
simples petição, que também será protocolizada, registrada e juntada aos autos.

124.1. Nessa hipótese, os autos subirão independentemente de novos arrazoados.

125. Dentro de 05 dias, contados da determinação do Juiz Eleitoral, o Cartório:


I. fará rigorosa conferência dos autos, verificando se:
i. não há pendências a serem solucionadas;
ii. as folhas estão devidamente numeradas;
iii. constam dos autos os termos necessários (juntada, remessa,
recebimento, vista, conclusão etc);
iv. os referidos termos estão devidamente preenchidos e subscritos; e
iv. o SADP está atualizado de acordo com a movimentação processual
que os autos receberam fisicamente;
II. lavrará certidão de conferência dos autos; e
III. providenciará o encaminhamento dos autos ao TRE-DF.

Seção VIII
DO TRÂNSITO EM JULGADO

126. A decisão transita em julgado assim que se esgota o prazo recursal para todas as
partes envolvidas no processo.

126.1. O prazo para a interposição de recurso contra decisão condenatória ou


absolutória é de 10 dias.

126.1.1. Transcorrido o prazo, a sentença transitará em julgado277.

126.1.2. A ocorrência do trânsito em julgado deverá ser:


I. certificada nos autos; e
II. registrada no SADP, por meio da fase/função “Registrar Trânsito em
Julgado”.

127. Não havendo interposição de recurso da sentença, o Cartório adotará as


providências determinadas pelo Juiz Eleitoral, a exemplo de:
I. registro do código de ASE 337, motivo/forma 8, no histórico da inscrição
eleitoral do condenado278:

277
CE, artigo 362
278
CRFB, artigo 15, inciso III

268
a) pela própria serventia; ou
b) se o condenado for eleitor de outra Zona Eleitoral, mediante
comunicação ao Juízo competente;
II. comunicação à CRE-DF para fins de inclusão no sistema de antecedentes;
III. cálculo da multa eventualmente aplicada e notificação do réu para
pagamento no prazo de 30 dias; e/ou
IV. expedição da guia de execução, dentre outras.

128. Se houver habeas corpus ou recurso em sentido estrito pendente de julgamento


na instância superior, o Cartório:
I. realizará consulta sobre o andamento destes;
II. certificará a pendência nos autos; e
III. oficiará ao TRE-DF com cópia da sentença e da certidão de trânsito em
julgado.

129. Extinta a punibilidade, pelo cumprimento da pena ou por outra causa legal, e
transcorrido o prazo de 05 dias279, o Cartório Eleitoral:
I. certificará o trânsito em julgado da sentença;
II. comunicará o fato à CRE-DF;
III. providenciará o registro dos códigos de ASE 337 e 540 no histórico da
inscrição eleitoral do interessado280:
a) pela própria serventia; ou
b) se o interessado for eleitor de outra Zona Eleitoral, mediante
comunicação ao Juízo competente; e
IV. adotará as demais providências determinadas pelo Juiz Eleitoral.

129.1. Todos os atos executados pelo Cartório para cumprimento das determinações
contidas na sentença deverão ser:
I. documentados ou certificados nos autos; e
II. registrados no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

Seção IX
DA EXECUÇÃO DA SENTENÇA
Subseção I
DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA

130. Quando a sentença de mérito for absolutória, será expedido mandado de soltura
do réu, se ainda estiver preso.

130.1. A expedição do mandado deverá ser registrada no SADP por meio da


fase/função “Registrar Informações Complementares”.

279
CPP, artigo 586
280
CRFB, artigo 15, inciso III

269
Subseção II
DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

131. Se houver aplicação de medida de segurança, deverá ser providenciada a


expedição de guia de internação para a sua execução281.

131.1. A expedição da guia deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função
“Registrar Informações Complementares”.

Subseção III
DA PERDA DE BENS EM FAVOR DA UNIÃO

132. Caso haja a perda de bens em favor da União282, serão seguidas as disposições
constantes dos artigos 118 e seguintes do CPP, dentre elas:
I. os bens que forem instrumentos do crime serão:
a) inutilizados pelo Cartório Eleitoral; ou
b) recolhidos a museu criminal, se houver interesse na conservação dos
objetos283; e
II. os bens adquiridos com os proventos do delito serão levados a leilão, nos
termos dos artigos 122 e 133 do CPP (vide item 132.1).

132.1. Na hipótese prevista no inciso II deste item, o Juiz Eleitoral determinará a


avaliação e a venda dos bens em leilão público.

132.1.1. As regras a serem seguidas para efetuar o leilão são as constantes do CPC, em
especial as dos artigos 886 e seguintes, cabendo ao Juiz Eleitoral designar data para a
sua realização.

132.1.2. Após a venda dos bens em leilão, os valores arrecadados serão recolhidos em
favor do Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN.

Subseção IV
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

133. Nos casos de sentença ou acórdão condenatório, se o réu já estiver preso, o Juiz
Eleitoral determinará a expedição de guia de recolhimento do réu para a execução da
pena, que obedecerá aos requisitos do artigo 106 da Lei de Execução Penal.

133.1. A guia de recolhimento será assinada pela autoridade administrativa incumbida


da execução da pena, a quem caberá dar ciência de seus termos ao condenado.

133.2. A expedição da guia de recolhimento deverá ser registrada no SADP, por meio
da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

281
LEP, artigo 173
282
CP, artigo 91, inciso II
283
CPP, artigo 124

270
133.3. O recibo será juntado aos autos, realizando-se os registros necessários no SADP,
por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

134. Ocorrendo prisão em flagrante, deverá ser observado o previsto nos itens 25 a 27.

135. Quando houver determinação para a prisão do réu, serão adotadas as


providências previstas nos itens 135.1 ou 135.2, conforme a hipótese.

135.1. Caso o réu se encontre na circunscrição do Juízo Eleitoral, deverá ser expedido
mandado dirigido à autoridade policial competente para o cumprimento, dele
constando:
I. a indicação da pessoa a ser presa, por meio de:
a) seu nome;
b) sua alcunha; ou
c) seus sinais característicos;
II. a infração penal que tiver motivado a prisão; e
III. o valor da fiança arbitrada, quando a infração for afiançável.

135.1.1. A expedição do mandado de prisão deverá ser registrada:


I. no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”;
e
II. no Banco Nacional de Consulta aos mandados de prisão, gerido pelo CNJ.

135.2. Quando o réu estiver em território sujeito à jurisdição de outro Juízo Eleitoral,
deverá ser expedida carta precatória para o cumprimento do ato.

135.2.1. A expedição da carta precatória deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.

136. Quando se tratar de pena restritiva de liberdade, não será necessária a autuação
de processo da classe Execução Penal – EP pelo Cartório Eleitoral, haja vista que a
execução das penas privativas de liberdade será realizada no juízo de execuções penais
da Justiça Comum.

136.1. A documentação a ser encaminhada para ao juízo de execuções penais deverá


conter, dentre outros documentos, cópias autenticadas:
I. da guia de recolhimento;
II. da denúncia;
III. da sentença ou acórdão, se houver;
IV. da certidão de trânsito em julgado;
V. do laudo psiquiátrico, se houver incidente de insanidade;
VI. da certidão de lançamento no rol de culpados;
VII. dos documentos que importem à contagem da pena (prisões); e
VIII. da procuração ou do termo de nomeação do defensor.

271
137. Os autos do processo crime permanecerão no Juízo responsável pela condenação,
a fim de possibilitar a instrução de eventuais:
a) habeas corpus;
b) pedidos de revisão criminal; ou
c) cobranças de custas e de penas de multa, dentre outros.

138. Após o cumprimento de eventual ordem de prisão, os autos de execução penal


serão expedidos para a vara competente.

138.1. A execução das penas privativas de liberdade será realizada no juízo de


execuções penais da Justiça Comum284.

Subseção V
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO

139. A execução da pena restritiva de direito se dará no juízo da condenação.

140. Apesar de não haver determinação na LEP, deverá ser expedida guia de execução
para o cumprimento das penas restritivas de direito.

141. O Cartório Eleitoral registrará e autuará o processo de execução criminal, na


classe Execução Penal – EP.

141.1. O processo deverá ser instruído com cópias autenticadas:


I. da guia de recolhimento;
II. da denúncia;
III. da sentença ou acórdão, se houver;
IV. da certidão de trânsito em julgado;
V. do laudo psiquiátrico, se houver incidente de insanidade;
VI. da certidão de lançamento no rol de culpados;
VII. dos documentos que importem à contagem da pena (prisões); e
VIII. da procuração do defensor ou do termo de nomeação.

142. No caso de prestação de serviços, deverão ser designados dia e hora para a
realização de audiência admonitória.

142.1. Tal audiência tem como objetivo:


I. questionar o condenado acerca da aceitação ou não do benefício;
II. informá-lo das condições de aceitação; e
III. adverti-lo das causas de revogação.

143. Aceito o benefício, será expedido ofício à instituição beneficiada encaminhando o


apenado.

284
Súmula nº 192 do STJ

272
143.1. O Cartório Eleitoral deverá:
I. juntar cópia do ofício aos autos; e
II. registrar a expedição do ofício no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.

144. O acompanhamento do cumprimento da pena será realizado pela própria


entidade em que os serviços estão sendo prestados.

144.1. Nesta hipótese, o Cartório deverá:


I. juntar aos autos os relatórios circunstanciados das atividades do condenado
encaminhados mensalmente pela entidade beneficiada; e
II. registrar as informações referentes ao andamento do cumprimento da pena
no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

144.2. Se for comunicado o descumprimento da pena ou verificado o seu


cumprimento, o Cartório:
I. certificará o fato nos autos;
II. abrirá vistas ao MPE; e
III. tão logo restituído pelo Parquet, fará conclusão do feito ao Juiz Eleitoral.

Subseção VI
DA PENA PECUNIÁRIA

145. Se a condenação for somente a pena de multa, o Cartório:


I. calculará os valores fixados na sentença e os atualizará285;
II. juntará os cálculos aos autos; e
III. notificará o réu para efetuar o pagamento no prazo de 30 dias.

145.1. A adoção das providências previstas neste item deverá ser registrada no SADP,
por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

146. Caso a condição imposta seja o pagamento de valores a uma instituição, o


recolhimento deverá ser realizado por meio:
a) da abertura de conta vinculada ao Cartório Eleitoral; ou
b) de depósito efetuado diretamente na conta indicada pela instituição
beneficiada, com posterior comprovação ao Cartório Eleitoral.

Seção X
DO HABEAS CORPUS

147. Havendo prisão ou ameaça de violência ou coação na liberdade de locomoção,


por ilegalidade ou abuso de poder286, poderá ser pedido habeas corpus, que será:
I. protocolizado;

285
CP, artigo 49, § 2º
286
CRFB, artigo 5º, inciso LXVIII

273
II. registrado no SADP; e
III. levado à apreciação do Juiz Eleitoral.

147.1. A autuação do habeas corpus só deverá ser realizada após o retorno do pedido
despachado.

148. Caso o Juiz Eleitoral defira o habeas corpus liminarmente, o Cartório Eleitoral,
dentre outras providências determinadas na decisão:
I. expedirá alvará de soltura;
II. intimará a autoridade coatora, que deverá ser ouvida em 24 horas;
III. lavrará certidão circunstanciada acerca da realização das diligências
excepcionalmente determinadas pelo Juiz Eleitoral por serem consideradas
imprescindíveis para a elucidação dos fatos; e
IV. fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral.

148.1. A decisão do Juiz Eleitoral deverá ser registrada no SADP por meio da
fase/função “Registrar despacho/decisão Zona”.

148.2. Deverão ser registrados no SADP, por meio da fase/função “Registrar


Informações Complementares”:
I. a expedição do alvará;
II. a intimação da autoridade coatora;
III. a realização das diligências; e
IV. o cumprimento das demais determinações constantes da decisão judicial.

149. Se o habeas corpus tiver sido impetrado no próprio Tribunal e for recebido ofício
ou comunicação eletrônica solicitando informações ao Juiz Eleitoral, o Cartório deverá:
I. protocolizar e registrar a solicitação no SADP, caso pendente tal providência;
e
II. contatar imediatamente o Juiz Eleitoral e repassar o documento ao
magistrado.

149.1. As informações prestadas pelo Juiz Eleitoral deverão serão remetidas à


Secretaria Judiciária do TRE-DF.

149.1.1. A seguir, o Cartório deverá:


I. arquivar o ofício ou a comunicação eletrônica em pasta própria do Cartório
Eleitoral; e
II. realizar os registros necessários no SADP quanto à resposta e ao
arquivamento.

274
Seção XI
DA LIBERDADE PROVISÓRIA

150. A liberdade provisória por crimes inafiançáveis será concedida pelo Juiz Eleitoral,
após a manifestação do MPE287.

151. Tratando-se de crime afiançável, a fiança e a consequente liberdade provisória:


a) poderão ser concedidas pela autoridade policial se a pena privativa de
liberdade máxima não for superior a 04 anos288; e
b) só poderão ser concedidas pelo Juiz Eleitoral289 quando a pena privativa de
liberdade máxima não for superior a 04 anos.

152. Concedida a liberdade provisória, será lavrado alvará de soltura.

152.1. Caso seja exigida a prestação de fiança, o alvará será lavrado após o seu
adimplemento.

152.1.1. O adimplemento da fiança observará o disposto na Seção XII.

152.1.2. A expedição do alvará de soltura e o adimplemento da fiança deverão ser:


I. certificados nos autos; e
II. registrados no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

153. Quando a liberdade provisória estiver vinculada ao cumprimento de obrigações,


deverá ser lavrado termo de compromisso.

153.1. Serão extraídas 02 vias do referido termo:


I. uma para entrega ao acusado; e
II. outra para juntada aos autos.

153.1.1. O Cartório deverá colher a assinatura do acusado na via do termo que será
juntada aos autos.

153.1.2. A entrega e a juntada do termo aos autos deverão ser registradas no SADP por
meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

Seção XII
DA FIANÇA

154. Se o inquérito policial estiver em andamento, a fiança deverá ser prestada


perante o delegado, ainda que tenha sido concedida pelo Juiz Eleitoral.

287
CPP, artigo 310
288
CPP, artigo 322, caput
289
CPP, artigo 322, parágrafo único

275
154.1. Para tanto, os documentos pertinentes deverão ser à autoridade policial.

155. Nos casos em que for estabelecida durante o processo-crime, a fiança será
tomada por meio de termo lavrado pelo Cartório Eleitoral290 e assinado:
I. pelo acusado;
II. pela pessoa que prestar a fiança291; e
III. pelo Juiz Eleitoral.

155.1. Deverão constar do termo o valor ou o objeto entregue, com suas


especificações.

155.2. O Cartório deverá juntar o termo ao processo ou extrair certidão para juntada
aos autos.

155.2.1. A adoção dessas providências deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.

155.3. O acusado e a pessoa que prestar a fiança serão notificados a respeito das
obrigações e sanções legais por meio do próprio termo de fiança ou de termo em
separado.

156. As fianças prestadas em dinheiro deverão ser recolhidas em conta vinculada ao


Juízo Eleitoral.

156.1. Deverá ser aberta uma conta bancária para cada réu ou indiciado.

157. O Chefe de Cartório lavrará termo de reforço de fiança sempre que assim for
determinado pelo Juiz Eleitoral, em razão de:
a) insuficiência do valor fixado;
b) depreciação dos bens; ou
c) inovação na classificação do delito292.

157.1. A decisão do Juiz Eleitoral deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar despacho/decisão Zona”.

158. No caso de perda da fiança:


I. serão deduzidos os encargos processuais e as custas; e
II. o saldo será recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN.

159. Tratando-se de quebramento de fiança:


I. serão deduzidos os encargos processuais e as custas;

290
CPP, artigo 327
291
CPP, artigo 329
292
CPP, artigo 340

276
II. metade do saldo será recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN;
e
III. o restante será devolvido a quem prestou a fiança.

160. Se o réu for condenado e não tiver ocorrido perda nem quebra de fiança:
I. serão deduzidos os encargos processuais e as custas; e
II. o saldo será devolvido a quem prestou a fiança.

161. Deverão ser certificados nos autos e registrados no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”:
I. o cálculo do saldo da fiança prestada;
II. a destinação dada ao seu valor total; e
III. a devolução da fiança, mediante recibo nos autos.

Seção XIII
DA APREENSÃO DE OBJETOS

162. Os materiais apresentados que, por sua natureza ou por seu volume, não possam
ser juntados aos autos, deverão ser identificados com etiqueta contendo:
I. o número do processo;
II. os nomes das partes;
III. o número do inquérito, se for o caso; e
IV. a delegacia de origem, caso aplicável.

162.1. A identificação dos materiais e o local onde foram armazenados deverão ser:
I. anotados na capa dos autos;
II. certificados nos autos; e
III. registrados no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.

163. Caso sejam apreendidas armas de fogo, deverá ser observado o disposto na
Resolução-CNJ nº 134/2011.

164. Os bens apreendidos suportarão os efeitos da condenação criminal, conforme


determinação na sentença293.

Seção XIV
DA RESTITUIÇÃO DE OBJETOS

165. A restituição dos bens lícitos apreendidos ao longo de um inquérito ou de um


processo criminal ao proprietário ou a quem tenha legítimo direito, quando possível,
observará o previsto no artigo 118 e seguintes do CPP.

293
CP, artigo 91

277
166. A legislação processual penal é omissa em relação à restituição de bens
apreendidos no curso de processo em que ocorreu suspensão condicional ou
transação penal.

166.1. Nestas hipóteses, caberá ao Juiz Eleitoral avaliar o pedido de restituição dos
bens apreendidos.

Seção XV
DO DEPÓSITO DE VALORES

167. É vedado o recolhimento de valores em Cartório ou secretaria294.

168. Deverão ser depositados em conta vinculada ao Juízo Eleitoral os valores


recolhidos a título de:
a) fiança; ou
b) cumprimento de acordos para a transação penal ou para suspensão
condicional do processo.

168.1. Os depósitos judiciais e extrajudiciais de tributos e contribuições federais


deverão ser realizados na Caixa Econômica Federal295.

168.2. A abertura da conta deverá ser solicitada por meio da expedição de ofício ao
banco.

168.2.1. Nestas hipóteses, o Cartório deverá:


I. juntar aos autos a guia de depósito e cópia do ofício expedido;
II. certificar a abertura da conta vinculada; e
III. registrar a adoção de tais providências no SADP por meio da fase/função
“Registrar Informações Complementares”296.

294
Resolução-CNJ nº 154/2012, artigo 1º
295
Lei nº 9.703/1998
296
CPP, artigo 331

278
Módulo XXIX

DA EXECUÇÃO FISCAL
E DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

279
Módulo XXIX
DA EXECUÇÃO FISCAL E DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Título I
DA EXECUÇÃO FISCAL
Capítulo I
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. A cobrança das multas eleitorais inscritas em Dívida Ativa da União serão feitas por
processo de execução fiscal297, que é regido pela Lei nº 6.830/1980, denominada Lei de
Execução Fiscal – LEF, e, subsidiariamente, pelo CPC.

2. A legitimidade para proposição da execução fiscal é da Procuradoria da Fazenda


Nacional.

3. Mesmo no curso da ação judicial de execução fiscal, o devedor poderá solicitar a


quitação ou a negociação de sua dívida.

3.1. Se o executado pretender realizar o parcelamento do débito, tal intenção deverá


ser registrada nos autos, caso em que a Fazenda será intimada para se manifestar a
respeito.

4. Nas execuções fiscais, é desnecessária a intervenção do MPE298.

5. O valor arrecadado com o pagamento das multas eleitorais inscritas em Dívida Ativa
da União é destinado ao Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
(Fundo Partidário)299 300.

Capítulo II
DA COMPETÊNCIA
6. O processamento e o julgamento de ação de execução fiscal são da competência do
Juízo Eleitoral do domicílio do devedor.

7. A ação envolvendo devedores domiciliados em um mesmo Município, mas em


circunscrições eleitorais diversas deverá ser distribuída entre os Juízos Eleitorais
envolvidos.

297
CE, artigo 367, incisos III e IV
298
Súmula nº 189 do STJ
299
Lei nº 9.096/1995
300
Resolução-TSE nº 21.975/2004, artigo 1º

280
Capítulo III
DA AUTUAÇÃO
8. A autuação dos processos de execução fiscal observará o disposto no Capítulo I do
Módulo XXVII.

9. As partes na execução fiscal são:


I. no pólo ativo, como exequente: a União, representada pela Procuradoria da
Fazenda Nacional – PFN; e
II. no pólo passivo, como executados: os partidos políticos, candidatos,
eleitores ou pessoas jurídicas.

10. Após a autuação na classe Execução Fiscal – EF, o servidor deverá verificar se a
inicial está acompanhada de:
I. certidão da dívida ativa (CDA);
II. relação de codevedores, se for o caso; e
III. cópia (contrafé) para acompanhar a carta ou o mandado de citação.

11. A petição inicial e a Certidão da Divida Ativa poderão constituir um único


documento, preparado, inclusive, por meio eletrônico301.

12. Devidamente autuado, o feito será concluso ao Juiz Eleitoral.

Capítulo IV
DO ARRESTO
13. O arresto de caráter executório é o ato que, anteriormente à citação do executado,
promove a constrição judicial dos bens do devedor para a garantia do crédito da
exequente302.

14. Cabe ao oficial de justiça arrestar os bens:


I. localizados nos endereços constantes do mandado; e
II. quaisquer outros, desde que localizados na circunscrição.

15. Não serão arrestados bens insuscetíveis de constrição judicial por força do artigo
833 do CPC e da Lei nº. 8.009/1990.

16. Arrestados bens sujeitos a registro, deverá ser observado o disposto nos itens 53 a
55.

17. Caso necessário, o arresto poderá ser feito pelo Juiz Eleitoral, por meio do sistema
BacenJud.

301
LEF, artigo 6º, §§ 1º e 2º
302
CPC, artigo 830

281
18. Caso o oficial de justiça, na realização de suas diligências, suspeite que o executado
esteja se ocultando para frustrar a citação e:
I. tenha conhecimento da existência de bens, procederá ao arresto dos que
encontrar.
II. não tenha conhecimento da existência de bens do executado para a
realização do arresto, certificará as diligências realizadas e devolverá o
mandado ao Cartório.

19. Realizados o arresto, a avaliação e o depósito do bem, o oficial de justiça, nos 10


dias seguintes:
I. procurará o executado 02 vezes em dias distintos; e
II. havendo suspeita de ocultação, o citará com hora certa, certificando
pormenorizadamente o ocorrido303.

20. Localizado o executado, o oficial de justiça procederá à sua citação e devolverá o


mandado ao Cartório Eleitoral, acompanhado do auto de arresto.

21. Não localizado o executado, o oficial de justiça lavrará certidão circunstanciada,


relatando ao Juiz Eleitoral todas as diligências realizadas e entregará o mandado ao
Cartório Eleitoral.

22. Se o executado não for localizado por se encontrar em lugar incerto e não sabido
(vide itens 29 e 30), o oficial de justiça fará certidão circunstanciada e procederá a
devolução do mandado ao Cartório.

Capítulo V
DA CITAÇÃO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

23. Caso haja determinação do Juiz Eleitoral, o Cartório citará o executado para, no
prazo de 05 dias:
a) pagar a dívida com os juros, multa de mora e encargos indicados na Certidão
de Dívida Ativa – CDA; ou
b) garantir a execução.

23.1. Se houver litisconsórcio no pólo passivo, o Cartório Eleitoral providenciará a


citação de todos os executados, inclusive daqueles que forem domiciliados em outras
circunscrições eleitorais.

24. A citação deverá ser realizada por meio da expedição de:

303
CPC, artigo 830, §1º

282
a) carta de citação com AR, se a Fazenda Pública não a requerer por outra
forma304;
b) mandado de citação, penhora e avaliação; ou
c) carta precatória, na hipótese prevista no item 23.1, meio pelo qual deverão
ser realizados todos os demais atos relativos à citação.

24.1. É indispensável que sejam anexadas ao mandado, à carta de citação ou à carta


precatória cópias:
I. da petição inicial;
II. da CDA; e
III. do despacho que determinar a citação.

25. Citado o executado, aguardar-se-á o prazo de 05 dias da citação para seu


comparecimento ao Cartório.

25.1. Os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral se, nesse prazo, o executado:
a) efetuar o pagamento ou informar que o realizou;
b) noticiar o parcelamento; ou
c) garantir a execução (vide item 25.1.2).

25.1.1. Nestas hipóteses, o Juiz Eleitoral dará vista ao exequente.

25.1.2. A garantia da dívida pode ser por:


a) depósito em dinheiro;
b) fiança bancária;
c) nomeação de bens à penhora; ou
d) indicação à penhora de bens:
I. oferecidos por terceiros; e
II. aceitos pela Fazenda.

Seção II
DA CITAÇÃO PELO CORREIO

26. A citação por correio considera-se realizada305:


a) na data da entrega da carta no endereço do executado; ou
b) 10 dias após a entrega da carta à agência postal, se a data de entrega for
omitida no AR.
26.1. A expedição e a entrega do mandado de citação, penhora e avaliação deverão ser
certificados nos autos e no SADP.

304
LEF, artigo 8º, inciso I
305
LEF, artigo 8º, inciso II

283
Seção III
DA CITAÇÃO POR MANDADO

27. O oficial de justiça, de posse do mandado, realizará diligências visando à


localização do executado.

27.1. Encontrando-o, o oficial de justiça:


I. citará o executado; e
II. aguardará eventual manifestação pelo prazo de 05 dias.

27.1.1. Transcorrido o prazo de 05 dias sem manifestação do executado, o oficial de


justiça dará prosseguimento aos atos executórios com a realização de diligências para
localizar bens.

27.1.2. Não localizando bens em nome do executado, certificará as diligências


realizadas.

27.2. Não o encontrando, certificará pormenorizadamente as diligências realizadas.

27.2.1. Em caso de suspeita de ocultação, deverá ser realizada a citação por hora certa,
conforme disposto nos itens 197 a 199 do Módulo XXVII.

28. Devolvido o mandado, o Cartório:


I. o juntará aos autos; e
II. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral.

Seção IV
DA CITAÇÃO POR EDITAL

29. A citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas as tentativas de
citação:
I. pelo correio; e
II. por oficial de justiça306.

30. Determinada a citação por edital, o Cartório Eleitoral:


I. expedirá o edital;
II. providenciará sua publicação no DJE e no átrio do Cartório;
III. certificará sua expedição;
IV. juntará cópia do edital nos autos da execução fiscal;
V. aguardará o transcurso:
i. do prazo de 30 dias do edital; e
ii. a seguir, do prazo de 05 dias para manifestação do executado;

306
Súmula nº 414 do STJ

284
VI. certificará nos autos a não manifestação após o decurso do prazo, se for o
caso; e
VII. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral.

Capítulo VI
DA INTIMAÇÃO OU NOTIFICAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA
31. As intimações ou notificações da Fazenda Pública serão pessoais e com a entrega
dos autos307.

Capítulo VII
DA PENHORA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

32. A penhora é o ato preparatório para a expropriação do patrimônio do devedor e


tem por finalidade garantir o pagamento da execução.

33. A penhora se aperfeiçoa mediante a apreensão material, direta ou indireta, de


parcela do patrimônio do devedor.

33.1. A parcela do patrimônio penhorada ficará vinculada ao processo, fixando-se


regime de preferência em favor do credor.

34. Se, adotadas as providências previstas nas Seções II e III deste Capítulo, verificar-se
que inexistem bens penhoráveis, o exequente poderá requerer a suspensão da
execução até que sejam localizados bens do executado308.

34.1. Deferida a suspensão pelo Juiz Eleitoral e decorrido o prazo sem manifestação da
exequente, o Cartório:
I. certificará o transcurso do prazo; e
II. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral, que ordenará o arquivamento dos
autos.

34.2. Quando a exequente informar a localização de bens do executado, os autos serão


desarquivados e dar-se-á prosseguimento à execução309.

34.3. Se tiver decorrido o prazo prescricional da decisão que ordenar o arquivamento,


o Juiz Eleitoral poderá, de ofício, depois de ouvida a Fazenda Nacional, reconhecer a
prescrição intercorrente e declará-la de imediato310.

307
Lei nº 11.033/2004, artigo 20 / LEF, artigo 25
308
LEF, artigo 40
309
LEF, artigo 40, § 3º

285
34.3.1. Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo
por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente311.

Seção II
DA PENHORA POR MANDADO

35. Citado o executado e transcorrido o prazo de 05 dias312, sem manifestação, o oficial


de justiça buscará bens do executado munido:
a) do mandado de penhora e avaliação; ou
b) do mandado de citação, penhora e avaliação.

36. Se forem indicados bens na petição inicial, a penhora recairá sobre eles.

37. Caso não tenham sido indicados bens na petição inicial, o oficial de justiça poderá
penhorar qualquer bem do executado, desde que sejam observados:
I. os bens protegidos pelo artigo 833 do CPC e pela Lei nº 8.009/1990; e
II. as preferências previstas no artigo 11 da LEF.

38. Se, durante as diligências, o executado for encontrado e forem localizados bens
passíveis de penhora, o oficial de justiça providenciará:
I. a constrição e a avaliação dos bens, lavrando o auto de penhora;
II. a nomeação de depositário, que será devidamente identificado e firmará o
respectivo auto de depósito, sob o compromisso de cumprir fielmente o
encargo;
III. a intimação pessoal do executado, dando-lhe ciência de que dispõe do prazo
de 30 dias para oferecimento de embargos;
IV. o registro da constrição, quando se tratar de bem imóvel ou veículo
automotor; e
V. a entrega do mandado, devidamente certificado, e do respectivo auto de
penhora ao Cartório Eleitoral para juntada ao processo.

39. Caso não sejam localizados bens passíveis de penhora, o oficial de justiça lavrará
certidão arrolando aqueles que guarnecem a residência do executado e/ou outros que
houver encontrado313.

39.1. Dessa informação, será dada vista dos autos à exequente.

39.2. Se o executado oferecer resistência à realização da penhora, o oficial de justiça


certificará o fato no mandado para posterior apreciação do Juiz Eleitoral.

310
LEF, artigo 40, § 4º
311
Súmula nº 314 do STJ
312
LEF, artigo 8º
313
CPC, artigo 836, § 1º

286
39.2.1. Caso determinado o arrombamento e autorizada a requisição do auxílio de
força policial para o cumprimento do mandado, a diligência será realizada por 02
oficiais de justiça, que procederão em conformidade ao disposto no artigo 846, §1º, do
CPC.

39.2.2. Encontrados bens, a penhora será realizada conforme previsto nos incisos I a V
do item 38.

40. Quando o executado se recusar a assumir o encargo de depositário, o oficial de


justiça:
a) realizará a penhora e a remoção dos bens, desde que a exequente
disponibilize os meios necessários para o transporte e o acondicionamento dos
bens constritos314; ou
b) caso contrário, arrolará os bens encontrados e informará ao Juiz Eleitoral a
negativa do executado em assumir o encargo de depositário, mediante certidão
circunstanciada.

41. Na hipótese de serem encontrados bens do executado passíveis de penhora, mas


não a pessoa do executado, o oficial de justiça:
I. procederá à penhora dos bens e à sua respectiva avaliação, lavrando o auto
de penhora;
II. de acordo com o entendimento do Juiz Eleitoral:
a) nomeará depositário a pessoa que detém posse; ou
b) recolherá os bens;
III. registrará a constrição, caso aplicável, quando se tratar de bem imóvel ou
veículo automotor;
IV. certificará as diligências realizadas, informando que não localizou o
executado; e
V. devolverá ao Cartório o mandado e o auto de penhora e avaliação (vide item
41.1).

41.1. O Cartório Eleitoral:


I. juntará a documentação aos autos; e
II. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral.

Seção III
DA PENHORA POR TERMO NOS AUTOS

42. Determinada, pelo Juiz Eleitoral, a realização da penhora por termo, o Cartório
Eleitoral:
I. expedirá o termo;
II. intimará o executado para comparecer em Cartório a fim de assumir o
encargo de depositário; e

314
Súmula nº 319 do STJ

287
III. dará ciência ao executado acerca do prazo para oferecimento de embargos à
execução.

43. Se o valor dos bens penhorados for suficiente para a garantia da execução, os
autos aguardarão em Cartório o decurso do prazo de 30 dias para oferecimento de
embargos à execução315.
43.1. No litisconsórcio passivo, o início da contagem do prazo para oferecimento de
embargos (vide Capítulo IX) é individual, ou seja, o prazo é contado para cada um dos
devedores a partir da data em que forem efetivamente intimados da penhora.

44. Não oferecidos embargos à execução no prazo de 30 dias da intimação da penhora,


o Cartório Eleitoral:
I. certificará o decurso do prazo; e
II. fará o processo concluso ao Juiz Eleitoral316.

Seção IV
DA AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO

45. A avaliação do bem penhorado é o ato que tem por finalidade determinar o preço
médio de mercado da coisa.

45.1. A avaliação se concretiza por meio da expedição de laudo, no qual o bem será
descrito com todas as suas características e com expressa menção ao estado em que
se encontra.

45.1.1. Quando a constrição for realizada por oficial de justiça, ou seja, por auto, o
bem será avaliado no momento da penhora317.

45.1.2. Caso a penhora seja realizada por termo, o bem será avaliado quando da
lavratura do termo.

45.2. Para que a avaliação dos bens seja fidedigna, ou seja, aproxime-se do preço
praticado pelo mercado, o oficial de justiça poderá se valer de pesquisas junto a:
a) empresas especializadas;
b) classificados em jornais;
c) leiloeiros; ou
d) peritos, dentre outros.

315
LEF, artigos 12 e 16
316
LEF, artigo 18
317
LEF, artigo 13 / CPC: artigo 870, parágrafo único; e artigo 871

288
Seção V
DA IMPUGNAÇÃO À AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO

46. A avaliação poderá ser impugnada pela parte interessada, desde que a impugnação
seja apresentada antes da publicação do edital de leilão318.

47. Julgada procedente a impugnação, será realizada nova avaliação dos bens
penhorados319.
47.1. O laudo deverá ser apresentado no prazo de 15 dias320, após o qual os autos
serão conclusos.

Seção VI
DA SUBSTITUIÇÃO DA PENHORA

48. Em qualquer fase processual anterior à adjudicação ou à alienação judicial, é lícito


ao executado requerer a substituição da penhora, desde que por:
a) depósito em dinheiro; ou
b) fiança bancária321.

49. A exequente também poderá requerer a substituição dos bens penhorados por
outros, mediante razões que a justifiquem, como, por exemplo, a dificuldade de
alienação do bem em hasta pública322.

Seção VII
DO REFORÇO DA PENHORA

50. Caso o bem penhorado não seja suficiente para garantir a execução, a exequente
poderá requerer o reforço da penhora.

50.1. Para tanto, deverá indicar outros bens de cuja existência tenha conhecimento,
informando a respectiva localização.

51. Determinada a expedição de mandado de reforço de penhora, o Cartório Eleitoral


providenciará sua expedição com a consequente entrega ao oficial de justiça.

52. O oficial de justiça diligenciará com o novo mandado no endereço indicado e:


I. efetuará a penhora sobre os bens indicados ou encontrados no local, desde
que sejam de propriedade do devedor; e
II. caso não localize mais bens de propriedade do executado, relacionará
aqueles que guarnecem a residência ou o estabelecimento do devedor323.

318
LEF, artigo 13, § 1º
319
LEF, artigo 13, § 1º
320
LEF, artigo 13, § 2º
321
LEF, artigo 15, inciso I
322
LEF, artigo 15, inciso II

289
Seção VIII
DO REGISTRO DA PENHORA

53. O registro da penhora é ato necessário e obrigatório quando a restrição recair


sobre:
a) bem imóvel;
b) veículos automotores;
c) navios;
d) aeronaves; ou
e) ações, debêntures, partes beneficiárias, cotas sociais ou qualquer outro
título, crédito ou direito societário nominativo.

54. Sempre que possível, haverá o registro da penhora pelo próprio oficial de justiça
tão logo realizada a constrição, mediante a entrega de cópias do mandado e do auto
de penhora ou arresto diretamente ao órgão competente para a realização do registro.

55. O Juiz Eleitoral poderá determinar a averbação pelo órgão competente, por meio
da expedição de ofício ou de mandado de registro de penhora, nas hipóteses em que:
a) a constrição dos bens supramencionados tiver sido realizada por termo; ou
b) o oficial de justiça não tiver realizado o registro após a penhora.

55.1. Tanto o ofício quanto o mandado deverão ser acompanhados dos documentos
que comprovem a realização da penhora, quais sejam:
a) cópia do mandado de penhora, se realizada a constrição por oficial de
justiça; ou
b) cópia do auto ou do termo de penhora.

Seção IX
DA PENHORA POR MEIO ELETRÔNICO

56. A Justiça Eleitoral poderá utilizar os sistemas disponíveis para a realização dos atos
preparatórios para a penhora ou da penhora por meio eletrônico, nas hipóteses
previstas nos artigos 854 e 866 do CPC.

56.1. O cadastramento dos Juízes Eleitorais Titulares e Substitutos, bem como do


Chefe de Cartório e de seu substituto, nos sistemas mencionados nesta Subseção
deverá ser solicitado pelo Juiz Eleitoral à CRE-DF.

56.2. Os usuários poderão sanar eventuais dúvidas sobre a utilização:


I. do BacenJud e do CCS: por meio da “Mesa de suporte aos usuários dos
sistemas BacenJud e CCS”324; e
II. do RenaJud, por meio do e-mail disponibilizado pelo CNJ para esse fim325.

323
CPC, artigo 836, § 1º
324
http://www.bcb.gov.br/fis/pedjud/asp/servicos_poder_judiciario/suporte.asp
325
duvidas_e_sugestoes_sistemas@cnj.jus.br

290
57. O CCS é um sistema disponibilizado pelo Banco Central do Brasil para registro de
informações relativas a correntistas e clientes de instituições financeiras, bem como de
seus representantes legais ou procuradores.

57.1. Por meio do sistema, é possível verificar as contas existentes em instituições


bancárias vinculadas a um determinado CPF ou CNPJ.

57.2. O cadastro contém dados de pessoas físicas e jurídicas com bens, direitos e
valores vigentes em 1º/01/2001, e dos relacionamentos iniciados desde essa data.

57.2.1. Não há, portanto, registro de contas que tenham sido encerradas antes de
1º/01/2001.

57.3. O CCS informa a data do início e, se for o caso, a data do fim do relacionamento
com a instituição.

57.3.1. Não constam do sistema dados de valor, de movimentação financeira ou de


saldos de contas e aplicações.

58. O BacenJud, também disponibilizado pelo Banco Central do Brasil, é um


instrumento de comunicação eletrônica entre o Poder Judiciário e instituições
financeiras bancárias, com intermediação, gestão técnica e serviço de suporte a cargo
do Banco Central.

58.1. Por meio desse sistema, os magistrados protocolizam ordens judiciais de


requisição de informações, bloqueio, desbloqueio e transferência de valores
bloqueados, que são transmitidas às instituições bancárias para cumprimento e
resposta, substituindo as requisições por meio de ofício.

58.2. O Juiz Eleitoral poderá requisitar por meio eletrônico, a pedido da exequente,
informações a respeito da existência de ativos em nome do executado (dinheiro em
depósito ou aplicação financeira).

58.2.1. Caso positivo, o Juiz Eleitoral poderá ordenar a sua indisponibilidade até o
limite do valor da execução.

58.3. Para transferir os valores bloqueados por meio do sistema BacenJud 2.0 à
exequente, o Juiz Eleitoral deverá protocolar no sistema uma “Ordem Judicial de
Transferência” desses valores, de acordo com o Manual Básico do BacenJud 2.0.

58.3.1. Para tanto, o Juiz Eleitoral deverá indicar uma das agências do Banco do Brasil
ou da Caixa Econômica Federal existentes na circunscrição da Zona Eleitoral.

58.3.2. Adotada tal providência, será aberta uma conta em nome do autor da ação,
cuja movimentação só poderá ser realizada mediante autorização judicial.

291
58.4. A transferência dos valores não é obrigatória, bastando a ordem de bloqueio
para torná-los indisponíveis ao executado.

58.4.1. Entretanto, os valores somente serão atualizados a partir da transferência para


uma conta judicial.

58.4.2. Portanto, a abertura de conta vinculada garante a cessação da


responsabilidade do executado pela atualização monetária e pelos juros de mora326.

59. O RenaJud é um sistema on-line de restrição judicial de veículos criado pelo CNJ,
que interliga o Judiciário ao Denatran.

59.1. A ferramenta eletrônica permite:


I. a realização de consultas à base de dados do Renavam;
II. o envio de ordens judiciais de restrição de veículos à base de dados do
Renavam; e
III. o registro da penhora de veículos na base de dados do Renavam.

Capítulo VIII
DO LEILÃO
Seção I
ATOS PREPARATÓRIOS PARA O LEILÃO

60. Será aberta vista dos autos à exequente, tão logo:


a) transcorrido in albis o prazo para embargos; ou
b) rejeitados os embargos oferecidos; e
c) solucionadas as demais questões incidentes.

60.1. De posse dos autos, a exequente:


I. requererá a designação de dia e hora para a realização do leilão; e
II. indicará leiloeiro para a efetivação da venda pública dos bens327 (vide item
60.1.1.).

60.1.1. Em substituição à indicação de leiloeiros, poderá ser utilizado o convênio


firmado entre o TRE-DF e o TJDFT para a realização de leilões dos bens penhorados
pela Justiça Eleitoral do DF.

61. Após, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral.

62. Previamente ao leilão, o Cartório Eleitoral verificará se foram preenchidas as


formalidades previstas neste item.

326
LEF, artigo 9º, § 4º
327
CPC, artigo 883

292
62.1. Tratando-se de penhora sobre bem imóvel, é necessário verificar:
I. se existe nos autos certidão de ônus real do imóvel;
II. se existem certidões, negativas ou positivas, de débitos das fazendas federal,
estadual e municipal devidamente atualizadas; e
III. se há informações sobre a existência de débitos condominiais pendentes,
caso se trate de bem imóvel sujeito ao pagamento de condomínio.

62.2. Se a penhora recair sobre veículos automotores, aeronaves e navios, deverá


constar dos autos certidão ou ofício, expedido pela autoridade competente,
informando:
I. a realização do registro da penhora; e
II. a existência, junto ao Detran, de débitos (multas) pendentes referentes ao
bem a ser leiloado.

63. Poderão ensejar embargos e até a anulação do ato:


I. a inexistência de certidão a respeito do registro da penhora; e/ou
II. a não divulgação dos ônus existentes quanto ao bem que está sendo levado a
leilão,.

64. Se for o caso, o Cartório Eleitoral:


I. lavrará termo de compromisso de leiloeiro particular; e
II. o intimará a comparecer ao Cartório para firmar o termo.

64.1. Nesta hipótese, após compromissado, o leiloeiro deverá informar ao Cartório


Eleitoral as datas designadas para o leilão.

Seção II
DO LEILÃO

65. O leilão será realizado em duas oportunidades, sendo que:


I. na primeira, o lance inicial será, no mínimo, igual ou superior ao da avaliação;
e
II. na segunda, caso frustrado o primeiro leilão por ausência de lances, o bem
será alienado a quem oferecer maior lance no segundo leilão, desde que a
arrematação não seja por preço vil328.

66. As datas do 1º e do 2º leilões serão designadas de uma só vez no mesmo edital.

66.1. O edital de leilão deverá conter:


I. os elementos estabelecidos no artigo 886 do CPC; e
II. discriminação de todos os débitos pendentes relativos aos bens a serem
leiloados.

328
CPC, artigo 891

293
66.2. O prazo entre a publicação do edital e o leilão não poderá ser superior a 30 dias,
nem inferior a 10 dias329.

66.3. O Cartório Eleitoral deverá juntar cópia do edital assinado ao processo de


execução fiscal e certificar nos autos:
I. a expedição do edital;
II. a publicação do edital no DJE; e
III. a extração de cópia da publicação para afixação no átrio do Cartório.

67. O Cartório deverá dar ciência às partes do dia, da hora e do local designados para a
realização do leilão.

67.1. A intimação das partes compreende a intimação:


I. da exequente;
II. do executado; e
III. do cônjuge ou companheiro do executado, quando se tratar de bens
imóveis.

67.2. Além disso, caso aplicável, deverão ser intimados330:


I. o credor com garantia real (ex.: hipotecário);
II. o credor com penhora anteriormente averbada; e/ou
III. o senhorio direto.

67.2.1. As intimações mencionadas nos incisos do item 67.2 deverão ser realizadas
com antecedência mínima de 05 dias, por qualquer meio idôneo.

Seção III
DO PREGÃO

Subseção I
1º LEILÃO

68. No dia e na hora designados para a realização do leilão, o Cartório Eleitoral


verificará:
I. se os autos estão devidamente instruídos;
II. se o edital foi publicado corretamente;
III. se foi interposta alguma petição pelas partes informando pagamento,
acordo ou qualquer outro motivo que impeça o leilão; e
IV. caso aplicável, se o leiloeiro designado para a função está presente.

69. O leiloeiro dará início ao pregão no horário e no local indicados no edital.

70. Havendo licitante, o leiloeiro certificará o fato informando:

329
LEF, artigo 22, § 1º
330
CPC, artigo 889

294
I. a qualificação (nome e demais dados) do arrematante (pessoa que ofereceu o
maior lance);
II. o valor oferecido; e
III. se foi realizado o depósito em banco oficial.
70.1. O auto de arrematação será lavrado de imediato331.

71. Não havendo licitantes, o leiloeiro deverá certificar o fato.

Subseção II
2º LEILÃO

72. Para realizar o 2º leilão, o Cartório Eleitoral deverá seguir os mesmos


procedimentos adotados para a realização do 1º leilão.

73. Não havendo licitantes, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral.

Seção IV
DA ARREMATAÇÃO E DA ADJUDICAÇÃO

Subseção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS

74. A arrematação consiste na transferência dos bens penhorados ao licitante que


ofereceu maior lance na realização do pregão, mediante o recebimento do respectivo
preço em dinheiro.

74.1. A transferência física dos bens, todavia, depende da lavratura do auto de


arrematação e da carta de arrematação, concretizando-se apenas após a adjudicação.

75. É facultado à Fazenda Nacional requerer a adjudicação dos bens penhorados nos
autos da execução fiscal.

76. Além da Fazenda Nacional, estão legitimados para requerer a adjudicação:


I. o credor com garantia real;
II. os credores concorrentes que requereram a penhora do mesmo bem;
III. o cônjuge ou companheiro do executado; e
IV. os descendentes ou ascendentes do executado332.

77. A adjudicação poderá acontecer333:


a) antes do leilão, pelo preço da avaliação, se:
i) a execução não for embargada; ou
ii) se os embargos oferecidos forem rejeitados; ou
b) após o leilão, se:
331
CPC, artigo 901
332
CPC, artigo 876, §5º
333
LEF, artigo 24

295
i) não houver licitante, pelo preço da avaliação; ou
ii) havendo licitantes, com preferência, em igualdade de condições com
a melhor oferta, no prazo de 30 dias.

78. Concretizada a adjudicação, serão expedidos:


I. o auto de adjudicação; e
II. a carta de adjudicação.

79. Normalmente, não há sentença, pois a adjudicação se aperfeiçoa com a simples


lavratura e assinatura do respectivo auto334.

Subseção II
DO AUTO DE ARREMATAÇÃO OU DE ADJUDICAÇÃO

80. O auto de arrematação será lavrado imediatamente após a arrematação dos bens e
mencionará as condições sob quais estes foram alienados335.

81. O auto de adjudicação será lavrado se requerida sua adjudicação por quaisquer das
pessoas legitimadas no artigo 876, §5º, do CPC336.

Subseção III
DA CARTA DE ARREMATAÇÃO OU DE ADJUDICAÇÃO

82. Rejeitados ou não oferecidos embargos, o Juiz Eleitoral proferirá despacho para a
expedição de:
I. carta de arrematação ou de adjudicação; ou
II. mandado de entrega, conforme o caso.

82.1. Caso se trate de bem imóvel, antes da expedição da carta de arrematação ou de


adjudicação deverão ser juntados aos autos os comprovantes de pagamento do
imposto de transmissão337.

82.2. Em se tratando de bem móvel, o Chefe de Cartório expedirá o respectivo


mandado de entrega dos bens penhorados, a ser cumprido por oficial de justiça.

82.3. Se a penhora tiver recaído sobre veículo, navio ou aeronave, o Juiz Eleitoral
determinará:
I. o cancelamento da penhora; e
II. a transferência da titularidade do bem para o arrematante ou adjudicante.
82.3.1. Nesta hipótese, o Cartório Eleitoral deverá comunicar a decisão judicial à
autoridade competente por meio de ofício.

334
CPC, artigo 877, §§ 1º e 2º
335
CPC, artigo 901
336
CPC, artigo 876, §4º
337
CPC: artigo 877, §§ 1º e §2º; e artigo 901, §2º

296
83. Expedidos a carta de arrematação ou de adjudicação ou o mandado de entrega dos
bens, o Cartório Eleitoral:
I. certificará nos autos a adoção de tal providência;
II. juntará cópia da documentação ao processo; e
III. fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral.

Capítulo IX
DAS DEFESAS NO PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL
Seção I
DAS ESPÉCIES DE DEFESA

84. A defesa típica do executado se dá por meio da ação de embargos à execução


fiscal, que exige a prévia garantia do juízo338.

85. Os embargos à execução fiscal têm procedimento próprio e especial, preconizado


no artigo 17 da LEF.

86. Admite-se, ainda, o oferecimento de uma defesa atípica, usualmente denominada


exceção de pré-executividade339.

Seção II
DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

87. Inicialmente de origem doutrinária e jurisprudencial, é oferecida mediante simples


petição, instruída com os documentos que comprovam a tese defensiva.

87.1. O prazo, as hipóteses de cabimento e o rito estão previstos no artigo 525, §º 11,
do CPC, aplicado subsidiariamente.

Seção III
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO
Subseção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS

88. Trata-se de ação autônoma de conhecimento que tem por objetivo desconstituir o
título executivo consubstanciado na Certidão de Dívida Ativa – CDA.

89. O prazo para o ajuizamento dos embargos é de 30 dias contados:


a) da intimação do depósito em dinheiro, após ele ter sido formalizado e
reduzido a termo;

338
LEF, artigo 16
339
Súmula nº 393 do STJ

297
b) da juntada da carta de fiança bancária; ou
c) da intimação da penhora, seja por meio de:
i) termo nos autos; ou
ii) auto de penhora do oficial de justiça340.

89.1. A intimação será pessoal e constará do mandado, sob pena de nulidade do ato:
I. advertência quanto ao prazo para a apresentação dos embargos; e
II. indicação de que a contagem do referido prazo tem início a partir da data da
efetiva intimação.

89.2. Se houver mais de um executado, o prazo para embargar conta-se a partir da


respectiva intimação, de forma isolada.

89.3. Também não há prazo em dobro quando os litisconsortes estiverem


representados por advogados diferentes.

89.4. Para o STJ, o prazo para apresentação dos embargos à execução inicia-se da
intimação da primeira penhora, mesmo que insuficiente, excessiva ou ilegítima, e não
da sua ampliação, redução ou substituição.

90. Oferecidos os embargos, o Cartório Eleitoral:


I. autuará as peças na classe Embargos à Execução (vide item 90.1);
II. certificará, nos autos da Execução Fiscal, o oferecimento de embargos;
III. apensará os Embargos à Execução aos autos da Execução Fiscal; e
IV. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral.

90.1. No caso de litisconsórcio passivo, se mais de um executado apresentar embargos,


cada um deles será autuado em separado.

90.1.1. Adotada tal providência, todos os Embargos à Execução serão apensados aos
autos da Execução Fiscal.

91. Recebidos os embargos e decidido eventual requerimento sobre a concessão de


efeito suspensivo, o Juiz Eleitoral mandará ouvir a Fazenda Pública, que poderá
impugná-los no prazo de 30 dias341.

92. Cumprido o despacho e decorrido o prazo sem manifestação da parte, o Cartório


Eleitoral certificará o decurso do prazo.

93. Em seguida, o Juiz Eleitoral:


a) designará audiência de instrução e julgamento; ou
b) proferirá a sentença julgando antecipadamente o mérito, se os embargos:
i. versarem sobre matéria de direito; ou

340
LEF, artigo 16, incisos I a III
341
LEF, artigo 17

298
ii. versarem sobre matéria de direito e de fato e a prova for
exclusivamente documental.

Subseção II
DOS EMBARGOS NA EXECUÇÃO REALIZADA POR MEIO DE CARTA PRECATÓRIA

94. Na execução por carta precatória, é permitido o ajuizamento dos embargos


perante o Juízo Deprecado ou perante o Juízo Deprecante.

95. Recebidos os embargos pelo Juízo Deprecado, os autos serão remetidos ao Juízo
Deprecante, que será o responsável pela instrução e pelo julgamento dos embargos.

95.1. Contudo, compete ao Juízo Deprecado o julgamento de embargos que versem


sobre vícios ou defeitos:
a) da penhora;
b) da avaliação; ou
c) da alienação de bens.

95.1.1. Tal competência decorre do fato de tais vícios e irregularidades poderem ser
decorrentes de atos praticados pelo Juízo Deprecado342.

Seção IV
DOS EMBARGOS À PENHORA

96. Os embargos à penhora consistem em ação autônoma, à semelhança dos


embargos à execução.

96.1. Tal ação, entretanto, tem como objeto de discussão apenas os vícios ou defeitos
da penhora.

96.2. Deverá ser observado, no processamento dos embargos à penhora, o disposto na


Seção III.

Seção V
DOS EMBARGOS DE TERCEIRO

97. A ação de que trata esta Seção objetiva impedir ou suspender a constrição judicial
que tiver recaído sobre a posse ou a propriedade de bem de terceiro343.

97.1. Entende-se por terceiro a pessoa que não participa da relação processual.
98. Os Embargos de Terceiro podem ser opostos no prazo de 05 dias depois da
arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva
carta.

342
LEF: artigo 20; e artigo 914, §2º
343
CPC, artigo 674

299
98.1. Se o terceiro não tem ciência da execução, o prazo flui a partir da turbação à
posse344.

99. Ajuizados embargos de terceiro345, o Cartório Eleitoral:


I. autuará as peças na classe Embargos à Execução;
II. certificará, nos autos da Execução Fiscal, o oferecimento de embargos;
III. apensará os Embargos à Execução aos autos da Execução Fiscal; e
IV. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral.

100. Recebidos os embargos pelo Juiz Eleitoral, o Cartório:


I. promoverá a citação dos embargados, por mandado, para contestá-los no
prazo de 10 dias346;
II. aguardará o decurso do prazo para contestação;
III. juntará a defesa aos autos ou certificará o transcurso do prazo in albis; e
IV. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral.

Capítulo X
OUTROS INCIDENTES
Seção I
DA REMOÇÃO DE BENS

101. A Fazenda Nacional poderá requerer, em qualquer fase do processo, a remoção


de bens para depósito judicial:
a) particular; ou
b) do próprio exequente347.

101.1. Deferida a medida, será expedido mandado de remoção.

101.1.1. O recolhimento e a remoção dos bens dependem do fornecimento dos meios


necessários pela exequente.

Seção II
DA REMIÇÃO DA EXECUÇÃO

102. A remição da execução consiste no pagamento da dívida pelo executado,


acrescida dos juros e encargos legais, com o objetivo de extinguir o processo
executivo.

102.1. A remição da execução poderá ocorrer até a assinatura do auto de adjudicação


ou arrematação348.

344
CPC, artigo 675
345
CPC, artigo 674
346
CPC, artigo 679
347
LEF, artigo 11, § 3º

300
103. Caso o executado requeira a remição da execução, o Cartório Eleitoral:
I. certificará nos autos a expedição da guia de pagamento (DARF)349;
II. juntará a guia paga aos autos; e
III. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral para abertura de vista à
exequente.

Seção III
DA REMIÇÃO DE BENS

104. A remição de bens poderá ser solicitada quando se tratar de bem oferecido por
terceiro para a garantia da execução350.

105. Solicitada a remição de bens, o Cartório Eleitoral:


I. protocolizará a peça;
II. juntará a petição ao processo de Execução Fiscal; e
III. fará conclusão ao Juiz Eleitoral, para determinação de vistas à exequente.

Seção IV
DA PRESCRIÇÃO

106. O prazo prescricional para o ajuizamento da ação executiva fiscal das multas
eleitorais obedece aos critérios explicitados neste item.

106.1. Há dois entendimentos quanto ao prazo prescricional das multas eleitorais por
infração administrativa, quais sejam:
a) 05 anos, por aplicação do artigo 179 do Código Tributário Nacional; ou
b) 10 anos, referente à prescrição ordinária das ações pessoais, regulada pelo
artigo 205 do Código Civil (vide item 104.1.1.)

106.1.1. O entendimento previsto na alínea “b” supra foi explicitado pelo TSE no Respe
nº 161343.

106.2. A prescrição das multas por crime eleitoral ocorrerá351:


a) em 02 anos, quando for a única pena cominada ou aplicada; ou
b) no mesmo prazo estabelecido para a prescrição da pena privativa de
liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou
cumulativamente aplicada.

107. O despacho que ordenar a citação interrompe a prescrição.

348
CPC, artigo 826
349
Disponível em www.pgfn.fazenda.gov.br
350
LEF, artigo 19, inciso I
351
CP, artigo 114, incisos I e II

301
108. O Juiz Eleitoral poderá suspender o curso da execução fiscal quando não
encontrado o devedor ou bens suficientes para garantir a execução352.

108.1. A suspensão de que trata este item poderá dar causa à incidência da prescrição
intercorrente prevista no artigo 40, § 4º, da LEF.

108.1.1. Neste caso, o prazo prescricional será de 05 anos.

108.1.2. Tal prazo prescricional somente será computado se a paralisação do feito


decorrer de culpa exclusiva da exequente.

108.1.3. Além disso, para a declaração da prescrição, é necessária a oitiva da Fazenda


Pública.

Capítulo XI
DO DEPÓSITO DE VALORES
109. Os valores depositados em Juízo para assegurar a execução, quando não
penhorados diretamente pelo BacenJud, serão transferidos para o Banco do Brasil ou
para a Caixa Econômica Federal, em conta vinculada ao Juízo Eleitoral.

109.1. Para tanto, deverá ser expedido ofício ao banco solicitando a abertura da conta.

109.2. Nesta hipótese, o Cartório Eleitoral:


I. juntará aos autos a guia de depósito e cópia do ofício expedido; e
II. certificará a abertura da conta vinculada, realizando os registros necessários
no SADP por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.

110. Nas transferências via BacenJud, os depósitos em contas vinculadas ao Juízo


Eleitoral serão realizados automaticamente pelo sistema, na forma prevista no item
58.

Título II
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Capítulo I
CANDIDATOS E DIRETÓRIOS REGIONAIS DE PARTIDOS POLÍTICOS
111. O processo e o julgamento de prestações de contas de candidatos e de diretórios
regionais de partidos políticos é de competência originária do TRE-DF353.

352
LEF, artigo 40
353
Regimento Interno do TRE-DF, artigo 16, inciso XXV

302
Capítulo II
DIRETÓRIOS ZONAIS DE PARTIDOS POLÍTICOS
112. A prestação de contas anual dos diretórios zonais dos partidos políticos deverá
ser apresentada ao Juízo Eleitoral competente.

113. O processo e o julgamento das prestações de contas anuais de diretórios zonais


dos partidos políticos observará o regramento constante das Resoluções expedidas
pelo TSE acerca da matéria.

303
Módulo XXX

DAS CARTAS

304
Módulo XXX
DAS CARTAS
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1. A expedição e o cumprimento de cartas precatórias pelos Juízos Eleitorais do DF
observarão, no que couber, o disposto:
I. nos artigos 260 a 268 do CPC;
II. Resolução-TSE nº 23.325/2010; e
III. no artigo 72 do Regimento Interno do TRE-DF.

Capítulo II
DAS CARTAS EXPEDIDAS PELO JUÍZO
2. As cartas expedidas pelo Juízo Eleitoral deverão ser digitalizadas e encaminhadas
diretamente ao Juízo Deprecado, via correio eletrônico.

2.1. As mensagens obedecerão aos critérios estabelecidos na Resolução-TSE nº


23.325/2010 e serão enviadas para o endereço de correio eletrônico previsto na
referida norma, que poderá ser obtido no sítio da Intranet do respectivo TRE ou
mediante contato telefônico com o Cartório Eleitoral de destino.

2.2. Não se faz necessária a utilização de ofício ou memorando para o


encaminhamento de cartas precatórias.

3. Devolvida a carta pelo Juízo Deprecado, a documentação será impressa (caso


aplicável), protocolizada, juntada ao processo de que foi extraída e submetida à
apreciação do Juiz Eleitoral, que verificará o completo cumprimento do ato Deprecado
e determinará:
a) a restituição da carta, caso restem providências a serem adotadas pelo Juízo
Deprecado (vide item 3.1);
b) o encaminhamento da carta a novo Juízo Deprecado, em face de seu caráter
itinerante, para a adoção das providências julgadas necessárias (vide item 3.1);
ou
c) a adoção das medidas cabíveis para o prosseguimento do feito, caso
considere que:
I. o ato Deprecado foi devidamente cumprido; ou
II. não restam providências a serem adotadas com relação à carta
devolvida sem cumprimento.

3.1. Nas hipóteses previstas nas alíneas “a” e “b”, o encaminhamento da carta deverá
observar a forma estabelecida no item 2.

305
Capítulo III
DAS CARTAS RECEBIDAS PARA CUMPRIMENTO
Seção I
DAS CARTAS EXPEDIDAS POR JUÍZOS ELEITORAIS DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

4. As cartas precatórias expedidas por Juízos Eleitorais de primeira instância serão


autuadas (na classe Cartas – Cart) e cumpridas pelos Juízos das Zonas Eleitorais do DF
com observância dos critérios estabelecidos nesta Seção.

5. As cartas precatórias expedidas por Juízo Eleitoral de primeira instância, recebidas


em quaisquer Unidades da Justiça Eleitoral do Distrito Federal, serão encaminhadas
diretamente ao Cartório da Zona Eleitoral competente para autuação e cumprimento,
com base no critério de abrangência territorial.

6. Quando as cartas de que trata o item 4 tiverem por finalidade a adoção de


providências na Região Administrativa de Brasília, em locais situados no Eixo
Monumental e na Esplanada dos Ministérios, serão encaminhadas, para autuação e
cumprimento:
a) ao Cartório da 1ª ZE-DF, quando forem recebidas em quaisquer Unidades da
Justiça Eleitoral do DF:
I. durante os meses ímpares (janeiro, março, maio, julho, setembro e
novembro) dos anos ímpares; e
II. durante os meses pares (fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e
dezembro) dos anos pares; ou
b) ao Cartório da 14ª ZE-DF, quando forem recebidas em quaisquer Unidades
da Justiça Eleitoral do DF:
I. durante os meses pares (fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e
dezembro) dos anos ímpares; e
II. durante os meses ímpares (janeiro, março, maio, julho, setembro e
novembro) dos anos pares.

7. As cartas precatórias recebidas em quaisquer Cartórios Eleitorais do Distrito Federal


ou no Edifício-Sede deste Tribunal, que se enquadrarem em hipótese de distribuição
por prevenção, deverão ser encaminhadas ao Cartório do Juízo prevento, para
autuação e cumprimento, independentemente das regras previstas nos itens 5 e 6.

7.1. A aplicação da regra prevista no item 7 não acarretará posterior compensação na


distribuição de cartas precatórias.

306
Seção II
DAS CARTAS EXPEDIDAS POR
CORREGEDORIAS REGIONAIS ELEITORAIS,
POR TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS
E PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

8. As cartas precatórias expedidas por TREs e as cartas de ordem expedidas pelo TSE,
recebidas em quaisquer Unidades da Justiça Eleitoral do DF, serão encaminhadas à
Secretaria Judiciária do TRE-DF, para autuação na classe Petição.

9. Serão encaminhadas à Secretaria Judiciária do TRE-DF (para autuação, na classe


Petição, e remessa ao Corregedor Regional Eleitoral do DF, por distribuição) as Cartas,
recebidas em quaisquer Unidades da Justiça Eleitoral do DF, que tenham sido:
I. expedidas por Corregedoria Regional Eleitoral; ou
II. extraídas de:
a) ação de investigação judicial prevista na Lei Complementar nº
64/1990; ou
b) representação relativa a pedido de veiculação na modalidade de
inserções regionais e a irregularidade na propaganda político-partidária
veiculada nessa modalidade.

10. O Relator dos processos indicados nos itens 8 e 9 poderá delegar competência para
cumprimento aos Juízos das Zonas Eleitorais do DF, com observância das regras fixadas
no artigo 72, § 2º, do Regimento Interno do TRE-DF.

10.1. Em caso de delegação de competência, a Carta será remetida ao endereço de


correio eletrônico do Cartório Eleitoral destinado à comunicação eletrônica entre
Juízos Eleitorais e Secretarias Judiciárias, conforme previsão constante da Resolução-
TSE nº 23.325/2010.

Seção III
DISPOSIÇÕES COMUNS

11. Caso verifique que o cumprimento da carta compete a Juízo diverso, o Juiz Eleitoral
dispensará sua autuação ou formalização, conforme a hipótese, e determinará:
I. a remessa de cópia digitalizada da documentação para o endereço de correio
eletrônico:
a) do Juízo Eleitoral competente, nas hipóteses previstas na Seção I; ou
b) da Secretaria Judiciária do TRE-DF354, nas hipóteses previstas na
Seção II; e
II. o arquivamento da documentação impressa e protocolizada no Cartório
Eleitoral.

354
ce@tre-df.jus.br

307
12. As peças processuais que não tenham sido anexadas à carta serão solicitadas ao
Juízo Deprecante pelo Chefe de Cartório, por meio de mensagem de correio
eletrônico:
a) de ofício, quando tiverem sido expressamente mencionadas na carta; ou
b) por determinação do Juiz Eleitoral ou em razão de delegação de
competência pelo magistrado, quando, apesar de não terem sido mencionadas
na carta, forem consideradas indispensáveis ao cumprimento do ato
deprecado.

13. Não se configurando a hipótese prevista no item 11 e adotadas, caso necessário, as


providências previstas no item 12, a documentação será:
a) autuada na classe cartas – Cart, nas hipóteses previstas na Seção I; ou
b) formalizada, nas hipóteses previstas na Seção II.

14. No prazo máximo de 01 dia da autuação ou formalização, o processo será concluso


ao Juiz Eleitoral, que determinará o cumprimento dos atos requisitados por meio da
deprecata.

15. Nas hipóteses em que as partes tiverem sido intimadas para apresentação de
documentos ou comparecimento ao Cartório, o processo somente deverá ser concluso
ao Juiz, para devolução ao Juízo Deprecado, após o transcurso do prazo estipulado
para a prática de tais atos, acompanhado de certificação acerca da efetivação ou não
destes.

16. Quando o Juízo Deprecante tiver solicitado o acompanhamento do cumprimento


das condições impostas para o recebimento dos benefícios previstos na Lei nº
9.099/1995, os autos somente deverão ser devolvidos à origem após:
I. a certificação acerca do cumprimento das condições impostas para a
transação penal ou do transcurso do prazo estipulado para a suspensão
condicional do processo; e
II. a abertura de vista dos autos ao MPE, nesta ordem.

16.1. Se o objeto da deprecata for suspensão condicional do processo, esta deverá ser
comunicada à CRE-DF, por meio de Memorando no SEI, para registro da ocorrência no
ProjCertidão.

16.2. Nas hipóteses de transação penal, o Cartório Eleitoral comunicará:


a) o Juízo a que estiver vinculada a inscrição eleitoral do beneficiário acerca da
necessidade de comando do código de ASE 388 no histórico desta, por meio de
ofício a ser encaminhado para o endereço de correio eletrônico previsto na
Resolução-TSE nº 23.325/2010; ou
b) caso o eleitor não possua inscrição eleitoral, a CRE-DF, por meio de
Memorando no SEI, para que proceda ao registro da ocorrência no
ProjCertidão.

308
17. Finalizado o cumprimento do ato deprecado ou não sendo possível cumpri-lo, o
Juiz Eleitoral determinará:
I. a remessa de cópia digitalizada da documentação ao endereço de correio
eletrônico do Juízo deprecante ou da Secretaria Judiciária, conforme a
hipótese; e
II. o arquivamento do processo no Cartório Eleitoral.

309
Livro V

DOS PROCESSOS
ADMINISTRATIVOS

310
Módulo XXXI

DO CANCELAMENTO
DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS
(PARTE GERAL)

311
Módulo XXXI
DO CANCELAMENTO DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS
(PARTE GERAL)
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1. São causas de cancelamento da inscrição eleitoral:
I. falecimento do eleitor – ASE 019 (vide Módulo XXXII);
II. duplicidade ou pluralidade de inscrições – ASE 027 (vide Capítulo II deste
Módulo);
III. ausência a 03 pleitos consecutivos sem:
a) deferimento de justificativa pela ausência; ou
b) quitação da respectiva multa – ASE 035 (vide Capítulo III deste
Módulo);
IV. perda dos direitos políticos – ASE 329 (vide Capítulo IV deste Módulo);
V. sentença de autoridade judiciária – ASE 450 (vide Módulo XXXIII); e
VI. não comparecimento à revisão do eleitorado – ASE 469 (vide capítulo V
deste Módulo).

2. A autoridade judiciária que tomar conhecimento de fato ensejador do cancelamento


de inscrição liberada ou regular ou da necessidade de regularização de inscrição não-
liberada, cancelada ou suspensa pertencente a outra Zona Eleitoral, deverá comunicar
tal fato ao Juízo da Zona da inscrição, por intermédio da CRE-DF, encaminhando-lhe a
documentação necessária.

2.1. Nesta hipótese, é dispensada a autuação de processo pelo Juízo comunicante.

3. Durante o período de fechamento do Cadastro Nacional de Eleitores e após o


recolhimento ou a dispensa das multas eventualmente devidas, assegura-se ao eleitor
com inscrição cancelada o fornecimento de certidão circunstanciada, com prazo de
validade, contendo:
I. informação a respeito do impedimento legal para imediata regularização da
sua situação; e
II. recomendação para o seu retorno ao Cartório Eleitoral após a reabertura do
Cadastro (vide Módulo XVI).

4. Caso o Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado, impossibilitando o comando


do código de ASE referente ao cancelamento da inscrição eleitoral, o Cartório Eleitoral
providenciará:
a) a aposição de carimbo com a expressão “IMPEDIDO DE VOTAR” no campo da
folha de votação destinado à assinatura do titular da inscrição eleitoral
cancelada; ou

312
b) caso os Cadernos de Votação já tenham sido enviados às Seções Eleitorais, o
encaminhamento de comunicação ao respectivo Presidente de Mesa na data
do pleito.

4.1. Certificada a adoção das providências necessárias para impedir o exercício


irregular do voto, o Cartório Eleitoral poderá optar:
a) pelo lançamento imediato dos códigos de ASE, hipótese em que deverá
manter a documentação em separado até a reabertura do Cadastro Nacional
de Eleitores, com vistas à conferência do processamento automático pelo
Sistema Elo; ou
b) pelo lançamento dos códigos de ASE após a reabertura do Cadastro Nacional
de Eleitores, hipótese em que a documentação com códigos de ASE pendentes
de lançamento deverá ser mantida em separado (vide item 4.1.1).

4.1.1. Se, na data de reabertura do Cadastro Nacional de Eleitores, o feito estiver na


CRE-DF ou na Secretaria Judiciária do TRE-DF, para apreciação de recurso, o
lançamento deverá ocorrer tão logo o processo seja restituído, desde que tenha sido
ratificado o cancelamento da inscrição eleitoral.

Capítulo II
CANCELAMENTO POR DUPLICIDADE/PLURALIDADE
(CÓDIGO DE ASE 027)
5. O código de ASE 027 é gerado automaticamente pelo Sistema Elo, promovendo o
cancelamento da inscrição quando o Juízo Eleitoral competente para decidir a
duplicidade/pluralidade não o faz no prazo de 40 dias, contado da data do batimento
(vide Módulo XXXVIII).

Capítulo III
CANCELAMENTO POR AUSÊNCIA A TRÊS PLEITOS CONSECUTIVOS
(CÓDIGO DE ASE 035)
6. O código de ASE 035 é comandado automaticamente pelo Sistema Elo sempre que o
eleitor deixar de comparecer para o exercício do voto em 03 eleições consecutivas e
não:
a) tiver sua justificativa pela ausência deferida pelo Juiz Eleitoral; ou
b) pagar as multas correspondentes.

7. A STI colocará à disposição dos Cartórios Eleitorais relação dos eleitores cujas
inscrições são passíveis de cancelamento.

313
7.1. A relação deverá ser publicada por meio de edital, que será afixado no átrio do
Cartório Eleitoral355 pelo prazo de 60 dias, contados da data do batimento que
identificar as inscrições sujeitas a cancelamento356.

8. Comparecendo ao Cartório eleitor cuja inscrição se encontre listada no referido


edital, este deverá ser orientado a apresentar comprovante de justificativa por
ausência às urnas ou pagar as multas correspondentes.

9. Não serão incluídos no procedimento previsto neste Capítulo os eleitores:


I. cujo exercício do voto seja facultativo;
II. com inscrições suspensas (ASEs 043 e 337); e
III. com inscrições canceladas em virtude de perda dos direitos políticos (ASE
329).

Capítulo IV
CANCELAMENTO POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS
(CÓDIGO DE ASE 329)
10. O cancelamento de inscrições eleitorais por perda dos direitos políticos é de
competência da CGE, que, com base em comunicação encaminhada pelo Ministério da
Justiça (vide Módulos XX e XXI):
a) comandará o ASE 329 no histórico da inscrição eleitoral do interessado e
oficiará a respectiva Corregedoria Regional Eleitoral, que encaminhará a
documentação ao Juízo Eleitoral competente, para:
I. ciência;
II. adoção das providências julgadas cabíveis; e
III. posterior arquivamento; ou
b) incluirá registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, caso o
interessado não esteja inscrito como eleitor.

Capítulo V
CANCELAMENTO POR REVISÃO DO ELEITORADO
(CÓDIGO DE ASE 469)
11. Terminado o processo de revisão do eleitorado e após pronunciamento do MPE, o
Juiz Eleitoral deverá determinar o cancelamento (por meio do comando do ASE 469)
das inscrições:
a) irregulares; e
b) daquelas cujos titulares não tenham comparecido em local e hora
estipulados no edital de convocação para comprovação do domicílio eleitoral.

355
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 80, § 7º
356
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 80, § 8º

314
Módulo XXXII

DO CANCELAMENTO
POR FALECIMENTO (ASE 019)

315
Módulo XXXII
DO CANCELAMENTO POR FALECIMENTO (ASE 019)
Capítulo I
DO RECEBIMENTO E DA TRIAGEM
DAS COMUNICAÇÕES DE ÓBITO
1. A comprovação de óbitos poderá ser realizada por meio de:
a) comunicação do Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais, por meio de
ofício ou de sistema informatizado;
b) apresentação da Certidão de Óbito em Cartório;
c) listagem encaminhada pela CRE-DF, por meio de mensagem de correio
eletrônico357 ou via malote; ou
d) relatório disponibilizado no Sistema ELO358.

1.1. Tutorial referente às comunicações recebidas por meio de sistema informatizado


disporá sobre os procedimentos para seu tratamento pelos Cartórios Eleitorais.

2. Localizada inscrição pertencente a outra Zona Eleitoral do DF, a documentação


deverá ser remetida diretamente ao Juízo competente.

3. Se a inscrição estiver vinculada a Zona Eleitoral de outra Unidade da Federação, a


documentação deverá ser encaminhada ao Juízo competente, por intermédio da CRE-
DF.

4. Nas hipóteses previstas nos itens 2 e 3, a documentação será encaminhada por


meio:
a) físico, acompanhada de espelho da consulta ao Cadastro; ou
b) de sistema informatizado, contendo, no campo próprio:
I. o número da inscrição eleitoral; e
II. os dados da Zona a que estiver vinculada (número e Unidade da
Federação).

5. Nas hipóteses em que a inscrição localizada no Cadastro Nacional de Eleitores


estiver agrupada em coincidência (situações “LIBERADA” e “NÃO LIBERADA”), o Juízo
deverá aguardar a atualização desta no Sistema Elo.

5.1. Após, deverá ser analisada a competência para o lançamento do código de ASE
019.

357
Fax-Circular-CGE nº 25/2002
358
Resolução-TSE nº 22.166/2006 (convênio suspenso)

316
6. Constatado que o cancelamento por falecimento já foi tratado ou que o falecido não
possuía inscrição no Cadastro Nacional de Eleitores, a documentação deverá ser
arquivada:
a) em pasta própria, separada por ano, em ordem alfabética e acompanhada do
respectivo espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores; ou
b) caso se trate de comunicação eletrônica, mediante registro no sistema
informatizado.

7. O Juiz Eleitoral deverá apreciar todas as comunicações de óbito,


independentemente da situação em que se encontrar a inscrição eleitoral do falecido.

7.1. Nesse sentido, se não houver registro do código de ASE 019, cabe o lançamento
deste, após determinação do Juiz Eleitoral, ainda que a inscrição esteja na situação
“CANCELADO” em decorrência do comando de outro código de ASE.

Capítulo II
DA AUTUAÇÃO E DA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS
Seção I
DAS COMUNICAÇÕES EM QUE
FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR A PESSOA FALECIDA

8. Deverão ser autuados em feito único todos os documentos relativos a óbitos


recebidos em cada mês, desde que não haja divergência entre os dados consignados
na comunicação e no Cadastro Nacional de Eleitores.

8.1. Poderão ser incluídos nesse processo os documentos em haja divergência que não
interfira na identificação da pessoa falecida, desde que o Juiz Eleitoral tenha se
manifestado nesse sentido, por meio de despacho proferido em cada expediente.

8.2. O processo deverá ser autuado até o último dia útil do mês de referência,
independente da quantidade de comunicações recebidas no período.

8.3. Cada processo englobará, no máximo, 50 comunicações de óbito, a fim de facilitar


a conferência dos dados e os procedimentos de cancelamento.

9. A peça inicial do processo será informação prestada pelo Chefe do Cartório


mencionando o assunto a que se refere e o período durante o qual foram recebidos os
expedientes e relacionando:
I. os nomes das pessoas falecidas;
II. os números das respectivas inscrições eleitorais; e
III. os dados divergentes, se for o caso.

10. Após a informação, deverão ser juntados ao processo todos os documentos,


seguidos das respectivas consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores.

317
Seção II
DAS COMUNICAÇÕES EM QUE
NÃO FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR A PESSOA FALECIDA

11. O Chefe de Cartório autuará feito em separado sempre que as divergências entre
os dados consignados na comunicação de óbito e no Cadastro Nacional de Eleitores
impedirem a individualização da pessoa falecida.

12. A peça inicial será a informação ao Juiz Eleitoral, contendo discriminação do dado
ausente ou divergente, a fim de subsidiar a determinação judicial de realização de
diligências para a obtenção ou o esclarecimento dos dados.

13. Após a informação, serão juntadas a comunicação e os espelhos das consultas ao


Cadastro Nacional de Eleitores.

14. No prazo máximo de 01 dia359 de sua autuação, o feito será concluso ao Juiz
Eleitoral, que determinará a realização das diligências julgadas necessárias, a exemplo
da solicitação, ao respectivo Cartório de Registro Civil:
a) de confirmação dos dados constantes da comunicação e da certidão de óbito
pelo; e/ou
b) do encaminhamento de cópia da certidão de óbito.

Seção III
DISPOSIÇÕES COMUNS

15. Finalizada a adoção das providências previstas nas Seções I ou II deste Capítulo,
conforme a hipótese, e considerando configurada a hipótese prevista no artigo 71, §
4º, do Código Eleitoral, o Juiz Eleitoral determinará o cancelamento da inscrição
eleitoral e:
a) o comando do código de ASE 019 no histórico da inscrição eleitoral; ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado; e
c) o arquivamento do feito, após a adoção das providências cabíveis.

16. Transcorrido o prazo de 03 dias, contado da publicação da decisão, o Chefe de


Cartório certificará a apresentação de recursos, pelo interessado ou por delegado de
partido político, ou o transcurso in albis do prazo recursal360.

17. Não sendo interpostos recursos e finalizada a adoção das providências previstas
nas alíneas “a” ou “b” do item 15 (caso tenha sido determinado o cancelamento da
inscrição), o Chefe de Cartório arquivará o processo.

18. Caso sejam interpostos recursos361, o Chefe de Cartório:

359
CPC, artigo 228
360
CE, artigo 80

318
I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.

19. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas no item 16 e nos itens 17 ou 18, conforme a hipótese.

20. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
a) o comando do código de ASE 019 no histórico da inscrição eleitoral; ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado; e
c) caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo à SJU, após a
certificação da regularidade do feito.

21. Muito embora os recursos em matéria eleitoral, salvo disposição em contrário, não
sejam dotados de efeito suspensivo, o aguardo do prazo recursal para registro da
decisão tem por objetivo evitar que, reformada a decisão, seja necessária a remessa do
processo à CGE, para reversão da operação no Sistema Elo.

361
CE, artigo 80

319
Módulo XXXIII

DO CANCELAMENTO POR
SENTENÇA DE AUTORIDADE
JUDICIÁRIA (ASE 450)

320
Módulo XXXIII
DO CANCELAMENTO
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA (ASE 450)
Capítulo I
DAS HIPÓTESES DE
CANCELAMENTO PELO CÓDIGO DE ASE 450
1. O Juiz Eleitoral determinará o cancelamento da inscrição eleitoral vinculada à
circunscrição do Juízo pelo código de ASE 450 (após o cumprimento do rito previsto
neste Módulo) ou comunicará a necessidade de cancelamento ao Juízo competente,
quando restar comprovado que362:
I. no momento do alistamento eleitoral, o domicílio do eleitor foi informado de
maneira imprópria363;
II. existe motivo para o registro da perda ou da suspensão dos direitos políticos
do eleitor com data de ocorrência anterior à do alistamento eleitoral364 (vide
item 1.1);
III. existe mais de uma inscrição regular em nome de um mesmo eleitor365,
consoante verificado em processo de coincidência decidido por outro Juízo
Eleitoral (vide item 1.2); ou
IV. existe mais de uma inscrição em nome de um mesmo eleitor, estando uma
delas regular e a outra cancelada366 (vide item 1.3).

1.1. Na hipótese prevista no inciso II, o Juiz Eleitoral determinará ou solicitará, ainda:
a) o comando dos códigos de ASE 043 ou 337, conforme a hipótese (quando se
tratar de suspensão de direitos políticos); e
b) o encaminhamento de cópia eletrônica da documentação pertinente à CRE-
DF, por meio de ofício no SEI, solicitando que a CGE proceda ao comando do
código de ASE 329.

1.2. Na hipótese prevista no inciso III, o Juízo que tiver decidido a coincidência
solicitará o comando do código de ASE 450 ao Juízo a que estiver vinculada a inscrição
do eleitor.

1.3. Na hipótese prevista no inciso IV, se a ocorrência tiver sido verificada no momento
da solicitação de operação de alistamento pelo titular da inscrição, deverá ser
movimentada a inscrição regular.

362
CE, artigos 71 e 77 a 80
363
CE, artigo 42
364
CE, artigos: 5º, III; e 71, II
365
CE, artigo 71, III
366
Fax-Circular-CGE nº 23/2003

321
2. O cancelamento de inscrição eleitoral pelo código de ASE 450 em razão de dúvida
sobre a exatidão do registro da qualificação do eleitor no Cadastro Nacional de
Eleitores observará o rito previsto no Módulo XLIII (vide item 2.1).

2.1. A dúvida quanto ao registro do domicílio do eleitor não se enquadra na hipótese


prevista neste item e sim naquela prevista no inciso I do item 1.

Capítulo II
DA TRAMITAÇÃO DO FEITO
3. Verificada pelo Juízo Eleitoral ou comunicada a necessidade de cancelamento de
inscrição com base nas hipóteses previstas no item 1, deverá ser autuado processo, na
classe CIE, independente de determinação do Juiz Eleitoral, que terá como peça inicial,
conforme o caso:
a) informação prestada pelo Chefe de Cartório acerca da ocorrência detectada
pela própria Serventia; ou
b) a documentação por meio da qual a ocorrência foi comunicada ao Juízo.
4. O processo será concluso ao Juiz Eleitoral no prazo máximo de 01 dia367 de sua
autuação, acompanhado de:
a) minuta de edital368; e
b) na hipótese prevista na alínea “b” do item 3, informação prestada pelo Chefe
de Cartório.

5. No prazo máximo de 05 dias369, contado do recebimento do feito, o Chefe de


Cartório:
I. juntará cópia do edital assinado pelo Juiz Eleitoral aos autos; e
II. certificará o encaminhamento do edital para publicação no DJE.

6. Publicado o edital, se houver pedido de dilação probatória ou for apresentada


contestação ao cancelamento da inscrição eleitoral, o Chefe de Cartório, no prazo de
01 dia370:
I. certificará a ocorrência;
II. juntará os documentos ao feito; e
III. fará conclusão ao Juiz Eleitoral.

6.1. Decorridos 10 dias da publicação do edital371 sem que seja apresentada


contestação ou solicitada dilação probatória, o Chefe de Cartório certificará o
transcurso in albis do prazo destinado à ciência dos interessados.

367
CPC, artigo 228
368
CE, artigo 77, inciso II
369
CPC, artigo 228
370
CPC, artigo 228
371 CE
, artigo 77, inciso II

322
6.2. Se, durante os 05 dias seguintes ao término do prazo indicado no item 6.1372, os
interessados permanecerem inertes, o Chefe de Cartório, no prazo de 01 dia373:
I. certificará que transcorreu in albis o prazo destinado à apresentação de
contestação ou de pedido de dilação probatória;
II. prestará informações; e
III. fará conclusão ao Juiz Eleitoral, no prazo de 24 horas.

7. Recebido o processo, o Juiz Eleitoral concederá a dilação probatória, pelo prazo de


05 a 10 dias, caso tenha sido requerida374.

7.1. Dentro dos 05 dias375 que se seguirem ao transcurso dos prazos indicados nos
itens 6.2 ou 7, conforme a hipótese, caso considere configurada uma das hipóteses
previstas no item 1, o Juiz Eleitoral determinará o cancelamento da inscrição eleitoral
e:
a) o comando do código de ASE 450 no histórico da inscrição eleitoral e a
adoção das providências previstas no item 1.1, caso aplicável; ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado;
c) a adoção das providências previstas no e
c) o arquivamento do feito, após a adoção das providências cabíveis.

8. Transcorrido o prazo de 03 dias, contados da publicação da decisão, o Chefe de


Cartório certificará:
a) a apresentação de recursos, pelo interessado ou por delegado de partido
político; ou
b) ou o transcurso in albis do prazo recursal376.

9. Não sendo interpostos recursos e finalizada a adoção das providências previstas nas
alíneas “a” ou “b” do item 7.1 (caso tenha sido determinado o cancelamento da
inscrição), o Chefe de Cartório arquivará o processo.

10. Caso sejam interpostos recursos377, o Chefe de Cartório:


I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.

11. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas no item 8 e nos itens 9 ou 10, conforme a hipótese.

12. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:

372
CE, artigo 77, inciso II
373
CPC, artigo 228
374
CE, artigo 77, inciso III
375
CE, artigo 77, inciso IV
376
CE, artigo 80
377
CE, artigo 80

323
I. caso tenha sido determinado o cancelamento da inscrição eleitoral do
interessado:
a) o lançamento do código de ASE 450; ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado;
II. a adoção das demais providências determinadas pelo Juiz Eleitoral; e
III. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo à Secretaria
Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade do feito.

13. Muito embora os recursos em matéria eleitoral, salvo disposição em contrário, não
sejam dotados de efeito suspensivo, o aguardo do prazo recursal para registro da
decisão tem por objetivo evitar que, reformada a decisão, seja necessária a remessa do
processo à CGE, para reversão da operação no Sistema Elo.

324
Módulo XXXIV

DO RESTABELECIMENTO
DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS

325
Módulo XXXIV
DO RESTABELECIMENTO DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS
Capítulo I
RESTABELECIMENTO POR MEIO DO CÓDIGO DE ASE 361
(INSCRIÇÕES CANCELADAS POR EQUÍVOCO)
1. Verificada pelo Cartório Eleitoral ou comunicada a necessidade de restabelecimento
de inscrição cancelada equivocadamente pelos códigos de ASE 019, 450 e 469, deverá
ser autuado processo, na classe CIE, independente de determinação do Juiz
Eleitoral378.

1.1. A competência para determinação da regularização de inscrição cancelada por


equívoco é do Juízo da Zona Eleitoral a que estiver vinculada a inscrição.

2. A peça inicial do processo, devidamente protocolizada, será, conforme o caso:


a) o RRI, nas hipóteses em que a ocorrência tiver sido verificada na presença do
eleitor;
b) informação prestada pelo Chefe de Cartório acerca da ocorrência detectada
pela própria Serventia na ausência do eleitor; ou
c) a documentação por meio da qual a ocorrência foi comunicada ao Juízo.

3. Autuado o processo, será providenciada a juntada de:


I. espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores de que conste registro
do código de ASE comandado equivocadamente;
II. cópia autêntica do documento que deu origem ao comando equivocado do
código de ASE; e
III. outros documentos e informações que possam subsidiar a decisão do
processo.

4. Se o eleitor já tiver apresentado o RRI, o Chefe de Cartório, no prazo máximo de 05


dias379:
I. prestará informações (salvo na hipótese prevista na alínea “b” do item 2); e
II. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral.

5. Caso ainda não tenha sido apresentado o RRI, o Chefe de Cartório,


independentemente de determinação do Juiz Eleitoral, expedirá notificação ao eleitor,
para que compareça ao Cartório.

5.1. A notificação deverá ser realizada:

378
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 20
379
CPC, artigo 228

326
a) pessoalmente: ou
b) por meio de correspondência a ser encaminhada para o endereço constante
do Cadastro Nacional de Eleitores.

5.2. O prazo para o comparecimento do eleitor será de 20 dias, contados:


a) do recebimento da notificação pessoal; ou
b) da juntada ao processo do AR da correspondência a ele encaminhada.

5.2.1. Nas hipóteses em que a ocorrência for verificada às vésperas do fechamento do


Cadastro Nacional de Eleitores, poderá ser fixado prazo inferior a 20 dias, de modo a
possibilitar o comparecimento do eleitor ao Cartório em tempo hábil para a realização
das anotações necessárias no Sistema Elo.

6. No prazo máximo de 05 dias380, contados do transcurso do prazo previsto no item


anterior ou do comparecimento do eleitor, o Chefe de Cartório:
I. certificará o comparecimento ou não do eleitor ao Cartório;
II. caso o eleitor tenha comparecido ao Cartório, juntará o RRI ao processo;
III. prestará informações; e
IV. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral.

7. O Juiz Eleitoral, caso julgue necessário, determinará a realização de diligências,


visando à coleta de maiores informações.

8. Não vislumbrando a necessidade de restabelecimento da inscrição, o Juiz Eleitoral


determinará o arquivamento do feito.

9. Adotadas as providências previstas no item 7 e não se configurando a hipótese


prevista no item 8, o Juiz Eleitoral determinará:
I. o comando do código de ASE 361 no histórico da inscrição cancelada por
equívoco;
II. a notificação do eleitor, acerca da regularização de sua inscrição eleitoral;
III. a juntada de cópia autêntica da decisão que determinou o restabelecimento
da inscrição ao processo em que foi determinado o comando do código de ASE
019, 450 ou 469; e
IV. o arquivamento do feito.

10. Transcorrido o prazo de 03 dias, contado da publicação da decisão, o Chefe de


Cartório certificará a apresentação de recursos ou o transcurso in albis do prazo
recursal.

11. Não sendo interpostos recursos e finalizada a adoção das providências previstas no
item 9, o Chefe de Cartório arquivará os autos.

12. Caso sejam interpostos recursos, o Chefe de Cartório:

380
CPC, artigo 228

327
I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.

13. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas no item 10 e nos itens 11 ou 12, conforme a hipótese.

14. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
a) o lançamento do código de ASE 361 (caso tenha sido determinado o
restabelecimento da inscrição eleitoral do interessado); ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado; e
c) caso tenha sido interposto recurso à Corte381, a remessa do processo à
Secretaria Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade do feito
(vide item 14.1).

15. Muito embora os recursos em matéria eleitoral, salvo disposição em contrário, não
sejam dotados de efeito suspensivo, o aguardo do prazo recursal para registro da
sentença tem por objetivo evitar que, reformada a decisão, seja necessária a remessa
dos autos à CGE, para reversão da operação no Sistema Elo.

Capítulo II
RESTABELECIMENTO POR MEIO DE REVISÃO OU TRANSFERÊNCIA
(INSCRIÇÕES CANCELADAS POR OUTROS MOTIVOS)
Seção I
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS PELO CÓDIGO DE ASE 019

16. Muito embora o Sistema Elo admita a revisão ou a transferência de inscrição


cancelada pelo código de ASE 019, deverá ser observada, nessa hipótese, o rito
previsto no Capítulo I.

Seção II
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 e 035

17. Para a REVISÃO de inscrição cancelada pelos códigos de ASE 027-3 e 035 deverá ser
observado o procedimento previsto no item 29 do Módulo XIV.

18. Para a TRANSFERÊNCIA de inscrição cancelada pelos códigos de ASE 027-3 e 035
deverá ser observado o procedimento previsto no item 26 do Módulo XIII.

381
CE, artigo 80

328
Seção III
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS PELO CÓDIGO DE ASE 469

19. Para a REVISÃO de inscrição cancelada pelo código de ASE 469 deverá ser
observado o procedimento previsto nos itens 30 e 31 do Módulo XIV.

20. Para a TRANSFERÊNCIA de inscrição cancelada pelo código de ASE 469 deverá ser
observado o procedimento previsto nos itens 27 e 28 do Módulo XIII.

21. Nas hipóteses em que o código de ASE 469 tiver sido lançado por equívoco, deverá
ser observado o rito previsto no Capítulo I.

Seção IV
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS PELO CÓDIGO DE ASE 450

22. A inscrição cancelada pelo código de ASE 450 não poderá ser regularizada por meio
de operação de alistamento.

23. Se o cancelamento pelo código de ASE 450 tiver ocorrido por equívoco, deverá ser
observado o rito previsto no Capítulo I.

24. Caso o código de ASE 450 tenha sido comandado regularmente, deverá ser
realizado novo alistamento, com observância do procedimento previsto no item 18 do
Módulo XI.

Seção V
DISPOSIÇÕES COMUNS

25. A competência para determinação da regularização de inscrição cancelada é do


Juízo da Zona Eleitoral a que estiver vinculada a inscrição.

25.1. Quando se tratar de eleitor de Zona Eleitoral de outra Unidade da Federação que
não desejar transferir a inscrição, o atendente deverá observar as normas previstas
nos itens 3 e 4 do Módulo XIV.

329
Módulo XXXV

DOS PROCEDIMENTOS RELATIVOS


AOS LOCAIS DE VOTAÇÃO
E AOS AGENTES ELEITORAIS

330
Módulo XXXV
DOS PROCEDIMENTOS RELATIVOS
AOS LOCAIS DE VOTAÇÃO E AOS AGENTES ELEITORAIS
Capítulo I
DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO
1. As Mesas Receptoras de Voto e de Justificativas funcionarão nos Locais de Votação e
de Justificativa designados pelos Juízes Eleitorais por meio de edital.

1.1. A gerência dos locais de votação e das seções eleitorais será exercida pelo Chefe
do Cartório, cabendo-lhe propor ao Juiz Eleitoral a criação, a extinção ou a fusão do
local, de modo a prestar um bom serviço aos eleitores do Distrito Federal.

1.1.1. Os locais de votação ou de justificativa deverão ser escolhidos dentre aqueles


existentes na circunscrição da própria Zona Eleitoral, levando-se em consideração
ainda:
I. as condições de acesso aos eleitores com deficiência ou com mobilidade
reduzida;
II. a existência de linhas de transporte público convencional que atendam o
local;
III. a distância em relação à comunidade a que atenderá; e
IV. as condições das instalações prediais (rede elétrica, telefônica e estrutura
predial).

2. O edital previsto no item 1 deverá ser publicado no DJE até 60 dias antes do pleito e
discriminar:
I. as seções, inclusive as agregadas, com indicação:
i. da numeração ordinal; e
ii. do local em que funcionarão (com a indicação da rua, número e
qualquer outro elemento que facilite a sua localização pelo eleitor);
II. os nomes dos mesários nomeados para atuarem nas Mesas Receptoras; e
III. os nomes dos eleitores nomeados para atuarem no apoio logístico nos
Locais de Votação382.

3. Será dada preferência aos edifícios públicos, recorrendo-se aos particulares se


faltarem aqueles em número e condições adequadas383.

3.1. A propriedade particular será obrigatória e gratuitamente cedida para esse fim384.

382
CE, artigos: 120, §3º; e 135, §1°
383
CE, artigo 135, § 2º
384
CE, artigo 135, § 3º

331
3.2. É expressamente vedado o uso de propriedade pertencente a:
a) candidato;
b) membro de diretório de partido político;
c) delegado de partido político ou de coligação;
d) autoridade policial; ou
e) cônjuges e parentes – consanguíneos ou afins, até o segundo grau, inclusive
– das pessoas indicadas nas alíneas supra385.

3.3. Não poderão ser instaladas seções eleitorais em:


a) fazenda;
b) sítio; ou
c) qualquer propriedade rural privada.

3.3.1. A vedação de que trata o item 3.3 permanece mesmo que exista prédio público
no local.

3.3.2. Em caso de infringência, o Juiz Eleitoral incorrerá nas penas do artigo 312 do
Código Eleitoral386.

4. A utilização de prédios ou de parte deles para funcionamento das Mesas Receptoras


será comunicada pelos Juízes Eleitorais:
a) aos chefes das repartições públicas; ou
b) aos proprietários, arrendatários ou administradores das propriedades
particulares.

4.1. A comunicação de que trata este item deverá ser realizada até 10 dias antes da
data de realização da audiência pública de nomeação de mesários e de designação de
locais de votação.

4.1.1. Este prazo visa garantir a possibilidade de que as pessoas indicadas nas alíneas
“a” e “b” possam comunicar ao Juízo Eleitoral a eventual existência de impedimento.

5. Os locais de votação devem ser vistoriados:


I. facultativamente no ano que antecede as eleições; e
II. obrigatoriamente nos anos em que se realizarem Eleições Gerais e
Municipais, no período compreendido entre o fechamento do Cadastro e o dia
30 de junho.

5.1. Durante a vistoria, deverão ser verificados:


I. as condições de funcionamento;
II. a disponibilidade do local;
III. a existência de sala segura para acondicionar o material a ser recebido na
véspera das eleições; e

385
CE, artigo 135, § 4º
386
CE, artigo 135, § 5º

332
IV. o atendimento dos critérios de acessibilidade (vide item 5.1.1.)387.

5.1.1. No Distrito Federal, cada Local de Votação deverá possuir, no mínimo, uma
seção especial, destinada aos eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida,
devendo ser criadas novas seções especiais conforme a demanda388.

5.2. As vistorias serão realizadas conforme as orientações expedidas pela Corregedoria


e sua realização deverá ser comunicada à CRE-DF.

6. Somente serão instaladas seções eleitorais especiais nos estabelecimentos prisionais


e nas unidades de internação em que houver, no mínimo, 20 eleitores aptos a votar.

6.1. Caso não seja atingido o número mínimo de eleitores, o Juiz Eleitoral:
I. dispensará os agentes eleitorais nomeados para atuarem no Local; e
II. oficiará os estabelecimentos prisionais:
i. comunicando a não instalação da seção; e
ii. informando que os eleitores deverão justificar a sua ausência (vide
item 6.1.1).

6.1.1. Nesta hipótese, a apresentação de justificativa por ausência às urnas pelos


presos provisórios ocorrerá por meio de procedimento próprio a ser definido pela
comissão específica do TRE-DF.

Capítulo II
DA SELEÇÃO DOS AGENTES
Seção I
DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO E DE JUSTIFICATIVA
NOS INSTITUTOS PRISIONAIS

7. Os membros das Mesas Receptoras de Votos e de Justificativas convocados para


atuar nas seções especiais criadas em estabelecimentos prisionais e em unidades de
internação de adolescentes serão nomeados, preferencialmente, dentre:
I. servidores:
a) do Departamento Penitenciário;
b) da Secretaria de Justiça e Cidadania;
c) da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres,
Igualdade Racial e Direitos Humanos;
d) do Ministério Público Federal;
e) do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios;
f) das Defensorias Públicas do Distrito Federal e da União;
g) da Ordem dos Advogados do Brasil; e

387
Resolução-TSE nº 23.381/2012
388
Resolução-TSE nº 21.008/2002 / Resolução-TSE nº 23.381/2012

333
h) das secretarias e dos Órgãos responsáveis pelo sistema
socioeducativo da infância e da juventude no Distrito Federal; ou
II. outros cidadãos indicados pelos órgãos mencionados no inciso I.

7.1. Os mesários serão selecionados dentre aqueles indicados pelo relatório elaborado
por comissão específica do TRE.

8. As nomeações objeto desta Seção deverão ser documentadas em feito próprio (vide
Capítulo III do Módulo XXXVI).

8.1. Esta medida decorre da localização, dos critérios de segurança e do cronograma


diferenciados para a habilitação das Mesas.

Seção II
DOS LOCAIS PARA O
VOTO EM TRÂNSITO

9. A seleção dos agentes eleitorais a serem nomeados para atuarem nas Mesas
Receptoras de Voto em Trânsito observará as regras estabelecidas na Seção III deste
Capítulo.

10. As nomeações objeto desta Seção deverão ser documentadas em feito próprio
(vide Capítulo IV do Módulo XXXVI).

10.1. Esta medida decorre do cronograma diferenciado para a habilitação das Mesas.

Seção III
DOS DEMAIS LOCAIS DE VOTAÇÃO E DE JUSTIFICATIVA

11. Os Chefes dos Cartórios providenciarão com razoável antecedência a seleção dos
possíveis agentes eleitorais por meio do Sistema de Convocação de Mesários do TRE-
DF.

11.1. O Sistema de Convocação de Mesários extrai relatório diretamente do Sistema


Elo, conforme o perfil mais adequado e pré-estabelecido.

12. Os membros das mesas receptoras de voto e de justificativas serão selecionados,


de preferência, entre os eleitores da própria Seção Eleitoral.

12.1. Dentre os eleitores da Seção Eleitoral, a preferência será para


I. os diplomados em escola superior;
II. os professores; e
III. os serventuários da Justiça389.

389
CE, artigo 120, § 2º

334
13. O perfil dos membros das mesas receptoras de voto e de justificativas será definido
em função da disponibilidade de eleitores nos locais de votação, com base:
I. no grau de escolaridade;
II. na idade; e
III. na profissão (vide item 13.1.)

13.1. Serão selecionados, preferencialmente, empregados e servidores públicos


federais ou distritais.

14. A critério da Administração do Tribunal, os servidores da Justiça Eleitoral poderão


atuar:
I. nas Mesas que sejam exclusivamente Receptoras de Justificativa; e
II. no apoio logístico.

Capítulo III
DOS IMPEDIMENTOS E DAS VEDAÇÕES PARA A NOMEAÇÃO
15. Não poderão ser nomeados para compor as Mesas Receptoras de Votos e de
Justificativas nem para atuar no apoio logístico nos locais de votação390:
I. os candidatos e seus:
i. parentes (ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive); e
ii. cônjuges;
II. os membros de diretórios de partido político, desde que exerçam função
executiva;
III. as autoridades e os agentes policiais de quaisquer das carreiras civis e
militares (vide item 15.1);
IV. os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Poder Executivo
(vide itens 15.2 e 15.3);
V. os que pertencerem ao serviço eleitoral (vide item 15.3); e
VI. os eleitores menores de 18 anos.

15.1. No que se refere às Mesas Receptoras de Votos e de Justificativas instaladas em


estabelecimentos prisionais e em unidades de internação de adolescentes, também
não poderão ser nomeados como Presidentes de Mesa ou como Mesários:
I. as autoridades e os agentes policiais de quaisquer das carreiras civis e
militares, agentes penitenciários e de escolta; e
II. os integrantes das guardas municipais.

15.2. O Juiz Eleitoral avaliará as ocorrências envolvendo cargos de confiança do Poder


Executivo.

15.3. Não se aplica a vedação constante dos incisos IV e V (vide item 14) para:
I. as Mesas que sejam exclusivamente Receptoras de Justificativas; e

390
CE, artigo 120, § 1º, incisos I a IV / Lei n° 9.504/1997, artigo 63, § 2º

335
II. a atuação como apoio logístico nos locais de votação.

16. É vedada a participação de parentes em qualquer grau ou de servidores da mesma


repartição pública ou empresa privada na mesma Mesa Receptora de Votos391.

16.1. Não se incluem na proibição de que trata este item:


I. os servidores de dependências diversas do(a) mesmo(a):
a) Ministério;
b) Secretaria de Estado;
c) Secretaria de Município;
d) autarquia ou fundação pública de qualquer ente federativo;
e) sociedade de economia mista; ou
f) empresa pública; e
II. os serventuários de cartórios judiciais e extrajudiciais diferentes.

16.2. Quando se tratar de Mesas Receptoras de Justificativas, o Juiz Eleitoral avaliará


as hipóteses de vedação.

Capítulo IV
DA NOMEAÇÃO DOS AGENTES
17. A cada Seção Eleitoral corresponde uma Mesa Receptora de Votos, com mesários
nomeados pelo Juiz Eleitoral, até 60 dias antes da eleição, em audiência pública.

17.1. A audiência pública de nomeação de mesários deverá ser anunciada com pelo
menos 05 dias de antecedência.

18. A quantidade de mesários que atuarão nas seções eleitorais e nas Mesas
Receptoras de Justificativas será estabelecida a cada Eleição pelas diretrizes da
Comissão de Eleições.

19. É facultada ao TRE-DF a nomeação de eleitores para apoio logístico nos Locais de
Votação, em número e pelo período que deliberar, para:
I. atuarem como auxiliares dos trabalhos eleitorais; e
II. cumprirem outras atribuições, a critério do Juiz Eleitoral.

20. Em casos excepcionais, poderá ser convocado eleitor inscrito em outra Zona
Eleitoral, mediante autorização prévia do Juiz Eleitoral da Zona em que estiver inscrito.

20.1. A necessidade de autorização do Juízo da inscrição do agente eleitoral também


se aplica aos mesários voluntários392.

391
Lei n° 9.504/1997, artigo 64
392
Resolução-TSE nº 22.098/2005

336
20.2. A fim de não prejudicar os trabalhos eleitorais e o exercício do voto, orienta-se
que seja evitada a convocação de mesários de outras Unidades da Federação.

20.2.1. Caso decida pela convocação de eleitor de Estado, o Juiz poderá remeter ofício
diretamente ao Juiz da outra Zona, pelos Correios ou por meio de mensagem de
correio eletrônico.

20.3. Se a autorização não for recebida em prazo razoável, considerando a data de


realização da audiência pública, o Juiz poderá determinar a substituição do mesário.

20.4. Nas hipóteses previstas neste item, deverá ser solicitado ao Juízo da Zona
Eleitoral de inscrição do mesário o lançamento do código de ASE especifico.

21. O Cartório Eleitoral poderá manter até 10 agentes voluntários em situação de


sobreaviso, para eventuais substituições de mesários faltosos nos dias das votações.

21.1. Não configuram prestação de serviço eleitoral a simples:


a) inclusão na lista a que se refere este item; e/ou
b) permanência nas dependências do Cartório Eleitoral.

21.2. Os voluntários receberão a declaração equivalente aos dias de efetivo trabalho.

21.3. O lançamento de códigos de ASE no histórico das inscrições dos agentes será
realizado de acordo com as atividades efetivamente exercidas.

Capítulo V
DA CONVOCAÇÃO DOS AGENTES
22. Os mesários serão convocados a comparecer ao Cartório Eleitoral para assinar o
Termo de Ciência Coletiva atestando a ciência:
I. da função a ser exercida; e
II. da data, do local e da hora do treinamento.

23. A convocação se dará após a publicação do edital da audiência de nomeação por


intermédio de:
a) correspondências a serem encaminhadas aos agentes; ou
b) outro meio, ferramenta ou sistema eficaz estabelecido pelo TRE-DF393.

337
Capítulo VI
DAS DISPENSAS
Seção I
DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO E DE JUSTIFICATIVA
NOS INSTITUTOS PRISIONAIS

24. Caso algum estabelecimento prisional não atinja o número mínimo de eleitores,
nos termos do item 6, os mesários convocados serão dispensados pelo Juiz Eleitoral.

Seção II
DOS DEMAIS LOCAIS DE VOTAÇÃO

25. Deverão apresentar requerimento de dispensa dos trabalhos eleitorais ao Juiz


Eleitoral os mesários:
a) impedidos de atuar394; ou
b) impossibilitados de atuar, desde que por motivo justo.

25.1. O requerimento deverá ser apresentado no prazo de 05 dias, contado da


nomeação, salvo se os motivos sobrevierem depois desse prazo395.

25.2. O requerimento deverá vir acompanhado de documentação comprobatória do


alegado.

26. No prazo de 05 dias, contados da data do requerimento protocolizado pelo


interessado ou por seu procurador, a decisão do Juiz será:
I. publicada para ciência no átrio do Cartório; e
II. encaminhada por e-mail, desde que esta providência tenha sido autorizada
pelo interessado no próprio requerimento.

27. Os nomeados que se enquadrarem nos impedimentos constantes no Capítulo III e


não declararem essa situação incorrerão na pena prevista no artigo 310 do Código
Eleitoral396.

394
CE, artigo 120, § 1º / Lei nº 9.504/1997, artigos: 63, § 2º; e 64
395
CE, artigo 120, § 4º
396
CE, artigo 120, § 5º

338
Capítulo VII
DAS RECLAMAÇÕES CONTRA
OS AGENTES ELEITORAIS E OS LOCAIS DE VOTAÇÃO
Seção I
DAS RECLAMAÇÕES DURANTE A AUDIÊNCIA

28. Durante a respectiva audiência, poderão ser apresentadas reclamações contra a


nomeação de mesários e contra a designação de locais de votação.

28.1. O Juiz Eleitoral apreciará as reclamações durante a audiência e decidirá:


a) de imediato; ou
b) fundamentadamente, nos termos do disposto nas Seções II, conforme a
hipótese.

28.2. Apresentadas reclamações, o Juiz Eleitoral fará registrar as ocorrências na ata da


audiência e, caso aplicável, determinará:
I. a exclusão dos agentes eleitorais ou locais de votação do respectivo edital; e
II. a realização das anotações necessárias nos sistemas próprios.

Seção II
DAS RECLAMAÇÕES APÓS A AUDIÊNCIA

Subseção I
DAS RECLAMAÇÕES CONTRA OS AGENTES

29. Encerrada a audiência pública de nomeação de mesários e de designação de locais


de votação, deverão ser imediatamente encaminhados para publicação no DJE:
I. a ata da referida audiência; e
II. o respectivo edital, contendo relação:
a) dos locais de votação e de justificativa, com indicação de:
i. endereço; e
ii. números das seções eleitorais, inclusive as agregadas; e
b) dos mesários e dos demais agentes eleitorais nomeados, com
indicação de:
i. número da inscrição eleitoral;
ii. função; e
iii. local de votação e seção em que exercerão suas atividades.

30. Publicada a nomeação da Mesa Receptora, qualquer partido poderá reclamar ao


Juiz Eleitoral, no prazo de 05 dias.

30.1. A decisão do Juiz Eleitoral deverá ser proferida dentro de 48 horas397.

397
Lei nº 9.504/1997, artigo 63

339
31. O partido que não tiver reclamado da composição da Mesa não poderá arguir, sob
esse fundamento, a nulidade da respectiva Seção Eleitoral398.

32. Da decisão proferida pelo Juiz Eleitoral, na hipótese supra, caberá recurso para o
TRE-DF, no prazo de 03 dias399.

33. As reclamações de que trata esta Subseção receberão o tratamento previsto no


Capítulo VIII do Módulo XXXVI.

Subseção II
DAS RECLAMAÇÕES CONTRA OS LOCAIS DE VOTAÇÃO

34. Publicada a designação dos locais de votação, qualquer partido político ou


coligação poderá reclamar ao Juiz Eleitoral, no prazo de 03 dias.

34.1. A decisão do Juiz Eleitoral deverá ser proferida dentro de 48 horas400.

35. Da decisão do Juiz Eleitoral caberá recurso ao TRE-DF, a ser interposto dentro de
03 dias, devendo, no mesmo prazo, ser resolvido401.

36. Esgotados os prazos referidos nos itens 34 e 35, não mais poderá ser alegada, no
processo eleitoral, a proibição contida no item 3.3402.

37. As reclamações de que trata este item receberão o tratamento previsto no


Capítulo VIII do Módulo XXXVI.

Capítulo VIII
DO TREINAMENTO DOS AGENTES ELEITORAIS
38. Os Juízes deverão instruir os Mesários sobre o processo de eleição, por meio de
treinamento, com a necessária antecedência403.

37. Os Juízes deverão requisitar os locais a serem utilizados para o treinamento dos
agentes eleitorais, preferencialmente, dentre aqueles que detenham a infra-estrutura
necessária para o treinamento.

38. O treinamento será promovido pelos servidores do Cartório ou Posto Eleitoral e


por outros designados pelo Tribunal para auxiliar nessa tarefa.

398
CE, artigo 121, § 3º
399
CE, artigo 121, § 1º
400
CE, artigo 135, § 7º
401
CE, artigo 135, § 8º
402
CE, artigo 135, § 9º
403
CE, artigo 122

340
39. O treinamento ocorrerá em dia, local e hora previamente comunicados aos
agentes.

40. Os treinandos assinarão lista de frequência, que deverá ser juntada ao anexo do
processo CMR correspondente.

41. As declarações acerca da frequência, para fins de usufruto das folgas em dobro,
serão entregues ao final dos treinamentos.

Capítulo IX
DA MONTAGEM
DAS SEÇÕES E DAS MESAS RECEPTORAS DE JUSTIFICATIVA
42. A critério do Tribunal e do Juiz, poderão participar da montagem das seções:
a) os Presidentes de Mesa;
b) mesário indicado por Presidente de Mesa impossibilitado de comparecer; ou
c) agentes do cadastro de reserva de que trata o item 21.

43. Aqueles que participarem da montagem das seções deverão assinar a lista de
frequência, que será juntada ao anexo do processo CMR correspondente.

44. As declarações sobre a frequência, para fins de usufruto das folgas em dobro serão
entregues ao final da montagem das seções por servidores da Justiça Eleitoral ou pelo
Administrador de Local.

Capítulo X
DO MESÁRIO FALTOSO E
DO ABANDONO DOS TRABALHOS ELEITORAIS
45. Deverão apresentar requerimento de justificativa ao Juiz Eleitoral (vide item 45.1):
I. os mesários:
a) que não tiverem comparecido aos trabalhos eleitorais, no prazo de 30
dias após a votação (vide item 45.2); ou
b) que tenham abandonado os trabalhos eleitorais, no prazo de 03 dias
após a votação (vide item 45.2); e
II. os convocados para apoio logístico do local de votação que não
comparecerem aos locais e dias marcados para as atividades, inclusive para o
treinamento, no prazo de 05 dias, contados da data da ausência (vide item
45.3).

45.1. Os requerimentos deverão vir acompanhados de documentação comprobatória


do alegado.

341
45.1.1. Após apreciação pelo Juiz Eleitoral e adoção das providências por ele
determinadas (inclusive substituição do agente, se for o caso), o requerimento deverá
ser:
a) inserido na pasta prevista no item 13 do Módulo XXXVI; ou
b) juntado ao Anexo previsto no inciso II do item 19 daquele Módulo.

45.2. Os requerimentos a que se referem as alíneas “a” e “b” do inciso I receberão o


tratamento previsto nos Capítulos V ou VI do Módulo XXXVI, respectivamente.

45.3. A ausência dos agentes indicados no inciso II deste item não enseja a aplicação
de multa ou suspensão, quando se tratar de servidor público404.

404
PA nº 19.556-CGE – Decisão monocrática de 22/08/2006

342
Módulo XXXVI

DOS PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO


DE MESAS RECEPTORAS

343
Módulo XXXVI
DOS PROCESSOS DE
COMPOSIÇÃO DE MESAS RECEPTORAS
Capítulo I
DOS TIPOS DE PROCESSO
1. Deverão ser autuados separadamente os processos da classe Composição de Mesa
Receptora – CMR destinados à documentação de cada uma das seguintes situações,
quando aplicáveis à Zona Eleitoral:
I. Composição de Mesa Receptora (vide Capítulo II);
II. Composição de Mesa Receptora – Presos provisórios (vide Capítulo III);
III. Composição de Mesa Receptora – Voto em trânsito (vide Capítulo IV);
IV. Composição de Mesa Receptora – Mesário faltoso (vide Capítulo V);
V. Composição de Mesa Receptora – Abandono dos trabalhos eleitorais (vide
Capítulo VI);
VI. Composição de Mesa Receptora – Reclamação contra a Designação de Local
de Votação (Vide Capítulo VII);
VII. Composição de Mesa Receptora – Reclamação contra a Nomeação de
Agentes Eleitorais (Vide Capítulo VIII).

1.1. Nas hipóteses previstas nos incisos IV e V, deverá ser autuado um processo por
agente eleitoral.

2. Os procedimentos a serem registrados nos referidos processos deverão observar as


regras previstas no Módulo XXXV.

Capítulo II
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
3. O processo da classe CMR a ser autuado com o assunto “Composição de Mesa
Receptora” destina-se ao registro dos procedimentos referentes aos Locais de Votação
e Justificativa e aos agentes eleitorais convocados para trabalhar das Mesas
Receptoras de Votos e de Justificativas comuns.

3.1. Ressalvados os prazos diferenciados para o fechamento do Cadastro, a seleção dos


locais de votação, as autorizações para montagem de seção fora das Repartições
Consulares e Embaixadas e o transporte de urnas, a tramitação do feito a ser autuado
pelo Juízo da Zona Eleitoral do Exterior observará as regras previstas neste Capítulo, no
que for aplicável.

4. Serão documentados nesse processo:

344
I. a realização de vistoria nos locais de votação e de justificativa;
II. a designação de locais de votação e de justificativa;
III. a nomeação, a convocação, a dispensa e o treinamento de agentes
eleitorais;
IV. as reclamações apresentadas contra agentes eleitorais e locais de votação;
V. a montagem das mesas receptoras de votos e de justificativas;
VI. a verificação de ausência aos trabalhos eleitorais ou abandono destes, a ser
tratada em processo próprio (vide Capítulos V ou VI, conforme a hipótese); e
VII. o registro dos códigos de ASE aplicáveis nos históricos das inscrições dos
agentes eleitorais.

5. O processo deverá ser autuado tão logo seja realizada a seleção dos agentes
eleitorais por meio do Sistema de Convocação de Mesários.

6. A peça inicial dos autos será informação do Chefe de Cartório, que deverá conter:
I. dados sobre locais de votação, de justificativa e de treinamento;
II. sugestão de datas para as audiências, a ciência coletiva e o treinamento, de
acordo com os cronogramas estabelecidos pelo TRE e pelo TSE; e
III. outras informações julgadas relevantes.

6.1. A informação terá como anexos:


I. o relatório do Sistema de Convocação de Mesários contendo os indicados
para atuarem como agentes;
II. minuta do edital de marcação de audiência pública para nomeação dos
agentes e designação dos locais de votação e de justificativa;
III. minuta das intimações a serem expedidas aos agentes eleitorais;
IV. minuta dos ofícios de comunicação acerca da designação dos locais de
votação, justificativa e treinamento; e
V. minuta dos ofícios solicitando autorização para convocação de eleitor
vinculado a outra Zona Eleitoral, caso aplicável.

7. A seguir, o processo será concluso ao Juiz Eleitoral, para apreciação e:


I. anuência ou apresentação de ressalvas com relação aos prazos e aos
convocados;
II. apresentação de recomendações;
III. determinação da realização de diligências;
IV. determinação da expedição das intimações aos convocados e do edital;
V. determinação da expedição dos ofícios aos responsáveis pelos locais de
votação;
VI. determinação da expedição de ofício solicitando autorização para
convocação de eleitor vinculado a outra Zona Eleitoral, caso aplicável; e
VII. delegações de competência, caso aplicável.

8. Recebidos os autos, o Cartório providenciará:


I. a juntada de cópia do edital de marcação de audiência pública para
nomeação dos agentes e designação dos locais de votação;

345
II. o encaminhamento do referido edital para publicação no DJE;
III. a expedição dos ofícios mencionados no item 7;
IV. a expedição das intimações aos convocados; e
V. a adoção das demais providências determinadas pelo Juiz Eleitoral.

9. Certificada a adoção das providências previstas no item 8 e encerrada a audiência,


deverão ser imediatamente juntados aos autos e encaminhados para publicação no
DJE:
I. a ata da audiência pública para nomeação de agentes eleitorais e designação
de locais de votação e de justificativa;
II. o edital de nomeação de agentes eleitorais; e
III. o edital de designação de locais de votação e de justificativa.

10. A seguir, deverão ser certificados, nesta ordem:


I. as publicações de que trata o item 9;
II. o transcurso dos prazos destinados à apresentação de reclamações por
partidos políticos (vide item 10.1) contra:
a) a nomeação de agentes eleitorais (05 dias, contados da data da
publicação da ata da audiência); ou
b) a designação de locais de votação (03 dias, contados da data da
publicação da ata da audiência)405;
III. a abertura de Anexo para a juntada dos ARs ou das correspondências
devolvidas pelos Correios, se for o caso (vide item 10.2);
IV. a abertura de Anexo para juntada dos Termos de Ciência Coletiva dos
Agentes; e
V. a criação de pasta própria, provisória, para organização de todos os
requerimentos de dispensa – por impedimento ou outros motivos
protocolizados pelo Cartório (vide itens 10.3, 11 e 19); e
VI. a criação de pasta própria, provisória, para organização de todos os
formulários de vistoria em locais de votação e de justificativa.

10.1. Caso sejam apresentadas reclamações, deverá ser certificado nos autos a sua
protocolização e autuação em feitos individuais conforme regramento previsto nos
Capítulos VII e VIII.

10.2. O Anexo deverá conter os ARs:


I. separados por local;
II. organizados por ordem de seção; e
III. colados em número de 04 por folha.

10.3. Os requerimentos de dispensa dos trabalhos eleitorais serão levados à


apreciação do Juiz Eleitoral em prazo hábil para o cumprimento do cronograma
eleitoral.

405
Lei nº 9.504/1997, artigo 63

346
10.3.1. Constarão do formulário de requerimento de dispensa campos para o eleitor
assinalar a forma pela qual será cientificado da decisão do Juiz Eleitoral:
a) autorização de encaminhamento de comunicação por meio eletrônico,
informando, para tanto, seu e-mail, e se comprometendo a manifestar ciência
pelo mesmo meio; ou
b) obrigatoriedade de comparecimento ao Cartório ou acompanhamento pelo
DJE.

10.3.2. Deverão ser anexados aos requerimentos:


I. as provas apresentadas pelo eleitor; e
II. indicação de substituto pelo Chefe do Cartório.

10.3.3. A decisão do Juiz Eleitoral será imediatamente publicada:


I. no átrio do Cartório;
II. no DJE, quando se tratar de decisão coletiva com a indicação dos substitutos
e houver tempo hábil para publicação antes da data da votação;
III. por meio de mensagem de correio eletrônico, caso o requerente tenha
autorizado tal providência; e
IV. por meio do Sistema de Convocação de Mesários, caso disponível essa
funcionalidade.

10.3.4. Após a publicação da decisão, deverá ser anexada ao requerimento


comprovação da ciência do requerente, caso aplicável.

10.3.5. Os requerimentos de dispensa servirão, também, como fonte de pesquisa para


eventuais ocorrências de ausência de agentes ou abandono dos trabalhos eleitorais.

10.3.6. Ainda que apresentados após o prazo legal, os requerimentos de dispensa


deverão ser submetidos à apreciação do Juiz Eleitoral, para análise, à luz do previsto
no artigo 120, § 4º, do Código Eleitoral.

11. Finalizadas as providências, o Juiz Eleitoral determinará a expedição de edital


contendo as substituições realizadas, a ser juntado aos autos, por cópia, e publicado
no DJE, com observância dos prazos previstos no cronograma eleitoral.

12. Realizado o treinamento dos agentes eleitorais, o Chefe de Cartório:


I. certificará a abertura de Anexo para juntada da lista de freqüência aos
treinamentos;
II. juntará as declarações/ressalvas destinadas ao usufruto de folgas não
entregues aos agentes que não tiverem comparecido ao treinamento; e
III. prestará informações ao Juiz Eleitoral acerca dos ausentes, para
determinação:
a) da realização de diligências para a localização do mesário, com vistas
à apresentação de justificativa; ou
b) da imediata substituição do agente eleitoral.

347
13. Recebido requerimento de justificativa por ausência ou abandono, deverá ser
certificada a criação de pasta própria, provisória, para organização destes (vide itens
14 a 16 e 19).

14. No quarto dia, a partir da realização da votação, o Chefe de Cartório prestará


informações ao Juiz Eleitoral acerca dos agentes eleitorais que faltaram ou
abandonaram os trabalhos.

14.1. A informação deverá conter a relação dos que faltaram ou abandonaram os


trabalhos com indicação:
I. dos que apresentaram justificativa; e
II. dos que não apresentaram justificativa.

15. De posse dos autos, o Juiz Eleitoral determinará:


a) a realização de diligências para a localização do mesário, com vistas à
apresentação de justificativa; ou
b) a imediata substituição do agente eleitoral.

16. O Juiz Eleitoral determinará, ainda:


I. a autuação de processos individuais para apuração dos casos de abandono
dos trabalhos, quando aplicável, haja vista já ter transcorrido o prazo legal para
apresentação de justificativa (vide Capítulo VI); e
II. o aguardo do prazo de 30 dias, contado da data da votação, destinado à
apresentação de justificativa pelos mesários faltosos, para análise das situações
e autuação de feitos apartados, caso aplicável (vide Capítulo V).

16.1. As autuações em apartado deverão ser certificadas nos autos do processo


principal.

17. Os requerimentos de justificativa por ausência ou abandono protocolizados entre o


1º e o 2º turnos deverão ser imediatamente levados à apreciação do Juiz Eleitoral e,
adotadas as providências para cumprimento de sua decisão, armazenados na pasta
mencionada no item 13.

18. Havendo 2º turno, deverão ser adotadas as providências previstas nos itens 11, 12,
13, 14 e 16, no que for aplicável.

19. A seguir, deverão ser certificadas:


I. a abertura de Anexo para juntada dos requerimentos de dispensa que
constavam da pasta prevista no item 10, inciso V, e não tiverem sido incluídos
em processos de ausência aos trabalhos eleitorais ou abandono destes (vide
item 19.1);
II. a abertura de Anexo para juntada dos requerimentos de justificativa por
ausência ou abandono deferidos pelo Juiz Eleitoral (vide itens 13 e 19.1); e
III. a abertura de Anexo para juntada dos formulários de vistoria em locais de
votação e de justificativa (vide item 19.2).

348
19.1. Os requerimentos deverão ser juntados aos anexos com observância da ordem
cronológica de protocolo.

19.2. Os formulários deverão ser juntados ao anexo por ordem de Local de Votação e
de Seção Eleitoral.

20. Após a abertura do Cadastro Nacional de Eleitores, os códigos de ASE 183 serão
lançados coletivamente pela STI, com extração dos dados do Sistema de Convocação
de Mesários, observado o cronograma técnico do TSE.

21. A seguir, deverão ser certificados:


I. a conferência do lançamento e do processamento dos códigos de ASE 183
pela STI;
II. o registro dos códigos de ASE 078, 175 e/ou 442, quando aplicável (vide item
21.1); e
III. a expedição de ofícios aos Juízos que autorizaram a convocação de mesários
vinculados a sua jurisdição acerca da necessidade de lançamento dos
respectivos códigos de ASE.

21.1. Em virtude do processamento automático dos lotes de ASE, é vedado o


lançamento no modo off line antes da adoção da providência prevista no inciso I deste
item.

22. Adotadas as providências previstas no item 21, o Cartório Eleitoral certificará:


I. a conferência do registro e do processamento de todos os códigos de ASE
mencionados no item 21, inclusive nos históricos dos eleitores de outras Zonas
Eleitorais convocados para os trabalhos; e
II. a adoção das providências eventualmente necessárias para o saneamento do
feito.

23. Por fim, o Chefe de Cartório prestará informações acerca da finalização de todas as
providências cabíveis e fará conclusão ao Juiz Eleitoral, para determinação:
a) da realização das diligências que reputar cabíveis;
b) do encaminhamento dos autos ao MPE, caso julgue necessário; ou
c) do arquivamento do feito.

Capítulo III
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
PRESOS PROVISÓRIOS
24. O processo da classe CMR a ser autuado com o assunto “Composição de Mesa
Receptora – Presos Provisórios” destina-se ao registro dos procedimentos referentes
aos agentes eleitorais convocados para trabalhar nas Seções Especiais instaladas em
estabelecimentos prisionais e unidades de internação de adolescentes.

349
25. Serão documentados nesse processo;
I. os procedimentos discriminados no item 4; e
II. as ações adotadas para a garantia da segurança e da integridade física dos
agentes eleitorais e dos servidores da Justiça Eleitoral.

26. O processo deve ser autuado tão logo o Cartório Eleitoral receba o relatório da
Comissão responsável por firmar Termo de Cooperação Técnica com:
I. o Ministério Público;
II. a Defensoria Pública;
III. a Seccional da OAB; e
IV. os órgãos e secretarias responsáveis pela administração do sistema prisional
e pelo sistema socioeducativo da infância e da juventude.

26.1. O relatório deverá conter, dentre outras disposições:


I. relação dos locais de instalação das seções eleitorais, discriminando:
i. nome do estabelecimento;
ii. endereço do estabelecimento;
iii. telefone do estabelecimento; e
iv. contatos do administrador.
II. relação dos presos provisórios ou dos adolescentes internados (inclusive
provisoriamente);
III. informações sobre as condições de segurança e a lotação do
estabelecimento; e
IV. indicação dos mesários.

27. A primeira peça dos autos será informação do Chefe do Cartório ao Juiz Eleitoral
referente à instalação das seções especiais em estabelecimentos prisionais e em
unidades de internação de adolescentes contendo, dentre outros dados:
I. eventos previstos no calendário eleitoral;
II. sugestão de estabelecimentos em que devem ser criadas as seções especiais;
III. sugestão de eleitores a serem indicados como mesários; e
IV. em anexo, o relatório referido no item 26.

28. De posse dos autos, o Juiz Eleitoral:


I. determinará a criação da seção especial; e
II. fixará a data para a realização da audiência pública de nomeação de
mesários.

29. Recebendo os autos, o Chefe de Cartório certificará a criação da seção especial.

30. A tramitação do feito observará as regras previstas nos itens 6 a 23, no que for
aplicável, ressalvados:
I. os prazos exíguos para a movimentação de eleitores, a montagem das mesas
e a seleção dos mesários; e

350
II. a necessidade de oportuna certificação acerca das providências para a
manutenção da segurança e integridade física dos agentes e servidores da
Justiça Eleitoral.

Capítulo IV
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
VOTO EM TRÂNSITO
31. O processo da classe CMR a ser autuado com o assunto “Composição de Mesa
Receptora – Voto em Trânsito” destina-se ao registro dos procedimentos referentes
aos agentes eleitorais convocados para trabalhar nas Seções Especiais destinadas a
eleitores inscritos em Estados da Federação que:
I. estejam no Distrito Federal no dia das Eleições; e
II. tenham solicitado sua transferência provisória para esta Unidade da
Federação para exercer o voto em trânsito.

32. Serão documentados nesse processo:


I. a designação de locais de votação em trânsito;
II. a nomeação, a convocação, a dispensa e o treinamento de agentes
eleitorais;
III. as reclamações apresentadas contra agentes eleitorais e locais de votação;
IV. a montagem das mesas receptoras de votos em trânsito;
V. a verificação de ausência aos trabalhos eleitorais ou abandono destes, a ser
tratada em processo próprio (vide Capítulos V ou VI, conforme a hipótese); e
VI. o registro dos códigos de ASE aplicáveis nos históricos das inscrições dos
agentes eleitorais.

33. Ressalvados os prazos exíguos para a movimentação dos eleitores, a montagem


das mesas e a seleção dos mesários, a tramitação do feito observará as regras
previstas nos itens 6 a 23, no que for aplicável.

Capítulo V
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
MESÁRIO FALTOSO
34. Será autuado um processo da classe CMR com o assunto “Composição de Mesa
Receptora – Mesário Faltoso” para cada agente eleitoral que não comparecer aos
trabalhos nos dias das Eleições406 e:
a) não apresentar justificativa para a ausência no prazo de 30 dias após a data
do turno a que se referir; ou
b) tiver seu requerimento de justificativa indeferido pelo Juiz Eleitoral.

406
CE, artigo 124, caput

351
34.1. O processo será autuado:
a) caso não seja apresentada justificativa, tão logo transcorra o prazo previsto
no artigo 124 do Código Eleitoral; ou
b) caso o requerimento de justificativa seja indeferido, no prazo máximo de 05
dias407, contados da determinação do Juiz Eleitoral nos autos do processo
principal.

34.1.1. Para a Zona Eleitoral do Exterior, a apuração da falta dos mesários fica
condicionada à chegada do material de votação via mala diplomática.

34.2. Deverá ser indicado no assunto:


I. se a ausência se refere ao 1º, ao 2º ou a ambos os turnos das Eleições; e
II. se o agente eleitoral faltoso é servidor público.

34.2.1. Caso o agente tenha faltado a ambos os turnos, o Juiz poderá apreciar ambas
as ausências em uma única decisão, após o transcurso do prazo previsto para
apresentação de justificativa relativa ao 2º turno.

35. A peça inicial do processo será informação individualizada prestada pelo Chefe de
Cartório ao Juiz Eleitoral, contendo qualificação completa do agente eleitoral e seguida
dos seguintes documentos, dentre outros considerados relevantes:
I. o requerimento de justificativa por ausência aos trabalhos indeferido pelo
Juiz Eleitoral ou cópia da decisão do Juiz nos autos do processo CMR
determinando a autuação do feito;
II. cópia do Edital de Nomeação e Intimação;
III. cópia do Termo Coletivo de Ciência;
IV. cópia do comprovante de comparecimento ao treinamento e à montagem
da seção, se for o caso;
V. cópia da Ata e da freqüência da Mesa Receptora;
VI. eventual requerimento de dispensa dos trabalhos; e
VII. espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores, que comprove o
comando do código de ASE 442 no histórico da inscrição do agente eleitoral,
caso já tenha sido realizado.

36. A seguir, o Chefe de Cartório fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral, para
prolação de decisão determinando a aplicação:
I. de multa408 (vide Módulo XVIII); e
II. se o agente for servidor público, de suspensão por até 15 dias409.

36.1. As penas poderão ser aplicadas em dobro se a mesa receptora deixar de


funcionar por culpa dos faltosos410.

407
CPC, artigo 228
408
CE, artigo 124, caput c/c artigo 85 da Resolução-TSE nº 21.538/2003
409
CE, artigo 124, § 3º
410
CE, artigo 124, § 3º

352
37. Certificada a publicação da decisão, será expedido mandado de intimação ao
mesário, acompanhado de cópia desta, para ciência.

37.1. Na hipótese de não localização do mesário, o Chefe de Cartório fará conclusão


dos autos ao Juiz Eleitoral para:
I. a determinação da realização de diligências; e
II. caso frustradas todas as tentativas de localização:
a) arquivamento provisório em Cartório, para intimação no pleito
subseqüente; ou
b) aguardo do prazo prescricional, para arquivamento definitivo,
mediante nova determinação judicial.

37.1.1. Tratando-se de servidor público, este poderá ser intimado em seu endereço
funcional.

38. Transcorrido o prazo de 03 dias, contados da data da juntada aos autos de


comprovação do cumprimento do mandado de intimação, o Chefe de Cartório
certificará a apresentação de recursos ou o transcurso in albis do prazo recursal411.

39. Não sendo interpostos recursos, o Chefe do Cartório arquivará os autos depois de:
I. adotar as providências necessárias para a cobrança da multa e certificar:
a) o adimplemento desta, seguido do lançamento dos códigos de ASE
078, motivos/forma 1 ou 2, conforme a hipótese; ou
b) caso a quitação da multa não ocorra no prazo de 30 dias, sua
inscrição no Livro de Registro de Multas Eleitorais (vide Capítulo VII do
Módulo XVIII); e
II. caso o Juiz Eleitoral tenha determinado a suspensão do agente eleitoral:
i. oficiar ao órgão empregatício do servidor público, encaminhando
cópia da decisão e da publicação desta no DJE, para aplicação da
penalidade;
ii. juntada de comprovação da aplicação da penalidade aos autos; e
iii. certificação acerca do lançamento do código de ASE 175,
motivo/forma 3.

40. Caso sejam interpostos recursos412, o Chefe de Cartório:


I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.

41. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas nos itens 37 e 38 e certificará:
a) no caso de reforma parcial, a adoção das providências previstas no item 39,
no que for aplicável, e das demais medidas determinadas pelo Juiz; ou

411
CE, artigo 258
412
CE, artigo 258

353
b) se a decisão reformada não tiver aplicado nenhuma penalidade, o
lançamento do código de ASE 175, motivo/forma 1.

42. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o previsto nos itens 37 a 39 (vide item 42.1);
II. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo à Secretaria
Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade do feito; e
III. comunicação, à Corte, acerca da eventual ocorrência, durante a fase de
recurso:
i. de pagamento da multa pelo eleitor;
ii. de pedidos formulados pelo eleitor; e
iii. de comunicação acerca da aplicação da penalidade de suspensão
pelo órgão empregatício.

42.1. A intimação do agente eleitoral deverá informar a possibilidade de interposição


de recurso ao TRE-DF.

43. Restituídos pela Secretaria Judiciária do TRE-DF, o Chefe de Cartório fará conclusão
ao Juiz Eleitoral para determinação:
a) da adoção de novas providências; ou
b) do arquivamento do feito.

Capítulo VI
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
ABANDONO DOS TRABALHOS ELEITORAIS
44. Será autuado um processo da classe CMR com o assunto “Composição de Mesa
Receptora – Abandono dos Trabalhos Eleitorais” para cada agente eleitoral que tiver
abandonado os trabalhos nos dias das Eleições413 e:
a) não apresentar justificativa para a ausência no prazo de 03 dias após a data
do turno a que se referir; ou
b) tiver seu requerimento de justificativa indeferido pelo Juiz Eleitoral.

44.1. O processo será autuado:


a) caso não seja apresentada justificativa, tão logo transcorra o prazo previsto
no artigo 124, § 4º, do Código Eleitoral; ou
b) caso o requerimento de justificativa seja indeferido, no prazo máximo de 05
dias414, contado da determinação do Juiz Eleitoral nos autos do processo
principal.

44.1.1. Para a Zona Eleitoral do Exterior, a apuração da falta dos mesários fica
condicionada à chegada do material de votação via mala diplomática.

413
CE, artigos 124, § 4º
414
CPC, artigo 228

354
44.2. Deverá ser indicado no assunto:
I. se o abandono ocorreu no 1º, no 2º ou em ambos os turnos das Eleições; e
II. se o agente eleitoral faltoso é servidor público.

44.2.1. Caso o agente tenha abandonado os trabalhos em ambos os turnos, o Juiz


poderá apreciar ambas as ocorrências em uma única decisão, após o transcurso do
prazo previsto para apresentação de justificativa relativa ao 2º turno.

45. A peça inicial do processo será informação individualizada prestada pelo Chefe de
Cartório ao Juiz Eleitoral, contendo qualificação completa do agente eleitoral e seguida
dos seguintes documentos, dentre outros considerados relevantes:
I. o requerimento de justificativa por abandono dos trabalhos indeferido pelo
Juiz Eleitoral ou cópia da decisão do Juiz nos autos do processo CMR
determinando a autuação do feito;
II. cópia do Edital de Nomeação e Intimação;
III. cópia do Termo Coletivo de Ciência;
IV. cópia do comprovante de comparecimento ao treinamento e à montagem
da seção, se for o caso;
V. cópia da Ata e da freqüência da Mesa Receptora;
VI. eventual requerimento de dispensa dos trabalhos; e
VII. espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores, que comprove o
comando do código de ASE 442 no histórico da inscrição do agente eleitoral,
caso já tenha sido realizado.

46. A seguir, o Chefe de Cartório fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral, para
prolação de decisão determinando a aplicação:
I. de multa415 (vide Módulo XVIII); e
II. se o agente for servidor público, de suspensão416.

46.1. As penas serão aplicadas em dobro nas hipóteses de abandono dos trabalhos417.

47. Certificada a publicação da decisão, será expedido mandado de intimação ao


mesário, acompanhado de cópia desta, para ciência.

47.1. Na hipótese de não localização do mesário, o Chefe de Cartório fará conclusão


dos autos ao Juiz Eleitoral para:
I. a determinação da realização de diligências; e
II. caso frustradas todas as tentativas de localização:
a) arquivamento provisório em Cartório, para intimação no pleito
subseqüente; ou
b) aguardo do prazo prescricional, para arquivamento definitivo,
mediante nova determinação judicial.

415
CE, artigo 124, caput c/c artigo 85 da Resolução-TSE nº 21.538/2003
416
CE, artigo 124, § 2º
417
CE, artigo 124, § 4º

355
47.1.1. Tratando-se de servidor público, este poderá ser intimado em seu endereço
funcional.

48. Transcorrido o prazo de 03 dias, contados da data da juntada aos autos de


comprovação do cumprimento do mandado de intimação, o Chefe de Cartório
certificará a apresentação de recursos ou o transcurso in albis do prazo recursal418.

49. Não sendo interpostos recursos, o Chefe do Cartório arquivará os autos depois de:
I. adotar as providências necessárias para a cobrança da multa e certificar:
a) o adimplemento desta, seguido do lançamento dos códigos de ASE
078, motivos/forma 1 ou 2, conforme a hipótese; ou
b) caso a quitação da multa não ocorra no prazo de 30 dias, sua
inscrição no Livro de Registro de Multas Eleitorais (vide Capítulo VII do
Módulo XVIII); e
II. caso o Juiz Eleitoral tenha determinado a suspensão do agente eleitoral:
i. oficiar ao órgão empregatício do servidor público, encaminhando
cópia da decisão e da publicação desta no DJE, para aplicação da
penalidade;
ii. juntada de comprovação da aplicação da penalidade aos autos; e
iii. certificação acerca do lançamento do código de ASE 175,
motivo/forma 3.

50. Caso sejam interpostos recursos419, o Chefe de Cartório:


I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.

51. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas nos itens 47 e 48 e certificará:
a) no caso de reforma parcial, a adoção das providências previstas no item 49,
no que for aplicável, e das demais medidas determinadas pelo Juiz; ou
b) se a decisão reformada não tiver aplicado nenhuma penalidade, o
lançamento do código de ASE 175, motivo/forma 1.

52. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o previsto nos itens 47 a 49 (vide item 52.1);
II. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo à Secretaria
Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade do feito; e
III. comunicação, à Corte, acerca da eventual ocorrência, durante a fase de
recurso:
i. de pagamento da multa pelo eleitor;
ii. de pedidos formulados pelo eleitor; e

418
CE, artigo 258
419
CE, artigo 258

356
iii. de comunicação acerca da aplicação da penalidade de suspensão
pelo órgão empregatício.

52.1. A intimação do agente eleitoral deverá informar a possibilidade de interposição


de recurso ao TRE-DF.

53. Restituídos pela Secretaria Judiciária do TRE-DF, o Chefe de Cartório fará conclusão
ao Juiz Eleitoral para determinação:
I. da adoção de novas providências, caso julgue necessário;
II. da remessa de cópia do processo ao MPE para verificação da incidência do
crime previsto no artigo 344 do Código Eleitoral (vide item 53.1); e
III. do arquivamento do feito, após a certificação da adoção de todas as
providências.

53.1. Caso seja recebida cota do MPE solicitando a apuração de crime, o Juiz poderá
determinar a autuação de cópia do feito na classe Notícia-Crime, observando-se o rito
específico para essa classe processual (vide Módulo XXVIII).

Capítulo VII
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
RECLAMAÇÃO CONTRA A DESIGNAÇÃO DE LOCAL DE VOTAÇÃO
54. Deverão ser protocolizadas e autuadas, individualmente, na classe Composição de
Mesa Receptora, com o assunto “Reclamação contra a Designação de Local de
Votação”, as reclamações contra a designação de locais de votação que:
I. não tiverem sido apresentadas e decididas durante a audiência pública e
registradas na respectiva ata (vide item 28 do Módulo XXXV); e
II. tiverem sido apresentadas por qualquer partido político ou coligação no
prazo de 03 dias da publicação da designação dos locais de votação420.

54.1. O servidor a que for apresentada a reclamação conferirá se esta foi instruída com
documentação comprobatória do alegado.

54.1.1. A reclamação será recebida em qualquer hipótese, mas o servidor deverá


informar ao responsável pela entrega que a insuficiência ou a falta de instrução
poderão resultar no indeferimento desta.

54.2. A autuação das reclamações deverá ser imediata e individualmente certificada no


processo de que trata o Capítulo II.

54.3. Cada um dos processos referentes a reclamações deverá ser concluso ao Juiz
Eleitoral, no prazo máximo de 01 dia421, contado de sua autuação, visto que o
magistrado dispõe de 48 horas para proferir sua decisão422.

420
CE, artigo 135, § 7º

357
55. O Juiz Eleitoral apreciará as reclamações e:
a) determinará a realização das diligências julgadas necessárias; ou
b) decidirá de pronto com base na documentação constante dos autos.

55.1. Decidindo pela procedência da alegação, o Juiz Eleitoral determinará (vide item
56):
I. a publicação de edital de substituição do Local de Votação com indicação dos
agentes que nele irão atuar;
II. a notificação dos responsáveis pelos Locais de Votação envolvidos;
III. nova intimação dos agentes acerca da alteração do Local de Votação, sem
abertura de novo prazo para substituição; e
IV. expedição de ofício à Comissão Eleitoral, para as devidas providências.

55.2. Caso o Juiz Eleitoral decida pela improcedência da reclamação, determinará o


arquivamento do feito (vide item 56).

56. Certificada a publicação da decisão, será expedido mandado de intimação ao


reclamante, acompanhado de cópia desta, para ciência, aguardando-se o prazo
recursal para cumprimento das determinações constantes dos itens 62.1 ou 62.2,
conforme a hipótese.

56.1. Se o reclamante for o MPE, deverá ser aberta vista dos autos.

56.2. Se o reclamante tiver advogado constituído nos autos, sua intimação será
realizada por meio da publicação da decisão no DJE423.

57. Transcorrido o prazo de 03 dias, contado da data da juntada aos autos de


comprovação do cumprimento do mandado de intimação, o Chefe de Cartório
certificará a apresentação de recursos ou o transcurso in albis do prazo recursal424.

58. Não sendo interpostos recursos, o Chefe do Cartório:


a) arquivará os autos, na hipótese prevista no item 55.2; ou
b) na hipótese prevista no item 55.1, providenciará:
I. a juntada de cópias do edital a este processo e àquele de que trata o
Capítulo II;
II. a publicação do edital no DJE e a afixação de cópia deste no átrio do
Cartório;
III. observado o cronograma eleitoral, a adoção dos procedimentos
necessários para registro da alteração no Sistema Elo;
IV. a expedição dos documentos mencionados nos incisos II a IV do item
55.1; e
V. a certificação da adoção de tais providências em ambos os feitos.
421
CPC, artigo 228
422
CE, artigo 135, § 7º
423
Resolução-TSE nº 23.328/2010
424
CE, artigo 258

358
59. Caso sejam interpostos recursos425, o Chefe de Cartório:
I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.

60. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará o cumprimento
da decisão reformada.

61. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o cumprimento da decisão original;
II. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo de que trata este
Capítulo à Secretaria Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade
do feito; e
III. comunicação, à Corte, acerca da eventual ocorrência, durante a fase de
recurso, de pedidos formulados pelo reclamante.

61.1. A intimação do reclamante deverá informar a possibilidade de interposição de


recurso ao TRE-DF.

62. O prazo para reclamação contra a nova designação será o mesmo estabelecido
para as reclamações originais e sua tramitação observará as normas previstas nos itens
54 e 55.

63. Ao final da tramitação, os processos de que trata este Capítulo deverão ser
apensados ao processo principal de Composição de Mesa Receptora,
independentemente de determinação judicial.

Capítulo VIII
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
RECLAMAÇÃO CONTRA A NOMEAÇÃO DE AGENTES ELEITORAIS
64. Deverão ser protocolizadas e autuadas, individualmente, na classe Composição de
Mesa Receptora, com o assunto “Reclamação contra a Nomeação de Agente Eleitoral”,
as reclamações contra a nomeação de agentes eleitorais que:
I. não tiverem sido apresentadas e decididas durante a audiência pública e
registradas na respectiva ata (vide item 28 do Módulo XXXV); e
II. tiverem sido apresentadas por qualquer partido político ou coligação no
prazo de 05 dias da publicação da nomeação dos agentes eleitorais426.

64.1. O servidor a que for apresentada a reclamação conferirá se esta foi instruída com
documentação comprobatória do alegado.

425
CE, artigo 258
426
Lei nº 9.504/1997, artigo 63

359
64.1.1. A reclamação será recebida em qualquer hipótese, mas o servidor deverá
informar ao responsável pela entrega que a insuficiência ou a falta de instrução
poderão resultar no indeferimento desta.

64.2. A autuação das reclamações deverá ser imediata e individualmente certificada no


processo de que trata o Capítulo II.

64.3. Cada um dos processos referentes a reclamações deverá ser concluso ao Juiz
Eleitoral, no prazo máximo de 01 dia427, contado de sua autuação, visto que o
magistrado dispõe de 48 horas para proferir sua decisão428.

65. O Juiz Eleitoral apreciará as reclamações e:


a) determinará a realização das diligências julgadas necessárias, dentre elas a
intimação do agente eleitoral envolvido, para prestação de esclarecimentos; ou
b) decidirá de pronto com base na documentação constante dos autos.

65.1. Decidindo pela procedência da alegação, o Juiz Eleitoral determinará (vide item
66):
I. a publicação de edital de substituição do agente eleitoral;
II. a intimação do novo agente eleitoral; e
III. a abertura de vista dos autos ao MPE, para apreciação da incidência de
crime eleitoral429.

65.2. Caso o Juiz Eleitoral decida pela improcedência da reclamação, determinará o


arquivamento do feito, após a abertura de vistas ao MPE e adoção das providências
eventualmente solicitadas pelo Parquet (vide item 66).

66. Certificada a publicação da decisão, será expedido mandado de intimação ao


reclamante, acompanhado de cópia desta, para ciência, aguardando-se o prazo
recursal para cumprimento das determinações constantes dos itens 65.1 ou 65.2,
conforme a hipótese.

66.1. Se o reclamante for o MPE, deverá ser aberta vista dos autos.

66.2. Se o reclamante tiver advogado constituído nos autos, sua intimação será
realizada por meio da publicação da decisão no DJE430.

67. Transcorrido o prazo de 03 dias, contado da data da juntada aos autos de


comprovação do cumprimento do mandado de intimação, o Chefe de Cartório
certificará a apresentação de recursos ou o transcurso in albis do prazo recursal431.

427
CPC, artigo 228
428
Lei nº 9.504/1997, artigo 63
429
CE, artigo 120, § 5º, c/c artigo 310
430
Resolução-TSE nº 23.328/2010
431
CE, artigo 258

360
68. Não sendo interpostos recursos, o Chefe do Cartório:
a) arquivará os autos, na hipótese prevista no item 65.2; ou
b) na hipótese prevista no item 65.1:
I. a juntada de cópias do edital a este processo e àquele de que trata o
Capítulo II;
II. a publicação do edital no DJE e a afixação de cópia deste no átrio do
Cartório; e
III. a expedição da intimação mencionada no inciso II do item 65.1.

69. Caso sejam interpostos recursos432, o Chefe de Cartório:


I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.

70. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará o cumprimento
da decisão reformada.

71. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o cumprimento da decisão original;
II. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo de que trata este
Capítulo à Secretaria Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade
do feito; e
III. comunicação, à Corte, acerca da eventual ocorrência, durante a fase de
recurso, de pedidos formulados pelo reclamante.

71.1. A intimação do reclamante deverá informar a possibilidade de interposição de


recurso ao TRE-DF.

72. O prazo para reclamação contra a nova designação será o mesmo estabelecido
para as impugnações originais e sua tramitação observará as normas previstas nos
itens 64 e 65.

73. Ao final da tramitação, os processos de que trata este Capítulo deverão ser
apensados ao processo principal de Composição de Mesa Receptora,
independentemente de determinação judicial.

432
CE, artigo 258

361
Módulo XXXVII

DO DESCARTE DE MATERIAL

362
Módulo XXXVII
DO DESCARTE DE MATERIAL
Capítulo I
DO PROCEDIMENTO DE DESCARTE
1. No âmbito do TRE-DF, o procedimento de descarte de materiais e documentos é
proposto, fiscalizado e executado pela Seção de Arquivo, com anuência da
Coordenadoria de Serviços Gerais e da Comissão Permanente de Avaliação de
Documentos.

2. A documentação do procedimento de descarte de materiais e documentos é


realizada por meio de processo do SEI, com nível de acesso público, que permite o
acompanhamento e a consulta pela CRE-DF e pelos Juízos Eleitorais, a qualquer tempo.

3. Considerando o exposto nos itens supra, não será autuado processo da classe
Descarte de Materiais – DM pelos Juízos Eleitorais do Distrito Federal.

4. Cumpre aos Cartórios Eleitorais realizar a classificação dos materiais e documentos


passíveis de descarte, com base na Tabela de Temporalidade de Documentos do TRE-
DF e nas demais normas aplicáveis.

4.1. Se, durante a classificação, forem identificados documentos que possuam valor
histórico, o Cartório Eleitoral deverá listá-los e comunicar o fato ao Centro de Memória
(Seção de Biblioteca) do TRE-DF, para decisão acerca da necessidade de avaliação dos
documentos.

5. O Cartório criará processo no SEI para encaminhamento da documentação passível


de descarte à Seção de Arquivo, o qual deverá ser:
I. relacionado ao processo principal de que trata o item 2; e
II. incluído em bloco interno específico para a matéria.

5.1. O processo será iniciado com Memorando do Chefe de Cartório, acompanhado de


relação dos documentos que contenham número de protocolo no SADP.

5.2. A seguir, serão inseridos Termos de Transferência de Documentos para Descarte,


relacionando os documentos, agrupados por assunto, e discriminando:
I. o período em que os documentos foram produzidos;
II. sua classificação; e
III. o total de caixas ou maços em que se encontram acondicionados.

5.2.1. Os Termos serão assinados eletronicamente pelo Juiz Eleitoral, salvo se houver
delegação de competência específica para o Chefe de Cartório:

363
a) na árvore do processo SEI; ou
b) por meio de Portaria do Juízo.

6. Tão logo o material seja recolhido e o respectivo termo de recebimento seja inserido
no processo SEI pela Seção de Arquivo, o Cartório registrará, no SADP, o
encaminhamento dos documentos que possuam protocolo para aquela Unidade.

6.1. O Cartório Eleitoral acompanhará o registro do recebimento dos documentos e a


atualização das informações sobre o descarte pela Seção de Arquivo.

364
Módulo XXXVIII

DA DUPLICIDADE/PLURALIDADE
DE INSCRIÇÕES

365
Módulo XXXVIII
DA DUPLICIDADE/PLURALIDADE DE INSCRIÇÕES433
Capítulo I
DAS COINCIDÊNCIAS DE COMPETÊNCIA DO JUÍZO ELEITORAL
Seção I
DAS COINCIDÊNCIAS DETECTADAS EM BATIMENTO

1. Diariamente, o Cartório deverá consultar os seguintes menus do Sistema Elo:


I. “Ajuste > Coincidência > Pendências”, para as coincidências biográficas; e
II. “Ajuste > Coincidência > Coincidência Biométrica”, para as coincidências
biométricas.

2. No prazo máximo de 07 dias, contados da data do batimento ou da designação,


conforme a hipótese, deverão ser emitidos (por meio do Sistema Elo), impressos e
organizados, na ordem a seguir:
a) para as coincidências biográficas:
I. a comunicação de coincidência, disponível no menu “Relatório >
Batimento > Impressão de Comunicados”;
II. o espelho da coincidência, disponível no menu “Ajuste > Coincidência
> Pendências” (clicar no ícone de impressão localizado no canto
esquerdo do agrupamento e no botão “continuar”);
III. o espelho de cada uma das inscrições eleitorais envolvidas em
coincidência, seguido:
i. do espelho do respectivo RAE agrupado em coincidência, se
houver, disponível no menu “Ajuste > Coincidência >
Pendências” (clicar no número do agrupamento em coincidência,
no número da inscrição eleitoral e no menu “Arquivo >
Imprimir”); e
ii. da fotografia e da assinatura do eleitor eventualmente
registradas no Cadastro Nacional de Eleitores (localizada a
inscrição do eleitor: clicar nos ícones disponíveis no campo
“situação biométrica”; clicar com o botão direito no quadro
apresentado pelo Sistema; e clicar em “imprimir imagem”); e
IV. o relatório completo de coincidências pendentes de decisão pelo
Juízo Eleitoral, disponível no menu “Relatório > Processamento >
Coincidências Pendentes Completo”; ou
b) para as coincidências biométricas:
I. as fichas de coincidência, disponíveis no menu “Ajuste > Coincidência
> Coincidência Biométrica” (clicar: na descrição do agrupamento; no

433
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigos 33 a 50 / Provimento-CGE nº 1/2004

366
botão “OK” da mensagem apresentada pelo Sistema; e no botão “Gerar
PDF”, no canto inferior direito da página); e
II. os espelhos das inscrições eleitorais envolvidas em coincidência.

Seção II
DAS COINCIDÊNCIAS NÃO DETECTADAS EM BATIMENTO

3. Caso a ocorrência não tenha sido detectada pelos batimentos realizados pelo TSE,
deverão ser organizados, na ordem a seguir:
a) o documento por meio do qual foi informada a existência de provável
coincidência de inscrições eleitorais de competência do Juízo; ou
b) o RRI, caso o fato tenha sido detectado durante atendimento ao eleitor; ou
c) a informação prestada pelo Chefe de Cartório ao Juiz Eleitoral acerca da
ocorrência, caso esta tenha sido detectada pelo Cartório Eleitoral na ausência
do eleitor; e
d) em qualquer hipótese:
I. os espelhos das inscrições eleitorais envolvidas em coincidência; e
II. a fotografia e a assinatura do eleitor eventualmente registradas no
Cadastro Nacional de Eleitores.

Seção III
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS

4. Serão acrescentados à documentação prevista nos itens 2 ou 3, nesta ordem:


I. o PETE, acompanhado de seus anexos, observando-se que:
a) caso o PETE já tenha sido descartado, tal fato deverá ser certificado
nos autos; e
b) deverá ser mantida cópia autêntica da documentação no local em
que se encontravam arquivados os originais, com indicação do processo
ao qual estes foram juntados;
II. cópia autêntica das respectivas folhas dos Cadernos de Votação.

5. A documentação será organizada na ordem prevista nos itens 2 a 4, protocolizada e


autuada na classe DPI, independentemente de determinação do Juiz Eleitoral.

6. Havendo processo de coincidência anterior envolvendo as mesmas inscrições, o


Chefe de Cartório o apensará ao feito, independente de determinação do Juiz Eleitoral.

7. Salvo para as coincidências disponíveis por meio do menu “Ajuste > Coincidência >
Pendências” do Sistema Elo (em que a notificação prevista no artigo 36 da Resolução-
TSE nº 21.538/2003 é realizada pelo TSE), o Chefe de Cartório expedirá, na mesma
data, notificação aos interessados, para que, no prazo de 20 dias, contados da
autuação do feito:
a) compareçam ao Cartório, caso domiciliados na Zona Eleitoral; ou

367
b) encaminhem à Serventia os documentos necessários para a regularização de
sua situação eleitoral, caso domiciliados em Zona Eleitoral diversa.

7.1. A notificação será encaminhada pelos Correios, com AR.

8. No prazo máximo de 01 dia434, o Chefe de Cartório fará conclusão do processo ao


Juiz Eleitoral, acompanhado de minuta do edital435.

8.1. O edital, que deverá ser elaborado por meio do SEI e publicado uma única vez no
DJE, discriminará:
I. o número do agrupamento em coincidência;
II. o tipo de coincidência (duplicidade ou pluralidade; biográfica ou biométrica);
III. o tipo de batimento (realizado pelo Sistema Elo ou pelo AFIS);
IV. a data do batimento, caso disponível no Sistema;
V. os números das inscrições eleitorais envolvidas e as Zonas Eleitorais a que
estão vinculadas;
VI. os nomes completos dos interessados;
VII. o endereço do Cartório Eleitoral;
VIII. a data até a qual o eleitor deverá comparecer à Serventia436; e
IX. a data de assinatura do edital.

8.2. O prazo de 20 dias, durante o qual é facultado ao eleitor o comparecimento ao


Cartório para requerer a regularização de sua inscrição eleitoral437, será contado:
a) da data do batimento, para os agrupamentos em coincidência disponíveis
por meio do menu “Ajuste > Coincidência > Pendências” do Sistema Elo; ou
b) da data da autuação do feito, para as demais espécies de coincidência.

9. Recebido o processo, o Juiz Eleitoral assinará o edital e determinará:


I. a realização das diligências julgadas necessárias para a elucidação da
coincidência;
II. a solicitação de informações ao Juízo Eleitoral a cuja jurisdição pertença a
outra inscrição envolvida em coincidência, via correio eletrônico ou telefone,
caso considere necessário; e
III. o aguardo do transcurso do prazo previsto no item 8.2.

10. Caso o eleitor compareça ao Cartório, deverá ser orientado a preencher o RRI,
atentando o serventuário para a obrigatoriedade de:
I. utilização do modelo padronizado, disponível na Intranet da CGE;
II. anexação, na medida do possível, de todos os documentos mencionados no
formulário e de outros julgados relevantes para a elucidação da coincidência;

434
CPC, artigo 228
435
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 35
436
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36
437
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36

368
III. preenchimento ou inutilização, quando inaplicáveis, de todos os campos do
formulário, especialmente daqueles destinados à explanação acerca dos
motivos que ensejaram a coincidência;
IV. aposição de assinatura:
i. pelo requerente;
ii. pelo servidor responsável pelo atendimento; e
iii. pelo Chefe de Cartório;
V. protocolização do requerimento; e
VI. juntada ao respectivo processo de coincidência.

10.1. Caso o RRI seja apresentado após o transcurso do prazo previsto no item 8.2,
deverá ser juntado ao feito e levado à apreciação do Juiz Eleitoral, para manifestação
acerca de seu indeferimento, por intempestividade438, cientificando-se o eleitor da
decisão judicial e adotando-se as demais providências necessárias ao cumprimento
desta.

11. O Chefe de Cartório, no prazo máximo de 05 dias439 da ocorrência de cada fato:


I. certificará o resultado das diligências eventualmente determinadas pelo Juiz
Eleitoral, juntando a documentação obtida;
II. caso o Juiz Eleitoral tenha determinado a solicitação de informações ao Juízo
da outra inscrição eleitoral agrupada em coincidência, juntará o IPAJ e os
demais documentos encaminhados ou certificará o transcurso in albis do prazo
de 10 dias estabelecido para o atendimento da solicitação440;
III. juntará o RRI apresentado pelo interessado ou certificará o transcurso in
albis do prazo previsto no item 8.2 (vide item 11.1); e
IV. prestará informações ao Juiz Eleitoral.

11.1. Nas hipóteses em que o prazo transcorrer in albis, o interessado deverá ser
notificado por meio de oficial de justiça ad hoc.

12. O processo somente será concluso ao Juiz Eleitoral, para decisão, após o transcurso
do prazo previsto no item 8.2 e a adoção das providências previstas no item 11.

12.1. Em qualquer hipótese, a conclusão deverá ocorrer em tempo hábil para que a
decisão seja proferida antes do transcurso do prazo de 40 dias441, contados:
a) da data do batimento, para os agrupamentos em coincidência disponíveis
por meio do menu “Ajuste > Coincidência > Pendências” do Sistema Elo; ou
b) da data da autuação do feito, para as demais espécies de coincidência.

12.1.1. Com relação às coincidências mencionadas na alínea “a”, tal medida visa,
ainda, evitar a atualização automática da coincidência pelo Sistema Elo, especialmente
às vésperas do fechamento do Cadastro Nacional de Eleitores.
438
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 50
439
CPC, artigo 228
440
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 46
441
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 47

369
13. Caso entenda ser possível afirmar que o grupo é formado por pessoas distintas e
que cada um dos eleitores possui apenas uma inscrição liberada ou regular, o Juiz
Eleitoral determinará, de forma fundamentada:
I. a regularização de todas as inscrições envolvidas em coincidência;
II. caso se trate de gêmeos ou homônimos comprovados:
a) a digitação do código de ASE 256, no histórico da inscrição
pertencente à sua jurisdição; e/ou
b) caso aplicável, o encaminhamento de cópia eletrônica do processo ao
e-mail do Juízo competente, por meio de ofício, para análise da
pertinência de determinar a adoção de providências idênticas com
relação à inscrição que pertença à sua jurisdição;
III. caso se trate de coincidência biométrica:
a) a expedição de notificação aos interessados domiciliados na Zona
Eleitoral, a fim de que compareçam ao Cartório Eleitoral para nova
coleta de seus dados biométricos, de modo a evitar futuro agrupamento
das mesmas inscrições eleitorais em coincidência; e/ou
b) o encaminhamento de cópia eletrônica do processo ao e-mail do
Juízo competente, por meio de ofício, para análise da pertinência de
determinar a adoção de providências idênticas;
IV. a publicação da decisão no DJE;
V. a notificação dos interessados que tiverem comparecido ao Cartório durante
o trâmite do processo;
VI. o registro da decisão no Sistema Elo, caso aplicável; e
VII. o arquivamento do processo, após certificada a adoção de todas as
providências cabíveis.

14. Caso as inscrições agrupadas em coincidência pertençam a uma mesma pessoa, o


Juiz Eleitoral determinará:
I. o cancelamento das inscrições pertencentes à sua jurisdição que,
comprovadamente, pertençam a um mesmo eleitor, com observância do
disposto no artigo 40 da Resolução-TSE nº 21.538/2003;
II. o encaminhamento de cópia eletrônica do processo ao e-mail do Juízo
competente, por meio de ofício, com vistas à apreciação da proposta de
cancelamento, por meio do comando do código de ASE 450, de inscrição não
pertencente à sua jurisdição;
III. caso se trate de coincidência biográfica, a expedição de notificação aos
eleitores cujas inscrições tenham sido mantidas regulares, contendo orientação
para que requeiram, oportunamente, operação de transferência ou revisão;
IV. caso se trate de coincidência biométrica:
a) a expedição de notificação aos interessados domiciliados na Zona
Eleitoral cujas inscrições tenham sido mantidas regulares, a fim de que
compareçam ao Cartório Eleitoral para nova coleta de seus dados
biométricos, de modo a evitar futuro agrupamento das mesmas
inscrições eleitorais em coincidência; e/ou
b) quando o eleitor cuja inscrição tenha sido mantida regular for
domiciliado em Zona Eleitoral diversa, o encaminhamento de cópia

370
eletrônica do processo ao respectivo Juízo, solicitando a adoção de
providências idênticas com relação à inscrição que pertença à sua
jurisdição;
V. a remessa dos autos ao MPE, salvo nos casos de evidente falha dos serviços
eleitorais, reconhecida expressamente na decisão442;
VI. a apuração de responsabilidade de qualquer ordem, seja de eleitor, de
servidor da Justiça Eleitoral ou de terceiros, por inscrição fraudulenta ou
irregular443 ou a dispensa fundamentada da adoção dessa providência na
decisão;
VII. a publicação da decisão no DJE;
VIII. o registro da decisão no Sistema Elo;
IX. a notificação dos interessados que tiverem comparecido ao Cartório durante
o trâmite do processo; e
X. o arquivamento dos autos, após a adoção das providências cabíveis.

15. Transcorrido o prazo de 03 dias, contado da publicação da decisão, o Chefe de


Cartório certificará a apresentação de recursos ou o transcurso in albis do prazo
recursal444.

16. Não sendo interpostos recursos, o Chefe de Cartório registrará a decisão no


Sistema Elo, caso aplicável, e adotará as demais providências previstas nos itens 13 ou
14, conforme a hipótese.

17. Caso sejam interpostos recursos, o Chefe de Cartório:


I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.

17.1. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas no item 16.

17.2. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o registro da decisão no Sistema Elo, caso aplicável; e
II. caso seja interposto recurso à Corregedoria, a remessa do processo à CRE-
DF, após a certificação da regularidade do feito.

18. As decisões em processos de coincidência somente serão registradas no Sistema


Elo após:
I. o transcurso do prazo recursal; e
II. caso aplicável:
a) a reforma da decisão pelo Juiz Eleitoral; ou

442
Resolução- TSE nº 21.538/2003, artigo 48
443
Resolução- TSE nº 21.538/2003, artigo 49
444
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 41, §§ 4º e 5º

371
b) a determinação de remessa do feito à CRE-DF, para apreciação do
recurso.

18.1. Muito embora os recursos em matéria eleitoral, salvo disposição em contrário,


não sejam dotados de efeito suspensivo, essa precaução evita que, na hipótese de
reforma da decisão, seja necessária a remessa dos autos à CGE, para reversão da
operação no Sistema Elo.

18.2. Caso a exiguidade do prazo, especialmente às vésperas do fechamento do


Cadastro Nacional de Eleitores, possa levar à atualização automática da coincidência
pelo Sistema Elo, a decisão poderá ser digitada antes do transcurso do prazo recursal,
mediante justificação nos autos.

19. As decisões proferidas em processos de coincidência biográfica detectada pelos


batimentos realizados pelo Sistema Elo serão registradas da seguinte maneira:
I. acessar o menu “Ajuste > Coincidência > Pendências” e clicar em consultar;
II. clicar no número do agrupamento;
III. preencher o número do processo e a data da decisão;
IV. selecionar a opção “regularizar” ou “cancelar” para cada uma das inscrições,
de acordo com a determinação do Juiz Eleitoral (vide item 19.1); e
V. imprimir o “espelho da coincidência atualizada”, para juntada ao feito.

19.1. Caso o Juiz Eleitoral, na decisão, tenha considerado necessário o cancelamento


de inscrição de outra Zona Eleitoral, o Cartório Eleitoral deverá:
I. selecionar a opção “regularizar” para a referida inscrição eleitoral; e
II. encaminhar cópia eletrônica do processo ao e-mail do Juízo competente, por
meio de ofício, com vistas à apreciação da proposta de comando do código de
ASE 450.

20. O cancelamento de inscrição eleitoral em virtude de decisão proferida em processo


de coincidência biográfica não detectada pelos batimentos realizados pelo Sistema Elo
ou de coincidência biométrica será registrado da seguinte maneira:
a) comando do código de ASE 450 no histórico da inscrição vinculada à Zona
Eleitoral; ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado; e/ou
c) encaminhamento de cópia eletrônica do processo ao e-mail do Juízo
competente, por meio de ofício, com vistas à apreciação da proposta de
cancelamento, por meio do comando do código de ASE 450, de inscrição não
pertencente à sua jurisdição.

20.1. Não se faz necessário registrar no Sistema Elo a manutenção da regularidade de


inscrição eleitoral decidida em processo de coincidência:
I. biográfica não detectada pelos batimentos realizados pelo Sistema Elo; e
II. biométrica.

372
21. Os agrupamentos em coincidência biométrica deverão ser acessados, por meio do
menu “Ajuste > Coincidência > Coincidência Biométrica”, para registro:
I. do número do processo em que está sendo analisada a coincidência, tão logo
este seja autuado (preencher o campo “número do processo”, no rodapé da
página, e clicar em “gravar”);
II. da instauração ou não de inquérito policial, tão logo seja possível aferir essa
ocorrência (clicar nos botões “sim” ou “não”, no rodapé da página); e
III. da finalização do processo, imediatamente antes do arquivamento deste
(clicar no botão “finalizar processo”, no rodapé da página).

22. O feito somente será remetido ao MPE em cumprimento a determinação judicial e


após a adoção de todas as demais providências cabíveis.

22.1. De acordo com o teor da manifestação do Ministério Público, o Juiz Eleitoral


determinará:
a) a adoção das providências solicitadas pelo Parquet (vide item 22.1.1); e/ou
b) na hipótese de este ter se manifestado pela ausência de indícios da prática
de crime eleitoral, o arquivamento dos autos:
i) no Cartório da Zona Eleitoral em que o eleitor possuir inscrição
regular445; ou
ii) não restando inscrição regular no agrupamento, no Cartório
responsável pela autuação do feito.

22.1.1. Quando se tratar de coincidência biométrica e for determinada a instauração


de inquérito, o Juiz Eleitoral determinará:
I. a expedição de ofício à CRE-DF, solicitando que a CGE disponibilize arquivos
eletrônicos contendo os dados biométricos das inscrições envolvidas em
coincidência; e
II. o encaminhamento de cópia do processo, acompanhada dos referidos
arquivos eletrônicos, ao Departamento de Polícia Federal, para instauração do
inquérito policial.

Capítulo II
DAS COINCIDÊNCIAS DE COMPETÊNCIA
DO CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL OU
DO CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA ELEITORAL
Seção I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

23. Embora a competência para decisão seja do Corregedor Regional Eleitoral ou do


Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, nos termos do artigo 41, inciso II, da Resolução-

445
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 48, §6º

373
TSE nº 21.538/2003, poderão ser encaminhados ao Juízo Eleitoral, para instrução,
processos de coincidência biométrica ou biográfica que versem sobre:
a) pluralidade envolvendo inscrições eleitorais vinculadas a 02 ou mais Zonas
Eleitorais do DF (competência da CRE-DF);
b) pluralidade envolvendo inscrições eleitorais vinculadas a Zonas Eleitorais de
02 ou mais Unidades da Federação (competência da CGE);
c) duplicidade ou pluralidade envolvendo inscrição eleitoral do DF e registro de
suspensão de direitos políticos na BPSDP (competência da CRE-DF); ou
d) duplicidade ou pluralidade envolvendo inscrição eleitoral e registro de perda
de direitos políticos na BPSDP (competência da CGE).

24. Em qualquer hipótese, a adoção das providências previstas neste Capítulo deverá
ocorrer em tempo hábil para que a decisão seja proferida antes do transcurso do prazo
de 40 dias446, contados:
a) da data do batimento, para os agrupamentos em coincidência
disponibilizados para a autoridade competente por meio do menu “Ajuste >
Coincidência > Pendências” do Sistema Elo; ou
b) da data da expedição da notificação ao eleitor447, para as demais espécies de
coincidência.

24.1. Com relação às coincidências mencionadas na alínea “a”, tal medida visa, ainda,
evitar a atualização automática da coincidência pelo Sistema Elo, especialmente às
vésperas do fechamento do Cadastro Nacional de Eleitores.

25. Recebido o processo (vide item 25.1), deverá ser realizada a juntada:
I. do PETE, acompanhado de seus anexos, observando-se que:
a) caso o PETE já tenha sido descartado, tal fato deverá ser certificado
nos autos; e
b) deverá ser mantida cópia autêntica da documentação no local em
que se encontravam arquivados os originais, com indicação do processo
ao qual estes foram juntados;
II. de cópia autêntica das respectivas folhas dos Cadernos de Votação; e
III. dos demais documentos que possam auxiliar na elucidação da coincidência,
a exemplo de cópias das comunicações de suspensão ou restabelecimento de
direitos políticos do interessado disponíveis em Cartório.

25.1. Caso o processo seja recebido em meio eletrônico, antes da adoção das
providências previstas nos incisos I a III, as peças deverão ser impressas, protocolizadas
e formalizadas.

25.1.1. Nesta hipótese, a documentação produzida pelo Cartório Eleitoral para a


instrução do feito deverá ser digitalizada em formato “.pdf” e encaminhada à CRE-DF
por meio de memorando no SEI.

446
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 47
447
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36

374
Seção II
DAS COINCIDÊNCIAS BIOGRÁFICAS

26. Após a adoção das providências previstas no item 25, o Chefe de Cartório:
I. notificará o eleitor, por meio de oficial de justiça ad hoc, para que compareça
ao Cartório, no prazo de 20 dias448, contados:
a) da data do batimento, para os agrupamentos em coincidência
disponibilizados para a autoridade competente por meio do menu
“Ajuste > Coincidência > Pendências” do Sistema Elo; ou
b) da data da expedição da notificação ao eleitor449, para as demais
espécies de coincidência; e
II. adotará as demais providências eventualmente solicitadas pela CRE-DF.

27. Caso o eleitor compareça ao Cartório, deverá ser orientado a preencher o RRI e –
se houver registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos agrupado em
coincidência – a “Declaração de Situação de Direitos Políticos”, atentando o
serventuário para a obrigatoriedade de:
I. utilização dos modelos padronizados, disponíveis na Intranet da CGE;
II. anexação, na medida do possível, de todos os documentos mencionados nos
formulários e de outros julgados relevantes para a elucidação da coincidência;
III. preenchimento ou inutilização, quando inaplicáveis, de todos os campos dos
formulários, especialmente daqueles destinados à explanação acerca dos
motivos que ensejaram a coincidência;
IV. aposição de assinatura:
i. pelo requerente;
ii. pelo servidor responsável pelo atendimento; e
iii. pelo Chefe de Cartório;
V. protocolização individualizada do requerimento e da declaração, caso
aplicável; e
VI. juntada:
a) ao processo de coincidência autuado pela CRE-DF ou pela CGE; ou
b) ao procedimento formalizado pelo Cartório Eleitoral (vide item 25.1).

27.1. Caso o RRI seja apresentado após o transcurso do prazo previsto no item 26,
deverá ser:
a) juntado ao feito, caso este ainda esteja tramitando no Cartório; ou
b) juntado ao procedimento de que trata o item 25.1; e
c) encaminhado à CRE-DF para manifestação da autoridade competente acerca
do indeferimento deste, por intempestividade450:
i) em meio físico, na hipótese prevista na alínea “a”; ou
ii) em meio eletrônico, na hipótese prevista na alínea “b”.

448
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36
449
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36
450
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 50

375
28. Em qualquer hipótese, o IPAJ deverá ser preenchido, observando-se a
obrigatoriedade de:
I. utilização do modelo padronizado, disponível na Intranet da CGE;
II. anexação, na medida do possível, de todos os documentos mencionados no
formulário que ainda não tenham sido juntados ao feito e de outros julgados
relevantes para a elucidação da coincidência;
III. preenchimento ou inutilização, quando inaplicáveis, de todos os campos do
formulário, especialmente daqueles destinados à explanação acerca dos
motivos que ensejaram a coincidência;
IV. aposição de assinatura:
i. pelo servidor responsável pelo preenchimento; e
ii. pelo Juiz Eleitoral (vide item 29); e
V. juntada (vide itens 25.1 e 29.1):
a) ao processo de coincidência autuado pela CRE-DF ou pela CGE; ou
b) ao procedimento formalizado pelo Cartório Eleitoral.

29. Adotadas todas as providências previstas nos itens 25 a 28 e transcorrido o prazo


previsto no item 26, os autos do processo ou do procedimento serão conclusos ao Juiz
Eleitoral, para:
I. apreciação;
II. assinatura do IPAJ; e
III. determinação de encaminhamento à CRE-DF, para decisão ou remessa à
CGE.

29.1. Recebido o feito, será realizada a juntada do IPAJ e a remessa à CRE-DF:


a) do processo de coincidência autuado pela CRE-DF ou pela CGE, em meio
físico, pela forma mais célere possível; ou
b) da documentação produzida pelo Cartório Eleitoral para a instrução do feito,
digitalizada em formato “.pdf”, por meio de memorando no SEI (vide itens 25.1
e 29.1.1).

29.1.1. Adotadas as providências previstas na aliena “b”, o procedimento deverá


aguardar em Cartório ou ser arquivado, conforme determinação da CRE-DF.

Seção III
DAS COINCIDÊNCIAS BIOMÉTRICAS

30. Recebido em Cartório processo de coincidência biométrica cuja competência para


decisão seja da CRE-DF ou da CGE, deverão ser adotadas:
I. as providências previstas no item 25 e na Seção II; e
II. as providências eventualmente delegadas pela autoridade competente.

30.1. Quando for determinada a instauração de inquérito em decorrência de processo


de coincidência biométrica de competência da CRE-DF ou da CGE, o Juiz Eleitoral
determinará:

376
I. a expedição de ofício à CRE-DF, solicitando que a CGE disponibilize arquivos
eletrônicos contendo os dados biométricos das inscrições envolvidas em
coincidência; e
II. o encaminhamento de cópia do processo, acompanhada dos referidos
arquivos eletrônicos, ao Departamento de Polícia Federal, para instauração do
inquérito policial.

Capítulo III
DAS COINCIDÊNCIAS DE COMPETÊNCIA
DE OUTROS JUÍZOS ELEITORAIS
Seção I
DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA INSTRUÇÃO DE PROCESSO

31. Recebendo em Cartório solicitação de informações destinadas à instrução de


processos de coincidência que tramitem em Juízo Eleitoral diverso, o Chefe de Cartório
deverá, após a protocolização do expediente:
I. notificar o eleitor, por meio de oficial de justiça ad hoc, para que compareça
ao Cartório, no prazo de 20 dias, contados:
a) da data do batimento, para os agrupamentos em coincidência
disponibilizados por meio do menu “Ajuste > Coincidência > Pendências”
do Sistema Elo; ou
b) da data da expedição da notificação ao eleitor451, para as demais
espécies de coincidência; e
II. adotará as demais providências eventualmente solicitadas pelo Juízo.

32. Caso o eleitor compareça ao Cartório, deverá ser orientado a preencher o RRI,
atentando o serventuário para a obrigatoriedade de:
I. utilização do modelo padronizado, disponível na Intranet da CGE;
II. anexação, na medida do possível, de todos os documentos mencionados no
formulário e de outros julgados relevantes para a elucidação da coincidência;
III. preenchimento ou inutilização, quando inaplicáveis, de todos os campos do
formulário, especialmente daqueles destinados à explanação acerca dos
motivos que ensejaram a coincidência;
IV. aposição de assinatura:
i. pelo requerente;
ii. pelo servidor responsável pelo atendimento; e
iii. pelo Chefe de Cartório;
V. protocolização do requerimento; e
VI. anexação à documentação a ser encaminhada ao Juízo competente.

32.1. Caso o RRI seja apresentado após o transcurso do prazo previsto no item 31,
deverá ser:

451
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36

377
a) anexado ao IPAJ, caso este ainda esteja tramitando no Cartório; ou
b) encaminhado à autoridade competente, por meio de ofício, para
manifestação acerca do indeferimento deste, por intempestividade452:
I. via e-mail; e
II. posteriormente, em meio físico.

33. Em qualquer hipótese, o IPAJ deverá ser preenchido, observando-se a


obrigatoriedade de:
I. utilização do modelo padronizado, disponível na Intranet da CGE;
II. anexação, na medida do possível, de todos os documentos mencionados no
formulário e de outros julgados relevantes para a elucidação da coincidência;
III. preenchimento ou inutilização, quando inaplicáveis, de todos os campos do
formulário, especialmente daqueles destinados à explanação acerca dos
motivos que ensejaram a coincidência;
IV. aposição de assinatura:
i. pelo servidor responsável pelo preenchimento; e
ii. pelo Juiz Eleitoral (vide item 34).

34. Adotadas todas as providências previstas nos itens 31 a 33 e transcorrido o prazo


previsto no item 31, o IPAJ será levado à apreciação do Juiz Eleitoral, para assinatura e
determinação de seu encaminhamento ao Juízo competente.

34.1. Recebido o IPAJ, este será encaminhado ao Juízo competente, pelos Correios.

34.1.1. Caso tal providência tenha sido solicitada ou seja considerada necessária, será
encaminhada, ainda, cópia eletrônica da documentação ao e-mail do Juízo
competente.

Seção II
DA APRECIAÇÃO DE PROPOSTA DE
CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO ELEITORAL

35. Recebida proposta de lançamento do código de ASE 450, em virtude de decisão


proferida em processo de coincidência de competência de Juízo diverso, a
comunicação deverá ser protocolizada e autuada, na classe CIE.

35.1. Autuado o feito, deverá ser observado o rito previsto no Módulo XXXIII.

35.2. Tratando-se de coincidência biométrica, se o Juiz Eleitoral decidir pela


manutenção de regularidade da inscrição, deverá determinar a convocação do eleitor
para nova coleta de seus dados biométricos.

452
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 50

378
35.3. Finalizada a tramitação, deverá ser encaminhada cópia eletrônica do processo ao
e-mail do Juízo competente, por meio de ofício, para ciência e adoção das demais
providências julgadas cabíveis.

Seção III
DA COMUNICAÇÃO DE DECISÃO EM PROCESSO DE COINCIDÊNCIA
DE COMPETÊNCIA DE JUÍZO DIVERSO

36. A documentação que comunicar decisão proferida em processo de coincidência de


competência de Juízo diverso, sem proposta de lançamento do código de ASE 450 no
histórico da inscrição vinculada à Zona Eleitoral, deverá ser protocolizada e autuada,
na classe RSE.

36.1. Autuado o feito, este será concluso ao Juiz Eleitoral, que determinará a adoção
das providências que julgar necessárias, inclusive daquelas eventualmente solicitadas
pelo Juízo que decidiu a coincidência.

36.2. Se, durante a tramitação do feito, for verificada a necessidade de cancelamento


da inscrição vinculada à Zona Eleitoral, o processo deverá ser reautuado na classe CIE,
hipótese em que deverá ser observado o rito previsto no Módulo XXXIII.

36.3. Tratando-se de coincidência biométrica, se o Juiz Eleitoral decidir pela


manutenção de regularidade da inscrição, deverá determinar a convocação do eleitor
para nova coleta de seus dados biométricos.

36.4. Finalizada a tramitação, deverá ser encaminhada cópia eletrônica do processo ao


e-mail do Juízo competente, por meio de ofício, para ciência das providências adotadas
pelo Juízo.

379
Módulo XXXIX

DA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA

380
Módulo XXXIX
DA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA453
Título I
DOS REQUISITOS PARA A FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
1. Somente pode se filiar a partido político o eleitor que estiver no pleno gozo de seus
direitos políticos454 ativos, caso contrário, a anotação da filiação no sistema próprio
resultará em erro.

1.1. Nesse sentido, é possível a filiação partidária pelo eleitor inelegível455.

2. Para concorrer às eleições, o candidato deverá estar com a filiação deferida pelo
partido no mínimo 06 meses antes da data da eleição456.

3. A filiação é responsabilidade do próprio partido político, que estabelecerá os demais


requisitos por meio de seus estatutos e normativos.

Título II
DA ANOTAÇÃO DAS FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS
PELOS PARTIDOS POLÍTICOS
Capítulo I
DO SISTEMA FILIAWEB
4. O sistema Filiaweb é o instrumento utilizado pelos Partidos Políticos para a anotação
das filiações partidárias a que se refere o artigo 19 da Lei 9.096/1995.

5. O manual do usuário do Filiaweb está disponível no seguinte endereço eletrônico:


http://www.tse.jus.br/arquivos/tse-manual-do-usuario-para-aprendizado-de-uso-do-
filiaweb.

453
Lei nº 9.096/1995 / Lei nº 12.891/2013 / Resolução-TSE nº 23.117/2009 / Resolução-TSE nº 23.198/2009 / Provimento-CGE nº
2/2010 / Provimento-CGE nº 5/2010
454
Lei nº 9.096/1995, artigo 16
455
Resolução-TSE nº 23.117/2009 / Acórdãos TSE: 12.371/1992, 22.014/2004 e 23.351/2004
456
Lei nº 9.504/1997, artigo 9º

381
Capítulo II
DO CADASTRAMENTO NO SISTEMA FILIAWEB
6. A CRE-DF, mediante requerimento do interessado, procederá ao cadastramento do
responsável pelo diretório regional do partido político no Distrito Federal no sistema
Filiaweb, com vistas ao gerenciamento:
I. dos filiados vinculados a seu diretório partidário; e
II. dos usuários do Filiaweb no âmbito de seu diretório partidário.

6.1. A Resolução-TSE nº 23.535/2017 alterou a Resolução-TSE nº 23.117/2009,


estabelecendo que o cadastramento de que trata este item é de responsabilidade da
Presidência do TRE-DF, com o apoio da SJU.

6.1.1. Entretanto, de acordo com o artigo 11 da Portaria-TSE nº 81/2018, as secretarias


judiciárias dos tribunais eleitorais só assumirão o gerenciamento das informações
relativas às filiações após a conclusão do desenvolvimento do módulo Filiaweb no
SGIP3 pelo Grupo de Trabalho Filiaweb, instituído pela referida Portaria.

7. Somente serão apreciados os requerimentos de habilitação protocolizados até a


véspera do último dia do prazo para submissão das relações de filiados, salvo se
apresentada justificativa plausível pelo representante partidário.

8. O pedido de cadastramento deverá ser assinado pelo presidente do diretório


regional ou por representante do referido órgão partidário legitimado para o ato.

8.1. O cadastro será efetuado em nome do presidente ou do representante do órgão


partidário.

8.2. A senha de acesso terá validade até o final do mandado do presidente ou do


representante do diretório partidário e será encaminhada para o endereço de correio
eletrônico informado no expediente.

8.2.1. Expirada a senha ou finalizado o mandato, deverá ser realizada nova solicitação
de cadastramento, com observância das regras previstas neste Capítulo.

9. Cada diretório partidário poderá cadastrar apenas um representante junto à Justiça


Eleitoral, o qual terá nível de acesso de administrador.

10. Os perfis “administrador” e “operador” determinam o nível de acesso às


funcionalidades do Filiaweb:

10.1. Os usuários com o perfil “Administrador Partido” podem:


I. executar as funcionalidades previstas no item 10.2; e
II. realizar o cadastramento de operadores e de administradores.

382
10.1.1. O cadastramento desses usuários será realizado diretamente pelo
administrador, por meio do Filiaweb.

10.2. Os usuários com o perfil “Operador Partido” executam as funcionalidades do


sistema, de acordo com as suas responsabilidades no processo de filiação, definidas
pelo próprio partido, gerenciando a relação de filiados (altera/inclui/exclui registros de
filiação).

Capítulo III
DA MANUTENÇÃO DA LISTA DE FILIADOS
11. Para gerenciar os registros de seus filiados, o usuário do partido deve acessar o
Filiaweb, fazer o login e realizar as alterações necessárias na “relação interna”.

12. No momento da alteração, inclusão ou exclusão de registros da “relação interna”,


o partido será informado pelo Filiaweb sobre eventuais erros nos dados cadastrais do
filiado, que impedem a inclusão até que seja providenciada a correção.

13. As ações efetuadas pelos partidos só se tornam efetivas após o término do


processamento de suas relações, nas datas fixadas no cronograma oficial.

14. Findo o prazo legal destinado à entrega das relações de filiados, a “relação interna”
submetida pelo partido terá sua situação modificada para “fechada” e será convertida
pelo sistema em “relação oficial”, desconsiderados eventuais erros ainda existentes na
ocasião do processamento.

15. Os partidos políticos poderão apenas consultar as relações oficiais de filiados.

Capítulo IV
DA SUBMISSÃO DA RELAÇÃO DE FILIADOS
16. A submissão de relação de filiados é a manifestação de vontade, expressada pelo
diretório partidário, de apresentar a sua relação interna para processamento.

17. A submissão é feita apenas uma vez a cada semestre e não bloqueia a continuidade
das operações pelo partido.

17.1. O partido poderá realizar alterações, inclusões e exclusões de registros até as 19


horas do último dia do prazo fixado para a entrega das relações de filiados.

18. A adequada e tempestiva submissão das relações de filiados por meio de sistema
eletrônico são de inteira responsabilidade dos órgãos partidários.

18.1. Para tanto, os órgãos partidários deverão cumprir todos os prazos do


cronograma disponibilizado pela Justiça Eleitoral.

383
19. Os riscos de não obtenção de linha ou de conexão ou de defeito de transmissão ou
de recepção correrão à conta do usuário e não escusarão o cumprimento dos prazos
legais.

19.1. Ademais, caberá ao interessado certificar-se da regularidade da recepção457.

20. Caso o partido não submeta a relação de filiados no prazo determinado pela Justiça
Eleitoral, será considerada oficial a última relação (ordinária, especial ou
extemporânea) apresentada pelo partido, recebida e armazenada no sistema de
filiação partidária.

Título III
DO CONTROLE DAS FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS
PELA JUSTIÇA ELEITORAL
Capítulo I
DO SISTEMA ELO6
21. O Sistema ELO6 será utilizado pela Justiça Eleitoral para:
I. consulta e processamento:
i. das decisões judiciais nos feitos referentes às duplicidades de filiação
partidária ou às listas especiais; e
ii. das demais demandas de eleitores ou partidos; e
II. cadastramento dos dirigentes regionais de partidos políticos no Sistema
Filiaweb.

Capítulo II
DAS RELAÇÕES OFICIAIS DE FILIADOS DA JUSTIÇA ELEITORAL
22. A “relação oficial” da Justiça Eleitoral informa os registros de filiação encontrados
para determinado Partido e Zona Eleitoral, desconsiderados todos os registros de
filiação que ainda estejam em situação de erro por ocasião do processamento.

23. A alteração, a exclusão ou a inclusão de registros de filiação constantes de relações


oficiais somente poderá ser realizada em cumprimento a decisões da autoridade
competente, por meio do Sistema ELO6, por usuários com perfis específicos da Justiça
Eleitoral.

24. As ações executadas pela Justiça Eleitoral causam imediata alteração do estado do
filiado.

457
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 28, parágrafo único

384
Capítulo III
DA PUBLICIDADE DAS RELAÇÕES DE FILIADOS
25. Não será necessária a autuação das listagens de filiações partidárias enviadas pelos
diretórios partidários, via Filiaweb, na segunda semana dos meses de abril e outubro
de cada ano.

26. A publicidade das relações de filiados ocorrerá por meio do Sistema Filiaweb.

27. A publicação das relações oficiais será feita no sítio do TSE na Internet.

27.1. Os dados permanecerão disponíveis para a consulta por qualquer interessado,


juntamente com o serviço de emissão de certidão de filiação partidária458.

28. A emissão de certidões de filiação partidária também está disponível no sítio do


TRE-DF na Internet, por meio do caminho “Serviços ao eleitor > Certidões > Filiação
Partidária”.

28.1. As certidões poderão ser emitidas pelos Cartórios Eleitorais ou por qualquer
interessado.

29. O interessado não precisa de cadastramento prévio para acessar as informações de


filiação partidária e obter certidões diretamente dos sítios do TSE e dos TREs na
Internet.

Capítulo IV
DO CRONOGRAMA DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
30. O cronograma representa um ciclo completo do sistema de filiação partidária,
desde a recepção da relação de filiados até seu processamento e a identificação de
coexistência, duplicidade ou pluralidade de filiações.

Capítulo V
DAS ESPÉCIES DE LISTAS DE FILIADOS
Seção I
DAS LISTAS ORDINÁRIAS

31. As listas ordinárias são as relações oficiais de filiação partidária submetidas para
processamento eletrônico pelos partidos políticos, via Filiaweb, nos meses de abril e
outubro de cada ano459, conforme cronograma estabelecido pela CGE.

458
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 15
459
Lei nº 9.096/1995

385
Seção II
DAS LISTAS EXTEMPORÂNEAS

32. As listas extemporâneas são as relações oficiais, com o mesmo efeito de ordinárias,
mas ordenadas e autorizadas excepcionalmente pela CGE, para serem processadas
fora da época prevista em cronograma oficial.

Seção III
DAS LISTAS ESPECIAIS

Subseção I
DA DEFINIÇÃO

33. As listas especiais são as relações subsidiárias às listas entregues ordinariamente,


com o objetivo de permitir que os prejudicados por desídia ou má-fé requeiram,
diretamente ao Juiz Eleitoral, a notificação do partido para a inclusão de seus nomes
na relação de filiados460.

Subseção II
DA AUTORIZAÇÃO DE ORDENAMENTO E DE PROCESSAMENTO

34. O processamento de listas especiais depende de autorização do Corregedor


Regional Eleitoral do DF e observará os prazos previstos no cronograma de
processamento divulgado pela CGE.

35. O requerimento de inclusão em lista especial deverá:


I. ser preenchido com a identificação e qualificação do requerente, inclusive
telefone e endereço residencial; e
II. estar acompanhado de documentos comprobatórios da omissão do partido.

35.1. Caso a documentação comprobatória se encontre em poder de terceiros, o


requerente deverá discriminar:
I. o documento;
II. o terceiro detentor; e
III. o endereço onde se possa encontrá-lo.

36. O requerimento deverá ser formulado pelo próprio eleitor, não se admitindo
procuração a terceiros, salvo quando se tratar de advogado com procuração específica
para atuação perante a Justiça Eleitoral.

37. O Cartório Eleitoral, observados os prazos definidos no cronograma de


processamento das listas especiais, autuará o requerimento na classe Filiação
Partidária – FP, assunto “Lista Especial”, e juntará ao processo:
I. espelho da consulta ao Sistema ELO6 em nome do requerente;

460
Lei nº 9.096/1995, artigo 19, § 2º

386
II. espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores em nome do
interessado; e
III. demais documentos cabíveis.

38. Após, o Chefe de Cartório:


I. prestará informações relatando o teor do requerimento e dos documentos
que o acompanhem e mencionando o cronograma de processamento das listas
especiais; e
II. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral, que determinará a adoção das
providências previstas nos itens 39 ou 40, conforme a hipótese.

39. Se entender que a omissão do nome do eleitor não decorreu de desídia ou má-fé, o
Juiz Eleitoral indeferirá o requerimento de pronto e determinará:
I. a publicação da decisão;
II. a intimação do eleitor;
III. a notificação do partido para que, caso julgue pertinente, inclua o nome do
eleitor na próxima lista ordinária de filiados;
IV. a publicação da decisão; e
V. o arquivamento dos autos.

40. Caso considere restar dúvida quanto às razões que levaram à omissão do nome do
eleitor, o Juiz Eleitoral determinará:
I. a realização das diligências eventualmente solicitadas ou que entenda
necessárias para o esclarecimento dos fatos; e/ou
II. a notificação do partido para que, em prazo não superior a 05 dias, por ele
estipulado:
a) analise a pertinência de submeter nova relação de filiados, contendo
o nome do requerente, por meio do Filiaweb461; e/ou
b) decline as razões pelas quais não considere cabível a inclusão no
nome do requerente, se for o caso; e
III. caso aplicável, o aguardo do prazo mencionado no inciso II (vide item 40.1).

40.1. Na hipótese prevista no inciso II do item 40, transcorrido o prazo, o Chefe de


Cartório:
I. juntará a manifestação eventualmente apresentada pelo partido ou
certificará o transcurso in albis do prazo estipulado pelo Juiz Eleitoral; e
II. fará conclusão do processo ao magistrado.

40.2. A seguir, o Juiz Eleitoral determinará a adoção das providências previstas nos
itens 40.2.1 ou 40.2.2, conforme a hipótese.

40.2.1. Se entender pertinente o requerimento do eleitor, a fim de garantir a


observância dos prazos definidos no cronograma estabelecido pelo TSE, o Juiz Eleitoral
determinará, por meio de decisão interlocutória, que o Cartório:

461
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 4º, § 2º

387
I. acompanhe, por meio do Sistema ELO6, a submissão da relação pelo partido
político;
II. proceda à ordenação da relação de filiados apresentada pelo partido, por
meio do Sistema ELO6;
III. encaminhe o processo à CRE-DF; e
IV. acompanhe o trâmite da autorização de processamento (vide item 41).

40.2.2. Caso decida pelo indeferimento do pedido de inclusão em lista especial, o Juiz
Eleitoral determinará a notificação do partido para, caso julgue pertinente, incluir o
nome do requerente na próxima lista ordinária de filiados.

41. Caso o Corregedor Regional Eleitoral do Distrito Federal indefira o pedido de


autorização para processamento de lista especial, o Juiz Eleitoral determinará a
notificação do partido para, caso julgue pertinente, incluir o nome do requerente na
próxima lista ordinária de filiados.

Subseção III
DOS REGISTROS NO SISTEMA ELO6

42. Para ORDENAR uma relação especial no Sistema ELO6, o serventuário deverá:
I. acessar o menu “Filiação > Autorização de Processamento”;
II. na tela seguinte, informar:
i. o nome do partido;
ii. o tipo de autorização “ESPECIAL”; e
iii. a situação “ORDENADA”;
III. clicar em “Incluir”;
IV. informar:
i. o município “DISTRITO FEDERAL”;
ii. o nome do partido; e
iii. no campo “documento”, o número do processo em que foi
autorizada a ordenação da lista especial.
V. clicar em “Continuar”;
VI. conferir os dados; e
VII. confirmar a operação.

42.1. Ao ser confirmada a operação, o ELO6 informará a descrição, o número e a data


do evento.

42.1.1. O espelho das operações deverá ser juntado ao processo em que foi autorizada
a ordenação da lista especial.

43. Para CONSULTAR uma relação especial ordenada no Sistema ELO6, o serventuário
deverá:
I. acessar o menu “Filiação > Autorização de Processamento”;
II. na tela seguinte, informar:
i. o tipo de autorização “ESPECIAL”; e

388
ii. a situação “ORDENADA”; e
III. clicar em “Consultar”.

43.1. Finalizada a consulta, o ELO6 apresentará uma lista contendo todas as relações
ordenadas pelo Cartório Eleitoral.

44. Para ACOMPANHAR A SITUAÇÃO de uma relação especial no Sistema ELO6, o


serventuário deverá:
I. acessar o menu “Filiação > Autorização de Processamento”;
II. na tela seguinte, não preencher o campo “SITUAÇÃO” e informar:
i. o nome do partido (opcional);
ii. a situação (opcional);
ii. o tipo de autorização “ESPECIAL”; e
iii. a data inicial e a data final desejadas (opcional); e
III. clicar em “Consultar”.

44.1. O Sistema ELO6 apresentará a tela Detalhe da Autorização de Processamento na


qual será possível verificar a situação da relação.

44.1.1. Se o Cartório não restringir a consulta por partido e/ou por situação, serão
apresentadas todas as relações especiais vinculadas à Zona Eleitoral e a situação de
cada uma delas.

44.1.2. É possível detalhar o registro de cada uma das relações apresentadas clicando
no ícone correspondente.

Capítulo VI
DA DESFILIAÇÃO A REQUERIMENTO DO ELEITOR
45. As desfiliações serão processadas pela Justiça Eleitoral de acordo com o
cronograma de filiação partidária.

46. Se o eleitor desejar que sua desfiliação seja registrada fora dos prazos previstos no
referido cronograma, deverá apresentar requerimento ao Juízo da Zona Eleitoral em
que for inscrito, contendo:
I. nome e número da inscrição eleitoral do requerente;
II. manifestação expressa da vontade de se desfiliar do partido político;
III. assinatura do interessado; e
IV. comprovação documental da comunicação de desfiliação ao respectivo
diretório zonal ou declaração de sua impossibilidade.

46.1. A desfiliação será comunicada somente ao Juiz Eleitoral quando for impossível
entregar a comunicação ao diretório, em virtude de462:

462
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 13, § 5º

389
a) o diretório zonal não estar devidamente constituído;
b) recusa de recebimento da comunicação de desfiliação pelo órgão partidário;
ou
c) outros motivos devidamente comprovados.

46.1.1. Nestas hipóteses, o eleitor deverá apresentar declaração por escrito ou outra
prova da desfiliação.

46.1.2. A comprovação do recebimento da comunicação de desfiliação pelo órgão


partidário poderá ser substituída por espelho do Sistema ELO6 comprobatório de que
o registro da desfiliação do interessado já consta da relação interna de filiados do
partido político.

46.2. Se a comunicação de desligamento, subscrita pelo filiado, for entregue em


Cartório pelo representante partidário ou por terceiro, deverão ser consignados no
documento:
I. o nome completo de quem o entregou;
II. o número da inscrição eleitoral do responsável pela entrega; e
III. o número do documento de identificação apresentado.

47. Protocolizado o requerimento, o Chefe de Cartório:


I. encaminhará os pedidos referentes a órgãos partidários não vinculados à
circunscrição eleitoral ao Juízo competente, independentemente de
determinação do Juiz Eleitoral (vide item 47.1); e
II. submeterá os Requerimentos formulados por eleitores inscritos na
circunscrição ao Juiz Eleitoral, para apreciação.

47.1. Se os documentos de que trata o inciso I se referirem a filiação vinculada:


a) a Zona Eleitoral do Distrito Federal, deverão ser encaminhados diretamente
ao Juízo Eleitoral competente; e
b) a Zona Eleitoral de Estado da Federação, o Cartório Eleitoral:
I. encaminhará cópia digitalizada ao endereço eletrônico do Juízo
Eleitoral a que estiver vinculada a filiação partidária; e
II. arquivará o requerimento original em pasta própria, acompanhado de
comprovação ou certificação acerca de seu recebimento pelo
destinatário.

48. Determinado o cancelamento da filiação o serventuário deverá:


I. realizar os procedimentos necessários no Sistema ELO6; e
II. anexar ao requerimento o relatório "Detalhe do Registro de Filiação", a ser
extraído do Sistema ELO6, de que constam:
i. a data do cancelamento (vide itens 48.1 e 48.2);
ii. o motivo do cancelamento;
iii. o documento de referência (número do protocolo do requerimento);
e
iv. o nome do servidor que executou o procedimento.

390
48.1. Se o eleitor não tiver se filiado a outro partido político, a data de desfiliação a ser
registrada no Sistema Elo6 será a data de protocolo da comunicação no Cartório.

48.2. Caso o eleitor tenha se filiado a outro partido político, a data de desfiliação a ser
registrada no Sistema Elo6 será a data da filiação ao novo partido.

Capítulo VII
DA COEXISTÊNCIA E DA DUPLICIDADE/PLURALIDADE
DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS
E DA NOTIFICAÇÃO DOS INTERESSADOS

49. Durante o processamento das relações de filiados, o sistema verificará a existência


de registros de filiação partidária:
I. coexistentes (filiações partidárias realizadas em datas distintas por um
mesmo eleitor); e
II. em duplicidade/pluralidade (filiações partidárias realizadas na mesma data
por um mesmo eleitor).

49.1. Na hipótese prevista no inciso I, o sistema cancelará automaticamente as


filiações mais antigas, mantendo somente a mais recente.

49.2. Em se tratando da hipótese prevista no inciso II, o sistema colocará as filiações


partidárias na situação sub judice.

50. O procedimento previsto nesta Seção não dispensa a obrigatoriedade de463:


I. solicitação da desfiliação ao partido político, pelo eleitor;
II. registro da desfiliação pelo partido político, por meio do Sistema Filiaweb; e
III. adoção das providências previstas no Capítulo VI, caso o eleitor deseje que a
desfiliação seja registrada pela Justiça Eleitoral antes do processamento da
próxima relação de filiados.

51. Na hipótese prevista no inciso I do item 49, não há providências a cargo do Juízo
Eleitoral.

52. Na hipótese prevista no inciso II do item 49, o TSE expedirá notificações ao filiado e
aos partidos envolvidos na duplicidade ou pluralidade de filiações partidárias.

52.1. As notificações dirigidas ao eleitor filiado serão encaminhadas, por via postal, ao
endereço constante do Cadastro Nacional de Eleitores.

463
Consulta ao TSE nº 88-73.2016.6.00.0000

391
52.1.1. Cabe aos partidos políticos orientar seus filiados a manterem seus dados
cadastrais atualizados junto à Justiça Eleitoral464.

52.2. Os diretórios partidários serão notificados por meio do Sistema Filiaweb.

53. A competência para julgamento das ocorrências previstas no inciso II do item 49 é


do Juízo Eleitoral a que estiver vinculada a inscrição do filiado.

53.1. O Cartório Eleitoral deverá consultar o sistema de filiação partidária após o


processamento das listas de filiação dos meses de abril e outubro de cada ano,
observado o cronograma do TSE, a fim de verificar a existência das situações sub judice
previstas no inciso II do item 49.

53.1.1. Havendo ocorrências dessa espécie, deverão ser adotadas as providências


previstas na Seção II deste Capítulo.

Seção II
DAS SITUAÇÕES SUB JUDICE

Subseção I
DAS HIPÓTESES DE NÃO AUTUAÇÃO

54. Disponibilizada, no Sistema ELO6, a relação de filiações sub judice de que trata o
inciso II do item 49, o Cartório Eleitoral verificará em seus assentamentos se deixou de
ser lançada ou processada:
a) comunicação/solicitação de desfiliação partidária já despachada pelo Juiz
Eleitoral (vide item 54.1);
b) comunicação/solicitação de desfiliação partidária ainda não despachada pelo
Juiz Eleitoral (vide item 54.2); e/ou
c) decisão judicial pela nulidade da filiação partidária, proferida em processos
anteriores (vide item 54.3).

54.1 As determinações de cancelamento de filiação proferidas anteriormente pelo Juiz


Eleitoral em comunicações/solicitações de desfiliação existentes no acervo do Cartório
deverão ser lançadas de imediato no Sistema ELO6, na forma prevista no item 48.

54.2. As comunicações/solicitações de desfiliação entregues no Cartório que não


tenham sido despachadas pelo Juiz Eleitoral deverão ser imediatamente levadas à
apreciação deste, para determinação:
a) do cancelamento da filiação partidária, seguida da adoção das providências
previstas no item 48, haja vista a constatação de evidente falha dos serviços ou
sistemas da Justiça Eleitoral; ou
b) da autuação do processo de duplicidade/pluralidade de filiação partidária de
que trata a Subseção II desta Seção; e

464
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 12, § 6º

392
c) da adoção das demais providências que reputar cabíveis.

54.3. Com relação aos feitos anteriores que contenham decisão pela nulidade das
filiações não lançada ou processada pelo sistema utilizado à época, deverão ser
adotadas as seguintes providências:
I. desarquivamento do processo, independentemente de ordem do Juiz
Eleitoral, acompanhado de certificação do motivo deste;
II. certificação da ocorrência de novo agrupamento, independentemente da
competência para julgar a duplicidade;
III. conclusão do processo ao Juiz Eleitoral, para que sejam determinadas novas
providências, via de regra:
i. cancelamento no Sistema Elo6, com o motivo “decisão judicial”;
ii. realização de diligências, caso necessário;
iii. vista dos autos ao MPE, caso este não tenha se pronunciado no feito;
e
iv. arquivamento do feito.

Subseção II
DAS HIPÓTESES DE AUTUAÇÃO

55. As ocorrências previstas no inciso II do item 49 que não se enquadrarem nas


hipóteses previstas na Subseção I desta Seção serão autuadas individualmente, por
filiado, na classe Filiação Partidária – FP.

56. A primeira peça do processo será informação prestada pelo Chefe de Cartório a
respeito da duplicidade/pluralidade de filiações realizadas por um mesmo eleitor em
uma mesma data.

57. Na mesma data, serão juntados ao processo:


I. relatórios extraídos do Sistema Elo6 contendo os dados de cada filiação;
II. cópia da documentação referente às filiações e desfiliações partidárias das
partes envolvidas eventualmente arquivada em Cartório; e
III. demais documentos julgados pertinentes.

58. Após, o Chefe de Cartório fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral que
determinará:
I. o aguardo do prazo de 20 dias, contados da realização do processamento das
informações, durante o qual os interessados poderão se manifestar acerca do
agrupamento em duplicidade/pluralidade de filiações partidárias; e
II. o posterior encaminhamento do processo ao MPE, para vistas, pelo prazo de
05 dias.

59. Transcorrido o prazo, o Chefe de Cartório:


I. juntará a documentação eventualmente apresentada pelas partes ou
certificará o transcurso in albis do prazo estipulado pelo Juiz Eleitoral; e
II. encaminhará o feito ao MPE, para vistas.

393
60. Restituído o processo, o Chefe de Cartório, no prazo de 01 dia465:
I. juntará manifestação do MPE eventualmente encaminhada em apartado; e
II. fará conclusão ao Juiz Eleitoral.

61. O Juiz Eleitoral decidirá, no prazo de 05 dias, independentemente de manifestação


do MPE.

62. Publicada a decisão, o Cartório procederá:


I. ao imediato registro, no Sistema ELO6, dos cancelamentos ou regularizações
determinados pelo Juiz Eleitoral (vide 47.1); e
II. à intimação dos eleitores e partidos envolvidos (vide item 47.2).

62.1. No registro de cancelamento ou de regularização no Sistema ELO6, deverá ser


consignada a data da decisão do Juiz Eleitoral.

62.2. A intimação dos eleitores e dos partidos políticos acerca da decisão ocorrerá por
meio de AR ou de oficial de justiça ad hoc.

62.2.1. Frustradas as tentativas de intimação supra, o Juiz Eleitoral expedirá edital, a


ser publicado no DJE, contendo a relação com o nome de todos os eleitores cujas
filiações forem canceladas ou regularizadas.

63. Transcorrido o prazo de 03 dias466, o Chefe de Cartório certificará a apresentação


de recursos ou o transcurso in albis do prazo recursal.

63.1. O prazo recursal mencionado neste item será contado a partir:


a) da efetiva intimação dos interessados, por um dos meios previstos no item
62.2; ou
b) da publicação do edital previsto no item 62.2.1.

64. Não sendo interpostos recursos, o Chefe de Cartório arquivará o processo.

65. Caso sejam interpostos recursos, o Chefe de Cartório:


I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.

66. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Cartório providenciará:


I. a publicação da decisão;
II. a intimação dos interessados (vide item 62.2); e
III. a certificação acerca da apresentação ou não de recursos (vide item 63); e
IV. a adoção das providências previstas nos itens 64 ou 65, conforme a
hipótese.

465
CPC, artigo 228
466
CE, artigo 258

394
67. Caso o Juiz não reforme sua decisão e seja interposto recurso à Corte:
I. a certificação da regularidade do feito;
II. a remessa do processo à Secretaria Judiciária do TRE-DF; e
III. a comunicação, à Corte, acerca de pedidos formulados pelo eleitor durante
a fase de recurso.

395
Módulo XL

DA JUNTA ELEITORAL

396
Módulo XL
DA JUNTA ELEITORAL
Capítulo I
DA COMPOSIÇÃO DA JUNTA ELEITORAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

1. No Distrito Federal, será instalada uma Junta Eleitoral em cada Zona Eleitoral.

2. Não podem ser nomeados membros das Juntas Eleitorais, escrutinadores ou


auxiliares467:
I. os candidatos e seus:
a) parentes (ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive); ou
b) cônjuges;
II. os membros de diretorias de partidos políticos devidamente registrados e
cujos nomes tenham sido oficialmente publicados;
III. as autoridades e agentes policiais;
IV. os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo; e
V. os que pertencerem ao serviço eleitoral.

2.1. É vedado que participem da mesma Turma ou Junta Eleitoral468:


I. parentes em qualquer grau; e
II. servidores da mesma repartição pública ou empresa privada.

Seção II
DA NOMEAÇÃO DOS MEMBROS DA JUNTA ELEITORAL

3. No Distrito Federal, cada Junta Eleitoral será composta, salvo impedimento:


I. pelo respectivo Juiz Eleitoral, que será o presidente desta; e
II. por 02 cidadãos de notória idoneidade.

4. O Cartório Eleitoral encaminhará ao Juiz Eleitoral listagem contendo nomes de


pessoas habilitadas a comporem a Junta Eleitoral.

4.1. Deverá ser incluído na referida listagem o nome do Juiz Eleitoral (titular ou
substituto), que será o seu presidente.

467
CE, artigo 36, § 3º
468
Lei nº 9.504/1997, artigo 64

397
5. O Juiz Eleitoral encaminhará a indicação da composição da Junta ao Presidente do
TRE-DF até 80 dias antes das eleições.

5.1. É facultada ao Juízo Eleitoral a indicação, ao TRE-DF, de até 06 membros para a


junta eleitoral, tendo em vista a possibilidade de impugnação de algum membro.

6. Recebida a listagem, o Presidente do TRE-DF determinará a sua publicação por


edital, decidirá as impugnações apresentadas e, após aprovação do Pleno:
I. nomeará os membros da Junta Eleitoral, dentre os indicados pelo Juízo
Eleitoral; e
II. designará o local de instalação da Junta Eleitoral469.

Seção III
DA AUTUAÇÃO DO FEITO

7. O Cartório autuará feito próprio para registro da composição da Junta Eleitoral, no


prazo máximo de 05 dias470, contados da publicação dos atos de nomeação dos
membros e de designação de sede da Junta Eleitoral.

7.1. As primeiras peças do feito serão cópias da publicação dos referidos atos.

7.2. O processo será autuado na classe Apuração de Eleição – AE, com o assunto
“Composição da Junta Eleitoral”.

Seção IV
DA NOMEAÇÃO DOS ESCRUTINADORES E AUXILIARES

8. No prazo de 01 dia471 da autuação, o Cartório fará o processo concluso ao


Presidente da Junta Eleitoral.

9. O Presidente da Junta Eleitoral nomeará os escrutinadores e os auxiliares, por meio


de edital, designando-lhes as respectivas funções472, quais sejam:
I. secretário;
II. primeiro escrutinador;
III. segundo escrutinador; e
IV. suplente.

10. Na hipótese do desdobramento da junta em Turmas, o Presidente da Junta


nomeará:
I. um escrutinador para servir como Secretário em cada Turma; e
II. um escrutinador para autuar como Secretário-Geral.

469
CE, artigo 36, §§ 1º e 2º
470
CPC, artigo 228
471
CPC, artigo 228
472
CE, artigo 38

398
10.1. Caberá ao Secretário-Geral473:
I. lavrar as atas;
II. tomar por termo ou protocolar os recursos, neles funcionando como
escrivão; e
III. totalizar os votos apurados.

11. Até 30 dias antes das eleições, o edital com os nomes dos escrutinadores e
auxiliares nomeados será:
I. juntado aos autos;
II. publicado no DJE;
III. afixado no átrio do Cartório Eleitoral; e
IV. remetido, por cópia, ao Presidente do TRE-DF474.

12. Nos 03 dias que se seguirem à publicação, qualquer partido político ou coligação
poderá apresentar impugnação às indicações, por meio de petição fundamentada475.

12.1. No mesmo prazo, as pessoas nomeadas poderão alegar impedimento ao


exercício da atribuição.

13. Caso não sejam apresentadas impugnações nem alegações de impedimento,


deverá ser certificado o transcurso in albis do prazo.

14. As impugnações e as alegações de impedimento eventualmente apresentadas


serão protocolizadas e autuadas, individualmente, na classe ICJE.

14.1. A autuação das impugnações ou alegações de impedimento na classe ICJE deverá


ser imediata e individualmente certificada no processo de Composição da Junta
Eleitoral.

14.2. Cada um dos processos referentes a impugnações e alegações de impedimento


deverá ser concluso ao Presidente da Junta Eleitoral, no prazo de 01 dia476, contado de
sua autuação.

15. O Presidente da Junta Eleitoral apreciará as impugnações e as alegações de


impedimento apresentadas.

15.1. Caso decida pela procedência da alegação, o Presidente da Junta Eleitoral


expedirá edital de substituição do escrutinador ou auxiliar impedido.

15.1.1. Nesta hipótese, o Cartório Eleitoral providenciará:


I. a juntada de cópias do edital:
i. ao processo de Composição da Junta Eleitoral; e
473
CE, artigo 38, §§ 2º e 3º
474
CE, artigo 39
475
CE, artigo 39
476
CPC, artigo 228

399
ii. ao processo da classe ICJE;
II. a publicação do edital no DJE;
III. a afixação de cópia do edital no átrio do Cartório;
IV. a expedição de ofício ao Presidente do TRE-DF encaminhando cópia da
publicação do edital; e
V. a juntada de cópia do ofício expedido:
i. ao processo de Composição da Junta Eleitoral; e
ii. ao processo da classe ICJE.

16. O prazo para impugnação da nova nomeação será o mesmo estabelecido para as
impugnações originais e sua tramitação observará as normas previstas nos itens 14 e
15.

17. Ao final da tramitação, os processos da classe ICJE deverão ser apensados ao de


Composição da Junta Eleitoral, independentemente de determinação judicial.

Seção V
DOS DEMAIS PROCEDIMENTOS

18. Com exceção do Presidente, os membros da Junta Eleitoral, assim como os


escrutinadores e auxiliares, serão instruídos pelos servidores da Justiça Eleitoral
designados para essa função.

18.1. As listas de frequência ao treinamento e aos trabalhos de apuração deverão ser


juntadas ao processo de Composição da Junta Eleitoral.

19. Findos os trabalhos da Junta Eleitoral, o Chefe de Cartório:


I. dará prosseguimento à tramitação do processo de Composição da Junta
Eleitoral, procedendo à:
i. juntada das atas produzidas durante os trabalhos de apuração;
ii. juntada das listas de frequência aos trabalhos de apuração;
iii. certificação acerca da emissão das declarações para os membros da
Junta, escrutinadores e auxiliares;
iv. juntada dos requerimentos de justificativa por ausência aos trabalhos
eleitorais ou abandono destes;
v. certificação dos prazos;
vi. prestação de informações; e
vii. conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral (vide item 19.1); e
II. autuará as impugnações recebidas na classe IpJE (vide item 19.2); e

19.1. O Juiz Eleitoral apreciará os requerimentos e determinará o arquivamento do


processo após, caso aplicável, a autuação de feitos individuais, conforme rito previsto
no Módulo XXXVI, para apuração da responsabilidade dos agentes eleitorais:
a) que não tenham apresentado justificativa; ou
b) cuja justificativa não tenha sido acolhida.

400
19.2. As impugnações terão tramitação própria, de acordo com as normas previstas no
Capítulo II deste Módulo.

Capítulo II
IMPUGNAÇÃO PERANTE AS JUNTAS ELEITORAIS
20. Compete à Junta Eleitoral a apreciação477:
I. das dúvidas não decididas e dos recursos interpostos durante a votação; e
II. das impugnações e dos demais incidentes verificados durante os trabalhos da
apuração.

21. O Secretário-Geral da Junta, investido na atribuição de escrivão, submeterá as


impugnações ao Presidente da Junta, após:
a) protocolização; ou
b) redução a termo, se apresentadas oralmente.

22. As impugnações serão decididas de plano, pela Junta Eleitoral, por maioria de
votos.

22.1. O Secretário-Geral da Junta lavrará a ata do julgamento.

22.2. O julgamento será finalizado com a leitura do resultado pelo Presidente da


Junta.

23. Se for oposta, perante a Mesa Receptora, impugnação sobre a identidade do


eleitor, a Junta Eleitoral comparará a assinatura ou a impressão digital apostas na
respectiva folha do caderno de votação com aquela constante:
I. do Título de Eleitoral; e
II. a seu critério, de outros documentos478.

24. Cabe recurso das decisões proferidas pela Junta Eleitoral acerca das impugnações.

24.1. O recurso deverá ser479:


I. interposto imediatamente, por escrito ou oralmente;
II. autuado, na classe IpJE, independentemente de determinação judicial;
III. instruído, de ofício (vide item 28.1.1):
i. com uma certidão da decisão recorrida; e
ii. se interposto verbalmente, com narrativa do trecho correspondente
do boletim; e
IV. arrazoado no prazo de 48 horas, para que tenha seguimento.

477
CE, artigos 169 a 172
478
CE, artigo 170
479
CE, artigo 169, § 4º

401
24.1.1. As certidões serão lavradas pelo Secretário-Geral, de acordo com o Boletim de
Urna (BU).

24.2. Se o recurso versar sobre contagem errônea de votos ou sobre vício de cédulas
ou de envelopes para votos em separado, as cédulas questionadas deverão ser
acondicionadas em envelope lacrado e rubricado:
I. pelo Presidente da Junta Eleitoral;
II. pelo recorrente; e
III. pelos delegados de partidos que assim desejarem.

25. Decorrido o prazo previsto no inciso IV do item 23, deverá ser providenciada:
I. a certificação acerca:
a) da apresentação das razões do recurso; ou
b) do transcurso in albis do prazo para apresentação das razões;
II. caso aplicável, a juntadas das razões do recurso e da documentação que as
acompanhar ao feito; e
III. a conclusão dos autos do Presidente da Junta Eleitoral.

26. Caso tenham sido apresentadas as razões do recurso, o Presidente da Junta


Eleitoral determinará o encaminhamento do processo ao TRE-DF, para apreciação do
recurso.

27. Caso não sejam interpostos recursos, todas as impugnações apresentadas serão
autuadas em processo único, na Classe IpJE, que será concluso ao Juiz Eleitoral, para
determinação:
a) de seu arquivamento; ou
b) da adoção das providências julgadas cabíveis.

402
Módulo XLI

DA INSPEÇÃO

403
Módulo XLI
DA INSPEÇÃO
Capítulo I
DA INSPEÇÃO CARTORÁRIA
1. Os procedimentos relativos às inspeções cartorárias serão documentados em:
I. processo da classe “Insp”; e
II. relatório do SICEL, sistema adotado pela CGE como ferramenta de controle
dessa atividade em nível nacional e regional480.

2. Verificada a obrigatoriedade ou a necessidade de realização da inspeção481, o Juiz


Eleitoral expedirá:
I. edital, estabelecendo a data de realização da inspeção cartorária; e
II. portaria, designando a comissão responsável pela realização dos trabalhos.

2.1. O edital e a portaria deverão ser publicados no DJE com antecedência mínima de
10 dias do início dos trabalhos de inspeção.

3. No prazo máximo de 05 dias 482, contados da publicação do edital e da portaria,


deverão ser impressos e organizados, na ordem a seguir, cópias:
I. do edital de inspeção;
II. da publicação do edital de inspeção no DJE;
III. da portaria de inspeção; e
IV. da publicação da portaria de inspeção no DJE.

3.1. A documentação será protocolizada conjuntamente e utilizada como peça inicial


do processo da classe “Insp”, que será imediatamente autuado pelo Chefe de Cartório,
independentemente de determinação do Juiz Eleitoral.

4. Também no prazo previsto no item 3, será aberto processo no SEI iniciado por
Memorando do Chefe de Cartório, dirigido ao Coordenador Administrativo da CRE-DF:
I. informando a data designada para a inspeção; e
II. solicitando a abertura do respectivo procedimento no SICEL.

4.1. O Memorando será seguido de cópias eletrônicas da documentação relacionada


nos incisos do item 3.

4.2. A abertura do referido procedimento no SEI deverá ser certificada nos autos do
processo da classe “Insp”.

480
Provimento-CGE nº 9/2010
481
Provimento-Geral da CRE-DF, artigos 15 a 19
482
CPC, artigo 228

404
5. O Ministério Público Eleitoral deverá ser comunicado, via ofício, acerca da data e do
tipo de inspeção.

5.1. O Cartório juntará ao processo cópia do referido expediente, contendo


comprovação de seu recebimento.

6. Findos os trabalhos, serão juntados ao processo da classe “Insp”:


I. a ata da inspeção; e
II. o relatório consolidado extraído do SICEL.

7. No prazo de 01 dia483, os autos serão se conclusos ao Juiz Eleitoral, para


determinação da adoção das providências julgadas cabíveis, se não o tiver feito na ata.

8. Certificado o cumprimento das determinações, o Chefe de Cartório submeterá o


processo à apreciação do magistrado.

9. Considerando saneadas todas as pendências, o Juiz Eleitoral determinará a abertura


de vistas ao MPE.

10. Restituídos pelo MPE, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral, para apreciação.

11. De posse dos autos, o Juiz Eleitoral determinará:


a) a adoção das providências solicitadas pelo Ministério Público Eleitoral; ou
b) não havendo consideração do Parquet:
I. a comunicação à CRE-DF, na forma prevista no item 12; e
II. o posterior arquivamento do feito.

12. Recebido o processo, o Cartório:


a) adotará as providências solicitadas pelo MPE e determinadas pelo Juiz
Eleitoral; ou
b) incluirá, no procedimento do SEI de que trata o item 4 (vide item 12.1):
I. memorando do Chefe de Cartório, endereçado ao Coordenador
Administrativo da CRE-DF, comunicando a finalização dos trabalhos e as
providências adotadas; e
II. cópia da ata dos trabalhos (vide item 12.2).

12.1. A documentação constante do referido procedimento do SEI será utilizada para a


instrução do respectivo processo de Correição.

12.2. Não se faz necessário juntar cópia eletrônica do relatório do SICEL, visto que este
poderá ser consultado pela CRE-DF por meio do referido Sistema.

13. Certificada a adoção de todas as providências, o Chefe de Cartório arquivará o


feito.

483
CPC, artigo 228

405
Módulo XLII

DA REVERSÃO
DE OPERAÇÕES DE ALISTAMENTO

406
Módulo XLII
DA REVERSÃO DE OPERAÇÕES DE ALISTAMENTO
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1. É vedada a reversão de operações de alistamento por meio de nova operação de
alistamento.

2. A competência para a reversão de operações de alistamento é da CGE com base em


processo a ser instruído pelos Juízos Eleitorais envolvidos.

3. Os processos cujo objeto seja a reversão de alistamentos, transferências ou revisões


de inscrições eleitorais indeferidos pelo Juiz Eleitoral ou realizados indevidamente, por
equívoco ou à revelia do eleitor observarão o rito previsto neste Módulo484.

Capítulo II
DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS PELO CARTÓRIO ELEITORAL
Seção I
DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS NA PRESENÇA DO ELEITOR

4. Quando a necessidade de reversão de operação de alistamento for verificada


durante o atendimento ao eleitor, este deverá:
I. preencher e assinar o “Formulário para Reversão de Operação Equivocada
(requerimento eleitor)”, disponível no Sistema Elo; e
II. apresentar cópias de documentos que comprovem os dados pessoais a
serem consignados no Cadastro Nacional de Eleitores, tais como:
i. documento de identidade;
ii. comprovante de residência; e/ou
iii. Título Eleitoral, dentre outros.

5. O servidor responsável pela prestação das informações deverá preencher os campos


“para uso do Cartório Eleitoral”, inutilizar os campos não preenchidos e anexar ao
Formulário a documentação apresentada pelo eleitor e todos os documentos
disponíveis em Cartório, inclusive485:
I. cópia das páginas dos cadernos de votação anteriores e posteriores à data do
alistamento, transferência ou revisão de dados pessoais, nas quais tenha
constado:
a) o nome do eleitor; ou

484
Faxes-Circulares-CGE de números 21/2002 e 18/2003 / Ofício-Circular-CGE nº 35/2008
485
Fax-Circular-CGE nº 35/2008

407
b) o número de sua inscrição eleitoral;
II. espelhos de consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores anteriores e
posteriores ao processamento da operação que deverá ser revertida;
III. espelho do RAE da operação a ser revertida, caso aplicável;
IV. cópias da fotografia e da assinatura do eleitor eventualmente registradas
no Cadastro Nacional de Eleitores (localizada a inscrição do eleitor: clicar nos
ícones disponíveis no campo “situação biométrica”; clicar com o botão direito
no quadro apresentado pelo Sistema; e clicar em “imprimir imagem”);
V. o PETE, acompanhado de seus anexos, observando-se que:
a) caso o PETE já tenha sido descartado, tal fato deverá ser certificado
nos autos; e
b) deverá ser mantida cópia autêntica da documentação no local em
que se encontravam arquivados os originais, com indicação do processo
ao qual estes foram juntados;
VI. outros documentos e informações que possam subsidiar a decisão do
processo, especialmente aqueles que contenham os seguintes dados dos
eleitores envolvidos:
a) nome completo;
b) filiação;
c) data de nascimento;
d) sexo;
e) estado civil;
f) grau de instrução;
g) ocupação;
h) endereço; e/ou
i) Município de nascimento.

6. O Formulário, acompanhado de seus anexos, deverá ser imediatamente


protocolizado.

6.1. A referida documentação será utilizada como peça inicial do processo a ser
autuado, na classe RSE, independente de determinação do Juiz Eleitoral, no prazo
máximo de 05 dias486.

7. No prazo máximo de 05 dias487, contado da autuação do feito, o Chefe de Cartório:


I. prestará informações; e
II. fará conclusão ao Juiz Eleitoral, para as providências previstas no Capítulo IV.

486
CPC, artigo 228
487
CPC, artigo 228

408
Seção II
DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS NA AUSÊNCIA DO ELEITOR

8. Quando a necessidade de reversão de operação de alistamento for verificada na


ausência do eleitor, o Juiz Eleitoral deverá preencher e assinar o “Formulário para
Reversão de Operação Equivocada (requerimento cartório)”, disponível no Sistema Elo.

8.1. Deverá ser anexada ao Formulário toda a documentação disponível em Cartório,


inclusive aquela prevista nos incisos do item 5.

9. Adotadas as providências previstas no item 6, o Chefe de Cartório,


independentemente de determinação do Juiz Eleitoral, notificará o eleitor acerca da
obrigatoriedade de comparecimento ao Cartório para adoção das providências
previstas nos incisos do item 4.

9.1. A notificação deverá ser realizada:


a) pessoalmente: ou
b) por meio de correspondência a ser encaminhada para o endereço constante
do Cadastro Nacional de Eleitores.

9.1. O prazo para o comparecimento do eleitor será de 20 dias, contados:


a) do recebimento da notificação pessoal; ou
b) da juntada ao processo do AR da correspondência a ele encaminhada.

9.1.1. Nas hipóteses em que a ocorrência for verificada às vésperas do fechamento do


Cadastro Nacional de Eleitores, poderá ser fixado prazo inferior a 20 dias, de modo a
possibilitar o comparecimento do eleitor ao Cartório em tempo hábil para a realização
das anotações necessárias no Sistema Elo.

10. No prazo máximo de 05 dias488, contados do transcurso do prazo previsto no item


anterior, o Chefe de Cartório:
I. certificará o comparecimento ou não do eleitor ao Cartório;
II. caso aplicável, juntará ao processo o “Formulário para Reversão de Operação
Equivocada (requerimento eleitor)” apresentado pelo interessado,
acompanhado de seus anexos e devidamente protocolizado;
III. prestará informações; e
IV. fará o processo concluso ao Juiz Eleitoral, para as providências previstas no
Capítulo IV.

488
CPC, artigo 228

409
Capítulo III
DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS POR JUÍZO ELEITORAL DIVERSO
11. Recebida em Cartório comunicação sobre a necessidade de reversão de operação
de alistamento, originária de outro Juízo Eleitoral, o Chefe de Cartório:
I. caso não tenha sido autuada por outro Juízo, procederá à sua autuação, no
prazo máximo de 05 dias489;
II. emitirá o “Formulário para Reversão de Operação Equivocada (requerimento
cartório)”, disponível no Sistema Elo, para:
i. preenchimento; e
ii. anexação de toda a documentação disponível em Cartório, inclusive
aquela prevista nos incisos do item 5;
III. juntará o Formulário aos autos; e
IV. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral, para:
i. apreciação; e
ii. assinatura do Formulário.

12. Após, o Chefe de Cartório, independentemente de determinação do Juiz Eleitoral,


notificará o eleitor acerca da obrigatoriedade de comparecimento ao Cartório para
adoção das providências previstas nos incisos do item 4.

12.1. A notificação deverá ser realizada:


a) pessoalmente: ou
b) por meio de correspondência a ser encaminhada para o endereço constante
do Cadastro Nacional de Eleitores.

12.1. O prazo para o comparecimento do eleitor será de 20 dias, contados:


a) do recebimento da notificação pessoal; ou
b) da juntada ao processo do AR da correspondência a ele encaminhada.

12.1.1. Nas hipóteses em que a ocorrência for verificada às vésperas do fechamento do


Cadastro Nacional de Eleitores, poderá ser fixado prazo inferior a 20 dias, de modo a
possibilitar o comparecimento do eleitor ao Cartório em tempo hábil para a realização
das anotações necessárias no Sistema Elo.

13. No prazo máximo de 05 dias490, contados do transcurso do prazo previsto no item


anterior, o Chefe de Cartório:
I. certificará o comparecimento ou não do eleitor ao Cartório;
II. caso aplicável, juntará ao processo o “Formulário para Reversão de Operação
Equivocada (requerimento eleitor)” apresentado pelo interessado,
acompanhado de seus anexos e devidamente protocolizado;
III. prestará informações; e

489
CPC, artigo 228
490
CPC, artigo 228

410
IV. fará o processo concluso ao Juiz Eleitoral, para as providências previstas no
Capítulo IV.

Capítulo IV
DISPOSIÇÕES COMUNS
14. Recebendo os autos, após a adoção das providências previstas nos Capítulos II ou
III, conforme a hipótese, o Juiz Eleitoral, caso julgue necessário, determinará a
realização de diligências, visando à coleta de maiores informações.

15. Considerando desnecessária a realização de diligências ou após a realização destas,


o Juiz Eleitoral determinará o encaminhamento do processo à CRE-DF pela forma
prevista nos itens 15.1 ou 15.2, conforme hipótese.

15.1. Os autos deverão ser encaminhados em meio físico se:


I. houver outro Juízo Eleitoral envolvido; e
II. o outro Juízo Eleitoral envolvido ainda não tiver participado da instrução do
processo.

15.1.1. Nesta hipótese, deverá ser solicitado o encaminhamento do processo ao outro


Juízo Eleitoral envolvido para:
I. complementação de sua instrução, nos termos dos Faxes-Circulares-CGE de
números 21/2002 e 18/2003 e do Ofício-Circular-CGE nº 35/2008; e
II. posterior encaminhamento à CGE, por intermédio da respectiva CRE.

15.2. Deverá ser encaminhada cópia digitalizada dos autos se:


a) não houver outro Juízo Eleitoral envolvido; ou
b) o outro Juízo Eleitoral envolvido já tiver participado da instrução do
processo.

15.2.1. Nestas hipóteses, a documentação, no formato “.pdf”, deverá ser encaminhada


por meio de memorando no SEI, com solicitação de sua remessa à CGE, para análise da
pertinência da reversão da operação de alistamento.

16. Recebida notícia da reversão da operação de alistamento pela CGE, o Juiz Eleitoral
determinará a notificação do eleitor domiciliado na Zona Eleitoral acerca:
a) do restabelecimento da titularidade de sua inscrição eleitoral; ou
b) da necessidade de comparecimento ao Cartório para requerer nova inscrição
eleitoral ou a regularização de inscrição eleitoral de sua titularidade, conforme
o caso.

17. Após, o Juiz Eleitoral determinará o arquivamento do processo ou do expediente


por meio do qual foi comunicada a decisão da CGE.

411
Módulo XLIII

DA CORREÇÃO/CONFIRMAÇÃO
DE DADOS CADASTRAIS DUVIDOSOS

412
Módulo XLIII
DA CORREÇÃO/CONFIRMAÇÃO
DE DADOS CADASTRAIS DUVIDOSOS
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1.O TSE poderá localizar dados cadastrais de eleitor que considere terem sido lançados
incorretamente no Cadastro Nacional de Eleitores, em especial:
a) nome;
b) nome dos genitores; e/ou
c) data de nascimento.

1.1. Nesta hipótese, o TSE comunicará a ocorrência à CRE-DF, para encaminhamento


ao Juízo da Zona Eleitoral de domicílio do eleitor.

2. Os processos a serem autuados pelos Juízos Eleitorais a partir dessas comunicações


observarão o trâmite estabelecido neste Módulo491 e têm por finalidade:
a) confirmar os dados cadastrais duvidosos;
b) retificá-los, por meio de RAE ou de solicitação de providências à CGE; ou
c) em última hipótese, subsidiar o cancelamento da inscrição eleitoral, após a
reautuação do feito na classe CIE, com observância do rito aplicável à espécie.

Capítulo II
DA PROTOCOLIZAÇÃO, DA AUTUAÇÃO
E DA NOTIFICAÇÃO DO ELEITOR
3. Protocolizada a comunicação de que trata este Módulo, deverá ser autuado um
processo por interessado, na classe RSE, independentemente de determinação do Juiz
Eleitoral.

4. Após a autuação, deverão ser juntados ao processo492:


I. o PETE, acompanhado de seus anexos, observando-se que:
a) caso o PETE já tenha sido descartado, tal fato deverá ser certificado
nos autos; e
b) deverá ser mantida cópia autêntica da documentação no local em
que se encontravam arquivados os originais, com indicação do processo
ao qual estes foram juntados;

491
Provimentos-CGE de números 14/2001 e 1/2003 / Fax-Circular-CGE nº 15/2003
492
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 14

413
II. espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores em nome do
interessado;
III. eventual justificativa apresentada pelo eleitor, em virtude de ausência às
urnas;
IV. cópia das páginas dos cadernos de votação dos pleitos realizados após a
data da inscrição, das quais conste:
a) o nome do eleitor; ou
b) o número de sua inscrição eleitoral (vide item 4.1); e
V. outros documentos que possam auxiliar na solução da ocorrência.

4.1. Caso as folhas de votação já tenham sido descartadas, deverá ser certificado no
processo o comparecimento ou não do eleitor aos pleitos realizados posteriormente à
data de seu domicílio na Zona Eleitoral, com base nas informações constantes do
Cadastro Nacional de Eleitores.

5. Caso exista processo anterior cujo objeto seja a regularização da situação do eleitor
ou da inscrição, este deverá ser apensado ao feito493, independentemente de
determinação do Juiz Eleitoral.

5.1. Na impossibilidade, deverá ser juntada ao feito cópia autenticada do processo


anterior.

6. Adotadas tais providências, o Chefe de Cartório, independentemente de


determinação do Juiz Eleitoral, notificará o eleitor para que compareça ao Cartório.

6.1. A notificação deverá ser realizada:


a) pessoalmente: ou
b) por meio de correspondência a ser encaminhada para o endereço constante
do Cadastro Nacional de Eleitores.

6.2. O prazo para comparecimento do eleitor será de 20 dias, contados:


a) do recebimento da notificação pessoal; ou
b) da juntada ao processo do AR da correspondência a ele encaminhada.

6.3. Nas hipóteses em que a ocorrência for verificada às vésperas do fechamento do


Cadastro Nacional de Eleitores, poderá ser fixado prazo inferior a 20 dias, de modo a
possibilitar o comparecimento do eleitor ao Cartório em tempo hábil para a realização
das anotações necessárias no Sistema Elo.

7. No prazo máximo de 05 dias494, contados do transcurso do prazo previsto no item


anterior, o Chefe de Cartório:
I. certificará o comparecimento ou não do eleitor ao Cartório; e

493
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 12
494
CPC, artigo 228

414
II. adotará as providências previstas nos Capítulos III ou IV, conforme a
hipótese.

Capítulo III
DA RESOLUÇÃO DO PROCESSO
SEM A REALIZAÇÃO DE OUTRAS DILIGÊNCIAS
8. Caso o eleitor tenha comparecido ao Cartório e confirmado a exatidão dos dados
constantes do Cadastro Nacional de Eleitores, deverá ser juntado ao processo o RRI
preenchido pelo interessado, acompanhado de seus anexos, especialmente cópia da
documentação comprobatória:
a) apresentada pelo interessado; e/ou
b) localizada em Cartório.

9. Caso o eleitor não tenha comparecido ao Cartório Eleitoral, mas tenham sido
localizados documentos comprobatórios da exatidão dos dados constantes do
Cadastro Nacional de Eleitores, a referida documentação deverá ser juntada ao
processo.

10. Se o eleitor tiver comparecido ao Cartório e demonstrado a necessidade de


retificação dos dados constantes do Cadastro Nacional de Eleitores, deverão ser
juntados ao processo:
I. cópia da documentação comprobatória da inexatidão de seus dados
cadastrais; e
II. espelho de consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores posterior ao
processamento da operação de revisão de inscrição eleitoral solicitada pelo
interessado, por meio de RAE495, por ocasião de seu comparecimento ao
Cartório.

11. Se o eleitor não tiver comparecido ao Cartório Eleitoral, mas tiverem sido
localizados documentos comprobatórios da inexatidão dos dados constantes do
Cadastro Nacional de Eleitores, a referida documentação deverá ser juntada ao
processo.

12. No prazo máximo de 05 dias496, contados da finalização da adoção das providências


previstas nos itens 8, 9, 10 ou 11, conforme a hipótese, o Chefe de Cartório prestará
informações e fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral, que determinará a adoção
das providências previstas nos itens 12.1, 12.2 ou 12.3, conforme a hipótese.

12.1. Nas hipóteses previstas nos itens 8 ou 9, o Juiz Eleitoral determinará:


I. a remessa para a CRE-DF, por meio de ofício no SEI, acompanhado de cópia
dos documentos comprobatórios da exatidão dos dados cadastrais duvidosos

495
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 4º
496
CPC, artigo 228

415
(em formato “.pdf”), solicitando que a CGE proceda ao comando do código de
ASE 485 (indicativo da retificação ou da comprovação de dados pessoais) no
histórico da inscrição do eleitor497;
II. o sobrestamento do feito, após a juntada de cópia do ofício expedido, até o
recebimento de resposta da CGE acerca das providências adotadas; e
III. o arquivamento do processo em Cartório498, após a juntada:
i. dos documentos encaminhados pela CGE; e
ii. de espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores
comprobatório das providências adotadas por aquela Unidade.

12.2. Na hipótese prevista no item 10, o Juiz Eleitoral determinará o arquivamento do


feito em Cartório499.

12.3. Na hipótese prevista no item 11, o Juiz Eleitoral determinará:


I. a remessa à CRE-DF de cópia do processo, devidamente instruído, em
formato “.pdf”, por meio de ofício no SEI, solicitando que a CGE proceda:
i. à retificação dos dados que figuram incorretamente no Cadastro
Nacional de Eleitores; e
ii. ao comando do código de ASE 485 no histórico da inscrição do eleitor;
e
II. restituídos os autos pela CGE, o arquivamento do processo em Cartório,
contendo espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores comprobatório
das providências adotadas por aquele Órgão.

13. Deverá ser providenciado o cancelamento de inscrição eleitoral caso:


I. o nome do eleitor considerado incompleto ou incorreto figure no Cadastro
Nacional de Eleitores apenas como sinais gráficos, letras isoladas ou palavras
consideradas não indicativas de nome próprio;
II. não tenham sido encontrados documentos comprobatórios da exatidão ou
da necessidade de alteração dos dados consignados; e
III. o interessado, convocado, não tenha comparecido ao Cartório Eleitoral.

13.1. Nesta hipótese, o Chefe de Cartório:


I. prestará informações; e
II. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral, que determinará:
a) a reautuação do feito, na classe CIE; e
b) o comando do código de ASE 450 no histórico da inscrição vinculada à
Zona Eleitoral; ou
c) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado; e
d) o arquivamento do feito, após a adoção das providências cabíveis500.

497
Fax-Circular-CGE nº 15/2003, item 3
498
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 17
499
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 17
500
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 8º

416
13.2. Transcorrido o prazo de 03 dias, contados da data da publicação da decisão, o
Chefe de Cartório certificará:
a) o transcurso in albis do prazo recursal (vide item 13.3); ou
b) a apresentação de recursos (vide item 13.4).

13.3. Não sendo interpostos recursos e finalizada a adoção das providências previstas
nas alíneas “b” ou “c” do inciso II do item 13.1, o Chefe de Cartório arquivará o
processo.

13.4. Caso sejam interpostos recursos, o Chefe de Cartório:


I. juntará as respectivas peças ao processo;
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão;
III. providenciará o registro da decisão no Sistema Elo, nos termos da sentença
original ou reformada, tendo em vista que:
i. os recursos em matéria eleitoral, salvo disposição em contrário, não
são dotados de efeito suspensivo; e
ii. o aguardo do prazo recursal para registro da sentença tem por
objetivo evitar que, reformada a decisão, seja necessária a remessa dos
autos à CGE, para reversão da operação no Sistema Elo; e
IV. caso determinado, providenciará a remessa do feito à CRE-DF, após:
i. realizar rigorosa conferência dos autos; e
ii. lavrar certidão circunstanciada acerca do recurso interposto e da
verificação da regularidade do processo.

Capítulo IV
DA REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS
PARA RESOLUÇÃO DO PROCESSO
14. Deverá ser providenciada a intimação do interessado por meio de edital, caso:
I. o eleitor, convocado, não tenha comparecido ao Cartório Eleitoral;
II. não tenham sido encontrados documentos comprobatórios da exatidão ou
da necessidade de alteração dos dados consignados no Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. não se configure a hipótese prevista no item 13.

14.1. Nesta hipótese o Chefe de Cartório:


I. prestará informações;
II. elaborará minuta de edital de convocação do interessado; e
III. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral, acompanhado da minuta do
edital.

15. O Juiz Eleitoral assinará o edital e determinará:


I. a realização de diligências, a fim de que se obtenham, com familiares e/ou
vizinhos:

417
a) cópia de documentos pessoais do eleitor; ou
b) informações relativas ao endereço correto e atualizado deste;
II.a requisição de cópia de documentos pessoais do eleitor ou de seus dados
cadastrais aos órgãos competentes (INI, Cartório de Registro Civil, Detran,
Receita Federal, Secretaria de Segurança Pública etc):
a) por meio dos sistemas eletrônicos disponíveis (InfoJud, Infoseg,
RenaJud, SIEL etc); ou
b) na impossibilidade, por meio de ofício; e
III. a adoção de outras providências que visem à obtenção dos dados
necessários.

16. Em no máximo 05 dias501 do recebimento dos autos em Cartório, o Chefe de


Cartório:
I. certificará o encaminhamento do edital para publicação no DJE, juntando
cópia deste ao feito; e
II. dará início à adoção das providências necessárias para o cumprimento das
determinações do Juiz Eleitoral.

17. No prazo máximo de 05 dias502, contado da ocorrência de cada fato, o Chefe de


Cartório:
I. certificará a publicação do edital;
II. certificará o comparecimento ou não do eleitor ao Cartório e, em caso
positivo, a adoção das providências previstas nos itens 8 ou 10, conforme a
hipótese;
III. juntará ao processo originais ou cópias autenticadas dos documentos
eventualmente coletados durante a realização das diligências;
IV. prestará informações; e
V. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral.

18. Recebendo o processo, o Juiz Eleitoral determinará a adoção das providências


previstas nos itens 18.1, 18.2, 18.3, 18.4 ou 18.5, conforme a hipótese:

18.1. Será determinada a adoção das providências previstas no item 12.1 em caso de:
I. comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. confirmação da exatidão dos dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 8.

18.2. Também será determinada a adoção das providências previstas no item 12.1 em
caso de:
I. não comparecimento do eleitor ao Cartório;

501
CPC, artigo 228
502
CPC, artigo 228

418
II. localização de documentos comprobatórios da exatidão dos dados
constantes do Cadastro Nacional de Eleitores durante a realização de
diligências; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 9.

18.3. O Juiz Eleitoral determinará a adoção das providências previstas no item 12.2 na
hipótese de:
I. comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. confirmação da inexatidão dos dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 10.

18.4. Será determinada a adoção das providências previstas no item 12.3 na hipótese
de:
I. não comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. localização de documentos comprobatórios da inexatidão dos dados
constantes do Cadastro Nacional de Eleitores durante a realização de
diligências; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 11.

18.5. O Juiz Eleitoral determinará o sobrestamento dos autos em Cartório até a data da
realização do pleito subsequente (vide itens 18.5.1 e 19 a 22) caso:
I. o eleitor (mesmo convocado por meio de correspondência, pessoalmente e
por edital) não tenha comparecido ao Cartório Eleitoral;
II. não tenha se configurado a hipótese prevista no item 13; e
III. mesmo após a realização das diligências, não tenham sido encontrados
documentos comprobatórios da exatidão ou da necessidade de alteração dos
dados consignados no Cadastro Nacional de Eleitores.

18.5.1. Em tese, no momento do comparecimento do eleitor para o exercício do voto


no próximo pleito poderá ser:
a) confirmada a necessidade ou não de retificação de seus dados pessoais
constantes do Cadastro Nacional de Eleitores;
b) anotado o endereço atualizado do eleitor; e/ou
c) sendo o caso, efetuada sua convocação/notificação (ou ratificada a anterior)
para comparecimento ao Cartório Eleitoral, a fim de regularizar seus dados
cadastrais.

19. Na hipótese prevista no item 18.5, quando da realização do próximo pleito, deverá
ser encaminhada à Seção Eleitoral do interessado:
I. notificação ao eleitor, em 02 vias, para que este compareça ao Cartório, no
prazo de 20 dias, contado da data do pleito, portando documentos pessoais, a
fim de retificar ou ratificar os dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
II. determinação, dirigida aos mesários da Seção Eleitoral do interessado, no
sentido de que:

419
i. no momento do eventual comparecimento do eleitor, lhe seja
entregue a primeira via da notificação;
ii. seja colhido termo de ciência do eleitor, na segunda via da
notificação, devidamente datado e assinado;
iii. sejam realizadas as devidas anotações em ata; e
iv. ao final dos trabalhos, a segunda via da notificação seja encaminhada
ao Cartório Eleitoral, juntamente com o Caderno de Votação.

20. Recebidos em Cartório os Cadernos de Votação, o Chefe de Cartório certificará:


I. o comparecimento ou não do eleitor à Seção Eleitoral; e
II. a entrega ou não da notificação ao eleitor pelos mesários.

21. A seguir, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral, no prazo de 01 dia503 contado:
a) da realização do pleito, caso o eleitor não tenha comparecido à Seção
Eleitoral ou a notificação não lhe tenha sido entregue pelos mesários;
b) do comparecimento do eleitor ao Cartório; ou
c) do transcurso in albis do prazo estipulado na notificação.

22. De posse dos autos, o Juiz Eleitoral determinará a adoção das providências
previstas nos itens 22.1, 22.2 ou 22.3, conforme a hipótese.

22.1. Será determinada a adoção das providências previstas no item 12.1 em caso de:
I. comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. confirmação da exatidão dos dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 8.

22.2. O Juiz Eleitoral determinará a adoção das providências previstas no item 12.2 na
hipótese de:
I. comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. confirmação da inexatidão dos dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 10.

22.3. Será determinada a adoção das providências previstas no item 13 nos casos em
que o eleitor:
a) não tiver comparecido à Seção Eleitoral;
b) não tiver sido notificado pelos mesários; ou
c) não tiver comparecido ao Cartório no prazo estipulado na notificação.

22.3.1. Nestas hipóteses, o Juiz Eleitoral determinará, ainda, a adoção das providências
julgadas cabíveis, quanto:
a) ao não cumprimento, pelos mesários, da determinação de notificação do
eleitor; ou

503
CPC, artigo 228

420
b) ao não comparecimento do eleitor ao Cartório Eleitoral.

Capítulo V
DA APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADES
23. Os procedimentos adotados objetivando a regularização de dados no Cadastro
Nacional de Eleitores não desobrigam da apuração de responsabilidade de qualquer
ordem por inscrição fraudulenta ou irregular, seja:
a) de eleitor;
b) de servidor da Justiça Eleitoral; ou
c) de terceiros504.

Capítulo VI
DO FALECIMENTO DO ELEITOR DURANTE O PROCEDIMENTO DE
RETIFICAÇÃO OU RATIFICAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS
24. Em caso de falecimento do eleitor cuja regularidade dos dados esteja sendo
apreciada, o código de ASE 019 somente deverá ser comandado após:
I. a juntada aos autos de cópia do respectivo documento comprobatório;
II. a reautuação do feito, na classe CIE; e
III. a adoção das providências necessárias para o cancelamento da inscrição
eleitoral, de acordo com o rito previsto no Módulo XXXII.

504
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 49 / Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 15

421
Módulo XLIV

DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

422
Módulo XLIV
DA SINDICÂNCIA E
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Capítulo I
DISPOSIÇÕES INICIAIS505
1. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa506.

2. O servidor tem o dever de levar ao conhecimento da autoridade superior as


irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo507.

3. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de


servidor por infração508:
a) praticada no exercício de suas atribuições; ou
b) que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

Capítulo II
DAS CONDUTAS VEDADAS
4. Constituem infrações administrativas do servidor público:
I. a transgressão dos deveres previstos no artigo 116 da Lei nº 8.112/1990; e
II. a prática das condutas previstas no artigo 132, incisos I a XII da Lei nº
8.112/1990.

5. Também caracterizam falta grave por parte do servidor as seguintes condutas:


I. referir-se, por qualquer meio, de forma depreciativa a:
a) magistrados, ainda que na ausência destes;
b) órgãos públicos; ou
c) autoridades públicas;
II. desrespeitar as determinações das autoridades a que estiver direta ou
indiretamente subordinado, salvo quando manifestamente ilegais;
III. portar autos ou outros papéis de interesse de eleitores ou advogados, salvo
se em cumprimento de:
a) ato de ofício; ou
b) ordem superior; e

505
Lei nº 8.112/1990, artigos 116 a 182
506
Lei nº 8.112/1990, artigo 143
507
Lei nº 8.112/1990, artigo 116, inciso VI
508
Lei nº 8.112/1990, artigo 148

423
IV. sonegar informações essenciais ao convencimento da autoridade a que
estiver subordinado, gerando dúvida ou para ela concorrendo, inclusive em
procedimento de natureza administrativa.

Capítulo III
DA APURAÇÃO DAS INFRAÇÕES
Seção I
DAS FORMAS DE APURAÇÃO

6. A apuração das infrações disciplinares será feita mediante:


a) sindicância; e/ou
b) processo administrativo disciplinar – PAD.

7. Nos casos em que a autoria não é conhecida pela autoridade, poderá ser iniciado
processo administrativo investigatório para apurar o responsável pela infração.

Seção II
DA SINDICÂNCIA

8. A sindicância é o meio mais célere de apurar irregularidades, e, de sua conclusão,


poderá resultar509:
a) o arquivamento do processo;
b) a aplicação de penalidade de:
i) advertência; ou
ii) suspensão por até 30 dias; ou
c) a instauração de processo disciplinar.

9. A sindicância poderá ser instaurada:


a) pelo Juiz Eleitoral510; ou
b) pelo Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral511.

9.1. Caso a infração seja passível de sindicância e o Juiz Eleitoral decida não processá-la
no Juízo Eleitoral, deverá encaminhar ofício à VPCRE-DF:
I. narrando o fato; e
II. justificando a impossibilidade do processamento na primeira instância.

9.1.1. Acolhida a justificativa, o Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral:


a) concluindo pela existência de indícios de ato infracional, determinará a
instauração da sindicância; ou
b) caso contrário, comunicará ao Juiz Eleitoral que o processamento deverá
ocorrer no respectivo Juízo Eleitoral.
509
Lei nº 8.112/1990, artigo 145
510
Provimento-Geral da CRE-DF, artigo 5º, inciso XV
511
Regimento Interno do TRE-DF, artigo 18, inciso X

424
10. Se a sindicância processada perante o Juízo Eleitoral concluir pela existência de
fato punível com sanção mais gravosa que a suspensão por até 30 dias, os autos serão
encaminhados à VPCRE-DF, que decidirá sobre a abertura de PAD.

11. Se a sindicância resultar em um PAD, os autos integrarão o processo disciplinar,


como peça informativa da instrução512.

12. A sindicância não é etapa do PAD, nem deve, necessariamente, precedê-lo.

Seção III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – PAD

13. O PAD se desenvolve em três fases513:


I. instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II. inquérito administrativo, que compreende:
i. a instrução;
ii. a defesa (contraditório); e
iii. o relatório; e
III. julgamento pela autoridade competente.

Seção IV
DISPOSIÇÕES COMUNS

14. Quanto à tramitação, a sindicância e o processo administrativo disciplinar deverão


observar o regramento prescrito nos artigos 143 a 182 da Lei nº 8112/90.

15. A autoridade competente deverá instaurar Comissão para apurar irregularidade


mediante Portaria.

15.1. A Portaria será o primeiro ato a compor o processo de sindicância ou o PAD.

16. Todos os atos praticados no decorrer do processo deverão ser registrados em atas.

17. As intimações realizadas no decorrer do processo deverão ser pessoais, contendo:


I. qualificações da pessoa (servidor ou terceiro);
II. local, dia e hora da audiência; e
III. informação de que poderá comparecer com um advogado.

17.1. A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição514.

512
Lei nº 8.112/1990, artigo 154
513
Lei nº 8.112/1990, artigo 151
514
Súmula Vinculante nº 5 do STF

425
18. Ao fim dos trabalhos, a Comissão elaborará minucioso relatório, que será sempre
conclusivo.

19. O relatório previsto no item 18 deverá ser remetido à autoridade a quem couber
proferir decisão, que poderá ser, conforme o caso:
a) o Juiz Eleitoral; ou
b) o Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral.

20. Quando a sanção for aplicada por Juiz Eleitoral, caberá recurso ao Vice-Presidente
e Corregedor Regional Eleitoral515.

515
Regimento Interno do TRE-DF, artigo 18, inciso XI

426
Livro VI

DAS AGREMIAÇÕES
PARTIDÁRIAS

427
Módulo XLV

DOS PARTIDOS POLÍTICOS

428
Módulo XLV
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Capítulo I
DA CRIAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

1. Partido político é uma forma de agremiação de um grupo social que se propõe a


organizar, coordenar e instrumentar a vontade popular com o fim de assumir o poder
para realizar seu programa de governo.

2. A criação e o funcionamento de um partido político exigem a observância de


diversos procedimentos e formalidades expressos:
I. na Constituição Federal;
II. na Lei nº 9.096/1995; e
III. na Resolução-TSE nº 23.465/2015, dentre outros instrumentos normativos.

3. Só é admitido o registro de estatuto no TSE por partido político que tenha caráter
nacional.

3.1. Para ser considerada de caráter nacional, a agremiação deverá comprovar o


apoiamento de eleitores não filiados a partido político:
I. em número correspondente a, pelo menos, 0,5% dos votos dados na última
eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em
branco e os nulos; e
II. distribuídos por um terço, ou mais, das Unidades da Federação, com um
mínimo de 0,1% do eleitorado que tenha votado em cada um deles516 .

4. A comprovação do apoiamento mínimo de que trata o item 3 deverá ocorrer no


prazo de 02 anos, contados da data da aquisição da personalidade jurídica pelo partido
em formação517.

4.1. O prazo de que trata este item não se aplica aos pedidos protocolizados antes de
30/09/2015518.

5. Para iniciar o procedimento de captação do apoiamento mínimo, o partido político


em formação deverá comunicar a sua criação ao TSE.

516
Lei nº 9.096/1995, artigo 7º, § 1º / Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 7º, §1º
517
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 7º, §3º
518
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 58

429
5.1. Realizada a comunicação, o presidente nacional da agremiação receberá a senha
de acesso ao Sistema de Apoiamento a Partidos em Formação – SAPF.

Seção II
DO SISTEMA DE APOIAMENTO A PARTIDO EM FORMAÇÃO – SAPF

Subseção I
OBSERVAÇÕES INICIAIS

6. O SAPF é sistema de uso obrigatório e destina-se:


I. ao gerenciamento dos dados de todos os processos de criação de partidos
políticos519;
II. ao cadastramento prévio dos dados dos eleitores que manifestarem apoio à
criação de partido político em formação; e
III. à conferência das listas ou fichas individuais de apoiamento pelos Juízos
Eleitorais.

7. O SAPF é composto dos seguintes módulos:


I. Módulo Interno ou SAPF-interno (vide item 7.1);
II. Módulo Externo, SAPF-externo ou SAPF (vide item 7.2); e
III. Módulo ConsultaWeb, SAPF-consulta ou SAPF-público (vide item 7.3).

7.1. O módulo previsto no inciso I é de uso exclusivo da Justiça Eleitoral e permite:


a) ao TSE: o cadastramento dos partidos em formação e dos representantes
nacionais para acesso ao SAPF;
b) aos TREs: a emissão de certidões; e
c) aos Juízos Eleitorais: a conferência do apoiamento mínimo de eleitores por
magistrados e servidores.

7.2. O módulo indicado no inciso II deverá ser utilizado pelos partidos políticos em
formação.

7.2.1. O referido módulo está disponível no link


http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/modulo-externo-sapf.

7.3. O módulo a que se refere o inciso III é a interface pública do sistema disponível a
todo cidadão que possibilita:
a) pesquisar se o nome de um determinado eleitor consta da relação de
apoiadores de agremiação em formação, utilizando como parâmetro o número
da inscrição eleitoral;
b) consultar a relação de partidos em formação; e/ou
c) validar certidões.

519
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigos 13 e 59

430
7.3.1. Este módulo poderá ser acessado pela Internet, por meio do link
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-em-formacao.

8. Os manuais completos de utilização dos módulos do SAPF estão disponíveis em


http://sticonhecimento.tse.jus.br/csele/secinp/sistemas/sistemas-de-informacoes-
partidarias/sapf-sistema-de-apoiamento-a-partidos-em-formacao.

Subseção II
DO MÓDULO INTERNO DO SAPF

9. O acesso ao SAPF-interno é concedido por meio da integração com o Sistema Odin,


após validação do acesso por meio do número da inscrição eleitoral do usuário e de
sua respectiva senha.

10. O módulo interno do SAPF possui os seguintes perfis:


a) no TSE: perfil “Administrador”, no sistema Odin (vide item 10.1); e
b) no Cartório Eleitoral: perfil “Operador”, no sistema Odin (vide item 10.2).

10.1. O perfil previsto na alínea “a” será utilizado pelos usuários responsáveis:
I. pelo cadastramento dos partidos e de seus administradores;
II. pela manutenção dos dados cadastrais dos partidos e de seus
administradores; e
III. pela manutenção dos apoiamentos mínimos.

10.2. O perfil previsto na alínea “b” será utilizado pelos usuários responsáveis pela
análise do apoiamento.

11. O Cartório Eleitoral é o responsável por:


I. realizar a conferência dos dados constantes da ficha de apoiamento enviada
pelo partido em formação com as informações cadastradas no SAPF-externo; e
II. validar ou não os dados apresentados pelo partido em formação.

11.1. Para realizar a análise, o servidor responsável deverá possuir acesso ao módulo
interno do SAPF com o perfil “Operador”.

11.1.1. O cadastramento do servidor deverá ser solicitado por meio da abertura de


chamado junto ao HelpDesk do TRE-DF.

11.1.2. O Chefe do Cartório deverá:


I. manter controle dos usuários cadastrados; e
II. providenciar o descadastramento dos servidores que não atuarem mais no
Cartório.

431
Subseção III
DO MÓDULO EXTERNO DO SAPF

12. Após receber a senha do SAPF (vide item 5), o presidente do partido em formação
realizará o cadastramento dos operadores, que serão os responsáveis pela subscrição
dos documentos de encaminhamento de listas ou fichas individuais de apoiamento.

13. Caberá aos partidos políticos em formação:


I. realizar o cadastro prévio no sistema dos dados dos eleitores que
manifestaram apoio à sua criação;
II. enviar os lotes;
III. imprimir, em 02 vias, os requerimentos gerados pelo sistema; e
IV. encaminhar fisicamente ao Cartório Eleitoral:
i. os requerimentos supramencionados; e
ii. os originais das fichas de apoiamento colhidas.

Seção III
DA COLETA DAS FICHAS DE APOIAMENTO MÍNIMO

14. O apoiamento mínimo (vide item 3) deverá ser obtido mediante a assinatura de
eleitores não filiados a partido político em listas ou fichas individuais, de acordo com
os modelos disponibilizados pela Justiça Eleitoral.

15. A aposição de assinatura ou impressão digital pelo eleitor em listas ou fichas


individuais de apoiamento a partido político em formação não implica filiação
partidária520.

16. O eleitor não filiado pode manifestar apoio à criação de mais de uma agremiação.

17. Os partidos em formação, por meio de seus representantes, têm o direito de obter,
no respectivo Cartório Eleitoral, listagem de eleitores contendo informações sobre:
I. nome;
II. número da inscrição eleitoral;
III. Zona Eleitoral a que está vinculado; e
IV. eventual filiação a partido político.

17.1. É vedada a divulgação de dados diversos dos discriminados neste item521.

17.2. A listagem de que trata este item poderá ser obtida por meio do sistema de
filiação partidária e ficará adstrita aos eleitores da respectiva Zona Eleitoral.

17.2.1. A gravação dos dados em mídia ótica, caso necessária, deverá ser solicitada
pelo Cartório Eleitoral à STI do TRE-DF, por meio do HelpDesk.

520
Resolução-TSE nº 21.853/2004
521
Resolução-TSE nº 21.966/2004 / Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 19

432
Seção IV
DA ENTREGA DAS FICHAS DE APOIAMENTO NO CARTÓRIO ELEITORAL

18. Preenchidos os dados do pré-cadastramento, os responsáveis do partido político


deverão apresentar as listas ou fichas individuais de apoiamento ao Cartório da
respectiva Zona Eleitoral para conferência das assinaturas522.

19. No momento do recebimento das listas ou fichas individuais de apoiamento, o


servidor do Cartório deverá verificar:
I. se a pessoa que subscreveu o documento de encaminhamento está entre as
designadas pelo Administrador do Partido em formação (vide itens 12, 19.1 e
19.2); e
II. se o documento de encaminhamento está dirigido ao Cartório Eleitoral em
que está sendo apresentado.

19.1. A verificação a que se refere o inciso I deste item será realizada por meio da
funcionalidade “Consultar Responsável pela apresentação dos apoiamentos no
Cartório Eleitoral” no SAPF.

19.2. Desde que esteja dirigido ao Cartório Eleitoral em que está sendo apresentado, o
servidor deverá receber as listas ou fichas individuais de apoiamento.

19.2.1. Entretanto, o servidor deverá certificar o ocorrido e submeter a documentação


à apreciação do Juiz Eleitoral se:
a) não constarem do SAPF os nomes dos responsáveis pela entrega das listas ou
fichas individuais de apoiamento;
b) as listas ou fichas individuais de apoiamento forem entregues ao Cartório por
meio de documento subscrito por pessoa não cadastrada no SAPF como
responsável pela subscrição; ou
c) houver outros problemas relacionados às formalidades exigidas para o
procedimento.

20. A seguir, o Chefe de Cartório ou servidor por ele autorizado deverá:


I. conferir a quantidade de listas ou fichas individuais apresentadas com os
dados constantes do documento de encaminhamento; e
II. providenciar a protocolização da documentação no SADP523.

Seção V
DA PUBLICAÇÃO DAS LISTAS DE APOIAMENTO MÍNIMO

21. No prazo de 03 dias, contados do recebimento das listas, os dados deverão ser
publicados no átrio do Cartório, por meio de edital.

522
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14
523
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 15 / Resolução-TSE nº 23.184/2009 / Resolução-TSE nº 23.185/2009

433
21.1. O edital deverá:
I. discriminar os nomes dos eleitores e os números de suas inscrições eleitorais;
e
II. informar o prazo de 05 dias, contados da sua publicação, para que qualquer
interessado impugne os dados524.

22. Transcorrido o prazo previsto no inciso II do item 21.1, o Cartório Eleitoral deverá
certificar:
I. a data da publicação do edital previsto no item 21; e
II. conforme a hipótese:
a) a apresentação de impugnação aos dados constantes do edital; ou
b) o transcurso in albis do referido prazo.

22.1. As certidões de que trata este item deverão ser mantidas em pasta física ou no
SEI, sempre junto aos editais a que se referem.

Seção VI
DA IMPUGNAÇÃO DAS LISTAS DE APOIAMENTO MÍNIMO

23. A impugnação às listas de apoiamento mínimo deverá ser apresentada


diretamente ao Juízo Eleitoral competente, relatando fatos devidamente
comprovados.

23.1. A impugnação deverá ser protocolizada e registrada no SADP:


a) individualmente, quando se referir a eleitores específicos;
b) coletivamente, quando se referir a um conjunto de apoiamentos (lote, lista
ou partido em formação).

23.1.1. O impugnante deverá ser orientado a retornar ao Cartório Eleitoral para ciência
da decisão do Juiz Eleitoral.

23.2. Após cumprimento das determinações do Juiz Eleitoral, a impugnação deverá ser
juntada ao documento por meio da qual foram encaminhadas as listas ou fichas
individuais de apoiamento, devendo ser realizadas as devidas anotações no SADP.

24. Conhecida a impugnação, o Juiz Eleitoral determinará a notificação, para


apresentação de defesa:
I. do responsável indicado pelo partido político em formação; e
II. das demais pessoas eventualmente indicadas na impugnação.

24.1. A defesa deverá ser apresentada no prazo de 05 dias, contados da juntada ao


expediente da impugnação:
a) da certidão do oficial de justiça; ou
b) do AR, conforme a hipótese.

524
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 15

434
25. Apresentada ou não defesa, o Juiz Eleitoral, após ouvir o MPE, decidirá o incidente
em até 03 dias.

26. Julgada procedente a impugnação, o Juiz Eleitoral determinará a exclusão do nome


do eleitor da respectiva lista de apoiamento.

Seção VII
DA HIPÓTESE DE CRIME NA APRESENTAÇÃO DAS FICHAS DE APOIAMENTO

27. Havendo indícios da prática de crime na documentação apresentada para


apoiamento, será remetida cópia desta ao MPE para as providências cabíveis,
independentemente do oferecimento de impugnação.

Seção VIII
DA ANÁLISE DAS FICHAS DE APOIAMENTO

28. As listas ou fichas individuais de apoiamento deverão ser organizadas pela


agremiação em formação e separadas por Zona Eleitoral.

28.1. As listas ou fichas individuais deverão conter525:


I. a denominação do partido político, sua sigla e o seu número de inscrição no
CNPJ;
II. declaração de que o subscritor:
i. não é filiado a partido político; e
ii. apóia a criação do partido político em formação;
III. o nome completo do eleitor que manifesta seu apoio à criação do partido
político, indicando o número de sua inscrição eleitoral e a Zona Eleitoral em
que é inscrito (vide item 28.1.1);
IV. a data de manifestação do apoio;
V. a assinatura ou, no caso de eleitor analfabeto, a impressão digital do eleitor,
de acordo com as cadastradas perante a Justiça Eleitoral (vide item 28.1.2);
VI. informação de que a assinatura da lista de apoio não caracteriza ato de
filiação partidária; e
VII. o nome de quem coletou a assinatura do apoiador, com declaração de
quem pessoalmente a colheu, sob as penas da lei.

28.1.1. Não é admitida a utilização do número da cédula de identidade no lugar do


número da inscrição eleitoral526.

28.1.2. Caso o eleitor seja analfabeto e manifeste seu apoio por meio da aposição de
impressão digital, deverão constar das listas ou dos formulários, além daqueles
previstos no inciso III, os seguintes dados:
I. Seção Eleitoral;

525
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 12, § 1º
526
Resolução-TSE nº 22.510/2007

435
II. Município;
III. Unidade da Federação; e
IV. data de emissão do Título Eleitoral.

29. Para realizar a análise das listas ou fichas individuais de apoiamento, o servidor do
Cartório deverá:
I. acessar o módulo interno do SAPF; e
II. estar com a documentação enviada pelo partido em mãos.

29.1. Quando houver apoiamentos para análise, a coluna “Total de Apoiamentos para
Análise” trará a quantidade de itens pendentes de análise.

29.3. O perfil “Operador” somente apresenta os lotes de apoiamentos do Distrito


Federal.

29.3.1. O usuário deverá realizar a análise apenas dos apoiamentos constantes dos
lotes referentes a sua Zona Eleitoral.

30. O servidor deverá comparar os dados do eleitor (em especial sua assinatura)
registrados na documentação de apoiamento com aqueles constantes:
I. do Cadastro Nacional de Eleitores; e
II. das folhas de votação utilizadas nas 02 últimas eleições527.

31. Não devem ser atestadas como válidas as assinaturas que528:


a) divirjam dos padrões constantes dos registros da Justiça Eleitoral;
b) não possuam registros suficientes para a comparação; ou
c) tenham sido obtidas:
i. antes do registro civil do partido em formação; ou
ii. após o transcurso do prazo de 02 anos contados da data da aquisição
da personalidade jurídica529.

31.1. Em qualquer hipótese, a razão do não reconhecimento da assinatura deve ser


informada ao partido político em formação, ainda que de forma sucinta530.

31.2. É facultado ao interessado e aos partidos, até a data do registro definitivo do


partido em formação, comprovar a autenticidade da assinatura recusada pelo Cartório
mediante o comparecimento pessoal do eleitor:
I. para ratificação de seu apoio; e
II. se for o caso, atualização de seus dados531.

527
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §4º
528
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §5º
529
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 7º, §3º
530
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §6º
531
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §7º

436
32. A lista de motivos prevista no SAPF para que um apoiamento seja considerado
“NÃO APTO” não é exaustiva.

32.1. Em qualquer hipótese, a razão do apoiamento ter sido considerado “NÃO APTO”
deverá ser informada ao partido político em formação por meio do SAPF, ainda que de
forma sucinta.532

32.2. A indicação da situação “NÃO APTO” poderá ser revertida pelo operador, se
necessário, até o prazo previsto no item 39.

33. O apoiamento na situação “APTO” será contabilizado automaticamente no índice


de apoio para a formação do partido a que se refere o item 3.1, sendo desnecessária a
emissão de certidão.

34. O prazo para análise das fichas é de 15 dias, contados do seu recebimento.

34.1. O prazo poderá ser prorrogado pelo Juiz Eleitoral por igual período quando
houver motivo que justifique a prorrogação533.

35. Após a análise, caso tenha sido apresentada cópia das listas ou fichas individuais de
apoiamento, esta deverá ser devolvida ao representante credenciado do partido em
formação, mediante recibo534.

36. A via original das listas ou das fichas deverá permanecer sob a guarda do Juízo
Eleitoral até o julgamento do pedido de registro do estatuto e do órgão de direção
nacional do partido em formação pelo TSE.

36.1. Após o julgamento, se sua autenticidade não estiver sendo discutida


judicialmente, poderá ser:
a) devolvida aos interessados; ou
b) descartada, de acordo com a Tabela de Temporalidade e Destinação de
Documentos Atividades Meio e Fim.

Seção IX
DO PEDIDO DE EXCLUSÃO DE NOMES DAS LISTAS DE APOIAMENTO

37. O eleitor cujo apoio tiver sido registrado no SAPF poderá requerer a exclusão de
seu nome, mediante requerimento:
I. justificado; e
II. endereçado ao juízo competente535.

532
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §6º
533
Resolução-TSE nº 23.465/2015: artigo 14, 2º; e artigo 15
534
Lei nº 9.096/1995, artigo 9º, § 2º, c/c o artigo 4º da Lei nº 10.842/2004
535
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 17

437
38. Recebido o pedido de exclusão de apoio e verificada a autenticidade da
representação do eleitor, o Juiz Eleitoral deverá:
I. determinar liminarmente a retirada do nome do requerente da lista de
apoiamento à criação do partido político em formação; e
II. providenciar a comunicação prevista no item 27, se houver indícios da
prática de crime; e
III. alterar a situação do apoiamento no SAPF para “IMPUGNADO”.

39. A exclusão definitiva do nome do eleitor somente é admitida até o encerramento


da fase de instrução do processo de registro do estatuto e do órgão de direção
nacional do partido em formação pelo TSE.

40. Havendo indícios de ilicitude, os pedidos formulados após a fase prevista no item
39 deverão ser encaminhados ao MPE, sem prejuízo de o eleitor requerer
judicialmente o que for cabível.

Capítulo II
DO CREDENCIAMENTO DE DELEGADOS DE PARTIDOS POLÍTICOS
41. O partido político com registro no TSE poderá credenciar, respectivamente536:
I. 03 delegados perante o Juízo Eleitoral;
II. 04 delegados perante o TRE-DF; e
III. 05 delegados perante o TSE.

42. Tendo em vista as peculiaridades do Distrito Federal, os pedidos de


credenciamento de delegados serão processados pela Secretaria Judiciária do TRE-DF.

42.1 Caso seja apresentado perante o Cartório Eleitoral, o requerimento deverá ser
protocolizado e encaminhado à Secretaria Judiciária do TRE-DF.

Capítulo III
DO GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES PARTIDÁRIAS
Seção I
DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES PARTIDÁRIAS – SGIP

43. O Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias – SGIP537 é composto dos


seguintes módulos:
I. Módulo Interno (vide item 43.1);
II. Módulo Consulta Web (vide item 43.2); e
III. Módulo Externo – SGIPex (vide item 43.3).

536
Lei nº 9.096/1995, artigo 11, caput e incisos I a III / Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 46
537
Resolução-TSE nº 23.093/2009

438
43.1. O Módulo Interno do SGIP é de uso obrigatório e exclusivo da Justiça Eleitoral.

43.1.1. Este módulo possibilita o gerenciamento das informações referentes aos


órgãos de direção, aos integrantes e aos delegados dos partidos políticos.

43.1.2. Os dados inseridos no Módulo Interno poderão ser acessados pelos Juízos
Eleitorais por meio do Módulo Consulta Web.

43.2. O Módulo Consulta Web está disponível na Internet e na Intranet do TSE e


permite:
I. o acesso público aos dados inseridos no Módulo Interno; e
II. a emissão de certidões com certificação ou autenticação digital.

43.3. O Módulo Externo (SGIPex) é utilizado pela Justiça Eleitoral e pelos partidos
políticos.

43.3.1. O SGIPex permite que os representantes das agremiações partidárias realizem,


por meio da Internet:
I. a remessa, à Justiça Eleitoral, dos dados referentes a constituição e alteração
dos órgãos de direção partidários, em qualquer âmbito; e
II. o credenciamento e descredenciamento de delegados perante a Justiça
Eleitoral.

44. O manual completo de utilização do SGIP está disponível em


http://sticonhecimento.tse.jus.br/csele/secinp/sistemas/sistemas-de-informacoes-
partidarias/sgip-sistema-de-gerenciamento-de-informacoes-partidarias

439
GLOSSÁRIO

ADCT Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


AFIS Automated Fingerprint Identification System
(Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais)
AR Aviso de Recebimento
ASE Atualização da Situação do Eleitor
BPSDP Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos
CAM Certificado de Alistamento Militar
CDI Certificado de Dispensa de Incorporação
CE Código Eleitoral
CEP Código de Endereçamento Postal
CGE Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral
CIE Cancelamento de Inscrição Eleitoral
CNMP Conselho Nacional do Ministério Público
CRE-DF Corregedoria Regional Eleitoral do Distrito Federal
CRFB Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
DENATRAN Departamento Nacional de Trânsito
DETRAN Departamento de Trânsito
DJE Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal
GDF Governo do Distrito Federal
GRU Guia de Recolhimento da União
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INI Instituto Nacional de Identificação
IPAJ Informações Prestadas Pela Autoridade Judiciária
IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano
LC Lei Complementar
LEF Lei de Execução Fiscal
LEP Lei de Execução Penal
MPE Ministério Público Eleitoral
PETE Protocolo de Entrega de Título Eleitoral
PJE Processo Judicial Eletrônico
RAE Requerimento de Alistamento Eleitoral
RENAVAM Registro Nacional de Veículos Automotores
RJE Requerimento de Justificativa Eleitoral
RNE Registro Nacional de Estrangeiro
RRI Requerimento de Regularização de Inscrição
RSE Regularização de Situação Eleitoral
SEI Sistema Eletrônico de Informações

440
SICEL Sistema de Inspeções e Correições Eleitorais
SIEL Sistema de Informações Eleitorais
SJU Secretaria Judiciária
STI Secretaria de Tecnologia da Informação
TJDFT Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
TRE-DF Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal
TSE Tribunal Superior Eleitoral
VPCRE-DF Vice Presidência e Corregedoria Regional Eleitoral do Distrito Federal

441

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