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PRÁTICAS CARTORÁRIAS
DA JUSTIÇA ELEITORAL
DO DISTRITO FEDERAL
Missão: Velar pela regularidade dos serviços eleitorais, assegurando a correta aplicação de princípios e normas.
SUMÁRIO
Livro I
DAS NORMAS, DA ESTRUTURA E DOS SERVIÇOS INTERNOS
Módulo I
DAS NORMAS E SERVIÇOS DOS CARTÓRIOS E POSTOS ELEITORAIS
Livro II
DOS SERVIÇOS PRESTADOS
Módulo II
DO ATENDIMENTO AO PÚBLICO
Módulo III
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O ALISTAMENTO ELEITORAL E O VOTO
Módulo IV
DA NACIONALIDADE BRASILEIRA
Módulo V
DO DOMICÍLIO ELEITORAL
Módulo VI
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
Módulo VII
DOS INDÍGENAS, DOS CIGANOS E DE OUTROS GRUPOS ESPECÍFICOS
Módulo VIII
DOS BRASILEIROS NO EXTERIOR
Módulo IX
DAS OBRIGAÇÕES MILITARES
Módulo X
DA EXCLUSÃO DE INSCRIÇÕES DO CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES
Módulo XI
DOS ATOS PREPARATÓRIOS PARA O PREENCHIMENTO DO RAE
Módulo XII
DA OPERAÇÃO DE ALISTAMENTO (INSCRIÇÃO)
Módulo XIII
DA OPERAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
Módulo XIV
DA OPERAÇÃO DE REVISÃO
Módulo XV
DA OPERAÇÃO DE SEGUNDA VIA
Módulo XVI
DAS CERTIDÕES
Módulo XVII
DA JUSTIFICATIVA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
Módulo XVIII
DAS MULTAS ELEITORAIS
Capítulo VIII DAS MULTAS ELEITORAIS NÃO SATISFEITAS NO PRAZO LEGAL 133
Seção I INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA OU EM LIVRO PRÓPRIO 133
Módulo XIX
DO FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES DO CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES
Módulo XX
DOS DIREITOS POLÍTICOS (OBSERVAÇÕES INICIAIS)
Módulo XXI
DA SUSPENSÃO E DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS
Módulo XXII
DO RESTABELECIMENTO E DA REAQUISIÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Módulo XXIII
DA INELEGIBILIDADE E DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Módulo XXIV
DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE
E DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Módulo XXV
DA EXCLUSÃO E DA ALTERAÇÃO DE CÓDIGOS DE ASE
Módulo XXVI
DA ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS DE ELEITORES
Livro IV
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS A TODOS OS FEITOS
E DOS PROCESSOS JUDICIAIS
Módulo XXVII
DOS FEITOS EM GERAL
Módulo XXVIII
DO PROCEDIMENTO CRIMINAL
Módulo XXIX
DA EXECUÇÃO FISCAL E DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Módulo XXX
DAS CARTAS
Livro V
DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
Módulo XXXI
DO CANCELAMENTO DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS (PARTE GERAL)
Módulo XXXII
DO CANCELAMENTO POR FALECIMENTO (ASE 019)
Módulo XXXIII
DO CANCELAMENTO POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA (ASE 450)
Módulo XXXIV
DO RESTABELECIMENTO DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS
RESTABELECIMENTO POR MEIO DO CÓDIGO DE ASE 361
Capítulo I 326
(INSCRIÇÕES CANCELADAS POR EQUÍVOCO)
Módulo XXXV
DOS PROCEDIMENTOS RELATIVOS AOS LOCAIS DE VOTAÇÃO
E AOS AGENTES ELEITORAIS
Módulo XXXVI
DOS PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO DE MESAS RECEPTORAS
Capítulo I DOS TIPOS DE PROCESSO 344
Módulo XXXVII
DO DESCARTE DE MATERIAL
Módulo XXXVIII
DA DUPLICIDADE/PLURALIDADE DE INSCRIÇÕES
TÍTULO III – DO CONTROLE DAS FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS PELA JUSTIÇA ELEITORAL 384
Módulo XL
DA JUNTA ELEITORAL
Módulo XLI
DA INSPEÇÃO
Módulo XLII
DA REVERSÃO DE OPERAÇÕES DE ALISTAMENTO
Capítulo III DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS POR JUÍZO ELEITORAL DIVERSO 410
Módulo XLIII
DA CORREÇÃO / CONFIRMAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS DUVIDOSOS
Módulo LVIV
DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Livro VI
DAS AGREMIAÇÕES PARTIDÁRIAS
Módulo XLV
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
GLOSSÁRIO 440
Livro I
DAS NORMAS,
DA ESTRUTURA
E DOS SERVIÇOS INTERNOS
1
Módulo I
2
Módulo I
DAS NORMAS E SERVIÇOS
DOS CARTÓRIOS E POSTOS ELEITORAIS
Capítulo I
DOS CARTÓRIOS E POSTOS ELEITORAIS
Seção I
DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Seção II
DA ESTRUTURA E DOS SERVIDORES
4.1. As funções comissionadas mencionadas neste item deverão ser exercidas por
servidor ocupante de cargo efetivo do Quadro Permanente de Pessoal deste Tribunal
com:
a) formação jurídica; ou
b) experiência compatível com as atividades cartorárias1.
4.2. Na ausência de servidor que preencha os requisitos do item 4.1, poderá ser
designado servidor requisitado para a Justiça Eleitoral para exercer a função de Chefe
de Cartório Substituto, observados os termos do artigo 1º da Resolução-TSE nº
23.411/20142.
1
Lei nº 10.842/2006 / Resolução-TSE nº 21.832/2004, artigo 5º / Resolução-TRE/DF nº 6.311/2007, artigo 4º / Resolução-TSE nº
23.448/2015 / Lei nº 13.150/2015
2
Portaria-Conjunta-TRE/DF nº 3.010/2015
3
4.3. O ocupante da função comissionada FC-1 exercerá a substituição da Chefia do
Cartório Eleitoral3.
Seção III
DAS ATRIBUIÇÕES DO CARTÓRIO ELEITORAL
Subseção I
DA SECRETARIA DO JUÍZO
4
III. o controle das publicações no DJE (vide item 10.1); e
IV. o acompanhamento da relação da composição dos Diretórios Zonais
vigentes na circunscrição, via SGIPweb.
10.1. O DJE é o meio oficial para a publicação dos atos judiciais e administrativos dos
Juízos Eleitorais7.
Subseção II
DA ROTINA CARTORÁRIA
12. A rotina diária dos Cartórios Eleitorais do Distrito Federal incluirá, dentre outras
atividades:
I. encerrar os lotes de RAEs do Sistema Elo;
II. conferir os PETEs preenchidos no dia anterior, verificando sua regularidade,
nos termos do PRO.ELO.001;
III. conferir os documentos gerados em razão do atendimento, a exemplo de
declaração de residência, se houver;
IV. verificar a cobrança de multas eleitorais;
V. emitir os relatórios de que tratam os Provimentos-CRE/DF de números 2 e
3/2013, que regulamentam o deferimento coletivo de RAEs;
VI. submeter os relatórios de deferimento coletivo de RAEs à apreciação do Juiz
Eleitoral; e
VII. transmitir lotes de RAEs.
13. Também se inclui nas rotinas diárias do Chefe do Cartório ou de seu substituto
legal consultar, mais de uma vez durante o expediente, o correio eletrônico.
7
Resolução-TRE/DF nº 6.510/2008, artigo 1º
5
a) do Juiz Eleitoral; e/ou
b) dos servidores.
14. O Chefe do Cartório ou seu substituto legal também deverão consultar diariamente
os Sistemas de controle de processos e documentos à disposição do Cartório
(JUSTIFICA, SEI, dentre outros), objetivando dar tratamento imediato às demandas.
15.1. Para realizar a consulta, o servidor deverá acessar o caminho “Relatório >
Processamento > Banco de Erros” do Sistema Elo e preencher o período
correspondente aos dias da semana anterior.
15.1.1. Todos os dados da operação deverão ser analisados, mesmo aqueles que não
constarem do campo "ocorrência" (que se refere ao erro apontado)8.
15.1.2. Confirmado o erro, o Cartório deverá proceder à sua imediata correção, se for
o caso.
15.2. Para realizar a consulta, o servidor deverá acessar o caminho “Ajuste > Banco de
Erros > Consultar” do Sistema Elo.
8
Exemplo: Em um caso de transferência, se a ocorrência for "data de nascimento difere do cadastro", deverá ser analisado não só
se foi digitada data de nascimento errada, como também se os outros dados digitados pertencem ao eleitor que apresentou o
RAE, especialmente o número da inscrição, a fim de verificar se o erro não foi de digitação deste.
6
III. selecionar a opção fechar.
17.1. O relatório de que trata o inciso I poderá ser emitido por meio do caminho
“Relatório > Processamento > ASE Atualizados” do Sistema Elo.
18.1. Além disso, os Cartórios deverão realizar vistoria nos locais de votação,
justificativa eleitoral e treinamento de mesários, conforme regramento previsto no
Módulo XXXV.
9
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 17, caput e §1º
7
Seção IV
DA INTERNET, DA INTRANET,
DO CORREIO ELETRÔNICO E DOS SISTEMAS
20. A CRE-DF criará listas de correio eletrônico ou grupos de discussão sempre que
entender necessário.
22. O Chefe de Cartório deverá manter controle, em pasta física ou eletrônica, dos
sistemas utilizados na serventia e dos servidores que possuem acesso a cada um deles,
contendo registros:
I. do cadastramento; e
II. do cancelamento do cadastro, tão logo:
a) o servidor seja desligado do Cartório Eleitoral; ou
b) seja necessária a exclusão de seu acesso ao sistema por outro motivo.
Seção V
DO RECEBIMENTO, DO REGISTRO, DO ENCAMINHAMENTO,
DA CONSERVAÇÃO E DO ARQUIVAMENTO
DE DOCUMENTOS E EXPEDIENTES
Subseção I
DO RECEBIMENTO, DO REGISTRO E DO ENCAMINHAMENTO
DOS DOCUMENTOS E DOS EXPEDIENTES
24. Deverão ser protocolizados e registrados no SADP, sendo vedada sua tramitação
por meio do SEI (vide item 25), os documentos:
10
Resolução-TSE nº 20.882/2001, alterada pela Resolução-TSE nº 22.833/2008
11
Fax-Circular-CGE nº 25/2002
8
I. relativos a matéria judicial; e
II. tratados pela Resolução-TSE nº 23.184/2009 e pelos Provimentos-CGE de
números 6/2008, 7/2008 e 3/2010 (conforme artigo 16 da Portaria-Conjunta nº
168/2015).
25. Deverão ser produzidos e transmitidos diretamente por meio do SEI os seguintes
documentos, independentemente do disposto no item 24 e do assunto a que se
refiram:
I. Editais;
II. Ofícios;
III. Memorandos;
IV. Portarias; e
V. Mandados.
25.2. Além disso, os processos relacionados a assuntos que tramitem no PJE perante a
CRE-DF ou a CGE e devam ser encaminhados à CGE deverão ser digitalizados e
remetidos via SEI, com observância do disposto:
9
i. no Provimento-CGE nº 7/2016, que trata da implantação do PJE no âmbito da
CGE; e
ii. nas normas que venham a ser editadas com relação à matéria.
25.2.1. A adoção das providências previstas no item 25.2 deverá ser certificada nos
autos.
25.2.2. A documentação que for incluída pela CGE nos processos a que se refere este
item e que for recebida daquela Unidade por meio eletrônico deverá ser:
i. impressa; e
ii. juntada ao processo previamente autuado pelo Juízo.
25.3. Também deverão ser encaminhadas por meio de processo específico no SEI as
comunicações relativas à não prestação de contas pelos órgãos partidários zonais,
incluídas as referentes à regularização das contas julgadas não prestadas.
25.5. Cada Cartório Eleitoral criará, anualmente, um bloco interno no SEI para cada
espécie de documentos mencionada neste item, os quais funcionarão como pastas
eletrônicas em que deverão ser registrados todos os processos da espécie criados
durante o ano12.
26. A produção dos documentos referidos nos incisos I e IV do item 25 por meio do SEI
não dispensa sua publicação no átrio do Cartório ou no DJE, conforme previsão das
normas aplicáveis a cada espécie.
27. Os documentos previstos no item 25 deverão ser impressos nas hipóteses em que
for necessária:
a) sua publicação no átrio do Cartório;
b) sua entrega a destinatário externo ou sua remessa a Órgão que não utilize o
SEI ou em que o referido Sistema não esteja integrado com aquele utilizado no
TRE-DF; ou
c) a juntada de cópia do documento a processo físico.
12
Portaria-Conjunta-TRE/DF nº 6/2017
10
Subseção II
DA CONSERVAÇÃO DOS DOCUMENTOS E DOS EXPEDIENTES
Subseção III
DO ARQUIVAMENTO DOS DOCUMENTOS E DOS EXPEDIENTES
29. Os expedientes recebidos fisicamente e os expedidos por esta forma deverão ser:
I. classificados;
II. ordenados por data de recebimento ou de produção; e
III. arquivados em pastas modelo A-Z ou em caixas, de acordo com a
quantidade, sempre identificadas com o ano e a classe dos documentos.
11
33. Os PETEs serão arquivados com observância do disposto no Provimento-CRE/DF nº
6/2017.
Seção VI
DO RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES CARTORÁRIAS
34. O formulário contendo todos os dados a serem informados será enviado pela CRE-
DF, por meio eletrônico, tão logo disponibilizado pela CGE.
35. O Juiz Eleitoral informará à CRE-DF, no prazo fixado pela CGE, as atividades
desenvolvidas durante o ano.
12
Livro II
13
Módulo II
DO ATENDIMENTO AO PÚBLICO
14
Módulo II
DO ATENDIMENTO AO PÚBLICO
Capítulo I
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. O atendimento ao público nos Cartórios ou Postos Eleitorais será pautado pela
urbanidade e pela cortesia.
2.1. Deverá ser evitado o uso de termos ou jargões jurídicos que possam, de alguma
forma, comprometer o entendimento ao cidadão.
15
Capítulo II
DOS PROCEDIMENTOS QUANDO GERADAS FILAS
5. Se, ao final do horário de atendimento ao público, existirem pessoas aguardando
para serem atendidas, deverão ser distribuídas senhas, começando da última para a
primeira, de acordo com a capacidade de cada Unidade, visando à conclusão dos
trabalhos13.
5.1. Sempre que possível, o Cartório ou Posto manterá servidor no controlando a fila, o
qual será responsável por orientar os eleitores a respeito:
a) dos documentos que devem portar; e
b) dos requisitos que devem preencher para o atendimento.
Capítulo III
DA PRIORIDADE NO ATENDIMENTO
6. Terão prioridade no atendimento:
I. pessoas maiores de 60 anos;
II. gestantes;
III. lactantes;
IV. pessoas com criança de colo;
V. pessoas com deficiência;
VI. obesos; e
VII. requerentes cujo atendimento tenha sido agendado pela Internet (Título
Net).
13
Resolução-TSE nº 23.440/2015, artigo 11
16
Módulo III
17
Módulo III
Capítulo II
DO ALISTAMENTO E DO VOTO FACULTATIVOS
2. O alistamento e o voto são facultativos para:
I. os analfabetos15, observando-se que:
a) a aptidão para a leitura de quem já assina seu nome, é suficiente para
afirmar, no direito eleitoral, grau de alfabetização16; e
b) se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição
eleitoral, não ficando sujeito à multa por alistamento tardio17.
II. os maiores de 70 anos18;
III. os maiores de 16 e menores de 18 anos19; e
IV. no ano em que se realizarem eleições, os menores que completarem 16
anos até a data do pleito20, observando-se que:
a) o alistamento nessas condições poderá ser solicitado até o
encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral
ou transferência (até 151 dias antes da data da eleição)21; e
b) o título somente surtirá efeitos com o implemento da idade de 16
anos22.
14
CRFB, artigo 14, § 1°, inciso I
15
CRFB, artigo 14, § 1°, inciso II, alínea “a”
16
Entendimento do TSE, em acórdão relatado pelo Ministro Carlos Velloso
17
CE, artigo 8º
18
CRFB, artigo 14, § 1°, inciso II, alínea “b”
19
CRFB, artigo 14, § 1°, inciso II, alínea “c”
20
CRFB, artigo 14, §1º, inciso II, alínea “c”
21
Lei n° 9.504/1997, artigo 91
22
Resolução-TSE nº 19.465/1996
18
Capítulo III
DOS IMPEDIMENTOS PARA O ALISTAMENTO E PARA O VOTO
Seção I
DOS ESTRANGEIROS
3. Os estrangeiros não podem se alistar como eleitores23, à exceção dos portugueses
que tenham igualdade de direitos, nos termos do Estatuto da Igualdade24 (vide Módulo
IV, Capítulo IV).
Seção II
DO DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES MILITARES
Seção III
DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS
5. Não podem se alistar como eleitores aqueles que tiverem perdido seus direitos
políticos, em razão de perda da nacionalidade brasileira25.
Seção IV
DA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Subseção I
DA CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO
19
IV. as penas de multa, enquanto esta não for quitada ou extinta por sentença
judicial;
V. condenação por contravenção penal; e
VI. a imposição das seguintes medidas de segurança:
a) internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico; e
b) sujeição a tratamento ambulatorial.
6.3. O preso provisório tem conservados os seus direitos políticos, uma vez que contra
ele não há sentença condenatória transitada em julgado, observando-se que:
a) é alistável;
b) não tem impedimento legal para o voto; e
c) terá a opção de votar no próprio estabelecimento penal (avaliadas as
medidas de segurança, a viabilidade no caso concreto e a operacionalização dos
procedimentos).
Subseção II
DA CONDENAÇÃO PELA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
7. Não podem se alistar como eleitores os que tiverem sido condenados pela prática
de ato de improbidade administrativa, desde que a sentença tenha determinado
expressamente a medida e estabelecido o período da suspensão27.
Subseção III
DA OPÇÃO PELO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS EM PORTUGAL
27
CRFB: artigo 15, inciso V; e artigo 37, § 4°
28
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 4º
20
Módulo IV
DA NACIONALIDADE BRASILEIRA
21
Módulo IV
DA NACIONALIDADE BRASILEIRA
Capítulo I
OBSERVAÇÃO INICIAL
1. A nacionalidade brasileira deverá ser comprovada quando do alistamento
eleitoral29.
Capítulo II
DOS BRASILEIROS NATOS
2. São considerados brasileiros natos e obrigados ao alistamento eleitoral:
I. os nascidos na República Federativa do Brasil (observadas as regras previstas
no Módulo III), salvo se filhos de pais estrangeiros a serviço de seu país;
II. os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou mãe brasileira, desde que30:
a) sejam registrados em repartição brasileira ou venham a residir no
Brasil e optem, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;
b) se nascidos entre 07 de junho de 1994 e 20 de setembro de 2007,
sejam registrados31:
i. na repartição diplomática ou consular competente; ou
ii. se vierem a residir na República Federativa do Brasil, em ofício
de registro; ou
c) estejam a serviço do Brasil, hipótese em que não é necessário fazer a
opção pela nacionalidade brasileira, bastando apresentar:
i. certidão de nascimento devidamente transcrita; ou
ii. cédula de identidade idêntica à utilizada pelos brasileiros.
Capítulo III
DOS BRASILEIROS NATURALIZADOS
3. São também brasileiros aqueles que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira.
29
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 13
30
CRFB, artigo 12, inciso I, alíneas “b” e “c” (com a redação dada pela EC nº 54/2007)
31
CRFB, artigo 95 do ADCT
22
I. o país de nascimento do interessado; e
II. o número da portaria ministerial que lhe conferiu a nacionalidade brasileira.
5.1. Nesse caso, a carteira de identidade de brasileiro será emitida com prazo de
validade de até 02 anos, contados da data em que seu portador atingirá a maioridade.
5.2. Esse documento servirá, nesse período, como prova da nacionalidade brasileira.
Capítulo IV
DOS PORTUGUESES
(ESTATUTO DA IGUALDADE)
8. Se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos aos portugueses
com residência permanente no País os direitos inerentes aos brasileiros (salvo os casos
previstos na CRFB)33.
32
Lei nº 6.815/1980, artigo 116
33
CRFB, artigo 12, inciso II, § 1º / Decreto nº 3.927/2001
34
Estatuto sobre Igualdade de Direitos e Deveres entre Brasileiros e Portugueses (Decreto nº 70.436, de 18/04/1972)
23
9.1. O requerimento de igualdade não implica processo de naturalização.
9.2. Adquirida a igualdade de direitos, o cidadão português mantém a nacionalidade
portuguesa.
10. O português que tiver adquirido a igualdade de direitos políticos nos termos do
Estatuto da Igualdade poderá alistar-se como eleitor35.
10.2.1. Para tanto, deverá apresentar cópia da portaria expedida pelo Ministério da
Justiça37.
10.4. Não será exigida a quitação das obrigações militares dos portugueses
beneficiários do Estatuto de Igualdade38.
Capítulo V
DOS ESTRANGEIROS
11. O alistamento eleitoral não será realizado se o interessado apresentar cédula de
identidade idêntica à utilizada pelos brasileiros (cor verde) de que conste a expressão
“pendência de opção” ou expressão semelhante.
12. Não serão aceitos para o alistamento eleitoral, ainda que emitidos com a
classificação “permanente”:
a) a “Cédula de Identidade de Estrangeiro”; ou
b) o “Registro Nacional de Estrangeiro – RNE”.
35
Resolução-TSE nº 9.195/1972
36
Decreto nº 3.927/2001, artigo 22
37
CRFB: artigo 12, § 1°; e artigo 14, § 2º / Decreto nº 70.436/1972 / Decreto nº 3.927/2001 (Tratado da Amizade)
38
Tratado da Amizade (Decreto nº 3.927/2001), artigo 19
39
CRFB, artigo 109, inciso X
24
12.1. Tais documentos, emitidos pelo Departamento de Polícia Federal, não conferem
ao estrangeiro a condição de brasileiro.
25
Módulo V
DO DOMICÍLIO ELEITORAL
26
Módulo V
DO DOMICÍLIO ELEITORAL
Capítulo I
DA DEFINIÇÃO DE DOMICÍLIO ELEITORAL
1. O conceito de domicílio eleitoral é mais abrangente do que o de domicílio civil e com
ele não se confunde.
Capítulo II
DA COMPROVAÇÃO DO DOMICIÍLIO ELEITORAL
3. Para comprovação do domicílio eleitoral, deverão ser apresentados:
I. contas de água, luz ou telefone;
II. Certificado de Registro ou de Licenciamento de Veículo;
III. correspondências bancárias, financeiras, de consórcios, expedidas por
órgãos oficiais ou por estabelecimentos de ensino, enviadas pelos Correios;
IV. Certificado de Alistamento Militar;
V. contrato de locação de imóvel;
VI. carnê de IPTU;
VII. documento do INCRA;
VIII. documento que comprove que o Requerente possui vínculo profissional
(contrato de trabalho de que conste o endereço do alistando);
IX. contrato de matrícula em estabelecimento de ensino; ou
X. outros documentos que comprovem o vínculo descrito no item 2.1.
3.1. Também será aceita como prova de residência declaração firmada pelo próprio
interessado, que será tida presumidamente como verdadeira42.
40
CE, artigo 42, parágrafo único
41
Acórdãos TSE de números 2.306/2000 e 23.721/2004
42
Lei nº 7.115/1983
27
4. Quando o eleitor informar vínculo diverso do residencial, serão obrigatórios:
I. o preenchimento e a subscrição de declaração específica; e
II. a apresentação da documentação que evidencie o alegado.
28
Módulo VI
29
Módulo VI
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
OU MOBILIDADE REDUZIDA
Capítulo I
DO DIREITO/DEVER DE ALISTAMENTO E VOTO
1. Pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo (de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial) que, em interação com uma ou mais barreiras,
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas43.
2. O Poder Público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e
a oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas44.
6. As pessoas com deficiência não estarão sujeitas à multa por ausência ao pleito caso
não realizem o alistamento ou não exerçam o voto47.
43
Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), artigo 2º
44
Lei nº 13.146/2015, artigo 76
45
Resolução-TSE nº 21.920/2004
46
Lei nº 13.146/2015, artigo 76, §1º, inciso IV
47
Resolução-TSE nº 21.920/2004
30
6.1. O disposto na Resolução-TSE nº 21.920/2004 não alcança as demais sanções
aplicadas pela Justiça Eleitoral com base no Código Eleitoral e em leis conexas.
Capítulo II
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
POR PRIVAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES
OU COM DIFICULDADE DE ASSINAR
7. Se o alistando/eleitor tiver deficiência que impossibilite a coleta de sua assinatura
eletrônica e/ou a aposição de sua assinatura no PETE ou no Título Eleitoral (privação
dos membros superiores, por exemplo) o Atendente deverá:
I. registrar a exceção no sistema Elo; e
II. providenciar a inclusão da expressão “impossibilitado de assinar” nos
espaços do PETE e do Título Eleitoral destinados à assinatura do eleitor48.
Capítulo III
DO FORNECIMENTO DE CERTIDÃO
DE QUITAÇÃO POR PRAZO INDETERMINADO
Seção I
DISPOSIÇÕES COMUNS
8.2. A pessoa nessas condições poderá obter certidão de quitação eleitoral com prazo
de validade indeterminado.
8.2.1. Para tanto, deverá formalizar requerimento ao Juiz Eleitoral do seu domicílio,
acompanhado de documentação comprobatória da deficiência.
48
Processo Administrativo CGE nº 19.538/PA
49
Resolução-TSE nº 21.920/2004
31
9.1. Antes de submeter o requerimento ao Juiz Eleitoral, o Chefe de Cartório:
I. prestará informações sobre a situação do requerente no Cadastro Nacional
de Eleitores; e
II. juntará espelho ou certidão atestando a existência ou a inexistência de
inscrição em nome do interessado.
9.3. Antes de proferir a decisão, o Juiz Eleitoral abrirá vista dos autos ao MPE.
Seção II
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
SEM INSCRIÇÃO ELEITORAL
11. A expedição da certidão prevista no item anterior não impede, a qualquer tempo, o
alistamento eleitoral de seu beneficiário.
11.1. O beneficiário não estará sujeito à penalidade de multa por alistamento tardio50.
11.2.1. Caso a certidão tenha sido emitida com base em processo autuado pelo Juízo, o
Cartório Eleitoral deverá:
I. desarquivar o processo;
II. juntar o requerimento aos autos; e
50
CE, artigo 8º
32
III. proceder conforme disposto nos itens 9.1 a 9.3.
11.2.2. Caso a certidão tenha sido emitida com base em processo autuado por Juízo
Eleitoral diverso, o Cartório deverá:
I. autuar o requerimento na classe RSE;
II. solicitar cópia do processo anterior ao Juízo que expediu a certidão, para
juntada aos autos; e
III. proceder conforme disposto nos itens 9.1 a 9.3.
11.2.3. Caso não conste da certidão informação acerca do número do processo com
base no qual esta foi emitida, o Cartório deverá:
I. autuar o requerimento na classe RSE; e
II. proceder conforme disposto nos itens 9.1 a 9.3.
11.2.4. Deferido o requerimento, deverá ser observado o previsto nos itens 12 e 13.
Seção III
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO REGULAR
12.1. O Cartório Eleitoral deverá certificar, nos autos, o lançamento do referido código
de ASE.
Seção IV
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA
33
acordo com a situação em que a inscrição eleitoral do interessado ficar após a decisão
da coincidência.
Seção V
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO SUSPENSA OU COM REGISTRO NA BASE
Subseção I
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS
EM VIRTUDE DE INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA
17. Para a regularização de sua situação eleitoral, o eleitor com suspensão de direitos
políticos por incapacidade civil absoluta registrada antes da entrada em vigor da Lei nº
13.146/2015 deverá cumprir as formalidades previstas nos artigos 52 e 53, inciso II,
alínea “a”, da Resolução-TSE nº 21.538/2003.
17.1. Nesse caso, não é necessária a presença física da pessoa com deficiência no
Cartório Eleitoral, já que a regularização da inscrição se dá por comando de código de
ASE ou por inativação de registro da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos.
17.2. Assim, o eleitor, pessoa de sua família ou seu representante legal poderão
formalizar o pedido junto ao Juiz da Zona Eleitoral em que o interessado é inscrito.
51
Processo CGE nº 114-71.2016.6.00.0000: Decisão CGE nº 150/2016
34
18.1. O código de ASE 396, motivo/forma 4, somente poderá ser comandado após o
registro do restabelecimento dos direitos políticos do interessado no Sistema Elo ou o
processamento da operação de alistamento eventualmente requerida.
Subseção II
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS
POR OUTROS MOTIVOS
19. Se o interessado estiver com os direitos políticos suspensos por outros motivos,
deverá comprovar previamente a cessação do impedimento que gerou o registro na
Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE ou a suspensão de sua inscrição
eleitoral.
19.1. Após, deverá ser observado o regramento previsto nas Seções II ou III, conforme
a hipótese.
Seção VI
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO CANCELADA
Subseção I
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO CANCELADA
POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS
Subseção II
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA
COM INSCRIÇÃO CANCELADA
POR OUTROS MOTIVOS
21. Se o interessado estiver com a inscrição eleitoral cancelada por outros motivos,
deverá solicitar previamente a regularização de sua inscrição, por meio de RAE.
21.1.1 O código de ASE 396, motivo/forma 4, somente poderá ser comandado após o
processamento da operação de alistamento.
35
22. Não sendo possível o comparecimento do eleitor ao Cartório, poderá ser expedida
em seu favor certidão de quitação com prazo de validade indeterminado, desde que
observadas as regras contidas na Resolução-TSE nº 21.920/2004 (vide Seção II).
36
Módulo VII
37
Módulo VII
DOS INDÍGENAS, DOS CIGANOS
E DE OUTROS GRUPOS ESPECÍFICOS
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS
1. As exigências impostas para alistamento e transferência são aplicáveis:
I. a todos os indígenas (integrados ou não);
II. às comunidades ciganas; ou
III. a qualquer outro grupo cultural ou étnico específico.
Capítulo II
DOS INDÍGENAS
4. O índio analfabeto que venha a se alfabetizar deverá se inscrever como eleitor.
4.1. Nesta hipótese, não estará sujeito à multa por intempestividade do alistamento
eleitoral55.
52
Lei nº 6.001/1973 (Estatuto do Índio) / Ofício-Circular-CGE nº 9/2000 / Resolução-TSE nº 20.806/2001 / Resolução TSE nº
23.274/2010 / Processo Administrativo CGE nº 1806-81.2011.6.00.0000
53
Resolução-TSE nº 21.538/2003
54
Processo Administrativo CGE nº 1806-81.2011.6.00.0000
55
Resolução-TSE nº 21.538/2003 / Processo Administrativo CGE nº 1806-81.2011.6.00.0000
56
Lei nº 6.001/1973 / Lei nº 6.015/1973
38
Capítulo III
DOS CIDADÃOS SEM RESIDÊNCIA OU MORADIA FIXA
6. Os cidadãos que não possuírem residência ou moradia fixa deverão solicitar o
alistamento no domicílio em que se encontrarem.
6.2. Caso mudem de Município, tais cidadãos deverão ser orientados a solicitar a
transferência do domicílio eleitoral, observados os requisitos legais.
57
CE / Resolução-TSE nº 21.538/2003
39
Módulo VIII
40
Módulo VIII
DOS BRASILEIROS NO EXTERIOR
Capítulo I
DO DIREITO/DEVER DE ALISTAMENTO E VOTO
1. O alistamento e o voto são obrigatórios para os cidadãos brasileiros residentes no
exterior com idade entre 18 e 70 anos (observadas as regras previstas no Módulo III).
Capítulo II
DA APRESENTAÇÃO DE
REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL
3. O eleitor residente no exterior poderá votar no país em que se encontrar desde que
requeira inscrição ou transferência ao Juiz da Zona Eleitoral do Exterior, situada no
Distrito Federal.
4.1. Neste caso, o RAE deverá ser preenchido à mão e encaminhado ao Cartório da
Zona Eleitoral do Exterior, para análise.
6. O RAE poderá ser formalizado, ainda, por meio do “Título Net – Exterior”, cujo link
de acesso está disponível nos sítios eletrônicos do TSE e do TRE-DF na Internet59.
58
Processo CGE nº 9.973/2007
59
Resolução-TSE nº 23.510/2017
41
6.1. Os requerimentos deverão ser instruídos com cópias digitalizadas dos documentos
exigidos para a operação requerida, quais sejam:
I. documentos de identificação;
II. comprovante de alistamento militar para homens com faixa etária entre 18 e
45 anos quando:
a) do primeiro alistamento; ou
b) for necessário um novo alistamento em função de inscrições
expurgadas do Cadastro em que não seja possível comprovar o
cumprimento das obrigações militares à época;
III. comprovante de residência; e
IV. comprovante de quitação de eventuais multas ou solicitação de dispensa de
recolhimento destas.
7. Uma vez deferido o requerimento, o RAE será processado e o Título Eleitoral será
enviado à Repartição Diplomática com jurisdição sobre o local de domicilio do
requerente.
Capítulo III
DA JUSTIFICATIVA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
PARA ELEITORES NO EXTERIOR
8. As informações relativas à apresentação de justificativa por ausência às urnas por
brasileiros que se encontrem no exterior constam do Módulo XVII.
42
Módulo IX
43
Módulo IX
DAS OBRIGAÇÕES MILITARES
Capítulo I
DA FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO
DAS OBRIGAÇÕES MILITARES
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
3.1. Após essa data não será mais exigível a comprovação da quitação militar, devendo
ser observado, caso aplicável, o disposto no item 11.
60
Lei nº 4.375/1964 (Lei do Serviço Militar), regulamentada pelo Decreto nº 57.654/1966
61
Decreto nº 57.654/1966, artigo 41, § 1º
62
CRFB, artigo 14, § 2°
63
Lei nº 5.292/1967 / Resolução-TSE nº 15.850/1989
64
Resolução-TSE nº 22.097/2005 / Ofício‐Circular-CGE nº 7/2016 (Processo SEI CGE n° 2016.00.000000936-1)
44
5.1. Se o interessado não possuir os documentos que comprovem a quitação com o
serviço militar obrigatório ou a prestação alternativa, deverá ser orientado a:
a) utilizar o sítio eletrônico www.alistamento.eb.mil.br para realizar seu
alistamento militar, caso possua CPF; ou
b) procurar a Junta Militar mais próxima de sua residência, a fim de regularizar
sua situação, caso não possua CPF ou haja outro empecilho para a realização de
seu alistamento pela Internet.
5.2. Quando o alistamento militar tiver sido realizado pela Internet, o Atendente
deverá acessar o menu “Serviços ao Cidadão > Acompanhar Alistamento” do sítio
eletrônico www.alistamento.eb.mil.br e informar o número do Registro de
Alistamento – RA ou do CPF do Requerente, para consultar:
a) a situação do alistando no serviço militar, caso este não esteja portando o
“Certificado de Alistamento ONLINE”; ou
b) a autenticidade do “Certificado de Alistamento ONLINE” apresentado pelo
alistando.
Seção II
DOS BRASILEIROS POR OPÇÃO OU NATURALIZADOS
Seção III
DOS BRASILEIROS RESIDENTES NO EXTERIOR
9. O brasileiro residente no exterior que não tiver se alistado até os 30 anos poderá
declarar que permanecerá em definitivo no exterior e requerer o Certificado de
Dispensa de Incorporação, que deve ser regularmente aceito pela Justiça Eleitoral.
65
Resolução-TSE nº 15.099/1989
45
Capítulo II
DA RECUSA DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR
OU DE SERVIÇO ALTERNATIVO
10. Os que tiverem se recusado a cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa não poderão ser alistar como eleitores66.
11. Não serão aceitos como prova de quitação militar para o alistamento eleitoral:
I. o Certificado de Eximido (pessoas que se recusaram a prestar o serviço militar
obrigatório por convicção religiosa); ou
II. o Certificado de Recusa de Prestação do Serviço Alternativo.
66
CRFB: artigo 5°, inciso VIII; artigo 15, inciso IV; e artigo 143, caput
46
Módulo X
DA EXCLUSÃO DE INSCRIÇÕES DO
CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES
47
Módulo X
DA EXCLUSÃO DE INSCRIÇÕES
DO CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES
Capítulo I
DO PRAZO DE PERMANÊNCIA
DAS INSCRIÇÕES NO CADASTRO
1. As inscrições permanecerão no Cadastro Nacional de Eleitores por prazo
indeterminado, ainda que canceladas67.
Capítulo II
DOS PORTADORES DE TÍTULO
REFERENTE A INSCRIÇÃO EXPURGADA
2. Os eleitores que comparecerem ao Cartório portando Título Eleitoral cujos dados
não constem do Cadastro Nacional de Eleitores em razão de expurgo anteriormente
realizado deverão requerer novo alistamento.
3. Neste caso, antes do alistamento eleitoral, o requerente deverá quitar as multas por
ausência a todos os pleitos ocorridos após a data de emissão do Título Eleitoral.
3.1. Só deverão ser cobradas multas por ausência aos pleitos realizados nos 10 anos
que antecederem o comparecimento do eleitor ao Cartório para solicitar o novo
alistamento, haja vista a prescrição decenal das multas eleitorais.
Capítulo III
DA IMPOSSIBILIDADE DE COMPROVAÇÃO
DE ALISTAMENTO ANTERIOR
4. Antes de requerer novo alistamento, o eleitor que não puder comprovar que foi
titular de inscrição eleitoral excluída em razão de expurgo realizado anteriormente
deverá:
a) quitar multa por alistamento intempestivo; ou
b) apresentar declaração de insuficiência econômica, caso aplicável
67
Resolução-TSE nº 23.490/2016
48
Módulo XI
49
Módulo XI
DOS ATOS PREPARATÓRIOS
PARA O PREENCHIMENTO DO RAE
Capítulo I
DO REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL – RAE
1. O RAE é o documento utilizado para a inserção de dados no Cadastro Nacional de
Eleitores e será processado eletronicamente, por meio do Sistema ELO68.
Capítulo II
DAS CONSULTAS AO CADASTRO E À BASE
Seção I
DA FORMA DE REALIZAÇÃO DAS CONSULTAS
5.1. Tais consultas deverão ser realizadas antes de qualquer operação de alistamento
(inscrição, transferência, revisão e segunda via).
6. As consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores serão realizadas por meio dos menus:
a) Eleitor > Atendimento > RAE; ou
68
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 2º
50
b) Eleitor > Atendimento > Consulta Eleitor.
7.2. Se, realizadas as consultas supramencionadas, não for localizada inscrição eleitoral
ou forem apresentadas diversas inscrições eleitorais, o Atendente deverá realizar
consultas combinadas utilizando:
I. o “nome do eleitor” e o “nome da mãe do eleitor”;
II. o “nome do eleitor” e a “data de nascimento do eleitor”; e
III. o “nome da mãe do eleitor” e a “data de nascimento do eleitor”.
Seção II
DAS HIPÓTESES DE IMPRESSÃO DAS CONSULTAS
9.1. Nessas hipóteses, o Chefe do Cartório ou o servidor por ele indicado avaliarão se o
atendimento será realizado.
51
Capítulo III
DA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DO ELEITOR
Seção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção II
DA EXISTÊNCIA DE REGISTRO NA
BASE DE PERDA E SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS
12. Se, durante a realização das consultas, o Sistema indicar a existência de registro na
Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o Atendente deverá,
obrigatoriamente, consultá-lo, para verificar se este se refere ao Requerente.
69
Resolução-TSE nº 21.823/2004
70
LC nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”
52
exigidos para o registro do código de ASE 540 na inscrição
eleitoral do interessado.
13.1. Na hipótese prevista no inciso I, o interessado deverá ser orientado quanto aos
procedimentos necessários para o restabelecimento ou para a reaquisição de seus
direitos políticos.
Seção III
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329
14. Localizada inscrição com registro do código de ASE 329 na situação “ATIVO” em
nome do interessado, a operação de RAE só poderá ser realizada após:
I. a comprovação da reaquisição dos direitos políticos; e
II. o comando do código de ASE 370 no histórico da inscrição, pela CGE,
observados os procedimentos cabíveis.
Seção IV
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
SUSPENSA – ASE 043 ou ASE 337
15. Localizada inscrição com registro dos códigos de ASE 043 ou 337 na situação
“ATIVO” em nome do interessado, a operação de RAE só poderá ser realizada após:
I. a comprovação do restabelecimento dos direitos políticos; e
II. o comando do código de ASE 370 no histórico da inscrição, pelo Cartório
Eleitoral competente, observados os procedimentos cabíveis.
53
Seção V
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)
16. Desde que não haja registro de restrição à quitação eleitoral, poderá ser fornecida
certidão de quitação eleitoral e realizada qualquer operação de alistamento para os
titulares de inscrições eleitorais com códigos de ASE 540 ou 515.
Seção VI
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
LIBERADA OU NÃO LIBERADA
17.1. Nessas situações, a operação de RAE só poderá ser realizada após o exame e a
decisão do agrupamento pela autoridade judiciária competente.
17.1. Nestas situações, o eleitor deverá ser orientado acerca dos procedimentos
necessários para a regularização de sua inscrição eleitoral.
Seção VII
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
CANCELADA POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450
18. Localizada inscrição cancelada pelo código de ASE 450 na situação “ATIVO”, não
poderão ser realizadas:
a) transferência;
b) revisão; ou
c) emissão de segunda via.
18.1. Nesta situação, o eleitor deverá ser orientado a solicitar novo alistamento, desde
que não haja em seu nome inscrição eleitoral:
a) regular (vide item 18.1.1);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;
71
Processo SEI-TSE nº 313-98.2013.6.00.0000
72
Processo SEI-CGE nº 2016.00.00004260-1 (Ofício-Circular-CGE nº 36/2016)
54
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 18.1.2).
18.1.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja
na situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto na Seção VIII.
Seção VIII
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Subseção I
DA INSCRIÇÃO “REGULAR”
COM CÓDIGOS DE ASE 230 OU 272 ATIVOS
19. Somente será realizada operação de RAE para titulares de inscrições REGULARES
com código de ASE 230.1 (irregularidade na prestação de contas – mandato de 4 anos)
ou 230.2 (irregularidade na prestação de contas – mandato de 8 anos) na situação
“ATIVO” após:
a) o registro da apresentação da prestação das contas pelo interessado, por
meio do comando do código de ASE 272, motivo/forma 2, em cumprimento a
determinação do TRE-DF; e
b) o término da legislatura correspondente à candidatura do interessado.
20. Somente será realizada operação de RAE para titulares de inscrições com código de
ASE 272.2 (apresentação extemporânea de prestação de contas) na situação “ATIVO”
após o final da legislatura a qual concorreu, desde que não haja nenhuma outra
restrição à quitação eleitoral.
Subseção II
DA INSCRIÇÃO “CANCELADA”
COM CÓDIGOS DE ASE 230.1, 230.2 OU 272.2 ATIVOS
21. Desde que não haja outra restrição à quitação eleitoral, poderão solicitar novo
alistamento os titulares de inscrições eleitorais com registro dos códigos de ASE 230.1,
55
230.2 ou 272.2 na situação “ATIVO” que se encontrarem CANCELADAS pelos códigos
de ASE:
a) 019 (cancelamento – falecimento);
b) 027-3 (cancelamento automático pelo sistema – duplicidade/pluralidade);
c) 035 (cancelamento – ausência às urnas por 03 eleições consecutivas);
d) 450 (cancelamento – sentença de autoridade judiciária); ou
e) 469 (cancelamento – revisão do eleitorado) de cujo histórico constem os
códigos de ASE 230.1 (irregularidade na prestação de contas – mandato de 4
anos) ou 230.2 (irregularidade na prestação de contas – mandato de 8 anos).
21.2. Nessa hipótese, o eleitor não poderá sair com o Título Eleitoral, em virtude da
ausência de quitação.
Seção IX
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE MULTA PENDENTE DE PAGAMENTO
Subseção I
DO CÓDIGO DE ASE 094
23. Localizada inscrição com código de ASE 094 na situação “ATIVO”, a operação de
RAE só poderá ser realizada após a comprovação do pagamento das multas pendentes
pelo interessado.
23.2. Caso o interessado ainda não tenha adotado tal providência, o Atendente deverá
expedir a respectiva GRU.
73
Resolução-TSE nº 23.440/2015, artigo 4º´, caput e parágrafo único
56
Subseção II
DO CÓDIGO DE ASE 264
24. Somente poderá ser realizada operação de RAE para eleitores com registro do
código de ASE 264 em situação “ATIVO” nas hipóteses em que:
a) for comprovado o pagamento integral da multa eleitoral, seguido do
lançamento do código de ASE 612; ou
b) tiver sido deferido o parcelamento da multa eleitoral e for comprovada a
regular quitação das parcelas vencidas.
24.1.1 Entretanto, o código de ASE 264 só poderá ser inativado quando a multa for
quitada em sua integralidade.
Subseção III
DO CÓDIGO DE ASE 442
25. Localizada inscrição com registro do código de ASE 442 na situação “ATIVO”, a
operação de RAE só será realizada após:
I. a impressão da consulta para avaliação do Chefe de Cartório ou de servidor
por ele indicado; e
II. a comprovação do pagamento da multa pelo interessado.
25.1. Nessa hipótese, antes da emissão da GRU para quitação do débito por ausência
aos trabalhos eleitorais, o Juízo que arbitrou a multa deverá ser consultado acerca do
valor devido.
25.2. Após a quitação, o Juízo que arbitrou a multa deverá ser comunicado sobre o
pagamento, a fim de que sejam feitas as anotações devidas no respectivo processo de
ausência aos trabalhos eleitorais ou abandono destes.
Capítulo IV
DO PREENCHIMENTO
E DO PROCESSAMENTO DO RAE
26. Inexistindo inscrição eleitoral para o Requerente, será preenchido RAE de
alistamento (inscrição), com observância das normas previstas no Módulo XII.
74
Lei nº 12.034/2009 / Processo RS nº 46.097/2010-CGE (Ofício-Circular nº 70/2010-CGE)
57
27. Existindo inscrição eleitoral para o eleitor consultado e tratando-se de operações
de transferência, revisão ou segunda via, deverá ser observado o regramento previsto
nos Módulos XIII, XIV ou XV, respectivamente.
28. Caso seja verificada a realização de alguma operação com inscrição pertencente a
eleitor diverso do que procurou a Justiça Eleitoral, o Cartório deverá adotar os
procedimentos previstos no Módulo XLI.
29.3.1. Caso o Juiz Eleitoral não reforme sua decisão, poderá ser interposto recurso à
Corte78.
75
Provimento-CGE nº 9/2011
76
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 17, caput e §1º
77
Provimento-CGE nº 3/2010
78
CE, artigo 45, §§ 6º, 7º e 8º
58
Módulo XII
DA OPERAÇÃO DE ALISTAMENTO
(INSCRIÇÃO)
59
Módulo XII
DA OPERAÇÃO DE ALISTAMENTO (INSCRIÇÃO)
Capítulo I
DAS EXIGÊNCIAS PARA O ALISTAMENTO
Seção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
1. Ainda que possua poderes específicos para fazê-lo, o procurador do Alistando não
poderá:
I. requerer a formalização do RAE;
II. receber o Título Eleitoral; e/ou
III. assinar os documentos supramencionados ou o PETE.
Seção II
DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
Subseção I
DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO
60
II. a nacionalidade brasileira; e
III. a naturalidade.
3.3. O passaporte que não contiver os dados de qualificação do interessado será aceito
caso haja complementação dos dados por meio de outro documento.
4. Em regra, a Carteira Nacional de Habilitação – CNH não será aceita para a realização
de operação de alistamento, pois não comprova a nacionalidade e a naturalidade de
seu portador.
5. Não será possível realizar a operação de alistamento eleitoral com base em:
a) protocolo de solicitação de segunda via de documento; ou
b) Boletim de Ocorrência (BO).
5.1. Nessas hipóteses, o Alistando deverá ser orientado a obter um dos documentos
necessários para a realização da operação.
Subseção II
DOS COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA
79
Ofício-Circular-CGE nº 17/2017
80
Ofício-Circular-CGE nº 39/2007 / Processo-CGE nº 10.697/2009
61
h) documento que comprove que o Requerente possui vínculo profissional
(contrato de trabalho de que conste o endereço do Alistando); ou
i) contrato de matrícula em estabelecimento de ensino.
6.1. O comprovante de residência deverá ter sido emitido há, no mínimo, 03 (três)
meses e, no máximo, 12 (doze) meses, contados da data de comparecimento do
Requerente no Cartório.
Subseção III
DO CERTIFICADO DE ALISTAMENTO MILITAR – CAM
Seção III
DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO
62
11.1. Poderá ser realizada operação de alistamento, apesar do disposto nos incisos I e
II supra, para os eleitores:
I. titulares de inscrição cancelada de cujo histórico constem os códigos de ASE
230.1, 230.2 e/ou 272.2 (vide itens 21 e 22 do Módulo XI); ou
II. cuja inscrição eleitoral esteja cancelada pelo código de ASE 450, desde que
não haja em seu nome inscrição eleitoral:
a) regular (vide item 11.1.1);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329)
d) liberada;
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 11.1.2).
11.1.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja
na situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 e 20 do Módulo XI.
11.2.1. Nesta hipótese, o interessado deverá ser orientado quanto aos procedimentos
necessários para o restabelecimento ou para a reaquisição de seus direitos políticos.
12. Caso aplicável, o Atendente deverá emitir GRU81 para pagamento de multa:
a) por intempestividade, se a inscrição for requerida após o prazo previsto na
legislação e nas normas eleitorais; ou
b) por ausência às urnas, se:
I. o Requerente tiver comprovado que era inscrito anteriormente;
II. os dados do interessado tiverem sido expurgados do Cadastro; e
III. o Requerente não possuir comprovantes de votação e/ou de
justificativa por ausência às urnas dos pleitos passados.
81
Resolução-TSE nº 21.975/2004
63
III. encaminhar o interessado:
a) ao Banco do Brasil, quando o valor da multa for inferior a 50 reais; ou
b) a qualquer Banco ou a uma casa lotérica, quando o valor da multa for
superior a 50 reais; e
IV. orientar o Requerente a retornar ao Cartório para o processamento do
alistamento, portando a GRU acompanhada do respectivo comprovante de
pagamento.
12.4. Em qualquer hipótese, caso o eleitor informe não possuir condições financeiras
para quitar as multas eventualmente devidas, poderá apresentar declaração de
hipossuficiência econômica, que deverá ser arquivada junto ao PETE.
Capítulo II
DO PROCESSAMENTO DO RAE
Seção I
DO ACESSO À TELA DO RAE
13.1. Caso o nome da mãe do Alistando não conste dos documentos por ele
apresentados, o Atendente deverá preencher o respectivo campo com a expressão
NÃO CONSTA.
64
14. A seguir, o Sistema exibirá a tela completa do RAE e o Atendente preencherá todos
os campos apresentados, na sequência em que forem disponibilizados82.
Seção II
DO PREENCHIMENTO DOS CAMPOS DO RAE
16. Caso o “NOME DO PAI” ou o “NOME DA MÃE” do Alistando não constem dos
documentos por ele apresentados, o Atendente deverá assinalar o ícone “NÃO
CONSTA”, disponível na tela do Sistema.
18.1.1. Na hipótese prevista na alínea “b”, deverá ser selecionada a opção “OUTRO
DOCUMENTO”.
82
Ofício-Circular-CGE nº 39/2007
65
19.1. Entretanto, o número desse documento deverá ser registrado no campo
específico se for apresentado ao Atendente.
20.1. Esta providência deverá ser adotada antes do preenchimento dos demais dados
relativos ao domicílio e agilizará a localização do CEP e do logradouro do interessado
pelo Sistema.
22.3. Não sendo possível comprovar, por meio da certidão de nascimento, a condição
de gêmeo, o Alistando deverá ser informado de que sua declaração está sendo
prestada sob as penas da lei.
66
23.2. Os Cartórios Eleitorais deverão bloquear os Locais de Votação vinculados a sua
Circunscrição que não comportem mais eleitores, por meio do caminho “Tabela” >
“Unidade Eleitoral” > “Locais de Votação” do Sistema ELO.
Seção III
DA CONFERÊNCIA DO PREENCHIMENTO DO RAE
26. Se, depois de gravada a operação no Sistema, forem identificados erros no nome
do Alistando, no nome de sua mãe ou em sua data de nascimento, o Atendente
deverá:
I. excluir o RAE com erro; e
II. preencher novo RAE com os dados corretos.
Seção IV
DA COLETA DOS DADOS BIOMÉTRICOS
27. Após a gravação dos dados biográficos, o Atendente coletará os dados biométricos
do Alistando, que incluem:
I. assinatura;
II. fotografia; e
III. impressões digitais dos 10 dedos das mãos.
28. Sempre que não for possível a coleta de assinatura, o Atendente consignará a
exceção no Sistema.
67
Seção V
DA ENTREGA DO TÍTULO ELEITORAL
E DA FINALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
32. O Atendente assinará e anotará o número de sua inscrição no PETE, caso não tenha
sido ele o responsável pelo preenchimento do RAE.
68
Módulo XIII
DA OPERAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
69
Módulo XIII
DA OPERAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
Capítulo I
DAS EXIGÊNCIAS PARA A TRANSFERÊNCIA
Seção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
1.1. Nesse sentido, deverá ser utilizada a operação de REVISÃO quando o eleitor
desejar alterar seu domicílio:
a) dentro de uma mesma Zona Eleitoral do DF;
b) entre Zonas Eleitorais do DF; ou
c) dentro de uma mesma circunscrição eleitoral do exterior registrada, no
Sistema Elo, como “Município” (vide item 1.1.1).
2. Ainda que possua poderes específicos para fazê-lo, o procurador do Requerente não
poderá:
I. requerer a formalização do RAE;
II. receber o Título Eleitoral; e/ ou
III. assinar os documentos supramencionados ou o PETE.
Seção II
DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
70
Subseção I
DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO
4.3. O passaporte que não contiver os dados de qualificação do interessado será aceito
caso haja complementação dos dados por meio de outro documento.
5.1. Nessas hipóteses, o Requerente deverá ser orientado a obter um dos documentos
necessários para a realização da operação.
Subseção II
DOS COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA
71
a) contas de água, luz ou telefone;
b) Certificado de Registro ou de Licenciamento de Veículo;
c) correspondências bancárias, financeiras, de consórcios, expedidas por órgãos
oficiais ou por estabelecimentos de ensino, enviadas pelos Correios;
d) Certificado de Alistamento Militar;
e) contrato de locação de imóvel;
f) carnê de IPTU;
g) documento do INCRA;
h) documento que comprove que o Requerente possui vínculo profissional
(contrato de trabalho de que conste o endereço do alistando); ou
i) contrato de matrícula em estabelecimento de ensino.
8.1.1. O fato de o Requerente ter esquecido o comprovante em casa não servirá como
justificativa para o preenchimento da declaração.
Seção III
DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO
72
b) do último alistamento; e
III. o eleitor declarar, sob as penas da lei, residir há pelo menos 03 meses no
novo domicílio.
11.1. Os requisitos previstos nos incisos II e III não se aplicam à transferência das
inscrições de servidor público (civil, militar ou autárquico) ou de membros de sua
família em virtude de remoção ou transferência.
11.1.1. Nesta hipótese, o Requerente deverá apresentar cópia de Portaria ou outro ato
que comprove:
I. a transferência ou a remoção do interessado ou de membro de sua família
para o novo domicílio; e
II. o período em que esta ocorreu.
Capítulo II
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
IMPEDEM A TRANSFERÊNCIA
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO ATIVO NA BASE
SEÇÃO II
INSCRIÇÃO CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329
13. Não pode ser realizada a transferência de inscrições de que conste código de ASE
329 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item 14 do
Módulo XI.
Seção III
INSCRIÇÃO SUSPENSA – ASEs 043 ou 337
14. Não pode ser realizada a transferência de inscrições de que constem os códigos de
ASE 043 ou 337 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no
item 15 do Módulo XI.
73
Seção IV
INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA
15. Não pode ser realizada a transferência de inscrições que se encontrem nas
situações “LIBERADO” ou “NÃO LIBERADO”, devendo ser observadas as normas
previstas no item 17 do Módulo XI.
Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450
16. Não poderá ser realizada a transferência de inscrições com código de ASE 450 na
situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item 18 do Módulo
XI.
Seção VI
INSCRIÇÃO REGULAR OU CANCELADA
COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
– ASEs 230.1, 230.2 E 272.2
17. Não poderá ser realizada a transferência de inscrições com códigos de ASE 230.1,
230.2 e/ou 272.2 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas
nos itens 19 a 22 do Módulo XI.
Capítulo III
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
PERMITEM A TRANSFERÊNCIA
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO INATIVO NA BASE
Seção II
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO COM
REGISTRO DE INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)
19. A existência de registro dos códigos de ASE 515 ou 540 no histórico da inscrição
eleitoral não impede a realização da transferência, nos termos do disposto no item 16
do Módulo XI.
74
Seção III
INSCRIÇÃO REGULAR
SEM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
21. A seguir, o Sistema exibirá a tela completa do RAE e o Atendente preencherá todos
os campos apresentados, na sequência em que forem disponibilizados, realizando as
alterações eventualmente necessárias nos dados cadastrais, conforme documentos
apresentados e informações complementares fornecidas pelo eleitor83.
23.2. Qualquer alteração no nome do eleitor demanda, além da atualização dos dados
biográficos, nova coleta de todos os seus dados biométricos, para atualização da
assinatura.
83
Ofício-Circular-CGE nº 39/2007
75
Seção IV
INSCRIÇÃO REGULAR
COM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
24.1. Nos casos em que for necessário o recolhimento de multa cujo valor ainda não
tenha sido estipulado pelo Juízo Eleitoral competente, nos autos do processo em que
foi arbitrada, o cálculo do valor devido deverá observar o disposto no Módulo XVIII.
24.4. Em qualquer hipótese, caso o eleitor informe não possuir condições financeiras
para quitar as multas eventualmente devidas, poderá apresentar declaração de
hipossuficiência econômica, que deverá ser arquivada junto ao PETE.
Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
Subseção I
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO
76
Subseção II
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 e 035
26. Será admitida a transferência de inscrição cancelada pelos códigos de ASE 027-3 e
035, desde que:
I. seja comprovado não existir em nome do Requerente outra inscrição:
a) regular (vide item 26.1.);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 26.2);
II. sejam quitados eventuais débitos com a Justiça Eleitoral, com observância do
disposto na Seção IV deste Capítulo;
III. tenha transcorrido, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência; e
IV. o eleitor resida há, pelo menos, 03 meses no novo domicílio (vide item
26.3).
26.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja na
situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 a 22 do Módulo XI.
26.3. A condição prevista no inciso IV será declarada, sob as penas da lei, pelo próprio
eleitor.
26.4. Caso não satisfaça as condições previstas neste item, o eleitor poderá requerer
revisão de dados e, tão logo lhe seja possível, transferência para o novo domicílio84.
Subseção III
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELO CÓDIGO DE ASE 469
27. Será admitida a transferência de inscrição cancelada pelo código de ASE 469, desde
que:
I. seja comprovado não existir em nome do Requerente outra inscrição:
a) regular (vide item 27.1.);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;
84
Provimento-CGE nº 1/2004, artigo 2º
77
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 27.2);
II. seja comprovado o endereço do eleitor, não podendo ser utilizada
declaração de residência85;
III. sejam quitados eventuais débitos com a Justiça Eleitoral, com observância
do disposto na Seção IV deste Capítulo;
IV. tenha transcorrido, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência; e
V. o eleitor resida há, pelo menos, 03 meses no novo domicílio (vide item 27.3).
27.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja na
situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 a 22 do Módulo XI.
27.3. A condição prevista no inciso V será declarada, sob as penas da lei, pelo próprio
eleitor.
27.4. Caso não satisfaça as condições previstas neste item, o eleitor poderá:
I. requerer revisão de dados e, tão logo lhe seja possível, transferência para o
novo domicílio86; ou
II. em caráter excepcional, requerer novo alistamento (operação 1) no
Município em que possuir domicílio87.
28. Nas hipóteses em que o código de ASE 469 tiver sido lançado por equívoco, deverá
ser observado o rito previsto nos itens 1 a 15 do Módulo XXXIV.
Subseção IV
REQUERENTE COM MAIS DE UMA INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
29. Caso seja localizada mais de uma inscrição cancelada pelos códigos de ASE 019
(lançado por equívoco – vide item 25), 027, 035 e 469 em nome do Requerente,
deverá ser promovida, preferencialmente, a transferência daquela que:
a) tiver sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; ou
b) for mais antiga.
29.1. Nesta hipótese, deverão ser expedidos ofícios aos Juízos a que estiverem
vinculadas as demais inscrições, com a sugestão de que sejam canceladas pelo código
85
Resolução-TSE nº 21.538/2003: artigo 5º, § 3º; e artigo 6º, parte final.
86
Provimento-CGE nº 1/2004, artigo 2º
87
Provimento-CGE nº 1/2004, artigo 1º
78
de ASE 450, haja vista que inscrições canceladas pelos códigos de ASE 019, 027, 035 e
469 são passíveis de regularização por meio de operação de RAE.
79
Módulo XIV
DA OPERAÇÃO DE REVISÃO
80
Módulo XIV
DA OPERAÇÃO DE REVISÃO
Capítulo I
DAS EXIGÊNCIAS PARA A REVISÃO
Seção I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
2. Ainda que possua poderes específicos para fazê-lo, o procurador do Requerente não
poderá:
I. requerer a formalização do RAE;
II. receber o Título Eleitoral; ou
III. assinar os documentos supramencionados ou o PETE.
81
Subseção II
ELEITOR DE ESTADO DA FEDERAÇÃO
COM INSCRIÇÃO CANCELADA
3.1. Neste caso, o RAE será preenchido manualmente, encaminhado ao Juízo Eleitoral
competente, por intermédio da CRE-DF, e o eleitor deverá retirar o Título Eleitoral na
Zona em que for inscrito88.
Subseção III
ELEITOR DE ESTADO DA FEDERAÇÃO
COM INSCRIÇÃO REGULAR
5.1. Nesta hipótese, o eleitor deverá ser orientado a procurar o Cartório da Zona
Eleitoral em que é inscrito89.
Seção II
DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
88
Provimento-CGE nº 7/2003
89
Provimento-CGE nº 7/2003
82
b) deverá ser apresentado documento comprobatório da necessidade
de alteração;
II. comprovante de residência no Distrito Federal, salvo na hipótese prevista no
item 3; e
III. Título Eleitoral e comprovantes de votação ou de justificativa por ausência
às urnas, se houver.
Subseção I
DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO
7.3. O passaporte que não contiver os dados de qualificação do interessado será aceito
caso haja complementação dos dados por meio de outro documento.
83
8.1. Nessas hipóteses, o Requerente deverá ser orientado a obter um dos documentos
necessários para a realização da operação.
Subseção II
DOS COMPROVANTES DE RESIDÊNCIA
10. O comprovante de residência deverá ter sido emitido há, no mínimo, 03 meses e,
no máximo, 12 meses, contados da data de comparecimento do Requerente ao
Cartório.
Seção III
DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO
84
13. Caso positivo, o Atendente realizará as consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores
e à Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos/TSE e verificará se a situação
eleitoral do Requerente permite a realização de operação de revisão, nos termos do
disposto no Módulo XI.
Capítulo II
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
IMPEDEM A REVISÃO
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO ATIVO NA BASE
Seção II
INSCRIÇÃO CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329
16. Não pode ser realizada a revisão de inscrições de que conste código de ASE 329 na
situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item 14 do Módulo
XI.
Seção III
INSCRIÇÃO SUSPENSA – ASEs 043 ou 337
17. Não pode ser realizada a revisão de inscrições de que constem os códigos de ASE
043 e 337 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item
15 do Módulo XI.
Seção IV
INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA
18. Não pode ser realizada a revisão de inscrições que se encontrem nas situações
“LIBERADO” ou “NÃO LIBERADO”, devendo ser observadas as normas previstas no
item 17 do Módulo XI.
85
Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450
19. Não poderá ser realizada a revisão de inscrições com código de ASE 450 na
situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas no item 18 do Módulo
XI.
Seção VI
INSCRIÇÃO REGULAR OU CANCELADA
COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
– ASEs 230.1, 230.2 E 272.2
20. Não poderá ser realizada a revisão de inscrições com códigos de ASE 230.1, 230.2
e/ou 272.2 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas previstas nos itens
19 a 22 do Módulo XI.
Capítulo III
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
PERMITEM A REVISÃO
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO INATIVO NA BASE
Seção II
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)
22. A existência de registro dos códigos de ASE 515 ou 540 no histórico da inscrição
eleitoral não impede a realização da revisão, nos termos do disposto no item 16 do
Módulo XI.
Seção III
INSCRIÇÃO REGULAR
SEM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
86
II. localizará e selecionará a inscrição eleitoral do Requerente; e
III. clicará na opção “REVISAR”.
24. A seguir, o Sistema exibirá a tela completa do RAE e o Atendente preencherá todos
os campos apresentados, na seqüência em que forem disponibilizados, realizando as
alterações eventualmente necessárias nos dados cadastrais, conforme documentos
apresentados e informações complementares fornecidas pelo eleitor90.
26.2. Qualquer alteração no nome do eleitor demanda, além da atualização dos dados
biográficos, nova coleta de todos os seus dados biométricos, para atualização da
assinatura.
Seção IV
INSCRIÇÃO REGULAR
COM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
90
Ofício-Circular-CGE nº 39/2007
87
de votação e/ou de justificativa por ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais, o
Atendente deverá observar as normas previstas nos itens 23 a 25 do Módulo XI.
27.1. Nos casos em que for necessário o recolhimento de multa cujo valor ainda não
tenha sido estipulado pelo Juízo Eleitoral competente, nos autos do processo em que
foi arbitrada, o cálculo do valor devido deverá observar o disposto no Módulo XVIII.
27.4. Em qualquer hipótese, caso o eleitor informe não possuir condições financeiras
para quitar as multas eventualmente devidas, poderá apresentar declaração de
hipossuficiência econômica, que deverá ser arquivada junto ao PETE.
Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
Subseção I
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO
28. Muito embora o Sistema Elo admita a revisão de inscrição cancelada pelo código
de ASE 019, deverá ser observada, nessa hipótese, o rito previsto nos itens 1 a 15 do
Módulo XXXIV.
Subseção II
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 e 035
29. Será admitida a revisão de inscrição cancelada pelos códigos de ASE 027-3 e 035,
desde que:
I. seja comprovado não existir em nome do Requerente outra inscrição:
88
a) regular (vide item 29.1.);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 29.2); e
II. sejam quitados eventuais débitos com a Justiça Eleitoral, com observância do
disposto na Seção IV deste Capítulo.
29.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja na
situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 a 22 do Módulo XI.
Subseção III
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELO CÓDIGO DE ASE 469
30. Será admitida a revisão de inscrição cancelada pelo código de ASE 469, desde que:
I. seja comprovado não existir em nome do Requerente outra inscrição:
a) regular (vide item 30.1.);
b) suspensa;
c) cancelada por perda de direitos políticos (ASE 329);
d) liberada;
e) não liberada; ou
f) passível de regularização (vide item 30.2);
II. seja comprovado o endereço do eleitor, não podendo ser utilizada
declaração de residência91; e
III. sejam quitados eventuais débitos com a Justiça Eleitoral, com observância
do disposto na Seção IV deste Capítulo.
30.1. Se for localizada outra inscrição eleitoral em nome do Requerente, que esteja na
situação “REGULAR”, mas com registro dos códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2,
deverá ser observado o disposto nos itens 19 a 22 do Módulo XI.
31. Nas hipóteses em que o código de ASE 469 tiver sido lançado por equívoco, deverá
ser observado o rito previsto nos itens 1 a 15 do Módulo XXXIV.
91
Resolução-TSE nº 21.538/2003: artigo 5º, § 3º; e artigo 6º, parte final
89
Subseção IV
REQUERENTE COM MAIS DE UMA INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
32. Caso seja localizada mais de uma inscrição cancelada pelos códigos de ASE 019
(lançado por equívoco – vide item 28), 027, 035 e 469 em nome do Requerente,
deverá ser promovida, preferencialmente, a revisão daquela que:
a) tiver sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; ou
b) for mais antiga.
32.1. Nesta hipótese, deverão ser expedidos ofícios aos Juízos a que estiverem
vinculadas as demais inscrições, com a sugestão de que sejam canceladas pelo código
de ASE 450, haja vista que inscrições canceladas pelos códigos de ASE 019, 027, 035 e
469 são passíveis de regularização por meio de operação de RAE.
90
Módulo XV
91
Módulo XV
DA OPERAÇÃO DE SEGUNDA VIA
Capítulo I
DAS EXIGÊNCIAS PARA A EMISSÃO DE SEGUNDA VIA
Seção I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
Subseção I
DISPOSIÇÕES COMUNS
1. Esta operação deverá ser utilizada quando o eleitor desejar a emissão de segunda
via de seu Título Eleitoral, sem alteração do número da inscrição ou de quaisquer
dados cadastrais, em virtude de o documento anterior ter sofrido:
a) perda;
b) extravio;
c) inutilização; ou
d) dilaceração.
3. Ainda que possua poderes específicos para fazê-lo, o procurador do Requerente não
poderá:
I. requerer a formalização do RAE;
II. receber o Título Eleitoral; e/ou
III. assinar os documentos supramencionados ou o PETE.
Subseção II
ELEITORES INSCRITOS
NO DISTRITO FEDERAL
4. Para eleitores inscritos no Distrito Federal, a segunda via do Título Eleitoral será
emitida por meio do Sistema Elo, independentemente da Zona a que estiver vinculada
a inscrição do eleitor.
92
5. Em anos eleitorais, os eleitores do Distrito Federal poderão requerer a segunda via
de seu Título Eleitoral até 10 dias antes do pleito92.
Subseção III
ELEITORES INSCRITOS
NO EXTERIOR
6. Para eleitores inscritos no exterior, a segunda via do Título Eleitoral poderá ser
requerida:
a) pessoalmente, perante o Cartório da Zona Eleitoral do Exterior, sediado em
Brasília/DF;
b) por meio de RAE preenchido manualmente perante repartição diplomática;
ou
c) por meio do sistema Título-Net, disponível nas páginas do TRE-DF ou do TSE
na Internet.
Subseção IV
ELEITORES INSCRITOS
EM ESTADOS DA FEDERAÇÃO
8.1. Neste caso, o RAE será preenchido manualmente e encaminhado ao Juízo Eleitoral
competente, por intermédio da CRE-DF.
8.2. O eleitor deverá esclarecer se pretende receber o Título no Cartório de sua Zona
Eleitoral ou no Cartório Eleitoral em que solicitou a segunda via.
8.3. Em anos eleitorais, a emissão de segunda via do Título Eleitoral fora do domicílio
do eleitor poderá ser requerida até 60 dias antes do pleito94.
92
CE, artigo 52
93
CE, artigo 53, §3º
94
CE, artigo 53, §3º
93
9. Não satisfeitos os requisitos previstos no item 3, o Atendente deverá:
I. fornecer certidão circunstanciada ao Requerente; e
II. orientar o Requerente sobre a possibilidade de solicitar, caso o Cadastro
esteja aberto:
a) transferência de sua inscrição eleitoral para o Distrito Federal; ou
b) segunda via de seu Título Eleitoral perante o Cartório de sua Zona
Eleitoral.
Seção II
DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
Subseção I
DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO
94
11.3. O passaporte que não contiver os dados de qualificação do interessado será
aceito caso haja complementação dos dados por meio de outro documento.
12. Não será possível realizar a operação de segunda via com base em:
a) protocolo de solicitação de segunda via de documento; e/ou
b) Boletim de Ocorrência (BO).
Seção III
DA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL DO INTERESSADO
Capítulo II
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE
IMPEDEM A SEGUNDA VIA
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO ATIVO NA BASE
Seção II
INSCRIÇÃO CANCELADA POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS – ASE 329
17. Não pode ser emitida segunda via do Título Eleitoral se constar, do histórico da
inscrição, o código de ASE 329 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as
normas previstas no item 14 do Módulo XI.
95
Seção III
INSCRIÇÃO SUSPENSA – ASEs 043 ou 337
18. Não pode ser emitida segunda via do Título Eleitoral se constarem, do histórico da
inscrição eleitoral, os códigos de ASE 043 e 337 na situação “ATIVO”, devendo ser
observadas as normas previstas no item 15 do Módulo XI.
Seção IV
INSCRIÇÃO LIBERADA OU NÃO LIBERADA
19. Não pode ser emitida a segunda via do Título Eleitoral se a inscrição se encontrar
nas situações “LIBERADA” ou “NÃO LIBERADA”, devendo ser observadas as normas
previstas no item 17 do Módulo XI.
Seção V
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA – ASE 450
20. Não poderá ser emitida segunda via do Título Eleitoral se constar, do histórico da
inscrição, código de ASE 450 na situação “ATIVO”, devendo ser observadas as normas
previstas no item 18 do Módulo XI.
Seção VI
INSCRIÇÃO REGULAR OU CANCELADA
COM REGISTRO DE IRREGULARIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
– ASEs 230.1, 230.2 E 272.2
21. Não poderá ser emitida segunda via do Título Eleitoral se constarem, do histórico
da inscrição, os códigos de ASE 230.1, 230.2 e/ou 272.2 na situação “ATIVO”, devendo
ser observadas as normas previstas nos itens 19 a 22 do Módulo XI.
Seção VII
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO ou
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027, 035 ou 469
Subseção I
INSCRIÇÃO CANCELADA
POR CÓDIGO DE ASE 019 LANÇADO POR EQUÍVOCO
22. Não é admitida a emissão de segunda via de Título Eleitoral referente a inscrição
cancelada pelo código de ASE 019, devendo ser observada, nessa hipótese, o rito
previsto nos itens 1 a 15 do Módulo XXXIV.
96
Subseção II
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 E 035
23. Não é admitida a emissão de segunda via de Título Eleitoral referente a inscrição
cancelada pelos códigos de ASE 027-3 ou 035.
23.1. Nestas hipóteses, o eleitor deverá ser orientado a requerer as operações de:
a) revisão (vide itens 29 e 32 do Módulo XIV); ou
b) transferência (vide itens 26 e 29 do Módulo XIII).
Subseção III
INSCRIÇÃO CANCELADA
PELO CÓDIGO DE ASE 469
24. Não é admitida a emissão de segunda via de Título Eleitoral referente a inscrição
cancelada pelo código de ASE 469.
24.1. Nesta hipótese, o eleitor deverá ser orientado a requerer as operações de:
a) revisão (vide itens 30 a 32 do Módulo XIV); ou
b) transferência (vide itens 27 a 29 do Módulo XIII),
Capítulo III
DAS SITUAÇÕES ELEITORAIS QUE PERMITEM A SEGUNDA VIA
Seção I
REQUERENTE COM REGISTRO INATIVO NA BASE
Seção II
DA LOCALIZAÇÃO DE INSCRIÇÃO
COM REGISTRO DE INELEGIBILIDADE (ASE 540) ou
INABILITAÇÃO PARA A FUNÇÃO PÚBLICA (ASE 515)
26. A existência de registro dos códigos de ASE 515 ou 540 no histórico da inscrição
eleitoral não impede a emissão da segunda via do Título Eleitoral, nos termos do
disposto no item 16 do Módulo XI.
97
Seção III
INSCRIÇÃO REGULAR
SEM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
Seção IV
INSCRIÇÃO REGULAR
COM REGISTRO DE DÉBITO COM A JUSTIÇA ELEITORAL
34.1. Nos casos em que for necessário o recolhimento de multa cujo valor ainda não
tenha sido estipulado pelo Juízo Eleitoral competente, nos autos do processo em que
foi arbitrada, o cálculo do valor devido deverá observar o disposto no Módulo XVIII.
98
34.2. Nessas hipóteses, o Atendente deverá:
I. entregar a guia de recolhimento de multa eleitoral ao Requerente;
II. explicar o processo de pagamento de multa ao Requerente;
III. encaminhar o interessado:
a) ao Banco do Brasil, quando o valor da multa for inferior a 50 reais; ou
b) a qualquer Banco ou a uma casa lotérica, quando o valor da multa for
superior a 50 reais; e
IV. orientar o Requerente a retornar ao Cartório para o processamento da
segunda via, portando a GRU, acompanhada do respectivo comprovante de
pagamento.
34.4. Em qualquer hipótese, caso o eleitor informe não possuir condições financeiras
para quitar as multas eventualmente devidas, poderá apresentar declaração de
hipossuficiência econômica, que deverá ser arquivada junto ao PETE.
99
Módulo XVI
DAS CERTIDÕES
100
Módulo XVI
DAS CERTIDÕES
Capítulo I
DISPOSIÇÕES COMUNS
1. A Constituição Federal garante ao cidadão o direito à obtenção de certidões para
defesa de direitos e esclarecimento de situações pessoais, a serem emitidas por
repartições públicas.
3.1. Nos casos em que o Cartório tiver que confeccionar certidões específicas, a
expedição poderá ocorrer em até 15 dias95.
4. Toda certidão ou declaração emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser
subscrita por qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.
4.1. As demais certidões serão subscritas pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou
por seu substituto legal.
5.1. Deverão ser observadas as normas previstas no Módulo XIX para a análise das
solicitações de certidões desta espécie formuladas:
I. por autoridades judiciárias;
II. por membros do Ministério Público;
III. por autoridade policial96; e
IV. por entidades autorizadas pelo TSE97.
95
Lei nº 9.051/1995
96
Lei nº 12.850/2013, artigo 15
97
Lei nº 7.444/1985, artigo 4º
101
5.2. Consideram-se dados personalizados do eleitor, dentre outros:
I. filiação;
II. data de nascimento;
III. profissão;
IV. estado civil;
V. escolaridade;
VI. telefone; e
VII. endereço.
7.1. Nesta hipótese, deverá ser arquivada em pasta própria cópia da certidão:
I. contendo a data da entrega e a assinatura do recebedor; e
II. acompanhada da procuração apresentada pelo terceiro ou de cópia desta,
autenticada pelo próprio Cartório Eleitoral.
9.1. Os espelhos são de uso interno e somente poderão ser disponibilizados para a
instrução de processos da própria Justiça Eleitoral.
9.2. As informações do Cadastro poderão ser fornecidas aos entes autorizados nas
formas previstas no Módulo XIX.
102
Capítulo II
DAS ESPÉCIES DE CERTIDÃO
Seção I
CERTIDÃO DE DADOS CADASTRAIS
10. Sempre que solicitada certidão que contenha os dados cadastrais do eleitor
(endereço, ocupação, grau de instrução e estado civil), esta será fornecida de acordo
com o modelo disponível no Sistema ELO.
11. Sempre que verificada divergência entre os dados declarados pelo eleitor e os
constantes do Cadastro Nacional de Eleitores, o Atendente deverá orientá-lo a
requerer a revisão de seus dados antes do fornecimento da certidão.
11.1. Caso o eleitor não requeira a atualização de seus dados cadastrais, o Atendente
deverá suprimir da certidão os dados divergentes.
12.1. A certidão emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser subscrita por
qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.
12.2. Na impossibilidade de emissão pelo Sistema Elo, a certidão deverá ser digitada e
subscrita pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por seu substituto legal.
Seção II
CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL
13. As certidões de quitação eleitoral serão expedidas pelo Cartório ou pelo Posto
Eleitoral, independentemente da Zona a que estiver vinculada a inscrição do eleitor.
14.1. A certidão emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser subscrita por
qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.
14.2. Na impossibilidade de emissão pelo Sistema Elo, a certidão deverá ser digitada e
subscrita pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por seu substituto legal.
103
15. As certidões de quitação também poderão ser emitidas pelo próprio eleitor, por
meio das páginas do TRE-DF ou do TSE na Internet.
15.1. A certidão somente poderá ser emitida pela Internet se não houver divergência
entre os dados informados pelo interessado e aqueles constantes do Cadastro
Nacional de Eleitores.
Seção III
CERTIDÃO CIRCUNSTANCIADA
Seção IV
CERTIDÃO DE CADASTRO FECHADO
Subseção I
ELEITORES SEM RESTRIÇÕES NO CADASTRO E ALISTANDOS
17. Nos 150 dias que antecederem o pleito, deverá ser emitida certidão de
fechamento do Cadastro para os eleitores/alistandos que procurarem o Cartório ou
Posto para requerer a realização de operações de alistamento (vide item 17.1).
104
17.2.2. Nesta hipótese, o registro do pagamento da multa deverá ser realizado após a
reabertura do Cadastro Nacional de Eleitores.
18. Para emitir a certidão, o Atendente deverá utilizar as opções disponibilizadas pelo
TSE no Sistema Elo.
18.1. A certidão emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser subscrita por
qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.
18.2. Na impossibilidade de emissão pelo Sistema Elo, a certidão deverá ser digitada e
subscrita pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por seu substituto legal.
Subseção II
ELEITORES QUE DEMANDEM REGULARIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ELEITORAL
20. Nos 150 dias que antecederem o pleito, deverá ser emitida certidão
circunstanciada de quitação eleitoral para os eleitores/alistandos que procurarem o
Cartório ou Posto para requerer a adoção de providências necessárias à regularização
de sua situação eleitoral que demandem alterações no Cadastro.
20.2. A certidão deverá ser assinada pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por
seu substituto legal.
105
VI. prazo de validade até a reabertura do Cadastro; e
VII. recomendação para que o eleitor procure a Justiça Eleitoral após a
reabertura do Cadastro (de acordo com as orientações expedidas pelo TSE à
época do fechamento).
23.2. Na situação prevista no inciso IV, o RRI deverá ser imediatamente encaminhado à
CRE-DF, para análise da pertinência de inativação do registro, visto que esta pode ser
realizada mesmo durante o período de fechamento do Cadastro.
23.2.1. Inativado o registro pela CRE-DF e não havendo outra pendência que impeça a
realização da operação, o eleitor deverá ser comunicado sobre a possibilidade de
retornar ao Cartório para solicitar a emissão da segunda via de seu Título Eleitoral:
a) até 10 dias antes do pleito, para os eleitores inscritos no Distrito Federal; ou
b) até 60 dias antes do pleito, para os eleitores inscritos em Estados da
Federação.
106
23.3.1. Neste caso, o eleitor deverá ser informado de que o encaminhamento do
processo RSE à CGE e a reversão da operação de alistamento por aquela Unidade
ocorrerão nos prazos fixados pelo TSE nas normas específicas para cada pleito.
Seção V
CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL
COM PRAZO DE VALIDADE INDETERMINADO
Seção VI
CERTIDÃO DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
26. A certidão poderá ser expedida pelo Cartório Eleitoral ou pelo próprio interessado
por meio do sítio eletrônico do TSE na Internet98.
Seção VII
CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS ELEITORAIS
98
Resolução-TSE nº 23.117/2009
99
Lei nº 9.099/1995: artigos 76 e 89 / Lei nº 10.259/2001, artigo 2º, parágrafo único
107
Seção VIII
CERTIDÃO DE CRIMES ELEITORAIS
31. As certidões de crimes eleitorais serão expedidas pelo Cartório ou Posto Eleitoral,
independentemente da Zona a que estiver vinculada a inscrição do eleitor.
32.1. A certidão emitida automaticamente pelo Sistema Elo poderá ser subscrita por
qualquer servidor do Cartório ou Posto Eleitoral.
32.2. Na impossibilidade de emissão pelo Sistema Elo, a certidão deverá ser digitada e
subscrita pelo Chefe do Cartório ou Posto Eleitoral ou por seu substituto legal.
33. As certidões de crimes eleitorais também poderão ser emitidas pelo próprio
eleitor, por meio das páginas do TRE-DF ou do TSE na Internet.
33.1. A certidão somente poderá ser emitida pela Internet se não houver divergência
entre os dados informados pelo interessado e aqueles constantes do Cadastro
Nacional de Eleitores.
100
Lei n. 7.210/1984, artigo 202
108
Módulo XVII
DA JUSTIFICATIVA
POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
109
Módulo XVII
DA JUSTIFICATIVA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
DO PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA
3. Aqueles que não votarem nem apresentarem RJE no dia da eleição poderão, no
prazo de 60 dias, contados da data de cada turno, apresentar Requerimento de
Justificativa por ausência às urnas.
Seção II
DA OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA
Subseção I
ELEITOR COM INSCRIÇÃO CANCELADA
4. Para evitar a incidência de multa eleitoral, o eleitor cuja inscrição estiver cancelada,
deverá apresentar justificativa por ausência às urnas, salvo quando sua inscrição
eleitoral tiver sido cancelada pelo código de ASE 329, indicativo da perda dos direitos
políticos.
101
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 80
110
Seção III
DA DISPENSA DE APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA
Subseção I
ELEITORES COM PERDA OU SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS
Subseção II
ELEITORES CUJO EXERCÍCIO DO VOTO É FACULTATIVO
Seção IV
DAS CONSEQUÊNCIAS DA NÃO APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVA
7. O eleitor que deixar de votar e não justificar a ausência às urnas, por uma das
formas previstas neste Módulo, incorrerá em multa, que será cobrada na forma
prevista no Módulo XVIII102.
8. Não existe limite para justificativas, mas será cancelada a inscrição do eleitor que
não votar e não justificar em 03 turnos consecutivos, à exceção daqueles
discriminados na Seção III.
10. Estará sujeito às penalidades previstas no artigo 7º, § 1º, do Código Eleitoral, o
eleitor, inscrito no Brasil ou no exterior, que não possa comprovar:
a) o voto;
b) a apresentação de Requerimento de Justificativa no dia da eleição;
c) o deferimento de requerimento de justificativa por ausência às urnas
apresentado após o dia da eleição; ou
d) o pagamento ou a dispensa de recolhimento da respectiva multa.
102
CE, artigos 7º e 367, no que couber / Lei nº 6.091/74, artigo 7º / Resolução-TSE nº 21.538/2003: artigo 80, caput; e artigo 85
111
11. O eleitor inscrito no exterior que se enquadrar na hipótese prevista no item 8,
ficará sujeito, ainda, à proibição de requerer qualquer documento perante a repartição
diplomática a que estiver subordinado, enquanto não regularizar a situação103.
Capítulo II
DA JUSTIFICATIVA NO DIA DA ELEIÇÃO
Seção I
ELEITORES QUE SE ENCONTRAREM NO BRASIL
Subseção I
DA APRESENTAÇÃO DO RJE
12. Os eleitores que estiverem fora de seu domicílio eleitoral no dia da eleição deverão
justificar sua ausência às urnas apresentando, em qualquer posto de justificativa
disponibilizado pela Justiça Eleitoral, o formulário de Requerimento de Justificativa
Eleitoral – RJE, devidamente preenchido, juntamente com um documento de
identificação com foto.
13.1. Nesse sentido, os eleitores inscritos nas Zonas Eleitorais do DF não poderão
justificar a ausência às urnas nos postos de justificativa localizados no DF.
14. O RJE formalizado perante a Justiça Eleitoral no dia da eleição prova a ausência do
eleitor de seu domicílio eleitoral naquela data.
103
CE, artigo 231
104
Lei nº 13.165/2015
112
15. Os formulários preenchidos com dados incorretos, de forma que não seja possível
a identificação do eleitor, não serão hábeis a justificar a ausência destes às urnas, o
que importará débito com a Justiça Eleitoral.
Subseção II
DO PROCESSAMENTO DO RJE
18. Os RJEs recebidos no dia do pleito que não puderem ser processados pelas urnas
eletrônicas serão posteriormente anotados no Sistema Elo, pelo Cartório da Zona
Eleitoral responsável pelo recebimento.
18.1. O RJE será registrado por meio do comando do código de ASE 167 no histórico
das respectivas inscrições eleitorais, no prazo fixado pelo TSE nas instruções
específicas para cada pleito.
18.2. Caso o eleitor apresente canhoto de RJE que não tenha sido processado pelo
Sistema Elo, devidamente assinado pelo mesário e com código de identificação, o
Atendente adotará as providências determinadas pelo Chefe de Cartório.
19. Após o processamento, os RJEs serão arquivados no Cartório da Zona Eleitoral que
os recebeu até o pleito subsequente, após o que poderão ser descartados.
Seção II
ELEITORES QUE SE ENCONTRAREM NO EXTERIOR
113
Capítulo III
DA JUSTIFICATIVA APÓS O DIA DA ELEIÇÃO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
23.1. Nesta hipótese, deverá ser juntado ao Requerimento atestado médico que
comprove o fato.
25.1. Caso o eleitor não queira aguardar a decisão, poderá optar pelo recolhimento da
multa, no valor máximo, perante o Cartório da Zona Eleitoral em que se encontrar.
Seção II
DA JUSTIFICATIVA EM MEIO FÍSICO
Subseção I
COMUNICAÇÃO POR SUPERIOR HIERÁRQUICO DO ELEITOR AUSENTE
114
26.1. Caberá ao Juiz Eleitoral apreciar a comunicação e, se for o caso, determinar o
comando do código de ASE 167.
Subseção II
APRESENTAÇÃO POR ELEITORES QUE SE ENCONTREM NO BRASIL
27. O eleitor – inscrito no Brasil ou no exterior – que estiver no Brasil nos 60 dias
posteriores ao pleito poderá apresentar requerimento de justificativa perante
qualquer Cartório Eleitoral.
Subseção III
APRESENTAÇÃO POR ELEITORES NO EXTERIOR
28. O eleitor (inscrito no Brasil ou na Zona Eleitoral do Exterior) que estiver fora do País
na data do pleito poderá justificar eventual ausência às urnas antes do retorno ao
Brasil, no prazo de 60 dias, contados da data do pleito.
30. Deverão ser anexadas aos requerimentos de que tratam os itens 28 e 29 cópias:
I. dos documentos elencados no item 22; e
II. de documentação comprobatória da estadia do interessado no exterior no
período de realização das eleições (especialmente, caso seja possível, cópia dos
bilhetes de passagem de ida e de volta).
115
Subseção IV
DO PROCESSAMENTO DO REQUERIMENTO APRESENTADO EM MEIO FÍSICO
32. O Requerimento poderá ser entregue ao Cartório Eleitoral por familiar do eleitor
ou por terceiro, dispensada a apresentação de autorização ou procuração, desde que:
a) esteja devidamente assinado pelo eleitor; e
b) seja apresentado documento de identificação do Requerente ou o Título
Eleitoral deste.
35.1. Nesta hipótese, deverá ser informado, no campo “data de ocorrência”, o dia em
que ocorreu o turno da eleição ao qual o eleitor deixou de comparecer.
105
CE, artigos 7º e 367, no que couber / Lei nº 6.091/1974, artigo 7º / Resolução-TSE nº 21.538/2003: artigo 80, caput e § 3º; e
artigo 85
116
36.2. Efetuado o pagamento da multa, será registrado o código de ASE 078,
motivo/forma 1, no histórico da inscrição eleitoral106.
36.3. O eleitor que comprovar, na forma da lei, o seu estado de pobreza ficará isento
do pagamento da multa, devendo ser registrado o código de ASE 078, motivo/forma 2,
no histórico de sua inscrição eleitoral107.
37.1. Se o eleitor não quiser aguardar a decisão, poderá optar pelo recolhimento da
multa, no valor máximo, perante o Cartório da Zona Eleitoral em que se encontrar.
Seção III
DA JUSTIFICATIVA EM MEIO ELETRÔNICO – SISTEMA JUSTIFICA
39.1. Essa ferramenta só poderá ser utilizada por eleitores inscritos em Unidade da
Federação cujo TRE tenha aderido ao Sistema.
40. Estão disponíveis no sítio eletrônico www.tre-df.jus.br, por meio dos caminhos
“Serviços ao Eleitor > Justificativa eleitoral após eleição” ou “Eleitor > Justificativa
Eleitoral”:
I. orientações para a utilização do Sistema Justifica;
II. lista das demais Unidades da Federação que adotaram o Sistema; e
III. link de acesso ao Sistema para eleitores inscritos no Distrito Federal ou no
exterior.
106
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82
107
Lei nº 7.115/1983 / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82, § 3º
117
40.1. Os eleitores inscritos em Estados da Federação poderão obter outras orientações
e acessar o Sistema Justifica por meio das páginas dos respectivos TREs na Internet
(www.tre-uf.jus.br, onde “uf” representa a sigla do Estado).
118
44.2. Caso o Juiz Eleitoral decida pelo indeferimento de algum dos requerimentos
discriminados no relatório de deferimento coletivo, deverá ser impresso novo
documento, excluindo-se o requerimento indeferido, que deverá ser impresso
individualmente.
45.1.1. Nesta hipótese, deverá ser registrado no Sistema o motivo que ensejou a
decisão do magistrado.
45.2. Caso o Juiz Eleitoral defira o Requerimento, este deverá receber o tratamento
previsto no item 44.1.
47. Aplicam-se aos Requerimentos formalizados por meio do Sistema Justifica as regras
previstas nos itens 35 a 38, salvo quanto à necessidade de registro no SADP.
119
Módulo XVIII
120
Módulo XVIII
DAS MULTAS ELEITORAIS
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1. A multa eleitoral constitui sanção pecuniária imposta ao eleitor pelo
descumprimento de obrigações eleitorais e pela violação dos dispositivos do Código
Eleitoral e das leis eleitorais108.
2. Existindo no Sistema Elo registro de débito para o eleitor, não poderá ser expedida
certidão de quitação eleitoral nem ser requerida qualquer operação de RAE, antes do
pagamento ou da dispensa do recolhimento da multa.
Capítulo II
DAS ESPÉCIES DE MULTAS ELEITORAIS
Seção I
DAS MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA
Subseção I
DA APLICABILIDADE
108
CE / Lei nº 9.504/1997 / Lei nº 10.707/2003 (regulamentada pelo Decreto nº 4.950/2009 e pela Instrução Normativa-STN nº
3/2004) / Resoluções-TSE de números 21.538/2003, 21.823/2004, 21.848/2004, 21.975/2004 / Portaria-TSE nº 288/2005
109
CE, artigo 8º, parágrafo único
110
CE, artigo 7º
111
CE, artigo 124
121
VI. o mesário que abandonar os trabalhos eleitorais no decurso da votação e
não apresentar justificativa no prazo de 03 dias, contados da data da
ocorrência112; e
VII. o eleitor que tiver o seu requerimento de justificativa por ausência às urnas
ou aos trabalhos eleitorais ou por abandono destes indeferido113;
VIII. aquele que violar os demais dispositivos do Código Eleitoral e da Lei nº
9.504/1997, por cometimento de infração administrativa para a qual esteja
prevista a aplicação de multa eleitoral.
4. É aplicável a multa por ausência a um ou mais turnos das eleições ocorridas após o
cancelamento da inscrição, ainda que não exista registro de código ASE 094 no
histórico da inscrição eleitoral.
5. Só deverão ser cobradas multas por ausência aos pleitos realizados nos 10 anos que
antecederem o comparecimento do eleitor ao Cartório, haja vista a prescrição decenal
das multas eleitorais.
6. Não serão cobrados os débitos que, por força de lei, tenham sido anistiados, e os
referentes a ausências comprovadamente justificadas pelo eleitor114.
6.1. Não serão cobradas as multas anistiadas pelas Leis de números 8.744/93,
9.274/1996 e 9.996/2000 (Plebiscito de 1993, eleições de 1992, 1994, 1996 e 1998).
8. Eleitor com inscrição suspensa (ASEs 043 ou 337) ou cancelada por perda de direitos
políticos (ASE 329) não estará sujeito ao pagamento de multa por ausência às eleições
realizadas durante o período em que estiver impedido de votar117.
Subseção II
DO ARBITRAMENTO
9. A multa eleitoral de caráter administrativo será arbitrada pelo Juiz Eleitoral, de ofício
ou a requerimento, levando em conta as condições econômicas do eleitor, podendo
este, inclusive, ser dispensado do seu recolhimento118.
112
CE, artigo 124, §4º
113
Resolução-TSE nº 21.538/2003 e artigo 80, § 3º, do CE
114
Resolução-TSE nº 21.197/2002
115
CE, artigo 8º
116
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 16, parágrafo único
117
Fax-Circular-CGE nº 20/2003 / Ofício-Circular-CGE nº 43/2006
118
CE, artigo 367, inciso I
122
10. A fixação do valor das multas eleitorais de caráter administrativo tem como
parâmetro a equivalência estabelecida pelo TSE, com a conversão do valor do salário
mínimo em UFIRs119.
10.1. Em razão da extinção da UFIR120, a base de cálculo do valor das multas deverá
observar o último valor a ela atribuído, ou seja R$ 1,0641121.
11. A multa eleitoral de caráter administrativo tem por base de cálculo o valor de
33,02 UFIRs (R$ 35,14).
12. A multa por alistamento extemporâneo ou por ausência às urnas deverá ser
arbitrada entre o mínimo de 3% e o máximo de 10% da base de cálculo122.
12.1. O valor a ser cobrado poderá ser de R$ 1,05 (um real e cinco centavos) a R$ 3,51
(três reais e cinquenta e um centavos) para cada pleito123 (Exemplo: 10% de 33,02
UFIRs = 3,30 UFIRs x 1,0641 = R$ 3,51).
12.2. Para efeito de imposição de multa, cada turno de um pleito será considerado
como uma eleição124.
13. Para o mesário faltoso ou que tenha abandonado os trabalhos, a multa será
arbitrada entre o mínimo de 50% e o máximo de 100% do valor da base de cálculo (R$
35,14), ou seja, R$ 17,57 e R$ 35,14, respectivamente.
13.1. A multa imposta ao mesário faltoso poderá ser cobrada em dobro do valor
arbitrado se a mesa receptora deixar de funcionar por sua culpa ou se ocorrer
abandono dos trabalhos no decurso da votação sem justa causa125.
14. O valor das multas de caráter administrativo poderá ser aumentado em até 10
vezes, conforme as condições econômicas do eleitor.
119
Resolução-TSE nº 14.301/1994
120
Medida Provisória nº 1.973-67/2000
121
Fax-Circular-CGE nº 67/2000
122
CE, artigo 7º / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 85
123
Resolução-TSE n. 21.538/2003, artigo 80, §4º
124
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 83, VII
125
CE, artigo 124, §§ 3° e 4°
123
Seção II
MULTAS DE NATUREZA CRIMINAL
Subseção I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
Subseção II
DA APLICABILIDADE
Subseção III
DO ARBITRAMENTO
17. A fixação do valor das multas eleitorais de caráter criminal tem como parâmetro a
equivalência estabelecida pelo TSE, com a conversão do valor do salário mínimo em
UFIRs126.
17.1. Em razão da extinção da UFIR127, a base de cálculo do valor das multas deverá
observar o último valor a ela atribuído, ou seja R$ 1,0641128.
18. A multa eleitoral de caráter criminal tem por base de cálculo o valor de 33,02 UFIRs
(R$ 35,14).
19. Para a fixação do valor do dia-multa, o Juiz deverá observar o disposto no artigo
286 do Código Eleitoral, não podendo o valor ser inferior a 1/30 de 33,02 UFIRs, nem
superior a 33,02 UFIRs.
20. O valor a ser pago poderá variar entre 001 e 300 dias-multa.
126
Resolução-TSE nº 14.301/1994
127
Medida Provisória nº 1.973-67/2000
128
Fax-Circular-CGE nº 67/2000
124
21. O valor da multa poderá ser aumentado até o triplo, se considerado ineficaz para a
situação econômica do condenado, respeitado o valor máximo fixado129.
Capítulo III
DO REGISTRO DAS MULTAS
Seção I
DA MULTA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS – ASE 094
Seção II
DA MULTA POR ALISTAMENTO INTEMPESTIVO
Seção III
DA MULTA POR AUSÊNCIA AOS TRABALHOS ELEITORAIS
OU ABANDONO DESTES – ASE 442
25. Será necessária a quitação de multa por ausência aos trabalhos eleitorais ou por
abandono destes se houver registro do código de ASE 442 na situação “ATIVO” no
histórico da inscrição eleitoral.
129
CE, artigo 286, § 2º
125
Seção IV
DAS MULTAS DE NATUREZA CRIMINAL
26. As multas de natureza criminal são registradas no livro próprio, não havendo
registro no Sistema Elo.
Seção V
DAS DEMAIS MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA
(LEI Nº 9.504/1997, CÓDIGO ELEITORAL E LEIS CONEXAS) – ASE 264
27. Somente serão registradas no Sistema Elo por meio do código de ASE 264 as
multas que não se enquadrarem nas hipóteses previstas nas Seções I a IV deste
Capítulo.
28.1. O código de ASE 264 deverá ser anotado na inscrição do eleitor mesmo que
tenha sido deferido o parcelamento da multa.
28.2. O código de ASE 264 tem como complemento obrigatório o número do processo
em que foi aplicada a multa, no formato “Proc. nº/ano/órgão/local/UF”.
29. Quando a multa for aplicada pelo TSE ou por TRE, deverá ser expedida
comunicação à Zona da inscrição, para comando do código de ASE 264 no histórico da
inscrição do eleitor.
Capítulo IV
DA COBRANÇA, DA ARRECADAÇÃO
E DO RECOLHIMENTO DA MULTA
30. A multa eleitoral de natureza administrativa deverá ser recolhida, sempre que
possível, por meio da GRU fornecida pela Justiça Eleitoral, disponível no Sistema Elo130.
30.1. Quando não for possível emitir a GRU com o preenchimento prévio dos dados
relativos ao devedor e à multa, o Atendente poderá emitir GRU em branco, por meio
do menu “Relatório > Multa Eleitoral > GRU (cobrança ou simples) em branco”.
130
Resolução-TSE nº 21.975/2005 / Portaria-TSE nº 288/2005
126
30.1.1. Nesta hipótese, para incluir a multa, o Atendente acessará um dos seguintes
menus do Sistema ELO:
a) “Controle > Multa > Inclui Formulário de Multa”; ou
b) “Eleitor > Atendimento > Incluir Formulário de Multa”.
31. A GRU será emitida, obrigatoriamente, com código de barras, sob a forma de
documento compensável, destinado a recolhimento em qualquer instituição bancária,
inclusive casas lotéricas e entidades afins.
33. A GRU será impressa pelo Sistema Elo ou pela internet em 03 vias, com o destino a
seguir discriminado:
I. 1ª via – recibo do sacado (eleitor/infrator);
II. 2ª via – controle do cedente – recibo do órgão da Justiça Eleitoral
responsável pela imposição da penalidade; e
III. 3ª via – ficha de caixa – recibo do Banco do Brasil S/A ou da entidade
arrecadadora, caso se trate de GRU-Cobrança.
131
Resolução-TSE nº 23.088/2009
132
Instrução Normativa-STN nº 2/2009 / Ofício-Circular nº 3.922/2010-TSE
127
34. A GRU-Simples e a GRU-Cobrança deverão conter os dados necessários à
identificação:
I. do infrator;
II. do tipo de receita;
III. da espécie de multa eleitoral aplicada;
IV. do motivo da aplicação da multa eleitoral; e
V. da unidade gestora favorecida.
Capítulo V
DO PARCELAMENTO DO DÉBITO
35. Deferido o parcelamento do débito pelo Juiz Eleitoral, cada parcela deverá ser
quitada por meio de uma GRU.
36.1. O registro dos códigos de ASE 078 ou 612, conforme a hipótese, observará o
disposto no item 46.
Capítulo VI
DA QUITAÇÃO DO DÉBITO
Seção I
QUITAÇÃO DE MULTAS POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
OU ALISTAMENTO EXTEMPORÂNEO
38. O eleitor poderá solicitar a guia para quitar o seu débito perante qualquer Cartório
Eleitoral.
133
Lei nº 12.034/2009
128
38.1. A GRU poderá ser retirada por terceiros, os quais poderão, ainda, apresentar o
comprovante de seu pagamento para registro no Sistema Elo, haja vista que esta não
contém dados pessoais do eleitor.
Seção II
QUITAÇÃO DE MULTAS POR
AUSÊNCIA AOS TRABALHOS ELEITORAIS OU ABANDONO DESTES
42. Aplicada multa por ausência aos trabalhos eleitorais ou por abandono destes, o
mesário deverá ser:
I. intimado da decisão que aplicou a multa, para fins recursais; e
II. no mesmo ato, cientificado do prazo de 30 dias de que dispõe para o
pagamento da multa.
42.1. O prazo de 30 dias para o pagamento da multa será contado a partir do trânsito
em julgado da decisão.
134
CE, artigo 11, § 1º / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82, § 1º
135
Resolução-TSE nº 6.198/2007
129
43. O mesário poderá efetuar o recolhimento da multa que lhe foi imposta perante
qualquer Cartório Eleitoral.
43.1.1. Caso o valor da multa não tenha sido arbitrado pelo Juízo competente, o eleitor
deverá ser informado da situação e orientado a entrar em contato com o respectivo
Cartório Eleitoral.
44. O mesário poderá requerer a dispensa do recolhimento da multa que lhe foi
imposta perante qualquer Cartório Eleitoral136.
45.1. Caso não existam outros débitos para o eleitor, o Juízo Eleitoral responsável pelo
recolhimento da multa fornecerá certidão de quitação ao mesário, caso solicitada.
Seção III
QUITAÇÃO DE MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA
(LEI Nº 9.504/1997, CÓDIGO ELEITORAL E LEIS CONEXAS) – ASE 264
46. Após o pagamento das multas a que se refere esta Seção, a guia de recolhimento
deverá ser apresentada ao Juiz Eleitoral para juntada ao respectivo processo.
46.1. Caso tenha ocorrido o pagamento integral do débito e não haja outros débitos
em aberto, o Juiz Eleitoral determinará o lançamento do código de ASE 078 no
histórico da inscrição do interessado.
136
Ofícios-Circulares de números 27 e 28/2015/CGE
130
46.2. Se tiver ocorrido o pagamento integral do débito, mas houver outros débitos em
aberto, o Juiz Eleitoral determinará o lançamento do código de ASE 612 para registrar
a quitação da multa objeto daquele processo.
46.2.1. Esta operação inativará o código de ASE 264 referente àquele processo e
manterá os demais códigos de ASE 094, 264 e/ou 442 eventualmente registrados na
inscrição na situação “ATIVO”.
46.3. Nos casos de parcelamento da multa, o registro no Sistema Elo, por meio dos
códigos de ASE 078 ou 612, conforme a hipótese, só será realizado após a quitação de
todas as parcelas.
46.4. Caso o eleitor com registro de código de ASE 264 compareça a Zona diversa
daquela que aplicou a multa, ou na hipótese de esta ter sido imposta por TRE ou pelo
TSE, o Cartório deverá solicitar informações sobre o valor desta ao Juízo Eleitoral ou à
Secretaria Judiciária do Tribunal responsável pelo arbitramento.
Capítulo VII
DA DISPENSA DO RECOLHIMENTO DA MULTA
Seção I
DA MULTA POR AUSÊNCIA ÀS URNAS
OU ALISTAMENTO EXTEMPORÂNEO
48. O alistando ou o eleitor que comprovar, na forma da lei, seu estado de pobreza,
mediante declaração pessoal, ficará dispensado do pagamento de multa por ausência
às urnas ou por alistamento eleitoral extemporâneo139.
137
Resolução- TSE nº 21.823/2004
138
Resolução-TSE nº 21.975/2004, artigo 2º
139
Lei nº 7.115/1983 / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82, §3º / Fax-Circular-CGE nº 32/2003
131
48.1. A declaração poderá ser apresentada perante qualquer Cartório Eleitoral.
Seção II
DAS MULTAS POR AUSÊNCIA AOS TRABALHOS ELEITORAIS
OU ABANDONO DESTES
49. Será possível a dispensa de multa imposta a mesário que declare não ter condições
econômicas para quitá-la, desde que deferido o requerimento pelo Juiz da Zona
Eleitoral perante a qual foi apresentado.
Seção III
DAS MULTAS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA
REGISTRADAS PELO CÓDIGO DE ASE 264
E DAS MULTAS DE NATUREZA CRIMINAL
50.1. Nesse sentido, o motivo/forma 2 do código de ASE 078 não poderá ser utilizado
para inativação do código de ASE 264.
140
Fax-Circular-CGE nº 32/2003
141
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 82, § 2º
132
Capítulo VIII
DAS MULTAS ELEITORAIS NÃO SATISFEITAS NO PRAZO LEGAL
Seção I
INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA OU EM LIVRO PRÓPRIO
51.1. Nesta hipótese, as multas serão inscritas pelo Cartório Eleitoral em livro próprio.
52. Em até 05 dias, a partir do transcurso do prazo previsto no item 51, o Juízo Eleitoral
deverá enviar o processo à Secretaria Judiciária do TRE-DF, acompanhado de cópias
autênticas:
I. do termo de inscrição em dívida ativa; e
II. da decisão que cominou a multa.
53.1. Nesta hipótese, não é autorizada a emissão de GRU pelo Cartório Eleitoral.
142
Portaria-TSE n° 288/2005, artigo 4°
143
CE, artigo 367, III / Resolução-TSE nº 21.975/2004, artigo 3º
144
Portaria PGFN nº 77/2012
145
PET-TRE/DF nº 166-09.2015.6.07.0000
146
Portaria-TSE nº 288/2005, artigo 5º, parágrafo único
133
54.1. Existindo registro de código de ASE 264 no histórico da inscrição do devedor, o
Juiz Eleitoral determinará a regularização da situação mediante lançamento do código
de ASE 612 ou 078, de acordo com as regras previstas no item 46.
Capítulo IX
DA ATUALIZAÇÃO DO VALOR DA MULTA
55. A atualização do valor da multa depende de decisão judicial e deverá ser calculada,
salvo determinação em contrário, com base na taxa SELIC.
55.1. A atualização da multa pela taxa SELIC engloba os juros moratórios e sua
correção monetária.
Capítulo X
DA PRESCRIÇÃO DAS MULTAS
56. A prescrição é o esgotamento do prazo para o Estado cobrar a dívida do eleitor.
57. Caberá ao Juiz Eleitoral, no momento da análise do caso concreto, deliberar sobre:
I. a ocorrência da prescrição;
II. o prazo prescricional; e/ou
III. o reconhecimento da prescrição de ofício.
58. Sempre que reconhecida a prescrição da multa pelo Juiz Eleitoral competente, o
Cartório deverá anotar o código de ASE 078, motivo/forma 3, no histórico da inscrição
do eleitor.
59. De acordo com jurisprudência do TSE, o prazo prescricional das multas eleitorais é
de 10 anos147.
147
RESPE-TSE nº 161343
134
Módulo XIX
DO FORNECIMENTO
DE INFORMAÇÕES DO
CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES
135
Módulo XIX
DO FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES
DO CADASTRO NACIONAL DE ELEITORES
Capítulo I
DOS DADOS BIOGRÁFICOS
Seção I
DOS LEGITIMADOS AO ACESSO
1.2. Deverão ser observadas as normas previstas no Módulo XVI para o fornecimento
de certidões solicitadas:
I. pelo próprio eleitor;
II. pelo curador de eleitor cuja inscrição se encontre suspensa por interdição;
III. por familiar do eleitor; ou
IV. por terceiro.
148
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 29, §3º / Provimento-CGE nº 6/2006, alterado pelo Provimento-CGE nº 9/2008 /
Resolução-TSE nº 23.111/2009
149
Lei nº 7.444/1985, artigo 4º
136
2.1. Esta autorização baseia-se no fato de os referidos dispositivos legais mencionarem
expressamente os dados cadastrais mantidos pela Justiça Eleitoral.
2.2. Recebida solicitação desta espécie que não mencione a natureza do inquérito que
a autoridade policial pretende instruir, o Juiz Eleitoral responderá o ofício:
I. solicitando que seja prestada tal informação; e
II. esclarecendo que os dados destinados à instrução de inquéritos de natureza
diversa poderão ser requeridos por intermédio de autoridade judiciária ou de
membro do Ministério Público, que as solicitará ao TRE, nos termos do artigo
29 da Resolução-TSE nº 21.538/2003.
Seção II
DAS FORMAS DE ACESSO
Subseção I
DA SOLICITAÇÃO POR MEIO DO SIEL
3.1. Constam do SIEL os dados cadastrais biográficos dos eleitores inscritos em todas
as Unidades da Federação.
3.2. Os dados dos eleitores inscritos no exterior não constam do SIEL e deverão ser
solicitados ao Juízo Eleitoral do Exterior ou à CRE-DF.
Subseção II
DA SOLICITAÇÃO POR MEIO DE OFÍCIO
5. As solicitações não formalizadas por meio do SIEL, que forem subscritas por
servidores dos Juízos, Tribunais ou do Ministério Público, somente serão atendidas
quando acompanhadas de cópia:
a) da decisão proferida pela autoridade para a requisição dos dados à Justiça
Eleitoral; ou
b) do respectivo ato delegatório.
150
Provimentos-CRE/DF de números 1 e 2/2012
137
6. Recebida solicitação formulada por autoridade judicial ou pelo Ministério Público,
será realizada consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores, visando a identificar a
existência de eleitor inscrito com os parâmetros informados no pedido.
6.1. Caso o pedido trate de eleitor de outra Unidade da Federação, a Zona Eleitoral
demandada o encaminhará à CRE/DF, para tratamento.
9. Não serão atendidos os pedidos formulados por Órgão ou autoridade que careça de
legitimidade para a obtenção dos dados do Cadastro Nacional de Eleitores, conforme
normas previstas nos itens 1 e 2.
10.1. Os espelhos são de uso interno e somente poderão ser disponibilizados para a
instrução de processos da própria Justiça Eleitoral.
Capítulo II
DOS DADOS BIOMÉTRICOS
11. O fornecimento dos dados biométricos dos eleitores é de competência da CGE.
138
11.2. Os ofícios serão encaminhados à CGE, a quem caberá a análise do pedido e, em
caso de deferimento, a remessa dos arquivos eletrônicos contendo os dados
biométricos solicitados.
139
Livro III
140
Módulo XX
141
Módulo XX
DOS DIREITOS POLÍTICOS
(OBSERVAÇÕES INICIAIS)
Capítulo I
DOS DIREITOS POLÍTICOS
1. Os direitos políticos incluem:
I. o direito ao voto (direitos políticos ativos); e
II. a elegibilidade (direitos políticos passivos).
151
CRFB, artigo 15
152
CRFB, artigo 15, inciso I
153
Decreto nº 70.391/1972
154
Decreto nº 3927/2001, regulamentado pelo Decreto-Lei nº 154/2003
155
CRFB, artigo 12, § 4º, II
156
CRFB, artigo 12, § 4º, II, a
157
CRFB, artigo 15, inciso III
158
CRFB, artigo 15, inciso IV
159
CRFB, artigo 15, inciso V
142
5. A situação dos direitos políticos será registrada:
a) no histórico da inscrição eleitoral do interessado, por meio do lançamento de
um código de ASE, conforme manual específico desenvolvido pelo TSE; ou
b) caso o interessado não possua inscrição eleitoral, na Base de Perda e
Suspensão de Direitos Políticos.
6.1. A Justiça Eleitoral não deve registrar suspensão de direitos políticos por
incapacidade civil absoluta, ainda que decretada anteriormente à entrada em vigor da
Lei nº 13.146/2015, que alterou o artigo 3º do Código Civil, para definir como
absolutamente incapazes apenas os menores de 16 anos166.
160
CRFB, artigo 14, §2º
161
Decreto nº 70.391/1972 / Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, §4º
162
Segundo o sítio do Ministério da Justiça, a outorga é requerida ao Ministério da Justiça (http://www.justica.gov.br/central-de-
atendimento/estrangeiros/nacionalidade)
163
Processo Administrativo nº 114-71.2016.6.00.0000 – Classe 26 – Salvador, Bahia – Decisão CGE nº 150/2016, publicada no DJE
de 27/04/2016
164
Lei nº 9.099/1995, artigo 76 / Lei nº 10.259/2001
165
Lei nº 9.099/1995, artigo 89 / Lei nº 10.259/2001
166
Decisão-TSE nº 150/2016 (Processo Administrativo nº 114-71.2016.6.00.0000)
143
7. As sentenças criminais de que caiba recurso não ensejam a suspensão dos direitos
políticos ativos.
10. Não serão cobradas multas por ausência às urnas (ocorrida durante o período em
que estiver impedido de votar por restrição legal) de eleitor que:
I. tiver perdido seus direitos políticos; ou
II. encontrar-se com os direitos políticos ativos suspensos.
167
LC nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”
144
Módulo XXI
DA SUSPENSÃO E DA PERDA
DOS DIREITOS POLÍTICOS
145
Módulo XXI
DA SUSPENSÃO E DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS
Capítulo I
DA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Seção I
DAS SITUAÇÕES ENSEJADORAS DA SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Subseção I
DA CONDENAÇÃO CRIMINAL
Subseção II
DA RECUSA DE CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA
OU DE PRESTAÇÃO ALTERNATIVA
Subseção III
DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Subseção IV
DA CONSCRIÇÃO
168
CPB, artigo 43
169
Resolução-TSE nº 22.193/2006
170
CRFB, artigo 15, inciso IV
146
4. A suspensão dos direitos políticos por conscrição decorrerá de comunicação da
prestação do serviço militar obrigatório.
4.2.1. Essa informação é necessária para garantir que a suspensão dos direitos políticos
fique limitada ao exato período de prestação do serviço172.
4.2.2. Caso não constem da comunicação os dados previstos neste item, deverá ser
solicitada a complementação das informações.
Subseção V
DO ESTATUTO DA IGUALDADE
Seção II
DO REGISTRO DA SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS
Subseção I
DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES
171
Lei nº 5.292/1967 / Resolução-TSE nº 15.850/1989
172
Resolução-TSE nº 15.099/1989
147
b) a inclusão das informações em sistema próprio de forma individualizada.
Subseção II
DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES
8.1.1. Nesta hipótese, o arquivamento poderá ser determinado pelo Chefe de Cartório,
sendo desnecessário o despacho do Juiz Eleitoral, por se tratar de documento com
informações já apreciadas pelo Juízo.
11. Caso a comunicação se refira a pessoa inscrita em outra Zona Eleitoral do Distrito
Federal, a documentação, original ou cópia devidamente protocolizada ou registrada,
deverá ser remetida diretamente ao Juízo competente, via malote ou por meio do
sistema próprio.
11.1. Se a comunicação tiver sido recebida em meio eletrônico, deverão ser
registrados em seu andamento no sistema próprio:
I. o número da inscrição eleitoral;
148
II. a situação em que se encontra a inscrição eleitoral; e
III. a Zona Eleitoral à qual a inscrição eleitoral está vinculada.
Subseção III
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES
173
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 1º (com a redação dada pela pelo artigo 1º da Resolução-TSE nº 23.490/2016)
149
VI. data do acórdão ou data do trânsito em julgado da sentença
condenatória definitiva;
c) no caso de conscrição:
I. nome do conscrito;
II. filiação;
III. data de nascimento;
IV. data de início da prestação do serviço militar obrigatório; e
V. Órgão comunicante; ou
150
b) localização do eleitor no endereço constante do Sistema Elo;
c) realização de contato telefônico com o eleitor, utilizando-se o número
constante do Sistema Elo;
d) expedição de ofício aos órgãos emitentes de documentações civis;
e) expedição de ofício ao Cartório de Registro Civil da localidade de nascimento
do eleitor;
f) expedição de notificação a pessoa da família do eleitor, a fim de que
compareça ao Cartório para prestar informações e, caso seja possível,
apresentar originais ou cópias de documentos do eleitor; e/ou
g) consulta ao INFOSEG (SINESP).
19.1. Na hipótese prevista neste item, é dispensado o comando dos códigos de ASE
043, 337 e 370.
Subseção IV
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE
21. A competência para o comando dos códigos de ASE 043 e 337 é do Juízo da Zona
Eleitoral a que estiver vinculada a inscrição.
22. O preenchimento dos campos dos códigos de ASE observará o disposto nas
Instruções para Utilização dos Códigos de ASE, do TSE, ou em norma que as alterar ou
substituir.
23. Antes de registrar o código de ASE determinado pelo Juízo Eleitoral, o Cartório
deverá verificar atentamente:
174
Provimento-CGE nº 18/2011, artigo 7º c/c o parágrafo único do artigo 11
151
I. o espelho do Cadastro, em especial o histórico ASE da inscrição (atenção às
datas de ocorrência e números de processos), para evitar os registros em
duplicidade; e
II. as sugestões de código de ASE e de complemento apresentadas pelo sistema
próprio, caso disponível tal funcionalidade.
24. Nas hipóteses em que a condenação criminal tiver decorrido da prática dos crimes
que ensejam inelegibilidade (vide Módulo XXIII)175, o Juiz Eleitoral determinará o
comando do código de ASE 337, motivo/forma 7 ou 8.
25. Existindo mais de uma condenação para a mesma pessoa e descartada a hipótese
de comunicação em duplicidade, deverá ser comandado um código de ASE 337 para
cada uma delas.
25.1. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverá constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo.
26. O comando dos códigos de ASE 043 ou 337 inativa os códigos de ASE 094 ou 442
eventualmente registrados no histórico da inscrição eleitoral que se refiram a eleições
ocorridas em data posterior à da condenação ou da conscrição.
27. Após o comando do código de ASE, o serventuário deverá realizar nova consulta ao
Sistema Elo, a fim de verificar se o registro foi realizado corretamente.
27.1. Tal providência é necessária em virtude de não ser possível identificar o registro
do código de ASE no histórico da inscrição na mesma tela em que foi realizado seu
lançamento.
175
Lei Complementar nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”, e demais diplomas legais aplicáveis
152
29. As comunicações eletrônicas serão arquivadas no sistema próprio, caso disponível
tal funcionalidade.
32. Caso tenha sido autuado processo para análise da comunicação, este deverá ser
mantido em arquivo corrente, após a juntada de espelho da consulta ao Cadastro
Nacional de Eleitores que comprove o registro do código de ASE específico.
32.2. O feito deverá ser mantido em arquivo corrente até que o Juízo tome
conhecimento da cessação do impedimento, por meio de comunicação ou
requerimento.
153
Capítulo II
DA PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS
33. A anotação da perda de direitos políticos será realizada exclusivamente pela CGE,
por meio comando do código de ASE 329 no histórico da inscrição eleitoral ou do
registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos.
154
Módulo XXII
DO RESTABELECIMENTO
E DA REAQUISIÇÃO
DOS DIREITOS POLÍTICOS
155
Módulo XXII
DO RESTABELECIMENTO E DA REAQUISIÇÃO
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Capítulo I
DO RESTABELECIMENTO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Seção I
DAS HIPÓTESES
Subseção I
DO RESTABELECIMENTO
POR EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
1.1. Nestes casos, a cessação do impedimento poderá ser comprovada por meio de176:
a) cópia da respectiva sentença judicial;
b) certidão do Juízo competente; ou
c) outro documento considerado apto pelo Juiz Eleitoral.
1.2. Para o registro do código de ASE 370, será exigida, tão somente, a comunicação da
extinção da punibilidade (mesmo nos casos envolvendo pena de multa), sem juízo
acerca da decisão.177
Subseção II
176
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “a”
177
Processo Administrativo (1298) 0604343-88.2017.6.00.0000 – Brasília – Distrito Federal
156
DO RESTABELECIMENTO POR CUMPRIMENTO
DE OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA OU
DE PRESTAÇÃO ALTERNATIVA
2.2.1. Neste caso, a cessação do impedimento poderá ser comprovada por meio de178:
a) Certificado de Reservista;
b) Certificado de Isenção;
c) Certificado de Dispensa de Incorporação;
d) Certificado do Cumprimento de Prestação Alternativa ao Serviço Militar
Obrigatório;
e) Certificado de Conclusão do Curso de Formação de Sargentos;
f) Certificado de Conclusão de Curso em Órgão de Formação da Reserva; ou
g) documentos similares considerados aptos pela CGE.
Subseção III
DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
3.1. Nestes casos, a cessação do impedimento poderá ser comprovada por meio de179:
a) cópia da respectiva sentença judicial;
b) certidão do Juízo competente; ou
c) outro documento considerado apto pelo Juiz Eleitoral.
178
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “b”
179
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “a”
157
Subseção IV
DA CONSCRIÇÃO
4.2.1. Caso não constem da comunicação os dados previstos neste item, deverá ser
solicitada a complementação das informações.
Subseção V
DO ESTATUTO DA IGUALDADE
5.2.1. Nestas hipóteses, o restabelecimento dos direitos políticos será comprovado por
meio de comunicação dos Órgãos supramencionados acerca da cessação do gozo de
direitos políticos em Portugal, na forma da lei181.
180
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “b”
158
5.2.2. De posse da documentação, o eleitor poderá apresentar RRI perante qualquer
Cartório Eleitoral, que providenciará sua remessa à CGE, por intermédio da CRE-DF.
Seção II
DO REGISTRO DO RESTABELECIMENTO DE DIREITOS POLÍTICOS
Subseção I
DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
Subseção II
DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
181
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 53, inciso II, alínea “c”
159
8.1.1. Nesta hipótese, o arquivamento poderá ser determinado pelo Chefe de Cartório,
sendo desnecessário o despacho do Juiz Eleitoral, por se tratar de documento com
informações já apreciadas pelo Juízo.
13. Caso seja localizado registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o
Cartório:
182
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 1º (com a redação dada pela pelo artigo 1º da Resolução-TSE nº 23.490/2016)
160
I. adotará as providências previstas nos itens 13.1, 13.2 ou 13.3, conforme a
hipótese; e
II. caso o eleitor deseje realizar operação de alistamento, procederá conforme
disposto nos itens 12 e 13 do Módulo XI.
13.1. Se a suspensão dos direitos políticos tiver sido anotada somente na Base de
Perda e Suspensão de Direitos Políticos e alguma das sequências do registro estiver na
situação “ATIVO”, a comunicação ou o requerimento de restabelecimento deverão ser
encaminhados à CRE-DF, para análise da pertinência de sua inativação.
13.2. Caso a suspensão dos direitos políticos tenha sido anotada somente na Base de
Perda e Suspensão de Direitos Políticos e todas as sequências do registro estejam na
situação “INATIVO”, a comunicação ou o requerimento de restabelecimento deverão
ser submetidos à apreciação do Juiz Eleitoral, para determinação:
I. do comando do código de ASE 540, nas hipóteses de inelegibilidade183,
conforme orientações constantes do Módulo XXIII (vide itens 21 e 22);
II. da adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
III. do arquivamento da comunicação na pasta “Restabelecimento de
Direitos Políticos” correspondente ou no sistema próprio.
Subseção III
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DA COMUNICAÇÃO OU DO REQUERIMENTO
183
Provimento-CGE nº 18/2011, artigo 7º c/c o parágrafo único do artigo 11
161
I. dados pessoais suficientes para a individualização do eleitor no
Cadastro; e
II. os dados necessários para o comando do respectivo código de ASE,
segundo o Manual vigente, elaborado pelo TSE; e
b. caso negativo, deverão ser adotadas as providências previstas nos itens 16 a
19.
162
I. o comando do código de ASE 540, nas hipóteses de inelegibilidade 184,
conforme orientações constantes do Módulo XXIII; e
II. o arquivamento da comunicação na pasta “Restabelecimento de Direitos
Políticos/Inscrição Eleitoral” correspondente ou no sistema próprio.
19.1. Na hipótese prevista neste item, é dispensado o comando dos códigos de ASE
043, 337 e 370.
Subseção IV
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE
21. Nas hipóteses em que a condenação criminal tiver decorrido da prática dos crimes
que ensejam inelegibilidade (vide Módulo XXIII)185, o Juiz Eleitoral determinará, ainda,
o comando do código de ASE 540.
22. A competência para o comando dos códigos de ASE 370 e 540 é do Juízo da Zona
Eleitoral a que estiver vinculada a inscrição.
23. Deverá ser comandado um código de ASE 370 para cada código de ASE 043 ou 337
registrado no histórico da inscrição eleitoral tão logo seja comprovada a cessação do
motivo que ensejou o lançamento de cada um deles.
24. O preenchimento dos campos dos códigos de ASE observará o disposto nas
Instruções para Utilização dos Códigos de ASE, do TSE, ou em norma que as alterar ou
substituir.
25. Antes de registrar o código de ASE determinado pelo Juízo Eleitoral, o Cartório
deverá verificar atentamente:
I. o espelho do Cadastro, em especial o histórico ASE da inscrição (atenção às
datas de ocorrência e números de processos), para evitar os registros em
duplicidade;
II. as sugestões de código de ASE e de complemento apresentadas pelo sistema
próprio, caso disponível tal funcionalidade; e
III. o código de ASE que deverá ser inativado, a fim de evitar a inativação do
registro incorreto.
184
Provimento-CGE nº 18/2011, artigo 7º c/c o parágrafo único do artigo 11
185
Lei Complementar nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”, e demais diplomas legais aplicáveis
163
25.1. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverá constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo.
26. Após o comando do código de ASE, o serventuário deverá realizar nova consulta ao
Sistema Elo, a fim de verificar se o registro foi realizado corretamente.
26.1. Tal providência é necessária em virtude de não ser possível identificar o registro
do código de ASE no histórico da inscrição na mesma tela em que foi realizado seu
lançamento.
Subseção V
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS
164
30.1. As pastas serão criadas à medida que o volume de comunicações e
requerimentos o exigir.
Capítulo II
DA REAQUISIÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
33. A reaquisição dos direitos políticos será registrada quando for comprovada a
cessação do motivo ensejador da perda dos direitos políticos.
165
Módulo XXIII
DA INELEGIBILIDADE E
DA INABILITAÇÃO PARA O
EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
166
Módulo XXIII
DA INELEGIBILIDADE E DA
INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Capítulo I
DA INELEGIBILIDADE
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE
DE REGISTRO DA INELEGIBILIDADE
2. Além disso, quando a condenação criminal tiver decorrido da prática de crime que
enseje inelegibilidade, o Juízo Eleitoral determinará o comando do código de ASE 337
em seus motivos/forma 7 ou 8, conforme a hipótese187.
2.2. Mesmo que a condenação tenha sido registrada pelo código de ASE 337 em seu
motivo/forma 2, a comunicação de extinção da punibilidade deverá ser analisada para
verificar se o crime cometido enseja inelegibilidade.
2.2.1. Caso positivo, deverá ser determinado o comando do código de ASE 540.
2.2.2. O Juiz Eleitoral poderá dispensar a correção do registro de código de ASE 337 nas
hipóteses em que o equívoco se resumir à utilização:
a) do motivo/forma 2 para crimes que ensejem inelegibilidade; ou
b) dos motivos/forma 7 ou 8 para crimes que não ensejem inelegibilidade.
2.2.3. A correção a que se refere o item 2.2.2 poderá ser dispensada desde que:
I. essa medida não interfira na situação eleitoral do interessado; e
II. o cabimento do registro da inelegibilidade seja analisado
independentemente do motivo/forma utilizado para comando do código de
ASE 337.
186
Lei Complementar nº 64/1990, alterada pela Lei Complementar nº 135/2010
187
Lei Complementar nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”, e outros diplomas legais aplicáveis
167
3. A existência de registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos – BPSDP
referente a crime que enseje inelegibilidade em situação “INATIVO” também indica a
necessidade de determinação do comando do código de ASE 540 no histórico da
inscrição eleitoral correspondente.
Seção II
SITUAÇÕES ENSEJADORAS
5.1. De acordo com o artigo 1º, § 4º, do mesmo diploma legal, não ensejam
inelegibilidade os crimes referidos neste item que sejam:
a) culposos; ou
b) de menor potencial ofensivo188 (vide itens 5.1.1 e 5.1.2).
5.1.1. Enquadram-se nesta hipótese os crimes com pena máxima prevista em lei não
superior a 02 anos.
7.1. Na hipótese prevista na alínea “a” deste item, a inelegibilidade será registrada tão
logo seja comprovada a extinção de punibilidade.
7.2. Na hipótese prevista na alínea “b” deste item, o Cartório Eleitoral, caso o Juiz
Eleitoral entenda pertinente, verificará:
I. se houve trânsito em julgado ou reforma da decisão condenatória
comunicada pelo órgão colegiado; e
188
Lei nº 9.099/1995, artigo 61
168
II. a situação do réu no Cadastro Nacional de Condenados por Ato de
Improbidade Administrativa e por Ato que Implique Inelegibilidade – CNCAI do
CNJ.
7.4.3. A medida prevista neste item só poderá ser dispensada por decisão expressa do
Juízo Eleitoral competente.
8. O registro código de ASE 540 deverá ser determinado tão logo o Juiz Eleitoral tome
conhecimento de situação ensejadora de inelegibilidade, conforme hipóteses previstas
neste Módulo.
Seção III
DO REGISTRO DA INELEGIBILIDADE
Subseção I
DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES
169
a) tal providência não tenha sido adotada por outra Unidade da Justiça Eleitoral
do DF; ou
b) inexista etiqueta original de protocolo no documento recebido em meio
físico.
Subseção II
DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES
11. Após o registro, serão realizadas as consultas necessárias para verificar se a mesma
informação foi recebida anteriormente, por meio de outra comunicação.
14. Caso a comunicação se refira a pessoa inscrita em outra Zona Eleitoral do Distrito
Federal, a documentação, original ou cópia devidamente protocolizada ou registrada,
deverá ser remetida diretarmente ao Juízo competente, via malote ou por meio do
sistema próprio.
170
III. a Zona Eleitoral à qual a inscrição eleitoral está vinculada.
Subseção III
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES
189
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 1º (com a redação dada pelo artigo 1º da Resolução-TSE nº 23490/2016)
190
LC nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”
171
a) caso positivo, o Cartório deverá, ainda, analisar se foram informados:
I. dados pessoais suficientes para a individualização do eleitor no
Cadastro; e
II. os dados necessários para o comando do respectivo código de ASE,
segundo o Manual vigente, elaborado pelo TSE; e
b) caso negativo, deverão ser adotadas as providências previstas nos itens 19 a
21.
172
22. Recebida comunicação de motivo ensejador de inelegibilidade com prazo prescrito,
o Juiz Eleitoral determinará o arquivamento da comunicação na pasta
“Restabelecimento de Direitos Políticos – Inelegibilidade” ou no sistema próprio.
22.1. Na hipótese prevista neste item, é dispensado o comando do código de ASE 540.
Subseção IV
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE
24. A competência para o comando do código de ASE 540 é do Juízo da Zona Eleitoral a
que estiver vinculada a inscrição.
25. O preenchimento dos campos dos códigos de ASE observará o disposto nas
Instruções para Utilização dos Códigos de ASE, do TSE, ou em norma que as alterar ou
substituir.
26. Antes de registrar o código de ASE determinado pelo Juízo Eleitoral, o Cartório
deverá verificar atentamente:
I. o espelho do Cadastro, em especial o histórico ASE da inscrição (atenção às
datas de ocorrência e números de processos), para evitar os registros em
duplicidade; e
II. as sugestões de código de ASE e de complemento apresentadas pelo sistema
próprio, caso disponível tal funcionalidade.
27.1. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverá constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo ou ato que tiverem gerado a inelegibilidade.
191
LC nº 64/1990, artigo 1º, inciso I, alínea “e”
173
28.1. Tal providência é necessária em virtude de não ser possível identificar o registro
do código de ASE no histórico da inscrição na mesma tela em que foi realizado seu
lançamento.
Subseção V
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS
33. Caso tenha sido autuado processo para análise da comunicação, este deverá ser
mantido em arquivo corrente, após a juntada de espelho da consulta ao Cadastro
Nacional de Eleitores que comprove o registro do código de ASE específico.
174
dados constantes da comunicação e aqueles registrados no Cadastro Nacional de
Eleitores.
Capítulo II
DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE
DE REGISTRO DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
34.1. As condenações por crimes com pena de inabilitação estão entre as hipóteses de
inelegibilidade previstas na Lei Complementar nº 64/1990, aliena “e”.
Seção II
DAS SITUAÇÕES ENSEJADORAS
35. A inabilitação para o exercício de função pública (código de ASE 515) está prevista
no artigo 52, parágrafo único, da Constituição Federal, bem como na Lei nº 4.898/1965
(Lei de Abuso de Autoridade).
Seção III
DO REGISTRO DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Subseção I
DO REGISTRO E DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES
Subseção II
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES
192
CRFB, artigo 52, parágrafo único / Lei nº 4.898/65 (Lei de Abuso de Autoridade)
175
III. data de nascimento;
IV. número do processo (quando decorrente de decisão judicial) ou do ato ou
processo (quando decorrente de julgamento pelo Poder Legislativo) em que foi
determinada a inabilitação, conforme a hipótese;
V. data do trânsito em julgado (quando decorrente de decisão judicial) da
decisão ou da decisão (quando decorrente de julgamento pelo Poder
Legislativo) que determinou a inabilitação, conforme a hipótese; e
VI. previsão legal.
39.1. Na hipótese prevista neste item, é dispensado o comando do código de ASE 515.
Subseção III
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE
41. A competência para o comando do código de ASE 515 é do Juízo da Zona Eleitoral a
que estiver vinculada a inscrição.
42.1. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverá constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo ou do ato, conforme a hipótese.
43. O registro do código de ASE 515 observará o disposto nos itens 25, 26 e 28.
Subseção IV
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS
176
Módulo XXIV
DO RESTABELECIMENTO
DA ELEGIBILIDADE
E DA REABILITAÇÃO PARA O
EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
177
Módulo XXIV
DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE
E DA REABILITAÇÃO PARA
O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Capítulo I
DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE REGISTRO
DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE
1.2. Caso considere ter cessado o impedimento com relação a todos os códigos de ASE
540 registrados no histórico da inscrição eleitoral do interessado, o Juiz Eleitoral
determinará o comando do código de ASE 558.
1.2.1. O comando do código de ASE 558 inativará todos os códigos de ASE 540
registrados no histórico da inscrição eleitoral193.
1.3. Caso reste código de ASE 540 cujo fato ensejador ainda não tenha sido extinto, o
Juiz Eleitoral determinará:
I. a notificação do interessado, caso se trate de requerimento de
restabelecimento da elegibilidade; e
II. o arquivamento do expediente.
Seção II
DO REGISTRO DO RESTABELECIMENTO DA ELEGIBILIDADE
Subseção I
DO REGISTRO DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
193
Provimento-CGE nº 6/2009 – Instruções para Utilização dos Códigos de ASE (Manual do ASE)
178
a) tal providência não tenha sido adotada por outra Unidade da Justiça Eleitoral
do DF; ou
b) inexista etiqueta original de protocolo no documento recebido em meio
físico.
Subseção II
DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
4.1.1. Nesta hipótese, o arquivamento poderá ser determinado pelo Chefe de Cartório,
sendo desnecessário o despacho do Juiz Eleitoral, por se tratar de documento com
informações já apreciadas pelo Juízo.
7.1. Se a comunicação tiver sido recebida em meio eletrônico, deverão ser registrados
em seu andamento no sistema próprio:
179
I. o número da inscrição eleitoral;
II. a situação em que se encontra a inscrição eleitoral; e
III. a Zona Eleitoral à qual a inscrição eleitoral está vinculada.
9.1. Se a suspensão dos direitos políticos que gerou a inelegibilidade tiver sido anotada
somente na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos e alguma das sequências
do registro estiver na situação “ATIVO”, a comunicação ou o requerimento de
restabelecimento de elegibilidade deverão ser encaminhados à CRE-DF, para análise da
pertinência de sua inativação.
9.2. Caso a suspensão dos direitos políticos que gerou a inelegibilidade tenha sido
anotada somente na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos e todas as
sequências do registro estejam na situação “INATIVO”, a comunicação ou o
requerimento de restabelecimento deverão ser submetidos à apreciação do Juiz
Eleitoral, para determinação:
I. da adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
II. do arquivamento da comunicação na pasta “Restabelecimento de
Direitos Políticos – Inelegibilidade” ou no sistema próprio.
9.3. Nas hipóteses em que a suspensão dos direitos políticos que gerou a
inelegibilidade tiver sido registrada no histórico da inscrição eleitoral e na Base de
Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o Cartório deverá:
194
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 51, § 1º (com a redação dada pela pelo artigo 1º da Resolução-TSE nº 23.490/2016
180
I. adotar as providências necessárias para o registro do restabelecimento da
elegibilidade no histórico da inscrição eleitoral; e
II. caso o registro da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos
permaneça ATIVO após a adoção dessa providência, encaminhar a
comunicação à CRE-DF, para análise da pertinência da inativação do referido
registro.
10. Caso a inelegibilidade não tenha sido registrada no histórico da inscrição eleitoral
nem tenha sido localizado registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos
Políticos/TSE, o Juiz determinará:
I. a adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
II. o arquivamento da comunicação na pasta “Restabelecimento de Direitos
Políticos – Inelegibilidade” ou no sistema próprio.
10.1. Nesta hipótese, é dispensado o comando dos códigos de ASE 540 e 558.
Subseção III
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES E DOS REQUERIMENTOS
181
b) caso negativo, deverão ser adotadas as providências previstas nos itens 14 a
16.
Subseção IV
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE
18. A competência para o comando do código de ASE 558 é do Juízo da Zona Eleitoral a
que estiver vinculada a inscrição.
182
19. O preenchimento dos campos dos códigos de ASE observará o disposto nas
Instruções para Utilização dos Códigos de ASE, do TSE, ou em norma que as alterar ou
substituir.
20. Antes de registrar o código de ASE determinado pelo Juízo Eleitoral, o Cartório
deverá verificar atentamente:
I. o espelho do Cadastro, em especial o histórico ASE da inscrição (atenção às
datas de ocorrência e aos números de processos), para evitar registros em
duplicidade; e
II. as sugestões de código de ASE e de complemento apresentadas pelo sistema
próprio, caso disponível tal funcionalidade.
21. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverão constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo ou da comunicação.
22. Após o comando do código ASE, o serventuário deverá realizar nova consulta ao
Sistema Elo, a fim de verificar se o registro foi realizado corretamente.
22.1. Tal providência é necessária em virtude de não ser possível identificar o registro
do código de ASE no histórico da inscrição na mesma tela em que foi realizado seu
lançamento.
23. Deverá ser lançado um único código de ASE 558 para registrar o restabelecimento
da elegibilidade com relação ao todos os códigos de ASE 540 constantes do histórico
da inscrição eleitoral.
Subseção V
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS
183
26. As comunicações e os requerimentos recebidos em meio físico serão arquivados
em pasta própria, acompanhados de espelhos da consulta ao Cadastro Nacional de
Eleitores que contenham o registro do respectivo código de ASE.
184
Capítulo II
DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE REGISTRO
DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
30.2. Caso considere ter cessado o impedimento com relação a todos os códigos de
ASE 515 registrados no histórico da inscrição eleitoral do interessado, o Juiz Eleitoral
determinará o comando do código de ASE 531.
30.2.1. O comando do código de ASE 531 inativará todos os códigos de ASE 515
registrados no histórico da inscrição eleitoral195.
30.3. Caso reste ASE 515 cujo fato ensejador ainda não tenha sido extinto, o Juiz
Eleitoral determinará:
I. a notificação do interessado, caso se trate de requerimento de reabilitação
para o exercício de função pública; e
II. o arquivamento do expediente.
Seção II
DO REGISTRO DA REABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Subseção I
DO REGISTRO E DA TRIAGEM DAS COMUNICAÇÕES
32. Caso seja localizado registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, o
Cartório:
I. adotará as providências previstas nos itens 32.1, 32.2 ou 32.3, conforme a
hipótese; e
II. caso o eleitor deseje realizar operação de alistamento, procederá conforme
disposto nos itens 12 e 13 do Módulo XI.
195
Provimento-CGE nº 6/2009 – Instruções para Utilização dos Códigos de ASE (Manual do ASE)
185
32.1. Se a condenação que gerou a inabilitação para o exercício de função pública tiver
sido anotada somente na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos e alguma das
sequências do registro estiver na situação “ATIVO”, a comunicação ou o requerimento
de reabilitação para o exercício de função pública deverão ser encaminhados à CRE-DF,
para análise da pertinência de sua inativação.
32.2. Caso a condenação que gerou a inabilitação tenha sido anotada somente na Base
de Perda e Suspensão de Direitos Políticos e todas as sequências do registro estejam
na situação “INATIVO”, a comunicação ou o requerimento de reabilitação deverão ser
submetidos à apreciação do Juiz Eleitoral, para determinação:
I. da adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
II. do arquivamento da comunicação na pasta “Reabilitação para o
Exercício da Função Pública” ou no sistema próprio.
32.3. Nas hipóteses em que a condenação que gerou a inabilitação tiver sido registrada
no histórico da inscrição eleitoral e na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos,
o Cartório deverá:
I. adotar as providências necessárias para o registro da reabilitação no histórico
da inscrição eleitoral; e
II. caso o registro da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos
permaneça ATIVO após a adoção dessa providência, encaminhar a
comunicação à CRE-DF, para análise da pertinência da inativação do referido
registro.
33. Caso a inabilitação para o exercício de função pública não tenha sido registrada no
histórico da inscrição eleitoral nem na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos,
o Juiz determinará:
I. a adoção das demais providências eventualmente pendentes; e
II. o arquivamento da comunicação na pasta “Reabilitação para o Exercício da
Função Pública” ou no sistema próprio.
33.1. Nesta hipótese, é dispensado o comando dos códigos de ASE 515 e 531.
Subseção II
DA ANÁLISE E DA INSTRUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES
186
II. filiação;
III. data de nascimento;
IV. número do processo da em que foi reconhecido o transcurso do prazo de
inabilitação (quando decorrente de decisão judicial) ou do processo ou
documento que comunicou a cessação da inabilitação (quando decorrente de
julgamento pelo Poder Legislativo); e
V. data do trânsito em julgado (quando decorrente de decisão judicial) ou data
da decisão (quando decorrente de julgamento pelo Poder Legislativo) que
reconheceu o transcurso do prazo de inabilitação.
Subseção III
DO REGISTRO DO CÓDIGO DE ASE
38. A competência para o comando do código de ASE 531 é do Juízo da Zona Eleitoral a
que estiver vinculada a inscrição.
39. A fim de evitar o registro de dois códigos de ASE para um mesmo motivo
ensejador, deverão constar do campo “complemento” do código de ASE o número
correto do processo ou da comunicação.
40. Deverá ser lançado um único código de ASE 531 para registrar o restabelecimento
da elegibilidade com relação ao todos os códigos de ASE 515 constantes do histórico
da inscrição eleitoral.
41. O registro do código de ASE 515 observará o disposto nos itens 19, 20 e 22.
Subseção IV
DO ARQUIVAMENTO DAS COMUNICAÇÕES E DOS PROCESSOS
187
43. Após a adoção da providência prevista no item 42, as comunicações de inabilitação
para o exercício de função pública serão transferidas da pasta em que se encontravam
para a pasta discriminada no inciso VI do item 27.
188
Módulo XXV
DA EXCLUSÃO E DA ALTERAÇÃO
DE CÓDIGOS DE ASE
189
Módulo XXV
DA EXCLUSÃO E DA ALTERAÇÃO DE CÓDIGOS DE ASE
Capítulo I
DAS SOLICITAÇÕES DE RETIFICAÇÃO
1. Caso seja constatado o registro de informação equivocada no histórico de inscrição
pertencente à Zona Eleitoral, o Juízo oficiará à CRE-DF, solicitando sejam adotadas as
providências necessárias para a retificação196.
2. O ofício deverá ser encaminhado por meio do SEI, acompanhado de seus anexos
(vide item 5) em arquivos no formato “.pdf”.
196
Ofício-Circular-CGE nº 14/2007
190
comunicação, inclusive dos dados do processo de conhecimento, nas hipóteses
em que houver informação somente dos dados do processo de execução; e
III. do espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores.
5.1. A documentação discriminada neste item deverá ser encaminhada mesmo nas
hipóteses de exclusão de código de ASE registrado:
a) em duplicidade; ou
b) para eleitor diverso daquele a que se referia a comunicação.
Capítulo II
DA COMPETÊNCIA PARA RETIFICAÇÃO
8. A alteração de informações sem a exclusão do código de ASE será realizada pela
CRE-DF.
197
Provimento-CGE nº 12/2001
191
Módulo XXVI
DA ALTERAÇÃO DE
DADOS CADASTRAIS DE ELEITORES
192
Módulo XXVI
DA ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS DE ELEITORES
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Em regra, a alteração de dados de eleitores constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores somente poderá ser realizada por meio de apresentação de RAE pelo próprio
eleitor.
Capítulo II
DAS ALTERAÇÕES DETERMINADAS
POR SENTENÇA JUDICIAL
2. A alteração de dados pessoais de cidadãos pode decorrer de sentença judicial
transitada em julgado.
2.1. Nessas hipóteses, a alteração poderá ser comunicada à Justiça Eleitoral pelo juízo
competente.
2.1.1. No DF, a maior parte das comunicações é encaminhada pela Vara de Registros
Públicos do Distrito Federal.
4. Nos casos em que não for possível localizar o eleitor no endereço constante do
Cadastro Nacional de Eleitores, o Juiz Eleitoral deverá encaminhar oficio à CRE-DF, por
meio do SEI, solicitando que a CGE realize as alterações necessárias no Cadastro
Nacional de Eleitores.
Capítulo III
DA ATUALIZAÇÃO DE DADOS
PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
5. O TSE poderá atualizar, mediante inclusão ou alteração, dados biográficos e
biométricos dos cidadãos que compõem o Cadastro Nacional de Eleitores, com
193
informações oriundas de bancos de dados geridos por órgãos públicos, inclusive da
Identificação Civil Nacional198.
5.1. A STI do TSE procederá à alteração dos registros dos eleitores para incluir o
número de seus CPFs, a partir dos dados recebidos da Secretaria da Receita Federal do
Brasil199.
198
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 2º, §§ 2º e 3º
199
Portaria-TSE nº 855/2017
194
Livro IV
195
Módulo XXVII
196
Módulo XXVII
DOS FEITOS EM GERAL
Capítulo I
DO PROTOCOLO, DO REGISTRO E DA AUTUAÇÃO
Seção I
DO PROTOCOLO
1.1. Sempre que possível, a etiqueta será afixada no canto superior direito do
documento, observado o espaço necessário para a aposição do carimbo destinado à
numeração da folha.
3.1. Os documentos deverão ser protocolizados tão logo sejam recebidos pelo Cartório
Eleitoral ou tal providência seja determinada pelo Juiz Eleitoral, o que ocorrer
primeiro.
197
Seção II
DO REGISTRO E DA AUTUAÇÃO
Subseção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
6.1. Esta providência poderá ser adotada pelo Chefe de Cartório ou por outro servidor
que tiver essa atribuição.
7. O ato de autuação será realizado de ofício pelo Cartório Eleitoral200, com a anotação
de todos os dados exigidos pelo SADP.
Subseção II
DAS PEÇAS INICIAIS COM PEDIDO LIMINAR
8. Caso exista na peça inicial algum pedido liminar, os autos deverão ser
imediatamente conclusos ao Juiz Eleitoral.
Subseção III
DAS CLASSES PROCESSUAIS
200
CPC, artigo 206
201
Resolução-TSE nº 22.676/2007 (com a redação dada pela Resolução-TSE nº 23.119/2009)
198
Apuração de Eleição AE 7 incidentes dos artigos 158 a
233 do CE, incluídas as
impugnações perante as
juntas eleitorais, previstas
no artigo 40, inciso II, do CE
Cancelamento de Inscrição CIE 101 cancelamentos por decisão
Eleitoral do Juiz Eleitoral, incluindo
os cancelamentos por óbito
Cartas Cart 102 cartas precatórias, de
ordem e rogatórias
Composição de Mesa Receptora CMR 103 ações de mesário faltoso,
nomeação de mesários e
reclamação contra a
composição de mesa
receptora
Descarte de Material DM 104 esta classe não será
utilizada no Distrito Federal
(vide Módulo XXXVII)
Duplicidade/Pluralidade de DPI 106 coincidências de inscrições
Inscrições (Coincidências) eleitorais
Embargos à Execução EE 13 irresignações do devedor
aos executivos fiscais
Execução Fiscal EF 15 cobrança de débitos
inscritos na dívida ativa
Execução Penal EP 107 acompanhamento das
penas restritivas de direito
Filiação Partidária FP 108 duplicidade de filiação
partidária, incidente de
filiação, listas especiais e
reversão de desfiliação
Habeas Corpus HC 16 artigo 5º, inciso LXVIII, da
CRFB
Habeas Data HD 17 artigo 5º, inciso LXXII, da
CRFB
Impugnação à Composição da ICJE 109 artigos 36, § 2º, e 39 do CE
Junta Eleitoral
Impugnação perante as Juntas IpJE 110 destina-se à apreciação das
Eleitorais dúvidas não decididas e dos
recursos interpostos
durante a votação, bem
como das impugnações e
dos demais incidentes
verificados durante os
trabalhos da apuração
199
Inquérito Inq 18 artigo 4º e seguintes do
CPP, incluídas as propostas
de transação penal dele
decorrente, bem como os
autos de prisão em
flagrante – APF
Inspeção Insp 111 inspeções determinadas
pelo Juiz ou pelo
Corregedor
Mandato de Segurança MS 22 CRFB, artigo 5º, incisos LXIX
e LXX
Notícia-crime NC 112 expedientes que
comunicam à autoridade
judiciária a ocorrência, em
tese, de infração penal (os
termos circunstanciados
deverão ser incluídos nesta
classe, bem como as
propostas de transação
penal deles decorrentes)
Petição Pet 24 pedidos que não tenham
classificação específica nem
sejam acessórios ou
incidentes de outro (artigo
3º, § 4º, da Resolução-TSE
nº 22.676/2007)
Prestação de Contas PC 25 contas anuais e de
campanha eleitoral dos
partidos políticos, além de
omissão na prestação de
contas
Processo Administrativo PA 26 matérias administrativas
encaminhadas por Juiz que
devam ser submetidos a
julgamento do Tribunal
Recurso/Impugnação de RIAE 113 recursos ou impugnações
Alistamento Eleitoral quanto ao deferimento ou
indeferimento de RAE
200
Regularização de Situação do RSE 115 restabelecimento de
Eleitor inscrições eleitorais
canceladas por equívoco,
reversão de operações de
alistamento realizadas por
equívoco, confirmação ou
correção de dados
cadastrais duvidosos,
expedição de certidão de
quitação eleitoral com
prazo de validade
indeterminado (o
restabelecimento de
inscrição eleitoral em
virtude de cessação da
suspensão dos direitos
políticos observará o
disposto nos Módulos XII ou
XIV, conforme a hipótese)
Representação Rp 42 representações,
reclamações e pedidos de
resposta previstos na Lei nº
9.504/1997
Sindicância Sind 116 procedimentos
investigatórios de
irregularidades
10. O registro na classe processual terá como parâmetro aquela indicada pela parte na
petição inicial, competindo ao Juiz Eleitoral determinar as adequações necessárias.
10.1. Se a classe informada pela parte não estiver de acordo com os parâmetros
apontados no item anterior, o Cartório deverá submeter a questão ao Juiz Eleitoral,
sugerindo-lhe a classe adequada, a fim de que este avalie a situação e determine a
reautuação, caso aplicável.
11.1. Nessa hipótese, deverá ser adotado o mesmo procedimento para todos eles.
201
Subseção IV
DOS REGISTROS NO SADP
12.1. A tabela “meio processual” não contém todas as matérias abrangidas pelas
classes de que trata o item 9.
13.2.1. O referido campo é apresentado na parte inferior da tela no SADP quando são
utilizadas as tabelas parametrizadas mencionadas acima.
14. Devem ser registrados, ainda, no momento da autuação, o nome completo, sem
abreviaturas:
I. de todas as partes (vide item 14.1); e
II. dos advogados mencionados nas procurações, com discriminação de seus
números de registro na OAB e dos Estados em que ocorreram tais inscrições.
15. Para evitar nulidades decorrentes de erros nas intimações, recomenda-se verificar,
pelo número da inscrição na OAB e pelo nome, se o advogado já foi registrado no
SADP.
15.1. Caso haja incorreção em algum dado, deverá ser solicitada a correção, a fim de
não duplicar o cadastro do advogado.
202
Subseção V
DA CAPA DOS AUTOS
16. As cores das capas dos autos deverão observar a tabela a seguir202.
202
Resolução-TSE nº 23.184/2009, anexo VI / Provimento-CGE nº 3/2010
203
Regularização de Situação do Eleitor RSE Bege
Representação RP Laranja
Sindicância Sind Branca
17.1.1. A geração do arquivo eletrônico contendo os dados da capa será realizada por
meio do SADP, com utilização da função “Emissão de Capa”.
18. A capa dos autos deverá ser subscrita pelo Chefe de Cartório.
19. Deverão ser anotados em local de destaque da capa dos autos, por meio da
aposição de etiqueta ou carimbo (vide itens 79 e 84 a 100):
I. o nome da autoridade impedida ou suspeita, caso haja impedimento ou
suspeição do Juiz ou de Membro do Ministério Público;
II. a atuação do MPE ou da Defensoria Pública no feito;
III. a expressão “SEGREDO DE JUSTIÇA”, nas hipóteses em que a tramitação do
feito for sigilosa;
IV. a expressão “PRESO”, nas hipóteses em que a parte estiver presa;
V. a expressão “ELEITO”, quando houver parte processual que tenha sido eleita;
VI. a expressão “PREFERÊNCIA”, quando a parte for maior de 60 anos ou
portadora de doença grave; e
VII. o nome do advogado que passar a atuar no feito, nas hipóteses de
substabelecimento.
19.1. Nas hipóteses previstas neste item, as ocorrências também deverão ser
registradas no SADP.
204
Subseção VI
DAS CONTRAFÉS
20. As contrafés serão acostadas à contracapa dos autos, onde permanecerão até o
ato de citação.
Seção III
DAS ALTERAÇÕES DA AUTUAÇÃO
21. Deverão ser realizadas as alterações necessárias na capa dos autos e em sua
autuação no SADP quando as hipóteses previstas no item 19 ocorrerem durante o
curso do processo.
Seção IV
DA AUTUAÇÃO RETROATIVA
22. A função “Autuação Retroativa” do SADP deverá ser utilizada nas situações em que
houver evidente indisponibilidade do referido sistema para a autuação na data real.
Seção V
DA REATUAÇÃO
23. A função “Reautuação” do SADP deverá ser utilizada quando houver necessidade
de mudança de classe processual, em razão de equívoco na autuação ou de
modificação do feito original.
24. A reautuação também deverá ser realizada quando se tratar de ação originária do
TRE-DF, cuja competência tenha sido declinada ao Juízo Eleitoral, devendo ser
alterados:
I. a natureza do feito, de “processo judiciário” para “processo zona”, mantendo
a mesma classe processual; e
II. o nome do magistrado.
205
25. Na hipótese de recebimento de processos de Juízos Eleitorais de outras Unidades
da Federação, por conflito de competência ou por outro motivo, o Cartório Eleitoral
deverá efetuar nova protocolização, registro e autuação.
25.1.1. Essa providência visa possibilitar a pesquisa tanto pelo número único de origem
quanto pelo da nova autuação.
Seção VI
DO CANCELAMENTO DA AUTUAÇÃO
Capítulo II
DA FORMAÇÃO E DA ALTERAÇÃO
DOS CADERNOS PROCESSUAIS
Seção I
DA NUMERAÇÃO DAS FOLHAS
28. As folhas dos autos deverão ser numeradas em ordem crescente, vedada a
utilização de registro alfa-numérico, devendo iniciar-se com o número 02203.
28.1. As capas serão sempre consideradas como a folha numero 01, sendo
desnecessária sua numeração.
29. A numeração das folhas dos autos deverá ser realizada após a aposição de carimbo
próprio ou em campo previamente impresso no canto superior direito da folha de que
constem identificação do Juízo Eleitoral.
203
CPC, artigo 207
206
31. Caso sejam verificados erro ou omissão na numeração de folhas de processos
provenientes de outros Órgãos, o Cartório procederá à:
I. correção da numeração; e
II. certificação da ocorrência.
32. Será mantida a numeração original das folhas dos processos oriundos de outros
Órgãos, prosseguindo-se com a sequência numérica existente, ainda que o processo
tenha sido reautuado.
33. Quando forem desentranhadas peças dos autos, não se procederá à renumeração
das folhas.
33.1. Nessa hipótese, deverão ser observadas as providências previstas nos itens 48 a
52.
Seção II
DOS VOLUMES DOS PROCESSOS
34.1. Entretanto, o volume poderá conter mais ou menos de 250 folhas se tal medida
for necessária para evitar que uma peça processual seja dividida ou separada de seus
documentos e anexos.
35. O encerramento e a abertura de novos volumes serão feitos de ofício pelo Chefe
de Cartório, que lavrará termos em folhas que serão regularmente numeradas.
37. Encerrado um volume dos autos, deverá ser aberto o volume seguinte na data em
que se fizer necessária a prática de novo ato processual.
38. A capa do novo volume deverá conter a indicação de seu número, além de todas as
informações contidas na capa do volume inicial, salvo quanto ao termo de registro e
autuação.
39. A primeira folha do novo volume deverá ser o respectivo termo de abertura,
devidamente assinado e datado pelo Chefe de Cartório.
40. As folhas do novo volume, inclusive o termo de abertura, deverão ser numeradas e
rubricadas dando continuidade à numeração do volume anterior e desconsiderando:
I. a contracapa do volume anterior; e
II. a capa do novo volume.
207
41. A abertura de novos volumes deverá ser registrada no SADP, procedendo-se à
atualização da autuação, com a indicação da quantidade de volumes da aba “Dados
Gerais”.
Seção III
DO ARMAZENAMENTO DE OBJETOS
42. Os materiais que, pela sua natureza ou volume, não possam ser juntados aos
autos, deverão ser acondicionados em caixas ou envelopes identificados com a
numeração do respectivo processo.
Seção IV
DO APENSAMENTO
43.1. Apenso é diferente de anexo, pois o anexo não constitui um processo, por não
possuir registro e autuação próprios.
208
45.1. O apensamento deverá ser certificado nos autos do processo que foi apensado e
nos autos do processo principal.
47. Se, por algum motivo, os autos forem desapensados, deverão ser lavradas as
respectivas certidões, em ambos os feitos.
Seção V
DO DESENTRANHAMENTO DE DOCUMENTOS
209
52.1. Para tanto, o serventuário do Cartório deverá:
I. selecionar o número do protocolo da documentação a ser desentranhada; e
II. clicar na funcionalidade “Desentranhar”; e
III. registrar a justificativa do desentranhamento (vide item 52.1.1).
52.1.1. Para tanto, deverão ser anotados o número do processo e o número das folhas
em que foi proferido o despacho que autorizou o desentranhamento.
Seção VI
DO DESMEMBRAMENTO DE AUTOS
53.1. O desmembramento deverá ser determinado pelo Juiz Eleitoral em despacho que
indique as partes que deverão constar de cada feito.
54.1. Deverão ser registradas no SADP apenas as partes a que se referem os autos
desmembrados.
Seção VII
DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS
55. A restauração ocorre nos casos de perda total ou parcial dos autos originais.
55.1. O procedimento para a restauração dos autos observará o previsto nos artigos:
a) 541 a 548 do CPP, para os processos criminais; e
210
b) 712 a 718 do CPC, para os demais feitos que tramitem no Juízo Eleitoral.
58.1. A autuação será realizada na mesma classe dos autos desaparecidos e originará
os autos restaurados.
Capítulo III
DO TRÂMITE PROCESSUAL
Seção I
DO TRÂMITE PROCESSUAL E DE SUA FISCALIZAÇÃO
59. Compete aos Juízes Eleitorais fiscalizar o trâmite dos processos nas Zonas
Eleitorais.
211
59.1. Para esse controle, o Chefe de Cartório deverá extrair mensalmente do SADP
relatório estatístico dos feitos judiciais e administrativos em trâmite e encaminhá-lo
para ciência do Juiz Eleitoral.
60. Entre as metas nacionais de nivelamento do Poder Judiciário, instituídas pelo CNJ,
encontra-se a identificação dos processos judiciais mais antigos e a adoção de medidas
concretas para que estes sejam julgados.
60.1. Assim, é recomendável que cada Zona Eleitoral realize o mapeamento dos
processos autuados há mais de 02 anos que ainda estejam em trâmite, no intuito de
imprimir maior agilidade à tramitação de tais feitos.
61. Todos os atos processuais, praticados por servidor ou pelo magistrado, deverão ser
registrados no SADP, de modo a manter as informações atualizadas para consulta
pelos interessados.
62. Deve ser considerado como período razoável para o trâmite dos feitos que
resultem em perda de mandato eletivo o prazo de 01 ano para tramitação em todas as
instâncias205.
204
REsp nº 960.280/RS, Relator Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 07/06/2011
205
Lei nº 9.504/1997, artigo 97-A
212
64. Expirado o prazo processual ou pendente alguma diligência por mais de 30 dias, o
Chefe de Cartório providenciará:
I. a certificação do fato nos autos; e
II. a conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral, caso o impulso processual dependa
de despacho do magistrado.
65. Nos períodos com excesso de trabalho nos Cartórios Eleitorais, em que se verifique
o acúmulo acentuado de tarefas decorrente de fatos imprevisíveis e se constate a
impossibilidade de cumprimento dos prazos legais, o Juiz Eleitoral poderá expedir
portaria determinando a suspensão do trâmite de processos/procedimentos
específicos.
65.1. Nesta hipótese, o trâmite dos processos e/ou procedimentos deverá ser
retomado imediatamente após o encerramento dos períodos apontados.
Seção II
DOS PRAZOS
66. A contagem dos prazos na Justiça Eleitoral se faz em dias corridos, ou seja, de
forma contínua, não interrompida por férias, domingos ou feriados.
66.1. Muito embora o artigo 219 do novo CPC tenha alterado o modo de contagem dos
prazos, para utilizar apenas os dias úteis no seu cômputo, o artigo 7º da Resolução-TSE
nº 23.478/2016 afastou expressamente a aplicação do referido dispositivo na Justiça
Eleitoral.
66.2. Os prazos máximos de 01 dia para conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral e de 05
dias para cumprimento de determinações judiciais, previstos no artigo 228 do CPC,
aplicam-se subsidiariamente aos processos administrativos que tramitem perante a
Justiça Eleitoral de primeira instância do Distrito Federal desde que haja
compatibilidade sistêmica206.
66.2.1. Entretanto, o serventuário deverá cuidar para que tais providências sejam
adotadas no menor prazo possível, com vistas a garantir a celeridade processual.
67. Exceto nos procedimentos criminais e nas hipóteses com regra específica, os
prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
68. O dia do começo e o dia do vencimento do prazo serão adiados para o primeiro dia
útil seguinte, se:
a) coincidirem com dia em que não houver expediente forense;
206
Resolução-TSE nº 23.478/2016
213
b) o expediente for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal; ou
c) houver indisponibilidade da comunicação eletrônica207.
69.1.1. É considerada como data de publicação no DJE o primeiro dia útil seguinte à
disponibilização do Diário.
71. Quando a parte estiver representada por advogado, a intimação dos atos
processuais será realizada na pessoa dele, por meio do DJE, salvo disposição em
contrário.
72. Quando o prazo for fixado em horas, a contagem será feita minuto a minuto211,
iniciando no minuto seguinte ao ato de citação notificação ou intimação.
207
CPC, artigo 224 e § 1º
208
CPC, artigo 231
209
CPC, artigo 257, inciso III
210
Lei nº 11.419/2006, artigo 4º, § 3º
211
CC, artigo 132, §4º
214
73. Se a lei fixar prazo em horas e a decisão ou o despacho for disponibilizado no DJE,
será utilizada a conversão em dias para efeito de contagem de prazo212.
73.1. A conversão não é aplicável em todos os casos, mas apenas quando não for
possível precisar o horário da notificação/intimação.
74. Quando o prazo for fixado em anos ou em meses, será contado do dia do início ao
dia correspondente do ano ou mês de vencimento.
76. Sempre que houver prazos comuns, o Chefe de Cartório deve atentar-se à ordem
de juntada de petições e documentos.
76.1. Deverá ser obedecida a sequência “autor – réu” na juntada, especialmente para
evitar alegação de nulidade processual.
78. Todos os atos e fatos relacionados aos prazos serão anotados no SADP, por meio
da fase/função “Registrar informações complementares”.
Seção III
DA MUDANÇA DE JUIZ ELEITORAL
79. Quando da assunção de novo Juiz Titular, deverá ser realizada a alteração do nome
do magistrado ao qual está vinculado o processo, por meio da funcionalidade
“Atualizar autuação”.
212
TSE, AgR-AI nº 858-76, Ministro Aldir Passarinho Júnior, Acórdão de 23/11/2010
213
STF e STJ (EDcl no AgRg no REsp nº 988887/SP e RE-AgR nº 540923/AM – AgRg nos EDcl no AREsp nº 442.316/PR)
215
79.2. A alteração provisória de Juiz Eleitoral, a título de férias, licenças e outros
afastamentos, não implica a atualização da autuação para alteração do nome do Juiz
Eleitoral.
Seção IV
DO CONFLITO DE COMPETÊNCIA
80.1. O conflito será positivo quando dois Juízos, Eleitorais ou de outro ramo da
Justiça, se considerarem competentes para processar e julgar a mesma ação.
80.2. O conflito será negativo quando dois Juízos, Eleitorais ou de outro ramo da
Justiça, se declararem incompetentes para processar e julgar a mesma ação.
82. O processo oriundo de Juízo que tenha se declarado incompetente passará a ter
tramitação normal se o Juízo destinatário se declarar competente.
83.1. Nessa hipótese, o Juiz deverá expedir ofício ao Órgão superior do Poder
Judiciário expondo suas razões, seguindo as regras previstas na Constituição Federal e
nos Códigos de Processo Civil ou Penal, conforme a hipótese.
83.1.1. Não é necessário que o ofício seja encaminhado via CRE-DF, devendo ser
encaminhado destinado diretamente:
a) ao TRE-DF, se o conflito se der entre dois Juízos Eleitorais do Distrito Federal;
b) ao TSE, se o conflito se der entre Juízos Eleitorais de Unidades da Federação
distintas; ou
c) ao STJ, caso o conflito envolva Justiça diversa da eleitoral.
216
III. das decisões proferidas; e
IV. dos demais documentos necessários à elucidação da questão.
Seção V
DA SUSPEIÇÃO E DO IMPEDIMENTO
86. Se o Juiz Eleitoral se declarar ou for declarado pelo Tribunal como suspeito ou
impedido, deixará de atuar no processo, que deverá ser encaminhado ao Juiz Eleitoral
Substituto.
Seção VI
DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA DEFENSORIA PÚBLICA
Seção VII
DO SEGREDO DE JUSTIÇA E DO SIGILO
214
CPC, artigos 144 a 148
215
CPC, artigos 144 a 148
216
CPP, artigos 104 e 258
217
89. Sempre que houver determinação legal (ex.: artigo 14, §11, da CRFB, e artigo 155
do CPC) ou o interesse social ou a defesa da intimidade exigirem o sigilo, tal condição
deverá ser:
I. assinalada no SADP; e
II. anotada na capa do processo, por meio da expressão "SEGREDO DE
JUSTIÇA".
89.1. No campo referente às partes devem constar apenas as iniciais dos nomes217.
90. Os autos dos inquéritos policiais e das notícias-crime deverão ser conclusos ao Juiz
Eleitoral, para análise da pertinência de decretação do sigilo do trâmite processual218.
93. Sempre que o Cartório Eleitoral enviar documentos de natureza sigilosa, deverá
embalar e lacrar os volumes de modo a não comprometer o segredo de justiça,
fazendo constar advertência expressa, de modo que o destinatário possa compreender
que se trata de documento sigiloso.
217
CRFB, artigo 14, § 11 / CPC, artigo 155
218
CRFB, artigo 5º, inciso LX / CPP, artigo 792
218
94. Se a decisão ou sentença contiver transcrição de documentos sigilosos ou de
quaisquer dados que comprometam o sigilo, somente será publicada a parte
dispositiva.
95.1 Quando o segredo tiver sido decretado em face de documento sigiloso juntado
aos autos, o sigilo em relação a este permanece, mesmo após o julgamento.
Seção VIII
DO RÉU PRESO
97. Quando o processo envolver réu, tal fato deverá ser anotado:
I. no SADP;
II. na capa dos autos, mediante a aposição de etiqueta ou carimbo com a
expressão “PRESO”; e
III. nos mandados expedidos para aquele processo.
Seção IX
DA PREFERÊNCIA
219
Lei nº 9.504/1997, artigo 97-A
220
CPC, artigo 1.048, inciso I
219
Seção X
DAS PARTES QUE TIVEREM SIDO ELEITAS
99. Quando houver parte processual que tiver sido eleita, tal fato deverá ser anotado:
I. no SADP;
II. na capa dos autos, mediante a aposição de etiqueta ou carimbo com a
expressão “ELEITO”; e
III. nos mandados expedidos para aquele processo.
Seção XI
DO SUBSTABELECIMENTO
Capítulo IV
DOS ATOS PROCESSUAIS,
DE SUA DOCUMENTAÇÃO E DE SEU REGISTRO
Seção I
DOS DOCUMENTOS
103. Os endereços físicos e eletrônicos dos Cartórios serão sempre consignados nos
ofícios, mandados, editais e outros atos que se expedirem.
221
Lei nº 9.504/1997, artigo 97-A
220
105.1.1. A portaria supramencionada terá validade enquanto perdurar o mandato do
magistrado ou até sua revogação expressa, o que ocorrer primeiro.
Seção II
DOS EQUÍVOCOS
NA DOCUMENTAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Subseção I
DAS COTAS MARGINAIS OU INTERLINEARES
107. É proibido lançar cotas ou anotações nas peças processuais, podendo, o Juiz
Eleitoral, inclusive, impor multa a quem as produziu222.
Subseção II
DOS ESPAÇOS EM BRANCO E DAS ENTRELINHAS, EMENDAS E RASURAS
Subseção III
DAS ANOTAÇÕES DE SEM EFEITO
222
CPC, artigo 202
223
CPC, artigo 211
221
Seção III
DAS CERTIDÕES PROCESSUAIS
112. As certidões serão datadas e assinadas pelo Chefe de Cartório e, no caso de seu
afastamento, pelo substituto, que fará menção dessa condição na certidão.
112.1. O Juiz Eleitoral poderá autorizar a subscrição de tal ato por outros servidores do
Cartório, por meio de portaria.
114. As certidões de distribuição de ações civis e criminais são expedidas apenas pela
CRE-DF.
115. As certidões de inteiro teor de processo, caso requeridas, deverão ser expedidas
pelo Cartório do Juízo Eleitoral perante o qual estiver tramitando o processo.
222
Seção IV
DOS TERMOS PROCESSUAIS
E DE SEUS FATOS GERADORES
Subseção I
DOS TERMOS
116. Termo é o documento escrito do ato processual que está sendo praticado, seja
ele:
a) oral (audiências, por exemplo); ou
b) de movimentação processual, tais como:
I. conclusão;
II. remessa;
III. vista;
IV. carga;
V. recebimento;
VI. juntada;
VII. arquivamento; ou
VIII. desarquivamento.
117. Os termos serão datados e assinados pelo Chefe de Cartório e, no caso de seu
afastamento, pelo substituto, que fará menção dessa condição no termo.
117.1. O Juiz Eleitoral poderá autorizar a subscrição de tal documento por outros
servidores do Cartório, por meio de portaria.
117.2. Os termos de conclusão, vista e remessa, por exigirem conferência dos autos,
deverão ser realizados preferencialmente pelo Chefe de Cartório.
118. Todos os termos lavrados nos autos serão registrados no SADP por meio da
fase/função “Registrar informações complementares”.
119. Os termos processuais poderão ser registrados nos autos por meio de carimbos,
etiquetas ou impressão direta.
Subseção II
DO RECEBIMENTO
223
121. Caso os autos retornem com algum documento acostado (decisão, parecer ou
cota ministerial, por exemplo) o Cartório providenciará:
I. o registro do recebimento do processo, na forma do item 120;
II. a protocolização do documento que se encontrava acostado aos autos; e
III. a juntada do documento aos autos, na forma prevista nos itens 144 a 150.
Subseção III
DA CONCLUSÃO
123. Os autos serão conclusos no prazo de 01 dia da data em que tiver sido cumprido o
ato processual anterior (vide item 123.1.)
124. Os autos deverão ser entregues ao Juiz Eleitoral na mesma data em que for
aposto o termo.
125. A conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral deverá ser registrada no SADP por meio da
fase/função “Registrar informações complementares”.
Subseção IV
DA VISTA
126. O termo de vista destina-se à remessa dos autos ao MPE quando determinado
pelo Juiz Eleitoral ou em cumprimento a disposição legal.
127. A vista dos autos ao MPE deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função
“Registrar informações complementares”.
128. Os autos deverão ser enviados ao órgão do Ministério Público na mesma data em
que for aposto o termo.
129. A vista dos autos ao MPE deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função
“Registrar informações complementares”.
224
129.1. Deverão ser registradas no SADP todas as demais informações referentes à
conclusão dos autos.
Subseção V
DA REMESSA
132. A remessa dos autos será registrada no SADP por meio das funções:
a) “Enviar”, quando se destinar a outras unidades vinculadas ao TRE-DF; ou
b) “Expedir sem solicitação”, nas demais hipóteses.
Subseção VI
DA CARGA
134. É direito do advogado ter vista de processo em Cartório, bem como retirar autos
de processo findo, pelo prazo de 10 dias, mesmo sem procuração224.
134.1. Esta regra não se aplica aos processos que tramitam em segredo de justiça.
136. Durante a fluência de prazo comum para a manifestação das partes, a carga dos
autos somente ocorrerá em conjunto ou mediante ajuste prévio.
224
Estatuto da OAB, artigo 6º, inciso XVI
225
136.1. Neste período, os autos poderão ser retirados para produção de cópias pelo
prazo de 02 a 06 horas.
136.1.2. No período eleitoral, a carga dos autos para obtenção de cópias no curso de
prazo comum será permitida:
I. automaticamente pela serventia pelo prazo de 02 horas; e
II. havendo pedido de extensão (até o limite de 06 horas), mediante
deliberação da autoridade judiciária226.
139. O servidor que der carga dos autos deverá colher a assinatura do advogado em
termo de carga, a ser impresso no momento do registro da carga no SADP.
139.1. O termo de carga ficará armazenado no Cartório até a devolução dos autos.
143. Sempre que detectado que houve excesso de prazo, o Juiz Eleitoral poderá
determinar sua imediata devolução, sob pena de:
a) determinação de busca e apreensão; ou
b) expedição de mandato de exibição e entrega de autos.
225
CPC, artigo 107, § 3º
226
Resolução TSE nº 23.478/2013
226
Subseção VII
DA JUNTADA
148. Os documentos soltos apresentados pelas partes, antes de serem juntados aos
autos, serão:
a) colados em folhas brancas, tamanho A4, se menores que essa medida; ou
b) dobrados no formato A4, se maiores que essa medida.
149. O Cartório Eleitoral deverá extrair clipes ou grampos metálicos dos documentos
antes de juntá-los aos autos.
227
149.1. Tal medida se faz necessária em virtude de que o metal utilizado na fabricação
desses objetos tende a manchar os documentos e deteriorar os autos com o tempo.
Subseção VIII
DAS AUDIÊNCIAS
154.1. Essa medida visa garantir que haja tempo hábil para:
a) o saneamento das falhas eventualmente existentes; ou
b) a comunicação do fato ao Juiz Eleitoral, para determinação das providências
julgadas cabíveis.
228
XI. número da inscrição eleitoral.
155.1. De posse desses dados, o servidor poderá iniciar a elaboração dos termos
previstos no item 156.
157. Usualmente, os termos de audiência são ditados pelo Juiz Eleitoral e conterão:
I. resumo dos fatos ocorridos durante a audiência; e
II. decisões eventualmente proferidas durante a audiência.
158.1. As partes ou testemunhas deverão ser qualificadas nos termos com os dados
mencionados no item 155.
159. Considerando que, até o momento, o SADP não foi adequado para o controle do
cumprimento das metas estabelecidas pelo CNJ, o registro das audiências realizadas
nos processos judiciais e nos procedimentos administrativos deverá observar as
orientações constantes do item 160.
159.1. Os registros de que tratam esta Seção serão utilizados para o preenchimento do
Relatório de Produtividade dos Magistrados.
229
I. selecionar a opção “audiência realizada”; e
II. incluir os termos lavrados em decorrência da audiência.
Seção V
DAS DILIGÊNCIAS
Seção VI
DOS MANDADOS
230
168. É recomendável que o mandado seja cumprido em prazo não superior a 20 dias,
com um mínimo de 03 dias de antecedência da data de eventual audiência, salvo
redução determinada pelo Juiz Eleitoral ou resultante do rito procedimental.
169. Os mandados serão cumpridos por oficial de justiça ou encaminhados por via
postal.
170. Caso seja necessário o uso de força policial para o cumprimento do mandado, o
Juiz Eleitoral deverá solicitar tal providencia à PMDF.
172. O TRE-DF celebrou convênio com o TJDFT para o cumprimento dos mandados por
oficiais de justiça daquele Tribunal.
175. O mandado devolvido será imediatamente juntado aos autos, acompanhado de:
a) certidão; ou
b) Aviso de Recebimento – AR, conforme o caso.
231
175.2. As cópias que instruem o mandado não deverão ser juntadas aos autos quando
da devolução deste.
Seção VII
DO HORÁRIO DE REALIZAÇÃO
DOS ATOS PROCESSUAIS
176. Salvo disposição em contrário, os atos processuais deverão ser realizados em dias
úteis (de segunda a sábado, inclusive), das 6 às 20 horas.
176.1. Os atos processuais poderão ser concluídos após esse horário se seu adiamento
puder causar prejuízo227.
Seção VIII
DOS LIVROS E DAS PASTAS
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
177.1. Os livros poderão ser formados por folhas soltas, mantidas em pasta própria,
para encadernação, em capa dura, quando atingirem 250 folhas.
179. Todas as folhas dos livros obrigatórios e facultativos serão rubricadas pelo Chefe
de Cartório imediatamente após a abertura deste ou sua inserção na pasta
mencionada no item 177.1.
227
CPC, artigo 212, caput e §1º
232
e) borrões; ou
f) entrelinhas.
180.1. Caso ocorra alguma das hipóteses previstas neste item, deverão ser realizadas
as devidas ressalvas, de forma legível e autenticada.
Subseção II
DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS
184.1. O registro no Livro será realizado por meio de Termo de Multa Eleitoral.
228
Resolução-TSE nº 21.975/2004 / Portaria-TSE nº 288/2005
233
XVII. informações sobre eventual parcelamento do débito;
XVIII. assinatura do Chefe de Cartório; e
XIX. observações.
184.1.2. Os campos a que se referem os incisos XIII e XIV deverão ser preenchidos nas
hipóteses em que o inadimplemento tiver sido comunicado à Procuradoria da Fazenda
Nacional em razão de se tratar de multas:
a) de valor superior a R$ 1.000,00229; ou
b) de qualquer valor, quando referentes a processos criminais.
Subseção III
DOS LIVROS FACULTATIVOS
186.1. Não obstante, caso o Juiz Eleitoral ou o Chefe de Cartório, para melhor
organização do serviço, entenda necessário, poderá manter sua utilização pela
serventia.
234
Capítulo V
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Seção I
DA CITAÇÃO
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
188. A citação é a comunicação que se faz ao réu ou interessado de que contra ele foi
ajuizada uma ação, para que, querendo, defenda-se.
191. A citação para integrar a relação processual será feita pessoalmente ao réu ou ao
seu representante legal ou procurador legalmente autorizado, mediante:
a) carta com AR (mãos próprias); ou
b) mandado.
192. O Cartório deverá realizar a citação, assim como os demais atos processuais, pela
forma menos onerosa ao erário.
Subseção II
DA CITAÇÃO POR VIA POSTAL
194. A citação pela via postal poderá ser realizada para pessoa domiciliada em
qualquer Zona Eleitoral do País, dispensada a expedição de carta precatória.
235
Subseção III
DA CITAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS
195. A citação das pessoas jurídicas (partidos, jornais, empresas de pesquisa etc) será
realizada na pessoa de seus representantes legais (aqueles designados pelo respectivo
estatuto).
195.1. Contudo, quando se tratar de carta com AR, não se exigirá a assinatura pessoal
do representante legal da pessoa jurídica.
195.1.1. Isso porque, de acordo com a teoria da aparência, é valida a citação via postal,
com AR, efetivada no endereço da pessoa jurídica e recebida por pessoa que, ainda
que sem poder expresso para tanto, a assina sem fazer qualquer objeção imediata.
Subseção IV
DA CITAÇÃO POR FAC-SÍMILE
Subseção V
DA CITAÇÃO POR HORA CERTA
198.1. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será
válida a intimação de que trata este item feita a funcionário da portaria responsável
pelo recebimento de correspondência.
199.1. Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das
razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado.
199.2. A citação por hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o
vizinho que tiver sido intimado:
a) esteja ausente; ou
b) embora presente, se recuse a receber o mandado.
231
CPC, artigos 252 a 254
236
199.3. Na hipótese prevista neste item constarão da certidão do oficial de justiça:
I. as 02 tentativas de localização do réu;
II. a razão de sua ausência;
III. a data e hora da citação por hora certa; e
IV. o nome da pessoa que recebeu a contrafé.
199.3.1. A certidão do oficial de justiça deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.
199.4. Realizada a citação nestes termos, o Chefe de Cartório encaminhará uma carta
ao réu, dando-lhe de tudo ciência232.
Seção II
DAS INTIMAÇÕES
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Subseção II
DA INTIMAÇÃO PELA IMPRENSA OFICIAL
232
CPC, artigo 254
237
Subseção III
DA INTIMAÇÃO PELOS CORREIOS
203. O Chefe de Cartório acompanhará com regularidade a devolução dos ARs das
cartas postadas no correio, providenciando para que sejam juntados aos autos,
imediatamente após devolvidos, dando início à contagem do prazo.
203.1. A juntada do AR aos autos deverá ser imediatamente registrada no SADP, por
meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.
Subseção IV
DA INTIMAÇÃO EM CARTÓRIO
204. Quando a intimação for realizada em Cartório, serão certificados nos autos:
I. a data e o horário da intimação; e
II. o nome da pessoa intimada.
Subseção V
DA INTIMAÇÃO POR HORA CERTA
205. A intimação poderá ser efetuada com hora certa, com observância do previsto
nos itens 194 e 195233.
Subseção VI
DA INTIMAÇÃO POR EDITAL
206. Em regra, a intimação por edital somente será realizada quando frustradas as
demais formas de intimação.
Subseção VII
DA INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO,
DA DEFENSORIA PÚBLICA E DA FAZENDA NACIONAL
207.1. Nestas hipóteses, o Cartório deverá fazer a remessa física dos autos:
a) ao Ministério Público, lavrando o respectivo termo de vista; ou
b) à Defensoria Pública ou à Fazenda Nacional, lavrando os respectivos termos
de remessa.
233
CPC, artigo 275, §2º
238
207.2. A remessa dos autos para intimação deverá ser imediatamente registrada no
SADP.
Subseção VIII
DA INTIMAÇÃO DE DIRETÓRIOS PARTIDÁRIOS
208.1. Se houver advogado constituído nos autos, as intimações serão realizadas por
meio de publicação no DJE, salvo se houver:
a) outra forma prevista em lei; ou
b) expressa determinação judicial em sentido diverso.
208.1.1. Deverão constar das intimações realizadas por meio do DJE, sob pena de
nulidade:
I. o nome do partido político;
II.o documento ou o processo a que se refere; e
III. o nome do advogado constituído.
208.2. Caso não haja advogado constituído nos autos ou se configurem as hipóteses
previstas nas alíneas do item 208.1, a intimação será realizada:
a) pelo correio;
b) por meio de mandado; ou
c) por meio de publicação de edital no DJE, caso não seja possível realizar a
intimação pelas formas previstas nas alíneas “a” e “b” deste subitem.
208.2.3. Não será exigida a assinatura pessoal do intimado quando a intimação for
encaminhada para o endereço constante nos assentamentos da Justiça Eleitoral por
meio de:
a) postagem pelo correio com AR; ou
b) mandado.
234
Resolução-TSE nº 23.328/2010
239
208.3. Caso seja necessário intimar diretório partidário zonal que não esteja
regularmente constituído (ex.: vigência expirada) ou cujo representante não seja
localizado, o Cartório providenciará a intimação do representante:
a) zonal com representação nos autos (ainda que com vigência expirada), para
ciência da decisão;
b) regional, para ciência da decisão e/ou da irregularidade da situação do
diretório zonal; e/ou
c) nacional, para ciência da decisão e/ou da irregularidade da situação dos
diretórios zonal e regional (vide 208.3.1).
Seção III
DA PUBLICAÇÃO DE ATOS JUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS
Capítulo VI
DAS SENTENÇAS E DECISÕES
Seção I
DO RECEBIMENTO DOS AUTOS COM SENTENÇA OU DECISÃO
240
III. intimará as partes, para fins de contagem de prazo recursal, caso aplicável;
IV. procederá à juntada física do original aos autos, numerando as folhas,
dispensada a lavratura de termo de juntada;
V. digitalizará a sentença ou decisão assinada pelo magistrado;
VI. registrará a sentença ou decisão no SADP, na forma prevista na Seção II
deste Capítulo; e
VII. certificará nos autos o registro da sentença ou decisão no SADP.
213. A intimação das partes observará as formas previstas nos itens 200 a 208.
Seção II
DO REGISTRO DE SENTENÇAS E DECISÕES NO SADP
214. Considerando que, até o momento, o SADP não foi adequado para o controle do
cumprimento das metas estabelecidas pelo CNJ, o registro das decisões proferidas nos
processos judiciais e nos procedimentos administrativos deverá observar as
orientações constantes do item 215.
214.1. Os registros de que tratam esta Seção serão utilizados para o preenchimento do
Relatório de Produtividade dos Magistrados.
215.1. O registro das decisões e sentenças no SADP deverá ser realizado por meio da
fase/função "Registrar despacho/decisão Zona".
235
CPC, artigo 203, § 2º
241
III. anexar cópia digital da sentença ou decisão devidamente assinada pelo Juiz
Eleitoral; e
IV. preencher o campo “editor de texto” com as informações:
a) “sentença em anexo”; ou
b) “decisão em anexo”, conforme a hipótese.
Capítulo VII
DOS RECURSOS EM GERAL
216. Os recursos eleitorais, em regra, serão interpostos no prazo de 03 dias da
publicação do ato, resolução ou despacho, salvo disposição legal em contrário236.
220. Após a adoção das providências previstas no item anterior, os autos serão
conclusos ao Juiz Eleitoral.
221. Nas hipóteses previstas no CPC, são admissíveis os embargos de declaração, que
interrompem o prazo para a interposição de recurso240.
236
CE, artigo 258
237
CE, artigo 216
238
CE, artigo 257, § 2º
239
LC nº 64/1990, artigo 15
240
CE, artigo 275 (com a redação dada pela Lei nº 13.105/2015)
242
222.1. Assim, ainda que o recurso seja apresentado a destempo, ou não sejam
preenchidos os demais requisitos legais, a parte recorrida será intimada a apresentar
suas contrarrazões.
223. Juntadas as contrarrazões ou certificado o decurso do prazo, será dada vista dos
autos ao MPE, com posterior remessa ao TRE-DF.
224. Caso o Ministério Público não seja parte, o representante do MPE local poderá
decidir não se manifestar, haja vista a necessária intervenção da Procuradoria Regional
Eleitoral perante o segundo grau241.
225. Quando houver mais de um autor ou réu nos mesmos autos e não for interposto
recurso por todos eles, o magistrado poderá determinar a formação de autos
suplementares para a continuidade da execução em relação àqueles que não
recorreram.
225.2.1. Assim, é possível que a sentença já produza os seus efeitos ainda que não
tenha ocorrido o seu trânsito em julgado.
Capítulo VIII
DA REMESSA DE PROCESSO AO TRE-DF
EM RAZÃO DE RECURSO
226. O Chefe de Cartório conferirá as folhas dos autos que serão remetidos ao TRE-DF
para apreciação de recurso, verificando a numeração e suprindo as omissões, inclusive
quanto a atos processuais eventualmente pendentes.
241
Acórdão TSE nº 15759
243
227.1. Os termos de remessa emitidos pelo SADP contêm listagem de todos os anexos
do processo.
Capítulo IX
DO RETORNO DOS AUTOS DO TRE-DF
APÓS JULGAMENTO DE RECURSO
228. Ao receber autos do TRE-DF, o Chefe de Cartório:
I. lavrará termo de recebimento e conferência de folhas;
II. registrará o recebimento do protocolo no SADP;
III. procederá:
a) à reautuação do feito na classe original, por meio da função
"Reautuação" no SADP; ou
b) caso se trate de pedido autuado e apreciado pelo TRE-DF (ex.: agravo
de instrumento, recurso em sentido estrito, cautelar etc), ao
apensamento do feito ao processo de competência da Zona Eleitoral a
que se referir; e
IV. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral, para ciência e outras providências
cabíveis à espécie, tais como:
a) ciência do MPE e arquivamento; ou
b) cumprimento da decisão de segundo grau, dentre outras.
Capítulo X
DO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
229. Não há uma regra própria com relação à participação do MPE nos feitos eleitorais.
229.1. Assim, a abertura de vista ao órgão ministerial deverá ocorrer sempre que
houver interesse público242.
Capítulo XI
DO TRÂNSITO EM JULGADO
230. Trânsito em julgado é o momento a partir do qual uma decisão não pode mais ser
modificada por meio de recurso.
242
CPC, artigos 178, 179 e 279
244
231. A decisão transita em julgado assim que esgotado todos os prazos recursais, tanto
para as partes quanto para o Ministério Público.
231.1. Decorrido o prazo do recurso sem manifestação das partes, o Cartório deverá:
I. lavrar a certidão de trânsito em julgado;
II. realizar o respectivo registro no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Trânsito em Julgado”; e
III. adotar as providências determinadas na decisão (cancelamento de inscrição,
anotação no rol de culpados, notificação para pagamento de multa etc).
Capítulo XII
DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS EM GERAL
232. Concluída a prestação jurisdicional e havendo despacho determinando o
arquivamento do feito, o Chefe de Cartório, depois de cumpridas as providências
determinadas na sentença ou decisão:
I. lavrará termo de arquivamento;
II. anotará na capa dos autos, de forma legível, o número correspondente da
caixa ou maço de arquivo em que será armazenado o processo;
III. registrará o arquivamento no SADP, por meio da fase/função “Arquivar no
Arquivo Local"; e
IV. arquivará os autos na caixa ou maço indicados em sua capa.
233. Os processos deverão ser mantidos em arquivo pelo prazo estabelecido no artigo
55 da Resolução-TSE nº 21.538/2003 e na Resolução-TRE/DF nº 6.198/2007 (Tabela de
Temporalidade de Documentos).
245
234.1. Caso ocorra apensamento ou aumento de volumes que impossibilite a
acomodação na mesma caixa, serão os autos arquivados em novas caixas, observando-
se a seqüência numérica do arquivo e procedendo-se às devidas anotações.
246
Módulo XXVIII
DO PROCEDIMENTO CRIMINAL
247
Módulo XXVIII
DO PROCEDIMENTO CRIMINAL
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Conceitua-se como crime eleitoral a prática de uma conduta típica prevista na lei
penal eleitoral como ilícita.
1.1. Assim, somente haverá crime se houver lei prévia definindo o ato praticado como
crime.
4.1. Assim, a competência será definida com base no local em que foi cometida a
infração e não com base no domicílio eleitoral do infrator.
5. A Polícia Federal exercerá, com prioridade sobre suas atribuições regulares, a função
de polícia judiciária em matéria eleitoral245.
5.1. Se, no local da infração, não existir órgão da Polícia Federal, a Polícia Estadual terá
atuação supletiva.
243
CE, artigo 364
244
CPP, artigo 69
245
Resolução- TSE nº 22.376/2006
248
6.1. A Lei mencionada neste artigo:
I. estabelece normas para a organização e a manutenção de programas
especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas;
II. institui o Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas
Ameaçadas; e
III. dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham
voluntariamente prestado efetiva colaboração à investigação policial e ao
processo criminal.
6.2. Tais processos terão prioridade na tramitação, devendo ser anotada na capa dos
respectivos autos a expressão “Preferencial”.
Capítulo II
DA APLICAÇÃO DA LEI Nº 9.099/1995
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
8.1. A imediata comunicação do fato é necessária para fins de inclusão nos sistemas
informatizados de antecedentes criminais.
246
Lei nº 9.099/1995, artigo 76
247
Lei nº 9.099/1995, artigo 89
249
11. Se a condição imposta para a concessão do benefício for o pagamento de valores a
uma instituição beneficente, o recolhimento poderá ser realizado por meio:
a) da abertura de conta vinculada ao Cartório Eleitoral; ou
b) de depósito efetuado diretamente na conta indicada pela instituição
beneficiada, com posterior comprovação perante o Cartório Eleitoral.
14. Incumbe ao Cartório certificar nos autos sempre que tiver conhecimento do
descumprimento de benefício concedido, fazendo imediata conclusão ao Juiz Eleitoral.
Seção II
DA TRANSAÇÃO PENAL
16. Nas contravenções penais e nos crimes a que a lei comine pena máxima não
superior a 02 anos, o MPE poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de
direitos ou de multa, a ser especificada na proposta, para o que deverá ser designada
audiência.
16.1.1. Tais medidas, desde que aceitas, poderão consistir em prestação pecuniária ou
de outra natureza (medicamentos, alimentos etc) e prestação de serviços à
comunidade.
250
II. registrar a concessão do benefício no SADP, por meio da fase/função
“Registrar Informações Complementares”;
III. proceder ao lançamento do código de ASE 388 no histórico da inscrição
eleitoral do interessado, mediante determinação judicial; e
IV. acompanhar a execução, nos próprios autos, até o cumprimento.
16.3.1. Ainda que a transação não tenha sido homologada pelo Juiz Eleitoral
(homologação postergada para após o cumprimento da medida), a concessão do
benefício deverá ser comunicada à CRE-DF.
16.3.3. A transação penal não gerará efeitos civis, sua aceitação não importa em
reconhecimento de responsabilidade e não constará de certidão de antecedentes
criminais, salvo quando requisitada por autoridade judiciária ou pelo Ministério
Público248.
20. Caso o réu não cumpra as condições impostas no acordo, o MPE poderá retomar a
persecução penal com o oferecimento da denúncia ou a requisição de inquérito
policial, uma vez que a decisão mencionada no item 17 não faz coisa julgada
material251.
248
Lei nº 9.099/1995, artigo 76, §§ 4º e 6º
249
Lei nº 9.099/1995, artigo 76, § 5º
250
Enunciado nº 48 do Fórum Nacional dos Juizados Especiais – FONAJE
251
Súmula Vinculante nº 35 do STF
251
Seção III
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
21. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 01 ano, o MPE
poderá propor a suspensão condicional do processo ao oferecer a denúncia, pelo
prazo de 02 a 04 anos, devendo ser designada audiência para tanto.
Capítulo III
DOS PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
Seção I
DO FLAGRANTE
252
a) da concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança, quando a lei a
admitir;
b) da manutenção da prisão, quando presentes os pressupostos da prisão
preventiva, sempre por decisão fundamentada e observada a legislação
pertinente (vide item 25.1); ou
c) do relaxamento da prisão ilegal (vide item 25.2).
25.2. Caso o Juiz Eleitoral detecte irregularidades nas formalidades da prisão, o MPE
será cientificado255.
25.3. A decisão deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função “Registrar
despacho/decisão Zona”.
27.1. O andamento deverá ser registrado no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.
Seção II
DA NOTÍCIA-CRIME
Subseção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
28. A notícia-crime, também denominada notitia criminis, ocorre quando são levadas
ao conhecimento de qualquer autoridade competente para a persecução penal
(Delegado de Polícia, Juiz de Direito ou Promotor de Justiça) informações sobre a
prática de alguma infração penal, para a adoção das providências legais cabíveis.
28.1. A notícia-crime pode ser apresentada contra qualquer pessoa, seja física ou
jurídica.
29. Compete ao Juiz Eleitoral tomar conhecimento das reclamações que lhe forem
feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as
providências que cada caso exigir256.
255
Resolução CNJ nº 66/2009, artigo 1º, §3º
253
30. A classe processual “Notícia-crime – NC” abrange:
I. o procedimento investigatório criminal (PIC);
II. a notícia-crime propriamente dita; e
III. o termo circunstanciado de ocorrência.
Subseção II
DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL (PIC)
31.1. O PIC tem como finalidade apurar a ocorrência de infrações penais de natureza
pública, servindo como preparação e embasamento para o juízo de propositura, ou
não, da respectiva ação penal”257.
34. Após, o Chefe de Cartório fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral.
Subseção III
DA NOTÍCIA-CRIME PROPRIAMENTE DITA
35. Qualquer pessoa que tiver conhecimento da existência de infração penal eleitoral
deverá comunicá-la, verbalmente ou por escrito, ao Juiz Eleitoral259.
36. Comunicada verbalmente, o Juiz Eleitoral mandará reduzi-la a termo, assinado pelo
apresentante e por 02 testemunhas260.
256
CE, artigo 35, inciso V
257
Resolução-CNMP nº 13/2006, artigo 1º
258
CPP, artigo 28 / Resolução-CNMP nº 13/2006, artigo 15, parágrafo único
259
CE, artigo 356, caput
260
CE, artigo 356, parágrafo único
254
39. As informações sobre antecedentes criminais serão obtidas:
I. na Justiça Eleitoral;
II. na Justiça Federal, junto ao Ofício Distribuidor;
III. na Justiça do Distrito Federal, junto ao Ofício do Distribuidor Criminal ou às
Varas de Execuções Penais; e
IV. no Instituto de Identificação do Distrito Federal.
40. Restituídos pelo MPE, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral para:
a) análise das diligências solicitadas pelo Parquet; ou
b) determinação de arquivamento, conforme o caso.
Subseção IV
DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (TCO)
42. Nos casos de crimes de menor potencial ofensivo em que a lei comine pena
máxima não superior a 02 anos ou multa, a delegacia de polícia lavrará Termo
Circunstanciado de Ocorrência (TCO) em substituição ao inquérito policial.
46. Em seguida, será aberta vista dos autos ao MPE, a fim de que o órgão ministerial
requeira as providências que entender cabíveis, inclusive a designação de audiência
para a propositura de transação penal ou de suspensão condicional do processo.
255
49. Havendo homologação da proposta de transação penal ou de suspensão
condicional do processo, deverá ser observado o regramento previsto no Capítulo II.
Seção III
DO INQUÉRITO POLICIAL
Subseção I
DO TRÂMITE DO INQUÉRITO
51.1. O inquérito policial não é processo, mas sim peça instrutória, preparatória, de
cunho informativo, destinada a fornecer à acusação elementos que possibilitem a
propositura da ação penal.
56. O sigilo dentro do inquérito policial ocorrerá apenas quando houver determinação
da autoridade policial nesse sentido262.
261
CPP, artigo 5º
262
CPP, artigo 20
256
56.1. Na intimação de indiciado representado por advogado por meio do DJE, o Juiz
Eleitoral verificará a necessidade de manter o sigilo quanto ao nome do indiciado.
56.2. Caso tenha sido decretado o sigilo, deverá ser assinalada no SADP, a opção
“SEGREDO DE JUSTIÇA”.
56.2.1. Caso o sigilo não tenha sido registrado oportunamente, não há necessidade de
despacho judicial para a retificação da autuação.
57. Após, o Cartório verificará se há indiciado preso e, caso positivo, anotará a situação
na capa dos autos e no SADP.
60. Se requerida dilação de prazo, pela autoridade policial, o Cartório fará vista dos
autos ao MPE independentemente de despacho do Juiz Eleitoral.
Subseção II
DA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO
257
b) considerar improcedentes as razões invocadas pelo MPE para o
arquivamento do inquérito e determinar a remessa dos autos à Procuradoria
Regional Eleitoral263.
63.1. Todas essas movimentações deverão ser registradas no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.
64. Caso tenha sido oferecida denúncia e/ou solicitada a designação de audiência para
a apresentação de proposta de suspensão condicional do processo ou de transação
penal, serão adotadas as providências previstas:
a) nos itens 7 a 15, 16 a 20 e/ou 21 a 24; e/ou
b) no Capítulo IV, conforme a hipótese.
Capítulo IV
DA AÇÃO PENAL
Seção I
DA DENÚNCIA
65. Os inquéritos concluídos sem incidentes seguirão o rito previsto nos itens 61 a 64.
263
CPP, artigo 28
258
71. Caso haja a interposição de recurso, o Cartório deverá observar o disposto nos
itens 112 a 125.
Seção II
DA CITAÇÃO
72. A citação do réu far-se-á, em regra, por meio de mandado, do qual constarão264:
I. o nome do Juiz Eleitoral;
II. o nome do querelante, nas ações iniciadas por queixa;
III. o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;
IV. a residência do réu, se for conhecida;
V. o fim para que é feita a citação;
VI. o Juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;
VII. a subscrição do Chefe de Cartório; e
VIII. a rubrica do Juiz Eleitoral.
73. Sendo verificado que o réu se oculta para não ser citado, a ocorrência será
certificada para fins de citação por hora certa, conforme previsto nos itens 197 e 199
do Módulo XXVII.
74. Se o réu estiver em circunscrição diversa, a citação deverá ser realizada por meio
de carta precatória, conforme regramento previsto no Módulo XXX.
75. A citação de militar deverá ser realizada por meio de ofício, por intermédio do
chefe do respectivo serviço.
75.1. Esta prática decorre da tradição de hierarquia e disciplina a que os militares estão
vinculados.
77. Se o acusado, citado, não apresentar defesa no prazo legal ou não constituir
defensor, o Cartório:
I. certificará o fato; e
264
CPP, artigo 352
259
II. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral, para nomeação de defensor dativo
para oferecer a resposta.
77.1. A lavratura da certidão deverá ser registrada no SADP, por meio da fase/função
“Registrar Informações Complementares”.
Seção III
DAS INTIMAÇÕES
79. As regras válidas para as citações serão aplicáveis, no que couber, às intimações de
acusados, testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de
qualquer ato processual.
80. Se o acusado estiver representado por advogado, a intimação será feita por meio
do DJE.
81. Se não houver advogado constituído, a intimação poderá ser por AR ou por
mandado, considerando:
I. se o endereço é ou não abrangido pela entrega dos correios; e
II. os custos de cada uma das diligências.
260
83. A intimação do MPE e a do defensor nomeado serão pessoais, com remessa dos
autos265.
84. Tratando-se de denúncia contra funcionário público, o dia designado para seu
comparecimento em juízo será notificado:
I. ao denunciado; e
II. ao chefe do respectivo Órgão, salvo se o servidor estiver afastado.
85.1. A requisição deverá ser registrada no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.
Seção IV
DOS PRAZOS
87. Aplicam-se as disposições constantes dos itens 66 a 78 do Módulo XXVII aos prazos
processuais penais, com a observância de que estes, ao contrário daqueles, correrão
da intimação266, e não da juntada aos autos do AR, mandado ou precatória.
88. O prazo para defesa do réu citado por edital começará a fluir a partir do
comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído, oportunidade em
que lhe será entregue cópia de todo o processo.
88.1. O fato deverá ser registrado no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.
89. Enquanto não comparecer o acusado citado por edital ou o defensor respectivo,
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional267.
89.1. A suspensão e seus motivos deverão ser registrados no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.
265
CPP, artigo 370, § 4º
266
CPP, artigo 798, § 5º / Súmula nº 710 do STF
267
CPP, artigo 366
261
90. Segundo entendimento jurisprudencial, no caso de intimação do réu e de seu
defensor dos termos da sentença, o prazo recursal fluirá da última intimação268.
90.1. Assim, para a certificação do transcurso do prazo recursal in albis (caso aplicável),
deverá ser considerado como dia inicial do prazo aquele em que foi concluída a última
intimação.
90.1.1. A certidão de transcurso do prazo deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.
Seção V
DA SENTENÇA
Seção VI
DA INTIMAÇÃO DA SENTENÇA
92. A intimação da sentença será realizada na forma prevista nos artigos 390 a 392 do
CPP.
268
STJ, HC nº 98.644/BA, de 27/05/2008
262
95.1.1. A expedição do mandado de prisão deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.
98. Nas hipóteses de intimação por meio de edital, o prazo para a apelação fluirá após
o término daquele fixado no edital, salvo se, no curso deste, a intimação se realizar por
qualquer outra forma.
Seção VII
DOS RECURSOS
Subseção I
DOS RECURSOS EM GERAL
101. Quando houver mais de um autor ou réu nos mesmos autos e não for
apresentado recurso por todos eles, será necessária a formação de autos
269
CPC, artigo 392, §1º
263
suplementares para a continuidade da execução em relação àqueles que não
recorreram (vide itens 53 e 54 do Módulo XXVII).
Subseção II
DO RECURSO CRIMINAL
105. Ato contínuo, o apelado será intimado para oferecer as contrarrazões em até 10
dias.
106.1. A intimação deverá ser certificada nos autos e registrada no SADP por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.
270
CE, artigo 362
271
CE, artigo 266, caput
272
CPP, artigo 587
273
Recursos Eleitorais, 2º Edição, 2016, página 274
274
Direito Eleitoral, 9ª Edição, página 669
264
a) determinação de intimação do réu para nomear outro advogado, sob
pena de nomeação de defensor dativo; ou
b) se o defensor já era dativo, nomeação de outro para apresentar as
contrarrazões.
107.1. O Cartório deverá certificar as ocorrências previstas neste item nos autos e
registrá-las no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.
109. Havendo assistente de acusação habilitado, esse será intimado para arrazoar, no
prazo de 03 dias, após tê-lo feito o representante do MPE275.
110. Adotadas as providências supra, o Cartório fará rigorosa conferência dos autos,
verificando se:
I. há pendências a serem solucionadas;
II. as folhas estão devidamente numeradas;
III. constam dos autos os termos necessários (juntada, remessa, recebimento,
vista, conclusão etc);
IV. os referidos termos estão devidamente preenchidos e subscritos; e
V. o SADP está atualizado de acordo com a movimentação processual que os
autos receberam fisicamente.
Subseção III
DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
275
CPP, artigo 600, § 1º
265
II. a certidão de sua intimação; e
III. o termo de interposição.
113.3.1. Deverão ser certificados nos autos e registrados no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”:
I. a extração das cópias; e
II. o prazo em que esta foi realizada.
113.4. Formado o instrumento, será aberta vista dos autos ao recorrente para a sua
apresentação, no prazo de 02 dias.
113.4.1. A abertura de vista dos autos deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.
113.5.2. O instrumento não deverá ser registrado no SADP por meio da fase/função
“Registrar Recurso”.
114. As hipóteses em que o recurso subirá nos próprios autos encontram-se previstas
no artigo 583 do CPP.
114.1. Se o recurso subir nos autos principais, a petição será protocolizada e registrada
no SADP como recurso vinculado a estes.
114.1.1. Nesta hipótese, a juntada do recurso aos autos deverá ser registrada no SADP
por meio da fase/função “Registrar Recurso Zona”.
276
Súmula nº 115 do STJ
266
I. do recorrente para apresentação das razões do recurso (vide item
117); e
II. do recorrido para apresentação das contrarrazões (vide item 120).
118. Caso ocorra o transcurso do prazo sem a apresentação das razões, o fato deverá
ser certificado nos autos e registrado no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.
120. O Cartório deverá intimar o recorrido para contrarrazoar o recurso tão logo:
a) sejam apresentadas as razões; ou
b) seja certificado o transcurso in albis do prazo para a apresentação das
razões.
267
123.1. Se as partes estiverem representadas por advogado, a intimação deverá ser
realizada por meio do DJE.
123.2. A intimação deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.
124. A parte recorrida poderá, se for o caso, recorrer da decisão reformadora por
simples petição, que também será protocolizada, registrada e juntada aos autos.
Seção VIII
DO TRÂNSITO EM JULGADO
126. A decisão transita em julgado assim que se esgota o prazo recursal para todas as
partes envolvidas no processo.
277
CE, artigo 362
278
CRFB, artigo 15, inciso III
268
a) pela própria serventia; ou
b) se o condenado for eleitor de outra Zona Eleitoral, mediante
comunicação ao Juízo competente;
II. comunicação à CRE-DF para fins de inclusão no sistema de antecedentes;
III. cálculo da multa eventualmente aplicada e notificação do réu para
pagamento no prazo de 30 dias; e/ou
IV. expedição da guia de execução, dentre outras.
129. Extinta a punibilidade, pelo cumprimento da pena ou por outra causa legal, e
transcorrido o prazo de 05 dias279, o Cartório Eleitoral:
I. certificará o trânsito em julgado da sentença;
II. comunicará o fato à CRE-DF;
III. providenciará o registro dos códigos de ASE 337 e 540 no histórico da
inscrição eleitoral do interessado280:
a) pela própria serventia; ou
b) se o interessado for eleitor de outra Zona Eleitoral, mediante
comunicação ao Juízo competente; e
IV. adotará as demais providências determinadas pelo Juiz Eleitoral.
129.1. Todos os atos executados pelo Cartório para cumprimento das determinações
contidas na sentença deverão ser:
I. documentados ou certificados nos autos; e
II. registrados no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.
Seção IX
DA EXECUÇÃO DA SENTENÇA
Subseção I
DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA
130. Quando a sentença de mérito for absolutória, será expedido mandado de soltura
do réu, se ainda estiver preso.
279
CPP, artigo 586
280
CRFB, artigo 15, inciso III
269
Subseção II
DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
131.1. A expedição da guia deverá ser registrada no SADP por meio da fase/função
“Registrar Informações Complementares”.
Subseção III
DA PERDA DE BENS EM FAVOR DA UNIÃO
132. Caso haja a perda de bens em favor da União282, serão seguidas as disposições
constantes dos artigos 118 e seguintes do CPP, dentre elas:
I. os bens que forem instrumentos do crime serão:
a) inutilizados pelo Cartório Eleitoral; ou
b) recolhidos a museu criminal, se houver interesse na conservação dos
objetos283; e
II. os bens adquiridos com os proventos do delito serão levados a leilão, nos
termos dos artigos 122 e 133 do CPP (vide item 132.1).
132.1.1. As regras a serem seguidas para efetuar o leilão são as constantes do CPC, em
especial as dos artigos 886 e seguintes, cabendo ao Juiz Eleitoral designar data para a
sua realização.
132.1.2. Após a venda dos bens em leilão, os valores arrecadados serão recolhidos em
favor do Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN.
Subseção IV
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
133. Nos casos de sentença ou acórdão condenatório, se o réu já estiver preso, o Juiz
Eleitoral determinará a expedição de guia de recolhimento do réu para a execução da
pena, que obedecerá aos requisitos do artigo 106 da Lei de Execução Penal.
133.2. A expedição da guia de recolhimento deverá ser registrada no SADP, por meio
da fase/função “Registrar Informações Complementares”.
281
LEP, artigo 173
282
CP, artigo 91, inciso II
283
CPP, artigo 124
270
133.3. O recibo será juntado aos autos, realizando-se os registros necessários no SADP,
por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.
134. Ocorrendo prisão em flagrante, deverá ser observado o previsto nos itens 25 a 27.
135.1. Caso o réu se encontre na circunscrição do Juízo Eleitoral, deverá ser expedido
mandado dirigido à autoridade policial competente para o cumprimento, dele
constando:
I. a indicação da pessoa a ser presa, por meio de:
a) seu nome;
b) sua alcunha; ou
c) seus sinais característicos;
II. a infração penal que tiver motivado a prisão; e
III. o valor da fiança arbitrada, quando a infração for afiançável.
135.2. Quando o réu estiver em território sujeito à jurisdição de outro Juízo Eleitoral,
deverá ser expedida carta precatória para o cumprimento do ato.
135.2.1. A expedição da carta precatória deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.
136. Quando se tratar de pena restritiva de liberdade, não será necessária a autuação
de processo da classe Execução Penal – EP pelo Cartório Eleitoral, haja vista que a
execução das penas privativas de liberdade será realizada no juízo de execuções penais
da Justiça Comum.
271
137. Os autos do processo crime permanecerão no Juízo responsável pela condenação,
a fim de possibilitar a instrução de eventuais:
a) habeas corpus;
b) pedidos de revisão criminal; ou
c) cobranças de custas e de penas de multa, dentre outros.
Subseção V
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
140. Apesar de não haver determinação na LEP, deverá ser expedida guia de execução
para o cumprimento das penas restritivas de direito.
142. No caso de prestação de serviços, deverão ser designados dia e hora para a
realização de audiência admonitória.
284
Súmula nº 192 do STJ
272
143.1. O Cartório Eleitoral deverá:
I. juntar cópia do ofício aos autos; e
II. registrar a expedição do ofício no SADP, por meio da fase/função “Registrar
Informações Complementares”.
Subseção VI
DA PENA PECUNIÁRIA
145.1. A adoção das providências previstas neste item deverá ser registrada no SADP,
por meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.
Seção X
DO HABEAS CORPUS
285
CP, artigo 49, § 2º
286
CRFB, artigo 5º, inciso LXVIII
273
II. registrado no SADP; e
III. levado à apreciação do Juiz Eleitoral.
147.1. A autuação do habeas corpus só deverá ser realizada após o retorno do pedido
despachado.
148. Caso o Juiz Eleitoral defira o habeas corpus liminarmente, o Cartório Eleitoral,
dentre outras providências determinadas na decisão:
I. expedirá alvará de soltura;
II. intimará a autoridade coatora, que deverá ser ouvida em 24 horas;
III. lavrará certidão circunstanciada acerca da realização das diligências
excepcionalmente determinadas pelo Juiz Eleitoral por serem consideradas
imprescindíveis para a elucidação dos fatos; e
IV. fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral.
148.1. A decisão do Juiz Eleitoral deverá ser registrada no SADP por meio da
fase/função “Registrar despacho/decisão Zona”.
149. Se o habeas corpus tiver sido impetrado no próprio Tribunal e for recebido ofício
ou comunicação eletrônica solicitando informações ao Juiz Eleitoral, o Cartório deverá:
I. protocolizar e registrar a solicitação no SADP, caso pendente tal providência;
e
II. contatar imediatamente o Juiz Eleitoral e repassar o documento ao
magistrado.
274
Seção XI
DA LIBERDADE PROVISÓRIA
150. A liberdade provisória por crimes inafiançáveis será concedida pelo Juiz Eleitoral,
após a manifestação do MPE287.
152.1. Caso seja exigida a prestação de fiança, o alvará será lavrado após o seu
adimplemento.
153.1.1. O Cartório deverá colher a assinatura do acusado na via do termo que será
juntada aos autos.
153.1.2. A entrega e a juntada do termo aos autos deverão ser registradas no SADP por
meio da fase/função “Registrar Informações Complementares”.
Seção XII
DA FIANÇA
287
CPP, artigo 310
288
CPP, artigo 322, caput
289
CPP, artigo 322, parágrafo único
275
154.1. Para tanto, os documentos pertinentes deverão ser à autoridade policial.
155. Nos casos em que for estabelecida durante o processo-crime, a fiança será
tomada por meio de termo lavrado pelo Cartório Eleitoral290 e assinado:
I. pelo acusado;
II. pela pessoa que prestar a fiança291; e
III. pelo Juiz Eleitoral.
155.2. O Cartório deverá juntar o termo ao processo ou extrair certidão para juntada
aos autos.
155.2.1. A adoção dessas providências deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”.
155.3. O acusado e a pessoa que prestar a fiança serão notificados a respeito das
obrigações e sanções legais por meio do próprio termo de fiança ou de termo em
separado.
156.1. Deverá ser aberta uma conta bancária para cada réu ou indiciado.
157. O Chefe de Cartório lavrará termo de reforço de fiança sempre que assim for
determinado pelo Juiz Eleitoral, em razão de:
a) insuficiência do valor fixado;
b) depreciação dos bens; ou
c) inovação na classificação do delito292.
157.1. A decisão do Juiz Eleitoral deverá ser registrada no SADP, por meio da
fase/função “Registrar despacho/decisão Zona”.
290
CPP, artigo 327
291
CPP, artigo 329
292
CPP, artigo 340
276
II. metade do saldo será recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN;
e
III. o restante será devolvido a quem prestou a fiança.
160. Se o réu for condenado e não tiver ocorrido perda nem quebra de fiança:
I. serão deduzidos os encargos processuais e as custas; e
II. o saldo será devolvido a quem prestou a fiança.
161. Deverão ser certificados nos autos e registrados no SADP, por meio da
fase/função “Registrar Informações Complementares”:
I. o cálculo do saldo da fiança prestada;
II. a destinação dada ao seu valor total; e
III. a devolução da fiança, mediante recibo nos autos.
Seção XIII
DA APREENSÃO DE OBJETOS
162. Os materiais apresentados que, por sua natureza ou por seu volume, não possam
ser juntados aos autos, deverão ser identificados com etiqueta contendo:
I. o número do processo;
II. os nomes das partes;
III. o número do inquérito, se for o caso; e
IV. a delegacia de origem, caso aplicável.
162.1. A identificação dos materiais e o local onde foram armazenados deverão ser:
I. anotados na capa dos autos;
II. certificados nos autos; e
III. registrados no SADP, por meio da fase/função “Registrar Informações
Complementares”.
163. Caso sejam apreendidas armas de fogo, deverá ser observado o disposto na
Resolução-CNJ nº 134/2011.
Seção XIV
DA RESTITUIÇÃO DE OBJETOS
293
CP, artigo 91
277
166. A legislação processual penal é omissa em relação à restituição de bens
apreendidos no curso de processo em que ocorreu suspensão condicional ou
transação penal.
166.1. Nestas hipóteses, caberá ao Juiz Eleitoral avaliar o pedido de restituição dos
bens apreendidos.
Seção XV
DO DEPÓSITO DE VALORES
168.2. A abertura da conta deverá ser solicitada por meio da expedição de ofício ao
banco.
294
Resolução-CNJ nº 154/2012, artigo 1º
295
Lei nº 9.703/1998
296
CPP, artigo 331
278
Módulo XXIX
DA EXECUÇÃO FISCAL
E DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
279
Módulo XXIX
DA EXECUÇÃO FISCAL E DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Título I
DA EXECUÇÃO FISCAL
Capítulo I
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. A cobrança das multas eleitorais inscritas em Dívida Ativa da União serão feitas por
processo de execução fiscal297, que é regido pela Lei nº 6.830/1980, denominada Lei de
Execução Fiscal – LEF, e, subsidiariamente, pelo CPC.
5. O valor arrecadado com o pagamento das multas eleitorais inscritas em Dívida Ativa
da União é destinado ao Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
(Fundo Partidário)299 300.
Capítulo II
DA COMPETÊNCIA
6. O processamento e o julgamento de ação de execução fiscal são da competência do
Juízo Eleitoral do domicílio do devedor.
297
CE, artigo 367, incisos III e IV
298
Súmula nº 189 do STJ
299
Lei nº 9.096/1995
300
Resolução-TSE nº 21.975/2004, artigo 1º
280
Capítulo III
DA AUTUAÇÃO
8. A autuação dos processos de execução fiscal observará o disposto no Capítulo I do
Módulo XXVII.
10. Após a autuação na classe Execução Fiscal – EF, o servidor deverá verificar se a
inicial está acompanhada de:
I. certidão da dívida ativa (CDA);
II. relação de codevedores, se for o caso; e
III. cópia (contrafé) para acompanhar a carta ou o mandado de citação.
Capítulo IV
DO ARRESTO
13. O arresto de caráter executório é o ato que, anteriormente à citação do executado,
promove a constrição judicial dos bens do devedor para a garantia do crédito da
exequente302.
15. Não serão arrestados bens insuscetíveis de constrição judicial por força do artigo
833 do CPC e da Lei nº. 8.009/1990.
16. Arrestados bens sujeitos a registro, deverá ser observado o disposto nos itens 53 a
55.
17. Caso necessário, o arresto poderá ser feito pelo Juiz Eleitoral, por meio do sistema
BacenJud.
301
LEF, artigo 6º, §§ 1º e 2º
302
CPC, artigo 830
281
18. Caso o oficial de justiça, na realização de suas diligências, suspeite que o executado
esteja se ocultando para frustrar a citação e:
I. tenha conhecimento da existência de bens, procederá ao arresto dos que
encontrar.
II. não tenha conhecimento da existência de bens do executado para a
realização do arresto, certificará as diligências realizadas e devolverá o
mandado ao Cartório.
22. Se o executado não for localizado por se encontrar em lugar incerto e não sabido
(vide itens 29 e 30), o oficial de justiça fará certidão circunstanciada e procederá a
devolução do mandado ao Cartório.
Capítulo V
DA CITAÇÃO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
23. Caso haja determinação do Juiz Eleitoral, o Cartório citará o executado para, no
prazo de 05 dias:
a) pagar a dívida com os juros, multa de mora e encargos indicados na Certidão
de Dívida Ativa – CDA; ou
b) garantir a execução.
303
CPC, artigo 830, §1º
282
a) carta de citação com AR, se a Fazenda Pública não a requerer por outra
forma304;
b) mandado de citação, penhora e avaliação; ou
c) carta precatória, na hipótese prevista no item 23.1, meio pelo qual deverão
ser realizados todos os demais atos relativos à citação.
25.1. Os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral se, nesse prazo, o executado:
a) efetuar o pagamento ou informar que o realizou;
b) noticiar o parcelamento; ou
c) garantir a execução (vide item 25.1.2).
Seção II
DA CITAÇÃO PELO CORREIO
304
LEF, artigo 8º, inciso I
305
LEF, artigo 8º, inciso II
283
Seção III
DA CITAÇÃO POR MANDADO
27.2.1. Em caso de suspeita de ocultação, deverá ser realizada a citação por hora certa,
conforme disposto nos itens 197 a 199 do Módulo XXVII.
Seção IV
DA CITAÇÃO POR EDITAL
29. A citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas as tentativas de
citação:
I. pelo correio; e
II. por oficial de justiça306.
306
Súmula nº 414 do STJ
284
VI. certificará nos autos a não manifestação após o decurso do prazo, se for o
caso; e
VII. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral.
Capítulo VI
DA INTIMAÇÃO OU NOTIFICAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA
31. As intimações ou notificações da Fazenda Pública serão pessoais e com a entrega
dos autos307.
Capítulo VII
DA PENHORA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
34. Se, adotadas as providências previstas nas Seções II e III deste Capítulo, verificar-se
que inexistem bens penhoráveis, o exequente poderá requerer a suspensão da
execução até que sejam localizados bens do executado308.
34.1. Deferida a suspensão pelo Juiz Eleitoral e decorrido o prazo sem manifestação da
exequente, o Cartório:
I. certificará o transcurso do prazo; e
II. fará os autos conclusos ao Juiz Eleitoral, que ordenará o arquivamento dos
autos.
307
Lei nº 11.033/2004, artigo 20 / LEF, artigo 25
308
LEF, artigo 40
309
LEF, artigo 40, § 3º
285
34.3.1. Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo
por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente311.
Seção II
DA PENHORA POR MANDADO
36. Se forem indicados bens na petição inicial, a penhora recairá sobre eles.
37. Caso não tenham sido indicados bens na petição inicial, o oficial de justiça poderá
penhorar qualquer bem do executado, desde que sejam observados:
I. os bens protegidos pelo artigo 833 do CPC e pela Lei nº 8.009/1990; e
II. as preferências previstas no artigo 11 da LEF.
38. Se, durante as diligências, o executado for encontrado e forem localizados bens
passíveis de penhora, o oficial de justiça providenciará:
I. a constrição e a avaliação dos bens, lavrando o auto de penhora;
II. a nomeação de depositário, que será devidamente identificado e firmará o
respectivo auto de depósito, sob o compromisso de cumprir fielmente o
encargo;
III. a intimação pessoal do executado, dando-lhe ciência de que dispõe do prazo
de 30 dias para oferecimento de embargos;
IV. o registro da constrição, quando se tratar de bem imóvel ou veículo
automotor; e
V. a entrega do mandado, devidamente certificado, e do respectivo auto de
penhora ao Cartório Eleitoral para juntada ao processo.
39. Caso não sejam localizados bens passíveis de penhora, o oficial de justiça lavrará
certidão arrolando aqueles que guarnecem a residência do executado e/ou outros que
houver encontrado313.
310
LEF, artigo 40, § 4º
311
Súmula nº 314 do STJ
312
LEF, artigo 8º
313
CPC, artigo 836, § 1º
286
39.2.1. Caso determinado o arrombamento e autorizada a requisição do auxílio de
força policial para o cumprimento do mandado, a diligência será realizada por 02
oficiais de justiça, que procederão em conformidade ao disposto no artigo 846, §1º, do
CPC.
39.2.2. Encontrados bens, a penhora será realizada conforme previsto nos incisos I a V
do item 38.
Seção III
DA PENHORA POR TERMO NOS AUTOS
42. Determinada, pelo Juiz Eleitoral, a realização da penhora por termo, o Cartório
Eleitoral:
I. expedirá o termo;
II. intimará o executado para comparecer em Cartório a fim de assumir o
encargo de depositário; e
314
Súmula nº 319 do STJ
287
III. dará ciência ao executado acerca do prazo para oferecimento de embargos à
execução.
43. Se o valor dos bens penhorados for suficiente para a garantia da execução, os
autos aguardarão em Cartório o decurso do prazo de 30 dias para oferecimento de
embargos à execução315.
43.1. No litisconsórcio passivo, o início da contagem do prazo para oferecimento de
embargos (vide Capítulo IX) é individual, ou seja, o prazo é contado para cada um dos
devedores a partir da data em que forem efetivamente intimados da penhora.
Seção IV
DA AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO
45. A avaliação do bem penhorado é o ato que tem por finalidade determinar o preço
médio de mercado da coisa.
45.1. A avaliação se concretiza por meio da expedição de laudo, no qual o bem será
descrito com todas as suas características e com expressa menção ao estado em que
se encontra.
45.1.1. Quando a constrição for realizada por oficial de justiça, ou seja, por auto, o
bem será avaliado no momento da penhora317.
45.1.2. Caso a penhora seja realizada por termo, o bem será avaliado quando da
lavratura do termo.
45.2. Para que a avaliação dos bens seja fidedigna, ou seja, aproxime-se do preço
praticado pelo mercado, o oficial de justiça poderá se valer de pesquisas junto a:
a) empresas especializadas;
b) classificados em jornais;
c) leiloeiros; ou
d) peritos, dentre outros.
315
LEF, artigos 12 e 16
316
LEF, artigo 18
317
LEF, artigo 13 / CPC: artigo 870, parágrafo único; e artigo 871
288
Seção V
DA IMPUGNAÇÃO À AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO
46. A avaliação poderá ser impugnada pela parte interessada, desde que a impugnação
seja apresentada antes da publicação do edital de leilão318.
47. Julgada procedente a impugnação, será realizada nova avaliação dos bens
penhorados319.
47.1. O laudo deverá ser apresentado no prazo de 15 dias320, após o qual os autos
serão conclusos.
Seção VI
DA SUBSTITUIÇÃO DA PENHORA
49. A exequente também poderá requerer a substituição dos bens penhorados por
outros, mediante razões que a justifiquem, como, por exemplo, a dificuldade de
alienação do bem em hasta pública322.
Seção VII
DO REFORÇO DA PENHORA
50. Caso o bem penhorado não seja suficiente para garantir a execução, a exequente
poderá requerer o reforço da penhora.
50.1. Para tanto, deverá indicar outros bens de cuja existência tenha conhecimento,
informando a respectiva localização.
318
LEF, artigo 13, § 1º
319
LEF, artigo 13, § 1º
320
LEF, artigo 13, § 2º
321
LEF, artigo 15, inciso I
322
LEF, artigo 15, inciso II
289
Seção VIII
DO REGISTRO DA PENHORA
54. Sempre que possível, haverá o registro da penhora pelo próprio oficial de justiça
tão logo realizada a constrição, mediante a entrega de cópias do mandado e do auto
de penhora ou arresto diretamente ao órgão competente para a realização do registro.
55. O Juiz Eleitoral poderá determinar a averbação pelo órgão competente, por meio
da expedição de ofício ou de mandado de registro de penhora, nas hipóteses em que:
a) a constrição dos bens supramencionados tiver sido realizada por termo; ou
b) o oficial de justiça não tiver realizado o registro após a penhora.
55.1. Tanto o ofício quanto o mandado deverão ser acompanhados dos documentos
que comprovem a realização da penhora, quais sejam:
a) cópia do mandado de penhora, se realizada a constrição por oficial de
justiça; ou
b) cópia do auto ou do termo de penhora.
Seção IX
DA PENHORA POR MEIO ELETRÔNICO
56. A Justiça Eleitoral poderá utilizar os sistemas disponíveis para a realização dos atos
preparatórios para a penhora ou da penhora por meio eletrônico, nas hipóteses
previstas nos artigos 854 e 866 do CPC.
323
CPC, artigo 836, § 1º
324
http://www.bcb.gov.br/fis/pedjud/asp/servicos_poder_judiciario/suporte.asp
325
duvidas_e_sugestoes_sistemas@cnj.jus.br
290
57. O CCS é um sistema disponibilizado pelo Banco Central do Brasil para registro de
informações relativas a correntistas e clientes de instituições financeiras, bem como de
seus representantes legais ou procuradores.
57.2. O cadastro contém dados de pessoas físicas e jurídicas com bens, direitos e
valores vigentes em 1º/01/2001, e dos relacionamentos iniciados desde essa data.
57.2.1. Não há, portanto, registro de contas que tenham sido encerradas antes de
1º/01/2001.
57.3. O CCS informa a data do início e, se for o caso, a data do fim do relacionamento
com a instituição.
58.2. O Juiz Eleitoral poderá requisitar por meio eletrônico, a pedido da exequente,
informações a respeito da existência de ativos em nome do executado (dinheiro em
depósito ou aplicação financeira).
58.2.1. Caso positivo, o Juiz Eleitoral poderá ordenar a sua indisponibilidade até o
limite do valor da execução.
58.3. Para transferir os valores bloqueados por meio do sistema BacenJud 2.0 à
exequente, o Juiz Eleitoral deverá protocolar no sistema uma “Ordem Judicial de
Transferência” desses valores, de acordo com o Manual Básico do BacenJud 2.0.
58.3.1. Para tanto, o Juiz Eleitoral deverá indicar uma das agências do Banco do Brasil
ou da Caixa Econômica Federal existentes na circunscrição da Zona Eleitoral.
58.3.2. Adotada tal providência, será aberta uma conta em nome do autor da ação,
cuja movimentação só poderá ser realizada mediante autorização judicial.
291
58.4. A transferência dos valores não é obrigatória, bastando a ordem de bloqueio
para torná-los indisponíveis ao executado.
59. O RenaJud é um sistema on-line de restrição judicial de veículos criado pelo CNJ,
que interliga o Judiciário ao Denatran.
Capítulo VIII
DO LEILÃO
Seção I
ATOS PREPARATÓRIOS PARA O LEILÃO
326
LEF, artigo 9º, § 4º
327
CPC, artigo 883
292
62.1. Tratando-se de penhora sobre bem imóvel, é necessário verificar:
I. se existe nos autos certidão de ônus real do imóvel;
II. se existem certidões, negativas ou positivas, de débitos das fazendas federal,
estadual e municipal devidamente atualizadas; e
III. se há informações sobre a existência de débitos condominiais pendentes,
caso se trate de bem imóvel sujeito ao pagamento de condomínio.
Seção II
DO LEILÃO
328
CPC, artigo 891
293
66.2. O prazo entre a publicação do edital e o leilão não poderá ser superior a 30 dias,
nem inferior a 10 dias329.
67. O Cartório deverá dar ciência às partes do dia, da hora e do local designados para a
realização do leilão.
67.2.1. As intimações mencionadas nos incisos do item 67.2 deverão ser realizadas
com antecedência mínima de 05 dias, por qualquer meio idôneo.
Seção III
DO PREGÃO
Subseção I
1º LEILÃO
329
LEF, artigo 22, § 1º
330
CPC, artigo 889
294
I. a qualificação (nome e demais dados) do arrematante (pessoa que ofereceu o
maior lance);
II. o valor oferecido; e
III. se foi realizado o depósito em banco oficial.
70.1. O auto de arrematação será lavrado de imediato331.
Subseção II
2º LEILÃO
Seção IV
DA ARREMATAÇÃO E DA ADJUDICAÇÃO
Subseção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
75. É facultado à Fazenda Nacional requerer a adjudicação dos bens penhorados nos
autos da execução fiscal.
295
i) não houver licitante, pelo preço da avaliação; ou
ii) havendo licitantes, com preferência, em igualdade de condições com
a melhor oferta, no prazo de 30 dias.
Subseção II
DO AUTO DE ARREMATAÇÃO OU DE ADJUDICAÇÃO
80. O auto de arrematação será lavrado imediatamente após a arrematação dos bens e
mencionará as condições sob quais estes foram alienados335.
81. O auto de adjudicação será lavrado se requerida sua adjudicação por quaisquer das
pessoas legitimadas no artigo 876, §5º, do CPC336.
Subseção III
DA CARTA DE ARREMATAÇÃO OU DE ADJUDICAÇÃO
82. Rejeitados ou não oferecidos embargos, o Juiz Eleitoral proferirá despacho para a
expedição de:
I. carta de arrematação ou de adjudicação; ou
II. mandado de entrega, conforme o caso.
82.3. Se a penhora tiver recaído sobre veículo, navio ou aeronave, o Juiz Eleitoral
determinará:
I. o cancelamento da penhora; e
II. a transferência da titularidade do bem para o arrematante ou adjudicante.
82.3.1. Nesta hipótese, o Cartório Eleitoral deverá comunicar a decisão judicial à
autoridade competente por meio de ofício.
334
CPC, artigo 877, §§ 1º e 2º
335
CPC, artigo 901
336
CPC, artigo 876, §4º
337
CPC: artigo 877, §§ 1º e §2º; e artigo 901, §2º
296
83. Expedidos a carta de arrematação ou de adjudicação ou o mandado de entrega dos
bens, o Cartório Eleitoral:
I. certificará nos autos a adoção de tal providência;
II. juntará cópia da documentação ao processo; e
III. fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral.
Capítulo IX
DAS DEFESAS NO PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL
Seção I
DAS ESPÉCIES DE DEFESA
Seção II
DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
87.1. O prazo, as hipóteses de cabimento e o rito estão previstos no artigo 525, §º 11,
do CPC, aplicado subsidiariamente.
Seção III
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO
Subseção I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
88. Trata-se de ação autônoma de conhecimento que tem por objetivo desconstituir o
título executivo consubstanciado na Certidão de Dívida Ativa – CDA.
338
LEF, artigo 16
339
Súmula nº 393 do STJ
297
b) da juntada da carta de fiança bancária; ou
c) da intimação da penhora, seja por meio de:
i) termo nos autos; ou
ii) auto de penhora do oficial de justiça340.
89.1. A intimação será pessoal e constará do mandado, sob pena de nulidade do ato:
I. advertência quanto ao prazo para a apresentação dos embargos; e
II. indicação de que a contagem do referido prazo tem início a partir da data da
efetiva intimação.
89.4. Para o STJ, o prazo para apresentação dos embargos à execução inicia-se da
intimação da primeira penhora, mesmo que insuficiente, excessiva ou ilegítima, e não
da sua ampliação, redução ou substituição.
90.1.1. Adotada tal providência, todos os Embargos à Execução serão apensados aos
autos da Execução Fiscal.
340
LEF, artigo 16, incisos I a III
341
LEF, artigo 17
298
ii. versarem sobre matéria de direito e de fato e a prova for
exclusivamente documental.
Subseção II
DOS EMBARGOS NA EXECUÇÃO REALIZADA POR MEIO DE CARTA PRECATÓRIA
95. Recebidos os embargos pelo Juízo Deprecado, os autos serão remetidos ao Juízo
Deprecante, que será o responsável pela instrução e pelo julgamento dos embargos.
95.1.1. Tal competência decorre do fato de tais vícios e irregularidades poderem ser
decorrentes de atos praticados pelo Juízo Deprecado342.
Seção IV
DOS EMBARGOS À PENHORA
96.1. Tal ação, entretanto, tem como objeto de discussão apenas os vícios ou defeitos
da penhora.
Seção V
DOS EMBARGOS DE TERCEIRO
97. A ação de que trata esta Seção objetiva impedir ou suspender a constrição judicial
que tiver recaído sobre a posse ou a propriedade de bem de terceiro343.
97.1. Entende-se por terceiro a pessoa que não participa da relação processual.
98. Os Embargos de Terceiro podem ser opostos no prazo de 05 dias depois da
arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva
carta.
342
LEF: artigo 20; e artigo 914, §2º
343
CPC, artigo 674
299
98.1. Se o terceiro não tem ciência da execução, o prazo flui a partir da turbação à
posse344.
Capítulo X
OUTROS INCIDENTES
Seção I
DA REMOÇÃO DE BENS
Seção II
DA REMIÇÃO DA EXECUÇÃO
344
CPC, artigo 675
345
CPC, artigo 674
346
CPC, artigo 679
347
LEF, artigo 11, § 3º
300
103. Caso o executado requeira a remição da execução, o Cartório Eleitoral:
I. certificará nos autos a expedição da guia de pagamento (DARF)349;
II. juntará a guia paga aos autos; e
III. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral para abertura de vista à
exequente.
Seção III
DA REMIÇÃO DE BENS
104. A remição de bens poderá ser solicitada quando se tratar de bem oferecido por
terceiro para a garantia da execução350.
Seção IV
DA PRESCRIÇÃO
106. O prazo prescricional para o ajuizamento da ação executiva fiscal das multas
eleitorais obedece aos critérios explicitados neste item.
106.1. Há dois entendimentos quanto ao prazo prescricional das multas eleitorais por
infração administrativa, quais sejam:
a) 05 anos, por aplicação do artigo 179 do Código Tributário Nacional; ou
b) 10 anos, referente à prescrição ordinária das ações pessoais, regulada pelo
artigo 205 do Código Civil (vide item 104.1.1.)
106.1.1. O entendimento previsto na alínea “b” supra foi explicitado pelo TSE no Respe
nº 161343.
348
CPC, artigo 826
349
Disponível em www.pgfn.fazenda.gov.br
350
LEF, artigo 19, inciso I
351
CP, artigo 114, incisos I e II
301
108. O Juiz Eleitoral poderá suspender o curso da execução fiscal quando não
encontrado o devedor ou bens suficientes para garantir a execução352.
108.1. A suspensão de que trata este item poderá dar causa à incidência da prescrição
intercorrente prevista no artigo 40, § 4º, da LEF.
Capítulo XI
DO DEPÓSITO DE VALORES
109. Os valores depositados em Juízo para assegurar a execução, quando não
penhorados diretamente pelo BacenJud, serão transferidos para o Banco do Brasil ou
para a Caixa Econômica Federal, em conta vinculada ao Juízo Eleitoral.
109.1. Para tanto, deverá ser expedido ofício ao banco solicitando a abertura da conta.
Título II
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Capítulo I
CANDIDATOS E DIRETÓRIOS REGIONAIS DE PARTIDOS POLÍTICOS
111. O processo e o julgamento de prestações de contas de candidatos e de diretórios
regionais de partidos políticos é de competência originária do TRE-DF353.
352
LEF, artigo 40
353
Regimento Interno do TRE-DF, artigo 16, inciso XXV
302
Capítulo II
DIRETÓRIOS ZONAIS DE PARTIDOS POLÍTICOS
112. A prestação de contas anual dos diretórios zonais dos partidos políticos deverá
ser apresentada ao Juízo Eleitoral competente.
303
Módulo XXX
DAS CARTAS
304
Módulo XXX
DAS CARTAS
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1. A expedição e o cumprimento de cartas precatórias pelos Juízos Eleitorais do DF
observarão, no que couber, o disposto:
I. nos artigos 260 a 268 do CPC;
II. Resolução-TSE nº 23.325/2010; e
III. no artigo 72 do Regimento Interno do TRE-DF.
Capítulo II
DAS CARTAS EXPEDIDAS PELO JUÍZO
2. As cartas expedidas pelo Juízo Eleitoral deverão ser digitalizadas e encaminhadas
diretamente ao Juízo Deprecado, via correio eletrônico.
3.1. Nas hipóteses previstas nas alíneas “a” e “b”, o encaminhamento da carta deverá
observar a forma estabelecida no item 2.
305
Capítulo III
DAS CARTAS RECEBIDAS PARA CUMPRIMENTO
Seção I
DAS CARTAS EXPEDIDAS POR JUÍZOS ELEITORAIS DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
306
Seção II
DAS CARTAS EXPEDIDAS POR
CORREGEDORIAS REGIONAIS ELEITORAIS,
POR TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS
E PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
8. As cartas precatórias expedidas por TREs e as cartas de ordem expedidas pelo TSE,
recebidas em quaisquer Unidades da Justiça Eleitoral do DF, serão encaminhadas à
Secretaria Judiciária do TRE-DF, para autuação na classe Petição.
10. O Relator dos processos indicados nos itens 8 e 9 poderá delegar competência para
cumprimento aos Juízos das Zonas Eleitorais do DF, com observância das regras fixadas
no artigo 72, § 2º, do Regimento Interno do TRE-DF.
Seção III
DISPOSIÇÕES COMUNS
11. Caso verifique que o cumprimento da carta compete a Juízo diverso, o Juiz Eleitoral
dispensará sua autuação ou formalização, conforme a hipótese, e determinará:
I. a remessa de cópia digitalizada da documentação para o endereço de correio
eletrônico:
a) do Juízo Eleitoral competente, nas hipóteses previstas na Seção I; ou
b) da Secretaria Judiciária do TRE-DF354, nas hipóteses previstas na
Seção II; e
II. o arquivamento da documentação impressa e protocolizada no Cartório
Eleitoral.
354
ce@tre-df.jus.br
307
12. As peças processuais que não tenham sido anexadas à carta serão solicitadas ao
Juízo Deprecante pelo Chefe de Cartório, por meio de mensagem de correio
eletrônico:
a) de ofício, quando tiverem sido expressamente mencionadas na carta; ou
b) por determinação do Juiz Eleitoral ou em razão de delegação de
competência pelo magistrado, quando, apesar de não terem sido mencionadas
na carta, forem consideradas indispensáveis ao cumprimento do ato
deprecado.
15. Nas hipóteses em que as partes tiverem sido intimadas para apresentação de
documentos ou comparecimento ao Cartório, o processo somente deverá ser concluso
ao Juiz, para devolução ao Juízo Deprecado, após o transcurso do prazo estipulado
para a prática de tais atos, acompanhado de certificação acerca da efetivação ou não
destes.
16.1. Se o objeto da deprecata for suspensão condicional do processo, esta deverá ser
comunicada à CRE-DF, por meio de Memorando no SEI, para registro da ocorrência no
ProjCertidão.
308
17. Finalizado o cumprimento do ato deprecado ou não sendo possível cumpri-lo, o
Juiz Eleitoral determinará:
I. a remessa de cópia digitalizada da documentação ao endereço de correio
eletrônico do Juízo deprecante ou da Secretaria Judiciária, conforme a
hipótese; e
II. o arquivamento do processo no Cartório Eleitoral.
309
Livro V
DOS PROCESSOS
ADMINISTRATIVOS
310
Módulo XXXI
DO CANCELAMENTO
DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS
(PARTE GERAL)
311
Módulo XXXI
DO CANCELAMENTO DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS
(PARTE GERAL)
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1. São causas de cancelamento da inscrição eleitoral:
I. falecimento do eleitor – ASE 019 (vide Módulo XXXII);
II. duplicidade ou pluralidade de inscrições – ASE 027 (vide Capítulo II deste
Módulo);
III. ausência a 03 pleitos consecutivos sem:
a) deferimento de justificativa pela ausência; ou
b) quitação da respectiva multa – ASE 035 (vide Capítulo III deste
Módulo);
IV. perda dos direitos políticos – ASE 329 (vide Capítulo IV deste Módulo);
V. sentença de autoridade judiciária – ASE 450 (vide Módulo XXXIII); e
VI. não comparecimento à revisão do eleitorado – ASE 469 (vide capítulo V
deste Módulo).
312
b) caso os Cadernos de Votação já tenham sido enviados às Seções Eleitorais, o
encaminhamento de comunicação ao respectivo Presidente de Mesa na data
do pleito.
Capítulo II
CANCELAMENTO POR DUPLICIDADE/PLURALIDADE
(CÓDIGO DE ASE 027)
5. O código de ASE 027 é gerado automaticamente pelo Sistema Elo, promovendo o
cancelamento da inscrição quando o Juízo Eleitoral competente para decidir a
duplicidade/pluralidade não o faz no prazo de 40 dias, contado da data do batimento
(vide Módulo XXXVIII).
Capítulo III
CANCELAMENTO POR AUSÊNCIA A TRÊS PLEITOS CONSECUTIVOS
(CÓDIGO DE ASE 035)
6. O código de ASE 035 é comandado automaticamente pelo Sistema Elo sempre que o
eleitor deixar de comparecer para o exercício do voto em 03 eleições consecutivas e
não:
a) tiver sua justificativa pela ausência deferida pelo Juiz Eleitoral; ou
b) pagar as multas correspondentes.
7. A STI colocará à disposição dos Cartórios Eleitorais relação dos eleitores cujas
inscrições são passíveis de cancelamento.
313
7.1. A relação deverá ser publicada por meio de edital, que será afixado no átrio do
Cartório Eleitoral355 pelo prazo de 60 dias, contados da data do batimento que
identificar as inscrições sujeitas a cancelamento356.
Capítulo IV
CANCELAMENTO POR PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS
(CÓDIGO DE ASE 329)
10. O cancelamento de inscrições eleitorais por perda dos direitos políticos é de
competência da CGE, que, com base em comunicação encaminhada pelo Ministério da
Justiça (vide Módulos XX e XXI):
a) comandará o ASE 329 no histórico da inscrição eleitoral do interessado e
oficiará a respectiva Corregedoria Regional Eleitoral, que encaminhará a
documentação ao Juízo Eleitoral competente, para:
I. ciência;
II. adoção das providências julgadas cabíveis; e
III. posterior arquivamento; ou
b) incluirá registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, caso o
interessado não esteja inscrito como eleitor.
Capítulo V
CANCELAMENTO POR REVISÃO DO ELEITORADO
(CÓDIGO DE ASE 469)
11. Terminado o processo de revisão do eleitorado e após pronunciamento do MPE, o
Juiz Eleitoral deverá determinar o cancelamento (por meio do comando do ASE 469)
das inscrições:
a) irregulares; e
b) daquelas cujos titulares não tenham comparecido em local e hora
estipulados no edital de convocação para comprovação do domicílio eleitoral.
355
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 80, § 7º
356
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 80, § 8º
314
Módulo XXXII
DO CANCELAMENTO
POR FALECIMENTO (ASE 019)
315
Módulo XXXII
DO CANCELAMENTO POR FALECIMENTO (ASE 019)
Capítulo I
DO RECEBIMENTO E DA TRIAGEM
DAS COMUNICAÇÕES DE ÓBITO
1. A comprovação de óbitos poderá ser realizada por meio de:
a) comunicação do Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais, por meio de
ofício ou de sistema informatizado;
b) apresentação da Certidão de Óbito em Cartório;
c) listagem encaminhada pela CRE-DF, por meio de mensagem de correio
eletrônico357 ou via malote; ou
d) relatório disponibilizado no Sistema ELO358.
5.1. Após, deverá ser analisada a competência para o lançamento do código de ASE
019.
357
Fax-Circular-CGE nº 25/2002
358
Resolução-TSE nº 22.166/2006 (convênio suspenso)
316
6. Constatado que o cancelamento por falecimento já foi tratado ou que o falecido não
possuía inscrição no Cadastro Nacional de Eleitores, a documentação deverá ser
arquivada:
a) em pasta própria, separada por ano, em ordem alfabética e acompanhada do
respectivo espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores; ou
b) caso se trate de comunicação eletrônica, mediante registro no sistema
informatizado.
7.1. Nesse sentido, se não houver registro do código de ASE 019, cabe o lançamento
deste, após determinação do Juiz Eleitoral, ainda que a inscrição esteja na situação
“CANCELADO” em decorrência do comando de outro código de ASE.
Capítulo II
DA AUTUAÇÃO E DA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS
Seção I
DAS COMUNICAÇÕES EM QUE
FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR A PESSOA FALECIDA
8.1. Poderão ser incluídos nesse processo os documentos em haja divergência que não
interfira na identificação da pessoa falecida, desde que o Juiz Eleitoral tenha se
manifestado nesse sentido, por meio de despacho proferido em cada expediente.
8.2. O processo deverá ser autuado até o último dia útil do mês de referência,
independente da quantidade de comunicações recebidas no período.
317
Seção II
DAS COMUNICAÇÕES EM QUE
NÃO FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR A PESSOA FALECIDA
11. O Chefe de Cartório autuará feito em separado sempre que as divergências entre
os dados consignados na comunicação de óbito e no Cadastro Nacional de Eleitores
impedirem a individualização da pessoa falecida.
12. A peça inicial será a informação ao Juiz Eleitoral, contendo discriminação do dado
ausente ou divergente, a fim de subsidiar a determinação judicial de realização de
diligências para a obtenção ou o esclarecimento dos dados.
14. No prazo máximo de 01 dia359 de sua autuação, o feito será concluso ao Juiz
Eleitoral, que determinará a realização das diligências julgadas necessárias, a exemplo
da solicitação, ao respectivo Cartório de Registro Civil:
a) de confirmação dos dados constantes da comunicação e da certidão de óbito
pelo; e/ou
b) do encaminhamento de cópia da certidão de óbito.
Seção III
DISPOSIÇÕES COMUNS
15. Finalizada a adoção das providências previstas nas Seções I ou II deste Capítulo,
conforme a hipótese, e considerando configurada a hipótese prevista no artigo 71, §
4º, do Código Eleitoral, o Juiz Eleitoral determinará o cancelamento da inscrição
eleitoral e:
a) o comando do código de ASE 019 no histórico da inscrição eleitoral; ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado; e
c) o arquivamento do feito, após a adoção das providências cabíveis.
17. Não sendo interpostos recursos e finalizada a adoção das providências previstas
nas alíneas “a” ou “b” do item 15 (caso tenha sido determinado o cancelamento da
inscrição), o Chefe de Cartório arquivará o processo.
359
CPC, artigo 228
360
CE, artigo 80
318
I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.
19. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas no item 16 e nos itens 17 ou 18, conforme a hipótese.
20. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
a) o comando do código de ASE 019 no histórico da inscrição eleitoral; ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado; e
c) caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo à SJU, após a
certificação da regularidade do feito.
21. Muito embora os recursos em matéria eleitoral, salvo disposição em contrário, não
sejam dotados de efeito suspensivo, o aguardo do prazo recursal para registro da
decisão tem por objetivo evitar que, reformada a decisão, seja necessária a remessa do
processo à CGE, para reversão da operação no Sistema Elo.
361
CE, artigo 80
319
Módulo XXXIII
DO CANCELAMENTO POR
SENTENÇA DE AUTORIDADE
JUDICIÁRIA (ASE 450)
320
Módulo XXXIII
DO CANCELAMENTO
POR SENTENÇA DE AUTORIDADE JUDICIÁRIA (ASE 450)
Capítulo I
DAS HIPÓTESES DE
CANCELAMENTO PELO CÓDIGO DE ASE 450
1. O Juiz Eleitoral determinará o cancelamento da inscrição eleitoral vinculada à
circunscrição do Juízo pelo código de ASE 450 (após o cumprimento do rito previsto
neste Módulo) ou comunicará a necessidade de cancelamento ao Juízo competente,
quando restar comprovado que362:
I. no momento do alistamento eleitoral, o domicílio do eleitor foi informado de
maneira imprópria363;
II. existe motivo para o registro da perda ou da suspensão dos direitos políticos
do eleitor com data de ocorrência anterior à do alistamento eleitoral364 (vide
item 1.1);
III. existe mais de uma inscrição regular em nome de um mesmo eleitor365,
consoante verificado em processo de coincidência decidido por outro Juízo
Eleitoral (vide item 1.2); ou
IV. existe mais de uma inscrição em nome de um mesmo eleitor, estando uma
delas regular e a outra cancelada366 (vide item 1.3).
1.1. Na hipótese prevista no inciso II, o Juiz Eleitoral determinará ou solicitará, ainda:
a) o comando dos códigos de ASE 043 ou 337, conforme a hipótese (quando se
tratar de suspensão de direitos políticos); e
b) o encaminhamento de cópia eletrônica da documentação pertinente à CRE-
DF, por meio de ofício no SEI, solicitando que a CGE proceda ao comando do
código de ASE 329.
1.2. Na hipótese prevista no inciso III, o Juízo que tiver decidido a coincidência
solicitará o comando do código de ASE 450 ao Juízo a que estiver vinculada a inscrição
do eleitor.
1.3. Na hipótese prevista no inciso IV, se a ocorrência tiver sido verificada no momento
da solicitação de operação de alistamento pelo titular da inscrição, deverá ser
movimentada a inscrição regular.
362
CE, artigos 71 e 77 a 80
363
CE, artigo 42
364
CE, artigos: 5º, III; e 71, II
365
CE, artigo 71, III
366
Fax-Circular-CGE nº 23/2003
321
2. O cancelamento de inscrição eleitoral pelo código de ASE 450 em razão de dúvida
sobre a exatidão do registro da qualificação do eleitor no Cadastro Nacional de
Eleitores observará o rito previsto no Módulo XLIII (vide item 2.1).
Capítulo II
DA TRAMITAÇÃO DO FEITO
3. Verificada pelo Juízo Eleitoral ou comunicada a necessidade de cancelamento de
inscrição com base nas hipóteses previstas no item 1, deverá ser autuado processo, na
classe CIE, independente de determinação do Juiz Eleitoral, que terá como peça inicial,
conforme o caso:
a) informação prestada pelo Chefe de Cartório acerca da ocorrência detectada
pela própria Serventia; ou
b) a documentação por meio da qual a ocorrência foi comunicada ao Juízo.
4. O processo será concluso ao Juiz Eleitoral no prazo máximo de 01 dia367 de sua
autuação, acompanhado de:
a) minuta de edital368; e
b) na hipótese prevista na alínea “b” do item 3, informação prestada pelo Chefe
de Cartório.
367
CPC, artigo 228
368
CE, artigo 77, inciso II
369
CPC, artigo 228
370
CPC, artigo 228
371 CE
, artigo 77, inciso II
322
6.2. Se, durante os 05 dias seguintes ao término do prazo indicado no item 6.1372, os
interessados permanecerem inertes, o Chefe de Cartório, no prazo de 01 dia373:
I. certificará que transcorreu in albis o prazo destinado à apresentação de
contestação ou de pedido de dilação probatória;
II. prestará informações; e
III. fará conclusão ao Juiz Eleitoral, no prazo de 24 horas.
7.1. Dentro dos 05 dias375 que se seguirem ao transcurso dos prazos indicados nos
itens 6.2 ou 7, conforme a hipótese, caso considere configurada uma das hipóteses
previstas no item 1, o Juiz Eleitoral determinará o cancelamento da inscrição eleitoral
e:
a) o comando do código de ASE 450 no histórico da inscrição eleitoral e a
adoção das providências previstas no item 1.1, caso aplicável; ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado;
c) a adoção das providências previstas no e
c) o arquivamento do feito, após a adoção das providências cabíveis.
9. Não sendo interpostos recursos e finalizada a adoção das providências previstas nas
alíneas “a” ou “b” do item 7.1 (caso tenha sido determinado o cancelamento da
inscrição), o Chefe de Cartório arquivará o processo.
11. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas no item 8 e nos itens 9 ou 10, conforme a hipótese.
12. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
372
CE, artigo 77, inciso II
373
CPC, artigo 228
374
CE, artigo 77, inciso III
375
CE, artigo 77, inciso IV
376
CE, artigo 80
377
CE, artigo 80
323
I. caso tenha sido determinado o cancelamento da inscrição eleitoral do
interessado:
a) o lançamento do código de ASE 450; ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado;
II. a adoção das demais providências determinadas pelo Juiz Eleitoral; e
III. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo à Secretaria
Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade do feito.
13. Muito embora os recursos em matéria eleitoral, salvo disposição em contrário, não
sejam dotados de efeito suspensivo, o aguardo do prazo recursal para registro da
decisão tem por objetivo evitar que, reformada a decisão, seja necessária a remessa do
processo à CGE, para reversão da operação no Sistema Elo.
324
Módulo XXXIV
DO RESTABELECIMENTO
DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS
325
Módulo XXXIV
DO RESTABELECIMENTO DE INSCRIÇÕES ELEITORAIS
Capítulo I
RESTABELECIMENTO POR MEIO DO CÓDIGO DE ASE 361
(INSCRIÇÕES CANCELADAS POR EQUÍVOCO)
1. Verificada pelo Cartório Eleitoral ou comunicada a necessidade de restabelecimento
de inscrição cancelada equivocadamente pelos códigos de ASE 019, 450 e 469, deverá
ser autuado processo, na classe CIE, independente de determinação do Juiz
Eleitoral378.
378
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 20
379
CPC, artigo 228
326
a) pessoalmente: ou
b) por meio de correspondência a ser encaminhada para o endereço constante
do Cadastro Nacional de Eleitores.
11. Não sendo interpostos recursos e finalizada a adoção das providências previstas no
item 9, o Chefe de Cartório arquivará os autos.
380
CPC, artigo 228
327
I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.
13. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas no item 10 e nos itens 11 ou 12, conforme a hipótese.
14. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
a) o lançamento do código de ASE 361 (caso tenha sido determinado o
restabelecimento da inscrição eleitoral do interessado); ou
b) a adoção das providências previstas no item 4 do Módulo XXXI, caso o
Cadastro Nacional de Eleitores esteja fechado; e
c) caso tenha sido interposto recurso à Corte381, a remessa do processo à
Secretaria Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade do feito
(vide item 14.1).
15. Muito embora os recursos em matéria eleitoral, salvo disposição em contrário, não
sejam dotados de efeito suspensivo, o aguardo do prazo recursal para registro da
sentença tem por objetivo evitar que, reformada a decisão, seja necessária a remessa
dos autos à CGE, para reversão da operação no Sistema Elo.
Capítulo II
RESTABELECIMENTO POR MEIO DE REVISÃO OU TRANSFERÊNCIA
(INSCRIÇÕES CANCELADAS POR OUTROS MOTIVOS)
Seção I
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS PELO CÓDIGO DE ASE 019
Seção II
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS PELOS CÓDIGOS DE ASE 027-3 e 035
17. Para a REVISÃO de inscrição cancelada pelos códigos de ASE 027-3 e 035 deverá ser
observado o procedimento previsto no item 29 do Módulo XIV.
18. Para a TRANSFERÊNCIA de inscrição cancelada pelos códigos de ASE 027-3 e 035
deverá ser observado o procedimento previsto no item 26 do Módulo XIII.
381
CE, artigo 80
328
Seção III
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS PELO CÓDIGO DE ASE 469
19. Para a REVISÃO de inscrição cancelada pelo código de ASE 469 deverá ser
observado o procedimento previsto nos itens 30 e 31 do Módulo XIV.
20. Para a TRANSFERÊNCIA de inscrição cancelada pelo código de ASE 469 deverá ser
observado o procedimento previsto nos itens 27 e 28 do Módulo XIII.
21. Nas hipóteses em que o código de ASE 469 tiver sido lançado por equívoco, deverá
ser observado o rito previsto no Capítulo I.
Seção IV
DAS INSCRIÇÕES CANCELADAS PELO CÓDIGO DE ASE 450
22. A inscrição cancelada pelo código de ASE 450 não poderá ser regularizada por meio
de operação de alistamento.
23. Se o cancelamento pelo código de ASE 450 tiver ocorrido por equívoco, deverá ser
observado o rito previsto no Capítulo I.
24. Caso o código de ASE 450 tenha sido comandado regularmente, deverá ser
realizado novo alistamento, com observância do procedimento previsto no item 18 do
Módulo XI.
Seção V
DISPOSIÇÕES COMUNS
25.1. Quando se tratar de eleitor de Zona Eleitoral de outra Unidade da Federação que
não desejar transferir a inscrição, o atendente deverá observar as normas previstas
nos itens 3 e 4 do Módulo XIV.
329
Módulo XXXV
330
Módulo XXXV
DOS PROCEDIMENTOS RELATIVOS
AOS LOCAIS DE VOTAÇÃO E AOS AGENTES ELEITORAIS
Capítulo I
DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO
1. As Mesas Receptoras de Voto e de Justificativas funcionarão nos Locais de Votação e
de Justificativa designados pelos Juízes Eleitorais por meio de edital.
1.1. A gerência dos locais de votação e das seções eleitorais será exercida pelo Chefe
do Cartório, cabendo-lhe propor ao Juiz Eleitoral a criação, a extinção ou a fusão do
local, de modo a prestar um bom serviço aos eleitores do Distrito Federal.
2. O edital previsto no item 1 deverá ser publicado no DJE até 60 dias antes do pleito e
discriminar:
I. as seções, inclusive as agregadas, com indicação:
i. da numeração ordinal; e
ii. do local em que funcionarão (com a indicação da rua, número e
qualquer outro elemento que facilite a sua localização pelo eleitor);
II. os nomes dos mesários nomeados para atuarem nas Mesas Receptoras; e
III. os nomes dos eleitores nomeados para atuarem no apoio logístico nos
Locais de Votação382.
3.1. A propriedade particular será obrigatória e gratuitamente cedida para esse fim384.
382
CE, artigos: 120, §3º; e 135, §1°
383
CE, artigo 135, § 2º
384
CE, artigo 135, § 3º
331
3.2. É expressamente vedado o uso de propriedade pertencente a:
a) candidato;
b) membro de diretório de partido político;
c) delegado de partido político ou de coligação;
d) autoridade policial; ou
e) cônjuges e parentes – consanguíneos ou afins, até o segundo grau, inclusive
– das pessoas indicadas nas alíneas supra385.
3.3.1. A vedação de que trata o item 3.3 permanece mesmo que exista prédio público
no local.
3.3.2. Em caso de infringência, o Juiz Eleitoral incorrerá nas penas do artigo 312 do
Código Eleitoral386.
4.1. A comunicação de que trata este item deverá ser realizada até 10 dias antes da
data de realização da audiência pública de nomeação de mesários e de designação de
locais de votação.
4.1.1. Este prazo visa garantir a possibilidade de que as pessoas indicadas nas alíneas
“a” e “b” possam comunicar ao Juízo Eleitoral a eventual existência de impedimento.
385
CE, artigo 135, § 4º
386
CE, artigo 135, § 5º
332
IV. o atendimento dos critérios de acessibilidade (vide item 5.1.1.)387.
5.1.1. No Distrito Federal, cada Local de Votação deverá possuir, no mínimo, uma
seção especial, destinada aos eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida,
devendo ser criadas novas seções especiais conforme a demanda388.
6.1. Caso não seja atingido o número mínimo de eleitores, o Juiz Eleitoral:
I. dispensará os agentes eleitorais nomeados para atuarem no Local; e
II. oficiará os estabelecimentos prisionais:
i. comunicando a não instalação da seção; e
ii. informando que os eleitores deverão justificar a sua ausência (vide
item 6.1.1).
Capítulo II
DA SELEÇÃO DOS AGENTES
Seção I
DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO E DE JUSTIFICATIVA
NOS INSTITUTOS PRISIONAIS
387
Resolução-TSE nº 23.381/2012
388
Resolução-TSE nº 21.008/2002 / Resolução-TSE nº 23.381/2012
333
h) das secretarias e dos Órgãos responsáveis pelo sistema
socioeducativo da infância e da juventude no Distrito Federal; ou
II. outros cidadãos indicados pelos órgãos mencionados no inciso I.
7.1. Os mesários serão selecionados dentre aqueles indicados pelo relatório elaborado
por comissão específica do TRE.
8. As nomeações objeto desta Seção deverão ser documentadas em feito próprio (vide
Capítulo III do Módulo XXXVI).
Seção II
DOS LOCAIS PARA O
VOTO EM TRÂNSITO
9. A seleção dos agentes eleitorais a serem nomeados para atuarem nas Mesas
Receptoras de Voto em Trânsito observará as regras estabelecidas na Seção III deste
Capítulo.
10. As nomeações objeto desta Seção deverão ser documentadas em feito próprio
(vide Capítulo IV do Módulo XXXVI).
10.1. Esta medida decorre do cronograma diferenciado para a habilitação das Mesas.
Seção III
DOS DEMAIS LOCAIS DE VOTAÇÃO E DE JUSTIFICATIVA
11. Os Chefes dos Cartórios providenciarão com razoável antecedência a seleção dos
possíveis agentes eleitorais por meio do Sistema de Convocação de Mesários do TRE-
DF.
389
CE, artigo 120, § 2º
334
13. O perfil dos membros das mesas receptoras de voto e de justificativas será definido
em função da disponibilidade de eleitores nos locais de votação, com base:
I. no grau de escolaridade;
II. na idade; e
III. na profissão (vide item 13.1.)
Capítulo III
DOS IMPEDIMENTOS E DAS VEDAÇÕES PARA A NOMEAÇÃO
15. Não poderão ser nomeados para compor as Mesas Receptoras de Votos e de
Justificativas nem para atuar no apoio logístico nos locais de votação390:
I. os candidatos e seus:
i. parentes (ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive); e
ii. cônjuges;
II. os membros de diretórios de partido político, desde que exerçam função
executiva;
III. as autoridades e os agentes policiais de quaisquer das carreiras civis e
militares (vide item 15.1);
IV. os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Poder Executivo
(vide itens 15.2 e 15.3);
V. os que pertencerem ao serviço eleitoral (vide item 15.3); e
VI. os eleitores menores de 18 anos.
15.3. Não se aplica a vedação constante dos incisos IV e V (vide item 14) para:
I. as Mesas que sejam exclusivamente Receptoras de Justificativas; e
390
CE, artigo 120, § 1º, incisos I a IV / Lei n° 9.504/1997, artigo 63, § 2º
335
II. a atuação como apoio logístico nos locais de votação.
Capítulo IV
DA NOMEAÇÃO DOS AGENTES
17. A cada Seção Eleitoral corresponde uma Mesa Receptora de Votos, com mesários
nomeados pelo Juiz Eleitoral, até 60 dias antes da eleição, em audiência pública.
17.1. A audiência pública de nomeação de mesários deverá ser anunciada com pelo
menos 05 dias de antecedência.
18. A quantidade de mesários que atuarão nas seções eleitorais e nas Mesas
Receptoras de Justificativas será estabelecida a cada Eleição pelas diretrizes da
Comissão de Eleições.
19. É facultada ao TRE-DF a nomeação de eleitores para apoio logístico nos Locais de
Votação, em número e pelo período que deliberar, para:
I. atuarem como auxiliares dos trabalhos eleitorais; e
II. cumprirem outras atribuições, a critério do Juiz Eleitoral.
20. Em casos excepcionais, poderá ser convocado eleitor inscrito em outra Zona
Eleitoral, mediante autorização prévia do Juiz Eleitoral da Zona em que estiver inscrito.
391
Lei n° 9.504/1997, artigo 64
392
Resolução-TSE nº 22.098/2005
336
20.2. A fim de não prejudicar os trabalhos eleitorais e o exercício do voto, orienta-se
que seja evitada a convocação de mesários de outras Unidades da Federação.
20.2.1. Caso decida pela convocação de eleitor de Estado, o Juiz poderá remeter ofício
diretamente ao Juiz da outra Zona, pelos Correios ou por meio de mensagem de
correio eletrônico.
20.4. Nas hipóteses previstas neste item, deverá ser solicitado ao Juízo da Zona
Eleitoral de inscrição do mesário o lançamento do código de ASE especifico.
21.3. O lançamento de códigos de ASE no histórico das inscrições dos agentes será
realizado de acordo com as atividades efetivamente exercidas.
Capítulo V
DA CONVOCAÇÃO DOS AGENTES
22. Os mesários serão convocados a comparecer ao Cartório Eleitoral para assinar o
Termo de Ciência Coletiva atestando a ciência:
I. da função a ser exercida; e
II. da data, do local e da hora do treinamento.
337
Capítulo VI
DAS DISPENSAS
Seção I
DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO E DE JUSTIFICATIVA
NOS INSTITUTOS PRISIONAIS
24. Caso algum estabelecimento prisional não atinja o número mínimo de eleitores,
nos termos do item 6, os mesários convocados serão dispensados pelo Juiz Eleitoral.
Seção II
DOS DEMAIS LOCAIS DE VOTAÇÃO
394
CE, artigo 120, § 1º / Lei nº 9.504/1997, artigos: 63, § 2º; e 64
395
CE, artigo 120, § 4º
396
CE, artigo 120, § 5º
338
Capítulo VII
DAS RECLAMAÇÕES CONTRA
OS AGENTES ELEITORAIS E OS LOCAIS DE VOTAÇÃO
Seção I
DAS RECLAMAÇÕES DURANTE A AUDIÊNCIA
Seção II
DAS RECLAMAÇÕES APÓS A AUDIÊNCIA
Subseção I
DAS RECLAMAÇÕES CONTRA OS AGENTES
397
Lei nº 9.504/1997, artigo 63
339
31. O partido que não tiver reclamado da composição da Mesa não poderá arguir, sob
esse fundamento, a nulidade da respectiva Seção Eleitoral398.
32. Da decisão proferida pelo Juiz Eleitoral, na hipótese supra, caberá recurso para o
TRE-DF, no prazo de 03 dias399.
Subseção II
DAS RECLAMAÇÕES CONTRA OS LOCAIS DE VOTAÇÃO
35. Da decisão do Juiz Eleitoral caberá recurso ao TRE-DF, a ser interposto dentro de
03 dias, devendo, no mesmo prazo, ser resolvido401.
36. Esgotados os prazos referidos nos itens 34 e 35, não mais poderá ser alegada, no
processo eleitoral, a proibição contida no item 3.3402.
Capítulo VIII
DO TREINAMENTO DOS AGENTES ELEITORAIS
38. Os Juízes deverão instruir os Mesários sobre o processo de eleição, por meio de
treinamento, com a necessária antecedência403.
37. Os Juízes deverão requisitar os locais a serem utilizados para o treinamento dos
agentes eleitorais, preferencialmente, dentre aqueles que detenham a infra-estrutura
necessária para o treinamento.
398
CE, artigo 121, § 3º
399
CE, artigo 121, § 1º
400
CE, artigo 135, § 7º
401
CE, artigo 135, § 8º
402
CE, artigo 135, § 9º
403
CE, artigo 122
340
39. O treinamento ocorrerá em dia, local e hora previamente comunicados aos
agentes.
40. Os treinandos assinarão lista de frequência, que deverá ser juntada ao anexo do
processo CMR correspondente.
41. As declarações acerca da frequência, para fins de usufruto das folgas em dobro,
serão entregues ao final dos treinamentos.
Capítulo IX
DA MONTAGEM
DAS SEÇÕES E DAS MESAS RECEPTORAS DE JUSTIFICATIVA
42. A critério do Tribunal e do Juiz, poderão participar da montagem das seções:
a) os Presidentes de Mesa;
b) mesário indicado por Presidente de Mesa impossibilitado de comparecer; ou
c) agentes do cadastro de reserva de que trata o item 21.
43. Aqueles que participarem da montagem das seções deverão assinar a lista de
frequência, que será juntada ao anexo do processo CMR correspondente.
44. As declarações sobre a frequência, para fins de usufruto das folgas em dobro serão
entregues ao final da montagem das seções por servidores da Justiça Eleitoral ou pelo
Administrador de Local.
Capítulo X
DO MESÁRIO FALTOSO E
DO ABANDONO DOS TRABALHOS ELEITORAIS
45. Deverão apresentar requerimento de justificativa ao Juiz Eleitoral (vide item 45.1):
I. os mesários:
a) que não tiverem comparecido aos trabalhos eleitorais, no prazo de 30
dias após a votação (vide item 45.2); ou
b) que tenham abandonado os trabalhos eleitorais, no prazo de 03 dias
após a votação (vide item 45.2); e
II. os convocados para apoio logístico do local de votação que não
comparecerem aos locais e dias marcados para as atividades, inclusive para o
treinamento, no prazo de 05 dias, contados da data da ausência (vide item
45.3).
341
45.1.1. Após apreciação pelo Juiz Eleitoral e adoção das providências por ele
determinadas (inclusive substituição do agente, se for o caso), o requerimento deverá
ser:
a) inserido na pasta prevista no item 13 do Módulo XXXVI; ou
b) juntado ao Anexo previsto no inciso II do item 19 daquele Módulo.
45.3. A ausência dos agentes indicados no inciso II deste item não enseja a aplicação
de multa ou suspensão, quando se tratar de servidor público404.
404
PA nº 19.556-CGE – Decisão monocrática de 22/08/2006
342
Módulo XXXVI
343
Módulo XXXVI
DOS PROCESSOS DE
COMPOSIÇÃO DE MESAS RECEPTORAS
Capítulo I
DOS TIPOS DE PROCESSO
1. Deverão ser autuados separadamente os processos da classe Composição de Mesa
Receptora – CMR destinados à documentação de cada uma das seguintes situações,
quando aplicáveis à Zona Eleitoral:
I. Composição de Mesa Receptora (vide Capítulo II);
II. Composição de Mesa Receptora – Presos provisórios (vide Capítulo III);
III. Composição de Mesa Receptora – Voto em trânsito (vide Capítulo IV);
IV. Composição de Mesa Receptora – Mesário faltoso (vide Capítulo V);
V. Composição de Mesa Receptora – Abandono dos trabalhos eleitorais (vide
Capítulo VI);
VI. Composição de Mesa Receptora – Reclamação contra a Designação de Local
de Votação (Vide Capítulo VII);
VII. Composição de Mesa Receptora – Reclamação contra a Nomeação de
Agentes Eleitorais (Vide Capítulo VIII).
1.1. Nas hipóteses previstas nos incisos IV e V, deverá ser autuado um processo por
agente eleitoral.
Capítulo II
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
3. O processo da classe CMR a ser autuado com o assunto “Composição de Mesa
Receptora” destina-se ao registro dos procedimentos referentes aos Locais de Votação
e Justificativa e aos agentes eleitorais convocados para trabalhar das Mesas
Receptoras de Votos e de Justificativas comuns.
344
I. a realização de vistoria nos locais de votação e de justificativa;
II. a designação de locais de votação e de justificativa;
III. a nomeação, a convocação, a dispensa e o treinamento de agentes
eleitorais;
IV. as reclamações apresentadas contra agentes eleitorais e locais de votação;
V. a montagem das mesas receptoras de votos e de justificativas;
VI. a verificação de ausência aos trabalhos eleitorais ou abandono destes, a ser
tratada em processo próprio (vide Capítulos V ou VI, conforme a hipótese); e
VII. o registro dos códigos de ASE aplicáveis nos históricos das inscrições dos
agentes eleitorais.
5. O processo deverá ser autuado tão logo seja realizada a seleção dos agentes
eleitorais por meio do Sistema de Convocação de Mesários.
6. A peça inicial dos autos será informação do Chefe de Cartório, que deverá conter:
I. dados sobre locais de votação, de justificativa e de treinamento;
II. sugestão de datas para as audiências, a ciência coletiva e o treinamento, de
acordo com os cronogramas estabelecidos pelo TRE e pelo TSE; e
III. outras informações julgadas relevantes.
345
II. o encaminhamento do referido edital para publicação no DJE;
III. a expedição dos ofícios mencionados no item 7;
IV. a expedição das intimações aos convocados; e
V. a adoção das demais providências determinadas pelo Juiz Eleitoral.
10.1. Caso sejam apresentadas reclamações, deverá ser certificado nos autos a sua
protocolização e autuação em feitos individuais conforme regramento previsto nos
Capítulos VII e VIII.
405
Lei nº 9.504/1997, artigo 63
346
10.3.1. Constarão do formulário de requerimento de dispensa campos para o eleitor
assinalar a forma pela qual será cientificado da decisão do Juiz Eleitoral:
a) autorização de encaminhamento de comunicação por meio eletrônico,
informando, para tanto, seu e-mail, e se comprometendo a manifestar ciência
pelo mesmo meio; ou
b) obrigatoriedade de comparecimento ao Cartório ou acompanhamento pelo
DJE.
347
13. Recebido requerimento de justificativa por ausência ou abandono, deverá ser
certificada a criação de pasta própria, provisória, para organização destes (vide itens
14 a 16 e 19).
18. Havendo 2º turno, deverão ser adotadas as providências previstas nos itens 11, 12,
13, 14 e 16, no que for aplicável.
348
19.1. Os requerimentos deverão ser juntados aos anexos com observância da ordem
cronológica de protocolo.
19.2. Os formulários deverão ser juntados ao anexo por ordem de Local de Votação e
de Seção Eleitoral.
20. Após a abertura do Cadastro Nacional de Eleitores, os códigos de ASE 183 serão
lançados coletivamente pela STI, com extração dos dados do Sistema de Convocação
de Mesários, observado o cronograma técnico do TSE.
23. Por fim, o Chefe de Cartório prestará informações acerca da finalização de todas as
providências cabíveis e fará conclusão ao Juiz Eleitoral, para determinação:
a) da realização das diligências que reputar cabíveis;
b) do encaminhamento dos autos ao MPE, caso julgue necessário; ou
c) do arquivamento do feito.
Capítulo III
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
PRESOS PROVISÓRIOS
24. O processo da classe CMR a ser autuado com o assunto “Composição de Mesa
Receptora – Presos Provisórios” destina-se ao registro dos procedimentos referentes
aos agentes eleitorais convocados para trabalhar nas Seções Especiais instaladas em
estabelecimentos prisionais e unidades de internação de adolescentes.
349
25. Serão documentados nesse processo;
I. os procedimentos discriminados no item 4; e
II. as ações adotadas para a garantia da segurança e da integridade física dos
agentes eleitorais e dos servidores da Justiça Eleitoral.
26. O processo deve ser autuado tão logo o Cartório Eleitoral receba o relatório da
Comissão responsável por firmar Termo de Cooperação Técnica com:
I. o Ministério Público;
II. a Defensoria Pública;
III. a Seccional da OAB; e
IV. os órgãos e secretarias responsáveis pela administração do sistema prisional
e pelo sistema socioeducativo da infância e da juventude.
27. A primeira peça dos autos será informação do Chefe do Cartório ao Juiz Eleitoral
referente à instalação das seções especiais em estabelecimentos prisionais e em
unidades de internação de adolescentes contendo, dentre outros dados:
I. eventos previstos no calendário eleitoral;
II. sugestão de estabelecimentos em que devem ser criadas as seções especiais;
III. sugestão de eleitores a serem indicados como mesários; e
IV. em anexo, o relatório referido no item 26.
30. A tramitação do feito observará as regras previstas nos itens 6 a 23, no que for
aplicável, ressalvados:
I. os prazos exíguos para a movimentação de eleitores, a montagem das mesas
e a seleção dos mesários; e
350
II. a necessidade de oportuna certificação acerca das providências para a
manutenção da segurança e integridade física dos agentes e servidores da
Justiça Eleitoral.
Capítulo IV
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
VOTO EM TRÂNSITO
31. O processo da classe CMR a ser autuado com o assunto “Composição de Mesa
Receptora – Voto em Trânsito” destina-se ao registro dos procedimentos referentes
aos agentes eleitorais convocados para trabalhar nas Seções Especiais destinadas a
eleitores inscritos em Estados da Federação que:
I. estejam no Distrito Federal no dia das Eleições; e
II. tenham solicitado sua transferência provisória para esta Unidade da
Federação para exercer o voto em trânsito.
Capítulo V
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
MESÁRIO FALTOSO
34. Será autuado um processo da classe CMR com o assunto “Composição de Mesa
Receptora – Mesário Faltoso” para cada agente eleitoral que não comparecer aos
trabalhos nos dias das Eleições406 e:
a) não apresentar justificativa para a ausência no prazo de 30 dias após a data
do turno a que se referir; ou
b) tiver seu requerimento de justificativa indeferido pelo Juiz Eleitoral.
406
CE, artigo 124, caput
351
34.1. O processo será autuado:
a) caso não seja apresentada justificativa, tão logo transcorra o prazo previsto
no artigo 124 do Código Eleitoral; ou
b) caso o requerimento de justificativa seja indeferido, no prazo máximo de 05
dias407, contados da determinação do Juiz Eleitoral nos autos do processo
principal.
34.1.1. Para a Zona Eleitoral do Exterior, a apuração da falta dos mesários fica
condicionada à chegada do material de votação via mala diplomática.
34.2.1. Caso o agente tenha faltado a ambos os turnos, o Juiz poderá apreciar ambas
as ausências em uma única decisão, após o transcurso do prazo previsto para
apresentação de justificativa relativa ao 2º turno.
35. A peça inicial do processo será informação individualizada prestada pelo Chefe de
Cartório ao Juiz Eleitoral, contendo qualificação completa do agente eleitoral e seguida
dos seguintes documentos, dentre outros considerados relevantes:
I. o requerimento de justificativa por ausência aos trabalhos indeferido pelo
Juiz Eleitoral ou cópia da decisão do Juiz nos autos do processo CMR
determinando a autuação do feito;
II. cópia do Edital de Nomeação e Intimação;
III. cópia do Termo Coletivo de Ciência;
IV. cópia do comprovante de comparecimento ao treinamento e à montagem
da seção, se for o caso;
V. cópia da Ata e da freqüência da Mesa Receptora;
VI. eventual requerimento de dispensa dos trabalhos; e
VII. espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores, que comprove o
comando do código de ASE 442 no histórico da inscrição do agente eleitoral,
caso já tenha sido realizado.
36. A seguir, o Chefe de Cartório fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral, para
prolação de decisão determinando a aplicação:
I. de multa408 (vide Módulo XVIII); e
II. se o agente for servidor público, de suspensão por até 15 dias409.
407
CPC, artigo 228
408
CE, artigo 124, caput c/c artigo 85 da Resolução-TSE nº 21.538/2003
409
CE, artigo 124, § 3º
410
CE, artigo 124, § 3º
352
37. Certificada a publicação da decisão, será expedido mandado de intimação ao
mesário, acompanhado de cópia desta, para ciência.
37.1.1. Tratando-se de servidor público, este poderá ser intimado em seu endereço
funcional.
39. Não sendo interpostos recursos, o Chefe do Cartório arquivará os autos depois de:
I. adotar as providências necessárias para a cobrança da multa e certificar:
a) o adimplemento desta, seguido do lançamento dos códigos de ASE
078, motivos/forma 1 ou 2, conforme a hipótese; ou
b) caso a quitação da multa não ocorra no prazo de 30 dias, sua
inscrição no Livro de Registro de Multas Eleitorais (vide Capítulo VII do
Módulo XVIII); e
II. caso o Juiz Eleitoral tenha determinado a suspensão do agente eleitoral:
i. oficiar ao órgão empregatício do servidor público, encaminhando
cópia da decisão e da publicação desta no DJE, para aplicação da
penalidade;
ii. juntada de comprovação da aplicação da penalidade aos autos; e
iii. certificação acerca do lançamento do código de ASE 175,
motivo/forma 3.
41. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas nos itens 37 e 38 e certificará:
a) no caso de reforma parcial, a adoção das providências previstas no item 39,
no que for aplicável, e das demais medidas determinadas pelo Juiz; ou
411
CE, artigo 258
412
CE, artigo 258
353
b) se a decisão reformada não tiver aplicado nenhuma penalidade, o
lançamento do código de ASE 175, motivo/forma 1.
42. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o previsto nos itens 37 a 39 (vide item 42.1);
II. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo à Secretaria
Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade do feito; e
III. comunicação, à Corte, acerca da eventual ocorrência, durante a fase de
recurso:
i. de pagamento da multa pelo eleitor;
ii. de pedidos formulados pelo eleitor; e
iii. de comunicação acerca da aplicação da penalidade de suspensão
pelo órgão empregatício.
43. Restituídos pela Secretaria Judiciária do TRE-DF, o Chefe de Cartório fará conclusão
ao Juiz Eleitoral para determinação:
a) da adoção de novas providências; ou
b) do arquivamento do feito.
Capítulo VI
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
ABANDONO DOS TRABALHOS ELEITORAIS
44. Será autuado um processo da classe CMR com o assunto “Composição de Mesa
Receptora – Abandono dos Trabalhos Eleitorais” para cada agente eleitoral que tiver
abandonado os trabalhos nos dias das Eleições413 e:
a) não apresentar justificativa para a ausência no prazo de 03 dias após a data
do turno a que se referir; ou
b) tiver seu requerimento de justificativa indeferido pelo Juiz Eleitoral.
44.1.1. Para a Zona Eleitoral do Exterior, a apuração da falta dos mesários fica
condicionada à chegada do material de votação via mala diplomática.
413
CE, artigos 124, § 4º
414
CPC, artigo 228
354
44.2. Deverá ser indicado no assunto:
I. se o abandono ocorreu no 1º, no 2º ou em ambos os turnos das Eleições; e
II. se o agente eleitoral faltoso é servidor público.
45. A peça inicial do processo será informação individualizada prestada pelo Chefe de
Cartório ao Juiz Eleitoral, contendo qualificação completa do agente eleitoral e seguida
dos seguintes documentos, dentre outros considerados relevantes:
I. o requerimento de justificativa por abandono dos trabalhos indeferido pelo
Juiz Eleitoral ou cópia da decisão do Juiz nos autos do processo CMR
determinando a autuação do feito;
II. cópia do Edital de Nomeação e Intimação;
III. cópia do Termo Coletivo de Ciência;
IV. cópia do comprovante de comparecimento ao treinamento e à montagem
da seção, se for o caso;
V. cópia da Ata e da freqüência da Mesa Receptora;
VI. eventual requerimento de dispensa dos trabalhos; e
VII. espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores, que comprove o
comando do código de ASE 442 no histórico da inscrição do agente eleitoral,
caso já tenha sido realizado.
46. A seguir, o Chefe de Cartório fará conclusão dos autos ao Juiz Eleitoral, para
prolação de decisão determinando a aplicação:
I. de multa415 (vide Módulo XVIII); e
II. se o agente for servidor público, de suspensão416.
46.1. As penas serão aplicadas em dobro nas hipóteses de abandono dos trabalhos417.
415
CE, artigo 124, caput c/c artigo 85 da Resolução-TSE nº 21.538/2003
416
CE, artigo 124, § 2º
417
CE, artigo 124, § 4º
355
47.1.1. Tratando-se de servidor público, este poderá ser intimado em seu endereço
funcional.
49. Não sendo interpostos recursos, o Chefe do Cartório arquivará os autos depois de:
I. adotar as providências necessárias para a cobrança da multa e certificar:
a) o adimplemento desta, seguido do lançamento dos códigos de ASE
078, motivos/forma 1 ou 2, conforme a hipótese; ou
b) caso a quitação da multa não ocorra no prazo de 30 dias, sua
inscrição no Livro de Registro de Multas Eleitorais (vide Capítulo VII do
Módulo XVIII); e
II. caso o Juiz Eleitoral tenha determinado a suspensão do agente eleitoral:
i. oficiar ao órgão empregatício do servidor público, encaminhando
cópia da decisão e da publicação desta no DJE, para aplicação da
penalidade;
ii. juntada de comprovação da aplicação da penalidade aos autos; e
iii. certificação acerca do lançamento do código de ASE 175,
motivo/forma 3.
51. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas nos itens 47 e 48 e certificará:
a) no caso de reforma parcial, a adoção das providências previstas no item 49,
no que for aplicável, e das demais medidas determinadas pelo Juiz; ou
b) se a decisão reformada não tiver aplicado nenhuma penalidade, o
lançamento do código de ASE 175, motivo/forma 1.
52. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o previsto nos itens 47 a 49 (vide item 52.1);
II. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo à Secretaria
Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade do feito; e
III. comunicação, à Corte, acerca da eventual ocorrência, durante a fase de
recurso:
i. de pagamento da multa pelo eleitor;
ii. de pedidos formulados pelo eleitor; e
418
CE, artigo 258
419
CE, artigo 258
356
iii. de comunicação acerca da aplicação da penalidade de suspensão
pelo órgão empregatício.
53. Restituídos pela Secretaria Judiciária do TRE-DF, o Chefe de Cartório fará conclusão
ao Juiz Eleitoral para determinação:
I. da adoção de novas providências, caso julgue necessário;
II. da remessa de cópia do processo ao MPE para verificação da incidência do
crime previsto no artigo 344 do Código Eleitoral (vide item 53.1); e
III. do arquivamento do feito, após a certificação da adoção de todas as
providências.
53.1. Caso seja recebida cota do MPE solicitando a apuração de crime, o Juiz poderá
determinar a autuação de cópia do feito na classe Notícia-Crime, observando-se o rito
específico para essa classe processual (vide Módulo XXVIII).
Capítulo VII
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
RECLAMAÇÃO CONTRA A DESIGNAÇÃO DE LOCAL DE VOTAÇÃO
54. Deverão ser protocolizadas e autuadas, individualmente, na classe Composição de
Mesa Receptora, com o assunto “Reclamação contra a Designação de Local de
Votação”, as reclamações contra a designação de locais de votação que:
I. não tiverem sido apresentadas e decididas durante a audiência pública e
registradas na respectiva ata (vide item 28 do Módulo XXXV); e
II. tiverem sido apresentadas por qualquer partido político ou coligação no
prazo de 03 dias da publicação da designação dos locais de votação420.
54.1. O servidor a que for apresentada a reclamação conferirá se esta foi instruída com
documentação comprobatória do alegado.
54.3. Cada um dos processos referentes a reclamações deverá ser concluso ao Juiz
Eleitoral, no prazo máximo de 01 dia421, contado de sua autuação, visto que o
magistrado dispõe de 48 horas para proferir sua decisão422.
420
CE, artigo 135, § 7º
357
55. O Juiz Eleitoral apreciará as reclamações e:
a) determinará a realização das diligências julgadas necessárias; ou
b) decidirá de pronto com base na documentação constante dos autos.
55.1. Decidindo pela procedência da alegação, o Juiz Eleitoral determinará (vide item
56):
I. a publicação de edital de substituição do Local de Votação com indicação dos
agentes que nele irão atuar;
II. a notificação dos responsáveis pelos Locais de Votação envolvidos;
III. nova intimação dos agentes acerca da alteração do Local de Votação, sem
abertura de novo prazo para substituição; e
IV. expedição de ofício à Comissão Eleitoral, para as devidas providências.
56.1. Se o reclamante for o MPE, deverá ser aberta vista dos autos.
56.2. Se o reclamante tiver advogado constituído nos autos, sua intimação será
realizada por meio da publicação da decisão no DJE423.
358
59. Caso sejam interpostos recursos425, o Chefe de Cartório:
I. juntará as respectivas peças ao processo; e
II. fará imediata conclusão ao Juiz Eleitoral, para reforma ou manutenção da
decisão.
60. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará o cumprimento
da decisão reformada.
61. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o cumprimento da decisão original;
II. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo de que trata este
Capítulo à Secretaria Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade
do feito; e
III. comunicação, à Corte, acerca da eventual ocorrência, durante a fase de
recurso, de pedidos formulados pelo reclamante.
62. O prazo para reclamação contra a nova designação será o mesmo estabelecido
para as reclamações originais e sua tramitação observará as normas previstas nos itens
54 e 55.
63. Ao final da tramitação, os processos de que trata este Capítulo deverão ser
apensados ao processo principal de Composição de Mesa Receptora,
independentemente de determinação judicial.
Capítulo VIII
COMPOSIÇÃO DE MESA RECEPTORA
RECLAMAÇÃO CONTRA A NOMEAÇÃO DE AGENTES ELEITORAIS
64. Deverão ser protocolizadas e autuadas, individualmente, na classe Composição de
Mesa Receptora, com o assunto “Reclamação contra a Nomeação de Agente Eleitoral”,
as reclamações contra a nomeação de agentes eleitorais que:
I. não tiverem sido apresentadas e decididas durante a audiência pública e
registradas na respectiva ata (vide item 28 do Módulo XXXV); e
II. tiverem sido apresentadas por qualquer partido político ou coligação no
prazo de 05 dias da publicação da nomeação dos agentes eleitorais426.
64.1. O servidor a que for apresentada a reclamação conferirá se esta foi instruída com
documentação comprobatória do alegado.
425
CE, artigo 258
426
Lei nº 9.504/1997, artigo 63
359
64.1.1. A reclamação será recebida em qualquer hipótese, mas o servidor deverá
informar ao responsável pela entrega que a insuficiência ou a falta de instrução
poderão resultar no indeferimento desta.
64.3. Cada um dos processos referentes a reclamações deverá ser concluso ao Juiz
Eleitoral, no prazo máximo de 01 dia427, contado de sua autuação, visto que o
magistrado dispõe de 48 horas para proferir sua decisão428.
65.1. Decidindo pela procedência da alegação, o Juiz Eleitoral determinará (vide item
66):
I. a publicação de edital de substituição do agente eleitoral;
II. a intimação do novo agente eleitoral; e
III. a abertura de vista dos autos ao MPE, para apreciação da incidência de
crime eleitoral429.
66.1. Se o reclamante for o MPE, deverá ser aberta vista dos autos.
66.2. Se o reclamante tiver advogado constituído nos autos, sua intimação será
realizada por meio da publicação da decisão no DJE430.
427
CPC, artigo 228
428
Lei nº 9.504/1997, artigo 63
429
CE, artigo 120, § 5º, c/c artigo 310
430
Resolução-TSE nº 23.328/2010
431
CE, artigo 258
360
68. Não sendo interpostos recursos, o Chefe do Cartório:
a) arquivará os autos, na hipótese prevista no item 65.2; ou
b) na hipótese prevista no item 65.1:
I. a juntada de cópias do edital a este processo e àquele de que trata o
Capítulo II;
II. a publicação do edital no DJE e a afixação de cópia deste no átrio do
Cartório; e
III. a expedição da intimação mencionada no inciso II do item 65.1.
70. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará o cumprimento
da decisão reformada.
71. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o cumprimento da decisão original;
II. caso seja interposto recurso à Corte, a remessa do processo de que trata este
Capítulo à Secretaria Judiciária do TRE-DF, após a certificação da regularidade
do feito; e
III. comunicação, à Corte, acerca da eventual ocorrência, durante a fase de
recurso, de pedidos formulados pelo reclamante.
72. O prazo para reclamação contra a nova designação será o mesmo estabelecido
para as impugnações originais e sua tramitação observará as normas previstas nos
itens 64 e 65.
73. Ao final da tramitação, os processos de que trata este Capítulo deverão ser
apensados ao processo principal de Composição de Mesa Receptora,
independentemente de determinação judicial.
432
CE, artigo 258
361
Módulo XXXVII
DO DESCARTE DE MATERIAL
362
Módulo XXXVII
DO DESCARTE DE MATERIAL
Capítulo I
DO PROCEDIMENTO DE DESCARTE
1. No âmbito do TRE-DF, o procedimento de descarte de materiais e documentos é
proposto, fiscalizado e executado pela Seção de Arquivo, com anuência da
Coordenadoria de Serviços Gerais e da Comissão Permanente de Avaliação de
Documentos.
3. Considerando o exposto nos itens supra, não será autuado processo da classe
Descarte de Materiais – DM pelos Juízos Eleitorais do Distrito Federal.
4.1. Se, durante a classificação, forem identificados documentos que possuam valor
histórico, o Cartório Eleitoral deverá listá-los e comunicar o fato ao Centro de Memória
(Seção de Biblioteca) do TRE-DF, para decisão acerca da necessidade de avaliação dos
documentos.
5.2.1. Os Termos serão assinados eletronicamente pelo Juiz Eleitoral, salvo se houver
delegação de competência específica para o Chefe de Cartório:
363
a) na árvore do processo SEI; ou
b) por meio de Portaria do Juízo.
6. Tão logo o material seja recolhido e o respectivo termo de recebimento seja inserido
no processo SEI pela Seção de Arquivo, o Cartório registrará, no SADP, o
encaminhamento dos documentos que possuam protocolo para aquela Unidade.
364
Módulo XXXVIII
DA DUPLICIDADE/PLURALIDADE
DE INSCRIÇÕES
365
Módulo XXXVIII
DA DUPLICIDADE/PLURALIDADE DE INSCRIÇÕES433
Capítulo I
DAS COINCIDÊNCIAS DE COMPETÊNCIA DO JUÍZO ELEITORAL
Seção I
DAS COINCIDÊNCIAS DETECTADAS EM BATIMENTO
433
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigos 33 a 50 / Provimento-CGE nº 1/2004
366
botão “OK” da mensagem apresentada pelo Sistema; e no botão “Gerar
PDF”, no canto inferior direito da página); e
II. os espelhos das inscrições eleitorais envolvidas em coincidência.
Seção II
DAS COINCIDÊNCIAS NÃO DETECTADAS EM BATIMENTO
3. Caso a ocorrência não tenha sido detectada pelos batimentos realizados pelo TSE,
deverão ser organizados, na ordem a seguir:
a) o documento por meio do qual foi informada a existência de provável
coincidência de inscrições eleitorais de competência do Juízo; ou
b) o RRI, caso o fato tenha sido detectado durante atendimento ao eleitor; ou
c) a informação prestada pelo Chefe de Cartório ao Juiz Eleitoral acerca da
ocorrência, caso esta tenha sido detectada pelo Cartório Eleitoral na ausência
do eleitor; e
d) em qualquer hipótese:
I. os espelhos das inscrições eleitorais envolvidas em coincidência; e
II. a fotografia e a assinatura do eleitor eventualmente registradas no
Cadastro Nacional de Eleitores.
Seção III
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS
7. Salvo para as coincidências disponíveis por meio do menu “Ajuste > Coincidência >
Pendências” do Sistema Elo (em que a notificação prevista no artigo 36 da Resolução-
TSE nº 21.538/2003 é realizada pelo TSE), o Chefe de Cartório expedirá, na mesma
data, notificação aos interessados, para que, no prazo de 20 dias, contados da
autuação do feito:
a) compareçam ao Cartório, caso domiciliados na Zona Eleitoral; ou
367
b) encaminhem à Serventia os documentos necessários para a regularização de
sua situação eleitoral, caso domiciliados em Zona Eleitoral diversa.
8.1. O edital, que deverá ser elaborado por meio do SEI e publicado uma única vez no
DJE, discriminará:
I. o número do agrupamento em coincidência;
II. o tipo de coincidência (duplicidade ou pluralidade; biográfica ou biométrica);
III. o tipo de batimento (realizado pelo Sistema Elo ou pelo AFIS);
IV. a data do batimento, caso disponível no Sistema;
V. os números das inscrições eleitorais envolvidas e as Zonas Eleitorais a que
estão vinculadas;
VI. os nomes completos dos interessados;
VII. o endereço do Cartório Eleitoral;
VIII. a data até a qual o eleitor deverá comparecer à Serventia436; e
IX. a data de assinatura do edital.
10. Caso o eleitor compareça ao Cartório, deverá ser orientado a preencher o RRI,
atentando o serventuário para a obrigatoriedade de:
I. utilização do modelo padronizado, disponível na Intranet da CGE;
II. anexação, na medida do possível, de todos os documentos mencionados no
formulário e de outros julgados relevantes para a elucidação da coincidência;
434
CPC, artigo 228
435
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 35
436
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36
437
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36
368
III. preenchimento ou inutilização, quando inaplicáveis, de todos os campos do
formulário, especialmente daqueles destinados à explanação acerca dos
motivos que ensejaram a coincidência;
IV. aposição de assinatura:
i. pelo requerente;
ii. pelo servidor responsável pelo atendimento; e
iii. pelo Chefe de Cartório;
V. protocolização do requerimento; e
VI. juntada ao respectivo processo de coincidência.
10.1. Caso o RRI seja apresentado após o transcurso do prazo previsto no item 8.2,
deverá ser juntado ao feito e levado à apreciação do Juiz Eleitoral, para manifestação
acerca de seu indeferimento, por intempestividade438, cientificando-se o eleitor da
decisão judicial e adotando-se as demais providências necessárias ao cumprimento
desta.
11.1. Nas hipóteses em que o prazo transcorrer in albis, o interessado deverá ser
notificado por meio de oficial de justiça ad hoc.
12. O processo somente será concluso ao Juiz Eleitoral, para decisão, após o transcurso
do prazo previsto no item 8.2 e a adoção das providências previstas no item 11.
12.1. Em qualquer hipótese, a conclusão deverá ocorrer em tempo hábil para que a
decisão seja proferida antes do transcurso do prazo de 40 dias441, contados:
a) da data do batimento, para os agrupamentos em coincidência disponíveis
por meio do menu “Ajuste > Coincidência > Pendências” do Sistema Elo; ou
b) da data da autuação do feito, para as demais espécies de coincidência.
12.1.1. Com relação às coincidências mencionadas na alínea “a”, tal medida visa,
ainda, evitar a atualização automática da coincidência pelo Sistema Elo, especialmente
às vésperas do fechamento do Cadastro Nacional de Eleitores.
438
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 50
439
CPC, artigo 228
440
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 46
441
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 47
369
13. Caso entenda ser possível afirmar que o grupo é formado por pessoas distintas e
que cada um dos eleitores possui apenas uma inscrição liberada ou regular, o Juiz
Eleitoral determinará, de forma fundamentada:
I. a regularização de todas as inscrições envolvidas em coincidência;
II. caso se trate de gêmeos ou homônimos comprovados:
a) a digitação do código de ASE 256, no histórico da inscrição
pertencente à sua jurisdição; e/ou
b) caso aplicável, o encaminhamento de cópia eletrônica do processo ao
e-mail do Juízo competente, por meio de ofício, para análise da
pertinência de determinar a adoção de providências idênticas com
relação à inscrição que pertença à sua jurisdição;
III. caso se trate de coincidência biométrica:
a) a expedição de notificação aos interessados domiciliados na Zona
Eleitoral, a fim de que compareçam ao Cartório Eleitoral para nova
coleta de seus dados biométricos, de modo a evitar futuro agrupamento
das mesmas inscrições eleitorais em coincidência; e/ou
b) o encaminhamento de cópia eletrônica do processo ao e-mail do
Juízo competente, por meio de ofício, para análise da pertinência de
determinar a adoção de providências idênticas;
IV. a publicação da decisão no DJE;
V. a notificação dos interessados que tiverem comparecido ao Cartório durante
o trâmite do processo;
VI. o registro da decisão no Sistema Elo, caso aplicável; e
VII. o arquivamento do processo, após certificada a adoção de todas as
providências cabíveis.
370
eletrônica do processo ao respectivo Juízo, solicitando a adoção de
providências idênticas com relação à inscrição que pertença à sua
jurisdição;
V. a remessa dos autos ao MPE, salvo nos casos de evidente falha dos serviços
eleitorais, reconhecida expressamente na decisão442;
VI. a apuração de responsabilidade de qualquer ordem, seja de eleitor, de
servidor da Justiça Eleitoral ou de terceiros, por inscrição fraudulenta ou
irregular443 ou a dispensa fundamentada da adoção dessa providência na
decisão;
VII. a publicação da decisão no DJE;
VIII. o registro da decisão no Sistema Elo;
IX. a notificação dos interessados que tiverem comparecido ao Cartório durante
o trâmite do processo; e
X. o arquivamento dos autos, após a adoção das providências cabíveis.
17.1. Caso o Juiz reforme sua decisão, o Chefe de Cartório adotará as providências
previstas no item 16.
17.2. Caso o Juiz não reforme sua decisão, o Chefe de Cartório providenciará:
I. o registro da decisão no Sistema Elo, caso aplicável; e
II. caso seja interposto recurso à Corregedoria, a remessa do processo à CRE-
DF, após a certificação da regularidade do feito.
442
Resolução- TSE nº 21.538/2003, artigo 48
443
Resolução- TSE nº 21.538/2003, artigo 49
444
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 41, §§ 4º e 5º
371
b) a determinação de remessa do feito à CRE-DF, para apreciação do
recurso.
372
21. Os agrupamentos em coincidência biométrica deverão ser acessados, por meio do
menu “Ajuste > Coincidência > Coincidência Biométrica”, para registro:
I. do número do processo em que está sendo analisada a coincidência, tão logo
este seja autuado (preencher o campo “número do processo”, no rodapé da
página, e clicar em “gravar”);
II. da instauração ou não de inquérito policial, tão logo seja possível aferir essa
ocorrência (clicar nos botões “sim” ou “não”, no rodapé da página); e
III. da finalização do processo, imediatamente antes do arquivamento deste
(clicar no botão “finalizar processo”, no rodapé da página).
Capítulo II
DAS COINCIDÊNCIAS DE COMPETÊNCIA
DO CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL OU
DO CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA ELEITORAL
Seção I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
445
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 48, §6º
373
TSE nº 21.538/2003, poderão ser encaminhados ao Juízo Eleitoral, para instrução,
processos de coincidência biométrica ou biográfica que versem sobre:
a) pluralidade envolvendo inscrições eleitorais vinculadas a 02 ou mais Zonas
Eleitorais do DF (competência da CRE-DF);
b) pluralidade envolvendo inscrições eleitorais vinculadas a Zonas Eleitorais de
02 ou mais Unidades da Federação (competência da CGE);
c) duplicidade ou pluralidade envolvendo inscrição eleitoral do DF e registro de
suspensão de direitos políticos na BPSDP (competência da CRE-DF); ou
d) duplicidade ou pluralidade envolvendo inscrição eleitoral e registro de perda
de direitos políticos na BPSDP (competência da CGE).
24. Em qualquer hipótese, a adoção das providências previstas neste Capítulo deverá
ocorrer em tempo hábil para que a decisão seja proferida antes do transcurso do prazo
de 40 dias446, contados:
a) da data do batimento, para os agrupamentos em coincidência
disponibilizados para a autoridade competente por meio do menu “Ajuste >
Coincidência > Pendências” do Sistema Elo; ou
b) da data da expedição da notificação ao eleitor447, para as demais espécies de
coincidência.
24.1. Com relação às coincidências mencionadas na alínea “a”, tal medida visa, ainda,
evitar a atualização automática da coincidência pelo Sistema Elo, especialmente às
vésperas do fechamento do Cadastro Nacional de Eleitores.
25. Recebido o processo (vide item 25.1), deverá ser realizada a juntada:
I. do PETE, acompanhado de seus anexos, observando-se que:
a) caso o PETE já tenha sido descartado, tal fato deverá ser certificado
nos autos; e
b) deverá ser mantida cópia autêntica da documentação no local em
que se encontravam arquivados os originais, com indicação do processo
ao qual estes foram juntados;
II. de cópia autêntica das respectivas folhas dos Cadernos de Votação; e
III. dos demais documentos que possam auxiliar na elucidação da coincidência,
a exemplo de cópias das comunicações de suspensão ou restabelecimento de
direitos políticos do interessado disponíveis em Cartório.
25.1. Caso o processo seja recebido em meio eletrônico, antes da adoção das
providências previstas nos incisos I a III, as peças deverão ser impressas, protocolizadas
e formalizadas.
446
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 47
447
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36
374
Seção II
DAS COINCIDÊNCIAS BIOGRÁFICAS
26. Após a adoção das providências previstas no item 25, o Chefe de Cartório:
I. notificará o eleitor, por meio de oficial de justiça ad hoc, para que compareça
ao Cartório, no prazo de 20 dias448, contados:
a) da data do batimento, para os agrupamentos em coincidência
disponibilizados para a autoridade competente por meio do menu
“Ajuste > Coincidência > Pendências” do Sistema Elo; ou
b) da data da expedição da notificação ao eleitor449, para as demais
espécies de coincidência; e
II. adotará as demais providências eventualmente solicitadas pela CRE-DF.
27. Caso o eleitor compareça ao Cartório, deverá ser orientado a preencher o RRI e –
se houver registro na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos agrupado em
coincidência – a “Declaração de Situação de Direitos Políticos”, atentando o
serventuário para a obrigatoriedade de:
I. utilização dos modelos padronizados, disponíveis na Intranet da CGE;
II. anexação, na medida do possível, de todos os documentos mencionados nos
formulários e de outros julgados relevantes para a elucidação da coincidência;
III. preenchimento ou inutilização, quando inaplicáveis, de todos os campos dos
formulários, especialmente daqueles destinados à explanação acerca dos
motivos que ensejaram a coincidência;
IV. aposição de assinatura:
i. pelo requerente;
ii. pelo servidor responsável pelo atendimento; e
iii. pelo Chefe de Cartório;
V. protocolização individualizada do requerimento e da declaração, caso
aplicável; e
VI. juntada:
a) ao processo de coincidência autuado pela CRE-DF ou pela CGE; ou
b) ao procedimento formalizado pelo Cartório Eleitoral (vide item 25.1).
27.1. Caso o RRI seja apresentado após o transcurso do prazo previsto no item 26,
deverá ser:
a) juntado ao feito, caso este ainda esteja tramitando no Cartório; ou
b) juntado ao procedimento de que trata o item 25.1; e
c) encaminhado à CRE-DF para manifestação da autoridade competente acerca
do indeferimento deste, por intempestividade450:
i) em meio físico, na hipótese prevista na alínea “a”; ou
ii) em meio eletrônico, na hipótese prevista na alínea “b”.
448
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36
449
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36
450
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 50
375
28. Em qualquer hipótese, o IPAJ deverá ser preenchido, observando-se a
obrigatoriedade de:
I. utilização do modelo padronizado, disponível na Intranet da CGE;
II. anexação, na medida do possível, de todos os documentos mencionados no
formulário que ainda não tenham sido juntados ao feito e de outros julgados
relevantes para a elucidação da coincidência;
III. preenchimento ou inutilização, quando inaplicáveis, de todos os campos do
formulário, especialmente daqueles destinados à explanação acerca dos
motivos que ensejaram a coincidência;
IV. aposição de assinatura:
i. pelo servidor responsável pelo preenchimento; e
ii. pelo Juiz Eleitoral (vide item 29); e
V. juntada (vide itens 25.1 e 29.1):
a) ao processo de coincidência autuado pela CRE-DF ou pela CGE; ou
b) ao procedimento formalizado pelo Cartório Eleitoral.
Seção III
DAS COINCIDÊNCIAS BIOMÉTRICAS
376
I. a expedição de ofício à CRE-DF, solicitando que a CGE disponibilize arquivos
eletrônicos contendo os dados biométricos das inscrições envolvidas em
coincidência; e
II. o encaminhamento de cópia do processo, acompanhada dos referidos
arquivos eletrônicos, ao Departamento de Polícia Federal, para instauração do
inquérito policial.
Capítulo III
DAS COINCIDÊNCIAS DE COMPETÊNCIA
DE OUTROS JUÍZOS ELEITORAIS
Seção I
DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA INSTRUÇÃO DE PROCESSO
32. Caso o eleitor compareça ao Cartório, deverá ser orientado a preencher o RRI,
atentando o serventuário para a obrigatoriedade de:
I. utilização do modelo padronizado, disponível na Intranet da CGE;
II. anexação, na medida do possível, de todos os documentos mencionados no
formulário e de outros julgados relevantes para a elucidação da coincidência;
III. preenchimento ou inutilização, quando inaplicáveis, de todos os campos do
formulário, especialmente daqueles destinados à explanação acerca dos
motivos que ensejaram a coincidência;
IV. aposição de assinatura:
i. pelo requerente;
ii. pelo servidor responsável pelo atendimento; e
iii. pelo Chefe de Cartório;
V. protocolização do requerimento; e
VI. anexação à documentação a ser encaminhada ao Juízo competente.
32.1. Caso o RRI seja apresentado após o transcurso do prazo previsto no item 31,
deverá ser:
451
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 36
377
a) anexado ao IPAJ, caso este ainda esteja tramitando no Cartório; ou
b) encaminhado à autoridade competente, por meio de ofício, para
manifestação acerca do indeferimento deste, por intempestividade452:
I. via e-mail; e
II. posteriormente, em meio físico.
34.1. Recebido o IPAJ, este será encaminhado ao Juízo competente, pelos Correios.
34.1.1. Caso tal providência tenha sido solicitada ou seja considerada necessária, será
encaminhada, ainda, cópia eletrônica da documentação ao e-mail do Juízo
competente.
Seção II
DA APRECIAÇÃO DE PROPOSTA DE
CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO ELEITORAL
35.1. Autuado o feito, deverá ser observado o rito previsto no Módulo XXXIII.
452
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 50
378
35.3. Finalizada a tramitação, deverá ser encaminhada cópia eletrônica do processo ao
e-mail do Juízo competente, por meio de ofício, para ciência e adoção das demais
providências julgadas cabíveis.
Seção III
DA COMUNICAÇÃO DE DECISÃO EM PROCESSO DE COINCIDÊNCIA
DE COMPETÊNCIA DE JUÍZO DIVERSO
36.1. Autuado o feito, este será concluso ao Juiz Eleitoral, que determinará a adoção
das providências que julgar necessárias, inclusive daquelas eventualmente solicitadas
pelo Juízo que decidiu a coincidência.
379
Módulo XXXIX
DA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
380
Módulo XXXIX
DA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA453
Título I
DOS REQUISITOS PARA A FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
1. Somente pode se filiar a partido político o eleitor que estiver no pleno gozo de seus
direitos políticos454 ativos, caso contrário, a anotação da filiação no sistema próprio
resultará em erro.
2. Para concorrer às eleições, o candidato deverá estar com a filiação deferida pelo
partido no mínimo 06 meses antes da data da eleição456.
Título II
DA ANOTAÇÃO DAS FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS
PELOS PARTIDOS POLÍTICOS
Capítulo I
DO SISTEMA FILIAWEB
4. O sistema Filiaweb é o instrumento utilizado pelos Partidos Políticos para a anotação
das filiações partidárias a que se refere o artigo 19 da Lei 9.096/1995.
453
Lei nº 9.096/1995 / Lei nº 12.891/2013 / Resolução-TSE nº 23.117/2009 / Resolução-TSE nº 23.198/2009 / Provimento-CGE nº
2/2010 / Provimento-CGE nº 5/2010
454
Lei nº 9.096/1995, artigo 16
455
Resolução-TSE nº 23.117/2009 / Acórdãos TSE: 12.371/1992, 22.014/2004 e 23.351/2004
456
Lei nº 9.504/1997, artigo 9º
381
Capítulo II
DO CADASTRAMENTO NO SISTEMA FILIAWEB
6. A CRE-DF, mediante requerimento do interessado, procederá ao cadastramento do
responsável pelo diretório regional do partido político no Distrito Federal no sistema
Filiaweb, com vistas ao gerenciamento:
I. dos filiados vinculados a seu diretório partidário; e
II. dos usuários do Filiaweb no âmbito de seu diretório partidário.
8.2.1. Expirada a senha ou finalizado o mandato, deverá ser realizada nova solicitação
de cadastramento, com observância das regras previstas neste Capítulo.
382
10.1.1. O cadastramento desses usuários será realizado diretamente pelo
administrador, por meio do Filiaweb.
Capítulo III
DA MANUTENÇÃO DA LISTA DE FILIADOS
11. Para gerenciar os registros de seus filiados, o usuário do partido deve acessar o
Filiaweb, fazer o login e realizar as alterações necessárias na “relação interna”.
14. Findo o prazo legal destinado à entrega das relações de filiados, a “relação interna”
submetida pelo partido terá sua situação modificada para “fechada” e será convertida
pelo sistema em “relação oficial”, desconsiderados eventuais erros ainda existentes na
ocasião do processamento.
Capítulo IV
DA SUBMISSÃO DA RELAÇÃO DE FILIADOS
16. A submissão de relação de filiados é a manifestação de vontade, expressada pelo
diretório partidário, de apresentar a sua relação interna para processamento.
17. A submissão é feita apenas uma vez a cada semestre e não bloqueia a continuidade
das operações pelo partido.
18. A adequada e tempestiva submissão das relações de filiados por meio de sistema
eletrônico são de inteira responsabilidade dos órgãos partidários.
383
19. Os riscos de não obtenção de linha ou de conexão ou de defeito de transmissão ou
de recepção correrão à conta do usuário e não escusarão o cumprimento dos prazos
legais.
20. Caso o partido não submeta a relação de filiados no prazo determinado pela Justiça
Eleitoral, será considerada oficial a última relação (ordinária, especial ou
extemporânea) apresentada pelo partido, recebida e armazenada no sistema de
filiação partidária.
Título III
DO CONTROLE DAS FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS
PELA JUSTIÇA ELEITORAL
Capítulo I
DO SISTEMA ELO6
21. O Sistema ELO6 será utilizado pela Justiça Eleitoral para:
I. consulta e processamento:
i. das decisões judiciais nos feitos referentes às duplicidades de filiação
partidária ou às listas especiais; e
ii. das demais demandas de eleitores ou partidos; e
II. cadastramento dos dirigentes regionais de partidos políticos no Sistema
Filiaweb.
Capítulo II
DAS RELAÇÕES OFICIAIS DE FILIADOS DA JUSTIÇA ELEITORAL
22. A “relação oficial” da Justiça Eleitoral informa os registros de filiação encontrados
para determinado Partido e Zona Eleitoral, desconsiderados todos os registros de
filiação que ainda estejam em situação de erro por ocasião do processamento.
24. As ações executadas pela Justiça Eleitoral causam imediata alteração do estado do
filiado.
457
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 28, parágrafo único
384
Capítulo III
DA PUBLICIDADE DAS RELAÇÕES DE FILIADOS
25. Não será necessária a autuação das listagens de filiações partidárias enviadas pelos
diretórios partidários, via Filiaweb, na segunda semana dos meses de abril e outubro
de cada ano.
26. A publicidade das relações de filiados ocorrerá por meio do Sistema Filiaweb.
27. A publicação das relações oficiais será feita no sítio do TSE na Internet.
28.1. As certidões poderão ser emitidas pelos Cartórios Eleitorais ou por qualquer
interessado.
Capítulo IV
DO CRONOGRAMA DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
30. O cronograma representa um ciclo completo do sistema de filiação partidária,
desde a recepção da relação de filiados até seu processamento e a identificação de
coexistência, duplicidade ou pluralidade de filiações.
Capítulo V
DAS ESPÉCIES DE LISTAS DE FILIADOS
Seção I
DAS LISTAS ORDINÁRIAS
31. As listas ordinárias são as relações oficiais de filiação partidária submetidas para
processamento eletrônico pelos partidos políticos, via Filiaweb, nos meses de abril e
outubro de cada ano459, conforme cronograma estabelecido pela CGE.
458
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 15
459
Lei nº 9.096/1995
385
Seção II
DAS LISTAS EXTEMPORÂNEAS
32. As listas extemporâneas são as relações oficiais, com o mesmo efeito de ordinárias,
mas ordenadas e autorizadas excepcionalmente pela CGE, para serem processadas
fora da época prevista em cronograma oficial.
Seção III
DAS LISTAS ESPECIAIS
Subseção I
DA DEFINIÇÃO
Subseção II
DA AUTORIZAÇÃO DE ORDENAMENTO E DE PROCESSAMENTO
36. O requerimento deverá ser formulado pelo próprio eleitor, não se admitindo
procuração a terceiros, salvo quando se tratar de advogado com procuração específica
para atuação perante a Justiça Eleitoral.
460
Lei nº 9.096/1995, artigo 19, § 2º
386
II. espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores em nome do
interessado; e
III. demais documentos cabíveis.
39. Se entender que a omissão do nome do eleitor não decorreu de desídia ou má-fé, o
Juiz Eleitoral indeferirá o requerimento de pronto e determinará:
I. a publicação da decisão;
II. a intimação do eleitor;
III. a notificação do partido para que, caso julgue pertinente, inclua o nome do
eleitor na próxima lista ordinária de filiados;
IV. a publicação da decisão; e
V. o arquivamento dos autos.
40. Caso considere restar dúvida quanto às razões que levaram à omissão do nome do
eleitor, o Juiz Eleitoral determinará:
I. a realização das diligências eventualmente solicitadas ou que entenda
necessárias para o esclarecimento dos fatos; e/ou
II. a notificação do partido para que, em prazo não superior a 05 dias, por ele
estipulado:
a) analise a pertinência de submeter nova relação de filiados, contendo
o nome do requerente, por meio do Filiaweb461; e/ou
b) decline as razões pelas quais não considere cabível a inclusão no
nome do requerente, se for o caso; e
III. caso aplicável, o aguardo do prazo mencionado no inciso II (vide item 40.1).
40.2. A seguir, o Juiz Eleitoral determinará a adoção das providências previstas nos
itens 40.2.1 ou 40.2.2, conforme a hipótese.
461
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 4º, § 2º
387
I. acompanhe, por meio do Sistema ELO6, a submissão da relação pelo partido
político;
II. proceda à ordenação da relação de filiados apresentada pelo partido, por
meio do Sistema ELO6;
III. encaminhe o processo à CRE-DF; e
IV. acompanhe o trâmite da autorização de processamento (vide item 41).
40.2.2. Caso decida pelo indeferimento do pedido de inclusão em lista especial, o Juiz
Eleitoral determinará a notificação do partido para, caso julgue pertinente, incluir o
nome do requerente na próxima lista ordinária de filiados.
Subseção III
DOS REGISTROS NO SISTEMA ELO6
42. Para ORDENAR uma relação especial no Sistema ELO6, o serventuário deverá:
I. acessar o menu “Filiação > Autorização de Processamento”;
II. na tela seguinte, informar:
i. o nome do partido;
ii. o tipo de autorização “ESPECIAL”; e
iii. a situação “ORDENADA”;
III. clicar em “Incluir”;
IV. informar:
i. o município “DISTRITO FEDERAL”;
ii. o nome do partido; e
iii. no campo “documento”, o número do processo em que foi
autorizada a ordenação da lista especial.
V. clicar em “Continuar”;
VI. conferir os dados; e
VII. confirmar a operação.
42.1.1. O espelho das operações deverá ser juntado ao processo em que foi autorizada
a ordenação da lista especial.
43. Para CONSULTAR uma relação especial ordenada no Sistema ELO6, o serventuário
deverá:
I. acessar o menu “Filiação > Autorização de Processamento”;
II. na tela seguinte, informar:
i. o tipo de autorização “ESPECIAL”; e
388
ii. a situação “ORDENADA”; e
III. clicar em “Consultar”.
43.1. Finalizada a consulta, o ELO6 apresentará uma lista contendo todas as relações
ordenadas pelo Cartório Eleitoral.
44.1.1. Se o Cartório não restringir a consulta por partido e/ou por situação, serão
apresentadas todas as relações especiais vinculadas à Zona Eleitoral e a situação de
cada uma delas.
44.1.2. É possível detalhar o registro de cada uma das relações apresentadas clicando
no ícone correspondente.
Capítulo VI
DA DESFILIAÇÃO A REQUERIMENTO DO ELEITOR
45. As desfiliações serão processadas pela Justiça Eleitoral de acordo com o
cronograma de filiação partidária.
46. Se o eleitor desejar que sua desfiliação seja registrada fora dos prazos previstos no
referido cronograma, deverá apresentar requerimento ao Juízo da Zona Eleitoral em
que for inscrito, contendo:
I. nome e número da inscrição eleitoral do requerente;
II. manifestação expressa da vontade de se desfiliar do partido político;
III. assinatura do interessado; e
IV. comprovação documental da comunicação de desfiliação ao respectivo
diretório zonal ou declaração de sua impossibilidade.
46.1. A desfiliação será comunicada somente ao Juiz Eleitoral quando for impossível
entregar a comunicação ao diretório, em virtude de462:
462
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 13, § 5º
389
a) o diretório zonal não estar devidamente constituído;
b) recusa de recebimento da comunicação de desfiliação pelo órgão partidário;
ou
c) outros motivos devidamente comprovados.
46.1.1. Nestas hipóteses, o eleitor deverá apresentar declaração por escrito ou outra
prova da desfiliação.
390
48.1. Se o eleitor não tiver se filiado a outro partido político, a data de desfiliação a ser
registrada no Sistema Elo6 será a data de protocolo da comunicação no Cartório.
48.2. Caso o eleitor tenha se filiado a outro partido político, a data de desfiliação a ser
registrada no Sistema Elo6 será a data da filiação ao novo partido.
Capítulo VII
DA COEXISTÊNCIA E DA DUPLICIDADE/PLURALIDADE
DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
Seção I
DA IDENTIFICAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS
E DA NOTIFICAÇÃO DOS INTERESSADOS
51. Na hipótese prevista no inciso I do item 49, não há providências a cargo do Juízo
Eleitoral.
52. Na hipótese prevista no inciso II do item 49, o TSE expedirá notificações ao filiado e
aos partidos envolvidos na duplicidade ou pluralidade de filiações partidárias.
52.1. As notificações dirigidas ao eleitor filiado serão encaminhadas, por via postal, ao
endereço constante do Cadastro Nacional de Eleitores.
463
Consulta ao TSE nº 88-73.2016.6.00.0000
391
52.1.1. Cabe aos partidos políticos orientar seus filiados a manterem seus dados
cadastrais atualizados junto à Justiça Eleitoral464.
Seção II
DAS SITUAÇÕES SUB JUDICE
Subseção I
DAS HIPÓTESES DE NÃO AUTUAÇÃO
54. Disponibilizada, no Sistema ELO6, a relação de filiações sub judice de que trata o
inciso II do item 49, o Cartório Eleitoral verificará em seus assentamentos se deixou de
ser lançada ou processada:
a) comunicação/solicitação de desfiliação partidária já despachada pelo Juiz
Eleitoral (vide item 54.1);
b) comunicação/solicitação de desfiliação partidária ainda não despachada pelo
Juiz Eleitoral (vide item 54.2); e/ou
c) decisão judicial pela nulidade da filiação partidária, proferida em processos
anteriores (vide item 54.3).
464
Resolução-TSE nº 23.117/2009, artigo 12, § 6º
392
c) da adoção das demais providências que reputar cabíveis.
54.3. Com relação aos feitos anteriores que contenham decisão pela nulidade das
filiações não lançada ou processada pelo sistema utilizado à época, deverão ser
adotadas as seguintes providências:
I. desarquivamento do processo, independentemente de ordem do Juiz
Eleitoral, acompanhado de certificação do motivo deste;
II. certificação da ocorrência de novo agrupamento, independentemente da
competência para julgar a duplicidade;
III. conclusão do processo ao Juiz Eleitoral, para que sejam determinadas novas
providências, via de regra:
i. cancelamento no Sistema Elo6, com o motivo “decisão judicial”;
ii. realização de diligências, caso necessário;
iii. vista dos autos ao MPE, caso este não tenha se pronunciado no feito;
e
iv. arquivamento do feito.
Subseção II
DAS HIPÓTESES DE AUTUAÇÃO
56. A primeira peça do processo será informação prestada pelo Chefe de Cartório a
respeito da duplicidade/pluralidade de filiações realizadas por um mesmo eleitor em
uma mesma data.
58. Após, o Chefe de Cartório fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral que
determinará:
I. o aguardo do prazo de 20 dias, contados da realização do processamento das
informações, durante o qual os interessados poderão se manifestar acerca do
agrupamento em duplicidade/pluralidade de filiações partidárias; e
II. o posterior encaminhamento do processo ao MPE, para vistas, pelo prazo de
05 dias.
393
60. Restituído o processo, o Chefe de Cartório, no prazo de 01 dia465:
I. juntará manifestação do MPE eventualmente encaminhada em apartado; e
II. fará conclusão ao Juiz Eleitoral.
62.2. A intimação dos eleitores e dos partidos políticos acerca da decisão ocorrerá por
meio de AR ou de oficial de justiça ad hoc.
465
CPC, artigo 228
466
CE, artigo 258
394
67. Caso o Juiz não reforme sua decisão e seja interposto recurso à Corte:
I. a certificação da regularidade do feito;
II. a remessa do processo à Secretaria Judiciária do TRE-DF; e
III. a comunicação, à Corte, acerca de pedidos formulados pelo eleitor durante
a fase de recurso.
395
Módulo XL
DA JUNTA ELEITORAL
396
Módulo XL
DA JUNTA ELEITORAL
Capítulo I
DA COMPOSIÇÃO DA JUNTA ELEITORAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
1. No Distrito Federal, será instalada uma Junta Eleitoral em cada Zona Eleitoral.
Seção II
DA NOMEAÇÃO DOS MEMBROS DA JUNTA ELEITORAL
4.1. Deverá ser incluído na referida listagem o nome do Juiz Eleitoral (titular ou
substituto), que será o seu presidente.
467
CE, artigo 36, § 3º
468
Lei nº 9.504/1997, artigo 64
397
5. O Juiz Eleitoral encaminhará a indicação da composição da Junta ao Presidente do
TRE-DF até 80 dias antes das eleições.
Seção III
DA AUTUAÇÃO DO FEITO
7.1. As primeiras peças do feito serão cópias da publicação dos referidos atos.
7.2. O processo será autuado na classe Apuração de Eleição – AE, com o assunto
“Composição da Junta Eleitoral”.
Seção IV
DA NOMEAÇÃO DOS ESCRUTINADORES E AUXILIARES
469
CE, artigo 36, §§ 1º e 2º
470
CPC, artigo 228
471
CPC, artigo 228
472
CE, artigo 38
398
10.1. Caberá ao Secretário-Geral473:
I. lavrar as atas;
II. tomar por termo ou protocolar os recursos, neles funcionando como
escrivão; e
III. totalizar os votos apurados.
11. Até 30 dias antes das eleições, o edital com os nomes dos escrutinadores e
auxiliares nomeados será:
I. juntado aos autos;
II. publicado no DJE;
III. afixado no átrio do Cartório Eleitoral; e
IV. remetido, por cópia, ao Presidente do TRE-DF474.
12. Nos 03 dias que se seguirem à publicação, qualquer partido político ou coligação
poderá apresentar impugnação às indicações, por meio de petição fundamentada475.
399
ii. ao processo da classe ICJE;
II. a publicação do edital no DJE;
III. a afixação de cópia do edital no átrio do Cartório;
IV. a expedição de ofício ao Presidente do TRE-DF encaminhando cópia da
publicação do edital; e
V. a juntada de cópia do ofício expedido:
i. ao processo de Composição da Junta Eleitoral; e
ii. ao processo da classe ICJE.
16. O prazo para impugnação da nova nomeação será o mesmo estabelecido para as
impugnações originais e sua tramitação observará as normas previstas nos itens 14 e
15.
Seção V
DOS DEMAIS PROCEDIMENTOS
400
19.2. As impugnações terão tramitação própria, de acordo com as normas previstas no
Capítulo II deste Módulo.
Capítulo II
IMPUGNAÇÃO PERANTE AS JUNTAS ELEITORAIS
20. Compete à Junta Eleitoral a apreciação477:
I. das dúvidas não decididas e dos recursos interpostos durante a votação; e
II. das impugnações e dos demais incidentes verificados durante os trabalhos da
apuração.
22. As impugnações serão decididas de plano, pela Junta Eleitoral, por maioria de
votos.
24. Cabe recurso das decisões proferidas pela Junta Eleitoral acerca das impugnações.
477
CE, artigos 169 a 172
478
CE, artigo 170
479
CE, artigo 169, § 4º
401
24.1.1. As certidões serão lavradas pelo Secretário-Geral, de acordo com o Boletim de
Urna (BU).
24.2. Se o recurso versar sobre contagem errônea de votos ou sobre vício de cédulas
ou de envelopes para votos em separado, as cédulas questionadas deverão ser
acondicionadas em envelope lacrado e rubricado:
I. pelo Presidente da Junta Eleitoral;
II. pelo recorrente; e
III. pelos delegados de partidos que assim desejarem.
25. Decorrido o prazo previsto no inciso IV do item 23, deverá ser providenciada:
I. a certificação acerca:
a) da apresentação das razões do recurso; ou
b) do transcurso in albis do prazo para apresentação das razões;
II. caso aplicável, a juntadas das razões do recurso e da documentação que as
acompanhar ao feito; e
III. a conclusão dos autos do Presidente da Junta Eleitoral.
27. Caso não sejam interpostos recursos, todas as impugnações apresentadas serão
autuadas em processo único, na Classe IpJE, que será concluso ao Juiz Eleitoral, para
determinação:
a) de seu arquivamento; ou
b) da adoção das providências julgadas cabíveis.
402
Módulo XLI
DA INSPEÇÃO
403
Módulo XLI
DA INSPEÇÃO
Capítulo I
DA INSPEÇÃO CARTORÁRIA
1. Os procedimentos relativos às inspeções cartorárias serão documentados em:
I. processo da classe “Insp”; e
II. relatório do SICEL, sistema adotado pela CGE como ferramenta de controle
dessa atividade em nível nacional e regional480.
2.1. O edital e a portaria deverão ser publicados no DJE com antecedência mínima de
10 dias do início dos trabalhos de inspeção.
4. Também no prazo previsto no item 3, será aberto processo no SEI iniciado por
Memorando do Chefe de Cartório, dirigido ao Coordenador Administrativo da CRE-DF:
I. informando a data designada para a inspeção; e
II. solicitando a abertura do respectivo procedimento no SICEL.
4.2. A abertura do referido procedimento no SEI deverá ser certificada nos autos do
processo da classe “Insp”.
480
Provimento-CGE nº 9/2010
481
Provimento-Geral da CRE-DF, artigos 15 a 19
482
CPC, artigo 228
404
5. O Ministério Público Eleitoral deverá ser comunicado, via ofício, acerca da data e do
tipo de inspeção.
10. Restituídos pelo MPE, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral, para apreciação.
12.2. Não se faz necessário juntar cópia eletrônica do relatório do SICEL, visto que este
poderá ser consultado pela CRE-DF por meio do referido Sistema.
483
CPC, artigo 228
405
Módulo XLII
DA REVERSÃO
DE OPERAÇÕES DE ALISTAMENTO
406
Módulo XLII
DA REVERSÃO DE OPERAÇÕES DE ALISTAMENTO
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1. É vedada a reversão de operações de alistamento por meio de nova operação de
alistamento.
Capítulo II
DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS PELO CARTÓRIO ELEITORAL
Seção I
DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS NA PRESENÇA DO ELEITOR
484
Faxes-Circulares-CGE de números 21/2002 e 18/2003 / Ofício-Circular-CGE nº 35/2008
485
Fax-Circular-CGE nº 35/2008
407
b) o número de sua inscrição eleitoral;
II. espelhos de consultas ao Cadastro Nacional de Eleitores anteriores e
posteriores ao processamento da operação que deverá ser revertida;
III. espelho do RAE da operação a ser revertida, caso aplicável;
IV. cópias da fotografia e da assinatura do eleitor eventualmente registradas
no Cadastro Nacional de Eleitores (localizada a inscrição do eleitor: clicar nos
ícones disponíveis no campo “situação biométrica”; clicar com o botão direito
no quadro apresentado pelo Sistema; e clicar em “imprimir imagem”);
V. o PETE, acompanhado de seus anexos, observando-se que:
a) caso o PETE já tenha sido descartado, tal fato deverá ser certificado
nos autos; e
b) deverá ser mantida cópia autêntica da documentação no local em
que se encontravam arquivados os originais, com indicação do processo
ao qual estes foram juntados;
VI. outros documentos e informações que possam subsidiar a decisão do
processo, especialmente aqueles que contenham os seguintes dados dos
eleitores envolvidos:
a) nome completo;
b) filiação;
c) data de nascimento;
d) sexo;
e) estado civil;
f) grau de instrução;
g) ocupação;
h) endereço; e/ou
i) Município de nascimento.
6.1. A referida documentação será utilizada como peça inicial do processo a ser
autuado, na classe RSE, independente de determinação do Juiz Eleitoral, no prazo
máximo de 05 dias486.
486
CPC, artigo 228
487
CPC, artigo 228
408
Seção II
DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS NA AUSÊNCIA DO ELEITOR
488
CPC, artigo 228
409
Capítulo III
DAS OCORRÊNCIAS VERIFICADAS POR JUÍZO ELEITORAL DIVERSO
11. Recebida em Cartório comunicação sobre a necessidade de reversão de operação
de alistamento, originária de outro Juízo Eleitoral, o Chefe de Cartório:
I. caso não tenha sido autuada por outro Juízo, procederá à sua autuação, no
prazo máximo de 05 dias489;
II. emitirá o “Formulário para Reversão de Operação Equivocada (requerimento
cartório)”, disponível no Sistema Elo, para:
i. preenchimento; e
ii. anexação de toda a documentação disponível em Cartório, inclusive
aquela prevista nos incisos do item 5;
III. juntará o Formulário aos autos; e
IV. fará conclusão do processo ao Juiz Eleitoral, para:
i. apreciação; e
ii. assinatura do Formulário.
489
CPC, artigo 228
490
CPC, artigo 228
410
IV. fará o processo concluso ao Juiz Eleitoral, para as providências previstas no
Capítulo IV.
Capítulo IV
DISPOSIÇÕES COMUNS
14. Recebendo os autos, após a adoção das providências previstas nos Capítulos II ou
III, conforme a hipótese, o Juiz Eleitoral, caso julgue necessário, determinará a
realização de diligências, visando à coleta de maiores informações.
16. Recebida notícia da reversão da operação de alistamento pela CGE, o Juiz Eleitoral
determinará a notificação do eleitor domiciliado na Zona Eleitoral acerca:
a) do restabelecimento da titularidade de sua inscrição eleitoral; ou
b) da necessidade de comparecimento ao Cartório para requerer nova inscrição
eleitoral ou a regularização de inscrição eleitoral de sua titularidade, conforme
o caso.
411
Módulo XLIII
DA CORREÇÃO/CONFIRMAÇÃO
DE DADOS CADASTRAIS DUVIDOSOS
412
Módulo XLIII
DA CORREÇÃO/CONFIRMAÇÃO
DE DADOS CADASTRAIS DUVIDOSOS
Capítulo I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
1.O TSE poderá localizar dados cadastrais de eleitor que considere terem sido lançados
incorretamente no Cadastro Nacional de Eleitores, em especial:
a) nome;
b) nome dos genitores; e/ou
c) data de nascimento.
Capítulo II
DA PROTOCOLIZAÇÃO, DA AUTUAÇÃO
E DA NOTIFICAÇÃO DO ELEITOR
3. Protocolizada a comunicação de que trata este Módulo, deverá ser autuado um
processo por interessado, na classe RSE, independentemente de determinação do Juiz
Eleitoral.
491
Provimentos-CGE de números 14/2001 e 1/2003 / Fax-Circular-CGE nº 15/2003
492
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 14
413
II. espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores em nome do
interessado;
III. eventual justificativa apresentada pelo eleitor, em virtude de ausência às
urnas;
IV. cópia das páginas dos cadernos de votação dos pleitos realizados após a
data da inscrição, das quais conste:
a) o nome do eleitor; ou
b) o número de sua inscrição eleitoral (vide item 4.1); e
V. outros documentos que possam auxiliar na solução da ocorrência.
4.1. Caso as folhas de votação já tenham sido descartadas, deverá ser certificado no
processo o comparecimento ou não do eleitor aos pleitos realizados posteriormente à
data de seu domicílio na Zona Eleitoral, com base nas informações constantes do
Cadastro Nacional de Eleitores.
5. Caso exista processo anterior cujo objeto seja a regularização da situação do eleitor
ou da inscrição, este deverá ser apensado ao feito493, independentemente de
determinação do Juiz Eleitoral.
493
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 12
494
CPC, artigo 228
414
II. adotará as providências previstas nos Capítulos III ou IV, conforme a
hipótese.
Capítulo III
DA RESOLUÇÃO DO PROCESSO
SEM A REALIZAÇÃO DE OUTRAS DILIGÊNCIAS
8. Caso o eleitor tenha comparecido ao Cartório e confirmado a exatidão dos dados
constantes do Cadastro Nacional de Eleitores, deverá ser juntado ao processo o RRI
preenchido pelo interessado, acompanhado de seus anexos, especialmente cópia da
documentação comprobatória:
a) apresentada pelo interessado; e/ou
b) localizada em Cartório.
9. Caso o eleitor não tenha comparecido ao Cartório Eleitoral, mas tenham sido
localizados documentos comprobatórios da exatidão dos dados constantes do
Cadastro Nacional de Eleitores, a referida documentação deverá ser juntada ao
processo.
11. Se o eleitor não tiver comparecido ao Cartório Eleitoral, mas tiverem sido
localizados documentos comprobatórios da inexatidão dos dados constantes do
Cadastro Nacional de Eleitores, a referida documentação deverá ser juntada ao
processo.
495
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 4º
496
CPC, artigo 228
415
(em formato “.pdf”), solicitando que a CGE proceda ao comando do código de
ASE 485 (indicativo da retificação ou da comprovação de dados pessoais) no
histórico da inscrição do eleitor497;
II. o sobrestamento do feito, após a juntada de cópia do ofício expedido, até o
recebimento de resposta da CGE acerca das providências adotadas; e
III. o arquivamento do processo em Cartório498, após a juntada:
i. dos documentos encaminhados pela CGE; e
ii. de espelho da consulta ao Cadastro Nacional de Eleitores
comprobatório das providências adotadas por aquela Unidade.
497
Fax-Circular-CGE nº 15/2003, item 3
498
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 17
499
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 17
500
Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 8º
416
13.2. Transcorrido o prazo de 03 dias, contados da data da publicação da decisão, o
Chefe de Cartório certificará:
a) o transcurso in albis do prazo recursal (vide item 13.3); ou
b) a apresentação de recursos (vide item 13.4).
13.3. Não sendo interpostos recursos e finalizada a adoção das providências previstas
nas alíneas “b” ou “c” do inciso II do item 13.1, o Chefe de Cartório arquivará o
processo.
Capítulo IV
DA REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS
PARA RESOLUÇÃO DO PROCESSO
14. Deverá ser providenciada a intimação do interessado por meio de edital, caso:
I. o eleitor, convocado, não tenha comparecido ao Cartório Eleitoral;
II. não tenham sido encontrados documentos comprobatórios da exatidão ou
da necessidade de alteração dos dados consignados no Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. não se configure a hipótese prevista no item 13.
417
a) cópia de documentos pessoais do eleitor; ou
b) informações relativas ao endereço correto e atualizado deste;
II.a requisição de cópia de documentos pessoais do eleitor ou de seus dados
cadastrais aos órgãos competentes (INI, Cartório de Registro Civil, Detran,
Receita Federal, Secretaria de Segurança Pública etc):
a) por meio dos sistemas eletrônicos disponíveis (InfoJud, Infoseg,
RenaJud, SIEL etc); ou
b) na impossibilidade, por meio de ofício; e
III. a adoção de outras providências que visem à obtenção dos dados
necessários.
18.1. Será determinada a adoção das providências previstas no item 12.1 em caso de:
I. comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. confirmação da exatidão dos dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 8.
18.2. Também será determinada a adoção das providências previstas no item 12.1 em
caso de:
I. não comparecimento do eleitor ao Cartório;
501
CPC, artigo 228
502
CPC, artigo 228
418
II. localização de documentos comprobatórios da exatidão dos dados
constantes do Cadastro Nacional de Eleitores durante a realização de
diligências; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 9.
18.3. O Juiz Eleitoral determinará a adoção das providências previstas no item 12.2 na
hipótese de:
I. comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. confirmação da inexatidão dos dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 10.
18.4. Será determinada a adoção das providências previstas no item 12.3 na hipótese
de:
I. não comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. localização de documentos comprobatórios da inexatidão dos dados
constantes do Cadastro Nacional de Eleitores durante a realização de
diligências; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 11.
18.5. O Juiz Eleitoral determinará o sobrestamento dos autos em Cartório até a data da
realização do pleito subsequente (vide itens 18.5.1 e 19 a 22) caso:
I. o eleitor (mesmo convocado por meio de correspondência, pessoalmente e
por edital) não tenha comparecido ao Cartório Eleitoral;
II. não tenha se configurado a hipótese prevista no item 13; e
III. mesmo após a realização das diligências, não tenham sido encontrados
documentos comprobatórios da exatidão ou da necessidade de alteração dos
dados consignados no Cadastro Nacional de Eleitores.
19. Na hipótese prevista no item 18.5, quando da realização do próximo pleito, deverá
ser encaminhada à Seção Eleitoral do interessado:
I. notificação ao eleitor, em 02 vias, para que este compareça ao Cartório, no
prazo de 20 dias, contado da data do pleito, portando documentos pessoais, a
fim de retificar ou ratificar os dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
II. determinação, dirigida aos mesários da Seção Eleitoral do interessado, no
sentido de que:
419
i. no momento do eventual comparecimento do eleitor, lhe seja
entregue a primeira via da notificação;
ii. seja colhido termo de ciência do eleitor, na segunda via da
notificação, devidamente datado e assinado;
iii. sejam realizadas as devidas anotações em ata; e
iv. ao final dos trabalhos, a segunda via da notificação seja encaminhada
ao Cartório Eleitoral, juntamente com o Caderno de Votação.
21. A seguir, os autos serão conclusos ao Juiz Eleitoral, no prazo de 01 dia503 contado:
a) da realização do pleito, caso o eleitor não tenha comparecido à Seção
Eleitoral ou a notificação não lhe tenha sido entregue pelos mesários;
b) do comparecimento do eleitor ao Cartório; ou
c) do transcurso in albis do prazo estipulado na notificação.
22. De posse dos autos, o Juiz Eleitoral determinará a adoção das providências
previstas nos itens 22.1, 22.2 ou 22.3, conforme a hipótese.
22.1. Será determinada a adoção das providências previstas no item 12.1 em caso de:
I. comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. confirmação da exatidão dos dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 8.
22.2. O Juiz Eleitoral determinará a adoção das providências previstas no item 12.2 na
hipótese de:
I. comparecimento do eleitor ao Cartório;
II. confirmação da inexatidão dos dados constantes do Cadastro Nacional de
Eleitores; e
III. efetivação das medidas discriminadas no item 10.
22.3. Será determinada a adoção das providências previstas no item 13 nos casos em
que o eleitor:
a) não tiver comparecido à Seção Eleitoral;
b) não tiver sido notificado pelos mesários; ou
c) não tiver comparecido ao Cartório no prazo estipulado na notificação.
22.3.1. Nestas hipóteses, o Juiz Eleitoral determinará, ainda, a adoção das providências
julgadas cabíveis, quanto:
a) ao não cumprimento, pelos mesários, da determinação de notificação do
eleitor; ou
503
CPC, artigo 228
420
b) ao não comparecimento do eleitor ao Cartório Eleitoral.
Capítulo V
DA APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADES
23. Os procedimentos adotados objetivando a regularização de dados no Cadastro
Nacional de Eleitores não desobrigam da apuração de responsabilidade de qualquer
ordem por inscrição fraudulenta ou irregular, seja:
a) de eleitor;
b) de servidor da Justiça Eleitoral; ou
c) de terceiros504.
Capítulo VI
DO FALECIMENTO DO ELEITOR DURANTE O PROCEDIMENTO DE
RETIFICAÇÃO OU RATIFICAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS
24. Em caso de falecimento do eleitor cuja regularidade dos dados esteja sendo
apreciada, o código de ASE 019 somente deverá ser comandado após:
I. a juntada aos autos de cópia do respectivo documento comprobatório;
II. a reautuação do feito, na classe CIE; e
III. a adoção das providências necessárias para o cancelamento da inscrição
eleitoral, de acordo com o rito previsto no Módulo XXXII.
504
Resolução-TSE nº 21.538/2003, artigo 49 / Provimento-CGE nº 14/2001, artigo 15
421
Módulo XLIV
DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
422
Módulo XLIV
DA SINDICÂNCIA E
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Capítulo I
DISPOSIÇÕES INICIAIS505
1. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa506.
Capítulo II
DAS CONDUTAS VEDADAS
4. Constituem infrações administrativas do servidor público:
I. a transgressão dos deveres previstos no artigo 116 da Lei nº 8.112/1990; e
II. a prática das condutas previstas no artigo 132, incisos I a XII da Lei nº
8.112/1990.
505
Lei nº 8.112/1990, artigos 116 a 182
506
Lei nº 8.112/1990, artigo 143
507
Lei nº 8.112/1990, artigo 116, inciso VI
508
Lei nº 8.112/1990, artigo 148
423
IV. sonegar informações essenciais ao convencimento da autoridade a que
estiver subordinado, gerando dúvida ou para ela concorrendo, inclusive em
procedimento de natureza administrativa.
Capítulo III
DA APURAÇÃO DAS INFRAÇÕES
Seção I
DAS FORMAS DE APURAÇÃO
7. Nos casos em que a autoria não é conhecida pela autoridade, poderá ser iniciado
processo administrativo investigatório para apurar o responsável pela infração.
Seção II
DA SINDICÂNCIA
9.1. Caso a infração seja passível de sindicância e o Juiz Eleitoral decida não processá-la
no Juízo Eleitoral, deverá encaminhar ofício à VPCRE-DF:
I. narrando o fato; e
II. justificando a impossibilidade do processamento na primeira instância.
424
10. Se a sindicância processada perante o Juízo Eleitoral concluir pela existência de
fato punível com sanção mais gravosa que a suspensão por até 30 dias, os autos serão
encaminhados à VPCRE-DF, que decidirá sobre a abertura de PAD.
Seção III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – PAD
Seção IV
DISPOSIÇÕES COMUNS
16. Todos os atos praticados no decorrer do processo deverão ser registrados em atas.
17.1. A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição514.
512
Lei nº 8.112/1990, artigo 154
513
Lei nº 8.112/1990, artigo 151
514
Súmula Vinculante nº 5 do STF
425
18. Ao fim dos trabalhos, a Comissão elaborará minucioso relatório, que será sempre
conclusivo.
19. O relatório previsto no item 18 deverá ser remetido à autoridade a quem couber
proferir decisão, que poderá ser, conforme o caso:
a) o Juiz Eleitoral; ou
b) o Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral.
20. Quando a sanção for aplicada por Juiz Eleitoral, caberá recurso ao Vice-Presidente
e Corregedor Regional Eleitoral515.
515
Regimento Interno do TRE-DF, artigo 18, inciso XI
426
Livro VI
DAS AGREMIAÇÕES
PARTIDÁRIAS
427
Módulo XLV
428
Módulo XLV
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Capítulo I
DA CRIAÇÃO DE PARTIDOS POLÍTICOS
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
3. Só é admitido o registro de estatuto no TSE por partido político que tenha caráter
nacional.
4.1. O prazo de que trata este item não se aplica aos pedidos protocolizados antes de
30/09/2015518.
516
Lei nº 9.096/1995, artigo 7º, § 1º / Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 7º, §1º
517
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 7º, §3º
518
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 58
429
5.1. Realizada a comunicação, o presidente nacional da agremiação receberá a senha
de acesso ao Sistema de Apoiamento a Partidos em Formação – SAPF.
Seção II
DO SISTEMA DE APOIAMENTO A PARTIDO EM FORMAÇÃO – SAPF
Subseção I
OBSERVAÇÕES INICIAIS
7.2. O módulo indicado no inciso II deverá ser utilizado pelos partidos políticos em
formação.
7.3. O módulo a que se refere o inciso III é a interface pública do sistema disponível a
todo cidadão que possibilita:
a) pesquisar se o nome de um determinado eleitor consta da relação de
apoiadores de agremiação em formação, utilizando como parâmetro o número
da inscrição eleitoral;
b) consultar a relação de partidos em formação; e/ou
c) validar certidões.
519
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigos 13 e 59
430
7.3.1. Este módulo poderá ser acessado pela Internet, por meio do link
http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/partido-em-formacao.
Subseção II
DO MÓDULO INTERNO DO SAPF
10.1. O perfil previsto na alínea “a” será utilizado pelos usuários responsáveis:
I. pelo cadastramento dos partidos e de seus administradores;
II. pela manutenção dos dados cadastrais dos partidos e de seus
administradores; e
III. pela manutenção dos apoiamentos mínimos.
10.2. O perfil previsto na alínea “b” será utilizado pelos usuários responsáveis pela
análise do apoiamento.
11.1. Para realizar a análise, o servidor responsável deverá possuir acesso ao módulo
interno do SAPF com o perfil “Operador”.
431
Subseção III
DO MÓDULO EXTERNO DO SAPF
12. Após receber a senha do SAPF (vide item 5), o presidente do partido em formação
realizará o cadastramento dos operadores, que serão os responsáveis pela subscrição
dos documentos de encaminhamento de listas ou fichas individuais de apoiamento.
Seção III
DA COLETA DAS FICHAS DE APOIAMENTO MÍNIMO
14. O apoiamento mínimo (vide item 3) deverá ser obtido mediante a assinatura de
eleitores não filiados a partido político em listas ou fichas individuais, de acordo com
os modelos disponibilizados pela Justiça Eleitoral.
16. O eleitor não filiado pode manifestar apoio à criação de mais de uma agremiação.
17. Os partidos em formação, por meio de seus representantes, têm o direito de obter,
no respectivo Cartório Eleitoral, listagem de eleitores contendo informações sobre:
I. nome;
II. número da inscrição eleitoral;
III. Zona Eleitoral a que está vinculado; e
IV. eventual filiação a partido político.
17.2. A listagem de que trata este item poderá ser obtida por meio do sistema de
filiação partidária e ficará adstrita aos eleitores da respectiva Zona Eleitoral.
17.2.1. A gravação dos dados em mídia ótica, caso necessária, deverá ser solicitada
pelo Cartório Eleitoral à STI do TRE-DF, por meio do HelpDesk.
520
Resolução-TSE nº 21.853/2004
521
Resolução-TSE nº 21.966/2004 / Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 19
432
Seção IV
DA ENTREGA DAS FICHAS DE APOIAMENTO NO CARTÓRIO ELEITORAL
19.1. A verificação a que se refere o inciso I deste item será realizada por meio da
funcionalidade “Consultar Responsável pela apresentação dos apoiamentos no
Cartório Eleitoral” no SAPF.
19.2. Desde que esteja dirigido ao Cartório Eleitoral em que está sendo apresentado, o
servidor deverá receber as listas ou fichas individuais de apoiamento.
Seção V
DA PUBLICAÇÃO DAS LISTAS DE APOIAMENTO MÍNIMO
21. No prazo de 03 dias, contados do recebimento das listas, os dados deverão ser
publicados no átrio do Cartório, por meio de edital.
522
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14
523
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 15 / Resolução-TSE nº 23.184/2009 / Resolução-TSE nº 23.185/2009
433
21.1. O edital deverá:
I. discriminar os nomes dos eleitores e os números de suas inscrições eleitorais;
e
II. informar o prazo de 05 dias, contados da sua publicação, para que qualquer
interessado impugne os dados524.
22. Transcorrido o prazo previsto no inciso II do item 21.1, o Cartório Eleitoral deverá
certificar:
I. a data da publicação do edital previsto no item 21; e
II. conforme a hipótese:
a) a apresentação de impugnação aos dados constantes do edital; ou
b) o transcurso in albis do referido prazo.
22.1. As certidões de que trata este item deverão ser mantidas em pasta física ou no
SEI, sempre junto aos editais a que se referem.
Seção VI
DA IMPUGNAÇÃO DAS LISTAS DE APOIAMENTO MÍNIMO
23.1.1. O impugnante deverá ser orientado a retornar ao Cartório Eleitoral para ciência
da decisão do Juiz Eleitoral.
23.2. Após cumprimento das determinações do Juiz Eleitoral, a impugnação deverá ser
juntada ao documento por meio da qual foram encaminhadas as listas ou fichas
individuais de apoiamento, devendo ser realizadas as devidas anotações no SADP.
524
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 15
434
25. Apresentada ou não defesa, o Juiz Eleitoral, após ouvir o MPE, decidirá o incidente
em até 03 dias.
Seção VII
DA HIPÓTESE DE CRIME NA APRESENTAÇÃO DAS FICHAS DE APOIAMENTO
Seção VIII
DA ANÁLISE DAS FICHAS DE APOIAMENTO
28.1.2. Caso o eleitor seja analfabeto e manifeste seu apoio por meio da aposição de
impressão digital, deverão constar das listas ou dos formulários, além daqueles
previstos no inciso III, os seguintes dados:
I. Seção Eleitoral;
525
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 12, § 1º
526
Resolução-TSE nº 22.510/2007
435
II. Município;
III. Unidade da Federação; e
IV. data de emissão do Título Eleitoral.
29. Para realizar a análise das listas ou fichas individuais de apoiamento, o servidor do
Cartório deverá:
I. acessar o módulo interno do SAPF; e
II. estar com a documentação enviada pelo partido em mãos.
29.1. Quando houver apoiamentos para análise, a coluna “Total de Apoiamentos para
Análise” trará a quantidade de itens pendentes de análise.
29.3.1. O usuário deverá realizar a análise apenas dos apoiamentos constantes dos
lotes referentes a sua Zona Eleitoral.
30. O servidor deverá comparar os dados do eleitor (em especial sua assinatura)
registrados na documentação de apoiamento com aqueles constantes:
I. do Cadastro Nacional de Eleitores; e
II. das folhas de votação utilizadas nas 02 últimas eleições527.
527
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §4º
528
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §5º
529
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 7º, §3º
530
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §6º
531
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §7º
436
32. A lista de motivos prevista no SAPF para que um apoiamento seja considerado
“NÃO APTO” não é exaustiva.
32.1. Em qualquer hipótese, a razão do apoiamento ter sido considerado “NÃO APTO”
deverá ser informada ao partido político em formação por meio do SAPF, ainda que de
forma sucinta.532
32.2. A indicação da situação “NÃO APTO” poderá ser revertida pelo operador, se
necessário, até o prazo previsto no item 39.
34. O prazo para análise das fichas é de 15 dias, contados do seu recebimento.
34.1. O prazo poderá ser prorrogado pelo Juiz Eleitoral por igual período quando
houver motivo que justifique a prorrogação533.
35. Após a análise, caso tenha sido apresentada cópia das listas ou fichas individuais de
apoiamento, esta deverá ser devolvida ao representante credenciado do partido em
formação, mediante recibo534.
36. A via original das listas ou das fichas deverá permanecer sob a guarda do Juízo
Eleitoral até o julgamento do pedido de registro do estatuto e do órgão de direção
nacional do partido em formação pelo TSE.
Seção IX
DO PEDIDO DE EXCLUSÃO DE NOMES DAS LISTAS DE APOIAMENTO
37. O eleitor cujo apoio tiver sido registrado no SAPF poderá requerer a exclusão de
seu nome, mediante requerimento:
I. justificado; e
II. endereçado ao juízo competente535.
532
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 14, §6º
533
Resolução-TSE nº 23.465/2015: artigo 14, 2º; e artigo 15
534
Lei nº 9.096/1995, artigo 9º, § 2º, c/c o artigo 4º da Lei nº 10.842/2004
535
Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 17
437
38. Recebido o pedido de exclusão de apoio e verificada a autenticidade da
representação do eleitor, o Juiz Eleitoral deverá:
I. determinar liminarmente a retirada do nome do requerente da lista de
apoiamento à criação do partido político em formação; e
II. providenciar a comunicação prevista no item 27, se houver indícios da
prática de crime; e
III. alterar a situação do apoiamento no SAPF para “IMPUGNADO”.
40. Havendo indícios de ilicitude, os pedidos formulados após a fase prevista no item
39 deverão ser encaminhados ao MPE, sem prejuízo de o eleitor requerer
judicialmente o que for cabível.
Capítulo II
DO CREDENCIAMENTO DE DELEGADOS DE PARTIDOS POLÍTICOS
41. O partido político com registro no TSE poderá credenciar, respectivamente536:
I. 03 delegados perante o Juízo Eleitoral;
II. 04 delegados perante o TRE-DF; e
III. 05 delegados perante o TSE.
42.1 Caso seja apresentado perante o Cartório Eleitoral, o requerimento deverá ser
protocolizado e encaminhado à Secretaria Judiciária do TRE-DF.
Capítulo III
DO GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES PARTIDÁRIAS
Seção I
DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES PARTIDÁRIAS – SGIP
536
Lei nº 9.096/1995, artigo 11, caput e incisos I a III / Resolução-TSE nº 23.465/2015, artigo 46
537
Resolução-TSE nº 23.093/2009
438
43.1. O Módulo Interno do SGIP é de uso obrigatório e exclusivo da Justiça Eleitoral.
43.1.2. Os dados inseridos no Módulo Interno poderão ser acessados pelos Juízos
Eleitorais por meio do Módulo Consulta Web.
43.3. O Módulo Externo (SGIPex) é utilizado pela Justiça Eleitoral e pelos partidos
políticos.
439
GLOSSÁRIO
440
SICEL Sistema de Inspeções e Correições Eleitorais
SIEL Sistema de Informações Eleitorais
SJU Secretaria Judiciária
STI Secretaria de Tecnologia da Informação
TJDFT Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
TRE-DF Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal
TSE Tribunal Superior Eleitoral
VPCRE-DF Vice Presidência e Corregedoria Regional Eleitoral do Distrito Federal
441